UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO SOBRE GESTÃO DAS POLÍTICAS DE DST/AIDS,
HEPATITES VIRAIS E TUBERCULOSE
GIULIANO SILVA PESSOA
Projeto de Intervenção em Educação Permanente e Continuada para técnicos de Sistemas de
Informação em Saúde da Secretaria de Saúde do Município de Ielmo Marinho/RN
Natal/RN
2017
GIULIANO SILVA PESSOA
Projeto de Intervenção em Educação Permanente e Continuada para técnicos de Sistemas de
Informação em Saúde da Secretaria de Saúde do Município de Ielmo Marinho/RN
Projeto de Intervenção apresentado ao Curso de
Especialização sobre Gestão das Políticas de
DST/Aids, Hepatites Virais e Tuberculose, da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Orientador: Angelo Giuseppe Roncalli da Costa
Oliveira
Natal/RN
2017
Resumo
Tem sido crescente a demanda dos serviços que são ligados ou que usam de sistemas de
informação em saúde, em decorrência de diferentes fatores, como na avaliação de indicadores,
controle de infecções oportunistas, mitigação de gastos, e que tem tido um forte impacto sobre
o Sistema Único de Saúde. Por considerar que a educação permanente deve ser empregada
pelos gestores a fim de proporcionar uma melhor qualificação dos profissionais e,
consequentemente, da assistência, destaca-se a necessidade de capacitação profissional dos
profissionais técnicos em sistemas de informação em saúde que atuam na rede assistencial
desses sistemas. Foi definido como objetivo deste estudo apresentar uma proposta de
implementação de um Curso de Capacitação para os Técnicos em Saúde que trabalham na
Secretaria Municipal de Saúde de Ielmo Marinho/RN. Trata-se de uma proposta composta por
três eixos principais: conhecendo o sistema de informação em saúde do Sistema Único de
Saúde; fundamentando a utilização das informações em saúde para a melhoria e qualidade da
assistência; a realidade escondida pelas subnotificações. É prevista a utilização de
problematizacão como metodologia ativa, em momentos distintos, considerados momentos de
concentração na sala de aula e momentos de prática. Acredita-se que com a capacitação, o
profissional técnico em saúde que lida com os sistemas de informação em saúde deverá ser
capaz de trabalhar de forma multidisciplinar, integrando uma equipe técnica que atue nas
áreas de planejamento, gestão e avaliação, prestando uma assistência melhor qualificada.
Descritores: Educação Permanente, Sistemas de Informação em Saúde, Projeto de
Intervenção.
Sumário
Resumo ................................................................................................................................. 3
1. Introdução ....................................................................................................................... 5
2. Objetivos......................................................................................................................... 6
2.1. Objetivo Geral ........................................................................................................ 6
2.2. Objetivos Específicos ............................................................................................. 6
3. Método ........................................................................................................................... 6
3.1. Cenário do projeto de intervenção .......................................................................... 6
3.2. Elementos do Plano de Intervenção ..................................................................... 10
3.3. Fragilidades e Oportunidades ............................................................................... 12
3.4. Processo de Avaliação ......................................................................................... 12
4. Considerações Finais ................................................................................................... 13
5. Referências .................................................................................................................. 14
Apêndices ............................................................................................................................ 15
5
1. Introdução
Para a realização do planejamento das ações em saúde as informações em saúde são
essenciais. Guimarães (2004), fala que o planejamento pode ser um processo mediante o qual
se lança o desenvolvimento, da forma mais racional e rápida possível.
O mesmo autor destaca que os administradores de sistemas de saúde dispõem
atualmente de recursos técnico-administrativos que lhes permitem atuar com mais segurança
na solução dos problemas em saúde. Com o processo de planejamento implantado, podem ser
utilizadas técnicas que lhes facilitem a tomada de decisão. Alguns fatores estão diretamente
relacionados à aplicação dessa técnica, podendo apresentar maior ou menor efetividade.
Vários temas estão interligados quando falamos da situação de saúde no Brasil.
Atualmente os serviços de saúde também sentem o enfrentamento da crise ao longo dos anos
que provém das raízes e permeia como um desafio para a sociedade. Já virou rotina ver
matérias em veículos de comunicação e da mídia a situação em que se encontra a prestação da
assistência nos serviços de saúde pelo Brasil e como as pessoas reagem a tudo isso. Isso tudo
vem sendo estudado num contexto histórico onde o país está inserido, relacionado diretamente
a evolução político-social da economia da sociedade brasileira.
A proposta de um modelo de saúde digna e necessária para atender as necessidades da
população respeitando os princípios a ela constituídos e inseridos em serviços e prestação de
assistência de qualidade veio com o SUS, que tem a função de organizar as ações do
Ministério da Saúde e dos serviços de saúde dos Estados e municípios e surgiu como uma
conquista popular (BRASIL, 1999).
Na perspectiva de se ter sempre uma boa qualidade na atenção a saúde no Brasil, foi
que se viu a necessidade de criar e adotar efetivamente um instrumento de avaliação e
controle da gestão que contribuísse para o alcance dessa qualidade. De tal forma, a auditoria
passou a ser de total relevância para o aprimoramento da qualidade dos procedimentos
internos que geram uma qualidade geral da prestação da assistência.
Ser, efetivamente, um instrumento de controle administrativo que se destaca como
ponto de convergência de todos os feitos, fatos e informações no sentido de que sejam
confiáveis, adequados, totais e seguros é como a Auditoria é vista atualmente, no contexto
administrativo avaliativo no âmbito da saúde (Secretaria de Estado de Santa Catarina, 1994).
Mediante tal importância de avaliação de controle os sistemas de informação em saúde
se pautam pela análise dos indicadores onde é possível avaliar um serviço ou programa de
saúde. Alguns indicadores de maior importância são delimitados e estudados por sistemas de
6
informações, onde dados coletados nas unidades de saúde são inseridos e posteriormente
avaliados. Para a análise dos indicadores é necessário o conhecimento de todas as variáveis
relacionadas ao indicador, procedência, importância, facilidade e aplicabilidade.
Todavia tomando como base essa linha de interesse, buscou-se realizar este projeto
para abordar a importância da educação permanente e continuada dos técnicos que trabalham
com os SIS como fonte geradora de indicadores para subsidiar o processo de melhoria da
qualidade. E justifica-se devido ao crescente aumento da subnotificação de doenças e agravos
nos serviços de saúde e da observação cotidiana da necessidade de ampliação dos
conhecimentos da equipe em relação o que tange aos sistemas de informação em saúde.
A proposta de um projeto de educação permanente para a equipe sobre o processo de
notificação é muito importante para o aprofundamento de conhecimento teórico aplicado na
prática para os profissionais, com resultados positivos para os sujeitos envolvidos e
instituição.
2. Objetivos
2.1. Objetivo Geral
Propor um plano de intervenção, de educação permanente e continuada, que seja capaz
de ampliar os conhecimentos da equipe técnica de sistemas de informação sobre o processo de
notificação dos agravos de saúde.
2.2. Objetivos Específicos
a) Analisar a funcionalidade dos SIS do Sistema Único de Saúde/SUS;
b) Propor um plano de intervenção com base nos resultados encontrados no diagnóstico
situacional dos SIS no Município de Ielmo Marinho/RN.
3. Método
3.1. Cenário do projeto de intervenção
O local onde será aplicado este projeto é a Secretaria Municipal de Saúde de Ielmo
Marinho localizada à Rua José Camilo Bezerra, Sn, no centro da sede do município
7
supracitado. Sua estrutura física conta com dois prédios locados pela prefeitura onde estão
instalados os setores, com seus técnicos e equipamentos, que dão suporte à prestação da
assistência à saúde no município.
Demograficamente, de acordo com Censo Populacional do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 a população do Rio Grande do Norte (RN) é de
3.168.027 habitantes, em Ielmo Marinho (IM) o Censo é de 12.171 habitantes.
Geograficamente, sua área territorial é de bioma caracterizado como Caatinga e está na faixa
de 312,028 km² e o município se limita com os vizinhos, Ceará-Mirim, Santa Maria, São
Pedro, Macaíba, São Gonçalo do Amarante e Taipu. Estima-se que sua população em 2017
seja de 13.370 habitantes. De acordo com os dados do IBGE, Ielmo Marinho representa
menos de 2% da população do RN e tem uma densidade demográfica de 39,01 habitantes por
Km².
O último Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM de Ielmo Marinho
no ano de 2010 ficou em 0,550 (Fonte: IBGE/2013). Comparando com os IDHM's anteriores
de 1991 (0,246) e 2000 (0,381), constatou-se um aumento significativo nesse índice que é
refletido pelas melhores condições de desenvolvimento e qualidade de vida adquiridas ou
oferecidas à população do município.
Economicamente falando, Ielmo Marinho é um município caracterizado pela obtenção
de renda vinda da agropecuária, pela criação de caprino, bovinos e aves e pela plantação
sustentável de abacaxi e cana-de-açúcar. No entanto, segundo o IBGE em 2010,
aproximadamente 4.367 pessoas com 10 anos ou mais de idade ainda não tinham nenhum tipo
de rendimento nominal mensal.
Em relação ao nível de instrução dos munícipes, atentemos para os dados com vista
negativa para a gestão municipal, no censo educacional feito pelo IBGE em 2010 constatou-se
mais de 7 mil pessoas sem instrução ou ensino fundamental incompleto. Caso esse que pode
ter se revertido nos anos seguintes à coleta dos dados.
No tocante a estrutura organizacional da Secretaria de Saúde, segue a síntese
estratégica com direcionamento de atividades e recursos humanos presente em cada uma
delas.
- Área Estratégica: Gestão Pública;
- Atividades: Gerenciamento Municipal;
- Nº de Funcionários: 02;
8
- Área Estratégica: Regulação;
- Atividades: Marcação de Consultas e Confecção do Cartão SUS;
- Nº de Funcionários: 03;
- Área Estratégica: Vigilância em Saúde - Vigilância Sanitária;
- Atividades: Controle de água para consumo humano e Ações da VISA;
- Nº de Funcionários: 02;
- Área Estratégica: Vigilância em Saúde - Vigilância Epidemiológica;
- Atividades: Coordenação da Atenção Básica, dos Agravos de Notificação Compulsória e
suporte básico em ações estratégicas em saúde;
- Nº de Funcionários: 05;
- Área Estratégica: Vigilância em Saúde - Controle de Zoonozes;
- Atividades: Coordenação dos Agentes de Combate às Endemias e da Campanha Nacional
de Vacinação contra Raiva - Programa de Erradicação da Leishimaniose;
- Nº de Funcionários: 02;
- Área Estratégica: Administração e Orçamento;
- Atividades: Controle e revisão de finanças orçadas junto ao Fundo Municipal de
Saúde/FMS;
- Nº de Funcionários: 02;
Fonte: Setor Administrativo da SMS
Reforçando a ideia de organização do Sistema no município de Ielmo Marinho,
lançamos o quantitativo de Recursos Humanos lotados na Secretaria Municipal de Saúde para
nível de informação e clareza deste projeto, de interesse público e de cunho sócio-político e
econômico.
A rede assistencial do Sistema Único de Saúde – SUS neste município é composta
pelos serviços público municipal e os serviços privados com fins lucrativos.
O total de Famílias cadastradas no PSF é de 3.385, com um percentual de 95,08%, de
cobertura, com 05 equipes do Programa Saúde da Família, distribuídas na zona urbana e rural,
05 equipes de saúde bucal e 29 agentes comunitários de saúde. Contamos, ainda com os
serviços de saúde realizados no Posto de Saúde de Boa Vista, Posto de Saúde de Telha A e no
9
Posto de Saúde de Chã do Moreno. O município possui, portanto 08 unidades de saúde,
obedecendo à seguinte distribuição:
Equipe ESF 01 – Centro de Saúde de Ielmo Marinho (Zona Urbana)
Equipe ESF 02 – Unidade de Saúde Canto de Moça (Zona Rural)
Equipe ESF 03 – Unidade de Saúde de Alegria (Zona Rural)
Equipe ESF 04 – Unidade de Saúde de Umari (Zona Rural)
Equipe ESF 05 – Unidade de Saúde de Nova Descoberta (Zona Rural)
Posto de Saúde de Telha A - (Zona Rural)
Posto de Saúde de Chã do Moreno - (Zona Rural)
Posto de Saúde de Boa Vista - (Zona Rural)
Os serviços de caráter municipal constituem-se em atenção primária e de média
complexidade.
Logo, seguem os quantitativos de serviços de saúde disponíveis no âmbito municipal.
SERVIÇOS DE SAÚDE PUBLICO
Laboratório de analises Clinica/Bioquímico 01
Núcleo de Apoio a Saúde da Família - NASF 01
Unidades Básicas de Saúde 08
Equipe Estratégia Saúde da Família 05
Programa Saúde na Escola – PSE 01
Secretaria Municipal de Saúde 01
Equipe de Saúde Bucal 05
Farmácia Básica 01
Vigilância Sanitária 01
Vigilância Epidemiológica 01
Fonte: CNES/Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
Os atores envolvidos nesse projeto, ou que serão entes de intenção de execução deste,
serão os técnicos de saúde que trabalham com os sistemas de informação em saúde nos
diversos setores da secretaria de saúde do município em questão, os coordenadores de setores
que integrem sistemas de informação em saúde e o mediador/facilitador para a realização das
aulas teóricas e práticas.
10
3.2. Elementos do Plano de Intervenção
Mediante estudos previamente realizados, levando em conta as atividades propostas
por este curso de especialização, pode-se evidenciar que a Secretaria de Saúde de Ielmo
Marinho não possui um Plano Municipal de Educação Permanente e Continuada (PMEPC)
que permita estabelecer motivo de estudo permanente sobre os sistemas de informação em
saúde trabalhados na atenção básica assim como especificamente as subnotificações
existentes no que tange as patologias abordadas neste curso.
Nesse sentido, o presente projeto de intervenção apresenta uma proposta de um plano
de estruturação de um curso de capacitação e aperfeiçoamento para os profissionais que lidam
com os Sistemas de Informação em Saúde do Município de Ielmo Marinho com o objetivo de
garantir o registro adequado das informações. Considerando que na SMS o setor de
Informação em Saúde não é um setor formalizado traçou-se o seguinte plano para ampliar e
aprimorar o registro das informações coletadas.
O Curso de Capacitação em Sistemas de Informação em Saúde será realizado em vinte
encontros presenciais (que compreende uma carga horária de 120 horas de teorização) e dez
encontros para realização das práticas (40 horas) com o objetivo de qualificar os profissionais
na área de informação em saúde, no contexto do correto uso de informações, promovendo a
qualidade da assistência de acordo com os indicadores dos serviços de saúde.
O curso de Capacitação em Sistemas de Informação em Saúde compõe-se de três
Eixos:
Eixo I - Conhecendo o sistema de informação em saúde do Sistema Único de Saúde
(Reconhecer os Sistemas de Informação em Saúde, bem como o gerenciamento e o processo
de trabalho destes no sistema de atenção à saúde);
Eixo II - Fundamentando a utilização das informações em saúde para a melhoria e qualidade
da assistência;
Eixo III - A realidade escondida pelas subnotificações (viabilizar a regularização dos casos
subnotificados para melhoria dos indicadores de saúde).
O mesmo será ministrado no período vespertino e terá 2 horas de duração cada
encontro.
11
Durante o curso, os participantes serão instigados mediantes técnicas de ensino-
aprendizagem a se envolverem e participarem ativamente nas discussões levantadas durante
as aulas teóricas. Isso possibilitará a interação entre os participantes e contribuindo para um
ambiente de aprendizagem mais participativo e integralizado (BERBEL, 1998).
Em meio ao contexto teórico, será de grande importância a integração da teoria com as
experiências vividas no dia a dia por cada participante, possibilitando assim, uma visão mais
ampla dos desafios enfrentados no que tange o trabalho com os sistemas de informação em
saúde e as necessidades apresentadas que precisam ser sanadas.
As atividades pedagógicas proposta para este curso objetivam ampliar, aprofundar,
fortalecer e desenvolver a criatividade e as potencialidades dos participantes, estimulando a
sua participação no processo de ensino aprendizagem, por meio dos conhecimentos prévios,
das emoções e das vivências em seu dia-a-dia no processo de trabalho, sendo este, a fonte e o
fim das reflexões (ACRE, 2013).
O curso se desenvolverá em dois momentos. O primeiro será teórico em sala de aula
com o objetivo de trazer a problematização encontrada no ambiente de trabalho frente aos
sistemas de informação em saúde. O segundo momento consistirá em abordar tais conceitos
teóricos na prática dos serviços de saúde, estabelecendo uma relação entre teoria e prática, na
atuação dos sistemas dentro dos serviços de saúde.
Nos dois momentos espera-se a participação integral dos 10 (dez) participantes que
compõem o corpo técnico em questão sobre a tutoria dos instrutores que serão em maior
número os coordenadores dos setores nos quais os sistemas de informação estão inseridos
além de técnicos da III URSAP/João Câmara especializados nos sistemas que serão abordados
pela capacitação.
A aprendizagem do aluno será avaliada com fins a ajudar no seu desenvolvimento
pessoal, propiciando sua integração consigo mesmo e ajudando-o na apropriação de
aprendizagens significativas, considerando a condição de aluno/trabalhador em formação e,
verificadas as competências durante o processo de aprendizagem.
A avaliação das competências será feita mediante seu exercício profissional, visíveis
em situações da realidade do aluno, que ocorre em tempo definido, pois a observação do
desempenho permite ao mediador identificar a utilização que o aluno faz daquilo que sabe
(habilidades e saberes articulados e mobilizados), dentro das perspectivas diagnóstica,
dialógica e processual, executando aquilo aprendido em sala de aula e nas discussões feitas
dentro do processo ensino-aprendizagem;
12
Avaliando o desempenho do educando durante as sessões do curso, tanto teóricas
quando práticas, observando a participação e integração dele a turma e corroborando o que
está sendo aprendido com a sua realidade.
As atividades desenvolvidas no ambiente dos setores serão supervisionadas por
profissionais coordenadores destes, especializados na temática desenvolvida.
3.3. Fragilidades e Oportunidades
Fragilidades
- Assiduidade dos participantes;
- Apoio financeiro e administrativo da gestão executiva municipal;
Oportunidades
- Interesse da gestão em saúde municipal na execução do projeto de intervenção;
- Interesse dos profissionais em dar início à execução das atividades para a elaboração do
projeto de intervenção;
- Participação das coordenações setoriais da secretaria de saúde na elaboração do curso de
capacitação;
- Tal projeto de intervenção é o pontapé inicial para o interesse em elaborar o Plano
Municipal de Educação Permanente e Continuada.
3.4. Processo de Avaliação
Os relatórios dos sistemas de informação em saúde os quais os participantes do curso
trabalham também servirão de instrumentos para o processo de avaliação do projeto de
intervenção, visando à união da percepção da aprendizagem sendo levada para a realidade do
campo de trabalho. Tal avaliação servirá de base para a mensuração do alcance dos objetivos
propostos mediante a aplicabilidade desse projeto de intervenção. É importante que os
objetivos propostos sejam atingidos visando à qualidade do projeto frente à necessidade
encontrada no setor a que se direciona a capacitação.
13
4. Considerações Finais
A informação deve ser considerada como uma ferramenta de grande relevância
quando da necessidade de avaliação das atividades e ações advindas do SUS. Tais
informações revelam estados financeiros, socioeconômicos, demográficos, de saúde, de
alimentação, de mortalidade de morbimortalidade, de gestão de organização e de avaliação
dos componentes constituintes do SUS.
Para isso, as informações são coletadas nos Sistemas de Informações em Saúde e são
analisados e processados com a finalidade de geração de indicadores que servirão de base
para a realização satisfatória ou não da prestação da assistência ao usuário do sistema de
saúde. Esses indicadores servirão de base para a confecção de relatórios que subsidiarão os
processos de auditoria do SUS. Mediante esses relatórios as auditorias terão a finalidade de
mostrar o equilíbrio e o controle que a qualidade da assistência em saúde precisa ter nos
serviços de saúde.
No entanto, mesmo com a consciência da importância do uso desses SIS no processo
de Auditoria do SUS, nota-se que existe ainda uma grande resistência por parte dos gestores
em implantarem esses SIS e fazerem deles ferramentas reais de controle e avaliação da
assistência prestada nos serviços de saúde.
Diante disso, são necessárias conscientização dos gestores de saúde a respeito da
importância do uso adequado dos SIS e a constante fiscalização e controle por parte das
esferas municipal, estadual e federal sobre esta contínua atualização dos SIS, assim como o
aumento e capacitação permanente dos recursos humanos disponibilizados em cada esfera
para trabalhar com os SIS.
Assim, é necessário sempre que se lance mão de políticas publicas direcionadas ao
fomento da utilização consciente dos SIS como fonte real de melhoria da qualidade da
assistência prestada no SUS.
14
5. Referências
1. ACRE. Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha. Plano de Desenvolvimento
Institucional. Rio Branco-Ac, 2011.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. 1999. Disponível em:
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/area/345/entenda-o-sus.html. Acesso em: 2 abr.
2017.
3. ______. Ministério da Saúde. Departamento Nacional de Auditoria do SUS. Auditoria do
SUS – Orientações Básicas. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: Ministério
da Saúde, 2001.
4. ______.Ministério da Saúde. Departamento Nacional de Auditoria do SUS. Orientações
para uso de Sistemas Informatizados em Auditoria do SUS. Brasília: Ministério da
Saúde, 2006
5. BERBEL NAN. Metodologia da problematização. Experiências com questões de
ensino superior, ensino médio e clínica. Londrina (PR): Ed. UEL; 1998.
6. GUIMARÃES, E. M. P.; ÉVORA, Y. D. M. Sistema de informação: instrumento para
tomada de decisão no exercício da gerência. Ciência da Informação, Brasília, v. 33, n.
1, p.72-80, jan./abr.2004.
7. Secretaria Municipal de Saúde de Ielmo Marinho. Plano Municipal de Saúde de Ielmo
Marinho 2014/2017. Ielmo Marinho/RN. 2013.
8. _______. Relatório Quadrimestral – 1º Quadrimestre de 2016. Ielmo Marinho/RN.
2016.
9. Secretaria do Estado de Santa Catarina. Controle, avaliação e auditoria em saúde. Santa
Catarina: SUS, 1994.
10. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 4.
ed. São Paulo: Atlas, 2002
11. SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal da Saúde. Coordenação de Epidemiologia e
Informação – CEInfo. Inventário dos Sistemas de Informações em Saúde - SUS. São
Paulo: CEInfo, 2011.
12. SEGANTIN, R. Sistema de Informação em Saúde - SUS. Enfermagem - Unip, São Paulo
- SP, 2012. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABCdIAF/sistema-
informacao-saude-sus. Acesso em: 1 abr. 2017.
15
Apêndices
APENDICE 01
Segue abaixo a proposta de cronograma das atividades que serão realizadas no
decorrer da execução do Curso de Capacitação
CRONOGRAMA
Atividades – 2017 Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Inicio da construção do
projeto de intervenção; X
Conversa com Secretário e
Coordenadores sobre o
projeto de intervenção; X
Elaboração da
programação de encontros; X
Convocação dos
participantes; X
Organização do material a
ser utilizado; X
Realização dos encontros; X X X
Realização das atividades
práticas; X X
Realização de relatório de
execução do curso; X
Finalização do Projeto de
Intervenção. X
16
APENDICE 02
Segue a proposta de orçamento das atividades que serão realizadas no decorrer da
execução do Curso de Capacitação
ORÇAMENTO
Especificação do Material
Material de Consumo Quantidade Preço Unitário (R$) Preço Total (R$)
Resma de Papel A4 05 12,50 62,50
Pasta com elástico 10 0,50 5,00
Caneta Esferográfica 10 0,50 5,00
Lápis 10 0,35 3,50
Borracha 10 0,35 3,50
CD-RW 10 1,00 10,00
Pen Drive 8Gb 10 25,00 250,00
Xerox 2000 0,15 300,00
SUBTOTAL 636,00
Especificação do Material
Serviços a Terceiros Quantidade Preço Unitário (R$) Preço Total (R$)
Combustível/L 241 3,74 901,34
Créditos/Telefone - - 140,00
SUBTOTAL 1041,34
TOTAL 1677,34
Top Related