PEA 5765Tópicos Avançados em Sistemas Energéticos
para um Desenvolvimento Limpo
Aula 6bMecanismos de Desenvolvimento Mecanismos de Desenvolvimento
LimpoLimpo DOCENTES: Miguel Edgar Morales Udaeta
José Aquiles Baesso GrimoniCONVIDADOS: André Luiz Veiga Gimenes
Ricardo Junqueira Fujii Ricardo Lacerda Baitelo Mário Fernandes Biague
Recapitulando...
1.824 - Joseph Fourier publica a teoria sobre o efeito estufa.
1.896 - Svante Arrhenius (1859-1927) propôs uma relação entre concentração de dióxido de carbono e temperatura atmosférica.
Anos 40 – Desenvolvimento da tecnologia de espectroscopia prova que o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera resulta em maior absorção de radiação infravermelha.
1.955 – Gilbert Plass conclui que o aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera intercepta raios infravermelhos que seriam liberados ao espaço caso não houvesse tal aumento. Vapor d’água absorve tipos de radiação diferente do gás carbônico.
Ciclo do carbono
Recapitulando...
Carbono emitido desde 1800 (Gton C)
180
110
115
265
140Land use change
Fossil emissions
Atmosphere
Oceans
Terrestrial
Efeito Estufa e as Mudanças Climáticas
Efeitos Regionais:
América do Norte: aumento de enchentes e furacões
Ásia: diminuição de florestas e vegetação de tundra e derretimento de geleiras das montanhas
África: intensificação da desertificação
América do Sul: incêndios na Amazônia, ondas de calor em grandes cidades
Brasil: Cenário pessimista = aumento de 6ºC em 100 anosSoja = diminuição da produção em 68%,
Café e laranja: deslocamento do sul de Minas Gerais, de São Paulo, para o Paraná, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Fonte: Eduardo Assad, da EMBRAPA
Efeito Estufa e Implicações Diversas
Hidrologia e Recursos Hídricos
Agricultura e Recursos Alimentares
Ecossistemas terrestres e aquáticos
Ecossistemas costeiros e marinhos
Saúde humana
Habitação, energia e indústria
Seguros e outros serviços financeiros
Oportunidades de Créditos de CarbonoAbsorção (Sequestro)
Captação de GHG da atmosfera (fotossíntese)
MitigaçãoAbordagem comparativa de evitabilidade de novas emissões de GHG
Oportunidades de CarbonoAbsorção
FlorestamentoNativas X Pinus
Recuperação de áreas degradadasMatas ciliares
reflorestamento
Oportunidades de CarbonoMitigação
Renováveis para geração de energiaMitigação de recursos fósseis
Fermentação entérica
Substituição de combustíveis
Melhorias em Transporte
Melhoria de eficiência energética
Projetos energéticos oportunos
Cogeração por biomassaEnergia EólicaPCHTroca de óleos fósseis por biomassa em caldeirasEnergia SolarProgramas de eficiência energéticaAproveitamento de resíduos sólidosAproveitamento de biogás residualBiodieselFlorestamento e Reflorestamento
Convenção do Clima ao Protocolo de Kyoto
92, Rio de Janeiro: United Nations Framework Convention on Climate Change – UNFCCC, ou Convenção do Clima
Comprometimento em igualar as emissões de 1992 aos mesmos níveis até 2000
95, Berlin: Convenção das Partes – COP1, participam países que ratificaram a Convenção do Clima, com pelo menos 1 reunião por ano
Negociações para estabelecer cotas de emissões para cada país industrializado
97, Kyoto: COP3Países industrializados concordaram em reduzir suas emissões em média de 5,2% abaixo de níveis de 1990 no período de 2.008 a 2.012.
2005, Canadá COP11 ou MOP1
Antecedentes do Protocolo
1992 – Convenção Quadro sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC)Conferência das Partes (COP)
Comprometimento em igualar as emissões de 1990 aos mesmos níveis até 2000; Responsabilidades comum de todos os países
1995 – COP 1, Berlim, Alemanha - Mandato de BerlimEstabelecimento de metas quantitativas de redução para
países desenvolvidos em 2005, 2010 e 2020.
1997 – COP 3, Kyoto, Japão - Protocolo de KyotoEm vigor após a adesão de países que contabilizassem 55% de
emissões de GEE em 1990; redução de até 8% em relação a esse ano.
2001 – COP 7, Marrakesh, Marrocos - Acordo de MarrakeshCriação do “CDM Executive Board” para supervisionar a
implementação do MDL (Definição de Regras)
2005 – Canadá, COP11 ou MOP1
UNFCCC United Nations Framework For Climate
ChangeReconhecimento da interferência antrópica no clima
Tem como objetivo estabilizar concentrações de GEE na atmosfera
Compromissos
TODOS OS PAÍSES: (1) Elaborar e divulgar periodicamente inventários de emissões de Gases de Efeito Estufa; (2) Programas de governo - tecnologias “limpas” - sumidouros - ciências e tecnologia - educaçãoPAÍSES ANEXO I: Compromisso de redução em 5% do nível de emissões de 1990, no período 2008-2012PAÍSES NÃO ANEXO I: não tem meta de redução, devem elaborar inventário periódico
Protocolo de Kyoto
Tratado ambiental que visa estabilizar a emissão de gases de efeito estufa para a atmosfera e reduzir o aquecimento global e seus possíveis impactos.
Considerado o tratado sobre meio ambiente de maior importância lançado até hoje.
Diminuição da emissão dos seguintes gases, que colaboram para o agravamento do efeito estufa:
perfluorcarbono hexafluoreto de enxofremetanoóxido nitrosohidrofluorcarbono dióxido de carbono.
Protocolo de Kyoto
Países do Anexo I:39 países, entre industrilizados e economias em transição, que se comprometeram com metas para a redução das emissões de GEE, de 8% a 10% em relação ao nível de 1990, durante o primeiro período de compromisso do Protocolo, de 2008 a 2012.
Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária*, Canadá, União Européia, Croácia*, Dinamarca, Eslováquia*, Eslovênia*, Espanha, EUA, Estônia*, Federação Russa*, Finlândia, França, Grécia, Hungria*, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Letônia*, Liechtenstein, Lituânia,*Luxemburgo, Mônaco, Noruega, Nova Zelândia, Paises Baixos, Polônia*, Portugal, Reino Unido e Irlanda do Norte, República Tcheca*, Romênia*, Suécia, Suíça, Ucrânia*. *Países com economia em transição para uma economia de mercado
Protocolo de Kyoto
Situação em 2003:119 países assinaram o acordo (44,2 % das emissões de GEE)Rússia ou EUA deveriam assinar para viabilizar o Protocolo
Rússia: Governo russo aprova projeto de lei de ratificação do tratado em setembro de 2004, pondo um fim a anos de prorrogações.
EUA: Não ratificou o protocolo por conta de seu padrão de consumo (36% das emissões de GEE dos países do Anexo I e 25% de emissões globais). No entanto, pretende gastar US$ 5 bilhões em 2005 no desenvolvimento de novas tecnologias para o auxílio no combate ao aquecimento global.
Protocolo de Kyoto
Brasil:
Ratificou o Protocolo de Kyoto, lidera países em desenvolvimento
País não-Anexo 1Sem meta de redução; vendedor de créditosContra a consideração da conservação de florestas como passível de certificação pelos MDL (incertezas)
1997 - Comissão Interministerial de Mudanças Climáticas
Deve endossar ou apresentar não-objeção aos projetos
2003 - Criação de um Comitê Interministerial de ações governamentais para avaliação de projetos
Posicionamento do Governo BrasileiroMatriz energética considerada limpa (3/4 da energia elétrica proveniente de hidrelétricas)
Governo brasileiro tem participado de maneira ativa, contribuindo com conceitos e ações concretas.
Originou a idéia do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), derivado do Fundo de Desenvolvimento Limpo.
Por ele, os países de grande emissão que não conseguissem reduzir suas metas deveriam dispor de uma verba para este fundo. É o princípio do “poluidor-pagador”.
Primeiro país a ter um projeto de MDL aprovado pela Conferência das Partes.
Protocolo de Kyoto
No Protocolo de Kyoto cada país industrializado tem objetivos distintos.
União Européia = 8%
Estados Unidos = 7%
A meta de cada país está listada no ANEXO B do Protocolo.
O Anexo B se refere aos países que aceitaram o compromisso de redução, quantitativamente e legalmente.
O termo “países do Anexo I” é utilizado para designar países desenvolvidos e em processo de transição para economia de mercado da Convenção do Clima.
Protocolo de Kyoto
3 tipos de mecanismos permitirão aos países industrializados que concordaram em reduzir suas emissões, a contabilizar cotas de redução em países terceiros dentro de seus países:
Emissions Trading – ET
Habilita países e empresas a negociar diretamente cotas de emissão
Joint Implementation – JI
Habilita a transferência de créditos de carbono de projetos específicos, específicamente em países do Hemisfério Norte em transição de mercado, isto é, países do leste europeu e União Soviética
MDL
MDL
Projetos para redução de emissão a partir de jan/2000 para serem utilizados no período de 2008 a 2012
Objetivos:
Ajudar países em desenvolvimento a atingir o desenvolvimento sustentável
Ao mesmo tempo, ajudar países desenvolvidos a cumprir suas metas de redução estabelecidos no Protocolo de Kyoto
Os projetos devem resultar em benefícios de longo prazo reais e mensuráveis
MDL
Linha de base
Descreve os níveis de emissão para um mesmo serviço energético gerado por tecnologia “mais tradicional (business as usual)”
Adicionalidade
Redução de emissões que não ocorreria em circunstâncias normais, isto é, provenientes de projetos que não existiriam sem o MDL.
A adicionalidade é verificada através da comparação com a linha de base
Substituição de Fontes Energéticas
Renováveis 0
Diesel 241 kgC/MWh
Óleo combustivel 251.9 kgC/MWh
Carvão 325.2 kgC/MWh
Gás Natural 137 kgC/MWh
MDL
2001, Marrakesh, COP7
Criação do “CDM Executive Board” para supervisionar a implementação do MDL, composto por 10 membros de diferentes países com maioria escolhida por países desenvolvidos.
O CDM Exective Board que define as regras para registrar projetos e emitir certificações, desenvolver linhas de base, monitorar metodologias, certificar agências de validação e verificação de resultados.
MDLDesignated National Authorities – DNA
http://cdm.unfccc.int/DNA
Entidade responsável em cada país por questões referentes à implementação dos projetos de MDL.
Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima Esplanada dos Ministérios, Bloco E - 2 andar - sala 242, CEP 70.067-900,
Brasilia DF
Mr. Jose Domingos Gonzalez Miguez ( [email protected] ) Phone: (55-61) 317-7923 / Fax: (55-61)317-7657
• Designated Operational Entities – DOE
http://cdm.unfccc.int/DOE
Responsável pela validação de projetos de MDL, isto é, de analisar documentações do projeto e se preenche requisitos definidos pela Conferência das Partes
Documento de Concepção do Projeto (PDD)
1. Metodologia de cálculo (Baseline)2. Limite do projeto3. Fuga4. Período de crédito (3x7 ou 10 anos)5. Plano de monitoramento6. Adicionalidade justificada7. Análise de impactos ambientais8. Comentários dos atores9. Projeto financeiro
Estágios de um projeto de MDLPreparação do projeto
Estudo de viabilidade PD
Projeto PD
Avaliação por atores locais PD
Documentação do projeto PD
Aprovação dos países envolvidos DNA
Consulta Pública DOE
Relatório de validação DOE
Registro Executive Board
Implementação do projetoMonitoração PD
Verificação DOE
Certificação DOE
Emissão dos CERUs Executive Board
Projetos de MDL no Brasil aprovados
Posicionamento do Governo Brasileiro
Ratificou o protocolo de Quioto
País não-Anexo 1Não tem meta de redução
“Vendedor de créditos”
MCT – Secretaria
Comissão interministerial de Mudanças Climáticas
Fórum Nacional de Mudanças Climáticas
Deve endossar ou apresentar não-objeção aos projetos (risco: critérios de eligibilidade)
Ambito Técnico Envolvido
Estratégia do Carbono Sustentável
Documento Concepção Projeto (PIN e PDD)
Consistência dos projetos avaliadosPlanejamento energético (PIR)Aspectos ambientaisPlano de Monitoramento e Verificação
Perspectivas para o MDL
EÓLICASSOLARPCHGEOTERMICAMARÉMOTRIZBIOMASSACOMBUSTÍVEIS LIMPOSINCREMENTOS DE EFICIÊNCIA
Outras Tecnologias
Célula de CombustívelEm estágio de P&D / Tecnologia cara / Combustível?
Cogeração Gás Natural Qual a linha de base?
Substituição de óleo diesel ou óleo combustível – OK
BiocombustíveisÁlcool
Flex fuel, exportação, células combustível (?), ...
Biodiesel e óleos vegetais Culturas: mamona, soja, dendê, ...
Pro-biodiesel
Problemas: (1) Álocação dos créditos (2) Impactos na agricultura?
Novas Tecnologias de Produção de Energia
Ciclos combinados de gás natural com baixos custos alta eficiência, e baixos impactos ambientais. Cogeração. Energia nuclear. Células de combustível.
Tecnologias de Turbinas a GN
Eficiência próxima àquela apresentada por plantas de cogeração tradicionais a carvão, mesmo assim as temperaturas dos gases de escape ainda são altas.Para evitar essas perdas em calor, as turbinas gás de base são normalmente acopladas a com geradores a vapor, criando, dessa forma, ciclos combinados de gás e calor (plantas NGCC).
IGCCIntegrated Gasification Gas Combined Cycles
Níveis de poluição muito menores do que os de plantas de carvão que geram eletricidade e vapor.O Impacto ambiental é de 2% daqueles apresentados em plantas tradicionais a vapor e de 10% dos custos em plantas de cogeração a carvão equipadas com os melhores sistemas de controle de emissões. Grandes reduções nas emissões de poluentes são possíveis porque os poluentes são recuperados em formas concentradas do gás combustível (syngas) que sai do gaseificador.
Células de Combustível
Convertem combustível em eletricidade eletroquimicamente, sem ter que primeiro queima-lo para produzir calor.Vantagens principais:1. Alta eficiência termodinâmica;2. Baixos custos de manutenção;3. Operação discreta;4. Emissões próximos a zero, sem necessidade de controle dos gases de escape;5. Altamente realizável.
Tecnologias Avançadas de Energia Nuclear
Novas Usinas a água leve (LWR):
Possuem maior segurança ;
Custos menores do que os reatores LWR em uso atualmente.
Sistemas de Gás Natural
NaturalGás
Production
Impurities
Purification
NGL
GTL
Liquefaction
Compression
NGCCTransmissionLine
Pipeline
LNG / LNG Tankers /LNG terminal/Regasification
Liquid Fuels /Oil Tankers /Oil Terminal /Refinery /Ultra - clean Liquid Transportation Fuels
F i n
a l U s e r s
Tecnologia GTL
GásNatural
O2
Vapor
Sínteses de Gás
“Syngas”
HidrocarbonetosParafinicos
Combustívelliquido
Geração de “Syngas” Conversão“Fisher - Tropsch”
Refino
Top Related