Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXIII Prêmio Expocom 2016 – Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação
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Drogas: realidade aumentada1
Danielle Andrade SILVA2
Isadora COSTA3
Eduardo Vicente SOARES4
Igor José Siquieri SAVENHAGO5
José Augusto Nascimento REIS6
Unifran, Universidade de Franca, SP
RESUMO Grupos com atitudes, gostos e opiniões diferentes constituem a sociedade, mas os meios de
comunicação, com forte influência no meio social, procuram igualar comportamentos,
estimulando o apego aos padrões. Nas coberturas sobre dependência química, pregam a
ideia do vício geralmente como sinônimo de perigo, banditismo e crime, o que confronta
com a busca do usuário por (re)integração social. Nesse sentido, há a necessidade de um
tratamento midiático mais humano e pluralista na investigação dos fatos, o que ajudaria a
reduzir os preconceitos contra grupos minoritários. Este ensaio fotográfico propõe uma
abordagem nesta linha, ao observar reações de pessoas quando se deparam com um suposto
viciado em entorpecentes. São 12 imagens, feitas em Franca/SP, como parte do Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) de Jornalismo em 2015.
Palavras-chave: Comunicação Social; jornalismo; mídia; preconceito; dependência
química.
1 INTRODUÇÃO
O uso de drogas é um grave problema social no Brasil e no mundo. E o presente
trabalho partiu de uma tentativa de entender o processo de construção de notícias que têm
como tema a dependência química, para, a partir disso, propor, como parte do Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC) de Jornalismo em 2015, na Universidade de Franca (Unifran),
um ensaio fotográfico que apresentasse um olhar diferente daquilo que foi observado.
Se o jornalismo é criticado por muitos teóricos da Comunicação quando trata fatos
como espetáculo, o uso de uma abordagem que não seja multidisciplinar na imprensa
também deveria ser rechaçado.
1 Trabalho submetido ao XXIII Prêmio Expocom 2016, categoria Jornalismo, modalidade Produção em
Fotojornalismo. 2 Aluna líder do trabalho. Estudante, em 2015, do oitavo semestre de Jornalismo, email:
[email protected] 3 Estudante, em 2015, do oitavo semestre de Jornalismo, email: [email protected]
4 Orientador do trabalho. Professor do Curso de Jornalismo, email: [email protected]
5 Co-orientador do trabalho. Professor do Curso de Jornalismo, email: [email protected]
6 Co-orientador do trabalho. Professor do Curso de Jornalismo, email: [email protected]
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Segundo Karla Correia (2007), no artigo “Análise de Conteúdo do Jornalismo
Impresso Natalense”, os meios de comunicação de massa objetivam o lucro a todo custo,
provocando o que se pode chamar de superexposição de determinados assuntos, como a
criminalidade e a sexualidade, alguns dos preferidos dos veículos ditos sensacionalistas.
O problema com as drogas atinge pessoas das mais variadas faixas etárias e classes
sociais, trazendo consequências não apenas para a família delas, mas para toda uma região
do entorno, que pode ser afetada, direta e indiretamente, pela dependência química, pois os
usuários já não medem as consequências de seus atos e pensam, obsessivamente, em
consumir as substâncias que suprem seus vícios.
A Bíblia menciona o vinho mais de 165 vezes, geralmente em termos
aprobatórios, mas adverte vivamente contra a bebedice. Mesmo nos
tempos bíblicos depara-se com o problema essencial: Como podemos
desfrutar dos benefícios das drogas, sem nos arriscar a incorrer nos
problemas que é tão fácil acompanhar-lhes o uso? (JAFFE; PETERSON;
HODGSON; 1980, p. 4)
Não existe apenas um usuário de drogas, no singular, mas usuários de drogas, com
histórias de vidas diferentes. Mesmo as trajetórias mais semelhantes apresentam motivações
e sentimentos diferentes. Se ninguém é igual a ninguém, não se pode generalizar quando o
tema é abordado. No âmbito da dependência química, o jornalista não deve ser apenas mero
transmissor de acontecimentos que envolveram a pessoa adicta, mas considerar o conjunto
de ações e reações que a publicação de sua reportagem trará (não somente aos usuários, mas
à sociedade como um todo). Deve-se entrevistar o maior número possível de fontes (oficiais
e não oficiais) durante a apuração de uma reportagem, pois, assim, o público terá uma visão
mais próxima ao fato.
É importante mostrar visões diferentes, sem ocultar caso ocorra um crime, mas
criando debates após a publicação. Dessa forma, o leitor, ouvinte ou telespectador terá
acesso a um maior número de informações, por meio de um conteúdo mais diversificado e
equilibrado. Este seria o primeiro passo para que os meios de comunicação colaborassem na
construção de uma política de saúde e não de uma vertente de repressão, julgamentos e
exclusão.
2 JUSTIFICATIVAS
Frequentemente, os conceitos que a imprensa formula a respeito dos dependentes
químicos são, também, a primeira visão de grande parte de seu público, que, de acordo com
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os postulados da teoria da Agenda Setting, repercutirá, em suas conversas interpessoais,
aquilo que foi sugerido pelos jornais, revistas, televisão, rádio e internet.
Apresentam constantemente objetos que sugerem em que deveríamos
pensar, o que deveríamos saber e o que deveríamos sentir (LANG e
LANG, 1966, apud MORAGAS, 1985, p. 89-90).
Entretanto, é por meio do conhecimento que se pode compreender e ajudar alguém
que sofre com a doença da dependência química, considerando que ela é definida pela
Classificação Internacional de Doenças (CID), como uma doença crônica e multifatorial:
Um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e
fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido de determinada
substância. A dependência pode dizer respeito a uma substância
psicoativa específica (por exemplo, o fumo, o álcool ou a cocaína),
a uma categoria de substâncias psicoativas (por exemplo,
substâncias opiáceas) ou a um conjunto mais vasto de substâncias
farmacologicamente diferentes.
(CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DOENÇAS – CID)
Para evitar, então, julgamentos com base no senso comum, que considera os
dependentes como criminosos, sem personalidade, fracos, sem sabedoria, de pouca força de
vontade, é preciso promover discussões, não apenas informar ou noticiar.
O usuário de drogas raramente é visto como uma pessoa que sofre de uma doença;
não se retrata a dependência química como questão de saúde, mas, de forma geral, ela fica
restrita à esfera policial: que o uso de drogas desenfreado é a causa de assaltos, brigas e
riscos à população, o que resulta num estereótipo negativo e generalizado aos dependentes
químicos.
Há uma imensa responsabilidade dos meios de comunicação,
particularmente da TV, que aqui nos interessa, no que se refere aos modos
de nomear os diferentes. Na ordem do simbólico televisivo, por exemplo,
de que modo um grupo como o dos sem-terra é nomeado? (...) E os
portadores de alguma deficiência? Em que medida todos esses diferentes
são tratados como diferença a ser excluída ou normalizada; ou então,
numa outra perspectiva: em que medida esses “outros” ganham
visibilidade como diferença a ser reconhecida socialmente? (FISCHER,
2002, p.159)
Considerando essas questões, torna-se relevante a abordagem deste tema, por se
entender que os meios de comunicação podem influenciar um alto número de pessoas.
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Logo, esse projeto visa ser uma contribuição para fomentar uma discussão de que não há
um preparo específico em grande parte da imprensa para aprofundar abordagens sobre
dependência química, o que corrobora para a fragilização dos vínculos de pessoas adictas
com o restante da sociedade.
3 OBJETIVOS
Partindo dessas questões, o objetivo deste ensaio fotográfico foi focalizar a
dependência química pelo olhar de pessoas que transitam pelo centro de Franca-SP e se
deparam com um suposto dependente químico. O intuito, com isso, foi demonstrar que o
preconceito contra esse grupo social, que é pouco abordado na imprensa, já começa na
maneira como se olha para o problema.
Outra proposta é alertar os veículos de comunicação, sobretudo os regionais, sobre a
necessidade de dotar a sociedade de informações que contribuam para a reflexão sobre a
dependência química, focando no sujeito e não na droga.
4 MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADOS
Antes da proposição deste ensaio fotográfico, foi feita uma análise da cobertura
sobre dependência química em três veículos da região de Franca-SP: a Revista La Paz, o
jornal Comércio da Franca e uma série exibida pela EPTV, afiliada Globo: Mulheres da
Pedra. No caso da La Paz, com sede em Monte Alto-SP, a edição escolhida foi a número 0,
de lançamento da revista, publicada em novembro de 2014. No jornal regional Comércio da
Franca, foram observadas edições de março de 2014 a maio de 2015, uma por semana. Já a
série da EPTV foi exibida em quatro capítulos, cada com média de cinco minutos de
duração, de 7 e 10 de abril de 2015.
Para isso, foi utilizado o método da Análise de Conteúdo, de Bardin (2011), que,
segundo o autor, pode ser definido como “um conjunto de técnicas de análise das
comunicações visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do
conteúdo das mensagens, indicadores que permitam a inferência de conhecimentos relativos
às condições de produção e recepção destas mensagens. Caracteriza-se, assim, como
método de tratamento da informação contida nas mensagens” (p. 42). Mas é preciso
reforçar, conforme Henry e Moscovici (1968, apud BARDIN, 2011, p. 40), que:
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Qualquer análise de conteúdo não visa o estudo da língua ou da
linguagem, mas sim a determinação mais ou menos parcial do que
chamaremos as condições de produção dos textos, que são o seu objeto. O
que tentamos caracterizar são estas condições de produção e não os
próprios textos. O conjunto das condições de produção constitui o campo
das determinações dos textos.
As inferências (ou deduções lógicas) podem responder a dois tipos de problemas,
sendo que um deles conduz às causas ou antecedentes da mensagem: o que é que conduziu
a um determinado enunciado? E depois: quais as consequências que um determinado
enunciado vai provavelmente provocar?
5 DESCRIÇÃO DO PRODUTO OU PROCESSO
As observações feitas nos veículos de Franca-SP demonstraram posturas parecidas
quando o assunto é dependência química, confirmando as hipóteses consideradas para o
trabalho, de que o uso de drogas não é visto como doença, mas como fraqueza; e que o
dependente químico, considerado criminoso, frequenta quase que exclusivamente as
páginas policiais, não aparecendo nas de saúde. Diante disso, foi proposto, como parte do
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), um ensaio fotográfico que captasse, no centro da
cidade, as reações de quem avista um suposto usuário de drogas.
A ideia inicial era que as duas estudantes, Danielle e Isadora, autoras deste trabalho,
interpretassem usuárias de drogas em locais centrais de Franca-SP, permitindo, assim, a um
fotógrafo que estivesse escondido, capturar olhares e expressões corporais daqueles que
avistassem alguém simulando uma situação real de uso de entorpecentes. Porém, durante a
realização de um ensaio-teste, concluiu-se que apenas Danielle interpretaria a dependente,
para evitar consequências maiores de uma possível abordagem policial ou de outros
usuários. Ficou definido, com isso, que Isadora acompanharia o fotógrafo, Wilker Maia –
amigo das estudantes e que se ofereceu para colaborar com o projeto –, para orientar sobre
as imagens a serem capturadas. O ensaio não foi feito com usuários reais de drogas porque
é difícil identificá-los no centro de Franca, já que eles costumam conviver e se misturar
com moradores de rua que não são usuários.
O teste foi de extrema importância para que o projeto desse certo, pois possibilitou a
tomada de decisões essenciais, como a necessidade de locais estratégicos para o fotógrafo
permanecer e não ser descoberto pelos transeuntes, as distâncias que a câmera deveria estar
para registrar com fidelidade os acontecimentos, os ângulos e enquadramentos desejados,
bem como as atitudes que Danielle simularia, vestimentas e acessórios que deveria usar
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(roupas sujas, rasgadas, latinha de refrigerante, cachimbo e isqueiro). Tudo para que as
fotos ficassem o mais próximo possível de uma situação real.
(Fotos do ensaio-teste)
Não era possível determinar como ou quais seriam as reações das pessoas. Por isso,
além de todos esses detalhes e preparativos, as estudantes precisariam de sorte para alcançar
o objetivo inicial, visto que os contatos com os frequentadores do centro não haviam sido
combinados.
No ensaio “valendo”, muitas pessoas passaram pela “usuária de drogas”. A maioria
reagiu com indignação, raiva, medo, intolerância, solidariedade, compaixão. Mas nem
todas. Nesses casos, as reações foram de indiferença.
No total, foram tiradas mais de mil fotos e selecionadas 24 para um acervo exposto
na Fepro (Feira de Profissões da Unifran), realizada em setembro de 2015 nos corredores da
universidade. Após mais um refino, 12 foram escolhidas para o Expocom.
O nome do projeto, “Drogas: realidade aumentada” foi escolhido após conversas
entre Danielle, Isadora e os orientadores do trabalho, em que concluiu que era preciso
colocar uma “lupa” sobre o tema da dependência química, para que ele viesse à tona na
imprensa, tendo em vista que, geralmente, é ocultado, abafado.
Vale destacar que isso produziu resultados, tendo em vista que o projeto, mesmo
ainda de forma tímida, modesta, pautou alguns veículos da região de Franca:
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(Site: estiloap.com.br – 29 de setembro de 2015)
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(Jornal Comércio da Franca – 30 de setembro de 2015)
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(Site: popmundi.com.br – 7 de outubro de 2015)
6 CONSIDERAÇÕES
Considerando a abordagem do decorrer do trabalho e as hipóteses levantadas, é
possível definir preconceito, para Crochík (1996), como ideia preconcebida, formulada
antes de se conhecer o objeto, além de intolerância e aversão ao outro. Fatores ideológicos,
econômicos, psíquicos e religiosos podem suscitá-lo. O psicólogo explica quão complexo
tocar nessa questão:
Escrever sobre o preconceito não é uma tarefa fácil, não só porque o tema
é complexo, mas, principalmente porque nos obriga a refletir sobre nós
mesmos, sobre nossos sentimentos, pensamentos e atos cotidianos uma
vez que (...) não somos imunes a ele. Tenho convicção, contudo, que
somente quando pudermos reconhecer em nós mesmos a violência que
criticamos no outro é que poderemos dar início ao entendimento do
problema. (CROCHÍK, 1996, p. 11)
Analisando o resultado final da pesquisa, considera-se que os dependentes químicos
são vítimas de preconceito. Segundo Heller (1985), o que alimenta a manutenção do
preconceito é uma falsa ideologia. O dependente químico é, por sua vez, prejudicado, pois
perde seu caráter individual e passa a ser somente aquilo que a sociedade criou por meio de
conceitos e pensamentos pré-estabelecidos. Dessa forma, a autonomia do indivíduo é
perdida, o que leva a crer que todo o preconceito é moralmente negativo.
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Todo o preconceito impede a autonomia do homem, ou seja, diminui sua
liberdade relativa diante do ato de escolha, ao deformar e,
consequentemente, estreitar a margem real de alternativa do indivíduo
(HELLER, 1985, p. 59).
Observa-se ainda que a atuação dos meios de comunicação, de forma geral,
contribui para disseminar o preconceito para com os usuários de drogas, ao tratar a
dependência química apenas relacionada com criminalidade e vadiagem, não ponderando
para a construção de uma política de saúde.
Resta a esperança de que novos trabalhos sobre este tema sejam feitos e que, num
futuro não muito distante, o tratamento midiático seja reformulado para uma visão mais
humana e apuração pluralista dos fatos envolvendo minorias sociais.
É claro que obstáculos surgiram para realizar o que no papel foi fácil de escrever e
imaginar, mas, com dedicação, persistência e ousadia, o resultado foi além do que as alunas
esperavam. Com satisfação, pessoal e acadêmica, conclui-se esse projeto fotojornalístico.
REFERÊNCIAS
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DOENÇAS – CID. O que é dependência
química? Disponível em http://www.minhavida.com.br/saude/temas/dependencia-quimica.
Acesso em 18/09/2015.
CORREIA, Karla. Análise de Conteúdo do Jornalismo Impresso Natalense. 2007.
Disponível em http://www.bocc.ubi.pt/pag/correia-karla-jornalismo-impresso.pdf. Acesso
em 14/10/2015.
CROCHÍK, José Leon. Preconceito, indivíduo e sociedade. Revista Temas em Psicologia,
n. 3, 1996. Universidade de São Paulo. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/pdf/tp/
v4n3/v4n3a04.pdf. Acesso em 10/10/2015.
FISCHER, Rosa Maria. O desafio da colaboração: práticas de responsabilidade social
entre empresas e terceiro setor. São Paulo: Gente, 2002.
HELLER, A. O cotidiano e a história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
JAFFE, Jerome; PETERSON, Robert, HODGSON, Ray. Addictions - Issues and
Answers. Londres: Harper&Row, 1980.
MORAGAS, Miguel de. Sociologia de la communicacion de masas. Vol. 1. Barcelona:
Editorial Gustavo Gili Colección, 1985.