PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ
CENTRO UNIVERSITARIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
RAFAEL JOÃO MACHADO
GESTÃO DE ESTOQUE
São José
2015
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ
CENTRO UNIVERSITARIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
RAFAEL JOÃO MACHADO
GESTÃO DE ESTOQUE Trabalho elaborado para disciplina de metodologia cientifica do curso de administração do Centro Universitário Municipal de São José- USJ. Orientador Prof. Dr. Gilson Karkotli
São José
2015
RAFAEL JOÃO MACHADO
GESTÃO DE ESTOQUE
Trabalho de conclusão de curso elaborado como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel em administração do Centro Universitário Municipal de São José – USJ avaliado pela seguinte banca examinadora:
___________________________________________
Orientador: Profº. Gilson Rihan Karkotli, Dr.
___________________________________________
Profº. Esp. Flavio Antonio Cozzatti.
___________________________________________
Profº. Profª Ma. Luciana Pereira da Rocha.
São José, 09 de dezembro de 2015.
Dedico meu trabalho a minha
esposa Bernadete Geni dos Santos,
meus pais, Laerte Machado e Maria
da Graça Machado e ao meu
sobrinho Augusto Machado Soares
que apesar da pouca idade é um
exemplo de garra e superação.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço à Deus por me dar saúde, força e coragem para
superar cada dificuldade e tornar esse sonho possível.
À minha esposa, Bernadete Geni dos Santos, por compreender minhas
ausências e estar ao meu lado em todos os momentos dessa caminhada.
Aos meus pais, Maria da Graça Machado e Laerte Machado, por toda
educação que me deram ao longo da minha vida.
Às minhas avós, Cecília Inácia Machado (Nina) e Maria de Lurdes de Souza
(Lurdinha).
Às minhas irmãs, Kariny Inácia Machado e Kelly Regina Machado, pelo
incentivo e apoio no decorrer dessa caminhada, aos meus cunhados, Filipy Ramon
Soares e Carlos Alberto Espindola, pelos momentos de risadas.
Aos meus amigos Júlio Cezar Romão, Fabio André Pelegrini, Claudionor dos
Santos, Edno dos Santos.
Aos meus familiares dona Geni; Renato, Maria e Ruan; Alonso, Fabiola e
Henrique; Andréia, Carlos, Alan e José Carlos.
À toda empresa R&A Painéis Elétricos, Renato, Tiago, Jhonatan, Fernando,
Jorge, Alex, Sérgio, em especial para Alessandro e Rodrigo, por permitirem a
realização da pesquisa, contribuindo e fornecendo os dados relevantes para efetivar
a presente pesquisa.
Ao meu professor e orientador, Gilson Rihan Karkotli, pela dedicação,
paciência, compreensão e por tornar esse projeto possível e a todos os professores
do Centro Universitário Municipal de São José – USJ que contribuíram para minha
formação acadêmica.
À todos que contribuíram de forma direta ou indireta para que eu pudesse
chegar ao final desse curso.
Um sonho não vira realidade a partir de
mágica. Você precisa de suor,
determinação e trabalho duro.
Colin PoweL
RESUMO
O presente trabalho teve como objetivo analisar o processo de gestão de estoque da R&A Painéis Elétricos, empresa de pequeno porte que atua na montagem e comercialização de quadros e painéis elétricos. Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, de abordagem predominante qualitativa, classificada como exploratória e como instrumento de coleta foram utilizados dados de levantamento bibliográfico e entrevista com três colaboradores pertencentes à parte de estoque da empresa. Ainda, houve fundamentação teórica acerca dos conceitos sobre planejamento estratégico, administração de materiais, logística, logística integrada, sistemas gerenciais, estoque, os tipos e modelos de estoques e finalizou-se com a gestão de estoque. Os resultados apresentaram algumas dificuldades da empresa em relação à gestão de estoque, foram apresentadas e sugeridas melhorias para os processos do sistema de estoque e, no que diz respeito ao recebimento, armazenamento e controle de materiais, algumas das melhorias apresentadas foram colocadas em prática pela empresa e outras estão em processo de análise.
Palavras-chave: Gestão de estoque. Materiais. Sistema de estoque.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Organograma da empresa. ....................................................................... 18
Figura 2 - Principais produtos da empresa. ............................................................... 20
Figura 3 - Fluxograma. .............................................................................................. 22
Figura 4 - Gráfico da fundamentação teórica. ........................................................... 23
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Quadro de funcionários da empresa ....................................................... 16
Quadro 2 - Principais clientes da empresa. ............................................................... 17
Quadro 3 - Principais fornecedores ........................................................................... 17
Quadro 4 - Sistema de informações gerenciais. ........................................................ 27
Quadro 5 - Regras para gestão de estoque. ............................................................. 34
Quadro 6 - Minimizar ou sanar a ausência do almoxarife na empresa. .................... 43
Quadro 7 - Aumentar o espaço destinado ao armazenamento dos materiais. .......... 44
Quadro 8 - Unificar o recebimento e conferência dos materiais. ............................... 44
Quadro 9 - Evitar a falta de material no estoque e compra desnecessário. .............. 45
Quadro 10 - Definir qual modelo de estoque adequado para a empresa. ................. 46
Quadro 11 - Sinalizadores do plano de ação. ........................................................... 46
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.
CFL – Construtora Ferreira Lima.
WOK – Walter e orlando koerich.
WOA – Walter, Orlando e Antonio.
DR’s - Diferencial Residual.
MG – Minas Gerais
SP – São Paulo.
SC – Santa Catarina.
AM – Amazonas.
LIG/DESL – Liga / desliga
RH – Recursos humanos.
CD – Centro de distribuição.
PVC - policloreto de vinil.
CELESC - Centrais Elétricas de Santa Catarina.
TV – Televisão.
BEP – Barra de equalização de potencial.
SIG – Sistema de informação gerencial.
5W2H – What (o que será feito), Why (por que será feito), Where (onde será feito),
When (quando será feito), Who (por quem será feito), How (como será feito) e How
much (quanto custará fazer).
MRP – Material requirement planning (planejamento das necessidades de
materiais).
JIT – Just in time.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
1.1 TEMA DE PESQUISA .......................................................................................... 11
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA .............................................................................. 12
1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 13
1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................. 13
1.3.2 Objetivos específicos ..................................................................................... 13
1.4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 13
2 AMBIENTE ORGANIZACIONAL ........................................................................... 15
2.1 MISSÃO, VISÃO E VALORES ............................................................................. 16
2.2 SISTEMAS DE ESTOQUE .................................................................................. 21
2.2.1 Fluxograma ..................................................................................................... 22
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 23
3.1 GESTÃO ESTRATÉGICA .................................................................................... 24
3.2 MATERIAIS ......................................................................................................... 24
3.3 LOGÍSTICA ......................................................................................................... 25
3.3.1 Logística integrada......................................................................................... 26
3.4 SISTEMAS GERENCIAIS .................................................................................... 26
3.5 ESTOQUE ........................................................................................................... 28
3.5.1 Tipos de estoque ............................................................................................ 30
3.6 MODELOS DE ESTOQUE ................................................................................... 31
3.7 GESTÃO DE ESTOQUES ................................................................................... 33
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 36
4.1 TIPOS DE PESQUISA ......................................................................................... 36
4.2 COLETA DE DADOS ........................................................................................... 37
4.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ..................................................... 37
4.2.1 Análise da pesquisa ....................................................................................... 41
5 RESULTADOS DA PESQUISA ............................................................................. 43
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 47
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49
APÊNDICE A – Roteiro da entrevista ..................................................................... 51
11
1 INTRODUÇÃO
Esta pesquisa trata-se de um trabalho de conclusão de curso obrigatório.
Neste projeto é abordada a importância da gestão estoque dentro da empresa e
como a administração de materiais pode ser utilizada como ferramenta de gestão
para gerir custos, reduzir desperdícios, promovendo a melhoria dos processos de
gestão de estoque, melhorando a eficiência das atividades desenvolvidas, podendo
levar a uma redução do valor imobilizado, sem afetar o processo produtivo e
trazendo diferenciais competitivos.
1.1 TEMA DE PESQUISA
Com a tendência de maior competitividade no mercado, as organizações
buscam a administração estratégias para aprimorar seus processos, reduzir seus
custos e, neste sentido, melhorar seus produtos sempre com a intenção de manter
os atuais clientes e conquistar novos.
Normalmente os estoques representam um dos investimentos mais elevados
nas contas que compõem a estrutura de capital de giro nas empresas simplificadas.
Essas contas são representadas pelas aplicações em caixa, contas a receber e
estoques. Em função desse alto investimento, o item estoque tem grande
importância no contexto da empresa. Portanto, quando o empresário for realizar
compras para suprir as necessidades de sua empresa, deve analisar para evitar que
o entusiasmo do presente se transforme em problemas para o futuro.
Os estoques desempenham diversas funções, dependendo dos objetivos a
serem alcançados, funcionando como reguladores do abastecimento de produtos ao
mercado, impulsionadores para as vendas ou como um diferencial competitivo
comparado aos seus concorrentes, sendo que muitas vezes os consumidores
desejam adquirir os produtos no momento que efetuam a compra, não dispostos a
esperar pela entrega.
Servem também para atingir muitos objetivos empresariais como a proteção
de compras, formas de investimento financeiro, por meio de ganhos financeiros em
uma quantidade de compras maiores, ou pela preservação de produtos em uma
possível alta de preços. Dessa forma, a empresa precisa desenvolver estratégias
gerenciais eficazes para o estoque, pois em muitos momentos o mesmo pode ser o
12
diferencial entre o sucesso e o fracasso empresarial.
Outro fator importante para uma boa gestão dos estoques é a utilização de
sistemas informatizados para obter um controle melhor de seus estoques, facilitando
a busca de informações, sendo atualizados os registros do estoque, gerando
pedidos e mostrando quanto e quando comprar, independente do ramo em que a
empresa atua ou do tamanho de seu estoque, um sistema de software bem
empregado pode trazer grandes vantagens competitivas.
Portanto, dentro da gestão de estoques são incluídas várias atividades que
envolvem desde o planejamento e programação das necessidades de materiais em
estoques até o controle das quantidades armazenadas, com o intuito de mensurar a
sua movimentação, armazenagem, localização e utilização desses estoques de
forma a atender seus clientes de acordo com as quantidades, qualidades, preços e
prazos. A gestão de estoque é uma área muito importante, independente do
tamanho da empresa, seja ela pequena ou de grande porte.
A curva ABC é também muito utilizada numa boa gestão de estoque, pois o
valor atribuído aos produtos armazenados da empresa é de suma importância, para
isso utiliza-se essa classificação, na qual demonstra o valor representativo dos itens
que a empresa possui estocados, dando seu grau de importância para ela. Pode-se
dizer que os itens “A” são aqueles que, mesmo em pouca quantidade, são muito
importantes para as organizações devido ao valor monetário. Os itens “B” são
aqueles que estão em um nível intermediário para a empresa; e os itens “C” são
aqueles que representam um menor valor agregado para a organização.
Neste contexto, tornou-se relevante a análise na gestão de estoque da
empresa R & A Painéis Elétricos com o intuito de analisar se os atuais níveis de
estoque atendem os prazos de entrega para com os clientes internos e externos.
1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
A organização em estudo tem como objetivo principal a venda,
comercialização e montagem de quadros e painéis elétricos, entretanto identificou-
se a necessidade de realizar estudos no sistema de estoques que vem
apresentando algumas oportunidades de melhoria no seu processo como o
armazenamento de materiais desnecessários, a falta de um acompanhamento de
entrada e saída de materiais, a definição do nível de estoque dos produtos, podendo
13
comprometer, assim, todo o processo produtivo da empresa e podendo também
afetar o cumprimento de prazos de entrega de seus produtos.
A empresa R & A Painéis Elétricos possui uma gestão de estoque que deixa
de atender, muitas vezes, a demanda de mercado por não possuir determinados
materiais para a produção de seus produtos, devido a falta de um sistema de
informação atribuído a uma curva ABC.
A partir da gestão do processo de estoque a empresa R&A painéis elétricos
terá menor perda de mercado?
1.3 OBJETIVOS
Nesta seção serão apresentados o objetivo geral e os objetivos específicos do
estudo, evidenciando a importância do conhecimento desses para a realização da
pesquisa.
1.3.1 Objetivo geral
O objetivo geral desta pesquisa é analisar o sistema de estoque da empresa
R & A Painéis Elétricos.
1.3.2 Objetivos específicos
Contextualizar teoricamente o tema.
Identificar e descrever o modelo de sistema de estoque atual.
Verificar possíveis pontos críticos no processo de recebimento, controle e
saída do sistema de estoque.
Realizar análise dos processos no sistema de estoque.
Sugerir ações de melhoria para o sistema de estoque.
1.4 JUSTIFICATIVA
Muitas empresas nos dias de hoje apresentam um grande desperdício de
materiais por não dar a importância devida à administração de materiais. Os
estoques são uma das maiores preocupações, não somente dos gestores
14
operacionais, mas também dos gestores financeiros, gestores comerciais e gestores
fabris.
Para o SEBRAESP, a gestão de estoque é uma ferramenta essencial para
apoiar os principais propósitos de toda empresa: o lucro e a satisfação dos clientes.
Quem faz um controle eficiente do estoque, frequentemente, consegue praticar
melhores preços, atende com agilidade e tem mais qualidade no serviço prestado ou
produto comercializado. Além disso, uma gestão de estoque feita de maneira
adequada é aquela preocupada com o capital do negócio e auxilia o empreendedor
a tornar mais eficiente a gestão dos custos, relacionada à aquisição antecipada dos
produtos. Assim, a ferramenta propõe uma forma direta de registrar produtos que
entram e saem do estoque da empresa, registrando os valores associados.
Os gestores financeiros se preocupam com o custo que o material tem
enquanto está parado em estoque e os gestores comerciais se preocupam com a
perda de clientes. No caso de falta de material acabado em estoque, os gestores
fabris voltam suas preocupações para uma possível falta de matéria-prima que pode
causar uma ociosidade ou até mesmo uma parada no processo produtivo.
O presente trabalho tem como objetivo apresentar propostas de melhorias na
rotina do sistema de estoque, proporcionar para a empresa R&A Painéis Elétricos
uma otimização no processo de materiais, tornando o uso eficiente dos meios
internos e diminuindo os custos, utilizando um sistema de gestão de estoques que
atenda as necessidades da organização, auxiliando o administrador a ter maior
controle operacional e confiabilidade na tomada de decisão.
O presente trabalho ofereceu ao acadêmico a oportunidade de conhecer
distintos conceitos de diversos autores da área de administração, materiais e
logística, integrando com os ensinamentos adquiridos em sala de aula durante todo
período do curso de administração.
O estudo traz benefícios ao acadêmico, à empresa e sociedade,
acrescentando para todos uma riqueza de conhecimentos que contribuem para
formação do acadêmico e análise do crescimento da empresa, refletindo em um
ambiente social através da possibilidade de se desenvolver e melhorar os serviços
prestados pela empresa em estudo.
Para o Centro Universitário Municipal de São José, o presente trabalho busca
contribuir para compreensão teórica sobre gestão de estoque e administração de
materiais, servindo de referência para demais estudos referentes ao assunto.
15
2 AMBIENTE ORGANIZACIONAL
A empresa R & A Painéis Elétricos é uma empresa de pequeno porte,
situada no bairro de Serraria, Município de São José. Foi fundada em janeiro de
2012 após uma separação de sociedade na empresa Macro Quadros, que era
dirigida por três sócios que estavam no mercado desde 1992. É uma sociedade
limitada de dois sócios que ocupam a diretoria Administrativo/Financeira e
Técnica/Industrial da empresa. O diretor administrativo/financeiro, formado em
engenharia de produção, atua também na parte de vendas e elaboração de projetos
técnicos; o diretor técnico/industrial, formado eletrotécnico responsável, também
pela parte de pós-venda e atendimento ao cliente. Atualmente a empresa possui um
quadro com onze funcionários, sendo que quatro funcionários atuam na parte
administrativa da empresa: um na parte de vendas, quatro na de produção, um na
qualidade e um responsável por toda parte de materiais.
Ainda, esclarecendo, de acordo com os sócios da empresa, em pouco mais
de um ano a empresa conseguiu manter pelo menos 90% dos clientes da empresa
anterior e todos os fornecedores, e se encontra em processo de elaboração de
missão, visão e valores, tendo como objetivo ser reconhecida em todo estado de
Santa Catarina.
A R&A Painéis Elétricos é uma empresa especializada em montagens de
quadros de distribuição e comandos elétricos de baixa tensão, para as áreas
residenciais, comerciais e industriais. Procura desenvolver soluções de montagens
que atendam aos projetos elétricos e às normas para melhor atender seus clientes,
no que se refere à qualidade, segurança, economia e suporte técnico. Seu processo
de produção acontece da seguinte forma: a empresa adquire todos os materiais
(quadro de chapa, disjuntores, interruptor, contatora, fios, barramento de cobre, etc.)
que são utilizados na montagem de seus produtos com fornecedores externos,
esses materiais passam por um processo de separação, de acordo com a ordem de
serviço, após sua entrada na empresa. Tendo sido separados, são encaminhados
para linha de produção onde é feita toda montagem desses materiais, de acordo
com o projeto solicitado pelo cliente. Os quadros passam por uma bancada de teste
e depois é entregue ao cliente para fazer instalação na obra.
16
2.1 MISSÃO, VISÃO E VALORES
Como mencionado anteriormente, a empresa está em processo de
elaboração das diretrizes organizacionais. Estas são as propostas sugeridas:
Missão: Aprimorar nossos produtos e serviços atendendo às necessidades dos
nossos clientes, fornecendo-lhes quadros e painéis elétricos de
qualidade, proporcionando retorno aos sócios.
Visão: Ser reconhecida por seus consumidores como a melhor empresa do
mercado na comercialização de quadros e painéis elétricos.
Valores: Integridade, segurança e saúde, qualidade e excelência, pessoas e
responsabilidade.
2.1.1 Quadro de funcionários
Quadro 1 - Quadro de funcionários da empresa
QUADRO DE FUNCIONÁRIOS
COLABORADOR CARGO ESCOLARIDADE
Alessandro Diretor técnico industrial Eletrotécnico
Rodrigo Diretor financeiro Engenharia de produção
Alex Vendas Eletrotécnico
Jonathan Compras Cursando administração
Anderson Supervisor de produção Eletrotécnico
Sergio Técnico Eletrônica
Renato Montador Ensino médio
Thiago Montador Cursando eletrotécnica
Fernando Montador Ensino médio
Jorge Auxiliar de produção Ensino médio
Rafael Almoxarife Cursando administração
Fonte: R&A Painéis Elétricos.
A empresa R&A Painéis Elétricos possui em seu quadro com 11 funcionários,
incluindo seus sócios, 35% dos colaboradores estão relacionados à área de
eletrônica, área que está completamente relacionada à empresa.
17
2.1.2 Principais clientes
Quadro 2 - Principais clientes da empresa.
EMPRESA INFORMAÇÕES
Magno Martins Engenharia A empresa está no mercado desde 1978 atuando na construção de empreendimentos comerciais e residenciais, sempre entregando as obras nos devidos prazos.
CFL A empresa foi fundada no início dos anos 90 em Porto Alegre e chegou à Florianópolis em meados de 2011, é referência em empreendimentos de alto padrão.
Itasa Construções e Incorporações
Empresa fundada em janeiro de 1993, responsável por várias obras na grande Florianópolis, destacando estádio da Ressacada e Beira Shopping Center.
Koerich Imóveis
Fundada no ano de 1993, representa, atualmente, quatro construtoras: Koesa Construção e Incorporação Ltda, Koerich Construção & Participação Ltda, Korpora Construtora Ltda e WOK Construção Ltda.
Seleta Engenharia
Há mais de 20 anos no mercado com foco posicionado na prestação de serviços para edificações residenciais, comerciais, industriais, além de infraestrutura de condomínios horizontais e loteamentos.
WOA Empreendimentos Imobiliários
Fundada no ano de 2009 pelos irmãos Walter Osli Koerich, Orlando Odílio Koerich e Antônio Obed Koerich a empresa tem seu foco em empreendimentos de alto nível.
Fonte: Site das empresas.
Seus clientes são empresas consolidadas no mercado de construção civil
em empreendimentos de alto padrão, atuam na região da grande Florianópolis em
locais como: Jurerê Internacional, Beira Mar Norte, Itacorubi, Centro, etc.
2.1.3 Principais fornecedores
Quadro 3 - Principais fornecedores
EMPRESA PRODUTOS LOCALIZAÇÃO
General Eletric Disjuntores, DR's, Contatoras, Painéis Contagem - MG
Nelmetais Barramento de cobre São Paulo - SP
Corfio Fios e Cabos elétricos Caçador - SC
Metaltex Botão de acionamento, chave lig/desl., bornes São Paulo - SP
Siemens relé de tempo, contatora, disjuntor Manaus - AM
Elesis Canaletas, identificador de fios Guarulhos - SP
Fonte: R&A Painéis Elétricos
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A empresa R&A Painéis Elétricos está instalada no bairro de Serraria, São
José – SC, desde janeiro de 2012 é uma sociedade limitada de dois sócios, o
Senhor Alessandro Schmitz com formação em eletrotécnica pelo SENAI e com uma
grande experiência em manutenção e atendimento ao cliente e o senhor Rodrigo
Tonelli, formado em engenharia de produção pela UFSC, é responsável pela área de
vendas e elaboração de projetos, ambos estão no mercado desde 1992 quando
faziam parte de uma outra organização.
2.1.4 Organograma
A seguir apresenta-se o atual organograma da empresa R&A Painéis
Elétricos com o objetivo de demonstrar os setores e suas hierarquias.
Figura 1 - Organograma da empresa.
Fonte: R&A Painéis Elétricos.
Diretoria: Composta pelos sócios Rodrigo Tonelli, responsável pela parte
administrativo financeiro e Alessandro Schmitz, responsável pela parte técnico
industrial.
RH: o colaborador é responsável pelos assuntos referente aos 11 funcionários que
trabalham na empresa. Desde a parte jurídica até a emissão da folha, controle do
19
ponto e movimentação de pessoas, rescisões etc.
Financeiro: Colaborador é responsável por contas a pagar e contas a receber. A
função do contas a receber é fazer toda parte de cobrança, recebimento e consulta
da situação dos clientes no Serasa e o contas a pagar tem a responsabilidade de
pagar todos os clientes em dia, evitando que a empresa pague juros e seja
negativada no mercado.
Vendas: O departamento de vendas tem o compromisso de oferecer para os
clientes todos os produtos que a empresa dispõe ao mercado e responsável por
toda negociação de preços, prazos e entrega.
Compras: Esse setor faz um trabalho junto ao almoxarifado para facilitar a tomada
de decisão no momento da compra. Para efetuar um pedido de compra é preciso da
autorização dos diretores.
Produção: São colaboradores com a responsabilidade de fazer a montagem dos
quadros e painéis elétricos, de acordo com o projeto oferecido pelo setor de vendas,
preparam todo material oferecido pelo almoxarife e fazem a montagem com todo
cuidado e atenção para entregar o pedido conforme solicitado pelo cliente.
Almoxarifado: É determinante para o sucesso da empresa, pois tem a função de
receber, armazenar, distribuir, organizar, controlar os materiais e informar o setor de
compras da necessidade dos materiais.
Qualidade: O colaborador é responsável por fazer o teste final nos produtos
acabados e verificar seu funcionamento e estética para entregar o produto conforme
o cliente solicitou.
Expedição: onde é finalizado o processo de produção da empresa e tem o dever de
organizar o estoque de produtos acabados, facilitando o manuseio dos produtos.
Tudo deve ser feito com cuidado e atenção na hora do carregamento dos
automóveis para entregar aos clientes.
20
2.1.5 Principais produtos
A seguir serão apresentados os principais produtos que a empresa R&A
Painéis Elétricos oferece ao mercado para suprir as necessidades de seus clientes
em relação ao quadros de distribuição.
Figura 2 - Principais produtos da empresa.
Fonte: Site da empresa R&A Painéis Elétricos
Centro de distribuição residencial em caixas de PVC: Distribuição dos circuitos
para os cômodos da residência.
Quadros de medidores - padrão Celesc: Quadro em alumínio fixado na parte
externa dos condomínios, utilizados para fixar os medidores de energia Celesc
(relógio).
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Quadros de sucção para bombas de recalque sucção piscina e exaustores:
Quadro utilizado em piscinas e cisternas de condomínio, sempre acionado quando a
água atinge um nível estabelecido.
Centro de distribuição para condomínio: Quadro utilizado na parte externa dos
apartamentos, tem a função de distribuir a energia para parte interna dos
apartamentos.
CD elevador: Quadro geral do elevador, tem a função de ligar e desligar o elevador
quando acionado.
Barra de equalização de potencial: Barra produzida em cobre, com função de
equalizar aterramento (barra geral de aterramento).
Caixas de telecomunicação: Caixas produzidas em material PVC, tendo como
função a conexão e distribuição de sinal para telefonia, tv e internet.
Caixas de passagem: Caixas utilizadas para passagens de fios e cabos elétricos,
de telefone, TV e interfone.
2.2 SISTEMAS DE ESTOQUE
Foi realizada uma visita na empresa R&A Painéis Elétricos para analisar o
processo do sistema de estoque que funciona da seguinte maneira: existe um
colaborador responsável por toda parte de estoque e materiais da empresa, a
empresa adquiri seus materiais para montagens dos quadros junto aos
fornecedores, quando os materiais chegam na empresa é feita toda conferência
deles junto com a nota fiscal e o pedido de compras. Em seguida são separados os
materiais pendentes para produção e o restante são armazenados nos devidos
lugares dentro do setor de estoque. Após fechada uma ordem de serviço, é
encaminhada para o almoxarife, que faz a separação dos materiais, conforme
solicitado. Com a separação concluída, esses materiais seguem para uma prateleira
onde ficam aguardando a produção.
22
2.2.1 Fluxograma
Será apresentado nesse capítulo o fluxograma do setor de estoque da
empresa R & A Painéis Elétricos e todo processo que envolve a movimentação dos
materiais.
Figura 3 - Fluxograma.
Fonte: Rafael João Machado 2015.
23
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nesse capítulo será abordada a gestão estratégica e sua importância para
que a empresa alcance os objetivos futuros. Também conceitos de administração de
materiais e todas as atividades relacionadas aos materiais dentro das organizações
e o processo logístico de toda parte de movimentação e armazenagem de produtos
utilizados nas empresas. Apresenta-se, também, sistemas de informações
gerenciais onde os dados são transformados em informações, utilizadas na tomada
de decisões, bem como os conceitos e benefícios que trazem para as organizações.
É mostrada, ainda, a importância dos estoques, seus tipos e modelos e definições
sobre sua gestão. Em seguida, um gráfico da fundamentação teórica em forma de
pirâmide é utilizado, mostrando todas as etapas e os temas que serão abordados
neste capítulo.
Figura 4 - Gráfico da fundamentação teórica.
Fonte: Rafael João Machado 2015.
24
3.1 GESTÃO ESTRATÉGICA
De acordo com Ribeiro et al. (2013, p. 33), uma das ferramentas mais usadas
em todas as principais empresas do mundo ainda é o planejamento estratégico e,
logo em seguida, a formulação da missão, visão e valores organizacionais.
Para Chiavenato e Sapiro (2003), o planejamento estratégico está se
tornando muito importante para o sucesso das organizações, pois hoje o
planejamento estratégico deixou de ser anual ou quinquenal para se tornar contínuo,
passando a se tornar flexível e adaptável, deixando de ser monopólio da alta
diretoria da empresa para chegar ao compromisso e dedicação de todos os
membros da organização.
Segundo Ribeiro et al. (2013), para que uma empresa construa suas
estratégias de negócios é necessário que exista um propósito, que pode ser definido
como um conjunto de fatores que caracterizam o que a organização deseja ser no
futuro, sua vontade de ser e agir. Dessa forma, é também importante buscar uma
definição para estratégia. São muitas as definições, entretanto a que mais se aplica
para este acadêmico é a de que “estratégia é o caminho a ser seguido para levar a
empresa a atingir seus objetivos”.
3.2 MATERIAIS
De acordo com Viana (2002, p. 41), “material: todas as coisas contabilizáveis
que entram como elementos constituídos ou constituintes na linha de atividade de
uma empresa.”
Viana (2002) destaca ainda que a administração de materiais é o
planejamento, coordenação, direção e controle de todas as atividades que estão
relacionadas à aquisição de materiais que formam os estoques desde o momento da
sua concepção até o momento do consumo final.
Dias (2010) define a administração de materiais como um conjunto de
atividades desenvolvidas dentro de uma organização, de forma centralizada ou não,
destinada a suprir as diversas unidades com os materiais necessários ao
desempenho normal das respectivas atribuições. Estas atividades abrangem desde
o reaprovisionamento, incluindo compras, o recebimento, a armazenagem, o
fornecimento aos seus solicitantes, até as operações gerais de controle de estoques.
25
Conforme Pozo (2008, p. 27):
A boa administração de materiais significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de produção. Isso significa aplicar o conceito de custo total às atividades de suprimento logístico de modo a obter vantagem da contraposição da curva de custo, ou seja, o objetivo maior da administração de materiais é prover o material certo, no local de produção certo, no momento certo e em condição utilizável ao custo mínimo para a plena satisfação do cliente e dos acionistas.
3.3 LOGÍSTICA
Serão abordados os principais conceitos sobre logística nas organizações e
sua importância para crescimento das empresas no mercado.
De acordo com Pozo (2008), logística empresarial é toda a parte de
movimentação e armazenagem usada para facilitar o fluxo de produtos, desde sua
aquisição até o consumo final. Da mesma forma são os fluxos de informação que
colocam os produtos em movimento, com a intenção de propor níveis de serviço
adequados aos clientes a um custo razoável.
Severo Filho (2006) destaca que a logística é toda organização dos fluxos de
materiais, que envolve desde o fornecedor até o consumidor final. Esse processo
também envolve todas as funções de compras, planejamento e controle da produção
(PCP), distribuição e exige um fluxo efetivo de informações e uma restrita
conformação com as necessidades dos clientes. É composto por uma rede formada
de instalações e informações que se encarregam de executar várias funções, com a
responsabilidade de conseguir um fluxo eficiente de produtos que está incluso
transferência, estocagem, manuseio e comunicação.
Conforme Martins e Alt (2006, p. 326)
A logística é responsável pelo planejamento, operação e controle de todo o fluxo de mercadorias e informação, desde a fonte fornecedora até o consumidor. Assim, dentro do espírito da empresa moderna, o básico da atividade logística é o atendimento do cliente. De fato, ela começa no instante em que o cliente resolve transformar um desejo em realidade.
Conforme Moura (2006), a logística tem influência transversal e
multidisciplinar e interage com diversas funções organizacionais como o marketing e
a gestão de operações, o que lhe garante importância em múltiplas dimensões,
como na produtividade, nos custos e no serviço ao cliente. A logística constitui uma
26
espécie de fio condutor, ligando as diferentes cadeias, internos e externos, ajudando
na sua sincronização e interação. Contribuindo, assim, para a melhoria da eficiência
das organizações e, consequentemente, da economia.
3.3.1 Logística integrada
Segundo Ching (2010), com o passar dos anos o conceito de logística foi
evoluindo e uma nova concepção passou a existir à integração das diversas áreas
envolvidas na produção, dimensionamento e layout de armazéns, alocação de
produtos em transportes, distribuição, seleção de fornecedores e clientes externos,
surgindo um novo conceito conhecido como Supplychain ou logística integrada, que
representa todo esforço que envolve os diferentes processos e atividades
empresariais, agregando valor na forma de produtos ou serviços para o consumidor
final. A gestão supplychain é uma forma integrada de planejar e controlar todo fluxo
de mercadorias, recursos e informações, buscando administrar as relações na
cadeia logística de forma cooperativa a fim de beneficiar todos os envolvidos, desde
os fornecedores até o cliente final.
De acordo Garcia et al. (2006), a logística integrada pode ser dividida em três
áreas principais: logística inboud, que representa a gestão de suprimentos e a
interface da empresa com seus fornecedores. Logística industrial representa as
operações relacionadas a planejamento, programação e controle da produção
dentro da empresa. Logística Outbound representa a distribuição física de produtos
e a interface da empresa com seus clientes. Estas três áreas, agindo juntas, formam
o processo de atendimento da demanda e prestação de serviço ao cliente, desde a
compra de matéria – prima até a entrega de produtos acabados.
3.4 SISTEMAS GERENCIAIS
Para Oliveira (2001, p. 40), sistemas de informações gerenciais (SIG), é o
processo que transforma dados em informações que são usadas na tomada de
decisão da empresa, proporcionando ainda a sustentação administrativa para a
otimização dos resultados planejados. O SIG não deve ser rotulado como algo que
está na moda em administração, deve ser visualizado como um instrumento
administrativo que auxilia os executivos das empresas. Constatou-se que o SIG
27
envolve alto nível de criatividade e realização das pessoas participantes. Isso porque
depois de identificado um problema, o executivo deve mostrar uma criatividade
elevada para tomar a decisão e executar. E a sua realização profissional ocorre
quando o processo decisório apresentar resultados, além disso, o processo envolve
fatores comportamentais que os tornam mais interessantes, alguns desses fatores
são: cultura organizacional, emoção, instinto e desejo. Geralmente, tem-se
dificuldade de quantificar o benefício efetivo de um sistema de informações
gerenciais, ou seja, a melhoria no processo de tomada de decisão. Entretanto, pode-
se trabalhar com base em uma lista de hipóteses sobre os impactos dos sistemas de
informações gerenciais nas organizações, propiciando ao administrador um
entendimento, ainda que genérico, de sua importância. Nesse sentido, o sistema de
informações gerenciais proporciona os seguintes benefícios para as organizações,
conforme o quadro abaixo:
Quadro 4 - Sistema de informações gerenciais.
Redução dos custos das operações;
Melhoria no acesso as informações, propiciando relatórios mais precisos e rápidos, com menor esforço;
Melhoria na produtividade seja ela setorial ou global;
Melhoria em todos os serviços realizados e oferecidos;
Melhoria no processo de tomada de decisões, fornecendo informações mais rápidas e precisas;
Estímulo a interação entre os responsáveis pela tomada de decisão;
Fornecimento de melhores projeções dos efeitos das decisões;
Melhoria na estrutura organizacional, facilitando o fluxo de informações;
Melhoria na estrutura de poder, propiciando maiores poder para aqueles que entendem e controlam o sistema;
Redução do grau de centralização das decisões na empresa;
Otimização na prestação dos serviços aos clientes;
Melhoria interação com os fornecedores;
Melhoria nas atitudes e atividades dos funcionários da empresa;
Aumento do nível de motivação das pessoas envolvidas;
Redução dos custos operacionais;
Redução da mão-de-obra burocrática;
Redução dos níveis hierárquicos.
Fonte: Oliveira (2001).
28
Para Oliveira (2001, p. 40), os sistemas de informações gerenciais atuam
como elementos que polarizam os eventos empresariais provenientes dos ciclos de
atividades, tanto internos quanto externos à empresa. O processo administrativo das
empresas usam a informação como apoio às decisões através de sistemas
informativos que observam requisitos quanto aos transmissores e receptores de
informações, nos quais são fornecidos os elementos básicos para as decisões nos
vários pontos da empresa.
Conforme Rosini e Palmisano (2012, p. 17), sistemas de informações
gerenciais servem como base para as funções de planejamento, controle e tomada
de decisão em nível gerencial. São dependentes diretos dos sistemas de
informações os especialistas que servem como coletores de dados para seus
relatórios. Cabe ao sistema de informação filtrar os dados e emitir relatórios
consolidados sobre as operações da empresa, transformando os relatórios extensos
em objetivos, condensados e sintéticos. Geralmente os sistemas de informações
gerenciais atendem às necessidades semanais, mensais e anuais, em se tratando
de resultados, porém não atendem às atividades diárias. O SIG, em geral, apresenta
uma estrutura conhecida de direcionamento para as questões propostas, não são
flexíveis e apresentam reduzida capacidade analítica, na maioria das vezes são
utilizados em pequenas e simples rotinas para sumarizar, condensar e comparar
dados, exatamente ao contrário dos sofisticados modelos matemáticos ou das
técnicas estatísticas.
3.5 ESTOQUE
Segundo Pozo (2008, p. 37), é de responsabilidade do setor de estoque a
disponibilidade das necessidades totais do processo produtivo, envolvendo não
apenas os almoxarifados de matérias-primas, mas também os intermediários e os
produtos acabados. Seu principal objetivo é não deixar faltar material no processo
de produção, evitando alta imobilização aos recursos financeiros. É notório que
todas as empresas de transformação têm uma preocupação maior com o controle de
estoques, visto que desempenham e afetam de maneira considerável o resultado da
empresa.
É muito importante uma correta administração de materiais que pode ser mais
facilmente percebida quando os materiais necessários não estão disponíveis no
29
momento da solicitação para atender às necessidades do mercado. O
significado da boa administração de materiais é coordenar a movimentação
de suprimentos com as determinações de produção. Então, o objetivo maior
da administração de materiais é prover o material certo, no local de produção
certo, no momento certo e em condição de utilização ao custo mínimo para
total satisfação do cliente e dos acionistas.
Para Ching (2010, p. 17), o controle de estoque influencia muito na
rentabilidade da empresa. Os estoques usam capital que poderiam ser
investidos de outras formas, desviam fundos de outros usos potenciais e tem
o mesmo custo de capital que qualquer outro projeto de investimento da
empresa. Aumentar a rotatividade dos estoques libera ativo e,
consequentemente economiza o custo de manutenção do inventário.
De acordo com Viana (2009, p. 107), os estoques refletem
quantitativamente nos resultados obtidos pela empresa ao longo do seu
exercício financeiro, em consequência disso manter os níveis
economicamente satisfatórios, o atendimento, as necessidades em material
constituem o mais amplo objetivo de qualquer empresa. Assim, em qualquer
organização, os estoques representam componente de extrema importância,
seja sob aspectos econômico-financeiros ou operacionais críticos. Nas
empresas industriais ou comerciais, os materiais concorrem com mais de 50%
do custo do produto acabado, o que faz com que os recursos financeiros
destinados a estoques devam ser empregados da forma mais racional
possível.
Para Rodrigues (2014, p. 27), as funções básicas de qualquer tipo de
estoque podem ser resumidas em garantir a disponibilidade de insumos para
produção, atuar como amortecedor durante o período de ressuprimento,
reduzir o custo de transporte, pela aquisição de maiores lotes, dispor de
produtos acabados para a entrega a clientes. Os estoques imobilizam capital
(Ativo Circulante), alterando significativamente a rentabilidade da empresa.
Isso obriga os gestores a reduzir o nível ao mínimo possível, sem prejudicar
as operações. Contudo, na maioria das vezes há incertezas quanto ao nível
da demanda, sobretudo quando se trata de organizações de grande porte.
Nessas empresas, a tendência é que os estoques sejam gerenciados de
30
forma descentralizada, acarretando o erro de não se observar os estoques na sua
totalidade.
3.5.1 Tipos de estoque
De acordo com Vieira (2009, p. 181), os estoques dividem-se em: “matérias-
prima, produtos em fabricação, produtos acabados, produtos semi-acabados, e
materiais indiretos.”
Conforme Pozo (2008, p. 41), existem muitos tipos e nomes de estoques, que
podem ser mantidos em um determinado almoxarifado ou em diversos. Atualmente
as empresas possuem em seu processo cinco almoxarifados:
Almoxarifado de matérias-primas
É o estoque responsável por armazenar os materiais que irão passar por um
processo de transformação dentro da fábrica, para depois entrar no estoque de
produtos acabados como produto final. Pode ser um laminado de aço, uma chapa,
uma madeira, ou resina, pós, uma peça comprada etc. Portanto, são todos os que
agregam-se ao produto, fazendo parte integrante de seu estado. Podem ser também
itens comprados prontos ou já processados por outra empresa.
Almoxarifado de materiais auxiliares
São compostos por agregados que participam do processo de transformação
da matéria-prima dentro da fábrica tais como: rebolos, lixas, óleos, ferramentas etc.
É o material que ajuda e participa do processo de transformação do produto, porém
não se agrega a ele, mas é essencial no processo de fabricação.
Almoxarifado de manutenção
Esse estoque onde ficam alojadas as peças de apoio à manutenção dos
equipamentos e edifícios, tais como rolamentos, parafusos, peças, ferramentas etc.
Normalmente é nesse almoxarifado onde ficam os materiais de escritório, usado na
empresa (papel, caneta, etc.)
Almoxarifado intermediário
31
Conhecido também como peças em processos, esses estoques podem ou
não ser restritos, isto é, possuir espaços que são delimitados e controlados, por isso
tem um fator que influencia muito no custo do produto. Estão armazenados nesse
almoxarifado peças que estão em processo de fabricação, ou em subconjuntos que,
armazenadas, para compor mais adiante o produto final. O volume desse estoque é
normalmente resultante de planejamento do estoque de matéria-prima e do
planejamento da produção.
Almoxarifados de acabados
Esse é o estoque onde estão armazenados os produtos prontos e embalados
que serão enviados aos clientes. Resultado de volume desse estoque é função da
credibilidade de atendimento da empresa e do planejamento dos estoques de
matéria-prima e em processos. Então, a partir do momento em que os estoques de
entrada e em processo aumentam, esse estoque também aumenta. Seu bom
planejamento e seu controle também são de muita importância, visto que todo
material parado em estoque está onerando o custo do produto, além de mostrar forte
sujeição a absolência.
3.6 MODELOS DE ESTOQUE
Neste capítulo serão apresentados os principais conceitos de modelos
clássicos de gestão de estoque utilizados nas organizações.
Segundo Martins e Alt (2006, p. 243), toda organização deve definir a forma
de administrar seus estoques, não apenas visando a vantagem pela organização,
mas também da exigência da implantação dos sistemas informatizados, presentes
hoje em quase todas as empresas. Tais regras definem a estrutura dos modelos de
estoque ou modelos de administração dos materiais que respondem as perguntas
sobre quando comprar e quanto. Neste capítulo serão vistos os modelos clássicos
de gestão de estoque, como os de reposição periódica e de reposição contínua.
Sinal da demanda
Para Martins e Alt (2009, p. 117) o sinal da demanda é a maneira no qual a
informação chega a área de compras para se iniciar o processo de aquisição de bem
material ou patrimonial, no caso de bem material o sinal pode vir através de um
32
estudo de viabilidade ou de uma necessidade de expansão. No caso de recursos
materiais, as formas mais comuns são solicitação de compras, MRP, just-in-time,
reposição periódica, ponto de pedido, caixeiro viajante e contratos de fornecimento,
conforme será mostrado a seguir.
Solicitação de compras
Segundo Martins e Alt (2009, p. 118), por meio de solicitação ou requisição de
compras, qualquer organização ou colaborador pode manifestar a sua necessidade
de comprar um produto para uso e benefício da empresa. A solicitação de compras
é enviada ao setor de compras, que providenciará seguindo os processos
estabelecidos para a aquisição do material.
Planejamento das necessidades de materiais
Para Martins e Alt (2009, p. 119), conhecido também como materials
requirement planning (MRP), é uma técnica que permite determinar as necessidades
de compras dos materiais que serão utilizados na produção ou fabricação de um
determinado produto.
Baseado na lista de materiais (bill of material), obtida através da estrutura
analítica do produto, conhecida também por árvore do produto ou exploração do
produto, e em função de uma demanda dada, o computador calcula as
necessidades de materiais que serão utilizados e verifica se há estoque disponível
para o atendimento. Se não há material em estoque na quantidade necessária, ele
emite uma ordem de compra para os itens comprados ou uma ordem de fabricação
para os itens fabricados internamente.
Sistema Just-in-Time
O sitema just-in-time (JIT) é um método de produção utilizado com o objetivo
de disponibilizar os materiais requeridos apenas quando forem necessários para
diminuir o custo de estoque.
O JIT, que se baseia na qualidade e flexibilidade do processo de compras,
também pode disparar o processo, dependendo de como o sistema é idealizado, um
cartão ou um conjunto de cartões kanban pode dar inicio ao processo de compras
(MARTINS; ALT, 2009, p. 127).
Sistema de reposição periódica
33
Para Martin e Alt (2009, p. 128), é recomendado para determinados itens de
estoque o sistema de reposição periódica ou intervalo padrão depois de decorrido
um intervalo de tempo preestabelecido. Um novo pedido de compra para um
determinado item de estoque é emitido. Para determinar a quantidade que deverá
ser comprada no dia da emissão do pedido, verifica-se a quantidade disponível no
estoque, comprando apenas a quantidade que falta para atingir o nível de estoque
máximo determinado para o item.
Quantidade a ser pedida = Estoque máximo – Estoque atual
Sistema de reposição contínua
Conforme Martins e Alt (2009, p. 128), é conhecido também como sistema do
ponto de pedido ou lote padrão. É o mais popular método utilizado na indústrias,
consiste em acionar o processo de compra quando o estoque de um certo item ou
produto atinge um nível previamente estabelecido.
Ponto de pedido = consumo médio x tempo de atendimento
Caixeiro viajante
De acordo com Martins e Alt (2009, p. 129), consiste em um vendedor visitar
os clientes e verificar quais produtos estão faltando no estoque para que ele, com a
autorização do cliente, possa emitir um pedido. O sinal da demanda, no caso a falta
de mercadoria, é identificado pelo vendedor caixeiro viajante. Com avanço das
tecnologias este sistema está sendo cada vez menos utilizado pelas organizações.
3.7 GESTÃO DE ESTOQUES
Conforme Martins e Alt (2009, p. 198), a gestão de estoque constitui uma
série de ações que permitem ao administrador analisar se os estoques estão sendo
utilizados da melhor maneira possível, bem localizados em relação aos setores que
deles se utilizam, bem manuseados e bem controlados.
Segundo Viana (2009, p. 117), “o objetivo principal da gestão de estoques é a
busca pelo equilíbrio entre o estoque e o consumo, onde a empresa só conseguirá
por meio de algumas atribuições, regras e critérios.” Serão expostas a seguir
algumas regras para correta gestão de estoque:
34
Quadro 5 - Regras para gestão de estoque
Manter no estoque somente materiais de estrema necessidade para empresa;
Unir as informações para possibilitar o acompanhamento e o planejamento das atividades de gestão;
Definir para cada material incluso ao estoque os níveis de estoque (máximo mínimo e segurança);
Decidir a quantidade que deve ser comprada de cada material por meio dos seus lotes econômicos e intervalos de parcelamento;
Analisar e acompanhar a evolução dos estoques;
Avisar o setor de compras sobre as encomendas referentes a materiais com variação de consumos;
Decidir se deve ou não regularizar materiais entregues em excesso;
Realizar estudos, para que os materiais obsoletos e inservíveis sejam retirados do estoque.
Fonte: Viana (2009)
Bowersox e Closs (2001 p. 254-255) afirmam que o gerenciamento de
estoque é o processo integrado pelo qual são obedecidas as políticas da empresa e
da cadeia de valor com relação aos estoques. A abordagem reativa ou provocada
usa a demanda dos clientes para deslocar os produtos por meio dos canais de
distribuição. Uma filosofia alternativa é a abordagem de planejamento, que projeta a
movimentação e o destino dos produtos por meio dos canais de distribuição, de
conformidade com a demanda projetada e com a disponibilidade dos produtos.
Garcia et al. (2006) destacam as principais decisões referentes à gestão de
estoques:
a) Quanto pedir: especificação da quantidade requerida com base em
demandas futuras esperadas, restrições de suprimentos, descontos existentes e
custos envolvidos.
b) Quando pedir: momento exato de emitir uma nova ordem, determinada
pelo ponto de pedido, ou seja, data através da qual o pedido atende exatamente às
necessidades da empresa, que depende do lead time de ressuprimento, da
demanda esperada e do nível de serviço desejado.
c) Com qual frequência revisar os níveis de estoque: continuamente ou
periodicamente, dependendo da tecnologia presente e dos custos de revisão, dentre
outros fatores.
35
d) Onde localizar os estoques: decisões de localização, se houver a
possibilidade de haver centros de distribuição, depende dos custos de distribuição,
restrições de serviço, tempo em que os clientes aceitam esperar, tempo de
distribuição, custos de estoque e custos das instalações.
e) Como controlar o sistema: utilização de indicadores de desempenho e
monitoramento das operações para apoiar medidas corretivas e ações de
contingência, se o sistema logístico estiver fora de controle.
36
4 METODOLOGIA
Esse capítulo mostra a metodologia utilizada na pesquisa, sendo base para
construção da análise e interpretação dos dados.
De acordo com Andrade (2003, p. 121) “pesquisa é o conjunto de
procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo
encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos
científicos.”
4.1 TIPOS DE PESQUISA
De acordo com Gonçalves (2005, p. 58) “o primeiro passo em qualquer tipo
de pesquisa e sua finalidade é conhecer as diferentes contribuições de científicas
sobre o assunto que pretende estudar.”
A pesquisa quanto a sua natureza é aplicada, pois tem como necessidade a
produção de conhecimento para aplicação de seus resultados. Conforme Silva e
Meneses (2001, p. 20), “objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática,
dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve e interesses locais”.
A pesquisa é de abordagem predominantemente qualitativa, pois o
pesquisador usa a empresa como fonte para coleta de dados. Portanto, para
Goldenberg (2004, p. 34) “a pesquisa qualitativa não se preocupa com
representatividade numérica, mas sim, com o aprofundamento da compreensão de
um grupo social, de uma organização, etc”.
Quanto aos objetivos da pesquisa serão classificados como exploratórios,
pois foi realizada por meio de levantamento bibliográfico e entrevista com
colaboradores da empresa. Conforme Gil (2007, p. 43), “as pesquisas exploratórias
têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias,
tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis
para estudos posteriores.”
Para Gil (2002, p. 62), a pesquisa bibliográfica é aquela em que os dados são
obtidos por meio de fontes bibliográficas, ou seja, de material elaborado com a
finalidade explícita de ser lido. A partir delas, o investigador tem a possibilidade de
cobrir uma gama de fatos muito mais ampla do que aquela que poderia investigar
mediante observação direta dos fatos.
37
4.2 COLETA DE DADOS
A pesquisa se desenvolveu na empresa R&A Painéis Elétricos e o público
alvo foram três colaboradores: o diretor técnico industrial, o supervisor de produção
e o almoxarife, que tem relação direta para as tomadas de decisões em relação aos
materiais estocados pela empresa.
O método de coleta utilizado se deu por meio de entrevista e observação
planejada, conforme Padua (2004, p. 71). É geralmente utilizada em estudos
exploratórios, a fim de possibilitar ao pesquisador um conhecimento mais
aprofundado da temática que está sendo investigada. Pode fornecer pistas para o
encaminhamento da pesquisa, seleção de outros informantes, ou mesmo a revisão
das hipóteses inicialmente levantadas.
De acordo Padua (2004, p. 70)
as entrevistas constituem uma técnica alternativa de coleta de dados não documentados, sobre um determinado tema. Deve-se levar em consideração que a entrevista tem suas limitações. Por outro lado, a entrevista, com um dos procedimentos mais usados em pesquisas de campo, tem suas vantagens como meio de coleta de dados: possibilita que os dados sejam analisados quantitativa e qualitativamente, pode ser utilizado com qualquer segmento da população e se constitui como técnica muito eficiente para obtenção de dados.
4.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Em seguida, será apresentada a análise e interpretação dos dados da
estrutura da empresa R & A Painéis Elétricos. Descreve-se o funcionamento do
setor de estoque, que se teve conhecimento por meio de entrevistas com o diretor
técnico industrial, supervisor de produção e o almoxarife.
1 - Qual a importância do controle de estoque para empresa?
Diretor Técnico industrial: Com o controle de estoque funcionando, o setor é
ajudado a realizar as compras da melhor forma. Além disso, ajuda a manter também
o mínimo de mercadorias na prateleira, quanto menor o estoque melhor. E também
importante para se controlar tudo que sai e entra na empresa, outro fator importante
a contabilidade, que precisa do número final a cada fim de mês.
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Supervisor de produção: É importante primeiro porque faz todo controle das
entradas e saídas dos materiais que a empresa usa, e depois porque faz toda a
separação para as montagens internas.
Almoxarife: É muito importante para manter um controle de entrada e saída de
materiais. Com ele é possível comprar o necessário e evitar que fique material
parado por muito tempo no estoque, atendendo a produção e entregando os
produtos aos clientes dentro do prazo combinado.
2 - O estoque reflete quantitativamente nos resultados obtidos pela empresa?
Diretor Técnico industrial: Sim! Quanto mais controlar melhor e, com isso, comprar
somente o necessário. Assim, maior será o lucro no final do fechamento semestral.
O material mal controlado reflete diretamente nos lucros. Quando existem
informações de consumo mensal de cada produto no controle de estoque,
consegue-se comprar pela média.
Supervisor de produção: Sim, reflete bastante pois o estoque está totalmente
ligado ao capital da empresa, pois se o estoque for mal controlado a empresa
comprará errado e, com isso, gastará um dinheiro desnecessário.
Almoxarife: Em minha opinião reflete e muito, porque produto parado no estoque é
dinheiro parado, então quando se compra o que não é necessário é dinheiro que foi
gasto e que poderia ter sido usado na compra de outros materiais ou em outros
investimentos dentro da empresa.
3 - De que forma ocorre a reposição dos materiais na empresa?
Diretor Técnico industrial: Um programa de controle de estoque avisa quando um
item atinge a quantidade mínima cadastrada.
Supervisor de produção: Foi estipulada uma quantidade mínima para cada
componente, alcançada esta quantidade o sistema acusa a compra.
Almoxarife: No momento em que vou registrar a saída dos materiais no sistema, o
próprio sistema aponta os materiais precisam ser comprados, então passo essas
informações para o setor de compras que realiza a compra dos materiais solicitados.
39
4 - Como foram estipuladas as quantidades mínimas e máximas dos materiais
no estoque?
Diretor técnico industrial: Minha definição baseou-se na experiência que tenho na
produção de quadros e painéis elétricos.
Supervisor de produção: A definição das quantidades mínimas e máximas foi
estipulada pela administração da empresa.
Almoxarife: Quando cheguei na empresa já estavam definidas as quantidades dos
materiais.
5 – Existem, no estoque, materiais tratados com prioridades diferentes?
Diretor Técnico industrial: Depende, existem materiais que são de uso em todos
os quadros, então a quantidade em estoque é maior do que os materiais que saem
menos e, por isso, são mantidas em quantidades menores.
Supervisor de produção: Hoje em dia todos os nossos materiais são de suma
importância, mesmo porque o mercado não nos proporciona esse luxo de ter um ou
outro material mais importante do que o outro, ou seja, hoje a empresa tem que ser
o mais enxuta possível.
Almoxarife: Sim, existe sim. Os materiais que são usados em todos os produtos
como cabos (fios), barramento, parafusos, djuntores, esses materiais não devem
faltar dentro do estoque, pois são utilizados frequentemente.
6 - Descreva como funciona todo processo da empresa que envolve o estoque.
Diretor Técnico industrial: O setor comercial faz a venda e abre uma ordem de
serviço, entrega para o setor de compras, que analisa a ordem e encaminha para o
almoxarife, separando os materiais e marcando o que falta. A ordem de serviço volta
para o setor de compras, que coloca os pedidos necessários. As mercadorias
chegam e o almoxarife as recebe e, através das cópias dos pedidos, separa o que é
para montagem dos quadros e o que vai para o estoque. A produção recebe as
ordens de serviço que estão completas de materiais e montam os quadros. Quando
a ordem de serviço está montada, a produção avisa ao financeiro e o departamento
de entrega, e os produtos são entregues e, ao mesmo tempo, o controle de estoque
40
avisa quais itens no estoque estão em quantidades baixas. O setor de compras se
encarrega de solicitar os materiais.
Supervisor de produção: O processo começa no fechamento da venda, onde é
aberta uma ordem de serviço que é encaminhada para o setor de compras para uma
análise a fim de descobrir se há algum produto que não é de uso rotineiro. Após a
análise, a ordem de serviço é destinada ao almoxarife, que faz a separação de todo
material e deixa à disposição do setor de produção, que faz a montagem do produto,
conforme a solicitação descrita na ordem. Depois de pronto é acionado o setor
financeiro e, logo em seguida, é entregue ao setor de expedição, que faz a entrega
do produto para ao cliente.
Almoxarife: Após a ordem de serviço passar pelo setor comercial e compras, chega
ao almoxarifado onde é feita a separação de todos os materiais solicitados na ordem
de serviço, no momento da baixa do material é avisado ao setor de compras quais
materiais precisam ser comprados. O setor de compras faz a solicitação com os
fornecedores. No recebimento desses materiais é conferida a nota fiscal junto ao
pedido de compras e, depois, armazenados em seus devidos lugares no estoque.
7 - A empresa possui alguma ferramenta ou programa para controle do
estoque?
Diretor Técnico industrial: Sim, estamos em processo de teste, o nome do sistema
é Certising.
Supervisor de produção: Sim, é o Certising, foi instalado há pouco tempo. O
sistema engloba toda empresa, desde o departamento financeiro até o estoque.
Almoxarife: Sim, foi implementado há pouco tempo e estamos nos adaptando
ainda.
8 - A empresa pratica inventário periódico?
Diretor Técnico industrial: Não, mas deveria ser feito inventário para medir o
patrimônio da empresa.
Supervisor de produção: nunca foi realizado inventário na empresa, mas acredito
que seja uma ferramenta muito importante para medir o capital investido na
empresa.
41
Almoxarife: Não, mas em minha opinião seria muito importante fazer isso, até
mesmo para saber quanto dinheiro tem investido na empresa em relação aos
materiais.
9 - A empresa faz uso da política de curva ABC no setor de estoque?
Diretor Técnico industrial: Não, desconheço o assunto mas vou procurar pesquisar
e me informar, se for interessante para nossa empresa pretendo implementar.
Supervisor de produção: Não sei o que é, mas vou procurar me informar.
Almoxarife: Não utilizamos no momento, mas podemos fazer um levantamento
desse assunto e, quem sabe, aplicar futuramente na empresa.
10 - Quais dificuldades referentes ao estoque e materiais que empresa
encontra hoje?
Diretor técnico industrial: Hoje o estoque apresenta muito furo nas quantidades,
comparado ao sistema, porque o estoque fica aberto e muitas pessoas retiram os
materiais sem comunicar a retirada.
Supervisor de produção: Acredito que o maior problema que enfrentamos hoje
referente ao setor de estoque seja a ausência do almoxarife na empresa. Todos têm
acesso ao estoque e retiram materiais, muitas vezes não seguindo o processo
correto, esquecendo de fazer a baixa e ocasionando furos nas quantidades.
Almoxarife: Muitas vezes não estou presente na empresa, dificultando muito o
controle de entrada e saída dos materiais. Muitos materiais chegam e já têm que ir
para produção, então quando vou dar entrada nesses materiais já não têm a mesma
quantidade presente na nota fiscal.
4.2.1 Análise da pesquisa
A entrevista foi realizada com o diretor técnico industrial, com o supervisor de
produção e com o almoxarife, pois estes são considerados os maiores
conhecedores do processo de estoque da empresa. Todo processo da entrevista
ocorreu separadamente para que não houvesse influência nas respostas.
42
Para os entrevistados, o controle de estoque é muito importante para a
empresa, pois auxilia o setor de compras a comprar certo, atendendo os clientes no
prazo determinado, ainda as necessidades de produção, evitando o armazenamento
de materiais desnecessários. Afirmam também que o controle de estoque está
ligado ao capital da empresa, porque estoque mal controlado gera um capital
parado, onde poderia ser investido em outros departamentos da empresa, refletindo
nos lucros obtidos pela empresa.
Atualmente, o processo que envolve o estoque da empresa ocorre da
seguinte forma: o setor comercial realiza a venda, onde é aberta uma ordem de
serviço que passa pelo setor de compras para análise. Logo é encaminha para o
almoxarifado, onde é feita a separação dos materiais e marcados os materiais que
não contém no estoque para repassar a informação ao setor de compras e compra-
los. Após separados os materiais ficam aguardando o setor de produção para a
montagem dos quadros elétricos, o parte de recebimento dos materiais também é
feita pelo almoxarife, que recebe e confere a nota fiscal com o pedido de compra,
após a conferência o almoxarife separa os materiais que serão armazenados no
estoque e os que serão colocados à disposição da produção. Alguns materiais são
considerados mais importantes do que outros, pois são de uso rotineiro e estão
presentes na maioria dos produtos comercializados pela empresa. Esses materiais
são comprados em quantidades maiores e não podem faltar na empresa.
A empresa possui, como ferramenta de controle de estoque, o programa
Certising, instalado há pouco tempo e em processo de adaptação. Esse sistema vai
atender todos os setores da empresa, incluindo a parte financeira, compras, vendas
e materiais, determinando as quantidades mínimas e máximas dos produtos a serem
estocados, que foram definidas pelo diretor técnico industrial.
A empresa não pratica inventário periódico, mas afirmam ser muito importante
e pretendem aplicar futuramente. Quando questionados a respeito da politica de
curva ABC, admitem não saber do que se trata. Mas, de acordo com outras
respostas obtidas na entrevista, percebe-se que fazem uso, mesmo não sabendo
teoricamente sobre o assunto, porque responderam que alguns materiais têm
tratamentos diferenciados dentro do setor de estoque, visto que não podem faltar
por fazer parte de quase todos produtos vendidos pela empresa.
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5 RESULTADOS DA PESQUISA
Neste capítulo serão apresentados os resultados da pesquisa realizada na
empresa R&A Painéis Elétricos. Usando a ferramenta 5W2H, sugere-se para
empresa algumas melhorias que envolvem o setor de estoque, compras e
recebimento, buscando a melhoria contínua dos processos.
Uma das dificuldades encontradas na empresa é a ausência do colaborador
responsável pelo setor de estoque, pois este também é um dos responsáveis pela
parte de entrega dos produtos acabados aos clientes.
Quadro 6 - Minimizar ou sanar a ausência do almoxarife na empresa
PLANO DE AÇÃO 01
SETOR: Estoque RESPONSÁVEL: Supervisor de produção / diretor técnico industrial
OBJETIVO: Minimizar ou sanar a ausência do almoxarife na empresa.
O QUE? Definir os dias em que o almoxarife irá fazer as entregas.
QUEM? Diretor técnico industrial.
QUANDO? 30 dias
POR QUÊ? Para que outro colaborador não tenha a necessidade de retirar materiais do estoque.
COMO?
O diretor técnico industrial definirá o melhor dia para realizar as entregas e o supervisor de produção elaborará uma programação de produção onde o almoxarife possa separar antecipadamente os materiais que serão utilizados pelo setor de produção.
CUSTOS Será valor das horas em que o supervisor de produção ficará em função do planejamento da produção. O supervisor precisará de 1 hora por dia um custo mensal de R$ 179,96
Fonte: Rafael João Machado 2015.
Outra dificuldade encontrada na empresa é o espaço que foi destinado para o
armazenamento dos materiais, esse espaço não suporta todos os materiais que são
utilizados para a montagem dos produtos comercializados pela empresa, por isso
alguns materiais são armazenados na parte de fora do estoque onde todas as
pessoas que trabalham na empresa têm acesso à eles.
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Quadro 7 - Aumentar o espaço destinado ao armazenamento dos materiais.
PLANO DE AÇÃO 02
SETOR: Estoque RESPONSÁVEL: Diretor técnico industrial / Almoxarife
OBJETIVO: Aumentar o setor de estoque.
O QUE? Aumentar o espaço destinado ao armazenamento dos materiais.
QUEM? Os diretores da empresa.
QUANDO? 15 dias
POR QUÊ? Para evitar que outro colaborador tenha acesso aos materiais do estoque e melhorar a organização dentro do setor.
COMO? Definir um espaço para o estoque que seja suficiente para guardar todos os materiais, contratando uma empresa para instalar as divisórias de madeira.
CUSTOS Investimento para colocação das divisórias R$ 1750,00
Fonte: autor (2015).
Em uma das visitas feitas na empresa percebeu-se que outros colaboradores
fazem o recebimento dos materiais, separam e levam para o setor de produção
utilizar nos produtos que estão pendentes desses materiais, fazem o uso dos
materiais antes mesmo do registro no sistema e conferência dos pedidos de
compras. Abaixo apresenta uma sugestão de melhoria no recebimento dos
materiais.
Quadro 8 - Unificar o recebimento e conferência dos materiais.
PLANO DE AÇÃO 03
SETOR: Recebimento RESPONSÁVEL: Diretor técnico industrial
OBJETIVO: Unificar o recebimento e conferência dos materiais
O QUE? Definir que apenas o almoxarife será o responsável pela conferência dos materiais junto com a nota fiscal e o pedido emitido pelo setor de compras.
QUEM? Almoxarife
QUANDO? 10 dias
POR QUÊ? Para que não sejam retirados materiais antes da conferência, armazenamento e registro no sistema.
COMO? Definir que somente o almoxarife pode conferir e liberar os materiais para uso da produção.
CUSTOS O tempo gasto em média, semanalmente, para conferência dos materiais é 165 minutos, gerando um custo de R$ 65,94 mensais.
Fonte: Rafael João Machado 2015.
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Outro problema percebido foi que alguns materiais se encontram em falta no
estoque da empresa e outros estão sobrando, devido ao setor de compras receber
as ordens de serviço antes do setor de estoque e se basear nas quantidades
informadas pelo sistema, que muitas vezes, não é compatível com a quantidade do
estoque físico, ocasionando a compra de materiais que não precisam ser
comprados, e deixando de comprar outros que estão em falta na empresa.
Quadro 9 - Evitar a falta de material no estoque e compra desnecessária
PLANO DE AÇÃO 04
SETOR: Compras e Estoque RESPONSÁVEL: Almoxarife / comprador
OBJETIVO: Evitar a falta de material no estoque e a compra de material desnecessário aplicando a curva ABC.
O QUE? Reavaliar o processo da empresa após ser aberta a ordem de serviço.
QUEM? Setor de estoque e compras.
QUANDO?
30 dias
POR QUÊ? Para evitar a compra desnecessária de materiais e evitar também que se deixe de comprar materiais que a empresa esteja precisando.
COMO?
Fazer um levantamento do consumo mensal dos materiais utilizados na empresa e aplicar a curva ABC para destacar a prioridade de compra, após o setor comercial abrir uma ordem de serviço, encaminhar para o almoxarifado para fazer a identificação dos materiais que tem no estoque e os que precisam ser comprados em seguida enviar a ordem de serviço para o setor de compras para fazer a compra dos mesmos.
CUSTOS
Valor das horas trabalhadas do almoxarife e do comprador em função do levantamento e implementação no sistema da empresa, irão precisar de uma hora por dia um total de R$ 260,00 mensais.
Fonte: Rafael João Machado 2015.
Outro problema relacionado aos materiais e estoque encontrado na empresa
R & A Painéis Elétricos foram as quantidades mínimas e máximas determinadas
para a reposição dos materiais no estoque. Muitas vezes, a compra dos materiais
não é acionada à tempo de reposição para o fornecedor, ocasionando a falta de
alguns materiais no estoque.
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Quadro 10 - Definir qual modelo de estoque adequado para a empresa.
PLANO DE AÇÃO 05
SETOR: Compras e Estoque
RESPONSÁVEL: Diretor técnico industrial
OBJETIVO: Definir o modelo de estoque
O QUE? Definir qual modelo de estoque é mais adequado para a empresa.
QUEM? Almoxarife, diretor técnico industrial e comprador
QUANDO? 30 dias
POR QUÊ? Para evitar a falta de materiais na empresa e comprar no momento certo a quantidade certa.
COMO?
Estudar e avaliar todos os modelos de estoque e escolher o mais apropriado para empresa e por em prática para definir o momento de reposição e as quantidades mínimas e máximas de cada material no estoque.
CUSTOS Valor das horas em função da avaliação do sistema de estoque atual e aplicação do modelo de estoque. O supervisor precisará de 1 hora por dia um custo mensal de R$ 179,96
Fonte: Rafael Joao Machado 2015.
Em seguida será apresentado um quadro que mostra os sinalizadores dos
planos de ações implementados na empresa R&A Painéis Elétricos, o custo de cada
plano para a empresa, o tempo de implementação e o status de cada plano.
Quadro 11 - Sinalizadores do plano de ação.
Fonte: Rafael João Machado 2015.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa foi realizada para o curso de administração do Centro
Universitário Municipal de São José - USJ no ano de 2015, tendo como foco
principal a gestão de estoque.
A fundamentação teórica abordou os conceitos referentes aos temas: Gestão
estratégica, materiais, logística e seus componentes, sistemas gerenciais, estoque,
tipos de estoque, modelos de estoque e gestão de estoque. Sendo assim,
cumprindo com o primeiro objetivo específico deste trabalho, definido no item 1.3.2,
que tinha como objetivo fundamentar teoricamente o tema.
A pesquisa realizada na empresa R&A Painéis Elétricos permitiu fazer uma
análise nos processos do sistema de estoque da empresa, identificando e
descrevendo o modelo de sistema de estoque atual. Sendo assim, foram verificados
os possíveis pontos críticos no processo de recebimento, controle e saída do
sistema de estoque, o modelo de sistema de estoque atual, atingindo o segundo,
terceiro e quarto objetivos específicos do trabalho.
Com base nas respostas dos entrevistados, por meio de entrevista contendo
10 perguntas relacionadas ao sistema de estoque da empresa e à administração de
materiais, identificaram-se algumas dificuldades da empresa em ralação ao controle
de estoque, ao processo de estoque e ao sistema de informações. Com isso, foram
sugeridas algumas melhorias, respondendo ao quinto objetivo específico, conforme
mostra no capítulo 5, que era sugerir ações de melhoria para o sistema de estoque.
Com o atingimento dos objetivos específicos apresentados no trabalho,
considera-se que o objetivo geral da pesquisa, que era analisar o sistema de
estoque da empresa R & A Painéis Elétricos, tenha sido atingido. A análise do
sistema de estoque da empresa partiu de uma comparação da parte teórica da
pesquisa bibliográfica, levando para a parte prática e analisando todo processo de
recebimento, armazenamento, controle e saída de materiais do estoque da empresa.
Uma das principais contribuições da presente pesquisa para a empresa R&A
Painéis Elétricos foi no sentido de ajudá-la a entender a importância da gestão de
estoque para o crescimento, obtenção de lucros, redução de custos e vantagem
competitiva e manutenção de clientes, atendendo sempre no prazo determinado.
Através de visitas na empresa, bem como a entrevista realizada com os
colaboradores durante o ano de 2015, o acadêmico conseguiu interagir e observar
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como a esta se comporta em relação ao tema da pesquisa, possibilitando, assim,
melhorar e ampliar o entendimento da gestão de estoque.
Os resultados da pesquisa contribuíram com empresa R & A Painéis
Elétricos, mostraram que a questão “A partir da análise do processo de estoque a
empresa R&A painéis Elétricos terá menor perda de mercado?” foi respondida.
Desta forma, foram identificadas e apresentadas as melhorias, sendo que algumas
destas já foram aplicadas na empresa.
Com a abordagem do tema “Gestão de Estoque”, a pesquisa teve também o
intuito de despertar o interesse de outros acadêmicos para trabalhos futuros.
Sugere-se a realização de estudos em outras empresas do ramo, com o intuito de
usar a gestão de estoque como uma ferramenta para redução de custos e obtenção
de lucros.
Conclui-se que o tema gestão de estoque esteja presente tanto no meio
acadêmico quanto na maioria das empresas e o sucesso de uma organização esteja
relacionado à administração dos estoques.
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REFERÊNCIAS
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PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini de. Metodologia da pesquisa: Abordagem teórica- prática. 10. ed. São Paulo: Papirus, 2004. POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais. São Paulo: Atlas 2008. RIBEIRO, Adir et al. Gestão estratégica do franchising: Como construir redes de franquias de sucesso. São Paulo: DVS 2013. RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrosio. Gestão estratégica dearmazenagem. São Paulo: Aduaneiras, 2014. ROSINI, Alessandro Marco; PALMISANO, Angelo. Administração de sistema de informação e a gestão do conhecimento. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2012. SEBRAESP. Disponivel em: <http://www.sebraesp.com.br>. Acesso 22/05/2015. SEVERO FILHO, João. Administração de Logística Integrada: Materiais, PCP e Marketing. São Paulo: E-papers, 2006. SILVA, E. L.; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 3. ed. Florianópolis: Laboratório de Ensino à Distância da Universidade Federal de Santa Catarina, 2001. SILVA, Renata; KARKOTLI, Gilson. Manual de metodologia cientifica do USJ. São José: Centro Universitário Municipal de São José, 2011. VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2002. VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2009. VIEIRA, Hélio Flávio. Gestão de estoques e operações indústriais. Curitiba: IESDE, 2009.
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APÊNDICE A – Roteiro da entrevista
1 - Qual a importância do controle de estoque para empresa?
2 - O estoque reflete quantitativamente nos resultados obtidos pela empresa?
3 - De que forma ocorre a reposição dos materiais na empresa?
4 - Como foi estipulado as quantidades mínimas e máximas dos materiais no
estoque?
5 - Existe no estoque materiais tratados com prioridades diferentes?
6 - Descreva como funciona todo processo da empresa que envolve o estoque.
7 - A empresa possui alguma ferramenta ou programa para controle do estoque?
8 - A empresa pratica inventário periódico?
9 - A empresa faz uso da política de curva ABC no setor de estoque?
10 - Quais dificuldades referentes a estoque e materiais que empresa encontra
hoje?