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«|p Bi FMMÇi© SPIMM B.MHMIMPUBLICAÇÃO QtJINZENAL

Anão 11 «B-azil — Hio de Janeiro — 1884 — Aln-H — 15 rV. 34

DisciifMò recitado pelo I»re-«idente da Federação Spi-¦•Ha ltra%ilcii>a. na sesisaoeoiiigiienioraíSva de 31 delláirçoi.Irmãos e Amigos. — Ainda, em vi-

brações sonoras, o etheragitado tran-smitte aos espaços interplanetários asnotas festivas, com que o Brazil in-feiro celebrou a victòria da liberdadeno solo da heróica provincia do Ceará.-

A cada instante, de todos os pontosdo nosso planeta, vem-nos ferir osouvidos os cantos de alegria, com quea humanidade saúda ás novas con-quistas do progresso, o caminhar se-reno e seguro do direito firmado najustiça, despedaçando e calcando aospés os grilhões inventados pelas pre-tenções estultas e antinaturaes, deum passado bárbaro que tem de desap-parecer da face do mundo regenera-do; deixando livre o campo para quenelle brotem efructifiquem as sêmen-tes do amor e da fraternidade uni ver-sal, lançadas pelos emmissarios divi-nos no coração dos homens todos.

De outro lado, vibrando a unisouo,vemos os hercúleos esforços das so-ciedades de immigração concorrerempara que deixem de existir os trope-ços que se elevam, tantos e tão for-midaveis, ante o livre transito da-quelle3 que,forçados pelas necessidadesda vida, abandonam o solo em quenasceram, em busca de uma nova pa-tria, que querem legar a seus filhosenobrecida com o seu trabalho.

Sim, Senhores ! E' tempo dos linii-tes factícios que separam as naciona-

FOLllETIAI

O QUARTO DA AVO'00

A felicidade na familiapon

Me,le. MONNIOT

Ordéno-vos que vos ameismutuamente.:

(Kvang. S, Joio, XV, li).

TRADUZIDO FOR H. O.

lidades, deixarem de impedir que oshomens todos concorram igualmentepara o progresso commum, é chegadaa hora de, aquelles que se intitulamAUemães, Francezes, Chinezes, Afri-canos e Hrazileiros, esquecerem-sedessas classificações egoisticas e semvalor, para somente se consideraremmembros da humanidade terrestre e,

,Çúmo taes, solidários cm todos os seustriumphos no terreno da justiça e doconhecimento das verdades eternas.

Quem poderá, á vista do que se estápassando, dessa tendência pronun-ciada para a unificação de todas asraças humanas, negar a evidencia deque a liberdade de consciência, a li-herdade de religião, seja uma das maispalpitantes necessidades do nossotempo ?

Deus não limita aos homens o modoporque se o deve adorar — Amai-o erespeitai-o; amai aos vossos semelhantese trabalhai pelo vosso e o pregroooodelles — Tal é o meio de cumprirdes alei santa, que temos gravada em nos-sos corações.

Qualquer que seja a forma exteriorde qne lancemos mão para manifestaresses nossos sentimentos ; qualquorque seja o modo pratico porque exer-çamos a caridade, ella é sempre amesma, e conduz sempre ao mesmofim : á perfeição indefinita, a sup-plantação do espirito do orgulho que,de rastos no solo em que o alimentamos nossos vicios, tenta separar-nos,dosviando-nos do nosso fim providen-ciai.

Elle será esmagado aos pés da hu-

VIIIUm chá no quarto oa sra. Valbrum.

(Continuação)

Raul, qne acabava de completar 15 nnnos,estava mais alto do que Mathilde, pareciade facto —um moço — como o dizia Fanny;sua phy*ionomia era séria, suas maneirasdisti netas.

Vendo-o, reconhecia-se facilmente oalumno intelligente e estudiodo que obti-nha todos os anno^.os primeiros prêmiosdenta classe; não pelos esforços de um

dia mas com a eontinnação do trabalhoquotidiano.

Somente notava-se nelle uma exageradareserva, parecendo frieza e que, em seusmãos dias, Fanny classificava — orgulhoridículo.

Ella enganava-se; uma timidez extremacausava esta frieza apparente e Raul sof-fria mais com isso, do que qualquer outro,pois que suas relações com a sociedade,com sua familia mesmo, tornavam-se emeonsequeucia um supplieio ou ao me-nos um incommodo.

Uma observação de suas irmãs, um sor-riso irônico de Fanny, bastavam paradesorientai-o tornando-o verdadeiramenteinfeliz.

Acreditamos que se Fanny advinhasse averdade, nunca faria as malignas caçoadase os cruéis motejos que ferem algumasvezes tão profundamente.

Mas ella não conhecia bastante seu ir-mão para comprehender seu caracter e apena que lhe causava.

Quantas desavenças edesafleições nascem

manidade regenerada pela sciencia epela virtude, dando cumprimento ávelha prophecia bíblica — A hydrado mal suecumbirá sob as plantas deuma mulher.

Inatos! Faz hoje 15 annos que dei-xou o envolucro terreno, voltando ámorada dos telhes, o homem que,com o pseudônimo de Allan-Kardec,por inauditos esforços em prol dosmeios de nos tornar melhores e felizes,conquistou um lugar saliente entre osmais eminentes vultos dahumanidadeterrena.

Sua vida foi um modelo de virtudes,subida abenegação e amor ao traba-lho, que devemos buscar imitar portodos os meios ao nosso alcance.

Guiado por uma inspiração do céo,elle foi o coordenador dos elevadosprincípios dessa doutrina que hoje seesparge de um modo tão assombroso,recrutando proselytos sem con^i emtodas as partes do mundotem todas ascamadas da sociedade, no seio de to-das as crenças que ainda separam 03homens.

Qual o segredo dessa facilidade detriumpho para-ò-Spiritismo?

Onde a magia com que elle faz quetodos se esqueçam dos princípios an-tigos que tão aferradamente defen-diam, para, em estreito abraço, junc-tarem-se em torno de um só pendão ?

E' na clareza, simplicidade e racio-nalidade das verdades que essa dou-trina nos vem ensinar, que se acha aexplicação da rapidez e universali-dade de sua propagação.

Neila encontra o sábio princípios

í

entre irmãos e irmãs por causa do aban-dono prematuro do ninho commum !

Arthur, alegre menino de dez annos deidade, sincero tanto quanto amante, mos-trava-se franco, expandia-se com ingenui-dade, porém tinha todos os defeitos parti-cularesa suas qualidades, isto é, suasince-ridade degenerava algumas vezes em im-política, síia vivaeidade em cólera, suasalFeições em exigências.

Entretanto, todos o estimavam; umbom e verdadeiro coração faz perdoar tan-tos senões!

Durante as ferias era com Arthur queFanny tinha mais discussões tempestuo-sas ; as duas naturezas que assemelba-vam-sepor uma infinidade de pontos, cho-cav.im-se continuamente.

Assim, estavam persuadidos que não seestimavam.

A ausência felizmente lança um veo so-bre os motivos de queixa e faz com que selembre mais do bem que do mal: tem issotlc salutar.

Fanny acctflheu, pois, seus dous irmãos

tão conformes com o que lhe diz a suasciencia, que se lhe torna impossíveldeixar de reconhecer que ahi está averdade ; neila os simples e os igno-rantes descobrem a confirmação da-quillo que elles sentiam e não sabiamexprimir.

Qne força não adquirimos para aluta do progresso, tendo a certezapalpável e incontroversa de queaquel-les por quem chorávamos, estão aonosso lado, trabalham comnosco e nosdizem : " Não esmorecei; a morte nãoexiste; um dia vireis junetar vos com-nosco, para contiyiuarmos o trabalhoque junetos começámos.

Senhor! Do alto dos esplendorescelestiaes, donde dirigis a harmoniado universo, ouvi as vozes de vossosfilhos da Terra que hoje, congregadosem vosso nome e cumprindo o quelhes disse o vosso Christo, vos pedempaz e amor para os homens de boavnntane: bus, muita luz para que oerro desappareça da morada em quenossas faltas nos confinaram.

Permitti também, Senhor, quenesta hora solemne, separando-o daphalange dos incançaveis trabalha-res do progresso, elevemos um votode amor áquelle que teve por missãovir lembrar aos homens, a santa leique trouxe ao inundo o vosso celesteenviado, o elevadissimo Messias deNazareth.

Aceita, Allan-Kardec, o tributo deamor e gratidão de teus discípulos eamigos da Federação Spiríta Brazi-leira.

Está aberta a sessão.mim

sem segunda tenção, com uma alegria vivae completa.

A Sr. Valbrum convidara toda familiapara tomar cha em seu quarto nessa noite.

Ás G horas appareceram os pais e seubello cortejo de filhos.

Graças aos cuidados de Eliza o sombrioquarto tinha tomado, para esta reunião defamilia, um aspecto «festivo.»

Fanny affirmou-o baixinho á sua pri-ma.Os antigos candelabros foram illumina-

dos, cousa que não se fazia havia quinzeannos, ao menos, pois que Eliza nao tinhaidéia disso.

Duas lâmpadas allumiavam a grandemeza coberta de livros,álbuns, e briquedostambém.

Não se devia cuidar de todas as idades?Em um canto do quarto, sobre a pequena

meza que seiviapara as refeições solitáriasda Sra. Valbrum, via-se todos os prepa-rativos do chá.

(Continua).

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REFORMA DOUO r g a i» o v o 1 ii ei o si i st »

ASSIGNATURAS

PARA o INTE1U0R li EXTERIOR

Semestre C$000

PAGA M L NTO A DI A NT A DO

Toda a correspondência deve ser diri-gida a

A. 141 íun dn Silva

120 RUA DA CARIOCA 120

As assignaturas terminara ora Junho eDezembro.

—«:» —

Os trabalhos de reconhecido interessegeral serão publicados gratuitamente.

O MUNDO SIDERAL

VIII

HABITABILIDADE DOS ASTROS *, PLURALI-

DADE DOS MUNDOS HABITADOS

Duas (piestões estão encerradas na.da pluralidade dos mundos : a plura-lidade. dos systemas solares ea habita-bilidade dos astros que os compõem ;dellas a primeira é provada irrefuta-velmente pela observação, que nos fazver em cada estrella um sol percor-rendo o espaço com o seu magestosocortejo de planetas; e a segunda en-contra sua demonstração na analogia

que deve necessariamente existir en-tre o mundo em que vivemos e os quepovoam a iminensidade da creação.

Taxem-n'a embora de temerária,esta questão se impõe á intelligenciado homem corn uma força irreais-tivel.

E' certo que, pela sua fraqueza,

pelas suas imperfeições, é ainda im-

possivel ao homem terreno sondar acreação em seus mais Íntimos deta-lhes ; sua razão, porém, o arrasta aestudar o desconhecido, até onde elle

possa penetrar ; esperando sempre,com o desenvolvimento, frueto de seustrabalhos, de seus estudos, continuarum dia nessa jornada, do ponto em

que tenha sido obrigado a deter-setemporariamente.

A analyse dos aerolithos e os estu-dos espectroscopicos, essa preciosadescoberta de Kirchoff, nos vieramdemonstrar, de um modo que não podedeixar duvida, a identidade dos ele-mentos constitutivos de todos os mun-dos; identidade de qne resulta a con-clusão da analogua de seus papeis nouniverso.

Ao redor de cada um desses centrosde luz e vidagyram mundos, que per-tencem á mesma categoria daquelleem que vivemos.

Quem,estudando a estruetura phy-sica u as condições climatologicas dos

planetas do nosso systema, se poderáfurtar á crença de serem elles tam-bem destinados a nutrir plantas, maisou menos luxuriantes, e animaes, maisou menos intelligentes ?

Que razão se pode apresentar paranos convencer, de que somente o mun-diculo que habitamos, recebeu do

Creador a faculdade de abrigar emseu seio um ente capaz de compre-hender as maravilhas de sua obra ;

privando delia os milhões de outros,a perder de vista, maiores, mais bel-los, mais apropriados que aquelle ásmanifestações da vida ?

A lei divina é uma e universal.Se entre nós o ar. a água e a terra

são povoados de seres tão variados,soffrendo tantas modificações sob ainfluencia das circurhstancias simplesde clima e de meio : porque negarmosaos outros mundos o direito de parti-lhar ila mesma muu.ificencia doSeuhordo universo; variando, áindaeriimaiorescala, suas pro.ducções, nesses systo-mas em que os astros secundários são,muitas vezes, esclarecidos, não porum só, mas, alternadainente, pormuitos soes : onde as modificações cli-matericas suecessivas devem ser ex-tremas, em razão da excentricidadede suas orbitas e, portanto, da varia-

ção da intensidade absoluta das irra-diàções de seus centros de at.trâcçãp ?

Quando a vida pullula ao redor denós.adniittir que os milhares de globosque viajam pelo espaço, são massasestéreis e brutas, sepultadas no quie-tismo de uma morte eterna, 6 tão im-

pio como egoistico, é ir além dos li-mites da blasphemia.

A opinião da habitabilidade de to-dos os mundos teve sempre, entre to-dos os povos, para defensores os ho-meus de mais instmecão e elevação

...moral'.

E' uma idéia que se nos impOe, e

que nao podemos-repellir.A ella faz allusão, em sua lingua-

geni figurada, quando disse : " Hamuitas moradas na casa de meu Pai „Jesus, esse typo de perfeição, essemodelo que Deus mandara aos homensda Terra.

AMONTOAMENTOS ESTELLARLS R

NEBULOSAS

Descobre-se no céo um grande nu-mero de manchas Brancas que, a olhomi, parecem nuvens luminosas ; entreas quaes contam-se as que chamamos :Via-Lactea, Pleiades, ligadas, Prese-pio, Cabelleira de Berenice, etc

Estão* hoje bem determinadas as

posições de mais de 5,000 dellas, ecré-se que ellas cobrem a 250a parteda superfície da abobada appareutedo céo.

A primeira de que se fez menção, éa que se encontra perto de •» de Andro-meda, observada por Simão Marinsem 1612.

Em 1656 ¦ Iliivghens descobrio a

grande nebulosa que cerca a estrellao de Orion.

Em 171(5 contavam-se seis, em 1786uma centena, e deste ponto em diantefoi que o catalogo desses astros singu-lares e curiosos começou a enrique-cer-se.

Os antigos deram-lhe o nome denebulosas; depois,, porém, do empregoda luneta na observação do céo, reco-nheceu-sequé muitas dessas manchasluminosas são ainontoaineutos de pe-

quèriinas estrellas, tão visinlias, ap-

pareutemente, umas das outras que o

olho nu não pode separal-as.Em muitas dellas se vêm as estrel-

Ias menores formando um circulo ao

redor das maiores.í) numero incalculável das estrellas

desses grupos não nos podesorprehen-der mais que a imiiiensa variedade de

suas cores: em uns vê-se o fundo sal-

picado de um fino pó estellar, em ou-tros um globo formado de estrellas eem outros, finalmente, montões phan-tasticos de pedras preciosas, de coresinimitáveis, como o do Cruzeiro doSul.

Muitos desses grupamentos de es-trellas pertencem a uma categoriaespecial, a que damos o nome de num-toes globolares; elles são produzidospela approximação de uni numero in-calcula vel de estrellas muito peque-nas, dispostas em forma de um globoe condensadas na reg-ião central, demodo a fornecer-nos unia luz.branca;delles ns das constellações de Hercu-les e da Balança dão um espectro con-tinuo, ao passo que o da Cabelleira deBerenice apresenta zonas mais claras,o que nos denuncia nelle a existênciade uma massa gazosa central.

Essas agglomerações de estrellas senos mostram com as mais variadasformas ; umas são globulares, outrasestreitas e alongadas, outras com aconfiguração de um leque; aqui oscontornos são muito irregulares, allísimulam um cometa com cauda.

Entre & e y da consteilaoão da Lvraexiste uma, que representa-nos umannel elliptico, tendo o centro escuro,e na orelha esquerda do Cão de Caçaseptentrional outra com a forma deuma espiral brilhante.

Pelo calculo póde-se dizer, approxi-madauiente, que o numero de estrel-Ias contidas, em uni montão estellarcujo disco apparente seja igual á de-cima parte do lunar, não desce alémde 20.000.

Herschel notou que os espaços quese avisinham dos montões estellares,não são tão ricos de estrellas, comoaquelles em que elles não apparecein.

No corpo do Escorpião se encontrauma extenção do 4 gráos de lar*rurá,na qual não se descobre estrella algu-ma; porém logo no extremo delle senoj mostra um dos mais ricos montõesde estrellas que se conhece ; do queconcluio o citado astrônomo que essesajunetamentos estellares podem tersido produzidos pelo trabalho inces-sante de um grande numero de secu-los,ácusta das estrellas que existiamdispersas nas regiões ^visinlias.

De entre esses * montões estellareso que nos toca de mais perto, porquedelle fazemos parte, é a Vi.i-Lactea,zona esbranquiçada e luminosa querodeia o nosso firmamento, passandopelas seguintes constellações : Gassio-

péa, Perseu, os Gêmeos, Orion, o Li-corne, Argo, o Cruzeiro do Sul, o-Centauro, Ophiuco, a Serpente, aÁguia, a Flecha, o Cisne e Cepheu ;ella se bifurca na altura de * do Cen-

tauro, e seus ramos sejunetam de novoriò Cisne; sua largura,muito variável,não attinge a 3 gráos em certos loga-res, ao passo que em outros vai a 10e 1(5; seu aspecto geral, sua forma esua composição estellar, deduzidasdas observações telescopicas, se expli-cam perfeitamente, quando se adinittecom Herschel, que esses milhões deestrellas, mais ou menos espaçadasentre si, formam um estrato compre-hendido entre duas superfícies quasiplanas, parallelas, approximadas e

prolongadas a immensas distancias,em relação ás quaes a espessura émuito pequena.

O nosso sol é ninadas estrellas desseextrato, oecupando um lugar poucoafastado do seu centro.

Assim como os planetas do nossosystema descrevem curvas fechadasao redor do Sol, que lhes envia osfluidos necessáriosáexistencia delles,este e as estrellas, que não são senãosoes de differentes dimensões, giram,para delles receber tambem a vida,ao redor de outros mais consideráveis

que elles.Todos ei>es astros da mesma natu-

reza que o nosso sol, tem seu turbi-lhão, composto de planetas mais oumenos avançados, edos quaes muitos,além da luz reflectida, einittein umaluz própria apreciável.

O fraco brilho dessa myriade decorpos, juntamente com a luz diffusá

produzida por estrellas muito distan-tes de uós, para que as possamos verdistinetamente, e com o fluido lumi-noso derramado no espaço e destinadoa servir de elemento á formação denovos soes, de novos systemas, são acausa da claridade esbranquiçada quese obsserva na Via-Lactea. como em

quasi todos os ainontoamentos estel-lares, que não são mais que outrastantas vias-lacteas muito afastadas denós.

O 8|»irilisiiio avança

Vários centros spiritas se estabele-ceram uhimamente em Venezuela.

Fm Porto Rico, formosa ilha de paz^ebem estar constantes, de habitantessimples, illustrados e hospitaleiros,£ rara a povoação, e ellas são muitas,que já não possua seu bom centrospiríta.

Ahi homens de muito mérito egrande abnegação estão k testa dapropaganda.

Que Deus os auxilie nos seus esfor-cos pelo triumpho da verdade.

Uni novo catccliismo

O Coronel Olcott acaba de-publicarem inglez um pequeno CathecismoBudhista, approvado pelo Grande Sa-cerdote da igreja budhista do sul.

Já traduzida em diversas línguas,esta obra corre inundo, vindo concor-rer com o seu contingente de luz paraa formação da religião do futuro.

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í&<> SílCílillliSI illt llÍ.ÍV4»M

Todos áquelles que, seja no estadonormal, seja no extatico, recebem nelopensamento communicacões estranhasa suas idéias preconcebidas, devemser classificados na categoria dos me-diuns intuitivos pu inspirados.

A inspiração nos vem dos Espíritosque nos influenciam para o bem oupara o mal, mas principalmente da-quelles que nos querem bem, e cujosconselho-, muitas vezes, com tantodesacerto deixamos de seguir.

Essas inspirações referem-se, emtodas a ; circumstancias da nossa vida,ás resoluções que devemos tomar ; e,neste ponto de vista, podemos dizerque todos são médiuns, porque não hapessoa alguma que não tenha seusEspíritos protectores e familiares, es-forçando-sè para incutir em seus pro-tegidos pensamentos salutares.

Se todos estivessem bem conipene-trados dessa verdade, recorreriammais vezes ao seu anjo da guarda, nosmomentos em que se achassem emba-racádos sobre o que lhes cumpre dizerou fazer.

Todo aquelle que, cm caso de ne-cessidade, com fervor e confiança in-vocar seu anjo de guarda, hade sentir-se maravilhado das idéias que, comopor encanto, lhe acudirão á menteseja quando tenha de se resolver atomar um partido, seja quando de-seje compor alguma cousa.

Se nenhuma idéia vier então, éuma prova de que convém esperar.

A prova de não ser nossa a idéiaque assim nos açode, é que, se ella jáestivesse em nós, seriamos sempredelia senhores e, á vontade, podel-a-íamos empregar.

A'quelle que não é cego, bastaabrir os olhos para ver quando qui-zer ; assim também quem tem idéiassuas, as conserva sempre á sua dispo-sicão.

Quando ellas não obedecem à suavontade, é que o homem é obrigado air çolhel-as ém outra parte, que nãoem si mesmo.

Podemos ainda incluir nesta cate-goria as pessoas que, sem terem umaintelligencia excepcional e sem sahi-rem do estado normal,gozam momen-taneamente de urna tal lucidez intel-lectual, que. concebem e faliam comdesacostumada facilidade e mesmo,em certos casos, têm o presentimentodas cousas futuras.

Nesses momentos, chamados justa-mente de inspiração, as idéias abnn-dam, se seguem, se encadeiam, porassim dizer, pòr si mesmas e por uraimpulso involuntário e quasi febril.

Tudo nigso nos mostra que uma in-telligencia superior veio em nosso au-xilio, e que o nosso espirito ficou des-embaraçado de um pesado fardo.

O.s homens de gênio, em todos osgêneros, artistas, sábios, litteratos,são, sem duvida, Espíritos adiantadose capazes por si mesmos de compre-hender e conceber grandes cousas,ora,é precisamente por julgarem-n'os ca-pazes que os Espíritos, que desejam aexecução de certos trabalhos, lhessugg-erem as idéias necessárias ; fa-zendoos médiuns sem que elles odesconfiem.

Elles têm, entretanto, a intuiçãovaga da assistência que recebem, porque todo aquelle que appella para ainspiração, não faz mais que umaevocação.

Se o homem não esperasse ser at-tendido, porque havia elle de bradartantas vezes : « Meu bom gênio, vemem meu auxilio! »

As seguintes respostas confirmamessa asserção :

" Qual ê a causa primeira da inspi-ração ?

<( Um Espirito que se communicacomnosco pelo peusamento. »

" A inspiração só terá por objectorevelar-nos grandes cousas?

« Não, ella se refere ás mais ordi-narias circumstancias da vida.

Por exemplo, quando pretendes ira uma parte, e uma vóz secreta te dizque o não facas, porque corres algumrisco; ou ainda quando essa mesmavoz te aconselha fazer urna cousa cmque nem pensavas ; tens ahi a inspi-ração.

Bem poucas pessoas existem que nãotenham sido inspiradas em certos mo-mentos. »

" Um auctor} um pintor, um musico,por exemplo, nos seus momentos de in-spiração, poderão ser considerados me-diuns y

« Sim, porque nesses momentos suaalma é mais livre e corno desprendidada matéria.

Ella recobra uma parte de suasfaculdades de Espirito o mais fácil-mente recebe a.s communicacões dosEspíritos que a inspiram. »

(Allan-Kardec, Livro dos Médiuns).

Communicacões do Espirito do Dr. De-meure,. a respeito da mediunidadeintuitiva.

« Os médiuns intuitivos são muitonumerosos; é esta a mediunidade maisvulgarisada e que, com o nome de in-spiração, existio em todos os tempos.

Os apóstolos e seus discípulos forammédiuns intuitivos, como o haviamsido, antes delles, os propfietas e osgrandes moralistas da antigüidade.

Foi muito depois que o Spiritisrnoveio ensinar que esse phenomeno eraproduzido por uma acção do mundoespiritual.

A inspiração, como dissemos, èmuito commum ; circumstancia quenos diz sufficientemente, que ella seobtém com facilidade.

Nós actuamos facilmente sobre ovosso cérebro, e não imaginaes, se

quer, na immensa variedade do que"Vos communicamos.A maioria dos vossos pensamentos

vos são assim inspirados por nós.Eis como procedemos •O médium deve-se dispor para en-

trar em communicação comnosco pelorecolhimento e a prece, como o faziamo.s inspirados dos tempos antigos, as-sim preparando-nos o terreno e facili-tando-nos o trabalho :

Por este recolhimento o perispiritodo médium se desprende, abandona dealgum modo a matéria, o que nospermitte entrar em relação com elle,obrar sobre o seu cérebro e ahi desen-volver o quadro que nos convém.

E' preciso que fiqueis bem compe-nétrados de que o cérebro é um ver-dadeiro álbum, em que tudo o quesabeis, tudo o que aprendeis conser-va-se gravado em caracteres distinc-tos; nós folheamos esse álbum, oesclarecemos,por assim dizer, e pomosem evidencia o que desejamos que omédium recorde ou veja.

Essa visão interior o fere e elle re-produz, se não textualmente, pelomenos o sentido do nosso pensamento.

infelizmente os homens não têmassaz confiança nessas inspirações, noque não obram cora acerto.

Examinai, meditai bem attenta-mente sobre o que produzis por inspi-ração, e o que fazeis por vós mesmos,e achareis que pela mediunidade vosvêm idéias, citações sublimes que vosfaltam no estado normal.

Não tende, pois, tanta descon-fiança da mediunidade intuitiva, dei-xai-a obrar livremente; ella é demuito grande utilidade em muitascircumstancias da vossa vida, em umaconversa, em uma discussão, etc.

Dr. Demeurk.

Muitos se revoltarão contra a ad-missão da mediunidade intuitiva, por

«USIBIE^IT—AM_Ji__LtJIA

Cumprio-se a prophecia ! O verbo santo,o cordeiro sem macula veio á Terrao sudario arrancar qne asphyxiava,em seu gélido abraço, á lei antigatrazida por Moysés.Que luz serena e pura elle derrama*em torno, clareando a vera estrada, <a que, só, conduzir o homem pode,de suas culpas passadas redimido,regenerado e puro aos pés do Eternoque do nada o tirou ITinha chegado a hora; a humanidade,cançada de lutar, desfallecia,vendo as velhas idéias sossobraremuma a, uma no pelago sombrioda tetrica descrença;... * *sentindo que o^íesanimo invadia,lethifero e medonho, as fibras todasde seu misero ser, onde o veneno,gota ágota, cruel inoculárao sceptico mordnz.Espavorida, a tímida Esperança,chorosa, abandonava seus altares,da morada fugindo onde a avareza,a inveja e a ambição, filhas do orgulho,firmavam seu despotico domínio,corrompendo e esmagando aos pés os germensdas modestas virtudes que ilida ousavamerguer a fronte á luz.Do salgueiro chorão suspensa a harpados antigos próplietas, mais não vinhajunetar sua doce vóz, sua melodia

suave e melancólica, ao murmúriosomnolento da plácida corrente,que desce do Anti-Libano e sepulta-seno lago em que repousam, ha tantos séculos,Sodoma e Seboim.Nem mais nos penetraes do templo augusto,ante cuja imponente magestadeo homem se dobrava amesquinhadoconhecendo seu nada, se escutavamos harmônicos timbres argentinosdos coros infantis que em outras eras,entre nuvens de incenso se elevavamlouvando a Jehovah.Neste torpor immersa, a humanidademal sabia seus passos vacillantespara onde dirigir; quando despontano firmamento azul uma alva estrellade límpido fulgor.E tu, Bethlem, tão pobre entre as mais pobresdas villas de Judá, viste em teu seio,n'uma fria palhoça, entre os humildesmostrar-se o Redemptor 1Foi o primeiro ensino dado ao inundopor aquelle penhor do amor infindo,que o Omni potente Auctor da naturezadedica aos filhos seus, sempre rebeldes,sempre surdos á voz do Pai que os chama!

Oh Jesus, que de dores te esperavam;que tão profundos golpes magoaramteu animo sensível, vendo o homemcom tanta ingratidão, rir dos conselhos,das verdades que o Pai por ti mandava,pharol que, só, podia nesta vidaguial-o á perfeição!Oh homens, meditai no alto ensino '

que legou-vos Jesus, esse modelo

de sublimes virtudes, o transumptoda mais pura moral!Amai-vos muito. As penas desta vidanão são mais que um crysol para subirdes,para, limpos das máculas do passado,dos vossos vicios tantos, alcançardesa paz celestial IVede-o na hora extrema perdoandoáquelles que sem causa o offendiam ;vede-o pedindo ao Pai que lhes perdoe,pois cegos não sabiam o que faziam.Chegada a hora sexta, densas trevasescondem a luz do sol, súbito medose apossa dos algozes, mil espectrosterríveis se levantam dos sepuicros,p'ra vir dizer aos homens : « Era aquellede quem tanto fallarara vossos bardos,que agora entre ladrões crucificastes. »

Passaram-se três dias; que anciã extremadomina nesses ânimos I De um ladoa saudade e a dor; do outro, o receio,um temor invencível de que o Christoaos homens se mostrasse resurgido.

Rompem-se as trevas.O sol fulgura.Brada a natura:Resuscitou.

Foram cumpridasas prophecias.Era o Messias,res use it rui.

Turbidos medosaos máos espantam;e os anjos cantam :Resuscitou.

Freq.

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que assim julgam perder a gloria vauda paternidade dos seus pensamentos,e talvez cheguem mesmo a dizer que,por esse modo, perdem o seu livre ar-bitrío e não são mais responsáveispelo que dizem ou fazem.

Não, o homem, tem a sua razão epor ella julga dos pensamentos quelhe são suggeridos, podendo aceital-osou repellil-òs.

E" nesta escolha que consiste o seumérito ou demérito, é delia que lhevem a sua responsabilidade pelo (piediz ou pratica.

Eogo que adoptastes um pensa-mento, venha elle donde vier, elle setorna uma propriedade vossa.

Nesta categoria de médiuns intui-tivos e inspirados estão comprehendi-dos o.s médiuns curadores, ein suamaior generalidade.

(Continuação)

r R k LI mi n a ti e s

# Extrahimos da mesma obra supra-citada, do Barão du Potet que fez in-numeraveis experiências sobie a ap-plicação therapeútica do fluido vitalou magnético, as observações maisessenciaes que elle recolheu de seusestudos : as quaes pouparão aos me-diuns curadores longas investigaçõese, por conseqüência, perdas de tempo,collocando-os nas condições de apre-ciar e de julgar sãihehteâs causas doseffeitos salutares que serão chamadosa produzir.

Nós as faremos seguir das instruc-ções medianiinicas, que nos foram for-nécidas pelos espíritos dos Drs. De-meure, Corvisart, etc

« Commummente dá se o nome demagnetismo animal á influencia oc-culta que o.s corpos organi.sado.s exer-cem, á distancia, uns sobre os outro;.O meio ou vihiculo dessa accão não éuma substancia capaz de ser pesada,medida, condensada; é uma forcavital, chamada fluido ou agente rnag-netico,equecada organisàção encerraem si e pôde emittir. »

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« Dotada de propriedades eminen-temente curativas, ella é susceptívelde uma appliçação razoável ao trata-mento das enfermidades. »

« petis, oh Deus! Porque voltas o teu rosto," irritado e pftendido, com desgosto,« para longe de nós '/Assim o homem diz, ao ver no mundoa virtude opprimida e o vicio immuudotriumphante e feroz.

Se por um acto só de tua vontadepüdeste povoara inimensidadede èsplièras, aos milhões,multicolores, igneas, luminosas,

do infinito rasgando magestosasas vastas sol i does;

« tu que ao homem einprestaste o fogo santo,« que em toda a creação o eleva tanto« (! o faz subir a ti: *•<( que o fbrmaste livre e consciente,« cedendo-lhe esse dom tão imponente« de responder por si;

« porque o deixas dobrar-se acábrunhado,« vendo o crime no mundo laureado« e a innocencia soffrer ?« Porque não vemos nós sempre a justiça,« com as mundanas paixões em dura licn,« supplantal-as, vencer ?

E' que a terra é unwiegredo passageiro,uma etapa somente no roteirode infindo viajar;e o nosso viver nella é $em sentido,se entre o berço e o sepulcro for detido(piem o quer estudar.

Ide além desses términos nevoentos.Calcai da ignorância os vãos inteutosque vos buscam deter.Caminhai, estudai e então segurotereis a explicação do enigma escurodo que seja o viver.

As vidas se succedem sem descançona corrente infinita. p'ra o remancoda doce paz dos cens.Avançai, e no termo da viagem,das paixões triumpliando da voragem, -•»vos achares com Deus.

Deixai que tome parte nesta festa,quem como vós viveu na teria mestap'ra poder progredir.Eu venho do infinito e o amigo trinose junte de um que foi, ao doce hymnoque a Deus fazeis subir.

Gástro Alvks.

%

(( Chama-se}>ia(/»ef/sa/' dirigir sobreum enfermo, no lugar em que tem suasede o seu soffriment.o, ou sobre aspartes mais sensíveis do seu corpo, oagente fluidico, afim de ahi desenvòl-ver calor ou um movimento qual-quer. »

¦*

« O agente magnético pôde pene-trar todo o corpo do enfermo e nelleproduzir numerosos phenomenos ; seuseffeitos são uma acceleração ao movi-mento tônico e um augmento de velo-cidade na circulação de todos osfluidos; por esses factos, o magnetis-mo é nm dom e uma arte »

« Todos os homens são susceptíveisde aprendel-a e exercel-n, secundo aenergia de sua força, de sua vontadee, podemos dizer, de sua saúde. »

.. « A acção de magnetisaré tãophy-sica como a de moer alguma cousaem um almofariz, a de serrar madeira,a de trabalhar em uma arte mecânica'ou compor obras que demandem forcae appliçação ; emfim, como todos osactos que alguns motivos nos inspi-ram a vontade de produzir. »

» Para produzir.effeitos quaesquer,é necessário que se esteja persuadidoque se tem em si o poder magnético,e então não se tratará mais senão deterá vontade de empregal-o. »

(( Todo homem que, com o espi-rito prudente e um coração compasVsivo, exercer seu poder magnético,alcançará a mais doce satisfação queé_ possivel gqsar-se, porque

"produ-zirá obras superiores ás que produ-zem todas as sciencias de escola. »

« Ainda que sejam todos iguai-mente salutares, o effeito que mais sedeve desejar obter é ò soimiambiiíís-mo ; elle, porém, não é freqüente, eos doentes, sem entrar nesse estado,podem também ser curados.

Não é conveniente provocal-o; émelhor que o somno venha por simesmo; o agente fluidico tendo emsi uma virtude, uma propriedade, dor-mitiva, elle a desenvolverá, se a na-tureza o exigir. »

(( Um enfermo é capaz de entrarem estado somnambulico, se se notarque elle experimenta um certo entor-pecimento ou ligeiros espasmos, algu-ma alteração nas feições ecerramentode olhos; se cônlinardes a magneti-sal-o, elle adormecerá. »

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« Eis como se exprimiu um médiumsomnambulico, interrogado acerca domagnetismo :

O homem possue em si tanto fluido,de quanto elle precisa para existir;mas nem^scmpre elle tem o necessáriopara communkal-o aos outros.

Esse fhlido é elementar, leve, subtile esbranquiçado; quando elle emanado nosso corpo e se move com vivacida-de. torna-se brilhante.

Os enfermos, quando são magnetisd-dos, o attrahem seg ando suas differentesnecessidades'. '

'

« Esse fluido está espalhado jjttjctoda a natureza; mas o hoinei#é*búnico sei- que o emprega com conscien-Cia/, é.uma virtude que sua vontadepõe em acçãò e que, na falta de termomais conveniente, podemos chamarvirtude magnética. „

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'< E' necessário que o operador serecolfiav não se distraia, oecupe-seunicamente cm a pessoa a quem quersoccoiver, quando qnizer empregaresse meio de acção que a natureza Theotterece""para elle obrar rifava ellamesma.E' preciso que sua almtíWeleve aomais alto gráo de amor ao próximo,nao so porque nos foiordenado amal-omas porque, os homens sendo todosligados por indissolúveis relações e o

gênero humano formando um corposo, esse. amor resulta mesmo" da mitu-reza do homem. »

" Pelo movimento das mãos, o ho-¦ nem dá mais sabida ao fluido queemana delle. obrando fassim sobre"onuidodaquellesobre quem elleactuã,

e ii<'. coinmunieando uma rapidez quèelle não possue no estado normal. »

« O magnetisador não deve ter ou-tro fim que fazer o bem e álliviar aquem soffre; que um e outro estejamtranquillos e submettidos á Provideu-cia; que o enfermo se recolha, suavontade conserve-se inactiva, eelle sópense na virtude de que eiíe esperaauxilio. »

« E' de muita utilidade dizer algu-ma cousa, acerca do processo a seguir :

E' preciso que o operador se col-loque diante do enfermo, conservesuas mãos sobre os hombros deste, edahi as faça descer ao longo dos br a-ços até as mãos, que elle tomará nassuas, durante alguns instantes ; paraque o fluido passe de um a outro cor-lio, se ponha em harmonia e circuleentre os dons corpos. »

¥

<( O magnetisador deve ter cuidadode sua conservação e de suas forcas,e manter sua alma em unia situaçãotranquílla. »

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« A emissão do fluido magnético éconveniente a todos os seres soffredo-res ; mas seus effeitos são mais saluta-res e mais promptos em uns que emoutros. »

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« Póde-se actuar sobre pessoas dis-taritês, mas é necessário que previa-mente uma forte relação se tenha es-tabelecido. »

« Dissemos que o magnetismo é, aomesmo tempo, uma arte e um dom,os médicos deveriam possuir a seièii-cia e, homens sãos, bem dispostos decoração e de alma, e dotados da sufíi-ciente sensibilidade para ser movidosá vista dos soffrimentos de òütrem,exercer, elles somente, a arte de máo*-netisar ou, segundo o Spiritismo,°amedi unidade curadora, isto é, ter ummethodo regular, sem o qual não sepode dar alguma appliçação racionaldo fluido de que elle dispõe. »

« E' precisamente por não possuir-mos conhecimentos inedicaes e, porconseqüência, um methodo regular deoperação, que Espíritos, médicosquando encarnados, noa dictararn oque vamos publicar :

(Continua).

Federação Spiríta «razí-feira

SESSXÒ COMMEMOKATÍVA

Em 31 do passado., na sala* de suasreuniões, a FederaçàVSpiiíta Brasileirareahsou nma sorsíío magna commemo-rativa da desencirnação do grande phi-lo^opho Allaíi Kardec.0 Foi aherla a sessão depois do discursoinaugural recitado peto presidente,, quepublicamos n'oulrò lugar.

Occuparam a tribuna representantesdos Grupos Amor A Verdade deS. Chris-to vão, Amor á Verdade da Corte, Com-missão Confralcinisadora da SociedadeAcadêmica, Sociedade Psychologica dePariz, c Federação Spiríta Franco jíclgae batina.

Em seguida o Sr. Augusto Elias daSilva, obtendo a palavra declarou que,seguindo em matéria de religião.o'livrepensar e não'crendo nas formalidadesadoptadas pelos differentes cultos queainda dividem a humanidade, pedia seelevasse uma prece ao Aliissimp^tmplo-rando sua benção e a proLeceãò de seusbons espíriios para um filho recemnas*cido acresceníandoipie com isso busca-va satisfazer sua crença inlima,dandoaomenino o nome de Augusto.

Foram destrihuidos o numero d"eslejornal comniemorativo áquelia data eexemplares da obra o que é o Spi ri tismo.

TYPottiuPHiA oo REFORMADOR

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