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Page 1: Poemas Premiados ESOD / GAIA

Concurs o de Poes ia In te r -Esc o las

de Ga ia 2011

POEMAS PREMIADOS

1ª / 2ª FASES – ESOD / GAIA

Woodcutters cottage, by Helen Musselwhite,

In http://www.helenmusselwhite.com/page3.htm,

[acedido em 14/10/2010]

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COMPOSIÇÃO POÉTICA Sofia Monteiro da Costa Escola EB1 das Matas, Agr. Dr. Costa Matos - 1º ANO ESCALÃO A - 1º PRÉMIO

A professora é fixe. A professora é Muito amiga. A professora Ensina muito. E gosto muito

Dela e ela De mim.

A escola tem Muitas salas E há recreio Onde nós Brincamos E fazemos

Jogos. É tão bom

Andar Na escola.

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O MAR Carina Oliveira da Silva Escola EB1 Curvadelo, Agr. Sophia de Mello Breyner ESCALÃO A - MENÇÃO HONROSA

São muitos os peixes Que eu vi dançar Com o cavalo-marinho E a estrela-do-mar. Lá longe, bem longe, O tubarão e a baleia Sonham, um dia, Poderem ir à areia. O caranguejo zangado Com o peixe – balão Começou a andar de lado Com pinças na mão.

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O MAR João Pereira Almeida Escola EB1 Granja, Agr. Sophia de Mello Breyner ESCALÃO B - 1º PRÉMIO

No mar navega o cargueiro E o barco do pescador, É trabalho de marinheiro Vivido com muito amor. Do mar vem o marisco E o peixe saboroso. Tudo é um grande petisco Para mim que sou guloso. Quando o mar está agitado E as gaivotas andam no ar, Fico muito assustado. Tenho razões para me preocupar! E a praia, que beleza! Belo sítio para brincar. Viva a natureza! E o ar puro para respirar! O mar é salgado. Dessa água não se pode beber. Que bem que sabe o gelado, Que na esplanada costumo comer!

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CRESTUMA Ana Rosa Rocha Dias Agr. Vertical de Olival - 4º ANO ESCALÃO B - MENÇÃO HONROSA

Crestuma é um paninho, Junto ao rio bordado. Com muito amor e carinho, Pela Natureza criado. É limpinha e asseada, Esta vila muito bela. Pelo Douro é lavada E vive muita gente nela. Tem também o rio Uíma, Que parece uma ribeira. Antigamente havia, Lá perto uma feira. Teve gritos correrias, De mulheres apressadas. Alegres e sadias, Tecedeiras asseadas. É o presépio do Douro, À beira do rio plantada. Terra de lendas e encantos, Por mim, muito amada. Eu gosto da minha Terra, De todo o meu coração. Crestuma é muito bela, E não tem poluição.

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O SILÊNCIO Carolina Casas Dinis Escola EB2,3 Teixeira Lopes - 5º ANO ESCALÃO C - 1º PRÉMIO

O silêncio… Ninguém o pode apanhar, Ver ou explicar. Ninguém lhe consegue tocar, Sentir ou respirar. Ninguém o vê, Ninguém o ouve, Ninguém o fala. O silêncio é assim. É uma porta fechada. É um sopro, uma brisa, Uma mão cheia de nada! O silêncio é a chave que fecha Uma caixa de música, sorridente, Mas, de repente, é só uma caixa, Uma caixa, simplesmente! Apesar de não se ver, Silêncio é capaz de tudo: De acabar com a música, Com a dança, E com as brincadeiras. O silêncio é isso Sem tirar nem pôr. O silêncio … Um som que não se ouve.

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“NOITE”: Inês Salgueiro de Carvalho Escola Básica da Madalena / Agr. de Escolas da Madalena - 5º ANO ESCALÃO C - MENÇÃO HONROSA

No mar navega o cargueiro Noite fria, Suave melodia, Negro estrelado, Antónimo de dia. Sombras de prata, Estrelas cadentes, Cidade acordada, Sonhos pendentes. Branco luar, Estrelas de ouro, Bela noite, Como um imenso tesouro.

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DANÇA Ana Laura Barradas de Sousa Escola Básica de Oliveira do Douro - 7º ANO ESCALÃO D - 1º PRÉMIO

Dança

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AMANHECER Tiago Filipe P Aires Escola Sec/3 Oliveira do Douro - 8º ANO ESCALÃO D - 1º PRÉMIO / ESOD

Acordei, ao abrir as portadas senti gotículas nas minhas pestanas. Pensei, será a manhã a chorar? Não! Pois ao fundo ouvia a alegria! Era nos arbustos, os pássaros a chilrear. Ao longe, o cantar da água caíndo sobre as pedras da nascente. Os campos verdejantes com as papoilas a darem-lhe um toque de luz, sobre a névoa matinal! Até que, lentamente, muito lentamente, o Sol se vai espreguiçando com um raio aqui, outro acolá até que por fim, sobre o orvalho brilhará, reflectindo toda a pureza de uma linda manhã de Primavera!

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SOMBRA Maria Manuel Iglésias Escola EB2,3 Teixeira Lopes / Agr. Vertical Dr. Costa Matos - 8º ANO ESCALÃO D - MENÇÃO HONROSA

Anda comigo por todo o lado Não me larga nem para dormir. É um tipo de consciência que não fala Nem precisa de falar. Exprime-se pelos gestos. Sombra, coisa assustadora Que escreve o que eu escrevo Que pensa o que eu penso Foge quando estou com medo. Sombra, coisa magnífica Em que eu fico maior Mas onde tudo trespassa Que nem água cristalina. Sombra, coisa misteriosa Só tem uma cor Que deixa atravessar o meu verdadeiro ser. Sombra, que coisa inteligente. A sombra ajuda-nos a escolher os amigos. É com ele que nos apercebemos Que a amizade é construída pelo interior de cada um E não pela aparência exterior. Às vezes, iludimo-nos Mas a sombra acorda-nos desse sonho Que não passa de uma mentira. Conto com a minha sombra para tudo! Sombra a minha consciência.

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E ÉS TU! Marta S Madureira Escola Sec/3 de Oliveira do Douro -10º ANO ESCALÃO E - 1º PRÉMIO

O amor é assim…

É uma pressa,

Uma loucura,

Uma mistura

De sangue e suor,

É uma promessa aos Deuses,

É algo que rima

Com as palavras mais doces

De um honesto inocente,

É uma dor,

Um tormento,

Um aperto

No coração

Que vai da foz à nascente

Dos pés à cabeça,

Um toque ternurento,

Uma grande paixão.

É um querer e não poder,

Um ter e não saber usar,

Um olhar, um pressentimento

Uma voz nua e crua

A minha mão na tua

E a tua no meu coração

E és tu, sou eu, somos NÓS…

E é assim o amor

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REVOLUCIONAR A TECNOLOGIA Rosa Sofia Azevedo Escola Sec/3 Diogo de Macedo - 11º ANO ESCALÃO E - MENÇÃO HONROSA

Que vírus será este Que surgiu da noite para o dia? Tenho sintomas evidentes de pessoa febril e doentia. Isolamento aparente, constante teclar, Ouvido alerta a sons que vagueiam pelo ar. Alguém capacitado Vou procurar Tem de ser diplomado Não vá me enganar Podia ser aquele dos dedinhos despachado Tinha-os musculado, o resto desleixado. Distraído do mundo circundante Absorvido pela tecnologia, Pouco me serve Em convívio é a monotonia. Fui então questionar um aclamado escritor Que trocou a folha em branco por teclado e monitor “-Deixa lá o vírus em paz, dependente, solitário Abre a porta do armário Que entre mais um revolucionário É que mesmo sendo o seu sermão virtual Pode ensinar peixes a fugir do mal!”

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UM SÍTIO QUALQUER Gabriel António Monteiro Pinto Escola Sec/3 de Almeida Garrett – 12º ANO ESCALÃO F - 1º PRÉMIO

Por entre ruas e vielas Navegando, sem rumo, (diga-se, aleatoriamente), Ignorando olhares curiosos nas janelas Observa-se algo que deverá ser gente. Gente triste, gente alegre, gente que o é sem o saber, Haverá gente nova? Certamente! E gente sem nada que fazer? Claramente. Mas dentro deste pensamento, altos, ecoam, sem grande discernimento, as conversas de velhos; Que se da ânsia de reforma, longa espera, se libertaram, ao eterno descanso final com temor se condenaram. (O cão ladra agora, devo estar a dizer asneira!) Mas se o impotente cão ladra, e se o impotente „eu‟ escreve; Mas se a parede deixa sombra e se todos nós, maior ou menor, a deixamos, de que me vale a mim falar? (Nada?)

Mas, ei lá, será a surpresa do dia? Quem diria? Miro, de frente, a um texto que se faz passar por poesia!

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OLHAS-ME E EU SORRIO Sara Raquel S Rego Escola Sec/3 de Oliveira do Douro - 12º ANO ESCALÃO F - MENÇÃO HONROSA

Olhas-me e eu sorrio Escondendo nalgum recanto A insegurança que me rodeia. Ages de forma incorrecta E eu olho-te sem expressão Enquanto que, algures, Algo se revolta. Perguntas-me o que se passa Abro a boca com a resposta pronta … Dou de ombros e dirijo-me à porta. Olhares de espanto, interrogações sem resposta… Se amanha agir de forma diferente, Porque me olhas assim? Todos mudam, ninguém conhece ninguém. No entanto, porque me deixo afectar? Porque me reduzo a uma insignificância? Esse olhar… Aprisiona todo o meu ser. Talvez um dia (ganhe coragem) Mostre minha alma E aí olharás (finalmente) com carinho Para a máscara, partida no chão.

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POEMA À VIDA Maria Luísa José Borges Escola Básica da Madalena / Agr. de Escolas da Madalena - EFA ESCALÃO G - 1º PRÉMIO

Se nascemos, crescemos, morremos E tudo faz parte da vida Vamos vivê-la como podemos E aproveitar o tempo que temos. Se esta vida é uma passagem Então vamos respeitá-la E não vamos deixar ninguém tirá-la Mas serenamente aguardá-la. A vida é linda e bela Para quê egoísmos, guerras, invejas? Homens abracem-se e deixem viver a vida E não dêem cabo dela. Para uns a vida é curta Para outros é comprida Haja amor, paz, saúde, dinheiro E muita alegra Antes que chegue a partida.

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MAR MEU Elvira Ferreira Marques Silva Escola EB 2/3 Sophia de Mello Breyner - EFA ESCALÃO G - MENÇÃO HONROSA

Olho o mar E na sua imensidão me perco em pensamentos. Onda vai…onda vem E nesse burburinho constante Eu recordo a cada instante Os nossos belos momentos. Olho o mar E em desassossego constante Eu me banho em suas águas… Ao longe o sol-posto Lágrimas banhando meu rosto Onde afogo as minhas mágoas. Olho o mar E na areia dessa praia Quisera um dia saber, Se será o meu amor Que tanto eu quero ver. Olho o mar E num caminhar constante Duma eterna ansiedade, Fico sempre à tua espera Já morrendo de saudade

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POESIA: PROCURA-SE 8º B Escola Básica de Oliveira do Douro ESCALÃO H - 1º PRÉMIO

Fugiu de casa… Deixou um vazio… Meteu os pés ao caminho! Alguém a viu? Berlindes no bolso, Fisga a tiracolo! Bicicleta em contra-mão, Camisola do avesso! Alguém a viu? Dorme no ninho da águia, Come a mais doce maçã, Bebe da fonte mais pura, Acende os olhos da manhã. Alguém a viu? Luz esquiva… Dádiva revelada… num raio de sol…. num sorriso de criança… numa esperança renovada… Alguém a viu? Desafiando… o tempo… a sorte… a solidão… a morte… Caminhando connosco… na alegria… na agonia… na beleza do dia-a-dia… Alguém a vê?

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A VIDA 8ºF Escola Básica Soares dos Reis / Agr. Soares dos Reis ESCALÃO H - MENÇÃO HONROSA

A vida é fogo e água É vento e pó É quente e fria Áspera e macia É plena e vazia A vida é um começo, Uma passagem sem endereço Uma viagem longa e sem rumo Comboio à solta e sem Destino Toque de Fada, dobrar do sino Momento breve, na palma da mão Esculpida de sins e bordada de nãos Mais que sonho, ilusão, quimera É dia de chuva, é Primavera É sentimento, consumido pelo tempo Obra infinita e inacabada A vida é tudo… a vida é nada.

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O INVERNO É… 2º ano Escola EB1 da Pena / Agr. de Escolas da Madalena ESCALÃO H - MENÇÃO HONROSA

Uma árvore triste sem folhas, Uma serra coberta de neve, Uma crinaça de galochas, Um velho de sobretudo e cachecol, O vento a soprar forte, Uma planta partida, Um dia muito escuro, A chuva a cair torrencialmente, Uma lareira acesa, Uma trovoada forte, Um barco a afundar, E um guarda-chuva a voar.

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PROFESSOR Fernanda Maria Portugal Alves da Costa Escola Básica da Madalena / Agr. de Escolas da Madalena ESCALÃO I - 1º PRÉMIO

Segurei-te a mão e mostrei-te o caminho,

Segui contigo para não estares sozinho

E retirei até alguns escolhos

Para evitar lágrimas nos teus olhos…

Outros, deixei ficar

Só para veres que o caminho

Não é só caminhar…

E ensinei-te a saber olhar em frente

E a magia das letras que não lias,

E a não baixares os braços,

Fortalecer a mente,

Dizer o que sentias

Mas educadamente!

E a olhar as estrelas

E ver o que não vias…

E ajudei-te a curar as feridas do recreio

E a sentires-te mais forte

E não mostrar receio,

Mesmo se o coração te disparar…

E ensinei-te a amar:

O mundo, a vida,

O sol, os livros que temias

E a desvendar segredos

E a inventar magias…

E na ausência da mãe

Que estava a trabalhar,

Levantei-te do chão,

Levei-te ao colo,

Segurei-te na mão, dei-te consolo

E tornei-te mais forte, lutador

Destemido e ousado

E a perceber que o caminho

Só se conhece

Depois de caminhando…

Por isso, é preciso saber andar

sozinho…

Sofri o sofrimento que sofrias,

E senti-me tão triste

E perguntei-me até se Deus existe,

Por deixar padecer um passarinho…

Restas-me agora,

Tantos anos passados,

A esperança de ter deixado em ti

Recados,

Sementes de vida,

Frutos de um homem maior…

Se assim for, consegui:

Tu foste Aluno

E eu fui PROFESSOR!!!

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ESTE RIO ESSE FERMENTO Francisco Martins Escola Sec/3 de Oliveira do Douro ESCALÃO I - MENÇÃO HONROSA

Na larga encosta deste monte aberto ao voo das nuvens, nesta moita de bravura silvestre (distante ainda das cores sonantes da vila) irrompe silencioso o primeiro fio, a nascente… E lá em baixo, no primeiro vale ainda sem nome, ele já é um novelo a enrolar o seu destino: afirma-se fermento por entre jovens margens, e leveda campos, casas e estufas e leveda até os corpos de jovens enamorados. Mas só no calor da foz Só na foz ele cozerá o pão da sua imensidade…

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O MEU FADÁRIO Mª da Conceição Pereira Castro Varejão Escola Sec/3 de Almeida Garrett ESCALÃO J - 1º PRÉMIO

Cantigas são orações, Que evocam a mocidade… Trazem-nos recordações Nelas revive a saudade. Não julgueis por eu cantar Que esqueço a mágoa sentida. Eu canto por recordar Certas passagens da vida. Deitei-me triste a pensar Adormeci e sonhei. Acordei para não chorar Fingi-me alegre e cantei. Num convívio permanente, O amor e a saudade Vivem intimamente Num sonho que a alma invade. Mandando a pena escrever Dou-lhe toda a liberdade. Cheio o papel vou ler… Só vejo escrito: Saudade! Se há quem escreva a sorrir, Porque alegria lhe assiste, Eu não. Para que hei-de mentir? Se começo…acabo triste. São meus versos orações De que meu peito é sacrário. Guardo-os, são recordações… Eu sigo no meu fadário!

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SER DIFERENTE Maria de Fátima Carvalho Escola Básica de Oliveira do Douro ESCALÃO J - MENÇÃO HONROSA

Ser diferente é ser igual É ser gente como a gente É ser gente especial É ser gente com direitos. Direito à educação À escola inclusiva Ao convívio e aceitação. Não ser olhado de lado Não ser discriminado Ter direitos e deveres As mesmas oportunidades. É gente que precisa Da nossa ajuda Da nossa compreensão Do nosso respeito Da nossa colaboração Da nossa força Do nosso optimismo Da nossa amizade De uma sociedade mais justa Que não condene, mas aceite Que ajude a viver e a sorrir Que respeite Afinal… Eles não são diferentes por opção São diferentes porque o destino foi cruel! Dentro de cada um deles está uma força poderosa À espera de desabrochar. Está nas nossas mãos cuidar desse jardim.

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MEU PAI, MEU ABRIGO Ilda Mª L Rodrigues do Vale de Sousa Escola Sec/3 de Oliveira do Douro ESCALÃO K - 1º PRÉMIO

No mar navega o cargueiro Neste dia cinzento em que o vento leva o pensamento Para longe, muito longe Pouso o olhar nas gotículas da chuva Que lentamente deslizam vidraça abaixo Melancólico, triste, Interminável dia cinzento Que espreitas o mais íntimo de mim Que desprezas o meu ser E me fazes deambular pelas gotículas de chuva Que lentamente deslizam vidraça abaixo Insignificante, fria, Constante gotícula Na vidraça, o meu olhar repousa Lembrando o passado Sentindo o presente Não acreditando no futuro Era um dia solarengo, frio mas solarengo Rapidamente se esfumou Na mais feia, triste e Inigualável notícia Tinhas partido… Voaste como tantas outras vezes Lembranças de menina Que assolam a minha mente Vezes e vezes e mais vezes sem conta Voaste para longe, muito longe Partiste zangado? Magoado, talvez Como poderei algum dia sabê-lo? Procuro incessantemente a resposta Num esvoaçar de um pássaro Num latir de um cão Num estremecer de uma folha de árvore Numa gotícula de chuva Que lentamente desliza vidraça abaixo Num melancólico, triste e Interminável dia cinzento

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PARQUE Paulo Jorge Nogueira Gonçalves Escola Básica de Oliveira do Douro ESCALÃO K - MENÇÃO HONROSA

Mais um poema. A tarde é perfeita e vê as crianças a brincar.

O sorriso voa livre como um pássaro… A bonança é transcendente

E de pasmar…

Mais um poema. E a liberdade dá-lhe agora outra força:

A paisagem acasala-se com o povo E o cenário é de contemplar…

O poema sopra nas narinas do tempo E a primavera surge a rebentar!

Mais um poema.

E o cisne brando dá-lhe agora uma outra cor: Uma mão estende-se para lhe dar as migas

E assim recolhe Mais um poema de amor…

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ÍNDICES

Poemas Premiados ............................................................................ 1 Composição Poética ........................................................................... 2 O Mar .................................................................................................. 3 O Mar .................................................................................................. 4 Crestuma ............................................................................................ 5 O Silêncio ........................................................................................... 6 “Noite”: ................................................................................................ 7 Dança.................................................................................................. 8 Amanhecer ......................................................................................... 9 Sombra ............................................................................................. 10 E és Tu!............................................................................................. 11 Revolucionar a Tecnologia ............................................................... 12 Um Sítio Qualquer ............................................................................ 13 Olhas-me e eu sorrio ........................................................................ 14 Poema à vida .................................................................................... 15 Mar meu ............................................................................................ 16 POESIA: PROCURA-SE .................................................................. 17 A Vida ............................................................................................... 18 O Inverno é… ................................................................................... 19 Professor .......................................................................................... 20 Este Rio Esse Fermento ................................................................. 21 O Meu Fadário .................................................................................. 22 Ser diferente ..................................................................................... 23 Meu Pai, meu abrigo ......................................................................... 24 Parque .............................................................................................. 25

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Índice de autores

Sofia Monteiro da Costa ..................................................................... 2 Carina Oliveira da Silva ...................................................................... 3 João Pereira Almeida ......................................................................... 4 Ana Rosa Rocha Dias ........................................................................ 5

Carolina Casas Dinis .......................................................................... 6 Inês Salgueiro de Carvalho ................................................................ 7 Ana Laura Barradas de Sousa ........................................................... 8 Tiago Filipe P Aires ............................................................................. 9 Maria Manuel Iglésias ....................................................................... 10 Marta S Madureira ............................................................................ 11 Rosa Sofia Azevedo ......................................................................... 12 Gabriel António Monteiro Pinto ......................................................... 13 Sara Raquel S Rego ......................................................................... 14 Maria Luísa José Borges .................................................................. 15 Elvira Ferreira Marques Silva ........................................................... 16 8º B ................................................................................................... 17 8ºF .................................................................................................... 18 2º ano ................................................................................................ 19 Fernanda Maria Portugal Alves da Costa ......................................... 20 Francisco Martins ............................................................................. 21 Mª da Conceição Pereira Castro Varejão ......................................... 22 Maria de Fátima Carvalho ................................................................ 23 Ilda Mª L Rodrigues do Vale de Sousa ............................................. 24 Paulo Jorge Nogueira Gonçalves ..................................................... 25

Escola Sec/3 De Oliveira Do Douro