PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAISFaculdade de Odontologia
O CRESCIMENTO CRANIOFACIAL EMCRIANÇAS LEUCODERMAS E
MELANODERMAS NA DENTADURADECÍDUA
Adauto Lopes
Belo Horizonte – MG2004
ADAUTO LOPES
O CRESCIMENTO CRANIOFACIAL EMCRIANÇAS LEUCODERMAS E
MELANODEMAS NA DENTADURADECÍDUA
Belo HorizFaculdade de Odont
20
Dissertação apresentada à Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais,
como parte dos requisitos para a obtenção
do título de Mestre em Odontologia, área
de concentração: Ortodontia.
ORIENTADORA: Profa. Dra. Vânia
Célia Vieira de Siqueira.
onte – MGologia da PUC – MG04
Aos meus pais, Paulo e Dora, pelo compromisso com a formação intelectual, alicerçadana integridade moral e na força do amor que nos une;
Aos meus irmãos, Ismael, Maria Inês, Paulo César, Elder, Márcio, Marisa, Marli,Cid e Denise, pelo apoio incondicional e pelo carinho de sempre;
À minha esposa, Gisela, por dividir comigo a carga desta trajetória e pelo amor comque cuidou do ambiente que me cercava para que eu pudesse alcançar meu ideal;
E aos meus filhos, Andrey e Nicole, por compreenderem, apesar de sua tenra idade, asausências do pai,
dedico este trabalho.
II
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
A Deus, por ter me dado sempre muito mais do que consigo pedir, obrigado Senhor!
À minha orientadora, Dra. Vânia Célia Vieira de Siqueira, Assistente Doutora da Disciplina de Ortodontia e chefe do departamento deOdontologia Infantil da Faculdade de Odontologia de Piracicaba – UNICAMP, eAdjunta III da Disciplina de Ortodontia da PUC-MG, pela forma maternal com quetanto me ensinou, e por tornar o desenvolvimento deste trabalho um grande mosaico demomentos agradáveis.
Ao amigo Dr. José Ferreira Rocha Júnior,pela amizade, pela orientação e incentivo desde os primeiros passos da minha trajetóriana ortodontia.
Ao amigo, Dr. Alexandre Drummond,companheiro de jornada na ortodontia, pela amizade e por todas as portas que me abriu.
Aos amigos, Drs. Marcelo Marigo, Henrique Pretti e José Soares Marques,pela amizade e por avalizarem minha intenção de fazer mestrado.
À Dra. Elizete M. O. Lopes, que com a sua costumeira competência e disposição meauxiliou de várias formas neste trabalho.
Ao amigo Prof. Wellington Pacheco, por acreditar na minha capacidade, apoiar meuobjetivo e possibilitar a conquista de meu ideal.
Aos queridos colegas Simone Okano e Sérgio Casarim, por tantas colaboraçõesdurante o desenvolvimento da pesquisa e da dissertação e por tornarem este trabalho tãoprazeroso.
Aos colegas, Alessandra, André, Antônio, Ilana, Karem, Leandro, Max e Renata por tudo que me ensinaram, pela amizade e pela cooperação durante todo o nosso curso.Foi uma honra tê-los conhecido.
III
AGRADEÇO, AINDA:
Ao Magnífico Reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais,
Professor Dr. Eustáquio Afonso Araújo.
Ao Professor Dr Félix de Araújo Souza, Ex- Diretor da Faculdade de
Odontologia da PUC-Minas.
Ao Professor Dr. Tarcísio Junqueira Pereira, Digníssimo Diretor da
Faculdade de Odontologia da PUC-Minas, por sua incansável dedicação.
Ao Professor Dr. Roberval de Almeida Cruz, Coordenador Geral dos
Programas de Mestrado em Odontologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais, por seu constante empenho, dedicação e presteza.
Ao Professor Dr. Ênio Tonani Mazzieiro, Coordenador do Curso de Mestrado
em Ortodontia da Faculdade de Odontologia da PUC-Minas.
À congregação dessa Faculdade, composta por dignos professores, alunos e
funcionários.
Aos amigos Professores Hélio Henrique Araújo Brito, Heloísio Resende
Leite, Tarcísio Junqueira Pereira, Wellington Pacheco, Bernardo Quiroga Souki,
Armando Lima, Flávio Almeida, José Maurício Barros Vieira, José Eymard
Bicalho e Júlio Brant pela amizade e hospitalidade com que me trataram durante todo
o curso.
Aos Professores Doutores, que também participaram de nossa formação, José
Bento Alves e Castor Cartelli Guerra.
À Professora Dra. Ângela Lana, da Disciplina de estatística, pela competência,
dedicação e atenção na elaboração das análises estatísticas desta dissertação.
Aos Drs. Rodrigo Xavier, Hilária Comparth e Alessandra Simões, pela
disponibilidade, compreensão e boa vontade em me auxiliar nos vários momentos que
precisei.
Às colegas Dras. Telma Ozório e Simone Fonseca, pela boa vontade em me
auxiliar com a amostra desta pesquisa.
À Sra. Letícia Peres Vanderlei, diretora do Centro Educacional Prof. Estevão
Pinto (CEPEP) e às Sras. Bárbara e Flávia, professoras desta entidade, pela extrema
gentileza e disposição em me ajudar com a colheita da amostra desta pesquisa.
V
IAos meus amigos e colegas do 1° ano: Cássio Sobreira, Jordana Pacheco,
Lívia Loriato, Milena e Valéria pela agradável convivência, a qual espero manter.
Aos meus colegas da turma anterior do Mestrado em Ortodontia, Alisson,
Guilherme, Juliana, Raquel, Mariele e Taíssa pelos conhecimentos transmitidos e
convivência.
Às minhas auxiliares Andreza, Júnia, Márcia e Marta, por proporcionarem
um ambiente favorável à minha total dedicação ao mestrado.
Ao Dr. Fernando Fonseca, pelo apoio e contribuição, nas tomadas
radiográficas das crianças.
A todos os funcionários do COP pela gentileza, paciência e empenho na
resolução de nossas necessidades durante todo o curso.
Aos Pais das crianças avaliadas nesse estudo, pela disponibilidade, paciência e
compreensão.
Às crianças da pesquisa, indispensáveis nesse estudo, pela espontaneidade e
carinho.
A todas as pessoas que de alguma forma concorreram para a realização e
elaboração deste trabalho, meus sinceros agradecimentos.
V
“Nada é mais difícil de manejar, mais perigoso de conduzir ou de mais incertosucesso, do que a introdução de uma nova ordem de coisas, pois o inovador temcontra si todos os que se beneficiavam com a antiga ordem e, em seu favor somentealguns poucos que acreditam nas mudanças”.
Maquiavel (1469 – 1527)
“A palavra é metade de quem a pronuncia e metade de quem a ouve.”
(anônimo)
I
VSUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS .................................................................................................................. X
LISTA DE GRÁFICOS................................................................................................................ XI
LISTA DE TABELAS.................................................................................................................. XIII
RESUMO...................................................................................................................................... XIV
ABSTRACT ................................................................................................................................. XVI
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................... 1
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................................. 4
3 PROPOSIÇÃO .......................................................................................................................... 37
4 MATERIAL E MÉTODOS....................................................................................................... 39
4.1 Material................................................................................................................................... 40
4.2 Métodos .................................................................................................................................. 41
4.2.1 Critérios para a seleção da amostra ..................................................................................... 41
4.2.1.1 Critérios de inclusão ......................................................................................................... 44
4.2.1.2 Critérios de exclusão ........................................................................................................ 44
4.2.2 Obtenção das telerradiografias........................................................................................ ... .45
4.2.3 Obtenção do traçado cefalométrico ..................................................................................... 46
4.2.3.1 Delimitação do desenho anatômico.................................................................................. 46
4.2.3.2 Demarcação dos pontos cefalométricos ........................................................................... 48
4.2.3.3 Demarcação dos planos e linhas....................................................................................... 50
4.2.4 Mensuração das grandezas lineares..................................................................................... 51
4.2.5 Mensuração das grandezas proporcionais ........................................................................... 52
4.2.6 Metodologia empregada para dividir a amostra .................................................................. 54
4.2.7 Metodologia empregada para a análise estatística............................................................... 55
VII
5 DADOS E RESULTADOS....................................................................................................... 57
6 DISCUSSÃO ............................................................................................................................ 71
6.1 Sobre a amostra utilizada ....................................................................................................... 72
6.2 Sobre a metodologia empregada ............................................................................................ 73
6.3 Sobre os dados obtidos ........................................................................................................... 75
7 CONCLUSÃO........................................................................................................................... 90
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 93
9 ANEXOS................................................................................................................................... 99
VIII
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1- Posicionamento da criança no cefalostato................................................................ 46
FIGURA 2 - Criança posicionada no cefalostato ......................................................................... 46
FIGURA 3 - Delimitação do desenho anatômico (melanoderma) ............................................... 47
FIGURA 4 - Delimitação do desenho anatômico (leucoderma) .................................................. 48
FIGURA 5 - Identificação e demarcação dos pontos cefalométricos .......................................... 50
FIGURA 6 - Demarcação das linhas e planos cefalométricos ..................................................... 51
FIGURA 7 - Demarcação das grandezas cefalométricas proporcionais ...................................... 53
FIGURA 8 - Modelo de ficha....................................................................................................... 54
X
ILISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 Gráfico da variável S-N em crianças melanodermas (M) eleucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade........................................ 76
GRÁFICO 2 Gráfico da variável S-Ba em crianças melanodermas (M) eleucodermas (L) de 4 e 6 anos de idade......................................... 77
GRÁFICO 3 Gráfico da variável C. maxila em crianças melanodermas (M) eleucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade........................................ 78
GRÁFICO 4 Gráfico da variável C. mandíbula em crianças melanodermas (M)e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade...................................... 79
GRÁFICO 5 Gráfico da variável C. ramo em crianças melanodermas (M) eleucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade........................................ 80
GRÁFICO 6 Gráfico da variável S-Go em crianças melanodermas (M) eleucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade........................................ 81
GRÁFICO 7 Gráfico da variável N-Me em crianças melanodermas (M) eleucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade........................................ 82
GRÁFICO 8 Gráfico da variável Ar-Go em crianças melanodermas (M) eleucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade........................................ 83
GRÁFICO 9 Gráfico da variável N-ENA em crianças melanodermas (M) eleucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade........................................ 84
GRÁFICO 10 Gráfico da variável ENA-Me em crianças melanodermas (M) eleucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade........................................ 85
GRÁFICO 11 Gráfico da variável ENA-Me/N-Me em crianças melanodermas(M) e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade.............................. 86
GRÁFICO 12 Gráfico da variável S-Go/N-Me em crianças melanodermas (M) eleucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade..................................... 87
GRÁFICO 13 Gráfico da variável Ar-Go/S-Go em crianças melanodermas (M) eleucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade...................................... 88
GRÁFICO 14 Gráfico da variável Ar-Go/ENA-Me em crianças melanodermas(M) e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade.............................. 89
X
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Testes de Lilliefors (D) e de Bartlett (M/C) para verificação danormalidade e homogeneidade de variâncias das medidas S-N, S-Ba,C. maxila, C. mandíbula, C. ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA,ENA-Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go /ENA-Me, respectivamente................................................................... 56
TABELA 2 Estatísticas descritivas de S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C.ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me avaliadas no grupo de19 crianças melanodermas com quatro anos de idade........................... 59
TABELA 3 Estatísticas descritivas de S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C.ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me avaliadas no grupo de16 crianças melanodermas com seis anos de idade............................... 60
TABELA 4 Estatísticas descritivas de S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C.ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me avaliadas no grupo de16 crianças leucodermas com quatro anos de idade.............................. 60
TABELA 5 Estatísticas descritivas de S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C.ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me avaliadas no grupo de12 crianças leucodermas com seis anos de idade.................................. 61
TABELA 6 Análise de variância das medidas S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbulae C. ramo em crianças melanodermas e leucodermas com quatro eseis anos de idade.................................................................... 62
TABELA 7 Análise de variância das medidas S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA eENA-Me em crianças melanodermas e leucodermas com quatro e seisanos de idade.................................................................................. 62
TABELA 8 Análise de variância das medidas ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me em crianças melanodermas eleucodermas com quatro e seis anos de idade....................................... 63
TABELA 9 Comparações entre médias de S-N em crianças leucodermas emelanodermas com quatro e seis de idade............................................ 64
TABELA 10 Comparações entre médias de S-Ba em crianças leucodermas emelanodermas com quatro e seis de idade............................................ 64
XI
TABELA 11 Comparações entre médias de C. maxila em crianças leucodermas emelanodermas com quatro e seis de idade............................................ 65
TABELA 12 Comparações entre médias de C. mandíbula em crianças leucodermase melanodermas com quatro e seis de idade.................... 65
TABELA 13 Comparações entre médias de C. ramo em crianças leucodermas emelanodermas com quatro e seis de idade............................................ 65
TABELA 14 Comparações entre médias de S-Go em crianças leucodermas e melanodermas com quatro e seis de idade............................................. 65
TABELA 15 Comparações entre médias de N-Me em crianças leucodermas emelanodermas com quatro e seis de idade............................................ 66
TABELA 16 Comparações entre médias de Ar-Go em crianças leucodermas emelanodermas com quatro e seis de idade............................................ 66
TABELA 17 Comparações entre médias de N-ENA em crianças leucodermas emelanodermas com quatro e seis de idade............................................ 66
TABELA 18 Comparações entre médias de ENA-Me em crianças leucodermas emelanodermas com quatro e seis de idade............................................ 66
TABELA 19 Comparações entre médias de ENA-Me / N-Me em criançasleucodermas e melanodermas com quatro e seis de idade.................... 67
TABELA 20 Comparações entre médias de S-Go / N- Me em crianças leucodermase melanodermas com quatro e seis de idade.................... 67
TABELA 21 Comparações entre médias de Ar-Go / S-Go em crianças leucodermase melanodermas com quatro e seis de idade.................... 67
TABELA 22 Comparações entre médias de Ar-Go / ENA-Me em criançasleucodermas e melanodermas com quatro e seis de idade.................... 67
TABELA 23 Comparação da taxa de crescimento de crianças melanodermas eleucodermas de 4 para 6 anos de idade................................................. 68
TABELA 24 Coeficientes de correlações entre as variáveis S-N, S-Ba, C. maxila,C. mandíbula, C. ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-Me,ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Meavaliadas em crianças leucodermas e melanodermas com quatro e seisanos de idade.................................................................................. 70
XII
RESUMO
Com o objetivo de estudar as possíveis diferenças no crescimento craniofacial
entre jovens melanodermas e leucodermas dos 4 aos 6 anos de idade, examinaram-se de
forma transversal 63 telerradiografias, tomadas em norma lateral de crianças do sexo
feminino organizadas em grupos de 19 melanodermas de 4 anos, 16 com 6 anos, 16
leucodermas de 4 anos, 12 aos 6 anos de idade. Todas apresentando dentadura decídua
ou início da mista e com oclusão normal. Traçaram-se todas as radiografias
manualmente e os dados obtidos foram submetidos à análise estatística. Avaliou-se as
seguintes medidas lineares: Co-Go, Go-Gn, ENA-ENP, N-ENA, ENA-Me, S-Go, N-
Me, Ar-Go, e as seguintes proporções: S-Go/N-Me, Ar-Go/ENA-Me, ENA-Me/N-Me e
Ar-Go/S-Go. Realizaram-se estatísticas descritivas das variáveis analisadas para cada
grupo obtendo-se média, desvio padrão, máximo, mínimo, intervalo de confiança,
coeficiente de variação e o gráfico de Box-plot. Para atender as pressuposições da
análise realizaram-se os testes de Lilliefors para verificar a normalidade e o de Bartlett
para avaliar a homogeneidade das variâncias intra-grupos nas respostas estudadas.
Comparam-se as médias dos grupos pela análise de variância (teste Fisher) aos níveis de
5 e 1 % de probabilidade, e para a avaliação de associação entre as variáveis estudadas
estimaram-se os coeficientes de correlação de Pearson. Os resultados mostraram que
ocorreu crescimento em todas as medidas entre as faixas etárias estudadas, que tanto
crianças melanodermas quanto leucodermas apresentam índice de crescimento iguais
para todas as medidas, para o intervalo de idade estudado. A variável ENA-Me e a
proporção ENA-Me / N-Me mostraram ser maiores nos melanodermas tanto aos 4 anos
quanto aos 6 anos de idade.
XIII
Palavras chaves: crescimento craniofacial, leucodermas, melanodermas, dentadura
decídua, estudo transversal.
XIV
ABSTRACT
With the goal of studying possible differences on craniofacial growing among
blacks and whites youngs from 4 to 6 years old, 63 teleradiographys has been
examinated on transversal way, took in lateral norm from female children organized in
groups of 19 black of 4 years old, 16 with 6 years old, 16 white of 4 years old, 12 with 6
years old. All of them present primary dentition or the beginning of a mixed one and
with normal occlusion. All radiographys were handly traced and the data obtained were
submitted to statistical analysis. The following measurements were tested: Co-Go, Go-
Gn, ENA-ENP, N-ENA, ENA-Me, S-Go, N-Me, Ar-Go, and the proportions S-Go/N-
Me, Ar-Go/ENA-Me, ENA-Me/N-Me and Ar-Go/S-Go. Descriptives estatistics from
analyzed variables has been made for each experimental group. The estimated
parameters were average, standard deviation, maximum, minimum, trust interval,
variation coefficient and the graph Box-plot. To attend the presuppositions of the
analyzes of variance, tests of Lilliefors were realized to verify the normality and the
Bartlett test to verify the homogeneity of variances intra-groups of the studied answers.
The averages of the experimental groups were compared by the variance analysis (it
tests Fisher) at the levels of 5 to 1% of probability, and for association evaluation
among the studied variables the coefficients of correlation of Pearson. The results
showed that occurred growing in all of the measures between the ages studied, and
showed that blacks as whites children had the same growth index for all the
measurements, for that interval age studied. The variable ENA-Me and the proportion
ENA-Me/N-Me showed to be bigger in melanodermas as at 4 or at 6 years old.
XV
Key words: craniofacial growth, white Brazilian, Afro-Brazilian children,
primary dentition, transversal study.
XVI
2
1 INTRODUÇÃO
O conhecimento, o mais profundo possível, do crescimento craniofacial constitui-se
em uma ferramenta valiosa para o planejamento e para a execução dos tratamentos
ortodônticos. As informações colhidas sobre o processo de crescimento desde as idades mais
precoces nos ajudam a entender melhor o mecanismo total do desenvolvimento craniofacial.
BROADBENT12, em 1937, estudando o crescimento facial longitudinalmente em
jovens de 1 a 18 anos de idade, utilizando telerradiografias em norma lateral, relatou que o
padrão de crescimento da face estabelece-se quando a dentadura decídua se completa e
permanece praticamente estável até os dezoito anos. Depois de estabelecido o padrão facial,
não ocorrem mudanças significativas nas proporções da face, que se mantêm as mesmas com
o decorrer da idade.
Segundo BURSTONE15, em 1964, a dentadura decídua com características normais
poderá adquirir características de anormalidade devido à utilização inadequada e atemporal de
aparelhos ortodônticos. A conduta mais correta é observar as mudanças que ocorrem
normalmente e fisiologicamente nos arcos, e não desviá-las por meio de terapia ortodôntica.
SILVA FILHO52 , em 2002, asseverou que a ausência de auto-correção e a elevada
incidência de má oclusão no estágio de dentadura decídua, tornam imperativo a atuação
precoce e racional da mecanoterapia por profissionais preparados, com o propósito profilático.
Ademais, a incerteza de normalidade nos estágios futuros a partir de uma oclusão normal na
dentadura decídua configura a necessidade de acompanhar o desenvolvimento da oclusão,
com propósito de afastar os prováveis fatores etiológicos em potencial da má oclusão.
3
Vários estudos na literatura 3,4,11,12,13,24,31,33,34,35,37,42,43,47,50,54,56,57,58,63 contribuíram
para o enriquecimento de nossos conhecimentos sobre o crescimento craniofacial, embora
poucos se concentrem na faixa etária que engloba a fase da dentadura decídua.
Nota-se também uma escassez de trabalhos sobre as possíveis diferenças de
crescimento entre crianças melanodermas e leucodermas na faixa etária de 4 a 6 anos. Assim
os autores dessa pesquisa se propuseram a avaliar e comparar quantitativamente o
crescimento craniofacial entre as duas raças.
5
2 REVISÃO DE LITERATURA
Em 1926, TODD58 apresentou um trabalho sobre crescimento mandibular onde
analisou e mediu crânios secos de humanos negros, brancos, de gorilas, de servos e de lobos.
Também analisou radiografias de jovens de 18 anos e as comparou com o crânio de uma
criança de 1 ano de idade. O autor relatou a dificuldade de se obter medidas exatas e
principalmente a impossibilidade de estudar o crescimento em pessoas, já que dispositivos
que possibilitassem tal estudo ainda não existiam. Concluiu que: O crescimento intersticial é
uma característica especialmente mandibular. Ocorre uma mudança do relacionamento entre a
face e o crânio durante a infância e a adolescência através da qual a face desloca-se de sua
posição sob o crânio para frente. A inclinação para frente da face em crescimento é muito
maior nos melanodermas que nos leucodermas e maior nos antropóides que no homem. A
principal indicação de atividade de reparo ou crescimento do osso é a vascularização da área,
marcada pelas múltiplas foraminas de distribuição. No palato duro a área de crescimento é
confinada principalmente aos processos palatinos da maxila. Ocorre um ajuste especial das
partes não ativas do esqueleto facial em relação às áreas de crescimento. O crescimento
consiste de 2 fases: aumento nas dimensões e mudança de proporções. Em casos patológicos
estas fases podem ser menos ou mais dissociadas uma da outra.
HELLMAN33, em 1932, objetivando entender melhor o processo de crescimento
craniofacial, avaliou as medidas desta estrutura, obtidas por meio de instrumentos utilizados
pela craniometria, de 526 jovens do sexo masculino e 670 do feminino, cujas idades variavam
de 5 anos e meio até 22 anos. Observou que a face humana cresce por aumento nos três
planos: vertical, transversal e ântero-posterior. As dimensões faciais apresentam maior
crescimento em largura, crescimento médio em altura e pouco em profundidade. Ocorreu uma
6
mudança em proporção nas dimensões estudadas. O crescimento no sentido vertical é maior
na região posterior, e nos sentidos transversal e ântero-posterior maior na região inferior da
face. As alterações em altura e profundidade são simultâneas, mas alternam períodos de
aceleração e desaceleração nos dois sentidos, em diferentes níveis no mesmo plano e em
diferentes seções da mesma dimensão. Algumas dessas alterações são mais facilmente
observadas no sexo masculino do que no feminino. A face feminina é relativamente mais
longa e a masculina relativamente mais larga e profunda. No sexo feminino, os ossos
maxilares e os arcos dentários são relativamente mais prognatas do que o no masculino.
Em um novo trabalho, HELLMAN34, em 1935, estudou o crescimento de várias áreas
do crânio e da face e o relacionamento existente entre estas partes. Para comparar as
mudanças progressivas do desenvolvimento e como elas afetam a posição da face, o autor
desenvolveu um diagrama composto utilizando os pontos pório, násio, próstio, infradentário,
mentoniano, gônio e condílio. Observou que: A face humana passa por uma série de
mudanças antes de atingir sua forma adulta. Essas mudanças que transformam a face em
crescimento de um bebê na de um adulto, são reconhecidas e podem ser mensuradas. A face
infantil modifica-se na adulta por aumento em tamanho, mudanças nas proporções e ajustes
em posições. Os aumentos no tamanho da face são contínuos, mas não uniformes, acontecem
em picos. Mas também que o crescimento de diferentes partes no mesmo plano ou da mesma
parte em diferentes planos alternam em velocidade e intensidade. Existem diferenças sexuais
no tempo, na extensão, na velocidade e na intensidade de crescimento. À medida que a face
cresce muito, a proporção da dimensão em um plano muda sua relação com um outro.
Proporções também mudam quando comparações são realizadas de dimensões em diferentes
níveis no mesmo plano. O efeito das mudanças em proporção engloba um alongamento
relativo e aprofundamento da face, como um todo, um alongamento relativo maior para trás e
7
um alargamento e aprofundamento para baixo. Ocorre também uma relativa diminuição das
alturas faciais superior e inferior e relativo aumento da altura dentária. No seu curso de
transformação, a face desloca-se gradualmente para frente, sofrendo assim uma relativa
mudança de posição em relação ao crânio. Em seu deslocamento para frente, existem 3
tendências gerais conhecidas: uma que pode ser chamada de média ou normal, da qual as
outras duas divergem, ou para frente ou para trás.
BROADBENT12, em 1937, em seu estudo longitudinal sobre o crescimento facial,
utilizando cefalogramas de 50 jovens do sexo masculino e 50 do feminino, desde o três anos
de idade até os 18, mostrou uma técnica para a obtenção de superposições de traçados
cefalométricos seriados. Este trabalho foi possível após a conclusão pelo autor de que os
pontos cefalométricos da porção anterior da base do crânio permaneciam mais estáveis que os
da face. Utilizou basicamente o plano Bolton-Násio e o ponto R, localizado na metade da
distância de uma linha perpendicular a aquele plano até o centro da sela túrcica. Por meio
desta referência anatômica fixa o autor realizou superposições de traçados cefalométricos
seqüenciais e descreveu o que ocorre com várias regiões craniofaciais durante o crescimento.
Encontrou que o padrão de crescimento da face para frente e para baixo estabeleceu-se
quando a dentadura decídua se completou e permaneceu estável até 18 anos.
Em 1948, SILLMAN51 apresentou um estudo seriado da oclusão e algumas sugestões
a respeito de ortodontia preventiva. Utilizou uma amostra composta por mais de cinqüenta
crianças avaliando a oclusão, continuamente, por meio de modelos de gesso desde o
nascimento. O autor descreveu alguns pontos anatômicos da gengiva da maxila e da
mandíbula das crianças tais como o sulco póstero-lateral, a papila dos caninos e como as suas
posições e relações sofrem mudanças durante o crescimento. Concluiu que é preciso entender
8
o desenvolvimento normal da oclusão e a importância dos cuidados com a saúde bucal para o
processo de crescimento ocorra de forma harmônica. É fundamental que se conheça as
variações individuais e quando uma intervenção preventiva realmente é necessária.
DOWNS23, também em 1948, determinou a média dos padrões facial e dentário
normais que se pode esperar e suas possíveis correlações. Utilizou telerradiografias, em
norma lateral de 20 jovens com idade entre 12 e 17 anos, igualmente divididos em 2 grupos
de acordo com o sexo, apresentando excelente oclusão. Usou também modelos, fotografias e
radiografias intrabucais. Esse trabalho se limitou a estudar jovens leucodermas e por isso as
diferenças raciais não foram consideradas. Realizou os traçados sobre as radiografias com os
dentes em oclusão e traçou o triângulo de Bolton de acordo com a técnica de
BROADBENT12, a união dos pontos násio-sela, sela-ponto de Bolton, ponto de Bolton-násio.
Dividiu a cabeça em crânio e face, e esta foi dividida em face superior, área dento-alveolar e
face inferior ou mandíbula. Estudou o padrão do esqueleto facial, determinado pela maxila e
pela mandíbula, e a relação dos dentes e do processo alveolar com o esqueleto facial. O
padrão esquelético pode ser observado pela forma do polígono construído na cefalometria
lateral. Os ângulos desse polígono variaram de acordo com a posição dos planos. O ângulo
facial, o ângulo da convexidade, a relação ântero-posterior das bases ósseas dos dentes, o
ângulo do plano mandibular e o eixo Y foram descritos nesse estudo. O Ângulo Facial
expressa o grau de protrusão ou retrusão do mento. Obtido pelos planos facial e de Frankfurt.
Valor médio 87, 8o. 82o representa retrusão e 95o, protrusão do mento. O plano horizontal de
Frankfurt foi utilizado como um Plano de Orientação. O plano de Frankfurt, como um
substituto do plano craniano obtido em radiografias cefalométricas em norma lateral, foi
testado. Comparando fotografias laterais dos 20 jovens, observou que o ângulo facial
classificaria o tipo facial. O autor concluiu que existe um padrão facial que representa a média
9
da variação da forma para jovens com excelente oclusão e existem desvios desse padrão que
podem ser considerados normais quando se observa equilíbrio e harmonia. Desvios
excessivos geralmente expressam anormalidades que causam desequilíbrio e desarmonia em
alguma área. Que pode-se observar o padrão esquelético por meio de traçados cefalométricos
e essa observação pode ser útil para se determinar o prognóstico dos casos a serem tratados.
BAUME5, em 1950, iniciou uma série de artigos sobre a biogênese da dentadura desde
a decídua até a permanente. Neste trabalho relatou sobre as mudanças fisiológicas nos arcos
dentários humanos, utilizando modelos de estudos em gesso realizados em 60 crianças de 3 a
6anos de idade durante um período de 8 anos. O autor encontrou que de 4 anos até a erupção
dos primeiros molares permanentes a dimensão dos arcos não muda; um pequeno decréscimo
pode ocorrer como resultado da migração dos 2º. molares decíduos após sua erupção ou
devido a cáries proximais. Depois da erupção completa dos dentes decíduos não ocorrem
espaços fisiológicos porque não existe expansão dos arcos entre os 3 e os 5 ½ anos de idade.
Os arcos do tipo I não mudam para o tipo II nem vice versa. Pode ocorrer uma variação na
distribuição dos espaços nos casos tipo I e combinações entre o arco superior e inferior,
podendo ser cada um de um tipo. Os espaçamentos mais comuns são entre os caninos e os
incisivos laterais superiores decíduos e entre os caninos e primeiros molares inferiores
decíduos, chamados espaços primatas. Os arcos tipo I e II são de caráter hereditário. Nos
arcos tipo II é comum encontrar apinhamento anterior e estes arcos são, em média, 1,5 mm
mais estreitos que os do tipo I. A ausência de espaços se deve não somente à largura dos
dentes decíduos anteriores, mas a uma falta de crescimento alveolar ou à combinação dos 2
fatores. Além disso, a maioria dos casos tipo II pode tornar-se uma má oclusão de Classe I, de
Angle. Não ocorrem modificações na relação ântero-posterior, plano terminal, na dentadura
decídua, a não ser que ocorra alguma influência do meio ambiente, como cáries, por exemplo.
10
A maioria dos casos, mais de 70%, apresentou plano terminal reto. O degrau mesial pode
ocorrer devido à variação morfológica na dimensão dos segundos molares superiores e
inferiores. Geralmente o molar superior decíduo é menor que o inferior, o que conduz a um
plano terminal reto. Embora não ocorra aumento das dimensões dos arcos após a formação da
dentadura decídua, observa-se um crescimento vertical dos processos alveolares. Um aumento
sagital na mandíbula produz um espaço na região retromolar para o posterior
desenvolvimento da dentadura permanente. Influências ambientais, como hábitos deletérios
de sucção, podem causar alterações na dentadura decídua.
Em novo artigo de 1950, BAUME6 mostrou como ocorre a erupção dos primeiros
molares permanentes e sua relação com o antagonista. Realizou um estudo comparativo de
modelos de 60 casos antes e após a erupção dos molares permanentes. Como resultado o
encontrou 3 mecanismos diferentes de ajuste biológico da oclusão normal: A ocorrência de
um plano terminal em degrau mesial na dentadura decídua, permite que os primeiros molares
permanentes ocluam diretamente em sua posição apropriada sem alterar as posições dos
dentes vizinhos. A presença de espaços primatas e de um plano terminal reto conduziu à
oclusão apropriada dos primeiros molares permanentes pelo movimento mesial dos molares
inferiores decíduos para o espaço primata. Nos casos de arcos decíduos que não possuíam
espaços primatas, arcos tipo II, e com plano terminal reto, os primeiros molares permanentes
erupcionavam em uma relação topo a topo que só era corrigia-se tardiamente quando da
erupção dos pré-molares, por meio da mesialização destes molares para os espaços obtidos
através da diferença positiva dos diâmetros mésio-distais entre molares decíduos e pré-
molares. O autor observou que não ocorre movimento anterior maior da mandíbula, já que a
relação entre os caninos decíduos superiores e inferiores permanece constante. Além disso,
11
função e atrição influenciaram pouco no ajuste fisiológico da oclusão, ao contrário do que se
acreditava antes.
Ainda em 1950, BAUME7 analisou a transição da dentadura decídua para a
permanente estudando uma série de modelos de 60 crianças, tomados antes, durante e após a
erupção dos incisivos permanentes. Concluiu que: A expansão da região anterior do arco
dentário para acomodar com alinhamento apropriado os incisivos permanentes, maiores que
seus antecessores, ocorreu por um crescimento transversal e sagital durante a erupção destes
dentes. O aumento da distância intercaninos encontrava-se maior no arco superior do que no
inferior e maior nos arcos tipo II do que nos do tipo I. No arco mandibular o maior impulso de
crescimento lateral aconteceu com a erupção dos incisivos laterais enquanto que no arco
superior, ocorreu quando da erupção dos incisivos centrais. Devido a uma expansão prévia do
arco inferior, pode surgir um espaçamento secundário entre os incisivos superiores. Arcos
decíduos espaçados (tipo I), geralmente produzem um alinhamento favorável dos incisivos
permanentes enquanto que 40% dos arcos sem espaços (tipo II) produzem apinhamento
anterior. A quantidade média de expansão anterior dos arcos não mostrou diferenças para os
arcos dos tipos I e II, mas encontrou-se, em média, 1 mm maior no arco superior do que no
inferior. Uma maior extensão anterior do arco superior não deve ser creditada à espessura
maior das coroas dos incisivos superiores em relação aos inferiores. Isto deve ser interpretado
como uma tendência evolucionária de menor crescimento anterior da mandíbula.
BAUME8, em 1950, em um novo trabalho relatou sobre a biogênese da sobremordida.
Segundo ele, o grau de sobremordida depende, primariamente, do crescimento da mandíbula,
mas recebe influências durante a erupção dos caninos decíduos, dos incisivos permanentes e
da erupção dos caninos permanentes e pré-molares. O autor estudou o relacionamento entre o
12
grau de sobremordida nas dentaduras decídua, mista e permanente e os fatores responsáveis
por uma transição, caso exista, da sobremordida da decídua à permanente em uma mesma
pessoa. Utilizou uma amostra de 52 modelos de gesso, realizadas antes e após a erupção dos
incisivos permanentes, observou os modelos pelo lado lingual e classificou as sobremordidas
em leves, se as incisais dos incisivos centrais inferiores encontrassem o terço incisal dos
superiores. Se os incisivos inferiores ocluíssem com o terço médio dos superiores, a
sobremordida classificaria-se como média e caso os incisivos inferiores ocluíssem com o
cíngulo dos superiores ou com a gengiva, então a classificou como severa. Encontrou
sobremordida leve em 40% dos casos na dentadura decídua, média em 29% e severa em 31%.
O grau de sobremordida mudou significativamente à medida que os casos passavam da
dentadura decídua para a dentição mista. A porcentagem de casos de sobremordida leve caiu
de 40% na dentadura decídua para 19% na mista. O número de casos com sobremordida
média permaneceu semelhante enquanto que os caso considerados severos, aumentaram a
proporção de 31% para 54% da dentadura decídua para a mista. Concluiu que o grau de
sobremordida da dentadura permanente depende primariamente da quantidade de crescimento
do arco mandibular, ou seja, se a mandíbula cresce menos que a maxila, a sobremordida
aumenta; se a mandíbula cresce mais que a maxila a sobremordida diminui e se ambas
crescem proporcionalmente, a sobremordida se mantém constante. Além disto, a
sobremordida definitiva também é influenciada pela seqüência de erupção dos pré-molares e
caninos permanentes.
WOODS JR.63, em 1950, estudou as mudanças das dimensões entre alguns dentes e
entre pontos faciais de meninos e meninas de 3 a 15 anos e encontrou que a principal
diferença entre os sexos é que as mulheres são ligeiramente menores que os homens em todas
as dimensões.
13
BAUM4, em 1951, avaliou o padrão dentário e esquelético de crianças com oclusões
excelentes, numa tentativa de estabelecer um padrão de normalidade para idades em que,
usualmente, submetem-se a tratamento ortodôntico. Utilizou telerradiografias, tomadas em
norma lateral, e seus respectivos traçados cefalométricos, de 62 crianças de escolas públicas
de Seattle, leucodermas, divididas igualmente por sexo, com oclusão excelente com idade
média de 12 anos. Realizou duas tomadas radiográficas de cada criança, uma com a
mandíbula em posição de repouso para determinar a posição dos dentes e do plano oclusal, e a
outra com dentes em oclusão. Utilizou os pontos e planos descritos por DOWNSN, e alguns
ângulos da análise de Riedel. Comparando o padrão esquelético da amostra, observou que o
ângulo da convexidade encontrava-se mais agudo no sexo masculino. Não ocorreram
diferenças significativas no padrão dentário entre as crianças do sexo masculino e feminino.
Comparando o ângulo da convexidade da amostra com o do grupo estudado por Downs,
observou que ele encontrava-se maior no grupo mais jovem. Como o ângulo interincisivos
encontrava-se mais agudo no grupo mais jovem, o ângulo entre o longo eixo do incisivo
inferior com o plano oclusal mais agudo e com o plano mandibular era mais obtuso e a
distância entre a borda incisal do incisivo superior e o plano AP maior no grupo mais jovem.
Concluiu que, na faixa etária do grupo estudado, as crianças do sexo masculino apresentavam
a face mais convexa do que as do feminino. Esses achados foram corroborados pelos
trabalhos de YELLEN60, que demonstrou que a mandíbula e a maxila são maiores no sexo
masculino, sendo que a maxila apresenta em crescimento maior, tornando o terço médio da
face mais protrusivo e o ângulo da convexidade mais agudo. A média do ângulo facial no
grupo de sexo masculino encontrava-se menor que no sexo feminino, embora a diferença não
fosse significante. O ponto mentoniano se situava mais posteriormente no sexo masculino. A
combinação desses fatores pode explicar os achados que mostraram um maior ângulo da
convexidade nos indivíduos do sexo masculino. É importante ressaltar que o padrão
14
esquelético e dentário de crianças é diferente do padrão do adulto, e que as crianças devem ser
comparadas com as médias obtidas de crianças de mesma faixa etária.
Em 1951, CLINCH17 apresentou uma análise de modelos dos 3 aos 8 anos de idade.
Realizou exames e modelos em cem crianças com idades entre três e quatro anos. Propôs
observar se as más oclusões ou más formações maxilo-mandibulares poderiam estar
relacionadas às condições do nascimento. O resultado foi negativo, porém observou que uma
alta porcentagem dessas crianças apresentava más oclusões, e o autor resolveu acompanhá-las
para descobrir como esses casos se desenvolveriam e como ocorreria o processo de transição
da dentadura decídua para a permanente em dentições normais e anormais. O estudo
descreveu o desenvolvimento até a fase de dentadura mista. Obteve os modelos em intervalos
de aproximadamente 1 ano. Para este estudo, usou os modelos iniciais de crianças com todos
os molares decíduos irrompidos e finais com os incisivos e primeiros molares permanentes
irrompidos, perfazendo um total de 61 séries de 4 modelos. Usou seis medidas para cada
modelo (superior e inferior): comprimento externo do arco, comprimento interno do arco,
distância entre a mesial do canino e distal do segundo molar decíduos nos lados direito e
esquerdo, largura externa entre caninos decíduos e largura intercaninos decíduos. Registrou
outras medidas relacionadas à posição dos dentes e distâncias ântero-posteriores: distal do
segundo molar e mesial do canino inferior decíduos de cada lado, distal do canino superior e
mesial do canino inferior de cada lado e distal do segundo molar superior e inferior decíduos
de cada lado. Concluiu que ocorreu aumento no comprimento externo e interno do arco
superior devido à inclinação vestibular dos incisivos permanentes em relação aos decíduos.
Ocorreu aumento no arco inferior, porém menor que no arco superior. Esses aumentos são
pequenos porque os espaços entre os caninos e primeiros molares decíduos inferiores são
fechados quando os primeiros molares permanentes irrompem. Ocorreu um aumento na
15
distância intercaninos superior e inferior de 0,6 e 0,4 milímetros, respectivamente, antes do
irrompimento dos incisivos permanentes. Durante sua erupção, ocorre aumento médio de 2,85
e 2,6 milímetros nos arcos superior e inferior, nessa ordem. O aumento continua depois do
irrompimento dos incisivos centrais permanentes, porém com menor velocidade. A média de
aumento na distância externa entre caninos foi de 2,5 mm no arco superior e 2,7 mm no
inferior, sendo este devido a uma maior inclinação labial dos caninos inferiores.
COTTON; TAKANO e WONG, em 1951, utilizando a análise de Downs,
compararam os negros com três outros grupos étnicos, incluindo os brancos americanos.
Encontraram que, quando comparada à raça branca, a negra demonstrou maior protrusão
maxilar, perfil mais convexo, plano mandibular mais inclinado, incisivos superiores e
inferiores mais largos e uma distância maior da margem incisal do incisivo inferior aos
planos oclusal e mandibular.
Em 1953, STEINER56 apresentou um método de análise cefalométrica que visava
facilitar o diagnóstico dos problemas dentários e craniofaciais. Formulou uma composição de
análises que reunia o que considerava mais significativo para promover o máximo de
informações clínicas com o menor número de medidas. Elaborou uma análise dinâmica,
considerando o crescimento do paciente e as alterações decorrentes do tratamento ortodôntico.
Afirmou que a cefalometria é um importante instrumento de diagnóstico. Produziu uma das
primeiras tentativas de descrever combinações de valores aceitáveis para diferentes medidas
craniofaciais, quando utilizou o ângulo ANB como guia para determinar a posição dos
incisivos inferiores.
16
HIGLEY35, em 1954, apresentou uma padronização de medidas cefalométricas para
crianças de 4 a 8 anos de idade, norte americanas, leucodermas, descendentes de norte
europeus. Coletou informações sobre a altura, o peso, a dieta alimentar e o histórico médico
adicionadas às fichas das crianças. O autor avaliou 73 meninos e 75 meninas com oclusões
consideradas aceitáveis, realizando modelos de gesso, fotografias de frente e perfil,
radiografias intrabucais totais duas vezes por ano, telerradiografias póstero-anterior e de perfil
tomadas em intervalos de 3 meses até que completassem 5 anos e duas vezes por ano após o
quinto aniversário. Dezessete medidas lineares e vinte medidas angulares, obtidas por meio
da telerradiografia tomada em norma lateral, de vinte e cinco meninos e vinte e cinco meninas
dos 4 aos 8 anos de idade encontram-se descritas em tabelas. Traçou dois quadriláteros
(NMGZ: násio / união de planos facial e mandibular / união dos planos sela-násio e posterior
do ramo e FMGT: união dos planos facial e de Frankfurt / união dos planos facial e
mandibular / união dos planos posterior do ramo e mandibular / união dos planos de Frankfurt
e posterior do ramo), a posição do segundo molar decíduo ou do primeiro molar permanente e
a posição e inclinação dos incisivos superiores e inferiores. O autor relatou que se obtêm a
comparação do tamanho e a relação entre as estruturas dentárias, faciais e cranianas de um
paciente utilizando a superposição do cefalograma deste paciente e do cefalograma padrão
referente à idade do paciente. Assim, pode-se determinar se o paciente está dentro dos limites
de crescimento médio ou se apresenta algum desvio.
BARNES3, em 1955, analisou as mudanças do crescimento esquelético e o padrão da
dentadura em crianças com uma oclusão excelente durante o período de 3 anos. Estudou 16
crianças do sexo masculino e 18 do feminino, com 12,7 anos e 12,1 anos, respectivamente.
Utilizou telerradiografias, todas em norma lateral, baseando-se nas análises de Downs e
Wylie. Empregou o teste “t” de student para determinar a significância dos resultados. Os
17
achados foram que as crianças do sexo masculino crescem mais rápido durante essa idade,
elas exibem uma diminuição significante no comprimento dos arcos, desenvolvem menos
protrusão se comparadas com as crianças do sexo feminino. Essas possuem o crescimento
completo e não ocorre uma diminuição significativa do comprimento do arco. O padrão
esquelético de ambos os sexos apresenta-se com diminuição da protrusão e tornando o perfil
menos convexo.
DOWNS24, em 1956, analisou, por meio de fotografias laterais e telerradiografias, as
variações nas relações faciais, sua significância no planejamento do tratamento e o uso da
cefalometria para se observar as mudanças que ocorrem na face durante o crescimento e a
terapia ortodôntica. Utilizou uma amostra de 20 meninos e meninas com 14,5 +- 2,5 anos de
idade, apresentando excelente oclusão, equilíbrio psicológico e harmonia da musculatura
facial. Descreveu os tipos faciais, padrões esquelético e dentário. Salientou que o padrão
dento-facial difere significantemente entre as raças. Citou um estudo da oclusão normal de
negros com idades de 11-24 anos, japoneses com média de idade de 21 anos, chineses de 11 a
16 anos e aborígines australianos, adolescentes e adultos, onde os resultados foram
comparados com os obtidos de uma amostra de brancos americanos. Encontrou uma diferença
importante entre os grupos na convexidade facial. A posição dos dentes em relação à face foi
a característica que apresentou a diferença mais significante. Os registros indicaram que os
aborígines australianos, que possuem o prognatismo mais desenvolvido que os chineses, são
os que apresentam mais características semelhantes aos americanos brancos. Quanto a relação
entre idade e padrão dento-facial, observou que estudar amostras com oclusão excelente em
diferentes idades ajuda a entender o crescimento e desenvolvimento facial. Estudou grupos de
crianças durante a idade de dentadura decídua, de 9 anos e 6 meses +- 8 meses e de 12 anos e
8 meses +- 1,5 mês. Comparou os resultados com os obtidos no grupo de 14,5 anos de idade.
18
Evidências mostraram que em jovens com crescimento normal, a mandíbula desloca-se para
frente em uma taxa maior do que a maxila, aumentando o ângulo facial (de 82° para 88°), e
reduzindo o ângulo da convexidade (de 10° para 0°). O crescimento vertical é maior na área
do ramo, o que leva à redução do ângulo do plano mandibular (de 28° para 22°). O plano AB
e o eixo Y foram os que apresentaram a menor diferença entre os três grupos. O grupo na fase
de dentadura decídua e o de 9,6 anos de idade foram os que apresentaram maior semelhança
no padrão esquelético. Aos 12 anos as mudanças já são significativas devido, principalmente,
ao grande crescimento da mandíbula. Porém, nem todas as crianças apresentam um padrão
favorável de crescimento. Isso geralmente leva a problemas ortodônticos. O padrão dentário
sofre mudanças com a idade. Os dentes decíduos são mais retruídos e menores. Com a
erupção dos incisivos permanentes, a dentadura se torna mais protruída. As observações a
respeito do padrão esquelético até os 8,6 anos estão de acordo com aquelas encontradas por
Brodie. Segundo esse autor, o padrão morfogenético da cabeça estabelece-se no terceiro mês
de vida pós-natal, ou antes, e ele se mantém constante. Para as diferenças no crescimento em
relação ao sexo, encontrou que jovens do sexo feminino parecem apresentar poucas mudanças
no tamanho e proporções faciais após os 14-15 anos de idade. Os do sexo masculino crescem
até os 20 anos de idade. Nesses, geralmente, a dentadura se torna menos protrusiva em relação
ao perfil nas fases mais tardias do desenvolvimento. O crescimento na fase após puberal nas
meninas sofre grande redução, e nos meninos essa redução ocorre lentamente.
ÁVILA, 1958, a publicou o livro Antropologia Física, onde descreve detalhadamente
as várias características antropofísicas pertencentes a diferentes etnias, permitindo a separação
de grupos amostrais cientificamente embasada.
19
Em 1963, SCOTT50 apresentou uma análise do crescimento facial usando um material
consistindo de traçados cefalométricos de jovens da idade fetal até a idade adulta com oclusão
normal ou má oclusão de Classe I. Em cada cefalograma traçou um retângulo usando como a
face superior, a linha SN. Desta linha duas outras perpendiculares, uma saindo de S e outra de
N, desciam até encontrar uma outra que era paralela a SN e que passava pelo ponto Gnátio
(Gn).O ângulo SN-Gn representava a posição da mandíbula em relação à base craniana. Com
o ponto médio da sela túrcica como centro, um arco foi desenhado passando pelo Gnátio
cortando a coluna vertebral. O retângulo muda de forma, da vida fetal à idade adulta, expressa
as mudanças nas proporções faciais e é exemplificado por uma fórmula simples: SP x 100/SN.
Neste estudo investigou as mudanças nas proporções faciais expressas pelo retângulo, a
posição da mandíbula em relação à base do crânio, o comprimento da mandíbula em relação à
coluna vertebral. Observou que na idade média fetal, 3 a 6 meses, a profundidade facial (SN)
é maior que a altura (S ou N). Até a idade adulta a face aumenta mais em altura do que em
profundidade, e ocorre mais crescimento para baixo do que para frente. Observou também que
o período de maior crescimento e mudanças nas proporções faciais, é o compreendido entre a
vida média fetal até por volta dos 5 anos de idade.
GRESHAN32, em 1963, comparou as partes faciais e dentárias de crianças de origem
étnica similar e vivendo em diferentes países, Estado Unidos e Nova Zelândia. Seis crianças
encontravam-se aos 7 anos de idade, vinte e cinco, aos 8 anos e treze aos 9 anos. Vinte e três
do sexo masculino e 21 do feminino. Utilizou telerradiografias, tomadas em norma lateral,
usando o método de Broadbent-Bolton para o grupo de crianças americanas e o método de
Margólis para o grupo de neozelandesas. Usou medidas angulares somente para comparar
padrões esqueléticos e dentários dos dois grupos. Uma comparação de tamanhos absolutos
dos vários componentes desses padrões envolveria medidas lineares. O fato de que diferentes
20
tipos de cefalometria foram usados para os dois grupos invalida comparações de tamanhos de
partes absolutas. Realizou traçados cefalométricos de cada criança e um diagrama mostrando
os padrões dentários e esqueléticos de cada uma foi construído usando os seguintes pontos: S,
sela; N, násio; Pg, pogônio; C, ângulo do queixo; D, ângulo mandibular; E, articular; A,
subespinhal; e B, supramental. O único ângulo do polígono facial S-N-C-D-E que mostrou
alguma diferença significante quando os padrões esqueléticos dos dois grupos de crianças
foram comparados é o ângulo do ponto S, ângulo da sela. Assim observou um alto nível de
significância entre os dois grupos neste componente, sendo quase similares em seus padrões
esqueléticos e faciais. O ângulo Sela mais obtuso nas crianças da Nova Zelândia não causou
aparentemente nenhuma retrusão da base apical mandibular. Outros fatores provavelmente
exerceram um efeito compensatório. A grande diferença encontrada entre os grupos
encontrava-se nos padrões dentários.
BURSTONE15, em 1964, relatou que o desenvolvimento da oclusão em crianças
desvia bastante do conceito de oclusão normal no adulto, ainda que essa continue a
desenvolver para uma oclusão desejável. Enfatizou que muitas vezes os dentistas confundem
um estágio normal do desenvolvimento da oclusão com uma alteração da normalidade e que
por isso, é importante conhecer as mudanças que ocorrem durante o processo de
desenvolvimento nas inclinações axiais, na forma e dimensão do arco, na intercuspidação,
sobressaliência e sobremordida. Na dentadura decídua, os incisivos superiores e inferiores
apresentam-se verticalizados em relação ao plano oclusal e à face, diferente dos permanentes,
que são inclinados para vestibular. Com relação ao perfil, o autor ressaltou que a face da
criança é diferente da do adulto e para avaliar a possibilidade da presença de desarmonias, é
necessário considerar as mudanças normais que ocorrem na forma, na convexidade e altura
faciais. Com a maturidade, a mandíbula cresce horizontalmente em uma taxa mais rápida que
a maxila e a convexidade da face se reduz até que a linha do perfil se torne quase reta. As
21
mudanças verticais também ocorrem na face. Embora a proporção da face superior em relação
à face como um todo permaneça a mesma (a face superior representa 43% da distância total
de násio a gnátio), a altura aumenta com o crescimento para frente e para baixo da mandíbula.
A criança apresenta a face mais arredondada que o adulto. A face se torna mais longa com o
amadurecimento devido ao maior vetor de crescimento facial ser vertical. Concluiu que a
decisão de intervir precocemente ou somente acompanhar o crescimento deve ser criteriosa.
Casos limítrofes devem ser bem analisados, pois ninguém dispõe de meios capazes de
predizer cada detalhe do crescimento facial.
SINGH e SAVARA54, em 1966, estudaram o crescimento da maxila em jovens do
sexo feminino de 3 aos 16 anos de idade, avaliando a altura, o comprimento, a largura, a
significância e variabilidade anual absoluta e relativa dos incrementos relativos às dimensões
avaliadas e ao crescimento circumpuberal na maxila. Utilizaram telerradiografias, tomadas em
norma lateral, identificando os pontos cefalométricos de acordo com Broadbent-Bolton:
NMS, SNA, PRO, PTM, 2MS, 10M, PAM. Observaram os incrementos a cada ano.
Concluíram que a medida em altura relacionada com próstion diminui no período de perda de
incisivos decíduos e erupção dos incisivos centrais permanentes. As mudanças de crescimento
na maxila são marcantes em relação à altura, menos em comprimento e menos em largura. A
largura apresenta um aumento maior na tuberosidade em relação à largura zigomaticomaxilar,
de cada lado, durante as idades mais jovens, e não ocorre diferença nas idades mais
avançadas. A quantidade de crescimento diferencial da altura, comprimento e largura muda a
forma da face.
CLINCH18, também em 1966, realizou uma revisão de literatura a cerca do
desenvolvimento da dentadura desde o período pré-natal, até a dentição mista. O
22
desenvolvimento da dentadura decídua e dentição mista resume-se por uma série de traçados
que mostram o desenvolvimento do padrão dento-facial de crianças normais de um mês até
nove anos. Ao nascimento existe uma deficiência ântero-posterior da mandíbula em relação à
maxila que normalmente se normaliza antes do início da fase ativa de erupção dentária. Em
um mês de vida a mandíbula e maxila contêm as coroas dos vinte dentes decíduos
parcialmente mineralizados e com a crista do primeiro molar permanente e do canino
permanente em fase inicial de mineralização. Aos 3 anos de idade toda a dentadura decídua
encontra-se completa e os maxilares abrigam todos os dentes permanentes, exceto os terceiros
molares, em diferentes estágios de mineralização. Nesta idade o padrão facial como um todo
está completo e sofre pouca ou nenhuma mudança morfológica.
DRUMMOND25, em 1968, propôs uma padronização de normas cefalométricas para
crianças afroamericanas. Utilizou uma amostra de telerradiografias, tomadas em norma
lateral, de 40 crianças negras, com oclusões clinicamente aceitáveis e relação molar de Classe
I, de Angle. Comparou os resultados das medidas cefalométricas desta amostra com as de
uma amostra de crianças leucodermas do Alabama. Concluiu que as principais diferenças
atribuem-se à protrusão dentária maxilomandibular, a uma maior inclinação do plano
mandibular e ao posicionamento mais anterior da maxila em relação à base do crânio,
encontrados na amostra da raça negra. Observou, ainda, que as crianças negras possuem
maior ângulo de convexidade, devido ao posicionamento anterior do arco basal, indicando
protrusão maxilar. A posição dos dentes e a espessura dos lábios contribuem para a face
inferior parecer muito cheia. Devido à maior inclinação do plano mandibular, a mandíbula
possui pouco pogônio. Para o autor, o paciente negro parece apresentar a língua maior e os
lábios muito frouxos e flácidos, o que permite que seus dentes permaneçam em balanço e
harmonia na posição protruída. Questionou a estabilidade da retração dos dentes anteriores no
23
tratamento da biprotrusão dentária na raça negra, frente tais características da língua e dos
lábios.
MOORREES46, em 1969, realizou uma revisão dos dados coletados para um estudo da
dentadura normal dos 5 aos 6 e dos 16 aos 18 anos. Obteve tais dados por meio do estudo de
modelos coletados como parte do “estudo longitudinal da saúde e desenvolvimento da
criança” da Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard e pela Bayard School in
Wilmington, Delaware. Nenhuma das crianças de 5 a 18 anos submeteu-se a tratamento
ortodôntico. Analisou os dados primeiramente, agrupando as observações em comprimento,
largura e circunferência de arco em idade cronológica. Os achados sugeriram claramente que
as mudanças no crescimento foram provocadas pela emergência dos dentes permanentes e,
por causa das grandes diferenças no nível de maturação observada entre as crianças em todas
as idades, esta primeira análise não foi considerada com suficiente precisão como
representante do desenvolvimento dentário.
BUGG JR; CANAVATI; JENNINGS14 e colaboradores, em 1973, apresentaram um
estudo cefalométrico de 60 crianças Latino Americanas de 4 e 5 anos de idade com oclusão
normal e boas proporções faciais. Selecionaram a oclusão de acordo com o plano terminal
reto, o plano terminal em degrau mesial e o canino decíduo superior ocluindo entre canino e
primeiro molar decíduos inferiores. Observaram que o movimento para frente do Násio e do
ponto A, a partir da Sela, é aparentemente estável, já que a média para ambos os grupos não
apresentou grande diferença. O conceito geralmente aceito de que o crescimento mandibular
ocorre de forma mais rápida do que o maxilar, pôde ser confirmado pelos achados de que o
ângulo SNB é menor e o ANB é maior na criança que no adulto. A medida do eixo Y de
crescimento é maior na criança, evidenciando o movimento anterior da mandíbula nesta fase
24
de crescimento. Os planos oclusal e mandibular diminuem seus ângulos em relação à Sela-
Násio, quando comparados com o padrão adulto. Embora o incisivo superior decíduo
encontre-se mais verticalizado que o permanente, o ângulo interincisivos é similar ao dos
adultos, pois os incisivos inferiores decíduos são inclinados para vestibular o suficiente para
manter este ângulo. Observaram-se algumas diferenças quando este estudo foi comparado
com o realizado por Higley. Talvez isto se deva ao fato de que todas as crianças estudadas
neste trabalho sejam Latino Americanas, uma etnia que apresenta padrão de crescimento mais
protrusivo do que a estudada por Higley
KOWALSKI, NASJLETI e WALKER41, em 1974, estudaram o diagnóstico
diferencial entre as características faciais de americanos melanodermas e leucodermas.
Utilizaram a análise descritiva de STEINER59 como parâmetro cefalométrico em uma amostra
de 244 homens melanodermas com idades de 20 a 60 anos e 381 leucodermas com a mesma
faixa etária. Encontraram que a medida discriminante mais efetiva da análise de Steiner
relacionava-se com a distância do incisivo inferior à linha NB, muito maior nos
melanodermas, indicando uma protrusão dentária inferior, contribuindo para um ângulo
interincisivos menor nesta raça. O grau de prognatismo maxilar, medido pelo SNA,
encontrava-se maior nos melanodermas e a inclinação do plano oclusal em relação à base do
crânio também se apresentou mais severa neste grupo. Os resultados deste trabalho mostraram
a necessidade de modificações destas normas de acordo com a raça e mostraram que as
variáveis de Steiner são bastante sensíveis às variações raciais.
GORMLEY, CARLO e REARDON31, em 1975, estudaram a morfologia crânio-
esquelética em um segmento da população negra, composta por 219 pessoas, com idades
variando entre 9 e 58 anos. Os autores pretendiam fornecer parâmetros cefalométricos mais
25
precisos para raça negra, para tratamentos cirúrgicos das discrepâncias maxilo-mandibulares.
Utilizaram, como base de referência o plano sela-násio, por considerarem de fácil localização
e definição além de mais estável e sujeito a mudanças mínimas com o crescimento. Os dados
obtidos permitiram concluir que no melanoderma a maxila encontra-se normalmente mais
pronunciada em relação à base do crânio, ocorre um discreto aumento da altura facial,
percebido pelo ângulo Sn.GoGn e os incisivos superiores mostram-se em posição normal em
relação à base do crânio enquanto que os inferiores apresentam uma maior inclinação
vestibular para compensar a protrusão maxilar, induzindo à falsa impressão de aumento na
altura facial.
DE MELO e SALZANO21, também em 1975, estudaram a erupção dos dentes
permanentes de 302 crianças leucodermas e 904 melanodermas de 6, 9 e 12 anos de idade,
provenientes de escolas primárias e jardins de infância da cidade de Porto Alegre, de ambos
os sexos, em regiões similares do nível sócio-econômico para ambas as raças. Consideraram a
cor da pele e da gengiva, tipo de cabelo, espessura do lábio e forma do nariz. Entre os
melanodermas incluíram os mulatos claros, os mulatos escuros e negros. Observaram a
ausência ou presença de cada dente decíduo e classificaram de 1 a 4 o grau de erupção dos
permanentes de acordo com a quantidade de coroa aparente a partir da perfuração da mucosa.
Encontraram pequenas, mas consistentes diferenças de erupção entre as raças com um início
mais precoce entre os melanodermas, especialmente entre as mulheres.
VANN, DILLEY e NELSON62, em 1978, realizaram uma pesquisa no intuito de
coletar, documentar e analisar dados que proveriam normas cefalométricas para um
selecionado grupo de crianças pré-escolares. Além disso, esta pesquisa objetivou compilar
dados iniciais que serviriam de base para um estudo do crescimento e desenvolvimento de
26
crianças. Das 209 crianças examinadas, classificaram um total de 32, inicialmente. Tomaram
telerradiografias, em norma lateral de cada criança, e depois de identificados os pontos
cefalométricos, traçaram planos específicos e mediram os ângulos cuidadosamente. Cada
cefalograma foi traçado três vezes pelo investigador principal. Como resultado estabeleceram
17 normas cefalométricas para uma amostra de 32 crianças leucodermas pré-escolares com
idades de 4,5 anos, mais ou menos 6 meses. Com respeito ao crescimento e desenvolvimento
dentário, os achados deste estudo sugeriram que os incisivos superiores são mais protruídos
nos meninos pré-escolares do que nas meninas, mas não ficou claro se esta diferença é
significante clinicamente. Encontraram ainda que os incisivos decíduos são mais
verticalizados que os permanentes. Com respeito ao crescimento e desenvolvimento facial
quando comparados às normas para adultos, os achados deste estudo transversal corroboraram
os achados dos longitudinais. Uma análise desta comparação apóia o conceito de que násio e
ponto A se movem para frente em relação à sela de modo que o SNA em adultos é similar ao
das crianças de 4 a 5 anos de idade. Sugeriu que a ponta do mento ainda não é desenvolvida
na criança pré-escolar e, portanto o pogônio e o ponto B são iguais quando relacionados ao
plano sela-násio. Numa criança normal pode-se esperar que o SNB e SN.Pg sejam
essencialmente os mesmos. Sugere ainda que o crescimento mandibular ocorre numa direção
mais horizontal que vertical dos 4 anos até a idade adulta.
FONSECA e KLEIN, em 1978, procuraram estabelecer normas cefalométricas para as
melanodermas americanas. Para tanto, compararam as medidas realizadas em mulheres
melanodermas com oclusão clinicamente aceitável, relação molar e de caninos em Classe I e
sem anomalias faciais, com os valores obtidos para uma amostra de mulheres leucodermas.
Encontraram nos melanodermas uma biprotrusão maxilar, incisivos superiores e inferiores
27
mais inclinados, com o ângulo interincisivos mais agudo e altura do terço médio da face mais
curto e altura facial inferior maior.
RICHARDSON49, 1980, reuniu os dados existentes na literatura com os do presente
estudo para avaliar as características de vários grupos étnicos procurando as diferenças e
similaridades das médias inter e intragrupos. Avaliou cefalogramas laterais de 40 jovens
negros americanos igualmente divididos em homens e mulheres, com idades de 13 a 16 anos.
Utilizou os ângulos facial, sela-násio-ponto A, sela-násio-ponto B, sela-násio-pogônio e
ângulo do plano mandibular. Analisou os dados como um grupo e separadamente por sexo.
Comparou as médias dos dados da literatura com as deste estudo. Analisou estatisticamente as
médias dentro dos vários grupos étnicos e as médias entre os grupos. Utilizou o teste “t” para
análise dos dados. Concluiu que a morfologia craniofacial é afetada por muitos fatores
incluindo genética, função e temperatura. Que as diferenças das médias dentro de um grupo
racial ou étnico são, freqüentemente, maiores do que entre os grupos e que os parâmetros da
face que estão mais perto de áreas alvéolo-dentárias mostram as maiores diferenças entre os
grupos étnicos e raciais.
BISHARA11, em 1981, apresentou 5 padrões cefalométricos que sugeria sua utilização
em faixas etárias e em sexos específicos, elaborados a partir de um estudo longitudinal
utilizando telerradiografias, tomadas em norma lateral, de 20 meninos e 15 meninas
leucodermas, com oclusões clinicamente aceitáveis, sem anomalias faciais e que nunca
submeteram-se a tratamento ortodôntico. Suas idades variaram dos 5 anos até a idade adulta.
Estas radiografias realizaram-se bi-anualmente dos 4,5 até os 12 anos de idade e anualmente
até os 17, e um conjunto de registros efetuado numa idade média de 26,2 anos. Ao final do
trabalho o autor apresentou 5 padrões cefalométricos denominando-os de Padrão A: para
28
meninos e meninas entre 4 e 7 anos de idade, Padrão B: para meninas entre 5 e 12 anos de
idade e meninos entre 5 e 10 anos de idade, Padrão C: para meninas entre 12 anos e a idade
adulta, Padrão D: para meninos entre 10 e 17 anos de idade, Padrão E: para jovens acima de
17 anos de idade. Neste trabalho o autor procurou apresentar ao ortodontista, padrões
cefalométricos para faixas etárias e sexos específicos, diferentemente dos trabalhos de outros
autores que apresentaram um único padrão para ser utilizado em ambos os sexos e em todas
as idades.
BERTOZ e MARTINS9, em 1981 identificaram os valores da análise de Interlandi,
linha “I”, para melanodermas brasileiros. Esta linha é traçada passando pelos pontos P’ e E,
localizados na maxila e mandíbula, respectivamente e que são solidários às condições
estáticas e dinâmicas daqueles ossos, na face. Relaciona a posição ântero-posterior dos
incisivos com suas bases ósseas. Utilizaram telerradiografias, tomadas em norma lateral, de
30 adolescentes brasileiros, melanodermas, do sexo masculino, com idades variando de 12 a
17 anos. Encontraram que, em melanodermas brasileiros, a linha “I” ocorreu em um ponto
situado a -7,35 mm, evidenciando uma maior inclinação vestibular dos incisivos inferiores e
verificando uma diferença bastante acentuada quando comparada com a obtida para os
leucodermas, de -1,28 mm. Concluíram que cada grupo racial necessita de uma medida
cefalométrica própria. Os autores ressaltam, ainda que a excessiva vestibularização dos
incisivos inferiores nos melanodermas é normal, e, portanto, os ortodontistas devem preservá-
la no tratamento das más oclusões, de modo a manter a beleza da raça, respeitando suas
características intrínsecas, fisiológicas e anatômicas.
SMITH55, em 1982, objetivou definir o conceito de oclusão normal, ideal e má
oclusão, descrevendo cada característica do desenvolvimento normal de crianças, auxiliando o
29
pediatra a reconhecer os desvios da oclusão. Definiu o termo oclusão como o modo com que a
maxila e a mandíbula se relacionam durante o fechamento, função e parafunção. Os dentes
superiores e inferiores ao entrarem em contato permitem que a mandíbula seja guiada, por um
sistema proprioceptivo, para uma posição em que os côndilos estejam posicionados o mais
superior possível (relação cêntrica). Explicou que oclusão normal se refere àquela que,
apresenta desvios do que é considerado perfeito, mas não requer tratamento. A oclusão ideal
raramente é encontrada. A relação oclusal muda de acordo com o desenvolvimento das
dentaduras decídua, permanente e da dentição mista. O exame da oclusão deve ocorrer por
oclusal e depois por vista lateral, examinado também a relação dos dentes com lábios e face.
Informou que as diferenças na seqüência e época de erupção entre diferentes populações e
entre os sexos geralmente não ultrapassam dois meses. Lembrou que é difícil predizer como
será a oclusão na dentadura permanente baseada na dentadura decídua, pois alguns problemas
se autocorrigem e outros pioram durante o crescimento. O autor descreveu como normal e
desejável os diastemas entre os dentes decíduos, já que a falta destes espaços e dos “espaços
primatas”, predispõe a criança a apinhamentos dentários na dentadura permanente. Citou
também como normal na dentadura decídua os planos terminais retos e com degrau mesial, e
lembrou que um degrau distal é um forte sinal de desenvolvimento de uma má oclusão de
Classe II na dentadura permanente. Alertou ainda para a necessidade de manutenção da saúde
dos dentes decíduos, já que as perdas precoces destes, podem levar ao fechamento de espaços
para os permanentes ocasionando apinhamentos e impactações.
Em 1986, FOSTER; ORTH e GRUNDY29 realizaram um estudo longitudinal através
de análise de modelos de 60 crianças aos 5 e aos 12 anos de idade, para avaliar a persistência
dos fatores oclusais na dentadura decídua e na permanente. Encontrou que, embora ocorresse
grande previsibilidade, existia uma variação individual que contribuiu para a predição irreal
30
no paciente de forma individual. A relação sagital dos arcos dentários foi relativamente
estável, mas onde a mudança ocorreu, foi na direção da Classe II, com o arco mandibular
tornando-se mais retroposicionado em relação ao arco maxilar.
ARGYROPOULOS; SASSOUNI e XENITOU, em 1989, objetivando determinar
características craniofaciais e examinar o significado da herança étnica, compararam as
dimensões cefalométricas de negros da atualidade com as medidas correspondentes de seus
predecessores (Civilização Minoan, 1800 – 1200 a.C.). Encontraram uma extraordinária
semelhança na morfologia craniofacial, sugerindo uma grande afinidade genética entre os dois
grupos, concluindo que pessoas pertencentes a diferentes grupos étnicos apresentam padrões
cefalométricos específicos.
BIDEGAIN, et al, em 1990, propõem-se a esclarecer alguns conceitos sócio-
antropológicos, antropofísicos e nomenclaturas para o Homem Brasileiro. Descrevem o
conceito de raça como grupos de uma mesma espécie, interfecundos, que têm em comum
características próprias e hereditárias. Como etnia, conceituam grupos da espécie humana que
têm em comum características culturais marcantes. Segundo os autores, um grupo étnico pode
ser uma nação (não obrigatoriamente); um povo (como os judeus); um grupo lingüístico
(como os índios que falam a língua Jê); uma minorias dentro de uma nação (como o negro
norte-americano) ou um grupo religioso como os amish.
JOHNSON, em 1992, através de uma revisão de literatura observou que diferentes
raças possuem diferentes normas cefalométricas, o que implica na disposição dos dentes, bem
como na avaliação estética de pessoas de origem étnica distintas. Comparou 12 medidas
atribuídas aos leucodermas e aos seguintes grupos étnicos: japoneses, chineses, filipinos,
31
negros e mexicanos. Percebeu que, quando comparados às medidas de populações
leucodermas, os melanodermas apresentam incisivos procumbentes e protrusos, base
esquelética maxilar com excesso horizontal, base esquelética mandibular similar, perfil mais
conveso, protrusão labial, maior trespasse vertical, menor trespasse horizontal, plano oclusal
similar, altura facial maior e terço médio da face aumentado.
D’ALOISIO e PANGRAZIO-KULBERSH20, em 1992, compararam as bases
cranianas de melanodermas e leucodermas a respeito de comprimento, angulação e flexão
com o objetivo de determinar qual ou quais medidas faciais explicam a variabilidade vista na
base craniana. Utilizaram uma amostra de 100 telerradiografias, tomadas em norma lateral,
obtidas de melanodermas norte americanos. Quarenta e dois do sexo masculino com idade
média de 25,6 anos e 58 do feminino com idade média de 31,5 anos. Compararam as medidas
obtidas às encontradas no Atlas of growth in the aging craniofacial skeleton, o qual pareceu
adequado para a comparação, pois efetuou-se a partir de jovens leucodermas da mesma região
geográfica. Encontraram que o comprimento da base do crânio nos melanodermas norte
americanos apresentava-se significantemente menor do que no leucoderma. Demonstraram
uma forte relação biológica entre o comprimento da base do crânio nos melanodermas e suas
bases dentárias, planos palatinos e oclusais.
Segundo VADEN; DALE; KLONTZ61, em 1996, a dimensão do terço inferior da face
contribui para o equilíbrio facial harmonioso e estético. Enfatizaram que o conhecimento do
processo de crescimento craniofacial é de fundamental importância no planejamento dos
tratamentos ortodônticos e que apesar de várias décadas de estudos, esse processo ainda não
foi de todo desvendado.
32
SILVA e OLIVEIRA53, em 1997, estudaram as dimensões craniofaciais angulares e
lineares em pessoas da raça negra. Utilizaram uma amostra composta de telerradiografias,
tomadas em norma frontal, de 40 adultos negros clinicamente simétricos em norma frontal,
com suporte dentário adequado e suficiente para manter uma dimensão vertical equilibrada e
que nunca submeteram a qualquer forma de tratamento ortodôntico ou ortodôntico-cirúrgico
prévio. Utilizaram o programa SMTC (Sistema de Medição e Traçado Cefalométrico)
desenvolvido para executar algumas análises cefalométricas como USP, Profis, Ricketts,
McNamara e Bimler. Concluíram que, em relação às medidas das dimensões cefalométricas
esqueléticas lineares em norma frontal, para adultos da raça negra, ocorreu diferença
estatisticamente significativa para todas as medidas quando comparadas com o padrão da raça
branca, tendo os negros apresentado essas medidas maiores. Nas médias das dimensões
cefalométricas angulares, em norma frontal, para pessoas da raça negra, não ocorreu diferença
estatisticamente significante, quando comparadas com padrão da raça branca.
Em 1999, CHAVES e FERREIRA16, avaliaram a influência racial no processo de
maturação esquelética. Selecionaram 60 jovens na faixa etária de 11 anos, do sexo feminino e
classe sócio-econômica baixa. Dividiram a amostra em dois grupos: o grupo 1, composto de
30 leucodermas, e o grupo 2 de 30 melanodermas. Obtiveram de cada menina, duas tomadas
radiográficas da mão esquerda: uma da região carpal e outra da região do polegar. A
interpretação das radiografias obedeceu à curva de velocidade de crescimento proposta por
MARTINS45, que relaciona os estágios de maturação esquelética dos ossos da mão e do
punho às etapas do crescimento. Concluíram que a fase ascendente do surto de crescimento
puberal ocorreu de forma mais prevalente e que existe uma tendência à maturação precoce do
grupo de meninas melanodermas
33
ELY, ANTUNES e OLIVEIRA26, em 1999, apresentaram um estudo de 5 medidas
cefalométricas realizadas em adultos melanodermas de ambos os sexos e compararam com os
padrões estabelecidos para leucodermas. Este estudo objetivou determinar parâmetros para as
cirurgias ortognáticas que visam a correção de deformidades faciais. Utilizaram uma amostra
de 40 telerradiografias tomadas em norma lateral de 20 homens com idade média de 25 anos e
de 20 mulheres com uma idade média de 33 anos. Realizaram traçados cefalométricos
computadorizados utilizando o programa Sistema de Medição e Traçado Cefalométrico
(SMTC). Após analisarem os dados obtidos concluíram que as médias das dimensões
cefalométricas lineares, em norma lateral, selecionadas para esta pesquisa, são numericamente
maiores para a amostra masculina. Quando comparadas às médias das dimensões
cefalométricas lineares em norma lateral, considerando-se o sexo, constatou que somente em
relação à convexidade do ponto A, não existe diferença estatisticamente significativa. Quando
comparadas as médias das dimensões cefalométricas lineares em norma lateral, para
melanodermas de ambos os sexos, com o padrão de normalidade estabelecido para
leucodermas, as cinco dimensões analisadas apresentaram diferença estatisticamente
significativa. Ainda que o programa SMTC utilize uma média de padrão de normalidade
única correspondente às dimensões esqueléticas lineares, observam-se discrepâncias nas
médias obtidas destas medidas de acordo com as raças branca e negra, já que existem
diferenças entre os tipos raciais.
FERREIRA27 e colaboradores, em 2001, observaram a prevalência das características
da dentadura decídua que influenciam preponderantemente a oclusão permanente, tais como:
tipo de arco, presença de espaços primatas, relação terminal de segundos molares e relação de
caninos decíduos. Utilizaram uma amostra de 356 crianças de ambos os sexos, na faixa etária
de 3 a 5 anos e meio, com dentadura decídua completa e oclusão normal, residentes na cidade
34
de Salvador. Os exames realizaram-se na sala de aula por duas examinadoras, utilizando
espátulas de madeira. Concluíram que, ao contrário da literatura revisada pelos autores, o tipo
de arco mais prevalente foi o tipo II, tanto para a arcada superior como para a inferior, em
ambos os sexos. Os espaços primatas foram mais prevalentes nas crianças menores de 4 anos
e os padrões normais de oclusão mais freqüentes, para as relações canino e molar, eram
Classe I.
PINZAN48, em 2001, apresentou uma pesquisa longitudinal sobre o crescimento facial
em jovens leucodermas, brasileiros de ambos os sexos. Utilizou uma amostra de
telerradiografias, tomadas em norma lateral, obtidas de 13 jovens do sexo feminino nas idades
de 5a. 5m., 9a. 1m. e 12a. e 14 do sexo masculino, nas idades de 5a.8m., 9a.1m. e 11a.8m. A
cada idade nomeou-se respectivamente de Fases I, II e III. Todas as crianças apresentavam
oclusão normal desde a dentadura decídua e eram filhos e/ou netos de ancestrais brasileiros,
espanhóis, portugueses ou italianos. Concluiu que o crescimento no sentido vertical,
pesquisado pela medida SN.GoGn, não observou significância em ambos os sexos. Para a
medida SN.Gn, não observou significância em ambos os sexos. Ocorreu correlação entre
essas medidas, para todas as fases, em ambos os sexos, o mesmo sendo constatado para
diferenças entre as médias, exceto para o sexo masculino entre as fases II e III. A medida
PoOr.GoMe revelou diminuição com significância estatística apenas entre as Fases I e II e I e
III do sexo masculino. A correlação no sexo feminino, foi evidenciada com SN.GoGn nas 3
Fases e com SN.Gn, nas fase I e III. No sexo masculino a correlação ocorreu nas Fases I e II
com SN.GoGn. Com a medida SN.Gn, nenhuma correlação foi encontrada, o mesmo
evidenciado entre as diferenças para o sexo feminino. No sexo masculino, a correlação entre
as diferenças apresentou –se nas Fases I e II e II e III apenas com SN.GoGn. A medida
BaN.PtGn não demonstrou significância estatística em nenhuma das 3 Fases, para ambos os
35
sexos. A correlação, no sexo feminino, ocorreu com SN.GoGn nas Fases I e II e nas 3 Fases
com SN.Gn e PoOr.GoMe. Para o sexo masculino, ocorreu correlação entre as Fases I e II
com SN.GoGn e nas 3 Fases, com SN.Gn. Com a medida PoOr.GoMe, a correlação
evidenciou-se apenas na Fase I. Analisando as diferenças entre as médias, a correlação
apresentou-se, no sexo feminino, somente com SN.GoGn e SN.Gn. Para o sexo masculino,
apenas entre as Fases I e II de BaN.PtGn com SN.GoGn e PoOr.GoMe.
PEREIRA47, em 2002, através de estudo cefalométrico transversal, estudou o
crescimento, as características esqueléticas e dentárias no sentido vertical de jovens, do sexo
feminino, na fase de dentadura decídua, entre 4 e 5 anos de idade, brasileiros, leucodermas, da
região de Belo Horizonte, com oclusão normal, sem nenhum tratamento ortodôntico prévio.
Através de 20 telerradiografias tomadas em norma lateral para cada idade, avaliou as medidas
lineares, angulares, proporcionais, altura dento-alveolar e o polígono de BJÖRK. Encontraram
que a AFI foi maior que AFS nas jovens de 5 anos, em média, 2,13mm, a AFPI (ENP-Go)
aumentou de 33,63mm para 35,10mm dos 4 para 5 anos, alterando a AFPI em 1,47mm e o
ângulo Ba-Na.PTM-Gn diminuiu 2,85º, dos 4 para 5 anos. Na avaliação dessas três medidas
observou um crescimento vertical da face dos 4 para os 5 anos. As proporções entre Ar-Go/S-
Go, ENA-Me/ N-Me e S-Go/N-Me exibiu valores de 58,42%, 58,68% e 60,49%,
respectivamente, aos 4 anos, e 57,10%, 58,96% e 60,36%, nessa ordem, para a idade de 5
anos.
MENDLOVITZ44, também em 2002, estudou as características cefalométricas ântero-
posteriores de jovens do sexo masculino de 4 e 5 anos de idade com oclusão normal, através
de 42 telerradiografias tomadas em norma lateral. Avaliou as medidas angulares, SNA, SNB,
ANB, SN.GoGn, ângulo interincisivos, FMA, FMIAE IMPA e as lineares, Nperp-A, Co-A,
36
Co-Gn, diferença maxilo-mandibular, S-N, ENA-ENP, trepasse horizontal e altura do ramo
mandibular. Observou que os jovens de 5 anos apresentam os incisivos superiores e inferiores
mais verticalizados dentro de suas bases ósseas, quando comparado aos jovens de 4 anos e
que todas as medidas lineares do grupo de 5 anos mostraram-se superiores às encontradas no
grupo de 4 anos, apresentando significado estatístico somente para as variáveis Co-A, Co-Gn
e diferença maxilo-mandibular. Dessa forma, Co-Gn, S-N, ENA-ENP, Co-Go, aos 4 anos,
mediram 89,86mm, 64,50mm e 46,73mm, 41,36mm em média, respectivamente. As mesmas
medidas mediram, 95,88mm, 65,20mm, 48,00mm, 42,70mm, nessa ordem, aos 5 anos.
38
3 PROPOSIÇÃO
Baseados nas informações obtidas na literatura, os pesquisadores se propõem:
1- quantificar cefalometricamente o crescimento vertical, ântero-posterior e proporcional
maxilo-mandibular em crianças leucodermas de 4 e 6 anos de idade,
2- quantificar cefalometricamente o crescimento vertical, ântero-posterior e proporcional
maxilo-mandibular em crianças melanodermas de 4 e 6 anos de idade,
3- identificar as possíveis diferenças inter-raciais em relação ao crescimento craniofacial
40
4 MATERAL E MÉTODOS
4.1 MATERIAL
A amostra constou de 63 telerradiografias, em norma lateral de crianças do sexo
feminino organizadas em grupos de 19 melanodermas de 4 anos, 16 com 6 anos, 16
leucodermas de 4 anos, sendo que destas últimas, 12 repetiram o exame aos 6 anos de idade.
Todas apresentando dentadura decídua ou início da mista e com oclusão normal. As
telerradiografias das crianças leucodermas, aos 4 anos pertencem ao arquivo de documentação
ortodôntica do curso de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais, oriundas de duas pesquisas desenvolvidas anteriormente.
Convocaram-se as mesmas crianças aos 6 anos e realizaram-se novas tomadas radiográficas,
em norma lateral.
Das 22 telerradiografias das crianças leucodermas do sexo feminino, aos 4 anos de
idade, recusaram-se 4 jovens que completaram 7 anos de idade, e outras 6 não foram
localizadas.
As telerradiografias das crianças melanodermas de 4 e 6 anos de idade foram tomadas
no mesmo período em 2004.
A imagem pode ser ampliada ou distorcida, durante as tomadas radiográficas.
Conseqüentemente, a repetição ao acaso das medidas é importante no controle de erro ao
acaso, pois o aumento das medidas lineares, proporcionais e deslocamento dos pontos podem
ser compensados por sistemas de comparação36. Dessa forma, realizou-se a calibração do
41
examinador, por meio, de repetições dos traçados, com um intervalo de 30 dias, para as 2
medições de uma mesma radiografia, pelo mesmo examinador. Cada traçado foi conferido por
um segundo examinador.
4.2 MÉTODOS
Este trabalho somente se realizou após a devida aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da
PUC – Minas (ANEXO A).
4.2.1 Critérios para a seleção da amostra
Para a realização desse estudo os pais ou responsáveis legais autorizaram a
participação das crianças. Os responsáveis foram devidamente informados sobre o propósito
do estudo e sobre os exames realizados nas crianças, assinando um termo de consentimento
livre e esclarecido, que também foi elaborado especialmente para a referida pesquisa.
(ANEXO B).
Conduziram-se os exames clínicos das meninas melanodermas no ambiente escolar,
utilizando-se o consultório odontológico da entidade. O mesmo examinador realizou o exame
em todas as crianças, empregando para tanto apenas espátulas de madeira da marca
42
CRUZEIRO (Jundiaí - SP), com 14,0 cm de comprimento, por 1,3 cm de largura e 02 cm de
espessura. Os dados obtidos foram anotados em fichas próprias.
Selecionaram-se as jovens com perfil facial harmonioso, apresentando lábios em
contato quando em repouso. Todas as crianças encontravam-se na fase de dentadura decídua
ou início da dentição mista, com oclusão normal, sem a presença de cáries interproximais ou
oclusais e não utilizaram nenhum tipo de aparelho ortodôntico e/ou ortopédico.
A análise dos arcos dentários seguiu os seguintes critérios:
Apresentação de arcos dentários decíduos ou inicio de dentição mista intactos
(restaurações oclusais não desqualificariam a criança);
Faixa etária de 4 ou 6 anos de idade;
Forma do arco designada como ovóide, triangular ou quadrada;
Trespasse vertical suave – 0 a 3 mm;
Trespasse horizontal suave – 0 a 2 mm;
Espaçamento dos arcos dentários decíduos, como: primata ou generalizado;
Relação normal de canino decíduo: na oclusão cêntrica, a extremidade da cúspide do
canino superior não estar mais de 1 mm mesial ao ponto médio entre o canino e o
primeiro molar inferiores decíduos;
Relação do plano terminal do segundo molar como reto ou em degrau mesial.
A seleção das crianças melanodermas que participaram desta pesquisa obedeceu aos
critérios postulados no livro ANTROPOLOGIA FÍSICA2. As características utilizadas foram
a cor da pele (negra), como caráter fundamental; a cor (negra) e o tipo (ulótrico ou
espiralado) do cabelo, a cor da íris (escura), a forma do nariz (mesorrino, ou platirrino, ou
achatado), e a espessura dos lábios (grossos). Tanto as crianças leucodermas quanto as
melanodermas encontravam-se na faixa etária de 4 a 6 anos.
43
As seguintes fichas foram utilizadas na seleção da amostra:
DADOS PESSOAIS Nome: ______________________________________________________________________
Idade: ________ anos e ________meses Raça:______________________ Sexo:__________
Nacionalidade: ________________________________________________________________
Filiação: Pai: _________________________________________________________________
Mãe: _________________________________________________________________
Responsável: ________________________________________________________________
Endereço do responsável: _______________________________________________________
Telefone de contato: ___________________________________________________________
Escola: ______________________________________________________________________
Endereço: ____________________________________________________________________
Parente mais próximo: __________________________________________________________
Telefone: ____________________________________________________________________
Endereço: ____________________________________________________________________
DADOS CÍNICOS
Perfil facial harmônico Sim ( ) Não ( )Dentadura decídua completa Sim ( ) Não ( )
Relação caninos Cl I ( ) Cl II ( ) Cl III ( )
Plano terminal: Reto ( ) Degrau mesial ( ) Degrau distal ( )Sobressaliência: Normal ( ) Acentuada ( ) Mordida cruzada ( )Sobremordida: Normal ( ) Acentuada ( ) Mordida aberta ( )Mordida cruzada Sim ( ) Não ( )Restaurações oclusais Sim ( ) Não ( )Restaurações proximais Sim ( ) Não ( )Já usou algum tipo de aparelho Sim ( ) Não ( )
Hábitos: Sucção de dedos Sim ( ) Não ( )Sucção de chupeta: Até 6 meses ( )
Até 12 meses ( )
Até 24 meses ( )
44
4.2.1.1 Critérios de inclusão
Alguns critérios foram utilizados para a eleição da amostra:
• As telerradiografias, tomadas em norma lateral pertencerem à crianças do sexo
feminino, brasileiras, com idade cronológica de 4 ou 6 anos, leucodermas ou
melanodermas, com oclusão normal, equilíbrio facial, não submetidas a tratamento
ortodôntico prévio, com bom estado de saúde geral;
• Imagens radiográficas com nitidez e contraste adequados para uma boa visualização e
identificação das estruturas ósseas, dentárias e tegumentares de interesse para o
desenvolvimento da pesquisa.
4.2.1.2 Critérios de exclusão
• As telerradiografias, tomadas em norma lateral pertencerem à crianças apresentando
maloclusões do tipo Classe II ou III, com presença de mordida cruzada, aberta,
profunda, perda de dentes, com problemas respiratórios, alérgicos e hormonais,
distúrbios de desenvolvimento.
• Imagens radiográficas sem nitidez e contraste adequados para uma boa visualização e
identificação das estruturas ósseas, dentárias e tegumentares de interesse para o
desenvolvimento da pesquisa.
45
4.2.2 Obtenção das telerradiografias
Todas as radiografias foram realizadas em um único aparelho e com o mesmo
operador. O aparelho de raios-X foi o da marca Siemens (Orthophos CD), com fatores de
exposição regulados para 77 Kvp, 14 mA, com tempo de exposição de 0,64 segundos. O filme
usado foi de 18 x 24 cm, da marca Kodak, montado em chassi provido de Écran Lanex Médio
(Figuras 1 e 2)
As películas foram reveladas por uma processadora Dent-X 900, de fabricação da
Dent-X Corporation, com revelador e fixador da marca Kodak, com 6 minutos de
processamento total.
Durante a tomada radiográfica, solicitou-se que todas as crianças permanecessem com
os lábios relaxados e os dentes em oclusão.
Após a obtenção das radiografias de acordo com os critérios descritos, os traçados
foram realizados em uma sala escurecida com o auxílio de um negatoscópio, papel acetato do
tipo ultraphan transparente, com dimensões de 17,5 x 17,5cm e 0,07mm de espessura
utilizando uma lapiseira Pentel 120 A3DX, com grafite Pentel de 0,3mm de diâmetro e dureza
HB, borracha macia, régua milimetrada e fita adesiva. O traçado cefalométrico constou de:
delimitação do desenho anatômico, identificação dos pontos cefalométricos e de marcação das
linhas e planos.
46
FIGURA 1 – Posicionamento da criança no FIGURA 2 – Criança posicionada no cefalostato.
cefalostato
4.2.3 Obtenção do traçado cefalométrico
4.2.3.1 Delimitação do desenho anatômico
Identificaram-se as seguintes estruturas dentoesqueléticas e do perfil tegumentar
(FIG.3 e 4):
- Contorno das superfícies posterior e anterior da base do crânio;
- Contorno dos ossos frontal e nasais;
- Contorno do meato acústico externo;
- Contorno das imagens lateral e inferior das órbitas;
- Contorno das superfícies superior e inferior do palato ósseo;
47
- Contorno da espinha nasal anterior e do limite anterior da maxila;
- Contorno das regiões supramentoniana, mento e sínfise mandibular;
- Contorno da borda inferior da mandíbula;
- Contorno da borda posterior do ramo mandibular;
- Contorno da fossa pterigomaxilar;
- Contorno dos incisivos centrais superior e inferior;
(Traçaram-se os incisivos que se encontravam mais vestibularizados e sem o
auxílio de um gabarito - “template”);
- Contorno dos segundos molares decíduos superior e inferior;
(Traçaram-se os molares que se encontravam mais mesializados e sem o
auxílio de um gabarito - “template”);
- Contorno do perfil tegumentar.
FIGURA 3 - Delimitação do desenho anatômico (melanoderma)
48
FIGURA 4 - Delimitação do desenho anatômico (leucoderma)
4.2.3.2 Demarcação dos pontos cefalométricos
De acordo com os trabalhos de DOWNS23,24, STEINER56, TWEED57,
JACOBSON38,39 e KROGMAN e SASSOUNI42, elegeram-se os seguintes pontos
cefalométricos (Fig. 5):
1. S (Sela túrcica) – Situado na região central da imagem da sela túrcica do osso
esfenóide;
2. N (Násio) – Situado na região mais anterior da sutura frontonasal, no plano sagital;
49
3. ENA (Espinha nasal anterior) – Situado na região mais anterior da espinha nasal
anterior (ponto mais proeminente da pré-maxila no plano sagital);
4. ENP (Espinha nasal posterior) – Situado na região mais posterior da do osso
palatino;
5. Ar (Articular) – Situado na interseção da borda posterior do ramo mandibular com a
borda inferior do osso occipital;
6. Go (Gônio) – Situado no ponto médio da curvatura formada pelo corpo e ramo
ascendente mandibular. Definido pela bissetriz do ângulo formado pelas tangentes ao
corpo e ao ramo mandibulares. Em casos de imagens duplas, traçaram-se as imagens
direita e esquerda e identificou-se o ponto médio;
7. Me (Mentoniano) – Situado na região mais inferior da sínfise mentoniana;
8. Gn (Gnátio) – Situado na região mais inferior e anterior do contorno do mento ósseo;
9. Ba (Basion) – Situado na região mais inferior e anterior do forame magno;
10. Condílio (Co) – Situado na região mais superior e posterior do côndilo mandibular.
Obs. Nos casos de pontos bilaterais adotou-se o ponto médio.
50
FIGURA 5 - Identificação e demarcação dos pontos cefalométricos.
4.2.3.3 Demarcação dos planos e linhas
Após a identificação dos pontos cefalométricas, traçaram-se as seguintes linhas e planos
(Fig. 6):
1. Linha S-N – Determinada pela união dos pontos S e N;
2. Linha S-Ba – Determinada pela união dos pontos S e Ba;
3. Plano palatino - Determinado pela união dos pontos ENA e ENP
4. Linha Co-Go – Determinada pela união dos pontos Co e Go;
51
5. Plano mandibular - Determinado pela união dos pontos Go e Gn;
6. Linha S-Go – Determinada pela união dos pontos S e Go
7. Linha N-Me – Determinada pela união dos pontos N e Me;
8. Linha Ar-Go – Determinada pela união dos pontos Ar e Go
9. Linha N-ENA – Determinada pela união dos pontos N e ENA
10. Linha ENA-Me – Determinada pela união dos pontos ENA e Me
FIGURA 6 – Demarcação de linhas e planos cefalométricos
4.2.4 Mensuração das grandezas lineares
1. S-N – Distância entre os pontos S e N. Representa o comprimento da porção anterior e
52
média da base do crânio;
2. S-Ba – Distância entre os pontos S e Ba. Representa o comprimento da porção posterior
da base do crânio;
3. ENA-ENP – Distância entre os pontos ENA e ENP. Representa o comprimento da
maxila;
4. Co-Go – Distância entre os pontos Co e Go. Representa o comprimento do ramo
mandibular;
5. Go-Gn – Distância entre os pontos Go e Gn. Representa o comprimento do corpo
mandibular;
6. S-Go – Distância entre os pontos S e Go. Representa a altura posterior total da face;
7. N-Me – Distância entre os pontos N e Me. Representa a altura anterior total da face;
8. Ar-Go – Distância entre os pontos Ar e Go. Representa a altura do terço inferior
posterior da face
9. N-ENA – Distância entre os pontos N e ENA. Representa a altura anterior superior da
face;
10. ENA-Me – Distância entre os pontos ENA e Me. Representa a altura anterior inferior
da face;
4.2.5 Mensuração das grandezas proporcionais
Utilizaram-se as seguintes grandezas proporcionais para avaliação das proporções
verticais craniofaciais (Fig. 7):
53
1. ENA-Me / N – Me: Proporção entre a altura facial ântero-inferior e a altura facial
anterior total. Informa sobre as alterações proporcionais da região anterior da face
ocorridas com o crescimento;
2. S – Go / N – Me: Proporção entre a altura facial posterior total e a altura facial anterior
total. Informa sobre as alterações proporcionais da face ocorridas com crescimento e
tratamento;
3. Ar – Go / S – Go: Proporção entre a altura facial posterior inferior e a altura facial
posterior total. Informa sobre as alterações proporcionais da face ocorridas com
crescimento e tratamento;
4. Ar – Go / ENA – Me: Proporção entre a altura facial posterior inferior e a altura facial
anterior inferior. Informa sobre as alterações proporcionais da face ocorridas com
crescimento e tratamento.
FIGURA 7 - Demarcação das grandezas cefalométricas proporcionais
54
A seguinte ficha auxiliou no registro dos dados cefalométricos obtidos (Fig. 8):
NOME DO PACIENTE: _________________________________________________________
IDADE: ________________________________SEXO: _______________________________
S-NS-BaC. MAXILAC. CORPO MANDIBULARC. RAMO MANDIBULARS-GoN-MeAr-GoN-ENA
MED
IDA
SC
EFA
LOM
ÉTR
ICA
S
ENA-Me
ENA-Me / N-Me
S-Go / N-Me
Ar-Go / S-Go
PRO
POR
ÇÕ
ES
AR-Go / ENA-Me
FIGURA 8 – Modelo de ficha
4.2.6 Metodologia empregada para dividir a amostra.
As telerradiografias foram agrupadas utilizando-se os critérios de raça e idade,
definindo-se:
1. GRUPO 1 – Formado por telerradiografias de 19 crianças melanodermas do sexo
feminino com 4 anos de idade.
2. GRUPO 2 – Formado por telerradiografias de 16 crianças melanodermas do sexo
feminino com 6 anos de idade.
3. GRUPO 3 – Formado por telerradiografias de 16 crianças leucodermas do sexo
feminino com 4 anos de idade.
55
4. GRUPO 4 – Formado por telerradiografias de 12 crianças leucodermas do sexo
feminino com 6 anos de idade.
4.2.7 Metodologia empregada para a estatística
O ensaio foi conduzido no delineamento inteiramente casualizado em arranjo fatorial 2
x 2 , sendo duas raças: leucodermas e melanodermas em duas idades aos 4 e 6 anos. Todas as
crianças que participaram da pesquisa foram do sexo feminino, sendo 16 leucodermas
avaliadas aos 4 anos de idade e 12 aos 6 , 19 melanodermas avaliadas aos 4 anos e outras 16
constituíram a amostra de 6 anos de idade. Realizaram-se estatísticas descritivas das variáveis
analisadas para cada grupo experimental. Os parâmetros estimados foram média, desvio
padrão, máximo, mínimo, intervalo de confiança, coeficiente de variação e o gráfico de
Box-plot. Para atender as pressuposições da análise de variância foram realizados os testes de
Lilliefors para verificar a normalidade e o de Bartlett (TAB. 1) para avaliar a homogeneidade
das variâncias intragrupos nas respostas estudadas. As médias dos grupos experimentais
foram comparadas pela análise de variância (teste Fisher) aos níveis de 5 e 1 % de
probabilidade. Para avaliação de associação entre as variáveis estudadas foram estimados os
coeficientes de correlação de Pearson.
56
TABELA 1Testes de Lilliefors (D) e de Bartlett (M/C) para verificação da normalidade e homogeneidade de variâncias dasmedidas S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C. ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-Me, ENA-Me / N-
Me, S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me, respectivamente
Variáveis DCalculado* (M/C)Calculado**
S-N 0,1124 0,9878
S-Ba 0,0919 7,3870
C. maxila 0,1182 0,1344
C. mandíbula 0,0646 1,2264
C. ramo 0,0943 1,7619
S-Go 0,0645 0,0032
N-Me 0,0560 3,2604
Ar-Go 0,1044 3,6775
N-ENA 0,0582 0,0083
ENA-Me 0,0766 5,6507
ENA-Me / N-Me 0,1083 0,6557
S-Go / N-Me 0,0938 1,9432
Ar-Go / S-Go 0,0719 0,2798
Ar-Go / ENA-Me 0,0771 0,4488
* D tabelado de 0,112 e 0,130 aos níveis de 5 e 1% de probabilidade,respectivamente.
** χ2 tabelado de 3,840 e 6,635 aos níveis de 5 e 1% de probabilidade,respectivamente.
58
5 DADOS E RESULTADOS
Este estudo avaliou as diferenças existentes entre dois grupos raciais de crianças de 4 e
6 anos de idade, quanto às medidas craniofaciais de caráter lineares e proporcionais. Os dois
grupos compunham-se de telerradiografias, tomadas em norma lateral, de jovens do sexo
feminino, sendo que o grupo de melanodermas de 4 anos apresentava 19 telerradiografias, o
de 6 anos, 16, o grupo de leucodermas de 4 anos apresentava 16 telerradiografias enquanto
que o de 6, 12 telerradiografias. As medidas lineares dos quatro grupos estão representadas
nas tabelas de números 2 a 5. Trinta dias após um primeiro traçado, todas as telerradiografias
foram traçadas novamente pelo mesmo pesquisador e novamente avaliadas por um segundo,
com o objetivo de diminuir o erro intra-examinador (GOLDREICH et al, 199830). Estas
medidas representam a média de duas réplicas para cada criança. Nas tabelas 2 a 5 foi
realizada a estatística descritiva com apresentação das seguintes medidas:
1. Média que é valor central e aquele que ocorre com maior freqüência na população.
2. Desvio padrão e coeficiente de variação que são medidas que indicam a variação da
resposta na população, sendo o desvio expresso na mesma unidade da média e o coeficiente de
variação uma medida de variação relativa. Como se vê a medida que menos variou foi o índice
ENA-Me / N-Me com CV= 3,65% e a mais variável Ar-Go / ENA-Me com CV= 10,59.
Porém, pode-se observar que a instabilidade de todas variáveis foi baixa, indicando que o
ensaio foi conduzido sem a introdução de fatores externos (boa precisão experimental) e que,
poderiam causar confusão nas comparações de grupos experimentais. Sendo assim, o intervalo
de confiança de cada resposta foi bastante estreito, o que aumenta a credibilidade do mesmo.
3. Cálculo de valores máximo e mínimo para cada resposta, mostrando que as amplitudes
não são grandes.
59
4. Cálculo de intervalo de confiança indicando entre quais limites 95% das médias de
amostras estariam incluídas, como por exemplo, na resposta S-N em 100 amostras retiradas da
população de crianças melanodermas com 4 anos de idade 95 delas estariam incluídas entre
62,25 ± 1,30 = 60,55 a 63,55, indicando que o intervalo é estreito e portanto, de grande
credibilidade.
5. O mesmo comportamento foi observado nos grupos melanodermas com 6 anos e
leucodermas com 4 anos de idade. Comportamento semelhante foi observado no grupo
leucodermas com 6 anos, diferindo apenas em pequena redução da instabilidade
verificada nas respostas S-N e S-Ba. Entretanto, em todas variáveis estudadas a
instabilidade observada foi baixa.
TABELA 2Estatísticas descritivas de S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C. ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-
Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me avaliadas no grupo de 19 criançasmelanodermas com quatro anos de idade. (Todas as medidas são em milímetros, exceto “Coeficiente de
variação”, em porcentagem)
Variável Média Desviopadrão Máximo Mínimo Intervalo de
confiança*Coeficiente devariação (%)
S-N 62,25 2,71 66,75 56,25 62,25 ± 1,30 4,35S-Ba 39,74 3,37 44,75 33,75 39,74 ± 1,62 8,45C. maxila 45,05 2,16 49,75 41,25 45,05 ± 1,04 4,79C. mandíbula 59,32 2,85 65,50 53,75 59,32 ± 1,37 4,81C. ramo 38,70 2,85 43,75 34,00 38,70 ± 1,37 7,35S-Go 57,26 4,52 69,25 48,25 57,26 ± 2,18 7,90N-Me 94,99 5,41 104,75 83,75 94,99 ± 2,60 5,69Ar-Go 33,72 2,78 39,75 29,75 33,72 ± 1,34 8,24N-ENA 40,93 3,05 44,75 34,00 40,93 ± 1,47 7,46ENA-Me 57,60 3,64 65,25 51,25 57,60 ± 1,75 6,31ENA-Me / N-Me 0,60 0,02 0,64 0,54 0,60 ± 0,01 3,65S-Go / N-Me 0,60 0,04 0,68 0,53 0,60 ± 0,02 6,54Ar-Go / S-Go 0,58 0,04 0,66 0,53 0,58 ± 0,02 7,04Ar-Go / ENA-Me 0,58 0,06 0,72 0,48 0,58 ± 0,03 10,59* P = 0,05
60
TABELA 3Estatísticas descritivas de S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C. ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-
Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me avaliadas no grupo de 16 criançasmelanodermas com seis anos de idade. (Todas as medidas são em milímetros, exceto “Coeficiente de variação”,
em porcentagem)
Variável Média Desviopadrão Máximo Mínimo Intervalo de
confiança*Coeficiente devariação (%)
S-N 63,84 4,07 68,25 52,25 63,84 ± 2,16 6,37S-Ba 41,81 1,84 45,00 39,00 41,81 ± 0,98 4,41C. maxila 47,13 2,36 50,75 44,00 47,13 ± 1,26 5,02C. mandíbula 65,83 4,28 71,75 56,50 65,83 ± 2,28 6,50C. ramo 42,80 2,88 48,50 39,50 42,80 ± 1,53 6,72S-Go 62,01 2,87 67,00 56,75 62,01 ± 1,53 4,63N-Me 101,28 4,68 112,00 95,75 101,28 ± 2,49 4,62Ar-Go 35,70 2,38 40,75 32,75 35,70 ± 1,27 6,65N-ENA 44,15 3,04 48,25 37,75 44,15 ± 1,62 6,90ENA-Me 60,55 3,69 68,50 53,50 60,55 ± 1,96 6,09ENA-Me / N-Me 0,59 0,03 0,66 0,54 0,59 ± 0,02 4,79S-Go / N-Me 0,61 0,02 0,64 0,58 0,61 ± 0,01 3,40Ar-Go / S-Go 0,57 0,03 0,63 0,52 0,57 ± 0,02 5,19Ar-Go / ENA-Me 0,59 0,05 0,68 0,51 0,59 ± 0,03 8,57
* P = 0,05
TABELA 4Estatísticas descritivas de S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C. ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-
Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me avaliadas no grupo de 16 criançasleucodermas com quatro anos de idade. (Todas as medidas são em milímetros, exceto “Coeficiente de variação”,
em porcentagem)
Variável Média Desviopadrão Máximo Mínimo Intervalo de
confiança*Coeficiente devariação (%)
S-N 62,58 2,17 65,75 57,00 62,58 ± 1,15 3,46S-Ba 39,73 2,57 42,50 33,25 39,73 ± 1,37 6,47C. maxila 44,73 1,64 48,50 41,75 44,73 ± 0,87 3,66C. mandíbula 60,09 3,43 65,25 51,75 60,09 ± 1,83 5,70C. ramo 40,22 3,33 47,50 35,75 40,22 ± 1,77 8,28S-Go 59,28 3,03 64,25 52,75 59,28 ± 1,61 5,11N-Me 95,56 3,52 101,00 89,00 95,56 ± 1,87 3,68Ar-Go 34,41 2,74 39,75 29,75 34,41 ± 1,46 7,98N-ENA 41,77 1,70 44,75 39,00 41,77 ± 0,90 4,06ENA-Me 56,34 3,24 61,25 49,75 56,34 ± 1,73 5,75ENA-Me / N-Me 0,59 0,02 0,62 0,54 0,59 ± 0,01 3,20S-Go / N-Me 0,62 0,03 0,66 0,57 0,62 ± 0,01 4,43Ar-Go / S-Go 0,58 0,03 0,62 0,53 0,58 ± 0,02 5,45Ar-Go / ENA-Me 0,61 0,05 0,73 0,53 0,61 ± 0,03 8,78
* P = 0,05
61
TABELA 5Estatísticas descritivas de S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C. ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-
Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me avaliadas no grupo de 12 criançasleucodermas com seis anos de idade. (Todas as medidas são em milímetros, exceto “Coeficiente de variação”, em
porcentagem)
Variável Média Desviopadrão Máximo Mínimo Intervalo de
confiança*Coeficiente devariação (%)
S-N 64,23 1,47 66,50 61,50 64,23 ± 0,93 2,29S-Ba 41,00 2,91 44,25 33,75 41,00 ± 1,85 2,91
C. maxila 46,46 2,07 49,25 43,00 46,46 ± 1,31 4,45C. mandíbula 64,08 2,96 68,50 58,75 64,08 ± 1,88 4,62
C. ramo 42,73 3,41 48,50 35,75 42,73 ± 2,16 7,98S-Go 61,52 3,09 66,50 55,75 61,52 ± 1,96 5,02N-Me 99,83 3,72 104,05 91,75 99,83 ± 2,36 3,72Ar-Go 35,81 2,79 40,00 31,75 35,81 ± 1,77 7,78N-ENA 44,58 1,66 47,75 42,00 44,58 ± 1.05 3,72
ENA-Me 58,17 3,36 61,75 50,25 58,17 ± 2,13 5,77ENA-Me / N-Me 0,56 0,04 0,60 0,44 0,56 ± 0,03 7,59
S-Go / N-Me 0,61 0,03 0,68 0,56 0,61 ± 0,02 5,22Ar-Go / S-Go 0,58 0,03 0,62 0,52 0,58 ± 0,02 6,01
Ar-Go / ENA-Me 0,61 0,06 0,78 0,53 0,61 ± 0,04 10,27* P = 0,05
O ensaio foi conduzido no delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial
2x2, sendo 2 raças (melanodermas e leucodermas) e 2 idades (4 e 6 anos). As variâncias
individuais intragrupos foram estatisticamente semelhantes, permitindo assim a análise de
variância.
Nas tabelas 6, 7 e 8 encontram-se as análises de variâncias.
1. Os resultados mostram que as variáveis S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C. ramo,
S-Go, N-Me, Ar-Go e N-ENA apresentaram mesmo comportamento. Foi mostrado efeito não
significativo de raça, efeito significativo de idade e ausência de interação entre raças e idades.
A ausência de interação indica que a taxa de crescimento, ou seja, o aumento das variáveis
estudadas ocorrem na mesma magnitude para duas raças.
62
2. As variáveis ENA-Me e ENA-Me / N-Me apresentaram efeito significativo nas raças e
idades e efeito não significativo na interação, indicando a ausência de interação.
3. Para as variáveis S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me foi observado efeito
não significativo para raças, idade e ausência de interação.
4.Os coeficientes de variação apresentaram baixos valores ( menor que 10%) em todas
variáveis estudadas, indicando alta precisão experimental e, conseqüentemente eficiência
experimental bastante adequada.
TABELA 6Análise de variância das medidas S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula e C. ramo em crianças melanodermas e
leucodermas com quatro e seis anos de idade
Quadrados médiosF.V. GL S-N S-Ba C. maxila C. mandíbula C. ramoRaça ( R ) 1 1,951ns 2,545ns 3,717ns 3,581ns 8,098ns
Idade ( I ) 1 40,345* 42,780* 55,226** 422,625** 167,421**
R x I 1 0,012ns 2,514ns 0,465ns 24,387ns 9,676ns
Erro 59 8,042 7,592 4,321 11,764 9,559
CV (%) 4,49 6,80 4,54 5,52 7,56
ns – não significativo ao nível de 5% de probabilidade.*, ** - significativo aos níveis de 5 e 1% de probabilidade, respectivamente.
TABELA 7Análise de variância das medidas S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA e ENA-Me em crianças melanodermas e
leucodermas com quatro e seis anos de idade.
Quadrados médios F.V. GL S-Go N-Me Ar-Go N-ENA ENA-Me
Raça ( R ) 1 8,892ns 2,915ns 2,403ns 6,069ns 50,820*
Idade ( I ) 1 187,338** 427,737** 43,925* 139,783** 86,988**
R x I 1 24,197ns 15,691ns 1,258ns 0,626ns 4,796ns
Erro 59 12,456 20,222 7,151 6,450 12,264
CV (%) 5,90 4,60 7,68 5,95 6,02ns – não significativo ao nível de 5% de probabilidade.*, ** - significativo aos níveis de 5 e 1% de probabilidade, respectivamente.
63
TABELA 8Análise de variância das medidas ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me em crianças
melanodermas e leucodermas com quatro e seis anos de idade
Quadrados médiosF.V. GL ENA-Me / N-Me S-Go /N-Me Ar-Go /S-Go Ar-Go /ENA-Me
Raça ( R ) 1 0,006742** 0,002090ns 0,000020ns 0,007130ns
Idade ( I ) 1 0,003465* 0,000043ns 0,000521ns 0,000936ns
R x I 1 0,000497ns 0,000889ns 0,000985ns 0,000008ns
Erro 59 0,000786 0,000954 0,001215 0,003282
CV (%) 4,76 5,08 6,04 9,59
ns – não significativo ao nível de 5% de probabilidade.*, ** - significativo aos níveis de 5 e 1% de probabilidade, respectivamente.
Nas tabelas de 9 a 22 são apresentadas as comparações entre as médias dos quatro
grupos experimentais estudados.
1. Para as variáveis S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula e C. ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go
e N-ENA o resultado foi o mesmo. A medida aos 6 anos de idade é estatisticamente maior que
a de 4 anos, sendo que esse resultado foi observado nas duas raças. Entretanto, numa mesma
idade não há diferença entre melanodermas e leucodermas, ou seja, aos 4 anos de idade a
medida é a mesma nas duas raças, o mesmo ocorrendo aos 6 anos de idade. A taxa de
crescimento, ou seja, o aumento de 4 para 6 anos é estatisticamente igual nas duas raças
(TAB. 20).
2. A variável ENA-Me mostrou que a raça melanoderma apresenta-se estatisticamente
superior à raça leucoderma tanto na idade de 4 anos quanto ao 6 anos, ou seja, na mesma
idade(4 ou 6 anos) a raça melanoderma é maior que a leucoderma. Quanto à idade a medida é
estatisticamente superior aos 6 anos, tanto nos leucodermas como nos melanodermas. Esse
64
comportamento indica que a variação de 4 para 6 anos é a mesma nas duas raças (ausência de
interação).
3. Na variável ENA-Me / N-Me observou-se que tanto na idade de 4 como 6 anos que a
média da raça melanoderma é estatisticamente maior que leucodermas. Quanto à idade foi
observado nas duas raças que aos 4 anos a média foi superior a de 6 anos. O comportamento
semelhante nas comparações de raças para as duas idades e nas comparações de idades para
duas raças caracteriza a ausência de interação.
4. Nas variáveis S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me não foram observadas
diferenças nas médias entre raças e entre idades, ou seja, as médias foram estatisticamente
iguais tanto aos 4 como aos 6 anos nas duas raças.
TABELA 9Comparações entre médias de S-N em crianças leucodermas e melanodermas com quatro e seis de idade
IdadeRaça 4 6 Média
Melanodermas 62,25 63,84 63,04 A
Leucodermas 62,57 64,23 63,40 A
Média 62,41 b 64,03 a
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo testede Fisher ao nível de 5% de probabilidade.
TABELA 10Comparações entre médias de S-Ba em crianças leucodermas e melanodermas com quatro e seis de idade
IdadeRaça 4 6 Média
Melanodermas 39,74 41,81 40,77 A
Leucodermas 39,73 41,00 40,37 A
Média 39,74 b 41,41 a
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo teste deFisher ao nível de 5% de probabilidade.
65
TABELA 11Comparações entre médias de C. maxila em crianças leucodermas e melanodermas com quatro e seis de idade
IdadeRaça 4 6 Média
Melanodermas 45,05 47,12 46,09 A
Leucodermas 44,73 46,46 45,60 A
Média 44,89 b 46,79 a
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo teste deFisher ao nível de 5% de probabilidade.
TABELA 12Comparações entre médias de C. mandíbula em crianças leucodermas e melanodermas com quatro e seis de
idade
IdadeRaça 4 6 Média
Melanodermas 59,32 65,83 62,57 A
Leucodermas 60,09 64,08 62,09 A
Média 59,70 b 64,96 a
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo testede Fisher ao nível de 5% de probabilidade.
TABELA 13Comparações entre médias de C. ramo em crianças leucodermas e melanodermas com quatro e seis de idade
Idade Raça 4 6 Média
Melanodermas 38,70 42,80 40,75 A
Leucodermas 40,22 42,73 41,47 A
Média 39,46 b 42,76 a
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo teste deFisher ao nível de 5% de probabilidade.
TABELA 14Comparações entre médias de S-Go em crianças leucodermas e melanodermas com quatro e seis de idade
Idade Raça 4 6 Média
Melanodermas 57,26 62,01 59,64 A
Leucodermas 59,28 61,52 60,40 A
Média 58,27 b 61,79 a
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo teste deFisher ao nível de 5% de probabilidade.
66
TABELA 15Comparações entre médias de N-Me em crianças leucodermas e melanodermas com quatro e seis de idade
Idade Raça 4 6 Média
Melanodermas 94,99 101,28 98,13 A
Leucodermas 95,56 99,83 97,70 A
Média 95,27 b 100,55 a
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo teste deFisher ao nível de 5% de probabilidade.
TABELA 16Comparações entre médias de Ar-Go em crianças leucodermas e melanodermas com quatro e seis de idade
Idade Raça 4 6 Média
Melanodermas 33,72 35,70 34,71 A
Leucodermas 34,41 35,81 35,11 A
Média 34,06 b 35,76 a
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo testede Fisher ao nível de 5% de probabilidade.
TABELA 17Comparações entre médias de N-ENA em crianças leucodermas e melanodermas com quatro e seis de idade
Idade Raça 4 6 Média
Melanodermas 40,93 44,16 42,54 A
Leucodermas 41,76 44,58 43,17 A
Média 41,35 b 44,37 a
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo teste deFisher ao nível de 5% de probabilidade.
TABELA 18Comparações entre médias de ENA-Me em crianças leucodermas e melanodermas com quatro e seis de idade
Idade Raça 4 6 Média
Melanodermas 57,60 60,55 59,08 A
Leucodermas 56,34 58,17 57,26 B
Média 56,97 b 59,36 a
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo teste deFisher ao nível de 5% de probabilidade.
67
TABELA 19Comparações entre médias de ENA-Me / N-Me em crianças leucodermas
e melanodermas com quatro e seis de idade
Idade Raça 4 6 Média
Melanodermas 0,602 0,592 0,597 A
Leucodermas 0,586 0,566 0,576 B
Média 0,594 a 0,579 b
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo teste deFisher ao nível de 5% de probabilidade.
TABELA 20Comparações entre médias de S-Go / N-Me em crianças leucodermas
e melanodermas com quatro e seis de idade
Idade Raça 4 6 Média
Melanodermas 0,598 0,607 0,602 A
Leucodermas 0,617 0,611 0,614 A
Média 0,607 a 0,609 a
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo teste deFisher ao nível de 5% de probabilidade.
TABELA 21Comparações entre médias de Ar-Go / S-Go em crianças leucodermas
e melanodermas com quatro e seis de idade
Idade Raça 4 6 Média
Melanodermas 0,584 0,570 0,578 A
Leucodermas 0,575 0,578 0,576 A
Média 0,580 a 0,574 a
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo teste deFisher ao nível de 5% de probabilidade.
TABELA 22Comparações entre médias de Ar-Go / ENA-Me em crianças leucodermas
e melanodermas com quatro e seis de idade
Idade Raça 4 6 Média
Melanodermas 0,584 0,592 0,588 A
Leucodermas 0,606 0,613 0,610 A
Média 0,595 a 0,603 a
Médias seguidas de letras distintas, minúsculas na linha e maiúsculas na coluna, diferem entre si pelo teste deFisher ao nível de 5% de probabilidade.
68
Observa-se na tabela 23 que a taxa de crescimento ocorrida nos dois anos avaliados foi
a mesma tanto para crianças melanodermas quanto leucodermas (tcalculado < ttabelado), ou seja,
existe crescimento significativo de 4 para 6 anos de idade nas duas raças e a magnitude de
crescimento é a mesma.
TABELA 23Comparação da taxa de crescimento de crianças melanodermas e leucodermas de 4 para 6 anos de idade
Variável Melanodermas Leucodermas tcalculadoS-N 1,59 1,1667 0,86662S-Ba 2,07 1,9167 0,18267C. maxila 2,07 1,6670 0,67801C. mandíbula 6,51 4,3333 2,12038C. ramo 4,10 2,3333 1,68237S-Go 4,75 2,6875 2,15428N-Me 6,29 8,3750 - 0,66364Ar-Go 1,98 1,1875 0,92063N-ENA 3,23 3,2292 0,00163ENA-Me 2,95 2,0833 0,85297ENA-Me / N-Me -0,01 -0,0200 1,04625S-Go / N-Me 0,009 -0,0025 1,08974Ar-Go / S-Go 0,014 -0,0058 -0,85522Ar-Go / ENA-Me 0,008 -0,0008 0,48482
Ttabelado (α = 0,05; 11) = 2,201.
Na tabela 24 verifica-se o grau de associação entre as variáveis estudadas (coeficientes
de correlações). Nota-se que existe associação significativa e de alta magnitude (acima de
70%) nas seguintes variáveis:
1. C. ramo com S.Go de 78,26 %
2. C. ramo com Ar-Go de 78,62 %
3. N-Me com N-ENA de 79,07 %
4. N-Me com ENA-Me de 80,79 %
69
Essas correlações mostram que à medida que uma variável cresce a outra também
cresce, ou seja, a correlação entre elas é positiva. Correlações entre outras variáveis foram
significativas, porém de baixa magnitude. Nestes casos a importância das mesmas é pequena.
Tabela 24 Coeficientes de correlações entre as variáveis S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C. ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go, N-ENA, ENA-Me, ENA-Me / N-Me, S-Go / N-Me,
Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me avaliadas em crianças leucodermas e melanodermas com quatro e seis anos de idade
Variável S-N S-Ba C. maxila C.mandíbula C. ramo S-Go N-Me Ar-Go N-ENA ENA-Me ENA-Me /
N-MeS-Go / N-
MeAr-Go / S-
GoAr-Go /
ENA-Me
S-N - 0,1360ns 0,4477** 0,3639** 0,4250** 0,3436** 0,4863** 0,3726** 0,5472** 0,1657ns -0,3751** -0,0589ns 0,1109ns 0,2280*
S-Ba - 0,3707** 0,5624** 0,3259** 0,6217** 0,6100** 0,1765ns 0,4548** 0,5463** -0,0401ns 0,1688ns -0,4707** -0,2577*
C. maxila - 0,4059** 0,3654** 0,3990** 0,5306** 0,3110** 0,5097** 0,4202** 0,0335ns -0,0469ns -0,0409ns -0,0506ns
C. mandíbula - 0,5186** 0,5753** 0,6729** 0,2840* 0,5369** 0,5020** -0,1968ns 0,0443ns -0,2759* -0,1144ns
C. ramo - 0,7826** 0,5637** 0,7862** 0,5533** 0,3276** -0,2706* 0,4301** 0,1669ns 0,4538**
S-Go - 0,6766** 0,6906** 0,6015** 0,4465** -0,2499* 0,6080** -0,2102* 0,2512*
N-Me - 0,4489** 0
Ar-Go - 0
N-ENA
ENA-Me
ENA-Me / N-Me
S-Go / N-Me
Ar-Go / S-Go
Ar-Go / ENA-Me
,7907** 0,8079** -0,1075ns -0,1673ns -0,1657ns -0,1889ns
,4836** 0,2172* -0,2868** 0,4313** 0,5591** 0,6762**
- 0,3497** -0,4346** -0,0523ns -0,0325ns 0,1716ns
- 0,3954** -0,2731* -0,2184* -0,5328**
- -0,2233* -0,0967ns -0,5278**
- -0,1139ns 0,5330**
- 0,6250**
-
70
72
6 DISCUSSÃO
6.1 Sobre a amostra utilizada
Com o aumento do interesse na detecção precoce e tratamento das más oclusões e a
correspondente ênfase nos procedimentos preventivos, seria benéfico coletar mais
informações sobre pacientes em idade precoce. Estudos comparativos da oclusão entre grupos
raciais não são abundantes na literatura, mas informações sobre a fase de dentadura decídua
são muito mais escassas59.
Os primeiros estudos cefalométricos voltados para grupos raciais buscavam
estabelecer padrões para pessoas jovens, leucodermas23, 56, 57. A repercussão e a aceitação de
tais análises foi abrangente, incentivando estudiosos de todo o mundo a desenvolverem novas
pesquisas com o intuito de estabelecer normas cefalométricas para outros grupos étnicos ou
raciais19, 25, 28, 40.
Segundo BIDEGAIN et al10 conceitua-se “raça” como sendo grupos de uma mesma
espécie, interfecundos, que possuem em comum características físicas próprias e hereditárias,
enquanto que “etnia” seriam aqueles que apresentam em comum características culturais
marcantes. Um grupo étnico pode ser uma nação (não obrigatoriamente); um povo, como os
judeus; um grupo lingüístico, como os índios que falam a língua Jê; uma minoria dentro de
uma nação, como o negro norte-americano, ou um grupo religioso como os amish.
73
O Dicionário Eletrônico Houais22 define raça como a divisão tradicional e arbitrária
dos grupos humanos, determinada pelo conjunto de caracteres físicos hereditários como cor
da pele, formato da cabeça, tipo de cabelo etc., citando como exemplos as raças branca,
amarela e negra. Etnia é definida neste mesmo dicionário como a coletividade de indivíduos
que se diferencia por sua especificidade sociocultural, refletida principalmente na língua,
religião e maneiras de agir.
A ascensão econômica, social, cultural e política do negro brasileiro, proporcionam
uma maior procura dos pacientes deste grupo racial ao tratamento ortodôntico, mas apesar do
crescente número de pesquisas direcionadas a esta população, poucas são as informações
científicas disponíveis sobre as características desta raça, sobretudo na faixa etária estudada
neste trabalho. Tais circunstâncias incentivaram os autores desta pesquisa a escolherem a
faixa etária e as raças utilizadas neste trabalho.
6.2 Sobre a metodologia empregada
Vários trabalhos na literatura31, 28, 1, 40 atentaram para a inadequação de parâmetros
cefalométricos da raça branca usados em planejamentos ortodônticos, protéticos e cirúrgicos
para melanodermas.
74
No presente trabalho dividiram-se as crianças em 4 grupos: um de melanodermas de 4
anos, um de melanoderma de 6 anos, um de leucodermas de 4 anos e outro de leucodermas de
6 anos, com o objetivo de se observar diferenças para as grandezas lineares e proporcionais,
permitindo a identificação do crescimento entre as faixas etárias avaliadas e possíveis
diferenças entre as duas raças.
Com relação às características de normalidade da oclusão, optou -se por jovens que
apresentassem as seguintes características: relação entre as superfícies distais dos segundos
molares decíduos em degrau mesial ou reto6, 15; relação oclusal de caninos em normalidade29,
15; trespasse horizontal e vertical normais; arcos tipo I e II de BAUME5, associados à presença
ou não de espaços primatas5. Excluíram-se jovens com presença de lesões cariosas, pois a
perda de tecido dentário interproximal comprometeria a relação antero-posterior dos molares
decíduos e conseqüentemente dos dentes permanentes, devido à migração fisiológica
provocada por estes.
Após o exame clínico de 96 crianças melanodermas com idades de 4 e 6 anos,
selecionou-se 35 que preenchiam os requisitos de normalidade dento-facial e, dada a
permissão por escrito dos pais ou responsáveis pelas crianças, procedeu-se à tomada das
telerradiografias em norma lateral. As telerradiografias dos grupos de crianças leucodermas
utilizadas pertencem ao arquivo de documentações ortodônticas da PUC-MG.
Após a medição, por duas vezes, de todos os cefalogramas e confeccionadas 2 tabelas
(ANEXOS C a J) de medidas para cada criança, realizaram-se estatísticas descritivas das
variáveis analisadas para cada grupo experimental. Para atender as pressuposições da análise
75
de variância foram realizados os testes de Lilliefors para verificar a normalidade e o de
Bartlett (TAB 1) para avaliar a homogeneidade das variâncias intragrupos nas respostas
estudadas. As médias dos grupos experimentais foram comparadas pela análise de variância
(teste Fisher) aos níveis de 5 e 1 % de probabilidade. Para avaliação de associação entre as
variáveis estudadas foram estimados os coeficientes de correlação de Pearson.
6.3 Sobre os dados obtidos
As análises cefalométricas, com aplicação ortodôntica desenvolvidas para
leucodermas mostram-se inadequadas para melanodermas. Assim sendo, é incontestável que
pacientes pertencentes a diferentes grupos raciais devam ser diagnosticados e tratados
conforme padrões cefalométricos específicos1, 28, 31, 40.
RICHARDSON49, em 1980, assegurou que as diferenças nas características faciais
existem, e que a questão seria a sua magnitude. Questionou se tais diferenças deviam-se a
fatores genéticos ou, em maior extensão, relacionadas a fatores geográficos e ecológicos.
Observa-se que as análises de variâncias da amostra pesquisada mostraram que as
variáveis S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula, C. ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go e N-ENA
apresentaram mesmo comportamento. Não se observou efeito significativo de raça, efeito
significativo de idade e ausência de interação entre raças e idades. A ausência de interação
indica que a taxa de crescimento, ou seja, o aumento das variáveis estudadas ocorre na mesma
magnitude para duas raças. As variáveis ENA-Me e ENA-Me / N-Me apresentaram efeito
76
significativo nas raças e idades e efeito não significativo na interação, indicando a ausência de
interação. Para as variáveis S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me foi observado
efeito não significativo para raças, idade e ausência de interação. Os coeficientes de variação
apresentaram baixos valores (menor que 10%) em todas variáveis estudadas, indicando alta
precisão experimental e, conseqüentemente eficiência experimental bastante adequada.
Nas comparações entre as médias de cada medida para crianças melanodermas e
leucodermas de 4 e 6 anos de idade, pelo teste de Fisher, encontrou-se: para as variável S-N, a
medida aos 6 anos de idade é estatisticamente maior que a de 4 anos, sendo que esse resultado
foi observado nas duas raças. Entretanto, numa mesma idade não há diferença entre
melanodermas e leucodermas, ou seja, aos 4 anos de idade a medida é a mesma nas duas
raças, o mesmo ocorrendo aos 6 anos de idade. A taxa de crescimento, ou seja, o aumento de
4 para 6 anos é estatisticamente igual nas duas raças (GRAF. 1). Infelizmente não foram
encontrados na literatura trabalhos para comparação deste comportamento.
GRÁFICO 1Gráfico da variável S-N em crianças melanodermas (M)
e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade
GRUPO
S-N
(mm
)
77
Para as variável S-Ba, a medida aos 6 anos de idade encontra-se estatisticamente maior
que a de 4 anos, sendo que esse resultado foi observado nas duas raças. Entretanto, numa
mesma idade não existe diferença entre melanodermas e leucodermas, ou seja, aos 4 anos de
idade a medida é a mesma nas duas raças, o mesmo ocorrendo aos 6 anos de idade. A taxa de
crescimento, ou seja, o aumento de 4 para 6 anos é estatisticamente igual nas duas raças
(GRAF. 2). Infelizmente não foram encontrados trabalhos na literatura para comparação deste
comportamento.
GRÁFICO 2Gráfico da variável S-Ba em crianças melanodermas (M)
e leucodermas (L) de 4 e 6 anos de idade
GRUPO
S-B
A(m
m)
78
Para as variável C. maxila, a medida aos 6 anos de idade encontra-se estatisticamente
maior que a de 4 anos, sendo que esse resultado foi observado nas duas raças. Entretanto,
numa mesma idade não existe diferença entre melanodermas e leucodermas, ou seja, aos 4
anos de idade a medida é a mesma nas duas raças, o mesmo ocorrendo aos 6 anos de idade. A
taxa de crescimento, ou seja, o aumento de 4 para 6 anos é estatisticamente igual nas duas
raças (GRAF. 3). Infelizmente não foram encontrados trabalhos na literatura para comparação
deste comportamento.
GRÁFICO 3Gráfico da variável C. maxila em crianças melanodermas (M)
e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade
GRUPO
C. m
axila
(mm
)
79
Para as variável C. mandíbula, a medida aos 6 anos de idade encontra-se
estatisticamente maior que a de 4 anos, sendo que esse resultado foi observado nas duas raças.
Entretanto, numa mesma idade não existe diferença entre melanodermas e leucodermas, ou
seja, aos 4 anos de idade a medida é a mesma nas duas raças, o mesmo ocorrendo aos 6 anos
de idade. A taxa de crescimento, ou seja, o aumento de 4 para 6 anos é estatisticamente
igual nas duas raças (GRAF. 4). Infelizmente não foram encontrados trabalhos na literatura
para comparação deste comportamento.
GRÁFICO 4Gráfico da variável C. mandíbula em crianças melanodermas (M)
e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade
GRUPO
C. m
andí
bula
(mm
)
80
Para as variável C. ramo, a medida aos 6 anos de idade encontra-se estatisticamente
maior que a de 4 anos, sendo que esse resultado foi observado nas duas raças. Entretanto,
numa mesma idade não existe diferença entre melanodermas e leucodermas, ou seja, aos 4
anos de idade a medida é a mesma nas duas raças, o mesmo ocorrendo aos 6 anos de idade. A
taxa de crescimento, ou seja, o aumento de 4 para 6 anos é estatisticamente igual nas duas
raças (GRAF. 5). Infelizmente não foram encontrados trabalhos na literatura para comparação
deste comportamento.
GRÁFICO 5Gráfico da variável C. ramo em crianças melanodermas (M)
e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade
GRUPO
C. r
amo
(mm
)
81
Para as variável S-Go, a medida aos 6 anos de idade encontra-se estatisticamente
maior que a de 4 anos, sendo que esse resultado foi observado nas duas raças. Entretanto,
numa mesma idade não há diferença entre melanodermas e leucodermas, ou seja, aos 4 anos
de idade a medida é a mesma nas duas raças, o mesmo ocorrendo aos 6 anos de idade. A taxa
de crescimento, ou seja, o aumento de 4 para 6 anos é estatisticamente igual nas duas raças
(GRAF. 6). Infelizmente não foram encontrados trabalhos na literatura para comparação deste
comportamento.
GRÁFICO 6Gráfico da variável S-Go em crianças melanodermas (M)
e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade
GRUPO
S-G
o (m
m)
82
Para as variável N-Me, a medida aos 6 anos de idade mostra-se estatisticamente maior
que a de 4 anos, sendo que esse resultado foi observado nas duas raças. Entretanto, numa
mesma idade não existe diferença entre melanodermas e leucodermas, ou seja, aos 4 anos de
idade a medida é a mesma nas duas raças, o mesmo ocorrendo aos 6 anos de idade. A taxa de
crescimento, ou seja, o aumento de 4 para 6 anos é estatisticamente igual nas duas raças
(GRAF. 7). Infelizmente não foram encontrados trabalhos na literatura para comparação deste
comportamento.
GRÁFICO 7Gráfico da variável N-Me em crianças melanodermas (M)
e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade
GRUPO
N-M
e (m
m)
83
Para as variável Ar-Go, a medida aos 6 anos de idade mostra-se estatisticamente maior
que a de 4 anos, sendo que esse resultado foi observado nas duas raças. Entretanto, numa
mesma idade não existe diferença entre melanodermas e leucodermas, ou seja, aos 4 anos de
idade a medida é a mesma nas duas raças, o mesmo ocorrendo aos 6 anos de idade. A taxa de
crescimento, ou seja, o aumento de 4 para 6 anos é estatisticamente igual nas duas raças
(GRAF. 8). Infelizmente não foram encontrados trabalhos na literatura para comparação deste
comportamento.
GRÁFICO 8Gráfico da variável Ar-Go em crianças melanodermas (M)
e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade
GRUPO
Ar-
Go
(mm
)
84
Para as variável N-ENA, a medida aos 6 anos de idade encontra-se estatisticamente
maior que a de 4 anos, sendo que esse resultado foi observado nas duas raças. Entretanto,
numa mesma idade não existe diferença entre melanodermas e leucodermas, ou seja, aos 4
anos de idade a medida é a mesma nas duas raças, o mesmo ocorrendo aos 6 anos de idade. A
taxa de crescimento, ou seja, o aumento de 4 para 6 anos é estatisticamente igual nas duas
raças (GRAF. 9). Infelizmente não foram encontrados trabalhos na literatura para comparação
deste comportamento.
GRÁFICO 9Gráfico da variável N-ENA em crianças melanodermas (M)
e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade
GRUPO
N-E
NA
(mm
)
85
A variável ENA-Me mostrou-se estatisticamente maior nos melanodermas do que nos
leucodermas tanto na idade de 4 anos quanto ao 6 anos, ou seja, na mesma idade(4 ou 6 anos)
a raça melanoderma é maior que a leucoderma, nesta medida. Quanto à idade, a medida é
estatisticamente superior aos 6 anos, tanto nos leucodermas como nos melanodermas. Esse
comportamento indica que a variação de 4 para 6 anos é a mesma nas duas raças (ausência de
interação), (GRAF. 10). Infelizmente não foram encontrados trabalhos na literatura para
comparação deste comportamento.
GRÁFICO 10Gráfico da variável ENA-Me em crianças melanodermas (M)
e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade
GRUPO
EN
A-M
e (m
m)
86
Na variável ENA-Me / N-Me observou-se que tanto na idade de 4 como 6 anos que a
média da raça melanoderma é estatisticamente maior que leucodermas. Quanto à idade não se
observa, nas duas raças, que aos 4 anos a média foi maior que aos de 6 anos. O
comportamento semelhante nas comparações de raças para as duas idades e nas comparações
de idades para duas raças caracteriza a ausência de interação, (GRAF. 11). Infelizmente não
foram encontrados trabalhos na literatura para comparação deste comportamento.
GRÁFICO 11Gráfico da variável ENA-Me/N-Me em crianças melanodermas (M)
e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade
GRUPO
EN
A-M
e / N
-Me
(mm
)
87
Na variável S-Go / N-Me, não foram observadas diferenças nas médias entre raças e
entre idades, ou seja, as médias foram estatisticamente iguais tanto aos 4 como aos 6 anos nas
duas raças, (GRAF. 12). Infelizmente não foram encontrados trabalhos na literatura para
comparação deste comportamento.
GRÁFIO 12Gráfico da variável S-Go/N-Me em crianças melanodermas (M)
e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade
GRUPO
S-G
o / N
-Me
(mm
)
88
Na variável Ar-Go / S-Go, não foram observadas diferenças nas médias entre raças e
entre idades, ou seja, as médias foram estatisticamente iguais tanto aos 4 como aos 6 anos nas
duas raças, (GRAF. 13). Infelizmente não foram encontrados trabalhos na literatura para
comparação deste comportamento.
GRÁFICO 13Gráfico da variável Ar-Go/S-Go em crianças melanodermas (M)
e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade
GRUPO
Ar-
Go
/ S- G
o (m
m)
89
Na variável Ar-Go/ENA-Me, não foram observadas diferenças nas médias entre raças
e entre idades, ou seja, as médias foram estatisticamente iguais tanto aos 4 como aos 6 anos
nas duas raças, (GRAF. 14). Infelizmente não foram encontrados trabalhos na literatura para
comparação deste comportamento.
GRÁFICO 14Gráfico da variável Ar-Go/ENA-Me em crianças melanodermas (M)
e leucodermas (L) aos 4 e 6 anos de idade
GRUPO
Ar-
Go
/ EN
A-M
e (m
m)
91
7 CONCLUSÃO
Considerando-se as características da amostra utilizada e da metodologia empregada e,
baseando-se nos resultados obtidos no decorrer desta investigação, pode-se concluir que:
1. Para as variáveis S-N, S-Ba, C. maxila, C. mandíbula e C. ramo, S-Go, N-Me, Ar-Go
e N-ENA o resultado mostrou-se o mesmo. A medida aos 6 anos de idade é estatisticamente
maior que a de 4 anos, sendo que esse resultado foi observado nas duas raças. Entretanto,
numa mesma idade não existe diferença entre melanodermas e leucodermas, ou seja, aos 4
anos de idade a medida é a mesma nas duas raças, o mesmo ocorrendo aos 6 anos de idade. A
taxa de crescimento, ou seja, o aumento de 4 para 6 anos é estatisticamente semelhante nas
duas raças;
2. A variável ENA-Me mostrou que nos melanodermas apresenta-se estatisticamente
maior que nos leucodermas tanto na idade de 4 anos quanto ao 6 anos, ou seja, na mesma
idade(4 ou 6 anos) a raça melanoderma é maior que a leucoderma. Quanto à idade a medida é
estatisticamente maior aos 6 anos, tanto nos leucodermas como nos melanodermas. Esse
comportamento indica que a variação de 4 para 6 anos é a mesma nas duas raças (ausência de
interação).
3. Na variável ENA-Me / N-Me observou-se que tanto na idade de 4 como de 6 anos a
média para os melanodermas é estatisticamente maior que nos leucodermas. Quanto à idade
observou-se nas duas raças que aos 4 anos a média foi superior a de 6 anos. O comportamento
semelhante nas comparações de raças para as duas idades e nas comparações de idades para
duas raças caracteriza a ausência de interação.
92
4. Nas variáveis S-Go / N-Me, Ar-Go / S-Go e Ar-Go / ENA-Me não se observou
diferenças nas médias entre raças e entre idades, ou seja, as médias foram estatisticamente
semelhantes tanto aos 4 como aos 6 anos nas duas raças.
94
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101
ANEXO B – Modelo de formulário de Consentimento esclarecido apresentado aosresponsáveis pelas crianças participantes da pesquisa.
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
N.º Registro CEP: 2003/44
Título do Projeto: O crescimento craniofacial em crianças leucodermas e melanodermas nadentadura decídua.
Este termo de consentimento pode conter palavras que você não entenda. Peça ao pesquisadorque explique as palavras ou informações não compreendidas completamente.
1 ) Introdução
Você está sendo convidado(a) a participar da pesquisa “O crescimento craniofacial em criançasleucodermas e melanodermas na dentadura decídua”. Se decidir participar dela, é importanteque leia estas informações sobre o estudo e o seu papel nesta pesquisa.
Sua filha foi selecionada devido ao fato dela estar na idade e no perfil desejado por esta pesquisa esua participação não é obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar e retirarseu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador oucom a instituição. É preciso entender a natureza e os riscos da sua participação e dar o seuconsentimento livre e esclarecido por escrito.
2 ) Objetivo
O objetivo deste estudo é entender como as crianças negras (melanodermas) e brancas(leucodermas) crescem no período de 4 a 6 anos de idade e se este crescimento entre elas édiferente. Isto nos ajudará a tratar de forma individualizada cada criança para que o resultado sejao melhor possível para todas.
3 ) Procedimentos do Estudo
Se concordar em participar deste estudo, você deverá nos ajudar a preencher uma ficha clínicasobre sua filha e ela será solicitada a fazer uma radiografia lateral do rosto. Esta radiografia serápaga pelo pesquisador e através dela estudaremos como ocorre o crescimento craniofacial de suafilha.
4 ) Riscos e desconfortos
A tomada da radiografia não apresenta desconforto, já que a criança deverá permanecer paradapor poucos segundos enquanto o aparelho de Raios-X é ativado. Os riscos inerentes ao raios-X,serão amplamente minimizados pelo uso de avental de chumbo pela sua filha.
A participação na pesquisa não acarretará gasto para você, sendo totalmente gratuita. Oconhecimento que você adquirir a partir da participação de sua filha na pesquisa poderábeneficiá-lo com informações e orientações futuras em relação aos problemas de mordidaque possam aparecer nela.
As informações obtidas por meio do estudo poderão ser importantes para a descoberta denovos tratamentos/técnicas/tecnologia, capazes de diminuir os problemas existentes emrelação à mordida de outras crianças.
As consultas, os procedimentos relacionados ao estudo serão inteiramente gratuitos.
102
6 ) Custos/Reembolso
Você não terá nenhum gasto com a sua participação no estudo. Os exames serão gratuitos etambém não receberá pagamento pela sua participação. Você não receberá cobrança pornenhum exame adicional ou qualquer outro procedimento feito durante o estudo.
7 ) Responsabilidade
Efeitos indesejáveis ou lesões são possíveis em qualquer estudo de pesquisa, apesar de todosos cuidados possíveis, e podem acontecer sem que a culpa seja sua ou dos profissionais. Osefeitos indesejáveis conhecidos foram descritos neste termo de consentimento, mas outrosefeitos indesejáveis também podem ocorrer. Se sua filha adoecer ou sofrer efeitos indesejáveiscomo resultado direto da sua participação neste estudo, a necessária assistência profissional(médica, odontológica, de fisioterapia, etc.) será dada a você pela PUC Minas.
8 ) Caráter Confidencial dos Registros
Algumas informações obtidas a partir de sua participação neste estudo não poderão sermantidas estritamente confidenciais. Além dos profissionais de saúde que estarão cuidando devocê, agências governamentais locais ou o Comitê de Ética em Pesquisa da instituição onde oestudo está sendo realizado podem precisar consultar seus registros. Você não será identificadoquando o material de seu registro for utilizado, seja para propósitos de publicação científica oueducativa. Ao assinar este consentimento informado, você autoriza as inspeções em seusregistros. Estes registros ficarão arquivados no departamento de Pós Graduação da PontifíciaUniversidade Católica de Minas Gerais com acesso restrito.
9 ) ParticipaçãoA participação de sua filha nesta pesquisa consistirá em fazer uma radiografia lateral da cabeça,no local especificado pelo pesquisador. É importante que você esteja consciente de que aparticipação neste estudo de pesquisa é completamente voluntária e de que você pode recusar-se a participar ou sair do estudo a qualquer momento sem penalidades ou perda de benefíciosaos quais você tenha direito de outra forma. Em caso de você decidir retirar-se do estudo,deverá notificar ao profissional e/ou pesquisador que esteja atendendo-o. A recusa em participarou a saída do estudo não influenciarão seus cuidados nesta instituição.10 ) Para obter informações adicionais
Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço do pesquisadorprincipal, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquermomento. Caso você venha a sofrer uma reação adversa ou danos relacionados ao estudo, outenha mais perguntas sobre o estudo, por favor, ligue para o Dr. Adauto Lopes - R. Pernambuco,1002, sala 801, Bairro Funcionários, Belo Horizonte, telefone 3261-6990.
Se você tiver perguntas com relação a seus direitos como participante do estudo clínico, vocêtambém poderá contatar uma terceira parte/pessoa, que não participa desta pesquisa, Dr.Heloísio de Resende Leite , Coordenador do Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição, notelefone 3319-4298.
11 ) Declaração de consentimento
Li ou alguém leu para mim as informações contidas neste documento antes de assinar estetermo de consentimento. Declaro que fui informado sobre os métodos do estudo a ser realizado,as inconveniências, riscos, benefícios e eventos adversos que podem vir a ocorrer emconseqüência dos procedimentos.
Declaro que tive tempo suficiente para ler e entender as informações acima. Declaro tambémque toda a linguagem técnica utilizada na descrição deste estudo de pesquisa foisatisfatoriamente explicada e que recebi respostas para todas as minhas dúvidas. Confirmotambém que recebi uma cópia deste formulário de consentimento. Compreendo que sou livrepara me retirar do estudo em qualquer momento, sem perda de benefícios ou qualquer outrapenalidade.
103
Dou meu consentimento de livre e espontânea vontade e sem reservas para participar comopaciente deste estudo.
_______________________________________
Nome do participante (em letra de forma)
____________________________________________ _______________
Assinatura do participante ou representante legal Data
Atesto que expliquei cuidadosamente a natureza e o objetivo deste estudo, os possíveis riscos ebenefícios da participação no mesmo, junto ao participante e/ou seu representante autorizado.Acredito que o participante e/ou seu representante recebeu todas as informações necessárias,que foram fornecidas em uma linguagem adequada e compreensível e que ele/ela compreendeuessa explicação.
__________________________________________ _____________
Assinatura do pesquisador Data
ANEXO C – Tabela do primeiro traçado com os valores medidos par
PRIMEIROTRAÇADO
4 ANOSLEUCODERMAS
S-N
S-B
a
C. m
axila
C.
man
díb
C. r
amo
S - G
o
N -
Me
Ar -
Go
N-E
NA
1 61,0 41,5 45,0 59,5 35,5 58.0 95.0 30.5 43.02 63.5 42.0 38.0 64.0 41.0 62.0 93.0 36.0 41.03 63.0 41.0 45.0 63.0 39.0 61.0 98.5 36.0 43.54 66.5 34.5 45.0 60.5 38.0 52.5 93.0 32.0 42.05 61.0 38.5 44.0 57.0 37.0 56.0 89.0 29.5 39.06 63.0 39.5 45.5 61.0 39.5 57.5 96.0 32.0 41.07 62.5 40.0 48.0 58.0 38.0 60.0 98.5 37.0 44.58 63.5 42.0 47.0 61.5 40.5 60.5 93.5 32.0 41.09 60.0 40.0 43.0 60.0 37.0 56.0 90.0 33.0 40.010 62.5 40.5 45.0 61.5 47.0 64.0 98.0 39.5 40.011 56.5 42.0 42.0 60.5 44.0 64.0 101.0 36.0 44.012 63.0 42.0 48.0 59.5 40.5 60.0 97.0 34.5 42.513 62.0 43.0 42.0 63.5 44.0 60.0 97.0 35.5 40.514 64.5 38.0 45.0 60.0 37.0 56.5 99.0 32.0 42.015 65.0 42.0 46.0 65.0 44.0 61.0 100.5 36.5 43.016 65.0 32.5 44.0 57.0 42.0 59.0 98.0 37.0 41.0
a crianças leucodermas com 4 anos de idade
ENA
- M
e
Prop
orçã
oEN
A-M
e/ N
-Me
Prop
orçã
oS
- Go
/N
- M
e
Prop
orçã
oA
r - G
o /
S -G
o
Prop
orçã
oA
r - G
o/EN
A -
Me
55.5 0,58 0,61 0,52 0,5455.0 0,59 0,66 0,58 0,6558.0 0,58 0,61 0,59 0,6253.0 0,56 0,56 0,60 0,6053.0 0,59 0,62 0,52 0,5558.0 0.60 0,59 0,55 0,5557.5 0,58 0,60 0,61 0,6455.0 0,58 0,64 0,52 0,5851.5 0,57 0,62 0,58 0,6459.0 0,60 0,65 0,61 0,6661.5 0,60 0,63 0,56 0,5859.5 0,61 0,61 0,57 0,5758.0 0,59 0,61 0,59 0,6159.5 0,60 0,57 0,56 0,5359.0 0,58 0,60 0,59 0,6149.5 0,50 0,61 0,62 0,74
104
106
ANEXO D – Tabela do segundo traçado com os valores medidos pa
SEGUNDO TRAÇADO4 ANOS
LEUCODERMAS
S-N
S-B
a
C.
max
ilaC
.m
andí
b.
C. r
amo
S - G
o
N -
Me
Ar -
Go
N-E
NA
1 61,5 40,5 46,0 58,5 36,0 58,5 95,0 32,0 43,02 63,0 41,0 45,5 62,0 43,0 64,0 95,0 38,5 40,03 62,5 42,5 44,5 63,0 40,5 60,5 97,5 35,5 43,04 65,0 35,5 43,5 61,5 38,5 53,0 92,5 33,0 41,55 60,0 39,5 43,5 51,5 36,5 56,5 89.0 30,0 39,06 63,0 39,5 44,5 62,0 38,5 58,5 96,0 32,0 41,07 62,0 39,5 49,0 55,0 37,0 59,0 99,0 35,5 45,08 63,5 41,0 41,0 61,0 40,5 60,5 92,5 32,5 41,09 60,0 39,0 43,5 61,0 35,5 55,5 88,5 32,5 39,010 62,5 40,0 42,0 61,0 48,0 64,5 99,0 40,0 43,011 57,5 43,0 46,0 62,0 41,5 62,0 101,0 35,5 45,512 63,0 41,5 46,0 58,0 41,5 60,5 95,5 34,5 41,513 62,5 41,0 46,5 61,5 44,5 60,5 97,5 37,0 40,014 64,0 37,0 44,5 61,5 36,5 55,5 96,0 31,0 41,015 64,5 38,0 48,0 65,5 43,0 60,5 99,0 36,5 44,016 65,5 34,0 45,0 46,5 42,0 59,5 88,0 36,0 41,0
ra crianças leucodermas com 4 anos de idade.
ENA
-M
e
ENA
-Me
/ N-M
e
S - G
o /
N -
Me
Ar -
Go
/S
-Go
Ar -
Go/
ENA
-M
e
55,5 55,5/95,0 0,61 0,54 0,5456,5 56,5/95,0 0,67 0,60 0,6857,0 57,0/97,5 0,36 0,58 0,6253,0 53,0/92,5 0,57 0,62 0,6252,5 52,5/89,0 0,63 0,53 0,5758,0 58,5/96,0 0,60 0,54 0,5557,0 57,0/99,0 0,59 0,60 0,6253,5 53,5/92,5 0,65 0,53 0,6052,0 52,0/88,5 0,62 0,58 0,6258,5 58,5/99,0 0,65 0,62 0,6861,0 61,0/101,0 0,61 0,57 0,5859,0 59,0/95,5 0,63 0,57 0,5859,0 59,0/97,5 0,62 0,61 0,6259,0 59,0/96,0 0,57 0,55 0,5259,0 59,0/99,0 0,61 0,60 0,6150,0 50,0/88,0 0,67 0,60 0,72
105
ANEXO E – Tabela do primeiro traçado com os valores medidos par
PRIMEIROTRAÇADO
6 ANOSLEUCODERMAS
S-N
S-B
a
C. m
axila
C.
man
díb
C. r
amo
S - G
o
N -
Me
Ar -
Go
N-E
NA
1 63,0 45,0 49,0 63,0 40,5 64,5 100,5 35,0 44,52 65,5 44,0 41,0 67,5 46,0 66,0 192,0 39,5 44,03 63,5 41,0 42,0 64,0 42,5 63,0 102,5 32,0 46,54 66,5 37,0 47,0 65,0 41,0 56,0 98,5 35,0 44,55 61,5 43,0 44,5 65,0 35,0 59,5 94,0 31,5 42,06 64,0 42,0 46,5 61,0 41,0 62,0 102,5 33,5 45,57 64,5 38,5 48,0 62,0 45,0 61,0 102,0 37,0 48,08 67,5 42,5 47,0 69,0 46,0 66,0 101,0 35,5 45,59 62,0 40,5 45,0 63,5 41,5 58,5 58,0 34,0 44,510 64,0 42,0 48,0 66,0 48,5 67,0 102,0 40,0 44,511 60,0 44,5 46,0 66,5 45,5 68,0 106,5 37,0 49,512 64,5 42,5 48,5 63,5 44,0 63,0 100,5 34,5 47,013 63,5 44,0 50,0 67,0 43,0 61,5 101,0 36,5 43,014 65,0 41,5 45,5 63,0 39,0 59,0 100,0 32,0 44,015 65,5 41,5 49,0 67,5 45,0 64,0 105,0 38,0 46,016 65,0 33,5 45,5 60,0 44,5 63,0 91,5 39,5 44,0
107
a crianças leucodermas com 6 anos de idade
ENA
- M
e
Prop
orçã
oEN
A-M
e/ N
-Me
Prop
orçã
oS
- Go
/N
- M
e
Prop
orçã
oA
r - G
o /
S -G
o
Prop
orçã
oA
r - G
o/EN
A -
Me
59,0 0,58 0,64 0,54 0,5959,0 0,30 0,34 0,59 0,6658,5 0,57 0,61 0,50 0,5457,0 0,57 0,56 0,62 0,6154,0 0,57 0,63 0,52 0,5860,5 0,59 0,60 0,54 0,5558,0 0,56 0,59 0,60 0,6356,5 0,55 0,65 0,53 0,6256,0 0,96 1,00 0,58 0,6061,5 0,60 0,65 0,59 0,6560,5 0,56 0,63 0,54 0,6158,0 0,57 0,62 0,54 0,5960,5 0,59 0,60 0,59 0,6060,0 0,60 0,59 0,54 0,5362,0 0,59 0,60 0,59 0,6150,0 0,54 0,68 0,62 0,79
106
108
ANEXO F – Tabela do segundo traçado com os valores medidos pa
SEGUNDOTRAÇADO
6 ANOSLEUCODERMAS
S-N
S-B
a
C. m
axila
C.
man
díb
C. r
amo
S - G
o
N -
Me
Ar -
Go
1 63,0 45,0 50,0 62,5 40,5 64,0 100,0 35,0 45,2 65,0 44,5 46,0 69,5 44,5 66,0 103,0 37,5 43,3 64,0 41,0 47,0 63,5 42,5 62,5 102 37,0 46,4 66,5 39,0 46,0 65,0 41,5 55,5 98,5 35,5 44,5 61,5 43,0 45,5 65,5 36,5 61,0 95,5 32,0 42,6 64,5 42,5 47,5 66,5 40,5 61,0 103,0 32,0 44,7 64,0 39,0 50,5 55,5 45,5 61,5 101,5 37,0 47,8 68,0 43,5 46,0 69,0 46,0 66,5 104,0 37,0 49,9 61,5 41,0 41,0 60,0 41,0 57,5 97,0 34,0 43,10 64,5 41,5 48,5 65,0 48,5 66,0 102,0 40,0 44,11 60,0 65,0 47,0 67,0 45,5 68,0 107,0 37,0 49,12 63,0 95,5 45,0 64,0 42,0 62,5 100,5 34,5 46,13 63,5 43,0 47,5 66,5 44,0 61,0 100,0 37,5 42,14 65,0 41,5 45,5 63,5 38,5 59,0 102 32,5 44,15 65,5 42,5 48,5 67,0 45,0 63,0 104,0 37,5 46,16 65,5 34,0 45,0 59,0 44,5 62,0 92,0 38,5 44,
ra crianças leucodermas com 6 anos de idade.
N-E
NA
ENA
- M
e
Prop
orçã
oEN
A-M
e/ N
-Me
Prop
orçã
oS
- Go
/N
- M
e
Prop
orçã
oA
r -G
o /
S -G
o
Prop
orçã
oA
r - G
o/EN
A -
Me
0 58,5 0,58 0,64 0,54 0,595 60,5 0,58 0,64 0,56 0,610 58,5 0,57 0,61 0,59 0,630 56,5 0,57 0,56 0,63 0,620 55,0 0,57 0,63 0,52 0,585 61,5 0,59 0,59 0,52 0,525 58,5 0,57 0,60 0,60 0,635 56,0 0,53 0,63 0,55 0,665 56,0 0,57 0,59 0,59 0,605 60,5 0,59 0,64 0,60 0,660 61,0 0,57 0,63 0,54 0,605 58,0 0,57 0,62 0,55 0,590 60,0 0,60 0,61 0,61 0,625 61,0 0,59 0,57 0,55 0,535 61,5 0,59 0,60 0,59 0,600 50,5 0,54 0,67 0,62 0,76
107
109
ANEXO G – Tabela do primeiro traçado com os valores medidos pa
PRIMEIROTRAÇADO
4 ANOSMELANODERMAS
S-N
S-B
a
C. m
axila
C.
man
díb
C. r
amo
S - G
o
N -
Me
Ar -
Go
N-E
NA
1 66,5 36,5 46,5 58,5 37,0 54,0 95,0 35,5 39,52 62,5 37,5 47,0 60,0 40,5 60,0 97,5 40,0 41,53 62,0 39,5 45,0 55,0 41,0 60,0 90,5 36,5 40,54 64,5 38,0 42,5 60,0 39,5 55,0 94,5 37,0 45,05 61,0 36,5 42,5 59,0 36,0 56,0 91,5 32,5 41,06 63,5 45,0 41,0 58,5 43,0 69,0 100,5 37,5 44,07 64,5 44,5 50,5 66,0 40,5 62,0 100,5 34,0 45,08 59,0 43,5 46,0 60,5 36,5 56,0 92,0 32,0 38,09 62,5 43,0 45,0 59,5 34,0 56,5 103,5 31,0 43,510 58,0 34,5 44,5 59,0 36,0 52,5 84,0 30,0 34,511 59,0 41,0 42,5 57,5 34,5 51,5 91,0 30,0 40,012 61,5 41,0 47,5 57,0 41,5 58,0 97,0 33,0 43,013 56,5 38,5 44,5 55,5 37,5 56,5 87,5 32,5 37,514 62,0 44,5 46,0 62,0 40,5 59,5 98,5 34,5 41,515 60,5 36,0 40,5 53,5 35,0 48,0 90,5 31,0 38,516 64,0 43,0 47,0 65,5 42,0 62,5 104,0 36,0 44,017 62,5 40,5 43,0 63,0 40,0 57,5 94,0 31,0 38,518 65,0 39,5 45,0 61,0 36,5 56,0 102,0 33,5 44,519 65,5 40,0 48,0 60,5 42,0 58,0 94,5 36,0 44,0
ra crianças melanodermas com 4 anos de idade.
ENA
- M
e
Prop
orçã
oEN
A-M
e/ N
-Me
Prop
orçã
oS
-Go
/N
- M
e
Prop
orçã
oA
r - G
o /
S -G
o
Prop
orçã
oA
r - G
o/EN
A -
Me
58,0 0,61 0,56 0,65 0,6159,0 0,60 0,61 0,66 0,6754,5 0,60 0,66 0,60 0,6652,0 0,55 0,58 0,67 0,7154,0 0,59 0,61 0,58 0,6057,5 0,57 0,68 0,54 0,6561,0 0,60 0,61 0,54 0,5556,5 0,61 0,60 0,57 0,5664,0 0,61 0,54 0,54 0,4854,0 0,64 0,62 0,57 0,5555,0 0,60 0,56 0,58 0,5460,0 0,61 0,59 0,56 0,5555,0 0,62 0,64 0,57 0,5960,0 0,60 0,60 0,57 0,5755,5 0,61 0,53 0,64 0,5564,0 0,61 0,60 0,57 0,5658,0 0,61 0,61 0,53 0,5361,0 0,59 0,54 0,59 0,5453,5 0,56 0,61 0,62 0,67
108
ANEXO H – Tabela do segundo traçado com os valores medidos para
SEGUNDOTRAÇADO
4 ANOSMELANODERMAS
S-N
S-B
a
C. m
axila
C. m
andí
b.
C. r
amo
S - G
o
N -
Me
Ar -
Go
N-E
NA
1 67,0 33,5 46,5 58,0 37,0 55,5 94,5 35,5 38,52 63,5 37,5 45,5 60,0 40,5 60,0 97,5 39,5 40,53 62.0 38,5 44,5 55,0 40,0 58,5 91,0 35,5 40,04 64,5 38,0 44,0 58,5 42,0 56,0 92,5 37,5 43,55 61,5 35,5 43,0 59,0 36,5 57,0 92,5 33,0 40,06 64,0 44,5 43,5 60,0 44,5 69,5 99,5 38,0 44,57 63,5 44,5 49,0 58,5 41,0 62,0 98,5 35,0 44,58 60,0 42,5 45,5 56,0 36,5 55,0 91,5 32,5 37,59 62,0 42,0 44,5 60,5 34,0 55,0 102,5 30,5 42,510 57,5 35,0 44,5 59,0 36,5 52,5 83,5 30,0 33,511 59,0 40,0 43,5 59,5 34,0 51,0 92,5 28,5 37,012 62,5 40,5 47,0 58,0 39,5 57,5 95,0 32,5 42,513 56,0 38,5 44,5 54,5 39,0 56,5 87,5 32,5 37,014 63,0 44,0 48,0 62,0 40,5 59,0 97,5 35,0 41,515 61,0 31,5 42,0 54,0 35,5 48,5 90,5 31,5 37,516 64,0 42,5 46,5 65,5 43,0 63,0 105,5 31,5 43,017 63,0 40,0 43,0 62,5 40,0 57,5 92,5 31,0 39,518 65,0 39,5 45,5 60,5 37,0 57,0 102,0 34,0 45,019 66,0 39,5 47,0 61,5 40,0 56,5 94,5 34,5 43,5
110
crianças melanodermas com 4 anos de idade.
ENA
- M
e
Prop
orçã
oEN
A-M
e /
N-M
e
Prop
orçã
oS
- Go
/N
- M
e
Prop
orçã
oA
r -G
o /
S -G
o
Prop
orçã
oA
r - G
o/EN
A -
Me
59,0 0,62 0,58 0,63 0,6061,5 0,63 0,61 0,65 0,6454,5 0,59 0,64 0,60 0,6550,5 0,54 0,60 0,66 0,7455,0 0,59 0,61 0,57 0,6058,0 0,58 0,69 0,54 0,6559,5 0,60 0,62 0,56 0,5857,0 0,62 0,60 0,59 0,5764,0 0,62 0,53 0,55 0,4753,0 0,63 0,62 0,57 0,5659,0 0,63 0,55 0,55 0,4858,0 0,61 0,60 0,56 0,5655,0 0,62 0,64 0,57 0,5959,0 0,60 0,60 0,59 0,5956,0 0,61 0,53 0,64 0,5666,5 0,63 0,59 0,50 0,4756,0 0,60 0,62 0,53 0,5561,5 0,60 0,55 0,59 0,5553,5 0,56 0,59 0,61 0,64
109
ANEXO I – Tabela do primeiro traçado com os valores medidos para
PRIMEIROTRAÇADO
6 ANOSMELANODERMAS
S-N
S-B
a
C. m
axila
C. m
andí
b.
C. r
amo
S - G
o
N -
Me
Ar -
Go
1 67,0 45,5 49,0 71,0 44,0 64,0 108,0 35,5 45,2 63,5 41,0 46,0 64,0 45,0 60,0 98,5 38,0 43,3 67,0 42,5 49,5 58,0 41,0 59,5 100,0 37,0 45,4 66,5 42,0 48,0 66,5 44,0 61,0 103,0 33,5 45,5 41,5 94,0 45,0 66,5 42,0 61,0 98,5 36,5 43,6 64,0 40,0 47,0 62,0 42,0 56,5 96,0 32,0 43,7 68,5 45,5 51,5 68,0 46,5 66,0 112,0 39,5 48,8 63,5 44,0 45,5 68,0 41,0 62,0 103,5 34,5 48,9 67,5 44,5 49,5 69,0 49,0 67,0 102,5 40,5 46,10 66,0 42,0 51,0 72,0 43,0 64,5 109,0 34,0 49,11 62,5 39,0 42,5 70,0 40,5 59,0 98,0 33,0 42,12 63,0 41,0 47,0 67,5 46,5 64,0 102,5 37,5 46,13 67,0 44,5 51,5 69,5 40,5 63,0 97,5 35,0 46,14 62,5 39,5 52,0 64,0 40,5 59,5 95,5 33,0 38,15 63,0 44,5 47,5 62,5 39,5 63,5 100,0 35,0 38,16 59,0 39,5 45,0 58,5 41,5 60,5 99,0 37,0 42,
111
crianças melanodermas com 6 anos de idade.
N-E
NA
ENA
- M
e
Prop
orçã
oEN
A-M
e /
N-M
e
Prop
orçã
oS
- Go
/N
- M
e
Prop
orçã
oA
r - G
o /
S -G
o
Prop
orçã
oA
r - G
o/EN
A -
Me
0 64,5 0,59 0,59 0,55 0,555 67,5 0,68 0,60 0,63 0,565 57,5 0,57 0,59 0,62 0,645 60,5 0,58 0,59 0,54 0,550 59,0 0,59 0,61 0,59 0,615 56,0 0,58 0,58 0,56 0,575 69,0 0,61 0,58 0,59 0,570 58,5 0,56 0,59 0,55 0,585 59,0 0,57 0,65 0,60 0,680 63,0 0,57 0,59 0,52 0,535 59,5 0,60 0,60 0,55 0,555 60,0 0,58 0,62 0,58 0,625 53,5 0,54 0,64 0,55 0,650 61,5 0,64 0,62 0,55 0,530 66,5 0,66 0,63 0,55 0,520 60,5 0,61 0,61 0,61 0,61
110
ANEXO J – Tabela do segundo traçado com os valores medidos para crianças melanod
SEGUNDOTRAÇADO
6 ANOSMELANODERMAS
S-N
S-B
a
C. m
axila
C.
man
díb.
C. r
amo
S - G
o
N -
Me
Ar -
Go
N-E
NA
1 67,0 41,0 49,0 72,5 46,0 63,0 108,0 30,5 45,52 63,5 40,0 44,5 63,5 44,0 60,0 99,0 38,0 45,03 67,0 44,5 48,0 60,0 39,5 59,0 99,0 34,0 45,54 66,5 41,0 46,5 63,0 46,0 63,5 103,0 37,5 44,55 63,0 41,0 46,0 67,5 40,0 60,0 99,0 35,0 42,56 64,0 40,0 41,0 63,5 44,0 57,0 95,5 33,5 42,07 68,0 44,5 50,0 67,0 47,0 68,0 112,0 42,0 48,08 63,0 43,5 45,0 68,5 40,0 62,0 103,5 34,5 47,59 67,5 42,5 48,0 68,5 48,0 66,0 102,0 39,5 45,510 66,5 41,0 44,0 71,0 44,5 65,5 108,0 36,0 47,511 62,0 40,5 46,0 68,0 41,0 60,5 98,5 34,0 42,012 64,0 40,0 46,0 68,0 45,5 64,0 97,0 37,5 41,013 67,0 43,5 50,0 68,5 40,0 64,0 98,0 36,5 46,014 62,0 40,0 49,0 63,0 39,5 59,0 96,0 32,5 40,015 62,5 40,5 43,0 62,5 39,5 63,0 100,0 35,0 37,516 57,5 38,5 44,5 54,5 38,5 59,0 99,0 35,0 41,5
112
ermas com 6 anos de idade.
ENA
- M
e
Prop
orçã
oEN
A-M
e/ N
-Me
Prop
orçã
oS
- Go
/N
- M
e
Prop
orçã
oA
r - G
o /
S -G
o
Prop
orçã
oA
r - G
o/EN
A -
Me
64,5 0,59 0,58 0,48 0,4757,0 0,57 0,60 0,63 0,6657,5 0,58 0,59 0,57 0,5960,5 0,58 0,61 0,59 0,6160,0 0,60 0,60 0,58 0,5856,0 0,58 0,59 0,58 0,7968,0 0,60 0,60 0,61 0,6159,0 0,57 0,59 0,55 0,5859,0 0,57 0,64 0,59 0,6663,0 0,58 0,60 0,54 0,5759,0 0,59 0,61 0,56 0,5759,0 0,60 0,65 0,58 0,6353,5 0,54 0,65 0,57 0,6859,5 0,61 0,61 0,55 0,5466,0 0,66 0,63 0,55 0,5361,0 0,61 0,59 0,59 0,57
111
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