Arquiteto Maurício Kogan
PESQUISA SOBRE ARQUITETURA PAULISTA
Sobre o juízo da arquitetura paulistana
Luis Espallargas Gimenez – CAU-EESC-USP
Em 1993 é publicado um texto com o título ”Arquitetura pequena” 1, ainda intuitivo em que não se
escolhe os melhores exemplos nem argumentos, uma primeira tentativa que investiga a
possibilidade de confirmar critérios de julgamento e avaliação da arquitetura com premissas
independentes das consagradas na catalogação oficial que controla e abaliza a opinião da grande
maioria dos arquitetos. Naquele momento, reconhece-se outra arquitetura respeitável de bom
1 ESPALLARGAS GIMENEZ, Luis. “Arquitetura pequena: quando simplicidade e correção substituem a genialidade”. Óculum 3 – Revista de Arquitetura, Arte e Cultura - Faupuccamp, março de 1993, pp. 72 - 80. O ensaio chama a atenção para a impreterível espetaculosidade da arquitetura do final do milênio. Esse fenômeno direciona a ação dos arquitetos que passam a projetar com a obrigação de inventar, de provocar, até extasiar, não mais um observador, mas uma multidão tão desinformada e alienada que só quando chocada ou submetida a gritos e ao exagero admite estímulo. Esse fenômeno também propicia a escolha na história da arquitetura de um catálogo de exemplos que confirma essa ideologia e identifica resultados diferenciados, como defende, devem ser as obras dos arquitetos. Em conseqüência, o arquiteto despreza o artefato simples, econômico, eficiente e correto, pois não lhe cabe mais acreditar que a concepção concisa e discreta seja oportuna, ou portadora de atributos estéticos importantes, daí o pouco caso pela arquitetura “pequena”. Isso é favorecido porque a noção estética manejada é a mais retrógrada e inacabada, pretende medir arquitetura moderna como se historia a arquitetura do século XVIII ou XIX, segundo as dúvidas do gosto. Deve ser por isso que a arquitetura da segunda metade do século XX retorna ao estilo e reproduz equívocos análogos aos do antigo ecletismo artístico, com suas inúmeras “vertentes” acobertadas por essa insuspeita e comemorada “diversidade” do fim do século ⎯fin de siècle⎯ XX.
Arquiteto Maurício Kogan
desenho e qualidade, mas descartada pelos critérios vigentes que avalizam o projeto. Só muito
mais tarde é possível entender que essa diferença de avaliação corresponde ao interesse
estimulado pelo olhar ⎯visualidade⎯ e a uma definição mais estrita da acepção reservada ao
moderno.
Desta vez, com exemplos selecionados aleatoriamente pela atenção visual que despertam,
exemplos em alguma medida ainda contaminados por esse teimoso preconceito que impregna,
complica e insiste em confirmar a transcendência da produção do arquiteto segundo essa
perturbadora aura criativa que, dessa maneira, acaba também por confundir, subestimar ou obviar
o genuíno artefato moderno, sempre discreto e impassível.
Esta última seleção explicita como se acentua o interesse por obras em que pese tanta reserva
sobram atributos, mas que algum enigma faz com que passem despercebidos, sem seduzir os
arquitetos. Não se descarta que a razão desse desencontro, dessa hesitação, possa ser atribuída
a uma percepção excêntrica ou solitária, a uma atenção desentrosada da arquitetura mais
conforme com o entendimento da maioria, em todo caso, quer se sustentar o contrário: que essa
apreensão, longe de ser isolada2, é desencadeada com eloqüência e pela desconfiança das
2 Ver nas três compilações dos Documentos de arquitectura moderna en América Latina, 1950-1965, organizadas pela professora Teresa Rovira, da disciplina Proyectos Arquitectónicos “La forma moderna”, do curso de pós-graduação da ETSAB-UPC. Esse importante trabalho aproveita a demanda de alunos latino-americanos pelo curso do terceiro ciclo em Barcelona e a conseqüente emergência de teses sobre a arquitetura desses países para apresentar inesperada quantidade de destacada arquitetura moderna que está à margem dos livros oficiais de história ou não se encaixa nos critérios de avaliação dominantes. Também o professor Helio Piñón do mesmo grupo de pesquisa tem publicado diversos livros de arquitetos modernos latino-americanos esquecidos em seus países.
Arquitetos Roberto Aflalo e Plínio Croce
eleições e critérios confusos que conduzem à predileção e prestigio da arquitetura moderna
brasileira3.
Diversos são os problemas na avaliação de arquitetura. Ocorre com freqüência em pesquisas de
arquitetura o recurso à alegação informal, associativa, externa ou paralela como é o caso da
notável pesquisa coordenada pela professora Maria Ruth Sampaio4, em que o critério de
apresentação refere-se ao levantamento histórico e documental de empreendimentos
habitacionais, com breve apresentação ou descrição dos edifícios listados. A definição de
habitação econômica, as relações do estado com os promotores e com as leis que regulamentam
essas atividades, a história dos fatos urbanos, políticos e econômicos atuantes em cidades
brasileiras dispersas esgota e recompensa todo esforço dos pesquisadores. Tal critério ⎯método
histórico⎯ tem a vantagem da exaustão ao listar indistintamente tudo que possa ter sido
construído em um determinado período ou região, segundo variáveis estabelecidas, mas é ineficaz
com respeito à narração dos atributos que essa arquitetura possa apresentar, mesmo porque, ao
pressupor consenso não especifica o que se deve entender pela camaleônica expressão
3 BRUAND, Yves. Arquitetura Contemporânea no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1981. Corresponde ao modelo interpretativo mais celebrado, acatado e reproduzido para explicar a arquitetura moderna brasileira. Nele o cenário carioca e o paulistano partilham méritos e originam “escolas” para acomodar a vasta e imprecisa noção moderna brasileira. A preferência pela empatia e por uma arquitetura espetaculosa e expressiva é explicita. Essa versão costura divergências locais com hipóteses artísticas originadas no ambiente crítico internacional para acomodar personagens muito diversos, além de afirmar uma hipótese progressiva para a condição moderna que inibe qualquer desconfiança quanto ao seu retrocesso ou afastamento dos princípios modernos fundamentais. Impressiona que essa emaranhada epopéia tenha sido concebida em tão pouco tempo por um paleógrafo francês. 4 SAMPAIO, Maria Ruth Amaral de (org.). A promoção privada de habitação econômica e a arquitetura moderna 1930-1964. São Carlos: RiMa, 2002.
Arquitetos Roberto Aflalo e Plínio Croce
“arquitetura moderna”. Comum é que a crônica da arquitetura moderna pressuponha a autoria e
algum movimento constante de superação e atualização da arquitetura moderna, tal presunção
torna desnecessário ocupar-se com uma avaliação atenta do artefato. Na mesma linha, o
professor Nabil Bonduki5, detentor de extensa pesquisa dedicada aos modelos, programas e
empreendimentos habitacionais de interesse social em todo o país tampouco se ocupa com ajuizar
o valor estético de construções e por isso deixa em aberto o ponto de vista arquitetônico. Esses
levantamentos originais têm importância inquisitiva e histórica inegável, mas não constituem
trabalhos voltados para o aperfeiçoamento da arquitetura. Podem tropeçar com autores
competentes, como podem listar obras medíocres.
A idéia que se faz da arquitetura, longe de constituir juízo, apenas disfarça consenso e aplaca
divergências, por isso constitui um dos grandes entraves da arquitetura contemporânea brasileira,
pode considerar-se que desde a década de 1960, auge da ideologização do projeto com
conseqüente expulsão do juízo estético moderno, até os dias de hoje a arquitetura brasileira
encontra-se à deriva sem avaliação consistente e fecunda. Tal condição, descuidada ou inevitável,
é responsável pela babel e pela escassez de resultados nas décadas recentes. É o que acontece
ao ressuscitar a crença que vê na reação “brutalista” desses anos sessenta a atualização da
atitude moderna e nela delira uma saída factível e promissora para a profissão, ao invés de
encará-la como evasão ou retrocesso artístico: a inegável degradação e subterfúgio do artefato
moderno. Recorrente ideologia que ajuda a perpetuar o impasse brasileiro. A confusão com
critérios de avaliação não é apenas local, o fenômeno assola todo ambiente internacional e pode
5 BONDUKI, Nabil. Origens da habitação social no Brasil. Estação Liberdade / FAPESP, São Paulo, 1998,
Arquitetos Roberto Aflalo e Plínio Croce
ser compreendido quando considerados os imperativos a que se submete a produção de
arquitetura. Na verdade, já faz tempo, a validação da arquitetura deixa de atender o juízo estético
e resulta do prejuízo moral ou da conveniência publicitária e jornalística. Isso vem de longe se for
aceito que grande parte da operação de Brasília emana da campanha promocional e política que
precisa favorecer6.
Também a arquitetura sensível à mudança social e que mitiga a vida dos segmentos desatendidos
da população é aquela que recebe mais adesões e a que se torna mais fácil de elogiar. Por isso
não é difícil entender porque a arquitetura de baixa renda tem constantes prerrogativas, mesmo
quando fica a dever um resultado formal e construtivo aceitável.
A sujeição ética da arquitetura pode ser vista como um dos grandes obstáculos à avaliação formal
do artefato de arquitetura e serve também de fonte para o argumento que denuncia formalismo e
alienação ao mesmo tempo em que omite preconceito e alheamento equivalentes aos alegados.
Nas publicações, em nome da conscientização e segundo o discurso mais politizado, constata-se
o critério publicitário: a necessidade de popularizar novidades e espetáculos: feitos desconhecidos
e surpreendentes que apenas iludem e entorpecem o ”common man”. Condições absurdas
impostas ao objeto achacado pelo heroísmo e pela autoria, porém aceitas como naturais da ação
contemporânea e estimuladas há muito tempo no comportamento do arquiteto brasileiro.
6 Stanislaus von Moos emprega a perspicaz expressão “gigantesca operação midiática” para referir-se ao canteiro de obras de Brasília na palestra intitulada “Notas sobre a retórica do canteiro: a cidade como processo” no 7º seminário DO.CO.MO.MO - Brasil na UFRGS- Propar, Rio Grande do Sul, outubro de 2007. O palestrante chama a atenção para a impressionante quantidade de fotógrafos famosos que documentam o canteiro de Brasília. Moos sustenta que a propaganda estatal desse canteiro tenha sido uma das mais ostensivas da arquitetura moderna no século XX.
Arquiteto Abelardo de Souza
Edifícios selecionados
Os edifícios reunidos pela pesquisa chamam a atenção do olhar num primeiro momento porque
possuem elementos de fachada desenhados segundo uma estrutura ordenadora clara e precisa,
também porque costuma essa estrutura formal funcionar como pauta de um fechamento em
painéis leves e modulados, ora em esquadrias de madeira, ora em esquadrias metálicas. Esses
painéis costumam constituir grandes caixilhos do tipo piso-teto que encerram quartos e salas com
mecanismos do tipo “guilhotina”, com sistemas de cabos e polias que deslocam folhas
contrapesadas. (colocar imagem da propaganda dos caixilhos Ideal da revista Acrópole).
Não parecem comparecer decisões de fachada que permitam fazer associação com estilo, figura,
a priori ou modelo. Tem-se impressão que os elementos estão referidos ao arcabouço que constrói
a forma abstrata e a forma material como quando não se consegue distinguir a ação de formar da
de construir. Não há elementos desnecessários, nem tampouco arbitrariedade. Não há mediação
entre as partes porque há precisão construtiva e as medidas correspondem a múltiplos, assim
como os ambientes compartilham uma sucessão de quadriláteros regulares íntegros a partir da
laje que é seu retângulo maior. Critérios distributivos, sempre notáveis e inteligentes, que além de
solucionar bem o problema funcional, explicitam critérios elevados de construção da forma.
Também suas implantações são decisivas e adequadas para a cidade. As construções escolhidas
não provocam a atenção por qualquer exagero, discordância ou provocação, mas pelo destaque
que adquirem pelo olhar que nelas detecta e reconhece solvência estética moderna.
Arquiteto Abelardo de Souza
As construções escolhidas correspondem àquelas concebidas segundo critérios estéticos
modernos de conformação independentes da tradição clássica de modelos de configuração e
organização, também explicitam implantação notável em seus terrenos.
Sempre se pode demonstrar que essa arquitetura corresponde ao resultado de um período
determinado na história da cidade de São Paulo. É possível que essa arquitetura resulte da
combinação específica de fenômenos e condições favoráveis e capazes de constituir uma hipótese
consistente e convincente de arquitetura, com fortuna para conquistar o mercado pela sua ordem,
clareza, eficiência e custo. A pujança produtiva de São Paulo e a conseqüente emergência de uma
indústria de esquadrias baseada em réguas de madeira, o impressionante desenvolvimento de
know-how construtivo e técnico para edifícios verticais em estruturas de concreto e o estágio mais
elevado alcançado pelo desenvolvimento do projeto moderno que se aperfeiçoa e desenvolve
segundo uma pauta visual e formal estritamente moderna e que, neste caso, despreza inspiração
e inventividade.
A arquitetura que interessa quase sempre está nos bairros paulistanos formados na década de
1950 quando no mundo inteiro a arquitetura moderna constituída pelo esforço dos arquitetos
empenhados no projeto moderno culmina finalmente. Uma arquitetura admirada por todos e
responsável por conjuntos urbanos excelentes, mas que, no entanto, não é lembrada como
exemplo, menos ainda considerada ponto de partida do projeto contemporâneo que arroga auto-
suficiência sem apresentar resultado comparável.
Arquiteto Daniel Lafer
Metodologia
Escolhidos os edifícios segundo atributos reconhecidos visualmente. Desses edifícios que se
sobressaem pelas relações formais que explicitam e que dispensam qualquer apelo expressivo
são procuradas as plantas nas pastas dos processos legais em arquivo da PMSP7.
Invariavelmente o que se encontra são plantas, elevações e cortes definidos segundo critérios
ordenadores precisos e convincentes. As formas perimétricas são íntegras e os esquemas
distributivos das unidades são concisos e ascendem a distribuição organizada e metódica do
programa a uma condição estética irrecusável. É evidente que cumprem as exigências funcionais
e dimensionais de unidade habitacional, mas surpreende como superam a simples organização da
planta para apresentar uma resposta de arquitetura por intermédio de um processo de
estruturação da forma que pode ser reconhecido e que coincidem com a acuidade visual que o
olhar reconhece de imediato no objeto. Interessa ressaltar que esse processo é coletivo e que
essa arquitetura não precisa de memoriais explicativos nem de considerações conceituais para
fazer entender com clareza as condições que ordenam e sintetizam.
Sobre o critério de implantação desses edifícios é possível fazer considerações no mesmo sentido.
O posicionamento dos edifícios, muitos anos antes das teorias do “inclusivismo”, desmente a
7 Em períodos diferentes, são colaboradores desta pesquisa: o arquiteto Jaime Cunha Júnior, formado pela Escola de Arquitetura e Urbanismo da UNIP e Leonardo Musumeci, aluno da graduação do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da EESC-USP. O primeiro cuida da obtenção de todos os processos com os desenhos de prefeitura nos arquivos da PMSP e monta a primeira parte dos projetos com programa de arquivo DWG. O segundo completa os desenhos e faz as correções e edição final de todos os desenhos e da apresentação.
Arquiteto Daniel Lafer
alegada incapacidade da ação moderna para relacionar o artefato na cidade existente. Atende a
construção formal segundo o reconhecimento da estrutura formal da cidade e constituem
experiências coletivas e visuais de ajuste, correção e inovação dos espaços definidos entre os
objetos. A um maior gabarito corresponde um espontâneo recuo suplementar.
Estrutura e vedação: a esquadria Ideal
Entre os argumentos historiográficos mais difundidos da arquitetura moderna do século XX
encontra-se aquele que afirma ser a nova estrutura dos edifícios um dos feitos mais inovadores,
característicos e distinguidos dessa fase. Reproduzida ad nauseum em livros e aulas, a figura de
Le Corbusier (1887-1965) com a perspectiva de um protótipo da patente “dom-ino” de 1915 é
conhecida por todos os alunos e é suficiente para ilustrar essa fixação. Mais raro é que um
professor explique que Le Corbusier precisou de mais dez anos para descobrir como transformar
essa invenção construtiva em alguma coisa que alcançasse um sentido moderno autêntico. Ao
contrário da estrutura “dom-ino”, o Purismo de Amédée Ozenfant (1886-1966), a revista L’Esprit
Nouveau (1920-1924) e a definitiva residência Cook de 1925 parecem ter pouca ou nenhuma
importância para a história moderna.
A estrutura que recua e se descola da parede de fechamento, a possibilidade de compartimentar
com independência ⎯liberdade⎯ da atribuição portante e a conseqüente e ininterrupta
horizontalidade da “fenêtre en longueur” são os atributos mais festejados dessa aparência que,
quase sempre, é rebaixada à condição estilística mais frívola dessa proposta estrutural. Em todo
caso, parece que a estrutura se torna protagonista dessa arquitetura e por isso ninguém estranha
Arquiteto Daniel Lafer
quando os arquitetos, em sua homenagem e distinção, praticam uma sorte de expressionismo
estrutural análogo ao observado em engenheiros neogóticos do século XIX.
Le Corbusier com seu convincente desenho enfatiza a patente do construtor, ou a tarefa do
engenheiro, e reforça a impressão de que o que aparece é a essência da arquitetura, aquilo que a
metáfora torna fundamental, tal conjectura não é disparatada para quem rememorar a quantidade
de construções desenhadas por arquitetos que como obras inacabadas, parecem ser
interrompidas no instante em que constituem a estrutura8. Contudo, pode se sugerir que é
arquitetura aquilo que falta na figura do arquiteto franco-suíço. Tem sentido a observação, porque
além do lapso de decisões arquitetônicas, naquele momento após estagiar com Auguste Perret
(1874-1954) ele sabe como fazer a estrutura, mas ainda não sabe como preenchê-la com
arquitetura, basta ver os desenhos de casas em “redents” que documentam a apresentação9.
Ainda faltam: a estrutura formal que confere ordem e sentido urbanos, o esquema distributivo e
ordenado da planta, os fechamentos e as aberturas horizontais a partir de sistema construtivo
preciso, eficiente, econômico e seguro.
Por isso, passa despercebido o que a prática ⎯a história⎯ transforma no grande tema da
arquitetura moderna: a conseqüente possibilidade de industrializar, seriar e montar fechamentos
8 Por exemplo, a residência de praia Lovell, em Newport Beach, Califórnia, de 1926 do arquiteto Richard M. Schindler. 9 BOESIGER, W. e STONOROV, O. Le Corbusier et Pierre Jeanneret. Œuvre compète 1910-1929. Zurique: Girsberger, 1937, pp. 23-6. Os desenhos que se seguem à descrição do célebre sistema estrutural de 1915: o “loteamento dom-ino”, as inábeis plantas das unidades e as perspectivas classicistas mostram evidente dificuldade do arquiteto para elaborar uma solução moderna. A “Villa Cook”, pp. 130-35, em Boulogne-sur-Seine em Paris, de 1926, é considerada por muitos a primeira solução moderna de Le Corbusier.
Arquiteto João Kon
leves de fachada, com equipamento e critérios modernos de construção. As técnicas de “cladding”
cuja desatenção do meio construtivo brasileiro e de seus projetistas não recomenda sequer a
busca de um termo técnico que expresse essa ação no país. Não se deve descartar que a crítica
preconceituosa e contrária ao uso da cortina de vidro, uma solução em “cladding” por excelência,
associada com certo preconceito ou preguiça do arquiteto com a produção industrial, tenha
colaborado para o menoscabo desse destacado tema construtivo no Brasil.
Alguns podem ficar horrorizados ao se afirmar que não corresponde à estrutura do edifício o
momento mais importante da arquitetura moderna, mesmo porque não estão previstas a
grandiloqüência nem tampouco a solenidade entre as tarefas modernas. Dada sua característica
dimensional, seu peso e tantas condicionantes e circunstâncias, a estrutura aceita menos o
desenho e a intervenção industrial com suas concomitantes técnicas de montagem. Há limites
intransponíveis para a pré-fabricação de estruturas, com exceção feita à técnica metálica de perfis
amparada na soldagem.
Ao contrário, os fechamentos leves e modulados para edifícios, correspondem àquilo que melhor
se sujeita à industrialização, pré-fabricação e montagem no canteiro. Correspondem, portanto, às
etapas construtivas que se destacam da construção convencional e arcaica e, por esse motivo,
são a resposta mais autêntica que o arquiteto pode dar ao projeto de um edifício moderno.
O eixo deste argumento não é hipotético ou condicional, do tipo que imagina como as coisas
devem ser. Na verdade, um número grande de arquitetos paulistanos na década de 1940 e 1950
entende com naturalidade e convicção a procedência dos fechamentos leves e vêem nessa
organização do projeto a atitude moderna aderente e conforme que confirma a arquitetura como
Arquiteto João Kon
um feito baseado em pauta universal que todos podem entender. De um lado, a indústria de
esquadrias de madeira ⎯Ideal⎯ e, do outro lado, a notável interpretação da parte dos arquitetos
corresponde a essa irreprimível e fecunda resposta coletiva e moderna em que formar e construir
torna-se ações congruentes.
Apesar do resultado extraordinário e conseqüente que esses painéis apresentam e prometem,
mais tarde, os mesmos arquitetos que os utilizam, voltam seu interesse para a estrutura exposta,
torcida e musculada10, como quem reconsidera o desenho “dom-ino”, para dele, extrair conclusões
posteriores à Segunda Guerra Mundial que não estão previstas na arquitetura branca das “villas”
corbusianas. A causa pode ser encontrada na evidência de que arquitetura brasileira da década de
1950 atesta completo êxito e recepção favorável ao malabarismo e ao excesso figurativo que
popularizam e difundem a acepção moderna aplanada e pretensiosa que culmina na cidade de
Brasília. Não é difícil sustentar que após detectar a fortuna expressiva da arquitetura moderna
10 Artigas e Cascaldi desenham importante elevação nordeste no Edifício Louveira, em 1946. Apesar disso, chama a atenção quando cronistas preferem referir-se à fachada oposta de serviço com galeria em que uma escada dupla corrige e expõe níveis desencontrados. Apesar de não serem compostas por esquadrias de madeira as precisas fachadas do edifício Eiffel de Oscar Niemeyer, de 1951-52, dão testemunho desse deslocamento ao considerar que nessa época se iniciam experiências com pilares “V” e “W” na cidade de Belo Horizonte e também na Galeria Califórnia, de 1952-54, na cidade de São Paulo. De qualquer maneira a experiência com caixilho modular de mecanismo compensado e intrincado não se esquece: as esquadrias da FAUUSP de Artigas e Cascaldi, de 1961, e a engenhosa janela da residência Butantã de Paulo Mendes da Rocha, de 1960, servem como exemplo.
Arquiteto João Kon
brasileira, sua popularização11 e a fama de seu precursor, a maioria dos arquitetos, sejam cariocas
ou paulistas, se bandeia para essa modalidade12.
Nesses edifícios, antes da debandada, o resultado estético dos painéis segundo estruturas
lineares que compõem as fachadas, e como é de se esperar também as plantas, correspondem a
um projeto de arquitetura elevado, representa o que de melhor a arquitetura paulistana tem para
mostrar.
Os edifícios escolhidos pelas proporções, estrutura formal e ajustes que a visão identifica e eleva
na paisagem não decepcionam em seus aspectos formais internos. As plantas apresentam
solvência estética compatível com a dos demais atributos do artefato. O processo de decisões dá
conta de todos os aspectos do projeto.
O tipo de esquadrias Ideal mais difundido é aquele que funciona com abertura do tipo “guilhotina”
com folhas deslizantes e contrapesadas. Por esse motivo sua dimensão vertical está ajustada à
medida piso-teto disponível entre as lajes dos edifícios de apartamentos nos que se verifica o
maior índice de utilização. Essa característica do mecanismo com cabos de aço faz com que
bandeira e peitoril das janelas façam parte do conjunto e sejam executados em venezianas ou com
placas cegas de aglomerado de madeira e assim constituam painéis regulares ajustados com
11 ORTEGA Y GASSET, José. A desumanização da arte. Lisboa: Codex, 1996. 12 As experiências expressivas, cariocas ou paulistanas, atraíram quase todos os arquitetos. Poucos resistem à pressão do traço brasileiro sedutor ou heróico, nem mesmo o arquiteto Rino Levi que mantêm por muito tempo uma trajetória autônoma e coerente com princípios mais escrupulosos da arquitetura acaba por capitular em suas últimas obras e seu escritório desenha os edifícios habitacionais Gravatá, 1964, e Araucária, 1965, ambos na Avenida Nove de Julho, na cidade de São Paulo, influenciados pela hegemonia da expressão estrutural combinada com o puritanismo heróico.
Arquiteto João Kon
precisão entre os vãos. Essa condição encerra vantagens formativas excepcionais para as
fachadas dos edifícios, pois iludem a figura da janela e da conseqüente perfuração da parede e
oferecem elementos fabricados como painéis que definem planos quadriláteros regulares com
alvenarias íntegras e, quase sempre, constituem o terceiro elemento de um sistema construtivo
definido pelas espessuras da estrutura vertical e horizontal, pelos planos de alvenaria revestidos
com pastilhas e pelos próprios painéis de madeira pintada ou envernizada. Raras vezes um
conjunto construtivo alcança um resultado estético tão convincente, raro é contar resultados
impróprios com a integração desses elementos juntos.
Considera-se determinante dedicar a pesquisa a um fenômeno construtivo considerado relevante
para o campo da arquitetura. Uma vez que da pesquisa, além de organizar informação e
apresentar evidências que confirmam hipóteses, espera-se que preencha a constante necessidade
de encontrar, estudar e aprender sistemas formais superiores e comprovados, capazes de suprir
as condições de projeto contemporâneas com boa chance de acerto e controle.
Defende-se que a pesquisa deve propiciar a oportunidade de educar a cognição visual, treinar a
perspicácia do olho, para ampliar o desempenho frente a novas demandas de projeto e ao
obrigatório exercício de julgamento daquilo que se vê.
O abandono das esquadrias Ideal, de solução industrializada para arquitetura, não retirou a
importância dos desenhos de caixilharia entre os arquitetos. Continuaram a ser propostos
desenhos engenhosos para os caixilhos, porém é provável que as vantagens ordenadoras fossem
se perdidas para dar lugar a propostas mais intrincadas e certamente mais artesanais. A caixilharia
de folhas gigantescas da segunda residência Bittencourt, a caixilharia da FAUUSP ambas dos
Arquiteto desconhecido
arquitetos Artigas e Cascaldi, além das folhas gravitacionais de Paulo Mendes da Rocha nas
residências do Butantã são os melhores exemplos.
(fotografar a residência PMR em Alto de Pinheiros)
O edifico de moradia
Uma parte importante dos exemplos selecionados casualmente corresponde a edifícios verticais.
Um tema de arquitetura que os arquitetos evitam e de imediato são associados à produção voltada
para o lucro, sem qualquer atributo artístico e interesse arquitetônico. É evidente que existem
péssimos edifícios e é certo que ao perder esse tipo de encargo para esquemas de projeto mais
pragmáticos e menos exigentes, há grande quantidade de construções sem qualquer atributo. Por
outro lado é notável o aumento da quantidade de edifícios desenhados por arquitetos
reconhecidos que procuram diferenciar-se do lugar comum acabam por propor edificações
inadequadas, caras e até ineficientes. Arquitetos simplificam o problema quando defendem que a
banalidade da arquitetura comercial corresponde à baixa estima estética e constitui o principal
problema a ser combatido com inventividade ou soluções plásticas excessivas, exageradas, quase
sempre em desentendimento com aspectos construtivos e materiais do projeto. É comum retornar
a uma acepção estética comprometedora e precoce, de aparência pomposa e magnificente para
marcar a intervenção e destacar o profissional arquiteto.
Há preconceito por parte dos arquitetos com respeito ao tema dos edifícios de moradia verticais,
talvez essa crítica se estenda para todos os tipos de edificação vertical invariavelmente entendida
como interesse do mercado imobiliário ou como programa comercial que não permite uma
Arquiteto desconhecido
resposta isenta do arquiteto. Parecem raros os cursos de projeto das escolas de arquitetura
dedicados a edifícios em altura que estudam e solucionam problemas específicos de estrutura, de
transporte vertical, de segurança, de conforto e de fechamento das fachadas. Dá a impressão que
para os acadêmicos das escolas de arquitetura os edifícios verticais danificam com seus gabaritos
as cidades e que seus projetos são providos por profissionais levianos ou mercantilistas.
Os edifícios relacionados e construídos entre as décadas de 1940 e 1950 expõem um panorama
diverso. Um conjunto importante de arquitetos bem preparados, com muito sentido profissional e
postura anônima, é encarregado por promotores para atuar no mercado de projetos habitacionais.
São arquitetos que aplicam uma noção de arquitetura moderna ponderada, mas potente e nova,
mas conseqüente, com reconhecido e invejado êxito estético e prático. Anos em que bons
arquitetos trabalham no mercado sem que isso caracterize concessão ou aviltamento. Bairros
paulistanos inteiros resultam desse tempo e causam admiração. Não é ingênuo considerar que o
sucesso e a demanda de tantos arquitetos estejam relacionados com uma proposta de arquitetura
apropriada, factível e respeitada por empreendedores e compradores. É improvável que essa
relevância coletiva e profissional dependa de sorte ou de outra circunstância que não seja essa
experiência tão oportuna e desenvolvida, a mesma que coincide com o período em que a
arquitetura moderna internacional alcança seu patamar mais alto. É impressionante também que
tantos arquitetos reconheçam o valor artístico e superior dessa produção, ao mesmo tempo em
que argumentam com a moda para convencer clientes e tocar seus escritórios.
Arquiteto desconhecido
Comentários dos edifícios
Repassar a lista dos edifícios algum tempo depois para fotografá-los, proporciona a chance de
verificar as escolhas e reconsidera-las, já que a foto corresponde a uma seleção escrupulosa, a
um ponto de vista e a um recorte para explicitar atributos da forma e solvência construtiva.
Fotografar exige todavia mais empenho visual. Por isso, alguns edifícios escolhidos vistos depois
não resistem ao esclarecimento formal que o maior apuro visual impõe. O edifício da esquina da
Rua Ministro Rocha Azevedo com Rua Lorena é um desses. Encanta à primeira vista a ordem
moderna das fachadas com estruturas de abertura diversa e sem qualquer menção à simetria e
hierarquia clássicas. No entanto a construção do objeto deixa a dever e o térreo explicita
descontinuidades e desproporção com o corpo do edifício. A espessura da laje insinuada pela
moldura horizontal da fachada da Rua Ministro Rocha Azevedo revela-se falsa numa comparação
oblíqua com a marcação da estrutura verdadeira e mais alta da fachada adjacente. A altura da
marquise de acesso e a escadaria em leque são suficientes para reiterar a constante
incompetência dos andares térreos da arquitetura brasileira, também a mudança de revestimento
nos cantos vivos das fachadas destrói a consistência visual dos planos e volumes. Visto por trás, o
mesmo edifício tem uma fachada secundária e desclassificada, construída sem qualquer cuidado,
confirma a atitude moderna mais imediata e descarada que se impõe no meio da arquitetura e
insinua uma compreensão precoce ou irresponsável do fenômeno moderno, mais preocupada com
o que diz respeito à aparência do objeto e menos ocupada da construção escrupulosa e
irrecusável do artefato.
Arquiteto Jorge Wilheim
Balcões
Os desenhos dos balcões estão integrados com a espessura das lajes e constituem um acréscimo
no retângulo principal da laje. É difícil encontrar exemplos em que os balcões das salas
correspondam a escavações da laje. Em todo caso os arremates dos elementos de fechamento e
de estrutura estão resolvidos com máxima integração.
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since 1922. New York: W. W. Norton & Company, 1932.
Arquiteto Jorge Wilheim
MONDRIAN, Piet. Realidad natural y realidad abstracta. Barcelona: Barral, 1973.
PIÑÓN, Helio. El formalismo esencial de la arquitectura moderna. Barcelona: UPC, 2008.
ROVIRA, Teresa (org). Documentos de Arquitectura Moderna em América Latina 1950-1965.
Primera, Segunda y Tercera Recopilación. Barcelona: UPC, 2004, 2005 e 2006.
SAMPAIO, Maria Ruth Amaral de (org). A promoção Privada de Habitação Econômica e a
Arquitetura Moderna 1930-1964. São Carlos: RiMA, 2002.
XAVIER, Alberto & LEMOS,Carlos & CORONA, Eduardo. Arquitetura Moderna Paulistana. São
Paulo: Pini, 1983.
Lista com informações dos projetos da Pesquisa
01- Edifício Abramo Kropp
Av. Rebouças, s/nº, Jardim América.
Arquiteto: Maurício Kogan
Desenhos: planta térreo; planta pavimento tipo; planta pavimentos
1 e 2; planta subsolo; corte AA; corte BB
02- Edifício Albert Safdie e Outros, Edifício Perla
R. Pamplona – esq. Al. Lorena, 632, JardimPaulista.
Arquiteto: Jorge Wilheim
CAD: planta subsolo; planta térreo; planta mezanino; planta
escritório; planta pavimento tipo; casa de máquinas; corte AA;
corte BB; elevação sudeste; elevação nordeste.
03- Edifício Banco Hipotecário Lar Brasileiro S/A, Edifício Biaça
R. 2, lotes 4, 5, 6, 7 e 8 na Rua Professor Aristides de Macedo, 77,
Vila Mariana.
Arquiteto: Roberto Aflalo
CAD: planta térreo (garagem); planta – pavimento tipo; corte AA;
corte BB; corte CC; elevação sudeste; elevação nordeste
04- Edifício Camillo Sallum e Outros
R. Pamplona – esq. R. Batataes, 602, Jardim Paulista.
Arquiteto: Maurício Kogan
CAD: planta subsolo, planta térreo, planta escritório; planta
pavimento tipo; planta 6º pavimento; planta cobertura; corte AA;
corte BB; elevação sudoeste; elevação noroeste
05- Edifício Faes Hossini Neto e Wilson Hossini
Av. Heitor Penteado – esq. Luiz Xavier, Jardim Vera Cruz.
Arquiteto: Maurício Kogan
CAD: planta térreo; planta garagens; planta pavimento tipo; corte
AA; corte BB; elevação noroeste (2 desenhos)
06- Edifício Filip Citron
Al. Lorena, s/nº, Jardim América.
Arquiteto: David Libeskind (Jacob Lerner)
CAD: planta pavimento tipo; planta cobertura; planta térreo; planta
subsolo; corte AA (transversal); corte BB (longitudinal); elevação
nordeste.
07- Edifício Izidor Kleinberger
R. das Palmeiras, 144-150-160 – esq. Al. Glette, 1071, Santa Cecília.
Arquiteto: Victor Reif
CAD: planta porão; planta térreo; planta pavimento tipo; planta
cobertura; planta casa de máquinas; corte AA; corte BB; elevação
sudoeste; elevação noroeste
08- Edifício Lauro Cardozo de Almeida, Edifício Três Marias.
Av. Paulista, 2243 – esq. R. Hadock Lobo (Cerqueira César)
Arquiteto: Abelardo de Souza
CAD: planta subsolo; planta térreo; planta pavimento tipo; planta
cobertura; corte AA; corte BB; elevação nordeste; elevação
noroeste
09- Edifício Lúcio Martins Rodrigues Filho
Av. 9 de Julho – esq. R. Bibi
Arquiteto: F. J. Pinotti
CAD: planta casa de máquinas; planta cobertura; planta pavimento
tipo; planta térreo; corte AA; corte BB; elevação nordeste; elevação
sudeste; elevação sudoeste; elevação noroeste
10- Edifício Marcos Wasserman
R. Pamplona, 1090, Jardim Paulista.
Arquiteto: Daniel Lafer
Material: planta subsolo, planta pav. Térreo, planta 10º pavimento,
elevação sudeste, corte AA, corte BB
11- Edifício Mendel Wolak, Edifício Primavera
R. Peixoto Gomide, 1526, Cerqueira César.
Arquiteto: Romano Eitelberg (Samuel Beel)
CAD: planta térreo; planta pavimento térreo; planta casa de
máquinas e cobertura; corte AA; corte BB; elevação sudeste
12- Edifício Dr. Otaviano de Moraes Sampaio
Av. 9 de Julho – esq. R. Galileu, Jardim Europa.
Arquiteto: desconhecido
CAD: planta térreo; planta pavimento tipo; planta cobertura; corte
AA; corte BB; elevação noroeste; elevação nordeste
13- Edifício Renato da Fonseca e Outros
R. Antonio Carlos, 180, Bela Vista.
Arquiteto: desconhecido
CAD; planta subsolo; planta cobertura; planta pavimento tipo;
planta térreo; corte AA; elevação sudeste; elevação sudoeste
14- Edifício Sebastiana Barros Martins
R. Artur de Azevedo – esq. R. Pedroso de Moraes, Pinheiros.
Arquiteto: Plínio Croce
CAD: planta térreo; planta pavimento 2; planta pavimento tipo;
planta pavimento 8; planta cobertura; corte AA; corte BB;
elevações 1 e 2
15- Edifício Umbral Engenharia
Av. Angélica, 1116 – 1128, Santa Cecília.
Arquiteto: Israel Gaiman
CAD: planta térreo, planta 1º subsolo, planta 2º subsolo; planta
pavimento tipo; planta 10º e 11º pavimentos; planta cobertura;
planta casa de máquinas; corte AA; corte BB; elevação sudeste;
elevação sudoeste
16- Edifício Sr. Vicente Maradei e Outros
R. Cardeal Arcoverde, s/nº, Alto de Pinheiros.
Arquiteto: desconhecido
CAD: planta pavimento inferior; planta térreo; planta pavimento
tipo; planta cobertura; corte AA; corte BB; elevação noroeste
17- Malharia Binem Wrona e Outros
R. dos Italianos – esq. R. Sérgio Thomas (Bom Retiro)
Arquiteto: desconhecido
CAD: planta térreo; planta pavimento 1; planta pavimento 2; planta
pavimento 3; planta casa de máquinas e caixa d’água; corte AA;
corte BB; elevação noroeste; elevação nordeste
18- Edícula – Residência Clóvis Galante
R. Pedroso de Moraes, 1145 (Alto de Pinheiros)
Arquiteto: desconhecido
CAD: implantação; corte AA (longitudinal); corte BB (transversal); 2
elevações
19- Residência Alexandre Sotos
Av. Prof. Fonseca Rodrigues – esq. R. Orobó
Arquiteto: Sidônio Pôrto
CAD: planta térreo; planta pavimento 1; corte AA; corte BB;
elevação noroeste; elevação sudoeste
20- Residência Antonio Ferraz
Av. Pedroso de Moraes s/nº, Alto de Pinheiros.
Arquiteto: Antonio Ferraz de Andrade Filho
CAD: planta térreo; planta pavimento 1; elevação sudoeste;
elevação noroeste; corte AA; corte BB
21- Residência Carlos Pinheiro
R. João Lourenço, 79, Ibirapuera.
Arquiteto: Felipe Wroblewsky
CAD: planta térreo; planta pavimento 1; planta subsolo; elevação
nordeste; elevação nordeste 2; elevação sudoeste; corte AA; corte
BB
22- Residência Clóvis Galante
Av. Pedroso de Moraes, 1145, Alto de Pinheiros.
Arquiteto: Gilberto Muylaert
CAD: planta térreo; planta pavimento 1; elevação nordeste;
elevação noroeste 1; elevação noroeste 2; corte AA; corte BB
23- Residência Domingos Aliperti
Av. Pedroso de Moraes, 2120
Arquiteto: Paulo de Andrade Costa
CAD: planta térreo e subsolo; planta pavimento 1; elevação
noroeste; elevação sudeste; elevação sudoeste; corte AA; corte
BB
24- Residência José Locchi
Av. Diógenes Ribeiro de Lima, s/nº (Alto de Pinheiros)
Arquiteto: José Pinto
CAD: planta térreo; planta pavimento 1; corte AA; corte BB;
elevação sudoeste
25- Residência Marti Llopis
R. Amazonas s/nº
Arquiteto: Lenine Ravarino
CAD: planta térreo; planta pavimento 1; elevações nordeste,
elevação nordeste 2; elevação sudeste; elevação noroeste; corte
AA; corte BB; corte CC
26- Residência Tarcillo Toledo Filho
R. Graúna – esq. R. Araguari
Arquitetos: Benedito Lima de Toledo e Melanias Nagamine
CAD: planta térreo; planta pavimento 1; elevação nordeste;
elevação noroeste; elevação nordeste2; corte AA; corte BB
27- Residência Tobias Fortunato Avino
Av. Heitor Penteado, 482, Sumaré.
Arquiteto: desconhecido
CAD: planta térreo; planta nível 1; planta nível -1; corte AA; corte BB
28- Edifício Dinah Moraes Barros
R. Avanhandava, 416, Consolação.
Arquiteto: Oswaldo Bratke
Material: planta térreo; planta pavimento 1; planta pavimento 6; planta
subsolo; elevação sudeste; corte AA
29- Edifício Godel Kon
Al. Lorena, 1057, (esquina Rua Peixoto Gomide) Jardim América.
Arquiteto: João Kohn
Material: planta térreo; planta pavimento 1; planta subsolo; elevação
nordeste; corte AA; corte BB
30- Edifício David Lerner
R. Joaquim Eugênio de Lima, 1196, Jardim Paulista.
Mordko Herszfirer
Material: planta pavimento térreo; planta pavimento 1; planta pavimento 2;
planta subsolo; corte AA; elevação noroeste; elevação sudoeste; elevação
nordeste; elevação sudeste
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