LÍNGUA PORTUGUESA PARA O PROCON-DF (TEORIA E EXERCÍCIOS)
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA
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Apresentação do Professor
Caro Aluno,
Sou o professor Albert Iglésia. É com imensa satisfação que me
aproximo de você. Neste primeiro contato, gostaria de falar um pouco sobre
minha formação e minha experiência no ensino de Língua Portuguesa para
concursos.
Possuo licenciatura em Letras (Português/Literatura) pela
Universidade de Brasília (UnB) e especialização em Língua Portuguesa pelo
Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército Brasileiro em parceria com a
Universidade Castelo Branco.
Há dez anos ministro aulas voltadas para concursos públicos. Iniciei
minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Desde
2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, compreensão e
interpretação de texto e redação oficial. Possuo experiência com diversas
bancas examinadoras. Entre elas, destaco aqui as principais: Cespe, FCC, Esaf,
FGV e Cesgranrio. Já participei da preparação de diversos alunos para os mais
importantes concursos do país (Senado Federal, TCU, MPU, Tribunais,
Petrobras, Receita Federal, Bacen, CGU, Abin etc.).
Além de ensinar nos cursinhos preparatórios, também atuo como
instrutor da Esaf (já tendo lecionado aulas de gramática e redação oficial para
auditores e analistas da Receita Federal) e de outras instituições
profissionalizantes. Por quase seis anos estive cedido à Casa Civil da
Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e
ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial.
Sempre que precisar, faça contato comigo, meu e-mail é:
[email protected]. Nessa etapa da sua vida, quero me colocar
ao seu lado para ajudá-lo a conquistar a tão sonhada vaga.
Para você refletir: “Mesmo as noites totalmente sem estrelas
podem anunciar a aurora de uma grande realização” (Martin Luther
King).
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Língua Portuguesa e o Concurso do Procon-DF
Esta disciplina integra o grupo Conhecimentos Básicos da prova
objetiva. Esse grupo contará com 30 questões de múltipla escolha, todas
com peso 1 e 5 alternativas.
Eu acredito que a prova de Língua Portuguesa deverá ser a
principal do grupo, com cerca de 10 questões. A importância desta
disciplina no concurso será acentuada por meio da prova de redação, em que
a capacidade de expressão na modalidade escrita e o uso das normas do
registro formal culto da Língua Portuguesa também serão avaliados.
Leia abaixo o conteúdo programático estabelecido no edital e não
se esqueça de que o Instituto Americano de Desenvolvimento – Iades é a
banca responsável pela execução do concurso.
1 Compreensão e intelecção de textos. 2 Tipologia textual. 3 Ortografia. 4
Acentuação gráfica. 5 Emprego do sinal indicativo de crase. 6 Formação, classe
e emprego de palavras. 7 Sintaxe da oração e do período. 8 Pontuação. 9
Concordância nominal e verbal. 10 Colocação pronominal. 11 Regência nominal
e verbal. 12 Equivalência e transformação de estruturas. 13 Paralelismo
sintático. 14 Relações de sinonímia e antonímia.
Caso você tenha ficado espantado com a extensão do conteúdo
programático, fique sabendo que as últimas provas elaboradas pelo IADES
foram mais fáceis do que você pensa. Isso você comprovará no decorrer das
aulas, à medida que formos resolvendo algumas questões de provas
anteriores. Eu acredito que a maior dificuldade será em relação à concorrência.
Um erro “bobo” custará caro a qualquer candidato.
O Curso Proposto
Agora que você já me conhece um pouco mais e sabe o que o
espera pela frente, que tal falarmos sobre o curso que estou lhe propondo?
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Este é um curso de teoria e exercícios, composto por dez aulas
(incluindo esta, que é a demonstrativa). Elas serão ministradas com base
no conteúdo descrito no edital e disponibilizadas a você semanalmente, de
acordo com a tabela seguinte:
Aula Assunto(s)
0 (ou demonstrativa) Formação de palavras
1 Ortografia
Acentuação gráfica
2 Classe e emprego de palavras – Parte I
3
Classe e emprego de palavras – Parte II (verbo e
pronome)
Colocação pronominal
4 Regência nominal e verbal
Emprego do sinal indicativo de crase
5 Sintaxe da oração
6 Sintaxe do período
7 Paralelismo sintático
Pontuação
8 Concordância nominal e verbal
9
Compreensão e intelecção de texto
Equivalência e transformação de estruturas
Relações de sinonímia e antonímia
Tipologia textual
As aulas terão, aproximadamente, 40 páginas e 30 exercícios
comentados (com exceção da aula demonstrativa), todos extraídos de provas
anteriores. Procurarei inserir questões da própria banca examinadora,
entretanto não poderei limitar-me a elas. Não há disponível uma
quantidade satisfatória de exercícios do Iades (instituição ainda sem muita
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expressividade no ramo dos concursos públicos), o que me obriga a usar
questões elaboradas por outras bancas.
Ao finalizarmos este curso, teremos resolvido mais de 250
questões. Multiplique esse número pela quantidade de alternativas e veja
quantos itens teremos analisados neste curso. Tenha certeza de que faremos
um trabalho bem específico, focado nos aspectos mais importantes de
cada assunto do programa.
Apresentação da Matéria
Logo a seguir, passo a explicar a você o assunto formação de
palavras, objeto de estudo desta aula 0 (ou demonstrativa).
Acredito que você obterá uma noção de como as informações serão
transmitidas, do grau de complexidade das aulas e da linguagem que usarei
em nossos próximos encontros.
Na parte final do material, os exercícios resolvidos
encontram-se listados sem os respectivos comentários, para
proporcionar a você a revisão do conteúdo estudado comigo. Na sequência,
há o gabarito deles. Será assim em cada aula.
Espero que aproveite cada questão e cada comentário da melhor
forma possível. Peço que interaja comigo por meio de mensagens eletrônicas
no fórum de discussão. A sua participação é fundamental para a eficácia do
curso. No mais, vamos ao que interessa, por enquanto!
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Com relação ao radical, as palavras podem ser:
1. SIMPLES – possuem apenas um radical: velho, novo, Brasil, pé
2 COMPOSTA – possuem mais de um radical: ferro-velho, girassol
Quanto à origem de formação, as palavras podem ser:
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1. PRIMITIVAS – não derivam de outras da Língua Portuguesa, mas podem
dar origem a outras palavras: pedra, pobre, ferro.
2. DERIVADAS – originam-se de outras palavras da Língua: pedreiro,
empobrecer, ferradura.
OS PROCESSOS PRINCIPAIS
1. DERIVAÇÃO
1.1 PROGRESSIVA – com o acréscimo de afixos, dividindo-se em:
a) PREFIXAL – com o acréscimo de prefixo: desleal, infeliz, pré-história,
vice-diretor.
b) SUFIXAL – com o acréscimo de sufixo: lealdade, felicidade, historiador,
diretoria.
c) PREFIXAL E SUFIXAL – com o acréscimo de prefixo e sufixo: deslealdade,
infelicidade, pré-historiador, vice-diretoria.
d) PARASSINTÉTICA – com o acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo:
empobrecer, ajoelhar, engavetar; a ausência de um deles torna a
palavra inexistente.
1.2 REGRESSIVA, DEVERBAL, PÓS-VERBAL – ocorre quando se retira a parte
final de uma palavra primitiva, obtendo por essa redução uma palavra
derivada; ocorre na formação de substantivos abstratos a partir de verbos
(principalmente com os da 1ª e 2ª conjugações), substituindo a
terminação verbal pela vogal temática nominal.
Ex.: buscar – busca; cortar – corte; perder – perda; vender –
venda; sacar – saque; tocar – toque
ATENÇÃO! Os substantivos deverbais são sempre nomes que denotam ação.
Isso é importante porque há casos em que o verbo se forma a partir do
substantivo. Quando a palavra denota algum objeto ou substância, o verbo
deriva do substantivo.
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Ex.: planta (obj.) – plantar (verbo deriv.); perfume (subst.) –
perfumar (verbo deriv.); azeite (subst.) – azeitar (verbo deriv.)
1. (Iades/PGDF/Analista Jurídico/Administração/2011 – adaptada) O
processo de formação do vocábulo “imutável” (linha 15) é por derivação
prefixal.
Comentário – Não precisamos do texto. Basta você notar que a palavra é
constituída com o auxílio do prefixo i– (= negação, falta, ausência) e do sufixo
nominal –vel (comum em adjetivos para indicar noção de possibilidade:
amável, desejável, solúvel etc.). Esses afixos não foram empregados
simultaneamente. Prova disso é que existe a palavra mutável (= que se pode
mudar ou que tem a capacidade de transformar-se). Portanto a derivação é
prefixal e sufixal.
Resposta – Item errado
2. (Ceperj/Emater-RJ/Ag. de Desenv. Rural/2009) O par de vocábulos
retirado do texto que exemplifica um processo de formação de palavras
diferente daquele encontrado em consumir/consumo é:
(A) comprar / compra
(B) processar / processo
(C) usar / uso
(D) descartar / descarte
(E) sentir / sentido
Comentário – No par indicado no enunciado, verifica-se o processo de
formação de palavras conhecido como derivação regressiva (ou deverbal).
Esse tipo de derivação corre na “contramão” da Língua, pois o processo normal
é criar o verbo partindo de um substantivo, e não o contrário. Mas essa é uma
realidade que acontece, com frequência, substituindo-se a terminação de um
verbo (vogal temática e desinência verbal) pelas vogais temáticas nominais
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“a”, “e” ou “o”: mudar > muda; combater > combate; castigar > castigo. Esse
também é o processo de formação das palavras “compra”, “processo”, “uso” e
“descarte”, que constituem regressão dos respectivos pares.
Na letra E, o processo é sufixação, com acréscimo da
terminação verbal –ido (que designa o particípio).
Resposta – E
3. (Ceperj/Pref. de Cantagalo-RJ/Engenheiro Civil/2006) A palavra ataques
(para que se evitassem doenças como ataques cardíacos), segue o mesmo
processo de formação presente na palavra assinalada em:
(A) “... ameaça permanente à sobrevivência da espécie.”
(B) “... a desnutrição foi nosso principal problema...”
(C) “...saúde pública; hoje, é a obesidade.”
(D) “...a fome representou ameaça permanente...”
Comentário – Ocorreu a retirada da parte final da palavra primitiva atacar,
ou seja, a substituição da terminação verbal (-ar) pela vogal temática nominal
(-e), com acréscimo da desinência nominal de número (-s). Houve, portanto, a
formação de substantivo abstrato a partir de verbo (da primeira
conjugação, notou?). Isso caracteriza a formação deverbal (ou regressiva, ou
pós-verbal).
Nas alternativas A e B, temos derivação prefixal e sufixal.
Na alternativa C, temos derivação sufixal.
Resposta – D
1.3 IMPRÓPRIA – ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer
acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical;
também pode acontecer de a palavra mudar a sua classificação dentro da
própria classe gramatical.
Ex.: Você aceita um não como resposta? (advérbio virou
substantivo)
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O Dr. Leão é um bom médico. (substantivo comum virou
substantivo próprio)
José Oliveira (substantivo comum virou substantivo próprio)
Ele é inteligente e lido (adjetivo a partir do particípio verbal)
Ela pisava forte. (adjetivo virou advérbio)
Silêncio! Bravo! Viva! (substantivo, adjetivo e verbo
viraram interjeição)
Quer... quer...; Já... já... (verbo e advérbio viraram
conjunção)
4. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Observe o trecho abaixo.
“Os bons são aqueles que conseguem aproveitar uma descoberta para
utilizar em sua vida prática.”
No que se refere à formação das palavras, o termo grifado apresenta o
processo de
(A) derivação regressiva, pois a classe gramatical da palavra permanece a
mesma, porém foi acrescido o artigo.
(B) derivação imprópria, pois mudou-se a classe gramatical da palavra,
estendendo-lhe a significação.
(C) redução, já que foi omitido o substantivo a que se refere o adjetivo
destacado, diminuindo o campo de significação da frase.
(D) parassíntese, no qual há a mudança de classe gramatical sem alterar a
significação da nova palavra.
(E) neologismo, já que há transformação em relação à significação da palavra
que, até então, era utilizada com um único sentido.
Comentário – Originariamente, o vocábulo “bons” (plural de bom) pertence à
classe gramatical dos adjetivos. Na passagem destacada, ele foi empregado
como substantivo. Contribuiu para isso a anteposição do artigo definido “Os”.
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Cabe lembrar que o artigo tem a capacidade de substantivar qualquer classe
gramatical.
Resposta – B
2. COMPOSIÇÃO
2.1 JUSTAPOSIÇÃO – as palavras são colocadas lado a lado, não há alteração
fonética em nenhuma delas, ambas conservam seu acento tônico:
segunda-feira; passatempo, democracia, agricultura.
2.2 AGLUTINAÇÃO – ocorre quando os elementos sofrem alterações fonéticas,
fundindo-se num só; neste caso só há um acento tônico: em + boa + hora
= embora; plano + alto = planalto; retilíneo; crucifixo; ambidestro;
demagogo.
5. (Funrio/FURP/Analista de Contratos/2010) Observe as seguintes palavras
retiradas do texto: “desempregado”, “ganhar”, “pós-graduação”,
“contracheque”. Considerando o processo de formação das palavras em
Português, afirma-se que
(A) um dos vocábulos é formado por justaposição.
(B) um dos vocábulos resulta de derivação regressiva.
(C) um dos vocábulos resulta de derivação imprópria.
(D) três dos vocábulos são formados pro prefixação.
(E) dois dos vocábulos são formados por aglutinação.
Comentário – As três palavras que receberam prefixos são: des +
empregado; pós + graduação e contra + cheque.
Cuidado para não assinalar a letra B por achar que ganhar
exemplifica derivação regressiva (ou deverbal). Lembre-se de que, nesse tipo
de formação de palavras,
– o verbo perde sua terminação e ganha vogal temática
nominal (–a, –e ou –o);
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– o substantivo deriva do verbo, e não o contrário;
– o substantivo formado é abstrato e indica ação.
Exemplos: mudar > muda; combater > combate;
castigar > castigo etc.
Resposta – D
OUTROS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
1 ABREVIAÇÃO, REDUÇÃO VOCABULAR – emprega-se parte da palavra
no lugar da sua totalidade.
Ex.: cinematógrafo – cinema – cine; pneumático – pneu;
extraordinário – extra; pornográfico – pornô;
otorrinolaringologista – otorrino; poliomielite – pólio.
2 SIGLA – consiste na utilização das letras iniciais que formam a expressão.
Ex.: FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
ONU – Organizações das Nações Unidas
Embratur – Empresa Brasileira de Turismo
3 ONOMATOPEIA – ocorre quando se forma uma palavra por meio da
imitação de sons; procura-se reproduzir um determinado som, adaptando-
o ao conjunto de fonemas de que a língua dispõe.
Ex.: miau, cacarejar, pingue-pongue, tique-taque, reco-reco,
zunzunzum, relinchar.
4 HIBRIDISMO – consiste na associação de elementos oriundos de línguas
distintas.
Ex.: abreugrafia (abreu – português; grafia – grego)
automóvel (auto – grego; móvel – latim)
sociologia (sócio – latim; logia – grego)
goiabeira (goiab – tupi; eira – português)
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burocracia (buro – francês; cracia – grego)
sambódromo (sambo – africano; dromo – grego)
surfista (surf – inglês; ista – grego)
bígamo (bi – latim; gamo – grego)
endovenoso (endo – grego; venoso – latim)
monóculo (mono – grego; culo – latim)
televisão (tele – grego; visão – latim)
OUTROS PROCESSOS DE ENRIQUECIMENTO DO LÉXICO
1. NEOLOGISMO – consiste na ampliação do significado (neologismo
semântico) normal de uma palavra, sem que ela passe por qualquer
processo de modificação formal, ou na criação (neologismo lexical) de
uma palavra (este caso é muito produtivo na área tecnológica e na
formação de gírias). Analisemos, por exemplo, as seguintes palavras:
a) arara: de nome que designava uma ave, passou a indicar também pessoa
nervosa, irritada;
b) emérito: originalmente, significava aposentado, mas atualmente se usa
como distinto, elevado (perceba que o sentido inicial foi se dissipando ao
longo do tempo);
c) infovia: conjunto de linhas digitais por onde trafegam os dados das redes
eletrônicas;
d) internetês: a linguagem da internet;
e) deletar: suprimir, apagar, fazer desaparecer algo do computador (arquivo,
texto, vírus etc.).
2. ESTRANGEIRISMO – ocorre quando há palavras tomadas de línguas
estrangeiras (francês, inglês, latim etc.); normalmente elas passam por
um processo de aportuguesamento fonológico e gráfico. Por conta disso, é
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comum perdermos a noção de que estamos usando um estrangeirismo:
beque, abajur, xampu, “show”, “stress”, “shopping”, “mouse” (quando a
grafia original é mantida, deve-se usar aspas) etc.
(...)
16 A imensa série de desdobramentos científicos e
filosóficos da teoria de Einstein não cabe, evidentemente nestas
linhas. Mas seu sentido geral é radicalizar a noção de que não há
19 pontos de referência universais – nem, portanto, verdades
únicas. (...)
28 O interessante é que esta quebra de paradigmas
científicos seria seguida, décadas mais tarde, por mudanças que
sacudiram as noções sociais de tempo e a percepção sobre o
31 status da ciência.
Internet: <http://diplo.org.br/Teoria-Geral-da-Relatividade-94.htm>
6. (Iades/CFA/Assistente Administrativo/2010) O autor marca as palavras
radicalizar e status com itálico, porque
(A) ambas são gírias.
(B) a primeira foi empregada utilizando a norma coloquial e a segunda é
considerada estrangeirismo, já que é uma palavra do latim.
(C) ambas são palavras latinas.
(D) a primeira é um estrangeirismo e a segunda foi empregada de acordo com
a norma coloquial.
Comentário – Norma coloquial é a que se aproxima da linguagem cotidiana;
tem a ver com a maneira informal, descontraída de se expressar. O vocábulo
status é latinismo; serve para indicar a situação ou circunstância de algo ou
alguém em determinado momento, prestígio ou distinção.
Resposta – B
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Agora que você já tem uma base teórica adequada, podemos
resolver outros exercícios de provas anteriores. Vamos a eles!
7. (FGV/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2006) Assinale a
alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processo
que infra-estrutura
(A) nova-iorquina
(B) Paraisópolis
(C) planejando
(D) sobreviver
(E) embora
Comentário – Como a questão é de 2006, a palavra “infra-estrutura” deveria
ser escrita com hífen. Diante de VOGAL, H, R e S, o prefixo infra- ligava-se ao
outro elemento por meio do hífen. Atualmente, o hífen será usado se o
segundo elemento iniciar por H ou por A (vogal idêntica à que finaliza o
prefixo).
Já deu, então, para você notar que o processo de formação
da palavra destacada é prefixação, semelhantemente ao que ocorre em
“sobreviver”. Nas outras opções, temos:
– “nova-iorquina”: composição por justaposição;
– “Paraisópolis”: sufixação;
– “planejando”: sufixação;
– “embora”: composição por aglutinação.
Resposta – D
8. (FGV/Ministério da Cultura/Engenheiro Civil/2006) A palavra Emudecendo
(verso 13) foi formada pelo processo de:
(A) composição por aglutinação.
(B) derivação prefixal.
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(C) derivação parassintética.
(D) derivação sufixal.
(E) derivação imprópria.
Comentário – A partir do substantivo mudo, foram acrescentados
simultaneamente o prefixo – e o sufixo –ecendo, o que caracterizou derivação
parassintética.
Resposta – C
9. (FGV/Senado Federal/Advogado/2008) Assinale a alternativa em que a
palavra tenha sido formada por processo distinto das demais.
(A) autoconhecimento
(B) supersalários
(C) geométrica
(D) insatisfação
(E) imprecisas
Comentário – Somente a palavra “geométrica” é formada por derivação
sufixal. O morfema ic(a)– foi adicionado à palavra geometria, já existente na
Língua.
Nos demais casos, o processo de formação de palavras é
derivação prefixal:
– “autoconhecimento”: acréscimo do morfema auto– à
palavra conhecimento.
– “supersalários”: acréscimo do morfema super– ao vocábulo
preexistente salários.
– “insatisfação”: a prefixação foi feita por meio do morfema
in– adicionado ao substantivo satisfação.
– “imprecisas”: o prefixo im– foi adicionado à palavra
precisas.
Resposta – C
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10. (FGV/Ministério da Educação/Administrador de Banco de Dados/2008)
Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pela união de
dois radicais, ou seja, bases de sentido das palavras.
(A) autogeridas
(B) descolonização
(C) superendividamento
(D) ecossistema
(E) desigualdades
Comentário – Em “ecossistema”, houve uma composição híbrida formada
pelo radical grego eco (= casa, hábitat) e o substantivo “sistema”.
Alternativa A: “auto–” é prefixo, expressa ideia de por si
mesmo.
Alternativa B: “des–” é prefixo latino de valor semântico de
negação, contrariedade.
Alternativa C: o prefixo “super–” (= excesso, abundância) foi
acrescido ao substantivo “endividamento”, que é formado por parassíntese a
partir da substantivo dívida.
Alternativa E: novamente houve o acréscimo do prefixo “des–
”, que já foi objeto de comentário na presente questão.
Resposta – D
11. (FGV/Polícia Civil-RJ/Inspetor/2008) Assinale a alternativa em que a
palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que as demais.
(A) ilegais
(B) desacompanhado
(C) incompatíveis
(D) demográfica
(E) inter-regionais
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Comentário – O vocábulo “demográfica” decorre da união de dois radicais de
origem grega: dem (povo) e graf (escrita). Assim sendo, o processo de
formação dessa palavra é composição por justaposição.
Nos demais casos, temos acréscimo de prefixos:
– “ilegais” = i– + legais;
– “desacompanhado” = des– + acompanhado;
– “incompatíveis” = in– + compatíveis;
– “inter-regionais” = inter– + regionais.
Resposta – D
12. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2009) Com relação aos processos de
formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:
I. estruturador, civilizacional e renováveis são adjetivos formados por
derivação sufixal.
II. hominização, dilapidação e autodestruição são substantivos formados por
composição e derivação.
III. autodestruição, contrapartida e responsabilidade são substantivos
formados por composição.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentário – Item I: certo. À palavra estrutura, foi adicionado o sufixo
–dor (que denota profissão, ofício, agente). Ao já existente vocábulo civilização
– que também é formado por sufixação –, foi posto o sufixo –al (interessante
que, para isso, a forma erudita foi evocada: civilizacion). Por último, houve a
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utilização do sufixo –vel (que foi pluralizado em –veis) a partir da forma verbal
renovar.
Item II: errado. Não existe composição, que se caracteriza
pela união de dois radicais. O que existe é derivação sufixal (hominizar + ção;
dilapidar + ção) e derivação prefixal e sufixal (auto + destruir + ção).
Item III: errado. Já bastaria a explicação anterior para você
constatar que “autodestruição” não é formada por composição. Mas analisemos
também as demais palavras.
– “contrapartida”: houve o acréscimo do prefixo contra– ao
vocábulo partida.
– “responsabilidade”: houve o emprego do sufixo –(i)dade à
palavra preexistente responsável.
Resposta – A
13. (FGV/Sefaz-AP/Fiscal do ICMS/2010) Com relação aos processos de
formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:
I. Na palavra jeitinho, o sufixo -inho significa “diminuição”.
II. Denomina-se composição o processo de formação da palavra utilitarista.
III. A palavra analfabetismo forma-se por derivação prefixal e sufixal, a partir
do radical alfabet-.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentário – Item I: errado. Nem sempre os sufixos –(z)inho e –(z)ito
indicam diminuição física de algo. Às vezes, eles expressam o sentimento do
interlocutor em relação ao ser nomeado (amorzinho, docinho, benzinho etc.);
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não é raro conferir valor semântico depreciativo (carrinho, golzinho, povinho,
gentinha, juizinho etc.), como também ocorreu aqui.
Item II: errado. Tal palavra é formada por sufixação, ou seja,
com o emprego do morfema –ista (participante, seguidor de doutrina, escola,
religião, esporte, profissão) ao vocábulo preexistente utilitário.
Item III: certo. Para efeito de esclarecimento, é bom saber
que o prefixo grego an– traz a ideia de negação, carência, e o sufixo grego
–ismo forma substantivo que traduz ciência, escola, sistema político, religioso
(romantismo, modernismo, socialismo, catolicismo etc.).
Resposta – C
14. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2010) Quanto à estrutura e formação do
vocábulo meta-ética, é correto afirmar que:
(A) forma-se pelo processo de composição por aglutinação.
(B) tem agregada ao radical étic- uma desinência nominal de gênero
feminino.
(C) contém um prefixo de origem grega também presente na palavra
“metafísica”.
(D) apresenta uma vogal de ligação –a, necessária em razão do hífen.
(E) constitui-se por meio da justaposição de dois substantivos.
Comentário – Alternativa A: errada. Na aglutinação, unem-se dois ou mais
vocábulos ou radicais e há supressão de um ou mais de um de seus elementos
fonéticos (fidalgo = filho de algo; quintessência = quinta essência; boquiaberto
= boca aberto etc.). Esse fato linguístico não ocorreu na palavra “meta-ética”.
Meta– é prefixo, não possui autonomia.
Alternativa B: errada. Muito cuidado aqui! Ética (conjunto de
princípios, normas e regras que devem ser seguidos para que se estabeleça
um comportamento moral exemplar) é substantivo feminino. Não é possível
fazer-se oposição de gênero (masculino/feminino); portanto o a é vogal
temática nominal. Não confunda o emprego desse vocábulo como adjetivo, em
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que o a passa a ser desinência nominal de gênero feminino, pois é possível
estabelecer-se a distinção entre os gêneros: ele é ético/ela é ética.
Alternativa C: certa. O prefixo grego meta– pode exprimir
mudança, além, depois de, no meio (metamorfose, metáfora, metonímia,
metacarpo, metatarso).
Alternativa D: errada. Completamente descabida. Não existe a
tal vogal de ligação para unir palavras por meio do hífen. O “a” integra, como
já vimos, o prefixo.
Alternativa E: errada. Na justaposição ocorre a união de duas
ou mais palavras (ou radicais) sem que haja alteração em suas estruturas.
Como vimos, meta- é prefixo, não tem autonomia.
Resposta – C
15. (FGV/Caern/Agente Administrativo/2010) Assinale a palavra que seja
formada pelo mesmo processo que megalópoles.
(A) internacional
(B) sustentabilidade
(C) saneamento
(D) obrigatoriedade
(E) olímpicos
Comentário – A rigor, em “megalópoles” houve composição por justaposição,
pois os elementos mega– (= grande; presente em megalomania, megaton,
megaevento etc.) e –póles (= cidade; presente em acrópole, Petrópolis,
metrópole etc.) nos remetem aos radicais gregos megás e polis. Entretanto,
parece que, na passagem para o Português, mega– cristalizou-se como prefixo
(ou falso prefixo). E foi assim que a banca entendeu para justificar o gabarito e
evidenciar a derivação prefixal, como em internacional (inter– + nacional).
Nessas horas, o candidato deve escolher a melhor resposta.
Nas demais alternativas, temos derivação sufixal:
– sustentável + –(i)dade;
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– sanear + –mento;
– obrigatório + –(e)dade
– olimp– (ref. à cidade de Olímpia, na Grécia) + –ico.
Resposta – A
16. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2008) Assinale a alternativa em que a
palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que injustiça.
(A) tecnologias
(B) auto-organização
(C) antielisão
(D) ilícito
(E) internacional
Comentário – A palavra “injustiça” é formada por derivação prefixal (in– +
justiça), bem como as palavras: “auto-organização” (auto–), “antielisão”
(anti–), “ilícito” (i–) e “internacional” (inter–).
A palavra “tecnologias” é formada por derivação sufixal:
teknos (radical grego) + log (outro radical grego) + –ia (sufixo nominal).
Resposta – A
Assim encerro esta aula demonstrativa. Espero que tudo
isso sirva de incentivo a você, que almeja um cargo no Procon-DF.
Fique com Deus e um forte abraço!
Professor Albert Iglésia
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Lista das Questões Comentadas
1. (Iades/PGDF/Analista Jurídico/Administração/2011 – adaptada) O
processo de formação do vocábulo “imutável” (linha 15) é por derivação
prefixal.
2. (Ceperj/Emater-RJ/Ag. de Desenv. Rural/2009) O par de vocábulos
retirado do texto que exemplifica um processo de formação de palavras
diferente daquele encontrado em consumir/consumo é:
(A) comprar / compra
(B) processar / processo
(C) usar / uso
(D) descartar / descarte
(E) sentir / sentido
3. (Ceperj/Pref. de Cantagalo-RJ/Engenheiro Civil/2006) A palavra ataques
(para que se evitassem doenças como ataques cardíacos), segue o mesmo
processo de formação presente na palavra assinalada em:
(A) “... ameaça permanente à sobrevivência da espécie.”
(B) “... a desnutrição foi nosso principal problema...”
(C) “...saúde pública; hoje, é a obesidade.”
(D) “...a fome representou ameaça permanente...”
4. (Cetro/Pref. de Mairinque-SP/Almoxarife/2009) Observe o trecho abaixo.
“Os bons são aqueles que conseguem aproveitar uma descoberta para
utilizar em sua vida prática.”
No que se refere à formação das palavras, o termo grifado apresenta o
processo de
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(A) derivação regressiva, pois a classe gramatical da palavra permanece a
mesma, porém foi acrescido o artigo.
(B) derivação imprópria, pois mudou-se a classe gramatical da palavra,
estendendo-lhe a significação.
(C) redução, já que foi omitido o substantivo a que se refere o adjetivo
destacado, diminuindo o campo de significação da frase.
(D) parassíntese, no qual há a mudança de classe gramatical sem alterar a
significação da nova palavra.
(E) neologismo, já que há transformação em relação à significação da palavra
que, até então, era utilizada com um único sentido.
5. (Funrio/FURP/Analista de Contratos/2010) Observe as seguintes palavras
retiradas do texto: “desempregado”, “ganhar”, “pós-graduação”,
“contracheque”. Considerando o processo de formação das palavras em
Português, afirma-se que
(A) um dos vocábulos é formado por justaposição.
(B) um dos vocábulos resulta de derivação regressiva.
(C) um dos vocábulos resulta de derivação imprópria.
(D) três dos vocábulos são formados pro prefixação.
(E) dois dos vocábulos são formados por aglutinação.
(...)
16 A imensa série de desdobramentos científicos e
filosóficos da teoria de Einstein não cabe, evidentemente nestas
linhas. Mas seu sentido geral é radicalizar a noção de que não há
19 pontos de referência universais – nem, portanto, verdades
únicas. (...)
28 O interessante é que esta quebra de paradigmas
científicos seria seguida, décadas mais tarde, por mudanças que
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sacudiram as noções sociais de tempo e a percepção sobre o
31 status da ciência.
Internet: <http://diplo.org.br/Teoria-Geral-da-Relatividade-94.htm>
6. (Iades/CFA/Assistente Administrativo/2010) O autor marca as palavras
radicalizar e status com itálico, porque
(A) ambas são gírias.
(B) a primeira foi empregada utilizando a norma coloquial e a segunda é
considerada estrangeirismo, já que é uma palavra do latim.
(C) ambas são palavras latinas.
(D) a primeira é um estrangeirismo e a segunda foi empregada de acordo com
a norma coloquial.
7. (FGV/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2006) Assinale a
alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processo
que infra-estrutura
(A) nova-iorquina
(B) Paraisópolis
(C) planejando
(D) sobreviver
(E) embora
8. (FGV/Ministério da Cultura/Engenheiro Civil/2006) A palavra Emudecendo
(verso 13) foi formada pelo processo de:
(A) composição por aglutinação.
(B) derivação prefixal.
(C) derivação parassintética.
(D) derivação sufixal.
(E) derivação imprópria.
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9. (FGV/Senado Federal/Advogado/2008) Assinale a alternativa em que a
palavra tenha sido formada por processo distinto das demais.
(A) autoconhecimento
(B) supersalários
(C) geométrica
(D) insatisfação
(E) imprecisas
10. (FGV/Ministério da Educação/Administrador de Banco de Dados/2008)
Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pela união de
dois radicais, ou seja, bases de sentido das palavras.
(A) autogeridas
(B) descolonização
(C) superendividamento
(D) ecossistema
(E) desigualdades
11. (FGV/Polícia Civil-RJ/Inspetor/2008) Assinale a alternativa em que a
palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que as demais.
(A) ilegais
(B) desacompanhado
(C) incompatíveis
(D) demográfica
(E) inter-regionais
12. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2009) Com relação aos processos de
formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:
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I. estruturador, civilizacional e renováveis são adjetivos formados por
derivação sufixal.
II. hominização, dilapidação e autodestruição são substantivos formados por
composição e derivação.
III. autodestruição, contrapartida e responsabilidade são substantivos
formados por composição.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
13. (FGV/Sefaz-AP/Fiscal do ICMS/2010) Com relação aos processos de
formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:
I. Na palavra jeitinho, o sufixo -inho significa “diminuição”.
II. Denomina-se composição o processo de formação da palavra utilitarista.
III. A palavra analfabetismo forma-se por derivação prefixal e sufixal, a partir
do radical alfabet-.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente a afirmativa II estiver correta.
(C) se somente a afirmativa III estiver correta.
(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
14. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2010) Quanto à estrutura e formação do
vocábulo meta-ética, é correto afirmar que:
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(A) forma-se pelo processo de composição por aglutinação.
(B) tem agregada ao radical étic- uma desinência nominal de gênero
feminino.
(C) contém um prefixo de origem grega também presente na palavra
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(D) apresenta uma vogal de ligação –a, necessária em razão do hífen.
(E) constitui-se por meio da justaposição de dois substantivos.
15. (FGV/Caern/Agente Administrativo/2010) Assinale a palavra que seja
formada pelo mesmo processo que megalópoles.
(A) internacional
(B) sustentabilidade
(C) saneamento
(D) obrigatoriedade
(E) olímpicos
16. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2008) Assinale a alternativa em que a
palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que injustiça.
(A) tecnologias
(B) auto-organização
(C) antielisão
(D) ilícito
(E) internacional
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Gabarito das Questões Comentadas
1. Item errado
2. E
3. D
4. B
5. D
6. B
7. D
8. C
9. C
10. D
11. D
12. A
13. C
14. C
15. A
16. A
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