PREVENÇÃO CONTRA O EXCESSO DE PESO EM ESCOLARES
Autora: Profª. Maria Colodiano1
Orientador: Prof. Fábio Stinghen2
Resumo
Na sociedade atual, a postura do sedentarismo tem refletido na falta de exercícios
físicos e, consequentemente, na alimentação inadequada gerando sobrepeso. A
escola pode desempenhar um papel importante na prevenção da obesidade
desenvolvendo ações complementares que visem valorizar hábitos de vida
saudáveis.
Esse estudo prevê a conscientização da importância dos exercícios físicos, e se
estende nas ações do dia a dia do educando. Assim, como público alvo tem os
alunos, agentes nas incorporações de hábitos saudáveis, por meio de exercícios
preventivos para evitar obesidade nos anos iniciais da carreira estudantil e nos anos
subsequentes de suas vidas, garantindo assim, melhor qualidade de vida.
Os hábitos alimentares e o sedentarismo são os principais responsáveis pelo
número crescente de obesos. Os encaminhamentos da avaliação da aptidão física
nos escolares por meio de palestras seguidas de um roteiro de atividades físicas
como caminhadas, alongamentos, exercícios aeróbicos; poderá chegar a um
resultado muitas vezes satisfatório, pois prevenir e compartilhar práticas saudáveis
em parcerias com profissionais interessados em motivar uma mudança
comportamental, lançando tendo como meta a sensibilização dos jovens sobre a
problemática da obesidade,
Palavras Chave: Prevenção, Saúde, Qualidade de Vida.
____________________
1 Pós graduada em Educação Física Escolar e Educação Especial, graduação em Educação Física-
Colégio Estadual Rui Barbosa.
2 Professor de Educação Física, Mestre e Orientador da UTFPR.
1 Introdução
Nos dias atuais, a prática de atividades físicas é um assunto recorrente,
fazendo parte da vida desde as atividades mais simples até às mais complexas.
Entre os adolescentes pesquisados, os mesmos não fazem ao menos o mínimo
necessário para manter um pouco a qualidade de vida.
Atualmente, percebe-se que a população segue modos de vida e alimentação
inadequada e pouco saudável, muitas vezes vem acompanhada de atitudes
sedentárias e os alunos seguem um ritmo similar, preocupante no que se refere ao
estilo de vida e a forma correta de alimentar-se.
Há tantas guloseimas disponíveis, a preços insignificantes e de fácil acesso
nos mercados, faz com que a criança desfrute de tudo isso, sem levar em conta as
consequências futuras e as escolas precisam se preocupar com isso.
De acordo com SICHIERI (1997), a forma vigente de produzir, distribuir,
controlar e consumir alimentos está diretamente relacionada com a determinação
social do sobrepeso e da obesidade.
Como educadores, a função específica não é apenas direcionar os alunos
para o mercado de trabalho, e sim prepará-los como cidadãos preocupados com a
promoção da saúde e prevenção de doenças.
Com o avanço da tecnologia as pessoas raramente observam a natureza ao
seu redor, as belezas e as coisas simples desta vida passam despercebidas e os
nossos adolescentes estão cada vez mais se aprofundando em atividades passivas
de lazer.
A responsabilidade dos profissionais interessados numa mudança
comportamental relacionada a seus alunos está justamente na promoção do desafio
que se pode lançar a uma atividade que seja atraente e convidativa.
Sabe-se que a escola não pode resolver de maneira definitiva os problemas
relacionados à promoção da saúde, mas pode contribuir de alguma forma contando
com a colaboração do professor de biologia, ciências, química, educação física e
outras disciplinas que queiram participar contribuindo para a busca de um viver
saudável.
É necessário que as mudanças de hábitos inadequados sejam alcançadas no
tempo adequado considerando os valores culturais, sociais e afetivos (BRASIL,
2009).
2 Fundamentação Teórica
O Brasil vem passando por uma fase de aumento de peso e obesidade quase
que sem controle. Não muito longe disso observamos na escola que nossos alunos
refletem no ambiente escolar a imagem daquilo que comem em casa, tendo como
exemplo seus pais.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística):
A prevalência de obesidade também está crescendo intensamente, na infância e na adolescência, e tende a persistir na vida adulta: cerca de 50% das crianças obesas aos seis meses de idade, e 80% das crianças obesas acima de cinco anos de idade permanecerão obesas. Além disso, evidência cientifica, tem revelado que a aterosclerose e a hipertensão arterial são processos patológicos iniciados na infância, e nesta faixa etária são formados os hábitos alimentares e de atividade física. Por isso, a prevenção, diagnóstico e tratamento da obesidade tem-se voltado para a infância. (fonte: IBGE, 1998).
Partindo das oitavas séries do Ensino Fundamental, deduzimos que estas
seriam as mais necessárias para o início de um trabalho de pesquisa, orientação e
conscientização, visto que alguns deles terminam o ensino fundamental e nunca
mais retornam para a escola, assim sendo, este estudo visa alcançar esse educando
levando-os a obter esclarecimentos e vivências na prática para buscarem
futuramente melhores condições de saúde e bem estar por toda a sua longevidade.
Ainda que haja quem busque uma performance, o objetivo maior será sempre
a prática contínua no dia a dia durante a vida do educando enquanto fora da escola
e pelos restantes de seus dias, para que se possa envelhecer com mais qualidade
de vida servindo de exemplo para as gerações futuras.
Havendo diferenças individuais respeita-se o momento único de cada um.
Sabemos que a escola não pode resolver de maneira definitiva os problemas
relacionados à promoção da saúde, mas pode contribuir de alguma forma contando
com a colaboração do professor de ciências, biologia e educação física, dispondo de
recursos e um espaço físico adequado ao roteiro de atividades.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística):
A prevalência de obesidade também está crescendo intensamente, na infância e na adolescência, e tende a persistir na vida adulta: cerca de 50% das crianças obesas aos seis meses de idade, e 80% das crianças obesas acima de cinco anos de idade permanecerão obesas. Além disso, evidência cientifica, tem revelado que a aterosclerose e a hipertensão arterial são processos patológicos iniciados na infância, e nesta faixa etária são formados os hábitos alimentares e de atividade física. Por isso, a prevenção, diagnóstico e tratamento da obesidade tem-se voltado para a infância. (fonte: IBGE, 1998).
O Brasil vem passando por uma fase de aumento de peso e obesidade quase
que sem controle. Não muito longe disso observamos na escola que nossos alunos
refletem no ambiente escolar a imagem daquilo que comem em casa, tendo como
exemplo seus pais.
De acordo com Albuquerque:
“Todas as fases da infância são importantes para o estudo da obesidade, porém a adolescência representa um período crítico para o desenvolvimento do excesso de peso. Nessa etapa do crescimento, o indivíduo adquire aproximadamente 25% da sua estatura final e 50% da sua massa corporal. Deve ser considerado também que o risco de um adolescente obeso manter-se assim até à idade adulta chega a aproximadamente 80%”. (ALBUQUERQUE et all, IBGE,1998. Acessado em 08/05/2011).
A ingestão exagerada de calorias vazias (açúcar e doces em geral) tem efeito
direto na saúde dos discentes. Faz-se, portanto, necessário uma mudança no
comportamento destes, fornecendo aos mesmos, orientações cabíveis com relação
à alimentação e prevenção.
Segundo Nahas (2002, p.112):
“As pesquisas populacionais em diversos países mostram que apenas um número relativamente pequeno (entre 7 e 15% dos adultos praticam exercícios físicos com regularidade 3 ou 4 vezes por semana). Vários são os motivos alegados pelas pessoas que não conseguem ou não querem manter um programa de exercícios, destacando-se a falta de tempo, a falta de recursos e de oportunidades, até simplesmente a falta de vontade ou por não gostar de realizar esforços mais rigorosos”.
Em alunos de ensino fundamental já se encontram sintomas semelhantes,
onde poucos apreciam a prática de alguma atividade física, a preferência é sempre
pelo esporte. Quando solicitados para um alongamento, um aquecimento, uma
gincana, uma ginástica em circuito, percebe-se na face da maioria expressões de
insatisfação e descontentamento.
De fato o tempo é escasso. Por serem apenas duas aulas semanais, os
alunos consideram perda de tempo o alongamento, aquecimento e outras atividades
afora o esporte. Há muitos anos estamos tentando mudar essa realidade, mas em
vão. Percebe-se neste estudo uma grande oportunidade para inserir algumas
mudanças, expandir novos conceitos a respeito de hábitos alimentares e
principalmente quanto a pratica de atividades físicas.
A inatividade é um fator preocupante, visto que muitos de nossos alunos se
exercitam em lan houses, videogames, tv, internet em casa e salgadinhos á vontade
adquirindo doenças e debilidades.
Pollock in Gonzáles et all (2005, p.33) recomenda “atividades físicas para
melhorar e manter a saúde e as capacidades físicas, cardiorrespiratórias e
musculoesqueléticas, com ênfase na prevenção de doenças crônicas
degenerativas”.
Pretendeu-se com esse estudo, embora não tenha sido tarefa fácil, intervir
para mudar o comportamento seleto, a principio, de um grupo de estudantes, o qual
se pode estender aos pais, com palestras, aulas e demonstrações.
“Nossos adolescentes estão cada vez mais envolvidos com atividades passivas de lazer (videogame, tv, internet) e ao mesmo tempo estão sendo progressivamente privados das aulas regulares de educação física (dispensas fáceis, eliminação nos cursos noturnos)”. (NAHAS, 2002, p.124.
Muitas autoridades têm falado sobre esse assunto; não lançamos novos
conhecimentos, mas sim colocamos em prática conhecimentos já publicados
motivando nossos alunos a lançar um olhar mais preciso sobre si mesmos e sua
precária qualidade de vida; propomos uma mudança de opinião, valores e atitudes e
compromisso consigo mesmos.
Estamos trabalhando já há alguns anos sobre a questão da má alimentação,
alimentação fora de hora e falta da pratica de atividades físicas, de modo que já
temos certo conhecimento e domínio sobre o assunto.
É certo que propor um estilo de vida ativo a um grupo de pessoas não é coisa
de somenos, pois elas necessitam estar motivadas e sentir o desejo de envolver-se
e este é o grande desafio: motivar para que haja interesse e partindo do interesse do
grupo levar informação, quebrar as barreiras, facilitar mudanças e tendo como
retorno o esforço individual, eliminando assim as alegações com relação à falta de
tempo, preguiça, clima, falta de dinheiro, e outras que possam surgir.
Para este estudo foram utilizados dados da pesquisa sobre o padrão de vida
de cada aluno pelo Pentáculo de Marckus Nahas, numa escala de tempo que foi de
agosto a novembro de 2011 onde foram avaliadas as condições de hábitos
alimentares, saúde, nutrição e foram tomadas medidas de prevenção.
Qualidade de vida hoje é assunto do momento, está difundida por todo o
mundo, mas em cada realidade há uma situação diferente, pessoas diferentes
passando por situações diferentes; há muitos que comem muito, e multidões que
não comem nada. Ainda assim, a obesidade é uma tendência tanto no meio escolar
como fora dele. Jamais equipararemos as duas realidades, sempre haverá poucos
com muito e muitíssimos sem nada, em mísero estado.
“Inúmeras pesquisas indicam que muitas doenças da era moderna estão associadas ao excesso de gordura corporal, como por exemplo: doenças cardiorrespiratórias, renais, digestivas, diabetes, problemas hepáticos e ortopédicos”. (NAHAS, 2002, p.81).
Por conta disso, acreditamos que a prevenção ainda é o melhor remédio e o
meio menos caro para se ter qualidade de vida saudável.
Este estudo concentrou sua atenção em alunos adolescentes com percentual
de gordura igual ou superior a 25% no aluno, e 32% na aluna. Os mesmos
passaram por orientações quanto à alimentação balanceada (aqui então, inserimos
as frutas, verduras, legumes e carnes) e o valor de cada um no que se refere às
suas calorias. Foi feito um roteiro com atividades físicas que trabalhou a região
abdominal, aptidão cardiorrespiratórias, força muscular, flexibilidade e composição
corporal em níveis leves e moderados, mas contínuos.
Pressupomos que o método utilizado por Blair e Connelly in Gonzáles et all
(2005, p.34), “segundo o qual se trata de acúmulo diário de 30 minutos em
atividades rotineiras de vida diária, como subir e descer escadas, ir caminhando
para o trabalho e mudar o canal sem utilizar o controle remoto”, já fará uma
diferença na vida do aluno se ele se propuser a agir assim pelo menos na maioria
das vezes da semana.
O método de Caspersen e Merrit in Gonzáles et all (2005, p.34), também
funciona muito bem, pois indica “três vezes semanais durante no mínimo 20 minutos
com intensidade moderada”.
Ambos os autores, segundo nosso parecer, propõem atividades que nossos
discentes podem utilizar no seu cotidiano e em dias distantes, futuramente.
O Colégio Americano de Medicina Esportiva - ACSM prescreve testes e
programas sobre quantidade e qualidade de exercícios: para o condicionamento
cardiorrespiratório, orienta exercícios aeróbicos com 50% a 80% do consumo
máximo de oxigênio, durante 20 a 60 minutos por sessão, de três a cinco dias por
semana, e que cada exercício deve ter de oito a doze repetições de concentrações
concêntricas e excêntricas em toda amplitude de movimento, duas vezes por
semana, mantendo o padrão normal de respiração.
Assim sendo, propomos algumas atividades um pouco mais intensa e
moderada, pois se faz necessário para aqueles que estarão além do peso. As
repetições foram aumentadas nos exercícios após as duas primeiras semanas dado
o inicio das atividades físicas, de acordo com o grau de dificuldade de cada um.
Se o objetivo do grupo era apenas manter a performance seguimos leve e
moderadamente, outrossim, se fosse do contrário, prosseguimos de maneira gradual
e crescente.
Por meio do Pentáculo do Bem Estar, que é o perfil do estilo de vida
individual, fez-se uma sondagem anônima individual e discutida na sequência com
todo o grupo. Os itens questionados foram: situações de estresse, nutrição,
relacionamentos e comportamento preventivo.
Diversos assuntos foram tratados nos encontros com pais e alunos tais como:
o uso do tabaco, droga, stress, álcool, sedentarismo, esforços intensos ou repetitivos
e isolamento social.
Cada ser humano tem um estilo de vida diferente, mas vale lembrar que
qualidade de vida é viver bem saudável, é viver muito e ter trabalho digno, ter uma
família amorosa, alegria por viver e ter Deus como Fonte de inspiração para amar e
sentir-se amado.
3. Métodos e Procedimentos.
3.1 Da Implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola.
Os trabalhos de PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional 2010,
foram elaborados e implementados, sob orientação e fontes de estudos a fim de
garantir os resultados previstos no projeto de intervenção.
Durante os cursos de aperfeiçoamento, intencionou-se a pesquisar sobre a
Prevenção Contra o Excesso de Peso em Escolares assunto no contexto escolar
dos alunos de 8ª séries, professores e pais, por ser um assunto relevante de
prevenção de saúde para a sociedade. “O projeto de intervenção intitulado
Prevenção Contra O Excesso De Peso Em Escolares 8ª séries do Ensino
Fundamental do Colégio Estadual de Agudos do Sul – PR, com o objetivo de
analisar a performance dos escolares”. que reflete em prevenção de saúde e hábitos
alimentares, conjugada a esse projeto de intervenção, houve a produção de material
didático específico, com seus procedimentos, em forma de Unidade Didática
entregue ao NRE e escola.
3.1.1 Procedimento da implementação pedagógica na escola.
Essa etapa aconteceu durante a aplicação do Material Didático desenvolvido
pela pesquisadora, Prevenção Contra O Excesso De Peso Em Escolares em alunos
de 8ª séries do Ensino Fundamental do Colégio Estadual de Agudos do Sul – PR,
que hoje com a nova lei é 9º ano do Ensino de Nove anos, no qual a proposta da
pesquisa foi articulada com os professores desses alunos, pais e um médico do
Posto de Saúde do Município. A apresentação do MD aconteceu no primeiro
momento numa reunião juntamente com a direção da escola e equipe pedagógica
para apreciação, da Unidade Didática, com o objetivo de conscientizar os mesmos
sobre a importância do Projeto na Escola e também aconteceu junto ao GTR (Grupo
de Trabalho em Rede), onde todos os cursistas tiveram a oportunidade de ler,
opinar, enriquecer o material, com sugestões de dinâmicas que foram utilizadas nas
ações da implementação. As discussões durante o GTR estabeleceram estratégias
de ações, que foram colhidas várias sugestões durante a realização do curso. Num
segundo momento se fez um levantamento entre alunos de oitavas séries, para
convidá-los a participar do projeto, de posse dos números de participantes foi feita
uma sondagem para averiguação de casos de alunos em situação de risco
relacionado ao acúmulo de massa muscular, má alimentação e sedentarismo.
Usamos um procedimento para se chegar a esse fim, o Pentáculo de Marckus
Nahas, instrumento esse bastante necessário para a iniciação desse projeto que foi
implementado no Colégio Estadual Rui Barbosa, município de Agudos do Sul,
Estado do Paraná.
O estudo foi realizado de forma a se colher resultados quantitativos, por meio
de informações nutricionais e atividades físicas; para trabalhar a resistência
muscular e cardiorrespiratória, ginástica localizada para fortalecimento do abdômen
e membros superiores e inferiores, alongamentos para melhoria da flexibilidade e
atividades físicas aeróbicas, a fim de atingir os objetivos propostos que contempla
este trabalho. A pesquisa se desenvolveu com a aplicação de um questionário para
efeitos de sondagem, seguido de um roteiro de atividades físicas para baixa de
peso, aumento e manutenção da performance.
As repetições foram aumentadas nos exercícios após as duas primeiras semanas
dado o inicio das atividades.
Se o objetivo a que o grupo se propôs fosse apenas à manutenção da performance,
seguiu-se leve e moderadamente com as atividades, outrossim, sendo contrário,
prosseguirmos de maneira gradual e crescente.
Os alunos foram divididos em pequenos grupos para atendimento médico, o
qual os examinou e atestou sobre a aptidão física de cada aluno. Em dias alternados
e agendados com antecedência antes do inicio das atividades, o médico do Posto de
Saúde de Agudos do Sul – Paraná era agendado pela direção da escola em horário
e local exclusivo para os alunos do projeto.
A avaliação da aptidão física diagnosticada por profissional da área
competente trouxe mais segurança ao pesquisador no desenrolar do seu projeto,
sendo essa parceria um fator muito importante. Feito os exames médicos, passamos
aos cálculos do IMC, pesagem e aferição de alturas em todos os alunos do projeto,
num total de quatro turmas do turno matutino.
Os instrumentos usados no decorrer do projeto foram: calculadoras, balança
toesa, fitas métricas, aferidor de altura, colchonetes e cordas.
Num terceiro momento reuniam-se os pais em local apropriado e
aconchegante, para explanação do desenvolvimento do projeto, pelo pesquisador,
onde foi solicitado que todos apoiassem seus filhos nesta nova empreitada.
Os assuntos que foram tratados enumeram-se da seguinte forma: Prevenção,
Saúde e Qualidade de Vida; alimentação correta; pirâmide alimentar; a importância
da atividade física nos anos iniciais da vida; situações diversas de risco de
obesidade, baseadas na coleta de informações das sondagens feitas em seus filhos
no inicio do projeto (sem mencionar nomes, por conta do bullying) e enfatizar a
importância nos cuidados alimentares para com seus filhos orientando-os, inclusive,
na maneira correta de se alimentar antes e depois da atividade física quando os
mesmos vêm para as aulas de Educação Física ou mesmo em situações do
cotidiano.
Os pais foram convidados, pelos seus filhos a participarem de uma ceia de
frutas realizadas por eles, no final do projeto, onde os mesmos abordaram o valor
calórico de cada fruta. Ao mesmo tempo foi realizada uma feira com exposição de
alguns alimentos, verduras, legumes, cereais etc., e assim um grupo de alunos
explanou sobre o valor calórico das frutas e outro grupo explicou sobre o valor
calórico dos legumes, verduras, cereais etc.
A ceia de frutas e a feira aconteceram num dia determinado pelo pesquisador
e seus alunos. Participaram deste pequeno evento somente os pais, à direção da
escola, equipe pedagógica e alunos participantes do projeto.
4 Conclusão
O aumento do sobrepeso na infância e na adolescência é muito significativo,
uma vez que a obesidade é fator de risco na vida adulta.
Os jovens brasileiros vêm passando por uma fase de aumento de peso e
quase que sem controle, devido à facilidade que se tem na aquisição de guloseimas,
doces, salgados, frituras, lanches, em detrimento de alimentos saudáveis como
frutas e legumes, verduras e cereais, como também um dos fatores preocupante é o
tempo gasto em frente à televisão, ao computador; condutas sedentárias que têm
sido relacionadas ao ganho de peso e obesidade.
Observamos que nossos alunos refletem no ambiente escolar, a imagem
daquilo que tem como hábito em casa na questão do que se come e o quanto se
come e também com relação à falta de movimentação e de práticas de exercícios
físicos.
Todas as fases da infância são importantes para o estudo da obesidade,
porém a adolescência representa um período crítico para o desenvolvimento do
excesso de peso.
Na sociedade, a escola é um local importante de atividades interdisciplinares
que foquem nos conhecimentos sobre saúde, com estímulos para a prática de
exercícios físicos fora da escola e na escola, com melhoria dos hábitos alimentares
necessário em seus lares.
A escola não pode resolver de maneira definitiva os problemas relacionados à
promoção da saúde,
O presente estudo conclui que a obesidade infantil pode trazer sérios
problemas para a saúde, por isso é importante que o professor de Educação Física
incentive seus alunos a por meio de orientação de praticas de exercícios físicos que
não sejam somente pela competição, mas pela própria saúde com a necessidade de
estimular a terem uma alimentação saudável.
Cabe a família o papel da prevenção da obesidade, com estímulos primários
moldando os hábitos das crianças na melhoria da alimentação, na diminuição de
atividade fisicamente passivas como televisão, computador, videogame, e introduzir
práticas constante de atividade física, e ingestão de frutas, vegetais, cereais e
procurar diminuir alimentos calóricos.
REFERÊNCIAS
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