População Brasileira
( M A T E R I A L A D A P T A D O )
Quem somos
A população brasileira resulta de um intenso processo de miscigenação.
Inicialmente três grandes grupos formaram o povo brasileiro:os indígenas , os portugueses e os negros africanos.
A partir da segunda metade do século XIX, imigrantes europeus e asiáticos vieram compor a população brasileira.
Hoje temos na composição da população brasileira índios, brancos, negros, amarelos e mestiços (originários da mistura desses povos).
Antes da chegada dos colonizadores a população indígena que vivia aqui no país segundo pesquisadores superava 1 milhão de habitantes.No censo de 1991 , eram cerca de 360 mil.As condições de trabalho e as doenças trazidas pelos colonizadores foram responsáveis pela morte de grande parte dos índios.
Calcula-se que, entre os séculos XVI e XIX (até 1850), cerca de 4 milhões de negros foram trazidos ao Brasil.
Eles se concentram nos estados do MA,BA,MG,SP e RJ.Devido às condições socioeconômicas a que foi historicamente submetido, esse grupo apresenta atualmente menores índices de qualidade de vida, sendo muitas vezes vítimas de atitudes discriminatórias ou preconceituosas .
A população branca é formada principalmente por descendentes de europeus que chegaram ao Brasil em diferentes épocas.De acordo com o censo 2010, o grupo banco compõe 47,7 % da população brasileira.
Os primeiros europeus que se fixaram no Brasil foram os portugueses seguidos de italianos, espanhóis, poloneses, alemães, entre outros.
A população amarela se refere aos grupos de origem oriental (chineses, japoneses , coreanos) e seus descendentes.De acordo com o censo eles compõem pouco mais de 1,1% de nossa população, ultrapassando o número de índios do país.
Esse grupo apresenta as melhores condições de qualidade de vida, mas também sofre atitudes preconceituosas
A população caracterizada como parda é resultante do processo
de miscigenação e, de acordo com o censo 2000, compreende
quase 40% da população brasileira,Em geral as pessoas que
compõem esse grupo muitas vezes se autodeclaram morenas
ou mulatas.Assim como os negros, grande parte das pessoas
desse grupo enfrenta problemas econômicos e, especialmente
as mais pobres, também sofrem com atitudes discriminatórias
Grupos africanos no Brasil
Calcula-se que, entre os séculos XVI e XIX (até 1850), cerca de 4 milhões de negros foram trazidos ao Brasil.
Bantos e sudaneses foram os grupos de negros que vieram para o Brasil.
CONSCIÊNCIA DE RAÇA E COR
NÃO É A COR DA PELE QUE ACABA DEFININDO O GRUPO A QUE CADA PESSOA PERTENCE , MAS SIM A CONSCIÊNCIA E A POSIÇÃO QUE ELA ASSUME DIANTE DA SOCIEDADE.
Crescimento vegetativo
Para calcular o crescimento populacional de um país , deve-se levar em consideração o crescimento vegetativo ou natural e os movimentos migratórios(imigração e emigração)
O crescimento vegetativo ou natural corresponde à diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade
Fatores que contribuíram para a queda nas taxas de natalidade e mortalidade no Brasil
A taxa de mortalidade vem sendo reduzida mais rapidamente do que a taxa de natalidade.Esses índices diminuíram devido à melhoria das condições de higiene e de saneamento básico, ao acesso da população carente à medicina básica(vacinas, medicamentos..),à alimentação
e à educação.
A partir da década de 1980, os índices de natalidade reduziram significativamente, porque houve uma diminuição do número de filhos por mulher(taxa de fecundidade).
Essa queda ocorreu por conta da industrialização e da urbanização que contribuíram para mudar estilo de vida das mulheres.Elas passaram a trabalhar e a usar métodos contraceptivos,o que contribuiu para a queda nas taxas de fecundidade.
População brasileira
Conforme dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população total do Brasil é de 190.755.799 habitantes. Dados recentes mostram que a população já ultrapassou 200 milhões de hab.Esse elevado contingente populacional coloca o país entre os mais populosos do mundo. O Brasil ocupa hoje o quinto lugar dentre os mais populosos, sendo superado somente pela China (1,3 bilhão), Índia (1,1 bilhão), Estados Unidos (314 milhões) e Indonésia (229 milhões).
População Absoluta e Relativa
A população absoluta é a população total de um lugar.Ex: Brasil em torno de 200 milhões e o Pará 7,8 milhões de habitantes
População relativa ou densidade demográfica é o numero de habitantes por Km²
Cálculo da densidade demográfica
Pop absoluta: área
Área=1.247.690
7.800.000 = 6,5
1.247.690 km²
Brasil 200.000.000 = 23,5
8.515.767 km²
Densidade demográfica
Pirâmide etária
A distribuição da população por idade(crianças, jovens, adultos e
idosos) e gênero (masculino e feminino) geralmente é
representada por um gráfico denominado pirâmide etária
Pirâmides etárias brasileiras
Analfabetismo no Brasil
População Economicamente Ativa
O conjunto de pessoas que está trabalhando ou está à procura de trabalho é denominado (PEA) população economicamente ativa.
Os tipos de atividades de um país estão distribuídos em setores da economia:o setor primário, que corresponda às atividades agropecuárias e extrativas;o setor secundário, que engloba as atividades industriais, e o setor terciário, que corresponde ao comércio e aos serviços.
Expectativa de vida da população do Brasil
Que motivos levam às migrações?
O que é migrar?
O ato de migrar é complexo e envolve desejos, sofrimentos e esperanças.
Ao longo da história, podemos citar exemplos que envolveram tais aspectos.
Os milhares de escravos que foram trazidos à força para o Brasil durante o período colonial.
Imigração no Brasil
A falta de perspectiva, a miséria,o desemprego e a possibilidade de construir um futuro promissor foram responsáveis pela saída de um grande número de europeus em direção à América,ao longo dos séculos XIX e XX.
Apesar da diminuição no fluxo de imigrantes, ainda hoje muitos estrangeiros vêm morar no Brasil, sobretudo sul-americanos e coreanos.
Atualmente o número de imigrantes e emigrantes se equivalem.
Tipos de migrações
Migrações forçadas
Migrações espontâneas
Migrações externas
Migrações internas
Imagens de migrações forçadas
Cubanos fugindo para Miami (Estados Unidos)
Migrações Internacionais
As migrações internacionais são deslocamentos que ocorrem de um país para outro.
Os países ricos têm se armado de instituições que possam vigiar e impedir a entrada de estrangeiros em seus territórios
Os E.U.A são muito rigorosos em suas embaixadas com a emissão de vistos de entrada no país.
O país construiu um muro enorme na fronteira com o México, vigiado por policiais e câmeras, a fim de impedir a entrada de latino-americanos.
Na década de 70, iniciou-se no país um movimento de saída de brasileiros.Nessa época o preço da terra no Brasil era alto e muitos agricultores brasileiros começaram a comprar terras em países vizinhos , mais baratas que as daqui.O Paraguai foi o principal destino desse tipo de migração conhecida como migração de fronteira;mais de 300 mil brasileiros foram para lá morar e plantar soja.São os chamados “brasiguaios “
Migrações internas
As migrações internas são deslocamentos populacionais que ocorrem dentro do país.
As migrações internas podem ser classificadas em: êxodo rural(do campo para a cidade),intra-rural(de uma área rural para a outra) interurbanas(de uma cidade para a outra) e intra-urbanas (quando acontecem dentro da mesma cidade.
Migrantes do Sul: outro fluxo migratório importante é o de gaúchos e paranaenses, sobretudo a partir da década de 1960, para as frentes pioneiras, áreas de florestas e matas que são desmatadas para cultivo, principalmente o da soja. As frentes pioneiras são chamadas também de fronteiras agrícolas.
Migrações internas no Brasil
Fluxos migratórios internos brasileiros nos últimos 400 anos tiveram uma característica comum uma região torna-se de atração populacional e posteriormente passa a ser de repulsão populacional:
Atividade econômica em desenvolvimento, atrai migrantes, posteriormente, ao entrar em declínio passa a ser região de repulsa
Migrações internas no Brasil
Séculos XVI e XVII:
Nordeste ciclo da cana-de-açúcar
Século XVIII
Regiões de MG ciclo do ouro
Regiões do MA algodão
Século XIX
Região amazônica ciclo da borracha
Região sudeste ciclo do café
Migrações internas no Brasil
Café no Brasil
Iniciou no Sudeste, principalmente em SP (regiões mogiana e oeste paulista), passou para o sul de MG (depois para o Triângulo Mineiro) e também para o PR
Quebra da bolsa de NY e safra recorde em 1929 crise do café
Migrações internas no Brasil
Café no Brasil
Movimentou a economia da região sudeste incentivou a industrialização, principalmente em SP atração de brasileiros de outras regiões (principalmente nordestinos)
Migrações internas no Brasil
Governo de Juscelino Kubistchek (1956–1961)
“Cinquenta anos em cinco” grande desenvolvimento no pais
Brasília atração de trabalhadores para GO desenvolvimento da região Centro-Oeste
Período militar (1984-1985) obras públicas (“faraônicas”) grandes rodovias
1967 criação da Zona Franca de Manaus
Migrações internas no Brasil
Após 1980 principal movimento migratório interno brasileiro agropecuária moradores da região Sul que migraram para o Centro-Oeste (soja) e para a região Norte (gado) grandes danos ambientais
Década de 1990 região Sudeste apresenta “saldo migratório interno negativo”
Migrações internas no Brasil
• Migração rural-urbana urbanização brasileira intensificou-se a partir de 1960, devido a:
– Mecanização da agricultura
– Concentração fundiária
– Falta de política agrária
– Falta de incentivos aos produtores rurais
– Esperança de melhores condições de vida
– Excesso de mão-de-obra (Sul e Sudeste)
– Reação dos proprietários rurais ao Estatuto do Trabalhador Rural (1963)
Migrações internas no Brasil
Surgimento dos bóias-frias trabalhadores que eram contratados por períodos específicos, sem vínculos empregatícios
Migrações internas no Brasil
Movimentos pendulares movimentos diários, de vai e volta, com os trabalhadores migrando de uma região a outra, diariamente, para trabalharem
Cidades dormitórios
Migrações internas no Brasil
Transumância movimentos sazonais, de vai e volta, com os trabalhadores migrando de uma região a outra, periodicamente ou em ciclos
Moradores do Nordeste migram para o Sudeste nos meses de colheita da cana e depois retornam
Trabalhadores de grandes obras como estradas
Migrações internas no Nordeste, motivadas pela seca
Correntes migratórias para o Brasil
Ocorreram em 3 fases distintas:
1. De 1808 a 1850
2. De 1850 a 1930
3. De 1930 até atualmente
Correntes migratórias para o Brasil
Primeira fase (1808 a 1850)
Antes de 1808 o Brasil já recebia portugueses e escravos africanos
Vinda da família real (1808) incentivo a imigração para o Brasil:
1808 – açorianos (Sul)
1818 – 1824 – suíços (RJ) e alemães (Sul e ES)
Imigrantes europeus desenvolveram a agropecuária na região Sul
Correntes migratórias para o Brasil
Segunda fase (1850 a 1930)
Vinda de escravos de outros países cessou com a Lei Euzebio de Queiroz (1850) fim da mão-de-obra escrava na cultura cafeeira incentivo a vinda de imigrantes europeus (em especial italianos) Sul e Sudeste
Correntes migratórias para o Brasil
Terceira fase (1930 até atualmente)
Revoltas de 1930 e 1932 e II Guerra Mundial acabaram interferindo nos fluxos migratórios
Aprovação da Lei de Cotas de Imigração (1934) vinda de 2% do total de imigrantes vindos nos últimos 50 anos
Reconstrução européia pós-guerra área de atração populacional
Correntes migratórias para o Brasil
Terceira fase (1930 até atualmente)
Atualmente recebemos imigrantes asiáticos (Coréia), africanos (Angola, Moçambique e Nigéria) e sul-americanos (Paraguai, Peru, Bolívia e Argentina)
Migração de brasileiros para o exterior
Final dos século XX Brasil torna-se zona de repulsão populacional
Década de 1980 e 1990 recessão econômica, desemprego, queda de renda média deslocamento de brasileiros para o exterior
Migração de brasileiros para o exterior
Década de 1980 EUA
Década de 1990 Europa (Portugal, Espanha e Itália) e depois Japão
Deslocamentos para países vizinhos, principalmente para trabalhar com agricultura brasiguaios
Diferentes tipos de desemprego
Existem diferentes tipos de desemprego, contudo, suas causas podem variar. No livro Princípios de economia (2005), Passos e Nogami apresentam 4 (quatro) tipos de desemprego.
O Desemprego Cíclico é um dos mais temidos e que tem assolado a Europa e os Estados Unidos
Em se tratando de análises econômicas que tentam compreender a capacidade produtiva de determinada sociedade, o fator desemprego é um dos mais relevantes. Grosso modo, altos índices de desemprego podem sinalizar um desaquecimento da economia, assim como indicar o agravamento de questões sociais ligadas à queda do padrão e da qualidade de vida dos indivíduos, isto é, do bem estar social das pessoas.
Assim, um dos índices que ajudam aos analistas a avaliarem a economia é o PEA - População Economicamente Ativa, o qual apresenta o número de adultos empregados, desempregados e que estão à procura do primeiro emprego. Contudo, as causas do desemprego podem variar.
Segundo Passos e Nogami no livro Princípios de economia(2005), são pelo menos 4 (quatro) tipos de desemprego, obviamente causados por motivos diferentes.
Uma das formas seria o chamado Desemprego Friccicional(ou desemprego natural), o qual consiste em indivíduos desempregados, temporariamente, ou porque estão mudando de emprego, ou porque foram demitidos, ou porque ainda estão procurando emprego pela primeira vez. Recebe esta nomenclatura porque o mercado de trabalho, segundo os autores, opera com atrito, não combinando trabalhadores e postos disponíveis de trabalho, sendo que sua duração vai depender dos benefícios dados aos desempregados, como o seguro desemprego.
Já o Desemprego Estrutural é consequência das
mudanças estruturais na economia, tais como
mudanças nas tecnologias de produção ou nos
padrões de demanda dos consumidores (uma vez
que a mudança de gostos pode tornar obsoletas
certas profissões). No tocante às mudanças
tecnológicas, basta pensarmos como exemplo uma
montadora de veículos que, ao promover a
automatização de sua produção, dispensa inúmeros
trabalhadores agora desnecessários diante a
capacidade de robôs.
Com relação à mudança no padrão da demanda dos consumidores, isso se explicaria ao se pensar na antiga profissão do técnico em consertar máquinas de escrever - equipamento absolutamente obsoleto – o qual perderia sua função na era da informática sem uma reciclagem profissional.
Já o Desemprego Estrutural é consequência das mudanças estruturais na economia, tais como mudanças nas tecnologias de produção ou nos padrões de demanda dos consumidores (uma vez que a mudança de gostos pode tornar obsoletas certas profissões). No tocante às mudanças tecnológicas, basta pensarmos como exemplo uma montadora de veículos que, ao promover a automatização de sua produção, dispensa inúmeros trabalhadores agora desnecessários diante a capacidade de robôs. Com relação à mudança no padrão da demanda dos
consumidores, isso se explicaria ao se pensar na antiga profissão do técnico em consertar máquinas de escrever - equipamento absolutamente obsoleto – o qual perderia sua função na era da informática sem uma reciclagem profissional.
Um terceiro tipo seria o chamado Desemprego Sazonal. Conforme apontam Passos e Nogami (2005), este tipo de desempregoocorre em função da sazonalidade de determinados tipos de atividades econômicas, tais como agricultura e turismo, e que acabam causando variações na demanda de trabalho em diferentes épocas do ano. Trabalhadores rurais cortadores de cana-de-açúcar seriam um bom exemplo, os quais migram de uma determinada região (como do nordeste brasileiro) para outra (como a região sudeste) no período de safra, retornando na entressafra.
O quarto e último tipo seria o Desemprego Cíclico(involuntário ou conjuntural). Um dos mais temidos, e que tem assolado a Europa e os Estados Unidos nestas últimas crises econômicas, ocorre quando se tem uma recessão da economia, o que significa retração na produção. As empresas são obrigadas a dispensar seus funcionários para cortar despesas.
Logo, estar desempregado significa encontrar-se numa situação na qual não se tem nenhum vínculo oficial com qualquer instituição empregadora, não possuindo quaisquer outras fontes de renda, mas o fator que condicionou a tal situação, como se viu, pode variar. Dessa forma, apenas a título de observação, é importante lembrar que mesmo os trabalhadores urbanos que podem sobreviver como vendedores ambulantes não
são oficialmente considerados empregados, mas sim como integrantes do trabalho e da economia informal, uma vez que não possuem carteira assinada. Logo, oficialmente estariam desempregados.
Definição de (PEA, PEI, PIA)
PEA – população com idade superior a 10 (16) anos que está voltada para o mercado de trabalho.
PEI – população com idade inferior a 10 (16) além d idosos, inválidos, aposentados.
A oferta de trabalhadores numa economia é determinada pelo tamanho da população, pela sua estrutura etária e de sexo e pela taxa de participação específica por idade e sexo. Os dois primeiros fatores são determinados pelos efeitos demográficos de fecundidade, mortalidade e migração. O último é influenciado por fatores econômicos, sociais e culturais.
Estrutura Ocupacional - Composição da População
A população, sob o ponto de vista da estrutura ocupacional, é assim composta:
a) População economicamente ativa (PEA): corresponde as pessoas que trabalham em um dos setores formais da economia ou que estão a procura de emprego. Subdivide-se em, desempregados e população ocupada.
b) População economicamente inativa (PEI) ou população não economicamente ativa (PNEA): corresponde a parcela da população que não está empregada como crianças, velhos, deficientes, estudantes, etc., ou que não exercem atividades remuneradas como donas de casa. Esse camada da sociedade demanda grandes investimentos sociais, e é bancada pela população ativa.
Força de trabalho
É nome que se dá à capacidade de que é dotado um ou mais indivíduos que, detentores das capacidades físicas e mentais já existentes no corpo humano ou adquiridas através da experiência e da formação acumulada ao longo do tempo, participam do processo econômico produzindo valores de uso.
Podemos dizer que o trabalho se transforma em força de trabalho quando se torna uma mercadoria que pode ser comprada. E quando torna-se uma mercadoria que pode ser comprada ? Há 3 (três) elementos concorrentes para que isto ocorra:
1) possibilidade do indivíduo dispor livremente da sua força de trabalho;
2) carência de meios de produção no que respeita ao trabalhador e;
3) necessidade do trabalhador vender a suas capacidade de trabalho para obter os meios de subsistência.
Outrossim, tecnicamente, podemos dizer que há sinonímia entre força de trabalho e população economicamente ativa (que compreende o potencial de mão de obra com que pode contar o setor produtivo, isto é, a população ocupada e a população desocupada, assim definidas: população ocupada - aquelaspessoas que, num determinado período
de referência, trabalharam ou tinham trabalho mas não trabalharam (por exemplo, pessoas em férias).
Classificação das Pessoas quanto à sua Ocupação
As pessoas ocupadas são classificadas em:
a) Empregados - aquelas pessoas que trabalham para um empregador ou ou mais, cumprindo uma jornada de trabalho, recebendo em contrapartida uma remuneração em Dinheiro ou outra forma de pagamento (moradia, alimentação, vestuário, etc.). Incluem- se, entre as pessoas empregadas, aquelas que prestam serviço militar obrigatório e os clérigos. Os empregados são classificados segundo a existência ou não de carteira de trabalho assinada.
b) Conta Própria - aquelas pessoas que exploram uma atividade econômica ou exercem uma profissão ou ofício, sem empregados.
c) Empregadores - aquelas pessoas que exploram uma atividade econômica ou exercem uma profissão ou ofício, com auxílio de um ou mais empregados.
d) Não Remunerados - aquelas pessoas que exercem uma ocupação econômica, sem remuneração, pelo menos 15 horas na semana, em ajuda a membro da unidade domiciliar em sua atividade econômica, ou em ajuda a instituições religiosas, beneficentes ou de cooperativismo, ou, ainda, como aprendiz ou estagiário.
População Desocupada
População Desocupada - aquelas pessoas que não tinham trabalho, num determinado período de referência, mas estavam dispostas a trabalhar, e que, para isso, tomaram alguma providência efetiva(consultando pessoas, jornais, etc.).
Observe que, quanto aos desempregados, para que componham o índice do PEA, será necessário que estejam dispostas a trabalhar E estejam, de fato, procurando trabalho.
A população em idade ativa (PIA) é = PEA + PEI. Destaque para o fato de que, no Brasil, a despeito da proibição de qualquer trabalho para crianças menos de 14
anos, o IBGE considera, para apuração do índice PIA, o trabalho infantil - computa as crianças a partir de 10 (dez) anos de idade. Destacamos que há uma parcela da PIA que não esta ocupada e nem desocupada (crianças com mais de 10 e menos de 14 anos.
Fases do crescimento demográfico
Primeira fase – Fase do equilíbrio primitivo (início da humanidade – século XVIII)
Esta fase ocorreu na Europa desde a formação das primeiras civilizações até meados do século XVIII. No Brasil, se estendeu até a década de 1940.
É uma fase marcada por altas taxas de natalidade e altas taxas de mortalidade, causando um crescimento vegetativo bastante retraído. Dentre os motivos para estes índices, podemos citar o pouco desenvolvimento da medicina no período, as péssimas condições sanitárias, as constantes guerras e epidemias, entre outros. O planejamento familiar era quase nulo, sendo comum casais terem muitos filhos. Isto relaciona-se também ao fato cultural dos filhos, neste período, significarem mão-de-obra para os trabalhos familiares.
É uma fase onde tipicamente as populações concentram-se no meio rural, sem as facilidades da vida urbana.
Atualmente, nenhum país no mundo encontra-se nesta fase.
Taxa de natalidade: muito alta;
Taxa de mortalidade: muito alta;
Crescimento vegetativo: baixo.
Segunda fase – Fase do crescimento acelerado (século XVIII até final do século XIX)
Nesta fase, a taxa de mortalidade começa a cair, enquanto que a taxa de natalidade continua elevada, provocando um crescimento acelerado da população. Ocorreu do século XVIII ao final do século XIX nos chamados países “industrializados velhos” (Reino Unido e França) e do século XVIII ao século início do século XX nos “industrializados novos” (Estados Unidos, Alemanha, Japão). No Brasil, ocorreu entre 1940 e 1970.
Nos países do centro do sistema capitalista, esta fase está
muito relacionada com a Revolução Industrial, que trouxe novas condições de vida para o mundo moderno. Surgiam tratamentos para doenças, se produzia alimentos em larga escala e se melhoravam as condições sanitárias e médico-hospitalares. Todos estes fatores cooperaram para a diminuição da taxa de mortalidade da população. Também é o período marcado pelo início da urbanização e da superação da condição rural.
No Brasil, relaciona-se também com a introdução do combate à doenças como a cólera e a malária.
Atualmente, alguns países africanos encontram-se nesta fase, como Níger, Somália, Uganda, além do centro-americano Haiti.
Taxa de natalidade: muito alta;
Taxa de mortalidade: baixa;
Crescimento vegetativo: muito alto.
Terceira fase – Fase do crescimento moderado (final do século XIX até meados dos anos 1940)
Neste período, ocorre a diminuição da taxa de natalidade, enquanto que a taxa de mortalidade permanece baixa. O crescimento vegetativo, portanto, ainda ocorre, mas é em menor velocidade que na fase anterior. Na Europa, ocorre do final do século XIX (ou início do século XX) até meados da década de 1940. O Brasil situa-se ainda nesta fase, mais precisamente no final dela.
Este período é marcado pela consolidação do modo de vida urbano, em detrimento do modo de vida rural. Os filhos, que antes significavam um engrossamento da mão-de-obra nos trabalhos familiares, passam a ser motivos para gastos. A mulher insere-se no mercado de trabalho, se tornando mãe cada vez mais tarde. Surgem também a maioria dos métodos
contraceptivos, que permitirão um melhor planejamento familiar.
É o estágio onde encontram-se a maior parte dos países subdesenvolvidos industrializados, como Brasil, México e Índia.
Taxa de natalidade: alta, porém decrescendo;
Taxa de mortalidade: baixa;
Crescimento vegetativo: alto.
Quarta fase – Fase do envelhecimento (meados dos anos 1940 até os dias atuais)
A quarta fase é resultado de um prolongamento dos processos da fase anterior. A taxa de natalidade, que vinha caindo, se estabiliza em valores baixos. A taxa de mortalidade, como vinha acontecendo desde a segunda fase, continua baixa. Com isso, o crescimento vegetativo também é baixo.
Também é conhecida como fase do envelhecimento pelo fato da idade média da população nestes países ser relativamente alta. Isto ocorre por conta da elevada expectativa de vida (relacionada com a baixa mortalidade), associada com o pequeno número de filhos por casal. A população infantil, assim, descresse em relação à população idosa.
Quando um país chega nesta fase, pode-se dizer que a transição demográfica foi concluída. É o caso da maioria dos países desenvolvidos, como Japão, Noruega e Suécia.
Taxa de natalidade: baixa;
Taxa de mortalidade: baixa;
Crescimento vegetativo: baixo.
Uma quinta fase?
Um fenômeno que vem sendo observado em algumas nações do mundo, especialmente na Europa, é um encolhimento da população absoluta. Isto é resultado de uma diminuição ainda maior da taxa de natalidade, chegando esta a ficar menor que a taxa de mortalidade, criando um crescimento vegetativo negativo.
A Rússia, por exemplo, em 1992, atingiu uma população de 148,7 milhões de habitantes. Em 2009, esta população caiu para 141,9 milhões. Em 2013, este número voltou a aumentar, subindo para 143,5 milhões. A Alemanha tinha 82,53 milhões de habitantes em 2003. Em 2013, este número chegou a 80,62 milhões. Na Lituânia, este fenômeno pode
ser claramente observado: a população do país chegou a 3,7 milhões de habitantes em 1992. Em 2013, caiu para 2,95 milhões.
Taxa de natalidade: muito baixa;
Taxa de mortalidade: baixa;
Crescimento vegetativo: negativo
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