O Apocalipse O livro da Revelação
Estudo 04“Guardaste a minha
palavra”
Texto bíblico:Apocalipse 3.1-22
Texto áureo: Ap 3.8
”Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o
meu nome.”
Introdução I
O Espírito do Senhor continua dirigindo o apóstolo na Escritura a escrever. Agora, dando continuidade à espiral que iniciou em Éfeso, no sul da Ásia, subiu em direção ao Oeste, passando por Esmirna, Pérgamo e Tiatira e agora começa a inclinar-se para o Leste, em direção a Sardes.
Introdução II
O fato de o Espírito do Senhor orientar a João a começar a
escrever a sua mensagem final da Palavra Sagrada em forma
de cartas a igrejas, é bem indicativo do propósito e significado que o Senhor
desejava para este livro que fechava a sua revelação
escrita.A realidade que o plano de Deus antevia é que a sua igreja iria se estender pela face da terra. Ele sabia que aquelas sete igrejas, as quatro que vimos no domingo passado
(Éfeso / Esmirna / Pérgamo / Tiatira) e as três últimas que veremos hoje (Sardes / Filadélfia / Laodicéia), seriam como que modelos para o mundo futuro que viria até aos nossos dias, daquilo que ele desejava para que o seu reino fosse
expandido e aceito por todos os povos. Não um reino advindo do poder das armas ou da força humana, mas sim,
do poder do Espírito Santo e de sua igreja, a igreja de Cristo.
5ª. Carta - À igreja em Sardes – Ap. 3.1-3Nesta carta, os sete espíritos e as sete estrelas, que lemos
abaixo, é uma imagem figurada para aquele que está redigindo a carta. É como se alguém estivesse fazendo
referência à autoridade de que estava investido aquele que escrevia. Sete, era para o judeu, o número da perfeição, e
como o texto referia-se a Cristo, o autor da carta, esta perfeição era encarnada na plenitude do Espírito de Deus que ele possuía (por isso sete espíritos), e na luz infinita
que dele emanava (por isso sete estrelas). E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem
os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que
vives, e estás morto. Sê vigilante, e confirma os restantes, que
estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas
diante de Deus.Lembra-te, pois, do que tens
recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti
virei.
5ª Carta - À igreja em Sardes – Ap 3.4-6
Sem dúvida, esta é a admoestação mais severa de todas encontradas nessas sete cartas. A igreja em Sardes, deveria
estar enfrentando um problema espiritual muito sério, de forma a requerer do Senhor um tratamento tão dramático.
Pelas obras, exteriormente, aquela igreja poderia até transparecer ser uma igreja viva do Senhor, mas como ele
conhece o íntimo de todos nós, e a vida interna de cada uma de nossas igrejas, ele afirma que tudo aquilo era apenas
aparência, pois a grande realidade, para ele, é que aquela igreja estava morta.Mas também tens em Sardes
algumas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso.O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira
nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante
dos seus anjos.Quem tem ouvidos, ouça o que o
Espírito diz às igrejas.
6ª Carta - À igreja em Filadélfia – Ap 3.7-9Fazendo o vetor inclinar-se mais para o leste, o inspirador
das cartas desce um pouco mais ao Leste, em direção à cidade de Filadélfia. A espiral está se fechando, com uma carta a uma igreja que tem muito a nos ensinar. Uma das
características mais notórias do crente, é a sua capacidade de transformar a limitação em poder, a fraqueza em força, o
fim em começo. Sim, pela instrumentalidade do Espírito Santo, quando ele efetivamente opera em nossas vidas, nós somos capazes de realizar o que aparentemente nos parecia
impossívelE ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é
verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre: Conheço as tuas obras;
eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra,
e não negaste o meu nome.Eis que eu farei aos da sinagoga de
Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus
pés, e saibam que eu te amo.
6ª. Carta - À igreja em Filadélfia – Ap 3.10-13Interessante que é para esta igreja que tem "pouca força", aquela exatamente para quem o Senhor tem uma "porta
aberta". Muitas vezes somos levados a pensar que as igrejas de Cristo hoje, têm que ser grandes, poderosas na sociedade, com muitos membros, para que suas ofertas e
seu poder financeiro exerçam na sociedade em que se insere, algum poder de mudança. Parece-nos que estamos diante de uma contradição, pois é precisamente para uma
igreja desprovida desse poder, que o Senhor dá uma oportunidade, coloca-a diante de uma missão, uma "porta
aberta" para a realização e o serviço cristão.Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre
todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. A quem
vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e
escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
7ª. Carta à igreja de Laodicéia – Ap 3.14-17 A temperatura morna da água não faz mal quando usada,
por exemplo, para o banho. Já a fria ou quente, pode causar alguns transtornos na saúde. Água morna, no entanto,
quando ingerida, é quase sempre causadora de vômito. No caso, Cristo não está se referindo à água morna, mas sim,
ao espírito morno. Ou seja, aquele estado espiritual de indiferença, pouco caso, desinteresse para com aquilo que
diz respeito a uma vida cristã mais santa e pura. Conhecendo aquela igreja de Laodicéia, ele sabia de suas
fraquezas e fracassos. Embora composta por pessoas crentes, sem dúvida, essas não eram exemplos de vida
cristã e devotamento à causa.E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação
de Deus:Conheço as tuas obras, que nem és frio
nem quente; quem dera foras frio ou quente!
Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha
boca.Como dizes: Rico sou, e estou
enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um
desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
7ª. Carta - À igreja em Laodicéia – Ap 3.18-19 A linguagem profética na Bíblia, usa sempre muitas figuras de imagem para melhor expor suas mensagens. Mais uma vez, chamamos atenção para a expressão eminentemente figurada do Apocalipse. No caso deste trecho que estamos
lendo, ouro, vestes e colírio são aí apresentados como atributos que, figuradamente, devem ser incorporados aos
viver cristão, de forma que, na realidade, marquemos a diferença diante do mundo: o ouro, representando o poder espiritual... as vestes representando a pureza de vida física e moral... o colírio representando a faculdade de vislumbrar
sempre o melhor. Esses três atributos não podem faltar à vida do crente, para que possamos efetivamente, ser sal na
terra e luz no mundoAconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para
que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que
vejas.Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e
arrepende-te.
7ª. Carta - À igreja em Laodicéia – Ap 3.20-22
Aquela igreja precisava abrir a sua porta para Cristo entrar. Como nos diz a letra do hino tão antigo quanto belo: "Abre
bem a porta do teu coração. Deixa a luz do céu entrar". Cristo não força sua entrada. Cristo não impõe a sua
presença. Ele, simplesmente, se coloca ao lado, chama-nos a atenção (batendo a porta), pronto para adentrar à nossa
vida, mas para que isto se dê, espera apenas que a iniciativa seja nossa, minha e sua, do ser humano que
somos nós, e que se disponham a recebê-lo por um ato de fé e amor.
Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta,
entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.
Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim
como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas
Conclusão – Um resumo das sete cartas
Conclusão5. Como está a sua
igreja quanto à primeira
advertência de Cristo à igreja em Sardes? Conheço
as tuas obras, que tens nome de que
vives, e estás morto.
Conferindo o perfil de
nossas igrejas pelo perfil das
cartas do Apocalipse:
6. A sua igreja receberia de Cristo uma avaliação tal
como esta? Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o
meu nome.
7. Se o Senhor esquadrinhar nossa igreja chegará a esta conclusão também?
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem
quente; quem dera foras frio ou quente! Assim,
porque és morno, e não és frio nem quente,
vomitar-te-ei da minha boca.
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