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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR
UUNNIIVVEERRSSIIDDAADDEEAABBEERRTTAADDOOBBRRAASSIILLUUAABB
CCEENNTTRROODDEECCIINNCCIIAASSDDAASSAADDEE--CCCCSS
CCUURRSSOODDEECCIINNCCIIAASSBBIIOOLLGGIICCAASS--CCCCBB//EEAADD
PPRROOJJEETTOOPPEEDDAAGGGGIICCOODDOOCCUURRSSOODDEE
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARUECEUNIVERSIDADE ABERTA DO BRASILUAB
CENTRO DE CINCIAS DA SADE- CCSCURSO DE CINCIAS BIOLGICAS-CCB/EAD
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR -UECE
REITOR
Prof. Jos Jackson Sampaio Coelho
VICE-REITORProf. Hidelbrando dos Santos Soares
PR-REITORA DE GRADUAO
Profa. Marclia Chagas Barreto
DIRETORA DO CCSProfa. Glucia Posso Lima
Coordenador GeralUAB/UECEFrancisco Fbio Castelo Branco
CoordenadoraAdjuntaUAB/UECEElosa Maia Vidal
COORDENADORA DO CURSO DELICENCIATURA EM CINCIAS BIOLGICAS-EAD
P f G C t P i
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SUMRIO
PARTE IEducao a Distncia: concepo e implementao na UECE
1. Introduo 7
2. Histrico da EAD no Brasil 9
3. Educao a Distncia na UECE: lies aprendidas 12
4. A Universidade Aberta do Brasil e a participao da UECE: pressupos-tos
14
5. A proposta para EAD na UECE: premissas e fundamentos 175.1. Processos de interao em EAD na UAB/UECE 22
6. Recursos educacionais 25
6.1. Material impresso 28
6.2. Videoaulas 28
6.3. Ambiente virtual de aprendizagem 296.4. Videoconferncias 31
6.5. Quadro Branco 32
6.6 Encontros presenciais ministrados por professores formadores 33
7. Sistemtica de Avaliao 35
7.1. Avaliao de aprendizagem: avaliao contnua e abrangente 36
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1.3.6 Condies de certificao 71
2. ESTRUTURA DA ORGANIZAO CURRICULAR 72
2.1. Perfil do profissional a ser formado 722.2. Bases filosficas e pedaggicas da proposta de formao profissional 72
2.2.1. O Curso de Licenciatura em Biologia no contexto do sculo XXI 74
2.3. Habilidades e competncias 75
2.4. Campo de atuao profissional 77
2.5. Objetivos do Curso 77
2.5.1. Geral 77
2.5.2. Especficos 77
2.6 Pblico alvo 78
3. LGICA DA ORGANIZAO CURRICULAR 79
3.1. Componentes curriculares 79
3.2. Fluxograma curricular por perodo 83
3.3. Ementrio 84
3.4. Linhas e projetos de pesquisa do curso 112
3.5. Produo cientfica de professores e alunos nos ltimos 2 anos 113
3.6. Planejamento da monitoria, iniciao cientfica e outras formas de a-poio ao aluno
117
3.7. Plano de estgio curricular obrigatrio 120
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Parte 1Educao a distncia: concepoe implementao na Universidade Estadual
do Cear
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1.Introduo
O Ministrio de Educao/MEC, com a finalidade de atender demanda de formao
de professores para a rede pblica de ensino, criou, em 2005, a Universidade Aberta do
Brasil (UAB) com o objetivo de promover articulao e integrao experimental de um sis-
tema nacional de educao superior. Esse sistema, constitudo por Instituies pblicas de
ensino superior, pretende levar ensino pblico de qualidade nos nveis de graduao e de
ps-graduaoaos municpios brasileiros que ainda no tm oferta de cursos superiores ou
cuja oferta no suficiente para atender a todos os cidados.
A Universidade Estadual do Cear/UECE oferece sete cursos de graduao distn-
cia em parceria com a UAB, conforme quadro a seguir:
Curso/Centro Municpios
Licenciatura em Cincias Biolgicas/CCS
Aracoiaba
Beberibe
Itapipoca
Maranguape
Licenciatura em Fsica/CCTMaranguape
T
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O presente Projeto Pedaggico est dividido em duas partes. A primeira dedicada a
apresentar e descrever a proposta de educao a distncia concebida pala UECE para oscursos de graduao e a segunda refere-se especificamente ao projeto pedaggico do Cur-
so de Cincias Biolgicas.
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2. Histrico da EAD no Brasil
A introduo da EAD no Brasil remonta ao incio do sculo XX, com uso de material
impresso, semelhana do que estava acontecendo em outros pases, como Estados Uni-
dos, Inglaterra e Frana, que tinham vivido suas primeiras ofertas de cursos distncia, por
correspondncia, em fins do sculo XIX. Nas primeiras dcadas do sculo XX, surgem no
Brasil os primeiros cursos a distncia oferecidos pelo Instituto Monitor, voltados para a for-
mao no ramo da eletrnica e pelo Instituto Universal Brasileiro (IUB), dirigidos para a for-
mao de nvel fundamental e mdio.
Com os avanos no campo da radiofuso, as emergentes experincias em educao a
distncia passam a experimentar o uso do rdio como mecanismo de EAD e desta poca
a criao da Fundao Rdio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1923, doada para o Minist-
rio da Educao e Sade (MEC), a criao do Servio de Radiodifuso Educativa do Minis-
trio da Educao e o incio das escolas radiofnicas em Natal, que deram impulso utiliza-
o desse veculo para fins educacionais.
Em 1960 se inicia uma ao sistematizada do Governo Federal em EAD, mediante es-
tabelecimento de contrato entre o MEC e a Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) que previa a expanso do sistema de escolas radiofnicas abrangendo os estados
nordestinos e fazendo surgir o Movimento de Educao de Base (MEB), que inclua um sis-
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o desenvolvimento e a vinculao de programas de ensino a distncia, em todos os nveis e
modalidades de ensino, e de educao continuada". Tal reconhecimento, apesar das crticas
declaradas pelo uso do termo ensino distncia e no educao a distncia por autorescomo Demo (1998)1, representou um avano significativo para as iniciativas que j estavam
em andamento nesse sentido e estimularam a adoo mais frequente dessa modalidade.
Aps legitimado e regulamentado pelo Decreto N 2.494/98, em Art. 1, a educao a
distncia passa a ter uma definio oficial:
A Educao a distncia uma forma de ensino que possibilita a auto-
aprendizagem, com a mediao de recursos didticos sistematicamente
organizados, apresentados em diferentes suportes de informao, utilizados
isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de
comunicao.
O Decreto N 2.561/98 e a Portaria Ministerial N 301/98 alteram os artigos 11 e 12 do
Decreto N 2.494/98 e normalizam os procedimentos de credenciamento das instituies
interessadas em oferecer cursos a distncia em nveis de graduao e educao
profissional tecnolgica.
Com as definies apresentadas na LDB, o Governo federal procurou criar condies
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viu na UAB a possibilidade de democratizar, expandir e interiorizar o ensino superior pblico
e gratuito no Pas, com apoio da educao a distncia e a incorporao de novas metodolo-
gias de ensino, especialmente o uso de tecnologias digitais.Sua institucionalizao ocorreu pelo Decreto Presidencial n 5.800, de 08/06/2006 e
buscou incentivar as Instituies pblicas a participarem de programas de formao inicial e
continuada de professores para Educao Bsica que podiam ser ofertados na modalidade
a distncia, se colocando com uma alternativa imediata para um problema crnico: a carn-
cia de professores para atuarem na educao bsica.
O programa UAB oferece cursos de graduao, sequencial, ps-graduao lato sensu
estricto sensu prioritariamente orientados para a formao de professores e administrao
pblica. O funcionamento desses cursos a distncia a partir de uma metodologia de ensino
com o apoio de novas tecnologias so implementados por Instituies de educao superior
(Universidades ou Institutos federais) e que possuem como ponto de apoio presencial os
plos localizados em municpios estratgicos de cada Estado da Federao.A UAB no constitui uma nova instituio para o MEC. Na verdade ela apresenta uma
configurao de rede, envolvendo as Instituies Federais de Ensino Superior (IFES) e as
Instituies Pblicas de Ensino Superior (IPES), que no caso, representam as Universidades
estaduais, includas a partir do segundo edital (2006/2007).
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3.Educao a distncia na UECE: lies aprendidas
O primeiro programa de EAD da UECE iniciou-se em 1996 com a oferta do Programa
Especial de Formao Pedaggica, direcionado para bacharis que j exerciam atividades
de magistrio, ou quisessem exerc-las, no ensino fundamental e mdio, sendo amparado
legalmente pela Resoluo N 2, de junho de 1997/MEC, que permitia a oferta desse tipo de
curso com uso de EAD. Essa iniciativa foi se consolidando e fazendo com que a UECE
constitusse um quadro de professores que, aos poucos adquiriu experincia e qualificao
no uso das tecnologias da informao e comunicao na educao a distncia.
Em 2002, uma nova oportunidade no uso da EAD surge para a UECE, com a oferta do
Progesto, Programa de Formao Continuada de Gestores de Escolas Pblicas, que agre-
gou simultaneamente, um curso de extenso e outro de especializao como modalidades
distintas, oferecidas para pblicos com perfis de formao diversos. A experincia foi de-senvolvida por meio de convnio interinstitucional entre a Secretaria da Educao Bsica do
Estado-SEDUC, a UECE e a Universidade do Estado de Santa Catarina, esta ltima res-
ponsvel pelo projeto no mbito nacional.
O Progesto se enquadrou numa logstica de centralizao da produo combinada
com uma descentralizao da aprendizagem, onde o processo de comunicao teve como
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Sistematizar e propor, em conjunto com Centros, Faculdades e Pr-reitorias, polticas,
projetos e aes em educao a distncia (EAD) a serem realizadas pela UECE.
Coordenar os projetos e aes em EAD na UECE nas reas de ensino, pesquisa e ex-tenso.
Construir uma identidade institucional interna e externa para a poltica e aes da UECE
em EAD.
Operar uma plataforma nica de EAD para a UECE.
Analisar e recomendar, quando for o caso, a aprovao pelo Reitor, dos oramentos de
execuo de cursos, de propostas de convnios, contratos e oferta de cursos na modali-
dade em EAD, reservando-se parte dos recursos para manuteno da SEAD.
A partir da criao da SEAD, as aes de EAD da UECE passaram a confluir para es-
te setor. nessa nova configurao institucional da EAD na UECE que se implantam os
cursos aprovados no Edital de Seleo UAB N 01/2006-SEED/MEC/2006/2007.
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4. A Universidade Aberta do Brasil e a participaoda UECE: pressupostos
A Universidade Aberta do Brasil formada por uma rede nacional experimental volta-
da para pesquisa e para a educao superior (compreendendo formao inicial e continua-
da) que ser formada pelo conjunto de instituies pblicas de ensino superior, em articula-
o e integrao com o conjunto de Plos municipais de apoio presencial2.A figura 1 mostra como se estrutura o sistema UAB.
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dagogia, Informtica e Artes Plsticas que aprovadas, tiveram suas atividades iniciadas
em 2009.
A proposta da UAB/UECE para a oferta de cursos de graduao na modalidade deeducao a distncia, busca incorporar o uso das novas tecnologias e o crescente grau de
interatividade que tem permitido alterar as relaes de tempo de espao, caminhando para
uma convergncia entre o real e o virtual. Isso nos leva a redefinir os limites entre o que seja
educao presencial e educao a distncia e a criao de um modelo de oferta que, na
literatura internacional, se denomina blended learning que se pode traduzir como cursos
hbridos.
A figura 2, adaptada de Graham (2005)3mostra a evoluo dos sistemas de aprendi-
zagem virtual interativa (AVI) e a convergncia com a aprendizagem presencial (AP), geran-
do o blended learning(BL).
I. PASSADO
Predomnio: aprendizagem presencial
Sistemas totalmente separados Avanos nas tecnologias interativas
impulsionam sistemas AVI
AP
AVI
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Assim, adotando a definio de Graham (2005)4, podemos afirmar que a blended lear-
ningconsiste na combinao de aprendizagem presencial com aprendizagem virtual intera-
tiva. Nessa perspectiva, se na modalidade presencial pode-se fazer uso de diversas lingua-gens, na educao a distncia todas podem ser utilizadas simultaneamente, conferindo-se
ao processo um potencial maior de comunicao e integrao espao/tempo. Este modelo
apresenta como vantagem o fato de que nas atividades remotas, ou com apoio de recursos
virtuais, possvel atender a diferentes estilos e ritmos de aprendizagem e aumentar a pro-
dutividade do professor e do aluno.
Hoje, um aluno a quilmetros de distncia pode interagir face a face com seu profes-
sor, enquanto outro, assistindo a uma aula presencial, pode passar todo o tempo sem ne-
nhuma interao. A relativizao dos termos presencial, a distncia, real e virtual se colo-
cam num novo paradigma comunicacional, que na viso de Levy5representa uma mudana
de mentalidade e a construo de um novo mundo.
Um dos desafios para os cursos de EAD atingir um equilbrio adequado entre estudoindependente e atividades interativas. A interao no sinnimo apenas de interao pro-
fessor/aluno, mas h que se considerar diversos tipos de interatividade e diversas tecnologi-
as que podem ser utilizadas, respeitando as caractersticas prprias de cada mdia e o pla-
nejamento da interao concebido para o curso em EAD.
No caso dos cursos oferecidos na UAB/UECE, a opo institucional foi pela adoo da
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5. A proposta para EAD na UECE: premissas efundamentos
A concepo que orienta os cursos de graduao oferecidos na modalidade de educa-
o a distncia na UECE adota o modelo andraggico de aprendizagem, que se refere a
uma educao centrada no aprendiz, para pessoas de todas as idades.
Segundo Knowles(1970)6, o modelo andraggico est fundamentado em quatro pre-
missas bsicas para os aprendizes, todas ligadas capacidade, necessidade e desejo de
eles mesmos assumirem a responsabilidade pela aprendizagem, que so:
1. O posicionamento muda da dependncia para a independncia ou auto-
direcionamento.
2. As pessoas acumulam um reservatrio de experincias que pode ser u-sado como base sobre a qual ser construda a aprendizagem.
3. Sua prontido para aprender torna-se cada vez mais associada com as
tarefas de desenvolvimento de papis sociais.
4. Suas perspectivas de tempo e de currculo mudam do adiamento para o
imediatismo da aplicao do que aprendido e de uma aprendizagem
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da realidade, levando o aprendiz a romper com a perspectiva tradicional de entendimento de
experincia com um vnculo entre o ser vivo e seu ambiente, na dimenso fsica e social. A
proposta de Dewey, que fundamenta a escola ativa, tem base na relao entre experincia eeducao.
As contribuies de Piaget e Vigotsky esto presentes de forma bastante efetiva nas
formulaes e definies das estratgias de interao. Esses dois tericos cognitivistas e
interacionistas, deram contribuies relevantes no entendimento sobre os conceitos de a-
prendizagem e desenvolvimento humano. Ambos so considerados construtivistas em suas
concepes de desenvolvimento intelectual, afirmando que a inteligncia construda a par-
tir das relaes recprocas do homem com o meio.
Quanto ao desenvolvimento intelectual, percebe-se que esses dois autores tinham a
preocupao de entender como se dava o desenvolvimento da inteligncia. Mas enquanto
Piaget se interessava pelo modo como o conhecimento adquirido e primariamente forma-
do, onde a teoria um acontecimento da inveno ou construo que ocorre na mente doindivduo, Vygotsky atentava como os fatores sociais e culturais, herdados em uma socieda-
de, eram trabalhados na mente do indivduo de modo que influenciassem no desenvolvi-
mento intelectual.
Piaget (1996)10acreditava em uma construo individual, singular, diferente. Para ele
o indivduo adquire uma forma prpria de se desenvolver no social, mediante a construo
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(...) a autonomia, enquanto amadurecimento do ser para si, processo, vir
a ser. No ocorre em data marcada. neste sentido que uma pedagogia da
autonomia tem de estar centrada em experincias estimuladoras de deciso
e da responsabilidade, vale dizer, em experincias respeitosas da liberdade
(p.107).
A experincia autnoma, fundada na liberdade, algo que se constitui desde o exer-
ccio de pequenas decises cotidianas tomadas com responsabilidade. A educao deve
guiar-se pela importncia do amadurecimento na realizao das escolhas, das decisescom responsabilidade.
A andragogia tem como principal objetivo aumentar o conhecimento dos alunos, a-
crescentando conhecimentos que possam ser aproveitados de maneira prtica. Assim, o
ensino andraggico resulta na criao e especializao de conhecimentos, atitudes e habili-
dades que, ao serem praticadas, trazem novos resultados como reflexes, novos modos de
compreenso e interveno direta na vida do praticante e na das pessoas que com ele con-
vivem.
Entre os objetivos do modelo andraggico, podemos destacar os seguintes aspectos
relevantes:
1. Desenvolver capacidades a curto prazo.As novas tecnologias da informao e comu-
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5. Desenvolver a auto-aprendizagem. A aprendizagem um processo para se adaptar ao
mundo: quanto maior a capacidade de aprendizado mais fcil se torna a adaptao e,
consequentemente, menor o risco de ser eliminado no processo de seleo natural.Como o adulto quem define o que quer aprender ou no, o ensino se torna mais di-
recionado, as informaes se tornam mais especficas e mais prticas. O aluno se torna o
responsvel por maior parte em seu prprio ensino e incentivado a buscar, por conta pr-
pria, maiores informaes da maneira que julgar convencional. Afinal, o adulto um indiv-
duo responsvel por sua pessoa e assume carter autnomo na sociedade.
Linderman (1926)12 identificou cinco pressupostos principais que so pontos-chave
na aprendizagem do adulto. So eles:
Adultos so motivados a aprender, medida que percebem que as ne-
cessidades e interesses que buscam esto, e continuaro sendo satisfei-
tos. Por isto estes so os pontos mais apropriados para se dar incio
organizao das atividades de aprendizagem do adulto.
A orientao de aprendizagem do adulto est centrada em sua vida; por-
tanto, as unidades apropriadas para se organizar seu programa de a-
prendizagem so as situaes de vida e no as disciplinas. O aluno
quem deve determinar junto ao professor o que deve ser ensinado para
que seus anseios sejam satisfeitos.
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Estudos mostram que existem relaes evidentes entre o modelo andraggico e o
paradigma construtivista e a compreenso que ambos possuem sobre a aprendizagem
humana. Para ambos, importa desenvolver uma formao integral, permanente, crtica esobretudo, construda pelo prprio indivduo que aprende e, s vezes, ensina, reintegrando
em si o conhecimento, numa construo pessoal e nica.
Neste sentido a pertinncia da oposio entre pedagogia e andragogia pode ser
fortemente questionada a partir de uma concepo da formao que se confunde com um
processo global, multiforme e complexo de socializao, no correspondendo a realidades
totalmente diferentes e muito menos opostas. (Canrio, 1999)13.
Quadro 1 - Comparativo entre os modelos pedaggico tradicional e andraggico
Modelo Pedaggico tradicional Modelo Andraggico
Papel da Expe-rincia
A experincia daquele que aprende considerada de pouca utilidade. O que importante, pelo contrrio, a experi-ncia do professor.
Os adultos so portadores de uma experi-ncia que os distingue das crianas e dosjovens. Em numerosas situaes de forma-o, so os prprios adultos com a suaexperincia que constituem o recurso maisrico para as suas prprias aprendizagens.
Vontade deaprender
A disposio para aprender aquilo queo professor ensina tem como funda-mento critrios e objetivos internos
Os adultos esto dispostos a iniciar umprocesso de aprendizagem desde quecompreendam a sua utilidade para melhor
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5.1. Processos de interao em EAD na UAB/UECE
No caso da educao a distncia, as primeiras contribuies sobre processos de in-terao foram dadas por Moore (1989)14que destaca as relaes entre alunos, professo-
res e contedo em EAD por meio de trs tipos de interao: aluno/professor, aluno/aluno
e aluno/contedo. Em 1994, Hillman, Willis e Gunawardena15adicionam a interao alu-
no/interface, uma vez que as novas tecnologias esto adentrando o universo da EAD e
as questes relacionadas interface homem-mquina ganhavam espao nas discusses
sobre ensino e aprendizagem. Soo e Bonk16 (1998) acrescentam a interao do aluno
com ele prprio ou interao interpessoal (BERGE, 1999)17, que enfatiza a importncia
do dilogo interno do aluno consigo mesmo quando da interao com o contedo.
Sutton (2001)18introduz a ideia da interao vicria, que um tipo de interao si-
lenciosa em que o aluno observa as discusses e os debates presenciais ou virtuais sem
dele participar ativamente, o que no quer dizer que no esteja envolvido com o contedoe se processando aprendizagem. Em 2003, Anderson amplia a perspectiva de Moore in-
cluindo mais trs tipos de interao: professor/profes19sor, professor/contedo e conte-
do/contedo.
Assim sendo, a interatividade pode ser implementada como um continuumem que
os espectros do espao e do tempo podem intensificar-se graas a pervasividade e ao
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Alunos/Professor: a interao aluno/professor se d tanto presencial como a distncia.
Cada disciplina do curso prev um conjunto de encontros presenciais que contam com a
mediao de professores formadores. Esses docentes se deslocam aos Plos de apoiopresencial e l realizam encontros com a turma de alunos, para esclarecer conceitos, di-
rimir dvidas, aprofundar aspectos relevantes da disciplina, atender de forma personali-
zada demandas especficas de cada aluno. Os professores formadores tambm partici-
pam das interaes on line sncronas e assncronas estabelecidas no AVA Moodle, auxi-
liando os Tutores presenciais e a distncia nos processos de mediao com os alunos.
Incluindo as avaliaes.
Aluno/Aluno: com uso da interface disponibilizada no Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem Moodle, os alunos se comunicam usando o Frum de Interao, e-mail e outras fer-
ramentas. Neste tipo de interao importante destacar os aspectos colaborativo e coo-
perativo que os alunos conseguem estabelecer, diminuindo a sensao de isolamento
do estudo a distncia. Segundo Mattar (2009)20
, essa interao tambm desenvolve o
sendo critico e a capacidade de trabalhar em equipe e, muitas vezes, cria a sensao de
pertencer a uma comunidade
Aluno/Contedo:esta interao se d atravs da disponibilizao do livro texto bsico
produzido especificamente para a disciplina e colocado no AVA Moodle em formato pdf
para acesso pelos alunos, bem como distribudo em modo impresso para os mesmos.
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va fora do seu ponto de vista, a sua evoluo e desenvolvimento ao longo do curso. Ele
tambm deve ser capaz de pronunciar enunciados crticos sobre si mesmo, sem aceitar
de forma automtica, suas prprias opinies ou opinies alheias.As metodologias adotadas nas disciplinas do curso oferecido na modalidade a dis-
tncia apresentam graus de interatividade distintos, em que os espectros do espao e do
tempo podem intensificar-se graas a pervasividade e ao baixo custo das tecnologias intera-
tivas.
Desta forma, os processos de interaes so realizados entre aluno/professor, alu-
no/aluno e aluno/contedo, aluno/interface e interao interpessoal. Nos cursos do sistema
UAB/UECE, as interaes se do da seguinte forma:
O Professor Formador trabalha diretamente com os alunos e Tutores auxiliando-os
nas atividades de rotina, disponibilizando o feedbacksobre o desenvolvimento do curso,
buscando proporcionar a reflexo em equipe sobre os processos pedaggicos e admi-
nistrativos, e com isso, viabilizar novas estratgias de ensino-aprendizagem. O Tutor a distnciaatua como elo de ligao entre os estudantes e o professor, e entre
os estudantes e a instituio. Cumpre o papel de facilitador da aprendizagem, esclare-
cendo dvidas, reforando a aprendizagem, coletando informaes sobre os estudantes
e principalmente estimulando e motivando os alunos.
O Tutor presencialatua como elo entre o estudante, os Professores, os Tutores a dis-
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6. Recursos Educacionais
A educao a distncia apresenta caractersticas especficas, rompendo com a concep-
o da presencialidade no processo de ensino-aprendizagem. Para a EAD, o ato pedaggi-
co no mais centrado na figura do professor, e no parte mais do pressuposto de que a
aprendizagem sacontece a partir de uma aula realizada com a presena deste e do aluno.
Sua concepo se fundamenta no fato de que o processo de ensino-aprendizagem po-
de ser visto como a busca de uma aprendizagem autnoma, independente, em que o usu -rio se converte em sujeito de sua prpria aprendizagem e centro de todo o sistema(RIANO,
1997, p. 21).21Isso naturalmente vai contribuir para formao de cidados ativos e crticos
que procuram solues e participam de maneiracriativa nos processos sociais. Ou seja, a
EAD, pelos prprios mecanismos pedaggicos adotados, favorece a formao de cidados
mais engajados socialmente, conscientes de sua autonomia intelectual e capazes de se
posicionar criticamente diante das mais diversas situaes.
As aes de EAD so norteadas por alguns princpios, entre eles:
Flexibilidade, permitindo mudanas durante o processo, no s para os professores,
mas tambm, para os alunos.
Contextualizao, satisfazendo com rapidez demandas e necessidades educativas dita-
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acesso mediante logine senha, existem materiais de apoio como textos complementa-
res, biblioteca, links e outros recursos que podem ajudar a dirimir dvidas.
Responder a todas as atividades que se encontram em cada seo ou tpico do livro-texto. Elas foram elaboradas para fixar melhor os contedos. Um dos fundamentos que
orientam a produo de material didtico em EAD possibilitar uma maior interao do
aluno com o texto. Para isso, ele permeado por questionamentos e indagaes que
procuram construir um dilogo entre o leitor e o autor, levando o primeiro a estabelecer
uma linha de raciocnio que vai sendo reforada a cada reflexo levantada. A idia que
o aluno v conversando com o texto, concordando, discordando, pesquisando, argumen-
tando e fortalecendo seu processo de construo do conhecimento.
Formar grupo de estudos e discutir os contedos das disciplinas. A interao com outros
colegas permite reflexes, troca de experincias e, consequentemente, facilita a apren-
dizagem.
Visitar rotineiramente o AVA, pois l encontrar as mais diversas informaes e se man-ter atualizado(a) sobre todas as atividades. Um dos pilares que assegura a permann-
cia do aluno num curso de EAD a frequncia com que ele visita os ambientes virtuais
que so disponibilizados. Ele no s encontrar informaes atualizadas sobre o curso,
mas se sentir integrado rede de profissionais que so responsveis que execuo do
curso. Com a internet e as ferramentas criadas pelas novas tecnologias da informao e
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Figura 1: Estrutura disponibilizada para alunos nos cursos oferecidos na modalidade EAD naUAB/UECE
Os cursos de educao a distncia vinculados ao sistema UAB tem seu formato apoi-
ado na estruturao dos materiais didticos utilizados por todos os envolvidos no processo
educacional. Esses materiais se transformam em importantes canais de comunicao entre
1. Biblioteca Virtual2. Noticias3. Contedo extra4. Tutoria a distncia5. Foruns de discusso6. Secretaria do curso7. Controle Acadmico
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Videoconferncias.
Quadro branco eletrnico
Encontros presenciais ministrados por Professores formadores.A seguir detalharemos cada um desses recursos.
6.1. Material Impresso
A proposta de estruturao do material impresso tem como objetivo superar a conven-
cional tradio expositivo-descritiva e levar tanto o estudante quanto o professor a constru-rem juntos, o conhecimento. Esta abordagem significa ir alm do domnio de tcnicas, afinal,
o professor um profissional de quem se exige muito mais que apenas seguir receitas, gui-
as e diretrizes, normas e formas como moldura para sua ao.
importante que os materiais didticos estejam integrados. Os autores de livros de-
vem relacionar o contedo impresso com o ambiente onlinee com a temtica das videocon-
ferncias. Esta indicao motiva o estudante a utilizar todos os recursos disponveis no cur-
so.
Num projeto que se caracteriza como formativo e comprometido com o processo de
ensino/aprendizagem, como o caso dos cursos da UAB/UECE, o meio impresso assume a
funo de base do sistema de multimeios. No porque seja o mais importante ou porque
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Quadro 2Capacidade de memorizaoPercentagem dos dados memorizados pelos estudantes
10% do que lem
20% do que escutam
30% do que vem
50% do que veem e escutam
79% do que dizem e discutem
90% do que dizem e depois realizam
Quadro 3Mtodos de ensino x memria x tempo
Mtodos de ensino Dados mantidos aps 3 horas Dados mantidos aps 3 dias
Somente oral 70% 10%
Somente visual 72% 20%
Oral e visual juntos 85% 65%
O uso dos recursos audiovisuais, especialmente o vdeo (DVD) amplia a capacidade
de aprendizagem dos estudantes bem como atua no sentido da manuteno dessas
informaes na memria, por mais tempo. O vdeo (DVD) apresenta mltiplas possibilidades
pedaggicas e usos diversificados, no entanto, no caso dos cursos da UAB/UECE as
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Apesar de no ser fator preponderante para o sucesso de cursos a distncia (Sherry,
1996)25, o oferecimento de bons e diversos recursos de interao permite ao professor maior
flexibilidade para definir a metodologia que ser utilizada para o desenvolvimento do curso.O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) adotado nos cursos da UAB/UECE o
Moodle. Trata-se de um sistema de gerenciamento de cursos on line de cdigo aberto, cujo
desenho est baseado na adoo de uma pedagogia socioconstrucionista, que busca pro-
mover colaborao, atividades individuais e compartilhadas, reflexo crtica, autonomia, en-
tre outros aspectos. Ele oferece um ambiente seguro e flexvel, permitindo-se adapt-lo s
necessidades de qualquer curso a distncia ou daqueles que, mesmo sendo presenciais,
desejem utilizar um AVA como recurso adicional.
O Moodle disponibiliza variados recursos que sero empregados no processo de edu-
cao a distncia, tais como: downloade uploadde materiais diversos (texto, imagem, som),
chats, fruns, dirios, tarefas, oficina de construo colaborativa (wikis),pesquisas de opini-
o e avaliao, questionrios (permitem se criar exames on-line) etc. Alm disso, possibilitaa incluso de novas funcionalidades disponveis na forma de plugins, como por exemplo,
sistema de e-mail interno.
Outros recursos do AVA facilitaro a administrao do curso, como o envio de mensa-
gens instantneas entre alunos ou destes para seus tutores ou vice-versa; fruns de tutores,
em que coordenadores, professores e tutores podem discutir assuntos de interesse do cur-
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Uso prprio de videochats.
Uso de recursos modernos da tecnologia digital, como: sinalizao dos alunos ativos,
envio de "torpedos" (como nos telefones celulares), e outros. Recursos de gerenciamento(como: estatsticas e filtros de pesquisa, muito teis para
Tutores).
Facilidade para ativao de vrios aplicativos(MS Office e outros).
Processamento tanto em ambiente Windows quanto Linux.
Foco para a interao, destacando-se recursos como fruns e chats(ou videochats).
Programado em software livre, com enfoque multidisciplinar (enfoque sistmico da
administrao, assim como apoios da educao, informtica e comunicao, principal-
mente).
Foco para a aprendizagem, em quaisquer reas de uma instituio, seja de ensino,
extenso ou pesquisa; a plataforma vem sendo usada para apoio ao ensino, a cursos de
capacitao, bem como a grupos de pesquisa.
Possibilidade de incorporar recursos de outras plataformas de software livre; por
exemplo, a plataforma incorporou recentemente o recurso de SCORM do Moodle.
6.4. Videoconferncia
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Ampliao da capacidade de comunicao e apresentao.
Agilidade e aumento da produtividade, pois permite maior interao entre os participan-
tes. Economia de recursos, com a reduo dos gastos com viagens.
Economia de tempo, evitando o deslocamento fsico para um local especial.
Comodidade de estar em mais de um lugar ao mesmo tempo, pois permite a comunica-
o simultnea entre pessoas distantes umas das outras.
Resoluo parcial de problemas de planejamento e agendamento de encontros, aulas ou
reunies, pois no necessrio deslocamento pelos participantes, resultando em prati-
cidade.
Mais um recurso de pesquisa, j que a reunio pode ser gravada e disponibilizada poste-
riormente.
Visualizao de documentos e alterao pelos integrantes do dilogo em tempo real.
Compartilhamento de aplicaes.
Compartilhamento de informaes (transferncia de arquivos).
A videoconferncia por internet traz ao modelo de EAD alguns avanos relacionados
criticada impessoalidade existente nas demais ferramentas, pois permite estabelecer conta-
to visual entre os alunos e professores.
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ficamente. Uma soluo simples, mas que diminui a interao, permitir que apenas o
professor possa escrever no quadro;
Quando escrever:o professor pode autorizar o aluno a usar o quadro quando este soli-citar, garantindo assim maior clareza das informaes. Como soluo tecnolgica, pode-
se usar um mecanismo de controle da caneta, que o professor liberaria, quando neces-
srio, para um dos participantes;
Controle de cores: o estabelecimento de uma cor de caneta para cada participante
possibilitaria a identificao do contedo com o seu autor. Entretanto, em um nmero
no muito grande, pode gerar certa confuso visual com o excesso de informaes;
Controle do apagador:deve-se definir quem detm o controle do apagador, pois este
pode interferir no desenvolvimento de ideias de outros participantes. Com o controle de
cores, cada participante poderia apagar contedo escrito com sua cor.
Com a definio de normas, ou com a criao de suportes tecnolgicos, o quadro
branco se constitui como uma ferramenta excelente para a apresentao ou discusso deideias em grupo.
6.6. Encontros presenciais ministrados por professores formadores
O Decreto N 5.622/2005 em seu1o do artigo 1 explicita que:
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Os encontros presenciais seguiro planejamentos especficos e sero ministrados pe-
los Professores formadores com a colaborao dos tutores a distncia e presencial.Em cada disciplina existem trs encontros presenciais, delineados com o seguinte
padro:
1 Encontro Presencial:apresentao geral do livro/mdulo didtico e das grandes
temticas da disciplina contextualizando-as a partir do PPC do curso.
2 Encontro Presencial:momento que dever priorizar a aplicao das Prticas como
Componente Curricular (PCC) nas disciplinas de contedo cientfico, atravs da inser-
o de aulas prticas, aplicao de jogos didticos, viagens de campo, visitas tcnicas,
estudos de casos, seminrios dos alunos, fichamento de livros didticos utilizados nos
ensinos fundamental e mdio, dentre outros.
3 Encontro Presencial:reservado para revises de contedos, tira-dvidas e aplicao
da avaliao presencial.
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7. Sistemtica de Avaliao
O processo de avaliao de ensino e aprendizagem na Educao a distncia, embora
possa sustentar-se em princpios anlogos aos da educao presencial, em alguns aspectos
requer tratamentos e consideraes especiais. No contexto da EAD, o aluno no conta, co-
mumente, com a presena fsica do professor, portanto, torna-se necessrio desenvolver
mtodos de trabalho que oportunizem ao aluno: buscar a interao permanente com os pro-
fessores e com os Tutores; obter confiana frente ao trabalho realizado, possibilitando-lhe
no s o processo de elaborao de seus prprios juzos, mas, tambm, de desenvolvimen-
to de sua capacidade de analis-los.
A avaliao parte do estabelecimento de uma rotina de observao, descrio e anli-
ses contnuas da produo do aluno, que, embora se expresse em diferentes nveis e mo-
mentos, no devem alterar a condio processual da avaliao. Embora a avaliao se dde forma contnua, cumulativa, descritiva e compreensiva, possvel particularizar quatro
momentos no processo:
Acompanhamento do percurso de estudo do aluno em dilogos e entrevistas com os Tu-
tores.
Produo de trabalhos escritos que possibilite uma sntese dos conhecimentos trabalha-
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desenvolvendo-se de forma contnua, cumulativa e compreensiva.
Em cada disciplina sero aplicados instrumentos diversificados: trabalhos, pesquisas,
atividades laboratoriais, atividades de campo, relatrios, atividades no AVA e provas escritas(realizadas presencialmente).
Os avanos no campo da Pedagogia e da Psicologia recomendam que a atividade de
avaliao no deve ser uma atividade solitria do professor como comum na nossa
tradio educacional. A diversificao de instrumentos de avaliao aconselha, como forma
de garantir a reduo da subjetividade, o trabalho em equipe de professores.
A amplitude dos instrumentos de avaliao disponveis e o trabalho coletivo dos
professores ajudam na atribuio das qualidades avaliativas de cada um dos instrumentais,
na aferio das avaliaes e na reduo das divergncias classificatrias.
Este trabalho de equipe no deve ser visto, apenas, no mbito de uma disciplina, j
que todos os professores partilham objetivos de desenvolvimento de competncias
transversais, comuns. Nessa perspectiva, espera-se que a avaliao tenha mltiplascaractersticas, quais sejam:
basear-se- numa grande diversidade de dados significativos, recolhidos
por mltiplos instrumentos, globalizante (abrangendo competncias
relevantes nos domnios cognitivo, afetivo e motor), sistemtica (visto
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se somente no final do processo ensino-aprendizagem, mas em vrios momentos e com
objetivos diferentes. O quadro 4 apresenta uma proposta para os diversos tipos e momentos
de avaliao.
Quadro 4Tipos e momentos de avaliao de aprendizagem
Os tipos de avaliao procuram dar conta de mltiplas facetas, sendo que cada um
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Avaliao somativatem como objetivo estabelecer balanos confiveis dos resultados
obtidos ao final de um processo de ensino-aprendizagem.
Como prtica docente, a avaliao deve ser contnua e sistemtica. Ela contnua,porque compreendida como elemento de reflexo permanente sobre o processo de
aprendizagem do aluno, levantando seu desenvolvimento atravs de avanos, dificuldades e
possibilidades; e sistemtica porque deve ser vista como uma ao que ocorre durante todo
o processo de ensino e aprendizagem, contribuindo para o sucesso da tarefa educativa.
Nessa ao avaliativa sistemtica, privilegiam-se os aspectos qualitativos, destaca-se a
importncia do registro da caminhada de cada aluno, bem como os aspectos quantitativos
de verificao do desempenho do aluno que possibilitem a reflexo sobre os resultados,
incluindo a participao no s do professor, mas do prprio aluno.
Nesta perspectiva, a avaliao proporciona ao aluno, ao professor e aos Tutores uma
anlise reflexiva dos avanos e dificuldades do processo ensino e aprendizagem. Para o
aluno, a avaliao se torna um elemento indispensvel no processo de escolarizao, vistopossibilitar ao mesmo acompanhar o seu desempenho e compreender seu processo de
desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. a tomada de conscincia de seus avanos,
dificuldades e possibilidades de novas aprendizagens.
Para o professor e tutores a avaliao tem um papel relevante porque fornece
subsdios para uma reflexo contnua sobre sua prtica, criao de novos instrumentos e
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b) Momentos presenciais: compreender exames escritos e apresentao de resultados
de estudos e pesquisas.
Somente com a realizao e a participao nestes dois momentos de avaliao far-se- a valorao do desempenho do aluno que dever seguir os critrios definidos pelo
Regimento interno da UECE.
Tendo em vista que o ensino a distncia objetiva desenvolver no aluno a capacidade
de produzir conhecimentos, analisar e posicionar-se criticamente frente a situaes
concretas, experimentando mtodos de trabalho que oportunizem a vivncia da autonomia
no processo de elaborao de seus prprios juzos, o processo de avaliao da
aprendizagem nessa modalidade de ensino requer tratamento e consideraes especiais.
importante, portanto, desencadear um processo de acompanhamento a distncia do
aluno que possibilite informaes sobre vrios aspectos, dentre os quais:
Graus de dificuldades encontrados na relao com os contedos estudados.
Desenvolvimento das propostas de aprofundamento dos contedos. Estabelecimento de relaes entre os contedos estudados e sua prtica pedaggica.
Uso de material de apoio e bibliografia.
Participao nas atividades propostas.
Interlocuo com professores, Tutores e colegas.
Pontualidade nos momentos presenciais, e na entrega dos trabalhos e no ambiente de
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MeNPD = (ND1+ ND2+ ....) x 4 + (NP1+ NP2+ ..) x 5 + (NA1+ NA2+ ...) x 1______________________________________________________
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Na qual:ND = Nota de atividade a distncia
NP = Nota de atividade presencial
NA = Nota de auto-avaliao
MeNPD = Mdia ponderada das atividades presenciais e a distncia
A mdia ponderada visa cumprir a determinao do 2 do Art. 4 do Decreto N 5.622
de 19 de dezembro de 2005.O aluno submetido ao exame final ser aprovado na disciplina se obtiver neste exame
nota (NEF) igual ou superior a 3,0 (trs) e Mdia Final (MF) igual ou superior a 5,0 (cinco),
calculada pela seguinte frmula:
MF =2
NEFMeNPD
Na qual:NEF = Nota de Exame Final
MF = Mdia Final
MeNPD = Mdia ponderada das atividades presenciais e a distncia,
Sendo que: (1) a mdia ponderada entre as notas presenciais e a distncia (MeNPD) e
Mdia Final (MF), quando necessrio, devem ser arredondadas primeira casa decimal; (2)
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Como ento avaliar, isto , qualificar, emitir um juzo de valor sobre as condies ade-
quadas para a efetivao de aes programadas? Como esperar resultados satisfatrios de
avaliao, quando no se consideram as especificidades de cada contexto? possvel ava-liar de forma homognea, com os mesmos critrios, objetivos e estratgias as instituies ou
rgos educacionais, num pas de diversidade cultural, como o Brasil? evidente que
no.
Portanto, h que se pensar em projetos de avaliao especficos a cada contexto, en-
volvendo todos os agentes, dialogando, construindo critrios, e tomando decises; faz-se
necessrio que haja uma valorizao no processo de avaliao, da ao poltica dos gesto-
res, professores e coordenadores de programas, projetos e/ou cursos e professores, consi-
derando-se sempre seus nveis de atuao e uma valorizao dos fatores econmicos que
determinam suas condies de oferta.
A avaliao no deve servir para sentenciar quem Regular, Bom ou Excelente, pa-
ra fazer um ranking; esta uma atitude questionvel no processo avaliatrio. A avaliao ,antes de tudo, uma descrio e anlise de processos e produtos para uma tomada de deci-
so de como repensar o fenmeno avaliado, replanejando-o em suas aes; por esta razo
ela deve ter sempre um carter democrtico e multicultural, com princpios que respeitem a
liberdade de escolha. Ela pode ser orientada, mas no imposta, deve abrir caminhos, resol-
ver conflitos, sem favorecimentos, vendo na diversidade uma possibilidade para a constru-
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desenvolvimento, praticando uma avaliao orientada para a tomada de deciso, assumindo
essa avaliao uma funo operatria, na perspectiva formativa-reguladora possibilitando as
correes e os ajustes necessrios comprovao, ou no, da eficincia e da eficcia doProjeto.
Propor a avaliao do projeto de cursos da UAB/UECE na modalidade a distncia
um desafio posto equipe de avaliao, que a utilizar como instrumento de apoio tomada
de deciso ao longo do desenvolvimento das aes desse projeto, possibilitando a emisso
de juzos de valor, sempre que se fizerem necessrios. Ser um processo de avaliao
monitorado, que visar busca da qualidade das aes planejadas e realizadas, possibili-
tando a emisso de um juzo de valor sobre a eficincia e a eficcia das aes desse proje-
to.
O Projeto UAB/UECE pode ser considerado como emergente, ou seja, novo, e por-
tanto, tem uma estrutura organizativa em construo, exigindo processos avaliativos que
subsidiem essa construo, com dados que expressem a qualidade de sua evoluo, consi-derando que os seus objetivos vo se consolidando ou at transformando-se continuada-
mente, a partir de novos fatos que emergem da realidade, condicionados por fatores polti-
co-sociais e econmicos.
Com essa viso de projeto emergente, justificvel a adoo de processos avaliat i-
vos dialgicos, democrticos, flexveis e participativos, colocando em destaque as dimen-
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7.2.1. Objetivos da avaliao institucional
Realizar a avaliao do projeto a partir de seus objetivos gerais e dos objetivos definidosnos Projetos Pedaggicos dos cursos ofertados;
Avaliar cada curso, monitorando os resultados alcanados e sua relao com os proces-
sos de gesto, identificando-se os ajustes que se fizerem necessrios;
Criar uma cultura avaliativa nos gestores e na comunidade acadmica, sensibilizando-os
em todas as etapas do processo de avaliao.
Alguns pressupostos que orientaro a avaliao do projeto em questo devem ser ex-
plicitados, quais sejam:
Avaliao Intrnseca: o projeto ser avaliado no s confrontando-se o proposto com o
realizado, mas tambm, na sua essncia pedaggica, analisando-se a sua consistncia
terico-metodolgica e a dos Projetos Pedaggicos dos cursos, considerando-se a for-
mao profissional proposta e sua adequao ao contexto onde esto sendo desenvol-vidos;
Avaliao Participativa:haver o envolvimento de gestores, coordenadores, professo-
res orientadores, Tutores, produtores de textos didticos e pessoal de apoio tcnico-
administrativo.
Avaliao formativa e somativa: identificar-se- as orientaes terico-metodolgicas
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7.2.2. Natureza da avaliao e suas metodologias
Utilizaremos a chamada avaliao participativa, no decurso do Projeto, entendidacomo uma avaliao-regulao, orientada para a tomada de deciso; um processo de ao
e anlise crtica permanente (NOVOA e ESTRELA, 1993).28As caractersticas desse tipo de
avaliao, associadas a cada uma de suas funes esto expressas no quadro que se se-
gue:
Funes Caractersticas
Operatria Orientada para a ao e a tomada de deciso.
Permanente Intervm ao longo do ciclo de vida de um projeto, e no apenas no seu termo.
Participativa Associa os atores procura e concretizao de solues operatrias.
Permite o confronto e a negociao entre os pontos de vista dos atores.
Efetua devolues sistemticas aos atores.
Formativa Cria as condies de uma aprendizagem mtua atravs da prtica.
Favorece o dilogo e a tomada de conscincia coletiva, ao servio da eficcia da a-
o.
Fonte: Nvoa Antnio e Estrela Albano (1993, p. 123)
A partir dessas funes e caractersticas, afirma-se que a proposta de avaliao em
questo, est concebida na perspectiva formativa-reguladora na medida em que cria ins-
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ses objetivos ao longo do processo avaliativo. Acatamos tambm as ideias de avaliao
formativa e somativa de Scriven (1967) apud VIANNA.
Na perspectiva do autor, no existe uma diferena lgica ou metodolgica entre a ava-liao formativa e a somativa, na medida em que ambas determinam o valor e o mrito de
um projeto; as diferenas residem no tempo de aplicao, na populao alvo a que se desti-
nam. O autor discute ainda a necessidade de uma meta-avaliao, que deve ter como obje-
tivo identificar problemas na avaliao. Scriven (1974) apud Vianna (2000) aponta alguns
aspectos que devem ser considerados na avaliao formativa/somativa:
a) uma avaliao a servio da ao;
b) uma avaliao processual
c) um grau de implementao das aes e,
d) competncias planejadas
No seu modelo de avaliao, o autor afirma ter a avaliao duas funes: a formativa
e a somativa. A formativa fornece informaes que visam melhoria do projeto em suaspartes e no seu todo; a somativa fornece informaes sobre o valor final do projeto.
Cada uma dessas funes est relacionada a um tipo de julgamento: o intrnseco, (de
contedo, materiais, currculo) e o extrnseco (de efeitos do projeto). A funo formativa
permite julgamentos dos efeitos intermedirios do projeto (retroalimentao) e a somativa
(julgamento final dos efeitos). Outro autor que discute a ideia de avaliao formativa-
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Fonte: SILVA, Jansen Filipe. Avaliao na perspectiva formativa-reguladora. Editora Mediano, 2004,
p. 33.
O autor afirma ainda que alguns princpios devem ser adotados nesse tipo de avalia-
COMPROMISSO SOCIAL(PROJETO SOCIETRIO)
PROJETO POLTICO-PEDAGGICO COMOELEMENTO ARTICULADOR DA PRTICA
PEDAGGICAPEDAGOGIA DIFERENCIADA
CURR CULO FLEX VEL E CON-TEXTUALIZADO
PESQUISA COMO PRINC PIO DOTRABALHO PEDAGGICO
ESCOLA COMO LOCUS DE APRENDIZAGENS, DEMULTIPILICIDADE CULTURAL, DE TENSES E A-
BERTA A MUDANAS
CENTRALIDADE NAS APRENDIZAGENSSIGNIFICATIVAS
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Fonte de Valores: comunidade acadmica (Pluralismo de Valores)
Audincia a que se deve prestar contas: a comunidade acadmica e
segmentos da comunidade que, direta ou indiretamente, participam do
Projeto.
Papel do Avaliador: facilitador, educador.
Tcnicas de coleta de dados: acessveis a pessoas no especializadas.
Proprietrio de informaes produzidas: todos os interessados.
Conceitos-chaves: confidencialidade, negociao, acessibilidade, e direi-
to de saber. (MACDONALD apud NOVOA 1993).
Portanto, o processo de avaliao do Projeto UAB/UECE na modalidade a distncia,
orientar-se- por essa metodologia. Por se tratar de um Projeto com Cursos a distncia, com
instrumentos e ambientes virtuais, haver a avaliao de aspectos especficos tais como:
Tutoria, mdulos de ensino-aprendizagem, materiais didticos de apoio, uso de plataformas
e videoconferncias, o que exigir instrumentos de avaliao adequados para captarem asevidncias referentes qualidade desses aspectos, em cada curso.
O processo avaliativo atender s especificidades da modalidade a distncia, conside-
rando que:
O sistema de EAD envolve instrumentos e espaos virtuais de convivncia, exigindo do
professor-formador e do Tutor, competncias especficas que devem ser avaliadas. Ca-
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8. Recursos humanos para o projeto EAD na UECE
Para assegurar o desenvolvimento do projeto de EAD da UAB/UECE foram estrutura-
das equipes de trabalho que se responsabilizam pela logstica da produo centralizada dos
diversos segmentos necessrios para a implementao dos cursos, entre eles:
Concepo, design instrucional e organizao dos recursos pedaggicos;
Coordenao dos cursos e plos; Desenvolvimento e manuteno do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Moodle;
Gerenciamento das ferramentas de EAD disponveis;
Concepo e implantao da avaliao institucional;
Gesto pedaggica, administrativa e financeira dos convnios e projetos vinculados ao
sistema UAB;
Editorao, diagramao e reviso dos materiais impressos;
Concepo, produo e gravao de videoaulas e videoconferncias;
Desenvolvimento, utilizao e formao continuada para os profissionais envolvidos, no
uso do quadro branco.
A seguir descreveremos as atividades de cada grupo profissional envolvido.
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rincia com produo de material para EAD e edito-rao de livros didticos.Elineide Veras de Paula Vasconcelos
Graduada em Estatstica e especialista em estatsti-ca pela Universidade Federal do Cear. Licenciadaem Letras Portugus e Ingls e Mestre em Letraspela Universidade Federal do Cear. Professoraaposentada da Universidade Federal do Cear atuaem ensino da lngua Inglesa, Educao a distncia.
Professora aposentada
como Assistente I daUniversidade Federaldo Cear.
Assessoria pedaggica
da UAB/UECE
Igor Lima RodriguesGraduado em Pedagogia pela Universidade Esta-
dual do Cear. Especialista em Avaliao Institucio-nal/UECE. Mestre em Educao/UFC. Doutorandoem Educao/UFC. Atua na rea de educao adistncia e avaliao institucional com nfase emambientes virtuais de aprendizagem e avaliaocurricular
Coordenador do ambi-ente virtual de apren-
dizagem da UAB e daSATE
Jeandro MesquitaGraduado em Computao pela UECE. Mestre em
computao aplicada MPComp/UECE. Tem experi-ncia na rea de Cincia da Computao, com n-fase em redes de computadores, atuando princi-palmente nos seguintes temas: redes sem fio, ava-liao de desempenho e novas tecnologias parainternet
Professor assistenteda UFC (Campus de
Quixad)
Coordenador de Tec-nologias da Informa-
o e Comunicao daUAB/UECE
A equipe multidisciplinar constituda ainda por um conjunto variado de profissionais
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Setor de Tecnologia da Informao:coordenado por professor integrante da equipe multidisci-
plinar, compete a este setor disponibilizar apoio ao hardware do sistema EAD, incluindo servios
de suporte, heldesk, gerenciamento de web conference junto a RNP, programao, etc.
Acompanhamento da execuo fsica e financeira dos convnios: professor responsvel
pelo acompanhamento da execuo fsica e financeira dos convnios, incluindo acompanhamen-
to dos processos licitatrios, emisso de passagens e dirias e prestao de contas dos conv-
nios.
Setor de acompanhamento pedaggico:constitudo de professores que acompanham os Pro-
jetos Pedaggicos dos cursos, contribuindo com estudos, reflexes e discusses sobre o anda-
mento dos mesmos. Os profissionais que atuam neste setor tem profcua articulao com a Pro-
reitoria de Graduao visando articular os projetos dos cursos presenciais e a distncia, em bus-
ca de maior convergncia, e tambm para acompanhar a produo de normas e resolues rela-
tivas as atividades de graduao, adequando-as as especificidades da EAD.
Setor de avaliao:constituda por profissionais com experincia de pesquisa em avaliao, a
quem cabe conceber, estruturar, desenvolver e aplicar procedimentos relativos a avaliao de
processos pedaggicos dos cursos, avaliao institucional, etc.
Alm da equipe supra citada, o desenvolvimento dos contedos disciplinares dos di-
versos cursos conta com um quadro de professores conteudistas, formadores e orientado-
res a quem cabe um conjunto de competncias e atribuies no escopo dos cursos, confor-
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Professor Formador: responsvel pelas disciplinas. Estar disposio para esclareci-
mento de dvidas dos estudantes e/ou tutores a partir de cronograma estabelecido junto a
cada docente. O professor ser selecionado, prioritariamente, entre os docentes vinculadosa UECE, considerando sua formao, aptido e habilidade para conduzir a disciplina. Aps
a seleo, o professor deve participar do processo de formao sobre EAD, produo de
material didtico para as disciplinas do curso, sistemtica de acompanhamento presencial e
a distncia, mecanismos de avaliao para EAD, questes relativas ao processo de orienta-
o da monografia, etc. No que diz respeito dimenso do acompanhamento e avaliao do
processo ensino-aprendizagem, so funes do professor formador:
Participar dos cursos e reunies para aprofundamento terico relativo aos contedos
trabalhados nas diferentes reas;
Planejar e definir, com a Coordenao e tutores, o cronograma das atividades da
disciplina de acordo como o calendrio acadmico do curso;
Analisar o material didtico da disciplina bem como indicar textos e fontes de pesquisacomplementar, quando for o caso;
Organizar a apresentao de slides da disciplina para posterior gravao da videoaula;
Elaborar as atividades a distncia que representaro as avaliaes a distncia e
equivalero a frequncia e auxiliar na correo por parte dos tutores (apresentar gabarito
para a correo por parte dos tutores);
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Preparar aulas de videoconferncia;
Planejar e participar das atividades presenciais;
Elaborar novos contedos a serem disponibilizados na internet; Detectar problemas dos alunos e tutores, buscando encaminhamentos e solues;
Estimular o aluno em momentos de dificuldades para que no desista do curso;
Participar ativamente do processo de avaliao de aprendizagem;
Preparar atividades de recuperao de aprendizagem;
Relacionar-se com os demais professores, na busca de contribuir para o processo de
avaliao do curso.
Professor Orientador: atuar nas disciplinas preparatrias do trabalho de Concluso de
Curso. Dentre suas atividades destacam-se:
Participar dos cursos de formao oferecidos pela UAB/UECE em horrio e local a se-
rem divulgados posteriormente no site.
Estabelecer, com o orientando, o plano de estudo, o respectivo programa, os horrios eformas de atendimento e outras providncias necessrias.
Formular ou rever o tema de estudo a ser investigado, quando for o caso, e o planeja-
mento a partir da proposta de Trabalho de Concluso de Curso.
Analisar e avaliar as etapas produzidas, apresentando sugestes de leituras, estudos ou
experimentos complementares, contribuindo para a busca de solues de problemas
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Propor procedimentos que melhorem o desempenho dos estudantes.
Conhecer detalhadamente os materiais e procedimentos de construo e finalizao do
TCC. Informar por meio de Parecer a Coordenao do curso, ao final do processo de elabora-
o do TCC, se o trabalho se encontra em condies de ser apresentado.
Oficializar Coordenao do Curso os casos passveis de avaliao e aprovao de
TCC, para agendarem data e hora de apresentao da defesa pblica do mesmo.
Realizar duas viagens ao(s) polo(s) no(s) qual(is) possui(em) orientandos, com vistas a
acompanhar de forma presencial, o trabalho desenvolvido pelos mesmos, visando me-
lhor acompanhamento do TCC, em datas previamente acordadas com a Coordenao.
Preencher e assinar a Ficha de Avaliao Individual e a Ata da Banca Examinadora.
Presidir a Banca Examinadora de apresentao dos seus orientandos e participar como
membro das Bancas Examinadoras de orientandos de outros professores do mesmo po-
lo, conforme calendrio previamente acordado com a Coordenao do curso. Solicitar aos demais integrantes da Banca Examinadora o preenchimento, assinatura e
devoluo das Fichas de Avaliao Individual e do Parecer da Banca Examinadora, para
entrega Coordenao do Curso, juntamente com a verso final do TCC, de acordo
com as normas da UECE.
Resolver, sob superviso da Coordenao do Curso, questes relacionadas ao TCC, em
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manncia dos mesmos no curso. O nmero de tutores a distncia definido obedecendo a
regra de 1 tutor para cada grupo de 25 alunos. O tutor a distncia escolhido por processo
seletivo, prioritariamente entre os professores da Universidade e ter como critrios para ocandidato funo:
Ser graduado ou ps-graduado em Cincias Biolgicas e/ou reas afins;
Ter dedicao de carga horria compatvel com seu contrato, incluindo possveis
atividades inerentes Tutoria fora do seu horrio normal de trabalho e viagens;
Ter facilidade de comunicao;
Ter conhecimentos de informtica;
Participar de formaes e capacitaes relacionadas ao curso.
Aps a seleo, o candidato deve participar do processo de formao sobre EAD, pro-
duo de material didtico para as disciplinas do curso, sistemtica de acompanhamento
presencial e a distncia, mecanismos de avaliao para EAD, etc.
No que diz respeito dimenso do acompanhamento e avaliao do processo ensino-aprendizagem, so funes do tutor distncia:
Participar dos cursos e reunies para aprofundamento terico relativo aos contedos
trabalhados nas diferentes reas;
Realizar estudos sobre a educao a distncia;
Participar de projetos de pesquisa e/ou extenso juntamente com professores formado-
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Mostrar problemas relativos modalidade da EAD, a partir das observaes e das crti-
cas recebidas dos alunos;
Participar do processo de avaliao do curso.Tutor presencial: far o acompanhamento dos estudantes nos Plos presenciais, permitin-
do acesso infraestrutura, esclarecendo dvidas tcnicas sobre o ambiente de aprendiza-
gem e motivando os alunos. Ocupa papel importante atuando como elo de ligao entre os
estudantes e a UECE. O tutor presencial poder ser professor da rede pblica estadual ou
municipal, da cidade sede do Polo, e sero selecionados pela UECE, ouvidas as instituies
parceiras. Os tutores presenciais devem apresentar o seguinte perfil:
Ser graduado ou ps-graduado em Cincias Biolgicas e/ou reas afins;
Ter experincia comprovada de pelo menos 1 ano no magistrio da Educao Bsica;
Ter facilidade de comunicao;
Ter conhecimentos de informtica;
Participar de formaes em EAD.Para garantir o processo de interlocuo permanente e dinmico, a tutoria utilizar no
s a rede comunicacional viabilizada pela internet, mas tambm outros meios de comunica-
o como telefone, fax e correio, que permitiro a todos os alunos, independentemente de
suas condies de acesso ao Plo, contar com apoio e informaes relativas ao curso.
A comunicao ser realizada nas formas de contato aluno-professor, aluno-tutor e a-
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sencial, sendo exigido experincia administrativa no ensino superior, de pelo menos, 2 anos.
O coordenador presidir o colegiado do Curso, constitudo pelos professores (conteudistas e
formadores), tutores (a distncia e presencial) e coordenadores de Plo. O coordenador doCurso contar com apoio de um coordenador de tutoria que atuar nas atividades de apoio
aos Plos presenciais e no desenvolvimento de atividades de pesquisa e extenso universi-
trias relativas ao curso.
Coordenador de Tutoria: acompanha o desenvolvimento das atividades da tutoria em
relao ao estudo das unidades atravs do AVA. Ser selecionado entre os professores
efetivos de curso de Cincias Biolgicas presencial, sendo exigido experincia
administrativa no ensino superior, de pelo menos, 2 anos. No que diz respeito dimenso
do acompanhamento e avaliao do processo ensino-aprendizagem, so funes do
coordenador de tutoria:
Orientar a respeito da preparao do material da disciplina;
Preparar materiais para capacitao de Tutores- captut; Supervisionar a entrega das provas e trabalhos com os respectivos gabaritos, quando for
o caso;
Intermediar as possveis dificuldades de comunicao entre professores e Tutores e a
demanda dos tutores com vistas ao correto andamento da disciplina;
Oferecer suporte ao coordenador do Curso nas questes que envolverem os professores
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Colaborar com a coordenao do curso na definio de aes de planejamento, acompa-
nhamento e avaliao de todas as atividades de estgio.
Participar dos cursos de formao oferecidos pela UAB/UECE em horrio e local a divul-gados no site.
Estabelecer, com os Supervisores de Estgio, o plano de estgio a partir das ementas
das disciplinas e legislao especifica da UECE para o Estgio Supervisionado, o calen-
drio de reunies mensais e semestrais.
Analisar e avaliar o andamento de cada grupo de alunos dos Supervisores de Estgio,
apresentando sugestes de encaminhamentos, contribuindo para a busca de solues
de problemas surgidos no decorrer dos estgios.
Informar os supervisores de estgio sobre o cumprimento das normas, procedimentos e
critrios de avaliao do Estgio, de acordo com Normas da UECE/UAB.
Verificar junto s instncias acadmicas e administrativas da UECE se o pagamento do
Seguro dos estagirios foi efetivado. Solicitar ao Coordenador do curso, a abertura dos fruns e chats, conforme planejamen-
to prvio.
Facilitar aos estudantes a compreenso da estrutura e da dinmica do Estagio Supervi-
sionado estimular o bom desempenho dos mesmos.
Utilizar o Ambiente Virtual de Aprendizagem (MOODLE) para interaes sncronas e
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Apoiar a equipe gestora do Curso na preparao de seminrios ou outros eventos no
polo de apoio presencial, para socializao das atividades de estgio com a SME, esco-
la, alunos e outros interessados. Outras atribuies correlatas ao trabalho de estgio.
Coordenador de Polo: responsvel pela coordenao do Plo de apoio presencial, permi-
tindo o acesso dos alunos efetivamente matriculados infraestrutura existente, organizando
o funcionamento administrativo e acadmico do mesmo. Ocupa papel importante, mantendo
contato contnuo com a UECE e articulando com a Prefeitura ou Instituies parceiras as
condies de funcionamento e manuteno do Polo. O coordenador do Plo dever ser pro-
fessor da rede pblica estadual ou municipal, em efetivo exerccio a mais de 3 anos no ma-
gistrio da Educao Bsica. Em cada Polo deve haver um centro de apoio com infraestru-
tura e organizao de servios que permite o desenvolvimento de atividades de cunho ad-
ministrativo e acadmico do curso. A infraestrutura conta com laboratrio de informtica,laboratrios didticos de Matemtica, Qumica, Fsica e Biologia, biblioteca, sala de apoio
pedaggico e ambiente para videoconferncia. O processo seletivo para escolha do coorde-
nador de plo far-se- atravs de iniciativa conjunta da UECE com o municpio ou a Secre-
taria de Educao do Estado. So atribuies do coordenador de Plo:
Gerenciar as atividades administrativas do Plo, mantendo-o em funcionamento para
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Atender e apoiar as equipes externas que visitarem o Plo para proceder avaliaes
institucionais ou pesquisas.
A UECE conta com um Sistema Acadmico (SISACAD) para atender o controle da ativi-
dade acadmica dos alunos dos cursos de graduao nas modalidades presencial e dis-
tncia. O Sistema atende todo o registro da vida acadmica, desde o controle de chamadas
dos candidatos aprovados no exame vestibular at a emisso do diploma de graduao.
Entre outros recursos, permite a matrcula, gerenciamento de cursos, cadastros de discipli-
nas, turmas, fluxos e disponibiliza vrios relatrios gerenciais. O sistema possui o mdulo
Aluno-online totalmente WEB, acessado por navegador, onde possvel o aluno fazer o
acompanhamento de todas as disciplinas cursadas, realizar trancamento de disciplinas,
consultar e imprimir histricos e declaraes.
8.3. Plano Anual de Capacitao Continuada
Na UAB/UECE, os profissionais que atuam nos cursos oferecidos na modalidade EAD
so beneficiados com o Plano Anual de Capacitao Continuada (PACC) disponibilizado,
por Chamada Pblica, pela CAPES. Esses cursos ocorrem em perodos distintos, ao longo
do ano letivo, dando oportunidade dos tutores a distncia e presenciais, professores forma-
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Avaliao em EaD
Gesto de Sistemas de Educao a Distncia
A metodologia adotada consistiu de formao terica e atividades prticas utilizando aplataforma Moodle na qual foram modelados os cursos, disponibilizado o material e execu-
tadas as tarefas e avaliaes. Os contedos dos cursos foram trabalhados realizando pales-
tras de forma presencial na abertura em cada mdulo e depois os cursistas consultaram o
material, cumpriram as atividades, interagiram com os tutores e executaram as avaliaes
atravs do ambiente Moodle.
O processo avaliativo ocorreu utilizando a plataforma Moodle como ambiente de dis-
ponibilizao de atividades, utilizando situaes problema que deveriam ser resolvidas pelos
cursistas e depois corrigidas pelos professores responsveis pelos mdulos. A certificao
foi emitida pela Pr-Reitoria de Extenso da Universidade Estadual do Cear mediante o
cumprimento da carga horria e desempenho avaliado de cada cursista.
No ano de 2012 est sendo executado o Plano Anual de Capacitao Continuada2011 (PACC). uma iniciativa que faz parte das aes da Universidade Aberta do Brasil,
com apoio da CAPES e tem como objetivo qualificar profissionais que atuam no sistema
UAB/UECE e outros parceiros. Consiste de um curso de extenso universitria com 120
horas-aulas, divididos em quadro mdulos, abordando os seguintes temas: Tecnologias da
Informao e Comunicao em EAD, Tutoria e Docncia a distncia, Material didtico para
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9. Acompanhamento e atualizao do ProjetoPedaggico
Consideramos que a busca pelo aprimoramento constante do projeto pedaggico de
um curso deve ser um elemento norteador da qualidade dos servios educativos. Assim
sendo, sua constante reavaliao salutar para a garantia de sua pertinncia frente
legislao educacional vigente e s normativas internas da UECE que regem os cursos de
graduao e demais atividades relacionadas.A presente verso resultado da 3 reviso a partir da emisso inicial desse
documento em dezembro de 2008, sempre acompanhada do parecer tcnico da assessoria
pedaggica da PROGRAD e da Comisso de Acompanhamento Avaliativo dos Cursos do
Projeto UAB/UECE e da aprovao nos rgos Colegiados pertinentes.
O processo de avaliao contnua do PPC ser feita atravs do Ncleo Docente
Estruturante (NDE) do Curso, nos termos da Resoluo N 01 CONAES, de 17/06/2010. O
NDE ser composto por 5 Professores do Colegiado do Curso, sob a presidncia da
Coordenao do Curso e ter como atribuies bsicas:
Elaborar o PPC definindo sua concepo e fundamentos.
Estabelecer o perfil profissional do egresso do curso.
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Parte 2Curso de Graduao em Cincias
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1. Caracterizao do Curso
1.1. ApresentaoA oferta do Curso de Cincias Biolgicas, modalidade distncia, em parceria com a
Universidade Aberta do Brasil/UAB visa responder, prioritariamente, s necessidades de
formao e qualificao profissional de professores de Cincias e Biologia, atendendo s
exigncias das atuais transformaes cientficas e metodolgicas, j que entendemos que
as universidades pblicas tm compromisso precpuo com a qualidade dos Ensinos Funda-
mental e Mdio, por incluir, como uma de suas funes, a formao de recursos humanos
para esses nveis de ensino.
Para corresponder s demandas do mundo globalizado preciso participar da trans-
formao da realidade escolar e para isso imprescindvel a formao de docentes com
perfil condizente com a mudana de paradigmas que o atual momento histrico brasileiro
exige.Partindo dessa premissa de compromisso com a qualidade do nosso ensino e de pos-
se de bases slidas, construdas a partir das experincias acumuladas com o Curso Licen-
ciatura em Cincias Biolgicas, modalidade presencial, criado em 1998 e que j diplomou
em torno de 600 profissionais, que o Colegiado de professores do Curso de Cincias Bio-
lgicas/CCS, decidiu concorrer ao Edital de Seleo UAB No 01/2006-SEED/MEC/
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1.2. Justificativa
A partir da publicao da Lei de Diretrizes e Bases da Educao NacionalLDB (Lei
No9.394/1996) o acesso ao Ensino Fundamental passou a se constituir meta para todos os
estados da federao. Com a criao do Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do En-
sino Fundamental e de Valorizao do Magistrio (FUNDEF) institudo pela Emenda Consti-
tucional N 14, de 12/09/1996, e implantado em 01/01/1998, o processo de universalizao
do Ensino Fundamental caminhou a passos acelerados, inclusive no estado do Cear (grfi-
co 1).
Grfico 1
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Grfico 2
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
350000
400000
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Matrcula de Ensino Mdio
Cear 1998 - 2009
R. Estadual R. Municipal R.Particular
Em 2009, 88,5% da matrcula total de Ensino Mdio estava na rede pblica estadual,
cujo crescimento no perodo 2003 2009 foi de 15%, correspondendo a criao de 47.807
novas vagas (grfico 2).
Considerando que um docente das disciplinas Fsica Qumica e Biologia atuando
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Grfico 3
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Ensin o Mdio 10376 16138 53556 91349 120879 133505 97537 90518 76529 71270 52362 43567
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
Matrcula EJA - Ensino Mdio 1998 - 2009
No caso dos estabelecimentos de ensino, h que se registrar que todos os 184 mu-
nicpios do Estado possuem, pelo menos, uma escola de Ensino Mdio, evidenciando a alta
capilaridade das demandas docentes.
O grfico 4 mostra que a rede estadual ampliou em 94% o nmero de escolas de En-
sino Mdio no perodo 1998 2009. Este crescimento foi gerado pelo aumento da oferta
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Educao, visando promover a formao profissional de nvel tcnico para alunos cursando
ou egressos da educao bsica. O grfico 5 mostra a evoluo dessa oferta no nosso es-
tado.
Grfico 5
Os dados apresentados nos grficos anteriores explicitam a demanda por profissio-
nais habilitados para atuar no Ensino Mdio nas escolas estaduais, em todos os municpios
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Grfico 6
Grfico 7
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do estado, denotando mais uma vez o desequilbrio cartogrfico da oferta dos Cursos de
Graduao ora oferecidos.
Logo, a partir dessas reflexes, a oferta de cursos de Licenciatura em Cincias Bio-
lgicas, na modalidade EAD, amplia as possibilidades de suprimento de docentes para as
reas de Cincias e Biologia, uma vez que:
Rompe com a base cartogrfica das Instituies de Ensino Superior que oferecem os
cursos na modalidade presencial;
Possibilita o acesso para professores efetivos e/ou com contrato por tempo determinado
que se encontre no efetivo exerccio do magistrio, uma vez que no exige a presenafsica diria dos alunos e possibilita a superao dos obstculos relacionados ao espao,
tempo, idade e circunstncias;
Coloca-se como uma oportunidade para os egressos do Ensino Mdio que devido si-
tuao socioeconmica no podem se deslocar de suas cidades de origem para centros
maiores que possuem Instituies de ensino superior;
Contribui para a elevao da base educacional dos municpios, aumentando o nmero
de jovens com nvel superior;
Possibilita a insero de profissionais qualificados no mercado de trabalho local.
1.3. O Curso
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1.3.3. Formas de Ingresso
Os candidatos devem ser portadores de certificao de concluso do ensino mdio
ou equivalente. O processo seletivo ser especfico e obedecer calendrio previamente
aprovado pelo CEPE/UECE.
A oferta de vagas ser regulada pela demanda dos Plos, autorizao da UAB/MEC
e aprovao interna da UECE. No haver entrada de alunos transferidos e/ou graduados
enquanto no houver regulamentao interna especfica.
1.3.4. Carga horria do curso e perodo de integralizao
A periodicidade est vinculada ao ingresso regulado pela demanda local, autorizao
da UAB/MEC e aprovao interna da UECE. A carga horria curricular de 3.128 ho-
ras/aulas (184 crditos acadmicos)35 integralizadas em, no mnimo, 8 semestres letivos (4
anos). Cada ano letivo composto de dois semestres, organizados de forma modular, onde
as disciplinas acontecero de acordo com o calendrio acadmico e sem exigncia de pr-
requisitos, permitindo maior flexibilidade para o cumprimento da carga horria exigida.
O nmero de vagas por turma de 40, sendo, prioritariamente, 50% destinadas de-
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Os estudos realizados com aprovao no curso objeto do presente projeto sero pass-
veis de aproveitamento em outros cursos, a critrio das respectivas instituies de ensi-
no.
Ao aluno vinculado ao curso na modalidade EAD/UECE ser facultada a transferncia
de vnculo para outro curso na modalidade EAD oferecido por outra instituio, sempre
que houver alterao comprovada de locus de trabalho para rea de abrangncia de ou-
tra instituio e respeitadas as possibilidades de execuo do projeto do curso receptor;
de igual forma, os cursos na modalidade EAD/UECE tambm recebero alunos de cur-
sos na modalidade EAD de outras instituies, nas mesmas condies.
Dada a caracterstica do fluxograma curricular para este curso especfico de graduao
a distncia, a mobilidade entre os cursos a distncia do mesmo projeto ser automtica.
1.3.6. Condies de Certificao
As condies de Certificao do curso de Licenciatura em Cincias Biolgicas sero
as mesmas estabelecidas no Regimento Geral da UECE, conforme o Subttulo IVDos
diplomas, certificados e ttulos, arts. 127 a 133.
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2. Estrutura da Organizao Curricular
2.1. Perfil do Profissional a ser formado
O professor oriundo do nosso curso ser um profissional preparado para atuar na E-
ducao Bsica, consciente dos avanos cientficos e tecnolgicos e dos interesses da so-
ciedade como parmetros para construo da cidadania.
Esse professor ser capaz de planejar, organizar e desenvolver atividades e materiaisdidticos relativos ao ensino de Cincias e Biologia. Sua atribuio central a docncia nos
ensinos Fundamental e Mdio, o que requer slidos conhecimentos sobre os contedos ci-
entficos, os fundamentos da Biologia, seu desenvolvimento histrico e suas relaes com
as diversas reas, assim como sobre estratgias para transposio do conhecimento biol-
gico em saber escolar.
Esse profissional trabalhar diretamente em sala de aula, elaborando e analisando
materiais didticos, realizando pesquisas em ensino de Cincias e/ou Biologia, coordenando
e supervisionando equipes de trabalho. Em sua atuao, primar pelo desenvolvimento do
educando, incluindo sua formao tica, a construo de sua autonomia intelectual e de seu
pensamento crtico, trabalhando de forma efetiva para o desenvolvimento das suas habilida-
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agiro com outros, formaro suas identidades, assumiro responsabilidades sociais e exer-
cero suas prprias escolhas (BEYER, 1993, p. 97)37, e isso no possvel atravs de inicia-
tivas particulares ou acontecimentos isolados.
Nossa tradicional forma de transmisso de conhecimentos est em mutao to irre-
versvel quanto a cinco sculos atrs quando o ser humano comeou a se libertar da limita-
o fsica da cultura manuscrita. Tal irreversibilidade deve-se, sobretudo, ao advento das
novas tecnologias de informao e de comunicao e concluso de que nenhuma socie-
dade pode se permitir excluir, por muito tempo, de suas escolas, importantes componentes
de sua cultura cotidiana.De fato, quanto mais as novas tecnologias de informao e de comunicao se popu-
larizam e se tornam elementos determinantes de nossa vivncia coletiva, de nossas prticas
profissionais e dos momentos de lazer, tanto mais elas tm que ser incorporadas aos pro-
cessos escolares de aquisio e de comunicao de conhecimentos.
A escola ainda enfrenta dilemas e desempenha um papel nebuloso, tendo em vista a
necessria reviso dos mecanismos de ensino e de aprendizagem. Cada vez mais, o pro-
fessor chamado a atuar como um verdadeiro gestor de tecnologias e de estratgias de
comunicao, interagindo com conhecimentos dinmicos, com alunos dinmicos, com um
mundo em mutao. Mas qual seria o perfil exato deste novo educador?
No sculo XXI a misso da educao faz com que englobe todos os processos que le-
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Fonte: DELORS, 1996.
Compete educao encontrar e assinalar as referncias que impeam as pessoas
de ficar submergidas nas ondas de informaes, mais ou menos efmeras, que invadem os
espaos pblicos e privados e as levem a orientar-se para projetos de desenvolvimento indi-
viduais e coletivos.
Assim, quando os sistemas educativos formais tendem a privilegiar o acesso ao co-
nhecimento, em detrimento de outras formas de aprendizagem, importa conceber a educa-
o como um todo.
interpessoais, cultivando qualidades humanas que as formaes tradicionaisno transmitem necessariamente e que correspondem capacidade de esta-belecer relaes estveis e eficazes entre as pessoas.
Aprender a viver juntos
Possibilitando a capacidade de gerenciar conflitos surgidos das relaes inter eintrapessoal.Aprender a viver com os outros desenvolvendo a compreenso dooutro e a percepo das interdependncias - realizar projetos comuns e prepa-rar-se para gerir conflitos - no respeito pelos valores do pluralismo, da compre-enso mtua e da paz.
Aprender a ser
Visa o desenvolvimento pessoal em sua totalidade, fomentando o senso crticoe a capacidade de anlise e deciso no educando, para o desenvolvimento dapersonalidade individual e da capacidade de autonomia, discernimento e res-
ponsabilidade pessoal. No negligenciar nenhuma das potencialidades de cadaindivduo, tais como memria, raciocnio, sentido esttico, capacidades fsicas,aptido para comunicar-se.
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p. 33), nos remete a uma estruturao curricular que privilegie as aplicaes da teoria na
prtica e enriquea a vivncia da cincia na tecnologia e destas, no social.
Ainda no que diz respeito concepo de um curso de graduao, esta deve contem-
plar ainda aspectos metodolgicos e axiolgicos que orientem o aprendizado para uma mai-
or contextualizao, uma efetiva interdisciplinaridade e uma formao humana mais ampla,
j recomendando maior relao entre teoria e prtica no prprio processo de aprendizado.
Nosso curso vinculado ao Centro de Cincias da Sade (CCS), com suas disciplinas
especficas ministradas pelos professores do colegiado de Cincias Biolgicas e demais
disciplinas aos Centros e/ou Faculdades afins.A administrao pedaggica do curso feita pela Coordenao de Curso composta
por um(a) coordenador(a) de Curso e um(a) coordenador(a) de tutoria, inicialmente nomea-
dos Pro-tempore pelo Reitor, ouvidos os Colegiados do Curso de Cincias Biolgicas e do
Conselho
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