OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: ESTRATÉGIAS DE LEITURA: PRÁTICAS DE LEITURA COM ALUNOS DO SEXTO ANO
Autora: Andréa Petrele Galvão
Disciplina/Área: Língua Portuguesa
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual Professora Edithe Rua Mato Grosso - Ferraria
Município da escola: Campo Largo - Pr
Núcleo Regional de Educação: Área Metropolitana Sul
Professor Orientador: Maria de Lourdes Rossi Remenche
Instituição de Ensino Superior: UTFPR
Relação Interdisciplinar:
Resumo:
Esta Unidade Didática objetiva
desenvolver estratégias de leitura por
meio da exploração de diferentes
gêneros textuais do agrupamento
narrar, a fim de ampliar o repertório dos
alunos, trabalhar a compreensão
através de localização e seleção de
informações, comparação e inferências,
a fim de desenvolver a capacidade de
narrar o mundo e relatar as experiências
vividas, promovendo interação, sempre
levando em consideração o contexto
sociocultural do aluno.
Serão aplicadas dinâmicas associadas a
leituras, pesquisas, debates,
dramatizações e outras atividades que,
eventualmente, possam surgir durante o
processo de ensino-aprendizagem.
Dessa forma, buscamos criar situações
de interação, construção de
conhecimento, e formação de leitores
críticos e engajados na realidade em que
estão inseridos. As atividades realizadas
nesta unidade baseiam-se nas ideias de
Kleiman (2004 e 2006), Schneuwly e
Dolz (2004), Koch (2006), entre outros.
Palavras-chave: Leitura; Estratégias de leitura; Unidade didática; Gêneros Textuais.
Formato do Material Didático: Unidade Didática
Público: Alunos do 6º ano
Apresentação
Esta Unidade Didática intitulada “Estratégias de Leitura: Práticas de Leitura
com Alunos do Sexto Ano” visa proporcionar aos alunos do Colégio Estadual
Professora Edithe atividades relacionadas à Língua Portuguesa tendo como objetivo
desenvolver o hábito da leitura com foco no desenvolvimento de estratégias
fundamentais à compreensão através da exploração de diferentes gêneros textuais
do agrupamento narrar.
O desinteresse pela leitura tem prejudicado o aprendizado em todas as áreas
do conhecimento, pois muitos alunos apresentam dificuldades na interpretação de
textos, o que impacta negativamente o rendimento escolar dessas crianças.
Assim, tanto professores como a escola não podem se furtar ao processo de
ensino-aprendizagem da leitura como função primordial da educação básica.
Considerando tais colocações, verificamos que o ensino da leitura não pode limitar-
se às práticas de decodificação. Ao contrário, é preciso formar leitores capazes de
ler criticamente, aptos para atuar na realidade em que estão inseridos. Para tanto,
faz-se necessário estabelecer estratégias de ensino da leitura, considerando as
questões cognitivas, discursivas e sociais dos estudantes. Nesse sentido, os PCN
(BRASIL, 2006) argumentam que a leitura deve ser vista como um instrumento de
inclusão, de participação efetiva, fomentando o desenvolvimento de leitores
autônomos, críticos, proficientes frente à linguagem e às práticas sociais de
produção de sentido.
Sendo uma atividade de construção de sentido, a leitura pressupõe a
interação autor-texto-leitor, na qual estão em jogo, não só as pistas e sinalizações
que o texto oferece, como também, os conhecimentos do leitor (KOCH & ELLIAS,
2006). A leitura é, portanto, uma atividade de interação, em que leitor e texto
conversam entre si, numa franca produção de sentidos, em que o leitor se insere no
contexto, de acordo com seus conhecimentos prévios. Por essa razão, as atividades
devem possibilitar-lhe participação ativa, quando poderá fazer uso do conhecimento
prévio de aspectos linguísticos e textuais, e, principalmente, de mundo (KLEIMAN,
2004).
Para Yunes e Pondé (1998), a escola pode criar por si própria, ambientes
favoráveis à leitura o que permitiria o nascimento de uma sociedade consciente das
vantagens de ler, já que são submetidos diariamente à avalanche dos meios
eletrônicos de comunicação que tendem a oferecer uma leitura acabada do mundo.
“Um ambiente propício ao desenvolvimento da leitura é o que se tem quando
um livro desejado é colocado à disposição de quem o deseja no momento e local
desejados”, segundo Yunes e Pondé (1998, p. 55). De acordo com Lajolo (1993), a
escola como instituição, têm melhores condições para promover e transformar a
leitura em prática circular e infinita e que no contexto de um projeto de educação
democrática vem à frente a habilidade de leitura, essencial para quem quer ou
precisa ler para tornar-se seu usuário competente.
Nesse sentido, o papel do professor para incentivo da leitura é aquele que
intervém numa determinada etapa do processo, criando situações favoráveis ao
desenvolvimento da leitura, e para um bom resultado é necessário esforço constante
de observação da turma e busca de alternativas significativas para a aprendizagem
que envolva estratégias de ensino-aprendizagem, oportunizando aos alunos,
liberdade de escolher, e pouco a pouco, aprofundar a leitura despertando neles o
desejo de ler novos textos, desafiadores de sua imaginação, estimulada por uma
prática rica de novos sentidos, e para isso, se faz necessário circular livremente na
sala de aula os mais diversos gêneros textuais, por meio das mais diversificadas
estratégias, pois não se faz leitores críticos e ativos a partir da leitura de um único
gênero textual.
Nessa perspectiva Schneuwly e Dolz (2004) propõe o trabalho com
diversidade de gêneros independente do nível escolar, mas variando a
complexidade de acordo com a faixa etária dos alunos.
As atividades propostas nesta Unidade Didática estão embasadas nas
Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação Básica proposta pelo Estado do
Paraná no que se refere ao trabalho com a prática da leitura.
Abordagem Metodológica
Tema de Estudo: Dificuldades na Leitura e Compreensão de Textos
Olá Professor,
O propósito desta Unidade Didática é apresentar algumas sugestões de
atividades para trabalhar a leitura de diferentes gêneros discursivos da ordem do
narrar, módulo a módulo, possibilitando ao aluno a leitura e a expressão oral e
escrita, como também, refletir sobre o uso da linguagem em diferentes situações e
contextos, levando o aluno a dominar melhor os gêneros em estudo.
Trabalhar com gêneros do agrupamento narrar em sala de aula é uma
alternativa que auxilia a prática da leitura, visto que são, na sua maioria, textos
curtos, de fácil acesso e bastante significativos para a faixa etária do Ensino
Fundamental. Textos curtos permitem ao professor adequar, ao tempo-aula, as
dinâmicas e também, capacitar para a reflexão e compreensão de informações
implícitas no texto.
Essa Unidade didática iniciará com uma sondagem para levantar o nível de
leitura em que os alunos se encontram suas preferências e alguns vídeos de
incentivo à leitura e está organizada em três módulos:
Módulo I – Fábulas
As fábulas escolhidas para o trabalho desse módulo são:
A cigarra e a formiga boa (Monteiro Lobato)
A cigarra e a formiga má (Esopo)
Contrafábula da cigarra e da formiga (Millôr Fernandes)
Através da leitura desses textos e o conhecimento prévio dos alunos,
desenvolveremos situações para interagir, compartilhar conhecimentos, descobrir
intenções dos textos, desenvolvendo e ampliando o raciocínio crítico.
Módulo II – Lendas
Nesse módulo a linguagem oral e escrita serão estimulados através da lenda
O Negrinho do Pastoreio, possibilitando relações entre textos com finalidade de
oferecer diversas possibilidades para construção e reconstrução de sentidos e
identificação de implícitos.
Módulo III - Conto
Nesse módulo, os alunos conhecerão alguns elementos básicos da narrativa
através do conto A menina dos fósforos (adaptação de Monteiro Lobato),
desenvolverão a imaginação e a criatividade e também estabelecerão relações com
a música Miséria (Titãs) visando à multiplicidade de interpretação e desenvolvimento
do senso crítico.
As atividades que compõe essa sequência didática serão aplicadas no 1º
semestre de 2015, e contribuirão no trabalho de implementação do Projeto de
Intervenção Pedagógica que tem como objetivo auxiliar o professor PDE em sala de
aula. Nessa intervenção, pretende-se apresentar, através da prática da leitura,
temas que viabilizem caminhos para o aperfeiçoamento dos leitores. As atividades
de leitura e produção apresentam-se numa sequência que facilitará a compreensão
e a busca de novas leituras e encantamentos.
Bom trabalho a todos e todas!
MÓDULO I – FÁBULAS - 10 AULAS
Objetivos:
Apresentar o tema e objetivos aos alunos, ativando os conhecimentos prévios,
formulando e verificando hipóteses, visando à multiplicidade de interpretações;
Fornecer informações necessárias referentes aos gêneros textuais.
a) Você tem livros em casa?
b) Você gosta de ler? Por quê?
c) Quem gosta de ler na sua família?
d) Quanto tempo você atribui à leitura diariamente?
( ) nenhum ( ) menos de uma hora ( ) mais de uma hora por dia
e) Ao ler um livro, uma revista ou um texto, você costuma:
parar no início do livro?
parar na metade?
ir até o final?
só folhear o livro?
f) Que livro mais gostou de ter lido até hoje? Por quê?
g) Assinale a(s) alternativa(s) referente aos gêneros que você mais gosta de ler
( ) contos ( ) crônicas ( ) fábulas ( ) lendas ( ) romance ( ) poesia
h) Na questão anterior, foram citados alguns gêneros literários, você sabe a
diferença entre esses gêneros?
i) Você vai com frequência à biblioteca da escola?
j) Você já foi a alguma biblioteca fora da escola?
k) Que vantagens há em emprestar livros ao invés de comprar?
Professor,
Nesse momento será aplicada uma sondagem para investigar
quais as preferências de leitura dos alunos, assim como o nível de
interesse em relação à leitura.
Abaixo, sugestões de perguntas.
Após a conversa apresente os seguintes vídeos: Sugestões
“Ler” do escritor Luis Fernando Veríssimo, o vídeo incentiva a leitura. https://www.youtube.com/watch?v=A0_STXPaNz0
Acesso em 31/10/2014 A Menina que Odiava Livros, editado por Olavo Augusto Acesso em 31/10/2014
https://www.youtube.com/watch?v=geQl2cZxR7Q
A importância da leitura
Professor, nesse momento converse com os alunos sobre a
importância da leitura.
Ler é fundamental para saber interpretar mais que textos, situações
do cotidiano. São muitas as leituras realizadas, lemos para obter
informações, para pesquisar algo do nosso interesse, para aprender
os conteúdos das disciplinas e isso nos ajuda a descobrir, por
exemplo, a mensagem transmitida em um texto, descobrir o objetivo
do texto, enfim, a ampliar o conhecimento cada vez mais.
Independente da profissão, os benefícios atrelados à leitura são
inúmeros.
Professor
Após a apresentação dos vídeos oportunize que os alunos falem sobre as
leituras já realizadas por eles.
Será o momento para os alunos exporem suas ideias, e um estímulo à troca
com os colegas de classe.
ATIVIDADE ORAL PARA ATIVAR O CONHECIMENTO PRÉVIO DOS ALUNOS. Levar à sala de aula vários livros de fábulas e apresentar aos alunos.
A LEBRE E A TARTARUGA (Esopo)
A CIGARRA E A FORMIGA (esopo- La Fontaine)
O JAVALI E A RAPOSA (Esopo)
O LEÃO E O RATO (La Fontaine)
A RAPOSA E AS UVAS (Esopo)
A RAPOSA E O LENHADOR (Esopo)
A RAPOSA E A CEGONHA (La Fontaine)
O PASTOR E O LOBO (Esopo)
O GALO E A PEDRA PRECIOSA (Esopo)
A ASSEMBLÉIA DOS RATOS (Monteiro Lobato – Esopo)
O MOSQUITO E O TOURO (Esopo)
OS VIAJANTES E A ÁRVORE (Esopo)
A CORUJA E A ÁGUIA (Monteiro Lobato)
Professor
Nesse momento pergunte aos alunos: Já leram algum dos títulos sugeridos? Se alguns responderem que sim, selecione o aluno que
queira falar o que se lembra da história, repetir a ação com outros alunos;
Perguntar aos alunos se eles sabem que tipo de gênero pertence os títulos sugeridos;
Passar o vídeo disponível no YOU TUBE: a cigarra e a formiga Releitura por Leila
Jinkings, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9v8VjXkhZdo
Acesso em 03/11/2014
Nesse momento passar e explicar aos alunos o conceito de fábulas
Professor
Faça questionamentos a respeito do vídeo.
Sugestões:
O vídeo faz alusão a uma fábula bastante conhecida “A cigarra e
a formiga”. Vocês conhecem essa história?
(Permitir que os alunos contem o que sabem)
Vocês sabem por que essas histórias são chamadas de fábulas?
Quais são as características desse tipo de texto?
Quais as características da cigarra? E da Formiga?
Sugestão
A FÁBULA é um tipo de narrativa que está sempre nos transmitindo
ensinamentos, lição moral, e na maioria das vezes, os personagens são animais
que agem e falam. Na vida real, os animais não falam, não fazem festas e nem
batalham, mas, nas fábulas, eles fazem isso para representar algo que pode ser
vivido pelos homens.
É um tipo de leitura que faz a gente pensar, nos convida à reflexão e ao debate
sobre o comportamento humano e suas atitudes na vida.
Leitura e Interpretação dos textos
Texto 1 – A Cigarra e a formiga boa - Fábula Monteiro Lobato
Havia uma jovem cigarra que rinha o costume de chiar ao pé de um formigueiro. Só
parava quando estava cansadinha; e seu divertimento então era observar as
formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.
Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais todos, arrepiados,
passam o dia cochilando nas tocas.
A pobre cigarra sem abrigo em seu galhinho seca e metida em grandes apuros
debilitou-se socorrer-se de alguém.
Manquitolando, com uma asa arrastar lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu-tique,
tique...
Aparece uma formiga friorenta, embrulhada num xalinho de paina.
_ Que quer?- perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.
_Venho em busca de agasalho. O bom tempo cessa e eu...A formiga olhou-a de alto
a baixo.
_E o que fez durante o bom tempo, que não construiu sua casa?
A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois de um acesso de tosse:
_ Eu cantava, bem sabe...
-Ah!... exclamou a formiga recordando-se. Era você então que cantava nesta árvore
enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?
_ Isso era eu...
_ Pois entre amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que a sua
cantoria proporcionou. Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho. Dizíamos
sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre amiga, que aqui
terá cama e mesa durante todo o mau tempo.
Professor
À medida que a leitura for realizada (pelo professor), faça perguntas pertinentes ao tema em questão, instigando os alunos a também fazer perguntas, fazer antecipações e levantamento de hipóteses. É importante instigar os alunos sobre a lição de moral transmitida pelo texto, fazendo com que eles atentem para as informações implícitas no texto.
A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de Sol.
Moral da História: Os artistas: poetas, pintores, músicos, são as cigarras da
humanidade.
Texto 2 - A Cigarra e a formiga má - Fábula de Esopo
Num belo dia de inverno as formigas estavam tendo o maior trabalho para suas
reservas de trigo. Depois de uma chuvarada, os grãos tinham ficado completamente
molhados. De repente aparece a cigarra:
_ Por favor, formiguinhas, me deem um pouco de trigo! Estou com uma fome
danada, acho que vou morrer.
As formigas pararam de trabalhar, coisa que era contra os princípios delas,
perguntaram:
_ Mas por quê? O que você fez durante o verão? Por acaso não se lembrou de
guardar comida para o inverno?
_ Para falar a verdade, não tive tempo – respondeu a cigarra – Passei o verão
cantando!
_ Bom... Se você passou o verão cantando, que tal passar o inverno dançando? –
disseram as formigas e voltaram para o trabalho dando risada.
Moral da História: Os preguiçosos colhem o que merecem.
FALANDO DO AUTOR
Monteiro Lobato (1882-1948) nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de
abril de 1882. Era filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Monteiro
Lobato, foi um escritor e editor brasileiro. "O Sítio do Pica-pau Amarelo" é
sua obra de maior destaque na literatura infantil. Foi um dos primeiros
autores de literatura infantil de nosso país e de toda América Latina. Era filho
de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Monteiro Lobato. Alfabetizado
pela mãe, logo despertou o gosto pela leitura, lendo todos os livros infantis
da biblioteca de seu avô o Visconde de Tremembé. Metade de suas obras é
formada de literatura infantil. Destaca-se pelo caráter nacionalista e social. O
universo retratado em suas obras são os vilarejos decadentes e a população
do Vale do Paraíba.
http://www.e-biografias.net/monteiro_lobato/
http://www.e-biografias.net/monteiro_lobato/
Texto 3 - Contrafábula da cigarra e da formiga(2009)
(Fonte: Revista Veja , 08/07/2009, edição 2120)
Cantava a Cigarra
Em dós sustenidos
Quando ouviu os gemidos
Da Formiga,
Que, bufando e suando,
Ali, num atalho,
Com gestos precisos
Empurrava o trabalho:
Folhas mortas, insetos vivos.
Ao ver a Cigarra
Assim, festiva,
A Formiga perdeu a esportiva:
"Canta, canta, salafrária,
E não cuida da espiral inflacionária!
No inverno,
(...)
Millôr Fernandes
FALANDO DO AUTOR
Esopo (séc. VI a.C) foi um fabulista grego, que teria vivido na época
da idade antiga. Sua existência não foi comprovada por nenhum
documento histórico. Foi o criador do gênero fábula, nasceu
provavelmente na região de Trácia, onde hoje se localiza a Turquia.
Viajou pelo mundo, tendo passado pelo oriente médio, Egito e
Babilônia, o que teria enriquecido o gênero que inventou.
Foi-lhe atribuído um conjunto de pequenas estórias, onde os animais
desempenhavam papéis que faziam sentido do ponto de vista moral,
ou seja, eles tomavam o lugar dos homens, mas viviam os seus
dramas comuns. Esopo inspirou muitos poetas medievais. As suas
coleções de fábulas também influenciou La Fontaine, escritor e
fabulista francês.
http://www.e-biografias.net/esopo/
Acesse o link para ler o texto na íntegra
http://veja.abril.com.br/080709/cigarra-formiga-p-34.shtml
Atividades Propostas
Após a leitura das diferentes versões dos textos responda.
a) Assinale a alternativa que associa, respectivamente, as características e
função social aos gêneros mencionados abaixo:
Pequena narrativa em que os animais são as personagens protagonistas.
Apresenta uma crítica ao comportamento humano por meio da atitude de animais.
FALANDO DO AUTOR
Millôr Fernandes (1923-2012) nasceu no Rio de Janeiro, foi um desenhista,
humorista, tradutor, escritor e dramaturgo brasileiro. Era um artista com
múltiplas funções e atividades. Escreveu nas revistas "O Cruzeiro e "O
Pasquim".. Filho de um engenheiro, seu nome foi registrado na certidão como
Milton Viola Fernandes, mas por erro de caligrafia, ficou sendo Millôr o seu
primeiro nome.
O grande incentivador da carreira de Millôr foi o seu tio, Antônio Viola, que o
levou a publicar desenhos no periódico "O Jornal". Assumiu as funções de
repaginador e contínuo na revista "O Cruzeiro". Com o espaço vago da
publicidade da revista, criou a seção “Poste Escrito”. Também escreveu para a
revista "A Cigarra", onde ganhou um concurso de contos.
http://www.e-biografias.net/millor_fernandes/
Esse gênero serve como distração e moralização, pois apresenta determinados
valores considerados socialmente aceitos:
( ) crônica
( ) fábula
( ) conto
b) Qual dos textos você mais gostou? Por quê?
c) Os textos dialogam? O que há de comum entre eles?
d) Qual texto melhor se identificou com o vídeo “A cigarra e a Formiga”?
Explique sua resposta.
e) As fábulas são narrativas, escritas em prosa ou em verso, que transmitem
uma lição de moral constatada na conclusão da história e que remete as
situações do nosso dia-a-dia. Qual é a problemática apresentada nas fábulas
lidas?
f) Nas fábulas os animais assumem comportamentos semelhantes ao dos seres
humanos. Localize no texto 1 “A cigarra e a formiga boa” (Monteiro Lobato)
tais comportamentos e transcreva – os.
g) Durante o inverno a cigarra vivencia uma situação bastante difícil. Qual é o
problema vivenciado por ela? O que a levou a esse problema?
h) Nos textos: A cigarra e a formiga boa (Monteiro Lobato)
A cigarra e a formiga má (Esopo)
Contrafábula da cigarra e da formiga (Millôr Fernandes)
Os sentimentos da formiga em relação à cigarra são os mesmos? Explique.
i) Na fábula os animais têm atitudes que lembram situações da vida humana. Que atitudes a formiga e a cigarra representam?
a) Trabalho- inocência
b) Trabalho – lealdade
c) Inocência- lealdade
d) Trabalho- preguiça
j) No texto 1- A cigarra e a formiga - adaptação de Monteiro Lobato: ( ) a cigarra era trabalhadeira. ( ) a formiga era egoísta e má. ( ) a formiga era generosa e gostava e dava valor aos outros.
k) Millôr Fernandes também retrata em seu texto uma cigarra e uma formiga.
Descreva o perfil das personagens segundo esse texto.
l) Leia atentamente o trecho a seguir e explique o que você entendeu:
“O que você ganha num ano
Eu ganho num instante
Cantando a Coca,
O sabãozão gigante,
O edifício novo
E o desodorante.
E posso viver com calma
Pois canto só pra multinacionalma".
m) O trabalho da formiga adquiriu um sentido de sacrifício, pois precisa se esforçar para sobreviver, o que lembra o contexto socioeconômico brasileiro de exploração do assalariado. Já a cigarra trabalha cantando, o que para ela é grande lucro. Sobretudo em tempos atuais, quando fizer música e conseguir lucro não demanda nem muita técnica nem muita inspiração. Esta passagem explica o enredo de qual dos textos?
n) Explique o sentido da palavra salafrária no texto de Millôr Fernandes.
o) Atividade Lúdica: Consulte o link para ter acesso à atividade lúdica
http://1.bp.blogspot.com/-
JzBb4O99OWk/T5Yh1FJUgsI/AAAAAAAAD9s/VltQwvpZLV0/s1600/CA%25C3%258
7A+PALAVRAS.jpg
Sugestão ao Professor
Antes de propor a atividade de produção textual, poderá mostrar
aos alunos o vídeo disponível no seguinte endereço:
http://www.youtube.com/watch?v=DBmTiIMEmH8&feature=PlayList&p=
5573CF2B804E9D2C&playnext=1&playnext_from=PL&index=17
Trata-se de uma versão da contrafábula de Millôr Fernandes.
Prática de escrita - Produção de Texto
Agora é sua vez...
Assim como Millôr Fernandes escreveu a contrafábula A Cigarra e a Formiga, escolha entre os textos 1 (versão de Machado de Assis ) e 2 (versão de Esopo) e reescreva atualizando em alguns aspectos, de modo a apresentar uma moral diferente da fábula original.
Em seguida, faça uma ilustração de acordo com a versão redigida por você.
Antes de produzir atente-se para alguns aspectos importantes:
Lembre-se que sua produção terá uma finalidade, portanto, atente – se, pois você será o autor dessa história, a qual será lida por outros colegas e demais comunidade escolar através de publicação no mural da escola.
Saiba que um autor escreve, reescreve, lê, relê seu texto inúmeras vezes, pois é preciso identificar o que não está bem claro, quais aspectos precisam ser melhorados.
Outro aspecto importante é a linguagem, sabendo o tipo de texto e a quem se destina é preciso atentar-se a linguagem a ser utilizada.
MÓDULO II - LENDAS - 10 aulas
Objetivos:
Levantar os conhecimentos prévios sobre o gênero lendas; Estimular a linguagem oral e escrita para recontar lendas; Possibilitar relações entre os textos, pertencentes ou não ao mesmo gênero,
com finalidade de oferecer diversas possibilidades de interpretação e significados.
Consulte o link para acessar a imagem
http://www.sohistoria.com.br/lendasemitos/
Vocês já ouviram falar na palavra lenda? Sabem o que significa?
Professor,
Instigue o conhecimento dos alunos a respeito da imagem
As imagens estão relacionadas a que?
Quem são esses personagens?
Vocês reconhecem algum? Qual?
Qual dessas imagens é a mais popular?
Se algum aluno reconhecer algum personagem, permitir
que fale o que sabe sobre o personagem.
Nome da lenda: ____________________________________________________
O que você sabe sobre ela? __________________________________________
Professor,
Permita o diálogo entre professor e alunos a respeito do que
sabem sobre lendas. Como sugestão, poderá passar aos alunos
um pequeno conceito do que é lenda.
Lenda é uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos. De caráter fantástico e/ou fictício, as lendas combinam fatos reais e históricos com fatos irreais que são meramente produto da imaginação humana. Com exemplos bem definidos em todos os países do mundo, as lendas geralmente fornecem explicações plausíveis, e até certo ponto aceitáveis, para coisas que não têm explicações científicas comprovadas, como acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais, as lendas, pelo fato de serem repassadas oralmente de geração a geração, sofrem alterações à medida que vão sendo recontadas, pois as histórias da tradição oral muitas vezes são carregadas nos aspectos fantasiosos, exagerados. Às vezes, um mesmo fato pode ter muitas versões, pois cada um tem seu jeito próprio de contar http://www.sohistoria.com.br/lendasemitos/
Para instigar ainda mais os alunos sobre a temática, reproduza as figuras (abaixo relacionadas) para que escreva o que sabem sobre o tema em questão, se preferir, os alunos poderão levar para casa para realizar a atividade com a ajuda dos familiares.
Nome da lenda: ____________________________________________________
O que você sabe sobre ela? __________________________________________
Nome da lenda: __________________________________________________
O que você sabe sobre ela? ________________________________________
Nome da lenda: ____________________________________________________
O que você sabe sobre ela? __________________________________________
Nome da lenda:______________________________________________________
O que sabe sobre ela?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Fonte: Imagens e suas respectivas histórias podem ser encontradas no Blog Rita & Frank. Disponível em:
<http://ritaefrank.blogspot.com.br/2012/08/colorir-e-pintar-lenda-do-curupira.html>. Acesso em 21/11/2014
O NEGRINHO DO PASTOREIO – Versão I
No tempo dos escravos, havia um estancieiro muito ruim, que levava tudo por diante, a grito e a relho. Naqueles fins de mundo, fazia o que bem entendia, sem dar satisfação a ninguém. Entre os escravos da estância havia um negrinho, encarregado do pastoreio de alguns animais, coisa muito comum nos tempos em que os campos de estância não conheciam cerca de arame; quando muito, havia apenas alguma cerca de pedra erguida pelos próprios escravos, que não podiam ficar parados, para não pensar bobagem… No mais, os limites dos campos eram aqueles colocados por Deus nosso Senhor: rios, cerros, lagoas. Pois de uma feita, o pobre negrinho, que já vivia as maiores judiarias nas mãos do patrão, perdeu um animal no pastoreio. Pra quê! Apanhou uma barbaridade atado a um palanque e, depois, cai-caindo, ainda foi mandado procurar o animal extraviado. Como a noite vinha chegando, ele agarrou um toquinho de vela e uns avios de fogo, com fumo e tudo, e saiu campeando. Mas nada! O toquinho acabou o dia veio chegando e ele teve que voltar para a estância. Então, foi outra vez atado ao palanque e dessa vez apanhou tanto que morreu, ou pareceu morrer. Vai daí, o patrão mandou abrir a “panela” de um formigueiro e o atirarem lá dentro, de qualquer jeito, o pequeno corpo do negrinho, todo lanhado de laçaço e banhando em sangue. No outro dia, o patrão foi com a peonada e os escravos ver o formigueiro. Qual não é a sua surpresa ao ver o Negrinho do Pastoreio: ele estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos. O estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu.
Professor,
Após uma conversa com os alunos referente à atividade de pesquisa
com os pais, solicite aos alunos que socialize o que descobriram a
respeito das lendas.
Nesse momento, apresente à turma a lenda o Negrinho do Pastoreio,
faça a leitura para os alunos e explique que a lenda o Negrinho do
Pastoreio é uma lenda meio cristã e meio africana. É uma lenda
muito popular no sul do Brasil e sua origem é do fim do Século XIX,
no Rio Grande do Sul. Foi muito contada no final do século passado
pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão.
Sugestão: entregar cópias impressas.
Apenas beijou a mão da santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha. Desde aí, o Negrinho do Pastoreio ficou sendo o achador das coisas extraviadas. E não cobra muito: basta acender um toquinho de vela, ou atirar num canto qualquer naco de fumo. (Domínio público)
Outras versões nos seguintes endereços:
http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/negrinho
http://www.brasilescola.com/folclore/negrinho-pastoreio.htm
Passar o vídeo O Negrinho do Pastoreio, disponível no link:
https://www.youtube.com/watch?v=S2qD2ZxiT0o
Editado por Mitorama - Acesso em 12/11/2014
As atividades propostas referem se ao gênero lendas.
a) Qual é o tema da história lida?
b) O texto lido é informativo ou folclórico? Justifique sua resposta.
c) A lenda O Negrinho do Pastoreio é uma tradição:
( ) gaúcha ( ) carioca ( ) paranaense ( ) paulista
d) Pesquise o significado de:
Estancieiro >
Naco >
e) Quem são os personagens que compõem a lenda? Qual deles é o
personagem principal?
Professor,
Após o vídeo converse com os alunos sobre os sentimentos
despertados neles após a leitura do texto e o vídeo assistido.
Em seguida, como sugestão, atividades escritas.
f) Onde passa a trama da lenda?
g) Durante toda trama o menino é chamado de Negrinho. Você concorda com
isso? Justifique.
NEGRINHO DO PASTOREIO – Versão II
Era o tempo da escravidão, e um menino negrinho, pretinho que nem carvão,
humilde e raquítico era escravo de um fazendeiro muito rico, mas por demais
avarento. Se alguém necessitasse de um favor, não se podia contar com este
homem. Não dava um níquel a ninguém e seu coração era a morada de uma pedra,
não nutria qualquer sentimento por ninguém, a não ser por seu filho, um menino tão
malvado quanto seu pai, pois, afinal, a fruta nunca cai muito longe da árvore. Estes
dois eram extremamente perversos e maltratavam o menino-escravo desde o raiar
do dia, sem lhe dar trégua. Este jovenzinho não tinha nome, porque ninguém se deu
sequer o trabalho de pensar algum para ele; assim, respondia pelo apelido de
“Negrinho”.
Seus afazeres não eram condizentes com seu porte físico, não parava o dia
inteiro. O sol nascia e lá já estava ele ocupado com seus afazeres e mesmo
ao se pôr, ainda se encontrava o Negrinho trabalhando. Sua principal ocupação era
pastorear. Depois de encerrar seu laborioso dia, juntava os trapos que lhe serviam
de cama e recebia um mísero prato de comida, que não era suficiente para repor as
energias perdidas pelo sacrificado trabalho.
Mesmo sendo tão útil considerado mestre do laço e o melhor peão-cavaleiro
de toda a região, o menino era inúmeras vezes castigado sem piedade.
Certa vez, o fazendeiro atou uma carreira com um vizinho que se gabava de
possuir um cavalo mais veloz que seu baio. Foi marcada a data da corrida, e o
Negrinho ficou encarregado de treinar e montar o famoso baio, pois sabia seu patrão
não haver ninguém mais capaz que ele para tal tarefa.
Professor
Antes de sequenciar com as atividades, entregue aos alunos outra
versão da Lenda O Negrinho do Pastoreio e faça a leitura.
Chegando o grande dia, todos os habitantes da cidade, vestindo suas roupas
domingueiras, se alojaram na cancha da carreira. Palpites discutidos, apostas feitas,
inicia-se a corrida.
Os dois cavalos saem emparelhados. Negrinho começa a suar frio, pois sabe
o que lhe espera se não ganhar. Mas, aos poucos, toma a dianteira e quase não há
dúvida de que seria vencedor. Mas eis que o inesperado acontece: algo assusta o
cavalo, que para, empina e quase derruba Negrinho. Foi tempo suficiente para que
seu adversário o ultrapassasse e ganhasse a corrida.
E agora? O outro cavalo venceu. Negrinho tremia feito “vara verde” ao ver a
expressão de ódio nos olhos de seu patrão. Mas o fazendeiro, sem saída, deve
cobrir as apostas e põe a mão no lugar que lhe é mais caro: o bolso.
Ao retornarem à fazenda, o Negrinho tem pressa para chegar à estrebaria.
– Aonde pensa que vai? – pergunta-lhe o patrão.
– Guardar o cavalo, sinhô! – balbuciou bem baixinho.
– Nada feito! Você deverá passar trinta dias e trinta noites com ele no pasto e
cuidará também de mais trinta cavalos. Será seu castigo pelo meu prejuízo.
Mas ainda tem mais. Passe aqui que vou lhe aplicar o devido corretivo.
O homem apanhou seu chicote e foi em direção ao menino:
– Trinta quadras tinham a cancha da corrida, trinta chibatada vai levar no
lombo e depois trate de pastorear a minha tropilha.
Lá vai o pequeno escravo, doído até a alma levando o baio e os outros
cavalos a caminho do pastoreio. Passou dia, passou noite, choveu, ventou e o sol
torrou-lhe as feridas do corpo e do coração. Nem tinha mais lágrima para chorar e
então resolveu rezar para a Nossa Senhora, pois como não lhe foi dado nome, dizia-
se afilhado da Virgem. E foi a “santa solução”, pois Negrinho aquietou-se e então,
cansado de carregar sua cruz tão pesada, adormeceu.
As estrelas subiram aos céus e a lua já tinha andado metade de seu caminho
quando algumas corujas curiosas resolveram chegar mais perto, pairando no ar para
observar o menino. O farfalhar de suas asas assustou o baio, que se soltou e fugiu,
sendo acompanhado pelos outros cavalos. Negrinho acordou assustado, mas não
podia fazer mais nada, pois ainda era noite e a cerração, como um lençol branco,
cobria tudo. E, assim, o negrinho-escravo sentou-se e chorou...
O filho do fazendeiro, que andava pelas bandas, presenciou tudo e apressou-
se em contar a novidade ao seu pai. O homem mandou dois escravos buscá-lo.
O menino até tentou explicar o acontecido para o seu senhor, mas de nada
adiantou. Foi amarrado no tronco e novamente açoitado pelo patrão, que depois
ordenou que ele fosse buscar os cavalos. Ai dele que não os encontrasse!
Assim, Negrinho teve que retornar ao local do pastoreio e para ficar mais fácil
sua procura, acendeu um toco de vela. A cada pingo dela, deitado sobre o chão,
uma luz brilhante nascia em seu lugar, até que todo lugar ficou tão claro quanto o dia
e lhe foi permitido, desta forma, achar a tropilha. Amarrou o baio e, gemendo de dor,
jogou-se ao solo desfalecido.
Danado como ele só e não satisfeito com o que já fi zera ao escravo, o filho
do fazendeiro aproveitou a oportunidade de praticar mais uma maldade: dispersar os
cavalos. Feito isso, correu novamente até seu pai e contou-lhe que o Negrinho havia
encontrado os cavalos e os deixara fugir de propósito. A história se repete, e dois
escravos vão buscá-lo, só que dessa vez seu patrão está decidido em dar cabo dele.
Amarrou-o pelos pulsos e surrou-o como nunca. O chicote subia e descia,
dilacerando a carne e picoteando-a como guisado. Negrinho não aguentou tanta dor
e desmaiou. Achando que o havia matado, seu senhor não sabia que destino dar ao
corpo. Enterrá-lo lhe daria muito trabalho e, avistando um enorme formigueiro,
jogou-o lá. As formigas acabariam comele em pouco tempo, pensou.
No dia seguinte, o cruel fazendeiro, curioso para ver de que jeito estaria o
corpo do menino, dirigiu-se até o formigueiro. Qual sua surpresa quando o viu em
pé, sorrindo e rodeado pelos cavalos e o baio perdido. O Negrinho montou-o e partiu
a galope, acompanhado pelos trinta cavalos.
O milagre tomou o rumo dos ventos e alcançou o povoado, que se alegrou
com a notícia. Desde aquele dia, muitos foram os relatos de quem viu o Negrinho
passeando pelos pampas, montado em seu baio e sumindo em seguida por entre
nuvens douradas. Ele anda sempre à procura das coisas perdidas, e quem
necessitar de seu ajutório, é só acender uma vela entre as ramas de uma árvore e
dizer:
- Foi aqui que eu perdi, mas Negrinho vai me ajudar.
- Se ele não achar.
- Ninguém mais conseguirá!
http://turmadaproelaine.blogspot.com.br/2008/08/lenda-do-negrinho-do-pastoreio.html
A partir da leitura da 2ª versão da lenda O Negrinho do Pastoreio, responda.
a) Quais são as características do Negrinho?
b) Quais são as características do estancieiro e do seu filho?
c) Leia atentamente as passagens a seguir e enumere as de acordo com as
sequências que resultaram no castigo sofrido pelo Negrinho
( ) o Negrinho perde a corrida na última hora
( ) a madrinha do menino ajuda- o a encontrar os cavalos
( ) um vizinho desafia o estancieiro para uma corrida de cavalo
( ) o filho do estancieiro espanta os cavalos
( ) o Negrinho é castigado e obrigado a cuidar dos cavalos por trinta dias.
d) Após assistir o vídeo e realizar a leitura das lendas O Negrinho do Pastoreio
(versões 1 e 2) escreva as semelhanças e diferenças, considerando que
podem ser no conteúdo e na linguagem.
e) Ordene os fatos na ordem que aconteceram na Lenda O Negrinho do Pastoreio. ( ) Um dia, ao perder uma corrida de cavalos, o seu patrão o amarrou no tronco da árvore e deu-lhe uma surra de chicote. Depois ainda ordenou que o Negrinho fosse ao ponto mais alto da fazenda e tomasse conta de seus cavalos durante várias noites. Se algo acontecesse aos cavalos, ele levaria mais um castigo. ( ) Aconteceu que onde as gotas de cera de vela pingavam uma luz acendia-se e logo tudo ficou claro.O Negrinho encontrou os animais e levou-os de volta à fazenda. ( ) O pobre Negrinho já vencido pela fome e pelo cansaço, dormiu e os cavalos fugiram. Ao acordar, viu se em apuros, pediu ajuda a sua madrinha Nossa Senhora, e, com uma pequena vela foi procurar os cavalos. ( ) Ainda hoje , se alguém perder alguma coisa e acender uma vela para o Negrinho do Pastoreio, diz-se que logo encontra.
( ) Diz a lenda que o Negrinho do Pastoreio era um pequeno menino escravo que era maltratado pelo patrão. Este era muito bravo e perverso, fazia o que bem entendia, sem dar satisfação a ninguém.
f) No final do texto nos é apresentado um exemplo de superstição. Identifique-a e escreva.
g) Escreva outras superstições que você conhece. h) Na lenda o menino é apresentado como raquítico.
O significado que melhor define essa palavra é: ( ) magro, pequeno ( ) diminuído ( ) covarde, doentio
i) Na versão II da lenda o fazendeiro é caracterizado como avarento.
O significado que melhor define essa palavra é: ( ) esganado – seguro ( ) acumulador – ciumento
( ) egoísta – apegado j) Os textos: A Cigarra e a Formiga(boa e má) - Fábulas (módulo I)
O Negrinho do Pastoreio – Lendas (módulo II) também nos permite refletir sobre o trabalho nos mostrando dois lados dessa atividade. Escreva como é apresentada a questão do trabalho em cada um dos módulos. Módulo I ___________________________________________________ Módulo II ___________________________________________________
k) Além do trabalho infantil a lenda O Negrinho do Pastoreio trás outra questão
social bastante evidente. Qual é essa questão?
l) O modo como o fazendeiro se refere ao menino “negrinho” e como o trata
revela a discriminação racial ainda muito presente na atualidade, mesmo a
população negra chegando aos 100 milhões o preconceito velado (disfarçado)
é visível sobre o judeu, árabe, mas, sobretudo negros.
Escreva sua opinião sobre o preconceito racial.
m) A charge é uma forma de comunicação que explora a interpretação de
imagens, de detalhes, de breves mensagens, do senso de humor e do senso
crítico, estimulando o raciocínio e a capacidade de ler nas entrelinhas.
Explora fatos atuais de interesse coletivo para manter-nos informados.
Qual a relação da Lenda O Negrinho do Pastoreio e a charge apresentada?
Consulte o link abaixo para ter acesso a charge.
http://3.bp.blogspot.com/-
sxJfJwoo8d4/UBeVJy921NI/AAAAAAAAIWw/Pf61cvmkX6Q/s400/charge-
crian%25C3%25A7a.jpg
Hora de Produzir
Reescreva a lenda O Negrinho do Pastoreio sobre o ponto de vista do menino.
Sou o Negrinho do Pastoreio e minha história...
Antes de produzir atente-se para alguns aspectos importantes:
Lembre-se que sua produção terá uma finalidade, portanto, atente – se, pois
você será o autor dessa história, a qual será lida por outros colegas e demais comunidade escolar através de exposição “varal de folderes” ou os folderes confeccionados serão entregues a colegas de outras turmas.
Saiba que um autor escreve, reescreve, lê, relê seu texto inúmeras vezes, pois
é preciso identificar o que não está bem claro, quais aspectos precisam ser melhorados.
Outro aspecto importante é a linguagem, sabendo o tipo de texto e a quem se
destina é preciso atentar-se a linguagem a ser utilizada.
Professor
Após a produção, solicitar aos alunos que socialize o que
escreveram. Eles poderão sentar-se em circulo para a
socialização.
Para produção final desse módulo poderá sugerir aos alunos a
pesquisa de outras lendas (essa pesquisa poderá ser realizada
em livros, como também com familiares ou vizinhos) para a
confecção de Folderes.
No dia marcado para a confecção explicar a eles o que é folder
e qual será o objetivo da produção. Poderá também levar um
folder pronto como modelo. Sugestão: Após a confecção, os
folderes poderão ser colocados em exposição num varal na
própria sala de aula ou poderão ser entregues a alunos de
outras séries.
http://veele.wordpress.com/como-fazer-um-folder-pedagogico/
http://www.impressul.com.br/?p=1838
MÓDULO III – CONTO - 12 aulas
Objetivos:
Estabelecer relações entre o lido/vivido com o conhecimento de mundo dos
alunos;
Ativar conhecimentos prévios, formulando objetivos e hipóteses que visam à
multiplicidade de interpretações;
Conhecer alguns elementos básicos da narrativa;
Estabelecer relações entre diferentes gêneros e temáticas;
Desenvolver a sensibilidade estética, a imaginação, a criatividade e o senso
crítico.
Professor
Como sugestão para iniciar o módulo, levar a sala figuras ou
livros de contos para motivar e acionar os conhecimentos
prévios dos alunos. É importante induzi - los a levantar
hipóteses sobre o tema em questão.
O que as imagens sugerem?
Representam alguma história? O que?
(Permitir que os alunos falem o que as imagens
sugerem a eles)
Vocês sabem o que é um conto? Quais contos vocês
lembram-se de ter lido?
Quais são os contos mais populares que vocês
conhecem?
Consulte os links abaixo para ter acesso às imagens.
1 http://cinema10.com.br/upload/bela-e-fera11.jpg
2 http://i.imgur.com/knABtcp.jpg
3 http://i.imgur.com/4UBZNl2.jpg
Professor
Apresentar o vídeo “Gênero textual – Contos”
Disponível no You tube no link:
https://www.youtube.com/watch?v=ipR0f4ls51g
Acesso em 05/11/2014
Poderá também apresentar e explicar aos alunos um conceito de
contos. Sugestão:
Para o escritor Elias José, o conto é uma narrativa que pode ser
contada oralmente ou por escrito. Pode – se dizer que o ser
humano já surgiu contando contos. Tudo o que via, descobria ou
pensava, dava origem a uma história, que ele aumentava ou
modificava usando sua imaginação.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=
19003
Acesso em 05/11/2014
A menina dos fósforos – (Leitura realizada pelo professor)
Isto foi num desses países onde a neve cai durante o tempo de inverno – e
fazia um horrível frio naquela noite do ano.
Dentro do frio e dentro do escuro da noite a menina lá seguia, de pés
descalços pela cidade deserta. Descalça? Sim. É verdade que saíra de casa com
um par de chinelas muito grandes para seus pés, pois tinham sido de sua mãe. Ao
atravessar a rua, porém, teve de correr para desviar-se duma carruagem na
disparada, e perdeu as chinelas; quando voltou para procurá-las, viu que um
moleque havia apanhado um pé, saindo a correr com ele na mão. “Vou fazer um
berço desta chinela!”, dizia ele. O outro pé não foi possível encontrar - com certeza
sumiu enterrado na neve pelas patas dos cavalos.
Por isso lá ia a menina de pés nus e já azuis de frio. Era uma vendedeira de
fósforos, do tempo em que os fósforos se vendiam soltos e não em caixa; no avental
trazia uma porção deles e na mão um punhadinho. Mas ninguém lhe comprara ainda
um só, e lá se ia ela, tiritando de frio, sem um vintém no bolso. Verdadeiro retrato da
miséria, a coitadinha!
Flocos de neve recobriam seus cabelos cor de ouro, todos cacheados, sem
que a menina desse por isso.
Em muitas casas a luz do interior saía pelas janelas misturadas com um
saboroso cheiro de ganso assado – porque era dia de S. Silvestre, dia em que todos
que podem comem um ganso assado.
Professor como sugestão passar o vídeo “A menina dos fósforos”
(TV Escola), disponível no You Tube no link
https://www.youtube.com/watch?v=xXGoYwynOds
Acesso em 05/11/2014
Após assistir o vídeo fazer as seguintes indagações:
Quem é a protagonista principal da história?
Onde se passa a história?
Quando aconteceu a história?
Como termina a história?
Em certo ponto a menina sentou-se encolhidinha rente a uma parede e
cruzou os pés debaixo da saia. Nada adiantou. Sentiu-se mais enregelados ainda.
Como não tivesse vendido nenhum fósforo não se animava a voltar para casa. Sem
dinheiro no bolso estava proibida de aparecer lá.
Seu pai com certeza que a surraria – além disso, o frio era lá tanto como ali.
Uma casa velha, de teto esburacado e paredes rachadas por onde o vento entrava
zunindo.
Suas mãozinhas começaram a perder os movimentos.
Teve uma ideia: acender um daqueles fósforos para aquecer os dedos
entanguidos. Assim fez. Riscou um fósforo na parede – chit! Que luz bonita e que
agradável quentura! O fósforo queimava qual velinha, com a chama defendida do
vento pela sua mão em concha. Que bom! A menina sentia como se estivesse
sentada diante dum grande fogão, com ferro para mexer as brasas e uma caixa de
lenha ao lado. Tão agradável aquele calorzinho do fósforo, que ela espichou o pé
para que também aproveitasse um pouco- mas nisto a chama foi morrendo e afinal
apagou-se. Só ficou em sua mão um toquinho carbonizado.
A menina riscou outro fósforo, e à luz dele a parede da casa estava
encostada tornou-se transparente como um véu, deixando ver tudo se passava lá
dentro. Estava posta uma grande mesa, com toalha alvíssima e prataria de
porcelana; no centro, um ganso recheado de maçãs e ameixas, que recendia um
perfume delicioso. De repente o ganso ergueu-se da travessa e, ainda com a faca e
o garfo de trinchar espetados no papo, veio na direção dela.
Nisto o fósforo apagou-se e tudo desapareceu. A menina riscou outro fósforo,
e imediatamente se achou sentada debaixo da mais bela árvore de ponta dos
galhos, e os enfeites dependurados pareciam olhar para ela. Mas esse fósforo
também foi se apagando, e à medida que ia se apagando a árvore de Natal ia
crescendo, e as velinhas subindo até ficarem como estrelas no céu. Uma delas caiu,
traçando um longo risco de luz.
- Alguém está morrendo, pensou a menina com a ideia em sua avó. A boa
velinha fora a única pessoa na vida que lhe dera amor, e costumava dizer que
quando uma estrela cai é sinal de que alguém está morrendo e com a alma a ir para
o céu.
A menina acendeu outro fósforo – e desta vez o que apareceu foi sua própria
vovó, brilhante como um espírito e com o mesmo olhar meigo de sempre.
- Vovó! Exclamou ela. Leve-me consigo! Eu sei que a senhora vai sumir-se
quando este fósforo chegar ao fim, como aconteceu com o ganso recheado e a linda
árvore de Natal...
E para que isso não acontecesse, a menina tratou de acender um fósforo
atrás do outro, sem esperar que a chama morresse. Era o meio de conservar a vovó
perto de si.
E os fósforos foram ardendo com luz brilhante como a do dia, e sua vovó
nunca lhe apareceu tão bela, nem tão grande. Foi-se chegando, tomou e netinha
nos braços e com ela voou, radiante, para onde não há neve, nem frio mortal, nem
fome, nem cuidados – para o céu.
No outro dia encontraram o corpo da menina entanguido na calçada, com as
faces roxas e um sorriso feliz nos lábios. Havia morrido de fome e frio na última noite
daquele dezembro.
O sol do novo ano veio brincar sobre o pequenino cadáver. Em sua mãozinha
rígida estavam ainda os fósforos que não tivera tempo de acender. Os passantes
olhavam e diziam: “A coitada procurou aquecer-se com os fósforos”, mas ninguém
suspeitou as lindas coisas que ela viu, nem o deslumbramento com que começou o
ano novo em companhia de sua avó.
. Novos contos de Andersen. Tradução
e adaptação de Monteiro Lobato. 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 1968. p. 16-21. Adaptado.
http://nonio.eses.pt/contos/andersen.htm
Professor
Após a leitura, instigue o conhecimento dos alunos!
É importante levantar hipóteses, opinar, relatar os conhecimentos prévios.
Levá- los a seleção e antecipação, intertextualização e verificação.
Perceber no texto questões como: abandono, miséria, fome, indiferença e
exclusão.
As atividades propostas referem-se ao gênero conto.
Foco Narrativo é como o narrador conta a história.
Foco Narrativo em 1ª pessoa> narrador personagem, narra o que viu e ouviu.
Foco Narrativo em 3ª pessoa> narrador apenas narra os fatos, mas conhece
tudo sobre as personagens.
Qual é o foco narrativo utilizado pelo autor? Justifique
1. Após a leitura e discussão referente à temática apresentada no texto, marque qual é a mensagem transmitida:
( ) negativa, pois o pai da menina a surrou, já que não vendeu os fósforos e ficou na rua. ( ) negativa, pois a menina viu coisas lindas e morreu com a proteção da avó. ( ) negativa, pois mostrou que nem mesmo o sonho é capaz de aliviar o sofrimento. ( ) positiva, pois a menina usou os fósforos para se aquecer, mas morreu de fome e de frio. ( ) positiva, pois, embora a menina tivesse morrido, viu coisas lindas e ficou ao lado da avó.
2. Ao redigir um conto o autor pode escolher dois modos de apresentar as
personagens.
Apresentação direta> o narrador descreve as personagens, revelando suas
características físicas e psicológicas.
Apresentação indireta> o narrador não descreve as personagens, o leitor é
que precisa deduzir suas características.
No conto A menina dos fósforos, qual foi o modo utilizado pelo autor para
apresentar a personagem principal? Exemplifique com uma frase do texto.
3. Espaço é o lugar onde ocorrem os fatos que são narrados e podem ser físico
e social.
O espaço físico (ou geográfico) é o lugar onde acontecem os fatos
O espaço social é o tipo de sociedade onde se encontra as personagens.
Que tipo de espaço pode identificar no conto? Justifique sua resposta.
4. “Isto foi num desses países onde a neve cai durante o tempo de inverno – e
fazia um horrível frio naquela noite do ano”.
As palavras “neve”, “horrível” “frio” ajudam a caracterizar um espaço ( ) de prazer, que faz bem à menina. ( ) de sonho, que livra a menina de sofrer. ( ) agradável, que leva a menina a ser explorada.
( ) ruim, que contribui para o sofrimento da menina. ( ) confortável, que conduz a menina à morte.
5. Num determinado momento da história, o narrador diz que as mãos da
menina "começaram a perder os movimentos". O que isso significa?
6. Leia atentamente a passagem a seguir e explique: “Mas ninguém lhe
comprara ainda um só, e lá se ia ela, tiritando de frio, sem um vintém no
bolso. Verdadeiro retrato da miséria, a coitadinha”!
7. Nas frases “Teve uma ideia: acender um fósforo para aquecer os dedos entanguidos.” e “No outro dia encontraram o corpo da menina entanguido na calçada,” um possível sentido para a palavra entanguido é:
( ) esquecido ( ) contraído ( ) quente ( ) espancado ( ) queimado
8. Explique por que a vendedora de fósforos não quis voltar para casa. 9. Além de aquecer, que outra função os fósforos desempenham na história? 10. As visões da menina eram reais? Justifique sua resposta. 11. Muitos contos maravilhosos surgiram na Idade Média, na Europa, numa
época em que havia muita miséria. O conto lido retrata essa situação social? Justifique sua resposta.
12. A última visão da menina foi a avó. Qual a importância da avó para a menina?
13. “Havia morrido de fome e frio na última noite de dezembro. O sol do novo ano veio brincar sobre o pequenino cadáver.” Por meio desse trecho compreende-se que o (a):
( ) sofrimento da menina não terminou, pois o sol brincou sobre o cadáver. ( ) sofrimento da menina teve fim e a morte significou um recomeço. ( ) novo ano não teria vida, tal como o cadáver da menina. ( ) fim do ano foi o responsável pela morte da menina. ( ) última noite do ano significou o fim da vida feliz da menina
14. Explique se as situações narradas no texto poderão ser vivenciadas na atual sociedade.
15. Explique o desfecho da história. 16. Escreva um parágrafo atribuindo outro final para a história. Seja criativo.
Analisando a música: Miséria
1. O que os compositores Arnaldo Antunes, Sérgio Brito e Paulo Miklos
quiseram nos transmitir com o verso “miséria, miséria em qualquer canto”
2. Na música, o verso “a morte não causa mais espanto” se repete. Isso
acontece somente na letra da música ou atualmente a morte não nos
causa mais espanto.
3. Como você explica o verso: “Riquezas são diferentes”.
4. Analisando em diversas vias, a música nos transmite: miséria material,
social e sentimental. Refletindo desse modo, explique que tipo de miséria
os textos estudados: as fábulas, lendas e conto transmitem.
Professor,
Após a interpretação e correção das questões, a sugestão é
trabalhar com a música Miséria – Titãs. A letra e o áudio da
música encontram-se nos links:
http://www.ouvirmusica.com.br/titas/48984/#mais-
acessadas/48984
http://www.vagalume.com.br/titas/miseria.html
Reproduzir a letra da música e entregar para que os alunos
acompanhem.
Prática de escrita – Proposta de produção de texto
Como o objetivo é trabalhar manchete e notícia, levar para sala de aula jornais, pois
o intuito é analisar como se constroem as manchetes e trabalhar as características
do gênero notícia.
O objetivo da notícia é apresentar informações sobre um determinado fato,
despertando a curiosidade e atenção do público a que se destina possibilitando
leitura rápida;
O emissor é o jornalista ou repórter, no caso, vocês;
O receptor é quem lê, por isso ao produzir atentar-se a coerência, coesão,
pontuação, paragrafação;
O título (manchete) deverá explicitar claramente o assunto, chamar atenção do
receptor para a leitura;
Lead corresponde ao primeiro parágrafo da notícia;
O desenvolvimento (corpo da notícia) são os fatos ocorridos, narrados em
terceira pessoa do singular, predominantemente no passado;
Para auxiliar sua produção oriente-se nas seguintes questões:
Quem?
O que?
Onde?
Quando
Como?
Por que?
Após leitura, análise, reflexão do conto a menina dos fósforos e das inferências
feitas sobre o que eles sabiam a respeito de contos, houve a leitura, análise e
reflexão da música Miséria (Titãs).
LEAD
CORPO DA
NOTÍCIA(desenvolvimento)
A proposta é tornar o conto, A Menina dos Fósforos em notícia, portanto, é
preciso imaginar o contexto, dar dramaticidade ao fato, contando – o como se
fosse real.
Após produzirem, revisarem, reescreverem seus textos, os alunos poderão ilustrar
suas notícias.
Lembre-se que sua produção terá uma finalidade, portanto, atente – se, pois você será o autor, sua notícia será lida por outros colegas e demais comunidade escolar através do jornalzinho da turma que será exposto nos murais das salas de aula e na biblioteca.
Professor
Como sugestão poderá explorar os cadernos do jornal em
sala;
Para produção final poderá também, propor a criação de um
mini jornal;
Outra sugestão, propor fotoconto com fotos ou imagens que
remetem ao tema em questão.
A partir do final do conto trabalhado, recomeçar a história, alterando o destino dos personagens e acrescentando outros.
CURIOSIDADES SOBRE A CIGARRA...
As cigarras são insetos que passam a maior parte da vida sob a terra. Suas
formas jovens são chamadas de ninfas e assim que nascem - eclodindo de ovos
postos em galhos de árvores - caem no solo e entram na terra. No subsolo,
buscam raízes de árvores, nas quais se fixam para sugar a seiva. Depois de
passar cerca de um ano nestas condições, estes insetos amadurecem e deixam a
terra para concluir seu ciclo vital.
Elas têm uma forma característica e, com um comprimento que varia de 15 a
pouco mais de 65 milímetros, possuem também um "bico" comprido para se
alimentar da seiva das árvores e das plantas aonde costumam viver.
Quando se reproduzem, os machos atraem as fêmeas emitindo um som
característico por meio de um órgão localizado no abdômen.
A cigarra norte-americana passa 17 anos debaixo da terra antes de tornar
adulta. Depois que vai para a superfície, ela dura no máximo 3 semanas.
A cigarra macho é o inseto que produz o som mais alto na natureza. Ele pode
ser ouvido a 500 metros de distância, algumas espécies conseguem atingir 120
decibéis com facilidade
Uma cigarra fêmea põe de 400 a 600 ovos em sua curta vida.
http://www.guiadoscuriosos.com.br/categorias/1987/1/cigarra.html
CURIOSIDADES SOBRE AS FORMIGAS...
Existem mais de 10.000 espécies de formigas. As formigas estão distribuídas por
todas as regiões do planeta, com exceção dos pólos.
Tal como a sociedade das abelhas, a das formigas é organizada por tarefas: a
de obreira, de soldado, de operário e de rainha, a reprodução fica à cargo da
rainha, que vive dentro do formigueiro e é maior do que as demais formigas..
Uma operária vive sete anos e uma rainha, em média, 14 anos.
A maior formiga do mundo é a africana, com 5 cm. Entre as espécies pré-
históricas, existiu uma com 6,5 cm. Cientistas calculam em
10.000.000.000.000.000 o número de formigas na Terra. Uma colônia de
formigas (ou formigueiro) pode ter até 100.000 membros.
O Brasil é um dos países com maior número de espécies de formiga: 2.000.
Uma das espécies que convivem com o homem é a formiga fantasma. Ela vive
em residências, normalmente em buracos nas paredes, atrás de azulejos e em
rodapés. Outra espécie comum em nosso meio é a formiga carpinteira. As
operárias apresentam diversos tamanhos. A formiga carpinteira vive em árvores,
telhados, portas e janelas, daí o seu nome.
Outra formiga bastante conhecida dos brasileiros é a saúva. Elas cortam
pedaços de folhas e levam-nas para o formigueiro, onde esperam que cultivem um
determinado tipo de fungo que lhe serve de alimento.
As formigas se comunicam com as outras através de feromônios. Ao encontrar
um alimento, a formiga deixa um rastro dessa substância até o formigueiro,
indicando às companheiras onde ele está.
As curiosas formigas-pote-de-mel abrigam alimento no seu abdomên, que serve de
refeição para as demais formigas do grupo.
Formigas são capazes de escravizar as formigas de outros formigueiros. Elas
roubam as larvas do formigueiro e forçam os filhotes a fazerem trabalhos
forçados.
Os formigueiros de algumas espécies podem ter túneis de até 12 m de
profundidade.
http://maisquecuriosidade.blogspot.com.br/2012/05/25-curiosidades-sobre-as-
formigas.html
A avaliação dessa prática será feita com base no que estabelece as Diretrizes Curriculares, será contínua, no desempenho da qualidade e rendimento do aluno. Acontecerá em cada etapa do processo, reforçando a importância de se respeitar as características de cada texto estudado. Serão avaliadas também as estratégias usadas para a compreensão no decorrer de cada atividade, a compreensão do texto lido, o sentido construído, o reconhecimento de posicionamentos no texto, localização de informações implícitas e explícitas, argumentação, a reflexão e resposta aos textos. É importante considerar as diferenças dos alunos, suas experiências e leitura de mundo.
REFERÊNCIAS
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