Professora Melissa Franchini Cavalcanti Bandos: Centro
Universitrio de Franca - UNIFACEF Painel do 9 Congresso Brasileiro
de Sistemas Palmas, Tocantins, Brasil 24 de outubro de 2013
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QUESTES CENTRAIS: Discutir as possibilidades a partir da
efetiva prtica sistmica. O pensamento e a prtica so operacionais? O
pensamento sistmico um procedimento ou um estado? Como transformar
nossas organizaes?
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Pensamento Sistmico O pensamento sistmico desenvolvido em
meados do sculo passado por Bertalanffy, criador da Teoria Geral de
Sistemas (TGS), e reforado pela inaugurao da Society for General
Systems Research (SGSR) em 1954 - hoje International Society for
the Systems Science (ISSS) (MARTINELLI; VENTURA, 2006) veio dar
grande contribuio ao modo de se ver a cincia e ao prprio mundo.
Somam-se mais de seis dcadas de divulgao de ideias e conceitos que
propem que o todo maior que a soma das partes, ( BERTALANFFY, 1975)
ou seja, um sistema um todo integrado cujas propriedades no podem
ser reduzidas s propriedades das partes. Quando as partes esto
agregadas e formando o todo, este se torna uma estrutura
independente com papel distinto do papel das partes.
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Pensamento Sistmico Ressalvas: 1) Atribui-se a terminologia
Pensamento Sistmico a Michael Jackson difundiu a ideia de maneira
mais ampla na dcada de 90. 2) Vasconcellos (2007) deixa claro que
no preciso conhecer a Teoria Geral de Sistemas para se pensar
sistemicamente.
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Pensamento Sistmico A arte de enxergar, ao mesmo tempo, a
floresta e as rvores.
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Pensamento Sistmico O pensamento sistmico abre o espectro de
viso ao contemplar as variveis de um sistema em sua dinmica e
multilateralidade, contrapondo ao pensamento cartesiano, analtico e
enftico nas partes. A weltanschauung do indivduo considerada ao se
buscar o equilbrio sistmico. Como manter uma mente sistmica???
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Como manter uma mente sistmica Ampliar o foco de observao
complexidade Descrever com o verbo estar Acatar outras descries
instabilidade intersubjetividade Fonte: Adaptado de VASCONCELLOS
(2007) Vendo sistemas de sistemas, contextualizar o fenmeno e
focalizar as interaes recursivas Trabalhar com a mudana no sistema
e admitir que no controla o processo (Processo em curso)
Reconhecer-se como parte do sistema e atuar na perspectiva de co-
construes das solues (Relaes intersistmicas e intrassistmicas)
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Prtica Sistmica Ao adotar uma viso de mundo sistmica o ser
humano (profissional, cientista, homem comum) ter ULTRAPASSADO seu
paradigma e sua viso de mundo tradicional, adotando esse novo
paradigma (VASCONCELLOS, 2007). Destaco: Pensando e agindo de
maneira Sistmica Considero que, a partir do momento que h uma
prtica sistmica h um pensamento sistmico por trs, contudo, a
recproca no verdadeira, pois se pode pensar sistemicamente e agir
de maneira cartesiana.
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comum (no sentido de usual) pensar sistemicamente no Brasil? A
educao brasileira assim como est concebida estimula o indivduo a
ter uma mente sistmica? E por consequncia, h prticas sistmicas?
Prtica Sistmica
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A educao brasileira momento em que se tm contato com a cincia
(mesmo que inicialmente) leva o indivduo a pensar de maneira
cartesiana, analtica e enftica nas partes. O ser humano estimulado,
desde pequeno, a entender cada parte e som-las para compreender o
todo. Pode-se at considerar que esta realidade vm mudando nos dias
atuais em algumas escolas, principalmente privadas, em razo das
exigncias ambientais. Contudo, a base da educao brasileira ainda
cartesiana. No se estimula a criana a olhar a complexidade,
visualizar o processo em curso (a instabilidade) e se considerar
parte do processo.
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Assim, no se estimula a pensar sistemicamente, nem nos
primeiros bancos escolares, bem como em algumas graduaes (ao
analisar uma formao avanada). COMO ENCONTRAR PRTICAS SISTMICAS? A
atual dinmica do mundo, complexidade que estamos inseridos, est
obrigando as pessoas a adotarem prticas sistmicas, e como
anteriormente considerado, se h a prtica, h o pensamento por trs
(mesmo que sem embasamento terico). Mesmo com uma educao cartesiana
pode-se (ou podia-se) encontrar pessoas agindo sistemicamente e ao
reconhecer essa ao no contexto cientfico, passa-se a estud-la.
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Contudo, o que foi considerado anteriormente podia acontecer,
mas em menor escala, isto , em um contexto nacional do passado
pessoas agindo sistemicamente. Atualmente, v-se com frequncia: a
velocidade e a quantidade de informaes que permeiam as organizaes e
as instituies tem obrigado os indivduos a pensar e agir
sistemicamente, mesmo que muitas vezes no saibam que esto pensando
e agindo assim; hoje h uma necessidade de se analisar o todo maior
que a soma das partes, por isso, a insistente e obrigatria presena
da interdisciplinaridade no contexto.
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Como transformar as Organizaes? As organizaes, no complexo
contexto, so sistemas abertos, isto , tm uma interface com o
ambiente (influenciam e so influenciadas) e exigem prticas
sistmicas frente s oportunidades e desafios as quais so
submetidas.
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Organizaes como Sistemas Abertos Processo de Transformao
EntradasSadas Feedback Objetivos AMBIENTE Controle e Avaliao
AMBIENTE
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Como transformar as Organizaes? Assim, aes sistmicas so
requeridas para sobreviver nesse contexto interdisciplinar e
sistmico ao qual esto submetidas as organizaes. Isto porque, surgem
situaes-problemas e diversas decises requeridas, e para lidar com a
diversidade de informaes, a prtica sistmica fundamental para
estabelecer o equilbrio de fato no sistema. Se a soluo for
cartesiana, possivelmente o problema voltar, pois no ter sido
possvel a anlise do todo, e sim de a anlise de partes do
problema.
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Nesse sentido, fundamental que os seres humanos pensem e ajam
de maneira sistmica, tendo em vista que o mundo integrado e
composto de diversos subsistemas interrelacionados. COMO?
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Faz-se necessrio a ULTRAPASSAGEM mencionada por Vasconcellos
(2007). Ao contextualizarmos as organizaes como empresas, podemos
falar em APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL - enunciada por Senge (1990) A
Quinta Disciplina - A arte e a prtica da Organizao que Aprende.
Learning organizations.
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APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL As learning organizations so
organizaes nas quais as pessoas expandem continuamente a sua
capacidade de criar resultados que realmente desejam, em que se
estimulam padres de pensamentos novos e abrangentes, a aspirao
coletiva ganha liberdade para que as pessoas aprendem continuamente
e juntas. As organizaes que aprendem so viveis porque todos somos
aprendizes e aprender faz parte da natureza humana, adoramos
aprender.
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Caractersticas que prejudicam a aprendizagem: Existem,
entretanto, certas caractersticas que prejudicam ou incapacitam
aprendizagem : Comprometimento excessivo das pessoas com sua posio
na organizao, sem preocupao com o todo; Atribuio de culpa e
responsabilidade a fatores externos. Culpa-se outros departamentos,
o governo, a concorrncia e no se reconhecem deficincias internas;
Iluso de que ser proativo significa atacar os outros que esto no
ambiente externo, sem reconhecer a necessidade de mudana
interna;
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Preocupao com eventos imediatos, que impede a viso de padres de
mudana de longo prazo; Incapacidade de perceber mudanas graduais,
que representam ameaas maiores do que eventos imediatos; Iluso de
que a aprendizagem resulta apenas da experincia. As pessoas
aprendem tambm, mas no exclusivamente com experincia. Em ambientes
complexos, muitas aes no produzem experincia imediata, de modo que
as pessoas no aprendem; Mito de que a alta administrao coesa e tem
consenso, nem sempre assim.
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Senge (1990) prope cinco disciplinas para combater essas
dificuldades: 1. Domnio Pessoal (auto-controle, disciplina
pessoal); 2. Modelos Mentais (trabalhar os modelos mentais); 3.
Viso Compartilhada; 4. Aprendizagem em equipe (inteligncia do
grupo); 5. Pensamento Sistmico.
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Praticar uma disciplina ser um eterno aprendiz; No se chega a
um lugar esttico, mas se aprimora, continuamente. Quanto mais se
sabe, mas se sabe que no sabe. No existe excelncia em aprendizagem,
pois trata-se de um processo contnuo.
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Referncias BERTALANFFY, L.V. Teoria Geral de Sistemas.
Petrpolis: Vozes, 1975. CAVALCANTI, Melissa Franchini; PAULA,
Vernica Anglica de. Teoria Geral de Sistemas I. Cap.1. In:
MARTINELLI, Dante Pinheiro; VENTURA, Carla Aparecida Arena (Orgs).
Viso Sistmica e Administrao. So Paulo: Saraiva, 2006. MARTINELLI,
Dante Pinheiro; VENTURA, Carla Aparecida Arena (Orgs). Viso
Sistmica e Administrao. So Paulo: Saraiva, 2006. Introduo.
VASCONCELLOS, Maria Jos Esteves de. Pensamento Sistmico: O Novo
Paradigma da Cincia. So Paulo: Papirus, 2007. SENGE, Peter. A
Quinta Disciplina. Best Seller, 1990.