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Mas estes atos apenas serão
bem sucedidos se escolherem
um SNS que valorize a digni-
dade de todos os seus profis-
sionais: médicos, enfermeiros,
administrativos e outros téc-
nicos das mais diversas for-
mações. Se todas as vontades
estiverem em sintonia o nosso
SNS terá margem de progres-
são e, também com isso, pode-
remos voltar a ocupar (pelo
menos) o 12º lugar entre os
países com o melhor Serviço
Nacional de Saúde à escala
mundial. Mais do que acredi-
tar, assim seja um desejo de
todos.
EDITORIAL DO COORDENADOR
A 15 de setembro de 1979 era
publicada a Lei 56/79 dando
origem à criação do Serviço
Nacional de Saúde. Foi uma
das conquistas mais importan-
tes no período pós-ditadura já
que permitiu a cobertura glo-
bal dos cuidados de saúde a
todos os portugueses. Passa-
ram 35 anos desde esse dia e,
com eles, múltiplas transfor-
mações que têm acompanhado
não só as condicionantes socio-
económicas como também as
próprias vicissitudes de uma
sociedade em transformação.
Vivemos numa sociedade que
reivindica mais e melhor mas,
ao mesmo tempo, confrontamo-
nos com um Estado que deixou
de ser providência para ser
tendencialmente menos perdu-
lário. Por isso a Saúde é enca-
rada de uma forma complexa e
dispendiosa oscilando entre as
fortes restrições financeiras e
a garantia de acesso a um bem
fundamental e inquestionável.
A tutela é desafiada com a
enorme responsabilidade de
efectuar com equidade a distri-
buição dos escassos recursos
existentes de forma a permitir
equilibrar os custos com as
necessidades garantindo si-
multaneamente a máxima
qualidade com uma resposta
próxima, efectiva e em tempo
útil de modo a poder cumprir
os princípios da universalida-
de, da equidade e da acessibi-
lidade. Para isso apenas com
cuidados de saúde de exce-
lência, financeiramente e
tecnicamente sustentáveis,
estaremos em condições de
enfrentar um futuro com
mais idosos, mais doenças
crónicas e mais co-
morbilidades.
Hoje o que está em causa é a
sustentabilidade do SNS. Se
para nós deve ser motivo de
profunda reflexão, enquanto
gestores da nossa consulta e
enquanto moduladores finan-
ceiros dos nossos atos clíni-
cos, maior reflexão deverá
ser para todos aqueles que
têm ou virão a ter a respon-
sabilidade primeira e princi-
pal nos atos gestionários de
controlo e de reequilíbrio
macroeconómico do próprio
SNS.
Serviço Nacional de Saúde
OUTUBRO — DEZEMBRO 2014 NÚMERO 2
BOLETIM INFORMATIVO USF
GLOBAL Nº2
Pontos de interesse especiais:
Refluxo e Doença do Refluxo
ECG e Critérios de Seattle
Posso fazer desporto?
Esclerose Múltipla
Comunicação
Nesta edição:
Eventos científicos 12
“Problemas de comunicação” Humorísticas
13
Palavras de Mestre 13
Licínio Fialho
Página 2
Doença do Refluxo Gastro-esofágico em idade
Pediátrica
São frequentes nas consultas de saúde infantil as
dúvidas relativamente ao que são as recomendações
na doença do refluxo gastro-esofágico (DRGE) em
idade pediátrica.
Esta é a patologia esofágica mais prevalente na po-
pulação pediátrica e é causa comum de consultas e
de referenciação à Gastroenterologia Pediátrica.
Os estudos são escassos e por isso a sua prevalência
é pouco documentada, estimando-se que é um proble-
ma crescente com uma prevalência entre 1,8% a
8,2%.
A dificuldade de diagnóstico, sobretudo devido à sua
relação estreita com o refluxo gastro-esofágico fisioló-
gico (RGE), leva muitas vezes à sobre e subvaloriza-
ção da sintomatologia.
Assim, é de extrema importância a sua distinção.
A DRGE surge quando o RGE está associado a sinto-
mas adversos e/ou complicações.
É importante destacar
que o RGE é um processo
fisiológico e muito comum
no primeiro ano de vida.
Ocorre quando há passa-
gem do conteúdo gástrico
para o esófago, com ou sem exteriorização e pode
ocorrer várias vezes por dia em crianças saudáveis,
não se associando a complicações.
A fisiopatologia da DRGE é diversa, complexa e mul-
tifactorial.
O esófago é continuamente exposto a uma variedade
de substâncias nocivas provenientes dos alimentos
ingeridos ou de fármacos, sendo o material refluído
do estômago e do duodeno, o principal responsável
pela ameaça à integridade da função esofágica.
O esófago possui 3 principais mecanismos de defesa:
a barreira antirrefluxo, a depuração (clearance) eso-
fágica e factores que conduzem à resistência da mu-
cosa esofágica. No recém-nascido e no lactente, estes
mecanismos são imaturos e consequentemente, res-
ponsáveis por grande percentagem dos episódios de
RGE que ocorrem nestas idades.
Para o diagnóstico desta patologia a história clínica e
o exame objectivo são de extrema importância, dando
-se particular atenção à ocorrência e frequência de
sintomas.
Muitas vezes a sintomatologia é inespecifica e subjec-
tiva, sobretudo nas crianças mais pequenas ou com
défices neurológicos, podendo apresentar-se desde
minimamente sintomáticos ou por vezes com compli-
cações graves.
Os vários questionários criados com o objectivo de
facilitar esta pesquisa como por exemplo o Infant
Gastroesophageal Reflux Questionnaire Revised (I-
GERD-R), podem ser uma ferramenta muito útil.
Quase todos estes questionários dão particular im-
portância a questões em relação aos hábitos alimen-
tares (quantidade e frequência, modo de preparação
das fórmulas e mudanças recentes nos hábitos ou
preparação), posição durante as refeições, comporta-
mento durante a refeição, existência e frequência de
eructação, se existe história de asfixia, engasgamen-
to, tosse, dor, desconforto, recusa, apneia e qual o
padrão do vómito (frequência e quantidade).
Os sintomas mais frequentes são a regurgitação fre-
quente com ou sem vómito e ruminação. Podendo es-
tar presente uma má progressão ponderal, irritabili-
dade, pirose, disfagia e/ou odinofagia, hematémeses,
tosse, rouquidão ou mesmo Wheezing e estridor.
BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL Nº2
Página 3
É de extrema importância a pesquisa de sinais de
alarme, tais como: vómito bilioso ou forte, presença de
hemorragia digestiva, início de vómito após os 6 me-
ses, casos de atraso de crescimento, presença de sinais
e sintomas como diarreia ou obstipação, febre ou letar-
gia, hepatoesplenomegalia, abaulamento da fontanela,
macro/microcefalia, convulsões, distensão abdominal,
bem como a presença de uma síndrome genética/
metabólica documentada ou suspeita.
Deve existir uma maior atenção nos grupos de risco
como são os casos de doentes com comprometimento
neurológico, patologias esofágicas congénitas (atresia
esofágica, hérnia diafragmática congénita), hérnia do
hiato, obesidade, prematuros, doença respiratória cró-
nica, bem como nos casos em que há história familiar
de DRGE grave, Esófago de Barrett ou Adenocarcino-
ma esofágico.
As principais complicações da DRGE são a esofagite
erosiva (EE), estenose péptica, esófago de Barrett
(EB) e o adenocarcinoma esofágico (ACE).
Os exames complementares de diagnóstico têm indica-
ções específicas.
A monitorização do pH esofágico ou pHmetria esofági-
ca, permite avaliar o número de episódios de refluxo, a
duração do episódio de RE mais prolongado, bem como
o índice de refluxo. Está indicada na avaliação de do-
entes com sintomas de refluxo atípicos, sendo útil so-
bretudo na monitorização da eficácia da terapêutica
médica e cirúrgica. Não detecta episódios de refluxo
não-ácido (pH> 4) ou distúrbios anatómicos nem cor-
relaciona os sintomas com a severidade da doença. Foi
considerada o gold standard para o diagnóstico de
DRGE mas carece de alguma sensibilidade e especifi-
cidade.
A impedância intraluminal múltipla (IIM) e pHmetria
esofágica combinadas, regista o movimento e velocida-
de do bolo alimentar ao longo do esófago, permite dife-
renciar o sentido anterógrado do retrógrado e assim a
detecção de RGE ácido e não-ácido, sendo as suas indi-
cações as mesmas da pHmetria isolada.
A manometria esofágica, permite avaliar os relaxa-
mentos transitórios do esfíncter esofágico inferior, o
peristaltismo esofágico, a pressão dos esfíncteres eso-
fágicos superior e inferior e a actividade coordenada
durante a deglutição. A sua sensibilidade e especifici-
dade não permitem o diagnóstico, mas permite excluir
ou confirmar a presença de distúrbios esofágicos moto-
res. É útil na avaliação de doentes que não respondem
à terapêutica farmacológica ou cirúrgica e como exa-
me auxiliar da pHmetria para determinação da posi-
ção do esfíncter esofágico inferior (EEI) para colocação
do cateter.
A endoscopia digestiva alta (EDA) e biópsia, permitem
avaliar a lesão da mucosa esofágica, a presença e o
grau da esofagite e complicações da DRGE. Tem lugar
nos casos em que ocorrem sintomas de pirose ou epi-
gastralgias refractárias à prova terapêutica com IBP’s
e avaliação da disfagia ou regurgitações frequentes
após os 18 meses. É útil na avaliação da eficácia do
tratamento farmacológico e como método terapêutico
na dilatação de estenoses esofágicas, bem como na
identificação ou exclusão de outras patologias que pos-
sam assemelhar-se à DRGE.
O estudo radiológico do esófago com contraste barita-
do não é sensível nem específico, tendo utilidade na
suspeita de alterações anatómicas e detecção de com-
plicações após a realização de fundoplicatura.
A cintigrafia nuclear é um exame rápido, não invasivo
e com uma exposição mínima de radiação. Permite
avaliar doentes com sintomas respiratórios crónicos
ou refractários, na suspeita de aspiração pulmonar de
material gástrico refluído e estudar o tempo de esvazi-
amento gástrico. Detecta tanto episódios de RGE áci-
do como não-ácido, mas não é recomendado como ava-
liação de rotina.
BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL Nº2
Página 4
A ecografia gastro-esofágica é facilmente acessível e
inócua e pode detectar o movimento de pequenas
quantidades de líquido na junção gastro-esifágica.
Identifica condições anatómicas como a hérnia do hia-
to (HH), o comprimento e posição do EEI relativamen-
te ao diafragma e a magnitude do ângulo de His. Não
permite a distinção do refluxo fisiológico do patológi-
co, nem o estabelecimento de uma relação entre os
sintomas apresentados e os achados ecográficos. Não
está indicada na avaliação diagnóstica de rotina.
A prova terapêutica com Inibidores da Bomba de
Protões (IBP’s), está recomendada em casos seleccio-
nados e pode ser o 1º passo antes de qualquer investi-
gação. Na ausência de melhoria, está indicada a avali-
ação posterior com meio complementares de diagnós-
tico. De destacar que a melhoria dos sintomas após o
tratamento não confirma o diagnóstico e que em lac-
tentes e crianças com idade inferior a 12 anos este
não é um método fiável.
Existem outros meios complementares de diagnósti-
co ainda em estudo como a pesquisa da presença de
pepsina em efusão do ouvido médio e lavado broncoal-
veolar (como o próprio nome indica consiste na pes-
quisa de pepsina no ouvido médio, no entanto é neces-
sário ainda definir se a presença destes achados é re-
almente causada pelo refluxo) e a Bilimetria (avalia a
presença de bilirrubina no refluxo biliar e em combi-
nação com a pHmetria permite aumentar a sensibili-
dade do diagnóstico).
O tratamento da DRGE, dependente da apresenta-
ção clínica e deve na grande maioria dos casos ser
orientada num Centro de Gastroenterologia Pediátri-
ca.
Nenhuma das opções terapêuticas actualmente dis-
poníveis actua directamente no mecanismo fisiopato-
lógico do RGE. Tem como objectivo o alívio dos sinto-
mas, a normalização do crescimento, a resolução his-
tológica da inflamação da mucosa, a prevenção e o
tratamento das complicações e a manutenção da re-
missão da sintomatologia.
As modificações do estilo de vida, permitem a nor-
malização do volume e frequência das refeições. Os
espessantes do leite não melhoram os índices de reflu-
xo, mas diminuem o número e o volume das regurgi-
tações, diminuindo a perda de nutrientes.
Os lactentes com má progressão ponderal podem
beneficiar com o aumento da densidade calórica da
fórmula de leite. As fórmulas AR têm uma densidade
calórica e osmolaridade semelhantes às fórmulas de
leite adaptado.
A alergia às proteínas de leite de vaca pode desen-
cadear regurgitação ou vómitos mimetizando o RGE
daí que esteja indicada a utilização de fórmulas ex-
tensamente hidrolisadas de forma empírica durante 4
semanas.
As crianças mais velhas e adolescentes devem evi-
tar chocolate, café, chá, bebidas carbonatadas e espe-
ciarias que aumentam o RGE. Nos casos em que exis-
te obesidade a redução do peso é de extrema impor-
tância.
Está provado que o decúbito ventral diminui o nú-
mero de episódios de refluxo no lactente, no entanto
pelo risco de morte súbita as recomendações para esta
posição não são lineares.
Nos adolescentes o decúbito lateral esquerdo com
elevação da cabeceira da cama pode ser benéfico du-
rante o sono.
Existem vários grupos de fármacos com indicação
na terapêutica desta patologia.
BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL Nº2
Página 5
Os Antagonistas dos receptores H2 da histamina
(ARH2) diminuem a secreção ácida, sobretudo a noc-
turna, melhoram os sintomas e contribuem para a
cicatrização da mucosa, têm uma duração de acção de
4 a 8 horas, mas início de acção mais rápido do que as
restantes opções. A inibição ácida é apenas parcial
comparativamente aos IBP’s. Estão associados ao
surgimento de taquifilaxia, irritabilidade, sonolência,
cefaleias e hepatopatia
Os Inibidores da Bomba de Protões (IBP’s) reduzem
acentuadamente a secreção gástrica, mantendo o pH
intragástrico ≥ 4, inibem a secreção ácida pós-
prandial e reduzem o volume intragástrico durante
24h. São mais eficazes no alívio dos sintomas e da
esofagitee não estão associados a taquifilaxia. Apro-
vados para uso em Pediatria são o omeprazol, esome-
prazol e o lanzoprazol. As guidelines variam conside-
ravelmente relativamente à dose. Recomenda-se a
administração de uma toma única diária em jejum.
Na presença de complicações pode ser aconselhada
uma segunda dose mais tardia. Os efeitos adversos
associados são: reacções idiossincráticas, hipergas-
trinémia, hipocloridria e interacções farmacológicas.
Em caso de resposta limitada ao tratamento com
IBP’s, é importante reconsiderar o diagnóstico de
DRGE e/ou rever a dose do fármaco. Os sintomas po-
dem recorrer após suspensão do tratamento.
Os Procinéticos aumentam o peristaltismo esofági-
co, aceleram o esvaziamento gástrico e podem aumen-
tar o tónus do EEI. Os efeitos adversos associados são
significativos pelo que o seu uso deve ser considerado
apenas em doentes específicos.
Os Antiácidos são habitualmente usados para o alí-
vio rápido e transitório e a sua segurança e eficácia
não estão bem estabelecidas na população pediátrica.
Os Agentes protetores de superfície (Citoprotetores)
formam uma camada gelatinosa que adere à superfí-
cie da mucosa esofágica e que funciona como uma
barreira física que protege a mucosa das agressões
ácidas causadas pelo refluxo. Na população pediátrica
a sua eficácia e segurança não estão estabelecidas
pelo que o seu uso é limitado.
Têm indicação cirúrgica os casos de DRGE em que
há necessidade de terapêutica a longo prazo, em do-
ses elevadas, nos casos refractários ao tratamento
médico, em complicações da doença (estenose, dis-
fagia, EB), quando existem eventos ameaçadores de
vida (aspiração, apneia), atraso de crescimento e/ou
anomalias anatómicas (hérnia paraesofágica, HH).
Esta é uma das cirurgias mais frequentemente rea-
lizadas entre a população pediátrica, sendo três as
técnicas possíveis: a Fundoplicatura de Nissen (total)
a mais preconizada e a Fundoplicatura parcial ante-
rior (Thal) e a posterior (Toupet).
As possíveis complicações destas cirurgias, consti-
tuem a lacerações do tecido, disfagia severa, perfura-
ção ou obstrução esofágicas e pneumonia, sobretudo
nas crianças com comorbilidades associadas.
Alguns doentes necessitam de segunda correcção
cirúrgica ou de continuar a terapêutica farmacológi-
ca.
Raquel Osório
BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL Nº2
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Posso fazer desporto?
Por vezes o Médico de Família é confrontado com
resultados de ECG’s em atletas com padrões distintos
dos verificados na população geral. Daí nos questionar-
mos: estamos na presença de um ECG considerado co-
mo normal num atleta ou, pelo contrário, deparamo-
nos com alterações as quais podem contraindicar a prá-
tica desportiva?
A prática desportiva, por si só, condiciona uma
adaptação cardíaca fisiológica ao esforço a qual tem
repercussões a nível do ECG. Por isso importa saber
diferenciar as “variantes” do normal das alterações
patológicas de modo a que um “falso positivo” não im-
plique o abandono prematuro da atividade física.
Parecem estar a aumentar os casos de morte súbita.
Sabe-se hoje que o risco de morte súbita está acrescido
em atletas (3 vezes mais comparativamente com os não
desportistas) e a grande maioria dos casos (mais de
2/3) devem-se a patologias que se podem manifestar
por alterações no ECG.
O exame médico do desportista deve incluir, segun-
do a Sociedade Europeia de Cardiologia, além da histó-
ria clínica e do exame físico, a realização de ECG. E
daqui surge de imediato a grande dificuldade de inter-
pretação deste exame num atleta. Por isso um consen-
so de vários peritos em Cardiologia Desportiva e Medi-
cina Desportiva estabeleceram critérios - critérios de
Seattle - para classificar as alterações do ECG no atle-
ta em: normais (fisiológicas) ou anormais
(potencialmente patológicas).
São considerados achados normais em atletas os
seguintes (de uma forma simplificada:
1.Bradicardia sinusal (≥30 bpm)
2.Arritmia sinusal
3.Ritmo auricular ectópico
4.Ritmo juncional
5.BAV 1º grau
6.BAV 2º grau Mobitz Tipo I (Wenckebach)
7.Bloqueio incompleto de ramo direito
8.Critérios de voltagem para HVE isolados (patológico
se coexistir dilatação da aurícula esquerda, desvio es-
querdo do eixo, depressão do segmento ST, inversão de
ondas T ou ondas Q patológicas)
9.Repolarização precoce (elevação do segmento ST, ele-
vação do ponto J, ondas J ou slurring terminal do QRS)
10.Elevação convexa do segmento ST (domed) com in-
versão de ondas T de V1-V4 em atletas de raça negra.
Nunca é de mais lembrar que a presença de sinto-
matologia cardíaca (toracalgia, palpitações, dispneia,
fadiga desproporcionada ao esforço realizado ou sínco-
pe) associada à prática desportiva de qualquer tipo de
intensidade, mesmo na presença de um ECG sem alte-
rações ou com alterações consideradas normais, deverá
ser sempre investigada.
Já hoje a FIFA preconiza a utilização sistemática do
ecocardiograma transtorácico no rastreio pré-
competição.
Licínio Fialho
BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL Nº2
Página 7
A esclerose múltipla (EM) é uma doença in-
flamatória autoimune, neurodegenerativa, que pode
atingir todos os tecidos do sistema nervoso central,
caracterizada pela heterogeneidade, cujas placas de
desmielinização podem afectar qualquer região do
sistema nervoso com extensão muito variável (Pedro
& Ribeiro, 2010).
Segundo Swann (2008), os nossos neurónios encon-
tram-se revestidos por uma bainha de mielina, cuja
função é facilitar a transmissão de impulsos nervosos
entre o SNC e os nervos periféricos existentes ao lon-
go do corpo. No entanto, na pessoa com EM, essa bai-
nha é danificada, o que progressivamente resulta
numa diminuição da condução dos impulsos nervo-
sos.
No que diz respeito à etiologia da EM, esta não está
completamente definida. Contudo, na opinião de Cos-
ta (2005) citado por Trindade (2011), pode ser de ori-
gem autoimune, isto é, o sistema imunitário destina-
do à defesa do organismo, por erro, destrói a mielina
causando lesões de desmielinização em pontos distin-
tos do SNC.
Estima-se que em todo o mundo existam cerca de
2.500.000 pessoas com EM e em Portugal mais de
5.000, atingindo frequentemente pessoas entre os 20
e os 40 anos de idade (João de Sá, 2005, citado por
Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla, 2010).
Além do factor idade, considera-se que a EM afecta
mais frequentemente pessoas de etnia caucasiana e
do sexo feminino (Crovador, Oliveira-Cardoso, Mas-
tropietro & Santos, 2013).
Segundo a SPEM (2010), a EM pode ser hierarquiza-
da/classificada de acordo com a frequência e a gravi-
dade dos sintomas neurológicos:
1. Esclerose Múltipla Primária Progressiva – neste
tipo de esclerose, a pessoa não manifesta surtos, mas
ao longo do tempo vai-se instalando uma perda gra-
dual e insidiosa das funções do corpo, ou seja, os sin-
tomas progridem de forma lenta a gradual. Tem co-
mo principais limitações a locomoção e o controlo uri-
nário. Para além destas, Bone et al. (2000) citado por
Neto (2011) considera ainda que este tipo se caracte-
riza por espasticidade progressiva e por alterações
intestinais.
2. Esclerose Múltipla sob forma de Surto-Remissão –
caracteriza-se por períodos de surtos súbitos ou dete-
rioração dos sintomas neurológicos, acompanhados
posteriormente de períodos de remissão ou até mes-
mo a recuperação total ou parcial dos sintomas. Se-
gundo Bone et al. (2000) citado por Neto (2011) este
tipo afecta cerca de 80% das pessoas com EM sendo
que com o tempo, devido à recuperação incompleta
dos repetidos surtos, existe um incremento no grau
de invalidez das mesmas;
3. Esclerose Múltipla Secundária Progressiva – este
tipo de EM inicia-se com a forma clínica de surtos e,
à medida que o tempo passa, instala-se uma perda
gradual das funções, sendo as recuperações frequen-
temente incompletas;
4. Esclerose Múltipla Benigna – este tipo inicialmen-
te caracteriza-se por EM por Surto-Remissão mas,
após muitos anos, a incapacidade continua pratica-
mente inexistente ou muito reduzida.
Enf Luís Amaro
Esclerose Múltipla
BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL Nº2
Página 8
“A satisfação de
muitas das nossas
carências humanas
provêm da interac-
ção com as outras
pessoas, e o nosso
êxito depende da
capacidade de co-
municar. “
Existem muitas e variadas definições
de comunicação, mas etimologica-
mente, comunicar é tornar comum
uma informação, uma ideia ou uma
atitude. Em todo o relacionamento
humano a comunicação é um processo
fundamental.
Elhart et al (1983), referem que a
necessidade de comunicar é Univer-
sal. Quando duas ou mais pessoas se
encontram juntas, verifica-se a ten-
dência para o estabelecimento de
qualquer espécie de comunicação,
uma vez que o indivíduo depende dos
outros no que respeita à satisfação
das suas carências, sejam elas físicas,
ambientais ou psicológicas.
A comunicação é um processo tran-
saccional, no qual as pessoas cons-
troem significados e desenvolvem ex-
pectativas sobre o que acontece com
elas próprias e com os outros, através
da troca de símbolos e, de certo modo,
põem em comum um entendimento
recíproco. É um processo complexo de
interacção simbólica, essencial e im-
prescindível ao relacionamento hu-
mano, que compreende a emissão e
recepção de mensagens codificadas,
integra um sinal, que é o estímulo e
que tem significado através de men-
sagens que fornecem informações
(Ferreira, 1996).
Para o mesmo autor, o indivíduo é
por natureza um ser social e por isso
os seus comportamentos de relação
com o meio são essenciais à sua so-
brevivência. Socialmente, aquilo que
se diz, partilha, vive ou ambiciona-
mos está intimamente ligado aos nos-
sos valores, interesses e motivação,
ou seja, comunicação.
Para Kron e Gray (1987), a comunica-
ção é a troca de ideias ou informa-
ções, é mais do que dizer palavras,
está presente em todos os momentos
e em todas as actividades. Sendo as-
sim, é indiscutível a
sua necessidade e
importância, pois é o
elo que permite a in-
teracção, quer com os
elementos da equipa
de saúde, quer com os
utentes.
Segundo Chiavenato
(1987), as organiza-
ções são constituídas
de pessoas e constitu-
BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL Nº2
Comunicação
Página 9
Continua na página seguinte
Os tipos de comunicação estão di-
recta ou indirectamente relaciona-
dos com a forma como se comunica e
com o que se comunica.
Henderson (1984), refere que a
comunicação é uma das actividades
da vida diária. É mais do que
pronunciar palavras, ela
proporciona a estrutura básica em
que as pessoas vivem e trabalham
juntas. É a base da compreensão e o
respeito mútuo, tão essenciais às
nossas relações com a equipa de
saúde e com os doentes.
Watzawick et al, citado por Little-
john (1988), apresenta uma análise
da definição baseada em princípios
sistémicos. Um sistema pode ser
definido como um conjunto de
objectos que se interrelacionam
mutuamente para formar um todo
único.
Os mesmos autores acrescentam
que um relacionamento é um
padrão de interacção entre pessoas.
Estas fixam para si mesmas, um
certo número de regras de
interacção, que passam a reger os
seus comportamentos
comunicativos.
Apresentam ainda cinco regras da
comunicação que influenciam o com-
portamento: os cinco axiomas bási-
cos da comunicação:
1. Axioma - "É impossível não
comunicar".
Estarmos permanentemente a
comunicar porque há equivalência
entre comunicação e
comportamento. Todo o
comportamento é comunicação e
toda a comunicação é
comportamento. A própria tentativa
de evitar a interacção, é em si
mesma uma espécie de interacção.
Qualquer comportamento
perceptível é potencialmente
comunicativo.
2. Axioma - "Toda a comunicação
tem dois níveis: conteúdo e relação".
Conteúdo diz respeito à informação,
é a mensagem ou conteúdo.
Relação é a forma como se
comunica.
A mensagem é de um nível lógico
mais baixo e a relação é de um nível
mais alto.
3. Axioma - "Toda a comunicação é
pontuada".
Para a compreendermos temos de
atender à sequência diferencial dos
factos. Ou seja, a comunicação é um
anel de comunicação (feed-back),
então não há começo nem há fim da
comunicação, a não ser se a pon-
tuarmos. Cada um é que vai definir
o princípio e o fim da comunicação,
ou seja a sequência comunicacional.
Pode, no entanto haver desfazamen-
to de pontuação, o que muitas vezes
leva ao desentendimento.
4. Axioma - “Há dois modos princi-
pais de comunicação: digital e ana-
lógica”.
Digital ou verbal, é bastante codifi-
cada, levando por isso a menos equí-
vocos.
Analógica ou não verbal ou
paraverbal, é pouco codificada, é
mais rica mas leva a mais
equívocos.
5. Axioma - "Na comunicação
humana há dois modelos de
interacção: complementar e
simétrico".
Complementar, porque existe uma
complementaridade entre os dois
interlocutores, no sentido do
aumento das diferenças entre
ambos. Existem diferenças de
conhecimentos, vivências entre os
comunicantes, um completa o outro.
Simétricas, refere-se à semelhança
cada vez maior dos comunicantes, o
que requer um investimento igual
dos dois.
Comunicar é envolver-se efectiva-
mente (sentimentos/acções); é com-
preender o tipo de personalidade do
outro, porque a comunicação é tam-
bém uma expressão afectiva, impli-
cando pelo menos interacção entre
duas personalidades. Para Dias
(1989), a personalidade é o conjunto
de estruturas e processos psicológi-
cos subjacentes e relativamente es-
táveis, que organizam a experiência
humana e moldam as acções e reac-
ções da pessoa ao meio ambiente.
Como refere Pereira (1996), a
comunicação é o intercâmbio de
ideias, atitudes e informações.
Sendo assim, o modo como uma
pessoa se veste e fala, o que faz e
como faz revela-nos dados sobre a
sua ocupação, instrução e cultura.
BOLETIM INFORMATIVO USF GLOBAL Nº2
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A mesma autora considera que
existem factores facilitadores e
inibidores que interferem na co-
municação.
Factores facilitadores:
● Linguagem clara, precisa,
compatível com a idade, educação
e cultura;
● Comunicação não verbal:
Não apresentar pressa;
Sorrir ( é a maneira mais fácil
de transmitir segurança,
compreensão e interesse);
Estimular o diálogo através de
uma comunicação empática;
Reflectir quando o doente se
sente mal no momento;
Clarificar em caso de dúvida;
Sumariar (resumir) e facilitar a
expressão de sentimentos
íntimos e emoções.
Factores inibidores
● A rotina;
● A perda de identidade, de inde-
pendência, de privacidade;
● Conceito de bom doente (aquele
que é prestável, gentil, sem quei-
xas);
● Dar prioridade à comunicação
entre os técnicos em detrimento do
doente;
● O sofrimento e a morte provo-
cam distanciamento e isolamento;
● O deixar para o final depois de
se ter criado um clima de confian-
ça.
A comunicação faz parte integran-
te da prática do Enfermeiro, quer
como receptor, quer como emissor
e é fundamental para a transmis-
são de sentimentos, pensamentos,
emoções, sendo por isso vital para
a prática da Enfermagem, em que
o Cuidar exige uma relação efecti-
va entre o enfermeiro e o doente.
Lima Basto (1998), refere a esse
respeito que,
“A comunicação terapêutica
enfermeira – doente distingue
-se da comunicação terapêuti-
ca entre outros profissionais
de saúde e os seus clientes
pela sua finalidade. A finali-
dade é atingir o maior nível
de bem-estar e independência
possível nas decisões e reali-
zação das actividades quoti-
dianas (...).”
Todos nós temos responsabilida-
des na melhoria das técnicas de
comunicação, o que pressupõe co-
nhecimento, empenhamento, coo-
peração para aumentar o envolvi-
mento e participação no cumpri-
mento dos objectivos da Organiza-
ção.
Diariamente o enfermeiro actua
como receptor de mensagens, ten-
do de ser capaz de promover um
clima de confiança, em que a escu-
ta e a observação têm de se coor-
denar no sentido de compreender
o que o doente lhe quer transmi-
tir, quer verbal quer não verbal-
mente, mas também como emis-
sor, transmitindo mensagens de
compreensão e de ajuda.
Para Travelbee, citado por Marri-
ner (1989), citado por Saraiva
(1999),
“A comunicação é um pro-
cesso que pode permitir à en-
fermeira estabelecer uma rela-
ção de humano a humano e
portanto cumprir com o pro-
pósito da Enfermagem, isto é,
ajudar os indivíduos e famí-
lias a evitar, ou a fazer frente,
à experiência de doença e so-
frimento, e se necessário aju-
dá-los a encontrar um signifi-
cado na dita experiência”.
É um processo que se pode conside-
rar baseado na verdade e no respei-
to, fundamentais para a eficácia dos
cuidados de enfermagem prestados.
É a partir da Comunicação, que a
intervenção de enfermagem faz sen-
tido na identificação das necessida-
des do doente sendo, como refere
Atkinson (1989) “...denominador
comum de todos os instrumentos
básicos da enfermagem”.
Para a mesma autora há três activi-
dades ou sub-processos que com-
põem o processo da comunicação:
receber, processar e transmitir in-
formação.
O mesmo autor refere ainda que,
“... Como uma técnica de en-
fermagem, a comunicação
envolve mais do que a moda
verbal ou falada de se relacio-
nar...alguns factores agem no
sentido de influenciar a men-
sagem recebida no processo de
comunicação. Estes factores
são a idade, o momento cer-
to... a territorialidade... a dis-
tância, o sexo, a cultura... a
credibilidade... as atitudes... o
enfermeiro deve usar essa co-
municação terapêutica ou téc-
nicas de comunicação, tal co-
mo a escrita activa, a reflexão,
perguntas abertas, esclareci-
mentos, sumário, silêncio...”
Para que tudo isto se desenvolva,
os enfermeiros necessitam de co-
nhecimentos na área das técnicas
de comunicação, mas também
precisam desenvolver uma obser-
vação atenta e uma relação de
ajuda eficaz.
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CONCLUSÃO
A elaboração deste trabalho permi-
tiu-me fazer algumas reflexões so-
bre a comunicação. Este, é sem du-
vida um processo muito complexo e
devemos ter consciência disso para
sermos mais cuidadosos quando co-
municamos, não só com os familia-
res ou doentes mas com todos os
profissionais no seio da equipa. Con-
tudo, não é fácil se pensarmos em
todos os factores que interferem na
comunicação e que podem ser obstá-
culos à mesma. É possível, por
exemplo, que nem sempre somos
coerentes entre aquilo que comuni-
camos verbalmente e não verbal-
mente. Tal como refere Ferreira
(1996) “… mesmo quando as inten-
ções são transparentes, os objectivos
claros, há sempre mal-entendidos,
mal-ditos e mal-percebidos”.
Como enfermeiros não nos podemos
esquecer que o cuidado e as relações
humanas estão intimamente relaci-
onados. É por isso necessário culti-
var uma sensibilidade que nos per-
mita um desenvolvimento humanis-
ta, recorrendo às melhores estraté-
gias comunicacionais e de interac-
ção, para que no acto de cuidar, in-
dependentemente das situações,
possamos manter um equilíbrio en-
tre ciência e humanismo.
Como enfermeiros de reabilitação,
teremos muito trabalho para desen-
volver e aperfeiçoar em torno desta
temática “promotora de cuidados de
qualidade”.
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Guida Cruz
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EVENTOS CIENTÍFICOS 2014 4º trimestre
Evento Científico DATA Local/Organização
“Outras Dimensões da Medicina – En-
contros às 6ªs na Pediatria” 1ºTema: ÉTICA
03/10/2014 (bimestralmente, na
primeira 6ª feira, entre
as 14 e as 18h)
Departamento de Pediatria do CHLN/Faculdade de Medicina de Lisboa
1ªs Jornadas da USF São Domingos 3 e 4-10-2014 USF de S. Domingos, ACES Lezíria
6º Encontro do S. de Psiquiatria e Saúde
Mental do C.H.Leiria 10-10-2014 Centro Hospitalar de Leiria
Mesa Redonda "A doença do Alcoolis-
mo e como afeta a família" 16-10-2014 Auditório do ACES de Sete Rios, Lisboa
Reunião dos 25 anos da Rede de Médi-
cos Sentinela: "A Investigação em Medi-
cina Geral e Familiar"
17-10-2014 Ordem dos Médicos no Porto
“1as Jornadas do GIMGAS* – Do Con-
ceito à Prática” 17-10-2014
Almada, *Grupo de Internos de Medicina Geral e Familiar de Almada Seixal; APMGF; CIM-GFLVT
15º Congresso Nacional de Pediatria 18-10-2014 Albufeira
III Jornadas d´O Companheiro - Percur-
sos em Liberdade: Cidadania e Empre-
gabilidade
23-10-2014 Auditório Carlos Paredes, Benfica, (DICAD)
13º Encontro Nacional de Internos e
Jovens Médicos de Família 24 e 25-10-2014 Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril
I Colóquio + Workshop sobre
"Preparação de Antineoplásticos" 25-10-2014 IPO Coimbra
1ªs Jornadas dos Secretários Clínicos -
EXISTIR 2014 25-10-2014 Centro de Saúde Sete Rios, Lisboa
XXII Jornadas de Pediatria de Leiria e
Caldas da Rainha 27 e 28/10/2014 Centro Hospitalar de Leiria
“Reunião de Cuidados Paliativos Pediá-
tricos" 29-10-2014 Coimbra, Anfiateatro do H.Ped.Coimbra
Conferência "Saúde Mental em Portu-
gal: que respostas?" 07-11-2014
Estremoz (Fund.Romão de Sousa-Casa de Al-ba,Comunidade Terapeutica)
X Congresso Nacional de Psiquiatria 13 a 15/11/2014 Vilamoura
Escola de Outono da APMGF - 2014 19 a 22/11/2014 APMGF, Praia da Consolação (Peniche)
XXVII Fórum de Dermatologia 21 e 22/11/2014 Serv.Dermatologia C.Hosp.Porto - Hospital de Santo António; APMGF
Simpósio APTFeridas 2014 - "Infeção e
Qualidade: Que desafios" 27 e 28/11/2014 Exponor, Porto
Workshop - " Medicina do Viajante " 29-11-2014 Aula Magna do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Lisboa
XXX Jornadas de Cardiologia, Hiperten-
são e Diabetes 15 a 17/1/2015 Sesimbra
Encontro Luso galaico - "As adições no
Século XXI" 26 a 27-02-2015 Vigo - Espanha
9º Congresso Português de Hipertensão
e Risco Cardiovascular Global” 26-02 a 01-03-2015 Vilamoura
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PALAVRAS DE MESTRE
Colaboradores nesta Edição: Guida Cruz, Luís
Amaro, Raquel Osório, Licínio Fialho, Susana
Santos.
FICHA TE CNICA
Publicação trimestral
Caixins
2450-125 Nazaré
Telefone: 262 569 120
Fax: 262 561 938
USF Global
"Não é por as coisas serem difíceis que não temos ousadia.
É por não termos ousadia que as coisas são difíceis."
Séneca (4 aC-65)
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