Já não bastavamos mosquitos,agora há zika nosexo e no sangue O vírus zika chegou aosEstados Unidos. E à Espa-nha. E a Israel. E ao ReinoUnido. E a Portugal. E aCabo Verde. Em Angola,ainda não há registo. Este éapenas o princípio de umpesadelo que vem com ummosquito de menos de umcentímetro de comprimento,o Aedes Aegypti. E paracompletar o cenário negrode dimensões mundiais, umalerta da OMS: uma pessoainfectada pode transmitir ozika através do sangue ou dosémen. |Pags.4 e 6
Dormiu bem?Dormir mal, ou em quanti-dade insuficiente, tornou-seuma queixa de saúde públi-ca prevalente que leva mui-tos utentes a procuraremajuda junto dos profissionaisde saúde, nomeadamentejunto do farmacêutico.A insónia define-se comouma inadequada qualidadedo sono que se descritacomo a dificuldade emadormecer ou manter osono, despertares precocespela manha e sono nãoreparador.A este propósito, farmacêu-ticos e técnicos de farmáciavão participar numa apre-sentação que a BIAL realizaeste mês, em Luanda, deno-minada "Noites sem sono -O tratamento da insónia”,sobre um fármaco que favo-rece a conciliação do sono. |Pag.22
Não foi fácil, mas conseguiram! Ao fim de dois anos e meio detrabalho intenso, o Hospital Américo Boavida obteve o tãoalmejado galardão: a certificação internacional de qualidadeISO 9001 para quatro dos seus serviços. Saiba como a direcçãoe os profissionais desta unidade de saúde foram capazes deimplementar normas e procedimentos clínicos e criar novosmecanismos de actuação que proporcionaram um modelo degestão dos serviços que garante um alto grau de competênciaprofissional, a eficiência na utilização dos recursos, um míni-mo de riscos e uma elevada satisfação dos utentes. |Pags.8 e 9
O Caminho do BemEuropean Society for
Quality ResearchLausanne
EUROPE BUSINESS ASSEMBLY
OXFORD
Hospital Américo Boavida obtém a certificação internacional ISO 9001
jornalAno 6 - Nº 69Fevereiro 2016Mensal Gratuito
Director Editorial: Rui Moreira de Sá
MINISTÉRIO DA SAÚDEGOVERNO DA REPÚBLICA DE ANGOLA aude
a saúde nas suas mãosA N G O L A
da
No topo da qualidade
Febreamarela:
tudo o que precisa saber para evitar Pag. 3
2 EDITORIAl Fevereiro 2016 JSA
Conselho editorial: Prof. Dr. MiguelBettencourt Mateus (coordenador),Dra. Adelaide Carvalho, Prof. Dra.Arlete Borges, Dr. Carlos (Kaka) Al-berto, Enf. Lic. Conceição Martins,Dra. Filomena Wilson, Dra. HelgaFreitas, Dra. Isabel Massocolo, Dra.Isilda Neves, Dr. Joaquim Van-Dú-nem, Dra. Joseth de Sousa, Prof. Dr.Josinando Teófilo, Prof. Dra. MariaManuela de Jesus Mendes, Dr. Mi-guel Gaspar, Dr. Paulo Campos.Director Editorial: Rui Moreira de Sá
[email protected]; Redacção: Cláudia Pinto; FranciscoCosme dos Santos; Magda CunhaViana.Correspondentes provinciais:Elsa Inakulo (Huambo); Diniz Simão(Cuanza Norte); Casimiro José(Cuanza Sul); Victor Mayala (Zaire)MARKETING E PUBLICIDADE:
Eileen Salvação Barreto Tel.: + 244945046312 E-mail: [email protected]ção deste número:Cláudia Pinto, Fotografia: AntónioPaulo Manuel (Paulo dos Anjos). Edi-
tor: Marketing For You, Lda - Rua Dr.Alves da Cunha, nº 3, 1º andar - In-gombota, Luanda, Angola, Tel.:+(244) 935 432 415 / 914 780 462,[email protected]. Con-servatória Registo Comercial de Luan-da nº 872-10/100505, NIF5417089028, Registo no Ministérioda Comunicação Social nº141/A/2011, Folha nº 143.Delegação em Portugal: Beloura Of-fice Park, Edif.4 - 1.2 - 2710-693 Sin-tra - Portugal, Tel.: + (351) 219 247
670 Fax: + (351) 219 247 679E-mail: [email protected] Geral: Eduardo Luís MoraisSalvação BarretoPeriodicidade:mensal Design e maquetagem:Fernando Al-meida; Impressão e acabamento: DamerGráficas, SATransportes: Francisco Carlos de An-drade (Loy) Tiragem: 20 000 exemplares.
Audiência estimada: 80 mil leitores.
FICHA TÉCNICA
Parceria:
www.jornaldasaude.org
Vivemos um momento de transição na saúde. Reflecte, entre
outros, a mudança de paradigma do modelo económico em
que o país assentava. A crise económica coloca em teste os
hospitais. Está a ser difícil manter o nível da assistência com
tantas limitações até no abastecimento de consumíveis e rea-
gentes de laboratório que são básicos.
Exemplos a seguir
Daí a importância crucial da optimização dos processos na
gestão das unidades de saúde. Nem de propósito, o hospital
Américo Boavida acaba de obter a certificação pela norma
9001 que atesta a qualidade dos serviços prestados por uma
instituição, conforme reportagem que publicamos neste nú-
mero. Ora, isto obrigou à identificação e correcção dos erros
cometidos no passado, a implementação de normas e pro-
cedimentos clínicos, a criação de novos mecanismos de ac-
tuação que garantissem um outro modelo de gestão. Enfim,
a mudança. Muita coragem e um exemplo a seguir.
Outro exemplo a seguir, neste caso por empresas privadas,
é a de uma petrolífera – a BP Angola – que, apesar dos tem-
pos que correm, continua fiel aos seus compromissos para
com a comunidade. Os seus apoios em diversas áreas sociais,
incluindo a da saúde, têm permitido melhorar a assistência
sanitária e até a formação médica, como relatamos nesta edi-
ção.
Na área da saúde pública, as campanhas contra o novo surto
a febre amarela obrigaram os valentes técnicos a cerrar filei-
ras e a vacinar os cidadãos, começando pelas crianças.
Finalmente, nas páginas seguintes, actualize os seus conheci-
mentos sobre a nova ameaça chamado Zica que parece cau-
sar a microcefalia e que, afinal,... também se transmite pela via
sexual.
A mudança
Março mulher O Jornal da Saúde saúda a mulher angolana e dedica a próxima edição ao seu bem-estar. Não perca.
Rui MoReiRa de Sá
Director [email protected]
Depois da vacinação a meninas
entre os 9 e os 14 anos de ida-
de, nos Centros de Acolhimen-
to “Pequena Semente” e “Hori-
zonte Azul”, contra o vírus HPV,
o Luanda Medical Center
(LMC) lançou, este mês de Fe-
vereiro, uma campanha de pre-
venção contra o cancro do colo
do útero. De acordo com Rita
Matias, directora de marketing
do LMC, trata-se de “uma cam-
panha de sensibilização que pre-
tende alertar e informar sobre
os métodos de prevenção desta
doença. O rastreio é um peque-
no gesto que pode salvar a vida
de mulheres que são também
mães, filhas, esposas e amigas de
alguém”. O cancro do colo do
útero é uma doença que afecta
mulheres em todo o mundo e
em Angola existe uma forte in-
cidência deste tipo de cancro. As
estatísticas do IACC (ex Centro
Nacional de Oncologia), regista-
ram, em 2015, 180 novos casos
de cancro do colo do útero.
Campanha deprevenção contra o cancro do colo do útero
A Faculdade de Medicina de Ma-
lanje da Universidade Lueji
A’Nkonde obteve a medalha de
ouro na 67ª. Feira Internacional
de Ideias, Inovações e Novos Pro-
dutos (IENA), realizado em Nu-
remberga, na Alemanha, com os
seus projectos “Estratégia para a
Prevenção das mordeduras de
serpentes em Angola” e “Estudo
de Venenos e envenenamentos
de serpentes de Angola”. No
mesmo evento, o Centro de In-
vestigação e Informação de Me-
dicamentos e Toxicologia (CIME-
TOX) conquistou a medalha atri-
buída pela Associação de Inven-
tores de Taiwan, com os projec-
tos “Estamos em Linha” (Softwa-
re Droguisoft) para a prevenção,
informação, diagnóstico e trata-
mento do abuso de drogas com
a implementação de aconselha-
mento e ajuda à distância e o “Sis-
tema integrado de Toxicovigilân-
cia de intoxicações agudas com
suporte de software automatiza-
do (Vigicimetox)”.
Ambas instituições foram repre-
sentadas pela Vice-Decana para
os Assuntos Científicos da Facul-
dade, Paula Regina Simões de Oli-
veira, actualmente Decana da Fa-
culdade de Medicina de Benguela.
Malanje conquistamedalhas em Nuremberga
O Jornal da Saúde chega gratuitamente às suas mãos graças
ao apoio das seguintes empresas e entidades socialmente
responsáveis que contribuem para o bem-estar dos angolanos
e o desenvolvimento sustentável do país.
QUADRO DE HONRAEmpresas Socialmente Responsáveis
nA infecção silvática de hu-manos ocorre quando estesentram na floresta para ca-çar, recolher alimentos, pro-ceder ao abate de árvores,etc. Os indivíduos infectadosna floresta podem dar inícioa transmissão entre huma-nos se houver a presença devectores peridomésticosadequados nas cidades e al-deias. No ambiente urbano,o Aedes aegypti é um vectorextremamente eficaz para ovírus da febre-amarela. Estemosquito é também o prin-cipal vector urbano para odengue e a chikungunya.
A febre-amarela distri-bui-se a oeste, centro e estede África e na América doSul, do Panamá à região nor-te da Argentina. Nunca foidetectada na Ásia. Já foramregistadas epidemias catas-tróficas, com dezenas de mi-lhar de mortes, na África ru-ral.
O vector Aedes aegypti jáfoi endémico na Europa eresponsável por grandesepidemias de febre-amarelae dengue. A razão para o seudesaparecimento após a IIGuerra Mundial nunca foiexplicada. Ainda está pre-sente nos Estados Unidos ejá foi registado em 21 esta-dos. É possível que o vectorvolte a estabelecer-se na Eu-ropa, à semelhança do queaconteceu com outro poten-cial vector, o Ae. albopictus.
Caraterísticas clínicasO início dos sintomas é súbi-to, geralmente 3 a 5 diasapós a infecção. A doençapode causar um amplo es-pectro de sintomas, de ligei-ros a fatais. Nos casos clíni-cos verifica-se um inícioabrupto de febre e dor de ca-beça forte, artralgias e doresmusculares. Pode surgir ic-terícia no terceiro dia, o queé possível indicador de casograve. Neste cenário, podemocorrer hemorragias espon-tâneas, falência renal, delí-rio, coma e morte. A morta-lidade destes casos clínicospode chegar aos 80%, a parde doenças como o Ébola,Marburgo e outras infeçõesvirais hemorrágicas. A con-valescença é longa, geral-mente com sequelas graves.
TransmissãoReservatórioSendo uma infecção carac-terística de primatas, o víruscircula entre macacos emosquitos na floresta, e en-tre humanos e mosquitosnas aldeias e zonas urbanas.Nos macacos africanos a in-fecção é assintomática ou li-geira; as epizootias são sina-lizadas quando os seres hu-manos adquirem a doença.Por contraste, o vírus é letalnos primatas do hemisférioocidental; as epizootias sãoevidentes quando a selva fi-ca silenciosa devido à eleva-da mortalidade dos maca-cos uivadores.
Modo de transmissãoAs picadas de mosquitos in-fectados são o único modode transmissão. Os mosqui-tos adquirem o vírus quandose alimentam de um hospe-deiro virémico, após o que(numa espécie susceptível) ovírus infecta muitos tecidos,incluindo as glândulas sali-vares. Apesar de poder levarsemanas (e muitas refeições
sanguíneas) até um mosqui-to ficar infectado, essa infec-ção é para a vida.
Novas infecções em hu-manos podem ocorrerquando a saliva do mosqui-to, que contém o vírus, é in-jectada num hospedeironão imune durante refei-
ções sanguíneas subse-quentes. O período de incu-bação extrínseco, ou seja, otempo necessário para omosquito se tornar infeccio-so, é de cerca de 10 dias, de-pendendo da temperatura.Também existem provas detransmissão vertical (trans-
missão diretamente da fê-mea adulta via ovos para osadultos da próxima gera-ção).
A virémia atinge o picomais elevado no dia antes aoinício dos sintomas, e geral-mente é suficientementeelevada para infectar mos-quitos nos 4 dias seguintes.A imunidade é provavel-mente para toda a vida.
Todas as pessoas não va-cinadas correm risco nas zo-nas com transmissão activada doença.
Medidas de prevençãoExiste uma vacina atenuadade febre-amarela, conside-rada segura, eficaz e de bai-xo custo, que é administra-da há mais de 50 anos. Ape-sar da vacina ser extrema-mente eficiente, a vacina-ção por rotina foi imple-mentada em muito poucospaíses.
Um certificado de vaci-nação da febre-amarela éagora o único certificadoque deverá ser requeridoem viagens internacionais.
Áreas de incertezaApesar da riqueza de infor-mação a nível da ecologia,epidemiologia e patologiada doença, há uma elevadaprobabilidade de ocorrên-cia de grandes surtos empopulações não vacinadasem áreas onde se regista apresença de Aedes aegypti.
Foram registados even-tos adversos (viscerotrópi-cos ou neurotrópicos) apósimunização com vacinas dafebre-amarela sobretudoem indivíduos idosos eimunocomprometidos. Es-tes casos terão de ser me-lhor investigados para reu-nir e verificar evidências deassociação entre a vacina ea doença clínica para poderapoiar decisões em relaçãoà vacinação contra a febre-amarela.
3ACTUAlIDADEJSA Fevereiro 2016
FFrancisco cosmE Dos santos
A campanha de combate à
doença, lançada este mês, envol-
veu várias acções de sensibiliza-
ção das populações para se re-
forçar as medidas de prevenção,
tais como a colocação de óleo
queimado nos charcos, a pro-
tecção da picada dos mosqui-
tos, a cobertura dos recipientes
de água, distribuição de mini do-
ses de Bactivec (desinfectante
para água), a eliminação de cria-
douros de reprodução de lar-
vas dos mosquitos, fumigação
intra e extra-domiciliar, e, tam-
bém, a vacinação, principalmen-
te de crianças.
De acordo com o Ministro
da Saúde, José Van-Dúnem, o lan-
çamento da campanha foi no
Município de Viana por se tratar
do epicentro do surto da doen-
ça, que assolou os luandenses
desde Dezembro de 2015.
O dirigente acrescentou que
a administração da vacina será
feita progressivamente nos ar-
redores de Luanda, sendo prio-
ritárias as crianças, mulheres grá-
vidas, pessoas que possuem car-
tões e não foram vacinadas.
Alertou ao reforço da me-
lhoria do saneamento básico,
controlo vectorial (redução da
quantidade de larvas e mosqui-
tos), sobre tudo a vacinação co-
mo outras medidas preventivas
e eficazes que venham a assegu-
rar a eliminação da doença.
O lançamento da campanha
da febre-amarela no dia 2 de Fe-
vereiro, contou com a presença
do Governador da Província de
Luanda Higino Carneiro, repre-
sentante da OMS, Hernando
Agudelo, representantes da so-
ciedade civil e profissionais do
sector.
Número de casosEntre 22 de Dezembro de 2015
e 23 de fevereiro de 2016, regis-
taram-se 565 casos, dos quais
434 na província de Luanda.O
município de Viana é o mais afec-
tado com 204 casos. No total, fa-
leceram 118 pessoas, das quais
82 em Luanda.
Campanha de combate em Angola
Evolução dos casos de Febre Amarela entre Dezembro de 2015 e Fevereiro de 2016
Angola reforça medidas contra a febre amarelaA febre amarela é umadoença infecciosa causadapor um flavivírus, para a qualestá disponível uma vacinaaltamente eficaz. A doença é transmitida pormosquitos. Não existe trata-mento específico além davacinação. É endémica em44 países, dos quais nove sãolatino-americanos. Em cadaano são registados cerca de200 mil casos de febre ama-rela no mundo, com umaconcentração crescente naregião da África Subsaaria-na. Cerca de 15% dos doen-tes desenvolvem uma formasevera da doença e, entreeles, a mortalidade chega a50%. Uma pessoa não trans-mite febre amarela directa-mente a outra. Para queocorra, é necessário que omosquito pique um indiví-duo infectado e, após o víruster-se multiplicado, piqueum indivíduo que ainda nãoteve a doença e não tenha si-do vacinado.
Se tiver febre, dor de cabeça forte, artralgias e dores
musculares (pode surgir icterícia no terceiro dia)
procure a unidade sanitária mais próxima, evite a au-
tomedicação (não tomar aspirina nem ibuprofeno) e
beba muitos líquidos (água e sumos).
O que fazer se sentir sintomas da febre-amarela
Ilha de Páscoa
(Chile)2014
CaboVerde2015
Alemanha2013
Itália2015
O VÍRUS ZIKA PELO MUNDO
1952Uganda eTanzânia,
identificado em seres humanos
1947Uganda
(Floresta Zika)Vírus isoladonum macaco
ORIGEM Ilha de Yap2007
PolinésiaFrancesa2013/14
Casos reportados desde 1951 África: Egipto, Rep. Centro Africana, Serra Leoa e Gabão ; Ásia: India, Malásia, Filipinas, Tailândia, Vietname e Indonésia
Casos importados 2007: Ilha de Yap (Micronésia); 2013: Alemanha e Polinésia Francesa (França); 2014: Ilha de Páscoa (Chile); 2015: Itália, Brasil, Suriname, El Salvador, Guatemala, Paraguai, México, Venezuela, Panamá, Cabo Verde e Honduras; 2016: EUA, Antigua e Barbados, Guiana Francesa (França), Martinica (França), Porto Rico (EUA), Bolívia, Haiti, Guiana, Portugal, Rep. Dominicana, Equador, Colômbia, Saint Martin e Guadalupe
4 ACTUALIDADE Fevereiro 2016 JSA
Já não bastavam os mosquitos,agora há Zica no sexo e no sangue
Sinais e sintomasO período de incubação (o tem-po que decorre desde a exposi-ção até aos sintomas) da doençado vírus Zika não está estabeleci-do, mas é provavelmente de al-guns dias. Os sintomas são seme-lhantes a outras infecções por ar-bovírus, incluindo o dengue, e sãoa febre, erupções pele, conjunti-vite, mialgia, artralgia, mal-estar ecefaleias. Estes sintomas são, nor-malmente, ligeiros e duram dois asete dias.Durante grandes surtos na Poli-nésia Francesa e no Brasil, res-pectivamente em 2013 e 2015, asautoridades sanitárias nacionaiscomunicaram potenciais compli-cações neurológicas e auto-imu-nes da doença do vírus Zika. Re-centemente, no Brasil, as autori-dades sanitárias locais observa-ram um aumento das infecçõespelo vírus Zika no público em ge-ral, assim como um aumento nosbebés nascidos com microcefaliano nordeste deste país. Aa agên-cias que investigam os surtos deZika estão a encontrar um con-junto de evidências cada vezmaior sobre a ligação entre o ví-rus Zika e a microcefalia.
PrevençãoOs mosquitos e os seus locais deproliferação representam um signifi-cativo factor de risco para a infecçãopelo vírus Zika. A prevenção e ocontrolo dependem da redução dosmosquitos através da redução dasfontes (eliminação e modificaçãodos locais de proliferação) e da re-dução do contacto entre os mosqui-tos e as pessoas.Isso pode ser feito usando repelen-tes de insectos, utilizando vestuário(preferencialmente de cor clara) quecubram tanto o corpo quanto possí-vel, usando barreiras físicas, comoredes, portas e janelas fechadas edormir sob a protecção de mosqui-teiros. É igualmente importante es-vaziar, limpar e cobrir recipientesque possam conter água, tais comobaldes, vasos ou pneus com flores,para eliminar os locais de reprodu-ção dos mosquitos.Deve dar-se especial atenção e ajudaàs pessoas que possam não poderproteger-se devidamente, tais comas crianças, os doentes e os idosos.Durante os surtos, as autoridadessanitárias poderão aconselhar a usara pulverização de insecticidas. Os in-secticidas recomendados pelo Es-quema de Avaliação de Pesticidas daOMS podem também ser usadoscomo larvicidas, para tratar recipien-tes de água relativamente grandes.Os viajantes devem tomar as pre-cauções básicas acima descritas, parase protegerem contra as picadas dosmosquitos.
TransmissãoO vírus Zika é transmitido àspessoas através da picada de ummosquito infectado do géneroAedes, principalmente o Aedesaegyptinas nas regiões tropicas.Trata-se do mesmo mosquitoque transmite o dengue, o chi-kungunya e a febre amarela.Surtos da doença do vírus Zikaforam notificados, pela primeiravez, no Pacífico, em 2007 e 2013(respectivamente em Yap e Poli-nésia Francesa) e, em 2015, nasAméricas (Brasil e Colômbia) eem África (Cabo Verde). Por ou-tro lado, mais de 13 países nasAméricas notificaram infecçõesesporádicas pelo vírus Zika, oque indica uma rápida expansãogeográfica do vírus.Existe comprovação científicaque o vírus Zika pode ser trans-mitido por via sexual, e que po-derá permanecer no sémen du-rante várias semanas após a re-cuperação da infeção. Os viajan-tes para áreas afetadas com Zikadevem ser informados de que orisco de transmissão sexual deum homem infetado para outrapessoa existe, pelo que se reco-menda o uso do preservativo
DiagnósticoO vírus Zika é diagnosticadoatravés de PCR (reacção em ca-deia da polimerase) e do isola-mento do vírus em amostras desangue. O diagnóstico por sero-logia pode ser difícil porque o ví-rus pode ter uma reação cruzadacom outros flavivírus, como odengue, febre do Nilo Ocidentale febre amarela.
TratamentoA doença do vírus Zika é, nor-malmente, relativamente ligeira enão requer um tratamento espe-cífico. As pessoas com o vírus Zi-ka devem repousar bastante, be-ber muitos líquidos e tratar asdores e a febre com medicamen-tos comuns. Se os sintomas pio-rarem, devem procurar aconse-lhamento e cuidados médicos.Actualmente, não existe nenhu-ma vacina disponível.
-A doença do vírus Zika é causa-da por um vírus transmitido pelosmosquitos Aedes.-O vírus Zika pode ser transmiti-do por via sexual-As pessoas com a doença do ví-rus Zika têm, normalmente, febreligeira, erupção da pele (exante-ma) e conjuntivite. Estes sintomasduram, normalmente, 2-7 dias-Actualmente, não existe qual-quer tratamento específico nemvacina-A melhor forma de prevenção éa protecção contra a picada domosquito-Sabe-se que o vírus circula emÁfrica, nas Américas, na Ásia e noPacífico
O essencial
O vírus zika chegou aos Estados Unidos. E à Espanha. E a Israel. E ao Reino Unido. E a Portugal. E a Cabo Verde. Em Angola, ainda não há registo. Este é apenas o princípio de um
pesadelo que vem com um mosquito de menos de um centímetro de comprimento, o Aedes Aegypti. E para completar o cenário negro de dimensões mundiais, um alerta da
Organização Mundial de Saúde (OMS) assumiu o que já se suspeitava: uma pessoa infectada pode transmitir o zika através do sangue ou do sémen.
O vírus Zika é transmitidopelo mosquito Aedes (pi-cam, normalmente, duran-te a manhã e ao fim da tar-de) que foi inicialmenteidentificado no Uganda,em1947, em macacos.Posteriormente, foi identi-ficado em seres humanos,em 1952, no Uganda e naTanzânia. Têm-se regista-do surtos da doença dovírus Zika em África, nasAméricas, na Ásia e no Pa-cífico. Já chegou à Europa.Está a ser investigada apossível associação entrea infeção por vírus Zika ea microcefalia diagnostica-da em fetos e recém-nas-cidos, bem como com aassociação entre esta infe-ção e o síndrome de Guil-lain-Barré.
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6 VECTORES Fevereiro 2016 JSA
Conheça o inimigo
Animal de pequenas dimen-sões com cor nega e manchasbrancas no corpo e nas patas;
O mosquito fêmea é o únicoresponsável pela picada, logopela transmissão de doençaao homem. O mosquito ma-cho parece contribuir apenaspara a procriação da espécie;
Prefere picar sobretudo hu-manos, repousando em locaissombrios como no interiordas habitações;
Cerca de três dias após efe-tuarem uma refeição sanguí-nea, os mosquitos fêmea de-positam os seus ovos dentrode um criadouro, numa zonaimediatamente acima da linhade água, ficando fixos à parteinterna dos recipientes;
Os locais de postura dos ovossão, preferencialmente, no in-terior ou próximos de locaiscom atividade humana (do-mésticos ou peri-domésti-cos), sendo considerado cria-
douro os recipientes ou lo-cais com condições para odesenvolvimento da faseaquática do mosquito (ovos, larva e pupa);
Os criadouros do mosquitopodem ser locais ou habitatsnaturais (por exemplo, buracos nas árvores e axilasdas plantas) e contentores artificiais com água estagnada.Colocam os ovos durante o dia em água, de preferênciapouco poluída, com materialorgânico (por exemplo, folhas em decomposição, algas, etc.), em contentorescom aberturas largas e reve-lam preferência por criadou-ros de cor escura e localiza-dos à sombra;
São postos ovos durante vá-rios dias, em diversos reci-pientes de modo a garantir asobrevivência dos mesmos, epodem resistir um ano à des-secação (estado de seca).Quando imersos em água ereunidas as condições ideais
de temperatura, há a eclosãodas larvas a partir dos ovos;
Geralmente as larvas alimen-tam-se de pequenos organis-mos, algas e partículas deplantas ou animais existentesna água do criadouro;
A cor das larvas e pupas de-pende da alimentação dispo-nível no criadouro mas, pornorma, surgem com uma corclara e translucida e depoisvão escurecendo;
Todo o ciclo imaturo ou aquá-tico (isto é, de ovo até adulto)pode ocorrer em apenas setedias, quando reunidas as con-dições ideais;
A esperança de vida de ummosquito adulto é de cercade três semanas;
Nos países ou regiões maisfrias, o Aedes aegypti geral-mente não sobrevive duranteo inverno mesmo sob a formade ovo.
Pode voar centenas de me-tros (não há consenso em distâncias, variando entre 100 metros e 500metros). O mosquito fêmea voa sempre maiores distânciasque o macho, uma vez que, se não tiver ao seu disporpessoas para picar ou
criadouros para colocar osovos, desloca-se até os encontrar.
Alimentam-se de néctar deplantas, sucos de frutas e ou-tros açúcares de plantas, quesão a sua principal fonte deenergia.
As principais características desta espécie são:
Mosquito Aedes aegypti
O Aedes aegypti, a exemplo de outros mosquitos, tem um ciclo de vidacomplexo, com mudanças dramáticas a nível morfológico e ecológico.As fêmeas depositam os seus ovos nas paredes internas de recipientes comágua numa zona imediatamente acima desta. As larvas eclodem quando osovos são imersos em água, como resultado de chuvas ou pela ação humana.Nos dias seguintes, as larvas alimentam-se de microorganismos e matériaorgânica presente na água, mudando de pele três vezes por forma a seremcapazes de crescer, passando por quatro estádios de desenvolvimento lar-var. Quando a larva adquire energia e tamanho suficiente e está já no quar-to estádio, dá-se a metamorfose, passando de larva a pupa. As pupas não sealimentam, apenas mudam de forma até que o corpo do mosquito adultose forme e irrompa a pele da pupa, emergindo da água. O ciclo de vida com-pleto dura entre 8 a 10 dias à temperatura ambiente, dependendo da ali-mentação.Assim, existe uma fase aquática (ovo, larva e pupa) e uma fase terrestre(mosquito adulto) no ciclo de vida do Aedes aegypti.
Ciclo de vida
SINTOMAS ZICA CHIKUNGUNYA DENGUE
FEBRE É baixa e podeestar presente
Alta e de inícioimediato. Quasesempre presente
Alta e de inícioimediato. Semprepresente
DORES NAS ARTICULAÇÕES
Dores leves quepodem estarpresentes
Dores intensas epresentes em quase90% dos casos
Dores moderadase quase semprepresentes
MANCHAS VERMELHAS NA PELE
Quase semprepresente e commanifestação nasprimeiras 24 horas
Manifesta-se nas primeiras 48 horas.Pode estar presente
Pode estar presente
PRURIDO (COMICHÃO)
Pode ser de leve aintensa e pode estar presente
Presente em 50 a80% dos casos. Intensidade leve
É leve e pode estar presente
VERMELHIDÃONOS OLHOS
Pode estar presente
Pode estar presente Não está presente
TABELA DE SINTOMAS
8 HOSPITAIS Fevereiro 2016 JSA
Hospital 5 estrelas
nQuando puseram mãos àobra, Constantina Furtado,Lina Antunes, Vasco Mutem-ba e Luís Cabelo não imagi-navam as dificuldades e obs-táculos que tinham de ultra-passar até conseguirem obtera tão desejada certificaçãoISO 9001 que atesta a quali-dade dos serviços prestadospor uma instituição. Comorever os planos, identificar oserros cometidos no passado,implementar normas e pro-cedimentos, enfim, criar no-vos mecanismos de actuaçãoque garantissem um outromodelo de gestão dos servi-ços do hospital consentâneocom as exigências da 9001? Etudo isto já num quadro derestrições orçamentais e con-sequentes dificuldades finan-ceiras…Mas a directora-geral, a di-
rectora clínica, o director deenfermagem e o administra-dor do HAB não se intimida-ram. Conheciam a dedo a fi-bra dos profissionais de saú-de – médicos, farmacêuticos,enfermeiros, técnicos, admi-nistrativos – de que dispu-nham. Sentiram-se seguros econfiantes. Mas tinham devencer o desafio.... Tal como
ao médico combatente pelaliberdade que abriu a frenteLeste e deu o nome ao hospi-tal, também não lhes faltoudeterminação, firmeza, capa-cidade de trabalho e resiliên-cia para lutarem e atingiremo objectivo. Dois anos e meiodepois de iniciarem o proces-so certificaram quatro servi-ços: a unidade de cuidadosintensivos, os serviços de or-to-traumatologia, urologia ea Triagem de Manchester daurgência unificada de adul-tos. Foram os primeiros emAngola. E puseram o país nomapa das nações com unida-des de saúde certificadas quegerem bem as necessidades eexpectativas dos utentes ga-rantindo a sua máxima satis-fação.
Mas afinal o que é a qualidade na saúde?
A certificação da qualidadeda prestação de cuidados desaúde é hoje percebida comouma necessidade intrínsecaaos próprios serviços, pois es-tes existem para servir os ci-dadãos. A palavra qualidadepossui uma grande diversida-de de interpretações e defini-ções dada por vários autorese organizações. Referimo-nos a um produto como pro-duto de qualidade se estecumpre a sua função da for-ma que desejámos. Um servi-ço tem qualidade se vai de en-contro ou se supera as nossasexpectativas. De acordo coma Organização Mundial daSaúde (OMS), a qualidadedos cuidados de saúde envol-ve um conjunto de elementosque incluem: um alto grau decompetência profissional, aeficiência na utilização dosrecursos, um mínimo de ris-cos, um alto grau de satisfa-ção dos utentes e um efeito fa-vorável na saúde. Em resu-mo, a qualidade na saúde po-de ser definida como o grauem que os cuidados médicosaumentam a probabilidadede alcançar os resultados de-sejados nos pacientes atravésdos conhecimentos existen-tes na altura do tratamento. Aqualidade hospitalar resultado nível de perfeição atingidopelos profissionais no diag-nóstico e terapêutica dasdoenças.
Como chegaram lá…A certificação ISO 9001 obri-gou ao cumprimento de mui-tos requisitos. De acordo coma directora-geral, Constanti-na Furtado “um hospital pre-cisa de estar muito organiza-do para obter esta certifica-ção. Obriga à existência deum quadro orgânico e res-pectivo organigrama, bemcomo de um quadro analíticoe funcional. O hospital tem deelaborar um manual e umprotocolo internacional comos procedimentos que de-vem obrigatoriamente serrespeitados pelo acto médi-co, o que também implica oregisto informático para asdoenças mais frequentes”.
A fase inicial do processode certificação consistiu nacontratação de uma empresaque auxiliou o hospital a or-ganizar-se de forma a cum-prir todos os requisitos da ISO9001, entre outras firmas deauditoria interna e externa deavaliação.“Fizemos um estudo para
escolher os serviços que te-riam maior capacidade parase adaptar mais rapidamenteaos requisitos da ISO 9001 eque poderiam ser os motoresdos restantes. Escolhemosquatro que tinham uma boaliderança, tanto a nível médi-co como de enfermagem, umbom desempenho em ter-mos de produtividade, além
de uma boa organização eelevado grau de autonomia”,disse.“O serviço de Ortopedia já
tinha traçado uma meta, pro-curado parceiros fora do hos-pital devido à necessidade depróteses, e organizado for-mações. Tratava-se realmen-te de um serviço que tinhacondições para uma certifica-ção de qualidade”, conside-rou por sua vez a directora clí-nica, Lina Antunes.Outro serviço escolhido foi
a Unidade de Cuidados In-tensivos (UCI). O médico daUCI tem uma visão mais am-pla do doente crítico, podeajudar a estabilizar e prepararo doente mais rapidamentepara a UCI. É preciso poupartempo para salvar vidas”, fri-sou.A Urologia foi também
candidata à certificação. Deacordo com as responsáveis,este serviço tinha dado umsalto qualitativo muito gran-de nos últimos dois anos, no-meadamente a nível técnico.Já tinha capacidade para rea-lizar as grandes cirurgias uro-lógicas e dispõe do ambulató-rio para urologia.A triagem que deve obe-
decer ao Protocolo de Man-chester – a primeira fase doServiço de Urgência – consis-tiu no quarto candidato bem-sucedido à certificação. Constantina Furtado
adiantou ainda que, nesteâmbito, também se introdu-ziu nos serviços hospitalareso procedimento de efectuarentrevistas aos familiares eamigos próximos dos pacien-tes, o que veio possibilitar ummaior conhecimento e apro-ximação entre médico edoente.Estabeleceram-se várias
medidas de precaução naárea cirúrgica para evitar o
surgimento de fatalidadesnos procedimentos médicos,com vista a reduzir a mortali-dade que constitui um dosprincipais requisitos para acertificação de qualidade dequalquer hospital.Para melhorar a confiança
dos pacientes nos actos cirúr-gicos, “inserimos no blocooperatório o regulamento dascirurgias seguras – que se ba-seia em listas da OMS – e queorientam o estado clínico dopaciente no sentido de se evi-tarem as trocas dos doentesno momento em que serãofeitas as cirurgias”, revelou.Instalaram-se equipa-
mentos que possibilitaram ainformatização de toda a do-cumentação dos pacientesem todos os serviços, princi-palmente nos de medicina.Para se evitar os constrangi-mentos que havia na casamortuária, passaram-se a uti-lizar pulseiras que contém to-dos os dados informatizadosdos doentes, com base na es-tratificação da triagem deManchester, para impossibi-litar a trocas de cadáveres queacontecia anteriormente namorgue do hospital. Para o reforço de todas es-
tas normas, criou-se o pro-grama da humanização decuidados e assistência quepossibilitou uma maior apro-ximação entre pacientes e osprofissionais. Estes passarama conhecê-los por nomes, enão apenas por letras do alfa-beto, para impedir que hou-vesse troca de medicação en-tre os doentes. Para este efei-to, foi ministrada uma forma-ção específica dirigida aostécnicos de enfermagem pordocentes estrangeiros, dadoque se considerou ser um eloque apresentava muitas debi-lidades e fraquezas no pro-cesso.
Hospital Américo Boavida obtém a certificação internacional ISO 9001
FFrancisco cosme dos santos
com rui moreira de sá
Américo Alberto de Barros
e Assis Boavida, médico e na-
cionalista angolano proemi-
nente, ficaria certamente
muito orgulhoso ao ver o
hospital – de quem é patro-
no – obter a certificação in-
ternacional de gestão da
qualidade ISO 9001. E tal co-
mo o seu percurso de vida é
um modelo a seguir pelos
profissionais de saúde – re-
cordemo-nos que a data da
sua morte, 25 de Setembro
(1968), foi escolhida para ins-
titucionalizar em Angola o
"Dia Nacional do Trabalha-
dor da Saúde" – também es-
te feito conseguido pelos di-
rigentes e equipas do Hospi-
tal Américo Boavida (HAB)
deve constituir um exemplo
de boas práticas a ser segui-
do por outras unidades de
saúde.
9JSA Fevereiro 2016
Dona Conceição e o seu novo joelhon As dores intensas começa-ram já fazia tempo. No ca-cimbo piorava. ConceiçãoCasimiro tinha o joelho gasto.Mais precisamente a rótula,disseram-lhe os médicos...Mas…os joelhos gastam-se?– perguntou a si própria, emsilêncio, com vergonha de re-velar a sua ignorância ao dou-tor. Nunca lhe tinha passadopela cabeça que os joelhos segastassem…Mas, pensandobem, na verdade, ao fim de 65anos a carregar pesados sa-cos de plástico e, por vezes,alguidares na cabeça, para ci-ma e para baixo nos cami-nhos sujos e irregulares doCazenga, era difícil as cartila-gens aguentarem, concluiu.As dores impediam-na detrabalhar e, ultimamente, deacompanhar as filhas e os ne-tos. Não, este prazer não lhepoderiam roubar…”Já sofridemasiado”, pesou. Por isso,rejeitou as ervas do kimban-deiro e foi ao hospital JosinaMachel. Após um diagnósti-co cuidado foi encaminhadapara o Américo Boavida
(HAB), em Julho de 2015, pa-ra ser submetida a uma cirur-gia denominada artroplastia. A operação realizada logo
no mês seguinte, em Agosto,consistiu na substituição daarticulação afectada por umimplante em metal e polieti-leno, a chamada prótese dojoelho. Esta é fixa ao ossoatravés de um cimento espe-cial.“Foi um sucesso, a equipa
médica era especializada e
muito competente”, confi-denciou à reportagem do JS.Hoje, Conceição Casimiro, jánão sofre com dores. Regu-larmente vem aos serviços defisioterapia no HAB onde lheé dada toda a atenção. “Reco-mendo a todos que tenhamum caso idêntico que se diri-jam a uma unidade hospita-lar para serem tratados”, re-matou. E despediu-se por-que tinha de ir buscar os ne-tos à escola.
Em resumo, uma das van-tagens significativas que ofe-rece o sistema da gestão daqualidade ISO 9001 é a segu-rança dos doentes. Todo oprocesso que foi referencia-do e exigido pela certificaçãoestá a ser adoptados no aten-dimento do doente, quer noseu diagnóstico e tratamen-to, quer nos métodos admi-
nistrativos que foram signi-ficativamente melhorados esão agora iguais às de qual-quer hospital de referência anível internacional.Note-se que o processo
em si não foi apenas dirigidoaos médicos, enfermeiros epessoal administrativo. Es-tendeu-se também às em-presas prestadoras de servi-ços do hospital, fornecedo-res e farmácias.
Impacto positivoNa perspectiva do cidadão,importa aferir se as certifica-ções da qualidade têm umimpacto positivo nos cuida-dos de saúde prestados e nocontrolo interno destes ser-viços. Entre outros indicadores,
Constantina Furtado men-cionou a redução do índicede mortalidade de 15%, em2014, para 10,1% em 2015 e arealização de 121 cirurgiasde próteses da anca e do joe-lho que, até então, eram mo-tivo de evacuação para o ex-terior. “O HAB dispõe de 21especialidades, 17 com in-ternamento, e faz todo o tipode cirurgias, excepto as car-dio-torácicas. Em 2015, rea-lizaram-se 8.532 operações.Em 2008 tinham sido 2.300”,revelou. Também aumenta-ram o número de parceriascom várias empresas.
Quando puseram mãos à obra, Constantina Furtado, Lina Antunes, Vasco Mutemba e LuísCabelo não imaginavam as dificuldades e obstáculos que tinhamde ultrapassar até conseguirem obter a tão desejada certificação ISO 9001
10reSponSAbilidAde SociAl Fevereiro 2016 JSA
Como uma empresa contribui para melhorar a assistência sanitária às populações
nComo aumentar o númerode análises e detectar maiscasos de VIH/Sida em Luan-da? E efectuar mais Raio X noMoxico? Como colocar estu-dantes de medicina a treinarmanobras médicas sem pôrem risco a vida dos pacientes?E como melhorar as condi-ções de tratamento das crian-ças com hidrocefalia? Estes e outros desafios en-
contraram resposta nos pro-gramas de investimento so-cial corporativo da BP Ango-la. Presente no país há maisde 20 anos, as suas acções so-ciais continuam a marcar adiferença na vida dos cida-dãos. De acordo com o Vice-presidente para área de Co-municação e Relações Exter-nas da BP Angola, Paulo Pi-zarro, nesta área “a estratégiada companhia assenta prin-cipalmente na educação, de-senvolvimento empresarial ecapacitação institucional ali-nhada com as prioridades dogoverno e as necessidadesdas comunidades, com o ob-jectivo de contribuir para odesenvolvimento sustentáveldo país”. O sector da saúde também
tem merecido da BP Angolauma particular atenção. Sóeste ano de 2016, por exem-plo, patrocinou o XI Congres-so da Ordem dos Médicos –que actualizou os conheci-mentos a cerca de 1.500 mé-dicos participantes – e doouuma série de equipamentos emateriais gastáveis, entre lu-vas, soro, lençóis, armários,camas, colchões e kits de hi-giene ao hospital Divina Pro-vidência, em Luanda, o qual“beneficiou extraordinaria-mente os doentes interna-dos”, como garantiu ao JS adirectora administrativa,Chiara Giusto.Já anteriormente, a BP An-
gola, e seus parceiros do Blo-co 18, tinham doado equipa-mentos com tecnologia avan-çada para apetrechar o labo-ratório de análises deste hos-pital e financiaram a amplia-ção do seu posto de saúdeNossa Senhora da Paz. Deacordo com a sua directoraclínica, a médica Sofia VandaLoa, a acção permitiu atendermais de 200 pacientes por diae efectuar hemogramas com-pletos, contagem de linfócitosCD4 e CD8 para início da te-rapêutica e seguimento adoentes seropositivos, baci-
loscopia, sífilis, hepatites B eC, parasitologia, paludismo,glicemia, ureia, entre outros.“Detectamos cinco novos ca-sos de HIV/Sida por dia”, re-velou ao JS.Um outro exemplo da
atenção que a BP Angola dá aproblemas específicos con-sistiu no apoio ao CentroNeurocirúrgico e Tratamentoà Hidrocefalia – inauguradopor Ana Paula Santos, na suaqualidade de presidente daFundação Lwini – que me-lhorou as condições cirúrgi-cas às crianças com espinhabífida e hidrocefalia e aumen-tou a capacidade para reali-zar 10 mil consultas e 1.500 ci-rurgias por ano.
Impacto no desempenhodos futuros médicosParticularmente interessantefoi o financiamento para ainstalação de um laboratóriode simulação médica na Fa-culdade de Medicina da Uni-versidade Agostinho Netoque “melhora as habilidadesdos estudantes perante situa-ções médico-cirúrgicas quepossam ocorrer em determi-nadas etapas da sua forma-ção e, mais tarde, no exercícioda sua profissão, diminuindoo erro médico”, conforme re-feriu, na ocasião da sua inau-guração, o ministro do Ensi-no Superior, Adão do Nasci-mento.O laboratório tem várias
componentes práticas simu-ladoras, com as quais os estu-dantes, com recurso a bone-cos (manequins) adaptadosa situações clínicas, desen-volvem manobras médicasmuitas vezes de alto risco. Osmanequins são de alta tecno-logia e de programação elec-trónica avançada, o que lhespermite falar e interagir comos estudantes e técnicos desaúde como se de verdadei-ras pessoas se tratassem.Um outro bom exemplo
de como uma empresa, noâmbito das suas práticas deresponsabilidade social, po-de ajudar a resolver proble-mas de saúde nas comunida-des, neste caso longe deLuanda, na província do Mo-xico, consistiu no apoio que apetrolífera concedeu ao Cen-tro Médico Jesus Salva, na ci-dade de Luena – uma unida-de de saúde fulcral nesta re-gião que atende uma popula-ção de quatro mil pessoas erecebe 200 pacientes por dia.O Centro trabalha em estreitacooperação com o governo,
principalmente no alarga-mento das campanhas de va-cinação e de outras acções desaúde preventiva. A primeirafase do projecto de reabilita-ção desta unidade de saúde –orçada em USD 117 mil, dosquais USD 110 mil foram fi-nanciados pela BP Angola –permitiu construir uma salade Raio X, uma sala de forma-ção equipada com projector,uma cantina, uma casa mor-tuária, adquirir equipamentopara o laboratório, um gera-
dor, levantar um muro em to-do o perímetro do Centro,pintar e, ainda, desenvolveruma acção de formação quecapacitou 18 enfermeiros etécnicos. A segunda fase,também com os parceiros dobloco 31, consistiu no apoioao projecto de ampliação doCentro, no valor de USD 300mil, que permitiu construirdois blocos com seis consul-tórios, uma sala de espera,uma sala para os profissio-nais, uma sala administrativa,
uma sala para arquivo, umasala de bioquímica e uma salapara vacinação. Possibilitou“melhorar significativamenteo conforto dos cerca de 200pacientes que atendemosdiariamente, com mais priva-cidade, e dar mais atenção acada indivíduo ", garantiu odirector clínico, João EmílioPalácio.A lista é longa, mas não
queremos deixar de destacaro programa de apoio aos invi-suais. Uma das acções com-
portou o financiamento daformação de formadores emBraille, a partir do qual se“abriram novas possibilida-des de inclusão social para oscegos e amblíopes de guerra”,conforme atestou ao JS o pre-sidente da direcção da Asso-ciação Angolana de Cegos eAmblíopes de Guerra, JoséCapamba, na cerimónia deencerramento, ladeado deJosé Sayovo, o nosso cam-peão paralímpico, igualmen-te apoiado pela BP Angola.
Um outro exemplo da atenção que a BP Angola dá a problemas sociais específicos consistiuno apoio ao CentroNeurocirúrgico e Tratamento à Hidrocefalia – inaugurado por AnaPaula Santos, na suaqualidade de presidente da Fundação Lwini – que melhorou as condições cirúrgicas às crianças com espinha bífida e hidrocefalia e aumentou a capacidade para realizar 10 mil consultas e 1.500 cirurgias por ano.
Boas práticas em Angola
Rui MoReiRa de Sá
ClíNICA medItexRua da Missao, No 52Ingombotas, Luanda, AngolaTel: 923 640 227/ 928 616 506
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e criançasuDermatologiauEndocrinologiauEstomatologiauFisiatriauGastroenterologiau InfectologiauMedicina internauNeonatologiauNeurofisiologiauNeurologiauNutriçãouPediatriauPsiquiatriauReumatologia
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11publicidAdeJSA Fevereiro 2016
nAs autoridades sanitáriasdo município de Ambaca, acerca de180 quilómetros deNdalatando, no Cuanza Nor-te, estão a reforçar as medi-das de prevenção da febreamarela, através de campa-nhas de sensibilização portaa porta, informando as po-pulações sobre as formas decontágio e combate à doen-ça. De acordo com o director
municipal da saúde, Caeta-no José Miguel, a acção visaelevar o nível de informaçãodesta doença no seio das co-munidades, incentivando-asa intensificarem as medidasde saneamento básico.Apelou às populações a
reforçarem as medidas de hi-
giene com destaque para ocombate ao lixo e os charcosde águas paradas para evitara reprodução de agentestransmissores de doenças,como os mosquitos.Disse que a campanha –
que conta com a participa-ção de técnicos de saúde, en-tre enfermeiros e médicos –está, igualmente, a incentivara população a usarem mos-quiteiros.O responsável apelou à
população no sentido deconsultarem imediatamenteas autoridades sanitárias emcasos de sintomas como fe-bres altas, dores muscularese nos ossos, bem como vómi-tos e sangramentos nas nari-nas.
Uma campanha de bloqueio para impedir o aumento da
malária está a ser realizada na comuna do Luínga, a cerca
de 50 quilómetros de Camabatela, sede do município de
Ambaca, província do Cuanza Norte, na sequência de um
surto da doença que assola a região desde o passado mês
de Janeiro.
De acordo com o director mu-
nicipal da Saúde, Caetano José
Miguel, em declarações à Angop,
foram diagnosticados cerca de
1.252 novos casos de malária, re-
sultantes de 2.867 testes realiza-
dos, desde o início da campanha.
O responsável informou que,
numa primeira fase, a campanha
está direcionada para 12 aldeias,
das mais afectadas, num conjun-
to das 56 que compõem a comu-
na, estendendo-se posterior-
mente às demais.
Além das acções de despiste, a
campanha contempla igualmente a realização de palestras de sensi-
bilização sobre as formas de prevenção, consultas médicas ambula-
tórias aos pacientes e distribuição de medicamentos anti palúdicos
às populações para prevenir a malária.
Assegurou, entretanto, que as autoridades sanitárias prevêem atingir
as quatro comunas do município, impedindo que mais cidadãos se-
jam afectados pela doença.
Apelou à população a reforçar as medidas de saneamento básico
nas comunidades, de formas a evitar-se o surgimento de doenças.
Realçou que as populações devem evitar a acumulação de lixo junto
das residências, eliminar o capim e as águas paradas, onde se desen-
volvem os mosquitos que transmitem a doença.
A comuna do Luínga é habitada por 11.418 cidadãos, maioritaria-
mente camponeses.
JSA Fevereiro 2016 12Saúde Cuanza norte
O hospital municipal de Ambaca
diagnosticou 45 novos casos po-
sitivos de VIH/Sida, em 2015,
mais 18 em relação ao ano ante-
rior, informou o director da uni-
dade sanitária, Caetano José Mi-
guel.
O responsável salientou que os casos
resultam de quatro mil testes realiza-
dos – mais 1.814 relativamente ao
ano anterior.
Esclareceu que, durante 2015, não
se registaram óbitos devido a causas
relacionadas com esta doença.
Caetano José Miguel disse que as
45 pessoas diagnosticadas com a
doença estão agora a receber trata-
mento com antirretrovirais no hospi-
tal, juntando-se às outras 27 que já
beneficiam da referida terapia desde
o ano passado.
Esclareceu que, em 2015, foi cria-
do, na região, numa iniciativa conjunta
com o secretariado da JMPLA, um
grupo de activistas voluntários de luta
contra o VIH/Sida, cujo trabalho tem
sido inestimável na sensibilização para
que mais pessoas adiram aos testes
voluntários.
Travar a tendência de aumento de
casos de Sida, segundo disse, constitui
a principal meta das autoridades sani-
tárias locais que prevêem reforçar a
informação sobre a doença através
de palestras nas comunidades e dis-
tribuição de mais preservativos.
Diagnosticados 45 novos casos de VIH/Sida em Ambaca
Pelo menos 30 novos técnicos de
saúde, entre enfermeiros e médi-
cos, são necessários para assegu-
rar o normal funcionamento do
sector, no município do Golungo
Alto, província do Cuanza Norte.
A necessidade foi manifestada este
mês pelo director local da Saúde, An-
tónio Bartolomeu Miguel, adiantando
que a disponibilidade de mais técnicos
aproximaria, cada vez mais, os serviços
de saúde às comunidades, tendo em
conta a expansão da rede sanitária.
Referiu que a circunscrição possui
uma rede sanitária constituída por um
hospital municipal, com capacidade de
internamento de 42 doentes, um cen-
tro e oito postos de saúde assegura-
dos por 65 enfermeiros e quatro mé-
dicos, número insuficiente para aten-
der a demanda da população que pro-
cura diariamente aqueles serviços.
Situado a 56 quilómetros de Nda-
latando, sede da província do Cuanza
Norte, o município do Golungo Alto
é habitado por 29.259 cidadãos, repar-
tidos em três comunas – Cambondo,
Quiluange e Cerca, além da sede mu-
nicipal.
Golungo Alto necessita de 30 técnicos de saúde
Luínga reforça combate à malária
Autoridades sanitárias sensibilizam população sobre a febre amarela
JSA Fevereiro 2016 14Saúde Cuanza Sul
nUma palestra sobre "Gravi-dez e casamento precoce",dirigida a mulheres de váriosextractos sociais, realizou-seeste mês, no Sumbe, promo-vida pela Direcção provincialda Família e Promoção daMulher, em parceira com Di-recção Provincial de Saúde.
Na sua dissertação, o prelec-tor Tomás Lucas referiu quea adolescência constituiuma fase de desenvolvimen-to humano, na qual “se ad-quirem habilidades em quese quer saber tudo e aplicarna prática, provocando, porvezes, consequências queresultam no surgimento deuma gravidez”.
Afirmou estar preocupado
com a atitude de algumas fa-mílias que optam pelo abortoquando ocorre a gravidez pre-coce, ao invés de a prevenir, oque, para além dos aspectoséticos, sociais e o impacto navida da jovem, diminui a taxada mortalidade infantil.
Ao esclarecer que a gravi-dez precoce traz consequên-cias de mudança de rotina davida das adolescentes, como oabandono escolar, depen-dência financeira e dificulda-des de arranjar emprego,aconselhou as jovens a aderi-rem ao planeamento familiar,tendo exortado os pais a con-tinuar a pautar pelo diálogopermanente, “com vista a evi-tarmos as gravidezes preco-ces”, sublinhou Tomás Lucas.
Jovens do bairro do Chingo, município do Sumbe, província
do Cuanza Sul, participaram este mês numa palestra so-
bre as doenças de transmissão sexual e as formas de contá-
gio e prevenção.
A palestra teve como objectivo esclarecer os jovens sobre as vias deprevenção para promoção da saúde sexual mais cuidada.O chefe do centro do Chingo, Tomás Lucas, disse que as doençastransmissíveis sexualmente devem ser evitadas, através do uso cor-recto de preservativo nas relações sexuais, entre outros métodospreventivos.O palestrante disse ser necessário que os jovens saibam como pre-venir-se da sífilis, VIH/Sida, gonorreia e demais doenças transmitidaspor via sexual.Aconselhou aos jovens a recorrer sempre a uma unidade sanitáriamais próxima quando sentirem um sintoma diferente nos seus ór-gãos sexuais e não fazerem automedicação.
Uma campanha de desparasita-
ção de crianças em idade escolar
foi lançada este mês, no Sumbe, vi-
sando reduzir o número de infec-
ções na província do Cuanza Sul.
Às crianças, entre os 5 aos 15 anos, foi-lhes administrado um remédio antipa-rasitário (Albendazol) utilizado no tra-tamento de infecções causadas por pa-rasitas intestinais.
No acto de lançamento, a vice-go-vernadora para o sector Político e So-cial, Maria de Lourdes Veiga, referiu quea desparasitação é uma prática que de-ve ser adoptada para a melhoria de vidados menores.
Esta acção, segundo a governante,decorre dos compromissos assumidospelo Governo, sobretudo os direitos
humanos que garantem saúde e pro-tecção social.
Acrescentou que nesta matéria oEstado angolano compromete-se apromover e garantir as medidas neces-sárias para assegurar a todos o direitoà assistência médica e sanitária.
Num curto pronunciamento, a che-fe de Departamento da Saúde Públicae Controlo de Endemias, Maria Lucin-ga, adiantou que todas as condições es-tão criadas para o êxito da campanha,em que também serão abrangidascrianças que se encontram fora do sis-tema de ensino.
Durante o lançamento oficial, osparticipantes tomaram conhecimentosobre a administração do Albendozol,as principais causas de parasitas, efei-tos secundários, cuidados básicos, en-
tre outros assuntos.Presenciaram o lançamento, mem-
bros do governo, representantes daOMS, directores de escolas, chefes dasrepartições municipais de educação eda saúde, entre outros técnicos e con-vidados.
Também no Seles
Também no Seles, os serviços de saú-de, com a participação das escolas, ini-ciaram este mês, a administração de Al-bendazol a cerca de 44 mil crianças.
O responsável da repartição de Edu-cação, Cambambe Eduardo, disse que o“acto contribui também para ajudar noprocesso de ensino e aprendizagem dosalunos”. Os serviços de saúde disponi-bilizaram ao município do Seles cerca de45.358 comprimidos de Albendazol.
Serviços de saúde desparasitam crianças
As autoridades sanitárias na provín-
cia do Cuanza Sul iniciaram, este
mês, uma campanha de prevenção
contra a febre amarela, informou a
chefe do Departamento local da
Saúde Pública e Controlo de Ende-
mias, Maria Lussinga.
A responsável referiu que, para além dasensibilização nas unidades sanitárias,igrejas, mercados informais e bairros pe-riféricos, estão a proceder à fumigaçãonos bairros com maiores focos de malá-
ria e a distribuir panfletos com informa-ções necessárias sobre as formas de pre-venção da doença.Maria Lussinga disse que a campanha estásendo dirigida por técnicos do sectorque alertam para o uso de mosquiteirosimpregnados e evitar recipientes e char-cos com águas paradas.Defendeu que o combate à febre amare-la é também da responsabilidade de todaa sociedade, pelo que “devemos estar in-formados sobre os cuidados a ter paraevitar a doença”.
Autoridades sanitáriaspromovem campanha sobre febre amarela
Jovens esclarecidos sobredoenças transmissíveis sexualmente
Mulheres são esclarecidas sobre gravidez precoce
16 congreSSoS Fevereiro 2016 JSA
Com a participação de 1600 médicos provenientes de oito países
XI Congresso Internacional dos Médicos em Angola ultrapassou todas as expectativas
nA sessão solene de aberturado Congresso foi presididapelo ministro da Saúde, JoséVieira Dias Van-Dúnem. Fi-zeram parte do presidiumdesta sessão, o ministro Al-demiro Vaz da Conceição,Director do Gabinete deQuadros da Casa Civil doPresidente da República, aministra da Família e Pro-moção da Mulher, FilomenaDelgado, a Ministra da Ciên-cia e Tecnologia, Maria Cân-dida Pereira Teixeira, o Mi-nistro do Ensino Superior,Adão Gaspar Ferreira doNascimento, a Vice-Gover-nadora para o Sector Político
e Social, Jovelina Imperial,em representação do Gover-nador da Província de Luan-da, General Francisco Higi-no Lopes Carneiro.
Honraram o evento coma sua presença deputados àAssembleia Nacional, mem-bros do Executivo, Bastoná-rios e Presidentes das Or-dens e associações profissio-nais nacionais e estrangeirasdo Brasil, Cabo Verde, Mo-çambique, Macau, Portugale São Tomé e Príncipe, enti-dades eclesiásticas, reitores,decanos das Faculdades deMedicina, Directores Nacio-nais e Provinciais de Saúde,directores de unidades desaúde públicas e privadas,bem como responsáveis pe-lo sector da saúde dos minis-térios da Defesa e Interior.
O Congresso decorreusob o lema “Os Médicos e osseus Contributos na Conso-lidação Social”.
Foram realizados 36 cur-sos pré-congresso com 700participantes – um aumentode 40 por cento em relaçãoao ano passado – que abor-daram temáticas teórico-práticas em áreas diversifica-das da medicina.
Estiveram presentes noCongresso 1.600 médicos
nacionais e estrangeiros. Osconvidados foram prove-nientes do Brasil, Cabo Ver-de, Cuba, Moçambique, Ma-cau, Portugal e São Tomé ePríncipe.
Papel crucial dos médicosNo discurso de boas-vindasao Congresso, o BastonárioPinto de Sousa agradeceu oalto patrocínio do Executivo,a presença dos convidados,moderadores, palestrantes econferencistas, endereçan-do ainda uma palavra deapreço à comunicação sociale à participação das empre-sas neste evento. Face ao le-ma do Congresso, enfatizoua necessidade de prosseguiro esforço de todos os actoresna defesa do desenvolvi-mento e consolidação social,onde o papel dos médicos sedeve direccionar rumo àsexigências nacionais, deacordo com os objectivos daORMED, da Política Nacio-nal de Saúde e do seu instru-mento operativo, o PNDS2012-2025.
Invocou a grande priori-dade nacional em termos desaúde: a promoção da saúdee a prevenção da doençasem esquecer a necessidadede prosseguir o desenvolvi-
mento da medicina de preci-são, e também o papel da in-vestigação. O Sr. Bastonáriofrisou que a atenção à saúdematerna e infantil continua aser um desígnio nacional,constitucionalmente consa-grado, o qual exige uma vi-são sistémica e integrada daSaúde. Referiu que o Dia doMédico deve ser lembradoporque estes se dedicam àsgrandes causas da Saúde eda Doença.
O Bastonário defendeuainda que cabe aos médicos,pela sua posição nas rela-ções com os seus doentes, asinstituições onde trabalham,a comunidade e a comuni-cação social, um papel cru-cial na consolidação e am-pliação da cidadania activa,factores que motivaram a es-colha do lema do XI Con-gresso.
A saúde e o desenvolvimen-to humano e económico Por sua vez, o Ministro daSaúde, José Vieira Dias Van-Dúnem, no discurso deabertura, lembrou que a saú-de é, hoje, um bem da res-ponsabilidade de todos e,em particular, dos sectoressociais e económicos. “É umbem necessário a cada um
de nós e deve estar ao alcan-ce de todos para o desenvol-vimento progressivo dopaís”, referiu. Fazendo alu-são ao lema do evento “Osmédicos e os seus contribu-tos na consolidação social”,o ministro fez questão de re-lembrar a ligação que existeentre a saúde e o desenvolvi-mento humano e económi-co, capaz de ser um polo in-tegrador e aglutinador dacoesão social, além de que osmédicos, sem esquecer to-dos os outros profissionaisda saúde, contribuem diaria-mente com o seu trabalhopara o desenvolvimento eprogresso económico dopaís.
Afirmou ainda que passa-dos 40 anos da criação doServiço Nacional de Saúde(SNS), os médicos podemorgulhar-se da sua participa-ção na construção social dopaís, que, ao longo destesanos, foi realizada com aspessoas e com todos os pro-fissionais que trabalham noSNS.
José Van-Dúnem fezquestão também de salien-tar que “mesmo tendo cons-ciência das deficiências doSNS, ainda não ultrapassa-das, ao longo destas quatro
décadas, o serviço e os seusprofissionais têm tentadoresponder às necessidadesda população com profundorespeito pela dignidade decada um. O que o ServiçoNacional de Saúde tem demais belo e sublime é a soli-dariedade. Este valor temque estar sempre presenteindependentemente das di-ficuldades e desafios que senos colocam”, disse.
O ministro lembrou que aactual conjuntura económi-ca que o país enfrenta obri-gou a ajustar os programas eplanos delineados e impri-mir um maior rigor na gestãodos meios ao dispor, de ma-neira a que se possam prote-ger os ganhos já alcançados,centrando esforços e priori-dades, de forma a garantir epreservar o essencial, paraque este período de conten-ção não implique reduçõesna qualidade dos serviços ouno acesso dos utentes à pro-moção, à prevenção e ao tra-tamento adequado e gratui-to no serviço público.
Vigilância epidemiológicae laboratorialNa sua intervenção, JoséVan-Dúnem realçou que“este momento também se
Realizaram-se 36 cursos pré-congresso com 700 participantes – um aumento de 40 por cento em relação ao ano anterior
Realizou-se nos dias 26 e 27
de Janeiro de 2016, no Cen-
tro de Convenções de Talato-
na, em Luanda, o XI Congres-
so Internacional dos Médicos
em Angola, promovido e or-
ganizado pela Ordem dos
Médicos de Angola (OR-
MED), a IV Feira Internacio-
nal Médica Hospitalar, em
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For You, e a Assembleia Geral
Ordinária da Comunidade
Médica de Língua Portugue-
sa, com o alto patrocínio do
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17JSa Fevereiro 2016 publicidade
18congreSSoS Fevereiro 2016 JSA
pode traduzir numa oportu-nidade para repensarmosno financiamento do sectorda saúde para a sua susten-tabilidade”.
Ainda na sua alocução, oMinistro da Saúde lembrouas principais preocupaçõesem relação à saúde dos an-golanos, afirmando que,neste momento, a priorida-de centra-se na vigilânciaepidemiológica e laborato-rial, onde todos devem estarcapacitados e mobilizadospara detectar, notificar e res-ponder precocemente aosurgimento de doenças no-vas e reemergentes, como afebre-amarela, a dengue, achikungunya, o ébola e o Zi-ka vírus, detectado recente-mente no Brasil. “Neste do-mínio não deve haver fa-lhas” advertiu o Senhor Mi-nistro. O débil saneamentoque se verifica em algumascapitais provinciais, particu-larmente em Luanda, é emboa parte responsável pelossurtos que se verificam, peloque a magnitude dos pro-blemas impõe uma respostamultissectorial onde os par-ceiros, a sociedade civil e asigrejas deverão ter um papelfundamental, advogou.
Apesar dos constrangi-mentos identificados, o Se-nhor Ministro apontou osavanços positivos a que setem assistido na área da saú-de pública e de assistência,nomeadamente a erradica-ção da poliomielite, a intro-dução de novas vacinas nocalendário nacional, no-meadamente a Pentavalen-te, Pneumo-13 e a Rotavírus,o acompanhamento e o tra-tamento de pessoas comVIH e Sida e a optimizaçãoda expansão do Programade Prevenção Vertical emtodo o país, além da consoli-dação e manutenção daproximidade do Serviço Na-cional de Saúde às popula-ções a nível municipal.
Para terminar, José Van-Dúnem lembrou à plateiaque é nos momentos maisdifíceis que se revela o enge-nho e a arte dos actores so-ciais. “A coesão social nonosso País passa inelutavel-mente por um povo comsaúde e esperança. Cabe-nos na nossa trincheira, dar-mos a garantia de que essaesperança e a saúde do nos-so povo não vacilarão.” Fi-nalmente, incentivou a Or-dem dos Médicos a dedicaro melhor dos seus esforços edas aptidões dos seus mem-bros a dar respostas firmesaos desafios com que esta-mos confrontados, por for-ma a que os angolanos con-tinuem a confiar na nossacapacidade de os mantersaudáveis e confiantes nofuturo.
20congreSSoS Fevereiro 2016 JSA
A totalidade dos congressistas afirmou que o principal objectivo de participação foi assistir à confe-
rência/actualizar conhecimentos. Os objectivos seguintes foram conviver com colegas (para 47% dos
congressistas) e conhecer as novidades na feira Médica Hospitalar (para 42% dos congressistas).
Resultados do inquérito aos congressistas
A quase totalidade dos congressistas afirmaram que os seus objectivos de participação foram
todos (48%) ou quase todos (47%) atingidos.
A esmagadora maioria dos participantes considerou o programa/ temas interessantes (56%)
e muito interessantes (43%).
Cerca de três quartos dos congres-
sistas afirmaram prever participar na
próxima edição em 2017. Ainda assim, há
que preparar um bom programa na pró-
xima edição, e promovê-lo fortemente.
23
77
Para cerca de 92% dos expositores, a principal razão para a sua participação foi promover a imagem
da empresa/marca. Segue-se a identificação de novos clientes (78%) e o acolhimento dos clientes habi-
tuais (50%).
Resultados do inquérito aos expositores e patrocinadores
Cerca de 95 % dos expositores consideraram que os objectivos foram todos
ou quase todos atingidos.
Metade dos expositores consideraram a organização boa. Cerca de um quarto acharam-na
muito boa (8%) e excelente (16%). O outro quarto (cerca de 24%) considerou-a razoável.
A maioria das empresas (cerca de
dois terços) prevê participar na próxima
edição em 2017. Nenhuma afirmou não
querer voltar a participar.
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n No final de 2015, a BIALlançou em Angola, o antiepi-lético da ZEBINIX® (acetatode eslicarbazepina). Este me-dicamento para a epilepsia, oprimeiro fármaco de patentee investigação da BIAL é jácomercializado na Europa,em mercados como a Ale-manha, Reino Unido, Espa-nha, França, Itália e Portugal,e também nos Estados Uni-dos. Para o CEO do grupo
BIAL, António Portela, o lan-çamento deste antiepiléticoem Angola “tem um signifi-cado especial pois é o primei-ro mercado africano onde es-tamos a comercializar umproduto que resulta da nossainvestigação própria e que éo coroar de muitos anos depesquisa, investimento, e de-dicação de toda uma equipa.BIAL está presente em Ango-la desde os anos 80, e poder-mos oferecer aos pacientesangolanos uma solução ino-vadora para enfrentar a epi-lepsia é, de facto, o concreti-zar da missão de BIAL de es-tar ao serviço da saúde”.O responsável de BIAL em
Angola, Nuno Cardoso, ga-rante, por sua vez, que “que-remos dar continuidade aotrabalho que temos desen-volvido a nível mundial, emque Angola é uma das nossas
prioridades. Com o lança-mento de ZEBINIX® reforça-mos o nosso portfólio nopaís, o qual é constituído por25 medicamentos que con-tribuem para a qualidade devida das pessoas e dos pa-cientes”.Aprovado em 2009 pela
Comissão Europeia como te-rapêutica adjuvante emdoentes adultos com crisesepiléticas parciais, com ousem generalização secundá-ria, o ZEBINIX® é administra-do oralmente e apresenta a
vantagem para os doentes deser um fármaco de toma úni-ca diária.O desenvolvimento deste
medicamento para a epilep-sia envolveu 15 anos de in-vestigação e um investimen-to superior a 300 milhões deeuros. Na Europa, o acetatode eslicarbazepina está àvenda desde 2009; no conti-nente norte-mericano foiaprovado em 2013 pela Foodand Drug Administration(FDA) e é comercializaçãodesde abril de 2014.
22 INDÚSTRIA Fevereiro 2016 JSA
BIAL apresenta fármaco que favorece a conciliação do sonoFarmacêuticos e técnicos de farmácia vão participarnuma apresentação que a técnica Joana Palmela, dafarmacêutica BIAL, vai realizar no próximo dia 17 deMarço, no hotel Baía, em Luanda, denominada "Noitessem sono - O tratamento da insónia”, a propósito doDormidina – um fármaco que favorece a conciliação dosono.Dormir mal, ou em quantidade insuficiente, tornou-seuma queixa de saúde pública prevalente que leva mui-tos utentes a procurarem ajuda junto dos profissionaisde saúde, nomeadamente junto do farmacêutico.A insónia define-se como uma inadequada qualidade
do sono que se descrita como a dificuldade em adorme-cer ou manter o sono, despertares precoces pela manhae sono não reparador. Em alguns casos existe uma com-binação destas queixas e com frequência surgem sinto-mas diurnos associados - sonolência, cansaço, fadiga,falta de energia, falta de memória, dificuldades na aten-ção e concentração e irritabilidade.Vários estudos epidemiológicos referem que um terçoda população em geral apresenta sintomas de insónia eque 9% a 21% dos indivíduos investigados referem umtranstorno de insónia com consequências graves no seudia-a-dia.
Antiepilético de última geração disponível para pacientes angolanos
Tratamento da insónia
A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais co-
muns, afetando, de acordo com a Organização Mun-
dial de Saúde, aproximadamente 50 milhões de pes-
soas em todo o mundo.
A epilepsia é caracterizada por descargas anor-
mais neuronais transitórias que podem originar cri-
ses convulsivas. Clinicamente manifestam-se como
convulsões que, dependendo do tipo, podem ser li-
mitadas a uma parte ou envolver globalmente todo o
corpo. Os doentes podem igualmente experimentar
sensações anormais, alterações de comportamento
e de consciência.
A epilepsia pode surgir em qualquer grupo etário
ou estrato social, atingindo igualmente os dois sexos.
Existem, no entanto, dois picos com maior incidên-
cia, que são na infância e terceira idade.
Acerca da Epilepsia
O médico Manuel Sobri-
nho, da Clínica Girrassol,
apresentou uma comuni-
cação sobre a epilepsia e
seus tratamentos
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