Pós-operatório de Cirurgia
Cardíaca
R2 Enf. Gabriela Freire
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
PROGRAMA DE ESPECIALIZAÇÃO EM
ENFERMAGEM EM CARDIOLOGIA NA
MODALIDADE RESIDÊNCIA
Agosto, 2015.
Objetivos
• Abordar as fases do pós-operatório;
• Conhecer a atuação de enfermagem em situações de pós-operatório;
• Conhecer os cuidados de enfermagem no Pós-operatórioimediato e mediato de cirurgia cardíaca, e possíveisDiagnósticos e Intervenções de Enfermagem;
• Apresentar as principais complicações que envolvem opós-operatório de cirurgia cardíaca;
Introdução
• A cirurgia cardíaca trata-se de um procedimentocomplexo que tem repercussões orgânicas e altera dediversas formas os mecanismos fisiológicos.
• Redução da morbimortalidade;
• Encaminhamento à Unidade de Terapia Intensiva para cuidados pós-operatórios;
Fonte: Woods, 2005; Ribeiro, 2015
Introdução• O período pós-operatório compreende:
PO Imediato
Período crítico que se inicia ao final da cirurgia e até as primeiras 24 horas.
PO Mediato
Período após as primeiras 24 horas e até completar 7 dias.
PO Tardio
Após os primeiros 7 dias.
Fonte: Smeltzer & Bare, 2012
Unidade pós-operatória
• Unidade de alta complexidade
• Monitorar a recuperação e possíveis complicaçõesdecorrentes do ato cirúrgico;
• Observação contínua e intervenções imediatas e precisas
da equipe multiprofissional;
• Atendimento de enfermagem especializado;
Fonte: Ribeiro et al, 2015; Santos et el, 2015
Atuação de Enfermagem
“... a Portaria nº 1.1169/GM, de 15 de junho de 2004, institui aPolítica Nacional de Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade,que tem como um dos seus princípios atender integralmente aosportadores de patologias cardiovasculares no Sistema Único deSaúde (SUS)...”
Fonte: Ribeiro et al, 2015
“No campo de atuação do enfermeiro, as doenças cardíacascorrespondem a importante demanda de cuidados,justificando um olhar sistematizado para esse grupo deagravos, na perspectiva da integralidade da atenção.”
- Posição do TOT
- Cateteres venosos
- Tubos de soro e suas conexões
- Drenos mediastinais e torácicos
- Monitorização cardiológica
- Fornecimento de O2
- Reserva do elevador (s/n)
- Comunicar à UTI
ROTINA NO PÓS-OPERATÓRIO
Transporte
Atentar para o sítio de incisão, alterações
vasculares potenciais e exposição.
Fonte: Woods et al, 2005
Paciente em pós-operatório de cirurgia cardíaca
Fonte: Smeltzer & Bare, 2012
- Equipe multidisciplinar;
- Leito previamente preparado;
- Ventilador Mecânico devidamente testado;
- Monitor multiparamétrico pronto para uso;
- Bombas de infusão ligadas à rede;
- Medicações e líquidos para infusão intravenosa disponíveis;
ROTINA NO PÓS-OPERATÓRIO
Admissão na UTI
Fonte: Woods et al, 2005
• Equipe Multidisciplinar:
- Tipo de cirurgia: Com ou sem CEC, hemoderivadostransfundidos;- Indicação cirúrgica e alergias medicamentosas;- Tempo de cirurgia e tempo de CEC;- Volume de diurese;
- Volume de hemoderivados;
- Intercorrências transoperatórias;
- DVA;
- Dificuldade de intubação;
ROTINA NO PÓS-OPERATÓRIO
Fonte: Tallo et al, 2012
ROTINA DO POI
• Cuidados de Enfermagem:
Monitorização Contínua com
ECG
Medida da pressão arterial pela PAI e PVC
Oximetria de pulso
Medida da temperatura
Posicionamento no leito
Garantir assistência ventilatória
Fonte: Tallo et al, 2012; Ribeiro et al 2015
ROTINA DO POI
• Cuidados de Enfermagem:
Acessos vasculares para
infusão de hidratação e
drogas
Posicionar drenos,
desfazendo pinçamento e marcando selo
d’água
Posicionar coletor da SVD
Estado neurológico e
exame físico geral
Aquecer o paciente
Exames laboratoriais e de
imagem
Fonte: Tallo et al, 2012; Ribeiro et al 2015
ROTINA DO POI
• Cuidados de Enfermagem:
Dieta zero até 4 horas após extubação
Antibiótico profilático
Drogas vasoativas
Realizar ECGRealizar controle
glicêmico
Fonte: Tallo et al, 2012; Ribeiro et al 2015
ROTINA DO POI
• Cuidados de Enfermagem:
Evolução de enfermagem
Registros para balando hídrico
Aliviar a dor e desconforto
Inspeção da pele, coloração,
perfusão dos MM
Pacientes estáveis, sem complicações = “fast track”!!!
Fonte: Tallo et al, 2012; Ribeiro et al 2015
Exames laboratoriais e de imagem
Fonte: Tallo et al, 2012
Complicações no POI
• Bradicardia sinusal ou ritmo juncional:
• Bloqueio cardíaco = plastia ou TV;
• Hipertensão sistólica leve;
• Hipotensão;
FC < 70 batimentos/min = marca-passo
48% a 55% nas primeiras 4 a 6 horas
Primeiras 12 horas
Fonte: Pedrosa, 2011; Woods, 2005
Complicações no POI
• Hipovolemia:
• Mantido no ventilador nas primeiras horas do pós-operatório, até que seja revertido o efeito da anestesia;
• Profilaxia com antibióticos;
Expansores de volume cristalóide ou colóide , concentrado de células vermelhas ou sangue
total
Fonte: Pedrosa, 2011
ROTINA DO PÓS-OPERATÓRIO MEDIATO
• Avaliação contínua da evolução do paciente;
• Realização do banho no leito;
• Realização da troca diária de curativo;
• Monitorização das Complicações;
Nível de consciência, avaliação cardiovascular, respiratória, renal, hidroeletrolítica, dor.
Fonte: Ribeiro et al 2015
Administração de medicamentos
Medicamento
Antibiótico Profilático Cefalosporina de primeira geração ou vancomicina, no trans e pós-operatório
AAS A partir do 1º DPO, 200mg/dia
Anticoagulante oral Prótese metálica, uso contínuo. Prótese biológica.
Heparina de baixo peso molecular
1º DPO, profilaxia de TVP, TEP. Até a alta.
Nitratos Para controle da PA , diminuição de RVP e consumo de O2.
Diagnósticos e Intervenções de
Enfermagem
• Débito cardíaco diminuído relacionado com aperda de sangue e comprometimento da funçãomiocárdica
- Monitorar o estado cardiovascular;
- Observar ocorrência de sangramento;
- Observar mucosa bucal, leito ungueais;
- Examinar pele, temperatura e coloração;
Fonte: Smeltzer & Bare, 2012
Diagnósticos e Intervenções de
Enfermagem
• Troca gasosa prejudicada relacionado com a cirurgia torácica
- Monitorar gasometria arterial;
- Auscultar tórax avaliando presença de ruídos adventícios;
- Auxiliar no desmame e extubação;
- Promover orientações após extubação: tosse, respiração profunda;
Fonte: Smeltzer & Bare, 2012
Diagnósticos e Intervenções de
Enfermagem
• Risco de desequilíbrio do volume de líquido edos eletrólitos, relacionado com as alterações dovolume sanguíneo
- Registro rigoroso do balanço hídrico;
- Estar alerta para alterações nos níveis dos eletrólitos;
Fonte: Smeltzer & Bare, 2012
Fonte: Ribeiro et al, 2015
Complicações Cirúrgicas
• Hipotensão / Hipertensão • Complicações respiratórias
• Arritmias • Complicações neurológicas
• Sangramento anormal (500ml na 1º hora)
• Complicações renais
• Distúrbio hidroeletrolítico • Infecção de F.O.
• Tamponamento cardíaco • Depressão miocárdica
Fonte: Pedrosa, 2011
Referências
• PEDROSA, L.C. Doença do coração: diagnóstico e tratamento /editores, Levi da Cunha Pedrosa, Wilson Alves de Oliveira Jr. – São Paulo:Revinter, 2011;
• RIBEIRO CP, SILVEIRA CO, BENETTI ERR, GOMES JS, STUMMEMF. Diagnósticos de enfermagem em pacientes no pós-operatório decirurgia cardíaca. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste.2015 mar-abr; 16(2):159-67.
• SANTOS APA, LAUS AM, CAMELO SHN. O trabalho da enfermagem nopós-operatório de cirurgia cardíaca: uma revisão integrativa. ABCSHealth Science, 2015; 40(1):45-52.
• SMELTZER, S.C; BARE, B. G. Brunner & Suddarth, tratado deenfermagem médico-cirúrgica. 12º ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 2012;
• TALLO, F.S; GUIMARAES, H.P; CARMONA, M.J.C; BIANCO, A.C.M;LOPES, R.D.; TELE, J.M.M. Manual de perioperatório de cirurgiacardíaca da AMIB. São Paulo: editora Atheneu, 2012.
• WOODS, S.L; FROELICHER, E.S.S; MOTZER, S.U. Enfermagem emcardiologia. 4º edição, Recife, 2005;
Top Related