PROFETAS MAIORES
Profº Marcio Candido
Isaías (Is)Autor: IsaiasData: Entre 700 - 690 aC
AutorO primeiro versículo deste livro coloca Isaías, o
filho de Amoz, como o seu autor. O nome
“Isaias” significa “O SENHOR é salvação”. A
visão e a profecia são reivindicadas 4 vezes por
Isaías; seu nome é mencionado mais 12 vezes
no livro. Seu nome também aparece 12 vezes
em 2Rs e 4 vezes em 2Cr.
O Livro de Isaías é citado diretamente no NT
21 vezes sendo atribuído em cada caso ao
profeta Isaías. Alguns estudiosos questionam
a autoria de Isaías quanto a totalidade do
livro que leva o nome. Eles lhe atribuem
somente os cap. 1 – 39. Os caps. 40 – 66
são atribuídos a outro autor, ou autores, que
teriam vindo a um século e meio mais tarde.
Argumentos diversos favorecem a autoria
única:
1) palavras-chave e frases-chave estão
igualmente distribuídas através de todo o
livro;
2) referências à paisagem e as cores locais
são uniformes. A beleza de estilo superior na
poesia hebraica nos últimos capítulos de Is.
pode ser explicada pela mudança de assunto,
de julgamento e súplica para consolo e
segurança.
DataO profeta coloca que ele profetizou durante os
reinados de “Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias,
reis de Judá” (1.1). Alguns aceitam que o seu
chamado para o ofício profético tenha sido
feito no ano que o rei Uzias morreu, que foi em
cerca de 740 aC (6.1,8). Entretanto, é provável
que ele tenha começado durante a ultima
década do reinado de Uzias.
Por Isaías mencionar a morte do rei da
Assíria, Senaqueribe, que morreu em cerca de
680 aC (37.37,38), ele deve ter sobrevivido a
Ezequias por alguns anos. A tradição diz que
Isaías foi martirizado durante o reinado de
Manassés, filho de Ezequias. Muitos
acreditam que a forma “serrados” em Hb
11.37 é uma referência à morte de Isaías.
A primeira parte do livro pode ter sido escrita
nos primeiros anos de Isaías, e foca capítulos
posteriores, após a sua retirada da vida
pública.
Se Isaías começa profetizando em cerca de
750 aC, o seu ministério pode ter se
sobreposto aos ministérios de Amós e Oséias
em Israel, bem como o de Miquéias em Judá.
Contexto HistóricoIsaias profetizou no período mais crucial da
história de Judá e Israel. Ambos os reinos do
Norte e do Sul haviam experimentado cerca
de meio século de poder e prosperidade
crescentes.
Israel, governado por Jeroboão e outros
seis reis de menor importância, tinha
sucumbido ao culto pagão; Judá, sob
Uzias, Jotão e Ezequias, manteve uma
conformidade exterior à ortodoxia, mas,
gradualmente, caiu num sério declínio
moral e espiritual (3.8-26).
Lugares secretos de culto pagãos eram
tolerados; o rico oprimia o pobre; as
mulheres negligenciavam suas famílias na
busca do prazer carnal; muitos dos
sacerdotes e profetas tornaram-se bêbados
que queriam agradar os homens (5.7-12,18-
23; 22.12-14).
Embora estivesse para vir mais um
avivamento a Judá sob o rei Josias (640-609
aC), estava claro para Isaías que a aliança
registrada por Moisés em Dt 30.11-20 havia
sido tão inteiramente violada, que o cativeiro
e o julgamento eram inevitáveis para Judá,
assim como o era para Israel.
Isaías entrou em seu ministério
aproximadamente na época da fundação de
Roma e dos primeiros Jogos Olímpicos dos
gregos. As forças européia ainda não estavam
preparada para grandes conquistas, mas
diversas potências asiáticas estavam olhando
para além de sua fronteiras.
A Assíria, particularmente,
estava inclinada a
conquistas ao sul e ao
oeste. O profeta, que era
um estudioso dos assuntos
mundiais, podia ver que o
conflito era iminente. A
Assíria conquistou Samaria
em 721 aC.
Cristo ReveladoDepois de sua ressurreição, Jesus
caminhava com dois de seus discípulos e
“explicava-lhes o que dele se achava em
todas a Escrituras” (Lc 24.27). Para fazer
isso, ele deve ter extraído muita coisa do
Livro de Is, porque dezessete capítulos
contém referências proféticas a Cristo.
Cristo é citado como o “Senhor, Renovo do
Senhor, Emanuel, Maravilhoso Conselheiro,
Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da
Paz, Raiz de Jessé, Pedra Angular, Rei,
Pastor, Servo do SENHOR, Eleito, Cordeiro
de Deus, Líder e Comandante, Redentor e
Ungido”
O Cap. 53 é o grande capítulo do AT que
profetiza a obra expiatória do Messias.
Nenhum texto em ambos os testamentos
expõe de um modo tão completo o propósito
da morte vicária de Cristo na cruz.
Ele é citado diretamente nove ou dez
vezes por escritores do NT:
52.15 (Rm 15.21);
53.1 (Jo 12.38; Rm 10.16);
53.4 (Mt 8.17);
53.5 (Rm 4.25; 1Pe 2.24);
53.7-8 (At 8.32-33);
53.9 (1Pe 2.22);
53.10 (1Co 15.3-4);
53.12 (Lc 22.37).
O Espírito Santo em AçãoO ES é mencionado especificamente quinze
vezes, sem contar as referências ao poder,
efeito ou influência do Espírito que não citam
seu nome. Há três categorias gerais sob as
quais a obra do ES pode ser descrita:
A unção do Espírito sobre o Messias pra
fortalecê-lo, para seu domínio e governo
como Rei no trono de Davi (11.1-12); como
o Servo sofredor do Senhor, que irá fazer
cura, libertação, iluminação e justiça às
nações (42.1-9); como o Ungido (Messias)
em seus dois adventos (61.1-3; Lc 4.17-21).
O derramamento do Espírito sobre Israel para
lhes dar triunfo em sua reabilitação conforme
o padrão do Êxodo (44.1-5; 63.1-5), para
protegê-los de seus inimigos (59.19) e para
preservar Israel em relacionamento de
concerto com o SENHOR (59.21).
Entretanto, Israel deve ser
cuidadoso para não se
rebelar e contristar o ES
(63.10; Ef 4.30)
A operação do ES na
criação e na preservação
da natureza (40.30; ver
também 48.16)
O Senhor Jesus, que teve seu ministério
terreno realizado no poder e unção do ES,
como Isaías havia profetizado, prometeu
derramar seu Espírito sobre a Igreja, pra
fortalecê-la para o ministério no cumprimento
da Grande Comissão.
Fim
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