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3º ANO
ORGANIZAÇÃO: PROFESSORAS
JADETE MARTINS BORBA
MARIA AMARAL DE BARROS
MÔNICA DE ARAÚJO SARAIVA
GÊNERO
INSTRUCIONAL
Caracterizam-se pela apresentação de uma série de
procedimentos a serem seguidos em uma determinada
circunstância. Por esse motivo, estabelecem sempre uma
interlocução direta com o leitor. As instruções são iniciadas com
verbos no modo imperativo (misture, junte, faça...) ou por
construções com verbos no modo infinitivo ( misturar, juntar,...)
Manual
É um livro ou um folheto que ensina a operar um equipamento,
um objeto, uma ferramenta ou ainda explica como confeccionar
diferentes artesanatos.
OBJETIVOS:
• Compreender o gênero discursivo instrucional e a especificidade da tipologia manual de
instrução, reconhecendo sua organização estrutural, sua utilização em diferentes situações
sociais, e os locais de circulação dos mesmos.
• Produzir um manual instrucional a partir da proposição de um contexto lúdico como forma
de proporcionar o contato direto do aluno com esse gênero discursivo a partir da escrita,
bem como verificar o grau de reconhecimento das características estruturais, da linguagem
peculiar utilizada, bem como a função social específica dessa tipologia.
ORIENTAÇÕES AO PROFESSOR:
Realize pesquisa sobre a reciclagem de papel ressaltando sua importância na
preservação ambiental. Organize o texto instrucional Barquinho de Papel e a narrativa
“Barquinhos de Papel” em transparência para leitura e análise coletiva, e também o aparelho
de som e o “CD Amarelinha” para sensibilização dos alunos, com a música “Barquinho de
Papel”.
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Apresentação do texto
Entrada do professor, no início da aula, com um barquinho confeccionado com
dobradura de papel jornal, gesticulando ao som da música Barquinho de Papel.
Questionar os alunos se sabem confeccionar um barquinho de papel, como aprenderam,
quem ensinou, etc., chamando atenção dos mesmos para a circulação da tipologia a ser
apresentada.
Apresentar o Manual “Barquinho de Papel”, para leitura, análise e interpretação. Logo
após a apresentação do texto, trabalhar a conceituação do gênero discursivo a partir do
questionamento que segue o texto.
O texto teórico que irá subsidiar a conceituação do gênero pode ser colado no caderno
para que os alunos possam acompanhar a leitura e explicação do professor.
Questione:
1. É possível, depois de ler o texto, confeccionar o barquinho sem a ajuda da
professora? Explique.
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- Explicar que isso se deve à natureza do texto instrucional, a partir disso explicar as
características desse gênero a partir do texto:
Gênero Discursivo – Instrucional
Tipologia – manual
Conceituação:
O texto instrucional é aquele que se propõe a orientar a realização de alguma tarefa, por
meio de uma série de procedimentos a serem seguidos em uma determinada situação,
estabelecendo assim uma interlocução direta com o leitor.
Neste gênero devem ser exploradas diferentes tipologias, tais como: receitas, regras de
jogos, editais, regulamentos / regimentos, bulas, contratos, leis e manuais, sempre levando
em consideração o gênero discurso a ser enfatizado em cada série.
Os manuais são apresentados em diferentes estruturas, como: livros, folhetos e panfletos,
com emprego de verbos em tempos específicos no imperativo ou no infinitivo impessoal.
Este gênero torna-se muito importante nas séries iniciais, pois ao trabalhar com a
organização e seqüência das idéias, proporciona ao aluno a confrontação de sua produção
em situações reais de uso, com objetividade, clareza e seqüência exigida no gênero.
Tipologia
Circulação – Dentro deste gênero a tipologia manual tem uma circulação mais restrita, por ter
sua especificidade de acordo com a tarefa a ser desenvolvida, na qual o leitor terá acesso
conforme sua necessidade.
Ex: instalação de um novo aparelho elétrico ou eletrônico, como operar um equipamento, um
objeto, uma ferramenta ou confeccionar diferentes artesanatos.
Linguagem – Com relação à linguagem a característica mais evidente é o uso de verbos
flexionados no modo imperativo. Estes textos são injuntivos, isto é, apresentam comandos a
serem seguidos por seus leitores.
Público-alvo – Os manuais são destinados a leitores que buscam informações específicas a
respeito de como proceder para alcançar determinados objetivos de acordo com as suas
necessidades.
Estrutura – O manual é uma tipologia textual na qual predomina o aspecto de descrever
ações, portanto, apresenta uma superestrutura esquemática com os seguintes itens:
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identificação, apresentação, características, seqüência de montagem, uso e cuidados. Nos
manuais de confecção constam as seguintes partes: material necessário e modo de fazer.
Dentro de sua composição apresenta seqüência de tarefas a serem realizadas respeitando a
ordem dos procedimentos, como se exige objetividade e clareza em cada item, pode haver
utilização de símbolos, números e desenhos, destacando as ações, ou para auxiliar a
realização das tarefas e usando a linguagem adequada nesta tipologia.
• Retomar o manual “Barquinho de Papel” com leitura silenciosa para interpretação oral
das seguintes questões:
ORALIDADE
• Do que trata o texto?
• Você já leu um texto semelhante? Qual?
• Qual é o objetivo do texto?
• Qual foi o material utilizado para a confecção do barquinho?
• Houve alguma intenção do autor ao utilizar o jornal para esse fim?
• Qual é a principal função do jornal?
• Como é organizado um jornal?
LEITURA
• Ao ler o texto Barquinho de papel o que indica que se trata de um gênero instrucional?
• Você acredita que a maneira que foram apresentadas as instruções nesse manual
foram intencionais? Por quê?
• Caso a ordem das instruções apresentadas fosse alterada, causaria algum prejuízo a
construção do barquinho? Explique.
• No manual as instruções organizam-se de forma injuntiva (obrigatório, imperativo)
induzindo o leitor às ações apresentadas. De que forma se percebe isso nesse texto?
• Qual o material utilizado para a confecção do barquinho apresentado no texto?
• Você concorda com o fato de que se fosse construído com papel colorido o barquinho
ficaria mais criativo? Qual o objetivo do autor então ao apresentar seu barquinho feito
com jornal?
• Você acredita que a reciclagem é uma prática importante? Explique e aborde os
benefícios que ela promove.
• Por que as pessoas menos favorecidas são as mais envolvidas no processo de
reciclagem?
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Apresentar o texto abaixo com o objetivo de fazer uma leitura contrastiva. Contar a história de
forma criativa, utilizando fantoches ou figuras representativas das partes do mesmo. Não é
necessário trabalhar especificamente esse gênero discursivo, o intuito é dar continuidade ao
trabalho com do gênero - manual a partir da comparação do presente texto com o anterior.
ATIVIDADES SUGERIDAS:
1. Após a leitura dos dois textos, fazer os seguintes questionamentos:
• Qual dos textos é um manual?
• Como você chegou a esta conclusão?
• O que diferencia um texto do outro?
• Em quais situações utilizamos um manual?
• Qual destes textos nos auxiliará na confecção de um barquinho?
2. Realizar uma pesquisa sobre a tipologia.
• Solicitar aos alunos que tragam diferentes tipos de manuais;
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• Leitura e análise dos textos (manuais) trazidos pelos alunos, observando o
seu conteúdo temático e sua forma de organização. Retomar, nesse
momento, as características do gênero discursivo.
• Montar painel com os diferentes manuais.
3. Fazer a análise dos aspectos lingüísticos e estruturais dos manuais.
ESCRITA
Como forma de auxiliar os alunos na construção do manual contar-lhes a história
desenhada do Beto:
4. Promova um debate com a turma a partir da história contextualizando-a e questionando
de que forma ela pode contribuir para a seqüência que deve ser estabelecida na
construção do manual que levará a construção do desenho do Beto:
• A história desenhada do Beto é um manual?
• Você chegaria à construção desse desenho sem as informações que forma
apresentadas na história?
• Quais as semelhanças e as diferenças que poderíamos encontramos entre essa
história e um manual que levasse construção passo a passo desse desenho.
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• Quais os cuidados que deveremos ter ao transformar a história do Beto em um
manual?
Orientações para a produção de texto
• Antes de elaborar as instruções, identifique cada um dos procedimentos associados ao
comportamento escolhido;
• Analise suas anotações e verifique se os procedimentos seguem uma seqüência
específica;
• Atenção ao uso dos verbos. Certifique-se de que os comandos são expressos por
formas do modo imperativo; (retomar oralmente o que é e qual a função do modo
imperativo na produção de um manual);
• Propor para a turma a produção de um manual que terá como objetivo ensinar os
colegas de outra turma a desenhar a cara de um cachorrinho. O texto deve ser feito de
forma que as instruções, organizadas numa seqüência lógica, levem ao resultado
pretendido, ou seja, a construção do desenho passo a passo. (produção individual ou
coletiva).
ANÁLISE LINGÜÍSTICA
Individual – Troque suas instruções com um colega. Peça que ele verifique se todos os
procedimentos necessários para definir as ações foram apresentados. Peça a ele para
verificar se foi estabelecida corretamente a seqüência dos procedimentos e ações. Utilize
os mesmos critérios para avaliar o texto de seu colega.
Coletiva – Expor o texto para leitura e análise do mesmo, considerando suas
características específicas, ou seja, além da análise da norma padrão (ortografia,
concordância verbal e nominal, pontuação, etc.), seguir as instruções do manual para obter
resultado satisfatório.
• Contexto de circulação: Após análise e correção, distribuir o texto para os colegas de
outras turmas.
• No momento de avaliar as instruções escritas pelos alunos, deve-se observar se
respeitaram às características estruturais e de linguagem definidoras dos textos
instrucionais.
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• Professor, não deixe de refletir com os alunos sobre a utilização do jornal como colchão
e cobertor, e também a sua venda como meio de subsistência pelos catadores de
papel.
• A utilização do jornal neste manual não deixa de ser uma forma de reciclagem, ou seja,
após a utilização como meio de comunicação o mesmo foi reutilizado, sendo feito o
reaproveitamento do papel.
TEXTOS COMPLEMENTARES
1. MANUAL DO PEGA-VARETAS
ORIENTAÇÕES:
• Levar o jogo para a sala de aula, para que todos os alunos o conheçam e tenham
curiosidade em saber como se joga (necessidade de ler o manual).
• Explorar a interpretação com discussão.
Você já leu o manual do jogo Pega-Varetas?
Para que serve um manual?
Para qualquer número de participantes.
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Finalidade:
Apanhar as varinhas uma a uma, sem mover as restantes.
Desenvolvimento:
Segure as varinhas verticalmente, soltando-as rapidamente sobre a mesa e, em
seguida, pegue uma a uma até terminar, observando que:
1. Somente poderá se mover a varinha que o jogador está tentando pegar, pois, se
alguma outra se mover, fará com que o jogador perca a vez.
2. Neste caso, os jogadores seguintes poderão continuar tirando as varinhas que ainda
estão sobre a mesa, até terminar, ou pegar sobre a mesa, até terminar, ou pegar todas
as varinhas e soltá-las novamente.
3. A varinha preta (General) é a mais importante e pode ser usada para apanhar as outras
varinhas.
4. Quem conseguir apanhar uma varinha nesta ordem – vermelha, amarela e azul – terá
direito de marcar o dobro dos pontos dessas varinhas.
5. Perderá a vez e não marcará os pontos aquele que:
a) Apanhar o General sem ter, pelo menos, uma vareta de cada cor;
b) Usar uma vareta qualquer, que não seja o General, para afastar ou retirar uma
vareta do jogo.
Duração da partida
Pode consistir de qualquer número de jogadas ou ser fixada
em 500, 1000, ou mais pontos.
Ponto
s
Nº de
Varinhas
Título Cor
50 1 General Preta
20 6 Coronel Azul
15 6 Major Verde
10 14 Capitão Vermelha
5 14 Tenente Amarela
INTERPRETAÇÃO ESCRITA
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1. Para que serve um manual?
2. Qual é a finalidade deste jogo?
3. Quando um jogador perde a vez durante o jogo?
4. Quando o jogador marcará o dobro de pontos das varinhas vermelhas, amarelas e azuis?
DISCUSSÃO E OPINIÃO CRÍTICA
1. Cite uma regra com a qual você não concorda e diga o por quê.
2. Invente uma nova regra para esse jogo.
3. Na sua opinião, por que esse jogo é para qualquer número de participantes?
4. Entre os jogos que você conhece, quais os que mais gosta? Escolha um e
descreva-o no seu caderno.
2- MANUAL PARA CONFECÇÃO DE PAPEL RECICLADO
A importância do papel reciclado
Produzir papel reciclado é uma forma moderna de diminuir os problemas ambientais
causados pelo processo industrial de fabricação, além de reduzir o desperdício na utilização
dos materiais. Essa é uma nova postura na sociedade, preocupada em reaproveitar materiais
já utilizados. Jogar os restos no lixo já não é mais solução, pois o preço para se desfazer do
lixo é alto e há também grande susto social na manutenção de lixões.
O papel reciclado é feito a partir de papel já utilizado. Poupando algumas árvores e
muita poluição, algumas empresas conseguem produzir hoje papel reciclado em grande
escala. Mas para isso é fundamental a coleta seletiva, pois para ser reutilizado o papel precisa
ser separado dos demais tipos de lixo. O papel reciclado também pode ser feito de forma
artesanal.
Atualmente, existem vários artesãos trabalhando com esta técnica em pequenas
oficinas caseiras. Eles produzem papéis muito diferentes, interessantes e personalizados.
Também fazem objetos decorativos e utilitários.
O papel artesanal pode ser feito reciclando papéis usados ou a partir de fibras naturais
trituradas e transformadas em pasta. As principais fibras utilizadas no Brasil são as de bagaço
de cana, de sisal, de bananeira, de bambu e de palha de cereais como trigo, aveia, arroz e
milho.
Para reciclar você pode utilizar papel de computador, de embrulho, saco de
supermercado, caixa de ovos (em especial as coloridas). Mas evite qualquer papel que tenha
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superfície brilhante. Retire todos os clipes, grampos, adesivos e resíduos de cola do papel a
ser usado.
Material necessário:
Papel e água, bacias, rasa e funda, balde, Jornal, pano, esponjas ou trapos, varal e molas,
prensa ou duas tábuas de madeira, peneira côncava (com "barriga"), moldura de madeira com
tela de nylon ou peneira quadrada, moldura de madeira (sem tela), liquidificador.
Como proceder:
A - Preparar a pasta de papel:
� Rasga o papel a ser reciclado em pedaços de aproximadamente 3x3cm e deixe-os
de molho durante um dia ou uma noite na bacia rasa com água, para amolecer.
� Coloca água e papel no liquidificador, na proporção de três partes de água para
uma de papel.
� Bate por dez segundos e desliga. Espera um minuto e bate novamente por mais dez
segundos.
� A pasta de papel está pronta.
B - Fazer o papel:
1. Despeja a pasta de papel numa bacia grande, maior que a moldura.
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2. Coloca a moldura sem tela sobre a moldura com tela. Mergulha a moldura verticalmente
e deita-a no fundo da bacia.
3. Suspende-as ainda na posição horizontal, devagar, de modo que a pasta de papel fique
depositada na tela. Espera que o excesso de água escorra para dentro da bacia e retira
cuidadosamente a moldura sem tela.
4. Vira a moldura com a pasta de papel para baixo, sobre um jornal ou pano.
5. Tira o excesso de água com uma esponja.
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6. Levanta a moldura, deixando a folha de papel artesanal ainda húmida sobre o jornal ou
sobre o pano.
C - Prensar as folhas
· Para que as folhas de papel artesanal sequem mais rápido e as fibras fiquem mais
entrelaças, coloca o jornal da seguinte forma:
· Sobrepõe três folhas do jornal com papel artesanal. Intercala com seis folhas de jornal ou
um pedaço de pano de feltro e coloca mais três folhas do jornal com papel. Continua até
formar um monte de 12 folhas de papel artesanal.
· Coloca o monte de folhas na prensa por 15 minutos. Se não tiveres prensa, põe o monte
de folhas no chão e pressiona com um pedaço de madeira.
· Pendura as folhas de jornal com o papel artesanal num varal até que sequem
completamente.
· Retira cada folha de papel do jornal e faz um monte com elas. Coloca este monte na
prensa durante 8 horas ou dentro de um livro pesado durante uma semana.
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Efeitos decorativos
⇒ Mistura à pasta de papel: linha, gaze, fio de lã, casca de cebola ou casca de alho,
pétalas de flores e outras fibras.
Tritura no liquidificador juntamente com o papel triturado: papel de presente, casca de
cebola ou de alho.
Coloca sobre a folha ainda molhada: fio, pedaços de cartolina, etc. Neste caso, a secagem
será natural - não é necessário pressionar com o pedaço de madeira.
⇒ Para ter papel colorido: Uma opção é adicionar guache ou anilina diretamente à pasta
de papel.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABAURRE, Maria Luiza M. e Maria Bernadete M. Abaurre. Produção de Texto:
Interlocução e Gêneros. São Paulo. Ed. Moderna.
BATISTA, Produção Textual: A voz e a vez do aluno na Sociedade
CASCAVEL (PR). Secretaria Municipal de Educação. Currículo para a Rede Pública Municipal de Cascavel: volume II: ENSINO FUNDAMENTAL - anos iniciais. Cascavel, PR :. 2008
SOARES Magda. Português: Uma Proposta para o Letramento: ensino funda-
mental. São Paulo: Moderna, 1999.
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Consumo Sustentável: Manual de Educação. Brasília:
Consumers International/MMA/IDEC, 2002.
CINCO ELEMENTOS, Instituto de Pesquisa e Educação Ambiental. Livro e Reciclagem. São
Paulo, 1997.
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www.bracelpa.org.br/images/saibamais/reclicado.jpg
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