Versão On-line ISBN 978-85-8015-076-6Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
Ficha para Catálogo
Artigo Final
Professor PDE/2013
Título
Arte Plumária Indígena Brasileira
Autor
Ana Mairlene Moleta Retko
Escola de Atuação
Colégio Estadual Prof. Amálio Pinheiro – Ensino
Fundamental e Médio
Município da Escola
Ponta Grossa
Núcleo Regional de Educação
Ponta Grossa
Orientador
José Roberto de Vasconcelos Galdino
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Área de Conhecimento/Disciplina
História
Relação Interdisciplinar História e Arte
Público Alvo Alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental.
Colégio Estadual Professor Amálio Pinheiro – E Ensino Fundamental e Médio. Praça Getúlio Vargas,
183. Nova Rússia, Cep 84.070550
Localização Colégio Estadual Prof. Amálio Pinheiro – Ensino
Fundamental e Médio. Praça Getúlio Vargas, 183.
Nova Rússia. Cep 84.070-550
Resumo Este artigo é resultado do trabalho de conclusão do
Programa de Desenvolvimento Educacional -
PDE/2013 - 2014 da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná e tem por objetivo relatar e
refletir sobre o processo de implementação do
Projeto de Intervenção Pedagógica “Arte Plumária
Indígena Brasileira”, desenvolvido no primeiro
período de programa, de fevereiro a julho. O projeto
foi implementado no Colégio Estadual Professor
Amálio Pinheiro - Ensino Fundamental e Médio
localizado na cidade de Ponta Grossa – PR, no
terceiro período do programa.
Este artigo aborda a relevância em conhecer,
valorizar e respeitar a diversidade étnica e cultural
dos povos indígenas brasileiros e dentro dessa
diversidade, foca em uma das manifestações
culturais e artísticas inerentes a certos grupos
indígenas, a Arte Plumária, mais especificamente
enfatiza a plumária praticada pelo grupo Urubu
Kaapor, do Maranhão. A presente produção
objetivou refletir sobre as representações sociais
construídas historicamente acerca desses povos,
buscando desconstruir estereótipos, equívocos e
visões preconceituosas que se forjaram sobre
essas sociedades. Para efetivação da
implementação do projeto, foi elaborado material
pedagógico no formato de Unidade Didática. Esta,
composta por textos de apoio, questões reflexivas e
de fixação, imagens e endereços de sites de
buscas, forneceram o subsídio necessário à
efetivação do projeto. Os resultados, de um modo
geral, foram satisfatórios e evidenciaram mudanças
de percepções e julgamentos por parte de alguns
alunos.
Da parte dos docentes da rede pública, com a oferta
do curso GTR - Grupo de Trabalho em Rede
constatou-se uma ótima aceitação e interesse pelo
tema proposto no projeto. Nesse espaço de
socialização das produções desenvolvidas ao longo
do programa, as discussões e troca de ideias
entre cursistas e tutora contribuíram para a
ampliação e aprofundamento do debate. Esses
professores caracterizaram a Unidade Didática
como um subsídio consistente no estudo da
temática indígena em sala de aula e também como
apoio importante para as Equipes Multidisciplinares
das escolas em que atuam.
Palavras-chave Diversidade, Sociedades indígenas, Arte Plumária,
Urubu-Kaapor
ARTE PLUMÁRIA INDÍGENA BRASILEIRA
Ana Mairlene Moleta Retko¹
José Roberto de Vasconcelos Galdino²
Resumo
Este artigo é resultado do trabalho de conclusão do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE/2013 - 2014 da Secretaria de Estado da Educação do Paraná e tem por objetivo relatar e refletir sobre o processo de implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica “Arte Plumária Indígena Brasileira”. O projeto foi implementado no Colégio Estadual Professor Amálio Pinheiro - Ensino Fundamental e Médio localizado na cidade de Ponta Grossa – PR, no terceiro período do programa. Este artigo aborda a relevância em conhecer, valorizar e respeitar a diversidade étnica e cultural dos povos indígenas brasileiros, focando em uma das manifestações culturais e artísticas inerentes a certos grupos indígenas, a Arte Plumária, mais especificamente enfatiza a plumária praticada pelo grupo Urubu Kaapor, do Maranhão. A presente produção objetivou também refletir sobre as representações sociais construídas historicamente acerca dos povos indígenas, buscando desconstruir estereótipos, equívocos e visões preconceituosas que se forjaram sobre essas sociedades. Para efetivação da implementação do projeto, foi elaborado material pedagógico no formato de Unidade Didática. Esta, composta por textos de apoio, questões reflexivas e de fixação, imagens e sites de buscas, forneceram o subsídio necessário à efetivação do projeto. Os resultados, de um modo geral, foram satisfatórios e evidenciaram mudanças de percepções e julgamentos por parte de alguns alunos. Da parte dos docentes da rede pública, com a oferta do curso GTR - Grupo de Trabalho em Rede, constatou-se uma ótima aceitação e interesse pelo tema proposto no projeto. Nesse espaço de socialização das produções desenvolvidas ao longo do programa, as discussões e troca de ideias entre cursistas e tutora, contribuíram para a ampliação e aprofundamento do debate. Esses professores caracterizaram a Unidade Didática como um subsídio consistente no estudo da temática indígena em sala de aula e também como apoio importante para as Equipes Multidisciplinares das escolas em que atuam.
Palavras-chave: Diversidade, Sociedades indígenas, Arte Plumária, Urubu-Kaapor
______________________
¹ Professora PDE, licenciada em História, especialista em História e Região, atua no
Colégio Estadual Professor Amálio Pinheiro.
² Professor orientador PDE e professor do Departamento de História da UEPG.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo é resultado da produção, implementação e sistematização do
material produzido ao longo do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE –
2013/2014 da Secretaria de Estado de Educação do Paraná – SEED.
A implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica corresponde ao
terceiro período do programa de formação continuada do PDE e foi posta em prática
no Colégio Estadual Professor Amálio Pinheiro – Ensino Fundamental e Médio, Ponta
Grossa – PR, com os alunos dos nonos anos das turmas “A” e “B”. A temática
escolhida para construção do projeto foi a Arte Indígena, mais especificamente a Arte
Plumária.
Sabe-se que por meio da arte muito se pode conhecer sobre povos e culturas
e que as manifestações artísticas trazem as características dos seus criadores, do
seu tempo e do espaço onde foram criadas. Dessa forma, o uso e a confecção de
utensílios plumários vai muito além da função de enfeitar o corpo e está vinculada a
transmissão de informações sobre o indivíduo, sexo, família, posição social e mitos de
um povo. Além disso, artes e seus significados se constituem em elementos
integradores e mantenedores das culturas indígenas
A metodologia eleita para implementação do Projeto de Intervenção foi a
Unidade Didático Pedagógica, elaborada no segundo período do programa. A
relevância desse estudo esteve na necessidade e importância de apresentar aos
estudantes a diversidade étnica e cultural dos povos indígenas, enquanto portadores
de inúmeros saberes e fazeres, entre os quais as artes.
Nesse sentido a implementação do material didático se justificou como
importante subsídio visando ampliar o conhecimento sobre as sociedades indígenas,
entre esses, as artes, bem como desconstruir equívocos, etnocentrismo e
preconceitos que se construíram em torno desses povos e que ainda estão
fortemente presentes no senso comum de muitas pessoas.
Considerando a importância do papel do educador na mediação de
esclarecimentos dos educandos com relação à diversidade social e cultural da
humanidade e pensando a escola como um espaço no qual as crianças reconhecem
a sua cultura e a dos outros, nos reportamos a Grupioni (2001, p. 25), que nesse
aspecto nos leva a refletir:
Como a escola que desempenha um papel fundamental na formação de nosso referencial explicativo da realidade, pode colaborar para a construção de uma sociedade pluriétnica e pluricultural, capaz de respeitar e conviver com diferentes normas e valores? (GRUPIONI, 2001, p.25).
Para a fundamentação da construção da Unidade Didático Pedagógica, fez-se
necessário aprofundar teoricamente o tema do projeto, a Arte Plumária, com ênfase
na plumária praticada pela etnia Urubu-Kaapor (Maranhão). Importa ressaltar que ao
longo do estudo, da construção e da implementação do material didático acima
referido, buscou-se evidenciar a presença da diversidade entre os grupos indígenas
brasileiros.
Ao final das atividades propostas e postas em práticas no processo de
implementação, ressaltou-se a importância em conhecer, refletir e lançar um novo
olhar às culturas indígenas, sua diversidade e complexidade, desconstruindo
equívocos, estereótipos e etnocentrismos enraizados e naturalizados ao longo dos
séculos.
2. ARTE PLUMÁRIA - CONSIDERAÇÕES
A Arte Plumária Indígena no Brasil atualmente (nem sempre foi assim), é
prestigiada e reconhecida no mundo inteiro. Exemplares dessa expressão estão
presentes em museus nacionais e estrangeiros, nesse caso, levadas pelos primeiros
colonizadores. É o caso dos mantos tupinambás que causaram sensação entre os
europeus quando aportaram nessas terras. Um desses raros exemplares, que se
encontra na Dinamarca, (existem apenas sete no mundo), foi trazido ao Brasil, e
exposto por ocasião da Mostra do Redescobrimento, Brasil 500 anos, em 2000,
realizada no Parque Ibirapuera, em São Paulo.
Contudo, a continuidade da expressão plumária entre as tribos que ainda a
executam, pode estar fadada ao desaparecimento ou ainda ter sua autenticidade
deturpada.
Apesar da admiração que desperta, a Arte Plumária vem se tornando
atualmente produto comercial, perdendo seus significados e usos tradicionais,
adquirindo conotação de objeto decorativo para consumo dos turistas. Outro problema
para a continuidade dessa tradição está na obtenção da matéria-prima, tendo em
vista que algumas aves que a fornecem estão ameaçadas de extinção.
De acordo com a atual legislação brasileira, os indígenas só podem abater a
fauna silvestre unicamente para fins alimentares e confecção de artigos cerimoniais e
não de outras peças (caso em que se enquadra os adornos plumários).
Diante da ameaça a continuidade da existência das tradições plumárias dos
indígenas brasileiros, bem como pela vigência da Lei 11.645/2008, que determina a
obrigatoriedade do ensino da cultura indígena nos estabelecimentos de ensino
fundamental e médio, público e privado, justifica-se o Projeto de Intervenção
Pedagógica em questão. A respeito da legislação mencionada, Vilar e Dantas
afirmam:
[...] com as diretrizes reafirmadas e decretadas com a Lei 11.645/08, não apenas passou-se a cobrar o ensino indígena, para os próprios indígenas, mas a reformulação das ideias e das representatividades destes povos na cultura e na história. O Dia do Índio em 19 de abril, não deve ser apenas um dia, no qual as crianças pintam os rostos, vestem tangas e põem cocares de penas nas cabeças, e saem andando em círculo ao redor de uma fogueira imaginária, batendo os pés no chão e fazendo o típico som com a mão na boca “u-u-u-u-u”. O Dia do Índio deverá agora ser um dia, no qual as crianças devam realmente (re) conhecer as culturas destes povos, sabendo que os índios foram de um jeito no passado e que no presente já são outro, por mais que ainda haja casos de povos vivendo como seus antepassados, em locais isolados do país, principalmente na Região Norte. (VILAR e DANTAS, 2011, s.p.).
Quando os autores acima se referem à comemoração do Dia do Índio como
um dia de reconhecer essas culturas e povos, se faz necessário algumas
considerações quando às representações que foram feitas em torno dos indígenas ao
longo do tempo para compreendermos os reflexos das mesmas no presente.
Desde o século XVI, o termo genérico “índios” passou a ser usado pelos
portugueses, de forma ampla para designar de modo preconceituoso e incorreto a
diversidade de povos e culturas que já viviam nessas terras há séculos. Também
chamados de gentios, negros da terra, bárbaros, silvícolas e bugres, adjetivos
pejorativos que os qualificaram, ao longo do período colonial e imperial, ou ainda
como homens de inteligência inferior, sem fé, sem rei e sem lei. Eram, enfim, vistos
como povos incultos que viviam na barbárie.
Foi a partir da descrição dos indígenas na carta de Pero Vaz de Caminha, que
eles passam a ser representados nos mapas da época de diversas formas. Ao longo
do séc. XVI, após o episódio com o bispo D. Pero Fernandes Sardinha e o alemão
Hans Staden, era comum a representação dos Tupinambá devorando pessoas. Os
religiosos Jean de Lery e André Thévet apresentavam os índios aos europeus
baseados unicamente nos relatos de viajantes. A maioria dos ilustradores não
presenciaram as cenas retratadas, então, as imagens eram tendenciosas e visavam
apenas os interesses expansionistas. Desse modo, os “índios” eram vistos como
animais irracionais e bárbaros, sendo que a colonização é que os tornaria
“civilizados”, por meio da religião cristã.
As representações dos indígenas brasileiros eram feitas por pessoas que nunca
os tinham visto, ou que os viam com olhares europeus e etnocêntricos, de forma
estereotipada e preconceituosa, sendo retratados pelos artistas da época, com corpos
e rostos estilizados e as fisionomias europeizadas. Em meio a essa concepção
depreciativa, os indígenas foram perseguidos, capturados, escravizados, convertidos
e muitos exterminados.
Foi a partir de 1636, com o artista holandês Albert Eckhout, que esteve em
contato com os índios brasileiros, que as representações dos mesmos, em desenhos
e pinturas, se tornaram um pouco diferenciadas das anteriores, mas ainda bastante
distantes da realidade. São as primeiras representações visuais do novo mundo feita
por artistas profissionais. Eckhout retratava a natureza e nela, os “índios bons” (os
amigos), europeizados e os “índios maus” (os inimigos), sempre cercados de
elementos da flora e da fauna, em representações alegóricas dos povos nativos.
Na Segunda metade do séc. XIX, o Estado Imperial pretendia a construção
ideológica de uma identidade nacional comum em busca de se criar um sentimento de
nacionalidade, de pertencimento e integração do indígena à sociedade, porque
entendia que tudo o que era diferente, era sinônimo de atraso e por essa razão,
deveria ser superado. Com isso, objetivava-se homogeneizar e unificar tamanha
diversidade étnica e cultural. Uma forma encontrada para que isso de desse, foi a
miscigenação do indígena com a sociedade não índia. Conforme Stuart Hall:
[...] não importa quão diferentes os membros de uma nação possam ser em termos de classe, gênero ou raça, uma cultura nacional busca unificá-los numa identidade cultural, para representá-los todos pertencendo à mesma e grande família nacional. (HALL, 2006, p. 59)
Nessa perspectiva, o índio idealizado passa a ser visto como um legítimo
representante da cultura brasileira, integrado e dotado de unidade identidária.
A Literatura Romântica impregnada desse ideal de construção de uma
nacionalidade, no “movimento indianista”, cujos principais representantes foram José
de Alencar e Gonçalves Dias. Além da historiografia e da escultura, com o índio
simbolizando a nação brasileira, também a música, (a ópera “O Guarani”, de Carlos
Gomes, contribuíram para reforçar mais uma representação equivocada do índio
brasileiro.
A partir de 1889, no período republicano, houve um silenciamento sobre a
história dos povos indígenas. No dizer de Vilar e Dantas “a história dos povos
indígenas, assim como dos afro-brasileiros morreu” (VILAR e DANTAS, 2011 s.p)
Dessa forma, ao longo do século XX, a imagem que se tinha sobre o índio era
praticamente a mesma dos séculos XVI e XVII, As representações que se forjaram
ao longo do tempo, caracterizando o índio como genérico, homogêneo, (portanto,
destituído de identidades étnicas e culturais), exótico, cristão, a caminho da extinção
e miscigenado, se perpetuaram no senso comum e no imaginário das pessoas.
Ao longo do tempo essas características foram naturalizadas e
institucionalizadas pelo Estado e sociedade, sendo muitos os estereótipos
vinculados aos povos indígenas que ainda hoje se mantém.
Nesse sentido, cabe destacar que as escolas focavam o ensino numa visão
eurocêntrica, reafirmando a superioridade branca e a “contribuição” de livros
didáticos na representação do indígena dentro das concepções acima mencionadas,
cometendo erros por redução, simplificação e até por omissão no conhecimento “do
outro”. Nesse sentido concordamos com Grupioni quando se refere aos manuais
didáticos como deficientes no trato da diversidade étnica e cultural presentes no
Brasil desde a colonização aos dias atuais, diz ele: “É com esse material equivocado
e deficiente baseado em pressupostos ultrapassados, que professores e alunos têm
encontrado os índios na sala de aula” (GRUPIONI, 2011, p.25).
Pretende-se com esse trabalho contribuir para desconstruir e desmistificar
essas noções deturpadas, equivocadas e estereotipadas construídas historicamente
a respeito dos povos indígenas. Essas noções distanciadas da realidade, podem
levar os alunos a perceber os indígenas apenas na ótica do passado, tratados de
maneira negativa e depreciativa e não como sujeitos cidadãos, com direitos e
deveres. Segundo Grupioni, “Ao jogar os índios no passado, os livros didáticos não
preparam os alunos para entender a presença indígena no presente e no futuro [...]”.
(GRUPIONI, 2001, p. 17)
Sob esse aspecto vale lembrar que alguns avanços, ainda que lentos, se
observam, uma vez que o Programa Nacional do Livro Didático (PNL), criado em
1985, pelo decreto 91.542, do Ministério da Educação, passou a cobrar com mais
rigor a avaliação dos conteúdos abordados nos diversos livros didáticos editados no
país, para garantir que preconceitos, erros e ambiguidades a respeito dos povos
indígenas brasileiros sejam eliminados dessas obras em suas reedições.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Desde a Pré-história, o homem manipula e modifica cores, formas, espaços e
superfícies. O “lidar” com essa diversidade de coisas tem por intenção dar sentido a
algo e comunicar-se com o outro, uma vez que essa não se dá apenas pelas
palavras.
A expressão artística é própria das atividades humanas e está diretamente
ligada e integrada a cultura dos povos durante sua evolução. Tais manifestações
tomam formas diferentes de acordo com as diversas sociedades e culturas.
Por meio da arte, se pode conhecer muito sobre pessoas, povos e culturas e
países. De modo que as manifestações artísticas trazem a marca de seu tempo, dos
seus criadores e dos lugares em que foram criadas.
No Brasil, as primeiras referências a adornos plumários se reportam a carta de
Pero Vaz de Caminha ao rei português D. Manuel ao elencar as características da
“terra descoberta”. Nela o escrevente faz menção ao uso, pelos indígenas, de
exuberantes plumas para adorno do corpo.
A prática plumária é bastante antiga. Em pinturas rupestres localizadas em
sítios arqueológicos no Nordeste, há registros de representações de seres humanos
com adornos plumários.
Quando os primeiros europeus pisaram no território brasileiro, no século XVI,
vários exemplares plumários foram coletados e mandados às cortes europeias. Lá,
na época, eram apresentados como troféus e testemunhos da “conquista”, e aos
olhos europeus, não passavam de um artesanato exótico, (um exemplo disso são
os mantos tupinambás existentes apenas em museus europeus).
Esse “olhar” europeu sobre as obras plumárias é compreensível, se
analisarmos que um dos aspectos do processo de “conquista” foi a
descaracterização das sociedades indígenas e uma representação sobre esses
povos como “homens primitivos e incultos”.
Além disso, a concepção de arte na época passava pelos padrões e cânones
europeus e a manifestação plumária dos indígenas era vista lá fora pela sua
originalidade e exuberância, mas como um artesanato exótico, desprovido de senso
artístico. Nessa perspectiva, era impossível entender o valor artístico-cultural e a
riqueza do vasto significado sociocultural da plumária praticada pelos povos
indígenas brasileiros. Sobre esse aspecto, Nicola afirma que: “As técnicas ditas
cultas impediam o merecido reconhecimento da manifestação artística de homens
considerados “primitivos” que não tinham formulado o conceito abstrato de arte e
muito menos o vocábulo próprio para designá-la”. (NICOLA, 1986, p. 16)
É oportuno fazermos uma consideração quanto ao uso do termo arte indígena.
Quando o utilizamos, estamos fazendo diante do critério de arte criado pela nossa
civilização e não sob a ótica da cultura indígena. Alguns autores, questionam a
atribuição desse termo para as expressões indígenas, por considerar que o conceito
corrente de arte é uma importação europeia e não própria de atividades das
comunidades indígenas.
Ao se perguntar sobre o que é a arte índia, Darcy Ribeiro diz que a expressão
designa certas criações indígenas com padrões pré-estabelecidos e geralmente
usados para fins práticos, mas buscando sempre alcançar a perfeição.
A Arte Plumária sempre mereceu menção nos relatos dos primeiros viajantes,
naturalistas, artistas, missionários e em estudos de etnógrafos e etnólogos. Como
exemplo, temos os tecidos pré-incaicos dos Andes, dignos apenas dos imperadores
e ofertados aos deuses. Outro exemplo foi quando Montezuma saúda Cortez como
um Deus, oferecendo-lhe mantos de penas de um pássaro mítico, o “quetzal”. Entre
os povos nativos, durante a “conquista”, a plumária em forma de adereços e objetos
utilitários, era tida como um bem valioso. Somente mais recentemente a importância
das artes indígenas passaram a ser reconhecidas de forma mais ampla na América
do Sul.
Os primeiros estudos e pesquisas sobre a plumária indígena brasileira, se
deram no Brasil a partir da segunda metade do século XX com Darcy e Berta Ribeiro
(os pioneiros), Lúcia Hussak van Velthem, Sonia Ferraro Dorta, Maria Helena
Fénelon Costa e Maria Helena Dias Monteiro.
No Brasil, pelo menos trinta grupos étnicos indígenas se expressam e
manifestam tradições culturais através da arte plumária. Se destacam pela
excelência artística os Urubu-Kaapor, Borôro, Karajá, Kayabí, Kaxináwa, Rikbáktsa,
o subgrupo Kayapó e os indígenas do Alto Xingú. No passado, foram engenhosos e
habilidosos artistas, os Tukâno e os Munduruku, que atualmente não mais praticam
a Arte Plumária. Também encontramos referências aos antigos Tupinambá, como
grandes expoentes na expressão plumária. Eles habitavam a costa brasileira e em
face aos constantes conflitos e enfrentamentos com os colonizadores foram extintos
já no século XVI.
Podemos definir a Arte Plumária como o processo de confecção de adornos
corporais e objetos utilitários com penas, plumas e penugens, sendo essas as
matérias-primas essenciais. No entanto, é frequente a combinação dessas com uma
diversidade de outros materiais como: fibras, couro, tecidos, madeira, conchas,
ossos, cipós, sementes, dentes e garras de animais, entre outros.
Na Arte Plumária a matéria- prima provém de diversas espécies de pássaros
da fauna brasileira que fornecem uma variedade enorme de cores, formas e
tamanhos de plumagens, que são constituídas de penas, plumas e penugens.
De uma avifauna bastante diversificada, vem a plumagem de belas e variadas cores
e formas, que é selecionada cuidadosamente, de modo a atender as demandas das
diferentes tradições culturais de cada tribo.
No criterioso processo de seleção das aves fornecedoras da matéria-prima
para a confecção plumária, leva-se em consideração a qualidade cromática e
morfológica da mesma e a relação dessas com o mundo sobrenatural dos indígenas.
É curioso observar que algumas tribos deixam de usar certas aves
abundantes de sua região para buscarem fora, outras, cujas penas atendam suas
necessidades culturais. Desse modo algumas aves são utilizadas, outras não, de
acordo com a seleção feita pelas tribos.
Ainda dentro dos critérios mencionados acima, os indígenas não utilizam todo
o potencial plumário das aves, pois retiram penas somente de uma região do corpo,
desprezando as demais. Buscam formas e estruturas específicas de penas. A
exemplo disso, temos os Tukâno que utilizam tão somente as penas esvoaçantes da
garça branca, enquanto os Kaapor retiram unicamente as plumas do pescoço da
pomba troval e empregam apenas as da cauda do japu. Assim, era preciso dez
japus para fabricar um só diadema. Algumas aves como os papagaios e araras
(psitacídeos), acrescidos de japus, mutuns e gaviões são utilizadas por todas as
tribos que praticam essa tradição.
O que caracteriza a arte plumária dos grupos indígenas que a praticam é
principalmente a busca pela beleza, pela estética. Os estilos artísticos variam de
tribo para tribo e obedecem a padrões tradicionalmente estabelecidos dentro de
sistemas culturais a que o grupo pertence, sofrendo poucas alterações ou
inovações.
Apesar das diversas tendências estilísticas plumárias, devido ao certo rigor
cultural em que se enquadram a elaboração das obras plumárias, é possível
distinguir a proveniência étnica de cada estilo, em função da morfologia, cores da
matéria prima, dimensão dos adornos e técnicas de confecção dos diversos tipos de
artefatos plumários.
O que é artístico está disperso no mundo comunitário, de forma que um artista
indígena não se vê como tal e nem a comunidade o vê assim, pois sua criação está
a serviço da coletividade, ou seja, a arte representa mais as tradições de sua
comunidade, do que a personalidade do artista que a criou. Assim, o “olhar” artístico
para determinados objetos indígenas é próprio de quem os vê de fora do contexto
cultural daqueles.
Importa lembrar que a noção do que é “artístico” é um conceito alheio às
sociedades indígenas, é antes, uma construção ocidental, baseado em critérios
estabelecidos pela nossa civilização e não do ponto de vista das culturas indígenas.
4. IMPLEMENTAÇÃO PEDAGÓGICA
A implementação pedagógica do Projeto Arte Plumária Indígena Brasileira, no
formato de Unidade Didática Pedagógica se efetivou em duas turmas de nonos
anos, nono “A” e nono “B” no Colégio Estadual Professor Amálio Pinheiro – Ensino
Fundamental e Médio no município de Ponta Grossa – PR.
As atividades se desenvolveram de acordo com cronograma composto por 64
horas/aula e aconteceram no terceiro período do Programa. O projeto foi
apresentado à comunidade escolar em reunião pedagógica, momento em que todos
puderam se inteirar do teor do mesmo e de como se daria seu processo de
implementação em oito encontros de 4 horas/aulas cada um.
A produção da Unidade Didática foi precedida de fundamentação teórica em
diversos autores que abordam temáticas indígenas, entre essas, a plumária,
oferecendo, portanto, o respaldo científico para a construção dos textos que
compuseram o citado material. Na organização do mesmo priorizou-se pela
variedade de atividades, compostas por textos, imagens, questões reflexivas e sites
para acesso a portais sobre cultura indígena e acervos virtuais sobre a arte plumária.
Anterior à implementação propriamente dita, no primeiro encontro, procedeu-se
a aplicação de um questionário investigativo com vistas a diagnosticar se os alunos
já dispunham de conhecimentos prévios sobre os povos indígenas do Brasil. Com
isso pretendeu-se verificar o que sabiam, se sabiam, e o que aprenderam após os
encaminhamentos metodológicos previstos e postos em prática durante o processo
de implementação do projeto.
No segundo encontro deu-se a apresentação do vídeo “Quem são eles”
produzido pela TV Escola e a leitura e análise do texto “Diversidade étnica”.
Pretendeu-se nesse encontro ressaltar a diversidade étnica, social e cultural
presente nos povos indígenas brasileiros, seus saberes e fazeres e o modo como os
grupos se organizam, pensam, veem e entendem o mundo que os cercam.
No terceiro encontro, a análise e interpretação do texto “Representações
Sociais”, procurou discutir e refletir sobre as representações sociais e
historicamente construídas em torno dos povos indígenas e o impacto negativo que
estas tiveram sobre eles. Este estudo visou à desconstrução de noções deturpadas,
preconceituosas e etnocêntricas que, de uma forma ou outra, ainda se fazem
presentes na sociedade não índia.
Incentivar o respeito a outros povos e culturas é um desafio que cabe a escola
vencer, desenvolvendo a formação de alunos com outro olhar para as sociedades
indígenas brasileiras.
O quarto encontro teve como tema “Análise e interpretação imagem” com a
apresentação da obra de Jean Baptiste Debret “Caçador de escravos”, (1820 -
1830). A utilização desse recurso iconográfico e as atividades sobre ele propostas,
tiveram o intuito de levar os alunos a perceber o uso de fontes visuais e seus
elementos como auxiliares na compreensão das representações que se fizeram
sobre o indígena em diferentes épocas, refletindo sobre o olhar do artista, sua
intenção ao representar aquelas imagens e o contexto em que elas foram feitas.
No quinto encontro procedeu-se a abordagem específica sobre o tema de estudo
do projeto Arte Plumária, o qual objetivou oportunizar aos alunos conhecer as
origens, matéria prima, noções sobre as diferentes técnicas de confecção de
artefatos plumários, ocasiões de uso e múltiplos significados desses adereços.
Já com o tema “Arte Plumária na atualidade” e as atividades propostas sobre
o assunto, pretendeu-se perceber os processos de transformação que essa prática
vem passando, a possível perda do significado original dos adornos plumários e as
possibilidades de manutenção ou extinção dessa prática artística cultural, presente
em algumas sociedades indígenas brasileiras.
O sexto encontro abordou o assunto “Urubu-Kaapor, quem são eles?”. A
opção pelo estudo da plumária praticada por esse grupo indígena, e não outro, se
deveu ao fato de desenvolverem essa atividade desde longa data, além de serem
plumistas habilidosos e possíveis herdeiros da tradição plumária dos antigos
Tupinambá.
O sétimo encontro, cujo tema “A Arte Plumária Kaapor nas Origens
Tupinambá”, pretendeu compreender as origens históricas da tradição plumária
desse grupo antigo, do qual descendem os Urubu-Kaapor.
O oitavo e último encontro teve como tema visita e exploração do portal de
cultura indígena www.indioeduca.org, site com formato de Recurso Educacional
aberto com licença Creative Commons. A exploração desse site teve o intuito de
proporcionar aos alunos compreender a origem e o contexto de criação do mesmo e
perceber os grupos indígenas como protagonistas de sua história e cultura, tendo
em vista que são eles próprios que fazem e editam as matérias que alimentam o
portal, ou seja, é a história indígena contada pelos próprios indígenas. As etnias
participantes desse espaço virtual abordam diversos aspectos de seus costumes,
das tradições que mantém, dos alimentos, da religiosidade, das artes e do cotidiano,
em linguagem e abordagem simples e acessível.
5. GTR
O Terceiro período do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE
propôs o Grupo de Trabalho em Rede – GTR, modalidade de curso à distância
oferecido aos professores da Rede e importante espaço de socialização das
produções desenvolvidas ao longo do programa com esses docentes.
O GTR foi composto pela Temática 1 - Projeto de Intervenção Pedagógica na
Escola, Temática 2 - Produção Didático Pedagógica e Temática 3 - Implementação
do Projeto de Intervenção. Com base nas produções mencionadas e a partir de seus
referenciais teóricos oportunizou-se aos participantes analisar, refletir, contribuir,
ampliar e aprofundar o debate, a partir das ferramentas disponíveis naquele
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). A maioria dos participantes demonstrou
interesse e empenho no cumprimento das atividades propostas. As contribuições ao
debate foram significativas no sentido de aprofundá-lo e enriquecê-lo. As discussões
transcenderam ao esperado, pois os participantes problematizaram outras situações
vivenciadas inclusive pelos indígenas paranaenses, constando a diversidade e
complexidade que lhes é inerente.
6. CONSIDERAÇÕES FINAS
Com a proposta aqui exposta, buscamos mostrar o indígena brasileiro não de
forma genérica, como se fossem todos iguais, modo como quase sempre foram
apresentados. Ao contrário disso, pretendeu-se que alunos e professores os
percebessem em sua diversidade, na qual cada grupo é portador de singularidades
próprias em termos de tradições, costumes, línguas, artes, religiosidade, entre
outros.
Tivemos como objetivo principal contribuir para a reflexão em torno dessas
sociedades, visando desenvolver o senso de reconhecimento e valorização para
com a cultura do outro.
Dessa forma, os textos elaborados e as atividades propostas, pretenderam
embasar todos os envolvidos a lançar um novo olhar sobre as culturas indígenas,
desconstruindo estereótipos, ideias equivocadas e preconceitos arraigados no senso
comum, sobre esses povos.
Julgamos que a implementação foi exitosa, principalmente pelo fato de
constatarmos a opinião (antes negativa) que alguns alunos emitiram sobre o
indígena quando da aplicação do questionário que antecedeu a implementação do
projeto, e confrontar essa opinião após a implementação do projeto. Pedindo que
respondessem novamente a questão mencionada, constatamos uma mudança de
postura dos mesmos alunos quanto ao modo como passaram a perceber o indígena
brasileiro. Esse foi um dos pontos positivos.
Sabemos que diante da grande pluralidade étnico-cultural e em tempo tão
delimitado, torna-se impossível um estudo mais abrangente sobre a temática. Isso
demandaria um tempo de pesquisa e estudos muito maior, razão pela qual optamos
por um aspecto da cultura indígena qual seja a Arte Plumária. Contudo, dentro dos
objetivos a que nos propusemos, acredito que a maioria deles foi atingida.
Em suma, apesar de algumas dificuldades, a implementação do Projeto de
Intervenção Pedagógica sob a forma de Unidade Didática se efetivou,
caracterizando-se como material pedagógico consistente e interessante.
No GTR, pudemos constatar a ótima aceitação do tema Arte Plumária Indígena,
assunto pelo qual demonstraram curiosidade e interesse gerando um amplo debate
e interação entre os cursistas. Foi consenso entre eles a importância de propiciar e
viabilizar à comunidade escolar um conhecimento mais amplo a respeito da
complexidade e diversidade das culturas indígenas, visando a desconstrução de
representações sociais negativas, deturpadas, preconceituosas, estereótipadas e
naturalizadas.
A produção didático pedagógica foi apontada pelos professores cursistas do GTR
como importante subsídio para as Equipes Multidisciplinares das suas escolas e em
suas práticas docentes pelo formato do material com atividades diversificadas que
instigam os alunos a buscar mais conhecimento sobre o tema através de pesquisas
virtuais, inclusive. Foi apontado ainda a linguagem acessível do material didático
como facilitador para o entendimento de alunos de todos as séries do ensino
fundamental, nas quais o material pode ser trabalhado.
Terminada a aplicação do Projeto de Intervenção Pedagógica nas aulas de
História e após análise das participações, interações, trocas e produções entre os
envolvidos (alunos e docentes), evidenciamos a importância do mesmo no sentido
de proporcionar subsídios ao estudo da temática indígena em sala de aula.
Dessa forma, concluímos que as atividades desenvolvidas também contribuíram
no sentido de dar maior visibilidade e divulgação a Lei 11.645/2008 que estabelece a
obrigatoriedade do ensino da cultura dos povos indígenas, visando um ensino
pluriétnico e multicultural, enfatizando o respeito às diferenças culturais, e desse
modo, contribuindo com subsídios para o processo ensino-aprendizagem na escola
pública.
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