Avanços tecnológicos garantem maior expectativa de

vida do homem moderno

Após terminar o curso de medicina na Faculdade de Medicina de Ribei-rão Preto/USP no ano de 1973, iniciei

minha residência médica, espe-cialização em clínica cirúrgica no HC da mesma instituição até o ano de 1976.

Após prestar serviços médicos na área de cirurgia para alguns pacientes encaminhado do estado de Goiás, especialmente de Goia-nésia, fui convidado pelo saudoso Dr. Arturo Bermudez e Sr. Mário Augusto Alves, a fazer parte do corpo clínico do Hospital Nsa. Senhora De Copacabana e assim fui com a minha família enfren-tarmos um mundo diferente em que a Medicina era basicamente curativa e pouquíssimo de Medi-

cina Preventiva.Doenças como Sarampo, Dif-

teria, Coqueluche, Rubéola etc. eram ameaças públicas, ora uma verdadeira calamidade, chegan-do ao extremo da mortalidade infantil ser de 35%.

As cirurgias eram feitas de forma heroica e a maioria para salvar vidas, como baleados, esfaqueados, traumatismo com lesões graves intra-abdominais ou torácicas, e assim eram feitas com muita maestria e extrema prudência, salvando vidas e com pouquíssimos fracassos com lembranças muito gratas do Dr. Arturo Bermudez, Dr. Djalma de Vito, Dr. Antonio Siva Neto, Dr. Antonio Helio Pinzan e Dr. Nelson S. Kurimori.

A medicina preventiva rapi-damente evoluiu para uma forma

pacífi ca de convivência com do-enças transmissíveis, sendo do-mada, o terrível mal que causava estas e muitas mortes para crian-ças, juntamente com a melhora do saneamento básico enfrentado pela prefeitura, hoje nos depara-mos com uma nova era moderna da Medicina de soluções rápidas.

Já não se admite soluções mé-dias ou fracassos quando vidas poderiam ser salvas. Não se ad-mite cirurgias sem a presença de anestesista ou outros especialis-tas no campo cirúrgico.

Aparelhos cada vez mais mo-dernos de anestesia, computado-res na sala de cirurgia que se tor-nam segurança para o paciente.

Exames de laboratório cada dia mais exatos e aparelhos de imagens moderníssimos com es-pecialistas de alto gabarito. É

claro que estamos ainda longe do ideal, porém, avançamos muito e com toda certeza médicos, hospi-tais particulares e públicos estão se adaptando rapidamente as no-vas realidades.

Existem soluções simples como a parceria entre prefeitura e hospi-tais particulares que diminuíram substancialmente o transporte de pacientes para Goiânia ou Anápo-lis e que poderiam salvar muitas vidas.

Dr. Abdon HermosilaClínico geral

Fotos: Marcelo Souza/Revista Os Três Poderes

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