OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ECUCACIONAL – PDE
Av. Água Verde, 2410 – CEP 80240-900 – Curitiba - Paraná
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICA – PEDAGÓGICA TURMA – PDE/2014
Título: A IMPORTÂNCIA E BENEFICIOS DO XADREZ NO PROCESSO DE FORMAÇÃO
Autor Fernando José Sanglard Gessi
Disciplina/Área (ingresso no
PDE)
Educação Física
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização
Colégio Estadual Professor Teobaldo Leonaldo
Kletemberg – Ensino Fundamental E Médio.
Rua Maria Gasparim, 950 – Sitio Cercado.
Município da Escola Curitiba
Núcleo Regional de Educação Curitiba
Professor Orientador Marcelo Silva da Silva
Instituição de Ensino Superior Universidade Federal do Paraná
Relação Interdisciplinar Matemática; Língua Portuguesa;
Resumo A temática de estudo que fundamentará esta Unidade de
Didática será o Xadrez e sobre a importância e benefícios
desta modalidade no processo de formação com os
alunos do 6º ano do Ensino Fundamental, por meio dos
seguintes conteúdos: História do xadrez; Definição de
esporte; Apresentação do tabuleiro; Apresentação das
peças; Movimentação das peças; Movimentos especiais;
Xeque, xeque-mate e afogamento; Exibição de filme e
jogos educativos. Destaca-se que o Xadrez está inserido
nos conteúdos estruturantes dos “jogos” das Diretrizes
Curriculares da Educação Básica, portanto, com essa
modalidade esportiva acabamos contribuindo para o
desenvolvimento do raciocínio lógico e contribui para o
ensino aprendizagem das demais disciplinas.
Palavras-chave (3 a 5) Xadrez; Raciocínio Lógico; Ensino e Aprendizagem.
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público Alvo Alunos e Alunas Do 6º Ano Do Ensino Fundamental
1 APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA
O xadrez a partir da analise de sua complexidade pode ser interpretados
dos mais diferentes pontos de vista: como um desafio a ser conquistado, o qual
requer uma certa dose de raciocínio e esforço pessoal, a maneira que a partida
se desenrola com todos os seus detalhes e lances planejados com certa
imaginação criando uma atmosfera de beleza impar semelhante a uma obra de
arte (PIAGET, 1977).
Segundo Silva1 (2014), pela visão da ciência o xadrez realmente é alvo
de estudos, uma vez que oferece uma série de jogadas diferentes que só
poderiam ser vislumbrados pela experimentação. A arte se apresenta pela
originalidade imaginativa, gerando variações distintas a cada lance; aliado a
tudo isso esta o fato de o xadrez ser um jogo.
Neste aspecto o xadrez tem o objetivo educativo, recreativo, cognitivo e
instiga à competitividade. Como forma de desenvolver essas habilidades nos
estudantes.
Atualmente o xadrez é considerado uma modalidade de esporte e
tornou-se popular, sendo praticado por muitos adeptos. A idade dos
participantes é diversificada, desde crianças, até adultos e terceira idade.
O XADREZ é modalidade esportiva podendo ser comparada a qualquer outra modalidade como futebol, futsal, handball, voleibol, basquete, atletismo e tantas outras, por que tem todo um conjunto de técnicas, táticas, regras oficias da federação internacional e todo um valor pedagógico esportivo comprovado por muitos estudiosos no assunto. O professor de educação física terá que se adaptar ao xadrez como se adaptou a todas as outras modalidades, isto é, estudando, pesquisando, fazendo cursos básicos e de aperfeiçoamento, cursos de arbitragem e atuando na pratica em competições nos seus diversos níveis. É comum pensar que para ensinar xadrez é preciso ser um excelente jogador, um “crânio”, é puro engano, é o mesmo que pensar que para ser técnico no basquete tem que ser alto e jogar muito bem, conheço muito baixinhos que são excelentes técnicos de basquete e tem poucas habilidades, mas com sua vivencia, estudos e dedicação tornaram grandes técnicos, e isto pode também acontecer no xadrez, basta
1 SILVA, William Pereira da. O JOGO DE XADREZ, OS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E AS MODALIDADES ESPORTIVAS. PARTE I e II. Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1233393. Acessado em 01.05.2014.
vivenciar, estudar e ter um pouco de dedicação a modalidade de xadrez. (SILVA, 2014)
2.
O jogo de xadrez desenvolve o raciocínio lógico e o nível de
concentração dos estudantes, contribuindo para o aprendizado em sala de
aula.
O xadrez é importante na educação, pois, além de abordar um esporte
saudável, acaba também despertando simpatia nos educandos e auxiliando em
aspectos cotidianos.
O xadrez ajuda nas disciplinas, pois, desperta o raciocínio rápido, mas
de maneira geral, é fundamental para poder jogar, saber as técnicas
adequadas para aplicar na vida, ajudando a manter a atenção na atividade que
está sendo feita, sem dispersar ou desviar o pensamento.
2 PROBLEMATIZAÇÃO
Através das observações diárias nas aulas de Educação Física no
Colégio Estadual Prof. Teobaldo Leonardo Kletemberg, notou-se que o
Xadrez é tido como suporte para as atividades curriculares da escola, pelo fato
que sua estrutura básica encontra-se diretamente ligada ao raciocínio lógico, o
que torna possível uma significativa melhora no desenvolvimento cognitivo.
Foi observado, também, na troca de informações com professores de
outras disciplinas que existe uma dificuldade por parte dos estudantes em
relação ao desenvolvimento de atividades que envolvam o raciocínio.
Com esse desafio de aprendizado surge o xadrez, como forte ferramenta
na busca de superar essas dificuldades, com seus princípios, regras, táticas e
principalmente pelo raciocínio lógico.
Acreditando que a criança está em sua plena capacidade de absorção
de conhecimento surge o jogo que através de uma forma lúdica e indispensável
para o desenvolvimento cognitivo no seu aprender diário. Neste contexto o
xadrez proporcionando diversos benefícios, entre eles a facilidade no auxilio do
aprendizado do conteúdo interdisciplinar, através de um raciocínio lógico e
2 SILVA, William Pereira da. O JOGO DE XADREZ, OS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E AS MODALIDADES ESPORTIVAS. PARTE I e II. Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1233393. Acessado em 01.05.2014.=, p. 1-2.
abrangente das disciplinas curriculares através de suas associações
sequenciais.
No contexto escolar, é fácil os Professores notarem em alguns alunos
dificuldades curriculares, como por exemplo, a Língua Portuguesa e a
matemática, por não entender o que o enunciado do problema lhe diz.
Portanto, o jogo de xadrez pode ajudar na busca da compreensão e a
resoluções de problemas, estimulando a melhoria do raciocínio lógico e com
isso levar o estudante a pensar, buscar soluções, encontrar o seu próprio
sistema de ação e para isso tem-se que evitar sempre que possível às
soluções mecanizadas.
Este projeto visa à utilização de instrumento pedagógicos especialmente
criados para a faixa etária em questão para fazer do xadrez na escola um
instrumento no desenvolvimento nas atividades cotidianas de forma a
desenvolver o intelectivo, sociabilização, respeito e principalmente o raciocínio
lógico. Neste intuito propõe-se uma correlação com o cotidiano e a realidade
escolar, para que os alunos sejam beneficiados no seu aprendizado em todas
as disciplinas curriculares.
O projeto visa desenvolver o ensino do xadrez de forma regular e
contínua para todos os estudantes contribuir um melhor aprendizado em todas
as disciplinares curriculares, estimulando o raciocínio lógico, sociabilização e
sócio-afetivo.
Nesse sentido pretendemos:
- Apresentar a modalidade esportiva do xadrez, conceituando e
caracterizando todos os aspectos do jogo.
- Explicar a origem e finalidade do jogo.
- Estimular a concentração;
- Estimular o raciocínio lógico e a memória;
- Aprender a respeitar regras, limites do jogo e limites sociais, além do
convívio social;
- Adquirir responsabilidades e de tomar decisões isso é reforçado com a
prática do xadrez, contribuindo assim para a formação do caráter da
criança;
- Oferecer mais uma modalidade esportiva aos alunos;
3 CONTEÚDOS QUE SERÃO TRABALHADOS
- História do xadrez
- Definição de esporte
- Apresentação do tabuleiro
- Apresentação das peças
- Movimentação das peças
- Movimentos especiais
- Xeque, xeque-mate e afogamento
- Exibição de filme e jogos educativos
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A humanidade se destaca dos outros seres vivos pela aquisição da
capacidade de agir e pensar sobre a natureza, ou seja, o ser humano pode
mudar, e pensar de forma lógica. Dentro desta conjuntura tem-se a
implantação do xadrez como atividade essencial no âmbito escolar para o
treinamento do raciocínio lógico.
É do conhecimento de todos, que o xadrez vem a enriquecer não só o nível cultural do indivíduo, mas também várias outras capacidades como a memória, a agilidade no pensamento, a segurança na tomada de decisões, o aprendizado na vitória e na derrota, a capacidade de concentração, entre outros. O ensino e a prática do xadrez têm relevante importância pedagógica, na medida em que tal procedimento implica, entre outros, no exercício da sociabilidade, do raciocínio analítico e sintético, da memória, da autoconfiança e da organização metódica e estratégica do estudo. O jogador de xadrez é constantemente exposto a situações em que precisa efetivamente olhar, avaliar e entender a realidade pode mais facilmente, aprender a planejar adequada e equilibradamente, a aceitar pontos de vista diversos, a discutir questionários e compreender limites e valores estabelecidos e a vivenciar a riqueza das experiências de flexibilidade e reversibilidade de pensamentos e posturas. Em países como a França e a Holanda o xadrez já há muito tempo faz parte do currículo escolar como atividade extracurricular. Após sua implantação, perceberam-se um elevado nível de alunos com melhora no coeficiente escolar e uma queda no nível de atendimentos a alunos com dificuldades de concentração. Na Rússia, o xadrez está para eles como o futebol esta para nós, brasileiros. O governo russo apoiou intensivamente a difusão do xadrez, criando até universidades específicas para o melhor estudo do jogo; sendo que nas escolas, todos, sem exceções, praticam xadrez
3.
3 Academia de Xadreza. Disponível em: http://www.academiadexadrez.com.br/xadrez_escolar.htm. Acessado em 01.05.2014, p. 1-2.
Já na concepção de GIUSTI: Em 1891, Binet foi o primeiro pesquisador que preocupou-se em criar testes de quociente da inteligência, sendo professor da Universidade da Sorbonne, em Paris, começou suas experiências científicas na área do xadrez relacionada ao desenvolvimento intelectual. Portanto, suas constatações foram a abordagem da memória, a imaginação, o autocontrole, a paciência e a concentração, serviram de embasamento teórico e prático para futuros trabalhos sobre o funcionamento do cérebro. Os psicólogos da Universidade de Moscou DIACOV, PETROVSKY e RUDIK (1926), foram encarregados pelo governo soviético de investigar o eventual valor educativo do xadrez. Eles verificaram que os enxadristas são muito superiores à população em geral quanto à memória, imaginação, atenção distribuída e ao pensamento lógico, passando então a recomendar este esporte como um método de autodesenvolvimento das capacidades intelectuais. (GIUSTI, 1999, p. 123)
Vygotsky (1989), afirmou que embora no jogo de xadrez não haja uma
substituição direta das relações da vida real, ele é sem duvida, um tipo de
situação imaginária. Pode-se dizer que, conforme propõe este grande
psicólogo, através da aprendizagem do xadrez, a criança estaria elaborando
habilidades e conhecimentos socialmente disponíveis, passando a internalizá-
los, propiciando a ela um comportamento além do habitual de sua idade.
Os psicólogos da Universidade de Gand, CHRISTIAEN e
VERHOFSTADT (1981), investigando a influência do xadrez no
desenvolvimento cognitivo, observaram que alunos do grupo experimental ao
nível de 5º série, que receberam aulas de xadrez durante dois anos, obtiveram
resultados significativamente superiores em testes cognitivos do tipo proposto
por PIAGET, do que os alunos do grupo controle que não as receberam.
Piaget enfoca que o jogo de exercício, acrescentaríamos outros
elementos. Não se pode negar ao lactente elementos de afetividade ou
cognição, por exemplo. A expressão afetiva de uma criança, antes da
linguagem, é o gesto corporal. Como é que se resolveriam os conflitos de
ordem afetiva nessa criança ? Ficariam adiados para quando chegasse a fase
dos símbolos? Ou será que, no espaço do jogo do exercício, as repetições
motoras, aparentemente sem outras funções que não a de proporcionar prazer,
não exerceriam papel semelhante ao descrito por Piaget no jogo simbólico?
Além do mais, o próprio Piaget não desconsidera a afetividade da primeira
forma de jogo, já que ser refere à questão do prazer, mesmo que funcional.
Cremos que, assim como todas as formas de jogo aparecem, com maior ou
menor predominância, em todos os períodos de vida, também as funções dos jogos
são semelhantes em qualquer uma delas. De fato, o jogo de exercício já apresenta
indícios do jogo simbólico, assim como ambos apresentam regularidades que marcam
o nascimento das regras.
Mas o jogo não representa apenas o vivido, também prepara o devir. É no espaço livre de pressões que as habilidades (no caso, para se viver em sociedade) são exercitadas, podendo assim servir de suporte a outras de nível mais alto, quando necessárias. A regra é uma regularidade imposta pelo grupo, e de tal sorte que a sua violação representa uma falta.” É como Piaget define a regra, característica principal das relações dos indivíduos em sociedade, os quais quando jogam, o fazem socialmente. (PIAGET, 1977, p. 30)
A aquisição de uma nova forma de jogo não exclui as anteriores. Assim é que
a criança, quando se envolve com suas fantasias, não o faz puramente na imaginação;
a fala e os gestos corporais acompanham a atividade mental, inclusive porque, sendo
assim, mantém-se com o mundo das coisas concretas um vínculo permanente.
Durante o jogo de regras, por mais que a atividade pareça “séria”, comprometendo
profundamente seus praticantes com objetivos coletivos, não se escapa à fantasia,
aos vôos da imaginação. Quanto à atividade sensório-motora de qualquer jogo de
regras, não é necessário discuti-la, tal a evidência com que se apresenta.
Temos tentado deixar claro que o jogo infantil não constitui uma
forma pura de assimilação, descomprometida com a realidade. Se o
jogo fosse pura assimilação, não levaria em consideração as
características dos objetos. Mas no jogo existe o trabalho, atividade
que leva em conta o meio ambiente, com os objetos físicos e sociais.
No trabalho, as necessidades de adaptação estão sempre presentes,
havendo um grande esforço, por parte do sujeito, de acomodação aos
objetos, isto é, de se ajustar às características dos elementos com os
quais ele se relaciona. (ROSAMILHA, 1979, p. 113)
Para Piaget quando a criança nasce, tem início um processo de
interação entre o organismo e o meio, que significa que tudo que é construído a
partir do nascimento já é fruto dessa troca com o meio .
Muitas vezes, achamos que quando a criança brinca ela está imitando o
adulto, pois vivemos numa sociedade em que o referencial é o adulto. Porém
temos que admitir que há uma certa autonomia da criança em relação ao
ambiente durante seu brincar . Logo quando a criança brinca ela possui uma
autonomia própria. Não podemos pensar que a vida infantil é apenas uma
preparação para a vida adulta. A criança, o jovem, tem que chegar a vida
adulta preparado para assimilá-la . Mas para isso ele deve viver cada período
de vida desde o nascimento.
Segundo PIAGET: todo hábito entra na vida como brincadeira, e mesmo em suas formas mais enrijecidas sobrevive um restinho de jogo até o final "
3. Através das brincadeiras podemos trabalhar
atividades psicomotoras as quais poderão contribuir para o bom êxito da aprendizagem, levando-se em conta que grande contingente de criança adentram a série inicial da escolarização com sérias defasagens de lateralidade , noção de espaço , esquema corporal, etc , os quais são de extrema importância para atender ás necessidades do próprio processo de aquisição da leitura e escrita .(PIAGET, 1977, p. 34)
Em relação a prática de Xadrez na Europa:
Desde 1976, o Ministério da Educação da França patrocina as competições de xadrez escolares oficiais e sugere às autoridades acadêmicas que incentivem o ensino do xadrez como atividade sócio-educativa, como atividade de estimulação cognitiva e como estudo dirigido. Neste país, inúmeras experiências, do jardim-de-infância à universidade estão sendo realizadas
4.
Na década de 1980, com os jogadores KARPOV e KASPAROV, o
xadrez transformou-se no esporte número um da então União Soviética, e seus
torneios escolares chegavam a receber um milhão de alunos, somando-se as
diversas etapas.
Nos últimos anos, o tema xadrez e educação têm estado presentes nos
debates institucionais. Se em países desenvolvidos a utilização de jogos de
estratégia em salas de aula já se encontra perfeitamente aceitável, o mesmo
não se pode afirmar, salvo algumas exceções, quanto aos países em
desenvolvimento, entretanto, no Brasil, a implantação do xadrez nas escolas já
é vista como fundamental por pedagogos e coordenadores, e isto vem sendo
feito, mais especificamente nos últimos quinze anos.
No estado do Paraná o projeto encontra-se em fase bastante avançada,
sobretudo pelos esforços do grande mestre Jaime Sunye Neto e de sua equipe
de trabalho. Em Curitiba já existem torneios que mobilizam mais de oitocentas
crianças em cada etapa, e em todo estado estima-se que o número de alunos
envolvidos com o xadrez passe de quinhentos mil.
4 Compuland. Disponível em: http://www.compuland.com.br/cxp/xadeduc1.htm. Acessado em 01.11.2014.
Entender os benefícios que este esporte pode trazer ao aluno e a
educação em geral é a maior barreira para os educadores, porém, como já é
demonstrado, basta analisar os resultados obtidos e também aprofundar o
estudo em relação aos verdadeiros benefícios do xadrez para saber como
aplicá-lo, que a iniciativa será justificada. Os seres humanos se destacam dos
outros seres vivos pela aquisição da capacidade de agir sobre a natureza, ou
seja, mudar, pensar logicamente. Dentro deste contexto, tem-se a implantação
do xadrez como atividade de suma importância para o treinamento deste
raciocínio lógico. É do conhecimento de todos, que o xadrez vem a enriquecer
não só o nível cultural do indivíduo, mas também várias outras capacidades
como a memória, a agilidade no pensamento, a segurança na tomada de
decisões, o aprendizado na vitória e na derrota, a capacidade de concentração,
entre outros. O ensino e a prática do xadrez têm relevante importância
pedagógica, na medida em que tal procedimento implica, entre outros, no
exercício da sociabilidade, do raciocínio analítico e sintético, da memória, da
autoconfiança e da organização metódica e estratégica do estudo.
5. PLANO DE INTERVENÇÃO PEDAGOGICA
Serão ministradas 32 aulas de Xadrez com os alunos do Colégio
Estadual Prof. Teobaldo Leonardo Kletemberg com uma turma do 6º ano do
Ensino Fundamental no período da tarde, com o objetivo de aplicar um teste
inicial de raciocínio lógico e no término do processo de intervenção pedagógica
na Escola será realizado um pós teste com os mesmos exercícios com a
finalidade de concluir a progressão dos testes pedagógicos.
As atividades e estratégias serão divididas em 32 aulas: sendo (2 aulas)
História do xadrez e suas lendas. Uma das lendas mais conhecidas a Lenda de
Sissa, (2 aulas ) Definição do jogo, (2 aulas) Tabuleiro de xadrez - conhecer e
Identificar o posicionamento do tabuleiro e suas diferença entre fila, colunas e
diagonais, (2 aulas) apresentação das peças.(2 aulas ) posicionamento das
peças no tabuleiro, (4 aulas) movimentação das peças, (3 aulas) jogas
especiais Roque, passant, promoção de peão. (3 aulas) xeque, (3 aulas)
xeque mate, (2 aulas) afogamento, (2 aula) tipos de empates, (2 aulas)
aberturas, (1 aulas) aberturas, (2 aulas) filmes e jogos educativos.
Desta maneira será desenvolvido o projeto e intervenção na escola.
Nessa aula o professor irá abordar o papel do jogo que está legitimado
na educação matemática porque, vinculado ao conceito de atividade, que se
coloca como elemento preponderante para suscitar no sujeito o motivo para
executar certas ações, o jogo apresenta-se como estruturador da
aprendizagem.
Portanto, nessa aula o professor irá transportar o lúdico para a
educação, o que significará favorecer a aprendizagem, o desenvolvimento
pessoal, social e cultural, promover saúde mental, facilitar os processos de
interação, expressão, comunicação e de construção do conhecimento.
ATIVIDADE 1:
Realização de um pré-teste de raciocínio lógico. Observe a figura abaixo
e responda as questões.
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Na classe da tia suzy
Numa outra dimensão, paralela à nossa, existem meninos e meninas
que também vão à escola, assim como você. Mas eles têm formas diferentes,
como na classe da tia Suzy, que você pode ver pelo desenho da outra página.
Vamos descobrir as características de cada aluno? Então tente responder às
perguntas abaixo, pela ordem em que são apresentadas.
01. Quantos alunos têm a classe da tia Suzy? ( )
02. Em qual fila todos são meninas? ( )
03. Quantos meninos têm na sala de aula? ( )
04. Quantos alunos têm a mão levantada? ( )
05. Quantos são os que pensam realmente saber a resposta? ( )
06. Quem está se escondendo da professora? ( )
07. Quem é canhoto? ( )
08. Quem é o mais bagunceiro da sala? ( )
09. Quem tem os pés sobre a mesa? ( )
10. Quem resolveu tirar um cochilo? ( )
11. Quem se esqueceu de pentear o cabelo? ( )
12. Quais são os que estão conversando um com o outro? ( )
13. Quem está usando brinco? ( )
14. Quem se esqueceu de tirar o chapéu ( )
15. Quem veio de maria-chiquinha? ( )
16. Quem trouxe seu cachorrinho para a escola? ( )
17. Quem esta chorando? ( )
18. Quem são irmão e irmã? ( )
19. Quem está chupando pirulito? ( )
20. Quem usa aparelho nos dentes ( )
21. Quem faltou à aula hoje? ( )
22. Quem se esqueceu de lavar as mãos? ( )
23. Quem está usando um WALKMAN? ( )
24. Quem não está se sentindo bem? ( )
25. Quem tem sardinhas no rosto? ( )
26. Quem perdeu os seus óculos? ( )
27. Quem achou que hoje iria chover? ( )
ATIVIDADE 2:
História do xadrez e suas lendas
Uma das lendas mais conhecidas a Lenda de Sissa, o professor relata o
histórico do xadrez, evolução,, países que mais jogam o xadrez, popularização
vinda do xadrez para o Brasil, e logo após conta a lenda.
Nessa aula o professor fazendo o retrospecto evolutivo do esporte do
xadrez, os alunos podem refletir e conhecer melhor essa modalidade esportiva.
LENDA DE SISSA
"Certa vez um sultão que vivia extremamente aborrecido ordenou que se
organizasse um concurso, em que seus súditos apresentariam inventos para
tentar distraí-lo.
O vencedor do concurso poderia fazer qualquer pedido ao sultão, certo
de que seria atendido. Estava de passagem pelo reino um sábio de nome
Sissa. Apresentou este ao sultão um jogo maravilhoso que acabara de
inventar: o xadrez. Entusiasmado com o jogo, o sultão ofereceu ao sábio a
escolha de sua própria recompensa. Que teus servos ponham um grão de trigo
na primeira casa, disse Sissa, dois na segunda, quatro na terceira, oito na
quarta, e assim sucessivamente, dobrando sempre o número de grãos de trigo
até a sexagésima quarta casa do tabuleiro.
O sultão concordou com o pedido, pensando que alguns sacos de trigo
bastavam para o pagamento.
Sua alegria, porém durou somente até que os matemáticos trouxeram os
resultados de seus cálculos. O número de grãos de trigo era praticamente
impronunciável.
Para recompensar Sissa seriam necessários exatamente
18.446.744.073.709.551.615 grãos de trigo. Observando a produção de trigo
da época, seriam precisos 61.000 anos para o pagamento de Sissa. Incapaz de
recompensar o sábio, o sultão nomeou Sissa Primeiro Ministro,
Retirando-se em seguida para meditar, pois o xadrez ensinava a
substituir o aborrecimento pela meditação.” (TIRADO; SILVA,1995, p. 15).
Exercício A:
Após a leitura e análise do texto o professor deverá sanar as duvidas
dos alunos. que deveram realizar uma pesquisa do historio do xadrez e sua
evolução no Brasil, e trazer um breve relado para discussão em sala de aula.
Exercício B:
O Aluno devera realizar uma pesquisa do histórico do xadrez e sua
evolução no Brasil por escrito como tarefa de casa.
Exercício C:
Trazer duas perguntas para discussão em sala de aula sobre a pesquisa
realizada sobre a história do xadrez e sua evolução no Brasil.
ATIVIDADE 3:
Tabuleiro de xadrez
Objetivo: Conhecer e Identificar o posicionamento do tabuleiro e suas
diferença entre fila, colunas e diagonais.
É preciso ter presente que o objetivo de todo ensino, seja de Educação
Física, matemática, seja de qualquer outra disciplina, é apresentar ideias,
estimular o pensamento independente e a criatividade, para que o indivíduo
possa participar ativa e criticamente na sociedade em que está inserido. As
aulas de xadrez podem proporcionar uma criticidade e reflexão por meio de
suas regras.
O tabuleiro de xadrez é um quadrado formado por 64 casas do mesmo
tamanho (quadradas), sendo 32 claras (brancas) e 32 escuras (negras),
dispostas alternadamente.
Existem 3 linhas no tabuleiro: FILA, COLUNA E DIAGONAL.
∙ A disposição das casas na horizontal chama-se FILA.
∙ A disposição das casas na vertical chama-se COLUNA.
∙ A disposição das casas em linha reta da mesma cor (unidas pelos cantos)
Chama-se DIAGONAL (Fig. 1).
Estas linhas representam os caminhos por onde passam as peças no
jogo de xadrez.
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Assim temos:
∙ O lado de baixo como lado inferior, e o lado de cima como lado superior;
∙ 8 filas ou fileiras, numeradas de 1 a 8 da parte inferior do tabuleiro para a
superior em relação ao jogador de peças brancas;
∙ 8 colunas, identificadas por letras minúsculas de a até h, da esquerda para a
direita em relação ao jogador de peças brancas;
∙ 13 diagonais brancas;
∙ 13 diagonais pretas.
Observação: é importante a posição do tabuleiro de xadrez para a colocação
das peças.
Por exigência da regra do jogo, o tabuleiro deverá ser sempre colocado de
maneira que a primeira coluna à direita do jogador tenha na sua base uma
casa branca. (Figura 2)
Figura 1- Filas, colunas e diagonais.
Figura 2 – Casa branca Figura 3 - Casa Branca
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
01- O professor deverá trazer para cada aluno em uma folha o desenho de um
tabuleiro de xadrez para que o aluno identifique:
Exercício A:
Quantas casas existem dentro de um tabuleiro xadrez?
Quantas casas brancas e pretas?
Exercício B:
Identificar as filas, colunas e diagonais.
Exercício C:
Como são representadas as linhas, colunas e diagonais.
ATIVIDADE 4:
Apresentação das peças
Objetivo: Conhecer e identificar seus respectivos valores de cada peça.
Os valores das peças no xadrez são relativos, ou seja, depende muito da
função que esteja exercendo, de seu grau de mobilidade, etc. Os valores a
seguir servem apenas para orientar o enxadrista, principalmente no momento
de efetuar uma troca.
O trabalho com jogos na escola fundamental no contexto atual, ainda
apresenta-se, como possibilidade de investigação, ou seja, a forma como o
aluno, realiza seu próprio processo de construção de conceituações
matemáticas. Dessa forma, pode também contribuir para enfocar o aspecto
cultural, já que na prática do jogo evidencia diferentes formas de
matematização, como também cada grupo étnico apresentando e permitindo a
integração do desenvolvimento da disciplina de ciência no conjunto de
atividades humanas contextualizadas na dinâmica do jogo. No entanto, no
âmbito da educação matemática, o professor de educação física ao propor um
trabalho educativo com jogos, tem também a finalidade de desmistificar a
disciplina de matemática enquanto uma matéria maçante, ou difícil, que
envolve em si a memorização acrítica de formas, fórmulas, números e contas.
Peão: representa a unidade, valor 1
Cavalo: 3
Bispo: 3
Torre: 5
Dama: 9
Rei: É a única peça que tem valor absoluto, já que sua perda significa o
final da partida.
Consideramos os valores dos bispos e dos cavalos como
Aproximadamente iguais, embora alguns autores considerem o bispo um
pouco superior ao cavalo. Como dissemos acima, isso depende do grau de
mobilidade. Como exemplo, em posições fechadas, geralmente o cavalo será
superior, ao passo que em posições abertas o bispo terá preferência.
Exercício A:
Em uma partida de xadrez, seu adversário propõe uma troca de um peão por
um cavalo, quem sai ganhando nesta troca o jogador que perdeu o cavalo ou o
jogador que perdeu o peão?
Exercício B:
Em uma partida de xadrez, seu adversário propõe uma troca entre o cavalo e
um bispo quem sai ganhando nesta troca o jogador que perdeu o cavalo ou o
jogador que perdeu o bispo?
Exercício C:
Em uma partida de xadrez, seu adversário propõe uma troca entre o torre e a
dama quem sai ganhando nesta troca o jogador que perdeu a torre ou o
jogador que perdeu o dama?
ATIVIDADE 5:
Movimentação das peças
Objetivo: identificar o movimento de cada peça e suas particularidades permitir
que o aluno conheça a movimentação e a capturas de cada uma delas.
É importante ressaltar que isso não significa atribuir ao jogo o caráter de
material didático ou de alternativa para preencher espaços ociosos. Em relação à
competição envolvida nos jogos temos que esta é uma característica marcante nos
mesmos, mas, ao trabalhar com jogos em sala de aula, consideramos muito mais
importante o professor realçar seu valor enquanto um material que favorece a
construção do conhecimento, do que a rivalidade. O professor pode estar observando
a forma como cada aluno lida com a situação e atuar de maneira a propor atividades
que impliquem em diferentes aproximações, umas mais competitivas, outras menos,
alternadamente. Os jogos competitivos podem ser associados a atividades que
envolvam a cooperação (construção de um jogo por todos os alunos da sala, uma
brincadeira). Mas, é importante não ignorar o vencer e o perder propostos pelo jogo,
desde que se tenha cautela para não reforçá-los, pois tal atitude pode resultar numa
baixa auto-estima ou numa superestimação.
Torre:
A torre se movimenta para frente e para trás, para a direita e para a esquerda,
quantas casas quiser, mas não pode pular nenhuma outra peça.
Figura 4 - A Torre
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Exercício A:
Partida com as torres
Regras:
1- Joga-se em um tabuleiro de 64 casas (8x8).
2- Cada jogador possui duas torres e oito peões, que se movem como no
xadrez, e são arrumados conforme mostrado na figura abaixo.
3- O jogador com as brancas inicia a partida evence aquele que eliminar as
peças do adversário, ou atravessar o tabuleiro com um peão.
Figura 5 – Peças branca
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Bispo:
O bispo se movimenta na diagonal mantendo-se sempre nas casas de mesma cor
que se encontrava no início do jogo, podendo ir para frente e para trás, quantas
casas quiser, mas não pode pular nenhuma outra peça.
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez.
Figura 6 - Metodologias de Ensino, 2014.
Exercício A:
Bispos contra Peões
Regras:
1- Utiliza-se um tabuleiro de 25 casas (5x5).
2- O jogador das brancas inicia com dois bispos e o jogador das negras com
cinco peões, que são arrumados como na Figura abaixo.
3- As brancas iniciam e os peões andam de uma em uma casa.
4- O jogador das brancas vence se capturar os peões.
5- A vitória será das pretas se um peão atravessar o tabuleiro.
Figura 7 – Peças preta
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Cavalo
O cavalo tem um movimento especial que parece a letra L. O cavalo se
movimenta 2 casas para frente ou para trás e em seguida 1 casa para a direita ou
para a esquerda, ou 2 casas para a direita ou para a esquerda e em seguida 1
casa para frente ou para trás. O cavalo é a única peça do xadrez que pode pular
outras peças.
Figura 8 – O cavalo
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Exercício A:
Corrida do cavalo
Regras:
1- Utiliza-se um tabuleiro de 64 casas (8x8) e 1 cavalo, como na figura abaixo.
2- Deve-se conduzir o cavalo, que está situado em a1, até a casa marcada com
o número 1, depois até o número 2, a seguir ao número 3, e finalmente retornar
ao ponto de partida.
3- Todo o percurso deve ser feito em 20 lances.
4- O jogador que ultrapassar o número de lances deverá refazer o trajeto.
Figura 9 – Corrida do cavalo
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Dama:
A Dama, também conhecida como Dama, é a peça mais poderosa do xadrez, ela
pode ir para frente ou para trás, para direita ou para a esquerda, ou na diagonal,
quantas casas quiser, mas não pode pular nenhuma outra peça.
Figura 10 – A Dama
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Exercício A:
O Desafio das damas
Regras:
1- Joga-se em um tabuleiro de 64 casas (8x8).
2- Deve-se colocar 7 damas sobre este tabuleiro de tal forma que as damas
não estejam ameaçadas umas pelas outras.(Figura 1)
3- Deve-se colocar 8 damas sobre este tabuleiro de tal forma que as damas
não estejam ameaçadas umas pelas outras.
Figura 11 - 8 Damas Figura 12 – 8 Damas
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Rei
O Rei movimenta-se apenas 1 casa em qualquer direção. O Rei nunca pode se
movimentar para uma casa que esteja sob ataque ou capturar uma peça que
esteja defendida por uma peça adversária. No diagrama o rei preto só pode ir para
cima, pois indo para a esquerda ou em diagonal estará sob ataque da torre
branca. Quando estudarmos os movimentos especiais veremos que existe uma
situação em que o rei pode
Figura 13 - Rei
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Exercício A:
Duelo de Monarcas
Regras:
1- Utiliza-se um tabuleiro de 64 casas (8x8).
2- Usam-se 2 reis que se movem como no xadrez e são arrumados como
mostra a Figura .
3- O jogador com o rei branco inicia o jogo e deve colocar seu rei na casa a8
ou h8 para vencer a partida.
4- O jogador com o rei negro, para vencer, deve impedir o rei branco de atingir
o seu objetivo.
5- Não se deve esquecer que um rei não pode ocupar uma casa contígua ao
outro.
Figura 14 – 2 Reis
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Peão
O peão só se movimenta para frente, sendo a única peça que não se move para
trás. No primeiro lance de cada peão ele pode avançar 1 ou 2 casas. À partir do
segundo lance de cada peão ele irá movimenta-se apenas 1 casa.
Figura 15 – O peão
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Exercício A:
Gato e rato:
1- Utiliza-se um tabuleiro de 64 casas (8x8).
2 - Peças de 4 gatos e 1 rato (figura 1).
3 - Os gatos movem-se de uma casa pela diagonal a frente.
4 - O rato move-se de uma em uma casa pela diagonal a frente e para trás.
5 - Não há captura.
6 – Os gatos vencem se bloquearem o rato como mostra a figura 2.
7 – O rato vence se escapar do cerco dos gatos como mostra a figura 3.
Comentário.
Figura 16 – Gato e rato Figura 17 – Gato e rato Figura 18 – Gato e rato
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Exercício B:
Batalha de Peões
Regras:
1. Joga-se em um tabuleiro de 64 casas (8×8).
2. Cada jogador possui oito Peões que são arranjados como na Figura 16.
3. O jogador com as brancas inicia o jogo sendo que o Peão pode se
movimentar como o similar do xadrez, mas sem a captura En Passant.
4. Ganha a partida àquele que fizer um Peão chegar do outro lado do tabuleiro,
ou aquele que deixar o adversário sem movimento possível.
Comentário: Este jogo visa exercitar o movimento do peão. Sua prática
possibilita um melhor domínio do movimento, captura e promoção do peão. Se
o professor achar necessário ele pode adaptar este jogo para um grau de
dificuldade menor simplesmente retirando os peões das colunas a, b, g e h,
ficando uma batalha com 4 peões em cada lado.
Figura 19 - Peões Figura 20 - Peões
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
ATIVIDADE 6:
Movimentos especiais:
Objetivo: adquirir o conhecimento todos os movimentos e jogadas especiais
para poder desenvolver a lógica do jogo.
Ao propormos o trabalho com jogos como encaminhamento para a
construção de conhecimento matemático ou de outra disciplina, solicitamos,
muitas vezes, aos alunos que, em dupla, discuta as regras para posteriormente
vivenciarem os jogos. Nessa proposta queremos desafiá-los a interagir e a
assumirem a dificuldade de interpretar uma regra. Ao ter que ler e interpretar a
regra do jogo com o colega surgem, geralmente, ideias contrárias que geram
conflitos cognitivos e reformulação dos esquemas mentais. Essa interação se
dá em meio a conversas tradicionalmente tratadas como “bagunça”. Essas
conversas não são anárquicas, pelo contrário, caracterizam uma produção dos
alunos, os quais passam a ter o direito de falar e pensar de forma autônoma, e
não simplesmente ouvir e responder as questões colocadas pelo professor.
Roque – é um movimento que envolve a torre e o rei. É o único movimento do
xadrez em que você mexe duas peças ao mesmo tempo e que o rei anda duas
casas. O objetivo do roque é tirar o rei do centro do tabuleiro e deixá-lo num
canto que é mais protegido, ao mesmo tempo colocar a torre no centro do
tabuleiro para facilitar seus ataques.
Figura 21 - Roque Figura 22 - Roque
No roque o rei anda duas casas em direção à torre e a torre pula o rei ficando
ao seu lado.
O roque pequeno é aquele em que o rei anda em direção à torre mais próxima.
Figura 23 – roque pequeno Figura 24 – roque pequeno
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
O roque grande é aquele que o rei anda em direção à torre mais distante.
Condições para fazer o roque:
· O rei não pode ter se movimentado nenhuma vez;
· A torre com quem se quer rocar não pode ter feito nenhum movimento;
· Não pode haver peças entre o rei e a torre;
· O rei não pode estar em xeque;
· O rei não pode passar, nem terminar em casa que esteja sob o ataque de
peça adversária
Exercício A:
Responda se o roque pode ou não ser feito e porquê.
Figura 25 – o roque
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Roque pequeno das brancas:
Roque grande das brancas:
Roque pequeno das pretas:
Roque grande das pretas:
“en passant” ou “Ao passar” – é uma forma especial de captura que o peão
faz quando esse está na 5ª fila (em relação ao jogador) e um peão adversário
avança duas casas “passando” do seu lado.
Figura 26 – ao passar
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Na posição do desenho o peão branco está na 5ª fila e o peão preto avança
duas casas “passando ao seu lado”.
Figura 27 – passando ao seu lado
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Para capturar o peão preto, o peão branco deve ocupar a casa por onde
“passou” o peão preto.
Figura 28 – capturar o peão preto
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Essa é a posição após a captura do peão.
Condições para capturar “en passant”:
· O seu peão deve estar na 5ª fila;
· O peão adversário deve avançar duas casas passando ao seu lado;
· Somente no lance imediatamente após o avanço do peão adversário.
Figura 29 – en passant
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Se você estiver jogando de pretas, observe que o peão preto está na 5ª fila em
relação a você.
Figura 30 – observação do peão preto
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Quando o peão branco avançou duas casas “passando ao lado” do peão preto
este pode, se quiser, capturar o peão branco.
Figura 31 – avanço do peão branco
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
A captura tem que ser feita no próximo lance, e o peão preto passa a ocupar a
casa por onde o peão branco “passou”.
Promoção do Peão
Figura 32 – Promoção do peão Figura 33 – Promoção do peão
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Quando o peão chega do outro lado do tabuleiro ele é promovido e
deve escolher tornar-se uma rainha ou torre ou bispo ou cavalo,
sendo que normalmente ele escolhe tornar-se uma rainha, por ser a
peça mais poderosa. Na teoria podemos ter até 9 rainhas da mesma
cor em um jogo.
ATIVIDADE 7:
Xeque, xeque-mate e empates
Objetivo: que o aluno entenda o método do jogo, enfocando
que pode ser disputado por duas pessoas ou equipes, tendo com finalidade
do jogo é dar o xequemate ao rei adversário, sabendo identificar a diferença
entre xeque, xeque-mate e afogamento.
Com a solicitação de que interpretem as regras para jogar, discutimos
acerca da dificuldade que, muitas vezes, se manifesta na compreensão e
interpretação de um texto. Na matemática, o aluno é convidado a relacionar
uma linguagem cotidiana, na qual os problemas são apresentados, com uma
linguagem matemática (não ambígua e objetiva). O professor deve estar atento
para perceber alguma dificuldade na transposição dessas linguagens. Ao
propor a leitura das regras do jogo estamos, ainda, oportunizando uma
discussão acerca do fato de, ao lidar com a matemática, não excluirmos uma
possível abordagem de outros campos do conhecimento, no caso a
interpretação (diretamente relacionada ao português).
XEQUE E XEQUE-MATE
O rei está em xeque sempre que é atacado por uma peça adversária. Ele não
pode permanecer em xeque.
O xeque deve ser defendido através da melhor das opções abaixo:
- Capturar a peça que dá o xeque;
- Fugir com o rei para uma casa que não esteja sendo atacada por peça
adversária; ou
- Interpor ema peça própria entre o rei e a peça que dá o xeque.
Se nenhuma das alternativas for possível, o rei estará em posição de xeque-
mate.
Neste caso, a partida estará terminada, com a vitória do enxadrista que deu o
mate. O xeque mate é o objetivo do xadrez.
Figura 34 - Rei em xeque
Figura 35 - Captura da peça
atacante
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Figura 36 - Fuga do rei
Figura 37 - Interposição
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Figura 38 - Xeque-mate
Figura 39 - Xeque-mate
A dama preta dá xeque no rei
branco, protegida pelo bispo.
O cavalo branco dá xeque no rei
preto. Observe que não há saída
para o rei.
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
EMPATE
Existem cinco situações de empate:
- Quando o jogador não pode mover qualquer peça e o seu rei não se
encontra em xeque, a partida está empatada. Esta situação é denominada
Pate. No Brasil, o Pate também é conhecido como empate por rei afogado.
-Quando uma mesma posição se apresenta pela terceira vez no tabuleiro, o
interessado pode reclamar o empate. A situação conhecida como xeque
perpétuo é o caso mais comum de empate por repetição de posição.
- Quando um jogador, durante a partida, propõe empate e seu adversário
aceita, ocorre o empate por comum acordo.
- Quando a partida ficar reduzida aos seguintes finais: Rei contra rei Rei e
cavalo contra rei Rei e bispo contra rei Nestas situações o mate não será
mais possível. Ocorre, então, o empate por insuficiência de peças.
- Quando ficar provado que, durante 50 lances de cada lado, não houve
captura de peças nem movimento de peão. Este é o empate por falta de
iniciativa.
Nos casos abaixo, este número passa para 75 lances:
- Rei, torre e bispo contra rei e torre;
- Rei e dois cavalos contra rei e peão;
- Rei, dama e um peão, a uma casa da promoção, contra rei e dama;
- Rei e dama contra rei e dois cavalos
- Rei e dama contra rei e dois bispos
- Rei e dois bispos contra rei e cavalo.
Figura 40 - Pate Figura 41 - Repetição
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
Na figura acima, as brancas devem jogar, mas não podem fazer nenhum
movimento legal e não estão em xeque. Este é um caso de "afogado".
Na animação acima, as brancas não podem evitar o mate da dama
apoiada pelo peão. Para salvar a partida, dispõem do xeque perpétuo,
repetindo posição.
Exercício A:
Cheque mate em 1 Lance
Figura 42 – Cheque mate em 1 lance Figura 43 – cheque mate
FONTE: SILVA, Wilson da. Curso de Xadrez. Metodologias de Ensino, 2014.
ATIVIDADE 8:
Exibição de filme e jogos educativos
Objetivo: Será exibido o filme Xadrez das Cores onde será trabalhado a
valorização do ser humano, seus preconceitos e oportunidades.
O jogo é importante, pois, acaba integrando as várias dimensões da
personalidade: como a afetiva, motora e cognitiva. Dessa forma, torna-se
como atividade física e mental que acaba mobilizando as funções e operações.
Em suma, o jogo é importante como didática de aprendizagem, acionando as
esferas motoras e cognitivas, no entanto, à medida que gera envolvimento
emocional, apela também para a esfera afetiva. Nesta particularidade, o jogo
se assemelha também à atividade artística, como um elemento que integra os
vários aspectos da personalidade. Na dinâmica do jogo, o ser que brinca e joga
é, também, o ser humano das emoções, que age, sente, pensa, aprende, e se
desenvolve.
ATIVIDADE 9:
Realização de um pós-teste de raciocínio lógico para verificar o
desenvolvimento do ensino-aprendizado observando os resultados obtidos no
pré-teste comparando com o pós-teste.
REFERÊNCIAS
Academia de Xadreza. Disponível em: http://www.academiadexadrez.com.br/xadrez_escolar.htm. Acessado em 01.05.2014.
CHRISTOFOLETTI, D.F.A. ; SCHWARTZ, G. M. . A ética no jogo de xadrez. In: Encontro Nacional De Recreação E Lazer, 17., 2005, Campo Grande. Caderno de resumos - XVII Encontro Nacional De Recreação E Lazer. Campo Grande. Caderno de Resumos... Campo Grande: UCDB, v. 1. p. 67-68. GIUSTI, Paulo. Xadrez da Escola aos Primeiros Torneios – vol I. São Bernardo do Campo: Barcarola Editora, 1999.
OLIVEIRA, Martha Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1997. (Pensamento e Ação no Magistério) PIAGET, Jean. A formação do Símbolo na Criança. São Paulo: EDUSP,
1977.
ROSAMILHA , Nelson . Psicologia do Jogo e Aprendizagem Infantil . São
Paulo: Biblioteca Pioneira de Ciências Sociais , 1979.
SILVA, William Pereira da. O JOGO DE XADREZ, OS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E AS MODALIDADES ESPORTIVAS. PARTE I e II. Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1233393. Acessado em 01.05.2014. VASCONCELOS, F. Apontamentos para uma História do Xadrez e 125 Partidas Brilhantes. Brasília: Editora Santa Casa, 1991. VYGOTSKY, L.S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes,
1989.
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