granulítica, é possível fazer
distinção entre:
Granulitos ácidos – com quartzo
abundante, escassos minerais
ferro-magnesianos e associações
típicas: 1- Quartzo + ortoclase +
plagioclase + distena + almandina
-piropo + rútilo; 2- Quartzo + microclina +
plagioclase + silimatite +
corindo;
Granulitos intermédio e básicos – com quartzo menos abundante e muito frequentes granadas e
piroxenas; dentro deste grupo
aparecem os charnoquitos que
têm afinidade mineralógico-
textural com as rochas plutónicas
do tipo quartzo-diorito e da qual se apresenta como típica a
associação:
1- Quartzo + ortoclase + plagioclase + hiperstena +
diópsido;
Granulitos ultrabásicos – rochas
afins aos peridotitos, com olivina
predominante e ainda enstatite-
bronzite e espinelas.
Os granulitos são
geralmente rochas equigranulares
de grão médio a fino e com
foliação fraca ou nula; em alguns
casos apresentam lineações
correspondentes ao alongamento
de cristais de quartzo. A transição
entre a fácies anfibolítica e a
fácies granulítica faz-se pelo
desenvolvimento para a direita de
reacções como:
1- Moscovite + quartzo =
feldspato potássio + silimanite +
água
2- Clinozoizite + quartzo =
anortite + grossulária + água
A fácies granulítica é
caracterizada por um decréscimo,
até ao esgotamento de minerais
oxidrilos (horneblendas, biotite,
antofilite, cumingtonite) que
tendem a reagir para formar fases
anidras:
1- biotite = feldspato K +
hiperstena + água;
2- biotite + silimanite +
quartzo = feldspato K + granada;
3- horneblenda + quartzo =
hiperstena + plagioclase + água
Os Granulitos formam-se
em condições do mais alto grau
de metamorfismo, normalmente
durante o metamorfismo regional.
Em alguns casos, as altas
temperaturas são difíceis de
contabilizar nas profundidades
inferidas em gradientes
geotérmicos típicos. Em casos
extremos, granulitos podem
formar-se em temperaturas
superiores a 1000 graus Celsius .
Alguns granulitos podem
apresentar resíduos de fusão
parcial e, em outros casos
representam rochas que nunca
derreteram, apesar das
temperaturas extremamente
elevadas, porque os minerais são
anidros e, portanto, não derretem,
mesmo em condições de alta
temperaturas.
Dentro dos granulitos que
são rochas especificamente fácies
DEFINIÇÃO E GÉNESE
EXEMPLOS DE ROCHAS DE FÁCIEIS GRANULÍTICAS
Granulitos Máficos
Os minerais essenciais são o
feldspato potássico, a plagioclase
e o quartzo. Em menores
quantidade existem piroxena,
granada, biotite, horneblenda,
apatite, zircão, etc. Apresentam
normalmente uma natureza cálcio
-alcalina. Os protólitos podem
ser tanto ígneos como
sedimentares, sendo os
sedimentares muito variados. Em
Portugal são encontrados nos
Maciços de Bragança, Morais e
em Beja. Os granulitos de Tojal
de Pereiros, Bragança foram
datados como as rochas mais
antigas de Portugal.
Figura 1 - À esquerda – fotografia da
amostra de mão com cristais de
piroxena e pequenos cristais de
granada; à direita – microfotografia da
mesma amostra em nicóis cruzados,
com cristais de quartzo visíveis(40x).
Leptinitos (Granulito ácido)
Os minerais essenciais são o
quartzo e o feldspato, podendo
surgir quantidades menores de
granada, cordierite, distena e
micas. Como minerais acessórios
podem surgir rútilo, magnetite,
ilmenite, zircão e apatite. Os
protólitos podem ser tanto
sedimentares como ígneos.
Estas rochas formam-se a
temperaturas na ordem dos 700oC
e pressões de 6 Kbar. Por alguns
autores os leptinitos são
considerados gnaisses de alto
grau de metamorfismo. Esta
rocha é utilizada na construção e
ornamentação. Os leptinitos são
muito raros.
Figura 2 - Amostra de mão de um
leptinito.
UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO
GRANULITOS
Mapas com distribuições
de fácies granulíticas
Figura 4 - Distribuição das áreas
pertencentes á fácies granulíticas
mundial.
Figura 5 - Excerto da carta
geológica de Portugal 1:500 000, com os maciços de Bragança e
Morais, onde é possível encontrar
Figura 3– Diagramas ACF e AKF
da zona plagioclase-ortopiroxena. Nesta subfácies a Ortopiroxena
substitui a Antofilite, e estão
ausentes ou em menor quantidade a
Horneblenda e a Biotite.
Referências Bibliográficas
1. http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/
2. http://e-geo.ineti.pt/bds/geobases/petrografia/
rochas.aspx?ID=24
3. http://vsites.unb.br/ig/cursos/met1/granu.htm
4. http://sites.google.com/site/biogeonorte2/
cartageol%C3%B3gicadeportugal
5. http://sites.google.com/site/geologiaebiologia/
carta-geol%C3%B3gia-de-portugal
6. Pinto, Ferreira; Petrologia Metamórfica,
Departamento de Ciênciasda Terra,
Universidade de Coimbra:
7. Ferreira, M. R. Portugal V.; “Rochas
Metamórficas”; 1972;
Petrologia Sedimentar e Metamórfica
Cristiana Valente nº33708
Luís Sampaio nº 33706
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