Download - Projeto galpao final final 2

Transcript
Page 1: Projeto galpao final final 2

PROJETO ESPAÇO DE ENSINOBANCA 07.02.14

PAULO STUART ANGEL_PROFESSOR: FÁBIO LIMA

Page 2: Projeto galpao final final 2

«São as coisas que parecem mais

evidentes, aquelas que as pessoas

acham natural, que devem ser

criticadas urgentemente»

Bertold Brecht

Page 3: Projeto galpao final final 2

ELISMO

Page 4: Projeto galpao final final 2
Page 5: Projeto galpao final final 2

«O que é bom aparece,o que aparece é bom.»Guy Debord, Sociedade do Espetáculo

Page 6: Projeto galpao final final 2
Page 7: Projeto galpao final final 2
Page 8: Projeto galpao final final 2

DIFERENCIAR...

BAIRRO CAIÇARAS, JUIZ DE FORA

Page 9: Projeto galpao final final 2

PRADA STORE

ITÁLIA

...MAS REFLETIR O GLOBAL

MONOVOLUME ARCHITECTURE

Page 10: Projeto galpao final final 2

A tendência seguida por muitos em Juiz de Fora é o eLismo, “pseudo-a r q u i t e t u r a s m o d e r n a s t r a n s v e s t i d a s e m a r q u i t e t u r a contemporânea”.(ROZESTRATEN., 2010) . Um ‘movimento’ que busca uma dinâmica arquitetural no exterior, que inexiste internamente, a lobotomia é a palavra de ordem deste maneirismo .E estabeleceram através dos ‘planos’ em L,C e S os novos adornos, esses elementos que compõem este maneirismo, cumprem na grande maioria dos casos um papel essencialmente visual.

Juiz de Fora

Juiz de Fora Roma, Are Paces Museum, Richard Meier

Page 11: Projeto galpao final final 2
Page 12: Projeto galpao final final 2
Page 13: Projeto galpao final final 2
Page 14: Projeto galpao final final 2
Page 15: Projeto galpao final final 2
Page 16: Projeto galpao final final 2
Page 17: Projeto galpao final final 2

eLismo

massificação cultural/globalização+

fetichismo+

declínio na formação crítica

ensino espaço do ensino_ed. eng. Itamar Franco_galpão

aspiraçãoe paradigma de atuação

espaço como elemento pedagógico

Page 18: Projeto galpao final final 2

massificação cultural

banalidade

espetacularização da vidanegação da vida

Quem assiste a eles? Eles mesmos se assistem, senão quem mais, já que cada um virtualmente pode desfrutar «do mesmo circuito doméstico integrado? Breve não

haverá mais senão zumbis autocomunicantes, com apenas o relé umbilical do retorno-imagem, avatares eletrônicos das sombras defuntas, que, além do Styx e da morte, erram cada uma por si e passam o tempo a contar a si mesmas perpetuamente a sua história. » pág 44_ Telemorfose, Baudrillard

Page 19: Projeto galpao final final 2

globalização dos mercados

sonho globalização

cidade genéricashoppings, casas,modelo americano de desenvolvimento

arquitetura genérica/global

A mercantilização da arquitetura: os edifícios passam a ser tratados como objetos de consumo, cuja organização e aparência seguem as últimas modas ou “tendências.’ MAHFUZ, 2004

Page 20: Projeto galpao final final 2

fetichismo

evoca a criatura desejada

Uma das justificativas que podemos elencar para a super reproduçaõ eListíca é a ideia de Fetiche. Sérgio Ferro aponta que «desde o século XV, a forma fetichizada mima, figura indiretamente a composição de uma manufatura ideal, sublimada», ou seja o fetiche é a fixação em um objeto que evoca a criatura desejada.

Page 21: Projeto galpao final final 2

...um outro modo

Page 22: Projeto galpao final final 2
Page 23: Projeto galpao final final 2

... ou a crítica ao canteiro

Page 24: Projeto galpao final final 2

... ou um arquiteto auto-didata

Page 25: Projeto galpao final final 2

... o mercado, o eLismo, a 6910

Page 26: Projeto galpao final final 2

Elismo e o NÃO lugar...

Os 5 pontos do eLismo-Fazer um L, ou S, ou C-Desconsiderar condicionantesclimáticas-Desconsiderar o entorno-Utilizar vidro verde-Utilizar branco

Page 27: Projeto galpao final final 2

CADA UM NOSEU QUADRADO!PORQUE ELE NÃO

FALA COMIGO?

ELE VAI SAIRNA REVISTA

SERÁ QUE É PORQUE

?

MAMM MEMORIAL DA REPÚBLICA

Page 28: Projeto galpao final final 2

Nosso espaço de ensino_ anos 2000

Page 29: Projeto galpao final final 2
Page 30: Projeto galpao final final 2
Page 31: Projeto galpao final final 2

Nosso espaço de ensino_ anos 2009

Page 32: Projeto galpao final final 2
Page 33: Projeto galpao final final 2
Page 34: Projeto galpao final final 2
Page 35: Projeto galpao final final 2

perda da materialidade

desqualificação dos vazios

Page 36: Projeto galpao final final 2
Page 37: Projeto galpao final final 2

.Ed. Engenheiro Itamar Francoestudo preliminar: Porte Empresa Júniorprojeto executivo: Mafra Arquitetura

Características:-Implantação aleatória-Ignora as pré-existências , como o desenho do platôem que se encontra-Desconsidera a insolação-Problemas acústicos-Problemas de identidade-Um edifício em forma de pátio, mas sem o pátio.-Salas de aula como compartimentação fabril, desconsideraespaço de socialização.- Alagamentos periódicos, drenagem interna ineficiente

Page 38: Projeto galpao final final 2

400 alunosENSINO

Aulas emconjunto

1 professor para cada 15 alunos

Cada ano todostrabalham sobre um mesmo tema

Trabalhos expostos nas paredes

No final do ano,apresentações de todos sobre o tema

ateliêANUAL

rodadas de discussõesem conjunto

FAUP/Zaha Hadid

MECEscola da cidade

FA_ Buenos Aires

Anísio Teixeira

salas de aulaconectadas

FAU/usp

Page 39: Projeto galpao final final 2

O Processo

Page 40: Projeto galpao final final 2
Page 41: Projeto galpao final final 2
Page 42: Projeto galpao final final 2
Page 43: Projeto galpao final final 2
Page 44: Projeto galpao final final 2
Page 45: Projeto galpao final final 2
Page 46: Projeto galpao final final 2
Page 47: Projeto galpao final final 2
Page 48: Projeto galpao final final 2
Page 49: Projeto galpao final final 2
Page 50: Projeto galpao final final 2
Page 51: Projeto galpao final final 2

A mudança

Page 52: Projeto galpao final final 2
Page 53: Projeto galpao final final 2

projeto GET

Page 54: Projeto galpao final final 2
Page 55: Projeto galpao final final 2
Page 56: Projeto galpao final final 2
Page 57: Projeto galpao final final 2
Page 58: Projeto galpao final final 2
Page 59: Projeto galpao final final 2
Page 60: Projeto galpao final final 2
Page 61: Projeto galpao final final 2
Page 62: Projeto galpao final final 2
Page 63: Projeto galpao final final 2
Page 64: Projeto galpao final final 2
Page 65: Projeto galpao final final 2
Page 66: Projeto galpao final final 2
Page 67: Projeto galpao final final 2
Page 68: Projeto galpao final final 2
Page 69: Projeto galpao final final 2
Page 70: Projeto galpao final final 2
Page 71: Projeto galpao final final 2
Page 72: Projeto galpao final final 2
Page 73: Projeto galpao final final 2
Page 74: Projeto galpao final final 2
Page 75: Projeto galpao final final 2
Page 76: Projeto galpao final final 2
Page 77: Projeto galpao final final 2
Page 78: Projeto galpao final final 2
Page 79: Projeto galpao final final 2
Page 80: Projeto galpao final final 2
Page 81: Projeto galpao final final 2
Page 82: Projeto galpao final final 2
Page 83: Projeto galpao final final 2
Page 84: Projeto galpao final final 2
Page 85: Projeto galpao final final 2
Page 86: Projeto galpao final final 2
Page 87: Projeto galpao final final 2
Page 88: Projeto galpao final final 2
Page 89: Projeto galpao final final 2
Page 90: Projeto galpao final final 2
Page 91: Projeto galpao final final 2
Page 92: Projeto galpao final final 2
Page 93: Projeto galpao final final 2
Page 94: Projeto galpao final final 2
Page 95: Projeto galpao final final 2
Page 96: Projeto galpao final final 2
Page 97: Projeto galpao final final 2
Page 98: Projeto galpao final final 2

COBERTURA 105X65X0.15 = 100 caminhões betoneiras

Page 99: Projeto galpao final final 2

“Uma nova arquitetura deveria ser ligada ao problema do Homem criador de seus próprios espaços. De conteúdos puros, conteúdos que criassem as próprias formas. Uma arquitetura nas quais os Homens-Livres criassem os próprios espaços. Esse tipo de arquitetura requer uma humildade absoluta da figura do arquiteto, uma omissão do arquiteto como criador de formas de vida, como artista: a criação de um arquiteto novo, um homem novo ligado a problemas técnicos, a problemas sociais, a problemas políticos, abandonando completamente toda aquela enorme herança do Movimento Moderno que acarreta umas amarras enormes, essas amarras que produzem a atual crise da arquitetura ocidental. Eu digo ocidental porque o Brasil está tomando parte de uma crise geral da arquitetura que não é somente brasileira, uma crise de formalismo, de pequenos problemas, de involuções individuais que nada tem a ver com os problemas da humanidade atual, do Homem atual.

Pessoalmente quando eu fiz o projeto do Museu de Arte de São Paulo minha preocupação básica foi a de fazer uma arquitetura feia, uma arquitetura que não fosse uma arquitetura formal, embora tenha ainda, infelizmente, problemas formais. Uma arquitetura ruim e com espaços livres que pudessem ser criados pela coletividade. Assim nasceu o grande belvedere do Museu, com a escadinha pequena. A escadinha não é uma escadaria áulica, mas uma escadinha-tribuna que pode ser transformada em um palanque. A maioria das pessoas acha o Museu ruim; e é mesmo. Eu quis fazer um projeto ruim. Isto é, feio formalmente e arquitetonicamente, mas que fosse um espaço aproveitável, que fosse uma coisa aproveitada pelos Homens.”

Depoimento em filme de Lina Bo Bardi, 1972

Page 100: Projeto galpao final final 2
Page 101: Projeto galpao final final 2
Page 102: Projeto galpao final final 2
Page 103: Projeto galpao final final 2
Page 104: Projeto galpao final final 2
Page 105: Projeto galpao final final 2

funicular

Page 106: Projeto galpao final final 2

?

Page 107: Projeto galpao final final 2
Page 108: Projeto galpao final final 2

FEIO

Page 109: Projeto galpao final final 2

FEIO

Page 110: Projeto galpao final final 2

_EIXOS DE CIRCULAÇÃOnovas aberturas são criadas,o eixo principal impõe uma nova lógica de circulação

FEIO

Page 111: Projeto galpao final final 2

_EIXOS DE CIRCULAÇÃOmovimentos do corpo,corpo livre! ?

FEIO

Page 112: Projeto galpao final final 2

_EIXOS e CONVIVÊNCIAno encontros das ruelasse dá a praça

FEIO

Page 113: Projeto galpao final final 2

_EIXOS e CONVIVÊNCIAarticulação do segundo pav.e extensão do galpão.

FEIO

Page 114: Projeto galpao final final 2

_ATELIÊS e SALAS sem portas, tudo junto

FEIO

Page 115: Projeto galpao final final 2

_BIBLIOTECAno encontro das ruelas,a biblioteca se faz

FEIO

Page 116: Projeto galpao final final 2

_APOIOem volta da praça,estão o auditório,xerox, cantina,cacau e emau

FEIO

Page 117: Projeto galpao final final 2

_PESQUISA, GABINETES E SECRETARIA

FEIO

Page 118: Projeto galpao final final 2

_PÁTIOS VERDES jardim tropical,o desenho dele é as plantasque fazem!

FEIO

Page 119: Projeto galpao final final 2

_PARQUEprotege e delimita o espaço do ensino

FEIO

Page 120: Projeto galpao final final 2

_RASGOSa cobertura une, os rasgos são feitos para ascopas das árvores passarem,e além disso a presença da luz

FEIO

Page 121: Projeto galpao final final 2

_RASGOS

FEIO

_RASGOSQual incidência solar desejarei na edificação?Qual luz?Onde?

SOL DA TARDE

SOL DA MANHÃ

Page 122: Projeto galpao final final 2

_UNIDADE da intervençãoa cobertura protege o homem das intempéries

FEIO

Page 123: Projeto galpao final final 2

_COBERTURAproteger da chuva edo sol

FEIO

Page 124: Projeto galpao final final 2

_COBERTURAproteger da chuva edo sol

FEIO

Page 125: Projeto galpao final final 2

ALMOXARIFADO

ELÉTRICA

GALPÃO

ESTACIONAMENTO

HIDRAÚLICA

Page 126: Projeto galpao final final 2
Page 127: Projeto galpao final final 2

ESTACIONAMENTO

Page 128: Projeto galpao final final 2

ATELIÊCONVÍVIO

BIBLIOTECAGALPÃO

BOSQUE

Page 129: Projeto galpao final final 2

ESTACIONAMENTO

ATELIÊCONVÍVIO

BIBLIOTECAGALPÃO

Page 130: Projeto galpao final final 2

PIAÇAVAARCO DE TIJOLO MACIÇO

BAMBU estrutura

CABOS de aço

REAPROVEITAMENTO

ÁGUA DA CHUVA

MUXARABI

Page 131: Projeto galpao final final 2
Page 132: Projeto galpao final final 2

«Hoje em nenhum país do mundo se constrói relativamente mais que no Brasil [...] Constrói-se também modernamente. Mas, antes de mais nada é preciso estabelecer o que é que se entende por ‘moderno. Há muitos sintomas alarmantes de que o ‘moderno’ acabe por ser treinamento gráfico, preguiça, brincadeira e muito extravagância. Ora, se há um terreno que todos estão de acordos, em admitir que nele não há lugar para extravagância , em que se deve combater a renúncia a todo o esforço intelectual, esse é o da arquitetura. No Brasil, porém, ha indicios de que muitos arquitetos, alguns até de renome, fazem um grande esforço, não de inteligência, mas de exibição. [...] Entrou em voga a moda de fazer formas em lugar de construir casas. Ao invés de estudar o emprego funcional dos materiais, inventa-se o emprego plástico dos materiais, a fim de adapta-los a garatujas, ângulos, cotovelos, losangos. Isto é ofício para escultores da tardia vanguarda européia ou mesmo para modeladores de épocas ultrapassadas, de colônias barrocas, de província rococó[...] O vírus de uma baixa cultura, que convida a viagens ao reino da extravagância, do insipídio, do inútil, do incoerente, enfim. [...] Mas a arquitetura, senhores arquitetos , não é literatura, nem é pintura, desenho ou escultura. A arquitetura é apenas arquitetura [...] O arquiteto culto não encontra tempo para ocupar-se com perfis excêntricos, com forma inéditas, cujo gosto, afinal, é muitas vezes discutível. Em todo caso fora de propósito. [...] Continuar assim e dentro de cinquenta anos, este enorme livro que é o Brasil, poderia aparecer como um caderno escolar, onde um certo número de crianças brincaram de fazer desenhinhos geométricos para matar o tempo e agradar a professora».