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ARQUITETURA E URBANISMO PLANO DE AULA
Projeto Arquitetônico III – habitação coletiva SÉRIE: 3º SEMESTRE / 2015 TURMA: NOTURNO CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 HORAS HORÁRIO: SEXTA-‐FEIRA, DAS 19:00 ÀS 22:40 PROFESSORES: AIRTON COSTA E ROGÉRIO REZENDE 1. EMENTA
Compreensão do projeto arquitetônico da habitação coletiva como síntese de um conhecimento multidisciplinar, dominando os procedimentos de análise do programa, das determinações do meio e da cultura construtiva. 2. OBJETIVOS GERAIS
Capacitar o aluno a compreender as diferentes opções de partido arquitetônico como opções objetivas e determinantes para a elaboração de projetos de habitação coletiva. Incentivar o aluno a discutir criticamente as formas de morar e investigar novas possibilidades para o desenho da habitação coletiva contemporânea. 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Capacitar o aluno para projetar unidades habitacionais onde a razão modular da estrutura determine o seu desenvolvimento espacial. Capacitar o aluno para projetar edifícios ou blocos de habitação de pequeno ou médio porte a partir do projeto da unidade habitacional. 4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Estudo e crítica de tipologias habitacionais em projetos já executados (habitações agrupadas ou isoladas, habitações em lâmina, habitações entre divisas, blocos de habitação agrupados ou isolados e edifícios isolados). Desenvolvimento espacial dos conceitos adquiridos, em projetos de agrupamentos habitacionais (blocos ou edifícios de habitação coletiva de pequeno ou médio porte) enfatizando a reflexão sobre o desenho da unidade habitacional e suas possibilidades de combinação. Desenvolvimento de unidades habitacionais a partir de um programa arquitetônico fornecido com incorporação de flexibilidade ao espaço.
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Estudo do comportamento do material construtivo do ponto de vista do conforto ambiental, modulação e sistemas complementares (posição e características das aberturas, das paredes e das prumadas hidráulicas). Desenvolvimento de modelos de combinação de unidades habitacionais a partir do estudo de tipos de circulação vertical (externa pontual ou linear, enclausurada ou mista) e horizontal (corredor interno ou externo, pontual ou enclausurada). 5. METODOLOGIA DE ENSINO
Desenvolvimento de projetos em ateliê com auxílio de aulas expositivas, seminários de alunos, elaboração constante de modelos tridimensionais físicos como ferramenta de exploração projetual e visitas técnicas a edifícios de habitação. 6. AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados pelo processo e pelo resultado final dos trabalhos executados com apresentação de caderno de croquis (que é individual e item obrigatório das Atividades Práticas Supervisionadas) e também por sua participação em sala de aula e nos seminários apresentados. 7. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BOBAHAMON, Alejandro; ÁLVAREZ, Ana Maria; ARIZA, Felipe. Bajo presupuesto, vivienda contemporânea. Barcelona: Parramón, 2008.
BONDUKI, Nabil; KOURY, Ana Paula. Pioneiros da Habitação Social. São Paulo: UNESP, 2014. V. 1 a 3
FRENCH, Hilary. Os mais importantes conjuntos habitacionais do séc. XX. Porto Alegre: Bookman, 2009.
MOZAS, Javier, PER F. Aurora. Density. Vitoria-‐Gasteiz: a+t, 2006.
8. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BRANDÃO, Vera Bonna. Brasília, a cidade patrimônio e sua escala residencial: preservar o quê? E por quê? Brasília: Tese de Doutorado. FAU:UnB, 2013.
Brasília, cidade que inventei. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Brasil) (Iphan) Superintendência do Iphan no Distrito Federal, Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal; coordenação e organização, Carlos Madson Reis, Claudia Marina Vasques e Sandra Bernardes Ribeiro. – Brasília, DF: Iphan-‐DF, 2014.
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BONDUKI, Nabil. Origens da habitação social no Brasil. São Paulo: Estação Liberdade: 2005.
BROWN, G. Z.; DEKAY, Mark. Sol, vento e luz: estratégias para o projeto de arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2009.
BRUNA, Paulo. Os primeiros arquitetos modernos. São Paulo: EDUSP, 2010.
Vários autores. Vertical Social Houses.Barcelona: Monsa, 2009.
CORBUSIER, L. -‐ Carta de Atenas. Assembleia do CIAM de 1933. Disponível em http://www.icomos.org.br/cartas/Carta_de_Atenas_1933.pdf. (Acessado em 17/Nov/2010).
COSTA, Lucio. Brasília Revisitada. Brasília: Diário Oficial do Distrito Federal – Decreto nº 10.829, de 14 de outubro de 1987.
COSTA, Lucio. Relatório do Plano Piloto de Brasília. 3ª ed. Brasília: IPHAN, 2014.
FERREIRA, M. (2007). A invenção da superquadra: o conceito de Unidade de Vizinhança em Brasília. Brasília: Iphan. WISNIK, G ; NOBRE, A L ; MILHEIRO, A V. Coletivo | 36 projetos de arquitetura paulista contemporânea. São Paulo: Cosac Naify, 2006. Plano Piloto 50 anos: Cartilha de preservação de Brasília – reimpressão. Brasília, DF, Superintendência do Iphan no Distrito Federal, 2009.
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ETAPAS DE TRABALHO
Tema: “Habitação Coletiva” Área de Estudo: SQN 114, Asa Norte, Brasília – DF. A superquadra em questão está parcialmente ocupada. Neste semestre o objeto de trabalho é um edifício residencial a ser implantado na SQN 114. O trabalho será desenvolvido em etapas de modo a permitir a construção de uma sequência lógica de raciocínio projetual, onde o edifício proposto compõe um plano preliminar de implantação de superquadra, dentro dos parâmetros legais vigentes e inserido no contexto da Escala Residencial proposta por Lucio Costa. PRIMEIRA ETAPA: FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Introdução ao objeto de estudo. Identificação da problemática da habitação coletiva em Brasília, em seus diferentes contextos e escalas. Estudo de alternativas projetuais através da análise crítica de projetos existentes relacionados ao tema.
Desenvolvimento de estudos preliminares de identificação, análise e compreensão da problemática da Área de Estudo, com vistas à formulação conceitual da proposta arquitetônica.
Escala de Referência: macro-‐escala, a arquitetura habitacional na configuração urbana.
Dinâmica de trabalho em ateliê, atividades individuais e em pequenos grupos (quatro alunos).
A. PESQUISA DE REPERTÓRIO Apresentação de seminário, por meio da exibição de slides, de um comparativo entre uma obra de habitação coletiva característica dos primeiros anos de Brasília1 e uma obra produzida nos últimos 15 anos. O estudo deve conter informações pertinentes aos projetos, de forma comparativa, de modo a permitir a compreensão das diretrizes projetuais adotadas (conceituais, plásticas, construtivas, estruturais, funcionais, bioclimáticas, simbólicas etc.). Além do texto, a apresentação deve conter obrigatoriamente imagens (fotos, croquis), plantas e demais desenhos técnicos disponíveis. Trabalho em grupo (4 alunos).
1 Ver em:
FERREIRA, M. (2007). A invenção da superquadra: o conceito de Unidade de Vizinhança em Brasília. Brasília: Iphan.
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B. RELATÓRIO DE VISITA DE CAMPO (VER ANEXO 1)
O relatório da visita de campo é etapa fundamental à elaboração do projeto. Deve conter as impressões do grupo a respeito da área de intervenção e servir como subsídio às etapas seguintes. Deverá ser desenvolvido em grupo (quatro pessoas, no máximo).
C. ESTUDO PRELIMINAR – EDIFÍCIO
Esta etapa consiste na formulação do problema e proposição de solução preliminar. Em grupos, esta fase inicial compõe-se de: • Proposta Conceitual (partido arquitetônico); • Estudo Preliminar.
A) Proposta Conceitual (partido arquitetônico):
1. Croquis/estudos de implantação (prancha A3); 2. Croquis plantas gerais com indicação dos usos, áreas, etc;
Apresentação: Este material deverá ser entregue em folhas A3, a grafite, em papel manteiga uma vez que o projeto será desenvolvido todo à mão e não em autoCad e/ou qualquer outro software gráfico, podendo fazer uso de cores, imagens, fotos, croquis, etc. Também será avaliada a estética da apresentação.
B) Estudo Preliminar:
3. Implantação (esc.: 1:500); 4. Planta baixa (esc.: 1:100); 5. Maquete volumétrica da implantação (esc.: 1:500). 6. Memorial Justificativo.
Apresentação: Este material deverá ser entregue em folhas A2. Também será avaliada a estética da apresentação.
AVALIAÇÃO -‐ NP1:
Pesquisa de repertório 40% Relatório de visita de campo 10% Estudo preliminar 50%
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SEGUNDA ETAPA:
D. ANTEPROJETO Com base no Estudo Preliminar, os grupos desenvolverão a etapa seguinte que é o anteprojeto. Será utilizado um edifício proposto por uma das duas que compõem o grupo. Esta fase representa o desenvolvimento mais detalhado da proposta arquitetônica, tendo como base a definição de Anteprojeto de Arquitetura contido na NBR 13532.
-‐ Conteúdo mínimo: 1. Planta de Cobertura (esc.: 1:100); 2. Planta do pavimento térreo (esc.: 1:100); 3. Planta do pavimento tipo (esc.: 1:100); 4. Fachadas (esc.: 1:100); 5. Dois Cortes (longitudinal e transversal) (esc.: 1:100); 6. Plantas das unidades habitacionais – apartamento tipo (esc.: 1:50); 7. Plantas de layout -‐ apartamento tipo (esc.: 1:50); 8. Maquete volumétrica (escala 1:200)
-‐ Apresentação: Este material deverá ser entregue em folhas A2, em papel manteiga ou vegetal, podendo fazer uso de grafite ou nanquim. Também será avaliada a estética da apresentação.
AVALIAÇÃO -‐ NP2: Anteprojeto 90% Participação em aula (orientação) 10%
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PROGRAMA DE PROJETO
Trata-‐se de um projeto de edifício residencial para uma superquadra de Brasília. . Habitação Deverão ser previstas edificações com seis pavimentos sobre pilotis, garagem, circulação vertical por escada e elevadores, com unidades habitacionais de 2, e 3 quartos, garagem e demais compartimentos de acordo com a legislação vigente. LINKS PARA REFERÊNCIA: http://www.archdaily.com.br/br/category/habitacao-‐coletiva http://au.pini.com.br/arquitetura-‐urbanismo/157/artigo46071-‐1.aspx
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
• PARTICIPAÇÃO E EVOLUÇÃO: Participação nas aulas expositivas, nos exercícios e nas atividades propostas, desenvolvimento através da apresentação da evolução do projeto nos assessoramentos individuais, esforço e interesse do aluno. A presença nas aulas de assessoramento individual deve ser acompanhada de material inédito para a discussão com o professor.
• COERÊNCIA entre as intenções e as propostas e soluções espaciais apresentadas.
• EXPERIMENTAÇÃO E CRIATIVIDADE: Disponibilidade e interesse demonstrados para especular sobre novas questões relacionadas ao projeto, qualidade e clareza da aplicação destas especulações no projeto.
• QUALIFICAÇÃO DO PROJETO ARQUITETÔNICO Respeito e atendimento ao Programa Arquitetônico; Funcionalidade; adequação dos espaços às atividades previstas; dimensionamento compatível; Diálogo dos espaços projetados: relação entre os espaços internos, entre o interior das áreas edificadas e o exterior, entre as áreas edificadas no terreno, em relação ao entorno e ao ambiente urbano; Viabilidade técnico-‐construtiva; Respeito às normas técnicas e legais; Estética do projeto: linguagem espacial e volumetria; Aspectos metodológicos: levantamentos, pesquisas e estudos preliminares.
• REPRESENTAÇÃO E ACABAMENTO: Cuidado, esforço, qualidade e criatividade demonstrados na elaboração de modelos e apresentações gráficas.
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O SÍTIO DE IMPLANTAÇÃO:
SQN 114, Brasília – DF
Imagem do entorno imediato Fonte: Google Mapas BLOCO B
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Imagem do terreno Fonte: Google Mapas Os alunos deverão baixar as plantas do sistema SICAD, escala 1/2000, no link: http://www.sedhab.df.gov.br.. Documentos para consulta e Legislação:
• COE/DF – Código de Obras e Edificações do Distrito Federal • NGB 11-‐89 • NBR 9050 • NBR 9077 • Portaria nº 314 – Iphan • Relatório do Plano Piloto de Brasília – Lucio Costa • Brasília Revisitada – Lucio Costa
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CRONOGRAMA
AULA DATA CONTEÚDO
1ª 6/FEV -‐ Apresentação da disciplina e do plano de aula -‐
2ª 13/FEV -‐ -‐ Aula expositiva: o habitar em Brasília -‐ -‐ Divisão de grupos
3ª 20/FEV NP1 – EXERCÍCIO A: Seminário sobre a pesquisa de repertório (apresentação)
4ª 27/FEV NP1 – EXERCÍCIO B: Seminário – entrega individual -‐ Aula teórica: Normas de Edificação
5ª 6/MAR -‐ Ateliê: produção estudo preliminar -‐ Entrega de relatório ( em grupo) da visita ao terreno
6ª 13/MAR -‐ ateliê: produção estudo preliminar
7ª 20/MAR -‐ ateliê: produção estudo preliminar
8ª 27/MAR NP1 – EXERCÍCIO C: Apresentação e Entrega do estudo preliminar
Feriado
9ª 10/ABR -‐ Aula teórica: Modulação Estrutural -‐ Ateliê: Desenvolvimento do Anteprojeto
10ª 17/ABR -‐ Aula teórica: Circulação vertical (escadas e elevadores) -‐ Ateliê: Desenvolvimento do Anteprojeto
11ª 24/ABR -‐ Aula teórica: Dimensionamento de ambientes
1/MAI FERIADO
12ª 08/MAI -‐ Ateliê: Desenvolvimento do Anteprojeto
13ª 15/MAI -‐ Ateliê: Desenvolvimento do Anteprojeto
14ª 22/MAI -‐ Ateliê: Desenvolvimento do Anteprojeto
15ª 29/MAI -‐ Ateliê: Desenvolvimento do Anteprojeto
16ª 25/MAI NP2: Entrega do Anteprojeto do edifício
5/JUN RECESSO
17ª 12/JUN -‐ Correção
18ª 19/JUN -‐ EXAME
19ª 26/JUN -‐ Revisão de notas (exame)
20ª 3/JUL -‐ Revisão de notas (exame)
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ANEXO I
ROTEIRO DE LEVANTAMENTO E ANÁLISE DO TERRENO E DO ENTORNO URBANO
OBJETIVOS • Elaborar um “catálogo” gráfico contendo desenhos, fotografias e croquis dos principais elementos
do entorno urbano, tais como: tipos de edifícios, número de pavimentos; tipos de usos, lotes e quarteirões; tipos e elementos de fachadas; tipos e elementos das vias públicas; monumentos, árvores/vegetação e mobiliário urbano; equipamentos sociais;
• Construir desenhos (plantas, cortes esquemáticos, perspectivas) do sítio/entorno e do terreno; • Identificação dos pontos nodais da área de intervenção, conflitos de transito, estacionamento
irregulares, atividades incompatíveis a áreas residenciais, etc; • Redigir documento final contendo relatório com as análises, resultados e descobertas; • Apresentar e discutir o relatório em aulas de orientação dos projetos (atendimento individualizado
por equipe). DETALHAMENTO DA ATIVIDADE Exercício de observação, reconhecimento e análise do sítio de intervenção, seu entorno urbano e sua dinâmica socioeconômica, com identificação da(s) diretriz(s) projetual(is) a ser(em) adotada(s) pelos alunos, a partir dos levantamentos e análises sobre elementos, funcionalidades e usos do sítio urbano foco da intervenção. 1) Procedimentos: • Visita de reconhecimento do sítio, seguindo roteiro descrito abaixo; • Sistematização, organização das informações e dados; • Preparo do material a ser produzido, sob a forma de relatório. 2) Roteiro: a) Aspectos funcionais • Características gerais de uso (atividades desenvolvidas nas edificações) e ocupação (setorização,
gabarito em altura das edificações) do entorno do lote, com destaque para a localização de equipamentos urbanos próximos ao terreno (pontos de ônibus, passagens subterrâneas etc).
• Hierarquia viária, sistema viário e de transportes públicos, incluindo nós e pontos de conflito de fluxos (veículos x pedestres x passeios x ciclovia);
• Legislação urbanística e edilícia (inclusive referente ao tombamento) existente para a área, com o indicativo de potencial construtivo previsto.
b) Aspectos ambientais e paisagísticos • Características geográficas e topográficas do sítio: encosta, baixada, desníveis, platô, etc, concluindo
sobre os potenciais construtivos x meio-‐ambiente; • Aspectos do meio ambiente local: insolação, ventilação, poluição (sonora, atmosférica, visual etc.),
indicando focos de poluição e focos de atratividade; d) Aspectos arquitetônicos e urbanísticos • Elementos construtivos relevantes existentes no sítio e seu entorno: edificações, equipamento,
marcos arquitetônicos etc.
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• Vizinhança e características dos imóveis;
REQUISITOS BÁSICOS e OBRIGATÓRIOS PARA VISITA DE CAMPO (Por Equipe) - ROTEIRO DE VISITA DE CAMPO (impresso); - LAPISEIRA/BORRACHA/CANETAS HIDROCOR; - MAPA DE SITUAÇÃO A3; - PRANCHETA PARA TRABALHO DE CAMPO; - MAQUINA FOTOGRÁFICA; - FOLHAS A4; - BÚSSOLA (opcional) Brasíla, 13 de Fevereiro de 2015. Prof. Rogério Rezende Prof. José Aírton Costa Junior
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