Download - Pg 5

Transcript
Page 1: Pg 5

A Sociedade Beneficente SãoCamilo (SBSC), entidade mantenedorado Hospital Casa de Caridade São Vicen-te de Paulo, expôs e solicitou apoio fi-nanceiro do Município de Caxambupara cobrir parte das despesas de cus-teio do Pronto Atendimento, duranteuma reunião realizada na prefeitura,no dia 11 de janeiro. A reunião contoucom a presença de todos os vereado-res e na oportunidade, o prefeito Ojan-dir Belini (Jurandir) afirmou que a Saú-de é "a menina dos seus olhos" e secomprometeu em ajudar resolver osproblemas existentes no hospital, queatualmente atende 98% dos pacientespelo SUS.

Na ocasião, o assessor JorgeLuís Alves, representante da diretoriageral da SBSC, de São Paulo, pediu a re-novação urgente do contrato da prefei-tura de Caxambu com o hospital para aliberação de recursos para a manuten-ção de parte das despesas da entida-de. O contrato em 2012 tinha um valormensal de R$ 81.250,00, que pagava osatendimentos de urgência e emergên-cia e ambulatório, e que foi feito poroito meses. Informou que o hospitalnão estava contando com estes recur-sos desde outubro, que estava fazen-do falta, e recordou que esta obrigaçãoera do Poder Público. Informou que re-cursos de outros hospitais da SBSC es-tão sendo transferidos para Caxambupara sustentar os compromissos finan-ceiros, o que não poderia continuaracontecendo. Explicou que se o muni-cípio não voltar a contribuir, o hospitalentrará em crise. Cobrou "o valor retro-ativo a novembro e dezembro" e pro-

O secretário de Saúde, HelderVilela Siqueira e a assessora AdrianaCláudia Pereira Lima estiveram reuni-dos com os vereadores, na Câmara, nodia 17 de janeiro. Na oportunidade, eleexpôs a situação da Secretaria e os seusobjetivos. Informou a existência de umadívida no valor de 109 mil reais com al-guns prestadores de exames, cujo va-lor não foi pago e nem empenhado pelaAdministração anterior, o que tem ge-rado diversos problemas, mas que elejá estava estudando uma forma de re-solver esta situação, a fim de não sa-crificar o povo e considerou que o orça-mento da Saúde precisa ser mais bemelaborado.

Em relação aos remédios, in-formou que até o início de fevereiro asfarmácias já estarão abastecidas.

Disse que trabalharia no sen-tido de descentralizar a Saúde, já queatualmente tudo está concentrado naPoliclínica e propôs a criação de maiscinco Unidades de Saúde, dividindo osbairros, totalizando oito Unidades.

Explicou que o sistema de redetem que ser muito bem entendido e queé preciso saber diferenciar consulta ele-tiva, urgência e emergência. Falou queo hospital atende urgência e emergên-cia e que o Pronto Atendimento tambémnão pode funcionar como consultóriomédico. Reafirmou a necessidade de sedefinir o papel de cada um na rede desaúde do município, considerando a suainexistência atualmente.

SBSC cobra verbas do município para Hospitalpôs a renovação do contrato no mes-mo valor do anterior e disse que o rea-juste seria discutido em outra oportu-nidade. Enfatizou que a parceria seriamais viável tanto para o hospital quan-to para o município.

O prefeito Ojandir Belini secomprometeu em formalizar uma res-posta à Associação São Vicente de Pau-la, informando que o município farárepasse mensal de R$ 81.250,00, em2013. Porém, não repassará os R$162.500,00 para a entidade, pois o con-trato do ano anterior foi cumprido. Ex-plicou que não tem amparo legal parapagar esse valor retroativo referenteaos meses de novembro e dezembro, eque o valor total do contrato foi pagoem 2012 e os valores do último bimes-tre, diluídos nas demais prestações.

O prefeito explicou que foramtirados do orçamento, pela Administra-ção anterior, recursos na ordem de ummilhão e oitocentos e pouco reais, in-clusive na área da saúde. Disse que nãotinha como suplementar as verbas quenão existiam e falou que contava com oapoio da Câmara para derrubar o vetototal à emenda nº1 à Proposição de Lei27/12, o que acabou ocorrendo na Reu-nião Ordinária, no dia 14 de janeiro. OProjeto de Lei nº 27/12, estima a recei-ta e fixa a despesa do Município de Ca-xambu para o exercício financeiro de2013.

Considerou carente o atendi-mento do hospital gerando diversas re-clamações para o Executivo, como a fal-ta de plantonistas que muitas vezes dãoplantão no mesmo dia em cidades vizi-nhas, a falta de pediatras, só um médi-

co de plantão e acúmulo de plantão ex-cessivo pelo mesmo profissional.

Sugeriu a criação de um fundogestor para administrar o recolhimen-to dos carnês, deixando de ser contro-lado por uma associação formada poralguns médicos. Acredita que, destaforma, aumentará o número de contri-buintes e, consequentemente, melho-rará o atendimento hospitalar. Recor-dou que o hospital necessita urgentede uma proposta para aumentar o nú-mero de contribuintes com os carnês,o que não tem ocorrido, e enfatizou anecessidade de um envolvimento mai-or da população com o hospital.

O diretor do hospital, SérgioCatardo, informou que o custo mensalatualmente da entidade é de R$

130.000,00. Falou que o hospital evo-luiu muito depois da parceria com o mu-nicípio e que a verba que a Associaçãorepassa para o hospital deveria seraplicada em melhorias e não no paga-mento de despesas básicas. Informouque o repasse no valor de R$ 81.250,00não possibilitará a permanência de di-versos médicos com várias especiali-dades no hospital, como, por exemplo,cardiologista, otorrinolaringologista epediatra, já que está havendo um défi-cit operacional.

O secretário municipal de Saú-de, Helder Vilela Siqueira, falou da ne-cessidade da valorização do hospitalde Caxambu, considerando que já hou-ve diversas melhorias no local e com-prometeu-se em buscar recursos em

Secretário expõe situação da Saúde

Jornal da Câmara Municipal de Caxambu

Janeiro 20135

outras esferas para o hospital. Infor-mou que a prefeitura irá implantar ou-tras Unidades Básicas de Saúde, o quedesafogará o seu atendimento, e quetrabalhará arduamente na busca desoluções para a melhoria do hospital.

O diretor Clínico e Técnico dohospital, doutor Leonardo Batista, en-fatizou que o problema existente nohospital de Caxambu é financeiro. Ci-tou que diversos médicos estão dei-xando de trabalhar no local devido àbaixa remuneração recebida. Conside-rou que o hospital precisa de um saldode qualidade dos médicos, de aumen-tar o salário dos técnicos de enferma-gem e de qualificá-los e de ampliar ur-gente o número de leitos.

Participaram da reunião, ovice-prefeito Carlos Alberto Abrahão,os vereadores Marcos Halfeld (presi-dente), Clóvis Almeida (vice-presiden-te), Denílson Martins (secretário), Ales-sandro Fortes (Sandro), Eliane de Frei-tas (Lili), Fábio Curi, Francisco Pereira,Jean Carlos, Joaquim Fernandes, Her-cílio Nogueira Filho e Nilton Américo; odiretor Jurídico da Câmara, doutorJoão Batista Gonçalves e o chefe deGabinete do Legislativo, doutor JoséAlfredo Carvalho; os secretários muni-cipais de Controle Interno AdrianaFrança e de Administração Sérgio Han-nas Salim, o chefe de Gabinete do Exe-cutivo, Claudinei Bruno (Nei do Bar), opresidente do Conselho Municipal deSaúde, pastor Ademir Rogério Pedro ea 1ª secretária, Nilza Helena Andrade eo contador do hospital, Renato Gomes.

Enfatizou a sua preocupação com ocusteio na área da saúde básica nomunicípio e informou que serão desti-nados oito milhões de reais para a Saú-de, no corrente ano.

Antecipou que em 2013 a si-tuação não será muito favorável, ar-rojada, e que trabalhará para organi-zar a Saúde, a fim de que no Orçamen-to de 2014 tenha melhores valores. En-fatizou que a Saúde está completa-mente desorganizada e que já estavatrabalhando para "definir peça porpeça", o que cada um fará em sua áreae que tentaria um acordo com os pres-tadores de exames para a sua retoma-da.

Falou da necessidade da am-pliação dos leitos do hospital, totali-zando 50, pois, caso contrário, deveráser fechado por determinação do Mi-nistério da Saúde e alertou para os pro-blemas que isso geraria para a popu-lação. Informou que já estava fazendoalguns contatos para conseguir verbaspara a construção de mais 30 leitos.

Informou que já estava traba-lhando para reeducar a população noque se refere à saúde, o que desagra-dará algumas pessoas. Informou queserá feito um prontuário de cada paci-ente para o pedido de exames, conten-do o nome do paciente, o número doSUS, o tipo de exame, os dados clíni-cos do interessado e a justificativa dopedido de exame. Disse que essa eraa única forma de controlar a quanti-

dade de exames no município, paraque os carentes sejam realmenteatendidos, e não sejam realizadosexames sem necessidade para alguns,faltando para outros pacientes.

Enfatizou que apesar de a saú-de ser um direito de todos os cidadãos,a prefeitura deve atender e priorizar oatendimento aos carentes. Disse que,com o passar dos tempos, as pessoasestarão conscientes desta situação,após a realização de campanhas edu-cativas.

Considerou que a rede de Saú-de deve funcionar da seguinte forma,sabendo o que faz o PSF, o Pronto Aten-

dimento e a Policlínica. Explicou que odesejo da rede é um universo em vol-ta de PSFs somado ao hospital, que é aporta de entrada do SUS convergindopara a porta de especialidade, que é aPoliclínica, ou seja, o paciente procu-ra primeiro o PSF e o médico saberá seele precisa de um especialista ou não.

Informou que 78% das pesso-as morrem em Caxambu por falta deatendimento básico: remédios de hi-pertensão e diabetes, o que causa al-guma complicação na saúde e que oatendimento básico na cidade estádeficiente.

Falou que tentaria implantar

o Centro de Atenção Psicossocial So-cial (CAPS) no município para atenderprincipalmente os dependentes quí-micos e que o município tem a inten-ção de construir uma Unidade Básicade Saúde no bairro Santa Rita. Enfati-zou a necessidade de se iniciar umanova trajetória de saúde no municí-pio, traçando um programa, e pediu oapoio da Câmara para a realização dosseus trabalhos.

Informou que haverá um au-mento considerável da verba do orça-mento do Estado para a Saúde e queatravés do governo Federal funciona-rá o SAMU na região e que Caxambuterá uma ambulância com plantonis-ta, ainda neste semestre. Informouque a Secretaria atualmente está cen-tralizada nas dependências da Policlí-nica, deixando de funcionar na rua Dr.Viotti, 262, e que nas dependências doextinto Centro de Imagem e Diagnós-tico localizado nesta mesma rua, nú-mero 118, funcionará um centro de re-abilitação, principalmente, mantidopelo município.

Na oportunidade, os vereado-res fizeram diversas indagações e con-siderações ao secretário Helder e de-monstraram satisfação e confiança notrabalho a ser desenvolvido por ele,no município. O presidente MarcosHalfeld colocou a Câmara à disposiçãodo secretário para a realização desuas atividades.

Adriana, Nilton, Marcos, Fábio, Helder, Joaquim, Jean, Clóvis,Eliane (Lili), Francisco, Alessandro (Sandro) e Denilson