PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Desenvolvimento e utilização de materiais didáticos de Geociências para o Ensino Fundamental
Autor Elisângela Cristiny Schuster Bandeira
Escola de Atuação Escola Estadual Interventor Manoel Ribas
Município da escola Santo Antonio do Sudoeste
Núcleo Regional de Educação Francisco Beltrão
Orientador Eliseu Vieira Dias
Instituição de Ensino Superior Unioeste
Disciplina/Área (no PDE) Ciências
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Relação Interdisciplinar Geografia, Química, Matemática, Física e Biologia
Público Alvo Alunos da 5ª série/6º ano
Localização Rua Laurindo Flávio Scopel nº 141, Bairro Entre Rios
Apresentação: A aplicação desta produção didática visa abordar o conteúdo Estrutura do Planeta Terra, por meio de múltiplos recursos didáticos. Na busca dos recursos que auxiliam no cumprimento do objetivo proposto foi necessária uma ampla pesquisa e análise de materiais e recursos que podem ser trabalhados com a intenção de auxiliar o processo ensino-aprendizagem, deste tema. Observou-se que o educador precisa realizar um prévio planejamento do uso destes recursos e estratégias, pois alguns necessitam de adaptação e reestruturação para cumprir o papel de tornar a aquisição do conhecimento uma prática eficiente e prazerosa. Propiciar aos educandos este contato com metodologias diferenciadas nos remete a um Ensino de Ciências que abandona o repasse do conhecimento científico pronto e acabado, que ignora o conhecimento vivencial. Quando oferecemos condições para esta mudança se constrói, meios para uma aprendizagem significativa, dita de outro modo, está se estabelecendo relações não arbitrárias entre o que já fazia parte da estrutura cognitiva do educando e o que lhe foi ensinado. Explorar conteúdos das Geociências nos permite, sobretudo, trazer o mundo real para a sala de aula, desta forma o ensino pauta-se na vivência do educando oferecendo lhe uma bagagem experimental para utilizar ao longo da vida.
Palavras-chave Metodologia de Ensino; Geociências; Estrutura da Terra; Materiais e Recursos Didáticos.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
CAMPUS DE CASCAVEL
Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná
PDE
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
DESENVOLVIMENTO E UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS DE
GEOCIÊNCIAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
CASCAVEL – PR
2011
ELISÂNGELA CRISTINY SCHUSTER BANDEIRA
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
DESENVOLVIMENTO E UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS DE
GEOCIÊNCIAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
Trabalho apresentado à Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE – como Produção Didático-pedagógica no Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná - PDE.
Orientador: Prof. Dr. Eliseu Vieira Dias.
CASCAVEL – PR
2011
SUMÁRIO
1. Apresentação............................................................................................................4
2. Procedimento da Unidade Didática..........................................................................5
3. Fundamentação........................................................................................................7
3.1. A importância do estudo do Planeta Terra no ensino fundamental......................9
3.2. O Conhecimento da Estrutura Interna do Planeta Terra......................................11
3.3. Realidade do ensino de Ciências nas séries finais do ensino fundamental nas
escolas estaduais do Paraná.....................................................................................13
4. Atividades ..............................................................................................................16
4.1. Atividade I............................................................................................................16
4.2. Atividade II...........................................................................................................19
4.3. Atividade III..........................................................................................................21
4.4. Atividade IV..........................................................................................................23
4.5. Atividade V...........................................................................................................25
4.6. Atividade VI..........................................................................................................28
4.7. Atividade VII.........................................................................................................29
4.8. Atividade VIII........................................................................................................31
4.9. Atividade IX..........................................................................................................33
4.10.Atividade X ........................................................................................................34
4.11.Atividade XI.........................................................................................................36
4.12. Atividade XII.......................................................................................................38
4.13. Atividade XIII......................................................................................................40
4.14. Atividade XIV.....................................................................................................42
5. Avaliação................................................................................................................43
6. Referência..............................................................................................................45
7. Anexos....................................................................................................................46
7.1. Anexo I................................................................................................................46
7.2. Anexo II...............................................................................................................50
7.3. Anexo III..............................................................................................................56
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1. Apresentação
A aplicação desta unidade didática tem como objetivo, abordar o conteúdo
Estrutura do Planeta Terra, na 5ª série/6º ano, através da utilização de múltiplos
recursos didáticos. Este conteúdo pela classificação proposta pela Diretriz Curricular
para o Ensino de Ciências do Estado do Paraná faz parte do Conteúdo Estruturante
Matéria e Energia, do Conteúdo Básico Constituição da Matéria, sendo que a
unidade didática se completa com a abordagem dos Conteúdos Específicos,
Camadas do Interior do Planeta Terra, Tectônica de Placas, Deriva Continental
Terremotos e Vulcanismo.
Na busca dos recursos que auxiliam no cumprimento do objetivo proposto
foi necessária uma ampla pesquisa e análise de materiais e recursos que podem ser
trabalhados com a intenção de auxiliar o processo ensino e aprendizagem, deste
tema. Durante a construção do projeto de intervenção pedagógica e a elaboração
desta unidade didática observou-se que o educador precisa realizar um prévio
planejamento do uso destes recursos e estratégias, pois alguns necessitam de
adaptação e reestruturação para cumprir o papel de tornar a aquisição do
conhecimento uma prática eficiente e prazerosa.
O professor de Ciências, responsável pela mediação entre o conhecimento cientifico escolar representado por conceitos e modelos e as concepções alternativas dos estudantes, deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos que utilizem recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a interatividade no processo ensino-aprendizagem e a construção de conceitos de forma significativa pelos estudante (DCE,2008,p.68).
Propiciar aos educandos este contato com metodologias diferenciadas
nos remete a um Ensino de Ciências que abandona o repasse do conhecimento
científico pronto e acabado, que ignora o conhecimento vivencial. Quando se
oferece condições para esta mudança está se construindo meios para uma
aprendizagem significativa, dita de outro modo, está se estabelecendo relações não
arbitrárias entre o que já fazia parte da estrutura cognitiva do educando e o que lhe
foi ensinado.
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Os conteúdos que compõem a unidade didática Estrutura do Planeta
Terra agrega ao processo ensino e aprendizagem ganhos substanciais que podem
ser assegurados pela seguinte proposição: os educandos que ingressam na 5ª
série/6º ano já possuem esquemas sobre o tema em sua base cognitiva, sendo que
é nesta fase que ocorre a possibilidade de formar um cidadão responsável e
comprometido com as questões ambientais, graças à introdução das preocupações
socioambientais ao lado de outros conceitos.
Neste cenário intensifica-se a necessidade da introdução dos conteúdos
das Geociências, que nos propõem uma reflexão da formação e da evolução do
Planeta Terra, trazendo à tona as perspectivas temporais de mudanças que afetaram
nosso planeta, bem como a discussão do uso dos recursos naturais e
sustentabilidade.
Frente a esta realidade, surge a necessidade de iniciar, logo na
5ªsérie/6ºano, o uso de estratégias, metodologias e práticas didáticas como a
abordagem problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a
pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade
experimental, os recursos instrucionais, o lúdico entre outros. A escola adequada
das estratégias e recursos pedagógicos contribui para que o estudante se aproprie
de conceitos científicos de forma mais significativa (DCE, 2008, p.72), ou seja, que o
educando possa dar significado àquilo que estuda. Além disso, a Diretriz Curricular
para o ensino de Ciências propõem o uso de práticas pedagógicas que levem a
integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico, levando
em conta o tempo disponível para o trabalho pedagógico.
Explorar conteúdos das Geociências nos permite, sobretudo, trazer o
mundo real para a sala de aula, sendo que esta forma de ensino apoiada na
realidade vivencial permite aos educandos uma bagagem experiencial para utilizar
ao longo da vida.
É com uma sugestão reestruturadora, para um processo mais eficaz que
esta proposta está construída: um ensino das ciências que proporcione o melhor
aproveitamento dos conteúdos questão aplicados em sala de aula e para além dela.
2. Procedimento unidade didática
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A unidade didática Estrutura do Planeta Terra, faz parte, segundo a
Diretriz Curricular de Ciências do Estado do Paraná (2008), do Conteúdo
Estruturante Matéria e Energia, dentro do qual se encontram os Conteúdos Básicos
Constituição da Matéria, Formas de Energia, Conversão de Energia e Transmissão
de Energia, sendo necessária a abordagem dos conteúdos específicos, Camadas
Internas do Planeta Terra, Tectônica de Placas, Deriva Continental Terremotos e
Vulcanismo, os quais estão inseridos nesta temática Estrutura do Planeta Terra.
A abordagem dos conteúdos específicos terá início com o conteúdo
Camadas do Interior Planeta Terra, a qual será introduzida com a leitura e
interpretação do texto O Miolo da Terra, de Monteiro Lobato, seguido da atividade
que utiliza o recurso de uma figura esquemática e um pequeno texto que
demonstrará o planeta e a sua divisão em camadas, acompanhada da respectiva
nomenclatura de cada uma delas. Para melhor identificar e compreender a
disposição destas camadas bem como fixar a nomenclatura será realizada a
atividade Visualizando Camadas do Planeta Terra, com a qual se trabalhará
utilizando uma escala para representar as distâncias e tamanhos de cada uma das
camadas que estruturam nosso planeta.
Dando sequência ao estudo da temática cabe neste momento debater a
intenção do homem de conhecer melhor o interior do planeta Terra. Para tanto,
podemos utilizar a princípio a atividade Tempestade de Ideias, seguida da
apresentação do vídeo Viagem ao Centro da Terra, disponível no site:
http://www.discoverybrasil.com/experiencia/contenidos/centro_tierra da Discovery Brasil, para
melhor compreender o porquê é difícil atingir o centro da Terra.
O conteúdo específico, Placas Tectônicas será explorado utilizando
primeiramente, um slide composto por um mapa que representa os limites das
Placas Tectônicas, do qual se faz no slide uma sugestão de acesso e um pequeno
texto explicativo, elaborado pela educadora disponível no anexo I desta unidade
didática.
Na abordagem do conteúdo específico Terremoto se fará a construção de
um Modelo de um Terremoto (Maquete), no qual se utilizará materiais recicláveis,
através do qual, os educandos terão a possibilidade de simular os movimentos das
Placas Tectônicas e a ocorrência de Terremotos e Tsunamis. Neste momento do
ensino e aprendizagem surge a necessidade de se explorar o conhecimento do que
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é um Terremoto, para tal sugere-se a aplicação da atividade VIII que aborda o tema
através de um slide disponível no anexo II desta unidade didática. Como o tema
Terremoto e Tsunami foi amplamente divulgados recentemente pela mídia em virtude
da ocorrência destes fenômenos no Japão, é viável aqui utilizar vídeos que explicam
por que e como ocorrem estes fenômenos bem como imagens das consequências
ocasionadas por estes, para tanto se faz a sugestão de alguns vídeos analisados
por esta educadora e que fica a critérios dos colegas a escolha do qual utilizar para
debater o tema e enriquecer a prática pedagógica.
A ocorrência de Vulcões será abordada com a utilização de um slide que
se encontra disponível no anexo III desta unidade didática, o qual expõem pequenos
textos e um vídeo ao final o qual explicam o que são e onde são maiores as chances
de ocorrem Vulcões.
Para expor a teoria da Deriva Continental se utilizará o laboratório de
informática da escola onde os alunos farão uso da internet para acessar o site do
IBGE para trabalharem com uma ferramenta de simulação, a qual representa como
ocorreu a Deriva Continental ao longo do tempo. Após este estudo será exibido o
Vídeo Provocativo A Era do Gelo 4 Deriva Continental disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=ioaEKnSp4TU o qual servirá para a compreensão do
fenômeno que ocorreu bem como demonstrar o processo de transformação pelo
qual o planeta Terra passou.
Para fixar os conceitos e efetivar o ensino-aprendizagem da Unidade
Didática Estrutura do Planeta Terra sugiro a aplicação das atividades aqui
desenvolvidas e denominadas como: Bingo, Alfamist e Vamos Pesquisar as quais
contribuirão para facilitar a compreensão e assimilação destes conteúdos.
3. Fundamentação
As evoluções do conhecimento científico bem como o avanço da
tecnologia, lançou para a educação um novo desafio, o de inovar suas ações, das
quais o resultado esperado é a eficiência no ensino-aprendizagem.
A Ciência está presente em quase tudo que nos cerca, no laboratório que
fabrica remédios para curar doenças, na rua, no celular, nos alimento sejam eles
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transgênicos, ou não na bomba atômica, no atentado de 11 de setembro de 2001, na
televisão, no computador, dentre outros utensílios que utilizamos para tornar nossas
tarefas diárias rápidas e prazerosas. Esta rápida reflexão deixa claro que o
conhecimento científico detido por alguns tanto pode ser utilizado para melhorar a
qualidade de vida das pessoas como para submetê-las a atos de crueldade.
Hoje, Ciência e Tecnologia constituem realidades por demais presentes na vida
diuturna; qualquer aparelho eletrodoméstico reúne, em si, conhecimento científico
articulado a soluções técnicas. Ciências e Técnica mudaram a “cara do mundo”
alterando o espaço, o contexto, a paisagem e as relações humanas (NARDI, 2009,
p. 9).
Diante deste cenário de inovações, observa-se que o Ensino de Ciências,
através do qual o educando tem oportunidade de compreender as etapas da
construção do conhecimento científico necessita de uma atenção ainda maior, visto
que quando se aprende Ciências nosso educando, aprimora sue espírito crítico e
torna-se capaz de fazer juízos sobre benefícios e riscos das práticas científicas e
tecnológicas.
Desta constatação surge um questionamento intrigante, até mesmo
irônico, ao lado de tamanho avanço da tecnologia e dos conceitos científicos,
assistimos a uma crise na educação, que se agrava quando observa-se o Ensino de
Ciências. Isso nos remete a repensar o papel da educação científica como agente
cultural.
Analisando por este aspecto, o objetivo da educação é preparar o futuro
cidadão para compreender de forma mais ampla os significados da Ciência, das
suas limitações e do seu potencial de ação sobre a sociedade.
Num mundo repleto pelos produtos da indagação cientifica, a alfabetização científica converteu-se numa necessidade para todos: todos necessitamos utilizar a informação científica para realizar opções que se nos deparam a cada dia; todos necessitamos ser capazes de participar em discussões públicas sobre assuntos importantes que se relacionam com a ciência e com a tecnologia; e todos merecemos compartilhar a emoção e a realização pessoal que pode produzir a compreensão do mundo natural (NATIONAL RESERCH COUNCIL, 1996 apud CACHAPUZ et. al. 2005, p. 20).
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O Ensino de Ciências à medida que avançamos pelo século XXI sofreu
mudanças, em função do enriquecimento dos materiais didáticos, das metodologias,
da modernização dos currículos e estratégias de ensino. Aliadas a estas inovações
as pesquisas psicodidáticas auxiliam na compreensão dos processos cognitivos, e
de como se dá o processo ensino e aprendizagem.
Entretanto, esses avanços, não tem nos conduzido para uma melhoria
significativa no Ensino de Ciências. Para constatar esta triste realidade basta
observarmos os altos índices de evasão, repetência desempenho em testes que
avaliam o conhecimento científico e mesmo a fala do nosso educando, que expressa
sem medo que os conteúdos estudados em Ciências não despertam o seu
interesse.
Ao centro desta turbulência pela qual passa o Ensino de Ciências está o
educador, que não pode mais ter a visão de que o educando que se acomoda à sua
frente na sala de aula, não possua uma grande quantidade de saberes que
chegaram até ele pelas mais variadas formas, desde uma notícia nos telejornais,
nas redes de relacionamento da internet, nos jogos e brincadeiras que fazem para
da sua rotina diária.
Perante o fato, de que a escola não é mais o único lugar que o educando
adquire conhecimento e forma suas atitudes de cidadão ético e responsável, cabe à
escola e mais especificamente ao Ensino de Ciências, fornecer meios para
acomodar o conhecimento que já possui, bem como propiciar uma mudança
conceitual de maneira que o educando assimile e compreenda os conhecimentos
científicos envolvidos no Ensino de Ciências.
Vários são os escritos dos novos educadores refletindo sobre o ensino-
aprendizagem dos conceitos científicos, sendo que muitos defendem como atitude
preponderante o uso de recursos e estratégias metodológicas variadas, analisando
quais melhor se adaptam ao conteúdo que se pretende explorar. Além deste
pluralismo metodológico sugere-se a construção de unidades didáticas que
contemplem atividades que promovam a abordagem dos conteúdos conceituais,
atitudinais e procedimentais aliados ao uso de novas tecnologias.
3.1 A importância do estudo do Planeta Terra no ensino fundamental
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A pujante necessidade de abordar a Geociência nas séries finais do
ensino fundamental traz consigo a justificativa da análise das projeções do
crescimento populacional, bem como a complexa rede que surge com este
crescimento. Há projeções que indicam que no ano 2050 o planeta Terra terá
aproximadamente 10 bilhões de habitantes. Somente este fato já é suficiente para
se impor que o conhecimento das Geociências é de fato primordial. As atividades
humanas que influenciam o ambiente demandam questões ambientais, pois é lógico
mais pessoas mais alimento, mais gasto de água, mais espaço geográfico será
ocupado, mais lixo será gerado, entre outros aspectos que surgem da atividade
humana.
A presente proposta tem como pano de fundo trazer para a sala de aula o
mundo real. Inúmeros são os argumentos para se trabalhar nesta perspectiva,
tornando a tarefa eficiente, pois fornece aos educandos a noção de que este
pertence ao lugar onde vive. Esta tarefa propicia a compreensão básica do
funcionamento do planeta e lança as bases do efetivo exercício de cidadania, que
envolvem avaliação e julgamento das atividades humanas que ocorrem em virtude
da ocupação e uso do ambiente.
Não podemos negar aos nossos educandos o acesso aos conhecimentos
indicativos de que nosso planeta passou por processos de transformações para
evoluir e que ainda hoje ocorrem fenômenos que a o transformam.
Achatada, transformada em seguida numa esfera, esfera que se revelou mais tarde
achatada nos pólos, a Terra é hoje um objeto fluido, agitada por placas em
movimento e oceanos que respiram, deformável e deformada permanentemente,
sacudida em sua rotação cuja velocidade vem, às vezes, ser diminuída por um
imprevisível El Niño, com a orientação de seu eixo estabilizado devido à presença
afortunada da Lua. O solo – no sentido de “sólido” – subtrai-se literalmente a
nossos pés e vivemos no fluido (MORIN, 2010, p. 53).
A ideia de que o ser humano fez e faz parte dos processos de
transformações que ocorreram na Terra nos remete a ter sempre em mente as ações
do processo ensino-aprendizagem das Geociências, evidenciando, que todo
conhecimento deve ser contextualizado para ser pertinente. Segundo Morin, 2007
“Quem somos?” é inseparável de “Onde estamos”, “De onde Viemos?”, “Para onde
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vamos?”.
A questão para onde vamos exerce enorme fascínio e sensibilidade sobre
os jovens que se encontram nas séries finais do ensino fundamental, devido a estes
se encontrarem no período em que logo estarão na idade de transmitir a vida.
3.2. O Conhecimento da Estrutura Interna do Planeta Terra
Desvendar o interior do planeta a tempos instiga a imaginação e a
inteligência do homem. Esta intenção encontra-se registrada em documentos
antigos que demonstram as hipóteses levantadas de como seria o interior da Terra.
As primeiras ideias sobre o interior da Terra estão registradas em documentos
antigos e mostram que reflexões de natureza mística e religiosa sobre nosso planeta
já existiam nas civilizações antigas (TEIXEIRA,2009,p.50).
Aristóteles (384 – 322 a.C.) foi o primeiro a apresentar uma descrição
para o fato de ocorrer terremotos. Segundo sua interpretação o centro do planeta
era formado por uma grande fogueira, a qual se localizava debaixo da superfície
terrestre, e em alguns períodos, era soprada pelo vento, que segundo ele provocava
vulcões e terremotos.
Os ventos atmosféricos puxados para o interior da Terra produziam fogos e se
movimentam através das cavidades subterrâneas enquanto tentavam escapar. Esse
ar subterrâneo em movimento era a causa dos terremotos e erupções ocasionais.
(WINCANDER,2009,p.185).
Descartes no transcorrer do século XVII declarava que a Terra era
formada por várias camadas com características que as diferenciavam, chegando a
igualar o núcleo ao Sol. Várias hipóteses eram defendidas nesta época entre elas a
de que a Terra era inteiramente sólida e fria, além da que acreditava na existência de
um núcleo central composto por fogo, o qual alimentava a erupção dos vulcões.
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Em meados do século XIX Charles Lyell, em seus escritos teorizou que a
crosta terrestre seria constituída por camadas de diferentes idades, colaborando
para a formação do conceito de que a Terra formou-se ao longo do tempo, passando
por mudanças graduais e lentas e, não como resultado de catástrofes como ditavam
os religiosos e alguns estudiosos das ciências.
O escritor francês Jules Verne, em 1864 representou em “Jornada para o
Centro da Terra”, um mundo subterrâneo cheio de serpentes marinhas gigantes e
outras criaturas grotescas. O romance de Jules Verne inspirou, em épocas distintas,
a indústria cinematográfica.
No entanto, o conhecimento atual sobre o interior do planeta está muito
longe da fantástica história relatada em livros e mostrada no cinema.
O conhecimento sobre o interior da Terra define que ele é constituído por
rochas e metais, gradualmente mais densos à medida que a profundidade aumenta
estando estes sujeitos a altíssimas temperaturas e pressões. Este conhecimento da
estrutura interna da Terra foi elaborado através do estudo das variações na
velocidade de propagação das ondas sísmicas. Estas ondas tendem a se propagar
com velocidades relativamente constantes quando ultrapassam regiões mais ou
menos homogêneas, tornando-se por outro lado mais lenta ou mais rápida quando
atravessam materiais diferentes em composição, densidade e temperatura.
Através da análise dos dados coletados nas estações sismográficas
instaladas em várias partes do planeta, os cientistas conseguem fazer estimativas
sobre a densidade, temperatura, composição, estrutura e o estado físico das
diferentes camadas que constituem o interior da Terra.
Hoje se sabe com certo grau de certeza que a Terra possui não só,
núcleo, manto e crosta, mas estes estão sendo detalhados e seus limites
conhecidos com certa precisão.
Na atualidade o conhecimento sobre o planeta Terra tem sido
aprofundado em função do desenvolvimento de tecnologias de grande precisão tais
como imagens de satélite e sismógrafos computadorizados, gravímetros de
precisão, dentre outras.
Estas novidades mostram com mais precisão como está estruturada a
Terra, as diferentes densidades encontradas, as diferentes temperaturas e a
movimentação do interior da Terra, causando, por exemplo, a Deriva dos
Continentes.
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Conduzir os educandos à compreensão tanto da estrutura interna como
os métodos utilizados pelos cientistas para investigar o interior da Terra, desenvolve
a prática de causa e efeito mais distante do seu cotidiano temporal e espacial,
exercitando assim a explicação de fenômenos com variadas causas de modo que
gradualmente o educando constrói um raciocínio completo e sistemático da
Estrutura do Planeta Terra.
3.3 Realidade do ensino de Ciências nas séries finais do ensino fundamental
nas escolas estaduais do Paraná
As escolas da rede estadual do Paraná na última década foram
agraciadas com a implantação de vários recursos tecnológicos e mudanças nos
planos curriculares o que a levou a um nível de destaque no cenário educacional do
país, que em sua maior parte padece da falta de recursos básicos.
Destacando o Ensino de Ciências as novas tecnologias, a formação
continuada dos professores e a elaboração da Diretriz Curricular Estadual
proporcionaram uma ação reflexiva sobre nossa prática educativa que sem dúvida
foi enriquecida e, consequentemente, melhorada.
A elaboração da Diretriz Curricular do Ensino de Ciências teve como base
a história e a filosofia das Ciências, levando-se em conta que esta é uma disciplina
elaborada com conceitos da Biologia, da Física, da Química, da Geologia, da
Astronomia entre outras sendo que este escrito baseia-se na perspectiva
pedagógica que pode se estabelecer na integração dos conceitos a
interdisciplinaridade (DCE, 2008, p. 40).
Esta nova visão disciplinar do ensino de Ciências nos remete a uma
reflexão sobre o que estamos ensinando, como o fazemos e o que se está
construindo com o ensino, ou seja, o que os educandos estão aprendendo. Assim,
segundo a DCE (2008).
O estabelecimento de uma nova identidade para a disciplina de Ciências requer
repensar: os fundamentos teórico-metodológicos que sustentam o processo ensino-
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aprendizagem, a reorganização dos conteúdos científicos escolares a partir da
história da ciência e da tradição escolar; os encaminhamentos metodológicos e a
utilização de abordagens, estratégias e recursos pedagógicos/tecnológicos; os
pressupostos indicativos para a avaliação formativa.
Nesta reformulação curricular foram introduzidos conteúdos estruturantes
cujo significado remete a um conhecimento de grande amplitude e organizacional da
disciplina de fundamental necessidade para a compreensão do objeto de estudo da
Ciência que é o conhecimento científico que resulta da investigação da natureza.
“Do ponto de vista cientifico, entende-se por Natureza o conjunto de elementos
integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade” (DCE, 2008, p.
40).
Da listagem dos conteúdos estruturantes da 5ªsérie/6ºano surge a
abordagem do tema: Estrutura do Planeta Terra que explora a divisão do planeta em
camadas, a tectônica de placas; a deriva continental; o vulcanismo e os terremotos.
Conforme a bibliografia consultada para esta fundamentação, estes temas
fazem parte da Geologia e que é de suma importância sua abordagem nos anos
finais do ensino fundamental, visto que é nesta fase que os educandos necessitam
de estímulo para desenvolver-se cognitivamente. “As minhas hipóteses indicam que
o conhecimento geológico é tão ou mais importante para o ensino elementar do que
para o secundário” (COMPIANI, 2005, p.15).
Escritos justificam sua relevada importância para o ensino fundamental
pela possibilidade de propor aos educandos uma ampla noção de espaço e tempo,
além de desenvolver relações de causalidades, do argumentar e do narrar histórico,
bem como uma visão menos antropocêntrica da Natureza. Alguns autores reforçam
ainda que esta área do conhecimento propicia o desenvolvimento de múltiplas
habilidades e diversificadas formas de pensamento para os educandos, por
exemplo, a intuição e aprimoramento da linguagem visual apreciação de formas e
estética, raciocínio e representação espacial, raciocínio de causalidade e narrativa
envolvida nos discursos históricos das Geociências.
Frente a esta perspectiva da importância da Geociência para o Ensino
Fundamental, resta pesquisar e analisar quais os recursos didáticos melhor
estruturam a aquisição deste conhecimento científico pelos educandos da
5ªsérie/6ºano levando em conta a sua especificidade de ser um conteúdo com a
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possibilidade de se trabalhar a interdisciplinaridade.
Dentre os variados recursos didáticos é necessário realizar análise do
livro didático e o uso de novas tecnologias, sendo o livro didático o que mais requer
prudência, pois é ele que ainda dá o maior suporte a prática educativa utilizada por
muitos educadores como um fim e não como um meio no processo de
aprendizagem.
Refletindo a abordagem dada aos temas relativos ao conteúdo Estrutura
do Planeta Terra, observa-se que o livro didático que se utiliza na Escola Interventor
Manoel Ribas (Santo Antonio do Sudoeste – PR) pode cumprir a tarefa de auxiliar o
educador como um ponto de apoio para a exploração do conteúdo e a partir de seu
texto propor variadas atividades que contemplem o que se sugere na DCE “Uma
prática pedagógica que leve a integração dos conceitos científicos e valorize o
pluralismo metodológico” (DCE, 2008, p.68).
Cabe assim ressaltar que mesmo que existam poucos e limitados
recursos pedagógicos que auxiliam a melhor aprendizagem destes conteúdos, cabe
aos educadores adaptar ou produzir novas formas de abordagem utilizando-se de
sua criatividade e conhecimento sobre a realidade escolar e dos educandos que
desempenham o papel principal nesta prática. Estas novas e criativas formas de
explorar a Geociência podem contar com o auxilio de várias estratégias que estão
descritas na DCE:
O processo ensino-aprendizagem pode ser melhor articulado com o uso de:
• recursos pedagógico/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como:
livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinho,
música,quadro de giz, mapa (geográfico, sistemas biológicos), globo, modelo
didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolviemnto embrionário, entre outros),
microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre
outros;
• de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de
relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
• de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles feiras, museus,
laboratórios, exposições de ciências, seminários e debates. (DCE, 2008, p. 73)
Portanto, é preciso destacar, também que:
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Diante de todas essas considerações propõem-se alguns elementos da prática
pedagógica a serem valorizados no ensino de Ciências tais como: a abordagem
problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar a pesquisa, a
leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os
recursos instrucionais e o lúdico entre outros (DCE, 2008, p. 73).
Espera-se que o uso destes recursos didáticos se incorpore ao processo
ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos, tornando-os menos traumatizantes
e desmotivadores incutindo-lhes eficiência e prazer, além de contribuir para a
formação de sujeitos autônomos e críticos, capazes de fazer frente aos problemas
socioambientais da sociedade moderna.
Acredito que para os educadores obterem êxito nesta prática que requer
análise e produção de recursos didáticos viáveis para o ensino de Geociências esta
não deve ser uma tarefa solitária do educador, pois devemos recordar o aspecto
interdisciplinar que advém do conteúdo Estrutura do Planeta Terra, assim o mesmo
deve ser habilidoso e perspicaz para desenvolver um trabalho coletivo onde os
resultados serão positivos para toda comunidades escolar.
4. Atividades
Esta produção didática sugere 14 atividades sendo que estas contemplam
o Conteúdo Estruturante Matéria e Energia, dentro do qual se encontram os
conteúdos básicos Constituição da Matéria, Formas de Energia, Conversão de
Energia e Transmissão de Energia, e os Conteúdos Específicos, Camadas Internas
do Planeta Terra, Tectônica de Placas, Deriva Continental Terremotos e Vulcanismo,
os quais estão inseridos na temática Estrutura do Planeta Terra, segundo a Diretriz
Curricular para o Ensino de Ciências.
4.1 Atividade I
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4.1.1. Recurso: Texto (que estará disponibilizado na TV Multimídia para leitura).
“O MIOLO DA TERRA
“(...) Dona Benta estava reunida com as crianças e resolveu conversar sobre o
centro da Terra.
− Emília disse ela se você abrir um buraco ali no terreno, que é que sai?
−Terra – disse a boneca.
− E depois? Se o buraco for bem fundo?
− Terra quente.
− E depois, mais, mais, mais fundo?
− Terra derretida, ou lava.
− E depois?
− Terra quente outra vez.
− E depois?
− Terra Fria outra vez.
− E depois? Depois saem Chineses.
Todos riam-se, menos Dona Benta.
− Emília está certa − disse a boa senhora. − Os chineses são nossos antípodas,
isto é, gente que vive do lado oposto ao nosso, de modo que se o buraco aberto
pela Emília varasse a Terra lado a lado, poderia muito bem dar na China.(...)”
Adaptação de Monteiro Lobato. Geografia de D.Benta.(Coleção O Sitio do Pica-Pau
Amarelo vol.9).São Paulo:Brasiliense, 1982.
4.1.2. Objetivos
Introduzir o conteúdo Camadas Internas do Planeta Terra, através da leitura e
interpretação do texto O miolo da Terra e análise do esquema didático da divisão do
Planeta em camadas;
18
4.1.3. Justificativa
A introdução do conteúdo se dá através da leitura do texto sugerido e se dá
pela continuidade dos debates com a finalidade de incentivar a curiosidade dos
educandos sobre o Interior do Planeta Terra. Ou seja, o que aconteceria se
cavassem um buraco. Esta ação possibilita a aproximação entre o conhecimento
alternativo dos educandos e o conhecimento científico escolar que se pretende
ensinar.
4.1.4. Técnica
Questões sugeridas para o debate
a) Vocês já ouviram histórias de Monteiro Lobato com as personagens que
aparecem no texto?
b) Descreva como é Dona Benta e a boneca Emília?
c) Onde vivem essas personagens?
d) Sobre a conversa entre Emília e Dona Benta, será que a boneca já escavou
um buraco?
e) E você, já escavou um buraco?
f) O que pode observar ao escavar?
Na proposta dos questionamentos, a intenção é primeiro, levantar o
conhecimento dos educando quanto ao autor e as personagens; segundo, buscar a
explicação para as respostas da boneca Emília; e terceiro, levantar dados do
conhecimento empírico que os educando apresentam, ou seja, aquilo que eles já
sabem sobre a superfície da Terra.
4.1.5. Tempo de duração da atividade: 1 hora aula
4.1.6. Avaliação
19
A avaliação desta atividade será voltada para a observação das interações
realizadas pelo educando a respeito do tema explorado quando da realização da
leitura interpretação e do debate mediado pelo educador, através dos
questionamentos sugeridos, que tem como objetivo introduzir o conteúdo Estrutura
do Planeta Terra.
4.2. Atividade II
4.2.1. Recurso
Ilustração esquemática da divisão do planeta em camadas e texto explicativo.
Sugestão de imagens:
http://www.essaseoutras.com.br/wp-content/uploads/2011/07/manto-crosta-terra-
ovo.jpg
resumoescolar.webnode.com
http://www.notapositiva.com/pt/trbestbs/geologia/imagens/10_mobilismo_geologico_
09_d.jpg
http://www.escolakids.com/camadas-da-terra.htm
Sugestão de texto:
AS CAMADAS DA TERRA DA SUPERFÍCIE AO CENTRO
As distâncias da superfície ao centro da Terra são de cerca de 6400 km. Entre
a superfície e o centro existem várias camadas. Vamos estudar 3 delas: a Crosta
Terrestre, o Manto e o Núcleo.
Crosta Terrestre: É a camada mais fina e superficial da Terra. A crosta
Terrestre inclui tanto a crosta Continental como a Oceânica. Sua espessura varia de
10 a 70 km. Considerando a espessura total do planeta, a crosta é uma delicada
20
“casca”.
Manto: É a camada situada abaixo da Crosta Terrestre. Tem
aproximadamente 2900 km de espessura. O manto é formado por materiais quentes
e sólidos, que quando encontram uma abertura assumem o estado líquido passando
a ser chamado de MAGMA. O magma quando expelido por um vulcão, passa a ser
chamado de LAVA.
Núcleo: É a porção central da Terra, com cerca de 3400 km de espessura. Ele
compreende duas partes:
• Núcleo Externo: líquido e formado basicamente por Ferro e Níquel dois tipos
de metais derretidos.
• Núcleo Interno: é sólido e contém Ferro e Níquel.
4.2.2. Técnica
Explorar as imagens através da indicação das partes e da respectiva
nomenclatura, ligando a exposição oral dos conceitos descritos no texto com a
imagem proposta para o estudo.
4.2.3. Objetivos
- Compreender a divisão do planeta em camadas, através da análise de
imagens esquemática;
- Conhecer as principais características das camadas do planeta Terra.
4.2.4. Justificativa
A execução desta atividade ocorre pelo fato da necessidade do aluno
visualizar a divisão interna do Planeta Terra em camadas e ter contato através do
21
texto proposto como as características e particularidades de cada uma destas
camadas, além de propiciar o aprofundamento do estudo dos conceitos científicos
envolvidos.
4.2.5. Tempo de duração da atividade: 1 hora aula
4.2.6. Avaliação
A avaliação desta atividade será realizada através da observação do
educador ao verificar se o educando compreendeu os conceitos propostos no texto
sugerido sobre as Camadas Internas do Planeta Terra
4.3. Atividade III
4.3.1. Recursos:
Visualizando as camadas da Terra
Giz;
1 pedaço de barbante com 6,4 metros;
Fita métrica, régua ou metro de madeira;
Caderno para anotações;
Canetas e lápis
4.3.2. Técnica
Utilizar a quadra da escola.
22
1º) Combinar com os educandos que o círculo do centro da quadra, representará o
centro da Terra;
2º) Pedir a um educando que fique sobre o círculo central da quadra, segurando o
pedaço de barbante de 6,4 metros;
3º) Amarrar o giz na ponta do barbante e pedir que outro educando faça um
movimento circular (o mesmo que faz com quando usa um compasso), desenhando
uma circunferência;
4º) Explicar para os educandos que este círculo que foi traçado representa a crosta.
5º) Expor aos educandos que para traçar o círculo que representará o manto será
necessário utilizar medidas menores e que para fazermos isso devemos ter o círculo
central que representa o núcleo ou o círculo que representa a crosta como ponto de
partida. Sendo que se partirmos do núcleo será necessário marcar no barbante que
já foi usado a medida de 3,5 metros e se partirmos do círculo que representa a
Crosta o barbante deverá ter a media de 2,9 metros;
6º) Após debater com os alunos a diferença das medidas em função do ponto de
partida, solicitar que um educando faça o traçado do círculo que representará o
Manto;
7º) Solicitar aos educandos que observem a estrutura esquemática que construíram
e a reproduzam em suas anotações utilizando lápis ou canetas coloridas para
diferenciar as camadas visualizadas. Pedir ainda que os educandos façam um relato
da prática para posterior análise do educador e avaliação da atividade.
4.3.3. Objetivos
- Demonstrar as extensões da divisão do planeta em camadas utilizando uma
escala;
- Traçar as camadas que dividem o planeta para que o educando as
compreendam, visualize-as de forma concreta e faça a distinção entre elas;
- Empregar o uso de estratégias de trabalho em grupo.
4.3.4. Justificativa
23
Possibilitar aos educandos a construção de um esquema que demonstra a
divisão do planeta em camadas serve para ilustrar as exposições teóricas feitas
anteriormente pelo educador, permitindo que os educandos tenham contato mais
visível da teoria que se esta trabalhando abstratamente, bem como criar situações
de investigação para a formação de conceitos.
4.3.5. Tempo de duração da atividade: 1 hora aula
4.3.6. Avaliação
Nesse trabalho serão avaliados os seguintes quesitos:
- A capacidade de interação entre os educandos para a execução inicial da tarefa;
- O resultado estético, da compreensão dos educando ao executar a tarefa e as
dificuldades enfrentadas por eles;
- O resultado final do trabalho, partindo da analise do relatório realizado pelo
educando, bem como a técnica utilizada na sua representação das Camadas
Internas do Planeta Terra;
- A aprendizagem, será mensurada pelo questionamento dos conhecimentos e a
capacidade que os educandos apresentam ao final da tarefa.
4.4. Atividade IV
4.4.1. Recurso:
Tempestade de Ideias
- Quadro de giz ou papel em tamanho suficiente para montar um cartaz;
- Questionamentos que incentive os educandos a expor seus conhecimentos sobre o
24
tema que pretende abordar.
4.4.2. Técnica
É uma estratégia que pode ser utilizada para introduzir o estudo de diferentes
conteúdos.
Para iniciar a atividade o professor deve organizar questionamentos sobre o
tema em estudo e instigar os educandos a expressar oralmente seus conhecimentos
sobre o assunto a ser tratado e suas experiências. Todas as ideias devem ser
anotadas, no quadro de giz, em uma folha ou um cartaz, pelo professor ou por um
educando.
As anotações tornam-se o ponto de partida para o trabalho com o
conhecimento científico. É importante que o professor leve em consideração todas
as ideias citadas, pois, inicialmente, todas são válidas. Convém estimular os
educandos a dar opiniões, até mesmo, sobre ideias dos outros.
É aconselhável sugerir a participação de todos em rodadas, a fim de que
sempre tenham a chance de contribuir. Ao final das rodadas de ideias, é importante
ler as anotações e verificar se os alunos querem fazer alguma pergunta. Em
seguida, as contribuições dos alunos podem ser analisadas, sem que haja critica
negativa.
Questionamentos propostos sobre o tema:
- Por que o Homem precisa conhecer melhor o Interior do Planeta Terra?
-Que benefícios trarão para a humanidade este conhecimento sobre a Estrutura
Interna da Terra?
-Você acha que este conhecimento proporcionará as pessoas melhora na sua
qualidade de vida?
4.4.3. Objetivos
- Promover o debate sobre a necessidade de o homem explorar o Interior do
25
Planeta Terra;
- Incentivar o educando a expor suas ideias sobre o tema em estudo.
4.4.4. Justificativa
Esse trabalho proporciona uma diagnose dos conhecimentos dos educandos.
Ao utilizar esse recurso, incentivasse os educandos a assumir ideias e posições
perante o grupo, adquirir conhecimentos ou corrigir possíveis distorções, além de
respeitar as ideias de outras pessoas e desenvolver, o hábito da participação. A
problematização realizada durante o desenvolvimento desta atividade motiva o
interesse do educando pelo tema abordado.
4.4.5. Tempo de duração da atividade: 1 hora aula
4.4.6. Avaliação
A avaliação desta atividade será realizada individualmente através da
solicitação para o educando expor sua ideia sobre o tema, sendo que neste
momento o educador tem a possibilidade de avaliar sua expressão oral e seu
conhecimento prévio.
4.5. Atividade V
4.5.1. Recurso:
Viagem ao centro da Terra
26
TV Multimídia e vídeo disponível em:
http://www.youtube.com/results?search_query=viagem+ao+centro+da+terra+e+disco
very&aq=f, acessado em 01 de Julho de 2011.
4.5.2. Técnica
Assistir ao vídeo e promover o debate sobre o tema Viagem ao Centro da
Terra sendo que para isso os alunos serão submetidos a alguns questionamentos
Sugestão de questões para debater:
1- O grupo acha possível ocorrer uma viagem ao centro da terra mesmo que
esta viagem seja somente feita por equipamentos não tripulados. Descreva as
opiniões utilizando argumentos favoráveis ou desfavoráveis.
2- Descreva alguns empecilhos que torna a tarefa de chegar ao centro da Terra
um desafio
3- Cite alguns outros locais que inspirou o homem a construir máquinas e
superar desafios para obter conhecimento
4- Na opinião do grupo qual seria o melhor local para se iniciar a perfuração
para se atingir o centro da Terra?
5- Se o homem ainda não chegou ao centro da Terra como se tem as
informações que nos são repassadas hoje?
6- Escreva a opinião do grupo quanto à verdadeira necessidade de se chegar ao
centro da Terra, será somente para comprovar o que já se sabe ou para
melhorar o entendimento da estrutura interna da Terra, a qual provoca
terremotos, tsunamis e vulcões.
4.5.3. Objetivos
27
- Possibilitar a criação de uma imagem sobre a divisão do Planeta Terra em
camadas;
- Entender o que está envolvido no processo de alcance para conhecer o
interior da Terra;
- Discutir a necessidade e a viabilidade de uma Viagem ao Centro da Terra.
4.5.4. Justificativa
Desvendar o interior do Planeta Terra sempre fascinou o ser humano. Esta
intenção encontra-se registrada em documentos antigos que demonstram as mais
variadas hipóteses de como seria o interior de nosso planeta. No entanto o
conhecimento atual sobre o interior da Terra é que ele é constituído por rochas e
metais, gradualmente mais densos à medida que a profundidade aumenta estando
estes sujeitos a altíssimas temperaturas e pressões. Este conhecimento da estrutura
interna da Terra foi elaborado através do estudo das variações na velocidade de
propagação das ondas sísmicas. Através da análise dos dados coletados nas
estações simográficas instaladas em várias partes do planeta, os cientistas
conseguem fazer estimativas sobre a densidade, temperatura, composição,
estrutura e o estado físico das diferentes camadas que constituem o interior da
Terra. O conhecimento tornou-se mais preciso com o desenvolvimento de
tecnologias de grande precisão tais como imagens de satélite e sismógrafos
computadorizados, gravímetros de precisão, dentre outras.
4.5.5. Tempo de duração da atividade: 1 hora aula.
4.5.6. Avaliação
Os quesitos que podem ser avaliados no desenvolver desta atividade são:
- O interesse do aluno pelo tema;
28
- A participação e empenho na abordagem das questões do debate;
- A articulação entre os conhecimentos científicos abordados e a exposição de
ideias, através do debate.
4.6. Atividade VI
4.6.1. Recurso:
TV Multimídia e Slide abordando o tema Placas Tectônicas, contendo sugestão de
um mapa mundi dos limites das Placas Tectônicas e pequenos textos.
Slides Placas Tectônicas: disponível no Anexo I.
4.6.2. Técnica
Exibição dos slides produzidos pela professora, sendo que o mesmo servirá
de base para explorar o conteúdo e visualizar os limites das Placas Tectônicas, bem
como sua localização.
4.6.3. Objetivos
- Explorar o conteúdo específico Placas Tectônicas através da visualização do
mapa dos limites das placas e estudo dos conceitos básicos;
- Identificar as placas tectôncias que compoem nosso planeta;
- Localizar no mapa dos limites das Placas Tectônicas em qual delas
encontra-se o nosso país.
29
4.6.4. Justificativa
Dispor desta estratégia metodológica traz a vantagem de propiciar ao
educando a visualização das imagens dos limites das Placas Tectônicas e de
pequenos textos ao lado da explicação oral do educador.
4.6.5. Tempo de duração: 1 hora aula
4.6.6. Avaliação
O educador ao fim desta atividade terá subsidios para verificar se o
educando assimilou os principais conceitos envolvidos na temática de estudo, pela
observação individual do desempenho e participação do educando, durante a
exposiçao das imagens e do texto explicativo da atividade.
4.7. Atividade VII
4.7.1. Recurso
Modelo de terremoto
2 caixas de creme dental vazias de 90 gramas;
1/2 folha de papel sulfite pode ser já utilizado;
Cola branca;
1 dúzia de botões de tamanhos e cores variadas, parafusos e polcas de variados
tamanhos;
4.7.2 Técnica
30
Agrupar os educandos em trios e conferir os materiais a serem utilizados
Passos da montagem:
1º - Dobre as pontas da caixa de creme dental para dentro da mesma, deixando-as
com uma abertura;
2º- Coloque as caixas sobre a meia folha de papel sulfite localizando-as nas bordas;
3º- Passe cola sob um lado da caixa e a borda da folha de sulfite. Aguarde secar
bem a cola;
4º- Após estar seca a cola coloque as caixas voltadas para baixo e distribua os
botões sobre o papel;
5º- Encaixe os dedos polegares na abertura da caixa, fazendo movimentos
alternados.
6º - Observe o que acontece com os botões e faça um relatório interligando o que se
observa com o movimento das placas que ocasionam os terremotos.
Após a montagem do experimento e observação do que ocorre com os
movimentos solicitar aos educandos que relatem o que se observa quando se
realiza os movimentos, fazendo a ligação entre o que aprenderam na teoria do
movimento das placas tectônicas, e a ocorrência de terremotos e tsunamis.
4.7.3. Objetivos
- Construir com materiais simples um modelo da crosta e manto inferior para
simular os seus movimentos;
- Observar os efeitos da movimentação das Placas Tectônicas;
- Avaliar os efeitos dos movimentos das Placas Tectônicas através do modelo
construído e dos movimentos realizados;
- Relatar as observações e relacioná-la aos conceitos estudados.
4.7.4. Justificativa
31
A construção do modelo que simula a ocorrência de terremotos e tsunamis é
de grande valia, pois o educando será levado a mostrar habilidades manuais, propor
uma explicação para o fenômeno utilizando seu conhecimento prévio e após
observar e explorar o conhecimento científico envolvido reelaborar seu pensamento
a cerca das causas da ocorrência de Terremotos e Tsunamis.
4.7.5. Tempo de duração da atividade: 1 hora aula
4.7.6. Avaliação:
Esta atividade poderá ser avaliada pela análise das ideias expostas pelos
educandos ao fazerem o relato escrito das observações proporcionadas pelo modelo
construído.
4.8. Atividade VIII
4.8.1. Recurso:
Slide Terremotos
TV Multimídia e Slide abordando o tema Terremotos. Disponível no Anexo II.
Sugestão de vídeos que abordam o tema Terremotos e Tsunamis, acessados em 21
de Junho de 2011.
http://www.youtube.com/watch?v=vo_adRbNXmk http://www.youtube.com/watch?v=5IxxZxvmluc http://www.youtube.com/watch?v=2tplFyJCqOs http://www.youtube.com/watch?v=L-hMedWQjUg
32
http://www.youtube.com/watch?v=zH9lTMhf_Z0&NR=1 http://www.youtube.com/watch?v=BAfjLuiDCMo
4.8.2. Técnica
Exibição dos slides produzidos pela professora, sendo que o mesmo servirá
de base para explorar e compreender o conteúdo.
4.8.3. Objetivos
- Explorar o conteúdo específico Terremotos;
- Identificar e localizar a ocorrência de alguns Terremotos;
4.8.5.Justificativa
Dispor desta estratégia metodológica traz a vantagem de propiciar ao
educando a visualização das imagens e de pequenos textos ao lado da explicação
oral do educador.
4.8.6.Tempo de duração da atividade 1 hora aula
4.8.7.Avaliação:
O educador ao fim desta atividade terá subsidios para verificar se o educando
assimilou os principais conceitos envolvidos na temática de estudo, pela observação
33
individual do desempenho e interação, do educando, durante a exposiçao das
imagens e do texto explicativo do Slide.
4.9. Atividade IX
4.9.1. Recurso
Slide Vulcões
TV Multimídia e slide abordando o tema Vulcões, contendo sugestões de imagens,
pequenos textos e vídeo disponível em
http://www.youtube.com/watch?v=BAfjLuiDCMo
Vídeo SBT fúria da natureza acessado em 24 de julho
Slide disponível no anexo III.
Sugestão de complementação: no laboratório de informática acessar o site
http://www.smartkids.com.br/desenhos-animados/vulcoes.html, no qual encontramos
uma animação sobre vulcões.
4.9.2. Técnica
Exibição dos slides produzidos pela professora, sendo que o mesmo servirá de base
para explorar o conteúdo.
4.9.3. Objetivos
- Explorar o conteúdo específico Vulcões;
- Conhecer com se formam os vulcões;
- Diferenciar magma e lava.
34
4.9.4. Justificativa
Dispor desta estratégia metodológica traz a vantagem de fornecer ao
educando a visualização das imagens e de pequenos textos ao lado da explicação
oral do educador.
4.9.5. Tempo de duração da atividade: 1 hora aula
4.9.6. Avaliação:
Será possivel avaliar esta atividade durante o seu desenvolvimento,
observando o interesse e o desempelho dos educandos e suas intervenções a
respeito do tema estudado.
4.10. Atividade X
4.10.1. Recurso:
Simulação deriva continental
Laboratório de informática e acesso a internet.
4.10.2. Técnica:
Dividir a turma em duplas. No laboratório de informática solicitar que os
35
educandos acessem o site atlas escolar do IBGE, e clicar no ícone Formação dos
Continentes.
Orientar as duplas para que façam a leitura, interpretação do texto e
observem a simulação utilizando os recursos disponíveis. A simulação esta
disponível no site:
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar/apresentacoes/formacaodoscontinentsw
f
TRABALHANDO A FORAMAÇÃO DOS CONTINENTES
Após a observação da simulação leitura e interpretação dos textos responda
os questionamentos.
1) O que diz a Teoria da Deriva dos Continentes?
2) Quem foi o autor desta Teoria? O que foi observado para escrevê-la?
3) Faça a mesma observação que originou a Teoria da Deriva Continental no
mapa mundi e relate o que você conclui.
4) Descreva o que era a Pangéia. Em que época ela ocorreu?
5) Como estavam os continentes a 219 milhões de anos atrás?
6) Ao longo de milhões de anos, com o movimento das placas tectônicas a
Pangéia dividiu-se em duas partes. Qual é o nome destas partes? Em que época
este fenômeno ocorreu? Quanto tempo durou?
7) Análise o mapa mundi da simulação e descreva o que se observa na
época de 171 milhões de anos atrás.
8) Observe o mapa da simulação e descreva quanto tempo levou para ocorrer
a separação da América da costa oeste da África?
9) Após observar o movimento dos Continentes você concorda que o Planeta
Terra passou por períodos de transformações? Justifique sua resposta.
10) Descreva o que são Placas Tectônicas.
11) Utilize o mouse para passar sobre o mapa e descreva quantas placas são
encontradas e os seus nomes.
12) Sabemos que os continentes continuam se movimentando. Descreva
resumidamente os tipos de movimento que ocorrem nas placas e as consequências
ocasionadas por eles.
13) Descreva onde ocorrem as atividades sísmicas.
14) Analisando o mapa observe se há possibilidade de ocorrerem no Brasil
36
grandes Terremotos e erupções vulcânicas. Descreva o que se observa e utilize
argumentos na sua resposta.
4.10.3. Objetivos:
- Demonstrar o processo de separação dos Continentes;
- Compreender a movimentação dos Continentes e a atual disposição deles
4.10.4. Justificativa:
O trabalho no laboratório de informática possibilita aos educandos o contato
com uma nova metodologia de ensino pautada no uso do computador e do acesso a
internet, o que torna o ensino diversificado. Quanto ao uso da simulação da Deriva
dos Continentes, está dispõem aos educandos uma visualização de como ocorreram
as transformações ao longo do tempo nos continentes que formam nosso planeta,
tornando possível a compreensão dos movimentos que ocorreram para chegar a
formação que se tem hoje.
4.10.5. Tempo de duração da atividade: 2 horas aulas
4.10.6. Avaliação:
Através da análise das respostas feitas aos questionamentos poderá ser
observada a evolução e ocorrência do aprendizado quanto ao tema abordado.
4.11. Atividade XI
37
4.11.1. Recurso:
A Era Do Gelo 4 Deriva Continental
TV Multimídia e vídeo provocativo” A Era do Gelo 4 Deriva Continental” disponível
em: http://www.youtube.com/watch?v=ioaEKnSp4TU Acesso em 21 de Junho de
2011.
4.11.1. Técnica:
Apresentar o vídeo e na sequência propor aos educandos que escrevam um
relatório em dupla do que visualizaram no vídeo, para promover em seguida um
debate.
4.11.2. Objetivo:
- Induzir o educando a perceber que a Deriva Continental também ocasionou
a separação das espécies entre os continentes que formam o planeta Terra.
4.11.3. Justificativa:
A visualização dos movimentos dos continentes através dos personagens do
filme “A Era do Gelo” instiga os educandos a pensarem sobre a Teoria da Deriva
Continental e de que forma ocorreu a separação das espécies entre os diferentes
continentes que compõem nosso planeta.
38
4.11.4. Tempo de duração da atividade: 2 horas aula
4.11.5. Avaliação:
Esta atividade pode ser avaliada pelo educador por meio de critérios de
análise e observação quando da apresentação do vídeo e nos questionamentos
posteriores a apresentação.
4.12. Atividade XII
4.12.1. Recursos
- Bingo adaptado de: STEVE e BENNET, 2010.
- Texto selecionado;
- Caneta esferográfica;
- Meia folha de papel sulfite
4.12.2. Técnica:
A partir de um texto selecionado que não seja muito extenso pedir para os
educandos realizar a leitura e a interpretação oral e confecção da cartela do bingo, a
qual será confeccionada com conceitos do texto.
- Distribuir o papel sulfite para cada educando;
- Utilizando a técnica da dobradura, orientar os educandos a dobrar o papel de forma
de fique visível as marcar de 16 retângulos, sendo que para isso se fará 3 dobras ao
meio do papel.
- Orientar os educandos para que escrevam uma palavra do texto em cada
retângulo. Esta escolha fica a critério de cada um, cuidando somente para não haver
palavras repetidas e com a escrita de palavras compostas.
39
- Solicitar as educandos que utilizem caneta esferográfica para escrever, procurando
não fazer rasuras e ter atenção na escrita;
- Verificar se todos os educandos escreveram palavras em todos os retângulos
COMO JOGAR
Cada aluno faz sua própria cartela conforme descrição acima.
- Em uma sequência pré-determinada pelo professor (ex.: por fila, por número da
chamada, etc.) os alunos irão falando uma palavra da sua cartela de bingo a qual
deverá ser escrita no quadro-de-giz.
- Os alunos que escreveram a mesma palavra marcam também na sua cartela.
- Repete-se até alguém fechar toda a cartela.
4.12.3. Objetivos
- Fixar a leitura e a escrita de conceitos relacionados ao tema Estrutura do
Planeta Terra;
- Leitura e interpretação do texto selecionado;
- Trabalhar com a existência de regras a serem seguidas;
- Desenvolver o espírito de cooperação.
4.12.4. Justificativa
A utilização de jogos e brincadeiras no ensino traz ganhos substanciais ao
ensino e aprendizagem, pois quando o educando as utiliza está tendo contato com
os conceitos científicos de maneira não tradicional, o que facilita sua compreensão
bem como assimilação na sua base cognitiva.
4.12.5. Tempo de duração da atividade: 1 hora aula
40
4.12.6. Avaliação
O desenvolvimento desta atividade fornecerá ao educador subsídios para
averiguar se ocorreu por parte do educando a assimilação dos conceitos básicos do
tema em estudo, através da observação das palavras escritas nas cartelas do bingo,
bem como no desempenho dos educandos no transcorrer da brincadeira.
4.13. Atividade XIII
4.13.1. Recursos
ALFAMIST adaptado de: STEVE e BENNET, 2010
Lista de palavras de um tema de estudo escritas em ordem alfabética
2 canetas de cores diferente
Pedaço de papel Kraft
4.13.2. Técnica
É uma mistura de palavras. A palavra escolhida é escrita com suas letras em
ordem alfabética. Desse modo, por exemplo, a palavra MAÇÂ, vai ser escrita AÃCM.
COMO JOGAR:
Agrupar os alunos em número de 4. Preparar a partir de um tema de estudo
uma lista de 5 ou mais palavras que serão entregues para que os educandos
descubram as palavras do Alfamist.
O professor estipula um tempo para descobrir as palavras e escrever seu
significado, conceito ou formular uma frase para apresentar para os colegas.
Exemplos De Palavras Escritas Em Ordem Alfabética Sobre O Tema
Camadas Do Planeta Terra
Planeta - aaelnpt
Terra - aerrt
41
Camadas - aaacdms
Crosta - acorst
Manto - amnot
Núcleo - celnoú
Estrutura - aesrrttu
Após o grupo descobrir as palavras pedir que as escrevam utilizando cores
diferentes na escrita do conceito, significado ou da frase.
4.13.3. Objetivos
- Fixar os conceitos envolvidos nos conteúdos estudados durante a
abordagem da unidade didática Estrutura do Planeta Terra;
4.13.4. Justificativa
Práticas pedagógicas que se apresentam de forma lúdica, promovem o
desenvolvimento da imaginação do educando, a exploração de conceitos, a
curiosidade, bem como o interesse pelo tema se encontra envolvido na brincadeira
proposta.
4.13.5. Tempo de duração da atividade: 1 hora aula
4.13.6. Avaliação
Durante o desenvolvimento desta atividade o educador poderá avaliar a
utilização pelos educandos de procedimentos atitudinais, conceituais e
procedimentais, que segundo alguns pesquisadores educacionais são o saber
42
sobre. o saber fazer e o ser ,através do acompanhamento da execução da atividade.
4.14. ATIVIDADE XIV
4.14.1. Recurso
Vamos pesquisar
- Fontes de pesquisa;
- Biblioteca;
- Internet.
4.14.2. Técnica
Faça uma pesquisa em casa ou na escola utilizando livros, enciclopédias,
jornais, revistas ou sites de internet sobre tragédias relacionadas a erupções de
vulcões, maremotos, terremotos e tsunamis ocorridas no século XX e XXI. Para
realizar esta pesquisa reúna-se com seus colegas. Para melhor organizar a
pesquisa siga o roteiro descrito abaixo
a) Onde e quando ocorreram os fenômenos?
b) Quais as suas principais consequências?
c) As pessoas das regiões atingidas estavam preparadas para esses
acontecimentos? Por quê?
d) Qual a importância das previsões geológicas no que se refere a esses
fenômenos?
e) É possível evitar algumas das consequências desses fenômenos?
f) Que catástrofe mais chamou a atenção do grupo? Onde e quando ela ocorreu?
g) Faça copia de um mapa mundi e localize alguns lugares onde ocorreram os
fenômenos pesquisados.
h) Indique os sites, livros, jornais, revistas ou enciclopédias que consultou durante
a pesquisa.
43
4.14.3. Objetivos
- Incentivar a pratica da pesquisa;
- Demonstrar as diferentes fontes que se pode utilizar para realizar uma
pesquisa;
- Propiciar aos educandos, contato com estratégia que promove a construção
de conhecimento, através da leitura de várias fontes de estudo;
- Fixar os conteúdos envolvidos na proposta de pesquisa.
4.14.4. Justificativa
Fazer uso desta prática pedagógica fornece ao educando o contato com
variadas fontes de conhecimento, levando-o fazer uma interpretação do material
que consultará, e posteriormente a apresentará de suas ideias de forma
sistematizada.
4.14.5. Tempo de duração da atividade: Aproximadamente uma semana
4.14.6. Avaliação
Após a análise da sistematização feita pelos educandos, esta atividade
auxiliará o educador na avaliação do processo de aprendizagem aliada a
compreensão crítica do conteúdo pesquisado por parte do educando.
5. Avaliação da Produção Didático-pedagógica
44
O processo de avaliar é parte do trabalho desenvolvido pelo educador na
tarefa do ensino e aprendizagem. Através de análise das avaliações de seus
educandos, os educadores tem em suas mãos uma poderosa ferramenta, da qual
pode extrair indícios da eficiência ou não da sua prática. Cabe ao educador ter a
sensibilidade para rever sua prática ou continuar lançando mão de seu uso e, assim,
colaborar para aumentar a estatística de alunos que reprovam ou desistem dos
estudos por não atingirem nota suficiente para serem promovidos à próxima série.
Muito se discute sobre as melhores formas de se averiguar o que os
educandos assimilaram ou acrescentaram á sua base cognitiva que foi construída
durante suas experiências vivenciais e o curso das séries anteriores ao Ensino
Fundamental.
Uma contribuição importante para esta prática é a ideia proposta por
Antoni Zabala, que atribui aos objetivos a serem atingidos na unidade didática todo o
referencial para o processo de ensino e aprendizagem e posteriormente a sua
avaliação. “As capacidades definidas nos objetivos educativos são o referencial
básico de todo processo de ensino e, portanto, da avaliação.” (ZABALA, 1998,
p.202).
Embasada nesta proposição, a avaliação a unidade didática Estrutura do
Planeta Terra, sugere que ao término de cada atividade o educador utilize critérios
que estejam de acordo como os objetivos propostos para esta, a fim de verificar o
desempenho e aquisição de novos conhecimentos, os quais consistem,
basicamente, na observação sistemática do desempenho e interação dos
educandos durante a realização das diferentes tarefas propostas. O fornecimento de
subsídios para o educador avaliar o ensino-aprendizagem dos conteúdos
conceituais, atitudinais e procedimentais observando assim o desenvolvimento de
procedimentos por parte dos educandos que transpareçam a ações que contemplam
o saber, saber fazer e ser, os quais estão presentes nos objetivos desta unidade
didática.
Esta conduta vem de encontro ao que propõem a Diretriz Curricular de
Ciências do Estado do Paraná, segundo a qual a avaliação “deve ser contínua e
cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos” (DCE, 2008. p.77).
Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e
45
planejar sobre os procedimentos a serem utilizados. A avaliação deverá valorizar os
conhecimentos alternativos do estudante, construídos no cotidiano, nas atividades
experimentais, ou a partir de diferentes estratégias que envolvam recursos
pedagógicos e instrumentos diversos. Portanto, avaliar no ensino de ciências implica
intervir no processo ensino-aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o
real significado dos conteúdos científicos, escolares e do objeto de estudo de
ciências, visando uma aprendizagem significativa para sua vida (DCE, 2008, p.77).
6. Referências
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Petropólis, RJ: Vozes, 2010.
______________. Novas Maneiras de Ensinar Novas Maneiras de Aprender.
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Geografica. 6º ano. São Paulo:Atual, 2009
CACHAPUZ, Antonio. A Necessária Renovação do Ensino de Ciências. São
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Ciências: o ensino-aprendizagem como investigação. São Paulo: FTD, 1999.
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formação de professores. In: Revista do Instituto de Geociências – USP. São
Paulo: v. 3, p. 13-30, setembro, 2005.
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46
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Janeiro:Bertrand, 9ª edição 584p., 2010.
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2009.
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para a Educação Básica. Curitiba: SEED, (DCE) 2008.
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Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão, Escola Estadual
Interventor Manoel Ribas– Ensino Fundamental (PPP). Setembro, 2010.
POZO, Juen I. Aprendizagem e o ensino de ciências: do conhecimento
cotidiano ao conhecimento científico. Porto Alegre: Artmed, 2009.
STEVE, J.Bennett e BENNET, Ruht I. Loetterle. 365 atividades infantis sem TV.
São Paulo: Madras, 2010.
TEIXEIRA, Wilson, et. al. Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 2009.
WICANDER, Reed. Fundamentos da Geologia. São Paulo: Cengage Learning,
2009.
ZABALA, Antoni. A Prática Educativa Como Ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
7. ANEXOS
7.1 Anexo I:
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Slide: “Placas Tectônicas”
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49
50
7.2. Anexo II Slide Terremotos
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7.3. Anexo III Slide Vulcões
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