1. 2011 Ministrio da Sade. Todos os direitos reservados.
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ser acessada, na ntegra, na Biblioteca Virtual em Sade do Ministrio
da Sade: http://www.saude.gov.br/bvs Srie G. Estatstica e Informao
em Sade Tiragem: 1 edio 2011 25.000 exemplares Elaborao, distribuio
e informaes: MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade
Departamento de Ateno Bsica Coordenao-Geral de Alimentao e Nutrio
SAF Sul, Quadra 2, Lotes 5/6, Edifcio Premium, Bloco II, Subsolo,
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Vasconcellos (CGAN/ DAB/ SAS/ MS) Equipe de elaborao: Antnio
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Lisboa Conde (Faculdade de Sade Pblica Universidade de So Paulo)
Mrcia Vtolo (Fundao Faculdade Federal de Cincias Mdicas de Porto
Alegre-RS) Normalizao: Amanda Soares Moreira - Editora MS Projeto
grfico, capa e diagramao: Hosana Seiffert Impresso no Brasil /
Printed in Brazil Ficha Catalogrfica Brasil. Ministrio da Sade.
Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Ateno Bsica. Orientaes
para a coleta e anlise de dados antropomtricos em servios de sade :
Norma Tcnica do Sistema de Vigilncia Alimentar e Nutricional -
SISVAN / Ministrio da Sade, Secretaria de Ateno Sade, Departamento
de Ateno Bsica. Braslia : Ministrio da Sade, 2011. 76 p. : il.
(Srie G. Estatstica e Informao em Sade) ISBN 978-85-334-1813-4 1.
Sistema de Informaes sobre Vigilncia alimentar e nutricional. 2.
Vigilncia nutricional. 3. Administrao de servios de sade. 4. Gesto
do SUS. I. Ttulo. II. Srie. CDU 614:572.087 Catalogao na fonte
Coordenao-Geral de Documentao e Informao Editora MS OS 2011/0032
Ttulos para indexao: Em ingls: Guidelines for collection and
analysis of anthropometric data in health services: technical
standard system of food and nutrition surveillance SISVAN Em
espanhol: Orientaciones para recoger y analizar datos
antropomtricos en servicios de salud: norma tcnica del sistema de
vigilancia alimentar y nutricional SISVAN
2. SUMRIO
Introduo....................................................................................................................................................................7
PARTE I DEFINIES E CONCEITOS PARA O DIAGNSTICO E O ACOMPANHAMENTO
DO ESTADO
NUTRICIONAL.............................................................................................................................................8
PARTE II - PARMETROS PRECONIZADOS PELA VIGILNCIA NUTRICIONAL PARA
CADA FASE DO CURSO DA
VIDA...............................................................................................................................................................13
CRIANAS (< 10 anos de
idade)......................................................................................................................................13
ADOLESCENTES ( 10 anos e < 20 anos de
idade).......................................................................................................19
ADULTOS ( 20 anos e < 60 anos de
idade)...................................................................................................................21
IDOSOS ( 60 anos)
.........................................................................................................................................................23
GESTANTES.......................................................................................................................................................................24
PARTE III - O MTODO
ANTROPOMTRICO...............................................................................................................30
EQUIPAMENTOS
ANTROPOMTRICOS.......................................................................................................................31
AFERIO DO PESO DE CRIANAS MENORES DE 2
ANOS......................................................................................32
AFERIO DO PESO DE CRIANAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E
ADULTOS...................................34 AFERIO DO COMPRIMENTO
DE CRIANAS MENORES DE 2
ANOS...................................................................36
AFERIO DA ALTURA DE CRIANAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E
ADULTOS..............................37 AFERIO DA CIRCUNFERNCIA DA
CINTURA DE
ADULTOS................................................................................38
Referncias....................................................................................................................................................................39
Anexo
A...........................................................................................................................................................................40
3. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade INTRODUO A Vigilncia Alimentar e Nutricional est
inserida no contexto da Vigilncia Epidemiolgica, considerada como o
sistema de coleta, anlise e disseminao de informaes relevantes para
a preveno e o controle de problemas em sade pblica. O . foco das
estratgias de Vigilncia Alimentar e Nutricional se configura no
Sistema de Vigilncia Alimentar e Nutrio - SISVAN, conduzido pelo
Ministrio da Sade. Este um sistema composto por uma srie de
indicadores de consumo, antropomtricos e bioqumicos, com o objetivo
de avaliar e monitorar o estado nutricional e alimentar da populao
brasileira. A Vigilncia Alimentar e Nutricional um valioso
instrumento de apoio s aes de promoo da sade que o Ministrio da
Sade recomenda que seja adotado pelos profissionais da rea e pelos
gestores do Sistema nico de Sade - SUS, visando o aumento da
qualidade da assistncia populao. Valorizar a avaliao do estado
nutricional atitude essencial ao aperfeioamento da assistncia e da
promoo sade. No tarefa fcil propor a uniformizao das prticas para
fins de vigilncia epidemiolgica em um pas com tantas diversidades e
contrastes, como o caso do Brasil. No entanto, para que se tenha a
informao padronizada e passvel de comparaes entre municpios,
Estados, Regies e outros estratos pertinentes, imprescindvel a
construo de um sistema para todas as Unidades da Federao. Espera-se
que o SISVAN, uma vez adotado em todos os municpios brasileiros,
possa contribuir para a melhoria do perfil de sade e nutrio do pas.
O objetivo do presente material divulgar as informaes bsicas sobre
antropometria, visando a coleta de informaes necessrias para a
realizao da Vigilncia Nutricional entre indivduos de diferentes
fases do curso da vida. 7
4. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica PARTE I DEFINIES E CONCEITOS PARA O DIAGNSTICO E O
ACOMPANHAMENTO DO ESTADO NUTRICIONAL O que estado nutricional? o
resultado do equilbrio entre o consumo de nutrientes e o gasto
energtico do organismo para suprir as necessidades nutricionais
(BRASIL, 2007). O estado nutricional pode ter trs tipos de
manifestao orgnica: - Adequao Nutricional (Eutrofia): manifestao
produzida pelo equilbrio entre o consumo e as necessidades
nutricionais. - Carncia Nutricional: situao em que deficincias
gerais ou especficas de energia e nutrientes resultam na instalao
de processos orgnicos adversos sade. - Distrbio Nutricional:
problemas relacionados ao consumo inadequado de alimentos, tanto
por escassez quanto por excesso, como a desnutrio e a obesidade.
Qual o mtodo de escolha a ser usado na avaliao do estado
nutricional em servios de sade? O uso de indicadores antropomtricos
na avaliao do estado nutricional de indivduo ou coletividades ,
entre vrias opes, a mais adequada e vivel para ser adotada em
servios de sade, considerando as suas vantagens como: baixo custo,
a simplicidade de realizao, sua facilidade de aplicao e padronizao,
amplitude dos aspectos analisados, alm de no ser invasiva. A
avaliao antropomtrica um mtodo de investigao em nutrio baseado na
medio das variaes fsicas de alguns segmentos ou da composio
corporal global. aplicvel em todas as fases do curso da vida e
permite a classificao de indivduos e grupos segundo o seu estado
nutricional. Outra vantagem da utilizao de indicadores
antropomtricos a grande quantidade de ferramentas e recursos
metodolgicos e tcnicos j disponveis para a anlise da situao
nutricional de indivduos ou populaes e, principalmente, para
comunicao e comparao dos resultados. Assim, o mtodo antropomtrico
estimula o agrupamento dos diagnsticos individuais e permite traar
o perfil nutricional dos grupos de situao nutricional mais
vulnervel em faixas etrias, regies ou em nvel nacional. Por serem
de uso corrente em todo o mundo, os indicadores antropomtricos
permitem que se faam comparaes internacionais da situao nutricional
de grupos vulnerveis e o amplo estudo de seus determinantes em
plano regional, nacional ou internacional. Quais so as fases do
curso da vida e suas faixas etrias contempladas pela Vigilncia
Nutricional? - Criana: menor de 10 anos de idade - Adolescente:
maior ou igual a 10 anos e menor que 20 anos de idade - Adulto:
maior ou igual a 20 anos e menor que 60 anos de idade - Idoso:
maior ou igual a 60 anos de idade - Gestante: qualquer mulher
grvida Quais so os dados fundamentais a serem coletados para fins
de vigilncia nutricional que possibilitam a avaliao do estado
nutricional? T . ais dados dependem da fase do curso da vida em que
se encontra o indivduo a ser avaliado. O quadro a seguir indica os
dados antropomtricos ou demogrficos a serem coletados em cada
situao: 8
5. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade Quadro 1 - Dados antropomtricos e demogrficos a
serem coletados para fins de vigilncia nutricional Dados a coletar:
Criana Adolescente Adulto Idoso Sexo X X X X Data de nascimento X X
X X Gestante Demogrficos X X Data da ltima menstruao Antropomtricos
Peso X X X X X Estatura X X X X X Circunferncia da cintura X Com
estes dados, podem-se calcular os ndices antropomtricos ou
nutricionais mais utilizados, lembrando que cada uma das fases do
curso da vida possui referncias e pontos de corte especficos. O que
so ndices e indicadores? O ndice a combinao entre duas medidas
antropomtricas (por exemplo, peso e estatura) ou entre uma medida
antropomtrica e uma medida demogrfica (por exemplo,
peso-para-idade, estatura-para-idade). A importncia do ndice a
possibilidade de produzir uma avaliao mais rica e complexa do
estado nutricional de crianas ou adultos a partir da integrao de
dados antropomtricos e demogrficos. Os ndices antropomtricos podem
ser expressos em percentis ou em escores-z, como apresentado a
seguir, ou at como percentuais da mediana. O termo indicador
refere-se aplicao dos ndices. Corresponde classificao que atribuda
a um indivduo ou a uma populao, saudvel ou no, como resultado da
aplicao de um valor crtico (ponto de corte) a um ndice. O que so
pontos de corte? Para ser feito um diagnstico antropomtrico,
necessria a comparao dos valores encontrados na avaliao com valores
de referncia que caracterizam a distribuio do ndice em uma populao
saudvel, isto , como o ndice se distribuiria se no houvesse nenhuma
interferncia ambiental ou social que pudesse prejudicar o
crescimento e desenvolvimento da criana ou a sade das pessoas em
outras fases da vida. Os pontos de corte, tambm chamados de valores
crticos, correspondem aos limites que separam os indivduos que esto
saudveis daqueles que no esto. Por exemplo, o percentil 3 da
distribuio do peso-para-idade o ponto de corte que o Ministrio da
Sade adota para indicar baixo peso para idade entre crianas. O que
so populaes de referncia e padres de crescimento? Uma populao de
referncia aquela cujas medidas antropomtricas foram aferidas em
indivduos sadios, vivendo em condies socioeconmicas, culturais e
ambientais satisfatrias, tornando-se uma referncia para comparaes
com outros grupos. Com a distribuio grfica das medidas de peso e
estatura de indivduos sadios, so construdas curvas de crescimento
de referncia. O Ministrio da Sade adota as recomendaes da Organizao
Mundial da Sade (OMS) quanto ao uso de curvas de referncia para
avaliao do estado nutricional. Assim, para crianas menores de cinco
anos, recomendase utilizar a referncia da OMS lanada em 2006 (WHO,
2006), que j consta na Caderneta de Sade da Criana. Para as crianas
com cinco anos ou mais e adolescentes, recomenda-se o uso da
referncia internacional da OMS lanada em 2007 (WHO, 2007). 9
6. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica As curvas publicadas pela OMS em 2006 para crianas
menores de cinco anos so uma inovao no uso de curvas de referncia
para avaliao do estado nutricional. Tais curvas descrevem o
crescimento de crianas que vivem em ambientes socioeconmicos
adequados e que foram submetidas a cuidados de sade e alimentao
compatveis com um crescimento e um desenvolvimento saudveis. Dessa
forma, as curvas da OMS (2006) pretendem descrever como deve
crescer uma criana saudvel. A construo das curvas para menores de 5
anos incorporou uma srie de mtodos estatsticos mais sofisticados,
os quais permitiram lidar melhor com a variabilidade do crescimento
infantil. Por isso, estas curvas so mais que uma referncia;
trata-se de um padro de crescimento. Um padro um modelo a que todos
devem se igualar. Por outro lado, uma referncia serve para que se
faam comparaes de dados entre populaes. Logo, pode-se afirmar que
todo padro uma referncia, mas nem toda referncia um padro. Como so
definidos percentil e escore-z? A avaliao nutricional de um
indivduo ou de um grupo populacional realizada por meio de critrios
estatsticos que expressam a classificao dos ndices antropomtricos.
Percentil um termo estatstico e refere-se posio ocupada por
determinada observao no interior de uma distribuio. Para obt-lo, os
valores da distribuio devem ser ordenados do menor para o maior; em
seguida, a distribuio dividida em 100 partes de modo que cada
observao corresponda um percentil daquela distribuio. Como exemplo,
aos 4 anos de idade, a mediana de estatura na populao de referncia,
isto , o percentil 50 (equivalente ao escore-z 0), de 103,3 cm para
meninos e 102,7 cm para meninas. Uma criana nessa idade com 100,5
cm estar no percentil 25 (equivalente ao escore-z de -0,67), se for
do sexo masculino ou no percentil 30 (equivalente ao escore-z
-0,52) se for do sexo feminino para o ndice de estatura por idade.
Escore-z outro termo estatstico e quantifica a distncia do valor
observado em relao mediana dessa medida ou ao valor que considerado
normal na populao. Corresponde diferena padronizada entre o valor
aferido e a mediana dessa medida da populao de referncia e
calculado pela seguinte frmula: Escore-z = (valor observado) (valor
da mediana de referncia) Desvio-padro da populao de referncia Como
exemplo, aos 3 anos de idade, a mediana de peso na populao de
referncia, isto , escore-z 0 (equivalente ao percentil 50), de
14,3kg para meninos e 13,9kg para meninas. O clculo do escore-z
para uma criana nessa idade com peso de 15,1 kg indicar o valor de
0,43 escore-z (equivalente ao percentil 66) se for do sexo
masculino ou 0,66 escore-z (equivalente ao percentil 75) se for do
sexo feminino para o ndice de peso por idade. Qual a relao
existente entre percentil e escore-z em uma curva normal? Para
avaliao do estado nutricional, assume-se que as medidas
antropomtricas dos indivduos seguem uma distribuio normal, ou seja,
conforme a curva a seguir. Esta mostra a distribuio hipottica de
uma populao com crescimento saudvel, a qual est dividida em vrios
intervalos (estratos). Calcula-se a proporo (prevalncia) de
indivduos esperada em cada estrato, sempre considerando uma populao
saudvel. Neste caso, a prevalncia esperada de crianas com muito
baixo peso, isto , abaixo do percentil 0,1 ou do escore-z -3, de
apenas 0,13%. Se considerarmos o conjunto de crianas com baixo peso
ou muito baixo peso, a prevalncia esperada, isto , abaixo do
percentil 3 ou do escore-z -2 em uma populao saudvel, seria de
apenas 2,3% das crianas nessa situao. 10
7. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade Grfico 1 - Medidas antropomtricas segundo
distribuio normal Assim, cada valor de escore-z apresenta um valor
de percentil correspondente e por isso pode-se converter um valor
de escore-z em percentil ou um valor de percentil em escore-z,
utilizando-se as frmulas apropriadas. Assumem-se as equivalncias
entre percentis e escores-z conforme apresentado no quadro a
seguir. At o momento, o Ministrio da Sade adotava o uso do sistema
percentil. Contudo, na prxima verso da Caderneta da Sade da Criana,
ser incorporada a classificao do escore-z nos grficos de avaliao do
crescimento infantil. Todas as alteraes nos instrumentos de
vigilncia nutricional sero devidamente acompanhadas de orientaes
especficas para cada caso. Quadro 2 - Equivalncias entre percentis
e escores-z Escore-z Percentil Interpretao -3 0,1 Espera-se que em
uma populao saudvel sejam encontradas 0,1% das crianas abaixo desse
valor. -2 2,3 Espera-se que em uma populao saudvel sejam
encontradas 2,3% das crianas abaixo desse valor. Convenciona-se que
o equivalente ao escore-z -2 o percentil 3. -1 0,1 Espera-se que em
uma populao saudvel sejam encontradas 15,9% das crianas abaixo
desse valor. 50,0 o valor que corresponde mdia da populao, isto ,
em uma populao saudvel, espera-se encontrar 50% da populao acima e
50% da populao abaixo desse valor. 84,1 Espera-se que em uma
populao saudvel sejam encontradas 84,1% das crianas abaixo desse
valor, ou seja, apenas 15,9% estariam acima desse valor.
Convenciona-se que o equivalente ao escore-z +1 o percentil 85.
97,7 Espera-se que em uma populao saudvel sejam encontradas 97,7%
das crianas abaixo desse valor, ou seja, apenas 2,3% estariam acima
desse valor. Convenciona-se que o equivalente ao escore-z +2 o
percentil 97. 99,9 Espera-se que em uma populao saudvel sejam
encontradas 99,9% das crianas abaixo desse valor, ou seja, apenas
0,1% estariam acima desse valor. 0 +1 +2 +3 11
8. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica Quais so os ndices antropomtricos e demais parmetros
adotados pela Vigilncia Nutricional, segundo as recomendaes da
Organizao Mundial da Sade e do Ministrio da Sade? Quadro 3 - ndices
antropomtricos e demais parmetros adotados para a vigilncia
nutricional, segundo recomendaes da Organizao Mundial de Sade e do
Ministrio da Sade FASES DO CURSO DA VIDA NDICES E PARMETROS Crianas
Peso por idade a, b Estatura por idade a, b Peso por estatura a IMC
por idade a, b Adolescentes IMC por idade b Estatura por idade b
Adultos IMC c Circunferncia da Cintura d Idosos IMC e Gestantes IMC
por semana gestacional f Ganho de peso gestacional c, g Fontes: a
(WHO, 2006) b (WHO, 2007) c (WHO, 1995) d (THE NUTRITION SCREENING
INITIATIVE, 1994) f (ATALAH SAMUR, E., 1997) g 12 (WHO, 2000) e
(INSTITUTE OF MEDICINE, 1990)
9. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade PARTE II PARMETROS PRECONIZADOS PELA VIGILNCIA
NUTRICIONAL PARA CADA FASE DO CURSO DA VIDA CRIANAS (< 10 anos
de idade) O acompanhamento sistemtico do crescimento e do
desenvolvimento infantil de grande importncia, pois corresponde ao
monitoramento das condies de sade e nutrio da criana assistida. Os
ndices antropomtricos so utilizados como o principal critrio desse
acompanhamento. Essa indicao baseia-se no conhecimento de que o
desequilbrio entre as necessidades fisiolgicas e a ingesto de
alimentos causa alteraes fsicas nos indivduos, desde quadros de
desnutrio at o sobrepeso e a obesidade. O acompanhamento da sade
infantil proposto pelo Ministrio da Sade segundo um calendrio mnimo
de consultas para avaliar e acompanhar, de maneira sistemtica, o
crescimento e o desenvolvimento da criana. Fica estabelecido quando
e quantas vezes a criana deve ir ao servio de sade nos seus
primeiros dez anos de vida. Quadro 4 - Calendrio mnimo de consultas
para assistncia criana N DE Dias CONSULTAS 15 1 ano X IDADE Meses
Anos 1 2 4 6 9 12 X X X X X X 2 ano 3 ano 4 ano 5 ano 6 ano 7 ano 8
ano 9 ano 10 ano 18 24 X 3 4 5 6 7 8 9 10 X X X X X X X X X Fonte:
Adaptado de: (BRASIL, 2002) A Caderneta de Sade da Criana o
instrumento usado para orientar o monitoramento nutricional de
crianas menores de 10 anos. A Caderneta lanada em 2009 est
disponvel em uma verso com sees de cores diferenciadas: verde para
meninos e laranja para meninas, que, alm da cor, diferem na curva
de crescimento em virtude do desenvolvimento fsico ser diferente
para cada sexo. Toda criana menor de dez anos tem o direito de
possuir um exemplar da Caderneta, que tem distribuio nacional,
sendo entregue s mes na maternidade ou, se isto no ocorrer, quando
estas forem a algum Estabelecimento Assistencial de Sade - EAS.
Cada criana deve possuir apenas uma Caderneta, onde so anotadas e
atualizadas as informaes mais importantes sobre sua histria de
sade, como intercorrncias, monitoramento do crescimento, mediante
os grficos de peso por idade e estatura por idade, e o controle das
imunizaes e suplementao medicamentosa de ferro, desde o nascimento.
13
10. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica A me ou responsvel deve ser muito bem orientada para
compreender as informaes contidas na Caderneta de Sade da Criana,
guard-la em boas condies e apresent-la em todos os contatos com
profissionais e/ou servios de sade, pois se trata de instrumento de
carter motivacional e educativo para a melhoria da sade infantil,
dentro da abordagem dos cuidados primrios de sade. Os grficos de
crescimento da Caderneta de Sade da Criana de 2009 seguem a
seguinte padronizao: Variveis: peso, estatura e idade ndices:
Peso/Idade (P/I), Estatura/Idade (E/I) e ndice de Massa
Corporal/Idade (IMC/I). Referncias: Organizao Mundial da Sade (WHO,
2006) para as crianas menores de 5 anos e (WHO 2007) para aquelas
entre 5 e 10 anos. Classificao: escores-z Pontos de corte: vide
quadros 10 e 11. Nota: Para crianas que tm a caderneta antiga, a
classificao do estado nutricional em percentil e nos seguintes
pontos de corte: p3; p10 e p97. Referncias: Organizao Mundial da
Sade (WHO, 2006) para as crianas menores de 5 anos e National
Center for Health Statistics NCHS (HAMILL et al., 1977) para
aquelas entre 5 e 10 anos. ndices antropomtricos: Os ndices
antropomtricos mais amplamente usados, recomendados pela OMS e
adotados pelo Ministrio da Sade para a avaliao do estado
nutricional de crianas, so: Peso-para-idade (P/I): Expressa a relao
entre a massa corporal e a idade cronolgica da criana. o ndice
utilizado para a avaliao do estado nutricional, contemplado na
Caderneta de Sade da Criana, principalmente para avaliao do baixo
peso. Essa avaliao muito adequada para o acompanhamento do ganho de
peso e reflete a situao global da criana; porm, no diferencia o
comprometimento nutricional atual ou agudo dos pregressos ou
crnicos. Por isso, importante complementar a avaliao com outro
ndice antropomtrico. Peso-para-estatura (P/E): Este ndice dispensa
a informao da idade; expressa a harmonia entre as dimenses de massa
corporal e estatura. utilizado tanto para identificar o
emagrecimento da criana, como o excesso de peso. ndice de Massa
Corporal (IMC)-para-idade: expressa a relao entre o peso da criana
e o quadrado da estatura. utilizado para identificar o excesso de
peso entre crianas e tem a vantagem de ser um ndice que ser
utilizado em outras fases do curso da vida. Para o clculo do IMC,
utilizada a seguinte frmula: ndice de Massa Corporal (IMC) = Peso
(kg) Estatura (m) O SISVAN recomenda a classificao do ndice de
Massa Corporal - IMC proposta pela Organizao Mundial da Sade, tanto
para menores de 5 anos (WHO, 2006), como para crianas a partir dos
5 anos (WHO ,2007). As curvas de avaliao do crescimento para
crianas dos 5 aos 19 anos foram lanadas recentemente pela OMS.
Trata-se de uma reanlise dos dados do NCHS de 1977 (Hamill et al.
1977), alm de um alisamento das curvas no perodo de transio entre
os menores de 5 anos de idade, avaliados segundo o estudo-base dos
dados lanados em 2006, e os indivduos a partir dos 5 anos. No
Anexo, constam os valores de IMC e dos outros ndices antropomtricos
para a avaliao do estado nutricional de crianas em cada faixa de
idade e sexo, tanto em percentis como em escores-z.
Estatura-para-idade (E/I): Expressa o crescimento linear da criana.
o ndice que melhor indica o efeito cumulativo de situaes adversas
sobre o crescimento da criana. considerado o indicador mais sensvel
para aferir a qualidade de vida de uma populao. Trata-se de um
ndice includo recentemente na Caderneta de Sade da Criana. 14
11. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade Pontos de Corte: Os pontos de corte da Vigilncia
Nutricional no Brasil, determinados pelo Ministrio da Sade, so
baseados em recomendaes adotadas internacionalmente. A seguir, so
apresentados os pontos de corte para a avaliao do estado
antropomtrico de crianas segundo cada ndice. Quadro 5 - Pontos de
corte de peso-para-idade para crianas (0 a 10 anos) VALORES CRTICOS
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Percentil 0,1 e < Percentil
3 Escore-z -3 e < Escore-z -2 DIAGNSTICO NUTRICIONAL Muito baixo
peso para a idade Baixo peso para a idade Percentil 3 e Percentil
97 Escore-z -2 e Escore-z +2 Peso adequado para a idade >
Percentil 97 > Escore-z +2 Peso elevado para a idade* Fontes:
(WHO, 1995) (BRASIL, 2002) * Nota: Este no o ndice antropomtrico
mais recomendado para a avaliao do excesso de peso entre crianas.
Esta situao deve ser avaliada pela interpretao dos ndices de
peso-para-estatura ou IMC-para-idade. Quadro 6 - Pontos de corte de
peso-para-estatura para crianas (0 a 5 anos*) VALORES CRTICOS
DIAGNSTICO NUTRICIONAL < Percentil 0,1 < Escore-z -3
Percentil 0,1 e < Percentil 3 Escore-z -3 e < Escore-z -2
Magreza Escore-z -2 e Escore-z +1 Eutrofia Percentil 3 e Percentil
85 Magreza acentuada > Percentil 85 e Percentil 97 > Escore-z
+1 e Escore-z +2 Risco de sobrepeso > Percentil 97 e Percentil
99,9 > Escore-z +2 e Escore-z +3 Sobrepeso > Escore-z +3
Obesidade > Percentil 99,9 Fontes: (WHO, 1995) (BRASIL, 2002)
(BRASIL, 2005) * Nota: A Organizao Mundial da Sade apresenta
referncias de peso-para-estatura apenas para menores de 5 anos pelo
padro de crescimento de 2006. A partir dessa idade, deve ser
utilizado o ndice de Massa Corporal para idade para avaliar a
proporo entre o peso e a estatura da criana. 15
12. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica Quadro 7 - Pontos de corte de IMC-para-idade para
crianas menores de 5 anos VALORES CRTICOS DIAGNSTICO NUTRICIONAL
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada Percentil 0,1
e < Percentil 3 Escore-z -3 e Escore-z -2 Magreza Escore-z -2 e
Escore-z +1 Eutrofia > Percentil 3 e Percentil 85 > Percentil
85 e Percentil 97 > Escore-z +1 e Escore-z +2 Risco de sobrepeso
> Percentil 97 e Percentil 99,9 > Escore-z +2 e Escore-z +3
Sobrepeso > Escore-z +3 Obesidade > Percentil 99,9 Quadro 8 -
Pontos de corte de IMC-para-idade para crianas dos 5 aos 10 anos
VALORES CRTICOS < Percentil 0,1 < Escore-z -3 Percentil 0,1 e
< Percentil 3 Escore-z -3 e < Escore-z -2 Percentil 3 e
Percentil 85 DIAGNSTICO NUTRICIONAL Magreza acentuada Magreza >
Escore-z -2 e Escore-z +1 Eutrofia > Percentil 85 e Percentil 97
> Escore-z +1 e Escore-z +2 Sobrepeso > Percentil 97 e
Percentil 99,9 > Escore-z +2 e Escore-z +3 Obesidade >
Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade grave Fontes: (WHO, 2006)
(WHO, 2007) Quadro 9 - Pontos de corte de estatura-para-idade para
crianas (0 a 10 anos) VALORES CRTICOS DIAGNSTICO NUTRICIONAL <
Percentil 0,1 < Escore-z -3 Percentil 0,1 e < Percentil 3
Escore-z -3 e < Escore-z -2 Baixa estatura para a idade
Percentil 3 Escore-z -2 Estatura adequada para a idade Fontes:
(WHO, 1995) (BRASIL, 2002) 16 Muito baixa estatura para a
idade
13. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade Faixas de vigilncia nutricional: Destaca-se que uma
criana classificada entre os percentis 3 e 15 requer uma ateno
especial do profissional de sade e dos cuidadores da criana.
Deve-se estar atento para a evoluo do crescimento da criana. Se a
linha de crescimento registrada na Caderneta de Sade da Criana
estiver descendo ao longo dos atendimentos, trata-se de um sinal de
alerta, j que a criana est se aproximando de uma situao de baixo
peso por idade ou de baixa estatura por idade. Logo, o intervalo
entre os percentis 3 e 15 (isto , entre os escores-z -1 e -2)
considerado como uma faixa importante para a vigilncia para o baixo
peso. Contudo, no adotada mais a classificao de risco nutricional,
como realizado anteriormente. Quadro resumo: O . quadro a seguir
apresenta um resumo das classificaes do estado nutricional de
crianas recomendadas pelo SISVAN para cada ndice antropomtrico.
Quadro 10 - Classificao do estado nutricional de crianas menores de
cinco anos para cada ndice antropomtrico, segundo recomendaes do
SISVAN NDICES ANTROPOMTRICOS PARA MENORES DE 5 ANOS VALORES CRTICOS
Pesopara-idade Pesopara-estatura IMCpara-idade Estaturapara-idade
< Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixo peso para a idade
Magreza acentuada Magreza acentuada Muito baixa estatura para a
idade Percentil 0,1 e < Percentil 3 Escore-z -3 e < Escore-z
-2 Baixo peso para a idade Magreza Magreza Baixa estatura para a
idade Percentil 3 e < Percentil 15 Escore-z -2 e < Escore-z
-1 Eutrofia Eutrofia Percentil 15 e Percentil 85 Escore-z -1 e
Escore-z +1 Risco de sobrepeso Risco de sobrepeso Sobrepeso
Sobrepeso Obesidade Obesidade > Percentil 85 e Percentil 97 >
Escore-z +1 e Escore-z +2 > Percentil 97 e > Escore-z +2 e
Percentil 99,9 Escore-z +3 > Percentil 99,9 Peso adequado para a
idade > Escore-z +3 Peso elevado para a idade 1 Estatura
adequada para a idade 2 Fonte: Adaptado de: (OMS, 2006) 1 Uma
criana com a classificao de peso elevado para a idade pode ter
problemas de crescimento, mas o melhor ndice para essa avaliao o
IMC-para-idade (ou o peso-para-estatura). 2 Uma criana classificada
com estatura para idade acima do percentil 99,9 (Escore-z +3) muito
alta, mas raramente corresponde a um problema. Contudo, alguns
casos correspondem a desordens endcrinas e tumores. Em caso de
suspeitas dessas situaes, a criana deve ser referenciada para um
atendimento especializado. 17
14. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica Quadro 11 - Classificao do estado nutricional de
crianas de 5 a 10 anos para cada ndice antropomtrico, segundo
recomendaes do SISVAN VALORES CRTICOS NDICES ANTROPOMTRICOS PARA
CRIANAS DE 5 A 10 ANOS Pesopara-idade IMCpara-idade
Estaturapara-idade < Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixo
peso para a idade Magreza acentuada Muito baixa estatura para a
idade Percentil 0,1 e < Percentil 3 Escore-z -3 e < Escore-z
-2 Baixo peso para a idade Magreza Baixa estatura para a idade
Percentil 3 e < Percentil 15 Escore-z -2 e < Escore-z -1 >
Percentil 15 e < Percentil 85 Escore-z -1 e Escore-z +1
Percentil 85 e Percentil 97 > Escore-z +1 e Escore-z +2 >
Percentil 97 e Percentil 99,9 > Escore-z +2 e Escore-z +3 >
Percentil 99,9 > Escore-z +3 Peso adequado para a idade Eutrofia
Sobrepeso Peso elevado para a idade 1 Estatura adequada para a
idade 2 Obesidade Obesidade grave Fonte: Adaptado de: (OMS, 2006)
1. Uma criana com a classificao de peso elevado para a idade pode
ter problemas de crescimento, mas o melhor ndice para essa avaliao
o IMC-para-idade. 2. Uma criana classificada com estatura para
idade acima do percentil 99,9 (Escore-z +3) muito alta, mas
raramente corresponde a um problema. Contudo, alguns casos
correspondem a desordens endcrinas e tumores. Em caso de suspeitas
dessas situaes, a criana deve ser referenciada para um atendimento
especializado. Padronizao para a idade: Para a avaliao dos ndices
antropomtricos da criana (peso por idade, estatura por idade ou
ndice de massa corporal), necessrio saber com preciso sua idade em
dias ou meses de vida. As informaes disponveis nas curvas de
crescimento so em meses. A regra de aproximao que deve ser seguida
para as idades no exatas : - Frao de idade at 15 dias: aproxima-se
a idade para baixo, isto , o ltimo ms completado. - Frao de idade
igual ou superior a 16 dias: aproxima-se a idade para cima, isto ,
para o prximo ms a ser completado. EXEMPLO: Eduardo nasceu em
09/07/2004 e Isabela em 06/11/2007. Eles foram a um EAS para uma
consulta de rotina no dia 22/01/2008. Quais as idades que devem ser
procuradas nos grficos de crescimento infantil da Caderneta de Sade
da Criana para fazer o diagnstico nutricional? - Eduardo: 3 anos, 6
meses e 13 dias = 3 anos e 6 meses - Isabela: 2 meses e 16 dias = 3
meses 18 EM RESUMO, OS PASSOS PARA A ANTROPOMETRIA E O DIAGNSTICO
NUTRICIONAL DA CRIANA SO: 1 PASSO: Calcular a idade em anos
completos e meses, fazendo as aproximaes necessrias. 2 PASSO: Pesar
e medir a criana, utilizando as tcnicas e os instrumentos
adequados. 3 PASSO: Anotar os dados no formulrio da Vigilncia
Alimentar e Nutricional - SISVAN. 4 PASSO: Marcar nos grficos de
crescimento da Caderneta de Sade da Criana o ponto de interseo
entre o peso e a idade, entre a estatura e a idade, e entre o ndice
de Massa Corporal e a idade da criana.
15. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade 5 PASSO: Calcular o IMC da criana. 6 PASSO: Fazer o
diagnstico nutricional da criana, interpretando cada ndice
avaliado. 7 PASSO: Verificar a inclinao das curvas de crescimento
para complementar o diagnstico nutricional. 8 PASSO: Compartilhar
com a me/responsvel o diagnstico nutricional da criana. 9 PASSO:
Fazer a interveno adequada para cada situao. 10 PASSO: Realizar aes
de promoo da sade. Valorizar o diagnstico nutricional ter atitude
de vigilncia! Ressalta-se que: - As aes bsicas de sade da criana,
sobretudo o monitoramento do crescimento e do desenvolvimento,
devem ser desenvolvidas em conjunto com a vigilncia nutricional.
Para a Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN, essa conjugao
fundamental para a atitude de vigilncia. Com isso, ser possvel
melhorar a eficincia das aes de promoo da sade e de preveno dos
problemas nutricionais. - A avaliao do peso ao nascer o primeiro
diagnstico nutricional, feito imediatamente aps o nascimento. Este
peso reflete os problemas nutricionais ocorridos durante a gestao.
A classificao usada : Quadro 12 - Classificao do estado nutricional
de crianas imediatamente aps o nascimento PESO DA CRIANA 2.500 g
CLASSIFICAO Peso adequado < 2.500 g Baixo peso ao nascer (BPN)
< 1.500 g Muito baixo peso ao nascer Fonte: (OMS, 1993)
ADOLESCENTES ( 10 anos e < 20 anos de idade) O IMC para a idade
recomendado internacionalmente para diagnstico individual e
coletivo dos distrbios nutricionais na adolescncia. Este indicador
incorpora a informao da idade do indivduo, foi validado como
indicador de gordura corporal total nos percentis superiores e
proporciona uma continuidade com o indicador utilizado entre
adultos. Alm do IMC, tambm se recomenda a utilizao do ndice de
estatura por idade para a avaliao do crescimento linear. Para a
avaliao nutricional de adolescentes, o SISVAN recomenda a adoo da
referncia proposta recentemente pela Organizao Mundial de Sade
(WHO, 2007). Esta passou a ser recomendada para a classificao dos
ndices antropomtricos na adolescncia: IMC por idade e altura por
idade. No Anexo, constam os valores de cada ndice para a avaliao do
estado nutricional de adolescentes em cada faixa de idade e sexo,
tanto em percentis como em escores-z. Para o clculo do IMC,
adota-se a seguinte frmula: ndice de Massa Corporal (IMC) = Peso
(kg) Altura (m) 19
16. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica Quadro 13 - Pontos de corte de IMC-para-idade
estabelecidos para adolescentes VALORES CRTICOS < Percentil 0,1
Percentil 0,1 e < Percentil 3 > Percentil 3 e < Percentil
85 > Percentil 85 e Percentil 97 > Percentil 97 e Percentil
99,9 > Percentil 99,9 < Escore-z -3 DIAGNSTICO NUTRICIONAL
Magreza acentuada Escore-z -3 e < Escore-z -2 Magreza Escore-z
-2 e Escore-z +1 Eutrofia Escore-z +1 e < Escore-z +2 Sobrepeso
Escore-z +2 e Escore-z +3 Obesidade > Escore-z +3 Obesidade
grave Fontes: (WHO, 2007) * Nota: A referncia de IMC para idade da
Organizao Mundial da Sade de 2007 apresenta valores at 19 anos
completos, j que a partir desta idade a instituio considera os
indivduos como adultos. Como o Ministrio da Sade considera que a
fase adulta se inicia apenas com 20 anos completos, sugere-se a
adoo dos mesmos valores de 19 anos completos para a avaliao de
indivduos com 19 anos e 1 ms at 19 anos e 11 meses. Quadro 14 -
Pontos de corte de estatura-para-idade estabelecidos para
adolescentes VALORES CRTICOS < Percentil 0,1 Percentil 0,1 e
< Percentil 3 Percentil 3 < Escore-z -3 Escore-z -3 e <
Escore-z -2 Escore-z -2 DIAGNSTICO NUTRICIONAL Muito baixa estatura
para a idade Baixa estatura para a idade Estatura adequada para a
idade Fonte: (WHO, 2007) Quadro resumo: O quadro a seguir apresenta
um resumo das classificaes do estado nutricional de adolescentes
recomendadas pelo SISVAN para cada ndice antropomtrico. 20
17. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade Quadro 15 - Classificao do estado nutricional de
adolescentes para cada ndice antropomtrico, segundo recomendaes do
SISVAN NDICES ANTROPOMTRICOS VALORES CRTICOS < Percentil 0,1
IMC-para-idade < Escore-z -3 Percentil 0,1 e < Percentil 3
Escore-z -3 e < Escore-z -2 Percentil 3 e < Percentil 15
Escore-z -1 e Magreza acentuada 1 Muito baixa estatura para a idade
Magreza Baixa estatura para a idade Escore-z -2 e < Escore-z -1
Percentil 15 e Estaturapara-idade > Percentil 85 e >
Percentil 97 e 99,9 Percentil 85 Percentil 97 > Escore-z +1 e
Percentil > Percentil 99,9 Escore-z +1 Escore-z +2 Eutrofia
Sobrepeso > Escore-z +2 e Escore-z +3 Obesidade > Escore-z +3
Estatura adequada para a idade 2 Obesidade grave Fonte: Adaptado
de: (OMS, 2006) 1 Um adolescente classificado com IMC-para-idade
abaixo do percentil 0,1 (Escore-z -3) muito magro. Em populaes
saudveis, encontra-se 1 adolescente nessa situao para cada 1000.
Contudo, alguns casos correspondem a transtornos alimentares. Em
caso de suspeita dessas situaes, o adolescente deve ser
referenciado para um atendimento especializado. 2 Um adolescente
classificado com estatura-para-idade acima do percentil 99,9
(Escore-z +3) muito alto, mas raramente corresponde a um problema.
Contudo, alguns casos correspondem a desordens endcrinas e tumores.
Em caso de suspeitas dessas situaes, o adolescente deve ser
referenciado para um atendimento especializado. EM RESUMO, OS
PASSOS PARA A ANTROPOMETRIA E O DIAGNSTICO NUTRICIONAL DO
ADOLESCENTE SO: 1 PASSO: Avaliar o adolescente, considerando sua
idade em anos e seu sexo. 2 PASSO: Pesar e medir o adolescente,
utilizando as tcnicas e os instrumentos adequados. 3 PASSO: Anotar
os dados no formulrio da Vigilncia Alimentar e Nutricional -
SISVAN. 4 PASSO: Calcular o IMC e fazer o diagnstico nutricional do
adolescente. 5 PASSO: Compartilhar com o adolescente e a
me/responsvel o diagnstico nutricional do adolescente. 6 PASSO:
Fazer a interveno adequada para cada situao. 7 PASSO: Realizar aes
de promoo da sade. Valorizar o diagnstico nutricional ter atitude
de vigilncia! ADULTOS ( 20 anos e < 60 anos de idade) Nos
procedimentos de diagnstico nutricional de adultos, a Vigilncia
Alimentar e Nutricional - SISVAN recomenda o uso da classificao do
IMC proposta pela OMS (WHO, 1995). As vantagens de se usar esse
mtodo para avaliao nutricional de adultos so: a) facilidade de
obteno e padronizao das medidas de peso e altura; b) dispensa a
informao da idade para o clculo; c) possui alta correlao com a
massa corporal e indicadores de composio corporal e d) no necessita
de comparao com curvas de referncia. Outra caracterstica a ser
ressaltada a sua capacidade de predio de riscos de
morbimortalidade, especialmente em seus limites extremos. 21
18. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica Para o clculo do IMC, adota-se a seguinte frmula: ndice
de Massa Corporal (IMC) = Peso (kg) Altura (m) Quadro 16 - Pontos
de corte estabelecidos para adultos IMC (kg/m) DIAGNSTICO
NUTRICIONAL < 18,5 Baixo Peso 18,5 e < 25 Adequado ou
Eutrfico 25 e < 30 Sobrepeso 30 Obesidade Fonte: (WHO, 1995)
Circunferncia da cintura: Outro parmetro que poder ser utilizado
para adultos na Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN, com
objetivo de complementar o diagnstico nutricional, a circunferncia
da cintura. Este indicador afere a localizao da gordura corporal.
Em adultos, o padro de distribuio do tecido adiposo tem relao
direta com o risco de morbi-mortalidade. Quadro 17 - Parmetros de
Circunferncia da Cintura (para adultos) Circunferncia da Cintura
DIAGNSTICO NUTRICIONAL 80,0 cm Para Mulheres 94,0 cm Para Homens
Fonte: (WHO, 2000) EM RESUMO, OS PASSOS PARA A ANTROPOMETRIA E O
DIAGNSTICO NUTRICIONAL DO ADULTO SO: 1 PASSO: Pesar a cada consulta
e medir a estatura na primeira consulta, repetindo esta medida
anualmente, utilizando as tcnicas e os instrumentos adequados. 2
PASSO: Calcular o IMC e fazer o diagnstico nutricional segundo os
pontos de corte estipulados para a Vigilncia Alimentar e
Nutricional - SISVAN. 3 PASSO: Aferir a medida da circunferncia da
cintura e fazer a avaliao do risco para doenas cardiovasculares
segundo os pontos de corte estipulados para a Vigilncia Alimentar e
Nutricional - SISVAN. 4 PASSO: Anotar os dados no formulrio do
SISVAN. 5 PASSO: Compartilhar com o adulto o diagnstico
nutricional; 6 PASSO: Fazer a interveno adequada para cada situao.
7 PASSO: Realizar aes de promoo da sade. Valorizar o diagnstico
nutricional ter atitude de vigilncia! 22
19. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade IDOSOS ( 60 anos) A antropometria muito til para o
diagnstico nutricional dos idosos. um mtodo simples e com boa
predio para doenas futuras, mortalidade e incapacidade funcional,
podendo ser usada como triagem inicial, tanto para diagnstico
quanto para o monitoramento de doenas. Nos procedimentos de
diagnstico e acompanhamento do estado nutricional de idosos, a
Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN utilizar como critrio
prioritrio a classificao do IMC, considerando pontos de corte
diferentes daqueles utilizados para adultos. Essa diferena deve-se
s alteraes fisiolgicas nos idosos, entre as quais se destacam: -
declnio da altura com o avanar da idade, que ocorre em decorrncia
da compresso vertebral, mudanas nos discos intervertebrais, perda
do tnus muscular e alteraes posturais; - diminuio do peso com a
idade, que est relacionada reduo do contedo da gua corporal e da
massa muscular, sendo mais evidente no sexo masculino; - alteraes
sseas em decorrncia da osteoporose; - mudana na quantidade e
distribuio do tecido adiposo subcutneo. - reduo da massa muscular
devida sua transformao em gordura intramuscular, o que leva a
alterao na elasticidade e na capacidade de compresso dos tecidos.
Para o clculo do IMC, adota-se a seguinte frmula: ndice de Massa
Corporal (IMC) = Peso (kg) Altura (m) Quadro 18 - Pontos de corte
estabelecidos para idosos IMC (kg/m) 22 > 22 e < 27 27
DIAGNSTICO NUTRICIONAL Baixo Peso Adequado ou Eutrfico Sobrepeso
Fonte: (THE NUTRITION SCREENING INITIATIVE, 1994) EM RESUMO, OS
PASSOS PARA A ANTROPOMETRIA E O DIAGNSTICO NUTRICIONAL DO IDOSO SO:
1 PASSO: Pesar a cada consulta e medir a estatura na primeira
consulta, repetindo este procedimento anualmente, utilizando as
tcnicas e os instrumentos adequados. 2 PASSO: Calcular o IMC e
fazer o diagnstico nutricional segundo os pontos de corte
estipulados para a Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN. 3
PASSO: Anotar os dados no formulrio do SISVAN. 4 PASSO:
Compartilhar o diagnstico nutricional com o idoso e/ou cuidador do
idoso; 5 PASSO: Fazer interveno adequada, para cada situao. 6
PASSO: Realizar aes de promoo da sade. Valorizar o diagnstico
nutricional ter atitude de vigilncia! 23
20. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica GESTANTES A diferena da avaliao do estado nutricional
da gestante em relao a outros perodos do curso da vida que se
pretende caracterizar as condies nutricionais da mulher e,
indiretamente, o crescimento do feto (WHO, 1995). O diagnstico e o
acompanhamento da situao nutricional da gestante correspondem a uma
parte essencial dos procedimentos bsicos da ateno pr-natal (BRASIL,
2006). Para avaliar o estado nutricional da gestante, necessrio que
na primeira consulta seja realizada a aferio do peso e da estatura
da mulher, alm do clculo da semana gestacional. Com esses dados,
ser determinado o estado nutricional da gestante, tendo como
critrio prioritrio a classificao do IMC por semana gestacional.
Destaca-se que o ponto de corte para classificao de baixo peso
materno difere do adotado para adultos, sendo essa diferena
atribuda aos cuidados necessrios para minimizar os riscos de
retardo de crescimento intra-uterino, baixo peso ao nascer,
prematuridade e outras possveis complicaes maternas e neonatais
(WHO, 1995). Na primeira consulta de pr-natal, a avaliao
nutricional da gestante, com base em seu peso e sua estatura,
permite conhecer seu estado nutricional atual e subsidiar a previso
do ganho de peso at o final da gestao. O peso deve ser aferido em
todas as consultas de pr-natal. A estatura da gestante adulta pode
ser aferida apenas na primeira consulta e a da gestante adolescente
pelo menos trimestralmente. Outra varivel muito importante para a
avaliao da gestante refere-se data da ltima menstruao (DUM). A
partir desse valor, determinada a semana gestacional e com isso
possvel avaliar o ganho de peso alcanado e recomendado para a
gravidez. A DUM normalmente deve ser do conhecimento da gestante,
mas tambm pode ser obtida a partir de exames realizados durante a
gravidez. Caso no haja uma fonte confivel dessa informao, deve-se
estimar a data, a partir do ltimo ms de menstruao da gestante. A
avaliao do estado nutricional deve ser feita conforme descrito a
seguir: 1. Calcule o IMC da gestante: ndice de Massa Corporal (IMC)
= Peso (kg) Altura (m) 2. Calcule a semana gestacional: Ateno:
Quando necessrio, arredonde a semana gestacional da seguinte forma:
1, 2, 3 dias considere o nmero de semanas completas e 4, 5, 6 dias
considere a semana seguinte. Exemplo: Gestante com 12 semanas e 2
dias = 12 semanas Gestante com 12 semanas e 5 dias = 13 semanas 3.
Realize o diagnstico nutricional: Localize na primeira coluna do
quadro a seguir a semana gestacional calculada e identifique, nas
colunas seguintes, a classificao do estado nutricional da gestante,
a partir de IMC calculado. OBSERVAO IMPORTANTE: O ideal que o IMC
considerado no diagnstico inicial da gestante seja o IMC calculado
a partir de medio realizada at a 13 semana gestacional ou o IMC
pr-gestacional referido (limite mximo so 2 meses antes). Caso isso
no seja possvel, inicie a avaliao da gestante com os dados da
primeira consulta de pr-natal, mesmo que esta ocorra aps a 13
semana gestacional. Em seguida, classifique o estado nutricional da
gestante segundo IMC por semana gestacional da seguinte forma: 24
Baixo Peso (BP): quando o valor do IMC calculado for menor ou igual
aos valores correspondentes coluna do estado nutricional de baixo
peso. Adequado (A): quando o IMC calculado estiver compreendido na
faixa de valores respondentes coluna do estado nutricional
adequado.
21. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade Sobrepeso (S): quando o IMC calculado estiver
compreendido na faixa de valores correspondentes coluna do estado
nutricional de sobrepeso. Obesidade (O): quando o valor do IMC for
maior ou igual aos valores correspondentes coluna do estado
nutricional de obesidade. Quadro 19 - Avaliao do estado nutricional
da gestante segundo ndice de Massa Corporal por semana gestacional
Semana gestacional Baixo peso (BP) IMC Adequado (A) IMC entre
Sobrepeso (S) IMC entre Obesidade (O) IMC 6 19,9 20,0 24,9 25,0
30,0 30,1 7 20,0 20,1 25,0 25,1 30,1 30,2 8 20,1 20,2 25,0 25,1
30,1 30,2 9 20,2 20,3 25,1 25,2 30,2 30,3 10 20,2 20,3 25,2 25,3
30,2 30,3 11 20,3 20,4 25,3 25,4 30,3 30,4 12 20,4 20,5 25,4 25,5
30,3 30,4 13 20,6 20,7 25,6 25,7 30,4 30,5 14 20,7 20,8 25,7 25,8
30,5 30,6 15 20,8 20,9 25,8 25,9 30,6 30,7 16 21,0 21,1 25,9 26,0
30,7 30,8 17 21,1 21,2 26,0 26,1 30,8 30,9 18 21,2 21,3 26,1 26,2
30,9 31,0 19 21,4 21,5 26,2 26,3 30,9 31,0 20 21,5 21,6 26,3 26,4
31,0 31,1 21 21,7 21,8 26,4 26,5 31,1 31,2 22 21,8 21,9 26,6 26,7
31,2 31,3 23 22,0 22,1 26,8 26,9 31,3 31,4 24 22,2 22,3 26,9 27,0
31,5 31,6 25 22,4 22,5 27,0 27,1 31,6 31,7 26 22,6 22,7 27,2 27,3
31,7 31,8 27 22,7 22,8 27,3 27,4 31,8 31,9 28 22,9 23,0 27,5 27,6
31,9 32,0 29 23,1 23,2 27,6 27,7 32,0 32,1 30 23,3 23,4 27,8 27,9
32,1 32,2 31 23,4 23,5 27,9 28,0 32,2 32,3 32 23,6 23,7 28,0 28,1
32,3 32,4 33 23,8 23,9 28,1 28,2 32,4 32,5 34 23,9 24,0 28,3 28,4
32,5 32,6 35 24,1 24,2 28,4 28,5 32,6 32,7 36 24,2 24,3 28,5 28,6
32,7 32,8 37 24,3 24,5 28,7 28,8 32,8 32,9 38 24,5 24,6 28,8 28,9
32,9 33,0 39 24,7 24,8 28,9 29,0 33,0 33,1 40 24,9 25,0 29,1 29,2
33,1 33,2 41 25,0 25,1 29,2 29,3 33,2 33,3 42 25,0 25,1 29,2 29,3
33,2 33,3 Fonte: Adaptado de: (ATALAH SAMUR, E., 1997) 25
22. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica 4. Estime a recomendao do ganho de peso para gestantes:
Em funo do estado nutricional pr-gestacional, estime o ganho de
peso total recomendado at o final da gestao, conforme o quadro a
seguir. Para cada situao nutricional inicial (estado nutricional
pr-gestacional determinado como baixo peso, adequado, sobrepeso ou
obesidade), h uma faixa de ganho de peso recomendada. Para o 1
trimestre, o ganho de peso foi agrupado para todo perodo, enquanto
que, para o 2 e o 3 trimestres, previsto por semana. Portanto, j na
primeira consulta, deve-se estimar quantos gramas a gestante dever
ganhar no 1 trimestre, assim como o ganho por semana at o final da
gestao. Esta informao deve ser fornecida gestante. Observe que cada
gestante dever ter ganho de peso de acordo com seu IMC
pr-gestacional. Para a previso do ganho de peso total, isto ,
durante todo o perodo de gestao, faz-se necessrio calcular quanto
peso a gestante j ganhou e quanto ainda falta at o final da gestao
em funo da avaliao clnica. Quadro 20 - Ganho de peso (kg)
recomendado durante a gestao, segundo o estado nutricional inicial
Estado Nutricional Inicial (IMC) Recomendao de ganho de peso (kg)
total no 1 trimestre Recomendao de ganho de peso (kg) semanal mdio
no 2 e 3 trimestres Recomendao de ganho de peso (kg) total na
gestao Baixo Peso (BP) 2,3 0,5 12,5-18,0 Adequado (A) 1,6 0,4
11,5-16,0 Sobrepeso (S) 0,9 0,3 7,0-11,5 Obesidade (O) - 0,3 7,0
Fonte: (INSTITUTE OF MEDICINE, 1990) (WHO, 1995) Gestantes de baixo
peso pr-gestacional (BP) devero ganhar entre 12,5 e 18,0 kg durante
toda a gestao, sendo este ganho, em mdia, de 2,3 kg no primeiro
trimestre da gestao (at a 14 semana) e de 0,5 kg por semana no 2 e
3 trimestres de gestao. Essa variabilidade de ganho recomendado
deve-se ao entendimento de que gestantes com BP acentuado, ou seja,
aquelas muito distantes da faixa de normalidade, devem ganhar mais
peso (at 18 kg) do que aquelas situadas em rea prxima faixa de
normalidade, cujo ganho deve situar-se em torno de 12,5 kg. Da
mesma forma, gestantes com IMC pr-gestacional adequado devem
ganhar, ao final da gestao, entre 11,5 e 16,0 kg. Aquelas com
sobrepeso devem acumular entre 7,0 e 11,5 kg e as obesas devem
apresentar ganho em torno de 7,0 kg, com recomendao de 0,3 kg por
semana no segundo e no terceiro trimestres de gestao. Consultas
subseqentes 26 Nas consultas subseqentes, a avaliao nutricional
deve repetir os procedimentos descritos anteriormente. A avaliao
continuada permite acompanhar a evoluo do ganho de peso durante a
gestao e examinar se este ganho est adequado em funo do estado
nutricional da gestante no incio da gravidez. Esta anlise pode ser
feita com base em dois instrumentos: o quadro que indica qual a
faixa de ganho de peso recomendado segundo o estado nutricional da
gestante no incio do pr-natal; e o Grfico no qual se acompanha a
curva de ndice de Massa Corporal (IMC), segundo semana gestacional,
identrificando se a inclinao do traado ascendente, horizontal ou
descendente. Realize o acompanhamento do estado nutricional
utilizando o Grfico de IMC por semana gestacional. Este composto
por um eixo horizontal com os valores de semana gestacional e por
um eixo vertical com os valores de IMC (peso (kg)/altura (m)). O
grfico apresenta o desenho de trs inclinaes possveis, que delimitam
as quatro categorias do estado nutricional: Baixo Peso (BP),
Adequado (A), Sobrepeso (S) e Obesidade (O).
23. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade A inclinao para o traado da curva ir variar de
acordo com o estado nutricional inicial da gestante, conforme o
quadro a seguir: Quadro 21 - Avaliao do traado da curva de
acompanhamento do estado nutricional da gestante, segundo o grfico
de ndice de Massa Corporal por semana gestacional Estado
Nutricional da gestante Inclinao da curva no Grfico na 1 avaliao de
IMC por semana gestacional Baixo Peso (BP) Adequado (A) Exemplo* A
curva de ganho de peso deve apresentar inclinao ascendente maior
que a da curva que delimita a parte superior da faixa de estado
nutricional Baixo Peso (BP). A curva deve apresentar inclinao
ascendente paralela s curvas que delimitam a rea de estado
nutricional adequado (A) no grfico. Sobrepeso (S) A curva deve
apresentar inclinao ascendente semelhante s curvas que delimitam a
de sobrepeso (S), a depender do seu estado nutricional inicial. Por
exemplo: se uma gestante de sobrepeso inicia a gestao com IMC
prximo ao limite inferior desta faixa, sua curva de ganho de peso
deve ter inclinao ascendente semelhante curva que delimita a parte
inferior desta faixa no grfico Obesidade (O) A curva deve
apresentar inclinao semelhante ou inferior (desde que ascendente)
curva que delimita a parte inferior da faixa de obesidade (O). *
Observao: As linhas em azul foram desenhadas aleatoriamente apenas
para exemplificar as possveis tendncias de inclinao das curvas.
27
24. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica Grfico 2 - Grfico de ndice de Massa Corporal segundo
semana de gestao Fonte: Adaptado de: (ATALAH SAMUR, E., 2006) .O
Carto da Gestante o instrumento usado para registrar os principais
dados de acompanhamento da gravidez, os quais so importantes para a
referncia e contra-referncia. Este dever ficar sempre com a
gestante. Na verso de 2006, h espaos disponveis para o registro do
peso e do IMC observado em cada consulta, alm do grfico para marcao
e acompanhamento do estado nutricional da gestante. de extrema
relevncia o registro do estado nutricional tanto na ficha do SISVAN
e em pronturios de atendimento como no Carto da Gestante. A avaliao
do estado nutricional capaz de fornecer informaes essenciais para a
preveno e o controle de agravos sade e nutrio. Contudo, vale
ressaltar a importncia da realizao de outros procedimentos
complementares ao diagnstico nutricional ou que podem alterar a
interpretao deste, conforme a necessidade de cada gestante. Assim,
destacam-se a avaliao clnica para deteco de doenas associadas
nutrio (ex: diabetes), a observao da presena de edema, que acarreta
aumento de peso e prejudica o diagnstico do estado nutricional, e a
avaliao laboratorial para diagnstico de anemia e de outras doenas
de interesse clnico na gravidez. 28
25. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade Gestante Adolescente Deve-se observar que a
classificao do estado nutricional na gestao aqui proposta no
especfica para gestantes adolescentes, devido ao crescimento e
imaturidade biolgica presentes nesta fase do curso de vida. No
entanto, esta classificao pode ser usada desde que a interpretao
dos resultados seja flexvel e se considere a especificidade deste
grupo. Para adolescentes que engravidaram dois ou mais anos aps a
menarca (em geral, maiores de 15 anos), a interpretao dos dados
equivalente a das adultas. Para as que engravidaram com menos de
dois anos aps a menarca, provvel que muitas sejam classificadas
como de baixo peso. Estas devem ter sua altura mensurada em todas
as consultas, pois se encontram ainda em fase de crescimento. Tambm
nestes casos, o mais importante acompanhar o traado da curva de IMC
por semana gestacional, que dever ser ascendente ao longo das
consultas. Deve-se tratar a gestante adolescente como de risco
nutricional, reforar a abordagem nutricional e aumentar o nmero de
visitas aos EAS. EM RESUMO, OS PASSOS PARA O DIAGNSTICO NUTRICIONAL
DA GESTANTE SO: 1 PASSO: Realizar as medidas antropomtricas. Pesar
a cada consulta e medir a altura na primeira consulta. No caso de
gestantes adolescentes, a avaliao da altura deve ser realizada, no
mnimo, a cada trimestre. Calcular o IMC da gestante. 2 PASSO:
Calcular a semana gestacional da mulher grvida. 3 PASSO: Localizar,
no eixo horizontal, a semana gestacional calculada e identificar,
no eixo vertical, o IMC da gestante. 4 PASSO: Marcar um ponto na
interseo dos valores de IMC e da semana gestacional. 5 PASSO:
Classificar o estado nutricional da gestante segundo IMC por semana
gestacional, conforme legenda do grfico: BP A, S, O. No caso de
gestantes adolescentes, ver as observaes contidas no quadro
apresentado , anteriormente. 6 PASSO: Estimar a recomendao do ganho
de peso para a gestante. 7 PASSO: A partir da 2 consulta, ligar os
pontos obtidos e observar o traado resultante. A marcao de dois ou
mais pontos no grfico (primeira consulta e subseqentes) possibilita
construir o traado da curva por semana gestacional. Considere: -
traado ascendente: ganho de peso adequado; - traado horizontal ou
descendente: ganho de peso inadequado (gestante de risco). 29
26. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica PARTE III O MTODO ANTROPOMTRICO O mtodo antropomtrico
permite a avaliao do peso, da estatura e de outras medidas do corpo
humano. Ele representa um importante recurso para a avaliao do
estado nutricional do indivduo e ainda oferece dados para o
acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de crianas e
adolescentes. Neste item, descrevem-se os procedimentos comumente
utilizados para a correta tomada das medidas antropomtricas. A
Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN recomenda a coleta do
peso e da estatura para todos os indivduos (crianas, gestantes,
adolescentes, adultos e idosos) e da circunferncia da cintura no
caso de adultos. Pesar e medir so atividades de rotina nos servios
de sade, e por serem atividades relativamente simples, a maioria
das pessoas julga-se apta a realiz-las. No entanto, erros nos
procedimentos, na leitura ou na anotao da medida so freqentes.
Estas situaes podem ser evitadas com um bom treinamento das
equipes, uma reviso constante dos conceitos e procedimentos e uma
manuteno freqente dos equipamentos. Antropometrista a denominao
para o profissional capacitado para a coleta de medidas
antropomtricas. Para que tais medidas sejam confiveis e precisas,
necessrio que os antropometristas envolvidos nesta tarefa tenham
alto senso de responsabilidade, concentrao e ateno durante a
realizao do procedimento. Na dvida, deve-se sempre repeti-lo. O
valor da medida antropomtrica obtida deve ser anotado,
imediatamente, com segurana e com boa caligrafia. Para a correta
tomada do peso e da estatura, deve-se garantir, previamente, o
perfeito funcionamento dos equipamentos. A manuteno dos
equipamentos muito importante a fim de evitar erros causados por
problemas ou defeitos dos mesmos. Dentre os equipamentos citados, a
balana o que gera mais erros por falta de manuteno. Para evitar
possveis problemas ao adquirir este equipamento, o EAS deve
solicitar um exame pelos rgos responsveis por este servio. So eles:
o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) e o Instituto Nacional de
Metrologia (INMETRO). Porm, o procedimento de aferio e regulagem de
balanas e/ ou seu conserto tambm pode ser realizado por uma firma
idnea, ficando a escolha a critrio da instituio. Na manuteno do
antropmetro de madeira, importante observar se est localizado em
lugar seco, pois existe o risco de empenar com a umidade local,
gerando erros na medio. Recomenda-se que o infantmetro (antropmetro
horizontal para medir o comprimento de crianas menores de 2 anos) e
a balana peditrica estejam apoiados em mesa ou bancada,
confeccionadas em material firme e resistente (por exemplo, metal,
mrmore ou madeira). O estadimetro (antropmetro vertical) deve ser
colocado em parede lisa e sem rodap e a balana plataforma em
superfcie lisa e nivelada. Um bom antropometrista deve conferir os
equipamentos que utiliza, rotineiramente, antes de cada pesagem ou
medio. Alm disso, o local de instalao dos equipamentos deve ser
escolhido de modo a: a. oferecer claridade suficiente para que se
possa fazer uma boa leitura da escala de medidas; b. permitir a
privacidade do indivduo e de sua famlia; c. proporcionar conforto
trmico, evitando-se correntes de ar que podem afetar,
especialmente, os bebs e as pessoas idosas; d. ter espao suficiente
para permitir o trabalho dos profissionais e a presena da me e/ou
familiares. Esse conjunto de cuidados e procedimentos fundamental
para a confiabilidade da classificao e do diagnstico nutricional em
todas as faixas etrias avaliadas em uma unidade de sade. Descuidos
ou procedimentos mal realizados podero, por exemplo, fazer com que
no se note o dficit nutricional de uma criana ou o excesso de peso
de um adulto ou, ainda, o ganho inadequado de peso por uma
gestante. Uma medida mal realizada hoje poder comprometer a
interpretao da evoluo do estado nutricional de uma criana ou
gestante, ainda que as medidas anteriores ou subseqentes sejam bem
realizadas. Por estas razes, o antropometrista deve seguir
rigorosamente as tcnicas e recomendaes presentes nesta publicao.
30
27. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade EQUIPAMENTOS ANTROPOMTRICOS Balana: o instrumento
utilizado para medir a massa corporal total. O equipamento dever
ter preciso necessria para informar o peso de um indivduo da forma
mais exata possvel. A preciso da escala numrica das balanas varia
de acordo com o tipo (mecnica ou eletrnica) ou fabricante.
recomendvel que as balanas peditricas tenham preciso mnima de dez
gramas e, as balanas tipo plataforma, de cem gramas. Isso porque
pequenas alteraes no peso so indicadores nutricionais importantes,
em particular, para as crianas menores de dois anos. A balana deve
estar instalada em local nivelado, pois o equipamento deve
permanecer estvel durante o procedimento. Existem vrios tipos de
balana, sendo as mais recomendadas para uso em EAS as seguintes:
Figura 1 - Balana peditrica mecnica a - balana peditrica ou
tipo-beb, utilizada para crianas menores de 2 anos ou com at 16 kg;
pode ser mecnica ou eletrnica (digital). Figura 2 - Balana
plataforma mecnica b - balana plataforma: pesa crianas maiores de 2
anos, adolescentes, adultos, idosos, gestantes e nutrizes; pode ser
mecnica ou eletrnica(digital). c - balana de campo ou tipo pndulo:
esta balana assim denominada porque porttil e foi idealizada para
utilizao em atividades externas ao servio de sade. d - balana de
campo tipo eletrnica (digital): esta balana tambm porttil,
apropriada para o trabalho de campo como pesquisas populacionais ou
Chamadas Nutricionais. 31
28. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica Antropmetro horizontal (infantmetro) e vertical: A
medida da estatura pode ser obtida na posio deitada, em sentido
horizontal, quando se trata do comprimento e, na posio em p, no
sentido vertical, para o que se denomina altura. O infantmetro o
equipamento utilizado para medir o comprimento de crianas menores
de dois anos. Pode ser denominado de antropmetro infantil,
horizontal, rgua antropomtrica, ou pedimetro. Para crianas maiores
de dois anos, adolescentes, adultos, idosos e gestantes, a altura
aferida utilizando-se o antropmetro vertical ou estadimetro.
Estatura versus Altura O termo estatura pode ser utilizado para
expressar tanto o comprimento (medida aferida com o indivduo
deitado) quanto a altura (medida aferida com o indivduo em p).
Adota-se o termo comprimento para a estatura de crianas menores de
2 anos e o termo altura para a estatura de crianas maiores de 2
anos, adolescentes, adultos, idosos e gestantes. Existem vrios
modelos de antropmetros verticais e horizontais, sendo normalmente
confeccionados de alumnio (material recomendado, por ser mais
resistente e permitir melhor higienizao) ou de madeira. Figura 3 -
Antropmetro infantil Fita mtrica: A fita mtrica deve ser utilizada
somente para medir a circunferncia da cintura em adultos. Utilize,
de preferncia, uma fita mtrica de material resistente, inelstica e
flexvel, com preciso de 0,1 cm. A fita comum (de costura) no deve
ser utilizada, pois tende a esgarar com o tempo, alterando assim a
medida. Pesando e medindo crianas O ato de pesar e medir requer
contato fsico e isto pode gerar uma situao normal de insegurana e
estresse nas crianas. A situao pede concentrao, pacincia e muita
cordialidade. Nunca se deve pesar ou medir uma criana sem antes
conversar com ela e/ou com a famlia explicando o que vai ser feito.
No subestime a fora ou a agilidade das crianas, mesmo as muito
pequenas. Um antropometrista, depois de receber treinamento, leva
cerca de 1(um) minuto para realizar a tomada de uma medida
antropomtrica. Porm, muitas crianas costumam chorar durante a
tomada do peso ou da estatura. Caso o choro no cesse e o nvel de
estresse fique alto, solicite me que pegue a criana no colo e
aguarde um instante. Seja firme, porm gentil com as crianas. A
segurana transmitida pelo profissional ser percebida pela criana e
pela me. AFERIO DO PESO DE CRIANAS MENORES DE 2 ANOS As crianas
menores de 2 anos devem ser pesadas e medidas sempre completamente
despidas e na presena da me ou do responsvel, pois estes devem
auxiliar na retirada da roupa da criana e na tomada da medida.
Lembre-se que uma fralda molhada pode representar at 20% do peso de
uma criana. Se for utilizar balana peditrica ou tipo beb: 32 A
balana peditrica ou tipo beb o equipamento apropriado para crianas
menores de 2 anos que ainda no ficam de p com segurana. preciso ter
muito cuidado para pesar crianas pequenas, a fim de se evitar
acidentes. Certifique-se de que a balana est apoiada sobre uma
superfcie plana, lisa e firme. Forre o prato com uma proteo (papel
destacvel ou fralda) antes de calibrar a balana para evitar erros
na pesagem.
29. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade 1 Passo: Destravar a balana. 2 Passo: Verificar se
a balana est calibrada (a agulha do brao e o fiel devem estar na
mesma linha horizontal). Caso contrrio, calibr-la, girando
lentamente o calibrador. 3 Passo: Esperar at que a agulha do brao e
o fiel estejam nivelados. 4 Passo: Aps constatar que a balana est
calibrada, ela deve ser travada. 5 Passo: Despir a criana com o
auxlio da me ou responsvel. 6 Passo: Colocar a criana sentada ou
deitada no centro do prato, de modo a distribuir o peso igualmente.
Destravar a balana, mantendo a criana parada o mximo possvel nessa
posio. Orientar a me ou responsvel a manter-se prximo, sem tocar na
criana, nem no equipamento. 7 Passo: Mover o cursor maior sobre a
escala numrica para marcar os quilos. 8 Passo: Depois mover o
cursor menor para marcar os gramas. 9 Passo: Esperar at que a
agulha do brao e o fiel estejam nivelados. 10 Passo: Travar a
balana, evitando, assim, que sua mola desgaste, assegurando o bom
funcionamento do equipamento. 11 Passo: Realizar a leitura de
frente para o equipamento com os olhos no mesmo nvel da escala para
visualizar melhor os valores apontados pelos cursores. 12 Passo:
Anotar o peso no formulrio da Vigilncia Alimentar e Nutricional/
pronturio. 13 Passo: Retirar a criana e retornar os cursores ao
zero na escala numrica. 14 Passo: Marcar o peso na Caderneta de
Sade da Criana. Figura 4 - Aferio de peso de crianas menores de 2
anos em balana peditrica mecnica 33
30. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica Se for utilizar balana peditrica eletrnica (digital) 1
Passo: A balana deve estar ligada antes de a criana ser colocada
sobre o equipamento. Esperar que a balana chegue ao zero. 2 Passo:
Despir totalmente a criana com o auxlio da me/responsvel. 3 Passo:
Colocar a criana despida no centro do prato da balana, sentada ou
deitada, de modo que o peso fique distribudo. Manter a criana
parada (o mximo possvel) nessa posio. Orientar a me/responsvel a
manterse prximo, sem tocar na criana, nem no equipamento. 4 Passo:
Aguardar que o valor do peso esteja fixado no visor e realizar a
leitura. 5 Passo: Anotar o peso no formulrio da Vigilncia Alimentar
e Nutricional - SISVAN/pronturio. Retirar a criana. 6 Passo: Marcar
o peso na Caderneta de Sade da Criana. Figura 5 - Aferio de peso de
crianas menores de 2 anos em balana peditrica eletrnica Se for
utilizar balana suspensa tipo pndulo Para o uso de balanas
suspensas (tipo pndulo), observe que estas devem ser penduradas em
local seguro e em altura que permita uma boa visualizao da escala,
normalmente na altura dos olhos do profissional de sade. As
orientaes descritas para o uso da balana mecnica peditrica podem
ser adaptadas para a tcnica de pesagem com balanas suspensas.
AFERIO DO PESO DE CRIANAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E ADULTOS
As crianas maiores de 2 anos devem ser pesadas descalas e com
roupas bem leves. Idealmente, devem usar apenas calcinha, short ou
cueca, na presena da me ou do responsvel. Os adultos e adolescentes
devem ser pesados descalos e usando roupas leves. Devem ser
orientados a retirarem objetos pesados tais como chaves, cintos,
culos, telefones celulares e quaisquer outros objetos que possam
interferir no peso total. 34 Se for utilizar balana mecnica de
plataforma: Inicialmente certifique-se de que a balana plataforma
est afastada da parede.
31. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade 1 Passo: Destravar a balana. 2 Passo: Verificar se
a balana est calibrada (a agulha do brao e o fiel devem estar na
mesma linha horizontal). Caso contrrio, calibr-la, girando
lentamente o calibrador, 3 Passo: Esperar at que a agulha do brao e
o fiel estejam nivelados. 4 Passo: Aps a calibrao da balana, ela
deve ser travada e s ento a criana, adolescente e adulto deve subir
na plataforma para ser pesado. 5 Passo: Posicionar o indivduo de
costas para a balana, descalo, com o mnimo de roupa possvel, no
centro do equipamento, ereto, com os ps juntos e os braos
estendidos ao longo do corpo. Mant-lo parado nessa posio. 6 Passo:
Destravar a balana. 7 Passo: Mover o cursor maior sobre a escala
numrica, para marcar os quilos. 8 Passo: Depois mover o cursor
menor para marcar os gramas. 9 Passo: Esperar at que a agulha do
brao e o fiel estejam nivelados. 10 Passo: Travar a balana,
evitando, assim que sua mola desgaste, assegurando o bom
funcionamento do equipamento. 11 Passo: Realizar a leitura de
frente para o equipamento, para visualizar melhor os valores
apontados pelos cursores. 12 Passo: Anotar o peso no formulrio da
Vigilncia Alimentar e Nutricional SISVAN e no pronturio. 13 Passo:
Retirar a criana, adolescente ou adulto. 14 Passo: Retornar os
cursores ao zero na escala numrica. 15 Passo: Marcar o peso das
crianas na Caderneta de Sade da Criana. Figura 6 - Aferio de peso
de adultos em balana mecnica de plataforma 35
32. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica Se for utilizar balana eletrnica (digital): 1 Passo: A
balana deve estar ligada antes do indivduo posicionar-se sobre o
equipamento. Esperar que a balana chegue ao zero. 2 Passo: Colocar
a criana, adolescente ou adulto, no centro do equipamento, com o
mnimo de roupa possvel, descalo, ereto, com os ps juntos e os braos
estendidos ao longo do corpo. Mant-lo parado nessa posio. 3 Passo:
Realizar a leitura aps o valor de o peso estar fixado no visor. 4
Passo: Anotar o peso no formulrio da Vigilncia Alimentar e
Nutricional SISVAN e no pronturio. Retirar a criana, adolescente ou
adulto da balana. 5 Passo: Para crianas, anotar o peso na Caderneta
de Sade da Criana. Figura 7 - Aferio de peso de adultos em balana
mecnica de plataforma AFERIO DO COMPRIMENTO DE CRIANAS MENORES DE 2
ANOS O comprimento a distncia que vai da sola (planta) dos ps
descalos, ao topo da cabea, comprimindo os cabelos, com a criana
deitada em superfcie horizontal, firme e lisa. Deve-se retirar os
sapatos da criana. Deve-se, tambm, retirar toucas, fivelas ou
enfeites de cabelo que possam interferir na tomada da medida. 1
Passo: Deitar a criana no centro do infantmetro, descala e com a
cabea livre de adereos. 2 Passo: Manter, com a ajuda da me/
responsvel: - a cabea apoiada firmemente contra a parte fixa do
equipamento, com o pescoo reto e o queixo afastado do peito, no
plano de Frankfurt (margem inferior da abertura do orbital e a
margem superior do meatus auditivo externo devero ficar em uma
mesma linha horizontal).; - os ombros totalmente em contato com a
superfcie de apoio do infantmetro; - os braos estendidos ao longo
do corpo. 3 Passo: As ndegas e os calcanhares da criana em pleno
contato com a superfcie que apia o infantmetro. 4 Passo:
Pressionar, cuidadosamente, os joelhos da criana para baixo, com
uma das mos, de modo que eles fiquem estendidos. Juntar os ps,
fazendo um ngulo reto com as pernas. Levar a parte mvel do
equipamento at as plantas dos ps, com cuidado para que no se mexam.
Figura 8 - Tcnica de aferio do comprimento segundo Plano de
Frankfurt 36
33. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade 5 Passo: Realizar a leitura do comprimento quando
estiver seguro de que a criana no se moveu da posio indicada. 6
Passo: Anotar o resultado no formulrio da Vigilncia Alimentar e
Nutricional - SISVAN e no pronturio e retirar a criana. Marcar a
medida da estatura na Caderneta de Sade da Criana. Figura 9 -
Aferio do comprimento de crianas menores de 2 anos AFERIO DA ALTURA
DE CRIANAS MAIORES DE 2 ANOS, ADOLESCENTES E ADULTOS A estatura a
medida do indivduo na posio de p, encostado numa parede ou
antropmetro vertical. 1 Passo: Posicionar a criana, adolescente ou
adulto descalo e com a cabea livre de adereos, no centro do
equipamento. Mant-lo de p, ereto, com os braos estendidos ao longo
do corpo, com a cabea erguida, olhando para um ponto fixo na altura
dos olhos. 2 Passo: A cabea do indivduo deve ser posicionada no
plano de Frankfurt (margem inferior da abertura do orbital e a
margem superior do meatus auditivo externo devero ficar em uma
mesma linha horizontal). 3 Passo: As pernas devem estar paralelas,
mas no necessrio que as partes internas das mesmas estejam
encostadas. Os ps devem formar um ngulo reto com as pernas.
Idealmente, o indivduo deve encostar os calcanhares, as
panturilhas, os glteos, as escpulas e parte posterior da cabea
(regio do occipital) no estadimetro ou parede. Quando no for
possvel encostar esses cinco pontos, devem-se posicionar no mnimo
trs deles. Figura 10 - Tcnica de aferio da altura segundo Plano de
Frankfurt 37
34. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica 4 Passo: Abaixar a parte mvel do equipamento, fixando-a
contra a cabea, com presso suficiente para comprimir o cabelo.
Retirar o indivduo, quando tiver certeza de que o mesmo no se
moveu. 5 Passo: Realizar a leitura da estatura, sem soltar a parte
mvel do equipamento. 6 Passo: Anotar o resultado no formulrio da
Vigilncia Alimentar e Nutricional - SISVAN e no pronturio. Para
crianas, marcar a altura na Caderneta de Sade da Criana. Figura 11
- Aferio da altura de crianas maiores de 2 anos, adolescentes e
adultos AFERIO DA CIRCUNFERNCIA DA CINTURA DE ADULTOS Esta medida
permite uma avaliao aproximada da massa de gordura intra-abdominal
e da gordura total do corpo. utilizada na avaliao da distribuio de
gordura em adultos, visto que algumas complicaes, como as doenas
metablicas crnicas, esto associadas deposio da gordura abdominal. 1
Passo: A pessoa deve estar de p, ereta, abdmen relaxado, braos
estendidos ao longo do corpo e as pernas paralelas, ligeiramente
separadas. 2 Passo: A roupa deve ser afastada, de forma que a regio
da cintura fique despida. A medida no deve ser feita sobre a roupa
ou cinto. 3 Passo: O antropometrista deve realizar uma marcao
pequena a caneta no ponto mdio entre a borda inferior da ltima
costela e o osso do quadril (crista ilaca), visualizado na frente
da pessoa, do lado direito ou esquerdo. 4 Passo: O antropometrista
deve segurar o ponto zero da fita mtrica com uma mo e com a outra
passar a fita ao redor da cintura sobre a marcao realizada. 5
Passo: Deve-se verificar se a fita est no mesmo nvel em todas as
partes da cintura; no deve ficar larga, nem apertada. 6 Passo:
Pedir pessoa que inspire e, em seguida, que expire totalmente.
Realizar a leitura imediata antes que a pessoa inspire novamente. 7
Passo: Anotar a medida no formulrio da Vigilncia Alimentar e
Nutricional - SISVAN e no pronturio. 38
35. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade referncias ATALAH SAMUR, E. et al. Propuesta de um
nuevo estndar de Evaluacin nutricional em embarazadas. Rev. Med.
Chile, [S. l.], v. 125, n. 12, p. 1429-1436, 1997. BORGHI, E. et
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Who child growth standards: length/height-for-age,weight-for-age,
weightfor-length, weight-for-height and body mass index-for-age.
Methods and development. WHO (nonserial publication). Geneva,
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consultation on obesity. (WHO Technical Report Series n. 894).
Geneva, Switzerland: WHO, 2000. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Physical
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Switzerland: WHO, 1995. (WHO Technical Report Series, n. 854).
WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO child growth standards:
Length/height-for-age, weight-for-age, weight-for-length,
weight-for-height and body mass index-for-age. Methods and
development. WHO (nonserial publication). Geneva, Switzerland: WHO,
2006. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Physical status: the use and
interpretation of anthropometry. Geneva, Switzerland: WHO, 1995.
(WHO Technical Report Series, n. 854). 39
36. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica ANEXO A Tabela 1: Peso (kg) por idade (meses) para sexo
masculino menores de 5 anos 40 Fonte: (WHO, 2006)
37. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade Tabela 2: Peso (kg) por idade (meses) para sexo
feminino menores de 5 anos Fonte: (WHO, 2006) 41
38. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica Tabela 3: Peso (kg) por comprimento (cm) para sexo
masculino menores de 5 anos 42 continua...
39. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade continuao Fonte: (WHO, 2006) 43
40. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica Tabela 4: Peso (kg) por comprimento (cm) para sexo
feminino menores de 5 anos 44 continua...
41. Orientaes para a coleta e anlise de dados antropomtricos em
servios de sade continua... Fonte: (WHO, 2006) 45
42. MINISTRIO DA SADE Secretaria de Ateno Sade Departamento de
Ateno Bsica Tabela 5: Peso (kg) por estatura (cm) para sexo
masculino menores de 5 anos 46 continua...