MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO – UNIVASF
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE MEDICINA – CAMPUS PAULO AFONSO - BA
PAULO AFONSO – BA
2017
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO – UNIVASF
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE MEDICINA – CAMPUS PAULO AFONSO - BA
Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em
Medicina, Campus Paulo Afonso – BA, da
Universidade Federal do Vale do São Francisco
(UNIVASF).
PAULO AFONSO - BA
2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO - UNIVASF
Prof. Dr. Julianeli Tolentino de Lima
[Reitor] Prof. Dr. Télio Nobre Leite
[Vice–Reitor]
Prof. Dr. Monica Aparecida Tomé Pereira [Pró–Reitora de Ensino]
Prof. Esp. Romero Henrique de Almeida Barbosa
[Coordenador do curso] Prof. Esp. Vicente da Silva Monteiro
[Vice-Coordenador do Curso]
Equipe responsável Profa. Esp. Adirlene Pontes de Oliveira Tenório
Prof. Esp. Alberto Pinheiro de Moraes Neto Prof. Dr. Alfredo José Muniz de Andrade
[Docente do Colegiado de Medicina de Petrolina] Profa. Esp. Ana Elisabeth Cavalcanti Santa Rita
Profa. Dra. Anekécia Lauro da Silva Prof. Esp. Arnaldo Rodrigues Patrício
Prof. Dr. Bruno Mello de Matos Prof. Ms. Carlos Alberto de Lima Botelho Filho
Prof. Dr. David Fernandes Lima Esp. Danielle Santiago Câmara Dantas
Pedagoga [Campus Petrolina]
Profa. Esp. Diana Maria A. Pinheiro Marinho Prof. Dr. Diogo Vilar da Fonseca
Prof. Esp. Franklin Passos de Araújo Júnior Prof. Esp. Haroldo Cézar de Farias Pereira
[Docente do Colegiado de Medicina de Petrolina]
Profa. Dra. Isabela de Carlos Back Giuliano Consultora pedagógica [Docente da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC]
Prof. Dr. Isaac Farias Cansanção Profª. Esp. Isnaia Firminia de S. Almeida Agostinho de Mello
Esp. Isis Vicente da Silva Pedagoga [Campus Paulo Afonso]
Prof. Ms. Jarbas Delmoutiez Ramalho Sampaio Filho
Profa. Dra. Joilda Silva Nery Esp. Josenice Barbosa Gonçalves
Técnica em Assuntos Educacionais [Campus Petrolina]
Prof. Ms. Kátia Cordeiro Antas Prof. Ms. Márlon Vinícius Gama Almeida
Prof. Dr. Matheus Rodrigues Lopes Profa. Dra. Natália Gomes de Morais
Prof. Esp. Paulo Roberto Marinho Meira Prof. Ms. Newton Carlos Polimeno
Consultor pedagógico
Prof. Dr. Paulo Marcondes Carvalho Júnior Consultor pedagógico [Docente da Faculdade de Medicina de Marília - FAMEMA]
Prof. Ms. Pedro Pereira Tenório Prof. Ms. Ricardo de Lima Lacerda
Prof. Esp. Romero Henrique de Almeida Barbosa
[Coordenador do curso] Prof. Dr. Rodrigo Dugnani
Profa. Dra. Roseli Ferreira da Silva Consultora pedagógica [Docente da Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR]
Prof. Esp. Vicente da Silva Monteiro [Vice-Coordenador do Curso]
Prof. Esp. William Novaes de Gois Prof. Dr. William Rodrigues de Freitas
Profa. Esp. Yanna Carolina Abdala Braga Lacerda
SUMÁRIO
1 IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................ 7
1.1 TIPO DE CURSO ......................................................................................... 7
1.2 HABILITAÇÃO .............................................................................................. 7
1.3 MODALIDADE .............................................................................................. 7
1.4 BASE LEGAL ............................................................................................... 7
1.5 LOCAL DE OFERTA .................................................................................... 7
1.6 TURNO DE FUNCIONAMENTO .................................................................. 7
1.7 QUANTIDADE DE VAGAS ........................................................................... 7
1.8 MODALIDADES DE INGRESSO.................................................................. 7
1.9 DURAÇÃO MÁXIMA E MÍNIMA ................................................................... 7
1.10 REGIME ACADÊMICO DE OFERTA DO CURSO ..................................... 7
2 INTRODUÇÃO................................................................................................. 8
2.1 A UNIVASF E SUA INSERÇÃO NA REGIÃO DO VALE SÃO FRANCISCO
............................................................................................................................ 8
2.2 JUSTIFICATIVAS PARA CRIAÇÃO DO CURSO......................................... 9
2.2.1 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO DE PAULO AFONSO ......................... 9
2.2.2 DADOS DA EDUCAÇÃO ........................................................................ 10
2.2.3 DADOS DA SAÚDE ................................................................................ 11
3 CONCEPÇÃO DO CURSO ........................................................................... 12
3.1 HISTÓRICO E DADOS GERAIS DO CURSO ........................................... 12
3.2 PRINCÍPIOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS QUE NORTEIAM O CURSO ..
.......................................................................................................................... 13
3.2.1 ACESSO UNIVERSAL À SAÚDE ........................................................... 14
3.2.2 HUMANIZAÇÃO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE ...................................... 14
3.2.3 INTEGRALIDADE E SAÚDE ................................................................... 15
3.2.4 INTERDISCIPLINARIDADE .................................................................... 15
3.2.5 PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM ....................................... 16
3.2.5.1 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA..................................................... . 17
3.2.5.2 APRENDZAGEM REFLEXIVA. ............................................................ 18
3.2.5.3 APRENDIZAGEM DE ADULTOS. ........................................................ 19
3.2.6 METODOLOGIAS ATIVAS...................................................................... 20
3.2.6.1 APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS (ABP/PBL) .............. 20
3.2.6.2 METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO. ....................................... 21
3.2.6.3 APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES (ABE) OU TEAM BASED
LEARNING (TBL). ............................................................................................ 23
3.2.6.4 APRENDIZAGEM BASEADA EM PRÁTICAS DE INTEGRAÇÃO
ENSINO-SERVIÇO-SOCIEDADE (PIESS) ...................................................... 23
3.2.7 RESPONSABILIDADE SOCIAL .............................................................. 25
3.3 OBJETIVOS DO CURSO ........................................................................... 26
3.3.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................. 26
3.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................... 26
3.4 PERFIL DO EGRESSO ................................................................................ 26
3.5 MERCADO DE TRABALHO ....................................................................... 29
3.6 AVALIAÇÃO. .............................................................................................. 29
3.6.1 AVALIAÇÃO DO CURSO. ....................................................................... 29
3.6.2 AVALIAÇÃO DO ESTUDANTE. .............................................................. 30
3.6.2.1 CONCEPÇAO DE AVALIAÇÃO. .......................................................... 30
3.6.2.2 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO. .............................................................. 31
3.6.2.3 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO. .................................................... 32
3.2.6.3.1 AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO .......................................................... 35
3.2.6.3.2 ACOMPANHAMENTO DOS EGRESSOS .......................................... 35
3.7 POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AO DISCENTE ...................................... 36
3.8 POLÍTICAS DE INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE ...................................... 37
3.9 NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE .................................................... 38
4 ESTRUTURA CURRICULAR ........................................................................ 39
4.1 ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO ............................................................ 39
4.2 MATRIZ CURRICULAR .............................................................................. 44
4.3 EMENTÁRIO .............................................................................................. 45
4.3.1 CONTEÚDOS NORTEADORES DO CURSO. ....................................... 45
4.4 ESTÁGIOS ................................................................................................. 45
4.5 NÚCLEOS TEMÁTICOS EXISTENTES VINCULADOS AO CURSO, OU
PROPOSTAS DE CRIAÇÃO ............................................................................... 46
4.6 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO............................................... 47
4.7 ATIVIDADES COMPLEMENTARES .......................................................... 47
5 INFRAESTRUTURA E RECURSOS ............................................................. 48
6 DOCUMENTOS NORMATIVOS .................................................................... 51
7 DURAÇÃO MÁXIMA E MÍNIMA. ................................................................... 51
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 51
ANEXOS ........................................................................................................... 56
7
1 IDENTIFICAÇÃO
1.1 TIPO DE CURSO: Bacharelado.
1.2 HABILITAÇÃO: Médico.
1.3 MODALIDADE: Presencial.
1.4 BASE LEGAL: Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos de
graduação em Medicina (Resolução CNE/CES nº 3, de 20 de junho de 2014); Decisão
nº 79/2012 do Conselho Universitário da UNIVASF. Autorização: junho de 2012
(Portaria nº 109 – SESU/MEC, de 05 de junho de 2012).
1.5 LOCAL DE OFERTA: Universidade Federal do Vale do São Francisco –
UNIVASF, Campus de Paulo Afonso (BA).
1.6 TURNO DE FUNCIONAMENTO: Integral.
1.7 QUANTIDADE DE VAGAS: 40 por ano.
1.8 MODALIDADES DE INGRESSO: Mesma modalidade adotada para o
ingresso nos demais cursos de graduação da UNIVASF, ou seja, o Sistema
Simplificado de Seleção Unificado (SISU), até decisão em contrário do Conselho
Universitário.
1.9 DURAÇÃO MÁXIMA E MÍNIMA: Máxima de 18 semestres (nove anos) e
mínima de 12 semestres (seis anos).
1.10 REGIME ACADÊMICO DE OFERTA DO CURSO: Anual
8
2 INTRODUÇÃO O Curso de medicina de Paulo Afonso surgiu a partir da iniciativa do Governo
Federal para expansão da oferta do ensino médico a partir de 2012. Esta expansão
caracteriza-se como uma das ações que visam suprir a demanda por profissionais da
medicina no país, especialmente em áreas com extrema carência de médicos e baixa
qualidade nos serviços públicos de saúde.
A Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF foi uma das oito
instituições contempladas com a Portaria nº 109, de 05 de junho de 2012, tendo em
vista sua importante localização e atuação na área do submédio do São Francisco.
Soma-se a isto o fato de a UNIVASF já possuir um curso de medicina em
funcionamento no campus sede em Petrolina, desde 2004.
2.1 A UNIVASF E SUA INSERÇÃO NA REGIÃO DO VALE SÃO FRANCISCO
A UNIVASF foi instituída em 2002, por meio da Lei nº 10.473/2002 na qual se
estabelece como objetivos a oferta de ensino superior, o desenvolvimento da
pesquisa em diversas áreas do conhecimento e a promoção da extensão universitária
em toda sua região de abrangência.
A UNIVASF teve suas atividades iniciadas no ano de 2004 com o
primeiro vestibular e a oferta de vagas para 11 cursos em quatro campi: Psicologia,
Administração, Enfermagem, Medicina e Zootecnia nos dois campi de Petrolina – PE
(Campus sede e Centro de Ciências Agrárias), Engenharias Elétrica, Civil, Mecânica,
Produção, Agrícola e Ambiental no campus de Juazeiro (BA) e Arqueologia e
Preservação Patrimonial, no campus de São Raimundo Nonato.
Já no ano de 2007, através do Decreto nº 6.096 de 24 de abril, o Governo
Federal instituiu o Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das
Universidades Federais – REUNI, cujo objetivo era criar condições para a ampliação
do acesso e permanência na educação superior, no nível de graduação, pelo melhor
aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes nas
Universidades Federais. O REUNI foi aprovado em reunião do Conselho Universitário
da UNIVASF no dia 15 de fevereiro de 2008, por meio da Decisão nº 11/2008. A partir
desse programa, foram criados mais dez cursos de graduação na UNIVASF,
totalizando 23 cursos, distribuídos em cinco campi.
9
A partir de 2010, o Conselho Universitário (Decisão nº 49, de 06 de maio de
2009) aprovou a criação de reserva de 50% das vagas dos cursos de graduação da
UNIVASF para estudantes oriundos de escolas públicas, impulsionado pelo Programa
Diversidade na Universidade (PRODU), regulamentado pelo Decreto nº 4.876/2003
(BRASIL, 2003) e em consonância com o compromisso social assumido pela
instituição para aumentar a oferta do ensino superior na região, especialmente nos
estratos com níveis socioeconômicos mais baixos. Mais tarde, com a promulgação da
Lei nº 12.711/2012 que garante a reserva de 50% das matrículas por curso e turno
nas universidades e institutos federais de educação, a estudantes egressos
integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de
jovens e adultos, das quais 25% serão distribuídas para estudantes de escolas
públicas com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e meio, per
capita, e 25% para estudantes de escolas públicas com renda familiar superior a um
salário mínimo e meio. Em ambos os casos, também será atribuído um quantitativo
para estudantes pretos, pardos e indígenas no Estado, garantindo, assim, a
ampliação do acesso de grupos historicamente menos favorecidos. Apesar de o
Decreto nº 7.824/2012 garantir às universidades e institutos federais de educação a
implantação gradual dessa política afirmativa ao longo de três anos, a UNIVASF optou
pela adesão integral imediata ao sistema de reserva de vagas, o que ressalta seu
compromisso com as políticas de inclusão social na instituição.
Atualmente a instituição possui aproximadamente 5937 alunos, 526 docentes
e 376 técnicos distribuídos em seus 35 cursos de graduação (27 na modalidade
presencial e 8 à distância) nas cidades de Petrolina (PE), Juazeiro (BA), Senhor do
Bonfim (BA), Paulo Afonso (BA) e São Raimundo Nonato (PI). Além disso, estão em
funcionamento 12 programas de pós-graduação Stricto Sensu e 23 cursos Lato
Sensu, na modalidade presencial, incluindo residências médica, profissional em área
da saúde e multiprofissional em saúde e mais sete cursos na modalidade de ensino
à distância (EAD).
2.2 JUSTIFICATIVAS PARA CRIAÇÃO DO CURSO 2.2.1 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO DE PAULO AFONSO O município de Paulo Afonso está localizado em uma ilha artificial banhada
pelo rio São Francisco, na chamada mesorregião baiana do Vale do São Francisco,
fazendo fronteira com os estados de Pernambuco e Alagoas, distante cerca de 440
10
km da capital do estado. Faz fronteira com os municípios de Glória (BA), Santa Brígida
(BA), Rodelas (BA), Jeremoabo (BA) e Delmiro Gouveia (AL).
Dados do Censo de 2014 apontam que Paulo Afonso possui uma população
de 118.323 habitantes, Densidade Demográfica de 74,9 e Taxa de Crescimento da
População, em 2012, de 0,99. Segundo dados do IBGE de 2010, possui um Índice de
Desenvolvimento Humano (IDHM) médio de 0,67 e renda per capta de R$ 1.492,52.
Conforme destaca Vainsencher (2009), Paulo Afonso é nacionalmente
conhecida devido ao seu potencial hidroelétrico: Nos dias de hoje, o Complexo de Paulo Afonso, formado pelas
usinas Paulo Afonso I, II, III, IV e Apolônio Sales (em Moxotó), produz
um total de 4 milhões e 280 mil kW. Toda essa energia é gerada
através de um desnível natural de 80 metros do rio São Francisco, e
que a cachoeira de Paulo Afonso continua sendo preservado. E,
enquanto suas máquinas gigantescas circulam sob o impacto das
águas da cachoeira, o Complexo de Paulo Afonso segue alimentando
a fome de energia da Região Nordeste, atendendo aos setores
primários, secundários, terciários, impulsionando o turismo, gerando
novos empregos, e contribuindo para o desenvolvimento do país.
2.2.2 DADOS DA EDUCAÇÃO Na área de Educação, Paulo Afonso possui sete escolas estaduais e 67
municipais, além de 19 escolas na rede privada de ensino. Em 2011, as escolas
públicas do município atingiram 3,8 e 3,3 pontos nas séries iniciais e finais,
respectivamente, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
Dados do último censo demográfico do estado da Bahia realizado pelo IBGE
(2010) mostram que dos 14.016.906 habitantes residentes no estado, apenas
532.492 concluíram o ensino superior. Dentre os concluintes, a população de pretos
e indígenas representam 62.337 e 1.355, respectivamente. O censo revela ainda que
a população em idade de escolarização superior entre 18 e 24 anos corresponde a
1.811.801 pessoas, e que destas apenas 316.530 estavam frequentando o ensino
superior, e destas somente 100.541 matriculadas em IES públicas.
Quanto ao Ensino Superior, Paulo Afonso conta com um campus da
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), um campus do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia (IFBA) e mais quatro faculdades particulares, que
oferecem cursos técnicos de graduação nas modalidades presencial e à distância.
Dados do Censo de 2010 do IBGE indicam que em Paulo Afonso 4.658 concluíram o
11
ensino superior, 13.891 estavam em idade de escolarização superior (18-24 anos) e
apenas 1.283 frequentavam IES públicas, havendo, portanto, uma demanda enorme
por oferta de ensino superior na região.
2.2.3 DADOS DA SAÚDE A estratégia de Saúde na Família no município de Paulo Afonso é executada
por meio de 24 Equipes de Saúde da Família, sendo 19 na área urbana e cinco na
área rural, cuja cobertura é auxiliada por mais 11 Postos de Saúde. Além disso, possui
um Posto de Saúde indígena, um Posto de Saúde no Conjunto Penal Paulo Afonso,
duas unidades do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), duas
equipes do Núcleo de Atenção à Saúde da Família (NASF) e uma Unidade de Pronto
Atendimento (UPA), que se encontra em construção. A cobertura populacional (%) de
Agentes Comunitários de Saúde é de 80,18, com um total de 165 agentes até
fevereiro de 2016.
A rede de serviços públicos de Saúde de Paulo Afonso é formada ainda por
dois hospitais (o Hospital Nair Alves de Souza e o Hospital Municipal Aroldo Ferreira
da Silva), diversos centros de especialidades, dois Centros de Assistência
Psicossocial (CAPS II e CAPS-AD), um Centro de Testagem e Aconselhamento,
Serviço de Dermatologia e Pneumologia Sanitária, um Centro de Especialidades
Odontológicas (CEO), um Banco de Sangue, o Instituto de Medicina Legal (IML),
Laboratório Central (LACEN) e por uma base regional do Serviço Móvel de
Atendimento de Urgência (SAMU).
O Hospital Nair Alves de Souza atua em parceria com o Sistema Único de
Saúde e dispõe de 94 leitos, atendendo nas seguintes especialidades: Cirurgia Geral
(27), Clínica Geral (25), Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (14),
Obstetrícia clínica e cirúrgica (32) e Pediatria Clínica (10). O Hospital Municipal de
Paulo Afonso, por sua vez, conta com um total de 51 leitos distribuídos nas seguintes
especialidades: Cirurgia Geral (18), Clínica Geral (15), Unidade de isolamento (2),
Obstetrícia Clínica (5), Pediatria Clínica (12) e Psiquiatria (1).
No que se refere ao atendimento médico em geral, o município dispõe de
profissionais atuando nas seguintes especialidades: Anestesiologista, Angiologista,
Cardiologista, Cirurgia Geral, Cirurgia Vascular, Dermatologia, Endocrinologista,
Gastroenterologista, Geriatra, Ginecologia, Infectologista, Mastologista, Medicina do
Trabalho, Medicina radiológica e de diagnóstico, Nefrologista, Neonatologista,
12
Neurologista, Obstetra, Oftalmologista, Ortopedista, Otorrinolaringologista, Pediatra,
Psiquiatra, Reumatologista e Urologista.
3 CONCEPÇÃO DO CURSO 3.1 HISTÓRICO E DADOS GERAIS DO CURSO Como parte do processo de implantação do Curso Médico em Paulo Afonso e
buscando subsidiar a construção deste Projeto Pedagógico através do levantamento
de informações sobre a região, a equipe da UNIVASF esteve desde o início de 2013
em constante contato e articulação com as Secretarias Municipal e Estadual de
Saúde, Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), Conselho Regional de
Medicina e representantes da comunidade de Paulo Afonso.
Em novembro de 2013 a UNIVASF organizou o seminário “Retrato da Rede
Básica de Saúde de Paulo Afonso e Região”, do qual participaram gestores e
membros das Secretarias Municipais de Saúde de vários municípios da mesorregião
de Paulo Afonso e representantes do grupo de trabalho constituído pelo Ministério da
Educação, para implantação dos novos cursos de medicina no país. O objetivo do
evento foi discutir com os gestores locais as principais expectativas e demandas na
área de saúde de suas localidades e em relação ao curso de medicina da UNIVASF
e sobre como este poderia contribuir para melhoria da qualidade dos serviços
oferecidos à população. Além disso, os gestores apresentaram as condições e a
possibilidade de oferta de locais para realização de atividades práticas do curso,
indicando as condições de acessibilidade, equipes de profissionais e infraestrutura
dos aparelhos de saúde que compõem as redes nos seus municípios.
Em março de 2014 um novo encontro foi realizado entre a equipe de
implantação do curso, os gestores locais e representantes da comunidade. Na
oportunidade, os representantes da UNIVASF puderam apresentar o panorama atual
do processo de elaboração desse Projeto Pedagógico, fizeram visitas técnicas às
obras da Escola de Formação da CHESF, localizado no município de Paulo Afonso,
Bahia, onde funciona provisoriamente o curso até a construção do campus definitivo.
Além disso, visitaram o Hospital da CHESF que já se encontra em processo de
incorporação à UNIVASF e que funcionará como Hospital de Ensino, além de algumas
Unidades do Programa Saúde da Família que servirão como campo de prática dos
estudantes. Durante a visita puderam conhecer também o funcionamento da unidade
13
de saúde indígena que presta assistência a uma comunidade indígena nos arredores
da ilha.
Considerando que um dos objetivos principais do curso é a formação de
médicos aptos a atuarem no Sistema Único de Saúde com foco na atenção básica, é
de fundamental importância que os estudantes tenham vivência de práticas em
aparelhos que façam parte da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e que sejam
acompanhados por profissionais com expertise na área. Por isso, a contrapartida dos
municípios na garantia de carga horária protegida desses profissionais para que eles
atuem como preceptores dos estudantes é condição sine qua non para alcançar os
objetivos propostos neste projeto.
Por isso, a universidade está buscando firmar parceria com os órgãos gestores
da saúde do município, para que se crie um Pacto Pela Gestão da Educação em
Saúde, através do qual o município de Paulo Afonso e outros no seu entorno se
comprometam a garantir a contrapartida para o funcionamento do curso de medicina.
Como parte desta contrapartida, almeja-se que os municípios ofereçam condições de
infraestrutura e logística nas unidades de saúde que servirão como campo de atuação
prática dos discentes, além da inclusão de carga horária dedicada as atividades de
ensino do curso no cômputo dos encargos trabalhistas dos profissionais que atuarão
como preceptores.
3.2 PRINCÍPIOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS QUE NORTEIAM O CURSO A Constituição Federal de 1988, em seu inciso III do Art. 200, define que
compete ao Sistema Único de Saúde “ordenar a formação de recursos humanos na
área de saúde” (BRASIL, 1988). Neste sentido, ao implantar o curso de medicina em
Paulo Afonso a UNIVASF buscará promover a articulação entre os serviços de saúde
e o ensino profissional e superior em suas diversas facetas, tendo como finalidade
definir as prioridades, métodos e estratégias para a formação e educação continuada
dos recursos humanos do SUS, assim como incentivar a pesquisa e a cooperação
técnica entre as diversas instituições que compõem a rede de saúde local.
Buscando garantir que a formação médica proposta neste projeto siga as
diretrizes apontadas na Constituição Federal Brasileira, bem como os objetivos da
Política Nacional de Expansão das Escolas Médicas das Instituições Federais de
Ensino Superior do Ministério da Educação, o curso de medicina de Paulo Afonso,
14
em seus aspectos conceitual, epistemológico e operacional, deverá seguir os
princípios definidos a seguir:
3.2.1 ACESSO UNIVERSAL À SAÚDE A Constituição Federal de 1988 estabelece que é dever do Estado prover o
acesso universal à saúde a todos os brasileiros, através da implantação de políticas
públicas que garantam o acesso a serviços de saúde nos níveis da prevenção,
promoção, diagnóstico e tratamento. O Sistema Único de Saúde, estabelecido nessa
mesma Constituição e regulamentado pela Lei Orgânica da Saúde 8.080/90, tem
entre seus princípios básicos a universalidade do atendimento, isto é, proporcionar à
população brasileira acesso às ações e aos serviços de saúde, através de entidades
vinculadas ao sistema, observando os princípios da equidade, da integralidade, da
resolutividade e da gratuidade.
A implantação do curso médico visa reforçar, junto aos médicos e profissionais
de saúde, a responsabilidade e o compromisso de mobilização para a continuidade
do processo de melhoria da prática médica, especificamente no âmbito da atenção
básica, exercendo com plena autonomia na busca de soluções para a melhoria da
qualidade de vida das populações. Portanto, considera-se que para se obter
qualidade na área da saúde nos cursos de graduação é indispensável que exista uma
articulação entre as instituições de ensino superior e o Sistema Único de Saúde
(SUS), sendo este um dos compromissos da UNIVASF para implantação do curso de
medicina em Paulo Afonso.
3.2.2 HUMANIZAÇÃO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE A humanização do atendimento nos serviços de saúde trata de proporcionar o
estreitamento do vínculo entre os profissionais de saúde e a população, de maneira
que os primeiros possam considerar as pessoas como indivíduos que possuem
características, necessidades e desejos próprios, diretamente implicados em suas
decisões e estilos de vida. A formação de profissionais com práticas médicas nas
estratégias de saúde da população urbana, rural, indígena, LGBT e em privação de
liberdade, contribuirá fortemente com o entendimento da realidade da população
local. O convívio direto dos acadêmicos com os óbices da assistência à saúde será
instrumento de trabalho no processo de ensino-aprendizagem, por permitir que sejam
conhecidas as ferramentas que dificultam a prática médica, os contrastes com a vida
15
real, permitindo desde os primeiros semestres do curso que o acadêmico, aprenda,
analise e torne-se apto a modificar a realidade. Neste sentido, a formação médica
humanizada deverá fomentar o atendimento mais próximo ao ambiente familiar e
cultural das pessoas, sedimentando nos formadores e corpo discente a prerrogativa
de que as pessoas têm direito ao atendimento de suas necessidades, mas são
diferentes, vivem em condições desiguais e com necessidades diversas. Portanto,
estes profissionais devem estar atentos às desigualdades e atuar no combate às
injustiças sociais, especialmente aquelas relacionadas à prestação de serviços de
saúde nas comunidades mais carentes.
3.2.3 INTEGRALIDADE E SAÚDE A proposta do curso é oferecer a estrutura de ensino-aprendizagem que
permita ao médico atuar de maneira integral nas ações de saúde voltadas para o
indivíduo e para a comunidade, buscando abordar a questão da saúde em todos os
níveis da promoção, prevenção, tratamento e reabilitação. O processo de ensino-
aprendizagem durante a formação médica em Paulo Afonso visará à sensibilização
sobre a prática de modo eficiente e eficaz a assistência à saúde, na intenção de
produzir resultados com qualidade, dentro de uma gestão democrática, que assegure
o direito de participação de todos os segmentos envolvidos com o sistema: dirigentes
institucionais, prestadores de serviços, trabalhadores de saúde e usuários dos
serviços. Englobará também, atores coletivos como os Conselhos de Saúde (níveis
nacional, estaduais e municipais), para melhor compreender o controle social no SUS
e obedecendo ao critério de composição paritária, ou seja, participação igual entre os
usuários e os demais participantes, ofertando poder de decisão e não apenas
consultivo, a todos os atores diretamente envolvidos com a implantação deste curso.
3.2.4 INTERDISCIPLINARIDADE A reorientação da formação do profissional da saúde exige repensar a
finalidade da educação, bem como a concepção de ensino e aprendizagem
desenvolvida no processo formativo desse profissional. No entanto, como é possível
pensar uma reforma, sem, contudo, reformar o pensamento? A partir desta premissa,
entende-se que uma formação voltada para uma “abordagem integral do processo de
saúde-doença”, precisa desenvolver no formando a competência de apreender o
16
conhecimento de forma sistêmica, contextualizada, global e complexa. Para Edgar
Morin (2003):
(...) há inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave entre os
saberes separados, fragmentados, compartimentados entre disciplinas, e,
por outro lado, realidades ou problemas cada vez mais polidisciplinares,
transversais, multidimensionais, transnacionais, globais, planetários
(p.13).
A educação “mundializada” do século XXI e a complexidade dos problemas da
sociedade contemporânea já não comportam mais um ensino fragmentado, mas sim,
como propõe Morin (2003), uma educação universalizante, que rompa com o
isolamento e a separação há muito tempo disseminadas e conservadas pela cultura
acadêmica entre as ciências humanas, exatas e da natureza. Essa abordagem tem
gerado a aprendizagem do conhecimento cada vez mais especializado, restrito a
profissionais que dominam uma única área, em detrimento das outras ciências. Esse
conhecimento resultou em uma cultura especializada, com dificuldade de entender as
relações que unem todas as disciplinas.
Nessa perspectiva, a interdisciplinaridade na formação do profissional em
saúde deve ser utilizada como uma ferramenta de troca e cooperação, constituindo,
assim, o alicerce da matriz curricular do curso de medicina de Paulo Afonso.
Isso posto, o modelo de currículo proposto por este Projeto Pedagógico
abrange conteúdos essenciais para a formação de médicos generalistas, com visão
humanista, crítico, reflexivo e capaz de atuar no processo saúde-doença. As
temáticas são integradas verticalmente e horizontalmente durante todo o curso de tal
maneira que a matriz curricular não adota uma abordagem focada em disciplinas ou
em especialidades médicas, respeitando-se, portanto, as mais modernas formas do
ensino médico.
3.2.5 PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM A partir da segunda metade do século XX, após uma série de transformações
sociais, sanitárias e epistemológicas, houve uma crescente necessidade de
mudanças no processo de formação dos profissionais médicos. Logo, novas
concepções de aprendizagem foram sendo utilizadas, com o intuito de que os serviços
de saúde ofereçam profissionais capazes de articular promoção, prevenção, cura e
17
reabilitação. Estas novas tecnologias também preparam os alunos a serem capazes
de visualizar a dimensão coletiva dos problemas e compreendam o indivíduo em um
contexto psicossocial. Para isso, o curso de medicina em Paulo Afonso, utiliza-se dos
seguintes processos de ensino-aprendizagem:
3.2.5.1 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA Os processos de ensino-aprendizagem devem ser norteados por uma
perspectiva na qual a aprendizagem é vista como efetiva apenas quando se torna
significativa em suas dimensões lógica, psicológica e afetivo/motivacional, fazendo
com que os conhecimentos prévios do aprendiz sejam valorizados e utilizados como
base para a construção dos conteúdos acadêmicos (AUSUBEL, 1982). Para este
autor, a aprendizagem significativa ocorre quando uma nova informação se relaciona
substancialmente a estrutura do indivíduo. Assim, uma proposição existente adquirida
de forma significativa que ancora as novas informações e dialoga com estes
parâmetros. Logo, se as novas informações não encontram tais estruturas de
ancoragem, o processo de aprendizagem passa a ter uma natureza mecânica e
memorizadora.
Dessa forma, considera-se a história do educando e ressalta-se o papel dos
docentes na proposição de situações que favoreçam a aprendizagem. Há, portanto,
duas condições para que a aprendizagem significativa ocorra: o conteúdo proposto
deve ser potencialmente motivador e o discente precisa estar disposto a relacionar o
conhecimento prévio com o conteúdo a ser trabalhado.
Assim, deve-se levar em conta que o aluno é capaz de aprender sozinho e o
que necessita da ajuda do professor. O ensino deve ser eficaz e ter significado para
o aluno. Para Coll (1996) a aprendizagem significativa requer duas condições: o
conteúdo deve ser significativo, isto é, ser utilizável pelo aluno, quando necessário; e
o aluno deve estar motivado.
De acordo com Penaforte (2001, p. 60), Dewey cita que não há aprendizagem
genuína em processos divorciados da experiência, que memorizam fatos sem
perceber relacionamentos, os quais geram um conhecimento superficial e destituído
de significado pessoal para o ser que aprende. Logo, aquisição de aprendizagem
torna-se, assim, o elemento vital para que uma experiência seja educativa.
Contrapondo-se à prática corrente do ensino tradicional, a prática
construtivista, teorizado por Piaget (1976), situa o professor no papel de provocar o
18
raciocínio do aluno, procurando gerar desequilíbrios cognitivos (conflitos, problemas)
em relação ao objeto de conhecimento a fim de possibilitar interações ativas com o
conhecimento que levem o aluno a uma aprendizagem significativa. Neste caso, aluno
utiliza diferentes processos mentais (capacidade de levantar hipóteses, comparar,
analisar, interpretar, avaliar), desenvolvendo capacidade de assumir
responsabilidade por sua formação.
Neste sentido, a matriz curricular do curso de medicina em Paulo Afonso utiliza
estratégias de ensino-aprendizagem centradas nos estudantes, onde os mesmos são
estimulados a aprender com autonomia, seguindo o que é preconizado pelas
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina de Junho de
2014, nas quais, em seu Art. 7º, inciso I, na educação em saúde, o educando deve: (...) aprender a aprender, como parte do processo de ensino-aprendizagem,
identificando conhecimentos prévios, desenvolvendo a curiosidade e
formulando questões para a busca de respostas cientificamente consolidadas,
construindo sentidos para a identidade profissional e avaliando, criticamente,
as informações obtidas, preservando a privacidade das fontes.
3.2.5.2 APRENDZAGEM REFLEXIVA A partir da ideia de que uma atividade que não se articula na consciência com
outras ações, constitui-se de conteúdo desprovido de significado. Torna-se ainda um
elemento vital para que uma experiência seja educativa. Uma experiência pode se
limitar a fase de tentativa e erro, ou pode ir mais além, onde a função reflexiva
descobre conexões entre as ações e consequências. O produto final da experiência
reflexiva é a capacidade de controlar as condições objetivas, de propiciar os fatores
que facilitam a produção de determinados efeitos e de eliminar outros que produzem.
A reorganização da experiência pelo pensamento muda a sua qualidade. O mundo
deixa de ser um amontoado de coisas arbitrariamente dispostas, ganhando
continuidade e coerência (PENAFORTE, 2001).
O pensamento reflexivo tem uma função instrumental, e origina-se no confronto
com situações problemáticas, uma vez que sua finalidade é prover o professor de
meios mais adequados de comportamento para enfrentar essas situações.
Estratégias para prática neste tipo de pensamento, reconhece que refletimos sobre
um conjunto de coisas quando pensamos sobre elas, mas o pensamento analítico só
acontece quando há um problema a resolver (ROMANOWSKY; DORIGON, 2008).
19
O termo professional artistry serve para designar as competências que o
profissional revela em situações únicas e de conflito, esse conhecimento que emerge
espontaneamente nessas situações e não pode ser verbalizado, pode ser expressado
através da observação e da reflexão sobre a ação. De acordo com Romanowsky e
Dorigon (2008), Schön argumenta que, a partir da observação das práticas
profissionais, a conversa reflexiva que ocorre durante a ação junto com outros
participantes ou colegas é o centro da reflexão sobre a prática, e que essas conversas
reflexivas podem colaborar e contribuir para tomada de decisões, compreensão e
troca de conhecimento e experiências.
Sendo assim, a aprendizagem reflexiva proporciona que o educador não seja
apenas o profissional dotado de variados conhecimentos e sim aquele que
proporcione estratégias para que seus educandos adquiram conhecimentos
necessários na sua formação de forma crítica e autônoma. Sendo este um dos motes
na construção didática do curso de medicina em Paulo Afonso.
3.2.5.3 APRENDIZAGEM DE ADULTOS Paulo Freire (1987), em seu livro Pedagogia do Oprimido, propõe a educação
de adultos como prática de liberdade. Defende que a educação não pode ser uma
prática de depósito de conteúdos apoiada numa concepção de homens como seres
vazios, mas de problematização dos homens em suas relações com o mundo.
Em consonância com este pensamento, Penaforte (2001, p. 62) indica que “o
pensamento educacional abandona a noção da aprendizagem passiva, da mente
como um recipiente vazio a espera de preenchimento com informação factual. É
deixada para trás a ideia de que o conhecimento previamente acumulado e que nada
significa para o que vai se aprender, de que cada coisa nova conhecida permanece
desconectada do que existe e virá a existir na mente que aprende”.
Nessa perspectiva, os conhecimentos prévios dos alunos são sempre
valorizados nas metodologias ativas empregadas no curso de medicina em Paulo
Afonso. Assim, os conteúdos são organizados de forma em espiral, proporcionando
que os conteúdos já consolidados sejam relembrados aprofundando-os em diferentes
níveis de conhecimento de aprendizagem.
20
3.2.6 METODOLOGIAS ATIVAS Segundo Farias e outros (2014), dentre os elementos que compõem as
metodologias ativas devem-se considerar, conceitualmente, dois atores: o professor,
que deixa de ter a função de proferir ou de ensinar, restando-lhe a tarefa de facilitar o
processo de aquisição do conhecimento; e o aluno, que passa a receber
denominações que remetem ao contexto dinâmico, tais como estudante ou educando.
Tudo isto para deixar claro o ambiente ativo, dinâmico e construtivo que pode
influenciar positivamente a percepção de educadores e educandos.
Ainda segundo este autor, frequentemente educadores utilizam metodologias
problematizadoras para levar o educando ao contexto prático, confrontando-o com
problemas reais ou simulados. Isto possibilita que o estudante empregue os
conhecimentos adquiridos de forma holística, minimizando a ocorrência de uma
educação fragmentada.
Segundo Cotta (2012, p.788), “as metodologias ativas baseiam em estratégias
de ensino fundamentadas na concepção pedagógica crítico-reflexiva, que permitem
uma leitura e intervenção entre os diversos atores e valorizando a construção coletiva
do conhecimento e seus diferentes saberes e cenários de aprendizagem”.
Sendo assim, o curso de medicina em Paulo Afonso visa em uma formação
que é voltada para o desenvolvimento de competências (conhecimento, habilidades
e atitudes). Para isso, utiliza Metodologias Ativas, abaixo discriminadas, com o
objetivo de proporcionar aos discentes uma maior autonomia na busca do seu
aprendizado, com base na reflexão se sua própria prática e comprometendo-se com
seu processo de formação.
3.2.6.1 APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS (ABP/PBL) Aprendizagem baseada em problemas (do inglês, Problem-based Learning) é
a aprendizagem que resulta do processo de trabalho orientado para a compreensão
ou resolução de um problema (BARROWS; TAMBLYN, 1980), mais precisamente,
“uma abordagem para a aprendizagem e a instrução na qual os estudantes lidam com
problemas em pequenos grupos sob a supervisão de um tutor” (SCHMIDT, 1993,
p.427).
De acordo com Farias e outros (2014), é uma metodologia ativa de
aprendizagem que trabalha com pequenos grupos, de aproximadamente 12
estudantes, com atividades divididas em etapas e que seguem os sete passos:
21
1- Identificar e esclarecer os termos desconhecidos;
2- Definir os problemas a serem discutidos;
3- Discutir o problema, com base nos conhecimentos prévios;
4- Sintetizar as ideias e identificar os conhecimentos adicionais
necessários;
5- Estabelecer os objetivos de aprendizagem pelo grupo;
6- Estudo individual através do TEAD (Tempo de Estudo Autodirigido);
7- Compartilhar o resultado de seus estudos individuais, verificar se os
objetivos foram alcançados. Também ocorre uma avaliação do tutor e entre pares.
Nesta metodologia, ocorre uma valorização dos conhecimentos prévios dos
alunos, uma vez que a dinâmica possibilita seu uso durante as sessões de aberturas
dos problemas. Esta dinâmica busca uma motivação do aluno ante o problema
apresentado, uma vez que o próprio grupo estabelece os objetivos de aprendizagem
a serem alcançados. Neste ato de reflexão, o educando relaciona a sua história e
passa a ressignificar as suas descobertas.
Sendo assim, o ABP é a principal metodologia utilizada no curso de medicina
em Paulo Afonso e será empregada durante todo o curso, uma vez que possibilita ao
educando aprender a aprender, haja vista que ele não recebe o conteúdo pronto e
repassado pelo professor. Devendo ele próprio reconhecer e elencar os objetivos de
aprendizagem e solucionar as questões levantadas, e com auxílio do tutor,
valorizando assim a sua autonomia, reflexão e espírito crítico, a fim de adquirir uma
atitude de revisão permanente de sua própria prática.
3.2.6.2. METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO
Segundo Berbel (1998), a proposta para o uso desta metodologia seria em
situações em que os temas estejam relacionados com a vida em sociedade. A
primeira referência para essa metodologia é o Método do Arco de Charles Maguerez
(Figura 1).
22
Figura 1. Arco de Maguerez (apud COLOMBO; BERBEL, 2012).
O esquema consta de cinco etapas que se desenvolvem a partir da realidade
ou um recorte da realidade: observação da realidade; pontos-chave; teorização,
hipóteses de solução e aplicação a realidade (prática).
Logo, a primeira etapa é a observação da realidade, pelos alunos, a partir de
um tema ou unidade de estudo. Assim, o aluno deve registrar sistematizadamente o
que percebem. Tal observação permitirá aos alunos identificar dificuldades,
carências, de várias ordens, que serão transformadas em problemas, ou seja, serão
problematizadas. Na segunda etapa, os alunos refletem sobre as possíveis causas
da existência do problema em estudo. A terceira etapa, é a teorização, logo, é a etapa
do estudo, da investigação propriamente dita. A quarta etapa é a da hipótese de
solução, em que o estudo fornece elemento para que o aluno de forma crítica e
criativamente, elaborem possíveis soluções. Finalmente, a quinta etapa é a aplicação
da realidade, onde o aluno toma as decisões de execução ou encaminhamento.
Sendo assim, a metodologia da problematização é entendida como um
conjunto de técnicas e procedimentos intencionalmente selecionados e organizados
em cada etapa de acordo com a natureza do problema em estudo. Ela volta-se para
preparar o estudante para tomar consciência de seu mundo e atuar intencionalmente
para transformá-lo.
De acordo com Farias e outros (2014), trata-se de uma metodologia ativa de
ensino-aprendizagem que se baseia na análise de problemas da realidade,
diferentemente do ABP, em que os problemas são elaborados com base numa
proposta curricular.
23
3.2.6.3 APRENDIZAGEM BASEADA EM EQUIPES (ABE) OU TEAM-BASED LEARNING (TBL) O TBL é um método de aprendizagem dinâmico, que proporciona um ambiente
motivador e cooperativo. O estudante sente-se motivado a participar, a classe é
dividida em pequenos grupos de cinco a oito estudantes, e bem heterogêneos. A
composição das equipes deve ser mantida ao longo do curso e os membros da equipe
podem avaliar seus pares. As sessões de TBL começam com um teste de avaliação
rápido, elaborado previamente, que é respondido previamente e individualmente, e
em seguida, por equipes, sendo as respostas analisadas com a classe
posteriormente. O objetivo das discussões em grupo é a troca de experiências, de
modo que todos devem chegar a um consenso sobre as questões do caso. Após isso,
as equipes se reúnem e revelam, ao mesmo tempo, suas respostas. Este, então, se
torna o material para a discussão em grupo, durante o qual os principais pontos de
ensino são revistos.
O TBL também tem sua fundamentação teórica baseada no construtivismo, em
que o professor se torna um facilitador para a aprendizagem em um ambiente despido
de autoritarismo e que privilegie a igualdade. As experiências e os conhecimentos
prévios dos alunos devem ser evocados na busca da aprendizagem significativa.
3.2.6.4 APRENDIZAGEM BASEADA EM PRÁTICAS DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-SOCIEDADE (PIESS)
O conceito de educação baseada na comunidade, para a formação de
profissionais da saúde, é da década de 1970. Tem sido um tema que ganhou
importância nesses últimos anos, já que é um referencial para o desenho de currículos
de todos os cursos da área da saúde, recomendado por diretrizes (BOLLELA et al.,
2014).
Todavia, para além da aprendizagem baseada nesta comunidade, o estudante
permanece durante toda a formação inserido em um processo dinâmico de práticas
de integração entre o ensino, os serviços e a sociedade, na qual ao mesmo tempo
em que utiliza o cenário de prática para aprendizagem, produz conhecimento e
serviço de saúde para a população. Essa metodologia requer envolvimento dos
educandos com a comunidade, fazendo-se reflexões acerca das práticas em saúde
envolvidas para a construção de sua aprendizagem, diferente dos processos
24
formativos que envolvem breves estágios nos cenários de prática (FERREIRA et al.,
2007).
O processo de formação adotado pela UNIVASF, campus Paulo Afonso,
contempla um currículo construído com base no princípio da responsabilidade social.
O discente passa a ter uma visão real das principais necessidades de saúde
da população, com respeito às suas ações éticas e aos seus valores sócio-
econômico-culturais. Além disso, a inserção gradual dos discentes na comunidade e
no SUS, desde o primeiro período do curso, proporciona aos mesmos múltiplos
cenários de aprendizagem prática.
Para que isso aconteça, no decorrer do curso de medicina os estudantes serão inseridos gradativamente na realidade política, social e cultural e, posteriormente, na prática clínica, através da sua imersão nos equipamentos sociais e da saúde das comunidades selecionadas. Essa participação busca proporcionar vivências que possibilitam o desenvolvimento das competências esperadas de um profissional médico. Deste modo, espera-se que ao longo do processo os discentes além de construírem conhecimentos e desenvolverem habilidades e atitudes, ofereçam à comunidade uma contrapartida no que diz respeito à assistência, gestão e educação em saúde.
Considerando-se esta gradual inserção, nos primeiros quatro períodos a integração discente-comunidade se dá por meio da compreensão do contexto político-sociocultural das localidades envolvidas a partir da observação sistemática e dos contatos com moradores, lideranças, profissionais da saúde entre outros e que atuam nessas comunidades. Nesse sentido, a intenção é que ao longo dos dois primeiros períodos do curso os alunos terão maior contato com a comunidade em geral, com
uma atuação mais direcionada para a prática profissional junto aos serviços de saúde locais nos terceiro e quarto períodos.
Nos períodos subsequentes, a proposta é de que os alunos sejam deslocados para outra comunidade/contexto e que comecem a construir e desenvolver atividades específicas da prática clínica. A partir de então, os alunos serão orientados basicamente por professores médicos, podendo os demais docentes atuarem de modo transversal, com complementações didáticas e teóricas importantes ao enriquecimento destas atividades. Ao iniciar o internato, deverá ser feita uma nova
25
redistribuição dos alunos de modo que tenham acesso a um terceiro cenário de aprendizagem no que diz respeito à atividade de comunidade.
Busca-se, ainda, uma interação interprofissional (trabalho em equipe), na qual
o discente convive com toda a equipe da unidade de saúde, aprendendo a respeitá-
la e valorizá-la. De acordo com o art. 7º, inciso III das novas Diretrizes Curriculares
Nacionais do Curso de Graduação em Medicina, o graduando deve: “aprender
interprofissionalmente, com base na reflexão sobre a própria prática e pela troca de
saberes com profissionais da área da saúde e outras áreas do conhecimento, para a
orientação da identificação e discussão dos problemas, estimulando o aprimoramento
da colaboração e da qualidade da atenção à saúde”.
3.2.7 RESPONSABILIDADE SOCIAL Partindo da perspectiva de que a universidade deve ser um local, por
excelência, no qual se constrói, socializa e se aplica o conhecimento científico, os
estudantes do curso de medicina de Paulo Afonso serão estimulados desde cedo a
compreenderem que os profissionais de saúde devem assumir a responsabilidade
sobre a saúde dos indivíduos, comunidades e povos, em especial das parcelas menos
favorecidas da sociedade. Neste sentido, o curso buscará, antes de qualquer coisa,
formar cidadãos comprometidos com a ética e justiça social, que pautem suas ações
no direito constitucional de acesso universal aos serviços de saúde e que se vejam
como membros de uma sociedade da qual somos todos responsáveis (MOTTA,
1988).
Para tanto, os docentes e técnicos do curso de medicina deverão atuar no
desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão que reflitam as
necessidades da população na qual a universidade está inserida e que permitam a
transformação da realidade local. Por esta razão, os processos de ensino-
aprendizado deverão, sempre que possível, ser construídos através do engajamento
em práticas desenvolvidas diretamente nas comunidades que compõem a área de
abrangência da UNIVASF em Paulo Afonso.
Além disso, e buscando cumprir seu compromisso enquanto instituição que
objetiva transformar a região do semiárido nordestino, a UNIVASF buscará atuar na
capacitação, implantação e divulgação de práticas de ensino, pesquisa e extensão
aos profissionais de saúde do SUS das localidades da região de Paulo Afonso, à
população e às demais instituições públicas e privadas, apoiando as organizações
26
sociais (Conselhos Comunitários de Saúde) e promovendo contatos com os órgãos
de fiscalização do exercício profissional e com outras entidades representativas da
sociedade civil.
3.3 OBJETIVOS DO CURSO
3.3.1 OBJETIVO GERAL Formar profissionais médicos com elevado padrão de conhecimentos técnico-
científicos, capazes de atuar na promoção, prevenção e recuperação da saúde, a
partir de uma perspectiva integral pautada nos princípios da ética e bioética e de
acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Medicina
(BRASIL, 2014).
3.3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Formar médicos capazes de atuar nos três níveis de atenção à saúde,
especialmente nos níveis primário e secundário do Sistema Único de Saúde;
• Estimular a formação do Médico Generalista, capazes de aliar qualificada
formação técnico-científica com atitudes ético-humanísticas, com foco de atuação na
atenção básica, priorizando a Medicina de Família e Comunidade;
• Fortalecer a rede de assistência à saúde na região do município de Paulo
Afonso, integrando a atuação dos discentes e docentes aos serviços de saúde já
existentes;
• Favorecer a fixação de médicos na região de Paulo Afonso, devidamente
capacitados para atuarem no mercado de trabalho fora dos grandes centros urbanos,
com a mesma qualidade de tais localidades;
• Promover a integração entre atividades de ensino, pesquisa e extensão na
formação dos estudantes, através do estímulo a participação em programas
institucionais e governamentais como o Programa de Educação pelo Trabalho para a
Saúde (PET-Saúde), Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC)
e Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (PROVAB).
3.4 PERFIL DO EGRESSO A estrutura curricular e a organização das atividades do curso buscarão
fomentar, ao longo da formação, o desenvolvimento de competências profissionais,
na forma de recursos cognitivos (que permitam ao profissional atuar na resolução de
27
problemas de saúde, utilizando eficazmente o conhecimento científico), afetivos
(relacionadas à autorregularão emocional e à capacidade de reconhecer aptidões e
limitações pessoais, aplicando este conhecimento no aperfeiçoamento das práticas
de cuidado), interpessoais (que possibilitem ao profissional médico relacionar-se bem
com as outras pessoas, compreendendo suas realidades e assumindo suas
perspectivas) e motores (concernentes a habilidades físico-motoras necessárias à
execução de procedimentos de avaliação, diagnóstico e tratamento de problemas de
saúde).
Dentre as competências gerais esperadas após a formação dos estudantes,
destacam-se:
I. Atenção à saúde com a prática profissional e as atitudes dirigidas para o
atendimento das necessidades de saúde da população;
II. Raciocínio crítico e reflexivo sobre a atuação do médico no Sistema Único
de Saúde e sobre a necessidade de buscar uma formação continuada após seu
ingresso no mercado de trabalho;
III. Autonomia no processo de tomada de decisão, através da utilização do
conhecimento científico aplicado à realidade local de atuação do médico;
IV. Liderança e gestão de equipes multiprofissionais que atuam na estratégia
de Atenção à Saúde da Família e Comunidade;
V. Comunicação adequada com os usuários dos serviços de saúde e seus
familiares, equipe multiprofissional e comunidade científica;
VI. Competência pedagógica para atuar na elaboração e coordenação de
programas de promoção da saúde adequados à realidade local, bem como na
formação técnico-científica das novas gerações de médicos e na sua própria
formação profissional;
VII. Educação permanente em saúde, reconhecendo o caráter educativo do
próprio trabalho como um espaço de aprendizagem e construção de novos saberes
que visem à melhoria da qualidade dos serviços de saúde.
No que se refere às competências e habilidades específicas, almeja-se que os
profissionais médicos egressos do curso sejam capazes de:
I. Atuar como profissionais médicos comprometidos com as diretrizes da
Organização Mundial da Saúde e os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS);
II. Atuar nos diversos níveis de atenção à saúde, mas com foco na atenção
primária e secundária;
28
III. Compreender e analisar a multidimensionalidade do processo saúde-
doença a partir de seus determinantes políticos, biológicos, psicológicos e
socioculturais;
IV. Diagnosticar e tratar adequadamente doenças que afetam os seres
humanos em diferentes fases do desenvolvimento;
V. Utilizar adequadamente princípios da propedêutica médica;
VI. Obedecer aos princípios técnicos e éticos de referência e
contrarreferência;
VII. Promover a saúde integral dos indivíduos, suas famílias e comunidade,
contribuindo para melhoria da qualidade de vida;
VIII. Cuidar da própria saúde física e mental e buscar desenvolver-se como
cidadão e profissional;
IX. Conhecer suas próprias limitações, competências, virtudes, motivações e
valores e usar este conhecimento para nortear sua formação acadêmica e futura
atuação profissional;
X. Desenvolver um bom relacionamento interpessoal com pacientes e outros
profissionais, conhecendo, compreendendo, respeitando e respondendo
adequadamente às demandas, interesses, valores e necessidades das outras
pessoas;
XI. Conhecer e aplicar os princípios semiológicos e terapêuticos básicos para
o enfrentamento das principais causas de morbidade e mortalidade da população;
XII. Realizar procedimentos clínicos e cirúrgicos no atendimento inicial de
urgências e emergências em todas as etapas de vida;
XIII. Desenvolver visão ampla e contextualizada do profissional médico na
sociedade, enquanto profissional responsável por discutir e aturar no planejamento
das políticas de saúde.
Tomando-se esses princípios como base, o curso propõe uma formação
médica que leve em consideração a identificação dos agravos à saúde mais
relevantes para o ensino médico, considerando-se a realidade epidemiológica da
região. Ao final do curso, o graduando estará preparado para a especialização nas
diversas áreas, por meio da Residência Médica, bem como deverá ser competente
para, no que se refere às patologias comuns à região, ser capaz de tomar as
seguintes atitudes básicas:
• Diagnosticar e tratar;
29
• Realizar condutas de emergência;
• Suspeitar e encaminhar os casos que necessitem de atendimento de
maior complexidade.
3.5 MERCADO DE TRABALHO Em consonância com o disposto nas Diretrizes Curriculares para os cursos de
Graduação de Medicina (BRASIL, 2014) o Curso de Paulo Afonso objetiva formar
médicos com perfil generalista, com sólida formação técnico-científica, ética e
humanista, habilitados a atuar nos três níveis de atenção à saúde, mas
prioritariamente nos níveis primário e secundário, e apto a responder às demandas
do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro.
3.6 AVALIAÇÃO 3.6.1 AVALIAÇÃO DO CURSO
A avaliação é uma ferramenta de instrumento de formação permanente e
necessária no processo de ensino-aprendizagem. É através deste tipo de método que
se pode verificar avanços e dificuldades, os quais tentam ser superados a fim de se
chegar no melhor aprendizado e resultados significativos.
O sistema de avaliação do curso de medicina está vinculado à Lei dos Mais
Médicos (lei nº 12.871/ 2013) que preconiza a saúde da comunidade e uma formação
médica generalista. Os critérios de avaliação são do tipo formativo e somativo, que
visa aprimorar o desenvolvimento do alunado, dos docentes e da comunidade
atendida no município de Paulo Afonso, Bahia.
A avaliação formativa é executada de forma contínua durante o processo
ensino-aprendizagem, com o intuito de aperfeiçoar suas expertises por meio de
abordagem regulatória permanente. Além disso, deve existir um feedback contínuo
entre discente e docente, bem como entre seus pares. Esta etapa faz com que seja
identificado o erro, e corrigido em tempo oportuno.
A avaliação somativa tem como característica principal inferir o grau de
conhecimento do discente em uma determinada área de aprendizagem, o que permite
classifica-la quantitativamente. Outra característica é certificar se o discente está apto
a avançar no curso de graduação, que é acompanhado e analisado em todas as
atividades de aprendizagem pelos docentes de cada semestre do curso. Entre as
avaliações somativas de cada semestre, existem as reavaliações que são
30
oportunidades de recuperação, e ocorre quando os discentes são considerados
insatisfatórios no final de cada módulo ou semestre. Estas reavaliações são
realizadas após a aplicação de avaliação de conhecimentos e habilidades, de acordo
com critérios estabelecidos pelos docentes de cada semestre e apresentado aos
discentes no início de cada período do curso.
As avaliações são realizadas durante todo o curso e priorizam o ensino-
aprendizagem dos discentes, utilizando diversos instrumentos de avaliação. É
fundamental que o discente adquira conhecimento, mas também ética e
humanização, prevalecendo à saúde e o bem-estar do paciente. Neste âmbito, o Núcleo Docente Estruturante (NDE) tem papel fundamental no
processo de sistema de avaliação e de acompanhamento do curso. O NDE se reúne
uma vez por mês, e através da atuação de seus membros, as atividades
desenvolvidas no curso são apreciadas no tocante aos aspectos pedagógicos e
metodológicos.
3.6.2 AVALIAÇÃO DO ESTUDANTE 3.6.2.1 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser compreendida como parte do processo de aprendizagem,
caracterizando-se como momentos durante os quais o aprendiz recebe feedbacks
sobre seu processo de construção de conhecimento e tem a possibilidade de usá-los
como fonte de informação para aperfeiçoar suas estratégias cognitivas de
aprendizagem. Além disso, o processo de avaliação é visto como um movimento
dinâmico e dialógico, onde professor e aluno participam ativamente na construção do
conhecimento. Nessa perspectiva, os desempenhos são sempre provisórios ou
processuais e cada resultado obtido serve de suporte para um passo mais à frente.
Ou seja, a avaliação não é uma ação pontual, encerrada através de uma nota dada
ao fim de uma prova ou similar, mas sim diagnóstica e inclusiva.
Luckesi (2005) afirma que para a avaliação interessa o que estava
acontecendo antes, o que está acontecendo agora e o que acontecerá depois com o
estudante, na medida em que a avaliação da aprendizagem está a serviço de um
projeto pedagógico construtivo, que olha para o ser humano como um ser em
desenvolvimento, em construção permanente. Para um verdadeiro processo de
avaliação, não interessa a aprovação ou reprovação de um estudante, mas sim sua
aprendizagem e, consequentemente, o seu crescimento, daí ela ser diagnóstica –
31
permitindo a tomada de decisões para a melhoria – e inclusiva, pois não descarta,
nem exclui, mas sim convida para a melhoria.
Numa perspectiva ativa do processo de ensino-aprendizagem, o estudante
deve assumir o papel de protagonista no processo, de modo a “desaprender” a atitude
de mero receptor de conteúdos e passando a buscar efetivamente conhecimentos
relevantes aos problemas e aos objetivos da aprendizagem. Desse modo, “iniciativa
criadora, curiosidade científica, espírito crítico-reflexivo, capacidade para
autoavaliação, cooperação para o trabalho em equipe, senso de responsabilidade,
ética e sensibilidade na assistência são características fundamentais a serem
desenvolvidas em seu perfil” (MITRE, 2008, p. 2137).
Tais características devem, portanto, permear não apenas as formas implícitas
de avaliação, mas, sobretudo, uma avaliação contínua que contribua para o
desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes de forma objetiva, prática e
contextualizada. Acresce-se a isto o fato de que o componente cognitivo (relacionado
ao domínio de conteúdos técnico-científicos) não deve ser o foco único do processo
de avaliação discente, que deve, na verdade, contemplar a construção gradual de
competências e habilidades de ordem afetiva, psicomotora e interelacional ao longo
do curso, tendo em vista os objetivos da formação aqui proposta e a importância
desses elementos para atuação do profissional da área da saúde, especialmente o
médico.
3.6.2.2 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Frente a estes argumentos, o modelo de avaliação utilizado no curso de
medicina de Paulo Afonso possibilita ao estudante, por um lado, refletir e aperfeiçoar
seu próprio processo de construção do conhecimento a partir do engajamento nas
atividades propostas para o curso e, por outro, o conhecimento precoce das
necessidades dos usuários e das complexidades dos problemas de saúde locais dos
contextos nos quais eles atuarão. Portanto, o processo avaliativo passa a ter um
caráter formativo, buscando “proporcionar informações acerca do desenvolvimento
do processo de ensino e aprendizagem, para que o professor possa ajustá-lo às
características dos estudantes a que se dirige. Suas funções são as de orientar,
apoiar, reforçar e corrigir. ” (GIL, 2006, p. 247, 248).
32
3.6.2.3 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO Ao longo de todo o curso, os alunos serão submetidos a avaliações formativas
e somativas, permitindo o acompanhamento do processo de aprendizagem. Durante
as atividades estão previstos os seguintes momentos avaliativos formativos: • Autoavaliação: realizada pelo aluno, sobre o seu próprio desempenho;
deve englobar todas as competências (conhecimentos, habilidades e atitudes),
ajudando-o a reconhecer e assumir mais responsabilidade em cada etapa do
processo de aprendizagem;
• Avaliação interpares: realizada pelos membros do grupo sobre o
desempenho de cada um dos participantes das atividades, ocorrendo em todas as
etapas do processo de aprendizagem;
• Avaliação pelo tutor: para identificar se os alunos alcançaram os
objetivos propostos para cada etapa do processo de aprendizagem, fornecendo
feedback constante;
• Avaliação do método: utilizada para que os alunos avaliem se o tutor e
a atividade desenvolvida facilitaram a construção das competências e obtenção dos
objetivos;
Para efeito de verificação do aprendizado dos conteúdos programáticos e suas
atitudes em cada módulo, os alunos serão submetidos a avaliações cíclicas
(somativas), conforme seguem abaixo:
Avaliação Integrada - AI
De caráter teórico-prático, esta avaliação utilizará situações-problemas que
agregarão os conhecimentos abordados em todas as atividades. Após a correção
avaliativa, o conjunto de professores envolvidos nas atividades deliberará sobre o
desempenho do aluno na resolução da situação problema, indicando os conceitos:
Satisfatório ou Insatisfatório.
Avaliação de Conhecimento Teórico - ACT
Esta avaliação consistirá na resolução de questões objetivas, que serão
elaboradas por todas as atividades (AIC, ATL, CCC, PIESS, Tutoria, Habilidades e
Atitudes). O quantitativo das questões ficará a critério de cada uma das atividades.
Após a correção das sentenças, o aluno receberá um conceito: satisfatório, quando
obtiver aproveitamento mínimo de 70% das questões de cada uma das atividades, ou
33
insatisfatório, quando obtiver aproveitamento menor que 70% das questões de pelo
menos uma das atividades.
Avaliação de Atitudes (AA)
Esta avaliação ocorrerá durante todas as atividades do semestre e em duas
etapas, realizada pelos docentes através de baremas. Durante as semanas
avaliativas, os coordenadores das atividades e o coordenador do semestre se
reunirão com o intuito de concatenar os conceitos atitudinais atribuídos aos discentes
até o momento da semana de avaliação. Estes docentes deliberarão sobre o conceito
atitudinal do aluno, que será considerado satisfatório ou insatisfatório. Na semana
avaliativa, o discente considerado insatisfatório receberá por escrito, da coordenação
da Unidade Curricular, uma justificativa sobre este conceito com o intuito que o
mesmo corrija seu comportamento atitudinal.
A segunda semana avaliativa será o momento de definir o conceito final
atitudinal de todo o semestre. Lembrando que o discente foi informado a respeito do
seu conceito ao final da primeira semana avaliativa. Caso o discente não corrija este
comportamento poderá ser reprovado, culminando no conceito insatisfatório.
Além disso, ao final de cada ciclo de avaliações, as coordenações dos módulos
entregarão um relatório de pendências para cada um dos alunos. Nos relatórios
constarão os conteúdos em que o desempenho do aluno foi considerado insatisfatório
e que deverá estudar para o próximo ciclo de avaliações. De posse deste relatório, o
aluno deverá se preparar para o próximo ciclo de avaliações, agendando consultorias
com os docentes do curso.
Serão aprovados e considerados satisfatórios, os alunos que sanarem todas
as pendências até o 3º ciclo de avaliações (avaliação final). Os alunos que obtiverem
o conceito satisfatório serão aprovados e poderão seguir para a próxima Unidade
Curricular. No entanto, os alunos que não sanarem todas as pendências até o 3º ciclo
de avaliações serão considerados insatisfatórios e estarão reprovados. Estes alunos
deverão repetir toda a Unidade Curricular em que foram insatisfatórios, não podendo
se matricular na Unidade Curricular seguinte.
A avaliação das atividades do Colegiado de medicina de Paulo Afonso deverá
contemplar diversos níveis de análise, que partem do domínio individual (docentes,
técnicos, colaboradores do curso e estudantes) até o institucional (autoavaliação do
34
curso e do projeto pedagógico, fomento institucional à participação em atividades de
pesquisa e extensão). Para tanto, diversas instâncias como o Núcleo Docente
Estruturante (NDE), a Comissão Própria de Avaliação (CPA), Comissão Própria de
Avaliação do Curso (CPAC) e a Coordenação Pedagógica da Pró-Reitoria de Ensino
estabelecerão acompanhamento permanente das ações desenvolvidas pelo
Colegiado Acadêmico, fornecendo subsídios para que os dados produzidos a partir
das diferentes facetas da avaliação sejam usados como base para o contínuo
aperfeiçoamento do curso e execução dos objetivos propostos neste projeto
pedagógico.
Desta forma, o Colegiado de medicina de Paulo Afonso deverá promover um
planejamento semestral de gestão pedagógica, por meio do qual todo o corpo docente
do curso discutirá os objetivos e atividades propostas para o período, apresentando
as estratégias didático-pedagógicas que serão utilizadas para garantir que o caráter
integrativo do curso seja cumprido quando da execução das atividades. O
planejamento semestral de atividades deverá ser aprovado em reunião ordinária do
Colegiado, de acordo com os períodos previstos no calendário acadêmico da
UNIVASF. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) foi instituído
pela Lei nº 10.861 de 14 de abril de 2004 e prevê que todas as instituições de
educação superior do país devam ser regularmente avaliadas, com o objetivo de
identificar o perfil e o significado de sua atuação, bem como elaborar estratégias para
melhorar a qualidade dos serviços educacionais oferecidos à população. Os
indicadores de qualidade das Instituições de Ensino Superior (IES) são constituídos
a partir da avaliação de dez dimensões relacionadas a diversos aspectos do
planejamento institucional, estrutura física e equipamentos, qualificação do corpo
docente, integração entre ensino, pesquisa e extensão, desempenho dos formandos
em avaliações padronizadas, dentre outros.
A Pró-Reitoria de Ensino por meio da atuação do Procurador Educacional
Institucional (PEI) e de sua Coordenação Pedagógica tem atuado junto aos
Colegiados de Graduação, para oferecer informações sobre o SINAES e auxiliar os
coordenadores de cursos durante os processos de reconhecimento e renovação de
reconhecimento, bem como elaboração do planejamento de ações do Colegiado, para
atendimento aos princípios e prerrogativas do SINAES.
35
Em parceria com a Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP), a Pró-Reitoria de
Ensino (PROEN) está planejando capacitações sistemáticas para os coordenadores
de colegiado, para que estes possam aprofundar seus conhecimentos a respeito do
SINAES e implementar ações que visem a melhoria da qualidade do ensino de
graduação, através da constante atualização do Projeto Pedagógico do Curso.
3.2.6.3.1 AUTOAVALIAÇÃO DO CURSO
A Comissão Própria de Avaliação (CPA/UNIVASF) coordena o processo de
avaliação institucional em todos os aspectos e dimensões relacionados à atuação da
universidade, em conformidade com o que dispõe o Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior (SINAES).
No que se refere à dimensão de ensino, a CPA possui um sistema eletrônico
de avaliação semestral das disciplinas ofertadas pelos cursos de graduação, baseado
em um instrumento padrão desenvolvido pela própria comissão e que foi homologado
pelo Conselho Universitário. A partir dos resultados dessa avaliação, cada
coordenador de curso tem à sua disposição subsídios que lhe permitem acompanhar
a atuação dos docentes em sala de aula e o desenvolvimento dos objetivos e
conteúdos dos Projetos Pedagógicos de Curso, tomando medidas cabíveis à correção
de possíveis falhas ou imperfeições quando necessário.
Além disso, há a CPAC do curso de Medicina em Paulo Afonso, instituída em
abril de 2015 e que tem como uma de suas principais atribuições dar seguimento ao
processo de acompanhamento e avaliação do referido curso, com a finalidade de
identificar o que tem tido êxito na implantação do curso, bem como o que requer uma
política de aprimoramento.
3.2.6.3.2 ACOMPANHAMENTO DOS EGRESSOS A Coordenação do Colegiado de medicina em Paulo Afonso deverá
desenvolver um sistema de acompanhamento dos egressos do curso para monitorar
em que setores e regiões eles têm se inserido e atuado, permitindo avaliar a médio e
longo prazo a eficácia da estratégia do Governo Federal em expandir o ensino médico
para regiões em que o número de profissionais de medicina é abaixo do recomendado
pela Organização Mundial de Saúde.
A proposta inicial é que seja criado um portal do egresso, associado à página
eletrônica do curso e às redes sociais, de maneira que os estudantes formados
36
possam continuar acompanhando as atividades do curso e sejam estimulados a
contribuir com a formação dos novos estudantes. Neste sentido, buscar-se-á que a
médio e longo prazo os profissionais egressos da UNIVASF e já inseridos na rede de
assistência à saúde da região de Paulo Afonso atuem como preceptores dos novos
estudantes, compartilhando suas experiências a respeito da realidade local,
supervisionem atividades de estágio, ou mesmo se tornem professores associados
voluntários do curso de medicina, conforme estabelece a Resolução nº 05/2009 do
Conselho Universitário da UNIVASF.
3.7 POLÍTICAS DE ATENDIMENTO AO DISCENTE A fim de que se possa garantir o princípio da igualdade de condições de acesso
e permanência dos graduandos de medicina do campus de Paulo Afonso, a UNIVASF
dispõe de uma ampla política de assistência acadêmica, por entender que, além do
compromisso com uma educação pública superior de qualidade, é necessário que se
garanta as condições necessárias para que estudantes de baixa renda possam
permanecer estudando ao longo de sua formação. Conforme o Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI): Considera-se, pois, a assistência acadêmica como o direito de todo
estudante de ter condições de permanecer na Universidade,
independentemente de sua condição física ou financeira, e ser tratado
com igualdade, respeitando-se as diferenças, e possibilitando a todos
uma formação universitária consistente e compatível com as atuais
exigências da sociedade (UNIVASF, 2009, p.107).
O curso de medicina do campus de Paulo Afonso recebe discentes de todo o
Brasil. Nesse sentido, o programa de assistência acadêmica torna-se imprescindível
para a permanência dos discentes em seu processo de formação. Para tal a
Universidade oferece, juntamente com os demais órgãos de fomento, bolsas de
estudo e auxílio alimentação.
Segundo o PDI, a política de atendimento aos discentes deve ser pautada nos
quatro itens, a saber: 1. Formas de acesso e programas de apoio pedagógico e
financeiro; 2. Estímulos à permanência; 3. Organização estudantil e espaço para
participação e convivência e 4. Acompanhamento dos egressos.
Os programas de apoio financeiro, tais como bolsas de estudo e auxílio
alimentação desempenham um papel importante na formação do graduando que
ingressa no curso de medicina do campus de Paulo Afonso, visto que, alguns
37
estudantes são bolsistas e depende dos referidos auxílios para continuarem
estudando. No que tange à organização estudantil e espaço para participação, os
graduandos do curso de medicina do campus de Paulo Afonso são representados
pelo Centro Acadêmico e ainda possuem proporcionalmente 30% da composição do
colegiado, juntamente com técnicos-administrativos, em relação ao número de
professores, com direito a voz e voto nas reuniões de colegiado, de acordo com a
decisão do CONUNI (Conselho Universitário da UNIVASF) nº 84/2012. Dessa forma,
os discentes são estimulados pelo Colegiado a participarem de atividades científicas,
culturais, artísticas e de lazer que visam, não só uma formação acadêmica e científica,
mas uma formação humanística e crítica da realidade que os cerca.
Para a realização de tais atividades como encontros científicos e congressos,
bem como para a realização de trabalhos de campo, o campus de Paulo Afonso conta
com um ônibus e uma van para o transporte dos discentes.
A Coordenação Pedagógica da PROEN desenvolve o Serviço de Apoio
Pedagógico (SAP), que tem como principal objetivo auxiliar professores e alunos de
graduação em suas atividades acadêmicas. No que diz respeito aos trabalhos dos
docentes, o SAP proporciona momentos de reflexão quanto à prática pedagógica,
formas de avaliação e metodologias de ensino e aprendizagem entre outras
abordagens. No que tange aos discentes, este trabalho foca questões de
aprendizagem. De modo geral, o trabalho do SAP almeja contribuir para significativa
melhora no desempenho acadêmico dos alunos de medicina e na tarefa de seu corpo
docente para que as atividades de ensino sejam, cada vez mais, efetivas e
significativas no contexto da formação destes novos profissionais. Além disso, o
Curso de medicina, conta com a presença de uma Pedagoga lotada no Campus Paulo
Afonso.
3.8 POLÍTICAS DE INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE De acordo com os princípios que regem o Sistema Único de Saúde, o curso de
graduação em medicina da UNIVASF se propõe a reavaliar e adequar o currículo, a
metodologia e o material didático, incluir conteúdos relacionados à reabilitação,
conforme as diretrizes fixadas na Política Nacional de Saúde da Pessoa com
Deficiência (BRASIL, 2008), de modo a possibilitar uma formação que habilite o
médico a atender a esse segmento da população.
Para promover ações voltadas para a inclusão de pessoas com deficiência, a
UNIVASF criou em 2008 a Coordenação de Políticas de Educação Inclusiva (CPEI),
38
ligada à Pró-Reitoria de Ensino, que realiza atividades destinadas à implantação de
ações que promovam a acessibilidade do estudante com deficiência na UNIVASF.
Além disso, desenvolve projetos, em parceria com outros setores, com o intuito de
minimizar barreiras atitudinais na convivência entre as pessoas e proporcionar
reflexões acerca da inclusão na universidade e em diferentes ambientes.
Dentre as ações mais importantes da CPEI estão à oferta de cursos na área
de Acessibilidade (Libras, Braille e Diversidade) para a comunidade acadêmica e o
assessoramento em questões relativas à inclusão e acessibilidade. A CPEI também
realiza em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão e a Associação de Surdos de
Petrolina, o Workshop Saúde em Libras, projeto que promove o ensino de expressões
básicas de Libras específicas para profissionais da área de saúde, através de
momentos de interação entre estudantes e pessoas surdas. O principal objetivo é
chamar a atenção do futuro profissional para a necessidade de se buscar novos
conhecimentos, fundamentais para o atendimento adequado a pessoas com
deficiência. A proposta é de que o curso de medicina de Paulo Afonso seja incluído
no planejamento anual de atividades da CPEI, recebendo os eventos que já são
desenvolvidos no campus de Petrolina e outros voltados especificamente para o
município baiano.
Com a chegada de novos servidores ao quadro efetivo da UNIVASF, a CPEI
passou a contar com a colaboração de dois intérpretes de Libras, o que, além de
representar a oferta de condições de acessibilidade ao estudante surdo na
universidade, o que facilitará a realização de atividades de ensino e de extensão que
proporcionem aprendizagens de natureza inclusiva. Um destes intérpretes poderá ser
designado justamente para atuar no apoio ao desenvolvimento de ações da CPEI
junto ao campus Paulo Afonso.
3.9. NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE Conforme estabelece a Resolução nº 01 de 17 de junho de 2010, cabe aos
Núcleos Docentes Estruturantes (NDE) o trabalho de implantação, acompanhamento
e avaliação dos perfis curriculares dos cursos de graduação, zelando pela qualidade
da formação oferecida pelas IES e pela avaliação contínua do Projeto Pedagógico de
Curso.
O NDE do curso de medicina de Paulo Afonso é estimulado e apoiado pela
Coordenação Pedagógica da Pró-Reitoria de Ensino para que realize um trabalho
permanente de avaliação e discussão permanente do Projeto Pedagógico de Curso,
39
de maneira a garantir que a operacionalização da matriz curricular proposta permita
a formação de egressos com as competências e habilidades previstas, assim como a
consecução dos objetivos do curso.
Para tanto, o NDE deverá estabelecer anualmente um cronograma de
atividades que envolva reuniões mensais para discussão e encaminhamento de
propostas à coordenação do curso, promoção de seminários para os docentes e
técnicos do curso, participação em atividades de cunho pedagógico ofertadas pela
Pró-Reitoria de Ensino e outros órgãos da UNIVASF, além de estabelecer diálogo
permanente com o Colegiado de medicina do Campus Petrolina e com os cursos de
medicina de outras IES. O NDE está composto por nove membros efetivos e dois
membros suplentes (Tabela 1).
Tabela 1. Composição integrante do NDE do curso de medicina.
4 ESTRUTURA CURRICULAR 4.1 ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO A organização curricular promoverá desenvolvimento de um olhar crítico e
contextualizado sobre as múltiplas facetas do processo saúde-doença nos
estudantes, permitindo que eles sejam capazes de aplicar os conhecimentos
científicos no enfrentamento das dificuldades do sistema de saúde brasileira.
Conforme explicita Morin (2003, p. 25): O desenvolvimento da aptidão para contextualizar tende a produzir a emergência
de um pensamento “ecologizante”, no sentido em que situa todo acontecimento,
COMPOSIÇÃO TITULAÇÃO REG. DE TRABALHO PERMANÊNCIA Adirlene Pontes de Oliveira Tenório
Especialista 20h 2015
Arnaldo Rodrigues Patrício Especialista 20h 2015 Bruno Mello de matos Doutor D.E. 2015 Diana Maria Alexandrino Pinheiro
Especialista 40h 2015
Isaac Farias Cansanção Doutor D.E. 2016 Kátia Cordeiro Antas Mestre D.E. 2015 Márlon Vinícius Gama Almeida Mestre D.E. 2015 Natália Gomes de Morais Doutora D.E. 2015 Romero Henrique de Almeida Barbosa
Especialista 20h 2015
SUPLENTES Ana Elisabeth Cavalcanti Santa Rita
Especialista 20h 2015
Alberto Pinheiro de Moraes Neto
Especialista 20h 2015
40
informação ou conhecimento em relação de inseparabilidade com seu meio
ambiente – cultural, social, econômico e político. Não só leva a situar um
acontecimento em seu contexto, mas também incita a perceber como este o
modifica ou explica de outra maneira.
Diante disso, neste projeto pedagógico, o curso está organizado em 12
Unidades Curriculares (UC), que correspondem aos semestres letivos. A carga
horária de cada UC tem 420 horas nos 8 primeiros semestres de curso, sendo que
nos 2º e 3º semestres os alunos cursarão a atividade de Construção de Conhecimento
Científico (CCC), tendo nestes períodos, o acréscimo de 60 horas. O discente a partir
do 6º semestre poderá cursar o TCC, que possui carga horária de 60h, distribuídas
em 3 semestres. Desta forma, os oito primeiros semestres terão uma carga horária
total de 3.480 horas. O internato ocorrerá nos quatro últimos semestres, possuindo
carga horária total de 3.600 horas. Ao longo dos 12 semestres do curso, o aluno ainda
deve cumprir, de acordo as exigências das Normas Gerais de Funcionamento do
Ensino de Graduação da UNIVASF - Resolução nº 08/2015, 120 horas de disciplinas
eletivas, 120 horas de Núcleos Temáticos e 200 horas de atividades extracurriculares.
Desta forma, o curso possui uma carga horária total de 7.520 horas.
As UC serão distribuídas em conformidade com os conteúdos programáticos a
serem abordados. Será feita uma organização em blocos, de maneira interdisciplinar,
e que o discente siga respeitando o nível de desempenho no processo de formação
médica, devendo este se elevar gradativamente ao longo dos seis anos.
O primeiro bloco contempla o primeiro ano do curso, denominando-se “Ciclo
vital – Da concepção à morte”. O segundo bloco distribui-se durante o segundo e o
terceiro ano de curso, sendo chamado de “Sinais e Sintomas”. O terceiro bloco foi
organizado durante o quarto ano, sendo denominado de “Grandes Clínicas”. Por fim,
os últimos anos do curso contemplam os quatro semestres de um bloco denominado
“Internato”.
O quadro abaixo resume a organização curricular, bem como a distribuição das
UC, com as subdivisões nos respectivos módulos, conforme a tabela 2.
Tabela 2. Quadro demonstrativo da matriz curricular das UC distribuídas por semestre.
BLOCOS SEMESTRE 1 SEMESTRE 2
CICLO VITAL
UNIDADE CURRICULAR 1 - CICLO VITAL I UNIDADE CURRICULAR 2 - CICLO VITAL II
DA CONCEPÇÃO AO NASCIMENTO
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CCC-I ADOLESCÊNCIA E IDADE
ADULTA ENVELHECIMENTO E MORTE
41
SINAIS E SINTOMAS
SEMESTRE 3 SEMESTRE 4
UNIDADE CURRICULAR 3 - SINAIS E SINTOMAS I UNIDADE CURRICULAR 4 - SINAIS E SINTOMAS II
CCC-II DOR FEBRE, INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO
DIARREIA, VÔMITO,
ICTERÍCIA E OBSTIPAÇÃO
HIPOTENSÃO (DESIDRATAÇÃO),
HIPERTENSÃO E EDEMA
TOSSE, DISPNEIA E CIANOSE
SEMESTRE 5 SEMESTRE 6
UNIDADE CURRICULAR 5 - SINAIS E SINTOMAS III UNIDADE CURRICULAR 6 - SINAIS E SINTOMAS IV
NUTRIÇÃO E METABOLISMO FADIGA, PERDA DE PESO E PALIDEZ
PROLIFERAÇÃO CELULAR
DISTÚRBIOS SENSITIVOS E
MOTORES
TRANSTORNOS MENTAIS E DO
COMPORTAMENTO
TCC I
GRANDES CLÍNICAS
SEMESTRE 7 SEMESTRE 8
UNIDADE CURRICULAR 7 - GRANDES CLÍNICAS I UNIDADE CURRICULAR 8 - GRANDES CLÍNICAS II
CRIANÇA E ADOLESCENTE MULHER ADULTO/IDOSO EMERGÊNCIAS
TCC II TCC III
INTERNATO
SEMESTRE 9 SEMESTRE 10
UNIDADE CURRICULAR 9 - INTERNATO I UNIDADE CURRICULAR 10 - INTERNATO II
MEDICINA GERAL DE FAMÍLIA E COMUNIDADE PEDIATRIA GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
SEMESTRE 11 SEMESTRE 12
UNIDADE CURRICULAR 11 - INTERNATO III UNIDADE CURRICULAR 12 - INTERNATO IV
CLÍNICA MÉDICA CLÍNICA CIRÚRGICA EMERGÊNCIA RODÍZIO OPTATIVO
Cada UC, por sua vez, terá o conteúdo programático organizado em módulos,
com a finalidade de facilitar o processo de ensino-aprendizagem, que integrará os
conteúdos das diversas áreas científicas essenciais para a formação do médico,
numa abordagem teórico-prática interdisciplinar. Entre essas, será obrigatório o
cumprimento de uma carga horária em Gestão em Saúde, como também em
Liderança e Trabalho em Equipe, seccionadas entre as UC do curso, de acordo com
os critérios das novas diretrizes dos cursos de medicina (BRASIL, 2014). Durante os
2º e 3º semestres do curso, o conhecimento científico será abordado semestralmente
através de um módulo denominado Construção do Conhecimento Científico (CCC).
Nestes momentos, os conhecimentos sobre o pensamento científico serão
incorporados, gradualmente, à formação médica.
Para a organização do conteúdo programático a ser abordado nas atividades
planejadas pelo corpo docente, utilizou-se uma divisão esquemática em grandes
42
eixos centrais de conhecimento. Estes eixos são trabalhados em atividades e estarão
dispostos de maneira que permitam ao discente sedimentar conhecimento, e
desenvolver habilidades e atitudes. Ou seja, desenvolverão no aluno as competências
esperadas em um profissional da medicina que esteja apto a atuar no SUS.
Esses eixos são:
I. Eixo Teórico; Atividades: Tutoria, AIC e CCC.
II. Eixo Prático; Atividades: Técnico-Laboratorial, Habilidades, Prática de Integração Ensino-
Serviço-Sociedade, AIC e Internato.
Na atividade de Tutoria, os estudantes desenvolverão atividades sob a
metodologia ABP (Aprendizado Baseado em Problema). Dessa forma, os alunos
serão separados em grupos de, no máximo, 12 participantes, para a realização da
atividade. Sob a orientação de um professor (tutor), os discentes irão analisar, discutir
e propor resoluções para uma “situação problema” relacionada à atuação do
profissional médico em seu dia-a-dia.
Os estudantes trabalham semanalmente nessa “situação problema”, que
demandará a articulação dos conhecimentos construídos nas atividades que
compõem cada Unidade Curricular, realizando uma abordagem do conteúdo
programático do semestre curricular e utilizando do seu Tempo de Estudo
AutoDirigido (TEAD), previsto pelo menos um por semana.
As “situações problema” são elaboradas por um grupo de docentes, que
compõe uma comissão de construção de problemas, estando estes lotados na
respectiva UC ou não, envolvendo os docentes de todas as atividades, e não somente
aqueles responsáveis pela atividade de tutoria. Dessa maneira, os conteúdos vistos
nas UC estarão articulados à atuação profissional nos aparelhos que compõem a rede
de assistência à saúde da região, bem como na integração teoria-prática que deve
estar presente na atuação médica efetiva.
Na atividade em Prática de Integração Ensino-Serviço-Sociedade, o estudante
deverá dedicar-se às atividades nos diversos dispositivos que compõem a rede de
atenção à saúde (Unidade Básica de Saúde - UBS, Unidade de Saúde da Família -
USF, Centro de Ação Psicossocial - CAPS, Núcleo de Apoio à Saúde da Família -
NASF, etc.) e em outras nas quais serviços da atenção primária à saúde são
demandados (ex: Fundação de Atendimento Socioeducativo - FUNASE, Centro de
43
Referência Especializado em Assistência Social - CREAS e Centro de Referência da
Assistência Social - CRAS), vivenciando o SUS, relacionando-se com as equipes que
compõe cada unidade, sempre de maneira integrada a situação problema abordada
pela atividade de Tutoria.
A Atividade Teórico-Laboratorial (ATL) abordará, de forma teórico-prática, os
conhecimentos trazidos à tona nas atividades de Tutoria e Habilidades. É
contemplada nos três primeiros anos de curso, e buscar-se-á sedimentar o
aprendizado, uma vez que une teoria à prática nas áreas básicas e clínicas.
Assim como as atividades de ATL, Habilidades terá carga horária prática e
abordará os conhecimentos trazidos à tona na atividade de Tutoria, permitindo o
treinamento técnico nas habilidades fundamentais para o exercício da medicina,
estando contemplada nos quatro primeiros anos do curso.
Na Atividade Integradora Complementar (AIC), todos os conhecimentos
trabalhados nas atividades serão integrados, permitindo que o aluno tenha uma visão
interdisciplinar das atividades dos eixos teórico e prático do curso. Esta atividade
ocorrerá semanalmente, incorporando sistemas de avaliação (TBL, salto triplo,
OSCE) que possam analisar os níveis de competências e atitudes dos alunos, bem
como inserções de conferências e mesas redondas sobre as temáticas envolvidas em
cada módulo do curso.
A Construção de Conhecimento Científico tem como objetivo a obtenção de
conhecimento e a construção de habilidades necessárias para a utilização do método
científico na área médica, permitindo a difusão do conhecimento científico e a
preparação do alunado no desenvolvimento do Trabalho de Conclusão do Curso
(TCC).
No sexto, sétimo e oitavo semestre do curso o estudante poderá desenvolver
um TCC, que buscará articular as competências desenvolvidas ao longo das
atividades de cunho profissionalizante do curso. Só estará apto à colação de grau e
obtenção do diploma, o aluno que for aprovado no TCC.
O Colegiado de curso deverá expedir normas complementares, fixando prazos
e demais procedimentos para elaboração dos TCC do curso de medicina de Paulo
Afonso, em momento oportuno.
As atividades de Internato objetivam promover o treinamento profissionalizante
intensivo do estudante em unidade de saúde, sob a supervisão de profissional mais
experiente e um coordenador médico. Busca ainda consolidar o conhecimento
44
construído ao longo dos oito primeiros semestres de curso, promovendo
aprendizagem sobre a atuação médica em contato direto com usuários e outros
profissionais do serviço de saúde.
O Colegiado de curso expedirá as normas do bloco de internato, de acordo
com a versão mais atualizada das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os
cursos de graduação em Medicina, estando a versão atual regulamentada pela
Resolução CNE/CES nº 3, de 20 de junho de 2014 (BRASIL, 2014).
4.2 MATRIZ CURRICULAR
Tabela 3. Ordenamento da matriz curricular do curso de medicina de Paulo Afonso.
1º Período Ciclo Vital I
Carga horária total 420 h 2º Período
Ciclo Vital II Carga horária total 450 h Pré-requisito Ciclo Vital I
3º Período Sinais e Sintomas I
Carga horária total 450 h Pré-requisito Ciclo Vital II
4º Período Sinais e Sintomas II
Carga horária total 420 h Pré-requisito Sinais e Sintomas I
5º Período Sinais e Sintomas III
Carga horária total 420 h Pré-requisito Sinais e Sintomas II
6º Período Sinais e Sintomas IV
Carga horária total 420 h Pré-requisito Sinais e Sintomas III
TCC I Carga horária total 15 h Pré-requisito Sinais e Sintomas III
7º Período Grandes Clínicas I
Carga horária total 420 h Pré-requisito Sinais e Sintomas IV
TCC II Carga horária total 15 h Pré-requisito TCC I
8º Período Grandes Clínicas II
Carga horária total 420 h Pré-requisito Grandes Clínicas I
45
TCC III Carga horária total 30 h Pré-requisito TCC II
9º Período Internato I
Carga horária total 600 h Pré-requisito Grandes Clínicas I
10º Período Internato II
Carga horária total 1120 h Pré-requisito Internato I
11º Período Internato III
Carga horária total 1120 h Pré-requisito Internato II
12º Período Internato IV
Carga horária total 760 h Pré-requisito Internato III
Outras atividades obrigatórias Carga horária total 440 h Carga horária total do curso 7520 h
4.3 EMENTÁRIO
4.3.1 CONTEÚDOS NORTEADORES DO CURSO O ementário do curso está baseado em um conjunto de conteúdos norteadores
que embasarão as ementas das UC e de cada módulo do curso. Cada ementa seguirá
como base o teor de cada bloco dos conteúdos norteadores, e sendo compilado pelo
grupo de docentes de cada atividade dos eixos teóricos e práticos do curso de
medicina, Campus Paulo Afonso (ver anexo).
4.4. ESTÁGIOS O internato compreende o estágio curricular obrigatório do curso de graduação
em medicina. É, portanto, uma etapa importante e imprescindível para a formação
médica. Os cenários adotados para esta etapa incluem serviços próprios da
UNIVASF, conveniados ou em regime de parcerias estabelecidas por meio de
Contrato Organizativo da Ação Pública Ensino-Saúde com as Secretarias Municipais
e Estaduais de Saúde, conforme previsto no art. 12 da Lei nº 12.871, de 22 de outubro
de 2013.
Seguindo as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em
medicina, o internato compreenderá um estágio supervisionado por docentes próprios
da UNIVASF. A carga horária prevista para o internato é de 3600 horas,
46
compreendendo 49,58% da carga horária total do curso, superando os 35% de
exigência mínima. De toda a carga horária do internato, 1080 horas, que corresponde
a 30% do total, serão dedicadas aos serviços de Medicina Geral de Família e
Comunidade e em Serviço de Urgência e Emergência do SUS, predominando a carga
horária desenvolvida na atenção básica (Medicina Geral de Família e Comunidade),
outra exigência das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em
Medicina. O restante da carga horária do internato será distribuído entre as áreas de
Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia-Obstetrícia, Pediatria, Saúde Coletiva e Saúde
Mental. Está previsto ainda, um período de internato para uma especialidade médica
opcional, a ser escolhida a critério do aluno.
A jornada semanal de prática compreenderá períodos de plantão que poderão
atingir até 12 (doze) horas diárias, observado o limite de 40 (quarenta) horas
semanais, nos termos da Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, que
dispõe sobre o estágio de estudantes.
O colegiado do curso expedirá as normas do bloco de internato, de acordo com
a versão mais atualizada das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para os cursos
de graduação em Medicina, estando à versão atual regulamentada pela Resolução
CNE/CES nº 3, de 20 de junho de 2014.
4.5 NÚCLEOS TEMÁTICOS EXISTENTES VINCULADOS AO CURSO, OU PROPOSTAS DE CRIAÇÃO
Os Núcleos Temáticos Multidisciplinares (NTM) são atividades pedagógicas
que buscam promover ações voltadas para integração entre o ensino, a pesquisa e a
extensão com a participação de estudantes e profissionais de diferentes áreas do
saber, correspondendo a um conteúdo obrigatório na matriz curricular de todos os
cursos de graduação da UNIVASF (Inciso I, Art. 39 do Estatuto da UNIVASF). Cada
NTM deve possuir carga horária mínima de 120 horas (Resoluções nº 08/2015 e nº
03/2006 do Conselho Universitário) e ser composto por docentes e discentes de
diferentes áreas de conhecimento que deverão atuar em atividades voltadas para a
resolução de problemas da comunidade, através da aplicação de conhecimentos
científicos produzidos nas diversas áreas do saber.
Um dos objetivos de tornar obrigatória a participação nas atividades dos NTM
e ao cumprimento de disciplinas eletivas de outros cursos é favorecer uma formação
mais flexível e abrangente, levando os estudantes a se tornarem:
47
Operadores transdisciplinares da ciência, que transitariam, durante a sua formação
e experiência de trabalho, em áreas diversas de conhecimento, desenvolvendo
uma sensibilidade privilegiada para a articulação de saberes e manejo da
complexidade dos fenômenos” (SAMPAIO et al, 2010).
Neste sentido, as matrizes curriculares dos cursos de graduação da UNIVASF
fomentam o desenvolvimento de competências relacionadas à atitude interdisciplinar,
atuação em equipes multiprofissionais e à integração com a comunidade local.
Uma vez que o campus de Paulo Afonso iniciou suas atividades apenas com o
curso de medicina, tem-se buscado fomentar a criação de Núcleos Temáticos que
envolvam o uso de tecnologias de Ensino à Distância, estratégia que já foi
eficazmente utilizada antes em outros campi da UNIVASF. Assim, será feita uma
articulação com a Secretaria de Educação à Distância para que os estudantes de
Paulo Afonso tenham a sua disposição vagas em disciplinas de cursos ofertados na
modalidade à distância.
Além de possibilitar o aprendizado na utilização das chamadas Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC) o uso dessas estratégias favorecerá a interação
entre docentes, técnicos e discentes do campus de Paulo Afonso com o restante da
comunidade acadêmica dos demais campi da UNIVASF.
4.6 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO A partir do sexto semestre, o estudante poderá desenvolver o TCC, que
buscará articular as competências desenvolvidas ao longo dos CCC e atividades de
cunho profissionalizante. O TCC será orientado por um dos professores do curso ou
da UNIVASF, e só estará apto à colação de grau e obtenção do diploma, o aluno que
for aprovado no TCC.
O Colegiado de curso deverá expedir normas complementares, fixando prazos
e demais procedimentos para elaboração dos TCC do curso de medicina de Paulo
Afonso, em período oportuno.
4.7 ATIVIDADES COMPLEMENTARES E DISCIPLINAS ELETIVAS O estatuto da UNIVASF prevê que os currículos plenos devam contemplar um
mínimo de 120 horas e um máximo equivalente a 10% da carga horária total do curso,
referentes a disciplinas eletivas. Entre essas, será obrigatório o cumprimento de uma
carga horária mínima de 40 horas em Domínio de Língua Estrangeira, ou a
comprovação do nível de proficiência em língua estrangeira (TOEFL, entre outros),
48
durante sua graduação. Assim, ao longo de sua formação, os estudantes de
graduação da UNIVASF têm a oportunidade de entrar em contato com conteúdos e
professores de áreas diversas, o que favorece uma formação profissional
interdisciplinar e a construção de um olhar crítico sobre a produção do conhecimento
científico.
A aprendizagem decorrente da participação em situações práticas
relacionadas à produção do conhecimento e ao exercício profissional e que nem
sempre ocorrem na sala de aula é um importante veículo para desenvolvimento da
autonomia e complementam a formação recebida em sala de aula. Neste sentido,
para integralização do seu currículo os estudantes deverão cumprir, ao longo do
curso, ao menos 200 horas, referentes às atividades complementares, engajando-se
em programas como o PET-Saúde e o Pró-Saúde, Tutoria, Monitoria, Iniciação
Científica (PIBIC) e Iniciação à Extensão (PIBEX).
Além disso, os estudantes serão estimulados a participar de eventos
relacionados à formação científica e à atuação profissional do médico, como
Congressos, Simpósios, Cursos e Seminários e se engajar, desde cedo, em
programas de mobilidade estudantil e internacionalização, que permitirão aos
estudantes o contato e interação com docentes e discentes em outros centros de
formação médica do Brasil e do mundo.
O Colegiado do curso de medicina de Paulo Afonso estabelecerá as normas
para avaliar e acompanhar a participação dos estudantes em atividades
complementares, bem como os critérios para aproveitamento e cômputo da carga
horária referente a essas atividades, em período oportuno.
5 INFRAESTRUTURA E RECURSOS O curso de medicina de Paulo Afonso desenvolverá suas atividades no campus
provisório, localizado na Escola de Formação Profissional da CHESF, que conta com
doze salas de tutoria (capacidade de 12 pessoas), quatro laboratórios de habilidades
(capacidade para 12 pessoas), um laboratório de morfofisiologia (capacidade para 25
pessoas), um laboratório multifuncional (capacidade para 25 pessoas) e duas sala-
auditório (um com capacidade para 60 pessoas e outro para 40). Todas as salas de
tutoria estão equipadas com computador, quadro, retroprojetor, microscópio e modelo
anatômico, permitindo que os alunos tenham um ambiente equipado com recursos
teóricos e práticos para os estudos. O campus conta, ainda, com uma biblioteca
49
dotada de amplo acervo de livros e com acesso à internet, que também poderá ser
acessada no laboratório de informática. Por fim, o campus conta com salas de
professores e espaços administrativos.
O curso conta, atualmente, com 28 docentes de diferentes áreas de
conhecimento, sendo 8 doutores, 7 mestres e 13 especialistas, conforme o quadro
abaixo:
Nome Titulação Área de Titulação Área de Concentração
Profa. Adirlene Pontes de Oliveira Tenório
Especialização Nefrologia Nefrologia
Prof. Alberto Pinheiro de Moraes Neto
Especialização Urologia Urologia
Profa. Ana Elisabeth Cavalcanti Santa Rita
Especialização Nefrologia Nefrologia
Profa. Anekécia Lauro da Silva
Doutorado Ciências Biológicas Parasitologia
Prof. Arnaldo Rodrigues Patricio
Especialização Radiologia Radiologia
Prof. Bruno Mello de Matos
Doutorado Biopatologia Bucal - Microbiologia e Imunologia
Microbiologia
Prof. Carlos Alberto de Lima Botelho Filho
Mestrado Medicina Interna Endocrinologia
Prof. David Fernandes de Lima
Doutorado Biotecnologia Farmacologia
Profa. Diana Maria Alexandrino Pinheiro
Especialização Ginecologia e Obstetrícia
Ginecologia e Obstetrícia
Prof. Diogo Vilar da Fonseca
Doutorado Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos
Morfofisiologia Humana/Anatomia e Fisiologia Humana
Prof. Franklin Passos de Araújo Júnior
Especialização Ortopedia e Traumatologia
Ortopedia e Traumatologia
Prof. Isaac Farias Cansanção
Doutorado Biotecnologia Genética
50
Profª. Isnaia Firminia de S. Almeida Agostinho de Mello
Especialização Dermatologia Dermatologia
Prof. Jarbas Delmoutiez Ramalho Sampaio Filho
Mestrado Ciências da Saúde Gastroenterologia
Profa. Joilda Silva Nery
Doutorado Saúde Coletiva Epidemiologia
Profa. Kátia Cordeiro Antas
Mestrado Psicologia Psicologia
Prof. Marlon Vinicius Gama Almeida
Mestrado Saúde Coletiva Saúde da Família e Comunidade
Prof. Matheus Rodrigues Lopes
Doutorado Fisiopatologia Médica
Bioquímica Clínica
Profa. Natália Gomes de Morais
Doutorado Medicina Tropical Imunologia
Prof. Paulo Roberto Marinho Meira
Especialização Medicina de Família e Comunidade
Medicina de Família e Comunidade
Prof. Pedro Pereira Tenório
Mestrado Patologia Patologia Humana
Prof. Ricardo de Lima Lacerda
Mestrado Ensino em Ciências da Saúde e do Meio Ambiente
Medicina de Família e Comunidade
Prof. Rodrigo Dugnani Doutor Ciências Sociais Antropologia
Prof. Romero Henrique de Almeida Barbosa
Especialização Cardiologia Cardiologia
Prof. Vicente da Silva Monteiro
Especialização Otorrinolaringologia Otorrinolaringologia
Prof. William Novaes de Gois
Especialização Cardiologia Clínica Médica
Prof. William Rodrigues de Freitas
Doutorado Biociências e Biotecnologia - Biologia Celular
Morfologia
51
Profa. Yanna Carolina Abdala Braga Lacerda
Especialização Pediatria Pediatria
6 DOCUMENTOS NORMATIVOS O Colegiado de curso deverá expedir documentos normativos que
regulamentem o internato, o TCC e as atividades complementares, em período
oportuno.
7 DURAÇÃO MÁXIMA E MÍNIMA De acordo com o Parágrafo único do Art. 2º das Diretrizes Curriculares
Nacionais do Curso de Graduação em Medicina, o prazo mínimo para a integralização
do curso médico, é de 6 (seis) anos.
Neste sentido, o discente do curso de Medicina em Paulo Afonso terá o prazo
máximo de 9 (nove) anos para a sua conclusão. Assim, para fins de jubilamento, o
discente poderá ter apenas 3 reprovações (consecutivas ou não), ao longo do curso.
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52
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Dispõe sobre o estágio de estudantes e dá outras providências. Diário Oficial da
União. Brasília, 2008. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil
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Saúde. Secretaria da Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. Matriz de correspondência curricular para fins de revalidação de diplomas de médico obtidos no exterior. Ministério da Educação, Ministério da Saúde. Brasília: MEC,
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________. Regulamento do Núcleo Docente Estruturante. Resolução CNE/CES
nº 1, de 17 de junho de 2010. Ministério da Educação. Conselho Nacional de
Educação. Câmara de Educação Superior. 2010.
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julho de 1981, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/L12871.htm>. Acesso
em: 21 mai. 2016.
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277-284. 2013.
56
ANEXOS 1. ORDENAMENTO DA MATRIZ CURRICULAR POR ATIVIDADE DO CURSO DE MEDICINA DE PAULO AFONSO.
1º Período
Ciclo Vital I
Módulo 1: Concepção ao Nascimento/
Módulo 2:
Crescimento e Desenvolvimento
Atividade Carga Horária Teórica
Carga Horária Prática
Tutoria 180 PIESS 60 ATL 60
Habilidades/Atitudes 60 AIC 30 30
Carga Horária Total 420 2º Período
Ciclo Vital II
Pré-requisito:
Ciclo Vital I
Módulo 1: Adolescência e Idade Adulta/
Módulo 2:
Envelhecimento e Morte
Atividade Carga Horária Teórica
Carga Horária Prática
Tutoria 180 PIESS 60 ATL 60
Habilidades/Atitudes 60 AIC 30 30
CCC-I 30 Carga Horária Total 450
3º Período
Sinais e Sintomas I
Pré-
requisito: Ciclo Vital II
Módulo 1: Dor/
Módulo 2: Febre, Inflamação e
Infecção
Atividade Carga
Horária Teórica
Carga Horária Prática
Tutoria 180 PIESS 60 ATL 60
Habilidades/Atitudes 60 AIC 30 30
CCC-II 30 Carga Horária Total 450
. 4º Período
Sinais e Sintomas II
Pré-
requisito: Sinais e
Sintomas I
Módulo 1: Diarreia, Vômito, Icterícia e
obstipação/
Módulo 2: Hipotensão
(desidratação), Hipertensão e
Edema/
Módulo 3: Tosse, Dispneia e
Cianose
Atividade Carga Horária Teórica
Carga Horária Prática
Tutoria 180
PIESS 60
ATL 60
Habilidades/Atitudes 60
AIC 30 30 Carga Horária Total 420
57
6º Período
Sinais e Sintomas
IV
Pré-requisito: Sinais e
Sintomas III
Módulo 1: Proliferação
Celular/
Módulo 2: Distúrbios
Sensitivos e motores/
Módulo 3:
Transtornos mentais e do
comportamento
Atividade Carga
Horária Teórica
Carga Horária Prática
Tutoria 180
PIESS 60
ATL 60
Habilidades/Atitudes 60
AIC 30 30 TCC I
Pré-
requisito: Sinais e
Sintomas III
TCC I 15
Carga Horária Total 435 7º Período
Grandes Clínicas I
Pré-
requisito: Sinais e
Sintomas IV
Módulo 1: Criança e Adolescente/
Módulo 2: Mulher
Atividade Carga
Horária Teórica
Carga Horária Prática
Tutoria 180
PIESS 60
Habilidades/Atitudes 120
AIC 30 30 TCC II
Pré-
requisito: TCC I
TCC II 15
Carga Horária Total 435
5º Período
Sinais e
Sintomas III
Pré-requisito: Sinais e
Sintomas II
Módulo 1: Nutrição e Metabolismo/
Módulo 2: Fadiga, Perda de Peso e
Palidez
Atividade Carga Horária Teórica
Carga Horária Prática
Tutoria 180
PIESS 60
ATL 60
Habilidades/Atitudes 60
AIC 30 30 Carga Horária Total 420
58
8º Período
Grandes Clínicas II
Pré-
requisito: Grandes Clínicas I
Módulo 1: Adulto/Idoso/
Módulo 2:
Emergências
Atividade Carga
Horária Teórica
Carga Horária Prática
Tutoria 180
PIESS 60
Habilidades/Atitudes 120
AIC 30 30 TCC I
Pré-
requisito: TCC II
TCC III 10 20
Carga Horária Total 450
9º Período
Internato I
Pré-requisito: Grandes Clínicas II
Atividade
Carga Horária
Medicina Geral de Família e Comunidade
600
Carga Horária Total 600 10º Período
Internato II
Pré-
requisito: Grandes Clínicas II
Atividade
Carga Horária
Pediatria 560
Ginecologia e Obstetrícia 560
Carga Horária Total 1120
11º Período
Internato III
Pré-requisito: Grandes Clínicas II
Atividade
Carga Horária
Clínica Médica 560
Clínica Cirúrgica 560
Carga Horária Total 1120
59
12º Período
Internato IV
Pré-requisito: Grandes Clínicas II
Atividade
Carga Horária
Emergência 480
Rodízio Optativo 280
Carga Horária Total 760
Outras atividades obrigatórias
Atividade Carga Horária
Núcleo Temático 120 Disciplinas Eletivas 120
Atividades complementares 200 Carga Horária Total 440
Resumo da carga horária total do curso
Atividade Carga Horária
Unidades Curriculares - 1º ao 4º ano e TCC 3.480 Internato – 5º e 6º ano 3.600
Outras atividades obrigatórias 440 Carga Horária Total 7.520
2. CONTEÚDOS NORTEADORES DAS EMENTAS CICLO VITAL I Aleitamento materno. Anamnese. Atendimento ao recém-nascido na sala de parto.
Avaliação do crescimento e desenvolvimento da criança. Biomoléculas. Divisão
Celular. Características psicológicas da gestação. Células pluripotenciais. Células
totipotenciais. Ciclo menstrual. Código de Ética médica Ética médica: princípios e
fundamentos. Código de Ética Médica. Comunidade: aspectos conceituais e teóricos.
Comunidade: aspectos conceituais e teóricos. Conselho Federal e Regional de
Medicina. Conselho regional e federal de medicina. Desenvolvimento dos tecidos e
órgãos do corpo humano. Desenvolvimento infantil até a fase pré-puberal.
Desenvolvimento psicomotor da criança. Determinantes biológicos e sociais
envolvidos nas gêneses das doenças. Determinantes biológicos e sociais envolvidos
nas gêneses das doenças. Diagnóstico clínico, por imagem e laboratorial da
gestação. Educação e saúde. Educação e saúde. Embriologia. Microscopia.
Endemias, surto, epidemias e pandemias. Endemias, surto, epidemias e pandemias.
Estrutura celular: principais componentes e organelas. Etapas e controle do ciclo
celular. Fisiologia da gravidez e hormônios placentários. Formação do embrião
humano e suas malformações. Fundamentos da microscopia ótica. Gametogênese e
60
fertilização humana. Histologia de Muscular e Nervoso. Histologia Epitélios e
Conjuntivos. História natural das doenças. História natural das doenças. Homeostase.
Implantação e desenvolvimento embrionário. Imunização ativa e passiva. Integração
celular: junções celulares, adesão celular e matriz extracelular. Introdução a
anamnese. Introdução à epidemiologia. Introdução à epidemiologia. Introdução à
genética. Introdução à histologia: características gerais dos principais tecidos do
corpo humano. Introdução à anatomia: terminologias e posições anatômicas.
Introdução à propedêutica da gestação. Introdução aos termos técnicos em medicina.
Marcos do desenvolvimento saudável e prevenção de acidentes. Mecanismos de
assistência no trabalho de parto normal. Morfofisiologia macroscópica e microscópica
dos sistemas endócrino, nervoso e sensorial. Protozoários, helmintos e artrópodes de
interesse médico – 59 modelos para descrição de aspectos morfobiológicos dos
parasitos e aspectos clínicos e epidemiológicos das parasitoses mais frequentes nas
diferentes regiões brasileiras. Morfofisiologia macroscópica e microscópica dos
sistemas muscular e esquelético. Morfofisiologia do sistema reprodutor feminino e
masculino. Nomenclatura anatômica, posições, eixos, planos e termos descritivos.
Novas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. Novas
Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina. O período
fetal. Parto. Gestação. Pré-natal. Perfil de morbimortalidade da população brasileira.
Perfil de morbimortalidade da população brasileira. Placenta e membranas fetais.
Potencial de membrana e os mecanismos envolvidos no potencial de ação. Potencial
de Membrana e Sinalização Celular. Princípios da atenção pré-natal. Princípios de
ética e bioética. Princípios de puericultura. Programa Nacional de Humanização do
Parto, Pré-natal e Puerpério. Programa Nacional de Imunização. Prontuário médico e
suas implicações legais. Propedêutica da gestação. Puerpério patológico (depressão
pós-parto, infecção puerperal). Receptores de membrana e os sistemas de
transdução de sinais biológicos. Reforma Sanitária. Relação médico paciente.
Replicação gênica. Rotina da consulta médica geral, prontuário médico. Saúde
psicoafetiva da criança. Ser saudável e/ou ser doente: aproximações e
distanciamentos. Ser saudável e/ou ser doente: aproximações e distanciamentos.
Sinais vitais e somatoscopia. Sistema Único de Saúde. Sistema Único de Saúde.
Somatoscopia e sinais vitais. Técnicas de biologia molecular. Técnicas do exame
físico geral. Termos técnicos usados em medicina. Territorialização. Transporte
através da membrana. Vias da informação (Síntese proteica).
61
Referências básicas: ALMEIDA-FILHO, N.; BARRETO, M. Epidemiologia & Saúde: fundamentos,
métodos, aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A, 2011.
BAYNES, J.W.; DOMINICZAK, M.H. Bioquímica médica. 4. ed. Rio de Janeiro:
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BEREK, Jonathan S. Berek & Novak: tratado de ginecologia. 15. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2016.
BERNE, R. M.; LEVY, M. N. Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
BICKLEY, L. S. BATES: Propedêutica Médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2015.
BOGLIOLO, Luigi; Brasileiro Filho, Geraldo. Bogliolo, patologia geral. Rio de
Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2013.
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CICLO VITAL II A elaboração e o desenvolvimento de pesquisas e trabalhos científicos obedecendo às orientações e normas vigentes nas Instituições de Ensino e Pesquisa no Brasil e na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A investigação e iniciação científica. A promoção da saúde e a responsabilidade do poder público. A reforma sanitária brasileira. Ação do etanol no SNC. Ação do hormônio do crescimento nos diversos sistemas. Alterações cadavéricas. Anatomia do abdome. Anatomia do coração normal. Anatomia do Sistema Respiratório. Anatomia e a fisiologia gástrica. Aplicabilidade médica e o princípio da técnica da densitometria óssea. As diversas fases de elaboração e desenvolvimento de pesquisas e trabalhos acadêmicos. Aspecto psicológico da autoafirmação na adolescência. Aspectos culturais da construção da adolescência (o que é valorizado e o que é rejeitado). Aspectos culturais dos cuidados com a saúde masculina (representação do homem-ferro). Aspectos da saúde do trabalhador relacionada ao alcoolismo. Azoospermia e conhecer as suas causas. Base genética do nanismo. Caracteres sexuais primários e secundários de ambos os sexos. Características do espermograma. Caracterização do gênero como processo psicossocial. Causa dos tremores corporais. Comportamento sexual na adolescência: DST e sexualidade. Dados de morbimortalidade das doenças cardiovasculares, segundo o DATASUS. Dados estatísticos de morbimortalidade relacionados ao tabagismo. Diferentes formas de apresentação de intersexo, suas características físicas e causas. Dimensões psíquicas e afetivas sobre a incapacidade reprodutiva. Doenças genéticas multifatoriais e fatores genéticos estão envolvidos na Doença de Parkinson. Educação em saúde e suas estratégias dentro do Programa de Saúde da Família. Embriologia do sistema geniturinário. Espermatogênese. Farmacocinética e a farmacodinâmica da digoxina e furosemida. Farmacocinética e a farmacodinâmica da levodopa. Farmacocinética e farmacodinâmica do Diclofenaco de sódio. Farmacocinética e farmacodinâmica do Omeprazol. Farmacocinética e farmacodinâmica dos salbutamol e brometo de ipratrópio. Farmacologia do Decanoato de nandrolona. Financiamento em Saúde. Fisiologia das fibras musculares esqueléticas. Fisiologia das trocas gasosas. Fisiologia do climatério. Fisiologia do controle motor pelo SNC. Fisiologia do eixo hipotálamo-hipofisário do hormônio do crescimento. Fisiologia do simpático e parassimpático relacionado ao problema. Fisiologia hormonal relacionada a puberdade do sexo feminino. Fisiologia hormonal relacionada a puberdade do sexo masculino. Fundamentos e práticas na Medicina Geral de Família e Comunidade Territorialização e planejamento de saúde. Gerenciamento em saúde. Hematopoese. Hemograma. Impacto de situações estressoras para o coração (estímulo sexual, álcool e cigarro). Impacto do alcoolismo no ambiente familiar. Impacto do diagnóstico
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da doença para a estrutura familiar. Impacto do exercício físico na resposta imunológica. Impacto psicológico das anomalias genitais no paciente e na família. Impacto social do isolamento no processo de saúde do idoso. Implicações físicas, psicológicas e sexuais decorrentes do climatério. Importância do papel da família no prognóstico da doença. Indicação do atestado de óbito. Indicações da endoscopia digestiva alta (EDA). Influência da idade no desempenho sexual masculino no paciente hígido. Influência do exercício físico na imunidade. Leis Orgânicas da Saúde (LOAS) 8.080 e 8.142. Lesão reversível de lesão progressiva. Mecanismo da excitação celular e condução do impulso nervoso através das membranas celulares. Mecanismos envolvidos na apoptose e necrose celular. Modelos de atenção à saúde. Morfofisiologia macro e microscópica dos sistemas reprodutor masculino, urinário, endócrino, cardiovascular, digestório, respiratório e sensorial. Noções básicas de Declaração de Óbito. Noções básicas de eletrocardiograma. Noções básicas de Rx de tórax e do abdome. O exercício da escrita como elemento constitutivo da produção e expressão do conhecimento. Organização/padrão social sobre a maternidade e paternidade. Os fundamentos, os métodos e as técnicas de análise presentes na produção do conhecimento científico. Pancitopenia. Papel de equipes multidisciplinares no tratamento de cardiopatas. Papel do IML no atestado da morte. Papel do Serviço de Regulação do SUS. Plano terapêutico singular. Principais eventos desencadeantes da apoptose e necrose. Principais fatores associados à disfunção erétil. Principais mecanismos relacionados à atuação farmacológica do etanol. Programa de Saúde da Família (PSF). Propedêutica abdominal. Propedêutica do sistema cardiovascular. Propedêutica respiratória. Rede de apoio psicossocial para o problema relacionado a álcool e drogas (CAPS-AD). Relação entre questões psicossociais (ansiedade, perda familiar) e doenças cardíacas. Relação médico-paciente/adolescente. Reposição hormonal no climatério com estrógenos de baixa dosagem. Riscos da automedicação. SAMU e sua forma de atendimento. Sífilis e apontar as características clínicas da Sífilis Primária Medidas preventivas das DST´s. Sintomatologia com as alterações hematológicas. Tipos de morte celular indicados no problema. Tomografia Computadorizada do Abdome e Ultrassonografia do Abdome. Tomografia computadorizada do tórax. Vigilância Epidemiológica, busca ativa e principais medidas de morbidade (incidência e prevalência). Visão cultural sobre o relacionamento entre mulheres mais velhas e homens mais jovens.
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Locomotor. Anatomia e Fisiologia do Sistema Nervoso. Aspectos culturais,
psicológicos, de gênero e afetivos relacionados à dor. Assepsia, antissepsia e
degermantes. Campos cirúrgicos. Características propedêuticas da dor, febre,
inflamação e infecção. Conhecer os principais exames laboratoriais para investigação
etiológica do processo inflamatório e infeccioso. Estudo dos aspectos etiológicos,
fisiopatológicos, farmacológicos, imunológicos, propedêutica da dor, febre,
inflamação e infecção. Exame físico geral. Fases de elaboração e desenvolvimento
de pesquisas e trabalhos acadêmicos. Histologia do Sistema Locomotor. Histologia
do Sistema Nervoso. Instrumental básico cirúrgico. Lavagem das mãos. Lesões de
Pele no contexto geral. Limpeza e manuseio de feridas. Linhas de cuidado em saúde.
Manuseio prático dos nós cirúrgicos. Medicalização e saúde. Medidas de associação
de risco. Metodologias de investigação e instrumentos de intervenção. Métodos e as
técnicas de análise presentes na produção do conhecimento científico. Métodos
imagenológicos no diagnóstico da dor e inflamação. O exercício da escrita como
elemento constitutivo da produção e expressão do conhecimento. Pesquisas e
trabalhos científicos obedecendo às orientações e normas vigentes nas Instituições
de Ensino e Pesquisa no Brasil e na Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT). Prevenção quaternária. Propedêutica Neurológica. Propedêutica
Osteoarticular. Redes de atenção à saúde. Redes de atenção nos serviços públicos
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de saúde para o tratamento e diagnóstico da dor, febre, inflamação e infecção. Riscos
socioeconômicos, de recursos e de cobertura. Saúde e trabalho. Sistema de
informação e indicadores em saúde. Suturas e fios. Vigilância ambiental. Vigilância
epidemiológica: notificação compulsória, investigação e medidas de controle.
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SINAIS E SINTOMAS II A Hipertensão primária e secundária. A investigação e iniciação científica. Abordagem
do paciente com doenças do estômago – dispepsia, gastrite, doença péptica,
neoplasia. Absorção da água, dos sais, e vitaminas. Acidente doméstico e obstrução
de vias aéreas superiores. Anamnese e exame físico direcionados aos sinais e
sintomas das patologias abdominais, cardiovasculares e respiratórias mais comuns
na prática clínica. As diversas fases de elaboração e desenvolvimento de pesquisas
e trabalhos acadêmicos. Aspectos psicossomáticos da diarréia vômito, obstipação.
Assepsia e antissepsia, degermantes. Bactérias, fungos e vírus envolvidos nas
patologias mais importantes em nosso meio, modelos para descrição de aspectos
morfofuncionais e patogenéticos. Centro cirúrgico (setorização). Diagnóstico e
conduta nas doenças mais prevalentes: hipertensão arterial e suas complicações,
síncope vaso-vagal, choque anafilático, trauma abdominal e choque hipovolêmico,
insuficiência cardíaca congestiva. Diagnóstico e conduta terapêutica nas doenças
mais prevalentes: pneumonias, tuberculose, tromboembolismo pulmonar. Diferentes
tipos de fios de sutura. Digestão e absorção dos alimentos. Disponibilidade de
serviços no SUS para o diagnóstico e terapia das doenças intestinais. Disponibilidade
do SUS em relação rede referencial para o diagnóstico e terapêutica adequado.
Disponibilidade do SUS em relação rede referencial para o diagnóstico e terapêutica
adequado. Doença hipertensiva específica da gestação. Doenças da vesícula e das
vias biliares – colecistite, litíase biliar. Doenças do intestino – doenças intestinais
inflamatórias, síndrome desabsortiva, diarreia aguda e crônica. Doenças inflamatórias
intestinais. Estruturas do sistema digestório e as imagens correspondentes. Exames
parasitológicos de fezes: Técnica de Hoffmann, Pons e Janer e Método de Kato-Katz.
82
Fisiologia da respiração Relações funcionais entre ventilação e perfusão, pulmonar.
Gastrenterites (viral, bacteriana). Histologia dos componentes do sistema digestório.
Imagenologia do sistema cardiovascular. Imagenologia do sistema digestório.
Imagenologia do sistema respiratório. Imagenologia relacionada às patologias
abdominais (radiografias, tomografia computadorizada, ressonância magnética e
ultrassonografia). Imagenologia relacionada às patologias cardiovasculares
(radiografias, tomografia computadorizada, ressonância magnética e
ultrassonografia). Imagenologia relacionada às patologias respiratórias (radiografias,
tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassonografia). Importância
da família no tratamento e acompanhamento de doenças crônicas. Influência de
fatores emocionais e estressantes sobre o quadro de hipotensão e hipertensão.
Instrumental cirúrgico, campos, aventais cirúrgicos e luvas cirúrgicas estéreis.
Intervenções preventivas para hipertensão na comunidade. Lavagem das mãos em
ambiente cirúrgico. Mecanismos de inervação do sistema cardiovascular. Métodos de
avaliação da função cardíaca. Métodos de avaliação da função respiratória. Métodos
de investigação complementar do sistema digestório. Motilidade gastrintestinal.
Noções Gerais de Parasitologia. O exercício da escrita como elemento constitutivo da
produção e expressão do conhecimento. O processo da hematose e ajustes
metabólicos. Os componentes do sistema respiratório, suas características
histológicas e correspondentes imagens. Os fundamentos, os métodos e as técnicas
de análise presentes na produção do conhecimento científico. Parasitos oportunistas
associados: bactérias, vírus, fungos e protozoários. Pesquisas e trabalhos científicos
de acordo com as orientações e normas vigentes nas Instituições de Ensino e
Pesquisa no Brasil e na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Pessoas
com Doenças Crônicas. Pessoas em Situação de Privação da Liberdade. Pessoas
em Situação de Rua. Políticas públicas e programas de saúde voltados para as
populações específicas. População LGBT. População Rural. Principais fármacos com
ação sobre o sistema cardiovascular. Principais fármacos com ação sobre o sistema
digestório. Principais fármacos com ação sobre o sistema respiratório. Principais
manifestações das enfermidades pulmonares. Promoção da saúde para pessoas
acometidas por doenças respiratórias e cardiovasculares na comunidade e do
trabalho. Propriedades eletromecânicas do coração e sua representação
eletrocardiográfica. Protozoários: Entamoeba histolytica/dispar, Giardia lamblia,
Trichomonas vaginalis, Leishmania sp., Trypanosoma cruzisp, Plasmodium sp.,
83
Toxoplasma gondii; Helmintos: Schistosoma mansoni, Ascaris lumbricoides,
Ancylostoma sp., Strongyloides stercoralis, Trichuris trichiura, Enterobius
vermiculares, Fasciolahepatica, Taeniasolium/Taeniasaginata, Hymenolepis nana,
Echinococcus granullosus. Reflexão sobre o comportamento do profissional de
saúde/estudante em ambiente hospitalar/centro cirúrgico. Relação parasito-
hospedeiro: principais mecanismos de virulência e de escape dos agentes
biopatogênicos e a resposta imunológica. Relações anatômicas do coração e dos
vasos sanguíneos no corpo humano. Saúde da Criança e adolescente. Saúde da
Mulher. Saúde do Homem. Saúde do Idoso. Saúde mental. Secreção gástrica
cloridro-péptica. Semiologia dos sinais e sintomas das patologias abdominais.
Semiologia dos sinais e sintomas das patologias cardiovasculares. Semiologia dos
sinais e sintomas das patologias respiratórias. Síndrome do intestino irritável. Vetores:
artrópodes e moluscos.
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SINAIS E SINTOMAS III Abordagem centrada na pessoa. Abordagem de problemas respiratórios e
metabólicos no âmbito da medicina da família e comunidade. Aconselhamento
apropriado e interpretação de exames complementares. Adaptação da prática médica
no contexto cultural. Agentes hematopoiéticos (fatores de crescimento, minerais e
vitaminas). Alterações metabólicas e renais. Anabolismo e catabolismo das proteínas,
carboidratos, lipídeos e sua correlação clínica. Anabolismo e catabolismo de
proteínas, lipídeos e carboidratos e sua correlação clínica. Comportamento de
compulsão alimentar. Cuidados domiciliares. Diagnóstico e terapêutica nas
endocrinopatias. Disfunção alimentares de autoimagem (Anorexia nervosa e bulimia).
88
Disponibilidade do SUS em relação rede referencial para o diagnóstico e terapêutico
adequadas dos distúrbios nutricionais endócrinos e metabólicos. Distúrbios
alimentares e relação com fatores emocionais e psicológicos. Distúrbios do
metabolismo dos sais minerais e vitaminas. Distúrbios metabólicos da criança, do
adolescente e do adulto. Distúrbios nutricionais e alimentares da criança, do
adolescente e do adulto. Doenças disabsortivas. Doenças metabólicas hereditárias e
erros inatos do metabolismo. Exames complementares do diagnóstico diferencial das
patologias das desordens nutricionais e metabólicas. Exames laboratoriais e de
imagenologia na fadiga, perda de peso e palidez. Exames laboratoriais para avaliação
do estado nutricional e metabolismo. Fatores psicossociais e ambientais que
interferem no estado nutricional. Hemoterapia. Impacto emocional da doença
endócrina e metabólica sobre o paciente e sua família. Influência de fatores
psicológicos, sociais e econômicos sobre a obesidade. Integração do metabolismo:
Fisiopatologia do eixo hipotálamo-hipófisário, glândulas alvo e pâncreas endócrino.
Medidas de prevenção das doenças endócrinas e metabólicas e nutricionais na
comunidade. Métodos de investigação laboratoriais e imagenológicos dos distúrbios
nutricionais e metabólicos. Morfofisiologia dos sistemas endócrino e gastrointestinal.
Nutrição enteral e parenteral. Orientação dietética nas doenças crônicas. Patologias
que evoluem com fadiga, perda de peso e palidez como: Insuficiência renal crônica,
tuberculose, cardiopatias, distúrbios da tireoide, diabetes mellitus, alcoolismo,
hepatopatias, anemias, leucemias, linfomas, parasitoses, dentre outras. Princípios da
medicina geral de família e comunidade. Propedêutica do estado nutricional.
Propedêutica do sistema endocrinológico. Regulação hormonal e integração do
metabolismo em mamíferos. Relação da qualidade de vida do paciente com o
processo de tratamento e acompanhamento das doenças endócrinas. Relação dos
quadros de ansiedade com o processo metabólico. Terapêutica atual da fadiga, perda
de peso e palidez (farmacológico e não farmacológico) mais utilizados,
especificamente. Terapia farmacológica dos distúrbios nutricionais e metabólicos.
Transplante de medula óssea. Transtornos da coagulação e hemorrágicos.
Transtornos relacionados ao sono. Tratamento farmacológico das principais doenças
metabólicas.
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SINAIS E SINTOMAS IV Alterações do crescimento e da diferenciação celular. Artrites. Aspectos
epidemiológicos, fisiopatológicos, diagnóstico clínico-topográfico e exames
complementares e tratamentos dos distúrbios sensitivos. Aspectos epidemiológicos,
fisiopatológicos, diagnóstico clínico-topográfico, exames complementares e
tratamentos dos distúrbios locomotores. Aspectos fisiopatológicos, clínicos e
epidemiológicos, preventivos e de rastreamento. Princípios do tratamento oncológico.
Aspectos genéticos e ambientais relacionados com gênese das neoplasias. Aspectos
psicológicos, éticos e legais relacionados à terminalidade da vida. Atestado de óbito.
95
Autismo. Cirurgia ambulatorial: punções, anestesia local, técnicas de biopsia.
Complicações nos diversos tipos de neoplasias (metástases). Comunicação de más
notícias (protocolo SPIKES e outros). Conceito, critérios e diagnósticos e tratamento
dos transtornos extrapiramidais: Doença de Parkinson, síndromes parkisonianas e
distúrbios de movimento. Déficits cognitivos da infância. Déficits cognitivos no adulto
(demências). Diagnóstico diferencial das suas causas, abordando a idade.
Diagnóstico diferencial de doenças relacionadas ao sistema nervoso. Diagnóstico e
Classificação dos Transtornos Mentais. Diagnóstico e condução adequada de
situações emergenciais em neurologia e traumatologia. Distúrbio de linguagem,
realizando abordagens diagnósticas nas diferentes faixas etárias e os diagnósticos
diferenciais: dislexia, agrafia, acalculia, agnosia, apraxia e afasia. Distúrbios de
consciência. Distúrbios metabólico-carenciais. Distúrbios psiquiátricos (histeria,
catatonia, surtos psicóticos). Distúrbios relacionados ao nível e conteúdo da
consciência. Doenças cerebrovasculares. Doenças desmielinizantes. Doenças dos
distúrbios sensitivos: morfofisiologia dos sistemas sensitivos. Doenças dos nervos
cranianos, da medula e dos nervos periféricos. Doenças motoras da criança. DORT
(doença osteomuscular relacionada ao trabalho): Diagnósticos clínicos e laboratoriais.
Emergências Psiquiátricas. Envolvimento familiar no tratamento das doenças
mentais. Epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico clínico e imagenológico em
distúrbios mentais e do comportamento de crianças, adolescentes e adultos.
Epilepsias. Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos. Estadiamento. Exame
clínico do paciente psiquiátrico: Anamnese, entrevista, laudo e parecer psiquiátricos.
Exame clínico neurológico completo. Exames complementares na emergência e no
acompanhamento do paciente e tratamento dos estados de alterações da
consciência. Exames complementares relacionados ao sistema locomotor. Exames
laboratoriais e imagenológicos na investigação das diversas neoplasias.
Farmacologia das drogas relacionadas ao funcionamento do sistema nervoso.
Farmacologia dos distúrbios da consciência, sensitivos e motores. Farmacologia e
uso clínico das principais drogas antirreumáticas, imunossupressoras e
imunomoduladoras. Gestão e organização do processo de trabalho. Imunologia dos
transplantes. Infecções do Sistema Nervoso Central. Infecções osteoarticulares.
Influência da qualidade de vida e de fatores emocionais sobre o desenvolvimento das
doenças oncológicas. Introdução as fraturas e seus principais tipos. Lesões
expansivas intracranianas. Lesões osteoarticulares e discais. Manejo clínico e
96
psicofarmacologia dos transtornos mentais e do comportamento. Manuseio da dor em
pacientes oncológicos (dor fantasma). Mediação de conflitos. Métodos
imunodiagnósticos. Morfofisiologia do sistema locomotor. Morte cerebral, critérios
clínicos e exames complementares. Neoplasias e sua classificação. Neurites. Noções
de radioterapia e quimioterapia e seus efeitos adversos. Patologias da placa motora
e miopatias. Patologias do tecido conectivo e osteometabólicas. Propedêutica
dermatológica. Propedêutica oftalmológica. Propedêutica otorrinolaringológica. Rede
de atenção psicossocial. Redes assistenciais em saúde. Reforma psiquiátrica.
Relação e diálogo de gestão em saúde. Resposta imune nos tumores. Saúde mental
no âmbito da medicina de família e comunidade. Síndromes paraneoplásicas.
Sistemas de informação. Transtorno de comportamento e conduta. Transtorno de
desatenção e hiperatividade. Transtorno Obsessivo compulsivo. Transtornos de
ansiedade. Transtornos de personalidade. Transtornos dissociativos e transtornos de
sintomas somáticos. Transtornos do humor. Transtornos mentais orgânicos.
Transtornos relacionados a substâncias psicoativas. Trauma raquimedular (TRM).
Traumatismo crânio-encefálico (TCE). Tumores cerebrais. Uso de álcool, drogas e
entorpecentes. Usuário hiper frequentador e prevenção de demanda acessória.
Vertigem: diagnóstico diferencial do distúrbio da coordenação e do equilíbrio.
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GRANDES CLÍNICAS I A transição da adolescência. Abuso de álcool e drogas ilícitas. Ações de saúde em
Pediatria. Agravos à Saúde: doenças neonatais mais prevalentes levando em
consideração sua importância epidemiológica regional e nacional. Alimentação e
distúrbios alimentares na criança e no adolescente. Alterações do desenvolvimento
puberal, desvios do crescimento, desenvolvimento sexual e do padrão menstrual.
Anemia ferropriva e diagnostico diferencial; Asma, Pneumonias. Aspectos éticos do
atendimento a vítimas de violência, e detecção de evidências de abuso e/ou maus
tratos, abandono, negligência na criança. Aspectos éticos do atendimento a vítimas
101
de violência, e detecção de evidências de abuso e/ou maus tratos, exame de corpo e
delito relacionados a mulher. Aspectos éticos relacionados ao abortamento.
Assistência ao nascimento. Atendimento a criança politraumatizada. Avaliação da
condição de vitalidade da criança e do adolescente. Avaliação do crescimento, do
desenvolvimento e do estado nutricional da criança e adolescente. Anamnese e
exame físico minucioso. Avaliação nutricional. Caderneta de saúde da criança e do
adolescente. Calendário Vacinal do Programa Nacional de Imunização. Cetoacidose
diabética. Colestase do lactente. Conhecer a propedêutica semiótica no recém-
nascido. Consulta do pediatra no pré-natal. Consulta ginecológica no âmbito da
medicina de família e comunidade. Convulsão febril, conduta e diagnósticos
diferenciais. Corrimento vaginal. Dermatoses mais comuns na infância e
adolescência. Diagnóstico diferencial das hematúrias. Diagnóstico diferencial de
sepse neonatal. Diagnóstico diferencial dos exantemas febris. Diagnósticos clínico,
laboratorial, de imagem e tratamentos clínico e/ou cirúrgico das diversas patologias
que interferem na saúde da mulher. Diarreia. Direito do paciente ao sigilo do médico.
Distúrbios da função renal, do trato urinário e infecção do trato urinário. Distúrbios do
crescimento: abordagem da criança e do adolescente com peso e/ou altura baixos
para a idade. Distúrbios gastrointestinais funcionais (constipação intestinal, dispepsia
e RGE). Distúrbios menstruais, sangramentos genitais, queixas mamárias,
infertilidade e dor pélvica. Distúrbios metabólicos, respiratórios do recém-nascido.
Distúrbios urogenicológicos. Doenças exantemáticas na infância e indeterminadas
(Zika, Dengue, Chikungunya). Doenças infecto-parasitárias prevalentes na infância.
Doenças sexualmente transmissíveis (DST). Dores recorrentes (cefaleia; dor
abdominal; dor nos membros inferiores). Emergências obstétricas. Endometriose.
Ensino de habilidades para manuseio e diagnóstico das situações acima descritas.
Esterilidade. Ética na abordagem do paciente e na realização do exame físico em
crianças e adolescentes. Exame físico dos sistemas: respiratório, cardiovascular,
digestório; genitourinário, locomotor, neurológico. Exames complementares e de
diagnósticos invasivos e não invasivos. Fatores intervenientes no crescimento e
desenvolvimento da criança e do adolescente. Febre reumática. Febre. Fisiologia e
patologia da lactação. Fisiopatologia e tratamento da infertilidade. Gestação normal e
de alto risco. Identificação dos aspectos de normalidade da saúde da mulher
caracterização do ciclo menstrual, libido, menarca, menacme, climatério, menopausa
e pós-menopausa. Imunização, reações adversas e contraindicações. Indicação e
102
técnica dos seguintes procedimentos (laboratório de habilidades): cricotireodostomia,
punção intraóssea, toracocentese, drenagem torácica, sondagem enteral,
paracentese, punção lombar, redução de parafimose. Linfadenomegalias-diagnóstico
diferencial; Hepatomegalia e esplenomegalia – diagnóstico diferencial. Marcos do
desenvolvimento normal e prevenção de Acidentes. Más formações do sistema
reprodutor feminino. Medidas de Suporte Básico de Vida. Métodos contraceptivos.
Normas de Biossegurança. Orientação aos pais e/ou responsável, sobre o
desenvolvimento da criança nas várias faixas etárias. Paciente neutropênico febril.
Parâmetros de normalidade para medida de pressão arterial, frequências cardíaca e
respiratória em crianças. Patologias mais comuns relacionadas a gestação.
Planejamento familiar e aconselhamento genético. Prevenção e promoção à saúde
da criança. Prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e diagnóstico das neoplasias
mais comuns relacionadas a mulher com destaque ao câncer de mama, ovário, útero
e colo do útero. Procedimentos obstétricos mais comuns no pré-natal e durante o
parto. Programa Nacional de Humanização. Programa Nacional de Imunização.
Propedêutica obstétrica. Realização de manobras semiológicas específicas da
Pediatria (oroscopia, otoscopia, pesquisa de sinais meníngeos, sinais clínicos de
desidratação). Reanimação neonatal. Reconhecimento de criança e adolescente em
risco de morte. Reconhecimento e manuseio adequado das cardiopatias congênitas.
Saúde do recém-nascido: Sala de parto, alojamento conjunto, berçário, semiologia
neonatal. Saúde mental da criança e do adolescente, e desenvolvimento de
conhecimentos, habilidades e atitudes para o atendimento. Saúde psicoafetiva de
crianças (vinculo mãe-bebê; choro; sono; apetite / saciedade; controle de esfíncteres;
disciplina; autoestima). Seguintes procedimentos: acesso venoso periférico,
intubação orotraqueal, sondagem gástrica, sondagem vesical, anestesia local, sutura,
drenagem de abscessos superficiais, administração de medicamentos, tratamento de
feridas e curativos. Semiologia ginecológica e propedêutica da avaliação da saúde da
mulher: exame das mamas, inspeção, toque vaginal e bimanual, exame especular,
avaliação de secreção vaginal, coleta de Papanicolau e exame da mulher que ainda
não teve relação sexual com penetração e ruptura do hímen. Sinais e sintomas do
câncer na infância. Síndrome do respirador oral e rinite alérgica. Síndrome falciforme.
Síndrome séptica. Síndromes respiratórias: Bronquiolite. Temperatura corporal.
Terapia de hidratação oral e reposição volêmica parenteral. Transtornos psiquiátricos
mais prevalentes na mulher. Triagem neonatal. Urgência e emergências em pediatria.
103
Vacinação (calendário ampliado, vacinação em situações especiais; imunização
passiva).
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GRANDES CLÍNICAS II
106
Abdômen agudo. Abuso de álcool e drogas ilícitas. Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Acidentes por animais peçonhentos. Afogamento. Anamnese e semiotécnica das
diversas patologias relacionadas ao adulto nas diferentes faixas etárias. Anamnese e
semiotécnica do idoso nos diferentes gêneros. Andropausa. Andropausa. Anemias
hemolíticas. Arritmias cardíacas. Arritmias cardíacas. Asma brônquica. Aspectos
éticos do atendimento a vítimas de violência, e detecção de evidências de abuso e/ou
maus tratos, abandono, negligência ao idoso. Atendimento ao politraumatizado
(ATLS). Cetoacidose diabética. Colangites. Coma hiperosmolar. Conduta na crise
falcêmica. Conduta na parada cardiorrespiratória (ACLS). Convulsão. Cuidados
domiciliares. Cuidados paliativos, aspectos éticos (eutanásia, distanásia e
ortotanasia). Demências. Diabetes melitus. Diagnóstico, conduta e manuseio
adequados para situações de emergência como: Parada cardiorrespiratória (ACLS.;
Síndromes Coronarianas Agudas (SCA). Diagnósticos clínico, laboratoriais e
complementares. Diagnósticos clínico, laboratorial, de imagem e tratamentos clínico
e/ou cirúrgico das diversas situações ou patologias que interferem na saúde do idoso:
Infecções respiratórias das vias aéreas superiores e inferiores. Disfunção sexual.
Distúrbios hidroeletrolíticos e ácidobásico. Distúrbios metabólicos e litíase renal.
Diverticulite. Doença inflamatória intestinal. Doenças cerebrovasculares. Doenças
cerebrovasculares. Doenças coronarianas. Doenças da aorta. Doenças da aorta.
Doenças dispépticas. Doenças hematológicas mais prevalentes no homem. Doenças
proctológicas. Doenças relacionadas ao trabalho. Doenças reumáticas,
endocrinológicas e dermatológicas mais prevalentes no homem. Doenças
sexualmente transmissíveis (DST). Edema agudo de pulmão. Edema agudo de
pulmão. Emergências hipertensivas. Emergências e urgências mais comuns
relacionadas ao homem. Emergências e urgências mais comuns relacionadas ao
idoso. Emergências em ginecologia e obstetrícia. Emergências em neonatologia e
pediatria. Emergências em psiquiatria. Emergências oncológicas. Emergências
vasculares periféricas agudas. Endocardites. Endocardites. Ensino de habilidades
para manuseio e diagnóstico das situações acima descritas. Ensino de habilidades
para manuseio e diagnóstico das situações acima descritas. Esterelidade. Exame de
corpo e delito e perícias médicas por morte violenta e ou para aposentadoria. Exame
de corpo e delito e perícias médicas por morte violenta ou para aposentadoria.
Hemorragia digestiva alta e baixa. Hemorragias digestivas alta e baixa. Hepatopatias
agudas e crônicas. Hipertensão arterial sistêmica. Hipertensão arterial sistêmica.
107
Infecções do trato urinário. Insuficiência arterial periférica aguda e crônica.
Insuficiência arterial periférica aguda e crônica. Insuficiência cardíaca aguda.
Insuficiência cardíaca. Insuficiência renal aguda e crônica. Insuficiência respiratória
aguda. Intoxicações exógenas. Intoxicações exógenas. Manobras de suporte básico
à vida. Manuseio correto de feridas agudas e crônicas. Manuseio do paciente grave.
Manuseio do paciente grave. Manuseio do tabagismo Pneumoconioses. Manuseio e
cuidados adequados no paciente crítico e/ou terminal. Manuseio e cuidados
adequados no paciente crítico e/ou terminal. Medicina indígena e quilombola.
Medicina rural. Neoplasias mais prevalentes no homem. Neoplasias mais prevalentes
no idoso. Nutrição no idoso. Obesidade, síndrome metabólica. Osteoartrite.
Osteoporose. Pancreatite aguda e cônica. Patologias prostáticas. Pneumoconioses.
Política nacional da saúde da pessoa idosa (estatuto do idoso). Prevenção e
tratamento das fraturas mais prevalentes no idoso. Princípios da cirurgia ambulatorial.
Reabilitação quaternária. Saúde ocupacional. Senilidade e senescência. Sexualidade
no idoso. Síndromes coronarianas. Síndromes parkinsonianas. Transtornos
gastrintestinais mais prevalentes no idoso Transtornos psiquiátricos mais prevalentes
no homem. Tratamentos clínico e/ou cirúrgico das diversas patologias que interferem
na saúde do homem/adulto: Infecções respiratórias das vias aéreas superiores e
inferiores. Trauma abdominal. Trauma raquimedular. Trauma torácico. Traumatismo
cranioencefálico. Traumatismo de partes moles e esqueleto apendicular.
Tromboembolismo pulmonar. Trombofilias. Trombose mesentérica. Trombose
venosa profunda. Tuberculose. Valvulopatias. Vasculites.
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INTERNATO EM MEDICINA DA FAMÍLIA E COMUNIDADE (MFC)
Acolhimento na perspectiva da humanização na atenção integral à saúde.
Acompanhamento individual das doenças prevalentes na localidade visualizando os
programas existentes nos diferentes ciclos de vida. Aplicação da vigilância em Saúde.
Elaboração do projeto de pesquisa para TCC. Gestão da Unidade. Gestão do cuidado
enfatizando os programas prioritários do governo com gerenciamento de risco.
Participação em atividade de Educação Popular em Saúde valorizando o saber da
comunidade de forma crítica para a promoção e recuperação da saúde. Participação
no Conselho Municipal de Saúde, prática clínica em consultas individuais, familiares
e visita domiciliar, participação de grupos terapêuticos e de promoção da saúde,
participação nas ações do programa de vigilância, participação na elaboração e
revisão dos protocolos clínicos locais de MFC. Participação social (Conselhos
Municipais e locais) e incentivo à criação e desenvolvimento destes conselhos.
Pequenos procedimentos cirúrgicos ambulatoriais. Planejamento de Saúde do
Território de atuação (diagnóstico, plano de ação/ intervenção e avaliação. Realização
prioritária à promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos.
Referências básicas: BAYNES, J.W.; DOMINICZAK, M.H. Bioquímica médica. 4. ed. Rio de Janeiro:
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INTERNATO EM PEDIATRIA Ações de promoção de saúde e prevenção de doenças nas diferentes etapas do
crescimento: aleitamento e alimentação; cuidados socioambientais e de higiene;
prevenção de acidentes; vacinação, prática de exercícios físicos; conhecimento e
respeito ao estatuto da criança e do adolescente. Aleitamento materno. Anamnese e
116
exame físico considerando as peculiaridades de cada faixa etária e a comunicação
com o cuidador: dados antropométricos; desenvolvimento neuropsicomotor.
Assistência ao Recém-Nascido (RN) na sala de parto e reanimação neonatal.
Atendimento de puericultura. Atendimento inicial das urgências e emergências
traumáticas e não traumáticas em Pediatria. Avaliação das diversas etapas de
desenvolvimento: RN, lactente, pré-escolar, escolar e adolescente, inclusive
orientações no pré-natal. Cuidados com o recém-nascido: Assistência ao recém-
nascido na sala de parto. Diagnóstico e tratamento básico das doenças prevalentes
da infância nas respectivas regiões do país, nas diferentes faixas etárias,
referenciando quando necessário. Diagnóstico e tratamento da icterícia neonatal,
distúrbios metabólicos e hidroeletrolíticos. Execução do projeto de pesquisa de TCC.
Identificação dos recursos diagnósticos e terapêuticos no seu local de atuação,
reconhecendo a necessidade de encaminhar, utilizando o sistema de referência e
contra referência. Identificação dos sinais e sintomas e alterações do exame físico
das principais doenças por faixa etária. Indicação e interpretação dos exames
complementares essenciais para cada caso. Indicação e técnica dos seguintes
procedimentos: cricotireodostomia, punção intraóssea, toracocentese, drenagem
torácica, sondagem enteral, paracentese, punção lombar, redução de parafimose.
Orientar a gestante quanto aos cuidados gerais com o recém-nato (cuidados de
higiene, cuidados com acidentes, cuidados com o coto umbilical, vacinação) e riscos
com drogas, doenças infecciosas e medicamentos. Promoção da saúde mental com
ênfase na avaliação da estrutura e dinâmica familiar. Seguintes procedimentos:
acesso venoso periférico, intubação orotraqueal, sondagem gástrica, sondagem
vesical, anestesia local, sutura, drenagem de abscessos superficiais, administração
de medicamentos, tratamento de feridas e curativos. Treinamento da prática da
técnica de reanimação neonatal, estabilização e transporte. Utilização racional de
medicamentos.
Referências básicas: ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WALTER, P.
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INTERNATO EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA Assistência ao puerpério. Atendimento a pacientes com transtornos mentais. Coleta
e interpretação de exames complementares: Testes de gravidez, exame de urina,
exames à fresco do raspado ou swab vaginal, coleta de swab anal para pesquisa de
estreptococo. Conduta e terapêutica adequadas nos casos de urgências e
emergências obstétricas e ginecológicas. Desenvolvimento de ações em saúde da
adolescente. Diagnóstico e tratamento: distúrbios menstruais, sangramentos genitais,
queixas mamárias, infertilidade, dor pélvica, referenciando quando necessário.
Enfermaria de alto risco. Execução do projeto de pesquisa de TCC. Identificação dos
aspectos de normalidade da saúde da mulher caracterização do ciclo menstrual,
libido, fertilidade, climatério. Identificação e realização do cuidado inicial de
transtornos mais prevalentes da Saúde Mental da mulher e referenciar quando
necessário: Traumas referentes ao abuso em qualquer faixa etária da mulher,
distúrbios da saúde mental relacionados a puberdade, gestação, puerpério,
climatério. Manuseio adequado de métodos contraceptivos comportamentais,
hormonais e não hormonais, reversíveis e irreversíveis: vantagens e desvantagens,
indicação e contraindicação, prescrição e acompanhamento. Pré-natal de alto risco.
Prevenção de gravidez na adolescência. Prevenção, diagnóstico e tratamento das
doenças ginecológicas mais prevalentes: corrimento vaginal por DST, doença
inflamatória pélvica e dor pélvica crônica. Reconhecimento das Alterações do
desenvolvimento puberal, desvios do crescimento, desenvolvimento sexual e do
padrão menstrual. Semiologia ginecológica e propedêutica da avaliação da saúde da
mulher: exame das mamas, inspeção, toque vaginal e bimanual, exame especular,
avaliação de secreção vaginal, coleta de citologia oncótica e exame da mulher virgem.
Triagem obstétrica, acompanhamento do trabalho de parto e assistência ao parto,
participação de atividades do centro obstétrico. Violência sexual na mulher em todas
as fases da vida: Acolhimento, atendimento, profilaxia de gravidez e DST,
procedimentos legais pertinentes e referência para rede de cuidados.
Referências básicas: ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WALTER, P.
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São Paulo: Atheneu, 1997.
INTERNATO EM CLÍNICA MÉDICA Atendimento ao paciente com doença crônica não transmissível. Atendimento ao
paciente com transtornos mentais. Atuação em situações de estresse no ambiente de
trabalho (situações adversas, pacientes agressivos, violência, assédio moral). Boa
relação médico‐paciente, respeitando e reconhecendo o ambiente sócio–cultural em
que está inserido na sua singularidade acolhimento ao paciente e sua família com
empatia, identificando as suas necessidades. Comunicação de más notícias ao
paciente e sua família. Comunicação efetiva com o paciente e sua família, discutindo
diagnóstico, prognóstico e terapêutico, considerando os princípios da bioética.
Construção de projeto terapêutico singular (PTS): Atendimento ao paciente em
situação de emergência - Capacitação em suporte básico e avançado de vida.
Cuidados paliativos. Educação permanente. Exame físico, geral e específico.
Formulação de hipóteses diagnósticas. Identificação do panorama sanitário, local,
regional e nacional. Integração com a equipe interdisciplinar, multiprofissional e
intersetorial. Levantamento e análise dos resultados do TCC. No ambiente
ambulatorial e hospitalar: Anamnese, de forma integral. O sistema de referência e
contra referência, através de registros e relatórios bem elaborados, pautados na ética
Médica. Orientação ao paciente e seus familiares e à equipe de saúde. Prevenção,
diagnóstico, tratamento e reabilitação dos agravos da saúde física e mental nas
enfermidades mais prevalentes e relevantes do adulto e do idoso, considerando o
perfil sociodemográfico, epidemiológico e cultural, respeitando o princípio da
integralidade no âmbito regional e nacional. Procedimentos diagnósticos e
terapêuticos. Registros (prontuários, receitas e documentos) de modo completo, ético
e legível. Solicitação e interpretação de exames complementares de acordo com as
hipóteses formuladas, considerando o custo‐benefício, tecnologias de saúde e as
evidências científicas.
Referências básicas:
127
ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WALTER, P.
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KASPER D, FAUCI A, HAUSER S, LONGO D, JAMESON J, LOSCALZO J.
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KIRK, D.; Kirk, R. M. Bases técnicas da cirurgia. 6. ed. Rio de janeiro: Elsevier, 2012
KOROLKOVAS, A.; FRANÇA, F. F. A. C. Dicionário Terapêutico. 12. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
MONTENEGRO MR & FRANCO - Patologia. Processos Gerais. 5. ed. São Paulo, SP:
Livraria Atheneu Editora, 2010.
OTTO, P. A.; MINGRONI NETTO, R. C.; OTTO, P. G. Genética médica. São Paulo:
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PAPADAKIS M, MCPHEE S, RABOW M. CURRENT Medical Diagnosis and Treatment 2017 (Lange) 56th Edition. McGraw-Hill, 2016.
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Referências complementares: AMINOFF M, GREENBERG D, SIMON R. Clinical Neurology. 9th Edition:
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AZULAY-ABULAFIA, Luna; BONALUMI FILHO, Aguinaldo; RUBEM AZULAY, David;
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RUBIN, Emanuel (Ed) et al. Rubin patologia: bases clinicopatologicas da medicina. 4. ed. [Reimpr]. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2013.
VERONESI, Ricardo. Tratado de infectologia. 5. ed. São Paulo, SP: Atheneu, 2015.
INTERNATO EM CLÍNICA CIRÚRGICA
130
Antibioticoprofilaxia/terapia. Atendimento a pacientes com transtornos mentais
Identificação e avaliação do risco cirúrgico. Atendimento inicial aos pacientes
traumatizados nos ambientes pré e intrahospitalar. Atendimento inicial dos pacientes
queimados. Avaliação e indicações de imunizações. Conhecimento do processo de
doação de órgãos. Conhecimento, indicação e interpretação dos principais métodos
propedêuticos/exames complementares. Controle do fluxo de pacientes,
gerenciamento dos leitos e vaga zero. Critérios de agendamento cirúrgico. Cuidados
com estomas. Identificação de complicações pós-operatórias imediatas e tardias.
Identificação de risco, profilaxia e diagnóstico de tromboembolia venosa. Identificação
e conduta inicial em situações suspeitas de maus tratos. Identificação e diagnóstico
das principais urgências das diversas especialidades cirúrgicas. Identificação e
diagnóstico diferencial das patologias cirúrgicas mais prevalentes, suas histórias
naturais, conhecerem as diferentes opções de tratamento e reconhecer as indicações
cirúrgicas. Identificação precoce do choque circulatório, as diversas etiologias e o
tratamento inicial. Indicações e prescrição de dietas (oral e enteral). Indicações e
prescrição de reposição volêmica e correção de distúrbios eletrolíticos e acidobásicos.
Indicações e procedimentos iniciais do suporte ventilatório não invasivo e invasivo.
Participação na rotina do bloco cirúrgico. Preparo do paciente cirúrgico. Princípios de
medicina de catástrofe. Princípios de segurança do paciente cirúrgico. Princípios de
triagem do paciente traumatizado. Procedimentos cirúrgicos essenciais em cirurgia
ambulatorial. Realização da promoção de saúde e prevenção dos agravos
traumáticos e não traumáticos mais prevalentes em todos os níveis de atenção à
saúde. Realização de anamnese e exame físico geral, segmentar e específico.
Sedação superficial/moderada e analgesia. Submissão do trabalho e defesa de TCC.
Termo de consentimento informado para a realização dos procedimentos. Referências básicas: ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WALTER, P.
Biologia Molecular da Célula. 5. ed. Editora Artmed, 2010.
ARRUDA M. Manual Do Residente De Clínica Médica. 1. ed. São Paulo: Manole,
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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO. 2. ed. São Paulo: MANOLE, 2016.
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MOREIRA, Caio; Carvalho, Marco Antonio P. Reumatologia: Diagnóstico e
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RUBIN, Emanuel (Ed) et al. Rubin patologia: bases clinicopatologicas da medicina. 4. ed. [Reimpr]. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2013.
VERONESI, Ricardo. Tratado de infectologia. 5. ed. São Paulo, SP: Atheneu, 2015.
INTERNATO EM EMERGÊNCIA Atendimento ao politraumatizado. Avaliação e atendimento iniciais do paciente na
emergência. Cuidados intensivos no paciente grave. Emergências onco-
hematológicas, endócrinas, metabólicas, sistêmicas e cardiológicas. Intoxicações
exógenas, mordidas e picadas. Métodos diagnósticos na emergência. Procedimentos
na emergência (acesso venoso profundo, drenagem torácica, mensuração invasiva
134
da pressão arterial, cricotireoidostomia, traqueostomia, sondagem vesical,
paracentese, intubação). Profilaxia de doença tromboembólica venosa, de úlcera de
estresse e de úlcera de pressão. Queimaduras na emergência. Reposição volêmica
e hemoterápica. Resposta metabólica ao trauma. Sinais e sintomas na emergência.
Referências básicas: ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WALTER, P.
Biologia Molecular da Célula. 5. ed. Editora Artmed, 2010.
AZEVEDO L; TANIGUCHI L; LADEIRA J. Medicina Intensiva: Abordagem Prática.
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PIVA, Jefferson Pedro; GARCIA, Pedro Celiny Ramos. Medicina Intensiva em Pediatria. 2 ed. Revinter. 2014.
ROBBINS & COTRAN: fundamentos de patologia. 8. ed. Rio de Janeiro, RJ:
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