Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) 3824-5400 – opções 2 ou 3 (núcleo de relacionamento) Email: [email protected] | web: www.crcsp.org.br Rua Rosa e Silva, 60 | Higienópolis 01230 909 | São Paulo SP Presidente: Claudio Avelino Mac-Knight Filippi Gestão 2014-2015
Palestra
PME’s Contabilidade de
Custos
Elaborado por:
Sidney Leone
O conteúdo desta apostila é de inteira
responsabilidade do autor (a).
A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184.
Maio 2015
CRC SP - Material exclusivo para uso nas atividades promovidas por este Regional
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De 14 a 16 de junho de 2015Acesse: www.convecon.com.br
• Introduzir os conceitos básicos envolvidos com a Contabilidade de
Custos, discutindo neste Seminário o único método aceito pelos
Princípios Fundamentais de Contabilidade e pela Legislação Fiscal
brasileira...
OBJETIVO
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• COMPETIÇÃO GLOBAL,
• CLIENTES EXIGEM: QUALIDADE / PREÇO E PRONTA ENTREGA....
UM NOVO AMBIENTE:
As pequenas, médias e grandes empresas, estão
inseridas neste novo contexto,
NOVAS NECESSIDADES:
O conhecimento de sua ESTRUTURA DE CUSTOS
passa a ser de extrema importância para auxiliá-las
na GESTÃO DO SEU NEGÓCIO...
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• Agilidade,
• Novas formas de gestão,
• Controle desmedido de “CUSTOS”...
NOVAS NECESSIDADES:
Contabilidade de Custos e PCGA
Um dos Princípios de Contabilidade de Custos é que
necessidades diferentes muitas vezes exigem
informações diferentes. A idéia de “tamanho único” não se
aplica em contabilidade de custos.
Cada vez que defrontamos com um problema contábil,
primeiramente devemos analisar se os dados serão utilizados
para fins gerenciais ou para fins externos...
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Contabilidade de Custos e PCGA
Os dados destinam-se à avaliação dos Estoques que serão
utilizados nas demonstrações financeiras para os acionistas?
Ou serão utilizados pelos gerentes em avaliação de desempenho?
Ou mesmo utilizados na tomada de decisão?
As respostas a essas questões orientarão sua escolha na
busca por dados contábeis mais adequados...
Avaliação dos Estoques???
Contabilidade de Custos e PCGA
O principal objetivo da contabilidade financeira é fornecer
informações sobre o desempenho da administração e da
companhia aos acionistas. Os dados financeiros preparados
com essa finalidade são governados pelos Princípios
Contábeis Geralmente Aceitos (PCGA), que fazem com que
os resultados apresentados por uma empresa, em suas
demonstrações financeiras externas sejam consistentes com os
apresentados por outra...
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Contabilidade de Custos e PCGA
Exemplo: Decisões Gerenciais lidam com o futuro;
conseqüentemente, estimativas de custos futuros
são mais valiosas para a tomada de decisão do
que custos históricos e custos correntes, que
são utilizados em relatórios externos.
É importante que as companhias percebam que
diferentes usos de informações contábeis exigem
diferentes tipos de informações...
Custos ... afinal, o que é isto?
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Definição de Custos
São essencialmente medidas monetárias dos
sacrifícios com os quais uma organização tem
que arcar a fim de atingir seus objetivos...
Fonte: BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens (2004)
Terminologia contábil
Gastos
investimento
custos
despesas
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Terminologia contábil
• Algumas das terminologias mais usuais:gastos: sacrifício financeiro que a entidade arca para aobtenção de um produto ou serviço qualquer;
investimento: gasto ativado em função de sua vida útilou de benefícios atribuíveis a futuros períodos;
custos: gasto relativo a bem ou serviço utilizado naprodução de outros bens ou serviços;
despesas: bem ou serviço consumido direta ouindiretamente para a obtenção de receitas;
desembolso: pagamento do bem ou serviço;
perda: bem ou serviço consumido de forma anormal...
Fonte: BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens (2004)
Definição genérica de custos
Custos Despesas
Produtos ouServiços
Elaborados
Consumo associadoà elaboração do produto ou serviço
Consumo associadoao período
Investimentos
Gastos
Balanço Patrimonial Demonstrativo de Resultado do Exercício
Fonte: BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens (2004)
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SEPARAÇÃO ENTRE CUSTOS E DESPESAS
SALÁRIOS DA FÁBRICA - CUSTOS DE PRODUÇÃO
MATÉRIA PRIMA CONSUMIDA - CUSTOS DE PRODUÇÃO
SALÁRIOS DA ADMINISTRAÇÃO - DESPESAS ADMINISTR.
DEPRECIAÇÃO DA FÁBRICA - CUSTOS DE PRODUÇÃO
SEGUROS DA FÁBRICA - CUSTOS DE PRODUÇÃO
COMISSÃO DE VENDEDORES - DESPESAS DE VENDAS
HONORÁRIOS DA DIRETORIA - DESPESAS ADMINISTR...
SEPARAÇÃO ENTRE CUSTOS E DESPESAS
MATERIAIS DIVERSOS - FÁBRICA - CUSTO DE PRODUÇÃO
ENERGIA ELETRICA FÁBRICA - CUSTO DE PRODUÇÃO
MANUTENÇÃO FÁBRICA - CUSTO DE PRODUÇÃO
DESPESAS DE ENTREGA - DESPESAS DE VENDA
CORREIOS, TELEFONE E INTERNET - DESPESAS ADMINISTR
MATERIAL CONSUMO-ESCRITÓRIO - DESPESAS ASMINISTR
DESPESAS FINANCEIRAS - DESPESAS FINANCEIRAS...
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Fluxo dos Custos
CustosDiretos
Indiretos
EstoquesMateriais Diretos
Produtos em ElaboraçãoProdutos Acabados
Balanço Patrimonial
(+) Receitas
(=) Resultado
(-) Despesas
(-) Custos do DRECMVCPVCSP
Demonstrativo deResultado do Exercício
Fonte: BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens (2004)
CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS:
CUSTOS PRIMÁRIOS / DIRETOS :
Aqueles que são perfeitamente identificados
ao produto, ou serviço
São apropriados ao produto sem que seja
necessário fazer rateios...
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CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS:
CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO:
Representam o esforço da empresa para
transformar o material adquirido do fornecedor
em produto acabado,
Equivalem à soma da mão-de-obra direta
mais os custos indiretos de produção...
CLASSIFICAÇÃO DOS GASTOS:
CUSTOS INTEGRAIS OU GASTOS TOTAIS INCORRIDOS:
Correspondem à soma de todos os valores
consumidos pela empresa para a elaboração
do produto ou prestação do serviço, incluindo
custos e despesas...
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MDMateriais Diretos
Matéria-PrimaEmbalagem
MODMão-de-Obra Direta
Mensurada e identifi-cada de forma direta
CIPCustos Indiretos
Custos que não sãoMD nem MOD
Despesas
Gastos não associadosà produção
Custo total, contábil ou fabril
Custo de transformaçãoCusto direto
Gastos totais ou custo integral
Classificação dos Gastos
Fonte: BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens (2004)
CUSTOS E A CONTROLABILIDADE:
Outra forma de agrupar e classificar os gastos
pode estar de acordo com a sua controlabilidade.
Ou seja quanto ao fato de a decisão poder ou
não afetar os custos, estes podem ser:
custos controláveis
custos não controláveis...
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CUSTOS E A CONTROLABILIDADE:
custos controláveis: quando podem ser
controlados por uma pessoa, dentro de uma
escala hierárquica predefinida. A pessoa
responsável poderá ser cobrada de eventuais
desvios não previstos...
CUSTOS E A CONTROLABILIDADE:
custos não controláveis: quando fogem do
controle do responsável pelo departamento. Por
exemplo, rateio do aluguel. Em uma escala
hierárquica superior todos os custos são
controláveis...
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CUSTOS E A CONTROLABILIDADE:
Exemplo: “Seguradora Segura”
Estrutura Alocação de Custos: “Seguradora Segura”
Profit Center(Produtos)
DespesasPróprias
Despesas Diretas100% identificáveis
Áreas de Serviços
ProfitCenter
Despesas IndiretasOverhead
Distribuiçãoe Vendas
Presidência
Administrativa +Institucional
StaffP. Center´s
Áreas de Serviços
Fonte: Adaptado pelo autor
CUSTOS E A CONTROLABILIDADE:
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Custos e a Controlabilidade: Despesas Indiretas - Overhead
* NPW (-) NCE (Prêmio Retido Líquido - Despesas de Comercialização)
Direcionadores de CustosNPW (-) NCE
Áreas de Serviços•Marketing•Auditoria•PDG e Qualidade•Dir. Financeira•Jurídico•Internet •Atuarial•Control. Riscos•Projetos Especiais
PresidênciaDistribuição VendasDesp. Institucionais
TIME - SHEET
Áreas de Serviços• Tecnologia•Operações•Call Center•Sinistro
Staff Profits
Áreas de Serviços•Recursos Humanos
Desp. Prediais(aluguel, luz, etc.)
Fonte: Adaptado pelo autor
HEAD COUNT
Direcionadores de Custo = 89%
NPW (-) NCE
57%
TIME - SHEET
26%
HEAD COUNT
6%
Despesas Próprias + Despesas Diretas = 11%
Total Despesas = 100%
Fonte: Adaptado pelo autor
Custos e a Controlabilidade: Despesas Indiretas - Overhead
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CUSTOS DE PRODUÇÃO:
SALÁRIOS DA FÁBRICA - DIRETO - INDIRETO
MATÉRIA PRIMA CONSUMIDA - DIRETO
DEPRECIAÇÃO NA FÁBRICA - INDIRETO
SEGUROS DA FÁBRICA - INDIRETO
MATERIAIS DIVERSOS - FÁBRICA - INDIRETO
ENERGIA ELETRICA - FÁBRICA - DIRETO - INDIRETO
MANUTENCÃO - FÁBRICA - INDIRETO...
CUSTOS DIRETOS:
AQUELES QUE SÃO PERFEITAMENTE
IDENTIFICADOS AO PRODUTO
SÃO APROPRIADOS AO PRODUTO SEM
QUE SEJA NECESSÁRIO FAZER RATEIOS...
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CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO:
SÃO AQUELES QUE NÃO SE IDENTIFICAM COM
PEDIDOS ESPECIAIS OU COM UNIDADES PRODUZIDAS,
OS “CIPs” SÃO CUSTOS COMUNS COM “MÃO- DE-
OBRA” E “MATERIAIS” NECESSÁRIOS PARA A PRODUÇÃO,
PORÉM DE FORMA INDIRETA, NÃO SENDO FACILMENTE
IDENTIFICADOS COM OS PRODUTOS...
CUSTO COMUM: Representa um exemplo de Custo Indireto, podemos defini-lo como sendo aquelepredominantemente de áreas de Serviços, custos que exercem facilidades compartilhadas.
Fonte: SANTOS, Joel José (2002)
IMPOSTOS
OS IMPOSTOS NÃO RECUPERÁVEIS COMPÕEM OCUSTO DO MATERIAL EXEMPLOS:
• IPI NA COMPRA, CUJO PRODUTO A SERVENDIDO NÃO É TRIBUTADO• IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO• IOF
OS IMPOSTOS RECUPERÁVEIS NÃO COMPÕEM OCUSTO DO MATERIAL EXEMPLOS:
• ICMS• IPI NA COMPRA, QUANDO PRODUTO ÉTRIBUTADO NA SAÍDA...
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IMPOSTOS
Valor da Mercadoria 250.000,00
Alíquota ICMS s/Mercadoria 18%
Valor do ICMS na Mercadoria 45.000,00
Valor do Custo Mercadoria 205.000,00
Lançamento Contábil na Compra
Débito - Estoque de Materiais 205.000,00
Débito - ICMS a Recuperar 45.000,00
Crédito - Fornecedores / Bancos (250.000,00) ...
Diferenciação entre Custo e Custeio
Custo é o valor do gasto incorrido
indispensável à obtenção do bem ou serviço
gerador da renda.
Custeio é o método utilizado para obtenção e
ou apuração do custo.
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Métodos de Custeio
AbsorçãoVariávelPadrão
ABC
CUSTEIO POR ABSORÇÃO:
Definição Geral
APROPRIA TODOS OS CUSTOS DE PRODUÇÃO AOS BENS
ELABORADOS, E SÓ OS DE PRODUÇÃO; TODOS OS
GASTOS RELATIVOS AO ESFORÇO DE FABRICAÇÃO SÃO
DISTRIBUÍDOS PARA TODOS OS PRODUTOS ELABORADOS.
NÃO SE TRATA DE UM PRINCÍPIO CONTÁBIL
PROPRIAMENTE DITO, MAS UMA SIM UMA METODOLOGIA
DECORRENTE DELES, NASCIDA COM A PRÓPRIA
CONTABILIDADE DE CUSTOS...
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Custos Indiretos
Centro de Custos Aux. 1
Centro de Custos Aux. 2
Centro de Custos Prod. 1
Centro de Custos Prod. 2
Base: VolumeProdutos
Custos Diretos
ResultadosCPV
Despesas
ReceitasFonte: MARTINS, Eliseu (2003)
Esquema gráfico do Custeio por Absorção
Sistema de Custeio por Absorção
...
Critérios de Rateio dos Custos:
Indiretos / Fixos / Custos Comuns
O rateio dos custos representa a atribuição de um custo
indireto ou custo comum a um objeto do custo, segundo
uma certa base. Um objeto de custo por sua vez, representa
qualquer “fim” ao qual um custo é atribuído. Em companhias,
os objetos do custo geralmente são departamentos...
Custo comum: custos de facilidades, produtos ou serviços compartilhados
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Critérios de Rateio dos Custos:
Indiretos / Fixos / Custos Comuns
Por que os Custos são rateados?
As organizações deparam-se com muitas exigências de rateiode custos: tanto a legislação tributária como os PCGA (sob osquais as demonstrações financeiras externas são levantadas)exigem que os custos indiretos de produção sejam rateados asunidades produzidas.
Gerencialmente, o rateio de custos muitas vezes é utilizadocomo forma de influenciar comportamentos...
Critérios de Rateio dos Custos: Indiretos / Fixos / Custos Comuns
Exemplos mais comuns de rateios:
“O custo da Administração Central de uma empresa érateado às divisões, para criar incentivos para que osadministradores das divisões gerem lucros suficientes a que taiscustos sejam cobertos.
Um executivo da “Kmart” (companhia de varejo), com maisde 2.000 lojas, diz que ao ratear os custos da AdministraçãoCentral às lojas conscientiza cada gerente de que esses custosexistem e que precisam ser cobertos pelas lojas, para que acompanhia como um todo seja lucrativa...
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O objetivo deste tópico é descrever o rateio de Custos
aos produtos, uma vez que os Custos Indiretos não
podem ser identificados diretamente com o produto,
vamos analisar dois métodos apresentados a seguir:
1) Método de rateio global,
2) Método de rateio departamental...
Critérios de Rateio dos Custos: Indiretos / Fixos / Custos Comuns
Método de rateio global: este método considera um pool
de custos para toda a planta. Apenas uma taxa de aplicação
dos custos indiretos é utilizada (ou um conjunto de taxas), para
todos os departamentos da planta (utilizamos o termo planta
no sentido de uma fábrica, uma loja, um hospital ou qualquer
segmento multidepartamental de uma companhia.)
Companhias que utilizam uma taxa global geralmente
baseiam-na em um indicador do volume de produção –
horas de mão de obra direta, horas máquinas, unidades
produzidas, custo dos materiais diretos...
Critérios de Rateio dos Custos: Indiretos / Fixos / Custos Comuns
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Receita de Vendas( - ) Impostos
Receita Líquida( - ) CPV
Lucro Bruto( - ) Despesas
Lucro Operacional( - ) Despesas não Operacionais
LAIR( - ) Imposto de renda / C. Social
Lucro Líquido
Esquema Básico: Absorção Parcial
ESQUEMA BÁSICO
CUSTOS
Indiretos Diretos
RateiosProdutos - A
Produtos - B
Produtos - C
ESTOQUE
Custo dos ProdutosVendidos
DESPESAS
VENDAS
Resultado
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O Tratamento Contábil dos Custos
Indiretos / Fixos / Comuns
Método básico de Contabilidade de Custos: Cia Pai-ssandú...
Critérios de Rateio dos Custos Indiretos / Fixos
Método de rateio departamental: este método considera um
pool de custos para cada departamento, e cada departamento
tem a sua própria taxa (ou um conjunto de taxas) de aplicação dos
custos indiretos de fabricação.
Para a apropriação dos custos indiretos aos produtos, é
necessário que todos estes custos estejam, na penúltima fase nos
Departamentos de Produção. Para isso, é necessário que todos
os Custos de Departamentos de Serviços sejam rateados de tal
forma que recaiam, depois da sequência de distribuições, sobre
os de Produção...
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CUSTOS
DIRETOS
DEPARTAMENTOServiço B
DEPARTAMENTOServiço A
AlocáveisDiretamente aosDepartamentos
INDIRETOS
COMUNS
PRODUTO XDEPARTAMENTO
Produção D
DEPARTAMENTOProdução C
ESTOQUE
R
R
R
R
R
Demonstração de Resultados
RECEITACPV
LUCRO BRUTODESPESAS
LUCRO OPERACIONAL
PRODUTO Y
O Tratamento Contábil dos Custos
Indiretos / Fixos / Comuns
Tratamento contábil dos Custos Comuns: Caso dos Amendoins
Caso Mãe-ssandú
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RIR/99: SISTEMA DE CUSTOS INTEGRADOS À CONTABILIDADE
É o sistema de controle contábil que possibilita o registro
permanente dos estoques e sua movimentação, dos custos de
produção e do custo dos produtos vendidos, sem a necessidade de
inventários físicos para sua determinação.
O RIR/99 em seus artigos 289 a 295 estabelece regras de custeio dos
estoques (aquisição e produção) bastante semelhantes às NBC
(custeio por absorção).
Entretanto, não havendo um sistema de inventário permanente e de
custeio dos estoques, integrado à contabilidade, as empresas
seguindo referida legislação fiscal terão de avaliar seus estoques por
valores arbitrados.
O Controle do “Custo Médio” na conta de Estoques
Critérios de Avaliação de Estoques:
O custo dos materiais estocados é determinado com base no valor de
aquisição constante das “notas fiscais” de compra, acrescido das
despesas acessórias e dos impostos e taxas que não forem recuperados
pela empresa no momento da venda de seus produtos.
Tendo em vista que a empresa poderá adquirir um mesmo tipo de
material ou produto em datas diferentes, pagando por ele preços
variados, para determinar o custo desses materiais estocados, bem
como o custo dos materiais que foram transferidos para a produção,
precisamos adotar algum critério, sendo o mais conhecido o Custo
Médio (os demais são PEPS, UEPS e Preço Específico)...
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Critérios de Avaliação de Estoques:
Exemplo: Qual o custo da matéria-prima consumida?
Compras Utilização
Dia Quantidade (Kg) Preço unitário $ Total $ Quantidade (Kg)3 1.000 10,00 10.00015 2.000 11,65 23.30017 2.20023 1.200 13,00 15.60029 1.000
Ficha de Estoque do Produto "N"
Preço médio móvel:
Dia 17: Preço médio do estoque = $ 33.300 / 3.000 kg = $ 11,10Custo da matéria prima consumida = 2.200 kg X $ 11,10 = $ 24.420
Dia 29: Preço médio do estoque = (800 kg X $ 11,10 + $ 15.600) / 2.000 kg = $ 12,24Custo da matéria prima consumida = 1.000 kg X $ 12,24 = $ 12.240
Matéria prima consumida no mês (CPV) = $ 24.420 + $ 12.240 = $ 36.660Estoque final = 1.000 kg X $ 12,24 = $ 12.240
O Controle do “Custo Médio Móvel” na conta de Estoques
O Controle do “Custo Médio Fixo” na conta de Estoques
Critérios de Avaliação de Estoques:
Exemplo: Qual o custo da matéria-prima consumida?
Compras Utilização
Dia Quantidade (Kg) Preço unitário $ Total $ Quantidade (Kg)3 1.000 10,00 10.00015 2.000 11,65 23.30017 2.20023 1.200 13,00 15.60029 1.000
Ficha de Estoque do Produto "N"
Preço médio fixo:
Preço médio do estoque do mês = $ 48.900 / 4.200 kg = $ 11,643
Dia 17: Custo da matéria prima consumida = 2.200 kg X $ 11,643 = $ 25.614,29Dia 29: Custo da matéria prima consumida = 1.000 kg X $ 11,643 = $ 11.642,86Matéria prima consumida no mês (CPV) = $ 26.614,29 + $ 11.642,86 = $ 38.257,15Estoque final = 1.000 kg X $ 11,643 = $ 11.642,86
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Comparação entre o “Custo Médio Móvel X Custo Médio Fixo”
Mesmo com o uso do Preço Médio, os valores de materiais podem, portanto, variar
segundo a forma de sua utilização.
A legislação fiscal brasileira não está mais aceitando o preço médio ponderado
fixo se for calculado com base nas compras de um período maior que o prazo de
rotação do estoque. Realmente, não faz sentido avaliar pelo preço médio das
compras do ano os estoques adquiridos nos últimos três meses, por exemplo...
Preço Médio Preço MédioMóvel Fixo
dia 17 $ 24.420 $ 25.615dia 29 $ 12.240 $ 11.643
Soma $ 36.660 $ 37.258
CPP = MAT + MOD + CIP
CPA = EIPP + CPP - EFPP
CPV = EIPAC + CPA - EFPAC
Demonstração de Resultado
Custo do Produto Vendido
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Custeio por Absorção versus Legislação Fiscal e Tributária
Os procedimentos de apuração do custo dos produtos ouserviços analisadas sob a óptica da contabilidade financeira,preocupa-se com o registro formal e legal das informaçõessobre custos.Neste processo caracteriza-se o Custeio por Absorção, queestabelece que todos os gastos produtivos, inclusive osindiretos, devem ser incorporados ao valor dos estoques,seguindo os seguintes aspectos:
Legislação do Imposto de Renda;Legislação Societária...
Período
Vendas $ 25.000 $ 55.000
Custo de a Produção
Estoque Inicial - $ -18.750
Matérias Primas $ -10.000 $ -6.500
Mão de Obra direta $ -10.000 $ -6.500
Custos gerais de produção $ -17.500 $ -16.625
Total dos Custos Gerais Produção $ -37.500 $ -48.375
Estoque Final do Mês $ 18.750 $ 1.875
Custo dos Produtos Vendidos (CPV) $ -18.750 $ -46.500
Lucro Bruto $ 6.250 $ 8.500
Despesas Comerciais Administrativas $ -6.000 $ -8.400
Lucro Antes do I. de Renda $ 250 $ 100
DRE da Empresa Virtual
X1 X2
Revisão sumária do Custeio por Absorção
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ANALISANDO A DOCUMENTAÇÃO E O REGISTRO CONTÁBIL DA EMPRESA EM “X/1” OBSERVA-SE O SEGUINTE:
Volume normal de produção mensal = 500 unidades
Produção em “X1” = 500 unidades
Vendas em “X1” = 250 unidades
Preço de venda por unidade = $ 100
Revisão sumária do Custeio por Absorção
...
Matérias Primas ($20 por unidade X 500) $ 10.000
Mão de Obra Direta ($20 por unidade X 500) $ 10.000
Custos Gerais de Produção
Fixos ($30 por unidade X 500) $ 15.000
Variável ($5 por unidade X 500) $ 2.500 $ 17.500
Custo Total $ 37.500
Custo Unitário MP ($10.000/500) $ 20
Custo Unitário MOD ($10.000/500) $ 20
Custo Unitário CIF ($17.500/500) $ 35
Custo Unitário Total ($37.500/500) $ 75
Despesas Comerciais e Administrativas:
Fixos $ 4.000 Variável ($8 por unidade X 250) $ 2.000 $ 6.000
Os custos incorridos no período:
Revisão sumária do Custeio por Absorção
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Produção em “X2” = 325 unidades
Vendas em “X2” = 550 unidades
Preço de venda por unidade = $ 100...
ANALISANDO A DOCUMENTAÇÃO E O REGISTRO CONTÁBIL
DA EMPRESA EM “X/2” OBSERVA-SE O SEGUINTE:
Revisão sumária do Custeio por Absorção
Matérias Primas ($20 por unidade X 325) $ 6.500
Mão de Obra Direta ($20 por unidade X 325) $ 6.500
Custos Gerais de Produção
Fixos ($30 por unidade X 500) $ 15.000
Variável ($5 por unidade X 325) $ 1.625 $ 16.625
Custo Total $ 29.625
Custo Unitário MP ($6.500/325) $ 20
Custo Unitário MOD ($6.500/325) $ 20
Custo Unitário CIF ($16.625/325) $ 51,15
Custo Unitário Total ($29.625/325) $ 91,15
Despesas Comerciais e Administrativas:
Fixos $ 4.000
Variável ($8 por unidade X 550) $ 4.400 $ 8.400
Revisão sumária do Custeio por Absorção
Os custos incorridos no período:
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NOTE QUE, APESAR DO VOLUME DE VENDAS TER SIDO
MAIS DO QUE O DOBRO (DE 250 PARA 550 UNIDADES), O
LUCRO DO PERÍODO X1 DECLINOU (DE $250 PARA $100)
NO PERÍODO X2, O QUE É MUITO DIFÍCIL EXPLICAR
PARA OS GESTORES…
Revisão sumária do Custeio por Absorção
Fonte: PAMPLONA, Edson de Oliveira (2003)
CRÍTICAS AO CUSTEIO POR ABSORÇÃO:
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MOD
CIP80%
70%
60%
50%
40%
30%
1855 1870 1885 1900 1915 1930 1945 1960 1975
Fonte: Miller e Vollmann (1985)
Adaptado de : Pamplona (1997)
CRÍTICAS AO CUSTEIO POR ABSORÇÃO:
CRÍTICAS AO CUSTEIO POR ABSORÇÃO:
POUCA UTILIDADE GERENCIAL
EXISTÊNCIA DE DÚVIDAS SOBRE ESTE
CUSTEIO PARA FINS DE ANÁLISE GERENCIAIS
DEVIDO A SUBJETIVIDADE NA ALOCAÇÃO DOS
CUSTOS INDIRETOS...
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CONCLUSÃO APESAR DAS LIMITAÇÕES DESCRITAS, A UTILIZAÇÃO DO “CUSTEIO
POR ABSORÇÃO” É AINDA AMPLAMENTE ADOTADA PELA
CONTABILIDADE FINANCEIRA, PARA APURAÇÃO DOS CUSTOS,
VÁLIDO TANTO PARA FINS DE BALANÇO PATRIMONIAL E
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS.
A AUDITORIA EXTERNA TEM-NO COMO BÁSICO. APESAR DE NÃO
SER TOTALMENTE LÓGICO E DE MUITAS VEZES FALHAR COMO
INSTRUMENTO GERENCIAL, É ACEITO PARA FINS DE AVALIAÇÃO DE
ESTOQUES.
TAMBÉM O IMPOSTO DE RENDA COSTUMEIRAMENTE O USA, NO
BRASIL É OBRIGATÓRIO, COM PEQUENAS EXCEÇÕES...
BIBLIOGRAFIA
MARTINS, Eliseu. CONTABILIDADE DE CUSTOS. São Paulo, Ed. Atlas, 2003.
HORNGREEN, Charles T. et al. CONTABILIDADE DE CUSTOS (2 Volumes). Rio deJaneiro, Pearson Learning/Prentice Hall, 2004, 11a. edição.
LEONE, George S. CURSO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS. São Paulo, Ed. Atlas,2000, 2a. edição.
BRUNI, Adriano L. et al. GESTÃO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇOS. SãoPaulo, Ed. Atlas, 2003, 2a. edição.
SANTOS, Joel J. ANÁLISE DE CUSTOS. São Paulo, Ed. Atlas, 2000, 3a. edição.
PASSARELI, João et al. CUSTOS – ANÁLISE E CONTROLE. São Paulo, ThomsonIOB, 2002.
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