Editorial: U M A L U Z B R I L H A N A S T R E V A S
novembro/dezembro 2014 Número 71
Movimento da Mensagem de Fátima na Diocese de BejaMovimento da Mensagem de Fátima na Diocese de Beja
Nesta edição:
Conselho
Diocesano de
Beja do M.M.F.
2
Dia de Deserto
em Alvito 2
“O Caminho dos
Magos”
(Bento XVI)
3
Os Cinco
Primeiros
Sábados XVII
4
possa refazer, por sua graça,
o homem original.
“Oh, se rasgásseis os céus e
descêsseis!” - ouvimos logo
no início deste tempo, a
expressar o estado de alma
de um povo que tinha
conhecido a solicitude do seu
Deus mas que de Ele se tinha
afastado pelo pecado e agora
sentia, de forma dramática, a
Sua ausência.
E é pela voz do mesmo
profeta Isaías que a
esperança surge nesse povo
angustiado e afirma já como
certeza: “mas seremos
salvos” . O reencontro com o
Deus da Aliança é já alegre
expectativa pois Ele é
essencialmente amor e
misericórdia e garantia da Sua
presença renovada. Por isso,
esse povo espera, num tempo
de vigilância alegre, que se
cumpra a manifestação do
Seu gesto salvador.
O momento chegará. O
momento luminoso a romper
as trevas da humanidade
mergulhada na escuridão do
pecado e da morte e surgirá
uma grande luz a inundar o
mundo de paz, de
O Advento
que
estamos
a viver
convida-
nos a
uma esperança alegre e
vigilante num caminhar rumo
ao encontro do acontecimento
ansiosamente esperado
desde há muitos séculos por
patriarcas e profetas e por
todo o povo de Deus – a vinda
do Salvador, Jesus Cristo, o
Messias Filho de Deus.
A história da salvação que é a
história da humanidade, a
história de todos nós é
marcada pela dialéctica entre
o inconformismo por aquilo
que somos e a presença
constantemente reiterada de
um Deus que nunca desistiu
de nos mostrar a ternura de
um Pai que cuida de nós e de
um Redentor que nos quer
resgatar da nossa condição
frágil e pecadora e restaurar
em nós a obra das suas
mãos. Por isso o apelo
lancinante, o desejo profundo
de que o Senhor venha e
reconciliação e de alegria
verdadeiras.
E a Luz é esse Menino que
vem habitar entre nós, com a
nossa carne e inicia a grande
liturgia do amor e do perdão
para todos os homens de boa
vontade. A Aliança está agora
refeita. O Homem é
reconduzido à sua pureza
inicial, aos momentos da
felicidade que sustenta o
sentido da sua existência
porque fundada
intrinsecamente na relação
fundamental com o seu
Criador e agora renovada
definitivamente na Redenção.
Venceu o Amor! Deus ama-
nos com um amor insondável,
é essa a maravilha do mistério
do Natal! É essa a grande Luz
que irrompe da gruta de
Belém. É esse o cântico que
se solta nas vozes melodiosas
dos Anjos nunca antes
ouvidas e às quais nos
podemos juntar aclamando
jubilosos: “Glória a Deus nas
alturas e paz na terra aos
homens por Ele amados”.
Um Santo Natal de 2014.
Pe. Mário Capa, Assistente
O Secretariado Diocesano de Beja do MMF deseja a todos os mensageiros e familiares um Santo
Natal e um Ano Novo cheio das bênçãos de Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe Santíssima!
Movimento onde têm
assento os
Presidentes e
Assistentes
Espirituais que devem
apreciar e aprovar o
programa das acções
a realizar durante o
ano pastoral em
curso e que é
proposto pelo
Secretariado
Diocesano. Estavam
presentes, além dos
elementos que
compõem o Secretariado
Diocesano, alguns dos
Secretariados Paroquiais da
nossa Diocese, nas pessoas
dos seus Presidentes ou seus
representantes. Vindos de
Fátima, o Presidente Nacional,
Sr. Fragoso do Mar, e o Sr.
Padre Francisco Pereira
manifestaram, com a sua
presença e a sua intervenção,
o apreço pelo M.M.F. de Beja.
Depois da apresentação das
acções realizadas no passado
ano pastoral, foi apreciada a
nova proposta para este ano
2014/2015. Com intervenções
várias por parte dos
Secretariados Paroquiais
presentes, foi aprovado o novo
programa. O Conselho
terminou com a Eucaristia
concelebrada pelo padre
Francisco Pereira e pelo
Assistente Diocesano.
Pe. Mário Capa, Assistente
R ealizou-se no dia 18 de
Outubro, no Centro
Pastoral Diocesano, o
Conselho Diocesano do
Movimento da Mensagem de
Fátima, órgão importante do
Página 2
“No dia 17 de
dezembro de 1927, foi
junto do Sacrário
perguntar a Jesus como
satisfazia o pedido que
lhe era feito, se a origem
da devoção ao
Imaculado Coração de
Maria estava encerrada
no segredo que a
Santíssima Virgem lhe
tinha confiado. Jesus,
com voz clara, fez-lhe
ouvir estas palavras:
- Minha filha, escreve o
que te pedem, e tudo
que te revelou a
Santíssima Virgem, na
aparição em que falou
desta devoção, escreve-
o também; quanto ao
resto do segredo,
continua o silêncio.”
(in Memórias da Irmã
Lúcia, pg. 224, 6ª edição)
C o n s e l h o D i o c e s a n o d o M . M . F .
Dia de Deserto em Alvito
pinhal, a reza do Rosário
meditado com reflexões sobre
a vida dos pastorinhos e a
celebração da Eucaristia
presidida pelo Assistente
Diocesano Pe. Mário Capa.
Tempos para meditação
pessoal e também para a
partilha e para o convívio
fizeram desta acção, um dia
proveitoso e diferente.
Pe. Mário Capa, Assistente
N o passado dia 15
de Novembro,
realizou-se mais uma
acção prevista no Plano de
Actividades do Movimento
da Mensagem de Fátima -
um "Dia de Deserto".
Um grupo de mensageiros,
com os elementos do
Secretariado Diocesano,
reuniu-se na Quinta da
Beira, para se viver um dia
de oração, de recolhimento
e de meditação. No
ambiente de tranquilidade
que aquele local proporciona,
procurou-se aprofundar o
espírito da mensagem de
Nossa Senhora e realizar
alguns exercícios espirituais -
uma Via Sacra no percurso do
O Caminho dos Magos (Bento XVI)
Página 3 Número 71
“ …«Entrando na casa
(sobre a qual a estrela
tinha pousado), viram o
Menino com Maria, sua Mãe.
Prostrando-se, adoraram-No.»
O caminho exterior daqueles
homens tinha terminado:
tinham chegado à meta. Mas,
neste ponto, começa para eles
um novo caminho, uma
peregrinação interior que
alterará toda a sua vida.
Porque, certamente, tinham
imaginado este rei recém-
nascido de maneira diferente.
Tinham-se detido
precisamente em Jerusalém
para obter do rei local notícias
acerca do Rei prometido que
acabara de nascer. Sabiam
que o mundo estava em
desordem e, por isso, o seu
coração andava inquieto.
Tinham a certeza que Deus
existe e que é um Deus justo e
benigno. E talvez tivessem
ouvido falar também das
grandes profecias com as
quais os profetas de Israel
anunciavam um Rei que
estaria em íntima harmonia
com Deus e que, em seu
nome e por seu encargo,
restabeleceria a ordem no
mundo. Para procurar este Rei
tinham-se posto a caminho.
Do fundo do seu coração,
andavam à procura do direito,
da justiça que devia vir de
Deus e desejavam ouvir
aquele Rei, prostrar-se aos
seus pés e desta forma servir,
eles mesmos, a renovação do
mundo. Pertenciam àquele
género de pessoas «que têm
fome e sede de
justiça» (…)
Embora os
outros homens,
os que
permaneceram
em casa, os
considerassem
talvez utópicos
e sonhadores,
eles, pelo
contrário, eram
pessoas com
os pés no chão
e sabiam que para mudar o
mundo é preciso ter poder. Por
isso, não podiam procurar o
Menino da promessa senão no
palácio do rei. Mas agora,
inclinavam-se diante de um
Menino, filho de gente pobre, e
muito depressa vêm a saber
que Herodes, aquele rei junto
do qual tinham ido, pretendia
ameaçá-Lo com o seu poder.
(…) O novo Rei diante do qual
se tinham prostrado em
adoração, divergia muito da
expectativa deles. (…)
Começou assim o seu
caminho interior no próprio
momento em que se
prostraram diante deste
Menino e O reconheceram
como o Rei prometido. Mas
eles ainda tinham de
assimilar interiormente este
gesto jubiloso.
Deviam mudar a ideia que
tinham acerca do poder, de
Deus e do homem, e, fazendo
isto, deviam também eles
mesmos mudar. (…) Tinham
vindo para se porem ao
serviço deste Rei, para
modelarem a própria realeza
segundo a d’Ele. ( …)
Servindo–O e seguindo–O,
desejavam servir, juntamente
com Ele, a causa da justiça e
do bem no mundo. E nisto
tinham razão. Mas agora
aprendiam que ela não pode
ser realizada simplesmente
por meio de ordens e do alto
de um trono. Agora aprendiam
que deviam oferecer-se a si
mesmos. Uma doação menor
que esta não é suficiente para
este Rei. (…) Não voltarão a
perguntar: para que me serve
isto? Ao contrário, deverão
perguntar: com que sirvo a
presença de Deus no mundo?
(…)
Os Magos que vieram do
Oriente são apenas os
primeiros de uma longa série
de homens e mulheres que na
sua vida procuraram
constantemente com o olhar a
estrela de Deus, que
procuraram aquele Deus que
está perto de nós, seres
humanos, e nos indica o
caminho. (…)
[A história dos Magos] não é
uma história distante, que se
verificou há muito tempo. Ela é
presença (…) Na hóstia
consagrada, Ele está diante de
nós e no meio de nós. Como
então, esconde-Se
misteriosamente num santo
silêncio;
como então, e precisamente
assim, revela o verdadeiro
rosto de Deus. (…) Ele está
presente como naquela época
estava presente em Belém.
Convida-nos para aquela
peregrinação interior que se
chama adoração. Coloquemo-
nos agora a caminho para esta
peregrinação e peçamos-Lhe
que nos guie. Amén.”
in Bento XVI; Mostrar Cristo ao
Mundo, Ed.AO,Braga, 2012,
Pg. 23 a 29
[texto com supressões]
Seminário
Diocesano de Beja
Rua D. Afonso
Henriques, 1-A 7800 Beja
Edição e Composição:
António Louro
Impressão:
Gráfica Minhota
Publicação bimensal
bem natural que tenha rezado
o salmo 40(39): “Pai, ponho
em Ti toda a minha confiança.
És Tu que dás firmeza aos
meus passos e pões em meus
lábios um cântico novo. É
para Ti o meu hino de louvor.
De mim está escrito, no livro
da Lei, que faça a tua vonta-
de. Assim o quero, ó meu
Deus, a tua Lei está nas mi-
nhas entranhas.”
O meu alimento, ó Pai, é fazer
a tua vontade.
Maria comungava plenamente
na oração de seu Filho e revia
-se em cada uma das suas
palavras.
Deus é para mim o Pai muito
querido, em quem ponho toda
a minha confiança?
Procuro fazer em tudo a sua
vontade?...
Contemplo, medito, rezo.
O caminho fez-se curto. A
cidade de Jerusalém já está
próxima e, ao longe, vê-se o
seu templo esplendoroso.
Jesus caminha para a casa do
Pai, com o coração repassado
de alegria. Que densidade
teriam em seus lábios as pala-
vras do Salmo 122(121): “Que
alegria, quando me disseram:
Vamos para a casa do Se-
nhor!”
E aqueles oito dias passados
em Jerusalém, na Festa da
Páscoa, os diálogos com o
5º Mistério Gozoso:
A Perda e o Encontro de
Jesus no Templo
Oração de entrega:
Virgem Santíssima, Mãe de
Deus e nossa Mãe!
Ao mostrar o vosso Imaculado
Coração, cercado de espi-
nhos, pedistes aos vossos
filhos consolo e reparação.
Queremos desagravar o vos-
so Imaculado Coração dos
nossos pecados e dos peca-
dos de toda a humanidade:
Eles são como espinhos, que
no vosso Coração se vão cra-
var, ferindo-vos e magoando-
vos.
Sejam o rosário que vamos
rezar e os quinze minutos de
companhia que Vos vamos
fazer, verdadeiros atos repa-
radores.
Fazei, Senhora, que o vosso
Imaculado Coração seja o
nosso refúgio e o caminho
seguro que nos conduza até
Deus. Ámen!
Leitura Bíblica: Lc 2, 41-52
(...) Contemplámos Maria e
José caminhando para o
Templo de Jerusalém, levan-
do o Menino Jesus em seus
braços. Agora Jesus, já com
doze anos, vai pelo seu pró-
prio pé.
Ao longo da peregrinação,
Jesus rezou vários salmos. É
Pai, terão sido inesquecíveis,
momentos de grande densida-
de espiritual!
E eu? Como estou a viver
este momento?
Estou aqui todo para Jesus?
Todo para Maria?
Contemplo, medito, rezo…
Na aparição de julho, Nossa
Senhora disse: “Para a impe-
dir [a guerra], virei pedir a
consagração da Rússia a meu
Imaculado Coração e a Comu-
nhão reparadora nos primei-
ros sábados. Se atenderem a
meus pedidos, a Rússia se
converterá e terão paz; se
não, espalhará seus erros
pelo mundo, promovendo
guerras e perseguições à Igre-
ja.”
Os pedidos de Nossa Senhora
não foram ouvidos, e a Rússia
espalhou os seus erros pelo
mundo, veio a Segunda Guer-
ra Mundial com milhões de
mortes, e o Santo Padre teve
muito de sofrer.
Mas, quando a consagração
da Rússia foi feita, como Nos-
sa Senhora pedira, o Muro de
Berlim caiu, a liberdade religi-
osa chegou a países onde
antes parecia impossível.
Quem não vê aqui um sinal da
promessa de Nossa Senhora:
“Por fim, o meu Imaculado
Coração triunfará.”
Que impacto têm em mim
estas palavras?
Quero contribuir, através da
devoção ao Imaculado Cora-
ção de Maria, para apressar e
alargar o triunfo do seu Cora-
ção?
Contemplo, medito, rezo.
In “Primeiros Sábados -
Quinze Minutos de
Companhia a Nª Senhora”,
Fundação Maria Mãe da
Esperança
Os Cinco Primeiros Sábados XVII
Secretariado
Diocesano de Beja
do Movimento da
Mensagem de
Fátima
Estamos na internet em:
http://sdbejammf. wordpress.
com
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