CENTRO PAULA SOUZA
ETEC PARQUE DA JUVENTUDE
TÉCNICO EM INFORMÁTICA PARA INTERNET
BEATRIZ GOMES FÉLIX
CAROLINE MORALES DE ANDRADE
DANIEL FERNANDES FARIAS
DANIEL AUGUSTO SATO YAMASHITA
LEONARDO YUJI SANTARELLI
LUIZ GUSTAVO DOS REIS DE SOUZA
PAULO HENRIQUE PAIVA RITHON
PET-SE
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
SÃO PAULO
2019
BEATRIZ GOMES FÉLIX
CAROLINE MORALES DE ANDRADE
DANIEL FERNANDES FARIAS
DANIEL AUGUSTO SATO YAMASHITA
LEONARDO YUJI SANTARELLI
LUIZ GUSTAVO DOS REIS DE SOUZA
PAULO HENRIQUE PAIVA RITHON
PET-SE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
como requisito parcial à obtenção do título de
Técnico do curso de Informática para internet, da
Etec Parque da Juventude.
Orientadores: Prof. Aline Britto e Prof. Mestre
Veridiana Ferreira
SÃO PAULO
2019
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
FIGURAS
Figura 1 - Fatores de risco que influenciam zoonoses novas ..................................................... 14
Figura 2 Campanha de sensibilização contra o abandono de animais ....................................... 24
Figura 3 Celso Russomano e Vinícius Carvalho (PRB) ................................................................ 25
Figura 4 Coca-Cola Plus Café Espresso ....................................................................................... 26
Figura 5 Campanha Corporativa Siemens .................................................................................... 27
GRÁFICOS
Gráfico 1 Vantagens de um animal doméstico ............................................................................. 20
Gráfico 2 Porcentagem de pessoas que consideram um animal parte da família ...................... 21
QUADROS
Quadro 1 Motivos que levam ao abandono de cães e gatos..................................11
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANSI – American National Standards Institute
BD – Banco de Dados
CGI - Common Gateway Interface
CSS - Cascading Style Sheets
DCL – Data Control Language
DDL - Data Definition Language
DER - Diagrama Entidade Relacionamento
DML - Data Manipulation Language
DTL - Data Transaction Language
GPL - General Public License
HTML - HyperText Markup Language
HTTP - HyperText Transfer Protocol
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBM - International Business Machines
ICU – Intensive Care Unit
IMAP – Internet Message Access Protocol
ISO - Organization for Standardization
MER - Modelo Entidade Relacionamento
NNTP – Network News Transfer Protocol
OMS – Organização Mundial da Saúde
ONG – Organização Não Governamental
PHP - Hypertext Preprocessor
POP3 - Post Office Protocol
PRB – Partido Republicano Brasileiro
SEQUEL - Structured English Query Language
SGBD - Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados Relacionais
SGML - Standard Generalized Markup Language
SNMP – Simple Network Management Protocol
SQL - Structured Query Language
UML - Unified Modeling Language
UTF-16 - 16-bit Unicode Transformation Format
www – World Wide Web
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 7
1.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................................. 9
1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ......................................................................................................... 9
1.3 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................................... 9
2 REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................................... 10
2.1 ABANDONO DE ANIMAIS DOMÉSTICOS....................................................................... 10
2.1.1 Causas ........................................................................................................................... 10
2.1.2 Consequências e prejuízos ........................................................................................... 11
2.2.1 Zoonose emergente e reemergente .............................................................................. 12
2.2.3 Transmissão .................................................................................................................. 13
2.2.4 Prevenção ...................................................................................................................... 14
2.2.5 Posse responsável ........................................................................................................ 15
2.2.6 Vacinação ...................................................................................................................... 15
2.2.7 Centro de Controle de Zoonoses .................................................................................. 16
2.2.8 Legislação sobre zoonoses .......................................................................................... 16
2.3 O PAPEL DE UM ANIMAL DOMÉSTICO NA VIDA HUMANA ......................................... 17
2.3.1 Criança-animal ............................................................................................................... 18
2.3.1 Idoso-animal .................................................................................................................. 19
2.4 PROTEÇÃO ANIMAL....................................................................................................... 21
2.4.2 Apadrinhamento de animais domésticos em abrigos .................................................. 22
2.4.3 Lar .................................................................................................................................. 23
2.4.3.1 Lar temporário .......................................................................................................... 23
2.4.4 Campanha ...................................................................................................................... 23
2.4.4.1 Campanhas sociais .................................................................................................. 24
2.4.4.2 Campanhas eleitorais ............................................................................................... 25
2.4.4.3 Institucionais ............................................................................................................ 26
2.4.4.4 Corporativas ............................................................................................................. 27
2.5 BASES TECNOLÓGICAS ................................................................................................ 27
2.5.1 PHP ................................................................................................................................ 27
2.5.1.1 Rasmus Lerdorf ........................................................................................................ 28
2.5.1.2 A história do PHP ..................................................................................................... 29
2.5.1.1 A licença do PHP ..................................................................................................... 29
2.5.2 Javascript ...................................................................................................................... 30
2.5.3 HTML .............................................................................................................................. 31
2.5.4 CSS ................................................................................................................................ 32
2.5.4.1 Vantagens do CSS .................................................................................................... 33
2.5.4.2 Como CSS Funciona ................................................................................................ 33
2.5.5 SQL ................................................................................................................................ 33
2.5.5.1 DML ........................................................................................................................... 34
2.5.5.2 DDL ............................................................................................................................ 34
2.5.5.3 DTL ............................................................................................................................ 34
2.5.5.4 DCL ............................................................................................................................ 35
2.5.5.5 Tipos de dados ......................................................................................................... 35
2.5.5.5.1 Char ...................................................................................................................... 35
2.5.5.5.2 Varchar ................................................................................................................. 35
2.5.5.5.3 Float ou Double .................................................................................................... 35
2.5.5.5.4 Integer ou Int ........................................................................................................ 36
2.5.5.5.5 Date ...................................................................................................................... 36
2.5.5.5.6 Time ...................................................................................................................... 36
2.5.5.5.7 Datetime ............................................................................................................... 36
2.5.5.6 História do SQL......................................................................................................... 36
2.6 UML ................................................................................................................................. 37
2.6.1 MER ................................................................................................................................ 38
2.6.2 Entidades ....................................................................................................................... 38
2.6.3 Atributos ........................................................................................................................ 39
2.6.4 Cardinalidade ................................................................................................................. 39
2.6.5 Relacionamento ............................................................................................................. 39
2.6.6 DER ................................................................................................................................ 40
3 METODOLOGIA ...................................................................................................................... 41
4 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 42
7
1 INTRODUÇÃO
O ato de adotar animais domésticos tem se tornado uma prática muito comum
entre pessoas que procuram um companheiro de quatro patas para ter em casa.
Porém, a sociedade ainda se encontra carente de informações sobre a forma correta
de lidar com os animais, gerando casos frequentes de maus tratos e abandono de
animais de companhia (OLIVEIRA et al. 2016, p.5).
O animal, tanto como o homem, possui o sentimento de bem-estar (DARWIN,
1871, p.34) e a presença deste se dá justamente por conta do acolhimento dado ao
mesmo, isto é, ao ato de acolhê-lo e lhe dar a devida dignidade. Já em contrapartida,
animais sem lar e sem tutores acabam se tornando um problema social e ambiental:
são foco de doenças (PAZZA, 2011), reviram lixo buscando alimento, podem atacar
pessoas, correm risco de morte por atropelamento ou envenenamento, podem sofrer
maus tratos e passam frio, fome e sofrimento.
“É fundamental conhecer o tamanho da população felina e canina para dar maior efetividade ao planejamento e à avaliação dos resultados de ações desencadeadas no sentido da proteção e preservação da saúde de homens e animais.” (ALVES, Maria Cecilia Goi Porto et al. Dimensionamento da população de cães e gatos do interior do Estado de São Paulo. Rev. Saúde Pública [online]. 2005, vol.39, n.6, p.892)
De acordo a Pesquisa Nacional de Saúde, feita pelo IBGE (2013), 44,13% dos
lares brasileiros possui ao menos um cão em casa. Isto significa dizer que a população
de cachorros nas casas do Brasil chega a 52,2 milhões. Contudo, ainda existem mais
de 30 milhões de cães e gatos abandonados pelas ruas, nas cidades brasileiras, como
mostra a OMS (2016). É de total conhecimento que o índice de animais abandonados
cresce absurdamente (OLIVEIRA et al. 2016, p.5).
No Brasil, de acordo com a Lei nº 24.645 de 1934 que estabelece medidas de
proteção aos animais, o artigo 1º dispõe que todos os animais são tutelados pelo
Estado. Dessa maneira, é certo afirmar que os cuidados com os animais de rua é uma
obrigação do poder público, mas também é correto destacar que essa realidade só
existe por conta da população que talvez, desinformada, não mede as consequências
que o abandono traz a sociedade e ao animal (PARRA; BATTAINI, 2017, p. 1099).
8
O abandono de animais é um problema que afeta não somente os animais,
mas também as pessoas que procuram se mobilizar em prol do acolhimento destes
seres, que é o caso de boa parte de organizações deste ramo, cujas comumente se
encontram em situações de superlotação e de falta de estrutura por conta da falta de
investimento - principalmente da parte do governo - nestes locais. Temos como
exemplo, o ‘Instituto com patas’, localizado em Maceió, que em 2019 passou por uma
forte crise pela falta apoio financeiro, segundo o Portal Gazetaweb.
Com o intuito de auxiliar na diminuição do problema da superlotação e no
suporte às casas de adoção e, principalmente, trazer felicidade através de futuros
laços de afeto que serão mutuamente gerados entre o animal e o humano, foi pensado
em um site que terá como função fazer o intermédio entre as pessoas interessadas
em ter ou ajudar um animal doméstico, e as organizações que disponibilizam animais
para a adoção, apadrinhamento e/ou fornecimento de lar temporário. Neste site, os
funcionários das organizações farão cadastros dos pets, cujos conterão informações
sobre o pet, como por exemplo o tamanho, o seu peso, raça, entre outras informações
que irá especificar o animal em questão.
Favorecendo a comunicação entre o usuário e a organização, foi inserido um
chat no qual ajuda na questão de dúvidas em relação à ajuda ao animal, tanto da
parte da organização, quanto da pessoa interessada.
As organizações (funcionários destas) também poderão ter acesso à
informações como endereço, telefone e outros dados pessoais da pessoa interessada
para que, caso ocorra a interação com a organização, o usuário possa visitá-la para
conhecer o animal e analisar as condições do mesmo.
Para facilitar na logística entre o usuário interessado em adotar, apadrinhar ou
fornecer lar temporário e os centros de adoção, foi proposto um sistema de
geolocalização no qual irá mostrar os centros (que estejam cadastrados no site) mais
próximos do usuário.
9
1.1 OBJETIVO GERAL
Gerar felicidade através de laços que serão formados entre o animal e a pessoa
que o adotará ou dará suporte para o mesmo, isto é, tornar possível relações homem-
animal visando o bem-estar não somente do animal que é acolhido, mas também do
indivíduo que se mobiliza em prol da dignidade dos animais.
1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
Dar maior suporte a organizações de acolhimento animal para que as mesmas,
posteriormente, se encontrem em melhores condições para combater adversidades
como a superlotação de animais e quanto a consequente falta de estrutura cuja é
desencadeada por adversidades como esta.
Facilitar a questão burocrática do processo de adoção, uma vez que os
usuários que optarem pela adoção através do nosso site poderem efetuar tudo (a não
ser a aquisição do animal) através de veículos digitais.
1.3 JUSTIFICATIVA
A ideia para o desenvolvimento deste projeto foi proposta a partir da análise da
atual situação brasileira no quesito de abandono de animais domésticos, o quanto
este problema afeta diretamente as organizações que se propõem a fornecer auxílio
visando o fim deste e, principalmente, o quanto isso acaba interferindo no andamento
para uma sociedade mais provida de infraestrutura.
10
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Referencial teórico, que também pode ser conhecido como embasamento
teórico e revisão bibliográfica, é onde são apresentados os principais conceitos,
características, dados e informações sobre determinado assunto. Essas informações
podem ser encontradas em livros, artigos científicos, enciclopédias, teses,
monografias, filmes e mídias eletrônicas.
2.1 ABANDONO DE ANIMAIS DOMÉSTICOS
O abandono de animais é um problema recorrente no Brasil e em toda a
América Latina, assim acarretando uma série de consequências negativas decorrente
a sua presença em locais públicos sem qualquer tipo de cuidado veterinário. Assim o
abandono de animais é uma ameaça em potencial em diversas áreas como por
exemplo a saúde pública, devido às zoonoses, e a econômica, devido aos custo em
estratégias de controle populacional (ALVES, et al. 2013, p.34).
2.1.1 Causas
Os animais se tornaram uma grande fonte de amor incondicional, e com isso o
comércio pet vem se expandindo, respondendo a uma grande demanda (ONZI;
GONÇALVES, 2015). Entretanto, se por um lado existem animais bem tratados por
pessoas que lhes proporcionam uma vida de carinho, amor, abrigo e até luxos
desnecessários, por outro lado vemos animais abandonados nas ruas, passando
necessidades e submetidos a abusos e maus tratos (SOUZA; PIGNATA, 2014, p.2)
Poucos estudos sobre as causas do abandono animal foram feitos até então,
porém, um estudo conduzido nos Estados Unidos aponta que, homens antes dos 50
anos que não possuem nível educacional maior que o ensino médio, são o principal
perfil daqueles que abandonam um animal (NEW et al., 2000), dentre os principais
motivos estão a dificuldade de lidar com o comportamento do animal (46,8% dos
casos estudados), mudanças de espaço ou de regras do espaço para o animal
(29,1%), o estilo de vida do proprietário (25,4%), a diferença entre a expectativa e a
realidade de se ter um animal (14,6%) (SALMAN et al., 1998).
11
As características mais frequentes de animais abandonados são os não
esterilizados, com idade abaixo dos 2 anos, adquiridos em abrigos ou sem custos,
sem raça definida, que morderam uma pessoa (NEW Jr. et al. 2000; SALMAN et
al.1998), cães que passam mais tempo no quintal do que dentro de casa (PATRONEK
et al. 1996), e os que foram adotados por proprietários que já tinham histórico de
abandono animal (WENG et al. 2006).
Quadro 1: Motivos que levam ao abandono de cães e gatos
Fonte: BONALUME, 2007
De acordo com os dados apontados, animais podem ser abandonados pelos
mais diversos motivos, motivos que podem envolver tanto o comportamento do
animal, quanto o do próprio dono, não sendo possível acabar com tais causas por
não serem específicas.
2.1.2 Consequências e prejuízos
Um dos principais problemas do abandono é a saúde pública que é diretamente
afetada, com isso atrapalhando o dia a dia de quem vai trabalhar, estudar ou até
mesmo passear.
“Aliado aos problemas de bem-estar, a população de animais abandonados é um grave problema de saúde pública, pois gera agressões, poluição ambiental e transmissão de zoonoses. O alto contingente populacional de cães e gatos, a carência de prevenção e controle de doenças e as condições desfavoráveis de vida dos animais eleva o risco de transmissão de zoonoses.” (LIMA; LOUREIRO, 2012, p. 35).
12
Além de ser um problema também econômico por se tratar de gastos feitos por
parte da prefeitura do local para poder levar esses animais a abrigos para poderem
ser tratados e bem cuidados.
2.2 ZOONOSES
Zoonoses ou doenças zoonóticas é um termo da medicina que corresponde
às doenças e infecções facilmente transmissíveis a partir de animais vertebrados em
humanos, a palavra tem origem grega, sendo formada por “zoo”, que significa "animal"
e “noso”, que significa "doença". O termo também pode ser definido como infecções
naturalmente transmissíveis entre animais vertebrados e seres humanos (OMS,
2016).
Por conta da irresponsabilidade de alguns proprietários de pets, e a procriação
descontrolada, o crescimento populacional destes animais é logístico e passou a
constituir problemas sociais. Entre eles, podem-se citar processos de transmissão de
doenças tais como epizootias e zoonoses como, raiva, leptospirose, doença de
Chagas, leishmaniose cutâneo-mucosa e outras. Além disso, existem os danos às
propriedades públicas e particulares, poluição sonora e ambiental e difícil controle de
agravos (tais como transmissão de doenças, feridas, acidentes dentre outros) que
esses animais possam produzir a seres humanos e a outros animais (REICHMANN,
2000; SHIMOZAKO, 2008; SILVA et al, 2008; BARROSO, JÚNIOR, 2011).
A maioria das zoonoses estão relacionadas a posturas e/ou intervenções
inadequadas no meio ambiente e passam a incidir na população humana, nas
populações animais e, em especial, nos animais domésticos que com elas convivem
(REICHMANN et al 2000).
2.2.1 Zoonose emergente e reemergente
"Doença emergente" é o surgimento ou a identificação de um novo problema
de saúde ou um novo agente infeccioso como, por exemplo, a febre hemorrágica pelo
vírus Ebola, a AIDS, a hepatite C, a encefalite espongiforme (doença da vaca louca)
ou microorganismos que só atingiam animais e que agora afetam também seres
humanos como o vírus da Febre do Nilo Ocidental, o hantavírus e o vírus da influenza
aviária (A/H5N1). No caso da Influenza H5N1, desde os primeiros registros de
13
infecção humana por este vírus de aves, em 1997, a comunidade internacional está
em alerta para o risco potencial de uma nova Pandemia de Gripe em populações
humanas (BRASIL, 2006 e 2008).
As "doenças reemergentes" indicam mudança no comportamento
epidemiológico de doenças já conhecidas, que haviam sido controladas, mas que
voltaram a representar ameaça à saúde humana. Inclui-se aí a introdução de agentes
já conhecidos em novas populações de hospedeiros suscetíveis. Na história recente
do Brasil, por exemplo, registra-se o retorno da dengue e do cólera e a expansão da
leishmaniose visceral (BOULOS, 2001; BRASIL, 2008).
2.2.3 Transmissão
A transmissão de zoonoses pode ocorrer de diversas formas, dependendo do
animal ela pode ser passada através de fezes e urinas, ou contato por mordida e
arranhões. A contaminação não ocorre somente com animais domésticos, mas se
entrarmos em contato com animais selvagens ou consumirmos da produção animal,
temos risco de contrair alguma zoonose, de forma direta ou indireta. (ACHA;
SZYFRES, 2001).
O contato com animais domésticos e selvagens, pode resultar na propagação
de diversas zoonoses através de vírus e bactérias de origem animal. As doenças
transmitidas aos humanos são graves e podem levar à morte ou a distúrbios
neurológicos. (FERREIRA, 2018)
Seres humanos sempre dependeram de animais para alimentação, transporte,
trabalho e companhia. Entretanto, esses animais podem ser fonte de doenças
infecciosas causadas por vírus, bactérias e parasitas, que podem ser transmitidas
para a população humana (SEIMENIS, 2008).
14
Figura 1 - Fatores de risco que influenciam zoonoses novas
Fonte: adaptado de Cutler et al. (2010).
As principais zoonoses são provenientes de animais domésticos, dois dos
principais animais domésticos que podem transmitir zoonoses são os cachorros, que
podem transmitir doenças como a raiva e os gatos que podem transmitir esporotricose
ou alergias através de sua mordida ou arranhadura.
2.2.4 Prevenção
A prevenção de zoonoses é essencial para o bem estar dos animais e
humanos, essas medidas podem ser tanto a curto prazo como a longo prazo,
mantendo a saúde do animal em ordem, evitando assim a transmissão de doenças.
As ações de prevenção de zoonoses caracterizam-se por serem executadas
de forma temporária ou permanente, dependendo do contexto epidemiológico, por
meio de ações, atividades e estratégias de educação em saúde, manejo ambiental e
vacinação animal (Ministério da Saúde, 2016, p.11).
Um exemplo de prevenção temporária é a que fazemos com cães e gatos, onde
devemos sempre lavar as mãos depois de ter contato com o animal, além de levá-lo
periodicamente ao veterinário, isso faz com que o animal esteja vacinado contra
doenças e com que o contato diário com o animal não transmita nenhuma infecção
ou alergia.
15
2.2.5 Posse responsável
Posse responsável pode ser definida como um conjunto de ações que
envolvem a opção por ter um animal, controlar sua reprodução e contracepção, bem
como a mobilidade dos cães, fornecimento de filhotes, a sua saúde e bem estar. Para
que se efetive uma posse responsável, que deveria pautar a relação com qualquer
animal de estimação, antes de adotar ou comprar um animal doméstico, o futuro dono
deve observar o tempo de vida do animal, as despesas com alimentação e
tratamentos de saúde, a adequação do espaço físico disponível para a criação,
pessoa(s) com tempo para passear e/ou interagir com o animal, pessoas para
alimentá-lo durante eventuais ausências prolongadas do dono. A posse responsável
implica em manter o animal dentro do espaço doméstico, a fim de evitar transtornos
relacionados com animais errantes (CÁCERES, 2004; SOTO et al, 2006;
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS, 2012; PREFEITURA DE SÃO PAULO,
2012).
2.2.6 Vacinação
A vacinação dos animais é um meio de prevenção de zoonoses, prevê
erradicar as doenças e promover o bem estar do animal e humano.
Existem artigos no projeto de lei nº 121/ 99, que tramita no Congresso Nacional
e que asseguram o direito do animal receber as vacinas contra zoonoses. Como o Art.
2º que diz que os cães de qualquer origem, raça e idade serão vacinados anualmente
contra raiva, leptospirose e a hepatite.
Também vemos no Art. 3º que os procedimentos de cuidado do animal devem
ser feitos corretamente e com serenidade: “o médico veterinário, realizará avaliação
do animal, levando em conta sua raça, porte, comportamento, declarando seu grau
de periculosidade. Parágrafo único. A avaliação referida no caput será realizada de
acordo com as normas de procedimento médico-veterinário, estabelecidas pelo
Conselho Federal de Medicina Veterinária ou órgão que o suceda”.
Embora a raiva esteja controlada em espécies como cães e gatos, isso não os
isenta da vacinação anual que, além de obrigatória, é o fator de maior relevância para
16
garantir a manutenção de controle da raiva nas populações de cães e gatos e por
consequência para a população humana.
2.2.7 Centro de Controle de Zoonoses
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) é o órgão responsável pelo controle
de agravos e doenças transmitidas por animais (zoonoses), através do controle de
populações de animais domésticos (cães, gatos e animais de grande porte) e controle
de populações de animais sinantrópicos (morcegos, pombos, ratos, pulgas,
mosquitos, abelhas entre outros). O Laboratório do CCZ tem como objetivo principal
contribuir com as ações das vigilâncias epidemiológica e ambiental e controle das
principais zoonoses urbanas. Desempenha este papel executando o diagnóstico
laboratorial (humano e de animais domésticos e silvestres), produzindo
imunoreagentes, investindo em pesquisa de zoonoses emergentes e oferecendo
treinamento no diagnóstico de zoonoses (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS,
2012; PREFEITURA DE SÃO PAULO, 2012).
A maior parte das instituições de zoonoses são instituições municipais,
geralmente vinculadas ao órgão de saúde local, com competência para manter as
condições de controle de zoonoses e de agravos causados por animais. Em alguns
municípios, o órgão apreende ou recolhe animais, entre outros serviços essas
entidades têm a missão de desenvolver trabalhos de prevenção, garantir a proteção
e promoção à saúde pública, por meio de vigilâncias, controle de animais domésticos
e animais sinantrópicos, saneamento ambiental e a educação em saúde.
2.2.8 Legislação sobre zoonoses
Em termos de legislação, o ordenamento jurídico brasileiro, o direito dos
animais está inserido na matéria do meio ambiente, no capítulo VI da Constituição
Federal, no art. 225, § 1º - qual delega ao poder público e a coletividade a defesa dos
animais, impõe-se a sociedade e ao Estado o dever de respeitar a vida, a liberdade
corporal e a integridade física desses seres, além de proibir expressamente as
práticas que coloquem em risco a função ecológica, provoquem a extinção ou
submetam à crueldade qualquer animal.
17
As leis devem abraçar todas as demandas sociais, o que inclui a salvaguarda
da saúde pública e a preservação do meio ambiente. Neste condão, a preocupação
emergencial da atualidade é a forma de gerenciamento do planeta, o que envolve
diretamente as ações dos seres humanos e as interferências sobre seu meio ambiente
(MAGNO; JACINTHO; CALDERÓN, 2009, p.46).
Existem artigos e leis que defendem o direito dos animais de receberem
vacinas e serem tratados, para assim prevenir as zoonoses, como por exemplo o
projeto de lei nº 121/ 99, artigos 2 e 3.
2.3 O PAPEL DE UM ANIMAL DOMÉSTICO NA VIDA HUMANA
A relação homem-animal deu início a milhares de anos - ainda quando nos
encontrávamos na idade da pedra -, com a predação e mais tarde com a
domesticação (LIMA; SOUSA, 2004). Com a evolução de ambas as espécies, a
relação foi se consolidando e consequentemente as interações foram aumentando
através dos sentimentos e, por consequência, estabelecendo um vínculo afetivo
(NOBRE, et. al. 2017, p.80). O animal foi deixando de ser visto como um instrumento
de caça e/ou alimento e, posteriormente, acabou adquirindo o perfil de amigo e
companheiro do homem.
Esse vínculo afetivo fornecido por essa relação favorece a estabilidade
emocional do ser humano, promovendo inúmeros benefícios (NOBRE et. al. 2017),
benefícios estes que geram grande importância na manutenção da saúde física e até
mesmo mental do ser humano. (TATIBANA; COSTA-VAL. 2009, p.15).
Os pesquisadores do ramo da ecologia animal Beck e Katcher (1983)
apontaram funções que diziam a respeito do convívio com o animal de estimação ser
benéfico para o ser humano. De acordo com essa identificação, o animal contribuiria
em resultados positivos sobre o estado de saúde física e mental do dono através
dessas funções, sendo elas: algo para fazer companhia, cuidar e ter o que se fazer -
o que seria capaz de diminuir sintomas de depressão - e algo para praticar o contato
físico, se observar, dar segurança ao dono e fazer o mesmo movimentar-se mais - o
que ajudaria na diminuição de sintomas de ansiedade -.
Nos últimos anos vários profissionais das áreas da saúde estão utilizando
animais como recurso de tratamentos físicos e psíquicos (LIMA; SOUSA, 2004). Para
se ter uma noção dos benefícios físicos que são gerados a partir da convivência com
18
pets, pessoas desestimuladas, sedentárias, obesas e que necessitam de atividades
físicas, sentem-se mais entusiasmadas a caminhar e se exercitar pelo simples fato de
ter um cão como companhia (HEIDEN; SANTOS, 2012).
2.3.1 Criança-animal
Tratando-se da relação criança-animal, os animais domésticos podem
proporcionar os mais diversos tipos de benefícios. De acordo com Levinson (1972,
cap.2), para a criança o animal é uma fonte de amor incondicional e lealdade, fazendo
com que haja estímulos para determinados tipos de aprendizagem, como por
exemplo, a resiliência, ou seja, a sua capacidade de lidar com momentos difíceis, tal
como a morte de seu animal. Levinson (1969) também aponta que os animais são
capazes de fazer com que as crianças superem suas inseguranças, criam mais
contatos o mundo exterior e limites de ego. Para Levinson (1962, 1969, 1972, 1980),
crianças com distúrbios psicológicos a presença de um animal funciona como terapia,
dentre suas funções estão, ensinar estas crianças a desenvolver responsabilidades,
criar um sentido de identidade e desenvolver a independência.
“O contato com os animais possibilita que a criança aprenda sobre o ciclo da vida, as perdas, o nascer e o morrer e, assim, incorpore noções sobre sua própria natureza e sobre o mundo em que vive. Além disso, cuidar de um animal propicia uma noção de responsabilidade à criança e respeito à vida” (Tatibana, L. S. & Costa-Val, A. P. (2009). Relação homem-animal de companhia e o papel do médico veterinário. Revista Veterinária e Zootecnia em Minas, n. 103. p.15)
A relação criança-animal também facilita o tratamento de crianças
hospitalizadas, pois após o contato com o animal há um aumento da interação entre
a criança e a equipe multidisciplinar, assim facilitando o tratamento (VACCARI;
ALMEIDA, 2007).
Outro benefício desta relação é a diminuição da dor da criança em tratamento,
seja pelo fato de que os animais foram utilizados como estratégia de distração para a
criança, assim fazendo-a esquecer da dor, ou por trazerem descontração ao
ambiente, com isso aliviando a ansiedade e tensão (VACCARI; ALMEIDA, 2007).
O animal doméstico não tem somente o papel de um amigo para a criança,
mas sim de um “terapeuta”, pois se levarmos em consideração os estudos feitos com
base na influência que este causa sobre a vida da criança, podemos afirmar essa
19
ideia com certeza. O fato do animal agregar fortemente em aspectos positivos para a
saúde física e mental da criança é o que acaba trazendo essa ideia de que o pet serve
não somente como um companheiro, mas também como aquele que auxilia a criança
em seu crescimento como pessoa.
2.3.1 Idoso-animal
Já na relação idoso-animal, os resultados são também bastante satisfatórios,
considerando que na velhice a relação humano-animal é mais profunda do que em
qualquer outra idade (SUTHERS-McCABE, 2001), pois o animal estimula o carinho e
a afetividade, justamente na época em que são fortes os momentos de lembrança e
história de vida (TATIBANA; COSTA-VAL. 2009, p.15).
Em uma pesquisa feita por Heiden e Santos (2011), foi perguntado a idosos o
motivo de terem animais domésticos. A maioria respondeu que apenas gostam de
animais, mas também foi obtido respostas como: para lhes fazerem companhia, para
ter alguém para conversar, para proporcionar segurança, para ajudar um animal que
foi abandonado. O que é condizente, pois, a companhia de um animal consegue
satisfazer em partes necessidades como, proporcionar maior atividade física,
transmitir um significado a vida, estimular o intelecto, preencher a solidão, funcionar
como forma de distração ao dono, manter a rotina diária, facilitar o contato social,
dentre muitas outras. (Bustad, 1980; Bustad e Hines, 1981; Levinson, 1969; Lago,
Knight e Connell, 1982).
20
Gráfico 1 - Vantagens de um animal doméstico
Fonte: Revista ÁGORA, 2009
Após essa pesquisa, foi perguntado que diferença foi sentida em suas vidas
depois de ter convivência com o animal, e as respostas mostram que os animais
resolveram os problemas dos quais era esperado, foi relatado pelos idosos que com
a chegada do animal eles ficaram mais alegres, e contentes, que não se sentem mais
sozinhos, e que lhes proporciona diversão e segurança. Essa pesquisa também
mostra que 72,54% dos idosos consideram seus animais como parte da família, em
sua maioria tratando o animal como um filho, criando um vínculo muito forte com o
animal.
21
Gráfico 2 - Porcentagem de pessoas que consideram um animal parte da família
Fonte: Revista ÁGORA, 2009
De acordo com Grandin e Johnson (2006), o animal proporciona segurança
pois, não é capaz de sentir mais de uma emoção ao mesmo tempo, e também por o
animal apresentar uma forma de amor sem interesses. Já para Suthers-McCabe
(2001) os animais são companhia íntimas, pois podem ser amados sem o risco de
rejeição, além de não ser necessário competir pela atenção dos mesmos.
A presença de um animal de estimação pode diminuir alguns riscos
cardiovasculares, como por exemplo a pressão arterial. Além disso, donos de animais
apresentam uma taxa maior de sobrevivência a ataques cardíacos do que aqueles
que não possuem animais (ALLEN et. al. 2002).
Como foi percebido, animais de estimação podem proporcionar uma série de
benefícios físicos e psicológicos para os idosos, benefícios estes considerados muito
amplos. O vínculo que pessoas de terceira idade estabelecem com seus animais
contribui diretamente na saúde das mesmas, o que acaba agregando positivamente
na expectativa de vida e, principalmente, na vontade de viver de cada um que se
propõe em ter ao seu lado um companheiro de quatro patas.
2.4 PROTEÇÃO ANIMAL
Neste tópico, será abordado tudo que envolve o conceito de proteção dos
animais domésticos, isto é, que vai servir de base pro desenvolvimento da ideia para
construção do site: adoção e apadrinhamento e o fornecimento de lar temporário.
22
2.4.1 Adoção de animais domésticos
Adotar um animal remete à ação de acolhê-lo e assisti-lo, ou seja, para que
este se torne um companheiro do indivíduo que o adota e das pessoas que convivem
com o mesmo, lembrando que é bem comum as pessoas quererem ter um animal de
estimação em casa “Ter animais em casa é uma tradição para a população urbana e
rural.”(LIMA; LOUREIRO, 2012, p. 34).
O ato de adotar um animal doméstico, geralmente acaba livrando-o de
situações de risco causados pela falta de assistência, como escassez de comida,
maus tratos, doenças e entre outros. É um feito que, de fato, salva a vida do animal
adotado.
Um fato que há de ser lembrado é que o abandono de animais é bem comum
e normalmente é executado por irresponsabilidade, precipitação na compra por parte
de seu “dono”, e às vezes até mesmo para mostrar para seus amigos o seu animal de
estimação.
“A falta de um planejamento, pelas pessoas, orientado sob os princípios da
guarda responsável, acarreta várias conseqüências, como a compra de
animais pelo mero impulso de consumir, situação está estimulada por muitos
comerciantes que, desejosos em maximizar seus lucros, os expõe, sob
precárias condições, em vitrines e gaiolas para que consumidores mais
impulsivos se sintam seduzidos por aquela “mercadoria” ou “objeto
descartável”.” (Santana, Oliveira - Revista Brasileira de Direito Animal, 2006,
p. 25)
Com isso, esse processo torna-se fundamental para o resgate do maior número
possível de animais indefesos abandonados nas ruas. E também mostra a boa índole
de quem o adota.
O ato de adotar um animal não trará benefícios somente para o dono, mas
também para o animal. Vale lembrar que a adoção é um caminho para que os animais
encontrem bem-estar e ainda recebam casa, cuidados e amor.
2.4.2 Apadrinhamento de animais domésticos em abrigos
Apadrinhamento é o ato de se tornar padrinho ou madrinha, dando afeto ao
animal, porém sem adquirir a guarda do mesmo, a responsabilidade continua sendo
da instituição.
23
O afeto é algo muito importante na vida de todos “É através dos afetos que o
ser humano se reconhece e, assim, pode se relacionar e ligar-se ao outros e são,
também, esses afetos que influenciam o curso vital” (STERN, 1985; 1992). Assim
sendo fundamental para o bem-estar e a felicidade.
2.4.3 Lar
Pode ser considerado lar todo local que transmite para o indivíduo, paz,
harmonia, calma e segurança “[...] sobre os seus próprios lares, em particular sobre
os seus quartos, que se revelam constituir também o seu “mundo”.” (SILVA, 2006,
p.5).
2.4.3.1 Lar temporário
O lar temporário é um processo utilizado para deixar o animal sociável
novamente, assim podendo ser levado para a adoção, porém é mais complicado do
que parece. O esquema é complexo: o animal tem que ser capturado in loco, levado
para lar temporário, despugnizado, vermifugado, vacinado e castrado antes de ser
encaminhado para adoção (OSÓRIO, 2016).
Ficando claro que não é um processo fácil, porém é necessário para o bem
estar dos animais e além disso é gratificante para os voluntários dispostos a ajudar.
Esse processo faz muita diferença para os animais que são abandonados e
encontram-se em situação precária, e infelizmente essa situação é muito comum.
2.4.4 Campanha
Segundo Aquino (2016) campanha é um grande esforço para alcançar um fim,
um objetivo ou uma meta. Existem diversos tipos de campanhas, com diversas
causas, desde interesses comerciais e importantes, até mesmo, pequenas causas
para apenas uma pessoa
As campanhas se classificam em campanhas sociais, eleitorais, institucionais,
corporativas, dentre outras.
24
2.4.4.1 Campanhas sociais
As campanhas sociais tem mais ênfase em problemas da sociedade, como
desemprego, abandono, e outros problemas do cotidiano. Essas campanhas são
incentivadas pela boa vontade do ser humano, normalmente sem fins lucrativos.
Como por exemplo essa campanha da organização “Freguesia Charneca de
Caparica e Sobreda”.
Figura 1 - Campanha de sensibilização contra o abandono de animais
Fonte: Câmara Municipal de Almada.
25
2.4.4.2 Campanhas eleitorais
As campanhas eleitorais são mais voltadas para a política normalmente
utilizadas pelos candidatos, como exemplo temos essa do deputado federal Celso
Russomanno.
Figura 2 - Celso Russomano e Vinícius Carvalho (PRB)
Fonte: LBN (2018).
26
2.4.4.3 Institucionais
A campanha institucional dá preferência a divulgação da marca ao invés de um
produto ou projeto, ou seja a divulgação da instituição. Se tem como exemplo a coca-
cola.
Figura 3 - Coca-Cola Plus Café Espresso
Fonte: Portal Making Of (2018)
27
2.4.4.4 Corporativas
As campanhas corporativas tem como objetivo diversas coisas, como divulgar
as normas da companhia, construir uma opinião favorável sobre a mesma ou
desenvolver uma boa imagem sobre a empresa. Como exemplo essa campanha da
empresa Siemens.
Figura 4 - Campanha Corporativa Siemens
Fonte: Siemens
2.5 BASES TECNOLÓGICAS
Neste tópico, serão mostradas algumas informações sobre as linguagens que
foram usadas para o desenvolvimento do sistema.
2.5.1 PHP
Linguagem de programação de código aberto e gratuito, ela é utilizada
normalmente para o desenvolvimento web que se pode juntar aos códigos HTML. O
PHP é uma sigla para Hypertext Preprocessor (Pré-processador de hipertexto,
tradução nossa), mas essa sigla originalmente foi chamada de Personal Home Page
Tools por um curto período (Converse T. & Park J., 2003, p.3).
28
O PHP tem pouco a ver com layout, eventos ou algo relacionado à aparência
de uma página web. Por conta que sua grande parte que for realizada é invisível para
o usuário final. Provavelmente se alguém for visualizar uma página PHP não será
capaz de afirmar que ela não foi escrita em HTML, porque o resultado final do PHP é
o HTML (Converse T. & Park J., 2003, p.3).
De acordo com o livro PHP: a bíblia, o potencial dessa linguagem de
proporcionar um dinamismo às páginas web fez com que seu uso atingisse um
considerável crescimento, sendo utilizado, segundo a Netcraft´s Web Server Survey,
em aproximadamente 55% dos sites disponíveis na internet usam PHP. Além disso o
PHP é o módulo oficial de servidor HTTP Apache, o servidor Web é líder de mercado
e gratuito.
Nesse período que ele era chamado de Personal Home Page Tools, o PHP era
apenas um monte de scripts que tinha um conjunto de CGI (common Gateway
Interface) escrito em C para visualizar os acessos de um projeto online, que agora se
tornou umas das linguagens de programação mais famosas do mundo.
De acordo com o livro Desenvolvimento de Software II: introdução ao
desenvolvimento web, o php é uma linguagem que explora a criação de scripts que
são normalmente interpretados em um servidor web no qual esses scripts estejam
armazenados. O pré-requisito para que isso ocorra é que o servidor tenha o
interpretador php devidamente configurado. Tendo também a possibilidade de utilizar
localmente via linha de comando.
A partir disso o PHP teve um dos seus principais destaques que está na sua
apresentação em conjunto com as marcações de linguagem HTML, o que possibilita
a adição de dinamicidade às páginas desenvolvidas. Para que ocorra a identificação
pelo servidor web, das partes que devem ser interpretadas como PHP, é preciso
utilizar delimitadores que são tags iniciais (<?php) e finais (?>) nos trechos que deve
compor essa linguagem, diferenciando-a com as demais (MIletto E. & Bertagnolli S.,
2014, p.162).
2.5.1.1 Rasmus Lerdorf
Rasmus Lerdorf nasceu no dia 22 de novembro de 1968 em Qeqertarsuaq na
Groenlândia. Ele é a pessoa no qual criou a primeira versão do PHP, após isso Lerdorf
foi um dos colaboradores das versões que foram lançados posteriormente, junto com
29
Zeev Suraski, Andi Gutmans e a empresa Zend Technologies. Após um período
Rasmus foi nomeado em 2003 para o MIT Technology Review TR100 por ser um dos
100 maiores inovadores com menos de 35 anos.
2.5.1.2 A história do PHP
O PHP foi criado em 1994, porém seu código foi liberado um ano depois, como
dito antes naquela época era apenas um conjunto de CGI. Em seguida foi lançado em
1997 o PHP/FI com a ferramenta forms interpreter, que fazia a interpretação de
comandos SQL. Depois foi criado o analisador do PHP 3 por Zeev Suraski que
permitia o poder de herança, permite alcançar pacotes e dava a possibilidade de
implementar propriedades e métodos. Logo após um período do PHP 3 ser
desenvolvido, ele já foi abandonado para a criação do PHP 4 por Andi Gutmans e
Zeev Suraski dando uma grande variedade de recursos de orientação a objetos.
Porém nessa versão teve um grande problema na questão de cópias de objetos, pois
a linguagem ainda não trabalhava com apontadores ou handlers. Porém esse erro foi
corrigido na versão do PHP 5 (Converse T. & Park J., 2003, p.13).
Com o PHP nós conseguimos trabalhar com diversos banco de dados como:
Mysql, Oracle, Sybase, Interbase e outros existentes. Além disso ele consegue
suportar diversos protocolos e fazer a interação com eles, alguns dos protocolos que
o PHP suporta é o IMAP, SNMP, NNTP, POP3 e outros (Converse T. & Park J., 2003,
p.306).
O PHP teve diversas críticas em relação ao suporte do Unicode, com isso
Andrei Zmievski fez um projeto que permitiria que o PHP pode-se usar da
incorporação da biblioteca ICU para poder passar a usar a codificação UTF-16. Porém
ela não foi lançada e diversas versões do PHP 5 foram criados com algumas
novidades que surgiriam no PHP 6.
2.5.1.1 A licença do PHP
Com a liberdade do código-fonte aberto e o software gratuito são garantidos
por um grupo de esquemas de licença, sendo o mais famoso a GPL ou “copyleft”. O
PHP costumava ser liberado tanto pela licença da GPL quanto para sua própria
licença, possibilitando o usuário a ficar livre para fazer sua escolha. Porém isso
30
mudou, o programa como um todo é distribuído sob a própria licença do PHP,
verdadeiramente para que não ocorresse interferência, ao passo que o Zend como
um produto independente é distribuído sob a Q Public License (Converse T. & Park
J., 2003, p.6).
Normalmente, os usuários de software de código-fonte aberto podem escolher
livremente a melhor opção entre custo e benefício para cada situação em particular:
sem que tenha custo e garantia ou como um certo custo com um suporte, ou até
mesmo um meio termo. Porém não foi feita nenhuma tentativa organizada de vender
o serviço e suporte para o PHP. Existem diversos produtos de código-fonte aberto
como o Linux, no qual tem empresas que podem responder certas perguntas como a
Red Hat, porém a comercialização do PHP está no começo (Converse T. & Park J.,
2003, p.6).
2.5.2 Javascript
Javascript é a linguagem de script mais utilizada por conta de todo o seu poder
e dinamismo. Com ela é possível ajudar o usuário a interagir com as páginas web,
além de permite controlar o navegador, comunicar assincronamente com o servidor,
alterar o conteúdo de uma página web dinamicamente, e desenvolver jogos e
aplicativos para desktop e dispositivos móveis (Prescott, 2016, p.7).
Um script pode ser definido como um programa composto por um sequência
de instruções ou comandos do sistema porém ainda há um certo desentendimento
nesse tema, pois as linguagem de script tem atendido a necessidades não mais tão
específicas e com isso o entendimento dos scripts como sendo apenas
automatizadores de tarefas em mudado constantemente. Dito isso é possível definir
as linguagens de script como linguagens de programação destinadas a escrita de
scripts. São geralmente imperativas e estruturadas, embora linguagens de script
orientadas a objeto sejam cada vez mais comuns (COSTA, 2010, p.30).
Essa linguagem foi criada pela Netscape em parceira com a Sun Microsystem
com a finalidade de fornecer um meio de adicionar interatividade a uma página web.
A primeira versão, denominada Javascript 1.0, foi lançada em 1995 e implementada
em março de 1996 no navegador Netscape Navigator 2.0 quando o mercado era
dominado pela Netscape (SILVA, 2010, p.23).
31
Apesar de poder ser usado a várias aplicações, ele é comumente encontrado
complementando documentos HTML e são interpretados pelo navegador quando
esses documentos são exibidos com a função de validar dados de entrada de
formulários e criar documentos HTML mais dinâmicos (SEBESTA, 2018, p.93).
O nome “javascript” pode gerar uma certa confusão, pois o javascript é
completamente diferente da linguagem de programação Java tendo apenas o uso uso
de uma sintaxe similar. As cadeias de caracteres e os vetores têm tamanha dinâmico,
fazendo com que os índices e os vetores não são verificados em relação a sua
validade, coisa que em java é obrigatório. O java oferece suporte para programação
orientada a objeto enquanto o javascript não oferece suporte para herança nem para
vinculação dinâmica de chamadas a métodos (SEBESTA, 2018, p.93).
2.5.3 HTML
HTML (HyperText Markup Language ou linguagem de marcação de hipertexto)
é a principal linguagem usada para produção web, ela permite a criação de sistemas
estruturados com títulos, tabelas, links, formulários, entre outros, além de conter
interação com linguagem como php, javascript, etc. que também são muito usadas
nos dias de hoje (FLATSCHART, 2011, p. 9).
Esta linguagem não pode ser considerada uma linguagem de programação
pelo fato de, como diz no nome, ser um linguagem de marcação. Esse tipo de
linguagem se caracteriza por identificar cada entidade informacional que tenha um
certo significado no sistema, como por exemplo um parágrafo, um título, uma tabela,
entre outros, para assim facilitar o processo destas informações pelo computador
(Bax, 2001).
Na sigla é visto que há a palavra Hypertext (hipertexto em português, tradução
nossa). De acordo com Vilan Filho(1994) “hipertexto é uma abordagem da gestão de
informação na qual os dados são armazenados em uma rede de nós conectados por
ligações[...]”, dentro dos nós pode conter fotos, vídeos, áudios, gráficos, entre outros
formas de dados (idem).
O HTML foi criado em 1990 por Tim Berners-lee que, juntamente com o www
(WorldWideWeb), criou o HTTP (hypertext transference protocol) que era alimentado
por uma nova linguagem de marcação baseada SGML (Standard Generalized Markup
Language) chamada HTML que pegou as tags título, cabeçalho e parágrafo da SGML.
32
Com a passagem dos anos muitas atualizações foram feitas, novas tags foram criadas
e em 2008 surge o HTML 5 que é utilizado até os dias de hoje (FLATSCHART, 2011,
p. 9 e 10).
Dentro das linguagens de marcação existem as tags que são usadas para fazer
alguns tipos de formatação em partes específicas do texto que são delimitadas pelas
próprias tags. Elas são especificadas em pares e são identificados pelos sinais maior
e menor (“<>”) e dentro desses sinais vão o comando HTML, quando é um comando
para texto, é usada uma “/” após o sinal de menor (CARRIL, 2012, p.9).
Para que o navegador interprete o documento da forma correta, é necessário
ter alguns comando base que definem a estrutura principal, o cabeçalho, e o corpo do
programa(CARRIL, 2012, p.9).
2.5.4 CSS
CSS é uma sigla para Cascading Style Sheet, é usado para modificar o design
utilizando sua linguagem juntamente com um outra como o html. O CSS separa o
conteúdo da representação visual do site, basicamente ele é a decoração do site
podendo alterar a cor do texto e da página, fonte, o espaçamento, adicionar efeitos e
entre outras coisas. Além de conseguir utilizar layouts, fazer tabelas, ajustar e
adicionar efeitos na imagem (JOBSTRAIBIZER, 2009, p.6).
CSS foi desenvolvido pelo W3C (World Wide Web Consortium) em 1996, por
causa que o HTML não foi desenvolvido para ter tags no qual ajudaria a formatar e
detalhar a página. Pois nele você só conseguiria desenvolver a base do site, também
podendo fazer com que fiquem mais confiáveis, consistentes, acessíveis, rápidos e
fáceis de navegar (Gomes, 2016).
Para ajudar os desenvolvedores do HTML, há não criarem mais problemas
como a tag font que antigamente era algo muito complexo de se modificar por conta
que os desenvolvedores teriam que reescrever o código, que tem diversas variedades
de fontes e cores, que acabaria sendo um processo muito caro e doloroso de se fazer.
Assim, o CSS foi criado e conseguindo uma relação com o HTML, fazendo o site ter
a base (HTML) e a estética (CSS) (JOBSTRAIBIZER, 2009, p.7).
33
2.5.4.1 Vantagens do CSS
Comparar um site que não utiliza CSS com um que utiliza é notável. Com o
CSS você consegue atribuir os detalhes e as características que você quer para o seu
site com o design. Com o CSS você não precisa mais escrever repetidamente como
os elementos individuais se parecem. Isso economiza tempo, encurta o código e
diminui a chance de erros. Além do arquivo CSS ter uma integração com a marcação
HTML, fazendo ela ficar mais limpa (JOBSTRAIBIZER, 2009, p.6).
O CSS da diversos estilos para você utilizar no seu site, permitindo que você
consiga criar muitas possibilidades de personalização. Além de dar o total controle do
layout de vários documentos a partir de apenas uma folha de rosto, dar uma maior
precisão no controle do layout em questões como o texto, a imagem e a visual da
página (JOBSTRAIBIZER, 2009, p.6).
2.5.4.2 Como CSS Funciona
De acordo com o livro Criação de sites com o CSS, o CSS é uma linguagem
muito potente que permite criar diversas funcionalidades. Se usado da maneira certa,
CSS pode ser uma ótima experiência ao desenvolvedor e usuários das páginas web.
Com ele é possível criar animações, efeitos, cria uma profundidade diferente
de uma imagem com uma outra, ele até permite você criar sites interativos.
O CSS usa uma sintaxe simples baseada em inglês com um conjunto de regras
que o governam. Com ele você consegue personalizar um tag com o seleto e a
declaração, basicamente você vai dizer a tag que seria o seletor que diz o elemento
HTML e o que ele deve fazer seria a declaração inclui uma propriedade e valor
(JOBSTRAIBIZER, 2009, p.6).
2.5.5 SQL
O SQL é uma linguagem universal para alterar banco de dados relacionados
com os SGBDs (Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados Relacionais). A
linguagem SQL é utilizada para interagir com o SGBD e executar várias tarefas como
inserir e alterar registros, criar objetos no banco de dados, gerenciar usuário, consultar
informações, controlar transações e entre outras coisas. Todas as operações
34
realizadas no banco de dados podem ser solicitadas ao SGBD utilizando esta
linguagem (MIletto E. & Bertagnolli S., 2014, p.126).
De acordo com o livro Desenvolvimento de Software II: introdução ao
desenvolvimento web, o SQL é dividido em 4 grupos que depende da operação a ser
executada no BD como : DDL (Data Definition Language, traduzido para o português
linguagem de definição de dados), DTL (Data Transaction Language, traduzido para
o português Linguagem de Transação de Dados), DML (Data Manipulation Language,
traduzido para o português Linguagem de Manipulação de Dados) e por último DCL
(Data Control Language, traduzido para o português Linguagem de Controle de
Dados) (MIletto E. & Bertagnolli S., 2014, p.126).
2.5.5.1 DML
O DML é o grupo mais utilizado do SQL, pois é nele vai ser a onde podemos
operar os dados do BD com instruções como a inserção, atualização, exclusão e a
consulta de informações (MIletto E. & Bertagnolli S., 2014, p.126).
Comandos do DML:
• Insert: serve para inserir registros na tabela.
• Update: serve para alterar valores de uma ou mais linhas de uma tabela.
• Delete: serve para deletar um ou mais registros de uma tabela.
• Select: serve para consultar valores da tabela.
2.5.5.2 DDL
O DDL é o grupo utilizado para gerenciar a estrutura do BD, podendo criar,
alterar e remover objetos do BD (MIletto E. & Bertagnolli S., 2014, p.128).
Comandos do DDL:
• Create: utilizado para criar objetos no BD.
• Alter: utilizado para alterar os atributos de um objeto.
• Drop: serve para remover um objeto do BD.
2.5.5.3 DTL
35
O DTL é o grupo para controlar transações no BD (MIletto E. & Bertagnolli S.,
2014, p.130).
Comandos do DTL:
• Begin transaction: serve para iniciar uma transação.
• Commit: serve para efetuar alterações no BD.
• Rollback: serve para cancelar uma alteração.
2.5.5.4 DCL
O DCL é o grupo utilizado para controlar o acesso ao BD, pois nele podemos
permitir ou bloquear usuários (MIletto E. & Bertagnolli S., 2014, p.126).
Comandos do DCL:
• Grant: serve para autorizar um usuário de fazer alguma operação.
• Revoke: serve para restringir um usuário de fazer alguma operação.
2.5.5.5 Tipos de dados
Os dados mais utilizados e comuns da linguagem SQL são:
2.5.5.5.1 Char
O char é uma sequência de caracteres de tamanho fixo. Os espaços não
ocupados pelo texto são armazenados com capacidade para armazenar de 1 a 255
caracteres (MIletto E. & Bertagnolli S., 2014, p.127).
2.5.5.5.2 Varchar
O varchar é uma sequência de caracteres de tamanho variado. Os espaços
não ocupados pelo texto não são armazenados, são ignorados, com capacidade para
armazenar de 1 a 255 caracteres (MIletto E. & Bertagnolli S., 2014, p.127).
2.5.5.5.3 Float ou Double
36
O float ou double são os valores numéricos do tipo inteiro ou reais (MIletto E.
& Bertagnolli S., 2014, p.127).
2.5.5.5.4 Integer ou Int
O Integer ou Int são os valores numéricos do tipo inteiro(MIletto E. & Bertagnolli
S., 2014, p.127).
2.5.5.5.5 Date
O Date faz a permissão do armazenamento de data (MIletto E. & Bertagnolli
S., 2014, p.127).
2.5.5.5.6 Time
O time permite o armazenamento da hora (MIletto E. & Bertagnolli S., 2014,
p.128).
2.5.5.5.7 Datetime
O Datetime permite o armazenamento de data e hora (MIletto E. & Bertagnolli
S., 2014, p.128).
2.5.5.6 História do SQL
O SQL foi desenvolvido no início dos anos 70 na IBM em San Jose, dentro do
projeto System R, que tinha por objetivo demonstrar a possibilidade da realização do
modelo relacional proposto por E. F. Codd. O nome original da linguagem era
SEQUEL, acrônimo para "Structured English Query Language" (Linguagem de
Consulta Estruturada em Inglês, traduzido para o português).
Embora o SQL tenha sido originalmente criado pela IBM, rapidamente surgiram
várias modificações desenvolvidas por outros produtores. Com isso levou à
37
necessidade de ser criado e adaptado um padrão para a linguagem. Esta tarefa foi
realizada pela ANSI em 1986 e a ISO em 1987.
Embora padronizado pela ANSI e ISO, ainda possui muitas variações e
extensões produzidos por diversas empresas de sistemas gerenciadores de bases de
dados.
2.6 UML
UML (Unified Modeling Language) é uma linguagem que tem como função definir uma
série de artefatos que nos ajudam a modelar e documentar as funções que serem
desenvolvidas em um sistema. Utilizando de um forma-padrão de preparação de
planos de arquitetura de projetos de sistema, incluindo aspectos conceituais como
processo de negócios e funções do sistema (Guedes G., 2018, p.20).
Essa linguagem pode ser dividida em dois grupos: estruturais e
comportamentais, os diagramas estruturais são usados para especificar a parte
estrutural do sistema como métodos e serviços e os diagramas comportamentais são
utilizados para especificar a parte lógica do sistema.
Dentro das divisões existem alguns diagramas que as compõem. A iniciar pela
estrutural, ela pode ser dividida em sete partes que são:
● Diagrama de classes: é o principal diagrama da UML e serve para representar
estruturas das classes, interfaces e outros sistemas (Guedes G., 2018, p.112);
● Diagrama de objetos: mostra os objetos do diagrama de classes contendo as
suas exigências e seus relacionamentos (Guedes G., 2018, p.204);
● Diagrama de componentes: demonstra como as classes devem ser
encontradas, mostrando do que os componentes são confeccionados (Booch
G., 2006, p.15);
● Diagrama de instalação: organização de um conjunto de elementos de um
sistema para a sua execução (Booch G., 2006, p.30);
● Diagrama de pacotes: serve para agrupar as classes em pacotes que se
relacionam com outros pacotes com uma relação de dependência (Guedes G.,
2018, p.208);
38
● Diagrama de estrutura composta: serve para modelar colaborações (Booch G.,
2006, p.8);
● Diagrama de perfil: cria uma visão do relacionamento entre classes (Booch G.,
2006, p.31).
Falando agora dos diagramas comportamentais, se dividem em três:
● Diagrama caso de uso: serve para demonstrar as funcionalidades do sistema
de forma simples e direta (Guedes G., 2018, p.54);
● Diagrama de estado: mostra transições entre estados de determinado objeto
(Guedes G., 2018, p.274).
● Diagrama de atividades: demonstra uma sequência de atividade e processo
através dos comportamentos paralelo e condicional (Guedes G., 2018, p.306).
2.6.1 MER
O MER (modelo entidade relacionamento) é um modelo utilizado para
descrever entidades envolvidas em um domínio, juntamente com seus atributos e
como eles se relacionam (Leite M., 2008, p.6).
2.6.2 Entidades
Começando pelas entidades que podem ser físicas ou lógicas depende do
âmbito em que se encontram elas podem ser fortes, fracas ou associativas onde os
fortes são independentes, as fracas precisam de outra entidade e as associativas que
são utilizadas para associar uma entidade a um relacionamento (Leite M., 2008, p.9
e 10).
39
2.6.3 Atributos
Os atributos são ações realizadas pelas entidades em um relacionamento,
entre os atributos podem ser encontrados quatro tipos que são nominativas,
descritivas, referenciais simples e compostas. As normativas tem a como função
definir e identificar entidades, as referências são quando um entidade que se relaciona
com um outra em forma de atributo, a simples são aquelas que apenas um atributo
define a informação da entidade, a composta é quando tem mais de um atributo que
define essa informação e a descritivas que são atributos específicos de uma entidade
(Leite M., 2008, p.10).
2.6.4. Cardinalidade
A cardinalidade é a quantificação do relacionamento entre duas entidades, e
pode ser entendida como o número de ocorrências de determinada entidade,
associado a uma ocorrência da outra entidade relacionada (Leite M., 2008, p.14).
Entre elas temos:
● 1 para 1: ocorre quando uma entidade A aparece apenas uma vez na entidade
B e a entidade B também aparece apenas uma vez na entidade A (Leite M.,
2008, p.14);
● 1 para N: ocorre quando uma entidade A pode aparecer muitas vezes na
entidade B, mas a entidade B só pode aparecer apenas uma vez na entidade
A (Leite M., 2008, p.14);
● N para N: ocorre quando duas entidades se relacionam de tal forma que a
entidade A pode aparecer muitas vezes na entidade B, e também a entidade B
pode aparecer muitas vezes na entidade A (Leite M., 2008, p.14).
2.6.5. Relacionamento
A expressão relacional vem do fato de que as tabelas (entidades) que
compõem o banco de dados se relacionam através de seus atributos-chave. O mais
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importante na modelagem de dados é fazer com que as entidades que compõem o
banco de dados se relacionem de maneira tal maneira que a extração das
informações seja mais rápida e confiável a partir de vários tipos de visões, pois o que
interessa ao executivo são as informações gerenciais para as tomadas de decisão
(Leite M., 2008, p.10 e 11).
● Relacionamento Unário: neste tipo de relacionamento apenas uma
entidade participa do relacionamento de uma entidade com ela mesma
(Leite M., 2008, p.12);
● Relacionamento Binário: este é o tipo mais comum de relacionamento,
onde participam apenas duas entidades (Leite M., 2008, p.13);
● Relacionamento Ternário: neste caso são três entidades que se
relacionam simultaneamente (Leite M., 2008, p.14).
2.6.5 DER
DER (diagrama entidade relacionamento) é uma representação gráfica do
MER para facilitar a visualização dos entes responsáveis por realizá-lo. No diagrama
podemos identificar, retângulos para representar as entidades, losangos que
representam os atributos, linhas que representam o caminho do relacionamento e em
alguns casos vemos pequenas cardinalidades que são características das entidades
(Costa R., 2007, p.9).
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3 METODOLOGIA
O estudo para a realização deste projeto foi feito com base em pesquisas
bibliográficas e webgráficas, a partir de consultas e análises a artigos, livros, revistas,
jornais e internet, no que diz respeito ao impacto causado pelo abandono de animais
no ambiente e na saúde pública, a legislação em vigor e acerca do trabalho de
prevenção das ONGs e instituições de proteção aos animais.
42
4 REFERÊNCIAS
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