PROGRAMA DE APRIMORAMENTO
PROFISSIONAL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS
DENIS LUIS BARROS DA SILVA
TAMIRES DA SILVA BEZERRA
CÁDMIO, CROMO E CHUMBO
EXAMES DE PROFICIÊNCIA DO SETOR DE METAIS NO
LABORATÓRIO DE PEDIATRIA DO HCFMRP - USP
RIBEIRÃO PRETO
2017
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PROGRAMA DE APRIMORAMENTO
PROFISSIONAL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS
DENIS LUIS BARROS DA SILVA
TAMIRES DA SILVA BEZERRA
CÁDMIO, CROMO E CHUMBO
EXAMES DE PROFICIÊNCIA DO SETOR DE METAIS NO
LABORATÓRIO DE PEDIATRIA DO HCFMRP - USP
Monografia apresentada ao Programa de Aprimora-
mento Profissional/CRH/SES-SP, elaborada no
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – USP/
Departamento de Apoio Médico.
Área: Programa de Aprimoramento
Profissional em Microtécnicas - Metais
Orientador(a): José Simon Camelo Junior
Supervisor(a) Titular: Tânia M. B. Trevilato
RIBEIRÃO PRETO
2017
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à Deus que é meu escudo, meu suporte, minha for-
ça, que me manteve com sua paz divina todo este ano, e foi a luz do meu caminho,
me trouxe até aqui e me deu vitória, pois imensa é sua misericórdia. À Ele é meu
maior agradecimento, pois só Ele conhece verdadeiramente meu coração.
Ao meu marido e aos meus pais, por nunca me deixarem desanimar e lutarem
tanto pela minha felicidade.
À minha irmã e aos meus avós que eu amo incondicionalmente.
Ao meu companheiro de aprimoramento Denis Luis Barros da Silva por mui-
tos obstáculos e lutas que enfrentamos juntos.
Ao Marcos Paulo de Souza Muniz, que compartilhou seu conhecimento co-
nosco de forma física, química e psicológica nos ensinando a pensar de forma multi-
diciplinar.
À Tânia M. B. Trevilato, por contribuir para a realização deste trabalho, nos
orientando e aconselhando, e por ter compartilhado conosco seu laboratório, equi-
pamentos e conhecimento.
Tamires da Silva Bezerra Brambilla
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela força e oportunidade a mim concedida. Agradeço tam-
bém aos meus pais que sempre estiveram ao meu lado nesta caminhada, mesmo
estando longe.
Agradeço a minha supervisora Tânia Trevilato que sempre me incentivou e
me deu o suporte para que conseguisse alcançar mais esse objetivo.
Sou grato a todas minhas companheiras de Aprimoramento que de certo mo-
do fizeram parte dessa minha jornada e me fizeram dos meus dias melhores durante
esse ano que tive o privilegio de ter ao meu lado pessoas tão especiais.
Agradeço a toda equipe do Hospital da Clinica da Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto, por todo suporte que tive e pela oportunidade de poder aprender e
me aperfeiçoar convivendo com pessoas brilhantes.
Denis Luis Barros da Silva
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RESUMO
O laboratório clínico deve assegurar que os resultados produzidos reflitam, de
forma fidedigna e consistente, a situação clínica apresentada pelos pacientes, de
modo que não representem o resultado de alguma interferência no processo de aná-
lise. A melhoria contínua dos processos envolvidos deve representar o foco principal
de qualquer laboratório, tendo-se total e absoluto controle sobre todas as etapas do
processo de realização dos exames, que compreende as fases pré-analítica, analíti-
ca e pós-analítica. Para isso, o controle de qualidade tem o objetivo de assegurar
aos laboratórios um funcionamento confiável e eficiente, a fim de fornecer resultados
válidos, em tempo útil e auxiliar os médicos nas decisões diagnósticas. Todo labora-
tório deve estar preparado para agir prontamente a fim de evitar ou minimizar as
consequências e a recorrência de falhas. Isso tudo acaba por se traduzir em um pro-
cesso chamado: garantia da qualidade e se adquire com a participação em progra-
mas de proficiência clínica. Com o objetivo de analisar o perfil estatístico dos contro-
les de qualidade e avaliar o desempenho geral do laboratório nos últimos 5 anos, foi
realizado um levantamento de dados dos ensaios de proficiência para os metais:
Cádmio, Chumbo (PEP-Pbs – IAL/SP) do sangue total de boi contaminado e Cromo
(PICC –METU/ESPANHA) de urina liofilizada, no Setor de Metais do Laboratório de
Pediatria do HCFMRP-USP no período de 2012 à 2016. Podemos observar que das
20 amostras de controles para dosagem de Cádmio, os desvios foram de 0,1 a 3,6
ug/L acima dos valores designados e o desempenho do laboratório foi 100% ade-
quado (95% satisfatório e 5% questionável). O Chumbo teve 48 amostras enviadas,
retirando 4 com dosagens insatisfatórias obtivemos resultados com desvios de - 9,2
a - 2,1 ug% e observamos uma “Tendência à Esquerda” evidente com 92% das
amostras adequadas (80% satisfatório e 20% questionável). Das 42 amostras de
cromo, 31 tiveram desvios de 0,5 a 8,9 ug/L e 11 amostras de - 5,4 a - 0,2 ug/L indi-
cando uma “Tendência à Direita” com médias positiva em 74% e uma performance
do laboratório com 98% das dosagens adequadas (86% satisfatório e 12% questio-
nável).
Palavras-chave: Exame de Proficiência, Cádmio, Cromo e Chumbo
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LISTA DE ABREVIATURAS
ALA – D - Ácido Delta-Amino Levulínico Desidratase
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
CQI – Controle de Qualidade Interno
Hb – Hemoglobina
HCFMRP- USP – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
da Universidade de São Paulo
IARC - International Agency for Research on Cancer
IAL – Instituto Adolfo Lutz
IRPTC - International Register of Potentially Toxic Chemical of United Nations Envi-
ronment Program
ISO – International Organization for Standardization
IT - Instruções de Trabalho
LIS – Sistema de Informatização Laboratorial
OMS – Organização Mundial da Saúde
PEP Pbs - IAL - Programa de Ensaio de Proficiência para Chumbo em Sangue do
Instituto Adolfo Lutz
PICC Espanha - Programa Interlaboratorios de Control de Calidad
POP – Procedimento Operacional Padrão
UNEP - United Nations Environment Programe
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LISTA DE SÍMBOLOS
% - Porcentagem
µg/dia – Micrograma por dia
µg/L – Micrograma por Litro
µg/m3 – Micrograma por metro cúbico
Cd – Cádmio
Cr, Cr2+, Cr3+, Cr6+ – Cromo
CrO2 - Dióxido de cromo
CrO3 - Óxido de cromo
FeCr2O4 – Cromita
g - Grama
g/cm3 – Grama por centímetro cúbico
g/L – Grama por Litro
h – Hora
Hg - Mercúrio
K2Cr2O7 - Dicromato de potássio
mA – Miliampère
mg/L – Miligrama por Litro
mL – Mililitro
MΩ/cm – Megaohm por centímetro
Ni - Níquel
Nm - Nanômetro
9
LISTA DE FIGURAS
Figura 1......................................................................................................................26
10
LISTA DE TABELAS
Tabela 1...............................................................................................................30
Tabela 2...............................................................................................................31
Tabela 3...............................................................................................................31
Tabela 4...............................................................................................................32
Tabela 5...............................................................................................................32
Tabela 6...............................................................................................................33
Tabela 7...............................................................................................................33
Tabela 8...............................................................................................................34
Tabela 9...............................................................................................................34
Tabela 10.............................................................................................................35
Tabela 11.............................................................................................................35
Tabela 12.............................................................................................................36
Tabela 13.............................................................................................................36
Tabela 14.............................................................................................................37
11
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 12
1.1 Controle de Qualidade no Laboratório de Análises Clínicas................................12
1.2 Metais no Nosso Organismo................................................................................14
1.3 Cádmio (Cd).........................................................................................................15
1.4 Cromo (Cr)...........................................................................................................18
1.5 Chumbo (Pb)........................................................................................................23
2.0 OBJETIVO .......................................................................................................... 28
3.0 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 29
3.1 Materiais...............................................................................................................29
3.2 Métodos................................................................................................................29
4.0 RESULTADOS .................................................................................................... 30
5.0 DISCUSSÃO/CONCLUSÃO ............................................................................... 38
6.0 REFERÊNCIAS....................................................................................................39
12
1.0 INTRODUÇÃO
1.1 CONTROLE DE QUALIDADE NO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS
Desde o século passado, percebe-se, em todas as situações, uma importante
evolução no conceito de qualidade, particularmente, diante das exigências dos clien-
tes. Em consequêcia disso, o “melhorar continuamente os processos” passou a ser
meta e conduta de toda instituição ou organização. Nos laboratórios clínicos, isso
não foi diferente. Em face dessas exigências, a melhoria da qualidade do produto
oferecido (resultado de exames) e seu controle foram às consequências naturais
desse processo.
É o estudo detalhado de todos os erros ocorridos no laboratório, desde a pre-
paração do paciente até a entrega do laudo. Tem como objetivo, assegurar ao labo-
rátorio um funcionamento confiável e eficiente, a fim de fornecer resultados válidos,
em tempo util, para auxiliar os médicos nas decisões diagnósticas. A partir do ano de
1990 o movimento em prol da qualidade teve um crescimento avassalador no país,
que remonta à década de 80, onde foram lançadas as bases deste movimento. Até o
início da década de 90 ainda não havia um movimento coordenado e global, mas
sim ações isoladas de alguns segmentos da sociedade. Em 1987, um conjuto de
normas chamada ISO 9000 se tornou oficial, baseado em normas britânicas e desde
então vem sofrendo revisões. A ISO 9000 é composta pelas normas ISO 9000,
9001, 9004 e 19011, e podem ser aplicadas em diversos tipos de organização e se
refere apenas à qualidade do processo da organização e não dos produtos ou servi-
ços. Já em setembro de 2003 foi elaborado um regulamento técnico de Funciona-
mento do Laboratório Clínico pela ANVISA pela Portaria nº. 864, e tinha o intuito de
definir os requisitos para o funcionamento dos laboratórios clínicos e postos de cole-
ta laboratorial públicos ou privados na área de análises clínicas, patologia clínica e
citologia. Para obter o alvará de funcionamento, o estabelecimento deve seguir uma
lista de exigências, inclusive utilizar amostras controle comerciais, regularizados jun-
to a ANVISA/MS de acordo com a legislação vigente, para realizar o Controle de
Qualidade Interno (CQI).
O laboratório clínico deve assegurar que os resultados produzidos reflitam, de
forma fidedigna e consistente, a situação clínica apresentada pelos pacientes, asse-
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gurando que não representem o resultado de alguma interferência no processo. A
informação produzida deve satisfazer as necessidades de seus clientes e possibilitar
a determinação e a realização correta de diagnóstico, tratamento e prognóstico das
doenças.
A melhoria contínua dos processos envolvidos deve representar o foco princi-
pal de qualquer laboratório. Para isso, procura-se oferecer, cada vez mais, os melho-
res produtos ou serviços para os clientes. Entretanto, para que as inovações e me-
lhorias deem certo, torna-se imprescindível o controle desses processos, que deve
ser capaz de identificar possíveis falhas que possam vir a acontecer ou as que já
aconteceram. Além disso, o laboratório deverá estar preparado para agir prontamen-
te para evitar ou minimizar as consequências e a recorrência dessas falhas. Isso
tudo acaba por se traduzir em um processo chamado: garantia da qualidade.
Em um laboratório de análises clínicas, a garantia da qualidade é alcançada
tendo-se total e absoluto controle sobre todas as etapas do processo, o qual pode
ser denominado de ‘realizar exame’, que compreende as fases pré-analítica, analíti-
ca e pós-analítica.
A gestão da qualidade, por sua vez, abrange as ações utilizadas para produ-
zir, dirigir e controlar essa qualidade, incluindo a determinação de uma política e de
objetivos da qualidade, com o uso de indicadores e metas.
A garantia da qualidade de todas as fases pode ser conseguida por meio da
padronização de cada uma das atividades envolvidas, desde o atendimento ao paci-
ente até a liberação do laudo. Com isso, pode-se alcançar a qualidade que se alme-
ja e, com a gestão da qualidade, garanti-la.
Todas essas atividades no laboratório devem ser documentadas por meio de
procedimentos operacionais padrão (POP) ou instruções de trabalho (IT), que deve-
rão estar sempre acessíveis aos funcionários envolvidos nas atividades.
Com a qualidade melhorada, os desperdícios podem ser evitados, reduzin-
do-se os custos e aumentando-se a produtividade, e, com isso, haverá melhora da
competitividade no mercado (CHAVES, 2010).
14
1.2 METAIS NO NOSSO ORGANISMO
O organismo humano é composto por diversas substâncias, entre as quais
água, gases, vitaminas, proteínas, sais minerais, gorduras, açúcares, etc. Dentre
estas inúmeras substâncias, encontram-se os metais, aqueles mesmos constantes
na tabela periódica, objeto de estudos da área química. Alguns desses metais de-
sempenham funções essenciais no organismo do homem, contudo, as concentra-
ções em índices acima de valores recomendados, podem tornar-se prejudiciais.
O estudo dos metais informa que tais elementos integram um grupo de subs-
tâncias químicas sólidas em seu estado puro, com exceção do mercúrio (líquido a
temperatura ambiente); caracterizam-se por seu brilho, dureza, cor – que vai da
amarelada à prata –, além de boa condutividade elétrica e de calor, maleabilidade,
ductibilidade e elevados pontos de fusão e de ebulição (KURODA, 2011). Dentre tais
elementos, existem outros que apresentam densidade mais elevada que os demais
e, por isso, denominam-se metais pesados. A densidade destes últimos encontra em
nível maior que 4,0 g/cm3. Os metais pesados também apresentam valores altos de
número atômico, massa específica e massa atômica (PAGANINI; SOUZA; BOC-
CHIGLIERI, 2004).
As propriedades dos metais também são denominadas de elementos-traço;
nos metais pesados, como elementos-traço, têm-se os elevados níveis de reativida-
de e de bioacumulação, o que significa que tais substâncias são capazes de desen-
cadear inúmeras reações químicas e não são metabolizáveis, indicando, portanto,
que organismos vivos não conseguem degradá-las, levando ao caráter biocumulati-
vo dos metais ao longo da cadeia alimentar (SILVA; VITTI; TREVIZAN, 2007).
Conforme já mencionado, os metais pesados não são metabolizáveis, entre-
tanto, eles participam – em quantidades muito pequenas – de determinadas ativida-
des metabólicas, como o cobalto, o cobre e o vanádio que, respectivamente, auxili-
am na produção de hemácias, compõem diversas enzimas e auxiliam na síntese da
hemoglobina, interferindo, ainda, na atividade da insulina; no entanto, é importante
reforçar que se ultrapassadas as doses essenciais, tais metais passam a oferecer
danos à saúde (PAGANINI; SOUZA; BOCCHIGLIERI, 2004).
Silva et al. (2007) referem-se a outros desses elementos, que apresentam
altos níveis de toxidade, como o cádmio e cromo, objetos do presente estudo. Na
natureza, estes elementos, praticamente, não são encontrados de modo isolado,
15
uma vez que são extremamente reativos; são largamente empregados nas indústrias
e lançados ao meio ambiente com os demais resíduos industriais, os quais podem
ser absorvidos por animais e vegetais, provocando intoxicações ao longo da cadeia
alimentar. É o caso do mercúrio, do chumbo, do alumínio, do arsênio, entre outros.
1.3 CÁDMIO (Cd)
De acordo com Virga et al. (2007), o cádmio está entre os metais pesados
que frequentemente são associados às intoxicações. Apresenta alto risco à saúde,
pois altera as estruturas celulares, as enzimas e substitue os metais cofatores em
atividades enzimáticas. O Cd é um metal de transição, que se localiza no grupo 12
da tabela periódica; é encontrado na natureza no estado sólido, sendo de cor bran-
co-prateada, maleável e dúctil, apresentando resistência química e mecânica. Foi
descoberto no ano de 1817, pelo químico alemão Friedrich Stromeyer, que extraiu o
Cd ao aquecer o minério calamita – carbonato de zinco (ZnCO3) –, o que originou o
nome do metal (a expressão em latim “cadmia”, que significa calamita) (SHRIVER;
ATKINS, 2008).
Segundo Chasin e Cardoso (2003), o Cd é encontrado na natureza normal-
mente associado ao zinco, em proporções que variam de 1:100 a 1:1000, em grande
parte dos minérios e solos; pode ser obtido, ainda, a partir da refinação do zinco e
de outros minérios (chumbo/zinco e cobre/chumbo/zinco), como subproduto. O seu
uso comercial de maior demanda é o processo da galvanoplastia – recoberta de um
metal com outro –, que visa aumentar a resistência à corrosão atmosférica. Entretan-
to, o Cd também é empregado na fabricação de pilhas e baterias de níquel-cádmio
(Ni-Cd), que possuem maior índice de vida útil em relação às tradicionais. Este me-
tal, associado à prata, ao cobre e ao zinco, forma ligas que são utilizadas em traba-
lhos de soldagem, em condutores elétricos e na fabricação de joias; o Cd está pre-
sente, ainda, em telas de televisão, em dispositivos de detecção de radiação, entre
outros.
Klaassem e Watkins (2012) informam que a exposição ocupacional do ho-
mem ao Cd ocorre durante o processo da fabricação de ligas e varetas utilizadas em
soldagens, de baterias Ni-Cd, de varetas para reatores, de tubos para televisores, de
diversos tipos de pigmentos, de esmaltes, tinturas têxteis, fotografia, retificadores,
entre outros produtos. Cardoso e Chasin (2001) relatam que a exposição do traba-
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lhador ao cádmio pode se dar, ainda, em setores de fundição e refino do zinco, do
chumbo e do cobre e de eletrodeposição. A exposição ocupacional pode ocorrer pe-
la inalação dos fumos do metal; embora a via respiratória seja a mais comum em
exposições ocupacionais, uma vez que geralmente o Cd se apresenta na forma de
material particulado fino – poeira e fumo – em suspensão, podendo as partículas
maiores (em torno de 10 mm) depositarem-se no trato aéreo superior e as menores
(em torno de 0,1 mm) penetrarem pelos alvéolos pulmonares, estudos sugerem
também absorção pelas vias dérmica (de forma mais lenta) e gastrointestinal.
Ainda de acordo com os autores, no caso da exposição ao Cd, os primeiros
sintomas de intoxicação são verificados em curto espaço de tempo, geralmente de
uma a oitos horas após a exposição: dores e calafrios; febre e dor de cabeça. O con-
tato do trabalhador das indústrias com altas concentrações de Cd pode fazer com
que este sinta irritações na garganta, tosse e edema de pulmão, em casos conside-
rados graves. Geralmente, o período de latência para as primeiras verificações des-
tes sintomas pode ser acima de 24 horas e a morte pode se dar entre quatro e sete
dias após a exposição ao Cd (CARDOSO; CHASIN, 2001).
Fernandes e Mainiera (2014) citam casos de exposição ocupacional ao Cd: a)
Um trabalhador de 68 anos, de acordo com relatos da revista americana da área
médica Medical Management, em 2000, após dois dias exposto a fumos de Cd, em
virtude de soldagem de uma chapa galvanizada, começou a apresentar desconforto
abdominal; no terceiro dia, apareceram febre, tosse e piora nas dores abdominais, o
que levou à hospitalização daquele trabalhador. Em seguida, desenvolveu-se um
quadro de peritonite e hipoxia e o agravamento levou o trabalhador a óbito. O exame
necrópsico revelou cardiomegalia congestiva e edema pulmonar; no sangue do pa-
ciente, foi encontrada alta dose do metal Cd; b) 39 trabalhadores de uma fábrica de
baterias em Salvador, na Bahia, tiveram o seu sangue coletado e analisado: 38
apresentavam altas concentrações de Cd no plasma.
A toxidade de uma substância é medida de acordo com o potencial que esta
apresenta para causar danos à saúde, em caso de interação com o organismo. O
estudo dos efeitos do Cd no homem, animais e plantas mostra aspectos indesejá-
veis, o que confirma a sua propriedade tóxica. Conforme já citado, a toxidade de um
metal está relacionada às doses ou ao tempo de exposição, bem como à forma físi-
ca e química pelas quais o metal é caracterizado e às vias de administração e ab-
sorção. A interação deste elemento com o organismo ocorre em três estágios, quais
17
sejam: 1. Entrada e absorção pelo corpo; 2. Transporte, distribuição, acumulação e
biotransformação; 3. Efeito e saída do corpo. No caso do Cd, segundo já citado, a
entrada no organismo ocorre, normalmente, por meio da inalação do fumo do ele-
mento. Após ser absorvido, o Cd se distribui pelo organismo e se aloja nas células
sanguíneas do soro plasmático ou, ainda, nas chamadas metaloproteínas, produzi-
das pelo fígado (KLAASSEN; ATKINS, 2012).
O Cd é considerado um elemento persistente, por causa de sua capacidade
de acumular-se em organismos vivos (plantas e animais) e atingir os seres huma-
nos, podendo acumular-se nesse organismo por um período muito longo, em órgãos
como os rins e fígado (FERNANDES; MAINIERA, 2014). Chasin e Cardoso (2003)
observam que no organismo humano o Cd é capaz de provocar inúmeros efeitos
tóxicos, assim como em animais de experimentação, como o carcinogênico; esta
toxicidade pode se manifestar em diferentes órgãos e tecidos, sendo, pois, os mais
atingidos os rins e o fígado. Contudo, análises encontraram presença de altas con-
centrações de Cd nos testículos, pâncreas, tireoide, nos ossos, sistema nervoso
central, nos pulmões e nas glândulas adrenais.
Em longo prazo, os efeitos consequentes da baixa exposição ao metal são
danos renais, doenças obstrutivas nos pulmões, osteoporose e as doenças cardio-
vasculares. Nos rins, o Cd intoxica as células tubulares e os glomérulos, o que afeta
a função desse órgão e acarreta a proteinúria, que são lesões ou degeneração pro-
venientes da necrose das células tubulares, podendo progredir para uma inflamação
intersticial e fibrose (CHASIN; CARDOSO, 2003).
Conforme alguns estudos supõem, o Cd também pode afetar as células ós-
seas, interferindo no metabolismo da vitamina D e do cálcio, produzindo efeitos dire-
tos na reabsorção/formação dos ossos. O itai-itai é uma doença de característica
endêmica, prevalecendo na bacia do Rio Jinzu, localizada no centro-oeste do Japão
e causada pelo consumo do arroz contaminado com Cd; suas características são as
múltiplas fraturas que ocorrem nos osso, de modo espontâneo, principalmente em
pessoas do sexo feminino e em faixa etária maior (CHASIN; CARDOSO, 2003).
O Cd em altas concentrações no organismo humano também afeta o sistema
respiratório, provocando doença pulmonar grave: a doença obstrutiva, que pode ini-
ciar-se de forma lenta, resultando de uma bronquite crônica e ou fibrose das vias
aéreas inferiores, acompanhada de danos alveolares, o que pode acarretar o enfi-
18
sema; há uma redução da função pulmonar, da capacidade vital e um aumento no
volume residual dos órgãos respiratórios (CHASIN; CARDOSO, 2003).
Há outras formas de exposição dos organismos vivos ao Cd, diferentes da
ocupacional. Cardoso e Chasin (2001) informam que este metal, presente também
na atmosfera, se precipita e se deposita no solo, em uma relação de três gra-
mas/hectare/ano. Outra forma de contaminação por Cd é a utilização dos fertilizan-
tes fosfatados na agricultura, uma vez que à medida que o pH do solo diminui os
seus índices, aumenta a captação do Cd pelos vegetais. Nesse sentido, as chuvas
ácidas são fatores determinantes para o aumento da concentração deste metal nos
produtos agrícolas. A água também pode ser uma fonte de contaminação pelo me-
tal; a água potável possui baixíssimos teores de Cd – cerca de 1 g/L, sendo conside-
rada a ideal para o consumo e também para o uso na fabricação de bebidas e ali-
mentos.
Nos dias atuais, o Cd é considerado um poluente importante para o mundo,
tendo sido revisado pelo International Register of Potentially Toxic Chemical of Uni-
ted Nations Environment Program (IRPTC), documento oficial do United Nations En-
vironment Programe (UNEP), e incluído na lista das substâncias que são declaradas
potencialmente perigosas ao planeta; também a Agência Internacional de Pesquisa
sobre Câncer, ou International Agency for Research on Cancer (IARC) listou o metal
como carcinogênico aos seres humanos, a partir de pesquisas com trabalhadores
expostos por períodos longos ao Cd, que desenvolveram câncer pulmonar.
1.4 CROMO (Cr)
Outros metais pesados, a exemplo do cromo, encontrados na natureza em
concentrações no ar, na água, no solo, nos alimentos etc. são considerados microe-
lementos indispensáveis ao metabolismo dos organismos vivos. Contudo, níveis
muito baixos ou muito altos de absorção destes elementos podem acarretar em dis-
túrbios no organismo e, em caso mais graves, em óbitos. Tais microelementos – ou
oligoelementos – são essenciais e podem ser introduzidos nos tecidos vivos por
meio da água, alimentos, pela respiração ou absorvidos pela pele; entretanto, pes-
quisas informam que 90% da ingestão dos metais e de outros nutrientes é feita por
meio do consumo de alimentos (VIRGA; GERALDO; SANTOS, 2007).
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De acordo com Kuroda (2011), o cromo é um metal localizado no grupo 6 da
tabela periódica, no grupo dos metais de transição. Apresenta-se na cor prateada,
brilhante, com alto grau de dureza, ponto de fusão muito elevado e baixa volatilida-
de. No ano de 1766, Johann Gottlob Lehmann, um geólogo e mineralogista alemão,
descobriu na região da Sibéria um novo mineral; trinta e um anos mais tarde, Louis
Nicholas Vanquelin, um farmacêutico e químico francês demonstrou que o chumbo
que continha o mineral descoberto por Lehmann apresentava o óxido de um novo
metal; no ano de 1830, o químico sueco Nills Gabriel Sefstrom batizou o metal de
chroma, em razão de sua estrutura multicolorida; finalmente, em 1867, o químico
inglês Henry Enfield Roscoe conseguiu isolar o metal em sua forma quase pura, por
meio da redução do cloreto associado ao hidrogênio.
Na natureza, o Cr é encontrado na forma de cromita, um óxido duplo de ferro
associado ao cromo de cor amarelo-ocre, sob a fórmula FeCr2O4, de onde é extraído
o Cr por meio de processos térmicos ou eletrolíticos, nas indústrias. Este metal
apresenta resistência quando em contato com o ácido clorídrico (e outros) em tem-
peratura ambiente, daí ser largamente empregado na indústria no processo da gal-
vanoplastia, para a fabricação de maçanetas e estruturas metálicas mais complexas,
além da fabricação de ligas metálicas que contém ferro e níquel, dois metais bastan-
te resistentes à corrosão (KURODA, 2011).
Russel (2004) escreve que os sais do elemento Cr formam soluções que
apresentam um interessante espectro colorido: os íons Cr2+, Cr3+ possuem coloração
verde e violeta, conforme o meio em que se dá a reação. O uso industrial e laborato-
rial do Cr relacionam-se a tais compostos: produção do ferrocromo, da eletroplatina,
em pigmentação e curtimento. O ferrocromo é utilizado na metalurgia, na produção
do aço inoxidável; em um segundo plano, é usado no processamento de refratários,
obtendo-se o tijolo de cromo; nos processos químicos, os compostos de cromo pro-
duzem os ácidos de cromo e os cromatos, esses últimos largamente empregados na
oxidação de diversos materiais orgânicos, purificação de produtos químicos, na oxi-
dação inorgânica, na produção de produtos utilizados para pigmentação e em reves-
timentos.
O elemento químico Cr é empregado na metalurgia, visando oferecer maior
resistência à corrosão por parte de diversos materiais, devido ao seu baixíssimo ín-
dice de oxidação; na produção de ligas metálicas; em processos de cromagem, que
consistem na deposição de capa protetora cromática sobre uma peça geralmente
20
metálica. O dicromato de potássio (K2Cr2O7) é um dos compostos do cromo larga-
mente empregado em laboratórios, para a limpeza de materiais de vidro e em análi-
ses volumétricas; o óxido de cromo (CrO3) é utilizado na preservação da madeira e o
dióxido de cromo (CrO2), na produção de material magnético (RUSSEL, 2004).
Na natureza, os compostos de Cr se encontram em rochas, no solo, em poei-
ras e névoas de vulcão, também na água, nos animais e nas plantas. Em ambientes
não contaminados pela presença do homem, o teor de Cr é de cerca de 1 µg/L e 0,1
µg/m3, respectivamente na água e no ar. Em regiões onde ocorrem a deposição do
metal, as fontes de água podem conter teores de Cr superiores aos índices reco-
mendados pelas agências nacionais e internacionais para a água potável. Quanto ao
ar atmosférico, considera-se de origem antropogênica a maior parte de emissões de
cromo – emissões industriais, na produção, refino e tratamento químico do ferrocro-
mo. Cerca de 40% do Cr disponível é em sua forma hexavalente, advindo de ativi-
dades humanas – mineração, queima de combustíveis fósseis, de madeira e papel
(SILVA, 2003).
Daudt e Weber (1995) observam que o Cr surge em diferentes estados de
oxidação, que vão do -2 ao +6; porém, só os estados 0, +2, +3 e +6 são comuns: os
compostos de Cr com oxidação abaixo de +3 são reduzidos, enquanto os maiores
de +3 são oxidados. Desse modo, na natureza apenas dois estados são verificados,
o Cr (III) e o Cr (VI), com funções e características bastante díspares entre si: o Cr
(III), Cr3+ ou trivalente atua como um oligoelemento essencial para o metabolismo de
carboidratos e lipídios; já o Cr (VI), Cr6+ ou hexavalente é um agente altamente tóxi-
co e carcinogênico.
O Cr (III) classifica-se como um mineral-traço – microelemento de baixo peso
molecular e que funciona como catalisador no metabolismo das reações enzimáticas
nos seres vivos –, possuindo participação ativa e essencial no metabolismo dos car-
boidratos. Em geral, este elemento age em colaboração com a insulina e melhora a
tolerância do organismo à glicose. Todavia, como elemento que estimula a sensibili-
dade à insulina, o Cr tem a capacidade de influenciar, ainda, o metabolismo proteico,
podendo acarretar o maior estímulo da captação dos aminoácidos e, consequente-
mente, aumentar o índice da síntese proteica. A atuação do cromo parece não estar
resumida somente à participação coadjuvante com a insulina: mesmo que ainda não
tenham sido identificadas quaisquer enzimas dependentes de cromo, este elemento
parece ter uma ação inibidora sobre a enzima hepática hidroximetilglutaril-CoA-
21
redutase, provocando a diminuição dos índices de concentração plasmática de co-
lesterol. Além disso, é reconhecida a ação do cromo como efeito lipolítico, somada
aos possíveis efeitos anabólicos, os quais estimulam os praticantes de esportes a
introduzirem em sua dieta alimentar tal substância, como forma suplementar para a
obtenção de efeitos desejados para a compleição do corpo físico (KREIDER, 1999;
ZILMA et al., 1998).
O Cr (III) encontra-se presente nas fontes de alimentos como oleaginosas,
aspargo, cerveja, cogumelo, ameixa, cereais integrais, carnes, vísceras, legumino-
sas e vegetais, cuja ingestão diária e recomendada do elemento na alimentação de
adultos é da ordem de 50 e 200 microgramas por dia (µg/dia). Ainda que não exista
uma recomendação precisa da ingestão diária de cromo na alimentação, existe um
valor adequado, baseando-se em estudos nutricionais realizados com homens e mu-
lheres adultos: entre 25 e 35 µg/dia; ainda, que não tenha sido imposto qualquer li-
mite máximo para a ingestão diária do Cr (III), ou seja, o valor mais alto de ingestão
de um nutriente, de modo que esta não traga quaisquer danos à saúde de seres
humanos, em determinadas faixas etárias e classificação quanto ao gênero (KREI-
DER, 1999; ZILMA et al., 1998).
A IARC tem classificado o Cr (III) e os seus compostos no Grupo 3, ou seja,
dos elementos não classificáveis quanto à carcinogenicidade. Tal categoria é nor-
malmente utilizada para agentes em que a evidência de câncer é inadequada em
seres humanos e inadequada/limitada em animais de experimentação (SILVA,
2003).
Por sua vez, o Cr (VI) é considerada a forma mais tóxica do metal. A sua utili-
zação tem sido verificada na indústria de eletrônicos, como tratamento anticorrosivo
em peças fabricadas com banho de zinco, em painéis de circuitos integrados, tubos
de rádios catódicos e para blindar componentes elétricos, entre outros. O elemento
faz parte da listagem da Environmental Protection Agency, órgão americano, como
um dos 129 poluentes mais críticos (KLAASSEN; WATKINS, 2012).
Conforme já mencionado, a toxidade do Cr se limita aos seus compostos he-
xavalentes, que apresentam propriedades irritante e corrosiva nos organismos vivos.
A exposição ao Cr (VI) pode ocorrer por meio de inalação, do contato com a pele e
pela ingestão. A inalação desse metal é bastante preocupante, pois além de acarre-
tar graves complicações às vias respiratórias, o seu efeito carcinogênico já foi reco-
nhecido pelas agências internacionais. Ainda que a Organização Mundial da Saúde
22
(OMS) tenha estabelecido limites para o consumo humano na ordem de 0,05 mg/l,
não existem estudos científicos que comprovem com exatidão a taxa de Cr (VI) que
pode vir causar câncer (SILVA, 2003).
Os potenciais efeitos do Cr (VI) apresentam uma variação em razão das es-
pécies e quantidades absorvidas pela corrente sanguínea, a rota e o tempo de ex-
posição ao elemento. Em consequência, o Cr (VI) figura na maior parte das listagens
dos órgãos competentes nacionais e internacionais, no rol dos materiais que apre-
sentam um nível elevado de toxicidade, aos quais são aplicados rígidos procedimen-
tos e padrões de controle (KLAASSEN; WATKINS, 2012).
Os EUA possuem leis e regulamentações robustas a respeito da utilização do
Cr (VI); tal composto é considerado como substância perigosa, potencial poluente do
ar, substância tóxica e poluente que se submete à lei de salubridade da água. A
União Europeia também mantém rígidas normas em relação à utilização de substân-
cias perigosas, em acordo com as restrições em nível mundial, que buscam a elimi-
nação do emprego do Cr (VI) na produção de bens de consumo (KLAASSEN; WAT-
KINS, 2012).
Silva (2003) argumenta que o Cr (VI), mesmo sendo tóxico para seres huma-
nos e inúmeros outros organismos vivos, encontra uma dificuldade de implementa-
ção de regras e normas concisas, por conta da imprecisão das estimativas de inges-
tão do metal, de sua reduzida concentração e da contaminação do meio ambiente.
Isso porque a presença do Cr está correlacionada ao local, à região, em termos de
contaminação antrópica e ou natural. Desse modo, caberá aos órgãos competentes
a fiscalização para a abertura de novos poços, com o objetivo de fiscalização em
relação à qualidade da água.
As principais atividades profissionais que obrigam a uma exposição maior ao
Cr (VI), são aquelas em que o trabalhador encontra-se mais suscetível aos fumos de
solda de aço inox, às névoas de ácido crômico, no processo da galvanoplastia ou
cromação e, ainda, na fabricação de pigmentos a base de dicromatos e na fundição
do zinco; na fundição do ferro e do aço, principalmente o inoxidável (ALGRANTI et
al., 2010). Os efeitos tóxicos induzidos pelo cromo são, em sua maioria, verificados
no trato respiratório, quando a via de penetração são os pulmões. Outros sintomas
também são relatados, como ulcerações e perfuração de septo nasal, irritações do
trato respiratório, efeitos cardiovasculares, gastrointestinais, hematológicos, hepáti-
cos, renais e, em casos mais severos, câncer pulmonar. A exposição oral ao Cr (VI)
23
e aos seus compostos produzem efeitos mais notáveis em nível hepático e renal
(SILVA, 2003).
Segundo já mencionado, a carcinogenicidade também encontra-se correlaci-
onada ao Cr, assim como a outros metais pesados, como o Cd. Em sua grande mai-
oria, o câncer está associado ao trato respiratório, porém casos de câncer gastroin-
testinal e nos olhos também foram relatados por trabalhadores da indústria de cro-
matos, da produção de pigmentos e de ferrocromo (SILVA; PEDROSO, 2001).
1.5 CHUMBO (Pb)
O chumbo é um elemento de ocorrência natural, amplamente utilizado há mi-
lhares de anos. Atualmente, é um dos contaminantes mais comuns do ambiente,
devido às inúmeras atividades industriais que favorecem a sua grande distribuição.
Assim, todos os seres humanos têm chumbo em seus organismos como resultado
da exposição às fontes exógenas (Saryan e Zenz, 1994). No entanto, este metal não
possui nenhuma função fisiológica conhecida no organismo, e seus efeitos tóxicos
sobre os homens e animais já são conhecidos há muito tempo por afetarem pratica-
mente todos os órgãos e sistemas do corpo humano (Xie et al., 1998).
O chumbo é um metal cinza-azulado, sem odor, maleavel, sensível ao ar. Per-
tence ao grupo IVB da tabela periódica de classificação de elementos. Possui 4 isó-
topos de ocorrencia natural, com as seguintes abundâncias: ²º4Pb (1,4%); 206Pb
(24,1%), 207Pb (22,1%) e 208Pb (52,4%) (IUPAC, 1998).
O Pb é um elemento encontrado com relativa abundância na crosta terrestre,
quase sempre como sulfeto de chumbo (galena), e em todos os compartimentos da
biosfera em diversas formas químicas (ATSDR, 1999).
O principal uso industrial do chumbo é na produção de baterias. O chumbo
não tem papel fisiológico no organismo humano. O chumbo afeta o sistema hemato-
poiético, renal e o sistema nervoso central. Além disso, inibe a biossíntese do ‘heme’
através da inibição de duas enzimas importantes: ácido delta-amino levulínico desi-
dratase (ALA-D) e a ferroquelatase. A toxicidade do chumbo sobre o sistema imuno-
lógico é semelhante à produzida em outros tecidos e orgãos, sendo assim, o metal
não causa uma única alteração patológica (McCABE, 1998).
24
A exposição exagerada ao chumbo pode ser perigosa pelas diversas formas
de inserção no corpo humano. Ele pode ser admitido pela boca, nariz ou pele e atin-
gir pulmões, estômago intestinos e entrar na corrente sanguínea. O corpo normal-
mente elimina o chumbo através das fezes e urina, quando em quantidades tolerá-
veis, como a que ocorre nos alimentos e no ar que respiramos. Se esta quantidade
for superior à capacidade de eliminação do corpo, começam os problemas de saúde.
Estes problemas se apresentam como anemia, fadiga, dores de cabeça, perda de
peso e constipação. Se a taxa de chumbo atingir níveis exageradamente elevados,
pode causar dano cerebral ou mesmo a morte. A doença gerada pela intoxicação
por chumbo é o Saturnismo (Chumbo e a Sua Saúde, 1990).
A maior parte do chumbo entra no organismo humano pelas vias respiratória
e gastrointestinal. Após absorção, o chumbo pode ser encontrado no sangue, teci-
dos moles e mineralizados (ATSDR, 1999). O sítio primário de armazenamento de
Pb no organismo é o osso, que contém aproximadamente 95% do conteúdo corpó-
reo total do metal em adultos, porém o significado toxicológico deste fato só foi en-
tendido recentemente (Sanín et al., 1998). Historicamente considerado como um
depósito inerte de chumbo, hoje o esqueleto é reconhecido como sendo tão impor-
tante quanto as influências da exposição, absorção e eliminação para o comporta-
mento toxicocinético do chumbo no organismo humano (Smith et al., 1996).
No organismo humano, o chumbo não é metabolizado, e sim, complexado por
macromoléculas, sendo diretamente absorvido, distribuído e excretado. Os compos-
tos de chumbo inorgânico entram no organismo por inalação (rota mais importante
na exposição ocupacional) ou ingestão (via predominante para a população em ge-
ral). Somente os compostos orgânicos de chumbo são capazes de penetrar através
da pele íntegra. Os compostos de chumbo tetra alquila (chumbo tetra etila, etc.), por
exemplo, são absorvidos rapidamente pelos pulmões, trato gastrointestinal e tam-
bém pela pele (Tsalev e Zaprianov, 1985).
A absorção do chumbo no organismo é influenciada pela rota de exposição,
espécie química formada, tamanho da partícula (no caso de particulado), solubilida-
de em água, e variações individuais fisiológicas e patológicas. A absorção do chum-
bo no sangue pode ser superior a 50% da dose inalada/ingerida para gases de exa-
ustão e sais altamente solúveis, assim como para fumantes e pessoas com doenças
das vias respiratórias superiores, que têm a atividade ciliar prejudicada, favorecendo
25
assim uma maior deposição das partículas de chumbo no trato respiratório (Saryan e
Zenz, 1994).
A absorção do chumbo no trato gastrointestinal varia de 2% a 16% se ingerido
com refeição, mas pode chegar a 60-80%, quando administrado em jejum. Mulheres
grávidas e crianças absorvem 45% a 50% do chumbo presente na dieta. Esta absor-
ção ocorre originalmente no duodeno por mecanismos ainda indefinidos, podendo,
porém, envolver transporte ativo e/ou difusão trans ou paracelular, tanto do chumbo
ionizado quanto dos complexos inorgânicos ou orgânicos deste elemento (ATSDR,
1999). No entanto, os resultados de um estudo publicado por Gulson et al. (1997b)
sugerem que a absorção do chumbo ingerido por crianças de 6 a 11 anos é compa-
rável com os padrões de absorção observados em mulheres na faixa de 29 a 37
anos de idade.
O organismo acumula chumbo durante toda a vida e o libera de forma extre-
mamente lenta, devido à sua grande afinidade pelo sistema ósseo. Conseqüente-
mente, após uma única exposição, o nível de chumbo no sangue de uma pessoa
pode retornar ao normal e, no entanto, o conteúdo corpóreo total pode ainda ser ele-
vado. Mesmo doses pequenas, por um tempo determinado, podem causar intoxica-
ção. Assim, grandes exposições agudas não precisam ocorrer para que uma intoxi-
cação por chumbo se desenvolva. O conteúdo total de chumbo no corpo é que está
relacionado com o risco de efeitos adversos (ATSDR, 1992).
26
Figura 1
O chumbo é um elemento tóxico não essencial que se acumula no organismo.
Na sua interação com a matéria viva, o chumbo apresenta tanto características co-
muns a outros metais pesados quanto algumas peculiaridades. Como esse metal
afeta virtualmente todos os órgãos e sistemas do organismo, os mecanismos de to-
xicidade propostos envolvem processos bioquímicos fundamentais, que incluem a
habilidade do chumbo de inibir ou imitar a ação do cálcio e de interagir com proteí-
nas. Em níveis de exposição moderada (ambiental e ocupacional), um importante
27
aspecto dos efeitos tóxicos do chumbo é a reversibilidade das mudanças bioquími-
cas e funcionais induzidas (ATSDR, 1999)
A anemia é uma descoberta extraordinária no envenenamento por chumbo,
não estando necessariamente associada com deficiência de ferro. Geralmente, é de
leve a moderada em adultos (os valores de hemoglobina variam de 8 a 12 g/100
mL–1) e, algumas vezes, é severa em crianças (Saryan, 1994).
Os desvios hematológicos que levam à anemia pelo chumbo são considera-
dos como resultado de sua ação tóxica sobre as células vermelhas e eritropoiéticas
na medula óssea. Esses efeitos incluem inibição da síntese da hemoglobina (Hb) e
diminuição do tempo de vida dos eritrócitos circulantes, resultando na estimulação
da eritropoese. Entretanto, a anemia não é uma manifestação precoce do envene-
namento por chumbo, sendo rara sem outros efeitos detectáveis, e só é evidente
quando o nível de Pb-S é significativamente elevado por períodos prolongados (AT-
SDR, 1992).
O chumbo afeta adversamente vários órgãos e sistemas, sendo que as alte-
rações subcelulares e os efeitos neurológicos sobre o desenvolvimento parecem ser
os mais críticos. Esse metal produz efeitos sobre muitos processos bioquímicos; em
particular, afeta a síntese do ‘heme’, o sistema hematopoético e a homeostase do
cálcio, interferindo em outros processos celulares. Embora os ossos sejam os maio-
res depósitos de chumbo do organismo, os dados disponíveis sobre seu efeito e me-
canismo de ação nesses depósitos são poucos e inconclusivos (Moreira, 2004).
O estudo dos testes de proficiência no presente trabalho levarão a indicado-
res da qualidade dos exames realizados nesse laboratório, garantindo a qualidade
do trabalho dos analistas e a maior confiabilidade dos resultados fornecidos pelo
Laborótario de Pediatria - Metais do HCFMRP - USP.
28
2.0 OBJETIVO
Analisar o perfil estatístico dos Controles de Qualidade para Cádmio, Chumbo
e Cromo realizados no Setor de Metais do Laboratório de Pediatria do HCFMRP-
USP. Avaliar a performance dos últimos 5 anos.
29
3.0 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
Foi realizado um levantamento de dados a partir dos Relatórios de Avaliação
dos Programas dos Provedores dos Ensaios de Proficiência no Setor de Metais do
Laboratório de Pediatria do HCFMRP-USP no período de 5 anos (2012 a 2016).
O Cr é realizado pelo Programa Interlaboratorios de Control de Calidad,
PICC – MetU originário de Madrid na Espanha e subsidiado pelo Centro Nacional de
Nuevas Tecnologías do Instituto Nacional de Seguridad e Higiene em el Trabajo .
Enviam trimestralmente, aos laboratórios participantes, 3 amostras de urina liofiliza-
da para ensaios de proficiência de mercúrio e cromo.
O Pb e Cd, realizados através do Programa de Ensaio de Proficiência para
Chumbo em Sangue-IAL, PEP Pbs ligado a Secretaria de Estado da Saúde, Coor-
denadoria de Controle de Doenças do Instituto Adolfo Lutz, Centro de Contaminan-
tes Inorgânicos, de São Paulo. Enviam trimestralmente, aos laboratórios participan-
tes, 4 ou 6 amostras de sangue total de boi, contaminado. Os itens de ensaios con-
tendo Pb e Cd, são de quatro amostras para Pb e apenas 2 para Cd, separadas
com número de identificação acima de 7000.
3.2 MÉTODOS
Foi utilizado Espectrômetro de Absorção Atômica em Forno de Grafite com
corretor baseado no efeito Zeeman para correção de fundo (EAA 640Z) e lâmpada
de cátodo oco de Pb (5 mA), Cd (4 mA) e Cr (7 mA), no comprimento de onda de
283.3 nm, 228,8 nm, 357.9 nm respectivamente. A fenda de 0,5 nm para Pb e 0,2
nm para Cr e Cd; tubo de grafite Plateau para Cr e tubo de grafite Partition para Pb e
Cd recobertos piroliticamente. Vazão de 15 PSI de gás argônio.
As cubetas reservadas para colocação das amostras foram previamente
desmineralizada em banho de ácido nítrico 30%, “over night”, e depois enxaguadas
com água ultrapura a 18,2 MΩ/cm (Sistema MILLI-Q).
A curva de calibração e metodologia de preparo prévio das amostras obede-
ceram Procedimento Operacional Padronizado (POP) do Setor.
30
4.0 RESULTADOS
Os dados dos Programas de Proficiência estudados foram compilados do
próprio Setor de Metais do Laboratório de Pediatria do HCFMRP-USP e as rodadas
anuais são mostradas nas 14 tabelas a seguir. O elemento Cadmio iniciou avaliação
pelo IAL a partir de 2013.
Analisamos em porcentagem, o desempenho deste laboratório no decorrer
das rodadas dos últimos 5 anos (jan/2012 à dez/2016). Foram avaliados os valores
dosados de cada exame com relação à média robusta, calculada a partir dos resul-
tados enviados por todos os laboratórios participantes de cada programa, através
dos relatórios dos Programas dos Provedores. Calculamos a variação e a porcenta-
gem do desvio em relação à mediana, podendo ele ser positivo ou negativo.
O desempenho do laboratório também foi mostrado para que possamos ana-
lisar o nosso índice de qualidade, deixando documentado a performance do labora-
tório, que é o objetivo deste estudo.
TABELAS INDICADORAS DO DESEMPENHO DO CQI
Tabela 1 Pb
Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho
Variação em
relação à
mediana
Porcentagem do
desvio em relação
à mediana
159 22,9 31,1 Questionável -8,2 -26,4%160 39,5 55,1 Insatisfatório -15,6 -28,3%161 49,7 55,0 Satisfatório -5,3 -9,6%162 22,0 30,0 Questionável -8,0 -26,7%163 55,4 60,6 Satisfatório -5,2 -8,6%164 18,8 21,7 Satisfatório -2,9 -13,4%165 54,9 59,9 Satisfatório -5,0 -8,3%166 18,5 21,9 Satisfatório -3,4 -15,5%
Média Anual -17,1%
Mediana Anual -14,4%
Média Positiva 0,0% 0 Amostras - 0,0%
Média Negativa -17,1% 8 Amostras - 100%
Avaliação de desempenho do Chumbo 2012
51ª
52ª
31
A Tabela 1 mostra que no ano de 2012, das 8 amostras que recebemos do Pro-
grama de Proficiência, tivemos o resultado Satisfatório em 5 (62,5%), 2 (25,0%) com
resultados Questionáveis e 1 (12,5%) com resultado Insatisfatório. Nas 8 amostras
obtivemos uma media negativa com relação ao valor designado.
Tabela 2 Cr
Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho
Variação em
relação à
mediana
Porcentagem do
desvio em relação à
mediana
335 22,3 21,4 Satisfatório 0,9 4,2%336 54,4 53,4 Satisfatório 1,0 1,9%337 31,4 29,9 Satisfatório 1,5 5,0%338 27,3 30,6 Satisfatório -3,4 -10,9%339 19,7 22,0 Satisfatório -2,3 -10,3%340 10,1 11,1 Satisfatório -1,0 -8,9%341 11,5 10,9 Satisfatório 0,6 5,5%342 43,1 45,4 Satisfatório -2,3 -5,1%343 55,4 60,8 Satisfatório -5,4 -8,9%344 63,5 ?
?345 27,5 ?
?346 6,1 ?
? Média Anual -3,1%
Mediana Anual -5,1%
Amostras extraviadas
Avaliação de desempenho do Cromo 2012
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
4º Trimestre
Apresenta que das 9 amostras que recebemos para o Ensaio de Proficiência, ti-
vemos o desempenho Satisfatório em todas (100,0%). Em 4 (44,4%) obtivemos mé-
dia positiva e 5 (66,6%) média negativa com relação ao valor designado.
Tabela 3 Cd
Estudo Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho
Variação em
relação à
mediana
Porcentagem do
desvio em relação à
mediana
3 52,5 48,9 Satisfatório 3,6 7,4%4 26,8 26,8 Satisfatório 0,0 0,0%5 5,4 4,9 Satisfatório 0,5 10,2%6 14,4 13,3 Satisfatório 1,1 8,3%7 5,2 4,5 Satisfatório 0,7 15,6%8 5,3 4,5 Satisfatório 0,8 17,8%
Média Anual 9,9%
Mediana Anual 9,2%
Média Positiva 9,9% 6 Amostras - 100%
Média Negativa 0,0% 0 Amostras - 0,0%
Avaliação de desempenho do Cádmio 2013
2º
3°
4°
32
A partir de 2013 temos os resultados do cádmio. Desempenho Satisfatório nas 6
amostras (100,0%). Em relação à nossa média, comparada com valor designado do
IAL, 83,3% das amostras tiveram desvio positivo e uma deu o valor designado exato.
Tabela 4 Pb
Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho
Variação em
relação à
mediana
Porcentagem do
desvio em relação à
mediana
167 17,5 24,0 Questionável -6,5 -27,1%168 25,2 34,0 Questionável -8,8 -25,9%169 31,6 41,9 Insatisfatório -10,3 -24,6%170 36,7 49,3 Insatisfatório -12,6 -25,6%171 ? ?
?172 ? ?
?173 ? ?
?174 ? ?
?175 31,4 40,0 Questionável -8,6 -21,5%176 69,6 74,9 Satisfatório -5,3 -7,1%177 69,2 75,0 Satisfatório -5,8 -7,7%178 31,8 41,0 Questionável -9,2 -22,4%
Média Anual -20,2%
Mediana Anual -23,5%
Média Positiva 0,0% 0 Amostras - 0,0%
Média Negativa -20,2% 8 Amostras - 100%
Avaliação de desempenho do Chumbo 2013
53ª
54ª
55ª
O laboratório não participou
Nas 8 amostras obtivemos uma média negativa com relação ao valor desig-
nado, Satisfatório em 25,0%, Questionável em 50,0% e Insatisfatório 25,0%.
Tabela 5 Cr
Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho
Variação em
relação à
mediana
Porcentagem do
desvio em relação à
mediana
347 ? 27,3
?348 ? 41,2
?349 ? 41,9
?350 17,8 16,5 Satisfatório 1,3 7,9%351 38,7 35,7 Satisfatório 3,0 8,4%352 37,9 36,5 Satisfatório 1,4 3,8%353 39,2 35,3 Satisfatório 3,9 11,0%354 18,1 16,0 Questionável 2,1 13,1%355 59,9 51,0 Insatisfatório 8,9 17,5%356 37,8 34,8 Satisfatório 3,0 8,6%357 35,2 26,4 Questionável 8,8 33,3%358 29,0 26,3 Satisfatório 2,7 10,3%
Média Anual 12,7%
Mediana Anual 10,3%
Média Positiva 12,7% 9 amostras - 100%
Média Negativa 0,0% 0 amostras - 0,0%
4º Trimestre
Amostras extraviadas
Avaliação de desempenho do Cromo 2013
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
33
A tabela 5 nos indica que das 9 amostras recebidas no ano, em 6 (66,6%) ob-
tivemos desempenho Satisfatório, 2 (22,2%) desempenho Questionável e 1 (11,1%)
desempenho insatisfatório. Todas com média positiva em relação aos valores desig-
nados.
Tabela 6 Cd
Estudo Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho
Variação em
relação à
mediana
Porcentagem do
desvio em relação à
mediana
9 11,1 7,9 Questionável 3,2 40,5%10 5,6 4,3 Satisfatório 1,3 30,2%11 6,3 5,7 Satisfatório 0,6 10,5%12 3,2 3,1 Satisfatório 0,1 3,2%13 6,5 5,9 Satisfatório 0,6 10,2%14 5,8 5,6 Satisfatório 0,2 3,6%
Média Anual 16,4%
Mediana Anual 10,3%
Média Positiva 16,4% 6 Amostras - 100%
Média Negativa 0,0% 0 Amostras - 0,0%
Avaliação de desempenho do Cádmio 2014
5º
6°
7°
No ano de 2014 das seis amostras recebidas, 5 (83,3%) foram Satisfatórias e
1 (16,7%) amostra obteve desempenho Questionável. Média positiva em 100% com
relação ao valor designado.
Tabela 7 Pb
Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho
Variação em
relação à
mediana
Porcentagem do
desvio em relação à
mediana
179 30,5 34,1 Satisfatório -3,6 -10,6%180 28,3 31,7 Satisfatório -3,4 -10,7%181 12,9 15,0 Satisfatório -2,1 -14,0%182 14,1 16,4 Satisfatório -2,3 -14,0%183 39,7 51,7 Insatisfatório -12,0 -23,2%184 12,1 14,7 Satisfatório -2,6 -17,7%185 46,4 52,1 Satisfatório -5,7 -10,9%186 12,0 14,1 Satisfatório -2,1 -14,9%187 18,3 22,9 Satisfatório -4,6 -20,1%188 11,4 13,8 Satisfatório -2,4 -17,4%189 11,3 14,5 Satisfatório -3,2 -22,1%190 18,3 22,7 Satisfatório -4,4 -19,4%
Média Anual -16,2%
Mediana Anual -16,1%
Média Positiva 0,0% 0 Amostras - 0,0%
Média Negativa -16,2% 12 Amostras - 100%
Avaliação de desempenho do Chumbo 2014
56ª
57ª
58ª
34
Recebemos no decorrer do ano de 2014 12 amostras. Obtivemos desempe-
nho Satisfatório em 11 (91,7%) e Insatisfatório em 1 (8,3%). Desempenho negativo
em 100% com relação ao valor designado.
Tabela 8 CR
Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho
Variação em
relação à
mediana
Porcentagem do
desvio em relação à
mediana
359 11,4 10,4 Satisfatório 1,0 9,6%360 11,2 10,6 Satisfatório 0,6 5,7%361 63,2 68,9 Satisfatório -5,7 -8,3%362 7,4 6,9 Satisfatório 0,5 7,2%363 44,5 40,9 Satisfatório 3,6 8,8%364 33,2 32,2 Satisfatório 1,0 3,1%365 65,3 68,4 Satisfatório -3,1 -4,5%366 7,2 6,2 Satisfatório 1,0 16,1%367 41,1 40,6 Satisfatório 0,5 1,2%368 32,7 31,2 Satisfatório 1,5 4,8%369 16,6 16,4 Satisfatório 0,2 1,2%370 16,0 16,2 Satisfatório -0,2 -1,2%
Média Anual 3,6%
Mediana Anual 4,0%
Média Positiva 5,8% 9 amostras - 75%
Média Negativa -4,7% 3 amostras - 25%
Avaliação de desempenho do Cromo 2014
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
4º Trimestre
A tabela 8 nos indica que das 12 amostras recebidas, obtivemos desempe-
nho satisfatório em 100,0%. Com relação à comparação com o valor designado, 9
(75,0%) tiveram media positiva e 3 (25,0%) negativa.
Tabela 9 Cd
Estudo Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho
Variação em
relação à
mediana
Porcentagem do
desvio em relação à
mediana
15 8,2 7,5 Satisfatório 0,7 9,3%16 4,5 4,1 Satisfatório 0,4 9,8%17 6,7 5,5 Satisfatório 1,2 21,8%18 6,7 4,9 Satisfatório 1,8 36,7%
Média Anual 19,4%
Mediana Anual 15,8%
Média Positiva 19,4% 4 Amostras - 100%
Média Negativa 0,0% 0 Amostras - 0,0%
Avaliação de desempenho do Cádmio 2015
8º
9°
Recebemos seis amostras para esse exame no ano de 2015 porém as duas
últimas estão na tabela 2016 por ter sido retornado resultados no início de janeiro ,
35
Obtivemos desempenho Satisfatório em 100,0%. Todas com média positiva em rela-
ção ao valor designado.
Tabela 10 Pb
Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho
Variação em
relação à
mediana
Porcentagem do
desvio em relação à
mediana
191 45,2 49,2 Satisfatório -4,0 -8,1%192 48,5 47,6 Satisfatório 0,9 1,9%193 19,3 24,2 Satisfatório -4,9 -20,2%194 19,7 25,4 Satisfatório -5,7 -22,4%195 17,0 20,1 Satisfatório -3,1 -15,4%196 26,9 32,4 Questionável -5,5 -17,0%197 12,6 14,1 Satisfatório -1,5 -10,6%198 13,0 14,1 Satisfatório -1,1 -7,8%199 15,8 17,2 Satisfatório -1,4 -8,1%200 64,4 67,9 Satisfatório -3,5 -5,2%201 15,9 17,6 Satisfatório -1,7 -9,7%202 31,8 34,5 Satisfatório -2,7 -7,8%
Média Anual -10,9%
Mediana Anual -8,9%
Média Positiva 1,9% 1 Amostra - 8%
Média Negativa -12,0% 11 Amostras - 92%
Avaliação de desempenho do Chumbo 2015
59ª
60ª
61ª
Das 12 amostras para este exame no decorrer de 2015, obtivemos desempe-
nho Satisfatório em 11 e Questionável em 1. Tivemos 91,7% de média negativa e
8,3% positiva em relação ao valor designado.
Tabela 11 Cr
Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho
Variação em
relação à
mediana
Porcentagem do
desvio em relação à
mediana
371 47,8 46,4 Satisfatório 1,4 3,0%372 25,4 27,6 Satisfatório -2,2 -8,0%373 25,5 27,3 Satisfatório -1,8 -6,6%374 ? 10,5
?375 ? 43,8
?376 ? 35,4
?377 12,8 11,4 Satisfatório 1,4 12,3%378 39,2 36,4 Questionável 2,8 7,7%379 26,2 23,4 Questionável 2,8 12,0%
Média Anual 3,4%
Mediana Anual 5,4%
Média Positiva 7,0% 4 amostras - 67%
Média Negativa -7,3% 2 amostras - 33%
Amostras extraviadas
Não houve rodada
Avaliação de desempenho do Cromo 2015
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
4º Trimestre
36
Recebemos 6 amostras para este exame no ano de 2015, resultado Satisfa-
tório em 4 (66,6%) e Questionável em 2 (33,3%). Obtivemos 66,7% de média positi-
va e 33,3% negativa em relação ao valor designado.
Tabela 12 Cd
Estudo Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho
Variação em
relação à
mediana
Porcentagem do
desvio em relação à
mediana
19 10,3 8,3 Satisfatório 2,0 24,1%20 3,0 2,9 Satisfatório 0,1 3,4%21 4,3 2,9 Satisfatório 1,4 48,3%22 8,2 5,6 Satisfatório 2,6 46,4%
Média Anual 30,6%
Mediana Anual 35,3%
Média Positiva 30,6% 4 Amostras - 100%
Média Negativa 0,0% 0 Amostras - 0,0%
Avaliação de desempenho do Cádmio 2016
10º
11°
Das 4 amostras que recebemos para este elemento no ano de 2016, obtive-
mos desempenho Satisfatório em 100% das análises com médias positivas em rela-
ção aos valores designados.
Tabela 13 Pb
Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho
Variação em
relação à
mediana
Porcentagem do
desvio em relação à
mediana
203 23,5 31,4 Questionável -7,9 -25,2%204 51,5 55,2 Satisfatório -3,7 -6,7%205 18,5 22,0 Satisfatório -3,5 -15,9%206 36,3 44,6 Questionável -8,3 -18,6%207 32,6 34,8 Satisfatório -2,2 -6,4%208 20,9 25,6 Satisfatório -4,7 -18,4%209 21,6 25,6 Satisfatório -4,0 -15,6%210 30,7 34,5 Satisfatório -3,8 -11,0%
Média Anual -14,7%
Mediana Anual -15,8%
Média Positiva 0,0% 0 Amostras - 0,0%
Média Negativa -14,7% 8 Amostras - 100%
Avaliação de desempenho do Chumbo 2016
62ª
63ª
Recebemos 8 amostras para chumbo em 2016, em 6 (75,0%) obtivemos
desepenho Satisfatório e em 2 (25,0%) desempenho Questionável. Todas tiveram
média negativa em relação ao valor designado.
37
Tabela 14 Cr
Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho
Variação em
relação à
mediana
Porcentagem do
desvio em relação à
mediana
380 57,3 58,6 Satisfatório -1,3 -2,2%381 24,5 23,1 Satisfatório 1,4 6,1%382 59,8 58,8 Satisfatório 1,0 1,7%383 49,5 44,2 Questionável 5,3 12,0%384 44,1 43,3 Satisfatório 0,8 1,8%385 8,7 7,4 Satisfatório 1,3 17,6%386 23,5 ? ?
387 8,9 ? ?
388 38,6 ? ?
389 ? ?
?390 ? ?
?391 ? ?
? Média Anual 6,2%
Mediana Anual 4,0%
Média Positiva 7,8% 5 amostras - 83%
Média Negativa -2,2% 1 amostras - 17%
Amostras extraviadas
Aguardando resultado
Avaliação de desempenho do Cromo 2016
1º Trimestre
2º Trimestre
3º Trimestre
4º Trimestre
No ano de 2016 recebemos 9 amostras para análise de cromo porém temos
os retornos de resultados estatísticos do PICC apenas de 6, dos dois primeiros
trimestres. Obtivemos 83,3% de desempenho Satisfatório e 16,7% Questionável.
Com relação ao valor designado, 5 médias positivas e 1 amostra apresentou media
negativa.
Os resultados de Cádmio e Cromo são dados em microgramas por litro e os
de Chumbo em microgramas por cem ml.
Podemos observar que das 20 amostras de controles para dosagem de Cád-
mio, nos últimos cinco anos, os desvios foram de 0,1 a 3,6 ug/L acima dos valores
designados.
Das 42 dosagens de controles para o cromo, 31 amostras obtvemos resulta-
dos com desvios de 0,5 a 8,9 ug/L acima do valor designado e 11 amostras de - 5,4
a - 0,2 ug/L abaixo.
O Chumbo teve 48 amostras enviadas, retirando quatro com dosagens insa-
tisfatórias retornamos resultados com desvios de - 9,2 a - 2,1 ug% sempre abaixo
dos valores designados.
38
5.0 DISCUSSÃO/CONCLUSÃO
Nas avaliações do exame de proficiência do IAL podemos observar que o
Cádmio tem resultados no período de janeiro de 2013 à dezembro de 2016, ainda
não temos cinco anos de encaminhamento para este controle de qualidade e o
desempenho do laboratório foi 100% adequado (95% satisfatório e 5%
questionável).
O grupo de laboratórios participantes do programa de proficiência é muito
adverso, dosando as amostras em Espectrofotômetros de Absorção Atômica com
Chama, Forno de Grafite e Forno de Grafite com efeito Zeeman, como tratamos os
dados com as médias robustas não houve essa diferenciação. Sugerimos que essas
discrepâncias tendenciosas a resultados até 10% menores que os valores
designados possam ser devidos as dosagens em equipamentos diferentes, com
maior ou menor sensibilidade para metodologia. Existe uma “Tendência á Esquerda”
evidente quando se trata de estatística para performance do Setor de Metais nas
dosagens de Chumbo no período estipulado, porém, 92% das amostras tiveram
suas dosagens adequadas (80% satisfatório e 20% questionável).
Pudemos observar com as tabelas e organização dos resultados pelos
últimos cinco anos que os Controles que vêm da Espanha têm uma recorrência em
extravios no envio das amostras, de pelo menos uma rodada ao ano. As avaliações
de desempenho do Cromo no período do 1° Trimestre de 2012 ao 2° Trimestre de
2016, mostram a performance do laboratório com uma “Tendência à Direita” média
positiva de 74% e 98% das dosagens adequadas (86% satisfatório e 12%
questionável).
39
6.0 REFERÊNCIAS
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