AMOREPOESIA_151-CeliaLaborne
Daniel Amaral
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Podcast
2012
POESIAS DE DANIEL DrsquoAMARAL
O FLORAL PERFUMADO
APRESENTACcedilAtildeODANIEL AMARAL
O FLORAL POEacuteTICOPOESIAS DE DANIEL AMARAL
SOU POETA
Sou algueacutem que acreditaQue ousa sonharDesejar que a vida
Traga aleacutem do luarA verdade risonha
A felicidade queridaNatildeo a mentira medonha
Que a todos afrontaNatildeo a incompreensatildeo
Que ao passado remontaMas aos sorrisos fartos
Abertos e felizesDe todas as cores e matizes
Inesperadas soberbas e lindashellipTatildeo lindas que nos faccedilam
Chorar de alegriaE cantar a harmonia
De poder amarSem medo da ousadia
Sou um poeta desgarrado e aturdidoNeste mundo perdido
Em busca da estrela tardia
Daniel Amaral30082009
TRISTESSE
Hoje quando te vi triste chorei Eu que te achava completa
Muralha Impassiacutevel agraves ondas deste oceano
vida Te vi entatildeo sofrida e aturdido aos
ceacuteus implorei
Que uma luz te conduza de volta a alegria
Alegria que em ti eu sempre avistei
Que aos teus olhos de brilhante magia
Cuja beleza sempre celebrei Volte o brilho sereno deste azul
ceacuteu Que eacute seu Todo o resto eacute
nostalgia
Natildeo sofras mais poetisa natildeo chores
Daniel Amaral 21012010
AgraveS MULHERES
Ah As Mulheres
Agradeccedilamos aos ceacuteus com gratidatildeo
Abenccediloadas sejam todas as
mulheresBem aventuradas Amadas
sejam elashellip Matildees da vida e do amor
incondicional
Verdadeiras mulheres divina criaccedilatildeo
Perseverem permaneccedilam mulheres
Nossas matildees nossas filhas nossas fecircmeas
A preencher-nos de ternura o coraccedilatildeo
Daniel Amaral28022010
ALMA DE POESIA
Sinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto
Quando os leio de alegria eu canto
Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute neles
Pois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente
Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos
-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho
Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
NAtildeO CHORES MAIS
Laacutegrimas chamam laacutegrimasNatildeo te deixes inundar de tristeza tanta
Busque antes a beleza do sorrisoQue de festas te contagia e encanta
Olha agrave tua volta que existecircncia fecundaVecircs quantas alegrias te daacute graciosa a vida
Natildeo temas a noite que nos enche de pressaacutegiosE os nossos sonhos de temores inunda
Procura em teu seio a fartura queridaQue do teu lado a insuspeita vontade
Sempre te alcanccedilaraacute enquanto natildeo desistiresDa tua chama sequiosa e repleta de vida
Eacutes tu o sol interior de tua vivecircnciaA tua chama alta linda e flamejante
Com a qual te brindou a existecircnciaPara completares sem medos a tua senda
Daniel Amaral28122009
A Poesia
A poesia estaacute em altatodos falam dela
todos a querem cantarMas minha alma triste
por ela flutua querendo chorar
Por campos a fora Sem o teu perfume
Sem os teus olhos De um verde profundo
Vatildeo os meus aisA um longiacutenquo
imaginaacuterio mundo
A poesia de que tantos falamNatildeo eacute minha nem sua
A poesia eacute da luaQue toda nua passeia a cantar
Uma canccedilatildeo de versos de luzUma melodia que nos seduz
Com o coro das vozes do mar
Daniel Amaral01082009
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor
Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto
Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor)
Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo
Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento
A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento
Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria
Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
ACROacuteSTICO
Incauta a minha alma benfazejaVoou na tua luz caacutelida e serena
Olhei-te e vi-te como que inteira Nos escritos que me vieram de tua pena
Expliacutecitos como o canto que festeja
Ante o teu brilho sol dourado Louvei-te o canto com os meus olhos
Viagem linda empreendi sonho acordadoEncantado pelos faroacuteis que iluminamSua presenccedila de brilho transmutado
Saiacute entatildeo a cantarolar o teu nomeObstinado em natildeo perder o teu riso Lancei-me agrave busca de um megafone
Daniel Amaral04092009
PASSAGEMNo dia em que eu morri
Soprava um vento danado
O frio fazia-me prostradoA compungir-me o coraccedilatildeo
Que cansado de tanta tristeza
Caiacutedo sob os peacutes da vileza Retrato da vida incerta
Que matou a emoccedilatildeo Nostalgia
Na noite tardia Passei-me morri Mergulhei no vazio
Do asceta simploacuterioVi o tempo perdido
De viver sempre aturdidoNo despropoacutesito ingloacuterio
Assim me passei desapercebido Me esfumei consumido
Laacute fora soacute a noite se condoiacutea Em sons de lamuacuterias
Sofridos
Daniel Amaral 13052010
ENERGUacuteMENOS
Noacutes que meros macacos recentes Paacuterias do acaso possuiacutedoshellip
Energuacutemenos seres sem alma
Traidores do amor de si mesmos
Noacutes que hipoacutecritas lisonjeirosAtados agrave ignomiacutenia e agrave mentira
E aos desejos e instintos animais
Noacutes que perdidos sem sentidosComo cegos na noite primordial
Incapazes e limitados ao tato vago
Do que nos eacute permitido compreenderFomos mesmo que vis despreziacuteveis
Premiados com um paraiacuteso perdidoNa imensidatildeo do Vaacutecuo Infinito
Noacutes que destruiacutemos este mundoNoacutes que natildeo percebemos do ceacuteu
Nenhum vislumbre acalentadorDo futuro temerosos Insensatos
Matamos a vida da natureza a florDesumanos infieacuteis deturpadoresInsanos como o viacuterus devastador
O que restaraacute de noacutes no fim
A poeira que o tempo natildeo dissipa
Uma vergonha e arrependimentos infinitos
Daniel Amaral
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
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POESIAS DE DANIEL DrsquoAMARAL
O FLORAL PERFUMADO
APRESENTACcedilAtildeODANIEL AMARAL
O FLORAL POEacuteTICOPOESIAS DE DANIEL AMARAL
SOU POETA
Sou algueacutem que acreditaQue ousa sonharDesejar que a vida
Traga aleacutem do luarA verdade risonha
A felicidade queridaNatildeo a mentira medonha
Que a todos afrontaNatildeo a incompreensatildeo
Que ao passado remontaMas aos sorrisos fartos
Abertos e felizesDe todas as cores e matizes
Inesperadas soberbas e lindashellipTatildeo lindas que nos faccedilam
Chorar de alegriaE cantar a harmonia
De poder amarSem medo da ousadia
Sou um poeta desgarrado e aturdidoNeste mundo perdido
Em busca da estrela tardia
Daniel Amaral30082009
TRISTESSE
Hoje quando te vi triste chorei Eu que te achava completa
Muralha Impassiacutevel agraves ondas deste oceano
vida Te vi entatildeo sofrida e aturdido aos
ceacuteus implorei
Que uma luz te conduza de volta a alegria
Alegria que em ti eu sempre avistei
Que aos teus olhos de brilhante magia
Cuja beleza sempre celebrei Volte o brilho sereno deste azul
ceacuteu Que eacute seu Todo o resto eacute
nostalgia
Natildeo sofras mais poetisa natildeo chores
Daniel Amaral 21012010
AgraveS MULHERES
Ah As Mulheres
Agradeccedilamos aos ceacuteus com gratidatildeo
Abenccediloadas sejam todas as
mulheresBem aventuradas Amadas
sejam elashellip Matildees da vida e do amor
incondicional
Verdadeiras mulheres divina criaccedilatildeo
Perseverem permaneccedilam mulheres
Nossas matildees nossas filhas nossas fecircmeas
A preencher-nos de ternura o coraccedilatildeo
Daniel Amaral28022010
ALMA DE POESIA
Sinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto
Quando os leio de alegria eu canto
Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute neles
Pois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente
Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos
-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho
Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
NAtildeO CHORES MAIS
Laacutegrimas chamam laacutegrimasNatildeo te deixes inundar de tristeza tanta
Busque antes a beleza do sorrisoQue de festas te contagia e encanta
Olha agrave tua volta que existecircncia fecundaVecircs quantas alegrias te daacute graciosa a vida
Natildeo temas a noite que nos enche de pressaacutegiosE os nossos sonhos de temores inunda
Procura em teu seio a fartura queridaQue do teu lado a insuspeita vontade
Sempre te alcanccedilaraacute enquanto natildeo desistiresDa tua chama sequiosa e repleta de vida
Eacutes tu o sol interior de tua vivecircnciaA tua chama alta linda e flamejante
Com a qual te brindou a existecircnciaPara completares sem medos a tua senda
Daniel Amaral28122009
A Poesia
A poesia estaacute em altatodos falam dela
todos a querem cantarMas minha alma triste
por ela flutua querendo chorar
Por campos a fora Sem o teu perfume
Sem os teus olhos De um verde profundo
Vatildeo os meus aisA um longiacutenquo
imaginaacuterio mundo
A poesia de que tantos falamNatildeo eacute minha nem sua
A poesia eacute da luaQue toda nua passeia a cantar
Uma canccedilatildeo de versos de luzUma melodia que nos seduz
Com o coro das vozes do mar
Daniel Amaral01082009
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor
Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto
Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor)
Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo
Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento
A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento
Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria
Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
ACROacuteSTICO
Incauta a minha alma benfazejaVoou na tua luz caacutelida e serena
Olhei-te e vi-te como que inteira Nos escritos que me vieram de tua pena
Expliacutecitos como o canto que festeja
Ante o teu brilho sol dourado Louvei-te o canto com os meus olhos
Viagem linda empreendi sonho acordadoEncantado pelos faroacuteis que iluminamSua presenccedila de brilho transmutado
Saiacute entatildeo a cantarolar o teu nomeObstinado em natildeo perder o teu riso Lancei-me agrave busca de um megafone
Daniel Amaral04092009
PASSAGEMNo dia em que eu morri
Soprava um vento danado
O frio fazia-me prostradoA compungir-me o coraccedilatildeo
Que cansado de tanta tristeza
Caiacutedo sob os peacutes da vileza Retrato da vida incerta
Que matou a emoccedilatildeo Nostalgia
Na noite tardia Passei-me morri Mergulhei no vazio
Do asceta simploacuterioVi o tempo perdido
De viver sempre aturdidoNo despropoacutesito ingloacuterio
Assim me passei desapercebido Me esfumei consumido
Laacute fora soacute a noite se condoiacutea Em sons de lamuacuterias
Sofridos
Daniel Amaral 13052010
ENERGUacuteMENOS
Noacutes que meros macacos recentes Paacuterias do acaso possuiacutedoshellip
Energuacutemenos seres sem alma
Traidores do amor de si mesmos
Noacutes que hipoacutecritas lisonjeirosAtados agrave ignomiacutenia e agrave mentira
E aos desejos e instintos animais
Noacutes que perdidos sem sentidosComo cegos na noite primordial
Incapazes e limitados ao tato vago
Do que nos eacute permitido compreenderFomos mesmo que vis despreziacuteveis
Premiados com um paraiacuteso perdidoNa imensidatildeo do Vaacutecuo Infinito
Noacutes que destruiacutemos este mundoNoacutes que natildeo percebemos do ceacuteu
Nenhum vislumbre acalentadorDo futuro temerosos Insensatos
Matamos a vida da natureza a florDesumanos infieacuteis deturpadoresInsanos como o viacuterus devastador
O que restaraacute de noacutes no fim
A poeira que o tempo natildeo dissipa
Uma vergonha e arrependimentos infinitos
Daniel Amaral
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
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OBRIGADO POR ASSISTIR
APRESENTACcedilAtildeODANIEL AMARAL
O FLORAL POEacuteTICOPOESIAS DE DANIEL AMARAL
SOU POETA
Sou algueacutem que acreditaQue ousa sonharDesejar que a vida
Traga aleacutem do luarA verdade risonha
A felicidade queridaNatildeo a mentira medonha
Que a todos afrontaNatildeo a incompreensatildeo
Que ao passado remontaMas aos sorrisos fartos
Abertos e felizesDe todas as cores e matizes
Inesperadas soberbas e lindashellipTatildeo lindas que nos faccedilam
Chorar de alegriaE cantar a harmonia
De poder amarSem medo da ousadia
Sou um poeta desgarrado e aturdidoNeste mundo perdido
Em busca da estrela tardia
Daniel Amaral30082009
TRISTESSE
Hoje quando te vi triste chorei Eu que te achava completa
Muralha Impassiacutevel agraves ondas deste oceano
vida Te vi entatildeo sofrida e aturdido aos
ceacuteus implorei
Que uma luz te conduza de volta a alegria
Alegria que em ti eu sempre avistei
Que aos teus olhos de brilhante magia
Cuja beleza sempre celebrei Volte o brilho sereno deste azul
ceacuteu Que eacute seu Todo o resto eacute
nostalgia
Natildeo sofras mais poetisa natildeo chores
Daniel Amaral 21012010
AgraveS MULHERES
Ah As Mulheres
Agradeccedilamos aos ceacuteus com gratidatildeo
Abenccediloadas sejam todas as
mulheresBem aventuradas Amadas
sejam elashellip Matildees da vida e do amor
incondicional
Verdadeiras mulheres divina criaccedilatildeo
Perseverem permaneccedilam mulheres
Nossas matildees nossas filhas nossas fecircmeas
A preencher-nos de ternura o coraccedilatildeo
Daniel Amaral28022010
ALMA DE POESIA
Sinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto
Quando os leio de alegria eu canto
Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute neles
Pois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente
Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos
-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho
Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
NAtildeO CHORES MAIS
Laacutegrimas chamam laacutegrimasNatildeo te deixes inundar de tristeza tanta
Busque antes a beleza do sorrisoQue de festas te contagia e encanta
Olha agrave tua volta que existecircncia fecundaVecircs quantas alegrias te daacute graciosa a vida
Natildeo temas a noite que nos enche de pressaacutegiosE os nossos sonhos de temores inunda
Procura em teu seio a fartura queridaQue do teu lado a insuspeita vontade
Sempre te alcanccedilaraacute enquanto natildeo desistiresDa tua chama sequiosa e repleta de vida
Eacutes tu o sol interior de tua vivecircnciaA tua chama alta linda e flamejante
Com a qual te brindou a existecircnciaPara completares sem medos a tua senda
Daniel Amaral28122009
A Poesia
A poesia estaacute em altatodos falam dela
todos a querem cantarMas minha alma triste
por ela flutua querendo chorar
Por campos a fora Sem o teu perfume
Sem os teus olhos De um verde profundo
Vatildeo os meus aisA um longiacutenquo
imaginaacuterio mundo
A poesia de que tantos falamNatildeo eacute minha nem sua
A poesia eacute da luaQue toda nua passeia a cantar
Uma canccedilatildeo de versos de luzUma melodia que nos seduz
Com o coro das vozes do mar
Daniel Amaral01082009
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor
Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto
Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor)
Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo
Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento
A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento
Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria
Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
ACROacuteSTICO
Incauta a minha alma benfazejaVoou na tua luz caacutelida e serena
Olhei-te e vi-te como que inteira Nos escritos que me vieram de tua pena
Expliacutecitos como o canto que festeja
Ante o teu brilho sol dourado Louvei-te o canto com os meus olhos
Viagem linda empreendi sonho acordadoEncantado pelos faroacuteis que iluminamSua presenccedila de brilho transmutado
Saiacute entatildeo a cantarolar o teu nomeObstinado em natildeo perder o teu riso Lancei-me agrave busca de um megafone
Daniel Amaral04092009
PASSAGEMNo dia em que eu morri
Soprava um vento danado
O frio fazia-me prostradoA compungir-me o coraccedilatildeo
Que cansado de tanta tristeza
Caiacutedo sob os peacutes da vileza Retrato da vida incerta
Que matou a emoccedilatildeo Nostalgia
Na noite tardia Passei-me morri Mergulhei no vazio
Do asceta simploacuterioVi o tempo perdido
De viver sempre aturdidoNo despropoacutesito ingloacuterio
Assim me passei desapercebido Me esfumei consumido
Laacute fora soacute a noite se condoiacutea Em sons de lamuacuterias
Sofridos
Daniel Amaral 13052010
ENERGUacuteMENOS
Noacutes que meros macacos recentes Paacuterias do acaso possuiacutedoshellip
Energuacutemenos seres sem alma
Traidores do amor de si mesmos
Noacutes que hipoacutecritas lisonjeirosAtados agrave ignomiacutenia e agrave mentira
E aos desejos e instintos animais
Noacutes que perdidos sem sentidosComo cegos na noite primordial
Incapazes e limitados ao tato vago
Do que nos eacute permitido compreenderFomos mesmo que vis despreziacuteveis
Premiados com um paraiacuteso perdidoNa imensidatildeo do Vaacutecuo Infinito
Noacutes que destruiacutemos este mundoNoacutes que natildeo percebemos do ceacuteu
Nenhum vislumbre acalentadorDo futuro temerosos Insensatos
Matamos a vida da natureza a florDesumanos infieacuteis deturpadoresInsanos como o viacuterus devastador
O que restaraacute de noacutes no fim
A poeira que o tempo natildeo dissipa
Uma vergonha e arrependimentos infinitos
Daniel Amaral
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
O FLORAL POEacuteTICOPOESIAS DE DANIEL AMARAL
SOU POETA
Sou algueacutem que acreditaQue ousa sonharDesejar que a vida
Traga aleacutem do luarA verdade risonha
A felicidade queridaNatildeo a mentira medonha
Que a todos afrontaNatildeo a incompreensatildeo
Que ao passado remontaMas aos sorrisos fartos
Abertos e felizesDe todas as cores e matizes
Inesperadas soberbas e lindashellipTatildeo lindas que nos faccedilam
Chorar de alegriaE cantar a harmonia
De poder amarSem medo da ousadia
Sou um poeta desgarrado e aturdidoNeste mundo perdido
Em busca da estrela tardia
Daniel Amaral30082009
TRISTESSE
Hoje quando te vi triste chorei Eu que te achava completa
Muralha Impassiacutevel agraves ondas deste oceano
vida Te vi entatildeo sofrida e aturdido aos
ceacuteus implorei
Que uma luz te conduza de volta a alegria
Alegria que em ti eu sempre avistei
Que aos teus olhos de brilhante magia
Cuja beleza sempre celebrei Volte o brilho sereno deste azul
ceacuteu Que eacute seu Todo o resto eacute
nostalgia
Natildeo sofras mais poetisa natildeo chores
Daniel Amaral 21012010
AgraveS MULHERES
Ah As Mulheres
Agradeccedilamos aos ceacuteus com gratidatildeo
Abenccediloadas sejam todas as
mulheresBem aventuradas Amadas
sejam elashellip Matildees da vida e do amor
incondicional
Verdadeiras mulheres divina criaccedilatildeo
Perseverem permaneccedilam mulheres
Nossas matildees nossas filhas nossas fecircmeas
A preencher-nos de ternura o coraccedilatildeo
Daniel Amaral28022010
ALMA DE POESIA
Sinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto
Quando os leio de alegria eu canto
Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute neles
Pois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente
Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos
-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho
Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
NAtildeO CHORES MAIS
Laacutegrimas chamam laacutegrimasNatildeo te deixes inundar de tristeza tanta
Busque antes a beleza do sorrisoQue de festas te contagia e encanta
Olha agrave tua volta que existecircncia fecundaVecircs quantas alegrias te daacute graciosa a vida
Natildeo temas a noite que nos enche de pressaacutegiosE os nossos sonhos de temores inunda
Procura em teu seio a fartura queridaQue do teu lado a insuspeita vontade
Sempre te alcanccedilaraacute enquanto natildeo desistiresDa tua chama sequiosa e repleta de vida
Eacutes tu o sol interior de tua vivecircnciaA tua chama alta linda e flamejante
Com a qual te brindou a existecircnciaPara completares sem medos a tua senda
Daniel Amaral28122009
A Poesia
A poesia estaacute em altatodos falam dela
todos a querem cantarMas minha alma triste
por ela flutua querendo chorar
Por campos a fora Sem o teu perfume
Sem os teus olhos De um verde profundo
Vatildeo os meus aisA um longiacutenquo
imaginaacuterio mundo
A poesia de que tantos falamNatildeo eacute minha nem sua
A poesia eacute da luaQue toda nua passeia a cantar
Uma canccedilatildeo de versos de luzUma melodia que nos seduz
Com o coro das vozes do mar
Daniel Amaral01082009
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor
Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto
Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor)
Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo
Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento
A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento
Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria
Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
ACROacuteSTICO
Incauta a minha alma benfazejaVoou na tua luz caacutelida e serena
Olhei-te e vi-te como que inteira Nos escritos que me vieram de tua pena
Expliacutecitos como o canto que festeja
Ante o teu brilho sol dourado Louvei-te o canto com os meus olhos
Viagem linda empreendi sonho acordadoEncantado pelos faroacuteis que iluminamSua presenccedila de brilho transmutado
Saiacute entatildeo a cantarolar o teu nomeObstinado em natildeo perder o teu riso Lancei-me agrave busca de um megafone
Daniel Amaral04092009
PASSAGEMNo dia em que eu morri
Soprava um vento danado
O frio fazia-me prostradoA compungir-me o coraccedilatildeo
Que cansado de tanta tristeza
Caiacutedo sob os peacutes da vileza Retrato da vida incerta
Que matou a emoccedilatildeo Nostalgia
Na noite tardia Passei-me morri Mergulhei no vazio
Do asceta simploacuterioVi o tempo perdido
De viver sempre aturdidoNo despropoacutesito ingloacuterio
Assim me passei desapercebido Me esfumei consumido
Laacute fora soacute a noite se condoiacutea Em sons de lamuacuterias
Sofridos
Daniel Amaral 13052010
ENERGUacuteMENOS
Noacutes que meros macacos recentes Paacuterias do acaso possuiacutedoshellip
Energuacutemenos seres sem alma
Traidores do amor de si mesmos
Noacutes que hipoacutecritas lisonjeirosAtados agrave ignomiacutenia e agrave mentira
E aos desejos e instintos animais
Noacutes que perdidos sem sentidosComo cegos na noite primordial
Incapazes e limitados ao tato vago
Do que nos eacute permitido compreenderFomos mesmo que vis despreziacuteveis
Premiados com um paraiacuteso perdidoNa imensidatildeo do Vaacutecuo Infinito
Noacutes que destruiacutemos este mundoNoacutes que natildeo percebemos do ceacuteu
Nenhum vislumbre acalentadorDo futuro temerosos Insensatos
Matamos a vida da natureza a florDesumanos infieacuteis deturpadoresInsanos como o viacuterus devastador
O que restaraacute de noacutes no fim
A poeira que o tempo natildeo dissipa
Uma vergonha e arrependimentos infinitos
Daniel Amaral
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
SOU POETA
Sou algueacutem que acreditaQue ousa sonharDesejar que a vida
Traga aleacutem do luarA verdade risonha
A felicidade queridaNatildeo a mentira medonha
Que a todos afrontaNatildeo a incompreensatildeo
Que ao passado remontaMas aos sorrisos fartos
Abertos e felizesDe todas as cores e matizes
Inesperadas soberbas e lindashellipTatildeo lindas que nos faccedilam
Chorar de alegriaE cantar a harmonia
De poder amarSem medo da ousadia
Sou um poeta desgarrado e aturdidoNeste mundo perdido
Em busca da estrela tardia
Daniel Amaral30082009
TRISTESSE
Hoje quando te vi triste chorei Eu que te achava completa
Muralha Impassiacutevel agraves ondas deste oceano
vida Te vi entatildeo sofrida e aturdido aos
ceacuteus implorei
Que uma luz te conduza de volta a alegria
Alegria que em ti eu sempre avistei
Que aos teus olhos de brilhante magia
Cuja beleza sempre celebrei Volte o brilho sereno deste azul
ceacuteu Que eacute seu Todo o resto eacute
nostalgia
Natildeo sofras mais poetisa natildeo chores
Daniel Amaral 21012010
AgraveS MULHERES
Ah As Mulheres
Agradeccedilamos aos ceacuteus com gratidatildeo
Abenccediloadas sejam todas as
mulheresBem aventuradas Amadas
sejam elashellip Matildees da vida e do amor
incondicional
Verdadeiras mulheres divina criaccedilatildeo
Perseverem permaneccedilam mulheres
Nossas matildees nossas filhas nossas fecircmeas
A preencher-nos de ternura o coraccedilatildeo
Daniel Amaral28022010
ALMA DE POESIA
Sinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto
Quando os leio de alegria eu canto
Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute neles
Pois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente
Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos
-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho
Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
NAtildeO CHORES MAIS
Laacutegrimas chamam laacutegrimasNatildeo te deixes inundar de tristeza tanta
Busque antes a beleza do sorrisoQue de festas te contagia e encanta
Olha agrave tua volta que existecircncia fecundaVecircs quantas alegrias te daacute graciosa a vida
Natildeo temas a noite que nos enche de pressaacutegiosE os nossos sonhos de temores inunda
Procura em teu seio a fartura queridaQue do teu lado a insuspeita vontade
Sempre te alcanccedilaraacute enquanto natildeo desistiresDa tua chama sequiosa e repleta de vida
Eacutes tu o sol interior de tua vivecircnciaA tua chama alta linda e flamejante
Com a qual te brindou a existecircnciaPara completares sem medos a tua senda
Daniel Amaral28122009
A Poesia
A poesia estaacute em altatodos falam dela
todos a querem cantarMas minha alma triste
por ela flutua querendo chorar
Por campos a fora Sem o teu perfume
Sem os teus olhos De um verde profundo
Vatildeo os meus aisA um longiacutenquo
imaginaacuterio mundo
A poesia de que tantos falamNatildeo eacute minha nem sua
A poesia eacute da luaQue toda nua passeia a cantar
Uma canccedilatildeo de versos de luzUma melodia que nos seduz
Com o coro das vozes do mar
Daniel Amaral01082009
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor
Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto
Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor)
Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo
Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento
A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento
Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria
Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
ACROacuteSTICO
Incauta a minha alma benfazejaVoou na tua luz caacutelida e serena
Olhei-te e vi-te como que inteira Nos escritos que me vieram de tua pena
Expliacutecitos como o canto que festeja
Ante o teu brilho sol dourado Louvei-te o canto com os meus olhos
Viagem linda empreendi sonho acordadoEncantado pelos faroacuteis que iluminamSua presenccedila de brilho transmutado
Saiacute entatildeo a cantarolar o teu nomeObstinado em natildeo perder o teu riso Lancei-me agrave busca de um megafone
Daniel Amaral04092009
PASSAGEMNo dia em que eu morri
Soprava um vento danado
O frio fazia-me prostradoA compungir-me o coraccedilatildeo
Que cansado de tanta tristeza
Caiacutedo sob os peacutes da vileza Retrato da vida incerta
Que matou a emoccedilatildeo Nostalgia
Na noite tardia Passei-me morri Mergulhei no vazio
Do asceta simploacuterioVi o tempo perdido
De viver sempre aturdidoNo despropoacutesito ingloacuterio
Assim me passei desapercebido Me esfumei consumido
Laacute fora soacute a noite se condoiacutea Em sons de lamuacuterias
Sofridos
Daniel Amaral 13052010
ENERGUacuteMENOS
Noacutes que meros macacos recentes Paacuterias do acaso possuiacutedoshellip
Energuacutemenos seres sem alma
Traidores do amor de si mesmos
Noacutes que hipoacutecritas lisonjeirosAtados agrave ignomiacutenia e agrave mentira
E aos desejos e instintos animais
Noacutes que perdidos sem sentidosComo cegos na noite primordial
Incapazes e limitados ao tato vago
Do que nos eacute permitido compreenderFomos mesmo que vis despreziacuteveis
Premiados com um paraiacuteso perdidoNa imensidatildeo do Vaacutecuo Infinito
Noacutes que destruiacutemos este mundoNoacutes que natildeo percebemos do ceacuteu
Nenhum vislumbre acalentadorDo futuro temerosos Insensatos
Matamos a vida da natureza a florDesumanos infieacuteis deturpadoresInsanos como o viacuterus devastador
O que restaraacute de noacutes no fim
A poeira que o tempo natildeo dissipa
Uma vergonha e arrependimentos infinitos
Daniel Amaral
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
TRISTESSE
Hoje quando te vi triste chorei Eu que te achava completa
Muralha Impassiacutevel agraves ondas deste oceano
vida Te vi entatildeo sofrida e aturdido aos
ceacuteus implorei
Que uma luz te conduza de volta a alegria
Alegria que em ti eu sempre avistei
Que aos teus olhos de brilhante magia
Cuja beleza sempre celebrei Volte o brilho sereno deste azul
ceacuteu Que eacute seu Todo o resto eacute
nostalgia
Natildeo sofras mais poetisa natildeo chores
Daniel Amaral 21012010
AgraveS MULHERES
Ah As Mulheres
Agradeccedilamos aos ceacuteus com gratidatildeo
Abenccediloadas sejam todas as
mulheresBem aventuradas Amadas
sejam elashellip Matildees da vida e do amor
incondicional
Verdadeiras mulheres divina criaccedilatildeo
Perseverem permaneccedilam mulheres
Nossas matildees nossas filhas nossas fecircmeas
A preencher-nos de ternura o coraccedilatildeo
Daniel Amaral28022010
ALMA DE POESIA
Sinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto
Quando os leio de alegria eu canto
Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute neles
Pois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente
Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos
-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho
Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
NAtildeO CHORES MAIS
Laacutegrimas chamam laacutegrimasNatildeo te deixes inundar de tristeza tanta
Busque antes a beleza do sorrisoQue de festas te contagia e encanta
Olha agrave tua volta que existecircncia fecundaVecircs quantas alegrias te daacute graciosa a vida
Natildeo temas a noite que nos enche de pressaacutegiosE os nossos sonhos de temores inunda
Procura em teu seio a fartura queridaQue do teu lado a insuspeita vontade
Sempre te alcanccedilaraacute enquanto natildeo desistiresDa tua chama sequiosa e repleta de vida
Eacutes tu o sol interior de tua vivecircnciaA tua chama alta linda e flamejante
Com a qual te brindou a existecircnciaPara completares sem medos a tua senda
Daniel Amaral28122009
A Poesia
A poesia estaacute em altatodos falam dela
todos a querem cantarMas minha alma triste
por ela flutua querendo chorar
Por campos a fora Sem o teu perfume
Sem os teus olhos De um verde profundo
Vatildeo os meus aisA um longiacutenquo
imaginaacuterio mundo
A poesia de que tantos falamNatildeo eacute minha nem sua
A poesia eacute da luaQue toda nua passeia a cantar
Uma canccedilatildeo de versos de luzUma melodia que nos seduz
Com o coro das vozes do mar
Daniel Amaral01082009
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor
Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto
Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor)
Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo
Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento
A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento
Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria
Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
ACROacuteSTICO
Incauta a minha alma benfazejaVoou na tua luz caacutelida e serena
Olhei-te e vi-te como que inteira Nos escritos que me vieram de tua pena
Expliacutecitos como o canto que festeja
Ante o teu brilho sol dourado Louvei-te o canto com os meus olhos
Viagem linda empreendi sonho acordadoEncantado pelos faroacuteis que iluminamSua presenccedila de brilho transmutado
Saiacute entatildeo a cantarolar o teu nomeObstinado em natildeo perder o teu riso Lancei-me agrave busca de um megafone
Daniel Amaral04092009
PASSAGEMNo dia em que eu morri
Soprava um vento danado
O frio fazia-me prostradoA compungir-me o coraccedilatildeo
Que cansado de tanta tristeza
Caiacutedo sob os peacutes da vileza Retrato da vida incerta
Que matou a emoccedilatildeo Nostalgia
Na noite tardia Passei-me morri Mergulhei no vazio
Do asceta simploacuterioVi o tempo perdido
De viver sempre aturdidoNo despropoacutesito ingloacuterio
Assim me passei desapercebido Me esfumei consumido
Laacute fora soacute a noite se condoiacutea Em sons de lamuacuterias
Sofridos
Daniel Amaral 13052010
ENERGUacuteMENOS
Noacutes que meros macacos recentes Paacuterias do acaso possuiacutedoshellip
Energuacutemenos seres sem alma
Traidores do amor de si mesmos
Noacutes que hipoacutecritas lisonjeirosAtados agrave ignomiacutenia e agrave mentira
E aos desejos e instintos animais
Noacutes que perdidos sem sentidosComo cegos na noite primordial
Incapazes e limitados ao tato vago
Do que nos eacute permitido compreenderFomos mesmo que vis despreziacuteveis
Premiados com um paraiacuteso perdidoNa imensidatildeo do Vaacutecuo Infinito
Noacutes que destruiacutemos este mundoNoacutes que natildeo percebemos do ceacuteu
Nenhum vislumbre acalentadorDo futuro temerosos Insensatos
Matamos a vida da natureza a florDesumanos infieacuteis deturpadoresInsanos como o viacuterus devastador
O que restaraacute de noacutes no fim
A poeira que o tempo natildeo dissipa
Uma vergonha e arrependimentos infinitos
Daniel Amaral
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
AgraveS MULHERES
Ah As Mulheres
Agradeccedilamos aos ceacuteus com gratidatildeo
Abenccediloadas sejam todas as
mulheresBem aventuradas Amadas
sejam elashellip Matildees da vida e do amor
incondicional
Verdadeiras mulheres divina criaccedilatildeo
Perseverem permaneccedilam mulheres
Nossas matildees nossas filhas nossas fecircmeas
A preencher-nos de ternura o coraccedilatildeo
Daniel Amaral28022010
ALMA DE POESIA
Sinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto
Quando os leio de alegria eu canto
Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute neles
Pois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente
Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos
-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho
Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
NAtildeO CHORES MAIS
Laacutegrimas chamam laacutegrimasNatildeo te deixes inundar de tristeza tanta
Busque antes a beleza do sorrisoQue de festas te contagia e encanta
Olha agrave tua volta que existecircncia fecundaVecircs quantas alegrias te daacute graciosa a vida
Natildeo temas a noite que nos enche de pressaacutegiosE os nossos sonhos de temores inunda
Procura em teu seio a fartura queridaQue do teu lado a insuspeita vontade
Sempre te alcanccedilaraacute enquanto natildeo desistiresDa tua chama sequiosa e repleta de vida
Eacutes tu o sol interior de tua vivecircnciaA tua chama alta linda e flamejante
Com a qual te brindou a existecircnciaPara completares sem medos a tua senda
Daniel Amaral28122009
A Poesia
A poesia estaacute em altatodos falam dela
todos a querem cantarMas minha alma triste
por ela flutua querendo chorar
Por campos a fora Sem o teu perfume
Sem os teus olhos De um verde profundo
Vatildeo os meus aisA um longiacutenquo
imaginaacuterio mundo
A poesia de que tantos falamNatildeo eacute minha nem sua
A poesia eacute da luaQue toda nua passeia a cantar
Uma canccedilatildeo de versos de luzUma melodia que nos seduz
Com o coro das vozes do mar
Daniel Amaral01082009
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor
Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto
Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor)
Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo
Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento
A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento
Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria
Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
ACROacuteSTICO
Incauta a minha alma benfazejaVoou na tua luz caacutelida e serena
Olhei-te e vi-te como que inteira Nos escritos que me vieram de tua pena
Expliacutecitos como o canto que festeja
Ante o teu brilho sol dourado Louvei-te o canto com os meus olhos
Viagem linda empreendi sonho acordadoEncantado pelos faroacuteis que iluminamSua presenccedila de brilho transmutado
Saiacute entatildeo a cantarolar o teu nomeObstinado em natildeo perder o teu riso Lancei-me agrave busca de um megafone
Daniel Amaral04092009
PASSAGEMNo dia em que eu morri
Soprava um vento danado
O frio fazia-me prostradoA compungir-me o coraccedilatildeo
Que cansado de tanta tristeza
Caiacutedo sob os peacutes da vileza Retrato da vida incerta
Que matou a emoccedilatildeo Nostalgia
Na noite tardia Passei-me morri Mergulhei no vazio
Do asceta simploacuterioVi o tempo perdido
De viver sempre aturdidoNo despropoacutesito ingloacuterio
Assim me passei desapercebido Me esfumei consumido
Laacute fora soacute a noite se condoiacutea Em sons de lamuacuterias
Sofridos
Daniel Amaral 13052010
ENERGUacuteMENOS
Noacutes que meros macacos recentes Paacuterias do acaso possuiacutedoshellip
Energuacutemenos seres sem alma
Traidores do amor de si mesmos
Noacutes que hipoacutecritas lisonjeirosAtados agrave ignomiacutenia e agrave mentira
E aos desejos e instintos animais
Noacutes que perdidos sem sentidosComo cegos na noite primordial
Incapazes e limitados ao tato vago
Do que nos eacute permitido compreenderFomos mesmo que vis despreziacuteveis
Premiados com um paraiacuteso perdidoNa imensidatildeo do Vaacutecuo Infinito
Noacutes que destruiacutemos este mundoNoacutes que natildeo percebemos do ceacuteu
Nenhum vislumbre acalentadorDo futuro temerosos Insensatos
Matamos a vida da natureza a florDesumanos infieacuteis deturpadoresInsanos como o viacuterus devastador
O que restaraacute de noacutes no fim
A poeira que o tempo natildeo dissipa
Uma vergonha e arrependimentos infinitos
Daniel Amaral
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
ALMA DE POESIA
Sinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto
Quando os leio de alegria eu canto
Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute neles
Pois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente
Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos
-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho
Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
NAtildeO CHORES MAIS
Laacutegrimas chamam laacutegrimasNatildeo te deixes inundar de tristeza tanta
Busque antes a beleza do sorrisoQue de festas te contagia e encanta
Olha agrave tua volta que existecircncia fecundaVecircs quantas alegrias te daacute graciosa a vida
Natildeo temas a noite que nos enche de pressaacutegiosE os nossos sonhos de temores inunda
Procura em teu seio a fartura queridaQue do teu lado a insuspeita vontade
Sempre te alcanccedilaraacute enquanto natildeo desistiresDa tua chama sequiosa e repleta de vida
Eacutes tu o sol interior de tua vivecircnciaA tua chama alta linda e flamejante
Com a qual te brindou a existecircnciaPara completares sem medos a tua senda
Daniel Amaral28122009
A Poesia
A poesia estaacute em altatodos falam dela
todos a querem cantarMas minha alma triste
por ela flutua querendo chorar
Por campos a fora Sem o teu perfume
Sem os teus olhos De um verde profundo
Vatildeo os meus aisA um longiacutenquo
imaginaacuterio mundo
A poesia de que tantos falamNatildeo eacute minha nem sua
A poesia eacute da luaQue toda nua passeia a cantar
Uma canccedilatildeo de versos de luzUma melodia que nos seduz
Com o coro das vozes do mar
Daniel Amaral01082009
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor
Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto
Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor)
Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo
Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento
A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento
Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria
Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
ACROacuteSTICO
Incauta a minha alma benfazejaVoou na tua luz caacutelida e serena
Olhei-te e vi-te como que inteira Nos escritos que me vieram de tua pena
Expliacutecitos como o canto que festeja
Ante o teu brilho sol dourado Louvei-te o canto com os meus olhos
Viagem linda empreendi sonho acordadoEncantado pelos faroacuteis que iluminamSua presenccedila de brilho transmutado
Saiacute entatildeo a cantarolar o teu nomeObstinado em natildeo perder o teu riso Lancei-me agrave busca de um megafone
Daniel Amaral04092009
PASSAGEMNo dia em que eu morri
Soprava um vento danado
O frio fazia-me prostradoA compungir-me o coraccedilatildeo
Que cansado de tanta tristeza
Caiacutedo sob os peacutes da vileza Retrato da vida incerta
Que matou a emoccedilatildeo Nostalgia
Na noite tardia Passei-me morri Mergulhei no vazio
Do asceta simploacuterioVi o tempo perdido
De viver sempre aturdidoNo despropoacutesito ingloacuterio
Assim me passei desapercebido Me esfumei consumido
Laacute fora soacute a noite se condoiacutea Em sons de lamuacuterias
Sofridos
Daniel Amaral 13052010
ENERGUacuteMENOS
Noacutes que meros macacos recentes Paacuterias do acaso possuiacutedoshellip
Energuacutemenos seres sem alma
Traidores do amor de si mesmos
Noacutes que hipoacutecritas lisonjeirosAtados agrave ignomiacutenia e agrave mentira
E aos desejos e instintos animais
Noacutes que perdidos sem sentidosComo cegos na noite primordial
Incapazes e limitados ao tato vago
Do que nos eacute permitido compreenderFomos mesmo que vis despreziacuteveis
Premiados com um paraiacuteso perdidoNa imensidatildeo do Vaacutecuo Infinito
Noacutes que destruiacutemos este mundoNoacutes que natildeo percebemos do ceacuteu
Nenhum vislumbre acalentadorDo futuro temerosos Insensatos
Matamos a vida da natureza a florDesumanos infieacuteis deturpadoresInsanos como o viacuterus devastador
O que restaraacute de noacutes no fim
A poeira que o tempo natildeo dissipa
Uma vergonha e arrependimentos infinitos
Daniel Amaral
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
NAtildeO CHORES MAIS
Laacutegrimas chamam laacutegrimasNatildeo te deixes inundar de tristeza tanta
Busque antes a beleza do sorrisoQue de festas te contagia e encanta
Olha agrave tua volta que existecircncia fecundaVecircs quantas alegrias te daacute graciosa a vida
Natildeo temas a noite que nos enche de pressaacutegiosE os nossos sonhos de temores inunda
Procura em teu seio a fartura queridaQue do teu lado a insuspeita vontade
Sempre te alcanccedilaraacute enquanto natildeo desistiresDa tua chama sequiosa e repleta de vida
Eacutes tu o sol interior de tua vivecircnciaA tua chama alta linda e flamejante
Com a qual te brindou a existecircnciaPara completares sem medos a tua senda
Daniel Amaral28122009
A Poesia
A poesia estaacute em altatodos falam dela
todos a querem cantarMas minha alma triste
por ela flutua querendo chorar
Por campos a fora Sem o teu perfume
Sem os teus olhos De um verde profundo
Vatildeo os meus aisA um longiacutenquo
imaginaacuterio mundo
A poesia de que tantos falamNatildeo eacute minha nem sua
A poesia eacute da luaQue toda nua passeia a cantar
Uma canccedilatildeo de versos de luzUma melodia que nos seduz
Com o coro das vozes do mar
Daniel Amaral01082009
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor
Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto
Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor)
Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo
Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento
A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento
Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria
Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
ACROacuteSTICO
Incauta a minha alma benfazejaVoou na tua luz caacutelida e serena
Olhei-te e vi-te como que inteira Nos escritos que me vieram de tua pena
Expliacutecitos como o canto que festeja
Ante o teu brilho sol dourado Louvei-te o canto com os meus olhos
Viagem linda empreendi sonho acordadoEncantado pelos faroacuteis que iluminamSua presenccedila de brilho transmutado
Saiacute entatildeo a cantarolar o teu nomeObstinado em natildeo perder o teu riso Lancei-me agrave busca de um megafone
Daniel Amaral04092009
PASSAGEMNo dia em que eu morri
Soprava um vento danado
O frio fazia-me prostradoA compungir-me o coraccedilatildeo
Que cansado de tanta tristeza
Caiacutedo sob os peacutes da vileza Retrato da vida incerta
Que matou a emoccedilatildeo Nostalgia
Na noite tardia Passei-me morri Mergulhei no vazio
Do asceta simploacuterioVi o tempo perdido
De viver sempre aturdidoNo despropoacutesito ingloacuterio
Assim me passei desapercebido Me esfumei consumido
Laacute fora soacute a noite se condoiacutea Em sons de lamuacuterias
Sofridos
Daniel Amaral 13052010
ENERGUacuteMENOS
Noacutes que meros macacos recentes Paacuterias do acaso possuiacutedoshellip
Energuacutemenos seres sem alma
Traidores do amor de si mesmos
Noacutes que hipoacutecritas lisonjeirosAtados agrave ignomiacutenia e agrave mentira
E aos desejos e instintos animais
Noacutes que perdidos sem sentidosComo cegos na noite primordial
Incapazes e limitados ao tato vago
Do que nos eacute permitido compreenderFomos mesmo que vis despreziacuteveis
Premiados com um paraiacuteso perdidoNa imensidatildeo do Vaacutecuo Infinito
Noacutes que destruiacutemos este mundoNoacutes que natildeo percebemos do ceacuteu
Nenhum vislumbre acalentadorDo futuro temerosos Insensatos
Matamos a vida da natureza a florDesumanos infieacuteis deturpadoresInsanos como o viacuterus devastador
O que restaraacute de noacutes no fim
A poeira que o tempo natildeo dissipa
Uma vergonha e arrependimentos infinitos
Daniel Amaral
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
A Poesia
A poesia estaacute em altatodos falam dela
todos a querem cantarMas minha alma triste
por ela flutua querendo chorar
Por campos a fora Sem o teu perfume
Sem os teus olhos De um verde profundo
Vatildeo os meus aisA um longiacutenquo
imaginaacuterio mundo
A poesia de que tantos falamNatildeo eacute minha nem sua
A poesia eacute da luaQue toda nua passeia a cantar
Uma canccedilatildeo de versos de luzUma melodia que nos seduz
Com o coro das vozes do mar
Daniel Amaral01082009
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor
Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto
Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor)
Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo
Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento
A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento
Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria
Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
ACROacuteSTICO
Incauta a minha alma benfazejaVoou na tua luz caacutelida e serena
Olhei-te e vi-te como que inteira Nos escritos que me vieram de tua pena
Expliacutecitos como o canto que festeja
Ante o teu brilho sol dourado Louvei-te o canto com os meus olhos
Viagem linda empreendi sonho acordadoEncantado pelos faroacuteis que iluminamSua presenccedila de brilho transmutado
Saiacute entatildeo a cantarolar o teu nomeObstinado em natildeo perder o teu riso Lancei-me agrave busca de um megafone
Daniel Amaral04092009
PASSAGEMNo dia em que eu morri
Soprava um vento danado
O frio fazia-me prostradoA compungir-me o coraccedilatildeo
Que cansado de tanta tristeza
Caiacutedo sob os peacutes da vileza Retrato da vida incerta
Que matou a emoccedilatildeo Nostalgia
Na noite tardia Passei-me morri Mergulhei no vazio
Do asceta simploacuterioVi o tempo perdido
De viver sempre aturdidoNo despropoacutesito ingloacuterio
Assim me passei desapercebido Me esfumei consumido
Laacute fora soacute a noite se condoiacutea Em sons de lamuacuterias
Sofridos
Daniel Amaral 13052010
ENERGUacuteMENOS
Noacutes que meros macacos recentes Paacuterias do acaso possuiacutedoshellip
Energuacutemenos seres sem alma
Traidores do amor de si mesmos
Noacutes que hipoacutecritas lisonjeirosAtados agrave ignomiacutenia e agrave mentira
E aos desejos e instintos animais
Noacutes que perdidos sem sentidosComo cegos na noite primordial
Incapazes e limitados ao tato vago
Do que nos eacute permitido compreenderFomos mesmo que vis despreziacuteveis
Premiados com um paraiacuteso perdidoNa imensidatildeo do Vaacutecuo Infinito
Noacutes que destruiacutemos este mundoNoacutes que natildeo percebemos do ceacuteu
Nenhum vislumbre acalentadorDo futuro temerosos Insensatos
Matamos a vida da natureza a florDesumanos infieacuteis deturpadoresInsanos como o viacuterus devastador
O que restaraacute de noacutes no fim
A poeira que o tempo natildeo dissipa
Uma vergonha e arrependimentos infinitos
Daniel Amaral
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
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LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor
Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto
Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor)
Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo
Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento
A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento
Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria
Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
ACROacuteSTICO
Incauta a minha alma benfazejaVoou na tua luz caacutelida e serena
Olhei-te e vi-te como que inteira Nos escritos que me vieram de tua pena
Expliacutecitos como o canto que festeja
Ante o teu brilho sol dourado Louvei-te o canto com os meus olhos
Viagem linda empreendi sonho acordadoEncantado pelos faroacuteis que iluminamSua presenccedila de brilho transmutado
Saiacute entatildeo a cantarolar o teu nomeObstinado em natildeo perder o teu riso Lancei-me agrave busca de um megafone
Daniel Amaral04092009
PASSAGEMNo dia em que eu morri
Soprava um vento danado
O frio fazia-me prostradoA compungir-me o coraccedilatildeo
Que cansado de tanta tristeza
Caiacutedo sob os peacutes da vileza Retrato da vida incerta
Que matou a emoccedilatildeo Nostalgia
Na noite tardia Passei-me morri Mergulhei no vazio
Do asceta simploacuterioVi o tempo perdido
De viver sempre aturdidoNo despropoacutesito ingloacuterio
Assim me passei desapercebido Me esfumei consumido
Laacute fora soacute a noite se condoiacutea Em sons de lamuacuterias
Sofridos
Daniel Amaral 13052010
ENERGUacuteMENOS
Noacutes que meros macacos recentes Paacuterias do acaso possuiacutedoshellip
Energuacutemenos seres sem alma
Traidores do amor de si mesmos
Noacutes que hipoacutecritas lisonjeirosAtados agrave ignomiacutenia e agrave mentira
E aos desejos e instintos animais
Noacutes que perdidos sem sentidosComo cegos na noite primordial
Incapazes e limitados ao tato vago
Do que nos eacute permitido compreenderFomos mesmo que vis despreziacuteveis
Premiados com um paraiacuteso perdidoNa imensidatildeo do Vaacutecuo Infinito
Noacutes que destruiacutemos este mundoNoacutes que natildeo percebemos do ceacuteu
Nenhum vislumbre acalentadorDo futuro temerosos Insensatos
Matamos a vida da natureza a florDesumanos infieacuteis deturpadoresInsanos como o viacuterus devastador
O que restaraacute de noacutes no fim
A poeira que o tempo natildeo dissipa
Uma vergonha e arrependimentos infinitos
Daniel Amaral
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor
Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto
Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor)
Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo
Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento
A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento
Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria
Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
ACROacuteSTICO
Incauta a minha alma benfazejaVoou na tua luz caacutelida e serena
Olhei-te e vi-te como que inteira Nos escritos que me vieram de tua pena
Expliacutecitos como o canto que festeja
Ante o teu brilho sol dourado Louvei-te o canto com os meus olhos
Viagem linda empreendi sonho acordadoEncantado pelos faroacuteis que iluminamSua presenccedila de brilho transmutado
Saiacute entatildeo a cantarolar o teu nomeObstinado em natildeo perder o teu riso Lancei-me agrave busca de um megafone
Daniel Amaral04092009
PASSAGEMNo dia em que eu morri
Soprava um vento danado
O frio fazia-me prostradoA compungir-me o coraccedilatildeo
Que cansado de tanta tristeza
Caiacutedo sob os peacutes da vileza Retrato da vida incerta
Que matou a emoccedilatildeo Nostalgia
Na noite tardia Passei-me morri Mergulhei no vazio
Do asceta simploacuterioVi o tempo perdido
De viver sempre aturdidoNo despropoacutesito ingloacuterio
Assim me passei desapercebido Me esfumei consumido
Laacute fora soacute a noite se condoiacutea Em sons de lamuacuterias
Sofridos
Daniel Amaral 13052010
ENERGUacuteMENOS
Noacutes que meros macacos recentes Paacuterias do acaso possuiacutedoshellip
Energuacutemenos seres sem alma
Traidores do amor de si mesmos
Noacutes que hipoacutecritas lisonjeirosAtados agrave ignomiacutenia e agrave mentira
E aos desejos e instintos animais
Noacutes que perdidos sem sentidosComo cegos na noite primordial
Incapazes e limitados ao tato vago
Do que nos eacute permitido compreenderFomos mesmo que vis despreziacuteveis
Premiados com um paraiacuteso perdidoNa imensidatildeo do Vaacutecuo Infinito
Noacutes que destruiacutemos este mundoNoacutes que natildeo percebemos do ceacuteu
Nenhum vislumbre acalentadorDo futuro temerosos Insensatos
Matamos a vida da natureza a florDesumanos infieacuteis deturpadoresInsanos como o viacuterus devastador
O que restaraacute de noacutes no fim
A poeira que o tempo natildeo dissipa
Uma vergonha e arrependimentos infinitos
Daniel Amaral
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
ACROacuteSTICO
Incauta a minha alma benfazejaVoou na tua luz caacutelida e serena
Olhei-te e vi-te como que inteira Nos escritos que me vieram de tua pena
Expliacutecitos como o canto que festeja
Ante o teu brilho sol dourado Louvei-te o canto com os meus olhos
Viagem linda empreendi sonho acordadoEncantado pelos faroacuteis que iluminamSua presenccedila de brilho transmutado
Saiacute entatildeo a cantarolar o teu nomeObstinado em natildeo perder o teu riso Lancei-me agrave busca de um megafone
Daniel Amaral04092009
PASSAGEMNo dia em que eu morri
Soprava um vento danado
O frio fazia-me prostradoA compungir-me o coraccedilatildeo
Que cansado de tanta tristeza
Caiacutedo sob os peacutes da vileza Retrato da vida incerta
Que matou a emoccedilatildeo Nostalgia
Na noite tardia Passei-me morri Mergulhei no vazio
Do asceta simploacuterioVi o tempo perdido
De viver sempre aturdidoNo despropoacutesito ingloacuterio
Assim me passei desapercebido Me esfumei consumido
Laacute fora soacute a noite se condoiacutea Em sons de lamuacuterias
Sofridos
Daniel Amaral 13052010
ENERGUacuteMENOS
Noacutes que meros macacos recentes Paacuterias do acaso possuiacutedoshellip
Energuacutemenos seres sem alma
Traidores do amor de si mesmos
Noacutes que hipoacutecritas lisonjeirosAtados agrave ignomiacutenia e agrave mentira
E aos desejos e instintos animais
Noacutes que perdidos sem sentidosComo cegos na noite primordial
Incapazes e limitados ao tato vago
Do que nos eacute permitido compreenderFomos mesmo que vis despreziacuteveis
Premiados com um paraiacuteso perdidoNa imensidatildeo do Vaacutecuo Infinito
Noacutes que destruiacutemos este mundoNoacutes que natildeo percebemos do ceacuteu
Nenhum vislumbre acalentadorDo futuro temerosos Insensatos
Matamos a vida da natureza a florDesumanos infieacuteis deturpadoresInsanos como o viacuterus devastador
O que restaraacute de noacutes no fim
A poeira que o tempo natildeo dissipa
Uma vergonha e arrependimentos infinitos
Daniel Amaral
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
PASSAGEMNo dia em que eu morri
Soprava um vento danado
O frio fazia-me prostradoA compungir-me o coraccedilatildeo
Que cansado de tanta tristeza
Caiacutedo sob os peacutes da vileza Retrato da vida incerta
Que matou a emoccedilatildeo Nostalgia
Na noite tardia Passei-me morri Mergulhei no vazio
Do asceta simploacuterioVi o tempo perdido
De viver sempre aturdidoNo despropoacutesito ingloacuterio
Assim me passei desapercebido Me esfumei consumido
Laacute fora soacute a noite se condoiacutea Em sons de lamuacuterias
Sofridos
Daniel Amaral 13052010
ENERGUacuteMENOS
Noacutes que meros macacos recentes Paacuterias do acaso possuiacutedoshellip
Energuacutemenos seres sem alma
Traidores do amor de si mesmos
Noacutes que hipoacutecritas lisonjeirosAtados agrave ignomiacutenia e agrave mentira
E aos desejos e instintos animais
Noacutes que perdidos sem sentidosComo cegos na noite primordial
Incapazes e limitados ao tato vago
Do que nos eacute permitido compreenderFomos mesmo que vis despreziacuteveis
Premiados com um paraiacuteso perdidoNa imensidatildeo do Vaacutecuo Infinito
Noacutes que destruiacutemos este mundoNoacutes que natildeo percebemos do ceacuteu
Nenhum vislumbre acalentadorDo futuro temerosos Insensatos
Matamos a vida da natureza a florDesumanos infieacuteis deturpadoresInsanos como o viacuterus devastador
O que restaraacute de noacutes no fim
A poeira que o tempo natildeo dissipa
Uma vergonha e arrependimentos infinitos
Daniel Amaral
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
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OBRIGADO POR ASSISTIR
ENERGUacuteMENOS
Noacutes que meros macacos recentes Paacuterias do acaso possuiacutedoshellip
Energuacutemenos seres sem alma
Traidores do amor de si mesmos
Noacutes que hipoacutecritas lisonjeirosAtados agrave ignomiacutenia e agrave mentira
E aos desejos e instintos animais
Noacutes que perdidos sem sentidosComo cegos na noite primordial
Incapazes e limitados ao tato vago
Do que nos eacute permitido compreenderFomos mesmo que vis despreziacuteveis
Premiados com um paraiacuteso perdidoNa imensidatildeo do Vaacutecuo Infinito
Noacutes que destruiacutemos este mundoNoacutes que natildeo percebemos do ceacuteu
Nenhum vislumbre acalentadorDo futuro temerosos Insensatos
Matamos a vida da natureza a florDesumanos infieacuteis deturpadoresInsanos como o viacuterus devastador
O que restaraacute de noacutes no fim
A poeira que o tempo natildeo dissipa
Uma vergonha e arrependimentos infinitos
Daniel Amaral
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
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OBRIGADO POR ASSISTIR
LETRAS MORTAS
Para onde vou neste momento vazioEm que direccedilatildeo volto os meus olhos
As incertezas que vecircm de mim mesmoSurgem das sombras do tempo sorrateiras
Tento mascara-las Esconde-lasSob o pano insofismaacutevel da verdade
Mas aiacute caem-me as cortinas da vidaFecha-se o livro de minha histoacuteria
Caio do casulo da memoacuteriaSob o vazio do esquecimento
Laacute onde estatildeo escondidosOs meus idos que impiedosos desditos
Ceifaram de mim o meu vulto
Daniel Amaral25042009
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
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LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994(Numa noite fria de luar intenso
em Porto Seguro na Bahia)
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
ODE A LISBOA
Meu pensamento viaja no tempo passadoQuando caminho distraiacutedo e alegre
Pelas ruas e avenidas de jardins verdejantesEntre os preacutedios seculares da bela LisboaQue me fazem viajar nas asas do tempo
Por vielas de calccediladas e sombras dou-me contaA cada detalhe onde ainda a histoacuteria ressoa
O grito heroacuteico dos destemidos homens valentes
Que te fizeram no mundo para sempreCantando os seus versos a luz de Lisboa
Cidade peninsular de montanhas imponentes Onde cresceu um casario onde o passado ainda
cantaA Lisboa do Tejo que sorrindo caloroso se
espraiaEacutes tu a cidade de histoacuterias e lembranccedilas tantas
Encantada Lisboa em cada torre em cada praccedila
Eu que vim de terras longiacutenquasAprendi a te amar agradecido e carinhoso
Pois as montanhas doaram-me a tua belezaE os meus olhos de amante simploacuterio brilharam
Com todo o gostar de um amor fervorosoEnquanto os pardais a volta cantam e
brincam
Eacute assim este gostar singelo despretensiosoComo do amante que a amar vai docementeEnquanto passam as estaccedilotildees e o coraccedilatildeo se
alegra Com o nascer das manhatildes deste sol mensageiro Que traz mais um dia em que estarei contente
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
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OBRIGADO POR ASSISTIR
LUA MINGUANTE
A lua minguavaE vocecirc nem ligava
A noite se iacuteaE eu confessava
Agrave lua que minguavaA ela eu dizia
De um amor tatildeo grande Que vocecirc natildeo percebia
Mas a lua que minguavaE as estrelas me diziam
Que a madrugadaE o frio da hora
Ainda te mostrariam
Te diriam do meu amorNa madrugada sombriaFalariam do meu calor
Que vocecirc nem percebiaEnquanto a lua minguava
E eu te diziaQue muito mais que a luaEra a vocecirc que eu queria
Apenas o pensamento pediaNatildeo haviam palavras
Nada mais me valiaNem o brilho da lua
Na madrugada fria sombriaPois o teu coraccedilatildeo era mais frio
E tambeacutem minguava
Daniel AmaralPoesia escrita em 1994
(Numa noite fria de luar intenso em Porto Seguro na Bahia)
AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
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AO ARTISTAComo querer pretender
Entender um artista genialEles nos surpreendem
Nos animam e nos espantamEles criam inventam
Se reinventamExtrapolam as convenccedilotildees
Carregando em sua sinaDe seres uacutenicos
E aquinhoados de talentosQue mais que instrumentos De criaccedilatildeo
Satildeo tormentos ao coraccedilatildeoDo que vai na alma na visatildeoQue diferente da multidatildeoQue lhes seguem os passos
Apontado as suas feridasTristemente conseguidas
No esforccedilo brutal da criaccedilatildeoPor isso quase sempreMuito cedo eles se vatildeo
Precisam descansar o seu espiacuteritoPartem como num grito
De repenteEscapando agrave solidatildeo
Deles para sempre ficamAs marcas que nos indicam
O caminho da redenccedilatildeoOnde reconhecemos
O indeleacutevel toque de suas matildeosE porque desafiam a impermanecircnciaDeles para sempre fica uma certeza
Uma verdadeJamais morreratildeo
Antes poreacutem ficaratildeoPara sempre na eternidade
De uma canccedilatildeoBye Michael
Daniel Amaral - 26062009
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
A PARTIDA
Como neve frio era o teu olharQuando dizias que ias partir
Tua vontade parecia tantaSoava-me como um bradar de ondas
Nas iacutengremes encostas do meu peito
Desconhecias os presentes estreladosNegavas as peacuterolas que guardei para ti
As noites insones pedindo um horizonte de luzOnde realizassem- se todas as vontades
E nesta sonata de desejosVi entre a neacutevoa do sobrolho
Que te foste de mimE olhastes para traacutes
Apenas essa triste lembranccedila ficouA visatildeo dos teus olhos reticentes
Donde uma laacutegrima hesitou e caiuSerpenteando pelas maccedilatildes do teu rosto
Daniel Amaral28052007
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
CONTRADITORIUM
A singeleza que ora emanoVem-me do coraccedilatildeo
Natildeo repare Natildeo eacute enganoSou calmo como os campos do sertatildeo
Mas natildeo abuse por enganoNatildeo vaacute contra a arrebentaccedilatildeo
Sou pura contradiccedilatildeoMas esforccedilo-me por natildeo secirc-lo
Agraves vezes basta-me um olhar enviesadoUm sorriso amareladoPara ericcedilar-me o pelo
A singeleza que ora emanoLedo engano vem-me do fundo do coraccedilatildeo
Mas quando sinto a vilezaBate-me no peito uma tristeza
E reajo como um furacatildeo
Daniel Amaral02022009
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
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OBRIGADO POR ASSISTIR
CANTO AO OLHAR DA MOCcedilA RISONHA
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos desejo Que me venha este sol
A matar-me com um beijo
Um aacutetimo do teu brilho Tu somente - em meu cantar
A tua figura no espelho E o som das ondas do mar
Um aacutetimo do brilho Dos teus olhos persigo
Que me venha este amor No mais completo langor
E que com brisa suave Dos teus cabelos desbrave Este meu sonho de amador
Daniel Amaral24102008
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
ENTERNECER
Natildeo sofras mais nas tristes passagensNatildeo deixe pedras a marcar o caminho
Sempre pensando na volta presa do medoDe abrir as asas e voar para fora do ninho
Vecircs no horizonte agrave tua frente as miragensAlcanccedila-as e colhei delas as flores nas ramagens
Indaga-lhes das novidades do que te eacute mais caroO que decerto e verdadeiramente te contagia
Estas existiratildeo sempre se caminhas e procurasMas natildeo viratildeo das noites lacrimosas fugidias
Onde grassam amiuacutede degenerescecircncias obscurasNem do deserto que vive de lembranccedilas tardias
Mas sim da beleza das tardes a enternecerQue se vatildeo dando lugar ao salpicar de diamantes
Onde antes brilhava um sol de raios reluzentesQue sempre promete te visitar no outro dia
Nascendo do breu onde pungiram estrelas cadentes
Acredita que eacutes capaz de mudar a tua sinaDesfaz-te desta tua imagem distorcidaBusca sem medo aquela fonte cristalinaDe onde jorra o neacutectar que te alimenta
Te levanta te apruma que te daacute vida
Daniel Amaral20092009
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
SE O TEMPO PARASSE
Ah Se o tempo parassee o vento soprasse
nos ouvidos da gentenalguma insoacutelita catarse
uma frase qualquerhellipbenfazeja
Que nos despertasse uma voz que em clamor sussurrasse
aos ouvidos uma melodia cantassee num rumor a visatildeo despertasse
Deste tempo futuro tatildeo atrozfizesse cair a barreira
que se impotildee brutal derradeiranos cortando em lamento a voz
Ah Se o tempo parasse
Daniel Amaral03012009
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
FLOR DO CAMPO
Onde estaacutes flor de rara belezaNinfa de tons virginais que cativas
Por que escondes de mim tuas peacutetalas
Oh Natildeo leves de mim tua singelezaOdoriacutefera corola de vivas cores
Busco-te pelo jardim floridoMas natildeo vejo os teus ramos
Espio por entre os rociosNa relva calma dos campos
Buscando-te com um leve fastioCom olhos desesperanccedilados
Mas mesmo assim entretantoGuardo de ti o perfume a quietude
Que traz a lembranccedila de alegria o prantoNum lindo momento de paz e virtude
Me aquece a certeza de que tereiMesmo na busca que tarda dolorosa
Mesmo nas teias das vicissitudesViraacute ateacute mim sorridente o momentoEm que te encontrarei linda airosa
Minha flor do campo joacuteia raraViveraacutes sempre em mim gloriosa
Daniel Amaral10052009
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
FLOR DO DIA
A flor que te deseja o meu coraccedilatildeoOfereccedilo-te como uma daacutediva predita
Nos cabelos ponho-te uma peacutetala infinitaE a te cobrir os ciacutelios um lampejo de
emoccedilatildeo
Essa flor contida caprichosa prestativaVem salvar-me dos horrores imponderaacuteveis
Da solidatildeo do teu corpo que me ofereces em abrigo
Agraves minhas matildeos em estertores miseraacuteveis
Mas vem de mim essa rosa que cativasHabita os nefastos desertos do meu peito
E tu repousas a cabeccedila no meu leito Enquanto voam de mim peacutetalas furtivas
Se natildeo te ofereccedilo mais rosas cativantesEacute porque sou ermo e desolado coraccedilatildeo
Jaacute natildeo brotam dos meus peacutes na viagem angustiante
Os desejos que pensava ter guardados num salatildeo
Onde hoje tremula uma cortina negra e maldita
Que daacute ao jardim onde as ervas predominamE os liacuterios que imaginei haacute muito de mim
fugiramSem a aacutegua salvadora do rio que em ti
habita
Daniel Amaral15-03-2008
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
APAIXONADO CORACcedilAtildeO
Teus beijosSatildeo deliciosos tragos
que sorvo no ceacuteu da tua boca
Tua pele perfumadapovoa os meus sonhos
Minha companheiraeacutes a miga e amada
que desejo eterna e minhapois sem ti sou viajantesem rumo sem alento
Vivo na sua ausecircnciao tormento dos apaixonadoshellip
Mas quando abarcas o meu corpocomo se um raio me transpassasseVolto agrave vida como se num milagre
Daniel Amaral15-03-2008
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
INTRUSOS
Se a tristeza eacute tanta a transbordar dos olhos
Que ateacute espanta o mais sofrido num alarido sem causa Eacute porque te falta a pausa que transmutada de ti foge
Foge com medohellip
E se vai em segredo pelo verde arvoredo
e pelos desvatildeos dos dedos
Sem sentido o amargurado Se sentindo apedrejado cai ao chatildeo dizendo natildeo agrave vida que lhe fora dada
Nenhum sentido haacute na tristeza que natildeo eacute tua
Em triste choramingar Sem uma luz que atenua
Dos teus medos agrave tristeza Peccedila ao vento diga a lua
ldquoquero me livrar dessa tristezardquo
Pegue entatildeo os seus temores e os entregues a correnteza
Daniel Amaral 17-09-2014
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
A POESIA ORVALHADA
Ana
Vocecirc foi a minha melhor companhia
Queria mais da tua presenccedila Vontade tenho ainda
Mas do que me vale a vontadeSe na verdade tu me negastes um beijo
Que de tanto desejo ardente busquei em teus laacutebios
Vocecirc chorou laacutegrimas doiacutedasComo se o coraccedilatildeo hesitassehellip
Vai meu amor com olhos marejadosBuscar a esperanccedila
Vai minha florVou regar-te as peacutetalas com o orvalho da manhatilde
Para te refrescar a saudadeDaniel Amaral
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
ANTES QUE SE ACABE O MUNDO
Quero te oferecer um bem preciosoA estrela mais brilhante do firmamento
Assim fazer-te mais feliz num momento
Tocando a tua almanum gesto carinhoso
Ver brilhar o teu lindo rostonum sorriso
Apertar-te a matildeo pequena calorosa e macia
Sentir a felicidade e abraccedilar-te sem aviso
Dar-te o melhor do amor e da alegria
Quero ofertar-te o bem mais valioso
Para que livre o teu acircmago e repleto
Da eterna e desejada paz de espiacuterito
Tenhas o mais divino Um amor completoA inundar teu coraccedilatildeo com este amor infindo
Para que assim ao despertarmos deste sonhoqual amantes numa eternidade prazerosaPossamos livres estar do esgar medonho
Das vidas desperdiccediladas sem sentido
(Daniel Amaral)
HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
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HELENA
Helena trago na matildeo uma pena
para escrever o seu nome
Helena Com essa mesma pena
roccedilarei as melenas dos teus cabelos
e sussurrarei o seu nome
Helena
E nas tuas matildeos pequenas
macias e serenas calmo como a brisa da tarde
amena pintarei numa tela uma cena
onde seraacutes a pequena flor de loacutetus
Helena
(Daniel Amaral)
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
UMA NOITE DE VERAtildeO
Boa noite de sono
Sono tranquumlilo e sereno
Te desejo sincero neste momento plenoEm que desejas companhia Mas
estando sozinha sonhas Que a noite te abarca a agonia
E te aconchegas nas fronhasDormes sozinha e completa O teu semblante descansas Nas macias
cobertas do leitoOnde flutuas alegre e repleta
Depois do gozo que aplacasComo quisera oacute musa Doar-te o meu
calor festeiro
Neste escuro diaacutefano Estar contigo em cariacutecias A aquecer-te o o corpo inteiro
Dormes que a manhatilde Jaacute canta nas matas A chamar o teu nome
Princesa
(Daniel Amaral)
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
AO SOM DA CHUVA(Com uma muacutesica de fundo)
Duma nuvem caem pingos daacutegua Para que te lembres de mim
E os meus olhos sem maacutegoa Lacrimejam saudosos assim
Natildeo eacute tristeza Eacute saudadeQue sinto dos teus versos e de ti
Que de tatildeo longe arrebatasO meu coraccedilatildeo que chora e sorri
Chora a tristeza da distacircncia Deste oceano que nos separa
E sorri dos momentos na lembranccedilaDo mais lindo que de noacutes ficara
Pingos daacutegua incontaacuteveis Trazem a chuva promissora
Que nos une e nos afaga Enquanto cai suave redentora
(Daniel Amaral)
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
AO LUAR PRATEADO
As ondas prateadas pelo luar Brilhavam num luzidio ameno
Da noite que ia linda a sonhar Enquanto o mar cantava sereno
Emocionado pela beleza expliacutecita Daquele maacutegico momento
Veio-me ao peito um sentimento De alegria total e intensa
Numa tela quis guardar esse instante Tatildeo breve e tatildeo belo Totalmente
Pois as ondas ressoavam mansinhoA pedir num murmuacuterio sussurrante Pinta-me este luar eternamente
Busquei os pinceacuteis e o cavalete Deixei fluir solta a incontida emoccedilatildeo
E fixei os olhos transbordantes Enquanto a lua conduzia a minha matildeo
Foi assim que numa noite Em que a lua passava a cantar Que eu pintei essa tela afoito
Desejoso do teu coraccedilatildeo apaixonar
(Daniel Amaral)
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
A POESIA E O POETA
O poeta sonha no alto do monte com uma flor Dela brota densa e sentida transluacutecida laacutegrima
Como um rio denso a desfazer-se no rosto Caindo doidejante por entre os sulcos da face
(Caacutelido rosto coberto de desejos e de dor) Como tiras de seda bordadas de fino ouro
Dos olhos cerrados fluem imagens do tempo Em que o brilho do dia era niacutetido azul cristalino
E as manhatildes banhadas de sol um tesouro
Sempre lhe pertenceu assim como o vento A virtude de ter tentado cem vezes sem treacuteguas
Alcanccedilar o veacuteu fluiacutedico da distante quimera
Que fizera do seu fardo de rimas um tormento Mas do vento essa invisiacutevel figura onipresente
Chama-lhe uma voz pelo nome
ldquoPoeta Poetardquo
A voz dos rodamoinhos na mente simploacuteria Do artista que rima e canta versos somente
(Daniel Amaral)
VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
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VITOacuteRIA A ILHA DO MELO que dizer de uma cidade que eacute toda linda Que mais que natildeo fora ainda dito dignamente
Vitoacuteria nome de mulher de valor definitivo
Teu nome te cai perfeito cabe em ti lindamenteSinuosas as tuas formas de criaccedilatildeo perfeita
Eacutes do menestrel a purpuacuterea rima preciosaNos meus recordares matildee boniacutessima
Vecircm-me a infacircncia em tua matildeo bondosa
Guardo em meu peito a saudade Este sentimento de dorhellip inimigo
de quem a matildeo seguro arduamente
Pois embora longe dos teus braccedilos Jamais esqueccedilo que as sementes
Impregnadas na minha alma Vecircm de ti e estaratildeo sempre comigo
O que devo entatildeo dizer-te Parti e partido o coraccedilatildeo Ousado quero agora pedir-te
-Perdatildeo Perdoa-me
Daniel Amaral 06-08-2011
ALMA DE POESIASinto saudades dos teus versos
que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
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DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
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que me dizem tanto Quando os leio de alegria eu canto Canto agrave tua pena magia incontida
Canto a vida que haacute nelesPois natildeo satildeo rimas simplesmente
Satildeo como a peacuterola uacutenica e iridescente Que surge do teu oceano infinito
Nas praias dos teus versos-Agradeccedilo-te por este dia
Tuas calmas ondas em torvelinho Trazem-me paz e alegria
E tua pena me faz companhia
Daniel Amaral
bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
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DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
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bull
O AMOR
Ah O amorEsse sentimento
que universal mesmo assim ainda
tatildeo pouco compreendido ainda persiste
subsiste permanece
apesar da nossa ambiguumlidadehellipO sentimento que manteacutem de peacute
a nossa tatildeo combalida existecircncia
Mas saibashellipQue ao amor tudo eacute possiacutevel
Ele eacute filho do ceacuteu
(Daniel Amaral)
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
THANK YOU FOR WATCHING
OBRIGADO POR ASSISTIR
bull
Sunny Love
Sunny
(voce me lembra aquela muacutesica)
A ensolarada poesia que escorre Por entre os teus dedos eacute plena de be-
leza Deves ser mesmo assim irradiante pessoa
O teu brilho resplandece e percorre Os caminhos belos da natureza
Uma homenagem a amiga poeta Sunny Lora
06082011- (Daniel Amaral)
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
bull
Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
httpwwwamorepoesiaorg200910amorepoesia82-minha-historiahtml
DIRETOR DE ARTE CRIATIVO ILUSTRADOR PINTOR LOCUTORhellip E
POETA
httpwwwrecantodasletrascombrautoresDanielAmaral
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OBRIGADO POR ASSISTIR
bull
Beijo na boca (da noite)Boa noite de descanso- Diz-me a noiteNatildeo vaacute oacute deusa dos veacuteus esvoaccedilantes
fica comigo soacute mais essa noite para que possa sonhar em estar contigo
outra vez esta vezOacute musa dos meus sonhos de amor
Embala-me em teus braccedilos Mornos como a ensolarada tarde
e acende em mim o desejode um amor infinito
Como a noite mais esplecircndidaContinue aqui comigo Oacute amada
mais sonhada e desejada que o dia O uacuteltimo dos dias
Quem sabe se aqui estarei amanhatilde Talvez aqui tu jaacute natildeo mais me veja
Oacute minha esperanccedila Natildeo se desvaneccedila amadaA ingrata noite mulher que me maltrata
Um coraccedilatildeo cheio de esperanccedilaE que ainda canta
Eacutes poesia que imediata Maltrata e tambeacutem Inspira-mecom a tua presenccedila
Supliquei em vatildeoVou ter que partir - repetiu em voz baixa
E eu Aturdido Vai Oacute desesperoNatildeo maltrates mais este co- raccedilatildeo Vai-te e natildeo digas
que natildeo acreditas Seraacutes para mim como o bem maisdesejado O bem que natildeo consegui ter
Oacute sinaBoa noite amor meu
disse-lhe Durma com os an- jos celestiaise que eles te conduzam ao sonho mais belordquo
(Daniel Amaral)
bull
UM POEMA PARA A AMADA
Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
bull
BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
copyDaniel Amaral 10-05-2013
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Minha Histoacuteria
Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
Daniel DrsquoAmaral
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Eacute importante que natildeo te esqueccedilas Que eu moveria uma montanha
Viajaria a uma terra estranha
Soacute para ter um vislumbre de tiAinda que no mundo hajam tantas
Vivo por sua presenccedila bem amado
Pois antevejo o carinho que me encantaNeste belo sorriso por mim adorado Toda vez que te chegas de mansinho
Ateacute o meu aconchego perfumado
Me sento dentre os homens abenccediloadoPelo amor que me deu a esperanccedila
De que sempre estaraacutes no meu caminho
(Daniel Amaral)
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BRINDE AO AMORBebendo da tua boca os teus beijos sorvendo
No arfar dos dos teus seios e dos seus ternos abraccedilos
vocirco na maciecircs dos teus braccedilos e ao teu corpo sucumbo
depois do ecircxtase e do prazercomo se morrendo
No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
Dois amantes felizes natildeo tecircm fim nem morte tem sorte
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Nasci em Vitoacuteria no Espiacuterito Santo regiatildeo sudeste do Brasil
Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
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No prazer mais plaacutecido divino manso sereno
Da tua beleza amena me sinto possuidor Eacutes o tesouro perfeito
e tens o corpo moreno Como que se banhada pelo sol do amor
Quanto desejo do teu corpo exala O perfume sublime dos
teus laacutebios Carnudos molhados de lasciacutevia
Que beijo em murmuacuterios e estalosO tempo inexiste nesse momento
Duradouro EternoCuacutemplice perfeito
Somos amantes na entrega total E nos seus braccedilos me sinto refeito
O prazer que nos propiciamos eacute divino Encontro feliz de corpos apaixonados
abenccediloados pelos deuses do amorDando prazer aos nossos corpos suados Exalando o inebriante perfume abrasador
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Haviam tambeacutem muitos tatus e cotias aleacutem de um rio piscoso do qual traziacuteamos samburaacutes cheios quando estaacutevamos numa ilhota do rio Santa Maria onde passaacutevamos muito tempo
Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
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Vivi do mangue do mato e da roccedila Meus avoacutes eram pequenos agricultores de subsistecircncia e noacutes viviacuteamos daquilo que colhiacuteamos e dos animais que caccedilaacutevamos e criaacutevamos como as capivaras que eram presas nas armadilhas colocadas nas plantaccedilotildees de milho feijatildeo batatas e de mandioca pelo meu avocirc
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Nessa ilha havia uma pequena cabana tosca feita de varas de mato e barro vermelho do rio Era coberta com sapecirc (folha de palmeira de faacutecil manuseio) Meu avocirc um negro magro e de baixa estatura descendente de escravos era quem sabia um pouco de tudo no que respeitava a sobre- viver no mato e com pouco ou nenhum recurso financeiro
Quando estaacutevamos nessa ilhota do rio Santa Maria raramente passaacutevamos fome Havia sempre peixe salgado a secar ao sol em cima da palha seca da cabana e uma capivara pendurada ao lado e acima do fogatildeo de lenha
O rio costumava encher aleacutem das medidas na eacutepoca das chuvas Esse era o melhor momento para a pesca com os espinheis (feixe de anzoacuteis) para pegar jacareacutes e tambeacutem para colocar os samburaacutes - (armadilhas para peixes feita de bambu e cipoacutes) na boca da vazante do rio)
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