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Page 1: Princípios Básicos Da Igreja

IGREJA EM FLORIANÓPOLISIGREJA EM FLORIANÓPOLIS

Princípios BásicosPrincípios Básicos(Encontro de Líderes)(Encontro de Líderes)

PRINCÍPIOS BÁSICOS – Igreja em Florianópolis Página 1 de 38

Page 2: Princípios Básicos Da Igreja

Setembro de2010

Í N D I C E

INTRODUÇÃO Página 03

O FUNDAMENTO DE DEUS Página 05

Jesus, sua vida e sua obra Página 06

O propósito eterno de Deus Página 08

DISCIPULADO Página 14

Princípios Básicos Página 14

O Discípulo Página 16

O Discipulador Página 18

Edificando com base em metas Página 19

Requisitos para ser um líder de grupo Página 24

A FAMÍLIA Página 26

O propósito de Deus para a Família Página 26

Papéis dos cônjuges: A MULHER Página 27

Papéis dos cônjuges: O MARIDO Página 29

A educação dos filhos Página 30

DIVÓRCIO E CASAMENTO Página 32

O casamento foi instituído por Deus Página 32

Uma instituição criada antes da queda Página 32

Três elementos determinantes do casamento Página 33

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O casamento é um vínculo sagrado e indissolúvel Página 34

Conclusões finais Página 38

I N T R O D U Ç Ã O

Estamos começando um novo ano de trabalho na seara do Senhor. Antes derepassarmos as ministrações dos nossos pastores do mini-retiro da liderança,gostaríamos de lembrar alguns pontos importantes que temos aprendido, como exemplo da congregação do nosso irmão Abe Huber e que merecemrecordar e praticar em nossa vida comunitária, tanto nas casas, como nosmomentos de encontro de toda a congregação.

1) Não conheceremos, a partir de hoje, ninguém segundo a carne

Em 2 Coríntios 5:16, lemos que “Assim que, nós, daqui por diante, a ninguémconhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo acarne, já agora não o conhecemos deste modo.” A ninguém conhecersegundo a carne inclui:

(a) a mim, pois se olho as minhas falhas, olho segundo a carne e isto é pecado.Eu devo olhar segundo Deus me olha, pois quem está em Cristo é nova criatura(1 Cor 6:17). Estamos em Cristo. O meu arrependimento diante do pecadodeverá ser este: sei da minha posição em Deus e confesso que não agi deacordo com ela;

(b) os meus irmãos, pois devo enxergar meus irmãos pelo Espírito. Quandopreciso corrigí-los devo lembrá-los de sua posição em Cristo (encoraja-los apedir perdão);

(c) os incrédulos, pois Jesus morreu pelos pecados de todos.

Quando eu não olho mais segundo a carne, mas segundo o Espírito, istoexpressa uma posição de fé que está baseada na nossa posição em Cristo,crendo no coração em Cristo, declarando com a boca e agindo conforme aminha fé e confissão. “Ovelha sadia dá cria”. Muitas vezes afirmamos quepreferimos qualidade ao invés de quantidade, pois pensamos que quantidadeé sinônimo de “malformação”. Contudo o nosso irmão Abe afirma quequantidade é sinônimo de perfeição. Portanto pouca quantidade significa quea ovelha está doente.

2) Integrar - o Fator Barnabé (encorajamento)

É melhor nos ocuparmos em integrar as pessoas para depois as levarmos atomar uma decisão por Cristo. O que isto quer dizer? Quer dizer que as pessoas

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serão amadas, verão nosso exemplo, experimentarão alguma coisa a mais (ogostinho da nova vida em Deus para todos os aspectos da vida) e estarãoprontas para tomar uma decisão. As amizades profundas podem ser cultivadasem eventos sociais. Quando dedicarmos tempo para as pessoas, através deum genuíno interesse, elas serão impactadas. É importante tirar tempo paraaprofundar a amizade. Devemos seguir o exemplo de Barnabé e, como ele,precisamos aprender que devemos ir atrás, investir, ser carinhosos ecuidadosos, enfim, amar verdadeiramente.

3) Ganhar nossa cidade, com um espírito de fé, para o Senhor Jesus

Nós devemos conquistar nossa cidade através de um espírito de fé. Deus nosdeu autoridade para abençoar e não amaldiçoar. Devemos exercer umapalavra de benção sobre nossa casa, nossos filhos, nosso bairro, nossa cidade.Quando abençoamos, somos abençoados. Jesus conquistou autoridade paraa igreja, mas o diabo usurpa da autoridade dada a igreja quando esta usapalavras de injúria e maldição através de declarações mentirosas, como: “estacidade é muito dura para o evangelho”, “a igreja não cresce mesmo porqueaqui tudo é difícil”. Lembrando dos espias na terra prometida, vemos queapenas Josué e Calebe não infamaram a terra. Tinham a visão de Deus, haviadificuldades, mas falaram que iriam avançar sobre elas, porque a visão eramuito linda. O resto do povo não creu, por isto ficou no deserto. A Fé crê narealidade espiritual antes de ela vir a existir. Ela materializa a vontade de Deus.Um coração cheio de fé nós levará a um evangelismo explosivo.

4) Ganhar os que estão longe, não desistir daqueles que já andaram conosco

Precisamos fechar a porta dos fundos, não apenas abrir a porta da frente. Tempessoas que demoram muito tempo para se firmar. Alguns vão e voltam, outrosparecem que já estão perdidos. Precisamos resgatar aqueles que estão longe,mesmo que eles “não queiram”. Temos que crer que “não perderemos nenhumque o Pai nos deu”. Devemos fazer uma lista daquelas pessoas e contatosnossos que não estão conosco, vivendo em comunhão. Orar por eles, jejuar etratá-los como um pastor amoroso que cuida das ovelhas do Senhor Jesus.

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O FUNDAMENTO DE DEUS

1) JESUS CRISTO, A REVELAÇÃO DE DEUS: Jesus Cristo, o filho de Deus, é a revelação deDeus, a Palavra, (o Verbo) de Deus para todos os homens. (Jo1:9; Hb1:1-2)

2) A PALAVRA, ELEMENTO CHAVE: Jesus ensinou a vontade de Deus e revelou averdade através de suas palavras. O elemento que ele usou paracomunicar vida, foi a Palavra. (Jo12:44-50)

3) ÚNICO CANAL ESCOLHIDO, DOZE HOMENS: Ele comunicou esta revelaçãoespecialmente a doze homens, seus apóstolos. Não temos outra fonteoriginal e fidedigna de informação acerca de Jesus além dos dozeapóstolos. (Jo17:8)

4) OBRA DO ESPÍRITO SANTO: Jesus confiou na obra posterior do Espírito Santo pararecorda, revelar, ensinar e guiar em toda verdade. (Jo14:26;16:12-15)

5) RESPONSABILIDADE DOS DOZE: Depois da sua ressurreição, Jesus ordenou a Seusapóstolos que, uma vez recebido o Espírito Santo, fizessem discípulos detodas as nações, pregando e batizando a todos os que cressem eensinando-os a guardar todas as coisas que Ele ordenou. (Mt28:18-20)

6) REVELAÇÃO CONCLUÍDA DOS FATOS ESSENCIAIS: Depois de um período, o Espírito Santocompletou a revelação fundamental dada aos apóstolos, especialmentequanto ao ministério de Cristo. Houve um período de transição até oesclarecimento definitivo. (Ef1:8-9;3:5,9; At20:27)

7) PONTO CHAVE - O FUNDAMENTO ÚNICO E UNIVERSAL: Eles indicaram o fundamento deDeus para a Igreja. Como a Igreja é a mesma em todo lugar e em todotempo, desde então, e até a volta de Cristo, o fundamento que elesmostraram é o mesmo sempre. (Ef2:20; 1Co3:10-11)

8) NÃO SE ADMINTEM MODIFICAÇÕES: Esse fundamento não deve ser corrigido,modificado ou contradito posteriormente, ainda quando aprofundado emseu significado. (1Co3:11; Gl1:6-9)

9) REITERAÇÕES E CORREÇÕES: As epístolas dos últimos anos eram reiterações sobre asverdades já ensinadas, ou correções de desvios como Ap 2:4-5, 14,15,20;3:2-3, o que comprova que não havia coisas novas continuamente.(2Pe1:12-15; 1Jo2:7-9; Jd 17)

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10) DESVIOS HISTÓRICOS: Através dos séculos este fundamento foi modificado,aplicado, trocado, ignorado e esquecido em muitos aspectos. A história daIgreja testifica isto.

11) RESTAURAÇÃO DA IGREJA: Há vários séculos Deus começou a operar dando luzsobre alguns aspectos da antiga verdade. Agora, Deus acelera arestauração total da Igreja:

a) Não dando parte da verdade, mas restaurando o quadro total daverdade.

b) Não um avivamento isolado e local, mas no mundo todo.

c) Não enfatizando a definição de simples conceitos teóricos, mas osurgimento de um novo povo.

Jesus, sua Vida e sua Obra

Ele disse: " Eu sou a verdade..." (Jo14:6).

Jo 17:3

"E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e aJesus Cristo, a quem enviaste."

1) Jesus existia antes de todas as coisas.

Jo 1:1-3

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Eleestava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele,e sem ele nada do que foi feito se fez."

2) Tornou-se homem.

Jo 1:14

"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; evimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai."

Fp 2:6-8

"pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser iguala Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-seem semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo sehumilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz."

3) Teve uma vida perfeita e irrepreensível.

I Pe 2:22

" Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano"

4) Fez uma obra tremenda e grandiosa.

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At 10:38

"Concernente a Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu com o Espírito Santo ecom poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todosos oprimidos do Diabo, porque Deus era com ele."

5) Morreu pelos nossos pecados

2Co 5:21

"Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para quenele fôssemos feitos justiça de Deus."

Is 53:5-6

"Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causadas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelassuas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados comoovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobreele a iniqüidade de todos nós."

6) Ressuscitou

At 2:24

"... ao qual Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, pois não erapossível que fosse retido por ela."

7) Foi exaltado

Fp 2:9-11

"Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que ésobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos queestão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse queJesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai."

8) Voltará

a) A vinda do Senhor foi predita ( profetizada )

• Pelos profetas (Zc 14:3-5);

• Por João Batista (Lc3:3-6);

• Por Jesus Cristo (Jo 14:2-3);

• Pelos anjos (At 1:11);

• Pelos apóstolos (Tg 5:7; I Pe 1:7,13; ITs 4:13-18).

b) A vinda do Senhor será:

• Pessoal ( e corporal ) (Jo 14:3; At 1:10-11);

• Visível (Ap 1:7; IJo 3:2-3);

• Literal ( real ) (ITs 4:16);

• Repentina ( de surpresa ) (Mt 24:42-44; ITs 5:1-3).

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c) O Senhor virá para:

• Ressuscitar os mortos em Cristo (ITs 4:16; ICo 15:22-23);

• Transformar os vivos à imortalidade (ICo 15:51-53);

• Arrebatá-los para encontrá-lo nos ares (ITs 4:17);

• Julgar e recompensar os santos (II Co 5:10; ICo 3:12-15);

• Casar com a noiva (Ap 19:7-9; 21:2);

• Destruir o anti-cristo (IITs 2:8);

• Julgar as nações (Mt 25:31-33);

• Julgar a todos (IITm 4:1);

• Acorrentar Satanás por mil anos (Ap 20:2-3);

• Estabelecer seu reino milenar (Ap 20:4-6).

O Propósito Eterno de Deus

O propósito (alvo, meta) é que vai direcionar todo o nosso comportamento,trabalho, ênfase, enfoque e maneira de agir.

Se quisermos verdadeiramente cooperar com Deus, devemos conhecer bemseus desejos, seu propósito, seu coração.

TUDO O QUE FIZERMOS, SÓ TERÁ VALOR ETERNO, NA MEDIDA EM QUE COOPERAR COM O PROPÓSITO DE DEUS.

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EternidadeFutura

Ef 1:4,11

Ministérios ComunsEf 4:12,15,16 Mt 28:18-20

Ef 4;11-13Ministérios Específicos

QuedaRm 3;12,23

Rm 6:23

Gn 3:26

Eternidade Passada

Terra

Is 53:5-6 2Co 5:21

Igreja

Céu

Ef 1:4, 11

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Um Erro Muito Comum

Por anos, muitos cristãos têm vivido sem conhecer qual é o propósito (objetivo)de Deus para suas vidas. Muitos têm crido, equivocadamente, que nossa metacomo cristãos é chegar aos céus. Tudo gira em torno do homem e de suasnecessidades.

Esta visão equivocada ocorreu porque sempre víamos o propósito de Deuscomeçando com a queda do homem. Sendo assim, como o homem estáperdido, sua salvação tornou-se o centro do propósito eterno de Deus. Eis oerro que devia ser corrigido. É claro que Deus, também, quer salvar a todos oshomens.

Isto vemos claramente nos textos de I Timóteo 2:3-4; II Pedro 3:9 e João 3:16.Mas nós não devemos confundir aquilo que Deus deseja com o que é o seupropósito.O propósito de Deus não surgiu com a queda do homem, é algo quejá estava em seu coração desde antes da fundação do mundo (Efésios 1:4,11).

DEUS NÃO MUDOU DE PROPÓSITO POR CAUSA DA QUEDA.

Qual a Intenção de Deus ao Criar o Homem?

Gn 1:26

"Também disse Deus: Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossasemelhança".

A intenção de Deus ao criar o homem era de ter uma grande família de muitosfilhos à sua própria imagem, e encher a terra com uma família que expressassea sua glória e autoridade (Gênesis 1:27-28).

Como Adão tinha sido criado à imagem de Deus, e cada ser se reproduziasegundo a sua própria espécie, quando Adão e Eva se multiplicassem,reproduziriam filhos a imagem de Deus.

Como o Pecado Interferiu no Propósito de Deus?

O pecado de Adão foi uma intromissão violenta e diabólica no propósito deDeus. Por meio dele o homem tornou-se culpado, alvo da ira de Deus,merecedor do castigo eterno, expulso da presença de Deus e sem comunhãocom Ele. "O salário do pecado é a morte". (Rm 6:23)

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Mas houve uma conseqüência ainda maior. O problema não foi apenas que ohomem tornou-se culpado diante de Deus, mas também a sua próprianatureza se "estragou", se corrompeu. O homem perdeu a imagem de Deus,tornou-se numa outra criatura. Não era mais o mesmo homem, era um homemmorto para Deus; inútil para cumprir Seu propósito.

Já sabemos que cada ser se reproduz segundo a sua própria espécie. Portanto,quando Adão se corrompeu, toda a sua descendência ficou arruinada. (Gn5:3; Rm 5:12).

Deus Desistiu do Seu Propósito? Como Fez?

Embora o homem pecasse, Deus não mudou o seu propósito inicial. Deus nãotem diversos planos, nem muitos propósitos; não criou um novo alvo, nem abriumão do que queria desde o princípio.

Deus necessitava criar uma nova raça, porque todos os descendentes doprimeiro homem ficaram inúteis para o seu propósito. Como Deus fez isso?

I Co 15:45-48

"O primeiro homem, Adão, foi feito ser vivente. O último Adão, porém, éespírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual e, sim, o natural; depois oespiritual. O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homemé do céu. Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demaishomens terrenos; e como é o homem celestial, tais também os celestiais."

Pelo nascimento natural (de carne e sangue), pertencemos a raça de Adão,estragada e inútil. Mas pelo novo nascimento nos tornamos participantes daraça celestial.

Adão perdeu a imagem de Deus porque foi rebelde (Gn 3:1-7). Jesus, que é aimagem do Deus invisível (Cl 1:15), sempre fez a vontade do Pai (Jo 4:34), e emtudo lhe agradou (Jo 8:29), foi obediente até a morte (Fp 2:8).

Todo o homem que crê naquele que o Pai enviou (Jo 6:29), nega-se a si mesmoe toma a sua cruz (Mt 16:24), perde a sua vida (Mt 16:25), recebe o senhorio deJesus Cristo (Rm 10:9) e batiza-se em Jesus Cristo (Mc 16:16), este se torna umanova criatura (II Co 5:17), recebe a natureza de Deus (II Pe 1:4) e recebe aimagem daquele que o criou (Cl 3:10).

Toda a glória do plano de Deus havia se perdido no pecado. Mas Deus Pai nãodesistiu. Qual a sua esperança? "Cristo em vós, a esperança da glória" (Cl1:27).

A Salvação é um Meio e não um Fim.

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A obra redentora de Cristo Jesus é algo tão tremendo, tão maravilhoso, quecorremos o risco de vê-la como se fosse o todo. Esta salvação é tão grandiosaque temos a tendência de confundi-la com o próprio propósito de Deus. Masnão é assim.

Jesus Cristo, o admirável Filho de Deus, com sua obra redentora, deu uma novavida ao homem, restaurando-lhe a comunhão com o Pai. E tambémpossibilitou, através da infinita graça de Deus, a continuação do seu planoeterno. A redenção efetuada por Jesus Cristo e encarnada pela igreja, é OMEIO para Deus restaurar todas as coisas, e assim concluir seu propósito.

A redenção nunca poderia ser UM FIM em si mesma, mas apenas UM MEIO degraça para consertar um grande erro. Para Paulo, a redenção nunca foi opropósito de Deus. Ele entendia que o propósito de Deus era a família eterna(Ef 1:4-5; Rm 8:28-29). Uma família perfeita em Cristo (Fp 3:12-14). Sua obra parao Senhor NÃO CONSISTIA EM BUSCAR APENAS A REDENÇÃO DO HOMEM, MASEM APRESENTAR ESTE HOMEM A DEUS, RESTAURADO À IMAGEM DE JESUS CRISTO(Cl 1:28).

Propósito de Deus Hoje?

Rm 8:28-29

"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam aDeus, daqueles que são chamados SEGUNDO O SEU PROPÓSITO. Porquantoaos que de antemão conheceu, também os predestinou para seremCONFORMES A IMAGEM DE SEU FILHO, a fim de que Ele seja o primogênitoentre MUITOS IRMÃOS"

Este texto nos mostra com clareza que Deus quer UMA FAMÍLIA DE MUITOSFILHOS SEMELHANTES A JESUS. Vejamos por etapas:

UMA FAMÍLIA: Isto nos fala da UNIDADE. Este é um requisito indispensável para ocumprimento do propósito de Deus. Embora isto não esteja enfatizado no textoacima (nem seria necessário), porque filhos a imagem de Jesus não podem serbrigões e facciosos, está claro em outras passagens como: Jo 17:20-22; 1Co1:10-12; 3:1-4; 10:16-17; Ef 2:14-16; 3:15; 4:1-6, 12-16; Fp 1:27; 2:1-4.

DE MUITOS FILHOS: Isto nos fala de MULTIPLICAÇÃO. Discípulos fazem discípulos,etc. (Mt 28:18-20)

SEMELHANTES A JESUS: Isto nos fala da EDIFICAÇÃO. Não é suficiente quesejam muitos; é necessário que tenham qualidade de vida (Ef 1:4-5; II Co 3:18;Ef 4:13). Portanto, entendemos que o propósito de Deus envolve aMULTIPLICAÇÃO de vidas que vão ser edificadas em UNIDADE, para crescerematé a ESTATURA DE JESUS CRISTO.

Ef 4:13

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".. até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento doFilho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude deCristo"

A restauração da imagem de Deus no homem

O desejo de Deus foi criar o homem semelhante a Ele.

• Responsabilidade moral

Ef. 4:24

“e vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado emverdadeira justiça e santidade”.

• Natureza espiritual – Deus nos deu sua mesma natureza espiritual

1 Co 6: 17

“Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele”.

• Exercício de autoridade – Deus nos deu autoridade (autoridade delegada)sobre todas as áreas terrenas.

Sl 8:5-8

“Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e dehonra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seuspés tudo lhe puseste: ovelhas e bois, todos, e também os animais docampo; as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que percorre assendas dos mares”.

A imagem de Jesus em nós.

• Deus quer que vivamos como Jesus

1 Jo 2:6

“aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assimcomo ele andou”.

• Deus proveu dos meios necessários para que isto se cumpra em nós.

Ef 1: 3

“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoadocom toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,”

• Fomos feitos participantes de Cristo

Qual a Nossa Posição Dentro do Propósito Eterno?

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Aquilo que é um propósito no coração de Deus, para nós se constitui numCHAMADO, numa VOCAÇÃO (II Tm 1:8-9; Rm 8:28-29).

De uma maneira simples definimos a nossa VOCAÇÃO como um CHAMADOpara sermos participantes do propósito de Deus e COOPERADORES no seucumprimento.

Aquele que recebe o propósito de Deus em seu coração compreende o seuchamamento e torna-se prisioneiro desta vocação (Fp 3:12-14).

Devemos andar de modo digno desta vocação (Ef 4:1-3) e esforçar-nos paraconfirmá-la (II Pe 1:10).

O Serviço da Igreja para Cumprir este Propósito

Quando alguém tem em mente um determinado propósito, um alvo paraalcançar, deve também planejar os passos que deve dar para alcançá-lo.Não pode agir de qualquer forma, usando qualquer estratégia, "atirando" emqualquer direção. Deve ter uma estratégia específica e buscar os meioscoerentes para dar passos que o levarão a alcançar o alvo pretendido.

Assim também é Deus. Ele elaborou o propósito e também definiu os recursos, aestratégia, e quais são os passos que devem ser dados.

A igreja é a encarnação do propósito de Deus, e também está cheia dosrecursos de Deus para o desenvolvimento deste propósito.

Para fazermos muitos filhos....

1Tm 2: 4

“o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao plenoconhecimento da verdade.

No Povo de Deus Todos São Sacerdotes.

Desde o início da formação do povo de Deus na terra Ele queria que todos (anação inteira) fossem sacerdotes (Ex 19:6). O povo rejeitou o seu sacerdócioporque ficou com medo de chegar presença de Deus (Ex 19:13; 20:18-20).Deus, então constituiu dos filhos de Levi, uma tribo de sacerdotes; mas seudesejo ainda era que todo o povo, cada um, fosse sacerdote. Moisés, queconhecia o coração de Deus, também desejava que todo o povo tivesse oEspírito de Deus e fosse profeta (Nm 11:26-30).

Mais tarde, Deus prometeu derramar seu Espírito sobre todos (Jl 2:28-29). Jesusfalou que a promessa viria para nos capacitar ao serviço de Deus (At 1:8). Coma vinda do Espírito Santo e o estabelecimento da igreja cumpre-se o desejo deDeus de ter uma nação de sacerdotes.

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I Pe 2:9

"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo depropriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele quevos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz [...]"

Estas palavras rompiam com séculos de tradição judaica. A tradição de uma"casta sacerdotal" na qual apenas alguns podiam ser sacerdotes. Esta era umalimitação dos tempos da velha aliança que só poderia mudar com a vinda deJesus e a descida do Espírito Santo. Por isso, pode-se perceber o tom deexultação nas palavras de Pedro.

O Espírito Santo esteve esperando muito tempo para trazer esta revelação.Note as palavras: raça, nação, povo, todos são sacerdotes.

Lamentavelmente a igreja não soube preservar esta revelação. A igrejageralmente cai no erro de perder a revelação da nova aliança para abraçarconceitos do Antigo Testamento.

A redenção de nossos corpos.

Quando Jesus voltar nossos corpos serão transformados à semelhança de Seucorpo glorificado.

1 Co 15:50-54

“Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino deDeus, nem a corrupção herdar a incorrupção.

Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformadosseremos todos,

num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. Atrombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremostransformados.

Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade,e que o corpo mortal se revista da imortalidade.

E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que émortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que estáescrita: Tragada foi a morte pela vitória.

DISCIPULADO

I – INTRODUÇÃO

Este material serve de roteiro para que o líder de grupo conduza os discípulos eseu grupo de forma homogênea dentro da visão e orientação da

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congregação. Use-o com sabedoria, aplicando de forma prática na vida dosdiscípulos.

1) Princípios Básicos

Mt. 28:18-20

“E, aproximando-se Jesus, falou-lhes dizendo: Toda autoridade me foi dada nocéu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-osem nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas ascoisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias,até a consumação dos séculos.”

“Ide e fazei discípulos de todas as nações.”

O mandamento do Senhor para nós é ir fazer discípulos. Todos são chamados aparticiparem dessa tarefa, que não é um dom especial, e sim ummandamento, e todos os que crêem em Cristo não tem outra opção, senãoobedecer.

a) O que é o Discipulado?

É o relacionamento entre um mestre e um aluno baseado no modelo que éCristo, no qual o mestre reproduz no aluno a plenitude da vida que há emCristo, capacitando o aluno a treinar outros para que também ensinem novosdiscípulos.

Este relacionamento liga a pessoa à cadeia de autoridade existente na Igreja.Assim o discípulo é acompanhado em seu processo de crescimento e ajudadoa conformar sua vida com o propósito de Deus, como também a se encaixarna vida da Igreja.

Discipular é transmitir a vida de Jesus. É reproduzir essa vida em outras pessoas,ensinando-as a guardar tudo que Ele ordenou.

Porque Fazer Discípulos?

Porque Jesus fez assim e mandou que fizéssemos assim. Ele concentrou seusesforços em 12 homens. Ministrou em suas vidas 3 anos dia e noite, nos dando oexemplo de como devemos fazer.

Esta é a única maneira de trazer todos os homens de volta ao governo(disciplina) de Deus.

b) A Questão da Autoridade

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• Sem submissão não há formação: O discípulo deve ser manso e humilde,estando sujeito aos irmãos, aos líderes, sem rebeldia e obstinação;

• Sem submissão não há autoridade: O princípio básico para ter autoridade éestar debaixo de autoridade e se sujeitar a ela (Ex. Jesus);

• Ninguém tem autoridade em si mesmo. Nossa autoridade vem de Jesus;

• Autoridade é diferente de autoritarismo. O discipulador precisa entender queele é servo do discípulo e não o dono. Deve ensinar todo o conselho de Deuse não os seus gostos e preferências pessoais. Mt 20:25-28

Três Níveis de Palavra

• A Palavra de Deus: A essa o discípulo deve ter uma submissão absoluta.Quando damos a Palavra a um discípulo e ele não a recebe, está sendorebelde. Nesse caso devemos seguir as orientações dadas por Jesus em Mt.18:15-20, ou seja a pessoa poderá até ser disciplinada. Todos no Corpo deCristo, e não apenas o discipulador, tem autoridade para corrigir erepreender outro irmão dentro do ensino da Palavra. (Deve-se observar,antes, o ensino de Gl. 6:1 e Mt. 7:1-5). Exemplo: Quando dizemos a um discípulo que ele não pode casar comuma moça incrédula, estamos dando a Palavra do Senhor. Isso é absoluto.

• Nossos Conselhos: A submissão aqui é relativa. Pode ser que o conselho quedamos seja baseado no conhecimento que temos da Palavra de Deus, mas,mesmo assim não passa de conselho. É relativo. Se o discípulo rejeita umconselho, não é necessariamente um rebelde. Entretanto, aquele que nuncaaceita conselhos, é orgulhoso e auto-suficiente. Não pode ser edificado. Exemplo: Quando falamos que não é bom que ele se case com a “irmãfulana”, estamos dando um conselho.

• Nossas Opiniões: Não é necessário nenhum tipo de submissão às opiniões egostos pessoais do discipulador.

2)O DISCÍPULO

a) O que é um Discípulo?

• É aquele que crê em tudo que Cristo disse e faz tudo que Cristo Manda.

• É aquele que aprende, que vive o que aprende e que o comunica.

b) O que Caracteriza um Discípulo

1. Ama a Jesus sobre todas as coisas (Lc. 14:26-27);

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2. Renuncia a tudo que possui (Lc.14:33);

3. Pratica a Palavra (Jo 8:31);

4. Ama o seu próximo (Jo 13:34-35);

5. Dá muito fruto (Jo 15:8)

c) Como o Discípulo Aprende

• Vendo, ouvindo e perguntando.

O Relacionamento espontâneo e constante entre o discípulo e o discipuladorfaz surgir oportunidades de ensino, exortação, consolo em situações do dia adia. (Mt.28:20b)

d) Alvos para o Discípulo

Recém convertido

• Experimentar o batismo no Espírito Santo;

• Aprender a manusear a Bíblia;

• Demonstrar sujeição à autoridade de Cristo e da Igreja;

• Demonstrar compromisso e envolvimento com os irmãos (reuniões,contribuições, serviço);

• Ter revelação da pessoa e obra de Jesus;

• Ler e estudar a apostila básica ( Conhecendo a Vontade de Deus);

• Vencer os principais problemas do velho homem (vícios, impurezas,rebeldias, mentiras, desonestidade, etc.).

Material de trabalho: Apostila Conhecendo a Vontade de Deus, Plano deleitura do Novo Testamento, Fundamentos para Fé e Obediência.

Em formação

• Manter e aperfeiçoar o que foi alcançado;

• Proclamar e testemunhar de Jesus;

• Manifestar os dons do Espírito Santo;

• Caminhar em companheirismo (oração, ensino, edificação mútua);

• Ter clareza sobre o Evangelho do Reino;

• Ter clareza sobre o Propósito Eterno de Deus.

Material de Trabalho: Apostilas: Conhecendo a Vontade de Deus, O PropósitoEterno de Deus e Fundamentos para Fé e Obediência.

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Page 18: Princípios Básicos Da Igreja

Pronto para discipular

• Manter e aperfeiçoar o que foi alcançado;

• Ter revelação da sua vocação (Rm. 8:29; Mt.28:18-20);

• Ter uma disciplina de oração e leitura da Palavra;

• Buscar capacidade e graça para transmitir a Palavra.

Material de trabalho: Apostilas: O propósito Eterno de Deus, Fundamentos paraFé e Obediência e A Nova Maneira de Viver.

3)O DISCIPULADOR

a) Qual a tarefa do Discipulador?

A tarefa do Discipulador é: Ensinar o discípulo a observar todas as coisas queJesus ordenou.

b) Quem deve discipular?

Todo Cristão é chamado para discipular - (Mt.28:18-20)

Todo discípulo deve ser formado para cuidar de discípulos. Uma vez que eleatinge os alvos propostos (item 2-D), ele está pronto para fazer o mesmo comos outros.

c) Orientações Práticas

Jesus não era um homem de púlpito. Não era um homem de mensagenselaboradas ou entusiasmadas. Jesus era um homem de relacionamentos. Seusdiscípulos aprenderam tudo vendo. (I Jo. 1:1).

Seguindo o exemplo de Jesus, o discipulador deve:

Amar os Discípulos

• Um dos fatores importantes para que os discípulos aprendam a amar é quesejam amados;

• Espírito Santo nos dá a capacidade de amarmos e de demonstrarmos oamor;

• Os discípulos amarão uns aos outros (isso vai causar impacto no mundo);

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• O amor é a única maneira de conquistarmos uma reação favorável doshomens.

Conviver com os Discípulos

• Compartilhar sua vida (este é o melhor ensino);

• Ter encontros freqüentes (mínimo quinzenais);

• Ir na frente ao invés de só apontar o caminho;

• Ensinar com a vida.

Ser exemplo para os discípulos (ICo 11:1)

• O discipulador deve ser e fazer tudo aquilo que quer que os seus discípulossejam e façam;

• Jesus vivia seus ensinamentos, mostrando assim que funcionam;

• A melhor escola é o exemplo. O que não ensinamos através do exemplo, naverdade, não ensinamos.

Delegar responsabilidades

• Começar encarregando o discípulo de pequenas tarefas, supervisionandosua atuação com sabedoria;

• Descobrir com isso, as deficiências, virtudes e dons; tornado o discípulo maisaberto ao ensino;

• Ajudar a superar as dificuldades e direcionar o ministério.

Supervisionar os discípulos

• Averiguar com atenção se o discípulo está indo em direção ao alvo,conforme o item ALVOS PARA O DISCÍPULO (2-D);

• Mostrar o que ele deve mudar, deixar ou manter;

• Para uma visão geral das áreas a serem supervisionadas ver tabela do itemÁREAS DE SUPERVISÃO (5).

Levar os discípulos à frutificação – todo discípulo deve dar fruto

• Ensinar a evangelizar;

• Proclamar e testemunhar juntos;

• Visitar contatos juntos;

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4) Edificando com Bases em Metas

Se ao pensar na Igreja nos limitamos à reunião geral, aos grupos familiares, nosenganamos. A mudança na edificação das vidas se produz quando tomamosplena consciência que estamos formando e levantando uma comunidade, umpovo. Tudo então tem um novo valor, até as coisas menores e naturais da vidasão importantes. Já não nos preocupamos somente com a conduta, osaspectos espirituais e o serviço na Igreja, mas com tudo que diz respeito a vidade um povo. (Ex: uma correta linha de valores, pagamentos de impostos,melhoria de vida, descanso, saúde, alimentação, administração do dinheiro edo tempo, piedade, testemunho, etc.).

As bases para edificação de uma vida são:

• Revelação da pessoa de Jesus Cristo, o Senhor;

• Arrependimento;

• Batismo nas Águas;

• Dom do Espírito Santo;

• Confissão de pecados.

As metas são partes (aspectos) do Alvo. São objetivos estabelecidos para avida de um discípulo que o ajudarão a ser como Jesus.

a) Metas Incorretas

• Manter um grupo de pessoas;

• Chegar a ser um grande pregador;

• Resolver problemas do povo;

• Ser um dirigente de reunião.

Edificar é mais que resolver problemas pessoais, é completar o que falta paraalcançar a meta proposta (I Ts. 3:10).

b) Metas Corretas

• Formação do caráter: humildade, mansidão, generosidade, temperanças,etc. (Gl 5:22);

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Page 21: Princípios Básicos Da Igreja

• Estabilidade Econômica: trabalho, vivência digna;

• Família bem estabelecida: de acordo com o Propósito de Deus para afamília;

• Relação correta com Deus: vida de fé e orientação do Espírito Santo;

• Boas obras: servir, ser eficiente na extensão do reino de Deus.

c) Métodos para alcançar as Metas

• Estabelecer metas corretas;

• Determinar os passos a dar para alcançá-las.

Quando temos metas corretas, claras e definidas, para uma pessoa, devemoslogo determinar os passos a serem dados para alcançá-las. Além disso, analisaro valor da meta e o esforço que se vai empregar. Em alguns casos podemosdeterminar o tempo que vai tomar.

São necessários: tempo, esforço e trabalho para chegar a uma meta feliz.Sempre devem ser consideradas todas as opções possíveis. Quando há clarezasobre aquilo que se quer alcançar (objetivos), então, deve-se determinar ospassos para a conclusão.

Exemplos:

1) Um casal jovem rumo ao casamento

Os dois são fiéis ao Senhor, sujeitos ao Senhorio de Cristo, tem idade suficiente equerem se casar. Ele não tem bens nem ofício.

Começamos a fixar metas para 1 ano, por exemplo. O que ele deve teralcançado neste tempo?

1. Trabalho – Meta: seu próprio negócio ou profissão definida.

2. Terreno – Meta: sua própria casa

3. Noivado – Meta: casamento

4. Obra do Senhor – Meta: formar vidas e liderar um grupo.

2) Um casal com problemas de caráter

Não se toleram entre si, estão a ponto de separar-se.

1. Fazer com que os dois tenham confiança em quem os aconselha.

2. Gerar disposição nos dois para buscar a solução dos problemas.

3. Compartilhar fé a seus corações.

4. Fixar metas com respeito ao caráter. Por exemplo, para o homem:

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Page 22: Princípios Básicos Da Igreja

a) Fazer uma lista das coisas que acha que está mal;

b) Fazer outra lista com as características que gostaria de ter;

c) Logo fixar-lhe metas: (para que a esposa lhe honre, para ser o homemque gostaria de ser, autodisciplina).

Como formar uma vida

a)Sujeição, relação de amor e cuidado;

b)Dar diretrizes claras e específicas;

• Instrução específica: é a que se dá somente para uma determinadasituação.

• Instrução progressiva: toda instrução deve ser dada com o fim de chegara uma meta; portanto devemos ter instruções corretas para dar.

• Há quatro níveis de instrução:

- Básica;

- Pelos problemas;

- Formativa (como a pessoas deve ser segundo a ordem de Deus);

- Para alcançar maturidade.

c)Oração, dependência do Senhor, direção do Espírito Santo;

d)Companheirismo (fazer tarefas juntos);

e)Descobrir seu dom particular, animá-lo e estimular-lhe a fé;

f) Avaliar os resultados.

Trabalhando com a Visão do Futuro

Não edificamos somente para hoje. Lançamos as bases da Igreja do futuro.Faça esta pergunta:

Como quero ver a Igreja dentro de 5,10 ou 20 anos?

a)Áreas que devemos cobrir:

Com os cinco dedos da mão recordamos se adquirimos uma mentalidadede que estamos edificando um povo.

• Polegar: Senhorio de Cristo ( Evangelho do Reino, batismo nas águas e noEspírito Santo, a meta);

• Indicador: Relação com Deus (oração, adoração, louvor, leitura bíblica,confissão de pecados, orientação do Espírito Santo);

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Page 23: Princípios Básicos Da Igreja

• Médio: Serviço (boas obras, fazer discípulos, o povo de Deus, a unidadeda Igreja);

• Anular: A família;

• Mínimo: Economia, administração, trabalho, estudo, mordomia.

Comunicar essas verdades é lançar o fundamento e edificar uma vida.Devemos dedicar especial atenção ao ensinamento que se dá a uma pessoa,porque será o FUDAMENTO.

De acordo com o primeiro ensinamento que uma criança recebe édeterminado o desenrolar de sua vida. Se uma pessoa se converte em umgrupo ritualista, o mais provável é que a pessoa se torne ritualista. O PRIMEIROENSINAMENTO FAZ UMA MARCA MUITO FORTE.

Áreas de Supervisão

Um bom discipulado requer uma supervisão em todas as áreas da vida dodiscípulo. Não se trata de um controle da vida da pessoa, e sim de uma ajudaem seu crescimento.

a) Relacionamento com Deus b) Relacionamento Familiar

a. Oração, fé e dependência de Deus; Para os casadosb. Leitura e estudo da Palavra; a. Relacionamento marido – esposa c. Louvor e adoração; (comunicação);d. Confiança na provisão de Deus; b. Papéis básicos de cada uma;e. Amor e conhecimento de Deus. c. Relacionamento com os filhos;

d. Participação na vida dos filhos;

Observação: Como algumas pessoastêm dificuldade em manter o períododevocional,As seguintes atitudes podem ser úteis:- Ajudá-lo a encontrar o melhor horáriopara esse período- Estimular o discípulo a desenvolvê-lo- Fazê-lo juntamente com o discípulo,caso ele não consiga fazer sozinho.

e. Relacionamento sexual;f. Ordem e administração doméstica;g. Finanças no lar;h. Conflitos.Para os solteirosa. Participação com a família;b. Obediência aos pais (autoridade);c. Amizade com os irmãos;d. Relacionamento com o sexo oposto, noivado e casamento.

c) Relacionamento com a Igrejad) Relacionamento com aSociedade

Relacionamento com o discipulador Trabalhoa. Nível de Abertura a. Disposição para trabalhar;

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Page 24: Princípios Básicos Da Igreja

(confissão de pecados, sinceridade); b. Pontualidade;b. Está sujeito aos ensinos? c. Submissão ao patrão, respeito com osc. Detectar se há algum problema em empregados;relação aos pastores ou se não há uma d. Constância no emprego;abertura para com eles. e. Testemunho de vida e de palavras;

f. Responsabilidade do empregado e doempregador.

Relacionamento com as pessoas do Escolamesmo nível a. Freqüência;a. Observar se o discípulo consegue ou b. Rendimento (trabalhos, provas);não se aproximar e ser amigo de c. Relacionamento com os professores epessoas do mesmo nível; com os alunos;b. Estimular e orientar o relacionamento d. Testemunho.de companheirismo;c. Verificar se existem barreiras ou Governomágoas com outros irmãos; a. Obediência às autoridades civis e d. Convivência, estar junto com diversos Militares;irmãos; b. Pagamento de dívidas e impostos.e. Servir aos irmãos no espiritual e nonormal. Economia

a. Prosperidade financeira, negócios;Participação na vida de Igreja b. Administração financeira;a. Observar se há disposição em servir o c. Dízimos, ofertas, generosidade;corpo de Cristo; d. Sociedade com incrédulos.b. Identificar os dons que a pessoa tem e procurar desenvolvê-los;c. Participação nos grupos caseiros (igrejas nas casas;d. Participação em todas as atividades formais e informais.

e) Relacionamento consigo próprioa. Integridade h. Masculinidade / Feminilidadeb. Humildade i. Desenvolvimento da personalidadec. Domínio j. Amor própriod. Higiene, bons hábitos, modos ecostumes

k. Fruto do Espírito, andar no Espírito

e. Provações e sofrimentos l. Exercício do corpo e da mentef. Altruísmo m. Iniciativa própriag. Cuidado com o corpo, santidade n. Vida de vitórias

Material de trabalho: Como base para esta supervisão podemos usar asapostilas Fundamento para a Fé e Obediência, O Propósito Eterno de Deus,Orientações para o Líder, Fundamentos, Ensinos Complementares.

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5) Requisitos para ser um Líder de Grupo

Além dos requisitos citados nas cartas de Paulo a Timóteo e Tito – I Tm 3:1-13 e Tt2:1-8, queremos destacar outros, nela contidos, tais como os seguintes:

1. Amar ao Senhor sobre todas as coisas;

2. Ter uma família envolvida e comprometida com seu ministério, e sua casaseja exemplo em: testemunho, vida de oração, serviço, hospitalidade;

3. Tenha produzidos frutos que permaneceram;

4. Seja Discípulo e tenha disposição para fazer discípulo;

5. Tenha sua vida financeira bem ordenada;

6. Seja assíduo e pontual em seus compromissos;

7. Seja dizimista;

8. Tenha disposição para seguir, de coração, a orientação do presbitérioquanto aos assuntos a serem estudado nos grupos;

9. Creia na indissolubilidade do casamento sobre quaisquer condições, seja decrentes ou incrédulos;

10.Que esteja disposto a procurar prioritariamente seu discipulador paraconfessar pecados ou abrir situações particulares antes de falar com outraspessoas. Caso isso aconteça que vá ao discipulador no máximo dentro daspróximas 24 horas;

11.Que oriente seus filhos e discípulos no que diz respeito aos princípios desantidade no relacionamento amoroso.

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A FAMÍLIA

1 O PROPÓSITO DE DEUS PARA A FAMÍLIA

1.1 Deus é o autor da FAMÍLIA

Gn 1:26-28

“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossasemelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobreos animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrastasobre a terra.Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homeme mulher os criou.Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra esujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todosos animais que se arrastam sobre a terra.”

Gn 2 :23-24

“Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minhacarne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, eserão uma só carne.”

1.2 A falta de propósito na vida familiar

Hoje os homens se casam sem objetivo, ou com objetivos errados satisfaçãoprópria, ou porque "sempre se fez assim", ou porque querem sair de casa, etc.).

1.3 Qual é o propósito de Deus com a Família?

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a) Cooperar com o Seu propósito de ter uma família eterna;

b) Amparar, formar e desenvolver o ser humano em um ambiente propíciopara o seu amadurecimento físico, mental, emocional e espiritual;

c) Dar base sólida a sociedade.

1.4 A primeira conseqüência do evangelho deve ser a Restaruação davida Familiar

Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível diado Senhor; ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhosa seus pais. Malaquias 4:5-6

1.5 Vivendo a vida familiar com propósito

Devemos orientar a nossa vida em família pela palavra de Deus, buscandoajuda e orientação dos irmãos, colocando alvos e metas e confiando noEspírito Santo.

2 PAPÉIS DOS CÔNJUGES: A MULHER

Disse mais o Senhor Deus: não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei umaauxiliadora que lhe seja idônea (Gn 2:18).

PAPEL DO HOMEM = CABEÇA

PAPEL DA MULHER = AUXILIADORA

2.1 A dignidade da Mulher

A mulher não é uma ferramenta de trabalho ou um objeto, mas é um ser criadopor Deus, com a mesma capacidade do homem, para ajudá-lo a levaradiante o propósito do Senhor.

2.2 O posicionamento da mulher

A mulher deve desenvolver o seu papel sem deslocar o marido; ela dá a suacooperação, mas a decisão final é do homem. As mulheres que não fazemassim estão nervosas, frustradas, insatisfeitas e infelizes.

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2.3 Atitudes básicas:

a) Submissão

“As mulheres sejam submissas a seus próprios maridos, como ao Senhor;porque o marido é o cabeça da mulher, como Cristo é o cabeça da igreja...Como porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejamsubmissas a seus marido” (Ef 5:22-24).

“Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vossos próprios maridos, paraque, se alguns deles ainda não obedecem à palavra, sejam ganhos sempalavra alguma, por meio do procedimento de suas esposas, ao observarem ovosso honesto comportamento cheio de temor” (Pe 3:1-2).

b) Espírito manso e tranqüilo

“Não seja o adorno das esposas o que é exterior, como frisado de cabelos,adereços de ouro, aparato de vestuário; seja porém, o homem interior docoração, unido ao incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo, que éde grande valor diante de Deus”. (I Pe 3:3-4).

- A mulher que não se submete não tem um pecado, mas tem "O" pecado, aindependência, a rebelião; como Satanás que não guardou o seu lugar.

- Algumas mulheres não se sujeitam ao marido, e sua casa é um inferno, suavida é confusa e cheia de temores; outras anulam seu marido e há uma pazaparente, mas o Senhor não está reinando na casa. Que feio que é umamulher exigente, faladeira, sargentona!!

- Submissão não é inferioridade. Somos iguais diante de Deus, mas temosfunções e papéis diferentes.

- Pedro (I Pe 3:3-4), não está proibindo que a mulher se arrume, mas estádizendo que a verdadeira beleza da mulher é um espírito manso e tranqüilo..Para isso a mulher tem o Espírito Santo.

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade,bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio”.

2.4 Outras qualidades e procedimentos

a) Ser amiga e companheira (participar da vida dele)

b) Saber animar, reconhecer, apoiar, estimular.

c) Cuidar de sua aparência.

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d) Ter boas relações sexuais.

e) Cuidar da casa.

f) Ser amiga dos parentes do marido.

3 PAPÉIS DOS CÔNJUGES: O MARIDO

1Co 11:3,9

Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e ohomem o cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo. Porque também ohomem não foi criado por causa da mulher; e, sim, a mulher por causa dohomem.

3.1 Ser cabeça

É muito mais que dar ordens, é ser responsável por cuidar, sustentar e guiar afamília em direção ao propósito de Deus.

3.1.1 Dois perigos:

a) Não assumir a posição (é irresponsável, comodista, preguiçoso, medroso);

b) Assumir com excesso de autoridade (machista, mandão, cabeçudo).

3.2 Atitude requerida: AMOR

“Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja, e a simesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado pormeio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igrejagloriosa, sem mácula, nem ruga, nem cousa semelhante, porém santa e semdefeito”. (Ef 5:22-25)

“Maridos, amai as vossas esposas, e não as trateis com amargura”. (Cl 3.19)

“Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e,tendo consideração para com a vossa mulher como parte frágil, tratai-a comdignidade, por isso que sois juntamente herdeiros da mesma graça de vida,para que não se interrompam as vossas orações”. (I Pe 3:7)

3.3 Amar é:

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a) Entregar-se por ela: Cuidar da casa, cuidar da família, não deixar a mulhersobrecarregada, servi-la, sustentá-la, evitar conflitos, pedir perdão quandoerrar, cuidar das finanças, etc.;

b) Santificá-la, edificá-la, ser líder espiritual, levá-la a amar a Deus;

c) Apresentá-la a si mesmo sem mancha e sem ruga: Conhecer suasnecessidades de ser animada, elogiada, tratada com carinho, de serprotegida como um vaso frágil, de ser ouvida, de se sentir atrativa, deromance, etc.

4 A EDUCAÇÃO DOS FILHOS

“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e naadmoestação do Senhor”. (Ef 6:4)

O que os pais devem dar aos filhos?

4.1 Amor (amizade), isto é:

a) Dar atenção (para que se sinta importante);

b) Dar ouvido (para que saiba que é amado);

c) Dar tempo (para brincar, passear, conversar);

d) Dar carinho (abraçar, beijar, falar que os amamos).

4.2. Instrução, isto é, ensinar a:

a) Temer a Deus (falar do juízo de Deus);

b) Confiar em Deus (falar do amor e cuidado de Deus);

c) Ser verdadeiro (nunca mentir);

d) Ser grato a Deus (pela casa, roupa, comida, escola, etc.);

e) Ser amável com as pessoas (cumprimentar, abraçar, pedir licença, "porfavor", "obrigado");

f) Ser responsável (fazer tarefas, guardar brinquedos, limpar sujeira que fazem,manter o quarto arrumado, etc.);

g) Ser manso (não gritar, espernear, etc.);

h) Ser obediente (obedecer sempre e imediatamente);

i) Ser higiênico (cuidar do corpo, dentes etc.);

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j) Saúde (comer de tudo, verduras, frutas, praticar esporte).

4.3 Exemplo

a) Não adiantará nada instruir se os pais não são exemplo;

b) Há mulheres que não se submetem ao marido e querem a obediência dosfilhos. Há homens que não tratam suas esposas com carinho e respeito e osfilhos ficam amargurados.

4.4 Disciplina

a) A disciplina é uma ordem do Senhor.

“Castiga a teu filho enquanto há esperança, mas não te exceda a ponto dematá-lo”. (Pv 19:18)

“A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina aafastará dela”.(Pv 22:15)

“Não retires da criança a disciplina, pois se a fustigares com a vara, nãomorrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno”. (Pv 23:13-14)

“A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vema envergonhar a sua mãe”. (Pv 29:15)

“Quanto ao perverso, as suas iniqüidade o prenderão, e com as cordas do seupecado será detido. Ele morrerá pela falta de disciplina”. (Pv 5:23)

b) Porque os pais não disciplinam? Por preguiça, temores, ignorância,influência do mundo (psicologia do mundo).

c) Quando deve disciplinar?

- sempre que desobedece aos pais;

- sempre que mente;

- sempre que trata outros com crueldade, desprezo ou malícia;

- sempre que faz manha, gritaria, cara feia, reclamação.

d) Como disciplinar?

- levar para o quarto (não na frente de outros);

- conversar (explicar o motivo);

- sem ira (sem gritaria, sermões, ameaças) os pais devem permanecer calmos etranqüilos;

- aplicar a vara (deve doer. Se não doer não adianta);

- não permitir que esperneie nem se rebele contra a disciplina; deve aprendera receber a vara;

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Page 32: Princípios Básicos Da Igreja

- depois, deve haver consolação; abraços, beijos, oração, confissão a Jesus;

- se ele ofendeu alguém, deve pedir perdão.

DIVÓRCIO E RECASAMENTO

A família é o núcleo básico da sociedade. É no casamento que se origina e sefundamenta a família.

Mc 10:7-9

“Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher,e serão os dois uma só carne; assim já não são mais dois, mas uma só carne.Porquanto o que Deus ajuntou, não o separe o homem.”

Considerações elementares que surgem dessa lei:

- O casamento é monogâmico, surge da união entre um homem e umamulher. E os dois se tornam um.

- O casamento é uma união total; os cônjuges se tornam uma só carne. Istoinclui todos os aspectos da vida do homem e da mulher: unidade física, sexual,econômica, afetiva, espiritual, etc.

I O CASAMENTO FOI INSTITUÍDO POR DEUS

- Não foi instituído por uma lei humana, nem idealizado por alguma civilização.O matrimônio antecede a toda cultura, tradição, povo ou nação; é umainstituição divina. Portanto, é Deus quem determina as leis e princípios que oregem.

- O casamento não é uma sociedade entre duas partes, em que cada parteimpõe suas condições. Por ser uma instituição divina, é Deus quem estabeleceas condições. Nunca o homem. Nem a mulher. Nem os dois de comumacordo. Nem as leis de uma nação podem determinar essas condições.

- Todo aquele que se casa deve aceitar as condições estabelecidas por Deuspara o matrimônio.

- Como Deus é amor e infinitamente sábio, as leis e condições que estabeleceupara o casamento são para o nosso bem e de toda a humanidade.

II UMA INSTITUIÇÃO CRIADA ANTES DA QUEDA

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Page 33: Princípios Básicos Da Igreja

O casamento é um dos três elementos da vida humana estabelecida porDeus na criação, antes da queda:

Casamento - Gn 2:18

Trabalho - Gn 2:15

Descanso - Gn 2:1-3

Portanto, antes do problema da queda, Deus já havia estabelecido os padrõese condutas para essa tão importante relação. Assim como o trabalho e odescanso são para toda a humanidade, quer sejam cristãos ou não, osprincípios do casamento são, também, para toda a humanidade.

É importante esclarecer isso pois alguns, de maneira descuidada, dizem que,como se casaram sem estar no Senhor, sua união não foi feita por Deus,portanto podem se separar , pois não foi Deus que uniu. Se pensarmos dessaforma estaremos dizendo que todos os casais que não estão no Senhor, podemtrair um ao outro livremente pois não existe de fato um casamento; tambémestaremos dizendo que nossos pais que não conhecem o Senhor, ou que secasaram sem conhecer o Senhor, em verdade não eram casados.

Por isso é importante sabermos que existem três elementos que determinam umcasamento que “Deus uniu”, elementos esses que regem todos os homens.Assim como a lei da gravidade afeta a todos, por ser uma lei universal, ocasamento é composto de leis universais que também afetam a todos.

III TRÊS ELEMENTOS DETERMINANTES DO CASAMENTO

- Pacto mútuo;

- Testemunho diante da sociedade;

- União sexual.

1 Pacto mútuo

O casamento é um pacto celebrado entre um homem e uma mulher diantede Deus.

Ml 2:1-4

“E perguntais: Por quê? Porque o Senhor foi testemunha da sua aliança entre tie a tua mulher, com a qual foste desleal sendo ela tua companheira e mulherda tua aliança”

O pacto é uma ALIANÇA. São duas pessoas que se comprometem formal esolenemente a ser marido e mulher. Esse pacto é firmado, basicamente, pelapalavra ao fazer os votos matrimoniais.

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2 Testemunho diante da sociedade

“Deixará o homem o seu pai e sua mãe [...]” Como o casamento é um estadocivil, o pacto deve ser celebrado diante da sociedade. Parentes, amigos econhecidos tem de ser informados que esse homem se casara com essamulher em determinada data e que a partir dali os dois estarão unidos nohonroso estado de casados. O propósito dos convites é justamente fazerpúblico e notório o casamento. O pacto matrimonial não pode ser feito emsegredo. (Gn 29:22; Rt 4:9-11; Nm 30).

3 A união sexual

“E serão uma só carne”. O que sela e dá legitimidade é a união sexual dos quefazem o pacto.

O pacto diante da sociedade tem de ser anterior a união física. Primeiro“deixará o homem o pai e a mãe”, e depois “se unirá a sua mulher.” Asrelações sexuais antes do casamento, são fornicação, e são um pecadodiante de Deus.

IV O CASAMENTO É UM VÍNCULO SAGRADO E INDISSOLÚVEL

1 O vínculo matrimonial

Gn 2:21-24

“E o Senhor fez cair pesado sono sobre o homem, e este adormeceu: tomouuma de suas costelas, e fechou o lugar com a carne. E a costela que o senhorDeus tomara ao homem, transformou-a numa mulher, e lha trouxe. E disse ohomem: Esta é afinal osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso deixará o homem pai e mãe,e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”

Mt 19:6

“De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Porquanto, o queDeus ajuntou não separe o homem”

1Co 7:39

“A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido,fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor.”

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Estas passagens mostram com clareza:

- Que o vínculo da unidade matrimonial é fortíssimo. Homem e mulher passama ser uma só carne;

- Que é um vínculo realizado por Deus. “O que Deus uniu.” Por isso éconsiderado sagrado;

- Que é um vínculo indissolúvel enquanto os dois cônjuges estiverem vivos. Só amorte de um dos dois pode desfazê-lo;

- Que nenhum homem ou lei humana está habilitado para desfazer o vínculomatrimonial: “Não separe o homem.” Qualquer pessoa que o faça deve saberque está se rebelando diretamente contra a vontade de Deus.

2 Separação, divórcio e novo casamento

a) Separação

1Co 7:10-11

“Ora, aos casados, ordeno, não eu mas o Senhor, que a mulher não se separedo marido (se porém ela vier separar-se, que não se case, ou se reconcilie comseu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher.”

Deus diz claramente NÃO à separação. Se, for o caso, de o cônjuge incrédulose separar (I Co 7:12-15), a opção é ficar só ou se reconciliar, nunca contrairoutro matrimônio.

b) Divórcio

Ml 2:14-16

“Todavia perguntais: Por que? Porque o Senhor tem sido testemunha entre ti ea mulher da tua mocidade, para com a qual procedeste deslealmente sendoela a tua companheira e a mulher da tua aliança.E não fez ele somente um, ainda que lhe sobejava espírito? E por que somenteum? Não é que buscava descendência piedosa? Portanto guardai-vos emvosso espírito, e que ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade.Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel, e aquele que cobre deviolência o seu vestido; portanto cuidai de vós mesmos, diz o Senhor dosexércitos; e não sejais infiéis.”

Deus nos exige lealdade a nosso pacto matrimonial, pois Ele não se agrada dodivórcio.

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c) Novo casamento

Mc 10:11-12

“Ao que lhes respondeu: Qualquer que repudiar sua mulher e casar com outracomete adultério contra ela; e se ela repudiar seu marido e casar com outro,comete adultério.”

Quando alguém se divorcia e se casa novamente, Deus não considera estenovo estado como casamento, mas como adultério.

Lc 16:18

“Todo aquele que repudia sua mulher e casa com outra, comete adultério; equem casa com a que foi repudiada pelo marido, também comete adultério.”

Se um homem solteiro casa com uma mulher divorciada, também adultera evice-versa.

Rm 7:1-3

“Ou ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domíniosobre o homem por todo o tempo que ele vive?Porque a mulher casada está ligada pela lei a seu marido enquanto ele viver;mas, se ele morrer, ela está livre da lei do marido.De sorte que, enquanto viver o marido, será chamado adúltera, se for de outrohomem; mas, se ele morrer, ela está livre da lei, e assim não será adúltera se forde outro marido.”

d) A suposta exceção

Mt 19:3-12

“Aproximaram-se dele alguns fariseus que o experimentavam, dizendo: É lícitoao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?Respondeu-lhe Jesus: Não tendes lido que o Criador os fez desde o princípiohomem e mulher, e que ordenou: Por isso deixará o homem pai e mãe, e unir-se-á a sua mulher; e serão os dois uma só carne?Assim já não são mais dois, mas um só carne. Portanto o que Deus ajuntou, nãoo separe o homem. Responderam-lhe: Então por que mandou Moisés dar-lhecarta de divórcio e repudiá-la? Disse-lhes ele: Pela dureza de vossos coraçõesMoisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde oprincípio. Eu vos digo porém, que qualquer que repudiar sua mulher, a não serpor (original é me épi, que quer dizer pondo de lado ou sem levar em conta)causa de infidelidade (a palavra no original grego aqui é pornéia, que querdizer fornicação, ou seja relação sexual ilícita antes do casamento) e casarcom outra, comete adultério (a palavra no original é moichéia, que quer dizerrelação sexual ilícita com alguém casado(a)) e o que casar com a repudiadatambém comete adultério.Disseram-lhe os discípulos: Se tal é a condição do homem relativamente àmulher, não convém casar. Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem aceitaresta palavra, mas somente aqueles a quem é dado.

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Porque há eunucos que nasceram assim; e há eunucos que pelos homensforam feitos tais; e outros há que a si mesmos se fizeram eunucos por causa doreino dos céus. Quem pode aceitar isso, aceite.

Veja que interpretando de maneira literal Jesus não admite exceção pararecasamento. A única “exceção” é por causa de fornicação, ou seja relaçõessexuais ilícitas. A palavra pornéia é intencionalmente mal traduzida na maioriadas Bíblias protestantes, pois traduzem como adúltério ou infidelidade. Vamosver porque isso.

Até à reforma a Igreja sempre creu nas verdades bíblicas acerca docasamento. Porém depois da reforma houve uma tendência universal entre osprotestantes de proclamar e viver um evangelho “anti-católico”, ou seja, tudoque os católicos criam, ainda que fosse verdade, era motivo de ser refutadopelos primeiros reformadores.

Quando Lutero finalmente se desvinculou da Igreja Católica por causa de suasmúltiplas heresias, ele se uniu a um humanista chamado Erasmo de Roterdam,que influenciou tremendamente a vida e obra de Lutero, principalmente notocante ao divórcio e ao recasamento. O interessante é que Erasmo foiconsiderado como herege pelos seus contemporâneos, principalmente porcausa de sua visão extremamente humanista da Bíblia. Porém seu ensinoacerca do divórcio e recasamento prevalece nas denominações evangélicas,justamente porque é frontalmente diferente do ensino da Igreja Católica sobreo assunto.

Esse é o motivo de, nas nossas Bíblias protestantes, a palavra estar traduzida deuma maneira totalmente errada, pois de outro modo traria um tremendoproblema termos que concordar que o ensino católico, nesse ponto, estácorreto.

Jesus mostrou que “coisa vergonhosa” se referia a, quando um homem, ao secasar com uma mulher, descobre que houve fornicação (pornéia) e queportanto ela não é virgem. Dessa forma, ele pode pedir a anulação do seucasamento desde que ele também seja virgem e que faça essa anulaçãoimediatamente, caso essa situação não o agrade. Somente nesse caso épermitido o divórcio com a possibilidade de um novo casamento.

O fato de as leis do país permitirem o divórcio e o novo casamento, nãomodifica em nada a situação dos cristãos, pois nós estamos debaixo doGOVERNO DE DEUS, e Suas leis permanecem para sempre.

3 Compromissos contraídos antes da conversão

Qual deve ser a atitude do cristão diante dos compromissos contraídos antesda conversão?

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Alguns que se “convertem” pensam que, por Deus haver perdoado os seuspecados, podem então esquecer todas as dívidas que tinha no passado.Assim o criminoso se “converte” e não responde diante da lei pelos seus atosperversos.

Temos que saber claramente que a fé cristã nos leva a reconhecer o valorético e moral de tudo o que é legítimo, de todo pacto, de todo voto. Se vocêtem dívidas que ainda não acertou, é seu dever procurar seu credor e vercomo será possível resolver essa situação pendente, e não pensar que operdão de Deus te libera desses compromissos.

O que implica a conversão a Cristo? O que significa o arrependimento? JoãoBatista reivindicava frutos dignos de arrependimento, evidências claras demudança de coração e uma firme decisão de abandonar a vã maneira deviver. Provérbios 28:13 expressa este conceito em termos concisos:

“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que asconfessa e deixa, alcançará misericórdia.”

A conversão não é conversão se a pessoa não abandona definitivamente oseu caminho pecaminoso. Se uma pessoa está vivendo em adultério quandochega a Cristo, obviamente não pode pretender entrar no reino de Deus comseu pecado. De outro modo o que significaria a salvação?

V CONCLUSÕES FINAIS

Alguns podem pensar: “Se isto for assim, não vamos complicar a vida de muitagente?” Ao contrário! Vamos simplificá-la, porque já estão metidos emcomplicações. O que queremos fazer é ensiná-los o que devem fazer para sairdelas. Essa é a verdade de Deus, o Evangelho de Cristo Jesus. Cristo rompe ascadeias, Cristo perdoa, porém o que não se admite é que uma pessoa siga emuma conduta imoral.

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