PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
E
PROPOSTA CURRICULAR
São José dos Pinhais – PR
2011
“O processo de Educação pode se prolongar à vida toda, sendo que o
período escolar representa o fundamento no qual a estrutura da vida pode apoiar e
crescer”.
Robert H. Jackson
SUMÁRIO1 APRESENTAÇÃO..................................................................................................04
2 INTRODUÇÃO …....................................................................................................05
2.1 Identificação ….....................................................................................................05
2.2 Aspectos Históricos Fundamentais......................................................................06
2.3 Corpo Funcional...................................................................................................08
3 OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO........................ 10
4 MARCO SITUACIONAL.........................................................................................10
4.1 Perfil da comunidade atendida, problemas e necessidades do colégio.............. 10
4.2 Organização dos espaços físicos, administrativos e pedagógicos..................... 79
5. MARCO CONCEITUAL.........................................................................................85
5.1 Princípios legais, didáticos e pedagógicos da Instituição....................................85
6. MARCO OPERACIONAL..................................................................................... 96
6.1 Procedimentos Pedagógicos e a organização curricular................................... 96
6.2 Linhas de ação e reorganização do Trabalho Pedagógico na perspectiva
administrativa, pedagógica e financeira.....................................................................99
7 ENSINO FUNDAMENTAL....................................................................................104
8 ENSINO MÉDIO....................................................................................................105
9 PROPOSTA CURRICULAR.................................................................................106
10 ARTE...................................................................................................................106
11 BIOLOGIA...........................................................................................................130
12 CIÊNCIAS ….......................................................................................................141
13 EDUCAÇÃO FÍSICA...........................................................................................152
14 ENSINO RELIGIOSO..........................................................................................180
15 FILOSOFIA.........................................................................................................184
16 FÍSICA.................................................................................................................193
17 GEOGRAFIA...................................................................................................... 203
18 HISTÓRIA.......................................................................................................... 219
19 LÍNGUAPORTUGUESA.................................................................................... 247
20 MATEMÁTICA....................................................................................................273 21 SOCIOLOGIA.....................................................................................................282
22 QUÍMICA.............................................................................................................304
23 L.E.M. INGÊS......................................................................................................309
24 L.E.M. ESPANHOL.............................................................................................324
25 EDUCAÇÃO ESPECIAL.....................................................................................336
26 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL..........................................................................340
27 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................341
28 REFERENCIAS.................................................................................................. 342
29 ANEXOS.............................................................................................................343
29.1 Organização da Matriz Curricular.....................................................................343
29.2 Calendários 2011.............................................................................................351
1. APRESENTAÇÃOO Projeto Político Pedagógico estabelece as diretrizes de funcionamento do Colégio. Nele
encontramos ações a serem desenvolvidas no ambiente pedagógico definindo de modo
participativo a caminhada de todos os envolvidos.
A Lei de diretrizes e Bases (9394/96) em seu artigo 12 prevê que os
estabelecimentos de ensino terão a incumbência de elaborar e executar a proposta
pedagógica.
O Projeto Político Pedagógico deverá ser fruto de um trabalho coletivo e para
efetivar sua construção utilizaremos:
reuniões com os professores;
pesquisa de campo com os pais, cujo objetivo é descrever de forma clara a
realidade da comunidade atendida;
pesquisa com os alunos;
reuniões com a comunidade escolar;
Com os professores iniciaremos o trabalho de discussão da proposta curricular
com o intuito de proporcionar educação de qualidade a nossos alunos, buscando
patamares de excelência voltados para o sucesso do educando tornando assim, o Colégio
um lugar onde todos possam refletir, analisar, criticar e sugerir novos encaminhamentos
para realizar o Projeto Político Pedagógico.
Sua efetivação dependerá de todos os profissionais especialmente dos
professores que compromissados tornarão a proposta viável e cumprirão seu maior
objetivo: o trabalho com o saber elaborado integrando o aluno a sociedade em que vive
de forma participativa e criativa.
A principal função da escola é a efetivação do ensino e essa ocorrerá a partir do
trabalho com conteúdos contextualizados e significativos, conceitos e relações,
proporcionando aos nossos alunos acesso ao saber científico formando assim um
cidadão consciente de seu papel na sociedade.
“Acalentar, profundamente, o sonho de um ideal, é o sublime dom de poucos
eleitos.”PLATÃO
2. INTRODUÇÃO
4
2.1 Identificação:COLÉGIO ESTADUAL COLÔNIA MALHADA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Código: 01946
Endereço: Estrada Principal da Malhada, s/nº.
Bairro: Colônia Malhada
Município: São José dos Pinhais
Código: 2570
Dependência administrativa: Colégio Estadual Colônia Malhada
Código: 01946
Telefone: 3384-2214
e-mail: [email protected]
CEP: 83.180-990
Pessoa Jurídica: APMF COLÔNIA MALHADA
CNPJ: 03.917.667/0001-41
NRE: Área Metropolitana Sul
Código: 03
Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação
Ato de autorização: Resolução: nº 1612 / 2000 de 13/06/2000
Ato de reconhecimento: Resolução: nº 2498 / 03 de 02/10/2003
Parecer do Núcleo de Aprovação do Regimento Escolar: Parecer nº 151/08 , Ato
Administrativo nº 328/08 ( 31/10/2008)
Distância da escola do NRE: 45 km
Local: Rural
2.2 Aspectos Históricos Fundamentais
5
No início de 1999 nas dependências da Escola Rural Municipal Alfredo José Eichel
a comunidade solicitava a cedência de duas salas para o início das turmas de 5ª e 6ª
séries à Secretaria Municipal de Educação do município de São José dos Pinhais. Nesta
época estávamos na gestão do governador Jaime Lerner e do prefeito Luiz Carlos Setim.
No final do ano de 1999, em convênio com a Secretaria Municipal de Educação de
São José dos Pinhais, obtivemos a autorização de funcionamento.
No ano de 2000 iniciam-se as atividades da escola com o nome Escola Estadual
Colônia Malhada – Ensino Fundamental, conforme o Ofício nº. 058/2000, Resolução nº.
1612/2000, Parecer nº. 852/99 e Protocolo 4.259.276-5. A diretora da rede municipal,
senhora Nilce Regina Sare Ryndack foi designada para atender os alunos e o Núcleo
Regional de Educação Área Metropolitana Sul orientou o trabalho de implantação.
Em 2001 a escola atendeu turmas de 5ª, 6ª e 7ª séries. No ano de 2002 havia
todas as turmas do Ensino Fundamental e foi designada para o cargo de diretora a
professora Júlia Salete Greboge. A diretora Júlia cumpriu seu mandato até 2003 e efetuou
o Reconhecimento do Estabelecimento e do Curso. Ainda em 2003 aconteceu a eleição
para diretores e, pela primeira vez, pais, alunos, professores e funcionários participaram
desse processo. Candidataram-se para o cargo a professora de Língua Portuguesa
Patrícia Luzia Przybycien e o professor de Língua Estrangeira Moderna – Inglês Valdir
Cândido. A professora Patrícia Luzia Przybycien venceu as eleições e assumiu o cargo
em janeiro de 2004. Durante sua gestão ocorreu a implantação do Ensino Médio, a
construção do laboratório, a ampliação do acervo bibliográfico e a construção da cozinha
que atende os alunos do Fundamental (5ª a 8ª séries) e o Ensino Médio. No ano de 2005
a SEED autorizou o funcionamento de duas salas no período vespertino (5ª B e 6ª B).
Em 2006 o Colégio atendeu 10 turmas (292 alunos) sendo 7 no período da manhã
(7ªA, 7ªB; 8ªA,8ªB; 1ªA; 2ªA; Sala de Recursos) e 4 no período da tarde (5ªA e 5ªB).
Ainda compartilhando o prédio com a escola municipal havia a necessidade de emprestar
duas salas da comunidade (Salas de Catequese) para atender o número de alunos.
No ano de 2007 o Colégio atendeu 11 turmas (340 alunos) sendo 7 no período da
manhã e 4 no período da tarde.
Já no ano de 2008 são 14 turmas (379 alunos) sendo 9 no período da manhã (7ªA,
6
7ªB; 8ªA, 8ªB, 8ªC; 1ªA, 1ªB; 2ªA, 3ªA e a Sala de Recursos) 4 no período da tarde (5ªA,
5ªB; 6ªA, 6ªB).
Em 2009 estávamos com 14 turmas (381 alunos) sendo 9 no período da manhã
(7ªA, 7ªB; 8ªA, 8ªB, 1ªA, 1ªB; 2ªA, 2ª B, 3ªA e a Sala de Recursos) 5 no período da tarde
(5ªA, 5ªB; 5ªC, 6ªA, 6ªB).
No ano de 2010 o colégio atendeu 17 turmas (400 alunos) sendo 10 no período da
manhã (7ªA, 7ªB; 8ªA, 8ªB, 1ª Bloco 1, 1ª Bloco 2; 2ª Bloco 1, 2ª Bloco 2, 3ª Bloco 1; 3º
Bloco 2 e a Sala de Recursos ) 7 no período da tarde ( 5ªA, 5ªB; 5ªC, 6ªA, 6ªB e ainda 1º
A; 1º B – CELEM).
Em 2011 atendemos 18 turmas ( 470 alunos ) sendo 10 no período da manhã
( 7ªA, 7ªB; 8ªA; 8ªB; 1ª Bloco 1A; 1ª Bloco 1B; 1ª Bloco 2; 2ªBloco 1; 2ª Bloco 2; 3ª Bloco
2 e a Sala de Recursos ) 8 no período da tarde ( 5ªA, 5ªB; 5ªC, 6ªA, 6ªB, 6ªC e ainda 1º A;
2º A – Espanhol Básico- CELEM).
Durante o período de 2004 a 2010 foi realizada a implantação do Laboratório do
Paraná Digital e do Laboratório do Proinfo ligados a conexão de internet via fibra óptica
oportunizando acesso para pesquisas aos estudantes, professores (as), funcionários (as)
e comunidade. Também foi realizado o Processo de Reconhecimento do Ensino Médio,
Autorização de Funcionamento da Sala de Recursos e Renovação de Reconhecimento do
Ensino Fundamental.
A partir do ano de 2012 teremos a implantação simultânea do Ensino de 9 anos,
atenderemos alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e daremos a continuidade
ao atendimento do Ensino Médio por Blocos.
Quantas foram as pedras tombadas e as lágrimas talvez derramadas para se
chegar aqui.
Quantos foram os motivos que uniram pessoas com tantas diferenças, para que
juntos fizessem a escola.
Sim, porque o Colégio Estadual Colônia Malhada não são as paredes, somos nós,
todos nós que, independente de nossas particularidades e diferenças, estamos aqui todos
os dias, trabalhando, discutindo construindo e transformando.
2.3 Corpo Funcional
7
Apoio Técnico e PedagógicoNome Função Formação
Patricia Luzia
Przybycien
Diretora Português e L.E.M - Inglês
Vera Lucia Porcino
Mateus
Secretária / Escola Ensino Médio
Ana Paula Mikrut Agente Educacional II Ensino Médio
Rosane Girraldi da Luz Aux. Administrativo Tecnologia em Construção Civil
Joelma Ana Przybycien Pedagoga Arte e Pedagogia
Rodrigo Cardozo
Gomes
Pedagogo Pedagogia
Salete Regina Greboge
Ryndack
Pedagoga Pedagogia
Isaltina Cavalin Agente Educacional I Ensino Médio
Lenice Aparecida Alves Agente Educacional I Ensino Médio
Mariza do Rocio
Greboge
Agente Educacional I Pedagogia
Juraci Machado
Cordeiro
Serviços Gerais Ensino Médio
Silvia Maria Meretka Serviços Gerais Ensino Médio
8
Docentes
Nome Função
Aderlan Silvério Professor de Historia e Filosofia
Ana Letícia Moro Professora de História
Ana Luisa Cardoso Professora do Celem
Beatriz Joana Rendoki Professora de Português
Célia Regina Vieira de Albuquerque Banzo Professora de Química
Diego Zamura de Almeida Professor de Sociologia
Eunice de Fatima Ryndack Professora de Matemática
Eunice Dreher Gameiro Professora da Sala de Recursos
Eva Regina Sanches Professora de Matemática
Fabiano Faria Cardoso Professor de Ciências
Gilberto Luiz Trevisan Professor de Química
Gisele Plugitti Picanco Agata Professora de Geografia
Joelma Ana Przybycien Professora de Arte
Katia Tomaz Milleo Professora de Educação Física
Kelly Bonasoli de Oliveira Professora de Arte
Lilian Maria Przybycien Professora de Arte
Luciane Palaro das Chagas Professora de Historia
9
Lucrecia Maria Mikrut Malkovicz Professora de Matemática e Física
Marcia Izabel dos Santos Professora de Português e Inglês
Natalina Reinaldin Alves Professora de Português e Inglês
Raphaela Dalcomuni de Macedo Professora de Geografia
Robson Jean Budni Pereira Professora de Educação Física
Sandra Maria Barbosa Professora Português e Inglês
Silvia Andre Oliveira da Silva Professora Biologia
3. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Direcionar as ações do Colégio buscando o atendimento de todos os alunos e a
qualidade no processo educativo.
Identificar características regionais e culturais que deverão ser observadas e
respeitadas.
Envolver todos os segmentos ouvindo-os e registrando suas reivindicações.
Detectar os reais problemas para em conjunto buscar soluções.
Envolver todos os profissionais com o processo educativo, pois todos são
importantes para que o aluno consolide seu conhecimento.
Registrar em um documento único o pensamento do grupo que compõe este
Colégio.
4. MARCO SITUACIONAL 4.1 Perfil da comunidade atendida, problemas e necessidades do colégio.O Colégio Estadual Colônia Malhada é uma das unidades escolares que compõem
o Sistema Estadual de Ensino da Educação do Paraná. Assim como outras unidades
seguimos as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e Médio, a Lei
de Diretrizes e Bases e as orientações Curriculares Estaduais. O Núcleo Regional de
10
Educação - Área Metropolitana Sul acompanha o trabalho do Colégio que se situa no
município de São José dos Pinhais.
Atendemos alunos da região da Malhada, Saltinho, Antinha, Roça Velha,
Campestre da Malhada, Inhaíva e localidades vizinhas. De acordo com as Diretrizes
Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná - Escola do
Campo - atende os alunos em sua maioria como filhos de agricultores, portanto podemos
caracterizar-nos como uma escola do campo. De acordo com os Cadernos Temáticos:
Educação do Campo (2005, p.61) temos que: “Assim, a identidade da escola do campo é definida a partir dos sujeitos sociais a quem se destina, agricultores (as), familiares, assalariados (as), assentados (as), ribeirinhos, caiçaras, extrativistas, pescadores, indígenas, remanescentes de quilombolas, enfim todos os povos do campo brasileiro.”
Sendo assim, a identidade da escola, deve ser levada em consideração para
sustentar o processo educativo conforme o documento citado acima (2005, p.61):“Os princípios da educação do campo são como raízes de uma árvore, que tira a seiva da terra (conhecimentos), que nutre a escola e faz que ela tenha flores e frutos (a cara do lugar onde ela está inserida). Os princípios são o ponto de partida das ações educativas , da organização escolar e curricular, do papel da escola dentro do campo brasileiro.”
Conforme pesquisa de campo realizada com alunos e pais foram elaborados
alguns gráficos que demonstram as características da comunidade escolar:
Quanto à dinâmica familiar nos mostra o gráfico abaixo que muitos moram com os pais.
Com quem moram?
11
Gráfico 1 – Com quem moram os alunos.
A renda familiar se configura como o gráfico a seguir:
Gráfico 2 – Renda familiar.
Nome da região que o aluno reside.
12
Gráfico 3 – Local onde o aluno mora.
Distância da casa do aluno até a escola.
Gráfico 4 – Distância que fica a escola da casa dos alunos.
Meio de transporte
13
Gráfico 5 - Meio de transporte utilizado pelos alunos para chegar até a escola.
Horário que o aluno sai de casa
Relacionado com os itinerários o gráfico 6 mostra os horários que os alunos partem para
a escola.
Moradia
14
Gráfico 7 – Situação da moradia dos pais.
Quanto a Etnia
Gráfico 8 – Etnia dos alunos.
Há quanto tempo a sua família mora neste local?
15
Gráfico 9 tempo que mora com a família na região.
Gráfico 10 – Tendência religiosa dos alunos e pais.
Quanto à religião observa-se que a maioria das famílias segue a corrente católica como
mostra o gráfico 10. Os alunos seguem a orientação religiosa dos pais, os costumes
sociais e culturais trazidos pelos colonizadores.
FORMAS DE LAZER
16
Gráfico 11 As formas de lazer são restritas concentrando-se na própria comunidade.
Quantas pessoas moram em sua casa?
GRÁFICO 12 -Escolaridade do pai
GRÁFICO 13 - Profissão do pai
17
QUAL A PROFISSÃO DE SEU PAI
Gráfico 14 - Escolaridade da mãe
Gráfico 15 – Profissão da mãe
18
QUAL A PROFISSÃO DE SUA MÃE
QUAL O DESTINO DO RESÍDUO RECICLÁVEL PRODUZIDO EM SUA CASA?
Merece destaque mencionar que na pesquisa de campo foram apontadas algumas
dificuldades e sugestões para melhoria do ambiente escolar conforme citadas abaixo:
Entre as dificuldades que a comunidade escolar identifica na escola estão as
seguintes: o colégio não tem prédio próprio e sim compartilhado com uma escola
municipal; dificuldade no ambiente esportivo ( não há quadra ); a falta de segurança; falta
de salas de aula dentro do colégio; indisciplina.
Dentre as sugestões foram relacionadas as seguintes: construção de Unidade
Nova, melhorias no aspecto físico, melhorar a segurança, respeito e participação por
parte de alunos e pais.
O Colégio oferta aulas das disciplinas da Base Nacional Comum para o Ensino
19
Fundamental e Médio e na parte diversificada – LEM_INGLÊS, no período da tarde existe
a oferta do CELEM _ Espanhol para alunos e comunidade.
Em relação ao espaço físico o estabelecimento possui 4 salas que comportam 40
alunos (as) , 02 salas locadas que comportam aproximadamente 28 alunos, 03 salas
locadas e 01 sala pequena que comportam 20 alunos (as), biblioteca, Laboratório de
informática, banheiro, cancha de areia, cozinha (onde é preparada a merenda) e espaço
para a circulação dos alunos. Devido ao crescimento do Colégio torna-se necessário
ampliar o espaço físico investindo na construção de salas de aula, quadra poli esportiva,
sala para os professores, ampliação da biblioteca (espaço físico e acervo), atualização
dos equipamentos (TV, DVD, retro projetor e rádio).
Para melhorar o desempenho dos alunos e sanar as dificuldades de aprendizagem
precisamos ampliar o acervo literário, adquirir material referente ao estado e município,
renovar o material de Educação Física, melhorar o acervo bibliográfico de todas as
disciplinas e investir em materiais que possam embasar o trabalho pedagógico como:
livros de gramática, dicionários, mapas, revistas, DVD's, CDs e software.
Encontramos dificuldade no início do ano letivo pois são poucos os professores
QPM e o contrato dos professores PSS demora a ser efetivado, desestruturando o
trabalho pedagógico. Muitos profissionais assumem aulas no início do período e acabam
abandonando - as no decorrer do ano ao encontrarem aulas em outros estabelecimentos
de ensino próximos à sua residência.
Quanto à formação continuada a distância da escola dificulta a participação dos
professores e funcionários. Os cursos que são realizados na escola têm uma frequência
maior porque facilita o acesso de todos.
Noventa e quatro por cento dos alunos vem de ônibus para escola, justificando o
uso do transporte escolar.
O grande número de pais ou responsáveis que trabalham na agricultura exige um
Projeto Político Pedagógico que objetive a articulação comunidade / escola. A escola deve
trabalhar seus conteúdos de maneira contextualizada, fazendo a ligação entre o saber
elaborado e a realidade do campo.
O nível de escolarização das famílias é preocupante (ver gráfico 13 e 14), fato que
20
levou a direção estabelecer parceria com o CEEBJA – SJP em 2004 ofertando, então o
Ensino Fundamental no período noturno para os pais ou responsáveis pelos alunos. Outra
dificuldade é o acompanhamento e o auxílio nas tarefas escolares.
A articulação família / escola está dentro do esperado, fato que se justifica por
sermos uma escola de pequeno porte e a dinâmica familiar na sua maioria ser
estruturada. Pode-se dizer que os pais são participativos e a ausência nas reuniões é
justificada pela distância e a falta de transporte.
No que se refere à organização da APMF, Conselho Escolar observamos uma
participação ativa.
A comunidade escolar é composta por vários descendentes o que caracteriza -os
quanto a sua etnia (conforme gráfico 8). Os alunos seguem a orientação religiosa dos
pais, os costumes sociais e culturais trazidos pelos colonizadores (gráficos 10 e 11).
Alguns alunos apresentam um dialeto diferenciado visto que os avós usam o polonês em
casa.
Conforme pesquisa realizada na unidade escolar seguem os gráficos que
demonstram por disciplina os índices de aprovados , reprovados, aprovados por Conselho
de Classe e evasão do ano de 2009 e 2010. Abaixo dos gráficos de cada disciplina
também estão destacados os principais motivos referentes aos Índices de aprovação e
reprovação; a existência de articulação entre os conteúdos das séries / anos iniciais e
finais do Ensino Fundamental; a existência da articulação entre os conteúdos do Ensino
Fundamental ( 6 º ao 9º ano) e Ensino Médio; coerência entre os conteúdos trabalhados
( 1º ao 9º ano) e no Ensino Médio.
ANO: 2009
21
1° ANO
2° ANO
3° ANO
ANO: 2010
1° BLOCO 1
22
2° BLOCO 1
3° BLOCO 1
No ano de 2009 a turma onde houve o maior índice de reprovação foi o 1º ano e
também foi a turma que mais foi aprovada por conselho de classe.
23
Em 2010 a turma que obteve o melhor aproveitamento foi o 3º ano onde os alunos
obtiveram 100% de aprovação.
Os principais motivos de reprovação são: indisciplina e não assimilação dos
conteúdos.
Os principais motivos de aprovação são: assimilação dos conteúdos, participação
nas aulas, entrega das atividades.
Nota-se também que existe articulação dos conteúdos, pois os alunos chegam do
Ensino Fundamental com um pré conhecimento do conteúdo de ciências onde estes
serão utilizados posteriormente na matéria de biologia onde os conteúdos são correlatos,
existindo assim coerência destes.
ANO: 2009 5° SÉRIE
6° SÉRIE
24
7° SÉRIE
8° SÉRIE
ANO: 2010
25
5°SÉRIE
6° SÉRIE
7° SÉRIE
8° SÉRIE
26
Analisando os gráficos notamos que o maior índice de aprovação ocorre na 8ªsérie
do Ensino Fundamental, a série onde ocorre o maior índice de reprovação está na 5ª
série. Os aprovados por Conselho de Classe na 6ª série totalizam 29% no ano de 2009 e
35% no ano de 2010, também é a série onde houve o menor número de evasão com
apenas 3% no ano de 2010, contrastando com a 7ª série onde o índice de evasão soma
9% em 2009 e 10% em 2010.
O aluno é aprovado quando tem interesse pelo conteúdo ministrado,
aproveitamento das aulas, interação com o grupo, alto rendimento escolar e é reprovado
quando falta interesse, baixa assimilação do conteúdo ministrado e dificuldade de interagir
com o grupo.
Após a análise dos conteúdos observa-se que existe articulação entre conteúdos
das séries / anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, bem como este com o Ensino
Médio possibilitando maior resultado na aprendizagem. Há coerência entre os conteúdos
trabalhados no Ensino Fundamental e Médio, porém de uma forma mais aprofundada,
levando em consideração as necessidades escolares dos alunos que tem como
perspectiva prestar vestibular, concurso ou até mesmo a busca por um emprego.
ANO: 2009
27
5ª SÉRIE
6ª SÉRIE
7ª SÉRIE
8ª SÉRIE
28
ANO: 2010 5ª SÉRIE
6ª SÉRIE
7ª SÉRIE
29
8ª SÉRIE
ANO: 2009 – 1° ANO
2° ANO
30
3° ANO
ANO: 2010 1° BLOCO 02
2° BLOCO 02
31
3° BLOCO 02
De acordo com os dados levantados sobre as séries finais do Ensino Fundamental
em 2009, na 5ª série foram aprovados 82% dos alunos, 12% foram reprovados, 3%
evadiram da escola e 3% foram aprovados por Conselho de Classe. Na 6ª série foram
aprovados 93% dos alunos, 5% foram reprovados, 2% foram aprovados por Conselho de
Classe e não houve evasão. Na 7ª série foram aprovados 89% dos alunos, 1% foram
reprovados, 1% foram aprovados por Conselho de Classe e 9% evadiram da escola. Na
8ª série foram aprovados 94% dos alunos, 2% foram reprovados, 2% foram aprovados
por Conselho de Classe e 2% evadiram da escola. No ano de 2010 na 5ª série foram
aprovados 78% dos alunos, 9% foram reprovados, 4% evadiram da escola e 9% foram
aprovados por Conselho de Classe. Na 6ª série foram aprovados 74% dos alunos, 17%
foram reprovados, 3% evadiram da escola e 6% foram aprovados por Conselho de
Classe. Na 7ª série foram aprovados 87% dos alunos, 3% foram reprovados, não houve
32
aprovados por Conselho de Classe e 10% evadiram da escola. Na 8ª série foram
aprovados 98% dos alunos, 2% foram aprovados por Conselho de Classe, não houve
evasão e nem reprovação. Em 2009, no Ensino Médio 1º ano, 85% dos alunos foram
aprovados, 6% reprovados, não houve aprovados por Conselho de Classe e 9% evadiram
da escola. No 2º ano, 91% dos alunos foram aprovados, 2% reprovados, não houve
alunos aprovados por Conselho de Classe e 7% evadiram da escola. No 3º ano 94% dos
alunos foram aprovados, 3% reprovados, não houve aprovados por Conselho de Classe e
3% evadiram da escola. Em 2010, no Ensino Médio por blocos; no 1º ano 86% dos alunos
foram aprovados, 5% reprovados, 2% aprovados por Conselho de Classe e 7% evadiram
da escola. No 2º ano 97% dos alunos foram aprovados, 3% evadiram da escola, não
houve alunos reprovados e nem aprovados por Conselho de Classe. No 3º ano 92% dos
alunos foram aprovados, 3% reprovados, não houve alunos aprovados por Conselho de
Classe e 5% evadiram da escola.
Merece destaque mencionar que os alunos são reprovados quando não realizam
as atividades propostas em pelo menos quatro disciplinas e não obtiveram rendimento
escolar esperado. Passam a ser aprovados os alunos que realizam as atividades em sala
de aula demonstrando aprendizagem, compreensão, criatividade sobre os conteúdos
estudados.
Existe articulação entre os conteúdos das séries / anos iniciais e finais do Ensino
Fundamental . Há a presença dos elementos formais em cada uma das linguagens ( Artes
Visuais, Dança, Teatro e Música). Nas séries / anos iniciais dá-se enfâse ao ver, ler e
fazer de forma inicial ( perceber, reconhecer, identificar, representar...), já nas séries /
anos finais observa-se uma aprendizagem mais detalhada. Percebe-se que existe
articulação entre as séries finais e os conteúdos do Ensino Fundamental e Médio
havendo continuidade em todas as séries / anos do Ensino Fundamental e Médio.
ANO: 2009
33
5ª SÉRIE
6ª SÉRIE
ANO: 2010 – 5ª SÉRIE
6ª SÉRIE
34
O aluno não é retido exclusivamente na disciplina de Ensino Religioso pois é uma
disciplina optativa. Para ser aprovados deve realizar atividades demonstrando interesse,
capricho sobre os assuntos estudados. Os índices de reprovação que ocorreram nos
anos de 2009 e 2010 são pelo fato dos alunos não realizarem as atividades propostas em
todas as outras disciplinas.
Observa-se que existe articulação e coerência entre os conteúdos das séries /
anos iniciais e finais do Ensino Fundamental.
ANO: 20092° ANO
ANO: 2010
35
1° BLOCO 1
2°ANO - BLOCO 1
3° ANO – BLOCO 1
Os dados indicam que os índices de reprovação têm sido reduzidos dos anos de
2009 para o de 2010, do primeiro para o terceiro ano do Ensino Médio. Dentre os motivos
de reprovação esta o desinteresse dos alunos.
A aprovação esta vinculada ao interesse do estudante, a discussão e
36
aprendizagem de conteúdos e assuntos da realidade.
ANO: 2009 1° ANO
2° ANO
3° ANO
ANO: 2010
37
1° BLOCO 2
2° BLOCO 2
3° BLOCO 2
Em 2009 no Ensino Médio: 1º ano 63% dos alunos foram aprovados, 13%
reprovados, 15% aprovados por Conselho de Classe e 9% evadiram da escola. 2º ano
78% dos alunos foram aprovados, não houve reprovação, 15% dos alunos foram
aprovados por Conselho de Classe e 7% evadiram da escola; 3º ano 91% dos alunos
38
foram aprovados, 3% reprovados, 3% aprovados por Conselho de Classe e 3% evadiram
da escola. Em 2010 no Ensino Médio por blocos; no 1º ano, 79% dos alunos foram
aprovados, 7% reprovados, 7% aprovados por Conselho de Classe e 7% evadiram da
escola. No 2º ano 97% dos alunos foram aprovados, não houve alunos reprovados e nem
aprovados por Conselho de Classe e 3% evadiram da escola. Já no 3º ano 89% dos
alunos foram aprovados, 3% foram reprovados, 3% aprovados por Conselho de Classe e
5% evadiram.
Os dados acima indicam que:
A aprovação: Relaciona-se a aprendizagem dos fenômenos e conteúdos básicos
referentes a cada série (bloco).
Reprovação: O aluno não atingiu o conhecimento esperado dos fenômenos e
conteúdos básicos, a reprovação também está ligada a falta de interesse e também
valorização dos estudos o que implica na dificuldade de absorção dos conteúdos.
ANO: 2009 – 5° SÉRIE
6° SÉRIE
39
7° SÉRIE
8° SÉRIE
ANO: 2010 – 5° SÉRIE
40
6° SÉRIE
7° SÉRIE
8ª SÉRIE
41
ANO: 20091° ANO
2° ANO
3° ANO
42
ANO: 2010 – 1° BLOCO 1
2° BLOCO 1
3° BLOCO 1
43
De acordo com os dados levantados sobre as séries finais do Ensino Fundamental
em 2009 na 5ª série foram aprovados 24% dos alunos, 9% foram reprovados, 12%
evadiram da escola e 55% foram aprovados por Conselho de Classe. Na 6ª série foram
aprovados 66% dos alunos, 8% foram reprovados, 26% foram aprovados por Conselho de
Classe e não houve evasão. Na 7ª série foram aprovados 67% dos alunos, 6% foram
reprovados, 18% foram aprovados por Conselho de Classe e 9% evadiram da escola. Na
8ª série foram aprovados 78% dos alunos, 2% foram reprovados, 18% foram aprovados
por Conselho de Classe e 2% evadiram da escola. No ano de 2010 na 5ª série foram
aprovados 69% dos alunos, 10% foram reprovados, 4% evadir da escola e 17% foram
aprovados por Conselho de Classe. Na 6ª série foram aprovados 55% dos alunos, 14%
foram reprovados, 3% evadiram da escola e 28% foram aprovados por Conselho de
Classe. Na 7ª série foram aprovados 66% dos alunos, 12% foram reprovados, 12% foram
aprovados por Conselho de Classe e 10% evadiram da escola. Na 8ª série foram
aprovados 98% dos alunos, 2% foram aprovados por Conselho de Classe, não houve
evasão e nem reprovação. Em 2009, no Ensino Médio 1º ano, 57% dos alunos foram
aprovados, 15% foram reprovados, 19% foram aprovados por Conselho de Classe e 9%
evadiram da escola. No 2º ano 89% dos alunos foram aprovados, 3% reprovados, 3%
foram aprovados por Conselho de Classe e 5% evadiram da escola. No 3º ano, 88% dos
alunos foram aprovados, 3% reprovados, 6% foram aprovados por Conselho de Classe e
3% evadiram da escola. Em 2010 no Ensino Médio por blocos; no 1º ano 77% dos alunos
foram aprovados, 7% foram reprovados, 11% aprovados por Conselho de Classe e 5%
44
evadiram da escola. No 2º ano 97% dos alunos foram aprovados, 3% evadiram da
escola, não houve alunos reprovados e nem aprovados por Conselho de Classe. No 3º
ano 100% dos alunos foram aprovados, não houve reprovados, evasão e nem aprovados
por Conselho de Classe.
Na disciplina de história buscamos diferenciar as formas de avaliação para que o
aluno consiga obter uma melhor nota e em consequência disto, a aprovação. Já os
motivos da reprovação são o desinteresse por parte do aluno, não fazendo atividades
avaliativas, alunos que estão fora da faixa etária, alunos que muitas vezes não tem um
bom suporte familiar não dando a eles a base necessária de incentivo aos estudos.
Há articulação entre os conteúdos das séries / anos iniciais e finais do Ensino
Fundamental, pois são abordados temas locais normalmente fala-se sobre a História do
Município e História do Brasil, temas que tem continuidade nas séries finais do Ensino
Fundamental. Existe articulação entre os conteúdos do Ensino Fundamental e o Ensino
Médio pois aqueles conteúdos vistos nos anos finais do Ensino Fundamental são
aprofundados no Ensino Médio. Verifica-se que existe coerência entre os conteúdos
trabalhados no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, sendo que a expectativa é de
que o conhecimento adquirido seja renovado e utilizado como ferramenta para as
próximas etapas da aprendizagem.
ANO: 2009 – 5ª SÉRIE
6ª SÉRIE
45
7ª SÉRIE
8° SÉRIE
ANO: 2010 – 5ª SÉRIE
46
6ª SÉRIE
7ª SÉRIE
8ª SÉRIE
47
ANO: 2009 – 1° ANO
2° ANO
3° ANO
48
ANO: 2010 – 1° BLOCO 1
2° BLOCO 1
3° BLOCO 1
49
De acordo com os dados levantados sobre as séries finais do Ensino Fundamental
em 2009 na 5ª série foram aprovados 65% dos alunos, 16% foram reprovados, 3%
evadiram da escola e 16% foram aprovados por Conselho de Classe. Na 6ª série foram
aprovados 74% dos alunos, 8% foram reprovados, 18% foram aprovados por Conselho de
Classe e não houve evasão. Na 7ª série foram aprovados 63% dos alunos, 8% foram
reprovados, 20% foram aprovados por Conselho de Classe e 9% evadiram da escola. Na
8ª série foram aprovados 94% dos alunos, 2% foram reprovados, 2% foram aprovados
por Conselho de Classe e 2% evadiram da escola. No ano de 2010 na 5ª série foram
aprovados 78% dos alunos, 10% foram reprovados, 4% evadiram da escola e 8% foram
aprovados por Conselho de Classe. Na 6ª série foram aprovados 77% dos alunos, 14%
foram reprovados, 3% evadiram da escola e 6% foram aprovados por Conselho de
Classe. Na 7ª série foram aprovados 85% dos alunos, 4% foram reprovados, 1% foram
aprovados por Conselho de Classe e 10% evadiram da escola. Na 8ª série foram
aprovados 83% dos alunos, 15% foram aprovados por Conselho de Classe, 2% evadiram
da escola e não houve reprovação. Em 2009 no Ensino Médio, 1º ano 68% dos alunos
foram aprovados, 23% reprovados, não houve alunos aprovados por Conselho de Classe
e 9% evadiram da escola. No 2º ano 91% dos alunos foram aprovados, 2% foram
reprovados, não houve aprovados por Conselho de Classe 7% evadiram da escola. No
3º ano 94% dos alunos foram aprovados, 3% reprovados, não houve aprovados por
Conselho de Classe e 3% evadiram da escola. Em 2010 no Ensino Médio por blocos; no
1º ano 75% dos alunos foram aprovados, 11% reprovados, 9% aprovados por Conselho
de Classe e 5% evadiram da escola. No 2º ano 97% dos alunos foram aprovados, não
50
houve alunos reprovados nem aprovados por Conselho de Classe e 3% evadiram da
escola. Já no 3º ano 100% dos alunos foram aprovados, não houve alunos reprovados,
nem alunos aprovados por Conselho de Classe e nem evasão.Os principais motivos de reprovação acontecem quando o aluno não atingiu os
conteúdos previstos para a série. Para o aluno ser aprovado ele precisa atingir os
conteúdos básicos e ter condições de acompanhar a série seguinte.
Com relação aos conteúdos das séries / anos iniciais e finais do Ensino
Fundamental nota-se que a articulação entre os ciclos obedece a uma sequencialidade
progressiva, conferindo a cada ciclo a função de completar, aprofundar e alargar o ciclo
anterior. A articulação é sequenciada dos conteúdos trabalhados do Ensino Fundamental
ao Médio, havendo coerência entre os conteúdos de forma ampla, abrangendo assim
outros objetivos específicos.
ANO: 20091° ANO
2° ANO
51
3° ANO
ANO: 20101° BLOCO 2
2° BLOCO 2
52
3° BLOCO 2
Em 2009 do 1º ao 3º ano do Ensino Médio houve um índice elevado de
aprovação , consequentemente baixo índice de reprovados e aprovados por Conselho de
Classe. Em 2010 nota-se alto índice de aprovados no 2º ano, já no 1º e 3º ano muitos
foram aprovados por Conselho de Classe.
Analisando os índices de reprovação e aprovação comparados entre 2009 e 2010,
no Ensino Médio Regular e Ensino Médio por Blocos, verificamos uma disparidade, pois
os índices maiores de aprovação são do Ensino Médio Regular e menores para o Ensino
Médio por Blocos. A concentração de conteúdos nos blocos dificulta a aprovação.
Com relação aos conteúdos das séries iniciais e finais do Ensino Fundamental
nota-se que existe pouca articulação e é ainda ministrada por professores de outras
disciplinas, que não tem a direção correta e a ordem que deveriam ser feitas estas
articulações. Já a articulação entre os conteúdos do Ensino Fundamental e médio ocorre
apenas na 8ª série/ 9º ano mas mesmo assim não existe uma comunicação entre os
53
professores do Ensino Fundamental e os do Ensino Médio, para que haja um consenso
de prioridades e profundidade de conteúdos a serem ministrados de maneira mais
objetiva e assim correta. Existe pouca coerência entre os conteúdos trabalhados no
Ensino Fundamental e Médio, pois deveria haver uma análise conjunta de professores
dos conteúdos a fim de existir uma coerência verdadeira e efetiva.
ANO: 2009
5° SÉRIE
6° SÉRIE
7° SÉRIE
54
8° SÉRIE
ANO: 2010 – 5° SÉRIE
6° SÉRIE
55
7° SÉRIE
8° SÉRIE
ANO: 2009 – 1° ANO
56
2° ANO
3° ANO
ANO: 2010 – 1° BLOCO 2
57
2° BLOCO 2
3° BLOCO 2
A disciplina de Geografia necessita que o aluno seja levado ao raciocínio, não
devendo copiar respostas prontas ou emitir opinião que não seja sua, ou seja, criar e
inovar seus pensamentos e atitudes perante a sociedade atual. Um dos problemas é que
os alunos demonstram pouca motivação ao colocar em prática os conteúdos ensinados,
58
isto é, preocupante, pois o processo de avaliação pode reduzir ainda mais a motivação
dos alunos.
A reprovação e aprovação podem ser consequências do processo ensino
aprendizagem.
Na disciplina de Geografia existe articulação entre os conteúdos das séries iniciais
e finais do Ensino Fundamental principalmente no 6º e 7º ano ( 5ª e 6ª série) onde muitos
assuntos já foram discutidos e nestes anos são retomados com maior aprofundamento.
Já os assuntos de 8º e 9º ano (7ª e 8ª séries) que fogem do contexto físico e local são
mais difíceis e caminham mais lentamente. Também existe articulação entre os conteúdos
do Ensino Fundamental e o Ensino Médio sendo retomados de uma forma mais
aprofundada e que não teriam maturidade para entender do 6º ao 9º ano. Devido a
articulação descrita verifica-se que existe coerência entre os conteúdos trabalhados no
Ensino Fundamental e Médio.
ANO: 2009 - 5° SÉRIE
6°SÉRIE
59
7° SÉRIE
8° SÉRIE
ANO: 2010
60
5°SÉRIE
6° série
7°série
8° série
61
ANO: 2009 1° ANO
2°ANO
3° ANO
62
ANO: 2010 1° BLOCO 2
2°ANO BLOCO 2
3° ANO BLOCO 2
63
Observa-se alto índice de repetência na 5ª série que pode ser justificado pelo
problema de indisciplina acentuado nesta série. Nas séries finais o índice diminui um
pouco considerando o fato da maturidade da fase que se encontra os estudantes, porém
a falta de perspectiva e valorização do estudo aliados a dificuldade de abstração de
conteúdo. Dentre os principais motivos para a aprovação esta o nível de aprendizado dos
conceitos básicos de cada série/ano.
A reprovação é o resultado de que o estudante não atingiu o nível esperado na
aquisição de conceitos básicos para série/ano posterior. Incluindo também a falta de
perspectiva de um futuro melhor.
Na disciplina de Matemática existe articulação entre os conteúdos das séries
iniciais e finais do Ensino Fundamental, pois conteúdos como noções de frações,
operações, resolução de problemas , etc são explorados em vários exercícios e até
mesmo conteúdos dos anos finais do Ensino Fundamental. Também há articulação entre
os conteúdos do Ensino Fundamental e Ensino Médio pois ao trabalhar, por exemplo
funções no Ensino Médio se recorda e necessita bom desempenho com gráficos ,
equações, valor numérico, operações com frações, etc bem como outros conteúdos da
área da Geometria Plana que é necessário para Geometria Espacial. Existe coerência
entre os conteúdos trabalhados no Ensino Fundamental e Médio pois todos os conteúdos
foram organizados de acordo com as diretrizes.;.
ANO: 2009
64
3° ANO
ANO: 2010 – 1° BLOCO 2
2° BLOCO 2
3° BLOCO 2
65
Em 2009 no Ensino Médio: 3º ano 76% dos alunos foram aprovados, 3%
reprovados, 18% aprovados por Conselho de Classe e 3% evadiram da escola. Em 2010
no Ensino Médio por blocos; no 1º ano 25% dos alunos foram aprovados, 13%
reprovados, 55% aprovados por Conselho de Classe e 7% evadiram da escola. No 2º ano
97% dos alunos foram aprovados, não houve alunos reprovados e nem aprovados por
Conselho de Classe e 3% evadiram da escola. Já no 3º ano 92% dos alunos foram
aprovados, 3% reprovados, não houve alunos aprovados por Conselho de Classe e 5%
evadiram.
Os índices de aprovação no 1º ano do Ensino Médio estiveram altos em 2010 e
2009, nos levando a questionar o relacionamento entre docente e discentes. Fato que
enfraquece o sistema de avaliação. Acreditamos que um motivo para tal ocorrência é a
ausência de licenciados na disciplina, processo que está em correção no ano de 2011 e
poderá ser avaliado nos períodos posteriores.
ANO: 2009 – 5° SÉRIE
6° SÉRIE
66
7° SÉRIE
8°SÉRIE
ANO: 2010 – 5° SÉRIE
67
6° SÉRIE
7° SÉRIE
8° SÉRIE
68
ANO: 2009 – 1° ANO
2° ANO
3° ANO
69
ANO: 2010 – 1° ANO BLOCO 2
2° ANO BLOCO 1
3° ANO BLOCO 1
70
De acordo com os dados levantados sobre as séries finais do Ensino Fundamental
em 2009 na 5ª série foram aprovados 68% dos alunos, 18% foram reprovados, 3%
evadiram da escola e 11% foram aprovados por Conselho de Classe. Na 6ª série foram
aprovados 69% dos alunos, 8% foram reprovados, 23% foram aprovados por Conselho de
Classe e não houve evasão. Na 7ª série foram aprovados 86% dos alunos, 3% foram
reprovados, 2% foram aprovados por Conselho de Classe e 9% evadiram da escola. Na
8ª série foram aprovados 90% dos alunos, 2% foram reprovados, 6% foram aprovados
por Conselho de Classe e 2% evadiram da escola. No ano de 2010 na 5ª série foram
aprovados 84% dos alunos, 9% foram reprovados, 4% evadiram da escola e 3% foram
aprovados por Conselho de Classe. Na 6ª série foram aprovados 92% dos alunos, 5%
foram reprovados, 3% evadiram da escola e não houve aprovação por Conselho de
Classe. Na 7ª série foram aprovados 73% dos alunos, 10% foram reprovados, 7% foram
aprovados por Conselho de Classe e 10% evadiram da escola. Na 8ª série foram
aprovados 96% dos alunos, 2% foram aprovados por Conselho de Classe, 2% evadiram
da escola e não houve reprovação. Em 2009, no Ensino Médio 1º ano, 72% dos alunos
foram aprovados, 15% reprovados, 4% aprovados por Conselho de Classe e 9%
evadiram da escola. No 2º ano 93% dos alunos foram aprovados, não houve reprovação
e nem alunos aprovados por Conselho de Classe e 7% evadiram da escola. No 3º ano
91% dos alunos foram aprovados, 3% reprovados, 3% aprovados por Conselho de Classe
e 3% evadiram da escola. Em 2010 no Ensino Médio por blocos; no 1º ano 84% dos
alunos foram aprovados, 9% reprovados, 2% aprovados por Conselho de Classe e 5%
evadiram da escola. No 2º ano 91% dos alunos foram aprovados, 6% reprovados, não
71
houve alunos aprovados por Conselho de Classe e 3% evadiram da escola. Já no 3º ano
100% dos alunos foram aprovados, não houve alunos reprovados, nem alunos aprovados
por Conselho de Classe e nem evasão.
Para o aluno ser aprovado ele precisa atingir os conteúdos básicos para a série e
ter condições de acompanhar a série seguinte. A reprovação acontece quando o aluno
não atingiu os conteúdos previstos para a série/ano. Existem alguns fatores que
influenciam no rendimento escolar do aluno e levam a reprovação: má preparação
recebida nas séries anteriores; na 5ª série, onde o índice de reprovação é maior o aluno
está em processo de transição entre a infância e adolescência e ainda que ao iniciar a 5ª
série ocorre uma brusca mudança na vida escolar do aluno. Deve-se levar em conta,
também, os problemas intra-escolares que angustiam a criança sem que ela mesma
perceba.
A articulação entre os ciclos das séries / anos iniciais e finais do Ensino
Fundamental obedece a uma sequencialidade progressiva, conferindo a cada ciclo a
função de completar, aprofundar e alargar o ciclo anterior, numa perspectiva de unidade
global do ensino básico, integrando-se os objetivos específicos de cada ciclo nos
objetivos gerais do ensino básico, de acordo com o desenvolvimento etário
correspondente. Os conteúdos do Ensino Médio seguem uma sequência dos conteúdos
do Ensino Fundamental existindo articulação.
Quanto aos conteúdos do Ensino Médio notasse que segue uma sequencia e
coerência, porém aumenta o grau de complexidade entre o ensino fundamental e médio.
ANO: 2009 – 5ª SÉRIE
6ª SÉRIE
72
7ª SÉRIE
8ª SÉRIE
ANO: 2010 - 5ª SÉRIE
73
6ª SÉRIE
7ª SÉRIE
8ª SÉRIE
74
ANO: 2009 – 1° ANO
2° ANO
3°ANO
75
ANO: 2010 - 1° BLOCO 1
2° BLOCO 1
3° BLOCO 1
76
No Ensino Fundamental no ano de 2009 na disciplina de Educação Física houve
88% de aprovados na 5ª série, 93% de aprovação na 6ª série, 89% da aprovação na 7ª
série e 92% de aprovação para a 8ª série. No Ensino Médio no primeiro ano a aprovação
foi de 76%, no segundo ano aprovação de 91% e no terceiro ano 91% de aprovação. Os
reprovados na 5ª série foram 8%, na 6ª série 5% , na 7ª série 2% e na 8ª série 2%. Os
aprovados por Conselhos de Classe na 5ª série foram de 1%, na 6ª série 2%, na 7ª série
não houve aprovação por Conselho de Classe e na 8ª série 4% aprovados por Conselho
de Classe. No Ensino Médio no primeiro ano foram reprovados 11%, no segundo ano 2%,
no terceiro ano 3%. Os aprovados por Conselho de Classe no primeiro ano foram 4%, no
segundo não houve e no terceiro ano3%. No Ensino Fundamental no ano de 2010 a
aprovação na 5ª série foi de 88%, na 6ª série 81%, na 7ª série 86% e na 8ª série 98%.
No Ensino Médio, primeiro ano bloco I aprovação de 88%, no segundo ano bloco I 97%,
no terceiro ano bloco I aprovação de 100%. Os reprovados na 5ª série foram de 1%, na
6ª série 11%, na 7ª série 4% e na 8ª série não houve reprovação. Alunos aprovados por
Conselho de Classe somente na 6ª série 5%, na 5ª, 7ª e 8ª séries não houve alunos
aprovados por Conselho de Classe. No Ensino Médio no primeiro bloco I 7% de
reprovados, no segundo bloco I e no terceiro bloco I não houve reprovação.
Quanto a reprovação partiria do princípio de haver mais interesse dos alunos em
estudar e da participação da família na vida escolar dos filhos. A aprovação se dá através
dos alunos que tem compromisso e interesse nos estudos.
É essencial que exista articulação nas séries iniciais e finais do Ensino
Fundamental através de uma formação de base dos conteúdos com recursos variados,
sejam materiais e/ou exercícios diversificados, com objetivo de desenvolvimento das
77
capacidades necessárias ( motor / social e cognitivo) que serão exigidas posteriormente
para execução de práticas elaboradas.
Existe articulação dos conteúdos das séries / anos finais do Ensino Fundamental e
Ensino Médio aumentando o grau de complexidade.
A coerência dos conteúdos passa a ser importante perante a continuidade do
desenvolvimento das habilidades fundamentais que foram adquiridas nos anos iniciais e
aprofundando-as na busca de descobertas e de novas aquisições no Ensino Médio.
Os gráficos abaixo demonstram os índices de reprovação e abandono nos anos de
2009 e 2010 referente ao Ensino Fundamental e Ensino Médio.
ANO: 2009 ENSINO FUNDAMENTAL
ANO: 2010
ENSINO FUNDAMENTAL
ANO: 2009 ENSINO MÉDIO
780
50
100
150
200
250
30087%
4%8%
TotalAbandonoReprovados
0
50
100
150
200
250
300
88%
3%
9%
TotalAbandonoReprovação
0
20
40
60
80
100
120
140
89%
6% 5%
TotalAbandonoReprovados
ANO: 2010 ENSINO MÉDIO
No Ensino Fundamental a taxa de abandono em 2009 é de 3% e em 2010 é de
4%. O índice de reprovação em 2009 é de 9% e em 2010 é de 8%.
Já no Ensino Médio em 2009 a taxa de abandono é de 6% e em 2010 de 4%. O
índice de reprovação em 2009 é de 5% e em 2010 de 6%.
A taxa de abandono e o índice de reprovação, em média, estão em torno de
4,25% no Ensino Fundamental e 7% no Ensino Médio.
Com relação ao IDEB e as proficiências da prova brasil 2005, 2007 e 2009 – (comparativamente) em Língua Portuguesa e Matemática tivemos o seguinte resultado:Disciplina Ano 2005 Ano 2007 Ano 2009
Matemática - - 248,84
Língua Portuguesa
- - 228,00
IDEB 2005/2007/2009.Ano 2005 Ano 2007 Ano2009
79
0
20
40
60
80
100
120
14090%
4%6%
TotalAbandonoReprovados
- - 4,0
4.2 Organização dos espaços físicos, administrativo e Pedagógico.
O regimento interno rege o espaço escolar estabelecendo direitos e deveres para
todos (pais, professores, alunos, funcionários, equipe pedagógica e administrativa).
O prédio e o terreno pertencem a Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais.
Desde o início até a atualidade o Colégio Estadual Colônia Malhada funciona de maneira
compartilhada com a Escola Rural Municipal Professor Alfredo José Eichel E.I.E.F.
Devido a isso, principalmente no período da manhã temos o espaço da escola dentro
do pátio e também o espaço externo onde há o funcionamento de cinco turmas ( 1ª
Bloco1 A, 1º Bloco2, 2ª Bloco1, 2ª Bloco2 e 8ªA ) que estudam em salas da Comunidade
locadas pela Seed. Com isso para manter os alunos organizados a escola dispõe de uma
funcionária de agente de apoio I para atender os alunos na troca de professores. O
espaço passa a ser uma limitação pois não temos sala da direção, secretaria e
coordenação pedagógica, sendo que todas estas funcionam no laboratório de Ciências.
No mesmo ambiente é oferecido no período da tarde, o curso Espanhol Básico - CELEM
para duas turmas, as quais são compostas por alunos e pessoas da comunidade local.
Estas possuem quatro aulas semanais cada, contemplando uma carga horária anual de
160 horas. A partir da Lei Federal 11.161/20005, que dispõe sobre o ensino da língua
espanhola de oferta obrigatória pela escola e de matrícula facultativa para o aluno, o
Conselho Escolar e a APMF aprovou o curso de Espanhol (CELEM) para este
Estabelecimento, tendo em vista que abrangeria a comunidade escolar. Com isso para
manter os alunos organizados a escola dispõe de uma funcionária Agente Educacional I
para atender os alunos na troca de professores. Como a grande maioria dos alunos
utilizam transporte escolar, quando ocorre a falta de professor a equipe pedagógica
precisa ficar com os mesmos, pois eles não têm como voltar para casa.
O atendimento aos alunos se dá em dois períodos: Matutino e o Vespertino; da 5ª
Série que será a parti r de 2012 6º ano do Ensino Fundamental ao 3° ano do Ensino
80
Médio, inclusive com uma Sala de Recursos que atende alunos com distúrbios de
aprendizagem no Ensino Fundamental.
A escola possui dois complexos. No complexo I o Colégio Estadual dispõe de uma
pequena cozinha para preparar e servir o lanche aos alunos, banheiros e quatro (4) salas,
destas uma é o Laboratório de Informática, duas (2) são salas de aula e outra sala é o
Laboratório de Ciências / Química e Física que foi adaptada para funcionar Secretaria /
Direção e Coordenação Pedagógica, também há uma (1) pequena sala onde os (as)
professores (as) realizam hora-atividade. No complexo II funcionam a Biblioteca e três
salas de aula. Como o espaço físico não comporta o número de alunos foi realizada a
locação de cinco salas da comunidade. Possuímos pátio para a circulação dos alunos,
uma cancha de areia onde se realizam as aulas de Educação Física, esta não possui
cobertura e quando ocorre chuva com frequência fica imprópria para o uso.
Pela manhã atendemos:
7ªA 34, 7ªB 35; 8ªA 26; 8ªB 38; 1ª BL.01 17; 1ª BL.02 A 19;1ª BL.02 B 19; 2ª BL.01 25; 2ª
BL.02 18; 3ª BL.02 30.
Pela tarde atendemos:
5ª A 24; 5ª B 23; 5ª C 24; 6ª A 21; 6ª B 28; 6ª C 32
Para tanto, contamos com:
Professores de Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, LEM-Inglês,
Educação Física, Artes, Ciências, Biologia, Química, Física, Ensino Religioso, Filosofia,
Espanhol Básico – CELEM e uma professora especializada para
trabalhar com a Sala de Recursos.
Contamos ainda com:
- Equipe administrativa: 1 Diretora e 1 Secretária;
Equipe pedagógica: 3 pedagogos;
Agente de Apoio II: 2 para auxiliar na Secretaria e Biblioteca;
- Agente de Apoio I: 5 profissionais responsáveis pela merenda e organização do prédio;
Devido à realidade descrita necessitamos com urgência de um prédio próprio.
As horas atividades são organizadas pelo professor e realizadas na sala do
laboratório de informática, sala dos professores ou biblioteca com acompanhamento
81
pedagógico. Nesses momentos discutem-se as dificuldades encontradas pelos
professores, são realizados estudos, repasses em relação à saúde dos alunos e
solicitações dos pais referentes à disciplina do professor.
Existe uma preocupação efetiva com a formação continuada dos professores e
funcionários da escola, pois partimos do princípio que profissionais bem informados e
capacitados conseguem interagir melhor no ambiente de trabalho, tornam-se flexíveis e
buscam soluções coletivas. A hora atividade é valorizada e também utilizada como
momento de qualificação profissional. Há incentivos da Equipe Pedagógica e
Administrativa para que os professores e funcionários busquem cursos, simpósios,
seminários, grupos de estudos na sua área.
Os objetivos a alcançar através da formação continuada são:
- competência profissional;
- enriquecimento;
- atualização;
A execução da formação continuada na escola acontece em fevereiro com a
primeira etapa da capacitação, no mês de julho com a segunda etapa e nas horas
atividades do professor. A capacitação ocorre também através de cursos, seminários,
assessoramentos, simpósios, grupos de estudo, desenvolvimento do Projeto Folhas, do
O. A. C. ( Objeto de Aprendizagem Colaborativa) e da utilização da Biblioteca do
Professor e dos Temas Paranaenses.
O Setor Pedagógico incentiva o desenvolvimento de projetos, atentar para as
orientações pedagógicas da SEED nos últimos anos, no sentido de integrar os aspectos
contemplados nestas legislações via currículo, ou seja, evitando o trabalho com projetos
pontuais principalmente os que abordam a Lei 13.381/01 (Estudos do Paraná), Lei do
Meio Ambiente e Cultura Afro-brasileira e africana (Lei 10639/03), acompanha o trabalho
dos professores, orienta quanto ao uso de materiais didáticos e quanto às metodologias,
verifica a escrituração nos registros de classe, o planejamento, o rendimento dos alunos,
aconselha os mesmos ao apresentarem problemas disciplinares ou referentes à
aprendizagem e elabora o horário do professor. Além disso, é responsável pela
articulação família / escola, atendendo os pais, intervindo e orientando.
82
Todos os anos os alunos participam de projetos promovidos pela SEED como:
Fera, Comciência, Jogos Escolares, Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas
Públicas (OBMEP) e também da Olimpíada de História.
Dentre outras ações pedagógicas e projetos desenvolvidos na escola, que tem demonstrado resultados positivos estão os seguintes:Projetos / ações
Parcerias Participantes Critérios Dia(s) / Duração
Aulas de violão Promoção Social
e Colégio.
Alunos do
Ensino
Fundamental /
Médio e
comunidade.
Ter o
instrumento.
Toda quinta-feira, de
manhã durante o ano.
Jogos Escolares
/fase municipal
Secretaria
Municipal de
Esporte e
Lazer / Colégio
Alunos do
Ensino
Fundamental e
Médio.
Categoria A
e B e estar
cursando
uma das
series.
1º semestre.
Escolinhas de
treinamentos /
Esportes
Ginásio de
Esportes Aluízio
Mikos / Colégio.
Alunos do
Ensino
Fundamental e
Médio e
comunidade
escolar.
Contra-
turno.
Ano todo.
Campeonatos
esportivos
internos.
Colégio. Alunos Ensino
Fundamental e
Médio.
Contra-
turno
Ano todo.
Merece destaque mencionar que todas as ações e projetos descritos mantém o
colégio como ponto de apoio estrutural, priorizando o funcionamento destes. Todos os
83
alunos recebem nestes dias almoço e lanche devido a distância da localidade onde
moram.
A distribuição das aulas acontece conforme as orientações recebidas da SEED.
São poucos os professores do Quadro Próprio do Magistério e grande parte dos
professores são PSS.
Atualmente atendemos alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem e
fazem acompanhamento com profissionais das Unidades de Saúde Municipal, Hospital de
Clínicas e Pequeno Príncipe. O Colégio trabalha com alunos de inclusão, porém
dependendo da necessidade serão necessárias mudanças no espaço físico para melhor
atendê-los. Estão matriculados na Sala de Recursos alunos com distúrbios de
aprendizagem em todas as áreas.
No inicio do ano letivo o colégio organiza o Processo de Reclassificação para os
alunos que estão fora da faixa etária, idade (série / ano), sendo que os alunos aptos a
frequentar a série / ano seguinte são acompanhados todo o ano letivo, pela direção,
equipe pedagógica, professores e pais dos alunos. Já os alunos inaptos a partir do
resultado, continuam frequentado a mesma série / ano.
As reuniões pedagógicas acontecem conforme calendário, desenvolvendo
atividades de planejamento e estudo.
O laboratório de ciências e o vídeo são agendados com o setor pedagógico e o
professor realiza um planejamento para esta aula descrevendo como irá integrar ao
conteúdo.
O laboratório de informática, os aparelhos de Dvds e os rádios utilizado pelos
professores, são agendados com o setor pedagógico e o professor realiza um
planejamento para esta aula, descrevendo como irá integrá-lo ao conteúdo. Merece
destaque mencionar que este espaço é utilizado pelos professores, alunos e
funcionários que se apropriam dessa ferramenta.
O Colégio adota o uniforme escolar, possui mobiliário adequado à idade dos
alunos, as salas são iluminadas com ventilação e as agentes educacionais I realizam a
limpeza ao final de cada período.
As aulas de Educação Física acontecem na cancha de areia e os alunos dispõem
84
de mesas para a prática do tênis de mesa, xadrez, dama e trilha no pátio externo, porém
a cancha não possui cobertura e nos dias de chuva é inviável a prática esportiva. Também
o espaço é compartilhado com os professores da escola municipal.
Hoje o Colégio Estadual Colônia Malhada está organizado da seguinte maneira:
- Matutino: às 7h 30min é tocado o sinal, dirigindo-se com os professores, para as salas.
A cada 50 minutos temos a troca de professores, com exceção dos que possuem aulas
geminadas na turma. O intervalo acontece às 10h tendo a duração de 10min. Todos os
alunos podem lanchar utilizar o espaço do pátio para circulação e a cancha de areia.
- Vespertino: às 12h 55min é tocado o sinal e todos seguem a mesmas rotina do matutino.
O intervalo acontece às 15h e 25min tendo à mesma duração.
Não temos almoxarifado e as solicitações se fazem ao setor administrativo ou aos
professores representantes do segmento do Conselho Escolar (Ensino Fundamental,
Médio e Equipe Pedagógica) que levam as reivindicações ao Conselho Escolar e a APMF.
Os pais são convocados a participar de reuniões:
no início do ano letivo para conhecer os professores e tomar ciência da
organização interna do estabelecimento;
ao final de cada bimestre para acompanhar o rendimento de seu filho;
sempre que se fizer necessário;
Cabe ressaltar que a grande maioria dos pais apresenta um bom envolvimento com
o processo de ensino-aprendizagem dos filhos, até mesmo de maneira espontânea
comparecem à escola.
O Relatório da Merenda é mensal e as verbas gerenciadas pela escola são: PDDE
e Fundo Rotativo. Toda Merenda e Recursos Próprios são aplicados de acordo com as
prioridades consultando o colegiado, APMF e Conselho de Escola.
As reuniões do Conselho Escolar acontecem de maneira ordinária (1 no bimestre)
e em caráter extraordinário sempre que se fizer necessário. A APMF reúne-se a cada
bimestre para estabelecer estratégias e planejar os eventos.
5. MARCO CONCEITUAL5.1 Princípios legais, didáticos e pedagógicos da instituição.
85
O mundo passa por profundas mudanças provocadas pelo avanço científico-
tecnológico extremamente difundido pela mídia.
A educação possui finalidade sociopolítica. O maior desafio da escola é formar
sujeitos conscientes de sua ação transformadora na construção de uma sociedade mais
justa, de uma nova ordem social. Esta por sua vez, centrada na apropriação do saber
elaborado como instrumento de luta social.
Buscamos construir uma sociedade justa, sem preconceitos, com valores morais,
éticos, culturais e sociais.
A escola é uma instituição que deve cumprir a função da socialização dos
conhecimentos acumulados, portanto, é um instrumento insubstituível para as pessoas
terem acesso ao saber sistematizado, participar mais ativamente da sociedade,
exercendo sua cidadania de forma consciente e responsável. Com base nos princípios
fundamentais da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LEI 9394/96),
Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental (Parecer 04/98 – CEB/CNE), Diretrizes
Curriculares para o Ensino Médio (Parecer 15/98 – CEB/CNE), Diretrizes Curriculares
Estaduais e o Regimento Escolar, o Colégio Estadual Colônia Malhada – Ensino
Fundamental e Médio constitui-se como uma escola pública e gratuita, que dá direito a
população a ter acesso ao Ensino Fundamental e Médio sendo o Estado o responsável
pela sua manutenção. A escola está a serviço das necessidades e das características do
desenvolvimento e da aprendizagem de seus alunos, independente de sexo, cor, situação
econômica, credo religioso e político, pois como diz Pedro Demo, “Tudo vale a pena se o
aluno aprende”.
A Lei n° 9394/96 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional em
seu artigo 2°: “A educação, dever da família, do estado, inspirada nos princípios da
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o
trabalho”.
Os princípios e fins da educação nacional apontam três ideias básicas:
Pleno desenvolvimento do educando;
Preparo para o exercício da cidadania, em seu artigo 1° diz: “A educação abrange
86
os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência
humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos
sociais e organização da sociedade civil e nas manifestações culturais”.
Qualificação para o trabalho, em seu artigo 22 diz “A educação básica tem por
finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecendo-lhes meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores”.
Em consonância com a LDB a presente proposta expressa a preocupação e o
compromisso dos educadores com a qualidade e a melhoria do ensino, buscando
responder às necessidades sociais e históricas da comunidade.
Para cumprir sua função social a escola deve considerar a realidade do aluno, e a
partir dela auxiliá-lo na caminhada em direção à cultura elaborada. O ponto de partida do
trabalho pedagógico é o aluno, devemos considerar o conhecimento empírico e levá-lo a
apropriação do conhecimento científico para compreender a realidade e interagir de forma
crítica.
Através da interação e da mediação os alunos poderão reelaborar o saber e
transformá-lo em aprendizado. Além de transmitir os saberes pedagógicos a escola deve
preparar o aluno para a vida tornando um cidadão crítico, atuante, participativo e
consciente de sua realidade social.
Para que a escola possa preparar o aluno para o exercício da cidadania deve ser
coerente, democrática, igualitária, promover mudanças significativas no seu meio,
preparar para que utilizem os recursos da natureza de forma adequada e as novas
tecnologias.
Buscando a aprendizagem devemos utilizar diferentes linguagens proporcionando
experiências significativas e desafiadoras.
Enquanto escola não devemos esquecer de respeitar a diversidade, trabalhar com
as potencialidades e necessidades de cada um. A escola que está preparada para
trabalhar com a educação inclusiva é aquela que observa estes preceitos e garante a
qualidade de ensino educacional a cada um de seus alunos.
87
Faz-se necessário lembrar que uma escola só será considerada inclusiva quando
estiver organizada para favorecer cada aluno, independente da etnia, sexo, idade,
deficiência, condição social ou qualquer outra situação. Um ensino significativo é aquele
que garante o acesso ao conjunto sistematizado de conhecimento como recursos a serem
mobilizados.
Numa escola inclusiva, o aluno é sujeito de direito e foco central de toda ação
educativa. Escola inclusiva é aquela que conhece os alunos, respeita suas
potencialidades e necessidades, e responde a elas com qualidade pedagógica.
A participação de todos os envolvidos no processo educacional é necessária para
se obter uma escola inclusiva.
A participação enquanto integrante e representante da comunidade escolar deve
estar direcionada a preocupação, discussão e concretização de uma escola pública que
cumpra a sua função social principal: a socialização do conhecimento historicamente
construído pela humanidade.
Para que a escola seja realmente pública é necessário a criação de mecanismos
que a tornem democrática. Segundo Vitor Henrique Paro:"Na medida em que se conseguir a participação de todos os setores da escola -
educadores, alunos, funcionários e pais - nas decisões sobre seus objetivos e seu
funcionamento, haverá melhores condições para pressionar os escalões
superiores a dotar a escola de autonomia e de recursos. A esse respeito, vejo no
conselho de escola uma potencialidade a ser explorada."( pg 12)
Por esse caminho, pais , alunos, professores e diretores poderão deliberar
em conjunto como deve ser a escola, para assim atender às reais necessidades de seus
educandos " A participação da comunidade na escola, como todo processo democrático, é um caminho que se faz ao caminhar, o que não elimina a necessidade de se refletir previamente a respeito dos obstáculos e potencialidades que a realidade apresenta para a ação." ( 17 e 18 Paro)
Tomando a gestão democrática da escola como ponto de partida para uma
mudança qualitativa do ensino público, percebe-se que existem muitas dificuldades de
implantação e participação. Devido a isso, propõe-se uma reorganização da estrutura
escolar, em que o diretor passe a dividir o direito e a responsabilidade de decidir com
88
pais, alunos e professores.
Em conjunto( Conselho Escolar; Grêmio Estudantil; APMF) estarão planejando
ações para o ambiente escolar, buscando um ensino de qualidade e que seja instrumento
para a construção e defesa da cidadania.
Alfabetização e LetramentoEntre as condições para a conquista do mundo da escrita estão as seguintes:
aquisição de uma tecnologia - o sistema de escrita alfabético e ortográfico e as
convenções para seu uso; o desenvolvimento de competências em práticas sociais que
envolvem a língua escrita. “Assim , um dos passaportes para a entrada no mundo da escrita é a aquisição de uma tecnologia – a aprendizagem de um processo de representação: codificação de sons em letras ou grafemas e decodificação de letras ou grafemas em sons; a aprendizagem do uso adequado de instrumentos e equipamentos: lápis, caneta, borracha, régua...; a aprendizagem da manipulação de suportes ou espaços de escrita: papel sob diferentes formas e tamanhos, cadernos, livro, jornal...; a aprendizagem das convenções para o uso correto do suporte: a direção da escrita de coma para baixo, da esquerda para direita.”( pg 22)
Esta aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e das técnicas
para seu uso é que se chama ALFABETIZAÇÃO.“ … não basta apropriar-se da tecnologia – saber ler e escrever apenas como um processo de codificação e decodificação, como quando dizemos: esta criança já sabe ler, já sabe escrever; é necessário também saber usar a tecnologia – apropriar-se das habilidades que possibilitam ler e escrever de forma adequada e eficiente, nas diversas situações em que precisamos ou queremos ler ou escrever: ler e escrever diferentes gêneros e tipos de textos, em diferentes suportes, para diferentes objetivos , em interação com diferentes interlocutores, para diferentes funções: para informar ou informar-se, para interagir, para imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimento, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio à memória, para catarse...” ( pg 22)
Ao desenvolvimento de competências para o uso da tecnologia da escrita é que
se chama LETRAMENTO. Desde muito cedo a criança convive com práticas de
letramento.“ … vê pessoas lendo ou escrevendo, e assim vai familiarizando com as práticas
de leitura e de escrita; e também desde muito cedo inicia seu processo de
alfabetização – observa textos escritos à sua volta, e vai descobrindo o sistema de
escrita, reconhecendo algumas letras, algumas palavras”
Mas a criança entra no mundo da escrita de forma assistemática. Cabe à escola
ensinar, orientar de forma sistemática, metódica, planejada, esses processos de
89
alfabetização. É Fundamental que a alfabetização e letramento sejam processos
simultâneos e indissociáveis para que a criança se insira de forma plena no mundo da
escrita.“ … quando aprende a ler e a escrever, a criança deve aprender, simultaneamente
e indissociavelmente, o sistema alfabético e ortográfico da escrita e os usos e
funções desse sistema nas práticas sociais que envolvem a leitura e a escrita.”
(pg 24)
O processo de escolarização passou por muitas mudanças no decorrer dos
tempos, com relação a proposta de ensino da leitura e da escrita. A partir de 1980 apagou
a distinção entre alfabetização e letramento, propondo que a aprendizagem do sistema de
escrita – a alfabetização – decorresse de uma interação intensa e diversificada da criança
com práticas e materiais reais de leitura e de escrita, com diferentes gêneros, diferentes
portadores – decorresse de letramento.“ Assim, deu-se prioridade à interação com práticas de leitura e de escrita – o
letramento, na suposição de que a aquisição do sistema de escrita – a
alfabetização – ocorria por meio dessa interação”. (pg 25)
TFOUNI (2004, P.20), uma das primeiras a utilizar e definir o termo letramento, em
sua obra “Letramento e Alfabetização”, confronta-o com alfabetização “Enquanto a
alfabetização ocupa-se da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos,
o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por
uma sociedade”.
Para ela o letramento são as consequências sociais sociais e históricas da
introdução de uma língua em uma determinada sociedade.
O letramento para MAGDA SOARES é o “... estado ou condição de quem não só
sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na
sociedade em que vive conjugando-as com as práticas sociais de interação oral.”
(SOARES, 2004, P.5)
Ela não confronta a alfabetização e o letramento, ao contrário coloca-os lado a lado
como os “passaportes para o ingresso no mundo da leitura e escrita”, sem um dos dois a
viagem não é possível. (SOARES, 2006).
Sendo muitas e diferentes as facetas da alfabetização e do letramento, muitos são
90
os métodos que podem ser utilizados na escola pelos professores para ensinar a criança
ler e escrever.
A linguagem escrita é fundamental para a vida das pessoas, pois muito do que se
vê está ligado a ela. A sociedade tem exigido das pessoas um domínio cada vez maior
desta forma de comunicação, portanto é preciso saber responder adequadamente às
demandas sociais da leitura e da escrita, desenvolvendo as competências necessárias
para o ingresso nesse mundo, compreendendo sua importância e função na prática
social.
Através do desenvolvimento deste estudo ficou evidenciada a importância de se
desenvolver um trabalho com os alunos onde o foco seja o uso social da leitura e escrita,
utilizando para isso a aprendizagem significativa.
É preciso compreender que um indivíduo pode não saber ler e escrever, isto é, ser
analfabeto, mas ser, de certa forma, letramento, pois pode envolver-se em práticas sociais
de leitura e de escrita. Da mesma forma, a criança que ainda não se alfabetizou, mas já
folheia livros, finge lê-los, brinca de escrever, ouve histórias que lhe são lidas, está
rodeada de material escrito e percebe seu uso e função, essa criança ainda é “analfabeta”
porque não aprendeu a ler e escrever, mas já penetrou no mundo do letramento e já é de
certa forma letrada.
Para a aprendizagem significativa de fato acontecer é preciso que o aluno esteja
disposto a aprender determinado assunto relacionando-o de maneira substantiva, não -
arbitrária aos conhecimentos prévios, e o material a ser aprendido deve ser
potencialmente significativo para o aluno. A ausência de um dos dois critérios torna a
aprendizagem mecânica.
Proporcionando aos alunos o contato com temas variados, ligados ao seu meio
social, pode-se obter o ingresso dele no processo de ensino e aprendizagem de maneira
prazerosa. Quando o aluno se dispõe a aprender ocorre mais facilmente a aprendizagem
significativa, o seu interesse é fundamental para que a aprendizagem da leitura e escrita
não aconteça de maneira arbitrária, tornando-se mecânica e vazia de significado.
Dessa maneira é possível atingir o ideal do letramento que permite a apropriação
da leitura e escrita e suas práticas sociais, conjugando-as com práticas sociais de
91
interação oral.
Aprender a pensar significa desenvolver a auto-estima, o senso crítico, a liberdade
de expressão, o companheirismo, a flexibilidade, a acessibilidade, a iniciativa, que são
pontos fundamentais para o envolvimento em sua comunidade, gerando reflexos positivos
em sua realidade.
Concepção de Infância e AdolescênciaInfância e adolescência são dois momentos muito significativos na vida de todos.
São etapas marcantes em que cada pessoa aprende conhecimentos necessários para o
cidadão que se tornará no futuro.
A compreensão que hoje se tem de infância como um período da vida da criança,
entendida esta como sujeito de direitos, resulta de um longo processo histórico.
A infância tem adquirido significados diferenciados em decorrência das
transformações sociais, políticas, econômicas e culturais que marcam cada sociedade
em diferentes tempos e espaços. Isso significa que a ideia de infância não é estática, ela
se constrói e se modifica na prática social e está relacionada às formas de se olhar a
criança.
É essa criança histórica e culturalmente contextualizada, inserida em uma família
situada em um espaço e tempo geográfico, com toda a diversidade que apresenta, seja
biológica, cultural, racial ou religiosa, que precisa ser conhecida, compreendida e
respeitada como sujeito que produz a própria história na história em que se faz a sua
educação. Essa criança que se encontra em processo de desenvolvimento de todas as
dimensões humanas, seja de ordem afetiva, social, cognitiva, psicológica, espiritual,
motora, sexual, lúdica e expressiva. É essa criança que comunica e expressa
conhecimentos, emoções, sentimentos e desejos de uma maneira muito própria,
manifestando-os por meio de choro de gesto, da fala, do movimento, do desenho, da
música, do canto, da dança, da pintura, da escultura, das brincadeiras, enfim, por
múltiplas linguagens. É essa criança que precisa ter espaços e condições de constituir-se
no direito que tem de ser criança e de viver a sua infância de modo pleno.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 explicita que a
educação infantil ofertada em creches e pré-escolas e qualificada como primeira etapa
92
da educação básica tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança em seus
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, completando a ação da família e da
comunidade. Isso significa considerar a criança por inteiro em qualquer proposta
educativa, integrando as ações de educar e cuidar, compreendendo-as como funções
indispensáveis e indissociáveis na educação infantil. São indissociáveis, pois, no ato de
cuidar, educa-se e, cuida-se. Nessa perspectiva, educar e cuidar de modo integrado
implica atenção e respostas às necessidades fundamentais do desenvolvimento das
crianças. Essas necessidades são expressas nas ações que envolvem: proteção e
segurança, afeto e amizade, expressão de sentimentos, desenvolvimento da curiosidade,
imaginação e capacidade de expressão; acesso a uma alimentação sadia, à higiene e à
saúde; a possibilidade de movimento em espaços amplos e de contato com a natureza; a
atenção individual, em especial durante processos de inserção nas instituições de
educação infantil; acesso a ambientes educativos aconchegantes e desafiadores; o
desenvolvimento de identidade cultural, racial e religiosa; a possibilidade de brincar como
uma forma privilegiada de aprender e expressar conhecimentos sobre si, sobre a cultura e
o mundo onde vive.
No entanto, conquistas alcançadas no âmbito legal não garantem um mesmo olhar
sobre essa infância, que avançou como tempo de direitos. Observam-se, nessa mesma
sociedade, crianças vítimas de diferentes formas de agressão, como a exploração sexual,
do trabalho e do consumo; crianças que, a cada dia, têm mais reduzido o seu tempo de
estar em família, que perambulam pelas ruas, que despendem tempo prolongado diante
de aparelhos de televisão, computadores, sendo impedidas precocemente de ocupar-se
das brincadeiras, do canto, da dança, da fantasia, das vivências próprias da infância. No
Brasil, como em outros países, não se teve e não se tem uma única forma de ver e de
viver a infância.
O Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990 situa a criança como prioridade
social na proteção e prevenção de maus-tratos ou quaisquer ações relacionadas à
violação de seus direitos.
Segundo Wallon no período que vai dos seis aos doze anos, a criança se volta
outra vez para as coisas em volta dela. A escola, nesse período, desempenha um
93
importante papel na vida psíquica da criança, alargando suas relações pessoais e sua
capacidade intelectual. No entanto, isso se dá de forma lenta e difícil. Nesse momento as
outras pessoas são menos importantes para o adolescente e as exigências de sua
personalidade, agora em primeiro plano, entram em conflito com os costumes, hábitos de
vida e relações da sociedade. O retorno da atenção sobre ele próprio causa, no
adolescente, as mesmas alternâncias de graça e de embaraço dos três anos.
Ao aluno aprender os conteúdos formais das disciplinas, vai se constituindo na sua
personalidade também. A personalidade significa a maneira habitual ou constante de
reagir, de cada indivíduo que se constrói progressivamente segundo um ciclo de
alternância de duas funções principais: a afetiva e a inteligência.
A personalidade representa a integração de um componente afetivo, o caráter e de
um componente cognitivo, a inteligência. A cada etapa do seu desenvolvimento, a pessoa
reage às situações de acordo com suas condições emocionais e suas possibilidades
intelectuais. A aprendizagem de coisas diferentes faz surgir nos alunos necessidades
novas e outras atitudes.
Sendo assim, é importante reconhecermos no aluno a possibilidade de mudança
da sua maneira de ser, a partir do seu aprendizado escolar. Portanto, a escola é vista,
como sendo um espaço de construção da personalidade.
A tarefa do educador é de orientar, de regular e de organizar o meio sócio-
educativo, ou seja, ele deve atuar em todos os ambientes da escola como um facilitador
da sua própria interação com os alunos e das relações que se estabelecem entre eles.
O importante é poder contar com um conhecimento a mais para refletir a prática e
buscar fazer dessa prática uma ação que seja educativa, que leve o outro, no caso o
aluno, ao seu desenvolvimento intelectual e pessoal.
A avaliação exige do professor um posicionamento “diagnóstico”, que oriente e
esteja presente em toda a prática escolar acompanhando os avanços, interferindo nas
dificuldades e efetivando a aprendizagem do saber elaborado.A avaliação realizada com os alunos possibilita ao sistema de ensino verificar como está atingindo os seus objetivos, portanto, nesta avaliação ele tem uma possibilidade de auto-compreensão. O professor, na medida em que está atento ao andamento dos seus alunos, poderá, através da avaliação da aprendizagem,
94
verificar o quanto o seu trabalho está sendo eficiente e que desvios está tendo. O aluno, por sua vez, poderá estar permanentemente descobrindo em que nível de aprendizagem se encontra, dentro de sua atividade escolar, adquirindo consciência do seu limite e das necessidades de avanço. Além disso, os resultados manifestados por meio dos instrumentos de avaliação poderão auxiliar o aluno num processo de automotivação. Na medida em que lhes fornece consciência dos níveis obtidos de aprendizagem.
As relações de trabalho devem ser cooperativas. A força do coletivo deve estar
presente, através do compromisso de todos os envolvidos.
Para os educadores a função é mudar, transformar, dar significado e estímulos
para que o aluno sinta-se motivado para o aprendizado.
Pode-se incluir aqui também a família que deve desempenhar um importante papel
na vida escolar do seu filho, zelando pela formação do mesmo e interagindo com a
comunidade escolar.
Branden (1997, pg. 26), pontua que “o ambiente familiar pode ter um impacto
profundo, tanto para o bem como para o mal. Os pais podem alimentar a confiança e o
auto-respeito ou colocar obstáculos medonhos que impedem o aprendizado dessas
atitudes (...) podem colaborar no surgimento de uma auto - estima saudável ou fazer tudo
que se possa imaginar para sabotar esse crescimento.”
Segundo Aquino (1996, pg. 46), a estrutura escolar não pode ser pensada afastada
da família, família e escola são dois âmbitos institucionais que não se justapõem, porém,
que se complementam e articulam-se.
No processo de ensino aprendizagem o professor deve mediar o conhecimento dos
alunos com o conhecimento científico, equalizando as oportunidades sociais e
exercitando a interatividade. Este trabalho deve ser dinâmico, flexível e comprometido
com a qualidade de ensino.
O professor tem que ser um mediador, interferindo e criando condições
necessárias à apropriação do conhecimento enquanto especificidade da relação
pedagógica.
Sendo assim, ensinar exige criar situações para os alunos interagirem entre si e
com os conteúdos, sob orientação do professor, significa prever e organizar tais
situações, cuidando inclusive da utilização do espaço da sala de aula e da distribuição
95
das atividades no tempo.
Professores e alunos devem respeitar-se, possuírem um relacionamento amigável,
caminhar juntos, trocar experiências para se chegar ao fim desejado num processo
gradativo e cumulativo com uma aprendizagem significativa, consciente e crítica.
Devido a todos os assuntos analisados e citados no decorrer deste texto
chegamos a conclusão que o colégio possui vínculo com a seguinte tendência
pedagógica: Progressista, Histórico - Crítico.
A educação não muda o mundo, a educação muda às pessoas; e as pessoas
mudam o mundo.
Assim, o Colégio, como todos os membros que estão ligados ao processo
educacional, preocupam-se em atender, não só as exigências do Regimento Escolar e
das Diretrizes Curriculares, como também atender necessidades surgidas do meio do
educando, para tal visamos os mesmos objetivos:
Desenvolvimento integral do aluno;
Preparo do aluno como um cidadão crítico;
Qualidade na educação;
Adequada integração dos conteúdos e metodologia de trabalho;
Atendimento dos interesses e necessidades dos alunos;
Coerência nos critérios e procedimentos de avaliação.
Portanto, nossa missão é formar pessoas capazes de transformar a sociedade e ao
mesmo tempo conviver e acompanhar as mudanças, através de seus valores e o uso de
suas habilidades. Essas pessoas devem estar preparadas para utilizar a evolução
tecnológica e científica a seu favor, de forma consciente e responsável. Também devem
estar preparadas para se integrar ao processo coletivo, buscando soluções para os
problemas sociais, ambientais, globais e locais.
“ A principal meta da Educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas
novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam
criadores, inventores, descobridores.” Jean Piaget ( 1896 - 1980 )
6. MARCO OPERACIONAL
96
6.1 Procedimentos pedagógicos e a organização curricular.O Colégio Estadual Colônia Malhada – E. F. M. fundamenta sua prática de ensino
na organização da escola em séries / anos para o Ensino Fundamental e Ensino Médio
por Blocos. Sendo que a essência é possibilitar o pleno desenvolvimento do educando,
preparo para o exercício da cidadania, educação de qualidade para progredir no trabalho
e em estudos posteriores. Para isso, são necessárias ações didáticas que suscitem nos
alunos estudos independentes, a elaboração conjunta, problematização e a busca de
respostas.
As aulas devem constituir-se de vivências e experiências e o aluno participar
ativamente. Para tanto, se propõe, que os diferentes professores planejem suas aulas
tendo como parâmetro as Diretrizes Curriculares Nacionais, as Diretrizes Curriculares da
mantenedora e o Projeto Político Pedagógico. As atividades pedagógicas das diferentes
disciplinas do Ensino Fundamental e Médio que compõem o Núcleo Comum e a Parte
Diversificada devem contemplar os diversos conteúdos das áreas do saber e levar os
alunos a pensar e agir com responsabilidade e autonomia. As Línguas Estrangeiras
Modernas – Inglês e espanhol Básico – CELEM devem propiciar o conhecimento de uma
nova cultura. Já os estudos sobre o Paraná devem capacitar o aluno ao entendimento da
trajetória política, social, econômica e cultural do estado. Os projetos sobre a Agenda
Escolar 21, Inclusão e cultura afro - brasileira e africana deverão levar o aluno ao
entendimento destas temáticas.
Além de considerar os diferentes processos de aprendizagem, o professor na
organização do tempo escolar deve considerar as diferenças de caráter individual e
cultural, marcantes na comunidade.
O plano de trabalho docente é fundamental para a organização do processo de
ensino-aprendizagem. É neste momento que os educadores poderão refletir sobre os
fundamentos do trabalho docente, interpretar a realidade objetiva da escola e propor
ações para a concretização dos objetivos propostos.
Nessa ocasião que os elementos do processo educativo (conteúdo, metodologia,
avaliação) serão definidos e organizados.
97
No que diz respeito aos conteúdos é indispensável que o professor conheça a
organização, a constituição e a lógica da sua área para trabalhar com os conteúdos
estruturantes de maneira significativa. O professor deve desenvolver no decorrer do ano
letivo os conteúdos elencados no Projeto Político Pedagógico essencial à série / ano que
o aluno está matriculado.
Cada professor pensará na melhor forma de ensinar; pois Libâneo coloca que “não
há método único de ensino, mas uma variedade de métodos cuja escolha depende dos
conteúdos das disciplinas, das situações didáticas específicas e das características sócio-
culturais e de desenvolvimento dos alunos”. ( LIBÂNEO, 1991: 152)
Nesta perspectiva conteúdo e método mantêm uma relação de dependência entre
si e com os demais componentes da ação pedagógica. Assim, o educador precisa saber
o que se ensina, como se ensina, para que se ensina, considerando como e para que se
aprende.
Na escola o conhecimento não está de forma totalizada tal como quando é
produzido, mas apresenta nas diversas áreas do conhecimento. Os fatos científicos
devem ser contextualizados, discutindo-se suas determinações, implicações econômicas,
sociais e políticas. Portanto, é preciso que o aluno entenda o conhecimento em seu
processo como histórico, produzido pelo homem em suas relações sociais. Quem pode
garantir este aspecto articulador do conhecimento é o professor. É neste sentido que
entendemos a necessidade da interdisciplinaridade.
É necessário superar a dicotomia entre teoria e prática, reconhecendo que esses
dois elementos, embora distintos, formam uma unidade indissolúvel, o que remete ao
conceito de práxis.
Durante o processo de ensino-aprendizagem o ERRO deverá ser considerado
como uma etapa para atingir o conhecimento. A avaliação deve assumir um caráter
diagnóstico, servindo de instrumento ao professor para a retomada dos procedimentos de
ensino e ao aluno para que possa verificar seu progresso em relação ao próprio processo
de aprendizagem.
A avaliação oportuniza ao professor rever sua prática pedagógica, desenvolver
conteúdos significativos, e utilizar uma metodologia adequada. A problematização, o
98
debate, o trabalho em grupo, as pesquisas são exemplos de práticas que podem ser
usadas para a avaliação.
Os Registros das Avaliações serão feitos em livro próprio (Registro de Classe do
professor) sendo 6,0 a nota mínima para aprovação. A cada bimestre teremos o
informativo das notas.
A recuperação deverá ser paralela cabendo ao professor interferir de forma
significativa no processo de aprendizagem, buscando alternativas para que o aluno
domine o conteúdo ainda não alcançado. Poderão ser utilizadas atividades diferenciadas,
pesquisas complementares, tarefas extras, atividades para casa e nos casos que se
verifique dificuldade / distúrbios de aprendizagem os alunos serão encaminhados a Sala
de Recursos para trabalho paralelo, obedecendo à especificidade deste atendimento e no
regime do contra turno. Não se pode esquecer que a LDB assegura o direito a
recuperação de estudos quando se fizer necessário.
Os pais deverão acompanhar o processo participando ativamente da vida
escolar de seus filhos através de reuniões e informativo escolar.
6.2 Linhas de ação e reorganização do trabalho pedagógico na perspectiva administrativa, pedagógica e financeira.
O Colégio Estadual Colônia Malhada observa as diretrizes emitidas pela SEED
para organizar seus espaços administrativo e pedagógico. Toda prática está alicerçada
nos princípios organizacionais da Secretaria de Estado de Educação e nas
especificidades da comunidade.
Almejando a qualidade no ensino, o atendimento a todos com uma prática voltada
ao respeito das diferenças, buscamos rever o trabalho pedagógico na perspectiva
administrativa, pedagógica, financeira e político-educacional visando atingir um objetivo
único que é o funcionamento de toda a estrutura escolar.
Faz-se necessário direcionar as ações administrativas e pedagógicas para o início
do ano letivo onde se concentram as atividades de formação dos docentes e funcionários,
o preenchimento do quadro e o estabelecimento da organização do ano escolar. A falta de
profissionais (início do período letivo) dificulta o andamento do trabalho pedagógico e
99
consideramos importante estudar, planejar, conhecer a realidade dos alunos, o espaço
físico e a disponibilidade dos materiais para a efetivação das aulas.
Outra medida importante relaciona-se formação de um quadro de professores
que queiram realmente desenvolver um trabalho na escola do campo e que saibam
compreender a comunidade evitando assim a rotatividade que provoca prejuízos
pedagógicos que levam tempo para serem sanados.
Aumentar a participação familiar incentivando o acompanhamento dos estudos,
bem como o prosseguimento é inevitável nos dias de hoje e a escola desempenha um
papel importante quando trabalha estas questões com a comunidade.
A cultura é um fator marcante e precisará ser respeitada. Por ser uma escola do
campo algumas situações interferem no processo de ensino aprendizagem como: a
distância da casa/ escola/ centro da cidade, a dificuldade de acesso às novas tecnologias,
a jornais, revistas, teatros e cinemas. Procuramos reduzir essas situações participando
dos eventos da SEED e promovendo projetos culturais.
A gestão escolar rege o funcionamento compreendendo tomada de decisão,
planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e
pedagógicas, promovendo a participação da comunidade escolar numa ação democrática.
O órgão máximo de direção é o Conselho Escolar que será um fórum permanente de
debates, de articulação entre os vários segmentos, tendo em vista o atendimento das
necessidades comuns e o encaminhamento necessário à solução de problemas
administrativos e pedagógicos.
O diretor é membro nato e cabe a ele organizar e coordenar o Conselho Escolar
de maneira transparente, respeitando as decisões do coletivo ao que se refere às
questões administrativas e pedagógicas quando solicitado ou necessário. A eleição dos
representantes (conselheiros) deve acontecer a cada dois anos sendo ela aberta a toda a
comunidade podendo ser por aclamação, votação aberta ou secreta.
O diretor deve fazer cumprir o Regimento Interno e ser um articulador de toda a
escola. No Regimento Interno encontramos as leis que regulamentam o funcionamento
estabelecendo direitos e deveres, para todas as instâncias colegiadas envolvidas no
processo de ensino aprendizagem da escola.
100
Ao Grêmio Estudantil, energias extras deverão ser aplicadas visto que deve ser
renovado e precisarão de auxílio para concretizar seu papel.
A formação do Grêmio Estudantil deve ser incentivada pelos gestores, pois
demonstra um caminho para a democratização e é um apoio à Direção numa gestão
colegiada. Vale lembrar que o Grêmio é uma organização dos estudantes na escola. Ele é
formado apenas por alunos que desenvolvem atividades culturais e esportivas e trazem
as reivindicações dos estudantes. Cabe ressaltar que o Grêmio não tem caráter político
partidário, religioso, racial e também não terá fins lucrativos, tem como objetivo defender
os interesses individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e
desportiva de seus membros. Possui estatuto próprio e as eleições devem acontecer a
cada dois anos. Deve ocorrer reuniões ordinárias e extraordinárias quando necessárias.
Os representantes de turmas serão eleitos anualmente, no início do período letivo
em data fixada pela equipe pedagógica administrativa. O professor representante da
turma organizará a eleição passando ao setor pedagógico o nome do aluno eleito.
Com relação ao representante de turma será desenvolvido um trabalho para que
este entenda que seu papel é de fundamental importância enquanto elo entre os
segmentos da escola.
Já para a escolha do professor representante adotam-se os critérios de ministrar
aulas na turma, dispor-se a repassar as informações solicitadas pela equipe
administrativa e pedagógica de maneira imparcial e trazer o resultado.
A APMF e o diretor deverão direcionar as ações para aplicar os recursos naquilo
que efetivamente propicie melhorias para os alunos. A Associação de Pais, Mestres e
Funcionários é composta por representantes de todos os segmentos eleitos em
Assembleia Geral.
A principal função da APMF é prestar assistência à escola, principalmente ao
educando, discutir as ações que buscam o aprimoramento do ensino e a ligação família /
escola. Além disso, a APMF irá administrar os recursos próprios e os enviados.
Quanto à formação continuada dos professores e funcionários o Colégio procura:
Executar a semana de estudos conforme orientação da SEED;
Propor e validar os encaminhamentos referentes ao Projeto Político Pedagógico;
101
Encaminhar professores e funcionários para cursos, encontros promovidos pela
SEED e outras instituições;
Viabilizar projetos culturais internos e externos que levem os professores a ampliar
sua visão (por exemplo: FERA);
Utilizarem a Biblioteca do Professor;
Incentivar os professores a participarem do Projeto folhas e O. A. C;
Efetivar a participação dos professores nos grupos de estudo;
Mobilizar a escola a pensar de forma global o processo de ensino-aprendizagem
através de reuniões pedagógicas e conselhos de classe. Merece destaque
mencionar que o processo de eleições da APMF ocorrem a cada dois anos.
A ampliação do espaço físico é o grande sonho e para isso contamos com a
parceria da Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais que sede o terreno e da
comunidade que auxilia sempre que necessário bem como da SEED.
O processo pedagógico precisa ser acompanhado continuamente pela Equipe
Pedagógica Administrativa para que se efetive com qualidade. Dentro da proposta da
escola estão presentes momentos para refletir sobre a prática pedagógica, forma de
avaliação, atendimento aos alunos com dificuldade de aprendizagem, recuperação
paralela e inclusão.
A equipe pedagógica e administrativa dá ênfase ao processo de recuperação
paralela, pois o aluno precisa recuperar aquilo que não aprendeu logo no início e não
levar sua dificuldade para frente tendo como reflexo - notas baixas. A revisão da
metodologia, do planejamento, dos métodos de avaliação é constante e com ele o
processo de ensino aprendizagem como um todo.
Acreditamos que, o prazer de aprender e o compromisso com o ensinar passam
por transições. A própria LDB mudou a visão de aprendizagem; aprender é descobrir e,
construir. A forte relação entre aprendizagem e ensino faz com que todos gostem de
aprender. Alguns recursos facilitam a aprendizagem, porém devem ser dosados e bem
gerenciados, por isso entendemos que o Projeto Político Pedagógico da escola deve ser
avaliado, acompanhado e realimentado continuamente assegurando a qualidade do
processo educativo.
102
A ação pedagógica será norteada pelo Regimento Escolar, pelas Diretrizes
Estaduais para o Ensino Fundamental e Médio e pelas reuniões do Conselho de Classe. A
proposta pedagógica da escola será o núcleo de organização da prática docente e neste
documento os professores encontrarão os conteúdos essenciais a séries que trabalham.
O processo de avaliação da aprendizagem dos alunos deverá ser contínuo,
observando, diagnosticando os avanços e as dificuldades. Para chegar à média final os
professores utilizarão diferentes meios como provas, trabalhos, seminários,
apresentações, produções e outras.
A promoção para série seguinte acontecerá quando ao final do ano o aluno atingir a
nota 6,0 em todas as disciplinas e frequência igual ou superior a 75% do total de
horas/dias letivas. O Conselho de Classe terá autonomia para deliberar sobre casos
específicos no qual o aluno não atingiu nota ou possua frequência inferior a 75%.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva
em assuntos didático-pedagógico, com atuação restrita a cada classe do Estabelecimento
de Ensino, tendo por objetivo avaliar o processo de ensino aprendizagem na relação
professor x aluno e os procedimentos adequados em cada caso.
Os objetivos do Conselho de Classe são: estudar, analisar, acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos verificando os resultados de
aprendizagem.
A Classificação é o procedimento que este estabelecimento adota para posicionar o
aluno em série compatível com a idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios
formais e informais.
A Classificação pode ser realizada por:
por promoção para alunos que cursaram com aproveitamento a série / ano na
própria escola;
por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do
exterior, considerando a classificação na escola de origem;
independente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que
defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua
inscrição na série / ano adequada.
103
Já a Reclassificação deve ser centrada na aprendizagem, o responsável deverá
estar ciente do processo, deverá existir uma comissão formada por docentes,
técnicos e direção para efetivar o processo, as atas e avaliações devem ser arquivadas e
os resultados registrados no histórico escolar do aluno. Requisito para este processo a
idade compatível com a série / ano.
O Colégio não oferece o regime de dependência nem matrícula parcial.
O calendário escolar deve atender ao disposto na legislação vigente, 800 horas,
distribuídos num total de 200dias letivos de efetivo trabalho escolar conforme
determinação da LEI 9394/96 (ver anexo).
A grade curricular contempla o núcleo comum e a parte diversificada como
determina a LDB 9394/96 (ver anexo).
7. ENSINO FUNDAMENTALO Ensino Fundamental compõe, juntamente com a Educação Infantil e o Ensino
Médio, o que a Lei Federal n.º 9.394, de 1996 – nova Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – nomeia como Educação Básica e que tem por finalidade
“desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação indispensável ao exercício da
cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”
De acordo com a LEI, o Ensino Fundamental no Brasil tem por objetivo a
formação básica do cidadão mediante:
“ I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo"
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e formação de atitudes e valores;
IV- "o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.”
Os estados e municípios incumbem-se de definir formas de colaboração na oferta
do Ensino Fundamental, o que pode trazer grandes benefícios, pois ações conjuntas –
bem planejadas, renovadas em seu espírito e reforçadas em seus meios – podem permitir
104
uma recuperação do nosso sistema educativo.
São características do Ensino Fundamental a obrigatoriedade e a gratuidade
mesmo para os que não tiveram acesso na idade adequada, constituindo-se direito
publico subjetivo.
Esta modalidade deverá oportunizar conhecimentos a todos os alunos e em todas
as linguagens. São ofertadas no Ensino Fundamental disciplinas do núcleo comum e da
parte diversificada e a partir de 2007 sua duração será ampliada para 9 anos.
8. ENSINO MÉDIOO Ensino Médio integra a etapa do processo educacional indispensável para o
exercício da cidadania, o acesso às atividades produtivas, o prosseguimento nos níveis
mais elevados e complexos de educação e o desenvolvimento pessoal.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional explicita que o Ensino Médio é a
“etapa final da educação básica” (Lei 9394/96 Art. 36), portanto deve assegurar a todos os
cidadãos a oportunidade de consolidar e aprofundar " os conhecimentos adquiridos no
Ensino Fundamental“, aprimorar o educando como pessoa humana possibilitar o
prosseguimento de estudos, garantir a preparação básica para o trabalho e a cidadania,
dotar o educando dos instrumentos que permitam “continuar aprendendo” tendo em vista
a desenvolver a compreensão dos ” fundamentos científicos e tecnológicos dos processos
produtivos” (Art.35, incisos I a IV, da Lei n.º 9394/96).
O artigo 35 da Lei de Diretrizes e Bases menciona as finalidades do Ensino Médio
sendo elas:
I – a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudo;
II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando como pessoa
humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e
do pensamento crítico;
III – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
As Diretrizes Curriculares Estaduais para o Ensino Médio norteiam o processo de
105
ensino – aprendizagem, descrevendo o objeto de estudo e estabelecendo
os conteúdos estruturantes para cada área.
9. PROPOSTA CURRICULAR10. ARTEApresentação Geral da DisciplinaA posição atual do Ensino de Arte em nosso país e no Paraná certamente foi uma
construção histórica – social desde o período colonial até os PCNs em Arte,
fundamentados principalmente na metodologia triangular de Ana Mãe.
Por isso, o Ensino de Arte na escola deixa de ser coadjuvante e passa a se
preocupar ou perseguir o desenvolvimento do sujeito – aluno frente a uma sociedade
construída historicamente e em transformação.
Neste cenário a Arte exige ser colocada como área de conhecimento e não como
pratica de entretenimento ou equivocadamente uma terapia ou descanso das aulas
sérias.
Possui como objeto de estudo a fundamentação no conhecimento estético relacionado
à apreensão do objeto artístico como criação de cunho sensível e cognitivo. Já o
conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da criação,
toma em consideração o artista no processo da criação das obras desde suas raízes
históricas e sociais, as condições concretas que subsidiam a produção, o saber e o nível
técnico alcançado na experiência com materiais; bem como o modo de disponibilizar a
obra ao público, incluindo as características desse público e as formas de contato com
ele, próprias da época da criação e divulgação das obras, nas diversas áreas como artes
visuais, dança, música e teatro.
A disciplina então ampliará o repertório cultural do aluno, através da apropriação do
estético, do artístico, articulado e contextualizado, resultando paulatinamente
aproximações ou contatos com o universo cultural das sociedades humanas locais /
regionais / globais nas suas diversas representações e adicionando capacidade de
leituras pessoais e críticas.
Para tanto, desenvolverá uma práxis de ensino da Arte centrada na articulação de
106
teoria e prática com vista à expansão das potencialidades criativas, e de entendimento da
palavra - mundo, nos aspectos sensíveis e cognitivos , bem como os processos criativos
– do imaginário do artista até a apreciação pelo público e mais além, conhecer os
conteúdos explicito e implícitos que envolve o contexto
histórico ( político, econômico e sociocultural).
E finalmente a disciplina fixa o reconhecimento pelo aluno, da importância de criar, nas
sociedades humanas modernas.
Com este espírito, esta construção do conhecimento desvela ou apresenta a
linguagem – o elo de ligação entre o conteúdo e a cultura em suas diversas produções e
manifestações artísticas.
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Artes para o Ensino Fundamental e
Arte para o Ensino Médio são os seguintes:
Elementos formais;
Composição;
Movimentos e períodos;
O tempo e espaço de certa maneira mantém uma relação com as demais
disciplinas e com os conteúdos específicos. Trata-se de uma categoria que articula os
conteúdos estruturantes das quatro áreas de Arte e tem um caráter social e histórico.
A partir das concepções de Arte e de seu ensino, as Diretrizes consideram os
seguintes campos conceituais relativos ao objeto de estudo desta disciplina:
O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto em seus aspectos
sensíveis e cognitivos. O pensamento e a percepção articulam-se numa organização que
expressa esses pensamentos e sentimentos, sob a forma de representações artísticas
como, por exemplo, palavras na poesia; sons melódicos na música; expressões corporais
na dança ou no teatro; cores, linhas e formas nas artes visuais;
O conhecimento artístico está relacionado com o fazer e com o processo criativo.
Considera deste o imaginário, a elaboração e a formalização do objeto artístico até o
contato com o público. Durante esse processo, as formas resultantes das sínteses
emocionais e cognitivas expressam saberes específicos na experiência com materiais,
com técnicas e com os elementos básicos constitutivos das artes visuais, da dança, da
107
música e do teatro;
O conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico (político, econômico e
sociocultural) dos objetos artísticos e contribui para a compreensão de seus conteúdos e
implícitos de possibilitar um aprofundamento na investigação desse objeto;
Estruturalmente a disciplina de Artes se ocupará em larga dimensão das
linguagens das artes visuais, da dança, da música e do teatro na forma de conteúdos
estruturantes.
A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos artistas
determinam os estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos diferentes períodos
históricos. Da mesma forma, a visão de mundo, característica dos movimentos e
períodos, também determina os modos de composição e de seleção dos elementos
formais que serão privilegiados. Concomitantemente tempo e espaço não somente estão
no interior dos conteúdos, como são, também, elemento articulador entre eles.
Objetivos geraisA luz da estruturação proposta na apresentação, os objetivos gerais da disciplina de
Arte em grandes linhas propiciará o conhecimento dos elementos básicos das linguagens
que permitirá ao aluno a leitura e interpretação das produções e manifestações artísticas,
bem como elaborar trabalhos artísticos e relacioná-los com a realidade dos alunos.
Fornecer os conhecimentos sobre imagem (representação simbólica de uma
ideia percebida de forma sensorial e seus elementos constituintes básicos da
linguagem das artes visuais).
Fornecer os conhecimentos sobre movimento (ação corporal articulada no tempo
e no espaço) e seus elementos constituintes básicos da linguagem da dança.
Fornecer os conhecimentos sobre som e seus elementos básicos
correlacionados à linguagem da música.
Fornecer os conhecimentos sobre Personagem, espaço cênico e seus
elementos básicos correlacionados à linguagem do teatro.
Conteúdos6º ANO
108
MÚSICACONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Escalas: diatônica
pentatônica
cromática
Improvisação
Greco-Romana
Oriental
Ocidental
Africana
ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Bidimensional
Figurativa
Geométrica, simetria
Técnicas: Pintura,
escultura, arquitetura...
Arte Greco-Romana
Arte Africana
Arte Oriental
Arte Pré-Histórica
109
Volume
Cor
Luz
Gêneros: cenas da
mitologia...
TEATROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagens: expressões
corporais, vocais, gestuais
e faciais
Ação
Espaço
Endereço, roteiro.
Espaço Cênico,adereços
Técnicas: jogos teatrais,
teatro indireto e direto,
improvisação,
manipulação, máscara...
Gênero: Tragédia,
Comédia e Circo.
Greco- Romana
Teatro Oriental
Teatro Medieval
Renascimento
DANÇACONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
110
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Kinesfera
Eixo
Ponto de Apoio
Movimentos articulares
Fluxo (livre e interrompido)
Rápido e lento
Formação
Níveis (alto, médio e baixo)
Deslocamento (direto e
indireto)
Técnica: Improvisação
Gênero: Circular
Pré-história
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
7º ANO MÚSICACONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros: folclórico,
Música popular e étnica
(ocidental e oriental)
111
Densidade
indígena popular e étnico
Técnicas: vocal,
instrumental e mista
Improvisação
ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Técnicas: Pintura,
escultura,
modelagem, gravura...
Gêneros: Paisagem,
retrato, natureza morta...
Arte Indígena
Arte Popular
Brasileira e Paranaense
Renascimento
Barroco
112
TEATROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais
e faciais
Ação
Espaço
Representação, Leitura
dramática, Cenografia.
Técnicas: jogos teatrais,
mímica, improvisação,
formas animadas...
Gêneros: Rua e arena,
Caracterização.
Comédia dell'arte
Teatro Popular
Brasileiro e Paranaense
Teatro Africano
DANÇACONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Ponto de Apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso (leve e pesado)
Fluxo (livre, interrompido e
conduzido)
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
113
Tempo
Espaço
Lento, rápido e moderado
Níveis (alto, médio e baixo)
Formação
Direção
Gênero: Folclórica, popular
e étnica
Indígena
8º ANO MÚSICACONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal, modal e a fusão de
ambos.
Técnicas: vocal,
instrumental e mista
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
114
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Deformação
Técnicas: desenho,
fotografia, audio-visual e
mista...
Indústria Cultural
Arte no Séc. XX
Arte Contemporânea
TEATROONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões
corporais, gestuais e
faciais
Ação
Espaço
Representação no Cinema
e Mídias
Texto dramático
Maquiagem
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
115
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos teatrais,
sombra, adaptação
cênica...
ÁREA DANÇACONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento corporal
Tempo
Espaço
Giro
Rolamento
Saltos
Aceleração e
desaceleração
Direções (frente, atrás,
direita e esquerda)
Improvisação
Coreografia
Gênero: Indústria
Cultural
e espetáculo
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria Cultural
Dança Moderna
9º ANOÁREA MÚSICACONTEÚDOS ESTRUTURANTES
116
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas: vocal,
instrumental e mista
Gêneros: popular,
folclórico e étnico.
Música Engajada
Música Popular Brasileira.
Música Contemporânea
ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODO
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Bidimensional
Tridimensional
Figura-fundo
Ritmo Visual
Técnica: Pintura,
Realismo
Vanguardas
Muralismo e Arte Latino-
Americana
Hip Hop
117
Cor
Luz
grafitte, performance...
Gêneros: Paisagem
urbana, cenas do
cotidiano...
TEATROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais
e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo,
jogos teatrais, direção,
ensaio, Teatro-Fórum...
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Teatro Engajado
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
Vanguardas
DANÇACONTEÚDOS ESTRUTURANTES
118
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PEŔIODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Kinesfera
Ponto de Apoio
Peso
Fluxo
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e longe)
Coreografia
Deslocamento
Gênero: Performance e
moderna
Vanguardas
Dança Moderna
Dança Contemporânea
Ensino Médio1ª anoElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Intensidade
Altura
Duração
Timbre
Densidade
Linha
Forma
Ritmo
Melodia
Escalas:diatônica,
pentatônica, cromática...
Gêneros: popular,
folclórico, clássico...
Técnicas: vocal,
Música Ocidental
Música Oriental
Música Popular Brasileira
Arte Pré-Histórica
Arte Pré-Colombiana
Arte Pré- Cabralina
Arte Latino Americana
119
Superfície
Volume
Luz
Cor
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais
e faciais.
Ação
Espaço
instrumental, mista
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Abstrato
Perspectiva...
Técnica: pintura, desenho,
gravura, escultura, história
em quadrinhos...
Gênero: paisagem, cenas
do cotidiano, cenas
históricas..
Kinesfera
Movimentos articulares
Ponto de apoio
Rolamento
lento, médio e rápido
Níveis
Deslocamento
Direções
Planos
Coreografia
Gêneros: étnica e popular.
Técnicas: jogos teatrais,
teatro direto e indireto,
mímica e pantomima...
Gêneros: tragédia,
comédia...
Sonoplastia
Renascimento
Muralismo
Hip Hop
Pré-história
Grego,Romana, Medieval.
Dança popular
Dança Brasileira
Dança Africana
Dança Indígena
Teatro Grego – Romano
Teatro Essencial
Teatro Popular
Commédia Dell”arte.
120
2ª AnoElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Intensidade
Altura
Duração
Timbre
Densidade
Linha
Forma
Superfície
Volume
Luz
Cor
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais
e faciais.
Ação
Espaço
Ritmo
Melodia
Harmonia
Escrita Musical
Gêneros: clássico, popular,
étnico.
Técnicas: vocal,
instrumental, mista
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Abstrato
Perspectiva...
Técnica: pintura,grafitti,
desenho, gravura,
escultura, modelagem,
colagem...
Gênero: paisagem,
retrato,cenas do cotidiano,
cenas históricas..
Peso
Salto e Queda
lento, médio e rápido
Aceleração e
desaceleração
Deslocamento
Música Ocidental e Oriental
Música Popular e Étnica
Indústria Cultural
Música Contemporânea
Hip Hop
Arte Popular
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Arte Indígena
Arte Ocidental
Arte Oriental
Arte Africana
Indústria Cultural
Dança Brasileira
Dança Paranaense
Indústria Cultural
Hip Hop
Teatro Brasileira
Teatro Paranaense Teatro
Renascentista
Teatro Latino Americano
121
Improvisação
Coreografia
Gêneros: espetáculo
folclórico e salão.
Técnicas: jogos teatrais,
teatro direto e indireto,
ensaio...
Gêneros:drama e épico,
popular...
Sonoplastia
Cenografia e iluminação
Figurino
3ª AnoElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Intensidade
Altura
Duração
Timbre
Densidade
Linha
Forma
Superfície
Volume
Luz
Cor
Movimento Corporal
Tempo
Ritmo
Melodia
Harmonia
Modos: tonal, modal,
atonal.
Técnicas: vocal,
instrumental, mista,
improvisação
Fluxo
Eixo
Giro
Lento, médio e rápido
Aceleração
Música Engajada
Música Minimalista
Rap, Funk, Tecnologias
Música Experimental
Arte Ocidental
Arte Oriental
Vanguardas Artísticas
Arte no Século XX
Arte Contemporânea
Indústria Cultural
Dança Clássica
Dança Moderna
Dança Contemporânea
122
Espaço
Personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais
e faciais.
Ação
Espaço
desaceleração
Deslocamento
Improvisação
Coreografia
Gênero: indústria cultural e
salão
Técnicas: jogos teatrais,
teatro direto e indireto,
ensaio
Teatro Fórum...
Gêneros: tragédia e
comédia, drama, circo...
Roteiro
Enredo
Trilha sonora
Sonoplastia
Indústria Cultural
Vanguardas
Teatro Engajado
Teatro Dialético
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro de Vanguardas
Indústria Cultural
Metodologia
A linha mestre da metodologia pretende a interação do aluno com o campo da arte que
será feita através de um contato direto do mundo da cultura no espaço da escola.
Propõe-se o ensino de arte como fonte de humanização e um encaminhamento
metodológico onde o conhecimento, as práticas e a função artística estejam presentes em
todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.
Devido a isso considera-se três momentos de organização pedagógica que são os
seguintes:
Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística,
bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos.
123
Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de
arte.
Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe
uma obra de arte.
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três
simultaneamente. Os conteúdos básicos para a disciplina estão organizados por área e
de forma seriada. Devido ao fato da disciplina de Arte ser composta por quatro áreas
artísticas (artes visuais, música, teatro e dança) o
professor(a) fará o planejamento e o desenvolvimento de seu trabalho, tendo como
referencia a sua formação. A partir de sua formação e de pesquisas, estudos, capacitação
e experiências artísticas, será possível a abordagem de conteúdos das outras áreas.
Nesse sentido, o planejamento e a prática pedagógica deve partir da formação do
professor(a), que dará sustentação para abordar outras áreas da disciplina de Arte, bem
como de outras disciplinas do currículo.
Merece destaque mencionar que, para a prática pedagógica deve se utilizar dos
recursos oferecidos pela SEED para utilização em sala de aula, são eles: TV pendrive,
aparelho de CD, aparelho de DVD, recursos oferecidos pela escola (materiais), recursos
da biblioteca, Laboratório de Informática e o pátio da escola. Essa série de recursos
quando disponibilizados vem ao encontro do Ensino da Arte, abrangendo através desses,
bem como de outros a disposição uma facilitação para professores e alunos. A TV
pendrive assume, nas aulas de Arte um papel fundamental, pois possibilita ao professor
trazer até o aluno imagens das mais variadas representações artísticas ao longo da
história, essa situação se torna mais evidente durante o ensino de Artes Visuais. No
campo da Música o recurso amplia a troca de experiências entre aluno-professor, `a
medida que se percebe uma grande quantidade de alunos trazendo músicas de sua
preferência em pendrive. A utilização das tecnologias presentes em sala de aula estimula
o interesse do aluno nos conteúdos apresentados pelo professor. Já o Laboratório de
Informática auxilia nas pesquisas a respeito das técnicas, estilos e movimentos, além de
propiciar a inclusão digital ao aluno prática muitas vezes desconhecida pelo mesmo.
O planejamento das séries na educação básica deve ser organizado como um
124
conjunto, de forma orgânica, tendo em vista a apropriação do conhecimento da disciplina.
Neste sentido, o desenvolvimento dos conteúdos em cada série deve pautar-se no
conteúdo estruturante “Composição” e seus desdobramentos. Este conteúdo, como eixo
central, direciona o olhar para determinados “elementos formais” e “movimentos e
períodos”, que ao serem abordados e estudados, aprofundam a compreensão e a
apropriação do conhecimento em Arte.
Ressalta-se ainda que o trabalho com os 'movimentos e períodos”, não deve ser
tomado a partir de uma leitura linear ou cronológica da História, e que o importante é
destacar as permanências e mudanças dos elementos formais e de
composição presentes em seus diversos períodos.
Os conteúdos estão organizados de forma a proporcionar uma unidade, para isso
foram selecionados enfoques a serem aprofundados em cada série para todas as áreas,
ressaltando-se que estes enfoques estão presentes em toda a educação básica, a
proposta é que sejam enfatizados em determinadas séries. É importante relacionar
conteúdos referentes a História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, Educação Ambiental
e História do Paraná, Educação Fiscal e experiências da Educação do Campo.
Nesse sentido, o trabalho no 6º ano é direcionado para a estrutura e organização
da Arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes prossegue o
aprofundamento dos conteúdos, sendo que no 7º ano é importante relacionar o
conhecimento com o cotidiano do aluno; no 8º ano o trabalho poderá enfocar o significado
da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os
recursos tecnológicos na arte; no 9º ano, tendo em vista o caráter criativo da arte, a
ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. No Ensino Médio é
proposto uma retomada dos conteúdos de 6º a 9º ano e aprofundamento destes e outros
conteúdos de acordo com a experiência escolar dos alunos do Ensino Médio.
Cada conteúdo será trabalhado visando sempre o desenvolvimento da leitura dos
códigos visuais, da dança, música e teatro sob o enfoque cultural. O desenvolvimento
pelo contato com o contexto histórico (o que os alunos conhecem do tema) será seguido
125
do fazer artístico, relacionando Arte X Cultura.
O professor a partir dos conteúdos deverá instigar a memória, a percepção e as
possíveis associações com o cotidiano dos alunos. Deverá também buscar a exploração
de materiais e técnicas vinculadas à produção artística que possibilitará ao aluno a
familiarização com as variadas linguagens artísticas.
Finalmente se buscará apresentar a dimensão simbólica; procurando superar
estereótipos.
Avaliação
A concepção de avaliação para disciplina de Arte é diagnóstica e processual. Os
processos de avaliação na disciplina apresentam características que utilizam o meio
sócio-político em que o aluno esta inserido. Ao reconhecer o potencial e o conhecimento
acumulado pelo aluno como importantes peças do processo de avaliação, o professor
pode então direcionar com maior propriedade os conteúdos e acompanhar os avanços do
aluno na busca do conhecimento em Arte. A inserção do aluno na sociedade seja por
meio do conhecimento artístico ou outros tipos de conhecimentos sempre devem priorizar
a possibilidade de um cidadão transformador e crítico.
A avaliação se dá em sala de aula e é realizada de acordo com a autonomia do
professor. O mesmo deve levar em consideração alguns aspectos fundamentais como:
uma avaliação progressiva que vise perceber a apropriação do conhecimento de maneira
gradativa pelo aluno, a clareza do professor quando os conteúdos são aplicados, a
presença especificada dos métodos avaliativos no seu planejamento anual.
Métodos para avaliação em Arte pressupõe subjetividade. O professor deve tomar
cuidado ao avaliar qualitativamente o aluno, pois cada um responde aos estímulos
artísticos em tempo e de maneira diferenciada. Pesquisas, debates e seminários
explicativos são importantes à medida que resultam na busca pelo conhecimento por
parte dos alunos. A prática artística é melhor medida em avaliações processuais , não se
126
deve nivelar as turmas a partir dos melhores trabalhos na visão do professor, ele deve sim
traduzir o crescimento individual ao longo da fruição e criação artística.
Com o interesse de se obter uma avaliação efetiva são necessários vários
instrumentos de verificação como: trabalhos artísticos individuais e em grupo; pesquisas
bibliográfica e de campo; debates em forma de seminários e simpósios; provas teóricas e
práticas; registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.
A recuperação de estudos deve retomar os conteúdos aplicados ao longo do bimestre,
evitando assim limitar as possibilidades de aprendizagem de alunos com características
diversas.
Os critérios de avaliação devem ser bem desenvolvidos, buscando objetivar os
processos criativos por onde transitam os alunos. O professor avalia de acordo com o
conhecimento adquirido ao longo das aulas. Mas os critérios de avaliação não surgem do
nada. Se o principal objetivo das aulas de Arte é a produção e leitura de trabalhos
sonoros, visuais e gestuais, fica óbvio que a avaliação deve partir daí.
Baseados nisto, poderemos estabelecer critérios que permitam pontos de chegada em
cada linguagem específica.
Critérios
6º ANOMúsica
Compreender os elementos que estruturam e organizam a música e sua relação
com o movimento artístico no qual se originou.
Desenvolver a formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e
harmônicos.
Artes Visuais Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua
relação com o movimento artístico no qual se originou.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modo de composição visual.
127
Teatro Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação
com os movimentos artísticos nos quais se originaram.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modo de composição teatrais.
Dança Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação
com o movimento artístico no qual se originou.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
7º ANOMúsica
Compreender as diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas
contemporâneas .
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.
Artes Visuais Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas
contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
Teatro Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano,
suas origens e práticas contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais,
presentes no cotidiano.
Dança Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas
contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
8º ANOMúsica
Compreender as diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função
128
social e ideológica de veiculação e consumo.
Artes Visuais Compreensão das artes visuais no Cinema e nas mídias, sua função social e
ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes
visuais nas mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
Teatro Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias ,
sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de compreensão da
representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
Dança Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias.
Sua Função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança
nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
9º ANOMúsica
Compreensão da música como fator de transformação social.
Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade
singular e social.
Artes Visuais Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação
social.
Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e
social.
Teatro Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator
de transformação social.
Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular
129
e social.
Dança Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.
Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade
singular social.
Critérios do Ensino MédioMúsica
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação
com a sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade
singular e social.
Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas
culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
Artes Visuais Compreensão dos elementos que estruturam as artes visuais e sua relação com a
sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua
realidade singular e social.
Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas
diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.
Teatro Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro a sua relação
com o movimento artístico no qual se originou.
Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social.
Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade
singular e social.
Apropriação prática e teórica e das tecnologias e modos de composição da
representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.
130
Dança Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação
com o movimento artístico no qual se originou.
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas
contemporâneas.
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.
Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias,
sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Dança Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança
nas mídias; relacionadas a produção e consumo.
Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade
singular e social.
ReferênciasBOAL, Augusto, Jogos para atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
Diretrizes Curriculares de Arte (s) para os anos finais do Ensino Fundamental e para o
Ensino Médio.
MARQUES, Isabel. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2005.
OSTROWER, Fayga, Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes, 1987.
PROENÇA, Graça. Descobrindo a História da Arte. São Paulo: Ática, 2008.
WINSLKI, José Miguel. O som e o sentido: uma história das músicas. São Paulo:
Companhia das Letras, 1989.
11. BIOLOGIAApresentação geral da disciplinaÉ objeto de estudo da Biologia, o fenômeno vida em toda sua diversidade de
manifestações. Esses fenômenos se caracterizam por um conjunto de processos
organizados que se relacionam com o seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da
interação entre seus elementos constituintes e demais componentes de seu tempo e
131
espaço sendo, propiciadoras de transformações no ambiente.
Histórico da disciplina
Ao longo da história da Humanidade, várias foram as explicações para o
surgimento e a diversidade da vida, como forma de garantir a sua sobrevivência. Desde o
aparecimento do ancestral comum dos primatas, estudos relatam que através da
observação do seu meio e dos demais indivíduos de sua comunidade, eles foram capazes
de alterar o seu comportamento e criar novas maneiras de desenvolver algo para garantir
a sua sobrevivência. Após um crescimento demográfico nas copas das árvores, nosso
ancestral percebeu que seria necessário deixar de ser herbívoro e conquistar o chão para
garantia de sua vida. A partir daí inicia-se a grande caçada ao sucesso, pois a relação que
foi criada com o meio e com os demais indivíduos fez com que a luta contra os demais
animais fosse relativamente igual. Graças as relações com os demais indivíduos da
mesma espécie, as criações de ferramentas e instrumentos, confecção de roupas e
demais objetos, é que o Homo sapiens conquistou sua hegemonia na Terra. A observação
de comportamentos e posterior mudança garantiram a nossa sobrevivência. Está
intrínseco em nosso comportamento a investigação por nós mesmos e nosso meio e
desta forma é que o homem sentiu a necessidade de estudar o seu passado para
entender o presente e o futuro.
O aprendizado da Biologia deve permitir a compreensão da natureza viva e dos
limites dos diferentes sistemas explicativos, a contraposição entre os mesmos e a
compreensão de que a ciência não tem respostas definitivas para tudo, sendo uma de
suas características a possibilidade de ser questionada e de se transformar. Deve permitir
ainda, a compreensão de que os modelos na ciência servem para aplicar tanto aquilo que
podemos observar diretamente, como também aquilo que só podemos inferir; que tais
modelos são produtos da mente humana e não a própria natureza, construções mentais
que procuram sempre manter a realidade observada como critério de legitimação.
Elementos da história e da filosofia da Biologia tornam possível, aos alunos, a
compreensão de que há uma ampla rede de revelações entre a produção científica e o
contexto social, econômico e político. É possível verificar que a formulação, o sucesso ou
fracasso das diferentes teorias científicas estão associados a seu momento histórico.
132
Aristóteles tornou-se um dos mais influentes e importantes naturalistas, fruto do
seu apurado trabalho de observação da natureza, sobretudo no que diz respeito ao
comportamento e características dos animais e plantas. Desenvolveu trabalho relacionado
com a categorização dos seres vivos, tendo sido o primeiro a formular um sistema de
classificação, baseado na distinção entre animais com sangue e animais sem sangue.
Constatou a existência de órgão homólogos e análogos em vários grupos de seres vivos.
O seu trabalho foi de tal modo importante, que a sua influência e ideias perduraram até
hoje. Na Idade Média, poucos foram os avanços nas ciências biológicas, considerada a
idade das trevas. A partir do século XVII, vários cientistas começaram a investigar o corpo
humano e formas de observar diferentes animais. Podemos citar William Harvey que
demonstra a circulação sanguínea, Antony van Leeuwenhoek com a criação do
microscópio e Lineu com o sistema de classificação dos seres vivos. Lamarck tenta
explicar a evolução das espécies, porém com algumas ideias sem muito fundamento e
Charles Darwin revoluciona a história dos animais com as ideais de seleção natural e a
origem das espécies. Cresce os estudos de genética após os trabalhos de Mendel,
mudando a concepção de transmissão de características e surgem muitos outros
trabalhos que contribuíram para a formulação de possíveis explicações para o fenômeno
VIDA.
JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINAO desenvolvimento da Genética e da Biologia Molecular, das tecnologias de
manipulação do DNA e de clonagem, traz à tona aspectos éticos envolvidos na produção
e aplicação do conhecimento científico e tecnológico, chamando à reflexão sobre as
relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade. Conhecer a estrutura molecular da
vida, os mecanismos de perpetuação, diferenciação das espécies e diversificação intra
específica, a importância da biodiversidade para a vida no planeta, são alguns dos
elementos essenciais para um posicionamento criterioso relativo ao conjunto das
construções e intervenções humanas no mundo contemporâneo.
O desenvolvimento dos conceitos da Física, dos átomos e moléculas permitiram
compreender a estrutura microscópica da vida. Na Biologia se estabelecem modelos para
133
as estruturas de construção dos seres, de sua reprodução e de seu desenvolvimento.
Debatem-se, nessa temática, questões existenciais de grande repercussão filosófica,
sobre ser a origem da vida um acidente, uma casualidade ou, pelo contrário, a realização
de uma ordem já inscrita na própria constituição da matéria infinitesimal.
A associação entre Ciência e Tecnologia se amplia, tornando-se mais presente no
cotidiano e modificando cada vez mais o mundo e o próprio se humano. Questões
relativas à valorização da vida em sua diversidade, à ética nas relações entre os seres
humanos, seu meio e o planeta, ao desenvolvimento tecnológico e sua relação com a
qualidade de vida, marcam fortemente nosso tempo, pondo em discussão os valores
envolvidos na produção e aplicação do conhecimento científico e tecnológico.
Um tema central para a construção de uma visão de mundo é a percepção da
dinâmica complexidade da vida pelos alunos, a compreensão de que a vida é fruto de
permanentes interações simultâneas entre muitos elementos, e de que as teorias em
Biologia, como nas demais ciências se constituem em modelos explicativos, construídos
em determinados contextos sociais e culturais. Essa postura busca
superar a visão histórica que muitos livros didáticos difundem, de que a vida se
estabelece com uma articulação mecânica de partes, e como se para compreendê-la,
bastasse memorizar a designação e a função dessas peças, num jogo de montar
biológico.
As intenções expressas nos objetivos da área de Ciências da Natureza,
Matemática e suas Tecnologias e também naqueles específicos da disciplina de Biologia,
auxiliam com certeza, compreender a natureza com uma intrincada rede de relações, um
todo dinâmica, do qual o ser humano é parte integrante, com ela interage, dela depende e
nela interfere. Identificar a condição do ser humano de agente e paciente de
transformações intencionais por ele produzidas.
É de suma importância o reconhecimento dos elementos que compõem a Terra
primitiva, relacionando fenômenos entre si e as características básicas de um ser vivo são
habilidades fundamentais a atual compreensão da vida. Os estudos dos processos
culminaram com o surgimento de sistemas vivos acerca de diferentes níveis de
organização como células, tecidos órgãos, sistemas, organismos, populações,
134
comunidades, ecossistemas, biosfera, resultantes das interações entre tais sistemas e
entre eles e o meio. Fazer a identificação dos níveis de organização da matéria viva,
estabelecendo relações entre eles, permitindo a compreensão da dinâmica ambiental que
se processa na biosfera.
A disciplina no Ensino Médio, visa garantir a compreensão da sua totalidade, a
partir do entendimento de cada componente do fenômeno VIDA. Se faz necessário a
apresentação do ambiente, que é produto das interações entre fatores abióticos e fatores
bióticos, suas interações, as especificidades de cada tipo de ambiente, de cada
organismo e de cada interação. Ficará então mais significativo saber que, cada organismo
faz interação com o seu meio e é fruto de interações entre órgãos, aparelhos e sistemas
que, no particular, são formados por um conjunto de células que interagem. E, no mais
íntimo nível, cada célula se configura pelas interações entre suas organelas, que também
possuem suas particularidades individuais, e pelas interações entre essa célula e as
demais.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Proporcionar aos alunos do Ensino Médio os estudos científicos que colaboraram
para o avanço da disciplina e que tentam explicar todas as relações do fenômeno
VIDA.
Estabelecer relações entre parte o todo de um fenômeno ou processo biológico;
Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam à preservação e
implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente;
Reconhecer o ser humano como agente ativo e passivo de transformações
intencionais por ele produzidas no seu ambiente;
Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de fatos
ou processos biológicos;
Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas apresentados,
utilizando elementos da Biologia;
Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento
135
tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as
concepções de desenvolvimento sustentável;
Relacionar fenômenos, fatos, processos e ideias em Biologia, elaborando
conceitos, identificando regularidades e diferenças, construindo generalizações;
Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as
concepções de desenvolvimento sustentável;
Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo biológico.
Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, sendo estes
micro ou macroscópicos.
Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam a preservação e
implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente.
Reconhecer o ser humano como agente ativo e passivo de transformações por ele
produzidas no seu ambiente.
Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de
fatos ou processos biológicos.
Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas apresentados,
utilizando elementos da Biologia.
Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as
concepções de desenvolvimento sustentável.
Relacionar fenômenos, fatos, processos e ideias em Biologia, elaborando
conceitos, identificando regularidades e diferenças, construindo generalizações.
Apresentar de maneira organizada, o conhecimento biológico aprendido, através
de textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, relatórios, etc.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA
1º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
136
Organização dos seres vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
CONTEÚDOS BÁSICOS: Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
Mecanismos de desenvolvimento embriológico;
Transmissão de características adquiridas;
Organismos geneticamente modificados;
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com
o ambiente;
2º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Organização dos seres vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
CONTEÚDOS BÁSICOS Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
Mecanismos de desenvolvimento embriológico;
Classificação dos Seres Vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;
Organismos geneticamente modificados;
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com
o ambiente;
3º Ano
137
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Organização dos seres vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
CONTEÚDOS BÁSICOSMecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
Mecanismos de desenvolvimento embriológico
Organismos geneticamente modificados
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o
ambiente.
Teorias Evolutivas
Transmissão das características adquiridas
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOSO processo de aprendizagem da Biologia deve ser feito baseando-se no
estabelecimento de uma relação entre o aluno, professor e o conhecimento científico,
fazendo com que o aluno seja capaz de formular conceitos, articulando ideias e fazendo a
compreensão das teorias científicas, relacionadas ao tempo e espaço.
Cabe ao professor selecionar, organizar e problematizar conteúdos de modo a
promover um avanço no desenvolvimento intelectual do aluno, na sua construção como
ser humano, e que sejam importantes do ponto de vista da sua inserção social.
Os conteúdos que os alunos deverão conhecer deverão ser transmitidos através de
várias estratégias pedagógicas, promovendo a integração dos alunos com o a disciplina.
Pode – se atingi-los através da leitura de textos científicos e polêmicos e posterior
debates e discussões em sala, elaboração de resumos sobre determinado texto para
facilitar a compreensão do conteúdo, vídeos que auxiliem na compreensão do tema
abordado, figuras e imagens para melhor visualização, saídas de campo como visitas a
138
universidades, museus e trilhas nas redondezas do colégio, filmes e documentários que
visam um melhor entendimento do tema garantindo uma visão diferente, formulação de
ideias e hipóteses para solucionar algum problema proposto e demais formas de
metodologia.
Cabe ao professor criar situações que orientem e encaminhem o aluno a ampliar
seus conhecimentos, propondo articulações entre os conceitos construídos, podendo
organizá-los como uma sistematização de conhecimentos.
É importante que os alunos se apropriem do conhecimento científico e
desenvolvam uma autonomia e relação no pensar e agir na construção de uma
compreensão dos fenômenos naturais e suas transformações.
A construção do conhecimento tem como princípio básico o aprendizado através de
uma elaboração pessoal da representação do objeto de estudo. Assim, o aluno não é
considerado como um ser desprovido de conhecimentos e o professor não é o único que
conhece os conteúdos, assumindo assim, os dois papéis de agentes do processo.
O professor não pode nem deve simplesmente avaliar as capacidades dos
alunos em relacionar, interpretar, deduzir, etc., mas terá que antes avaliar o seu trabalho,
o que será feito para que consigam realizar estes procedimentos. Não é possível
considerar o processo de aprendizagem como sendo uma série de passos, por diferentes
caminhos, que devem ser percorridos solitariamente pelo aluno. Partimos do pressuposto
de que os alunos são pessoas capazes de se desenvolver em sociedade e possuem
condições de se apropriarem de conhecimentos importantes para essa vida em
sociedade.
É necessário fazer o aluno desenvolver a capacidade de aprender a aprender e
ensiná-lo a compreender que quando se aprende, não deve-se levar em conta apenas o
conteúdo como objeto de aprendizagem, mas também como é organizado e relacionado o
assunto com a sua vida cotidiana. Desta forma o estudo deve ser compreendido no
trabalho pedagógico como tendo conteúdos conceituais (objetos de aprendizagem),
conteúdos procedimentais (como se organizar para se apropriar dos objetos de
aprendizagem) e conteúdos atitudinais (normas, valores e atitudes adequados para
conseguir se organizar na apropriação dos objetos de aprendizagem).
139
De acordo com a Lei nº 10.639/03, torna-se obrigatório o ensino sobre História e
Cultura afro-brasileira nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio, oficiais e
particulares. Na disciplina de Biologia, pode-se contemplar a lei com os seguintes temas
como evolução do homem, evidências evolutivas, manipulação genética e transmissão de
características, fisiologia humana e anatomia.
AVALIAÇÃOEntre as interações formativas, garantida uma visão sistêmica, importa que o
estudante saiba: relacionar todos os assuntos adquiridos com a sua vida cotidiana.
Demais relações podem ser promovidas como a degradação ambiental e agravos à saúde
humana, compreendendo-a como bem estar físico, social e psicológico e não como
ausência de doença; compreender a vida, do ponto de vista biológico, como fenômeno
que se manifesta de formas diversas, mas sempre como sistema organizado e integrado,
que interage com o meio físico-químico através de um ciclo de matéria e de fluxo de
energia; compreender a diversificação das espécies como resultados de um processo
evolutivo, que compreende dimensões
temporais e espaciais; compreender que o universo é composto por elementos que agem
interativamente e que essa é a interação que configura o universo, a natureza, como algo
dinâmico, e o corpo como um todo, que confere à célula a condição de um sistema vivo;
dar significado a conceitos científicos básicos em Biologia, como energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio dinâmico.
Nesta perspectiva, vale lembrar que o erro e a dúvida não são obstáculos para
que haja uma continuidade no processo de aprendizagem. Tais dúvidas e erros são
elementos para a análise da metodologia do professor e consequentemente ele irá busca
uma melhor forma de atingir seu aluno. A ação
do professor em sala está sujeita também a avaliação visando uma melhoria na
qualidade de ensino.
De acordo com a DCE de Biologia espera-se que o aluno: identifique, compare e
relacione os seres vivos e suas características; reconheça o sistema de classificação dos
seres vivos e saiba classificá-los; compreenda a anatomia, fisiologia, morfologia e
140
embriologia dos sistemas biológicos; identifique as estruturas celulares e seus processos
biológicos e bioquímicos; analise as diferentes teorias evolutivas; conheça o processo de
transmissão de características; compreenda os fatores bióticos e abióticos e a relação dos
mesmos com o meio; compreenda a importância da diversidade biológica e a
necessidade da preservação e conservação para garantia da sobrevivência de todos os
seres vivos; compreenda a evolução histórica da biotecnologia e reconheça a importância
de tais avanços para a humanidade; analise e discuta interesses que influenciam na
manipulação genética.
Em todos os métodos aplicados pelo professor, será exigido do aluno o
cumprimento descrito acima seja em avaliações orais ou escritas, apresentação de
trabalhos, seminários, síntese de textos, filmes e documentários, resolução de exercícios,
elaboração de projetos, elaboração de cartazes, banners e folhetos e outros.
A avaliação é um processo analítico de ensino aprendizagem que acontece durante
o ano letivo, onde alunos e professores se tornam observadores de dificuldades e acertos
garantindo a aprendizagem efetiva da disciplina de Biologia.
REFERÊNCIAS- Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. (2008)
- LOPES, Sônia Rosso, Sérgio. Biologia, volume único. 1ª edição. São paulo: Saraiva,
2005.
LAURENCE, J. Biologia, volume único, 1ª edição. São Paulo: Nova Geração, 2005.
- BARNES, R.D. zoologia dos invertebrados. São Paulo: Roca, 1984.
- BLIGUELMAN, B. citrogenética humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1982.
- PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, volume 1: citologia/histologia. 1ª edição. São
Paulo: Ática, 2005.
- PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, volume 3: genética/evolução/ecologia. 1ª edição.
São Paulo: Ática, 2005.
- GUYTON, A. Fisiologia humana. Rio de Janeiro, Interamericana, 1979.
- JOLY/A.B.Botânica: introdução a troxonomia vegetal. São Paulo: Editora Nacional,
2002.
141
- THOMAS, X. O homem e o mundo natural: mudanças de atitude em relação as plantas e os animais, 1500-1800, São Paulo: Companhia das letras, 1988.
12. CIÊNCIASApresentação Geral da DisciplinaA Ciência é um processo de construção coletiva, que tem como objeto de estudos
o conhecimento científico.
De acordo com KNELLER(1980), a Ciência é uma atividade humana complexa,
histórica e coletivamente construída, que influência e sofre influências de questões
sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas.
Desde a pré-história, o ser humano busca entender fenômenos naturais, seja no
céu, água, plantas, animais e criou métodos de observações, intensificando a construção
da ciência como um todo.
No Brasil o ensino de Ciências Físicas e Biológicas foi introduzido no currículo do
Ensino Básico, entre os anos 50 e 60, tinha como principal meta atender as necessidades
do desenvolvimento tecnológico do país.
No Currículo escolar do Ensino Fundamental, a disciplina reúne os conhecimentos
das Ciências físicas e naturais que por sua vez compreendem a Física, a Química, a
Biologia, as Geociências e a Astronomia.
Embora não apresentasse o caráter sistematizador do conhecimento, a ciência já
se fazia presente na vida do homem, desde que ele começou a se interessar pelos
fenômenos à sua volta e aprender com eles.
A descoberta do fogo foi um marco na história da humanidade, pois a partir dela o
ser humano passou a apresentar outras necessidades.
Na relação entre ciência e indústria veio a necessidade do aumento da produção
de energia e isso fez aumentar a procura por combustíveis como a madeira e o carvão, o
que intensificou os desmatamentos e a extração do carvão mineral, agredindo o meio
ambiente. A partir do desenvolvimento de novas tecnologias surge a energia elétrica.
Como construção humana, numa perspectiva histórica, é fundamental considerar a
evolução do pensamento do ser humano, pois é a partir dele que a história da ciência se
142
constrói.
Como ensino aprendizagem o conhecimento da ciência propicia uma visão dessa
evolução ao apresentar seus limites, principalmente ao relacionar essa história com as
sociais às quais está diretamente vinculada.
Nos anos 80, as questões ambientais decorrentes da industrialização
desencadearam a discussão sobre as implicações sociais do desenvolvimento científico,
e a escola passou a objetivar a formação de um cidadão trabalhador, “ peça essencial
para responder ás demandas do desenvolvimento”(KRASILCHIK, 1987).
A meta do ensino de ciências é salientá-la como um conhecimento que colabora
para a compreensão do mundo e suas transformações, reconhecendo o homem como
parte do universo e como indivíduo construtor do seu conhecimento.
O ensino de ciências, está na concepção de desenvolvimento humano, apoiado na
ideia de interação do homem com seu meio físico e social, entendendo-se a aquisição do
conhecimento como um processo historicamente construído tanto no plano coletivo
quanto no individual.
Na atualidade o desafio é de oportunizar a todos os alunos, por meio dos
conteúdos, noções, conceitos que propiciem uma leitura crítica de fatos e
fenômenos relacionados à vida, a diversidade cultural, social e da produção científica.
Nesta perspectiva, a disciplina de ciências favorecerá a compreensão das inter-relações e
transformações manifestadas no meio (local, regional, global) bem como instigará
reflexões e a busca de soluções a respeito das tensões contemporâneas, como por
exemplo, a preservação do meio ambiente versus as necessidades oriundas da produção
industrial, a ética versus a produção científica.
Em uma perspectiva de se efetuar o ser humano e o seu corpo como um todo
dinâmico, que interage com o meio ambiente em sentido mais amplo, a área de ciências
pode contribuir para a construção de integridade pessoal da auto-estima, da postura, de
respeito ao próprio corpo e ao dos outros, para o entendimento da saúde como um valor
pessoal e também para a compreensão da sexualidade humana sem preconceitos.
É também no estudo de ciências naturais que os fenômenos da natureza e as
transformações produzidas pelo homem, bem como as diferentes explicações sobre o
143
mundo, podem ser expostos e comparados.
Passa-se a pensar o ambiente como algo em permanente transformação,
modelado tanto pelas forças físicas quanto pelas sociais. Por isso, deve ficar claro que o
homem ao recriar a realidade, não deixa de ser parte do ecossistema, mas lhe confere
características especiais e adquire maior responsabilidade sobre ele.
Assim, as leituras críticas das transformações direcionadas pelo homem sobre o
meio ambiente, sobre sua vida, são condições para uma análise articulada dos conteúdos
básicos, fundamentados nos elementos essenciais do ecossistema, integrados
dinamicamente.
A disciplina de ciências deve possibilitar espaços efetivos de discussão e reflexão a
respeito de uma identidade científica, ética, cultural, contribuindo simultaneamente para
desvelar as verdadeiras relações entre Ciências, Tecnologia, Homem, Sociedade e
Ambiente, enfim uma disciplina que instrumentalize o aluno para intervir no mundo de
forma consciente.
Como toda construção humana, o conhecimento científico está em permanente
transformação: as afirmações científicas são provisórias e nunca podem ser aceitas como
completas e definitivas.
Objetivos GeraisÉ objeto de estudo de Ciências os fenômenos, que possam estar tanto próximos
quanto distantes no tempo e espaço, despertando o interesse do aluno para a observação
da natureza e tecnologia como um todo. Para que haja esse processo é necessário a
ampliação da capacidade de compreensão e vincular estas com o cotidiano, onde o aluno
posicione-se frente a fenômenos novos.
Objetivar no auxilio da problematização de situações que proporcionem ao aluno
aceitar diferentes maneiras de compreender o mundo, despertando a valorização pela
conservação da vida e natureza. Associando os conhecimentos científicos com os
contextos políticos, éticos, econômicos e sociais.
Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade
como agente e paciente de informações do mundo em que vive, em relação essencial
com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente.
144
O conjunto de objetivos para o ensino de ciências aponta uma intenção geral: criar
oportunidades sistemáticas para que o aluno, ao final do ensino fundamental, tenha
adquirido um conjunto de conceitos, procedimentos e atitudes que operem como
instrumentos para a interpretação do mundo científico e tecnológico em que vivemos,
capacitando-os nas escolhas que fará como indivíduo e como cidadão. Nesse sentido, o
ensino de Ciências deverá organizar de forma que o aluno desenvolva as seguintes
capacidades:
Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho de gerações de
homens e mulheres em busca do conhecimento para a compreensão do mundo,
valorizando-o como instrumento para o exercício da cidadania competente;
Valorizar progressivamente a aplicação do vocabulário científico como forma
precisa e sintética de representar e comunicar os conhecimentos sobre o mundo
natural e tecnológico;
Compreender as transformações e principalmente a integração entre os Sistemas
que compõem o corpo humano e suas funções; nutrição, coordenação, relação,
regulação e reprodução, bem como as questões relacionadas a saúde e sua
manutenção:
Considerar a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a
interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural, sob o
enfoque da sustentabilidade;
Perceber a profunda interdependência dos seres vivos e dos demais elementos do
ambiente, valorizando e preservando a natureza e os seres vivos, compreendendo
a importância dos recursos naturais e a manutenção do equilíbrio ambiental.
Relacionar as características do ambiente natural e cultural com a qualidade de
vida;
Relacionar descobertas e invenções humanas com as mudanças sociais, políticas,
ambientais;
Compreender a tecnologia como recurso para suprir as necessidades humanas,
diferenciando os usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio da
natureza e ao ser humano;
145
Formular perguntas e suposições sobre os fenômenos naturais, desenvolvendo
estratégias progressivamente mais sistemáticas de busca e tratamento das
informações;
Desenvolver postura para aprendizagem: curiosidade, interesse, mobilização para
a busca e organização de informações; autonomia e responsabilidade na
realização de suas tarefas como estudante;
Desenvolver um olhar atento para a natureza e ousadia na busca de novas
respostas para os desafios;
Desenvolver a reflexão sobre as relações entre ciência, sociedade e tecnologia,
considerando as questões éticas envolvidas, respeitando as diferenças de raça,
credo etc;
Perceber a construção histórica do conhecimento científico, e usá-lo na discussão
e interpretação de fatos do cotidiano;
Discernir conhecimento científico de crendices e superstições.
Conteúdos Estruturantes Astronomia
Matéria
Sistemas Biológicos
Energia
Biodiversidade
Conteúdos Específicos
6º ANOI – Astronomia
Universo
Sistema solar
Movimentos terrestres
Astros
146
II – Matéria Constituição da matéria
III – Sistemas Biológicos Níveis de organização
IV – Energia Formas de energia
Conversão de energia
Transmissão de energia
V – Biodiversidade Organização dos seres vivos
Ecossistemas
Evolução dos seres vivos
7º ANOI – Astronomia
Astros
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
II – Matéria Constituição da matéria
III – Sistemas Biológicos Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
IV – Energia Formas de energia
Transmissão de energia
V – Biodiversidade Origem da vida
Organização dos seres vivos
147
Sistemática
8º ANOI – Astronomia
Origem e evolução do Universo
II – Matéria Constituição da matéria
III – Sistemas Biológicos Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
IV – Energia Formas de energia
V – Biodiversidade Evolução dos seres vivos
9º ANOI – Astronomia
Astros
Gravitação universal
II – Matéria Propriedades da matéria
III – Sistemas biológicos Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
IV – Energia Formas de energia
Conservação de energia
V – Biodiversidade1 Interações ecológicas
148
História e Cultura Afro-brasileira e Africana.Conhecimentos
Físicos
Conhecimentos
Químicos
Conhecimentos Biológicos
Contribuições dos
povos africanos e
de seus
descendentes
para os avanços e
da tecnologia;
Estudos sobre as teorias
antropológicas;
Desmistificação das teorias
racistas;
Obs: Este conteúdo será trabalhado em todas os anos: 6º, 7º, 8º e 9º.
Metodologia da DisciplinaNesta proposta politico pedagógica, optamos por uma prática pedagógica que leve
à interação dos conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico, para que o
aluno se aproprie desses conceitos de forma mais significativa. Busca-se então, uma
combinação as lógicas do conhecimento científico e a lógica do aluno, de maneira a
respeitar inicialmente os conhecimentos prévios sobre o assunto.
Para que se efetive a aprendizagem significativa do conhecimento historicamente
acumulado e a formação de concepção correta de ciências, se faz necessário a
construção de uma estrutura geral da área e suas relações com a tecnologia e sociedade.
Entende-se então a aprendizagem como um processo construído internamente,
mediante conflitos cognitivos que oportunizam reorganizações
cognitivas, que dependem dos níveis de desenvolvimento do estudante, mediante, a
tomada de consciência das ações que executa, suas inter-relações e seus
resultados(PERRET-CLEMONT, 1984).
Assim quando um professor trabalha visando à aprendizagem significativa, deve
ficar atento ao fato de que os estudantes sempre têm algo a dizer sobre o assunto. “ O
ensino dialógico-problematizador enriquece ainda mais quando professores desenvolvem
suas ações pedagógicas tendo em vista a pluralidade cultural e o amplo espectro de
149
saberes que se acham à sua volta”(OLIVEIRA,2001,p. 127-128).
Daí a importância de considerar a cultura dos estudantes, oportunizar o
desenvolvimento das suas ideias e dos conceitos que eles já têm, criando situações
interessantes a ampliação dos conhecimentos prévios, fazendo com que estabeleçam
relações entre fatos, comparem, julguem, dêem significados, entre outros. Possibilitando a
identificação de problemas do cotidiano e que permitam estabelecer relações entre a
ciência, a realidade sociocultural e a produção de tecnologia.
Ensinar Ciências Naturais de forma contemporânea significa desenvolver uma
prática dialógica, criadora de fenômenos e inseparável da técnica pela qual se investiga,
possibilitando uma mudança qualitativa na aprendizagem.
São procedimentos que possibilitam a aprendizagem significativa: a
problematização, a observação, a experimentação, a comparação, o estabelecimento de
relações entre fatos e ideias, a leitura e a escrita de textos, a organização de informações
por meio de tabelas, desenhos, gráficos, esquemas e textos, o confronto entre
suposições, a obtenção de dados por investigação e a proposição de soluções de
problemas.
O processo ensino-aprendizagem será articulado com o uso de:
Recursos pedagógicos-tecnológicos, tais como: livro didático, texto de jornal,
revista científica, figuras, quadro de giz, mapa, modelo didático, microscópio, televisão
pendrive, computador.
De alguns espaços de pertinência pedagógica tais como: feiras, exposições de
ciências, seminários, debates, palestras e fóruns.
Quanto a experimentação, é importante salientar que é uma prática essencial nas
aulas de Ciências Naturais; entretanto, somente o experimento não garante um bom
aprendizado. AXT(1991) afirma que a experimentação é indissociável do ensino das
Ciências, que ela pode ser o ponto de partida para desenvolver a compreensão de
conceitos ou para que os estudantes percebam sua relação com as ideias discutidas em
aulas. Quando o aluno realiza um experimento, tem a oportunidade de verificar se aquilo
que pensa ocorre de fato e encontrar explicações sobre os resultados obtidos enriquece o
processo. Além disso, o laboratório escolar deve ser um espaço de observação das
150
relações interdisciplinares.
AvaliaçãoA avaliação deve ser contínua, possibilitando a verificação dos resultados obtidos
de cada estratégia desenvolvida na sala de aula, oportunizando ao aluno verificar suas
próprias dificuldades.
Esse tipo de avaliação também permite ao professor identificar falhas durante o
processo e retomar um determinado conteúdo encaminhando-o de maneira diferente.
É necessário que haja coerência entre o planejamento, o encaminhamento
metodológico e o processo avaliativo.
A avaliação deve medir o grau de compreensão do aluno em relação a realidade e
faz este ter a capacidade de construir conceitos.
Este processo pode ser obtido usando vários processos como: experimentações
práticas, dramatizações, análises, filmes e documentários, elaboração de cartazes,
debates e entrevistas.
A avaliação além de ser um processo contínuo e sistemático, também deve ser
planejada, funcional e integral, considerando o aluno como um todo, ou seja, não apenas
os aspectos cognitivos.
Espera-se que o aluno desenvolva habilidades básicas de raciocínio que devem
ser consideradas na avaliação do ensino-aprendizagem, tais como: observação do mundo
ao seu redor; análise de situações do dia-a-dia com base nos conceitos compreendidos;
Interpretação de textos e síntese dos conceitos fundamentais; resoluções de problemas
com base na aplicação dos conceitos.
Além disso, é importante a caracterização de transformações naturais e induzidas
pelas atividades humanas em toda a biosfera, levando a reconhecer a necessidade de
preservar o ambiente como um todo em particular na região onde
vive.
Para que a proposta de avaliação possa atender ao que se propõe, são
necessários meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados. Entre esses
instrumentos avaliativos podemos citar:
151
Provas escritas;
Produção de textos;
Teste de múltipla escolha;
Trabalhos individuais;
Trabalhos em duplas;
Trabalhos em grupos;
Participação e interesse nas atividades desenvolvidas em classe e extra-classe;
Relatório após visitas, filmes etc;
Apresentação de trabalhos (cartazes, dramatizações, participação de eventos oferecidos
pela escola);
A avaliação é fundamental para a construção de uma escola democrática, uma vez
que ajuda a desenvolver capacidades e habilidades, de alunos, professores e pessoas
envolvidas no processo pedagógico, já que a convivência no coletivo é amadurecimento.
Referências BORTOLOZZO, Silva, Link da Ciência. Editora Moderna;
Cadernos temáticos educando para as relações etno-raciais;
COSTA, Maria de La Luz M. – Vivendo ciências. Editora FTD;
CRUZ, Daniel. Educação Ambiental. Editora Atica;
CRUZ, Daniel. Física e Química (Ensino Fundamental). Editora Ática;
Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental (Versão preliminar – julho
2008);
SILVA, Junior César. Entendendo a Natureza: a matéria e energia - Editora Saraiva;
TRIVELLATO, José. Ciências, Natureza Cotidiano. Editora FTD;
VALLE, Cecília. Tecnologia e sociedade. Editora Positivo;
13. EDUCAÇÃO FÍSICAEnsino fundamentalA natureza do trabalho desenvolvido na área de Educação Física tem íntima
relação com a compreensão das concepções de corpo e movimento.
152
Buscando uma compreensão que contemple essa relação procura-se uma reflexão
sobre a distinção entre organismo – um sistema estritamente fisiológico – e corpo – que
se relaciona dentro de um contexto sociocultural. Devem-se abordar os conceitos da
Educação Física como expressão de produções culturais, como conhecimentos
historicamente acumulados e socialmente transmitidos. Sob esse enfoque, entende-se a
Educação Física como uma cultura corporal (objeto de estudo).
A concepção de cultura corporal amplia a contribuição da Educação Física escolar
para o pleno exercício da cidadania na medida em que, trabalhando os conteúdos e as
capacidades como produtos socioculturais, afirma como direito de todos o acesso a eles,
ao mesmo tempo em que abre espaço para que se aprofundem discussões importantes
sobre aspectos éticos e sociais.
A Educação Física no Ensino Fundamental também deve propor a democratização,
a humanização e diversificação da prática pedagógica, buscando ampliar de uma visão
apenas biológica para um trabalho que incorpore as dimensões afetivas, cognitivas e
socioculturais dos alunos. É importante salientar que o trabalho deve oportunizar o
desenvolvimento de habilidades corporais e atividades culturais com finalidades de lazer,
expressão de sentimentos, afetos e emoções.
A presença dessa disciplina na escola poderá favorecer a autonomia dos alunos e
a consciência de que viver situações de socialização e desfrute de atividades lúdicas, sem
caráter utilitário, é essencial para a saúde e contribuem para o bem-estar coletivo.
O lazer e a disponibilidade de espaços para atividades lúdicas e esportivas são
necessidades básicas e, por isso, direitos do cidadão.
Os conhecimentos sobre o corpo, ao mesmo tempo em que fornecem subsídios
para cultivo de bons hábitos de alimentação, higiene e atividade corporal, permitem
compreendê-los como direitos humanos fundamentais.
A formação de hábitos de cuidado pessoal e de construção de relações
interpessoais colabora para que a dimensão da sexualidade seja integrada de maneira
prazerosa e segura. A partir do momento em que o indivíduo preza a sua saúde e está
integrada a um grupo com o qual compartilha atividades sócio-culturais, desperta sua
consciência para a melhoria da qualidade de vida.
153
Dessa forma, a Educação Física deve colaborar para que o aluno compreenda a
cidadania como participação social e política, posicionando-se de maneira crítica,
responsável e construtiva nas diferentes situações sociais a fim de que, conhecendo as
características fundamentais de seu país, possa contribuir para a construção da noção de
identidade nacional e pessoal. Conhecendo e valorizando a pluralidade do patrimônio
sociocultural brasileiro, o aluno percebe-se integrante, dependente e agente
transformador do ambiente, desenvolvendo o conhecimento de si mesmo e o sentimento
de confiança em suas capacidades. Conhecendo e cuidando do próprio corpo, agirá com
responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva. A partir do momento em que
questione a realidade, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição
e a capacidade de análise crítica, o aluno compreenderá que sem o homem não há
sociedade e sem sociedade não há homem; ambos se produzem e produzem a história
que se materializa na própria ação humana.
OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS NA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA Vivenciar os elementos da cultura corporal(esporte, jogos e brincadeiras, ginástica,
lutas, dança) utilizando as habilidades básicas de movimento necessárias a essas
práticas.
Compreender a cultura corporal como um acervo construído historicamente,
reconhecendo a possibilidade de vir a ser sujeito na construção de suas práticas.
Estimular o cuidado com o próprio corpo adotando hábitos saudáveis de
alimentação, de higiene, de convivência e lazer.
Interagir dentro do ambiente escolar adotando atitudes de respeito e solidariedade,
com vistas à superação de preconceito/discriminação
Perceber o seu corpo como meio de comunicação, de expressão e de
atuação nas relações sociais, por meio da realização consciente das práticas
corporais.
6º ANOESPORTEConteúdos básicos
154
Atletismo;
Voleibol;
Handebol;
Futsal;
Basquetebol;
Futebol de areia;
Tênis de mesa;
Xadrez;
Abordagem Pedagógica Origem e histórico dos esportes;
Fundamentos básicos;
Atividades pré-desportivas com fundamentos e regras adaptadas;
Expectativas de aprendizagem Espera-se que o aluno possa conhecer na origem dos diferentes esportes;
O surgimento de cada esporte com suas primeiras regras;
Suas relações com jogos populares;
Experimentar e vivenciar diferentes esportes com regras adaptadas;
JOGOS E BRINCADEIRASConteúdos básicos
Brincadeiras de rua / populares;
Brinquedos;
Brincadeiras de roda;
Jogos de tabuleiro;
Jogos de estafetas;
Jogos cooperativos
Jogos de interpretação;
Jogos pré-desportivos
Abordagem Pedagógica Origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras;
155
Brinquedos, jogos, e brincadeiras com e sem materiais alternativos;
Construção dos brinquedos;
Disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro;
Expectativas de aprendizagem Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos e
brincadeiras, bem como experimentar e vivenciar, ou seja, se apropriar das
diferentes formas de jogar;
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de
brinquedos com materiais alternativos;
DANÇAConteúdos básicos
Atividades rítmicas e expressivas
Brinquedos cantados
Cantigas de roda
Danças folclóricas
Danças criativas
Abordagem Pedagógica Origem e histórico das danças;
Contextualização da dança;
Atividades de criação e adaptados;
Movimentos de experimentação (sequência de movimentos);
Expectativas de aprendizagem Espera-se que conheçam a origem e alguns significados (místicos, religiosos, entre
outros) das diferentes danças;
Tenham condições de experimentar, vivenciar, criar e adaptar tanto as cantigas de
rodas quanto diferentes sequências de movimentos;
156
GINÁSTICAConteúdos básicos
Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Abordagem Pedagógica Origem e histórico da ginástica e suas diferentes manifestações;
Vivenciar os movimentos básicos da ginástica;
Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes modalidades
ginásticas;
Cultura do circo;
Consciência corporal;
Expectativas de aprendizagemConhecer os aspectos históricos da ginásticas e das práticas corporais circenses;
Experimentar e vivenciar os fundamentos básicos da ginástica:
Saltar;
Equilibrar;
Rolar / girar;
Trepar;
Balançar / Embalar;
Malabares
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de
materiais alternativas;
LUTASConteúdos básicos
Lutas de aproximação
Capoeira
Abordagem Pedagógica Origem e histórico das lutas;
157
Vivenciar atividades que utilizem materiais alternativos relacionados as lutas;
Jogos de oposição, musicalização, ginga, esquivas e golpes;
Expectativas de aprendizagem Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de
materiais alternativos e dos jogos de oposição;
7º ANOESPORTEConteúdos Básicos
Atletismo;
Voleibol;
Handebol;
Basquetebol;
Futsal;
Futebol de areia;
Tênis de mesa;
Xadrez;
Abordagem Pedagógica Origem dos diferentes esportes e mudanças no decorrer da história;
Noções das regras e elementos básicos;
Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;
Sentido da competição esportiva;
Expectativa de aprendizagem Espera-se que o aluno possa compreender o histórico e as regras de cada
modalidade, as transformações ocorridas até os dias atuais;
Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes;
Tenham noções básicas de regras das diferentes manifestações esportivas;
JOGOS E BRINCADEIRAS
158
Conteúdos básicos Jogos e brincadeiras populares;
Jogos cooperativos;
Jogos de estafetas;
Jogos de tabuleiro;
Jogos tradicionais
Abordagem Pedagógica Diferença entre brincadeira, jogos e esporte;
A construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos;
Os jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais;
Expectativa de aprendizagem Difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no contexto brasileiro;
Conhecer as diferenças e as possíveis relações existentes entre os jogos
brincadeiras e brinquedos;
Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos;
DANÇAConteúdos básicos
Atividades rítmicas e expressivas;
Danças criativas
Danças folclóricas
Abordagem Pedagógica Recorte histórico delimitando tempo e espaços na dança;
Desenvolvimento de formas corporais rítmico / expressivas;
Criação e adaptação de coreografia;
Construção de instrumentos musicais;
Expectativa de aprendizagem Conhecer a origem e o contexto em que se desenvolveram o Break, frevo e
maracatu;
Vivenciar as diferentes manifestações rítmicas e expressiva por meio da criação e
adaptação de coreografias;
159
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de
instrumentos musicais como, por exemplo, chocalho, pandeiro;
GINÁSTICAConteúdos básicos
Atividades circenses;
Ginásticas rítmica;
Ginásticas artísticas;
Ginástica geral;
Abordagem Pedagógica Aspectos históricos e culturais da ginásticas;
Noções de posturas e elementos ginásticos;
Cultura do circo;
Expectativa de aprendizagem Conhecer os aspectos históricos da ginástica rítmica (GR);
Experimentar e vivenciar outras formas de movimentos e os elementos da GR
como: saltos, equilíbrios;
LUTASConteúdos básicos
Lutas de aproximação
Capoeira
Abordagem Pedagógica Origem das lutas no decorrer da história;
Jogos de oposição, ginga, esquiva e golpes;
Expectativa de aprendizagem Reconhece as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de
materiais alternativos e dos jogos de oposição;
8º ANO
160
ESPORTEConteúdos Básicos
Atletismo;
Voleibol;
Handebol;
Basquetebol;
Futsal;
Tênis de mesa;
Xadrez;
Futebol de areia;
Abordagem Pedagógica Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte;
Possibilidade do esporte como atividade corporal: lazer, esporte de rendimento,
condicionamento físico;
Esporte e mídia;
Esporte: benefícios à saúde
Prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;
Expectativa de aprendizagem Entender que tais práticas podem ser vivenciadas no tempo / espaço de lazer,
como esporte de rendimento ou como aptidão física e saúde;
Conhecer e vivenciar diferentes modalidades esportivas;
Reconhecer os benefícios que as práticas esportivas proporcionam a seus
praticantes;
JOGOS E BRINCADEIRASConteúdos Básicos
Jogos e brincadeiras populares;
Jogos de tabuleiro;
Jogos cooperativos;
Abordagem Pedagógica
161
Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brincadeiras e
brinquedos;
Festivais;
Estratégias de jogo;
Expectativa de aprendizagem Desenvolver festivais a partir de diferentes jogos sejam eles cooperativos ou de
tabuleiro;
Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,
brincadeiras e brinquedos;
DANÇAConteúdos Básicos
Danças Folclóricas;
Danças criativas;
Danças circulares;
Abordagem Pedagógica Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança;
Elementos e técnicas de dança
Expectativa de aprendizagem Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, formas de deslocamento, entre
outros elementos que identificam as diferentes danças;
Montar pequenas coreografias;
GINÁSTICA Conteúdos Básico
Ginásticas Rítmica;
Ginásticas geral;
Ginástica circense
Abordagem Pedagógica Recorte histórico delimitando tempos e espaços na ginástica;
162
Noções de postura e elementos ginásticos;
Manuseio dos elementos da ginástica rítmica;
Origem da ginástica nas diferentes modalidades, pensando suas mudanças;
Expectativa de aprendizagem Manusear os diferentes elementos da GR como: corda, fita, bola, arco, maças;
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir das atividades
circenses equilíbrios em grupo;
LUTASConteúdos Básicos
Lutas com instrumento mediador;
Capoeira;
Abordagem Pedagógica Jogos de oposição;
Projeção e imobilização;
Roda de capoeira;
Expectativa de aprendizagem Aprofundar alguns elementos de capoeira procurando compreender a constituição,
os ritos e os significados da roda;
9º ANOESPORTEConteúdos Básicos
Atletismo;
Voleibol;
Handebol;
Basquetebol;
Futsal;
Tênis de mesa;
Xadrez;
Futebol de areia;
163
Abordagem Pedagógica Recorte histórico delimitando tempos e espaços;
Organização de festivais esportivos;
Regras oficiais e sistemáticos;
A prática dos fundamentos de diversas modalidades esportivas;
Súmulas, noções e preenchimento;
Expectativa de aprendizagem Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se
desenvolveram;
Vivenciar festivais esportivos, trabalhando com arbitragens, súmulas e noções de
preenchimento em diferentes esportes;
JOGOS E BRINCADEIRASConteúdos Básicos
Jogos cooperativos;
Jogos de tabuleiro;
Abordagem Pedagógica Organização e criação de gincanas, jogos de interpretação de personagem, jogo
de estratégia e imaginação em que os alunos interpretam diferentes personagens,
superando desafios e vivendo aventuras;
Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos;
Expectativa de aprendizagem Diferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos a partir dos seguintes
elementos: visão do jogo, objetivo, o outro, relação, resultado, consequência,
motivação;
GINÁSTICAConteúdos Básicos
Ginástica rítmica;
Ginástica geral;
164
Abordagem Pedagógica Origem da ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física;
Construção de coreografias;
Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares);
Análise sobre modis
Expectativa de aprendizagem A influência da ginástica na busca pelo corpo perfeito;
Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos
presentes no circo;
DANÇAConteúdos Básicos
Danças criativas;
Danças circulares;
Abordagem Pedagógica Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança;
Organização de festivais;
Elementos e técnicas de dança;
Expectativa de aprendizagem Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, formas de deslocamento entre
outros elementos presentes na dança;
Criar e vivenciar festivais de dança, na qual sejam apresentadas as diferentes
criações coreográficas realizadas pelos alunos;
LUTASConteúdos Básicos
Lutas com instrumento mediador;
Capoeira;
165
Abordagem Pedagógica Origens e aspectos históricos das lutas;
Expectativa de aprendizagem Conhecer os aspectos históricos das diferentes lutas e se possível vivenciar
algumas manifestações;
ELEMENTOS ARTICULADORESO corpo que Brinca e Aprende: Manifestações Lúdicas
construção individual ou coletiva de brincadeiras;
os materiais;
as diferenças, continuidades e descontinuidades entre jogo e esporte;
o caráter tradicional ou contemporâneo dos brinquedos e brincadeiras;
reconhecer as formas particulares que o brinquedo e a brincadeira tomam em
distintos contextos e momentos históricos, por variadas comunidades e grupos.
Desenvolvimento Corporal e Construção da SaúdeEntender a saúde como uma construção que supõe uma dimensão histórico-social.
A saúde também pode ser alcançada, além das atividades físicas ou corporais, pela
alimentação, saneamento básico, condições boas de moradia, educação e informação,
preservação do meio ambiente, acesso aos equipamentos culturais e de lazer. O uso de
substâncias entorpecentes e seus efeitos sobre a
saúde. Os modelos instituídos de beleza buscam atuais formas de tratamento,
intervenção sobre o corpo com intuito de alcançar a qualquer custo essa busca de
“beleza”. A sexualidade com duplo significado: possibilidade de prazer, alegria; seguindo
prostituição infantil, violência sexual, doenças sexualmente transmissíveis etc. O caráter
de suporte do corpo, moda, adereços, consumo etc. Inclusão de pessoas portadoras de
necessidades educativas especiais nas aulas de Educação Física. Afirmação da
pluralidade, da diferença, do aprendizado com o outro, algo que todos os alunos devem
ter como experiência formativa. Ainda quanto ao reconhecimento das diferenças, é
preciso valorizar as experiências corporais do campo, dos povos indígenas e a Cultura
166
Afro-brasileira, enfatizando as questões ambientais ( Conforme prescreve a Lei 10.639/03,
do resgate da história e cultura afro-brasileira, bem como a lei 9795 de 27/04/1999
respeito à Educação Ambiental. Por meio de textos, os alunos serão induzidos à reflexão
e debate acerca da cultura afro-brasileira, educação ambiental,educação fiscal,
prevenção ao uso de drogas, sexualidade,violência na escola).
A relação do corpo com o mundo do trabalhoexposição do corpo ao sacrifício do mundo do trabalho. Das várias dimensões que o
trabalho assume, trabalho infantil, trabalho escravo e outras formas de perpetuar as
relações de dominação pela via do trabalho. Articular a saúde com o trabalho. A
exposição permanente à exploração do trabalho, sem tempo para dedicar-se à família aos
seus próprios interesses, o lazer como impossibilidade para maior parte dos indivíduos. O
trabalho como necessidade humana, como condição de humanização.
ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO PARA EDUCAÇÃO FÍSICAEntendendo a ação, ou seja, o movimento corporal como condição indispensável
para o desenvolvimento do homem, a Educação Física inserida no processo educacional
busca trabalhar esse movimento numa dimensão de totalidade, visualizando o aluno
como ser concreto único em sua individualidade, porém determinado e determinante no
processo histórico das relações sociais.
O professor, compreendendo a evolução do indivíduo, suas características e
necessidades numa dialética de desenvolvimento, entendendo as diferenças individuais,
poderá articular sua prática pedagógica à realidade contextual que irá
trabalhar, garantindo, assim a todos os alunos a apropriação do conhecimento.
O processo de aprendizagem será desenvolvido considerando-se o saber trazido
pelos alunos – antecedentes culturais, articulados com o saber escolar sistematizado, no
desenrolar de toda a prática pedagógica.
Busca-se por meio de problematização, questionamento,pesquisas bibliográficas,
entrevistas, recursos tecnológicos como exposição de vídeos na TV multimídia, livro
didático, visitas a centros esportivos, de lazer, a compreensão do aluno para a dinâmica
167
histórica das práticas corporais e seu significado.
Para isso, o professor terá que necessariamente trabalhar os conteúdos numa
concepção histórica, considerando como esse saber foi produzido nas relações sociais:
onde, quando, quem o produziu, para que, como se deu a incorporação desse saber pela
nossa sociedade, qual a relevância frente às nossas necessidades atuais, enfim, fazendo
relações totais e permanentes.
Tendo o corpo como referencial da nossa prática pedagógica, faz-se necessário
compreendê-lo fazendo a leitura de como está “forjado” hoje, articulado às concepções de
corpo do passado, pelas necessidades e/ou imposições sociais, com suas marcas
socioculturais (discriminações, tabus, preconceitos, valores). Assim, o professor poderá
fazer um trabalho pedagógico calcado no discernimento crítico onde, identificando “o
velho no novo”, desmascarando mecanismos reprodutores, identificará qual corpo
precisamos ter ou pretendemos ser.
Toda a ação pedagógica deverá, além da apropriação, oportunizar a produção de
novos conhecimentos, pois entendemos que o saber não é estático, dogmático, mas está
num constante vir a ser, num “devir”.
O conteúdo precisa ser trabalhado, refletido, reelaborado pelo aluno para se
constituir em conhecimento dele e permitir-lhe efetuar uma “leitura” diferente do senso
comum, dando um (real) significado a esse saber.
Deverá ser trabalhado numa dimensão histórico-social em que, tecendo todas as
relações possíveis, abordará não a história do conteúdo, mas o conteúdo historicamente.
A partir dessa visão, que universaliza a questão em estudo, os alunos, podem
transitar de sua experiência particular para outras e vice-versa.
PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICAO processo de avaliação deve levar em consideração a faixa etária dos alunos e o
grau de autonomia e discernimento que possuem. Esse processo, por se manifestar de
forma contínua, poderá revelar as alterações próprias e características desse momento do
aprendizado. Abordagens que incluam os adolescentes como participantes do processo
avaliativo serão bem aceitas, pois além de estimular o desenvolvimento da
responsabilidade pelo próprio processo, creditando-lhes maturidade/responsabilidade,
168
também favorecerá a maior compreensão e localização desses alunos na construção do
conhecimento.
Os instrumentos poderão ser tão variados quanto forem os conteúdos e seus
objetivos; no entanto, mais do que nunca é importante que seja claro para o aluno, pois o
senso crítico, característico dessa faixa etária, aliado à necessidade de sentir-se
reconhecido, tornará o processo de avaliação significativo.
Esses instrumentos poderão estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem,
como uma forma sistemática de valorização e de reflexão sobre os recortes possíveis de
serem observados. Como conteúdos, os instrumentos de avaliação poderão representar a
forma concreta de apropriação, por parte dos alunos, do conhecimento socialmente
construído, revelando, quando utilizados, que intenções e aspectos desse conhecimento
estão sendo valorizados. Esse sentido fica explicitado quando o aluno conscientiza-se,
como sujeito da ação, que poderá optar por se adequar a um modelo ou sugerir opções
baseadas em uma crítica reflexiva.
O professor deverá considerar como instrumentos avaliativos: a participação ativa
nas aulas práticas de Educação Física(esporte, jogos e brincadeiras, ginástica, lutas e
dança) a compreensão das regras de jogos, o reconhecimento de hábitos saudáveis de
vida e da necessidade da atividade esportiva.
Poderão ser utilizados como instrumentos de avaliação: provas práticas e teóricas,
pesquisas, apresentação de trabalhos, observação, participação ativa nas aulas práticas,
frequência.
É importante mencionar que a recuperação paralela será feita no decorrer das
aulas.
ReferênciasCASTELLANI FILHO, L. Educação Física no Brasil: história que não se conta.
4 ed. Campinas: Papirus,1994.
CAPARROZ, Francisco Eduardo. Entre a Educação Física na escola e a Educação Física da escola. Vitória: CEFD / UFES, 1997.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São
Paulo: Cortez, 1992.
169
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.
ENSINO MÉDIOCom a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9394/96) o Ensino Médio passou a
ter o caráter não profissionalizante, tendo como foco o mundo do trabalho, a ciência e a
cultura.
A Educação Física passou por diferentes enfoques durante os últimos tempos: em
1712 temos na Europa a inclusão da ginástica nos currículos escolares, na Alemanha,
surgiram as Escolas de Ginástica e a pressão para que essa atividade fosse reconhecida
como área do saber. O verdadeiro objetivo nessa época da Revolução Industrial era a
formação de homens fortes, sadios e capazes de suportar as longas jornadas de trabalho.
Na Europa a Educação Física passou a se fazer presente na academia e, depois na
escola como meio de capacitar indivíduos para o trabalho.
No final do século XVIII e no começo do século XIX a Educação Física ficou restrita
a classe dominante e a intenção era associar o conhecimento com a parte estética para a
parcela dominante da sociedade. O corpo assumia uma dimensão estética associada aos
padrões intelectuais.
No Brasil, no início do século XX a Educação Física escolar estava voltada para a
prática. No período pós-guerra a prática da atividade física nas escolas brasileiras era
voltada para o esporte sob a influência das escolas europeias. Os professores passavam
os movimentos e estes deveriam ser repetidos sem poder ser modificados. O esporte
tinha como objetivo final o rendimento, a classificação, excluía, inibia e separava por sexo.
Nos anos 90 foi promulgada a LDB e os Parâmetros Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio, mas esses documentos não conseguiram mudar a prática de muitos
professores que continuaram a manter uma conduta de exclusão para com os alunos que
não se enquadravam nos padrões atléticos.
No fim do século XX surgem novas concepções para a área (humanistas) e passa-
se a considerar importante o desenvolvimento do ser humano voltado para a vida em
sociedade com ações cooperativas e solidárias. Com essa nova tendência a Educação
170
Física escolar busca formar sujeitos capazes de decidir com autonomia, dialogar, refletir
sobre sua vida e lutar por mudanças.
O objeto de estudo da Educação Física escolar é a Cultura Corporal e o professor
ao trabalhar com a disciplina deve incluir a totalidade dos alunos, oferecerem variedade
de atividades e respeitar o aluno como sujeito humano.
Desta forma, a Educação Física deve contribuir para a compreensão e
entendimento do ser humano enquanto produtor de cultura.
Objetivos da Educação Física no Ensino Médio: aprofundar-se no conhecimento do funcionamento do organismo humano de forma
a reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando-as como recurso
para melhoria de suas aptidões físicas;
aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade e frequência, elevando-
se à condição de planejador de suas práticas corporais;
buscar informações para o seu aprofundamento teórico de forma a construir e
adaptar alguns sistemas de melhoria de suas aptidões físicas;
refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de
discerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando uma postura
autônoma, na seleção de atividades e procedimentos para a manutenção ou
aquisição da saúde;
adotar uma postura ativa e a prática de atividades físicas;
Estes objetivos referem-se aos conhecimentos e aprendizagens individuais que
subsidiam o educando para o auto gerenciamento das atividades corporais. Inseridos
encontram-se os conhecimentos de anatomia, fisiologia e biologia que capacitam uma
análise crítica dos programas de atividade física e o estabelecimento de critérios para
julgamento, escolha e realização de atividades corporais saudáveis.
Raras vezes as escolas se preocupam em desenvolver ações educativas para
levar os jovens a adquirir hábitos de vida que favoreçam a prática de atividades físicas de
forma continuada. O ambiente escolar se constitui em excelente oportunidade, por
exemplo, de prevenção e controle do excesso de peso corporal na
171
medida em que os jovens dedicam significativa quantidade de tempo nas duas primeiras
décadas de vida às atividades escolares.
Esclarecendo, a compreensão do funcionamento do organismo, no que concerne
ao consumo de energia ou acúmulo em forma de gordura, poderá diminuir a prática,
tradicional entre os jovens, de períodos de jejum prolongados, utilização de inibidores de
apetite, práticas desportivas, utilizando excesso de agasalhos, a fim de alcançar uma
silhueta culturalmente aceita como bela.
aprofundar-se no conhecimento e compreensão das diferentes manifestações da
cultura corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho,
linguagem e expressividade.
aprofundar-se no conhecimento do funcionamento do organismo humano no que
diz respeito às capacidades físicas, respostas do corpo aos estímulos e diferentes
formas de movimentação, valorizando-as como recurso para expressão de suas
aptidões físicas.
As ginásticas são técnicas de trabalho corporal que, de modo geral, assumem um
caráter individualizado com finalidades diversas. Por exemplo, pode ser feita como
preparação para outras modalidades, como relaxamento, como alongamento, para
recuperação ou manutenção da saúde ou ainda de forma recreativa, competitiva e de
convívio social e ainda como restituição das cargas de trabalho profissional.
Participar de atividades em grandes e pequenos grupos potencializando e
canalizando as diferenças individuais para o benefício e conquista dos objetivos
por todos.
Perceber na convivência e práticas pacíficas, maneiras eficazes de crescimento
coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura democrática sobre os diferentes
pontos de vista postos em debate.
Considera-se esporte as práticas em que são adotadas regras de caráter oficial e
competitivo, organizadas em federações regionais, nacionais e internacionais que
regulamentam a atuação amadora e profissional. Envolvem condições especiais de
equipamentos sofisticados como campos, piscinas, bicicletas etc. A divulgação pela mídia
favorece a sua apreciação por um diverso contingente de grupos sociais e culturais.
172
Os jogos podem ter uma flexibilidade maior nas regulamentações, que são
adaptadas em função das condições de espaço e material disponíveis, do número de
participantes, entre outros. São exercidos com um caráter competitivo, cooperativo ou
recreativo em situações festivas, comemorativas, de confraternização ou ainda de
cotidiano, como simples passa tempo ou diversão.
Demonstrar autonomia na elaboração de atividades corporais, assim como
capacidade para discutir e modificar suas regras, reunindo elementos componentes
de várias manifestações de movimento, podendo estabelecer uma melhor
utilização dos conhecimentos adquiridos sobre a cultura corporal para um
reaproveitamento do seu tempo disponível.
Reconhecer e valorizar as diferentes expressões e linguagens.
As lutas são disputas em que os oponentes devem ser subjugados, com técnicas e
estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado
espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por uma
regulamentação específica a fim de punir atitudes de violência e de deslealdade. Podem
ser citados como exemplos de lutas, desde as brincadeiras de cabo-de-guerra e braço-de-
ferro, até práticas mais complexas da capoeira, do judô e karatê.
Num país tão rico em ritmos e danças parece paradoxal um programa de educação
física centrado em esportes e ginásticas. O professor, no entanto, perguntar-se-á como
inserir essa atividade para os alunos que até então não vivenciaram essas experiências
em aula.
Pois bem, não podemos negar que as atividades rítmicas e expressivas têm o seu
espaço na vida dos adolescentes e jovens, que isso não aconteça na escola é o que nos
chama a atenção. O professor poderia começar resgatando o que seus alunos conhecem
de música, quais estilos ouvem, quais estilos dançam. Partindo daí para a inserção de
pequenos momentos das aulas em que uma atividade ritmada seja desenvolvida.
O professor de Educação Física deve dar sua contribuição para a humanidade,
procurando sempre aumentar as bases conceituais e considerando o aluno como pessoa
em desenvolvimento.
173
CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
ESPORTE
Conteúdos básicos
Voleibol;
Handebol;
Basquetebol;
Futsal;
Tênis de mesa;
Xadrez;
Futebol de areia;
Atletismo;
Abordagem Pedagógica Discussão do esporte como fenômeno social popular;
Prática de esporte propriamente dito;
Regras oficiais e sistemas táticos;
Súmulas, noções de preenchimento;
Relação Esporte e Lazer;
Recorte histórico delimitando tempos e espaços;
Nutrição, saúde, prática esportiva;
Organização de campeonatos, montagem de tabelas de disputa;
Expectativa de Aprendizagem Organizar e vivenciar festivais e campeonatos esportivos, trabalhando com a
construção de tabelas, arbitragens, súmulas e diferentes noções de
preenchimento;
Aprofundar e compreender as diferenças entre esporte da escola, o esporte de
rendimento e a relação entre esporte e lazer;
JOGOS E BRINCADEIRASConteúdos básicos
174
Jogos populares;
Jogos competitivos;
Jogos cooperativos;
Jogos de tabuleiro;
Jogos intelectuais;
Abordagem Pedagógica Dinâmica de grupo;
Jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos de
lazer;
Recorte histórico delimitando tempo e espaço;
Expectativa de Aprendizagem Organizar diferentes dinâmicas de grupos que possibilitem uma maior interação
entre os estudantes, considerando suas individualidades;
DANÇAConteúdos básicos
Dança Folclórica;
Dança de salão;
Abordagem Pedagógica Dança de expressão corporal e diversidade de culturas;
Diversas manifestações, ritmos, dramatização, danças temáticas;
Interpretação e criação coreografia;
Diferentes tipos de danças;
Festival de dança;
Show de talentos;
Expectativa de Aprendizagem Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais,
por meio da dança;
Vivenciar a organização e participação de festivais na qual sejam apresentadas as
diferentes criações coreográficas realizadas pelos alunos;
175
GINÁSTICAConteúdos básicos
Ginástica geral;
Ginástica de academia;
Ginástica circense;
Abordagem Pedagógica Fundamentos da ginástica;
Ginástica no mundo do trabalho (ex: laboral);
Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida;
Correções posturais;
Grupos musculares, resistência muscular, diferença entre resistência e força;
Tipos de força;
Fontes energéticas;
Diferentes métodos de avaliação e análise com testes físicos e planejamento de
treinos;
Frequência cardíaca ;
Fonte metabólica e gasto energético;
Festival de ginástica;
Composição corporal, Ergonomia, Dort e Lesão por esforço repetitivo (LER);
Construção cultural do corpo;
Desvios posturais;
Expectativa de Aprendizagem Compreender a função social da ginástica;
Aprofundar e compreender as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que
envolvem a ginástica;
Compreender a função social da ginástica;
Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho;
Organizar eventos de ginásticas, na qual sejam apresentadas as diferentes
criações coreográfica ou sequencia de movimentos ginásticos elaborados pelos
176
alunos;
LUTASConteúdos básicos Taekwondo;
Karate;
Kung fu;
Muay thai;
Boxe;
Greco romana;
Capoeira;
Jiu-jitsu;
Judô;
Sumo;
Abordagem Pedagógica Histórico, filosofia e características das diferentes artes marciais lutas X artes
marciais;
Histórico, estilos de jogo luta, dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de
instrumentos , roda, etc;
Artes marciais, histórico, técnicas, táticas, estratégicas;
Expectativa de Aprendizagem Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes
formas de lutas e se possível vivenciar algumas manifestações;
Discutir a questão que se refere a diferença entre lutas e artes marciais;
Vivenciar se possível os diferentes estilos de jogo, luta, dança;
Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de
deslocamento;
Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem as
diferentes tipos de golpes;
177
ELEMENTOS ARTICULADORES Desportivização - como se deu este processo nas diversas práticas corporais, os
motivos que a influenciaram;
Mídia – a utilização das práticas corporais transformadas em espetáculo, sob o
ponto de vista consumista, apresentados nos meios de comunicação pela
promoção e divulgação de produtos esportivos, compreenderem a lógica
mercantilista do esporte espetáculo;
Saúde – abordada de diferentes maneiras, não apenas as questões relacionadas
ao corpo, em todos seus aspectos sobre tudo aqueles relacionados ao meio social
em que está inserido: Nutrição (necessidades
diárias de ingestão de carboidratos de lipídios, de proteínas, de vitaminas e de
aminoácidos), a utilização destes nutrientes pelo organismo; Aspectos anatomo – fisiológicos da prática corporal (conhecer o funcionamento do próprio corpo);
Lesões e Primeiro Socorros (lesões mais freqüentes ocorridas nas práticas
corporais,e como tratá-las através de noções de primeiros socorros emergenciais;
Doping (esteróides, anabolizantes) motivos e valores que os levam a fazer uso,
conseqüências de sua utilização);
Corpo: o corpo como um todo, discutir modelos de corpos “construídos” e
determinados como referencial de beleza;
Tática e a Técnica: contemplar o universo técnico e tático dos esportes, das lutas,
da dança e da ginástica e sua transitoriedade, de execução de variados
movimentos;
Lazer que o aluno possa entender as diferentes formas em que o lazer pode estar
presente na vida de cada um;
Diversidade: étnico-racial, cultural afro-brasileira, sexual, indígena, alunos com
necessidades educacionais especiais, questões ambientais (Lei do Meio
Ambiente);
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO PARA EDUCAÇÃO FÍSICATrabalhar a disciplina de Educação Física é uma atividade profissional complexa
que exige preparo compromisso e responsabilidade do educador para instrumentalizar,
178
política e tecnicamente, o aluno, ajudando-o a constituir-se como sujeito social. A
compreensão do trabalho significa a existência de uma estreita relação entre professor e
aluno. É um processo sistemático, intencional e flexível que visa à obtenção de
determinados resultados. Desta forma as atividades não existem por si mesmas, mas na
relação com a aprendizagem.
A aprendizagem é concebida como um processo de assimilação/apreensão de
determinados conhecimentos, habilidades intelectuais, psicomotoras, atitudes e valores,
organizados e orientados no processo de estudo.
Aprender por compreensão exige a disposição do aluno em querer aprender.
Nesse sentido o aluno presta atenção, observa, faz anotações e exercícios, discute em
grupo, estuda exemplifica, generaliza, faz síntese integradora, expõe com as próprias
palavras, toma consciência das dificuldades, usa materiais diverso, avalia,
etc.
Partindo destas definições o processo de aprendizagem em Educação Física
propõe uma metodologia interdisciplinar, buscando resgatar a integração entre as
matérias, englobando dessa forma materiais utilizados em conjunto com outros
professores, tais como: instrumentos musicais, materiais esportivos, livro didático, textos ,
recursos tecnológicos como exposição de vídeos na TV multimídia, visitas a centros
esportivos, de lazer.
Enfim, incentiva-se o aluno a integrar-se ao seu ambiente, relacionando seus
conhecimentos com a realidade ao qual está inserido, melhorando assim sua qualidade
de vida.
Critérios de Avaliação O professor de Educação Física no Ensino Médio deve manter-se atento aos
procedimentos avaliativos.
Na avaliação em Educação Física do Ensino Médio o professor e os alunos
poderão discutir os critérios utilizados para tal. Essa abertura trará contribuições no
entendimento do programa a ser desenvolvido naquele período letivo, como também,
ampliará a compreensão dos alunos sobre o que o professor busca alcançar,
responsabilizando a todos pela trajetória a ser percorrida, mas alguns critérios de
179
avaliação como a participação ativa nas atividades práticas a compreensão das regras
dos jogos e o domínio de conceitos essenciais para uma vida saudável e a prática de
esportes não podem ser esquecidos. .
Na mesma direção propõe-se a utilização da auto-avaliação como um momento
para a reflexão do educando sobre as contribuições das suas ações no seu crescimento
individual e coletivo. Refletir sobre o próprio desempenho é, normalmente, a melhor forma
de trazer alterações na conduta e posicionamento sobre o processo de construção de
conhecimento.
Baseados no fato de que a avaliação é um processo constante de repensar a
prática educacional em todos os segmentos os professores de Educação Física buscarão
oferecer reforço sempre que o aluno necessitar ou quando o próprio professor detectar a
necessidade.
Para que esse procedimento possa ser colocado em prática poderão ser utilizados
os seguintes instrumentos: apresentação de trabalhos, pesquisas, auto-avaliação, provas
práticas e teóricas, a participação ativa nas aulas práticas e a
frequência.
A recuperação dar- se – a durante o processo sempre que o aluno não atingir os
conteúdos trabalhados.
Referências COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São
Paulo: Cortez,1992.
CASTELLANI FILHO, L. Educação Física no Brasil: históriamque não se conta.4
ed. Campinas: Papirus,
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da Educação Básica. Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.
14. ENSINO RELIGIOSOApresentação Geral da DisciplinaO Ensino Religioso é fundamental para a formação integral do cidadão, pois
180
refere-se a conhecimentos que vão além dos catequéticos, que antigamente no
espaço escolar era tradicionalmente o ensino da Religião Católica Apostólica Romana,
religião oficial do Império.
Cada período histórico o Ensino Religioso no Brasil passou por diversas fases: o que
se fazia nas escolas era o ensino da religião católica. Com a implantação da República
houve separação entre Igreja e Estado, mesmo levando em conta a fidelidade às
orientações da Igreja Católica, por parte do Estado a legislação passa a defender a
matrícula facultativa do aluno.
Hoje o Ensino Religioso tem a função de ampliar a visão de mundo alargar a
compreensão da riqueza da diversidade cultural religiosa, contribuir para a construção da
cidadania e qualificação das relações no convívio social.
Ao trabalhar o Ensino Religioso deve-se respeitar a pluralidade religiosa presente na
realidade sociocultural do aluno. Não se podem impor práticas religiosas, cabendo a
família esta função de orientar seus filhos.
A DCE de Ensino Religioso, ressalta a importância dessa disciplina relevância dela
à vida do educando, mencionando que não será através do Ensino Religioso que o aluno
fará adesão a uma religião, muito menos a propagação de fé. A ação
pedagógica está centrada no caráter formativo e se atém ao conhecimento sobre o
sagrado na sociedade.
O foco no sagrado e em diferentes manifestações possibilita a reflexão sobre a
realidade, numa perspectiva de compreensão a própria religiosidade do outro.
Com isso, a disciplina pretende contribuir para o reconhecimento e respeito de
diferentes expressões religiosas da elaboração cultural dos povos, e possibilitar o acesso
às diferentes fontes sobre o fenômeno religioso.
Objetivos GeraisAnalisar o papel das Tradições Religiosas na estruturação e manutenção das
diferentes culturas;
Promover o dialogo inter-religioso;
Educar para a paz;
Superar e desfazer toda a forma de preconceitos;
181
Conteúdos EstruturantesA paisagem religiosa;
O símbolo;
O texto sagrado;
Conteúdos específicos 6º ANO
Organizações Religiosas Os fundadores e/ou líderes religiosos;
As estruturas hierárquicas;
História e Cultura Afro-brasileira e Africana Lei nº 10.639/03;
História e Cultura Afro-brasileira, Indígena e Africana Lei nº11645/08;
História do Paraná Lei nº13381/01
Política Nacional de Educação Ambiental Lei nº 9795/99.
Lugares Sagrados Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
Lugares construídos: templos, cidades sagradas, cemitérios, etc.
Textos Sagrados orais e escritos Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)
Declaração Universal do Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à
liberdade de expressão e opinião;
Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.
Símbolos Religiosos Dos ritos;
Dos mitos;
Do cotidiano.
182
Conteúdos específicos 7º ANO
Temporalidade Sagrada Nascimento de líder religioso;
Passagem de ano;
Datas de rituais, festas, dias de semana, calendários religiosos.
Ritos Os ritos de passagem;
Os mortuários;
Os propiciatórios entre outras;
Festas Religiosas Peregrinações;
Festas familiares;
Festas nos templos;
Datas comemorativas;
Vida e Morte O sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas;
A reencarnação: além da morte, ancestralidade, espíritos dos antepassados que se
tornam presentes;
Ressurreição apresentação da forma como cultura/organização religiosa encara a
questão da morte e a maneira como lidam com o culto aos mortos.
Metodologia O encaminhamento metodológico da disciplina do Ensino Religioso como qualquer
outra disciplina se faz necessário determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a
serem adotados em sala de aula, mas antes disso pressupõe um constante repensar das
ações que subsidiarão esse trabalho.
Sendo assim, as práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina,
poderão estimular o respeito às diversas manifestações religiosas, o que amplia e valoriza
o universo cultural dos alunos. Com isso propor ao educando problematizações do
conteúdo fazendo com que detectem questões no âmbito da prática social que precisem
183
ser resolvidas, pois com isso pressupõe a elaboração de questões que articulem o
conteúdo em estudo à vida do educando.
Pois a disciplina de Ensino Religioso pode adentrar em temas além das manifestações
religiosas como a Cultura Afro-Brasileira e Cultura Indígena fazendo com que os alunos
tenham consciência sobre os atos de desrespeito aos objetos simbólicos do culto dessas
tradições conhecendo melhor a cultura que fazem parte da nossa sociedade. Também
pode trabalhar a questão da Educação Ambiental conhecendo e respeitando a questão da
natureza como sendo sagrado para algumas manifestações religiosas.
Pois as aulas de Ensino Religioso contribuirão para superar o preconceito à ausência ou
à presença de qualquer crença religiosa, para questionar toda a forma de proselitismo, e
para aprofundar o respeito a qualquer expressão do sagrado.
Com isso se faz necessário trabalhar com recursos mais amplos, mais aprofundados,
como pesquisas, debates, filmes, produções de cartazes, leitura e produção de textos,
análises de fotos. Isto possibilitará o processo de construção do entendimento para de
forma que o aluno perceba as razões, construa conceitos na própria sociedade.
Avaliação A avaliação na disciplina de Ensino Religioso, não ocorre como a maioria das
disciplinas. O Ensino Religioso não constitui objeto de aprovação ou reprovação, não terá
registro de notas ou conceitos na educação escolar, por seu caráter facultativo de
matrícula na disciplina. Mesmo com essas particularidades, a avaliação é necessária em
todos os empreendimentos humanos, passando por
todas as dimensões sociais, econômica, religiosas, ideológicas, dentre outras. Ela é a
parte integrante do processo educativo e tem como função sustentar, alimentar e orientar
a intervenção pedagógica.
Portanto, a avaliação é processual e contínua, tem como critério básico levar o
aluno ao conhecimento do sagrado e respeito à diversidade religiosa.
Referências Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do estado do Paraná;
HINNELS, John R. Dicionário das religiões – SP;
184
Lei de Diretrizes e Base da educação nacional – 9394/96;
Lei 10639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana;
OTTO, R. O Sagrado, Lisboa – edição, 1992;
15. FILOSOFIAApresentação Geral da DisciplinaImportância histórica da disciplina
Há mais de 2600 anos, surgia na Grécia a Filosofia como uma área do
conhecimento que busca a sabedoria. Seu criador, Sócrates (469- 399 a. C.) agia usando
o método da inquirição para fazer com que seu ouvinte questionasse a sua própria forma
de pensar na busca de novas ideias. Platão (428 – 347 a. C.), seu discípulo teve papel
importante nos debates sobre a filosofia e na transmissão dos conhecimentos filosóficos
ao criar a academia. Esse período, conhecido como helenismo teve ainda outro
importante filósofo, Aristóteles (384 - 322 a. C.) que foi considerado por muitos como o
maior filósofo da antiguidade. Seu trabalho cobria os campos do conhecimento clássico
de então, filosofia, metafísica, lógica, ética, política, retórica, poesia, biologia, zoologia,
medicina, e estabeleceu as bases de tais disciplinas quanto a metodologia científica.
Na Idade Média, a Filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo,
pensamento de características muito diferentes das que prevaleciam no período anterior
(DCE Filosofia, 2009, p. 41). Dessa forma, a filosofia voltava-se para o pensamento
cristão relacionado à pecado original, criacionismo, relação homem-Deus. E nesse
sentido, a filosofia medieval tentava fazer com que as pessoas não apenas tivessem fé
mas compreendessem os fundamentos de sua crença.
Esse pensamento passou a ser confrontado na modernidade por uma filosofia mais
racional, empírica e crítica, onde os discursos abstratos sobre deus são substituídos por
um discurso antropocentrista, onde o homem passa a ser valorizado no universo. Fé e
razão foram separadas, a modernidade mostrava que o homem como um ser racional,
não deveria aceitar a autoridade baseada na tradição, e ele próprio buscar a
compreensão de seu mundo.
Na nossa era contemporânea, a filosofia é marcada por uma multiplicidade de
185
pensamentos baseados em algumas correntes filosóficas. Dentre elas podemos destacar
a Escola de Frankfurt, que vem abordando diversos temas como dialética, ética, indústria
cultural, etc.
Enfim, ao percorrer pela história da filosofia vemos que ela permite que possamos
analisar a nossa condição enquanto agentes históricos, e mais do que isso, podemos
analisar nossa sociedade à luz do pensamento filosófico que se desnvolve até os dias de
hoje. Não pretendemos estudar a história da filosofia, pelo menos não de forma linear e
cronológica, mas sim utilizar diferentes temas para comparar o passado e o presente com
base teórica para produzir novos conhecimentos.
Objeto de estudoO objeto de estudo de filosofia pode ser delimitado em torno do pensamento
filosófico desenvolvido ao longo da história, pautado em conceitos que servem de
parâmetro para que os alunos de uma determinada região (América Latina, Brasil,
Paraná, comunidade agrícola) possam desenvolver uma capacidade crítica e
transformadora.
O ensino da disciplina de Filosofia no Ensino Médio no Paraná, visa oferecer aos
estudantes uma formação pluridimensional e também democrática, possibilitando por
meio da história da Filosofia a compreensão mais ampla dos acontecimentos da
contemporaneidade. Um pensar histórico crítico e criativo, que discute com a realidade do
estudante, capacitando-o desenvolver um estilo próprio de pensamento que priorize a
capacidade e a criação de conceitos. Portanto o método de ensino da disciplina deve se
dar por meio do pensamento dialético em sínteses da realidade social que o aluno está
inserido.
Importância da disciplina como saber escolarNas Diretrizes do Estado do Paraná. “O ensino de Filosofia deve estar na
perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso é importante que na busca da resolução
do problema, haja preocupação também com uma análise da atualidade, com uma
abordagem que remeta o estudante à sua própria realidade” DCE,p.32.
Assim sendo, a Filosofia no Ensino Médio se constitui um saber indispensável para
186
a formação do cidadão. Ampliando horizontes acerca de possíveis sentidos e mudanças
dos valores éticos no decorrer da história.
Enfim, ela desenvolve potencialidades que a caracterizam:
capacidade de indagação e crítica; qualidades de sistematização, de
fundamentação; rigor
conceitual; combate a qualquer forma de dogmatismo e autoritarismo; disposição
para levantar novas questões, para repensar, imaginar e construir conceitos,
além da sua defesa radical da emancipação humana, do pensamento e da ação,
livres de qualquer forma de dominação. Não se pode deixar de observar que
tais características desautorizam qualquer aproximação entre a Filosofia e certas
perspectivas messiânicas ou salvíficas, por mais sedutoras que possam parecer.
( DCE Filosofia, 2009, p. 48)
Dessa forma, pretende-se aproximar a filosofia de outras disciplinas para que haja
uma produção do conhecimento de forma completa em todas as áreas do saber.
OBJETIVO GERALApresentar instrumentos teóricos que possibilite ao aluno compreender melhor a
realidade em que vive e perceber-se nela como agente ativo, receptivo, crítico e
transformador. Nesse sentido, a escola pretende proporcionar aos estudantes o acesso
aos conhecimentos produzidos pela humanidade, para que se possa construir uma
sociedade justa onde as oportunidades sejam iguais para todos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS Reconhecer a importância dos filósofos de diferentes épocas para o pensamento
ocidental contemporâneo;
Desenvolver um pensamento filosófico baseado nas teorias estudadas;
Conhecer as características que contribuíram para o surgimento da Filosofia;
Adquirir postura de atitude filosófica, crítica e reflexiva;
Questionar a realidade em que o aluno está inserido;
Compreender regras de funcionamento do pensamento humano.
187
Conteúdos Estruturantes1º AnoConteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Mito e Filosofia Saber mítico;
Saber filosófico;
Relação Mito e filosofia;
Atualidade do mito;
O que é Filosofia?
Origem;
Estruturação do mito;
Superação do mito;
Filósofos pré-socráticos:
Tales de Mileto;
Parmênides;
Anaximenes;
Anaxágoras;
Sofistas;
Período antropológico;
Critério de verdade;
Diferentes concepções
de verdade;
Conceituação;
Importância;
Teoria do conhecimento Possibilidade do
conhecimento;
As formas de
conhecimentos;
O problema da verdade;
A questão do método;
Origem do conhecimento;
Essência do
conhecimento;
Empirismo (Johm Locke,
Hume);
Racionalismo (Kant,
Descartes).
Primeiros Filósofos:
Sócrates (Maiêutica),
Platão (Mito da Caverna)
188
Conhecimento e lógica.
2º Ano
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Ética Ética e moral;
Pluralidade ética;
Ética e violência;
Razão, desejo e vontade;
Liberdade: autonomia do
sujeito e a necessidade
das normas.
Ação humana;
Diferença entre ética e
moral;
Conceito de ética;
Juízos de valores e juízos
de fatos
Amizade;
Liberdade. (Sartre).
Filósofo: (Aristóteles,
Sêneca)
189
Filosofia política Relações entre
comunidade e poder;
Liberdade e igualdade
política;
Política e ideologia;
Esfera pública e privada;
Cidadania formal e/ou
partcipativa.
Em busca
da essência do político;
A política em Maquiavel;
Política e violência;
Política e ideologia;
Esfera pública e privada.
A democracia em
questão.
Filósofo: (Hobbes,
Rousseau)
190
3º Ano
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Filosofia da Ciência Concepções de ciência;
A questão do método
científico;
Contrbuições e limites da
ciência;
Ciência e ideologia;
Ciência e ética.
O Progresso da Ciência;
Pensar a Ciência;
Bioética;
Ciência e ética;
Ciência e ideologia.
Filósofos: (Gastón Bachelard,
Thomas Kuhn, Karl Popper)
Estética Natureza da arte;
Filosofia e arte;
Categorias estéticas: feio,
belo, sublime, trágico,
cômico, grotesco, gosto,
etc.
Estética e sociedade.
Pensar a beleza;
A universalidade do gosto;
Padrões de beleza;
Arte e a construção do
sentido;
O papel da arte.
Filósofos: (Kant, David Hume)
ABORDAGEM TEÓRICO – METODOLÓGICAA concepção metodológica no ensino de filosofia deve se voltar não apenas para o
ensino de filosofia, mas também, ao ato de filosofar. Não basta conhecer os princípios
filosóficos, mas investigá-los até as últimas consequências e discuti-los
para que os alunos possam ter uma postura perante a eles e aceitar ou recusar tais
191
princípios, produzindo dessa forma, uma nova forma de pensar e agir frente à sua
sociedade. Nesse sentido, podemos dizer queA Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita. (DCE Filosofia, 2009, p. 50).
A abordagem metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo
da Filosofia sem doutrinação dogmática. Deverá dialogar com a história da Filosofia, por
meio de textos filosóficos, poéticos e literários, filmes, música, charges e imagens com o
auxílio de tv com pen drive, dvd e aparelhos de som, além de pesquisas na internet,
visando ampliar os horizontes dos estudantes a fazer relação do conteúdo trabalhado com
o meio em que está inserido. De acordo com o DCE, p 32.
“O ensino do Filosofia pode começar pela exibição de um filme ou de uma imagem,
da leitura de um texto jornalístico ou literário; da audição de uma música. São inúmeras as
possibilidades para atividade conduzidas pelo professor, para investigar e motivar
possíveis relações entre o cotidiano do educando e o conteúdo filosófico a ser
desenvolvido”.
A disciplina de Filosofia em sala de aula dar-se-á pela mobilização,
problematização, investigação e criação de conceitos. Com o auxílio do livro didático
público, e os materiais disponibilizados no portal dia a dia educação, partimos de
situações do cotidiano para chegar às indagações filosóficas. Os vídeos, músicas,
imagens e charges servem como uma material de apoio para ilustrar as discussões. A
produção do conhecimento e de novas opiniões ou a chegada a um consenso se dá por
meio de debates e produção de textos. Também são realizadas atividades em grupos
como seminários, produção de cartazes e dramatizações na busca de uma melhor
compreensão dos conteúdos abordados e desenvolvimento de uma autonomia
intelectual.
AVALIAÇÃO A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, processual e contínua.
Os critérios a serem levados em conta são a capacidade de trabalhar com
192
conceitos, a habilidade de construir e tomar posições ao detectar os princípios e
interesses subjacentes aos temas e discursos. Nesse sentido, a avaliação de Filosofia se
inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio da análise comparativa do que o
estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Com isso, torna-se possível
entender a avaliação como um processo.
Sendo assim, os instrumentos avaliativos enfocam aspectos de escrita e oralidade
do aluno, privilegiando portanto a apresentação de trabalhos na forma escrita, individual
ou em grupos, avaliações escritas de cunho dissertativo, bem como apresentações orais
em grupo ou individualmente, seminários, realizações de debates, e mesmo participação
efetiva nas dinâmicas de sensibilizações proposta.
Espera-se que o estudante possa compreender, na complexidade do mundo
contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações os conteúdos
básicos dos conteúdos estruturante da disciplina de Filosofia e problematize tais
conteúdos, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados. Portanto, terá
condições de ser construtor de ideias, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio
estudante e pelo professor.
A avaliação será bimestral e contínua de forma que será observada a participação
do aluno nas aulas. As notas de trabalhos, atividades e as provas serão somados de 0 a
100. Como o Ensino Médio está estruturado em blocos, e portanto a disciplina é cursada
durante um semestre, o plano de trabalho é dividido em dois bimestres de forma que
haverá uma avaliação escrita e outras três avaliações ou mais sendo feita de diferentes
formas.. Nesse sentido, sempre haverão quatro avaliações diferentes, sendo 60% da nota
em avaliações individuais e 40% de avaliações em grupo somando 100% da nota ao final
do bimestre. A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os
conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então,
é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A
recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar
os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem.
Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de
conteúdo.
193
REFERÊNCIASDiretrizes Curriculares da Educação básica: Filosofia. Paraná: SEED, 2008.
Livro Didático Público. FILOSOFIA: Ensino Médio / vários autores – Curitiba: 2ª edição.
SEED-PR, 2006.
REALE, G. História da Filosofia. Vol. I,II,III. São Paulo. Ed. Paulus, 1990.
ARANHA, M.L.A; MARTINS,M.H.P. Temas de Filosofia. São Paulo: 2ª edição. Editora
Moderna.
16. FÍSICAApresentação Geral da Disciplina
O estudo da física está relacionado à várias situações da nossa vida. A física tem como
objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade. Desde a Grécia Antiga, o homem
procura entender o funcionamento das coisas e busca explicações através de vários
experimentos. Hoje em dia, a física serve de base para a tecnologia atuando em vários
ramos da indústria, de tecnologia, de geração de energia entre outros.
A História da Física nos mostra que até o período do Renascimento a maior parte da
Ciência conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à Astronomia Geocêntrica
de Ptolomeu e a Física de Aristóteles (384 – 322 ª C.), muito divulgada na Idade média.
De acordo com as DCEs (Diretrizes Curriculares da Educação Básica), Aristóteles
elaborou um sistema filosófico para a explicação do movimento dos corpos e do mundo
físico que o cercava,para ele toda e qualquer matéria era composta de quatro elementos:
Terra, Água, Ar e Fogo, e esses elementos tinham posições determinadas no Universo. O
lugar natural do fogo e do ar era sempre acima do lugar natural da água e da terra. Desse
modo explicava porque uma pedra e a chuva caem: seus lugares naturais eram terra e
água. Analogamente, a fumaça e o vapor sobem em busca de seus lugares naturais
acima da terra. Aristóteles também elaborou várias outras teorias sobre ciências naturais
que foram aceitas até a renascença. Ainda na Grécia, menos de um século depois de
Aristóteles, um outro grego Aristarco (310-230a.C.), propôs uma teoria sobre o movimento
dos corpos celestes ele teve a idéia de que a Terra e os planetas giravam em torno do
194
Sol, e por isso foi acusado de perturbar o descanso dos deuses e contradizer as idéias de
Aristóteles do movimento celeste. Para Aristóteles, os planetas, o Sol e a Lua giravam em
torno da Terra em órbitas circulares e a Terra não se movimentava; esses movimentos
não eram regidos pelas leis ordinárias da Física.
Quatro séculos depois da morte de Aristarco, já depois de Cristo, as idéias
aristotélicas do movimento celeste foram aperfeiçoadas pelo greco-romano Ptolomeu
(100-170) de Alexandria. Para Ptolomeu, a Terra continuou no centro da esfera celeste, e
o Sol, a Lua, os planetas e as estrelas continuaram movendo-se ao seu redor. Na
Renascença, Jean Buridan (1300-1360), grande estudioso e reitor da Universidade de
Paris, colocou-se contra as teorias de Aristóteles e suas idéias espalharam-se pela
Europa, permitindo que nos séculos seguintes Copérnico e Galileu iniciassem a ciência
moderna. Nicolau Copérnico (1473-1543) desenvolveu sua teoria sobre o movimento
celeste. Propôs um sistema análogo ao de Aristarco: os planetas e a Terra giram em torno
do Sol (sistema heliocêntrico, hélio = Sol). Copérnico localizou corretamente as posições
relativas dos planetas conhecidos e determinou seus períodos de rotação em torno do
Sol.
Através de registros históricos sabemos que a Física foi inaugurada por Galileu Galilei
(1562 – 1643), no século XVI, como uma nova forma de se conceber o universo, pela
descrição matemática dos fenômenos físicos. Através do estudo de um fenômeno
buscava-se expĺicar “ o cair de uma maçã de uma árvore sob ação da gravidade” até a
complexidade das estruturas atômicas. Querendo saber como uma lâmpada se acende,
partimos para os conhecimentos da Física e mesmo como a luz se comporta é necessário
observar e respeitar cada lei que as regem.
Johannes Kepler (1571-1630), astrônomo e matemático alemão foi contemporâneo
de Galileu. Estabeleceu, após 17 anos de árduo trabalho, as três leis básicas do
movimento planetário. Isaac Newton (1642-1727) foi um gênio completo em todos os
ramos do conhecimento científico de sua época. Partindo das teorias de Galileu e Kepler
e dotado de uma capacidade notável de sistematização, chegou a lei da Gravitação
Universal, que discute o tipo de forças de atração de massas. Estabeleceu as leis
fundamentais de Dinâmica e deixou trabalhos em várias áreas do conhecimento
195
(Matemática, Mecânica, Calor, Óptica, Astronomia, Filosofia).Depois de Newton, durante
os séculos XVIII e XIX, a Física sofreu avanços notáveis, em especial no domínio da
Eletrostática e do Eletromagnetismo: Coulomb (1738-1806) deu grandes contribuições à
Eletrostática; Faraday (1791-1867) e Henry (1797-1879) contribuíram muito para o
desenvolvimento do Eletromagnetismo. James Clerk Maxwell (1831-1879) reuniu os
fenômenos Magnéticos e Elétricos numa teoria geral, de onde nasceu nosso
conhecimento de ondas e forças Eletromagnéticas.No século atual, a Física
extraordinariamente, e está desenvolvendo o conhecimento do universo atômico.
Desde 1808, com a vinda da família real ao Brasil, conhecimento da física no
currículo visava atender os anseios da corte para a formação dos intelectuais, os
primeiros cursos foram os de engenheiros e médicos .
Em 1837 o Colégio Pedro II era modelo e servia de padrão para os demais colégios da
época, através de uma física quantitativa com ênfase na transmissão dos conhecimentos
nos mesmos moldes utilizados pelas escolas francesas segundo LORENZ (1986) Essa
predominância por materiais didáticos traduzidos ou adaptados dos manuais europeus
perdurou até meados do século XX, quando começar aram a surgir outras produções,
inclusive nacionais. (DCEs, 2008)
Em 1946, no Brasil, foi criado o Instituto Brasileiro de Educação o, Ciência e
Cultura,Sua atividade mais importante foi construir material para laboratório, livros
didáticos e paradidáticos. A partir de 1959 surgiram projetos para melhoria do ensino da
ciência em todo o mundo como o Physical Science Study Committee (PSSC) nos Estados
Unidos e esse projeto teve apoio da Agência Americana de Desenvolvimento
Internacional, mas tornou-se inadequado para a educação brasileira. A LDB nº 4.024, de
21 de dezembro de 1961, deu liberdade à s escolas quanto à escolha dos conteúdos de
ensino. Os projeto nacionais começaram então a ser desenvolvidos o Projeto de Ensino
de Física, pelo Instituto de Física da USP; e o Projeto Brasileiro de Ensino de Física pela
Fundação Brasileira de Educação e Cultura (Funbec). Por meio desses projetos eram
produzidos os materiais didáticos. Em 1964 o ensino da ciência era valorizado, já 1971 o
ensino deveria preparar o aluno para o trabalho encaminhando os alunos para os cursos
técnicos.
196
O surgimento da sociedade comercial tornou favorável a mudanças econômicas, políticas
e culturais, abrindo caminho para revoluções industriais no século XVIII levando ao
desenvolvimento da ciência.
A Física abrange infinita relação em nossa vida, como a incorporação da ciência ao
sistema fabril, como força produtiva reduziu o trabalho do homem através da tecnologia
das máquinas. A revolução industrial abriu as portas da educação gratuita para todos,
porque precisava firmar-se como classe dominante.
De acordo com os novos moldes de ensino, pretende-se criar condições para a
inserção do educando num mundo em mudanças estruturais, decorrentes da chamada
revolução do conhecimento.
É necessário repensar o papel da Física no ensino, possibilitando uma melhor
compreensão do mundo e uma formação mais adequada voltada à construção da
cidadania.
OBJETO DE ESTUDO DA FÍSICAO conhecimento da Física deve começar pela inquietação, pela existência de problemas e
pela curiosidade. Para que o aluno sinta-se mais familiarizado com essa ciência, é
necessário que o ponto de partida, sejam situações concretas da vida e do cotidiano,
como, por exemplo, a origem do universo e sua evolução, os gastos com a conta de luz, o
funcionamento de aparelhos usados no dia-a-dia.
Muitos dos conceitos abordados no ensino da Física, como força, movimento,
velocidade, temperatura, etc; já têm um significado para o educando, pois são frutos de
suas experiências diárias.
Os alunos do Ensino Médio têm acesso a uma tecnologia totalmente nova e que
está em constante aperfeiçoamento. Os meios de comunicação já não são mais os
mesmos, há muitas novidades. A cada dia o ser humano faz parte de uma sociedade mais
globalizada, com acesso a qualquer tipo de informação. Novos desafios são impostos à
vida cotidiana e torna-se necessário desenvolver capacidades que possibilitem, a
qualquer indivíduo buscar soluções criativas e inteligentes para resolver seus problemas.
Conforme Lopes (1999) observou a partir de Bachelard, a Física é um campo de
conhecimentos específicos, em construção e socialmente reconhecidos, eis porque não é
197
aceitável generalizá-lo. De fato, essa cultura de busca de princípios gerais e abrangentes,
tal qual o espírito positivista, é obstáculo ao desenvolvimento do conhecimento científico e
pode levar o espírito científico a se prender a soluções fáceis, imediatas e aparentes.
As diretrizes buscam construir um ensino de Física centrado em conteúdos e
metodologias capazes de levar aos alunos uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob
a perspectiva de que não é somente fruto racional da ciência.
Os conteúdos estruturantes propostos nas diretrizes Curriculares são indicados sob
a evolução histórica das idéias e conceitos da Física, a prática docente e o entendimento
de que o Ensino Médio deve estar voltado a formação de sujeitos, que em sua formação e
cultura, agreguem a visão da natureza, das produções e das relações humanas. os
conteúdos estruturantes indicam campos de estudo da Física que a partir de
desdobramentos em conteúdos específicos possibilitam abordar objetos de estudo da
disciplina em sua complexidade.
OBJETIVOS GERAISA física tem por objetivo educar o estudante para entender as criações científicas e
tecnológicas que estão presente na sociedade, contribuindo, assim, para o
desenvolvimento de sujeitos críticos e autônomos, capaz de admirar e entender a criação
científica ao longo da história. Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual que
não leve em conta apenas uma equação matemática, mas que considere o pressuposto
teórico que afirma que o conhecimento científico é uma construção humana com
significado histórico e social.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Relacionar grandezas, quantificar, identificar parâmetros relevantes.
Compreender e utilizar leis e teorias físicas. entender o funcionamento de
máquinas e aparelhos.
Conhecer a definição operacional e o significado das grandezas físicas mais
198
importantes, e familiarizar-se com suas unidades. Identificar essas grandezas
em situações concretas.
Reconhecer que a definição de uma grandeza física não é arbitrária, mas tem
raízes em experiências e ideias prévias, e é justificada por sua utilidade.
Estar familiarizado com procedimentos básicos de medida e registro de dados,
e com os instrumentos de medida mais comuns.
Compreender que a medida de uma grandeza física tem sempre um grau de
incerteza, e ser capaz de estimar este erro em situações simples.
Ser capaz de estimar o valor de grandezas físicas em situações práticas.
Saber ler e interpretar expressões matemáticas, gráficos e tabelas. Ser capaz
de descrever uma relação quantitativa nessas formas, e de passar de uma
representação para outra.
Compreender como modelos simplificados podem ser úteis na análise de
situações complexas.
Reconhecer que teorias científicas devem ser consistentes com evidências
experimentais, levar a previsões que possam ser testadas, e estar abertas a
questionamento e modificações.
Compreender em que sentido os princípios da Física são provisórios e
mutáveis, e perceber como essas estruturas são aperfeiçoadas e estendidas
em um processo de aproximações sucessivas.
Elaborar sínteses ou esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados. E
Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física adequada e elementos
de sua representação simbólica. Apresentar de forma clara e objetiva o
conhecimento apreendido, através de tal linguagem.
Construir e investigar situações-problema, identificar a situação física, utilizar
199
modelos físicos, generalizar de uma a outra situação, prever, avaliar, analisar
previsões.
CONTEÚDOS 1ª Ano
Mecânica
Cinemática escalar e vetorial: Estudo dos movimentos sem se preocupar com as
causas .
Movimento uniforme
Movimento uniformemente variado
Movimento Circular
Acoplamento de Polias
Primeira Lei de Newton
Segunda Lei de Newton
Gravitação universal
Estática: Estuda sistemas de forças que se equilibram.
Força
Terceira Lei de Newton
Dinâmica: Parte da física que estuda o movimento dos corpos, relacionando-os às
forças que o produzem.
Conservação da quantidade de movimento
Conservação da energia mecânica
Gravitação Universal
2ª ANOTermologia: Estudos dos fenômenos térmicos
Temperatura
Calor
Escalas de temperaturas
Dilatação térmica
200
Calorimetria
Transmissão de calor
Máquinas térmicas
Ótica: Estuda os fenômenos luminosos
Reflexão da luz
Refração da luz
Composição e decomposição da luz
A visão
Espelhos
3ª AnoEletricidade: Estudos dos fenômenos elétricos
Processos de eletrização
Condutores e isolantes
Tensão elétrica
Corrente elétrica
Potência elétrica
Resistência elétrica
Circuitos elétricos
Geradores e receptores
Magnetismo: Estuda os fenômenos magnéticos
Ímãs
Campo magnético
Corrente elétrica e campo magnético
Física Moderna: Estuda as teorias
Física Quântica
Teoria especial da relatividade
Física Nuclear
METODOLOGIAUma das preocupações no ensino da Física é a utilização de recursos-vídeos,
201
textos, experiências – com finalidade de instigar o interesse dos alunos.
Para escolhê-los, é necessário elaborar instrumentos que permitam sondar o
universo de concepções prévias dos alunos. A partir do conhecimento que o aluno traz,
apresentar recursos que permitam a continuação da construção do conhecimento ou o
desmonte de uma concepção alternativa que será reconstruída a partir de um
conhecimento científico.
Uma das formas de trabalho será a preparação de uma Feira, com os alunos
apresentado suas experiências sobre conteúdos de Física e explicando-os para os
visitantes (colegas de colegas e comunidades). Também haverá incentivo à participação
dos alunos em atividades extraclasses, como feiras, Projetos Eureka e CONCIÊNCIA.
AVALIAÇÃOA avaliação tem por objetivo auxiliar os estudantes no seu desenvolvimento e
crescimento e não deve ser um mecanismo que classifica os alunos.
Deve ser diversificada, levando em conta a compreensão dos conceitos físicos, a
capacidade de análise de um texto, e elaboração de um relatório sobre um experimento
ou qualquer outro evento que envolva a Física, como por exemplo, uma visita a um
Parque de Ciências, dentre outros.
O diálogo com os alunos sobre os conteúdos de Física e as dúvidas que eles
tiverem servira de planejamento e replanejamento das atividades didáticas.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃOSerão instrumentos de avaliação: provas, pesquisas de campo (podendo
contemplar ou não outras áreas do saber), coleta de dados, trabalhos escritos, orais,
apresentações e pesquisas e elaboração de materiais em laboratórios, sendo diagnostica
e cumulativa.
De acordo com a LDB n. 9.394/1996 Art.12 e 13. Promover meios e estabelecer
estratégias de recuperação para as avaliações formais aos alunos de baixo rendimento,
com participação efetiva nas atividades desenvolvidas em sala aula.BIBLIOGRAFIA
202
AGUIAR, O. Mudanças conceituais (ou cognitivas) na educação em ciências: revisão crítica e novas direções para a pesquisa. Revista Censão, vol. 3, n. 1, 2001.
ARROYO, M. G.. Educação e exclusão da cidadania. In: BUFFA, Ester; ARROYO,
MIGUEL G.; NOSELLA, Paulo. Educação e cidadania: quem educa o cidadão? 5ª
Edição. São Paulo: Cortez, 1995. (Coleção questões de nossa época)
ALMEIDA, M. J. P. M. de. Discursos da ciência e da escola: ideologia e leituras possíveis. Campinas: Mercado das Letras, 2004.
ALVARES, B. A. Livro didático - análise e seleção. In: MOREIRA, M. A; AXT, R.
Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991, p. 18-46.
AXT, R. O Papel da Experimentação no Ensino de Ciências. In: Moreira, M. A; AXT, R.
Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991, p. 79 -90.
BRAGA, R; RUY, C.; COGGIDA, O. Novas Tecnologias. São Paulo: Xamâ, 1995.
BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB 9.394/96.
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília:
MEC/SENTEC, 2002.
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCN+ Ensino Médio. Ciências da Natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC, 2002.
CHASSOT, A. A Ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 1994.
CHAVES, A.; SHELLARD, R. C. Pensando o futuro: O desenvolvimento da Física e sua inserção na vida social e econômica do país. São Paulo: SBF, 2005.
FERREIRA, M. C. História da Física. São Paulo: Edicon, 1988.
GREF - Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. Coleção do Professor. São
Paulo: Edusp, 1991.
HENRY, J. A Revolução Científica e as origens da Ciência moderna. Rio de Janeiro:
Zahar, 1994.
KUENZER, A. Z. Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São
Paulo: Cortez, 2001.
KNELLER, G. F. A Ciência como uma Atividade Humana. São Paulo: Zahar/ EDUSP,
1980.
KRASILCHIK, M. O Professor e o Currículo das ciências. São Paulo: EPU, 1987.
203
LOPES, J. L. Uma história da Física no Brasil. São Paulo: Editora Livraria da Física,
2004.
MONTOYAMA, S. (Org.) Educação técnica e tecnológica em questão. 25 anos do
CETEPS. São Paulo: Unesp, 1994.
17. GEOGRAFIAApresentação Geral da DisciplinaEstabelecer relações com a natureza faz parte das estratégias de sobrevivência do
grupos humanos desde suas primeiras formas de organização. Caçadores e coletores,
navegadores, agricultores, todos relacionam-se com a natureza modificando-a em
benefício próprio.
A cada evolução histórica, o homem, foi se apropriando da natureza e dominando-a
de acordo com seus interesses.
Gradativamente as sociedades foram se desenvolvendo e novas transformações
acontecendo. Desenvolveram-se conhecimentos novos a respeito do nosso planeta: sua
forma, dimensão, pesquisas relativas a mapas, cálculos, coordenadas. A cada momento
histórico os conhecimentos sobre o espaço foram se alterando e novas visões de mundo
surgiram.
A escola não pode deixar fora esta importante disciplina, visto que, conhecer o
território e poder dominá-lo faz parte da estratégia da sociedade, onde nos dias atuais se
inclui a necessidade de faze-lo de forma sustentável. Várias corrente de pensamento
geográfico desenvolveram-se, cada uma caracterizando o tempo e o espaço, mudanças
no sistema produtivo fizeram alterações no currículo da geografia nas escolas. A questão
da internacionalização da economia, alteraram a produção e o consumo, alterando
também a natureza e trazendo novas discussões: a degradação da natureza, as questões
culturais e demográficas, enfim as mudanças que marcaram o período histórico pós 2ª
Guerra Mundial, possibilitaram tanto reformulações teóricas na Geografia, quanto no
desenvolvimento de novas abordagens para seus campos de estudo.
Com os avanços tecnológicos da comunicação e informação, a reorganização
estrutural de produção e de mercado, a fragmentação territorial de alguns países
204
influenciou a natureza, as culturas e as relações sócio espaciais. Turdo isso trouxe para o
campo de estudo de Geografia as questões sócio ambientalistas e culturais de maneira
crítica.
Segundo as DCEs, as questões ambientais e culturais estiveram inseridas no
temário geográfico desde a institucionalização da Geografia, e foram abordadas várias
perspectivas teóricas, das descritivas as críticas.
Assim, o ensino da Geografia deve acompanhar os avanços atuais, propiciando ao
aluno o acompanhamento dessas mudanças, oportunizando e possibilitando-o a pensar o
homem com um todo, em sua dimensão humana e social, aberto ao imprevisto e ao novo,
com força ou poder para resistir e intervir na realidade da qual é participante. Com a
mundialização do capitalismo e a difusão da industrialização pelos quatro cantos do
planeta, as paisagens passaram a mudar rapidamente. Essa velocidade e os impactos
gerados em todos os âmbitos, praticamente impuseram uma forte mudança nos rumos da
ciência geográfica em seu papel social, bem como em sua função acadêmica, cabendo a
esta ciência, concebida como estudo da organização do espeço geográfico pela
sociedade humana, evidenciar a sua contribuição na formação dos educandos e cidadãos
mais atuantes na transformação da realidade em que vivemos. Pois, devemos ter em
mente que a dimensão geográfica, extrapola os limites da sala de aula e encontra-se
presente no dia-a-dia dos alunos. Nessa perspectiva, a análise e a compreensão do
espaço geográfico que o circunda e as transformações que se dão pela atuação social
resultando consequências das mais variadas dimensões, em diferentes tempos.
Para que possamos compreender o mundo que nos rodeia é necessário uma
pluralidade de abordagens da realidade. Podendo ser de carácter econômico, político,
cultural e até mesmo psicológico. Se pensarmos nas regiões do Brasil, o norte e o sul
utilizam seus recursos ambientais de maneiras diferentes, pois os interesses e as
necessidades não são as mesmas.
Quando dizemos que a sociedade organiza seus espaços segundo seus interesses
e necessidades, estamos afirmando que ela não é neutra. No caso da sociedade
capitalista, seus espaços são organizados visando lucros, atendendo aos interesses da
classe dominante.
205
A natureza também é objeto de estudo da geografia. É fundamental concebe-la
como um conjunto de elementos interdependentes: solo, fauna, flora, hidrografia,
minerais, etc. O homem modifica essa natureza segundo suas interações e explorações.
A natureza não é apenas fonte de recursos que asseguram a sobrevivência humana, ela
também tem um significado cultural.
Assim, atualmente faz-se necessário enfatizar a importância da geografia para
compreendermos o mundo, suas transformações, causas e consequências para
transformar o futuro diferente, além das divergências.
Através dos conteúdos críticos e bem planejados, levar o educando ao
conhecimento teórico crítico, mostrando o caminho para a transformação.
Nessa perspectiva, é fundamental dar ênfase a questão ecológica-cultural,
encaminhando para a dimensão em que a tolerância e a solidariedade estejam cada vez
mais presentes, fazendo-se necessário levar o educando a conhecer os documentos
elaborados por pessoas comprometidas com a questão da sustentabilidade do planeta,
onde conste o nível da destruição natural provocada pela ação humana, e os
procedimentos que documentos como Agenda 21, o Protocolo de Kyoto e as
Conferências sobre meio ambiente apresentam para diminuir os impactos ambientais no
planeta, sendo essas ações embasadas pela Lei Nº 9795/99 que dispõe sobre a política
nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação, reformulação e
ampliação.
Tendo a Geografia como objeto de estudo o espaço geográfico e as
transformações realizadas pelos seres humanos, faz-se necessário ser contempladas
todas as formas de contribuição, tais como: cultura, miscigenação, caminhos percorridos,
inter5-relações espaciais, entre outros dos homens e mulheres que interdependentemente
da raça, cor, credo, entre outros, fizeram parte da construção da sociedade atual. Essa
disciplina propõe contemplar a contribuição dos afro-descendentes para a construção da
sociedade e o espaço mundial, embasados na Lei Nº11645/08 “ História e Cultura Afro-
brasileira e africana”.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / ESPECÍFICO DA DISCIPLINA
206
6º ANODimensão sócio-ambiental do espaço geográfico
paisagem natural: formação, camadas e estruturas da terra;
a natureza como fonte de vida e como fonte de recursos econômicos;
alterações humanas na paisagem natural;
a paisagem rural e a paisagem urbana;
o relevo, o clima, a vegetação e a hidrografia;
Dimensão econômica do espaço geográfico o trabalho, as técnicas e as tecnologias na alteração das paisagens;
a exploração do trabalho infantil e o Estatuto da Criança e do adolescente;
as relações econômicas entre os lugares;
as relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
os meios de transporte e de comunicação e as relações entre lugares;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico as migrações e suas causas;
as diversas paisagens culturais;
a influência dos fatores naturais nas peculiaridades das paisagens culturais;
a evolução demográfica e seus fatores;
o planejamento familiar e a sexualidade;
a distribuição espacial da população e seus fatores humanos e naturais;
Dimensão política do espaço geográfico as divisões e a administração de um território.
7º ANODimensão econômica do espaço geográfico
formação territorial brasileira;
as atividades e ciclos econômicos e a formação do espaço brasileiro;
a distribuição espacial das atividades produtivas;
as atividades agrícolas e a configuração do espaço rural brasileiro;
a escravidão e a exclusão do negro e do índio ao acesso à terra e à renda;
207
a industrialização e urbanização brasileiras;
as atuais atividades urbanas, o setor de serviços e a economia informal;
a (re)organização do espaço geográfico brasileiro a partir da nova DIT;
a circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações;
Dimensão política do espaço geográfico as diversas regionalizações do espaço brasileiro;
a apropriação do espaço rural, os conflitos pela terra e os movimentos sociais;
a territorialidade urbana, o espaço do cidadão, os conflitos urbanos e os
movimentos sociais;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico as migrações no Brasil e seus fatores;
as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural brasileira;
a evolução demográfica da população brasileira, sua distribuição espacial e
indicadores estatísticos;
o planejamento familiar e a sexualidade;
a composição da população brasileira, a participação do indígena, do negro, do
branco e de outros povos;
a história e a cultura afro-brasileira
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico as paisagens naturais brasileiras, o relevo, o clima, a vegetação e a hidrografia;
o modelo de apropriação predatória do espaço rural brasileiro e a degradação
desse ambiente;
o modelo de urbanização brasileira e os problemas ambientais urbanos;
8º ANODimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
as diferenças da evolução demográfica da população no mundo desenvolvido e no
mundo subdesenvolvido;
a distribuição espacial da população por fatores naturais, culturais e econômicos;
o planejamento familiar e a sexualidade;
208
os indicadores estatísticos, o IDH, a renda per capita, a pirâmide etária, a
população economicamente ativa, a aposentadoria e o Estatuto do Idoso;
as migrações do sul para o norte e a clandestinidade;
os refugiados;
a mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade
cultural;
Dimensão econômica do espaço geográfico a divisão internacional do trabalho;
o desenvolvimento e o subdesenvolvimento como produtos históricos do
capitalismo;
o espaço rural do mundo subdesenvolvido, das culturas tradicionais ao
agronegócio;
a industrialização e a urbanização nos países subdesenvolvidos;
a circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações;
a distribuição espacial das atividades produtivas, a(re)organização do espaço
geográfico;
o capitalismo e a desagregação do sistema produtivo de povos tradicionais, como
ameríndios, africanos e asiáticos;
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico as relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
a formação, a localização, exploração dos recursos naturais;
a formação, a localização, a exploração e o destino dos recursos naturais dos
países do sul;
Dimensão política do espaço geográfico as diversas regionalizações do espaço geográfico;
a formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
a nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
9º ANODimensão política do espaço geográfico
209
a formação dos estados nacionais;
a nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
a mobilidade das fronteiras e a (re)configuração dos territórios;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico as diferenças da evolução demográfica da população no mundo desenvolvido e no
mundo subdesenvolvido;
a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos, o IDH, a renda
per capita e o PIB;
o planejamento familiar e a sexualidade;
as migrações motivadas por conflitos;
as migrações do sul para o norte e a clandestinidade;
o migrante como “bode expiatório” das crises do capitalismo: preconceito,
discriminação, racismo e xenofobia;
os refugiados ambientais;
as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;
Dimensão econômica do espaço geográfico a revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
o espaço em rede e os fluxos globais: produção, transporte e comunicações na
atual configuração territorial;
o norte desenvolvido e os centros do capitalismo mundial;
a distribuição das atividades produtivas segundo a nova DIT, a transformação da
paisagem e a (re)organização do espaço geográfico;
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico a dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
o comércio mundial e as implicações sócio-espaciais;
a globalização dos problemas ambientais;
METODOLOGIA DISCIPLINAR
210
O processo de ensino de geografia deve ser organizado de modo que os alunos
ampliem suas capacidades de análise do espaço geográfico e estabeleça relações entre
os conteúdos e a realidade dos alunos e garantir uma educação de qualidade. Para que
os alunos observem, analisem e compreendam o espaço é preciso proporcionar
oportunidades e instrumentos que garantam a compreensão do espaço com o processo
histórico desigual e contraditório. Processo esse que se da nas relações complexas em
determinado lugar e momento.
Para o estudo dos diversos temas estruturantes da geografia, serão utilizados os já
conhecidos princípios do estudo geográfico: a observação e a descrição, as interações e
as explicações, a territorialidade, a extensão e analogia, que são importantes
procedimentos de aprendizagem.
Propõe-se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de forma crítica e
dinâmica, de maneira que a teoria, a prática e a realidade estejam interligadas, em
coerência com os fundamentos teóricos propostos.
Somados a esses procedimentos colocamos o uso dos recursos didáticos, tais
como o trabalho com diferentes fontes documentais, imagens, música, estudo do meio,
leitura de textos mais complexos e reflexíveis, dramatizações, pesquisa , máquina
fotográfica, internet, representação cartográfica, etc, será amplamente utilizado para o
estudo da geografia, para que seja atingidos os objetivos de maneira mais completa e
agradáveis possível deste anos de escolaridade.
Propõe-se utilizar como recurso didático e tecnológicos: textos, notícias de jornais e
revistas, textos da internet, mapas, vídeos, sites, entre outros.
AVALIAÇÃOA avaliação é parte integrante do processo do ensino aprendizagem, portanto é
uma ação necessária, permanente e induz a reflexão da prática pedagógica.
A avaliação deve ser um processo contínuo, somatório e diagnóstico. Nesse
contexto o educador deverá perceber as dificuldades apresentadas pelos educandos e
por meio dos encaminhamentos metodológicos retomar os conteúdos que não foram
apropriados pelos educandos.
211
O processo de avaliação terá que estar articulado com os conteúdos estruturantes,
os conceitos geográficos e a relação sociedade-natureza as relações de poder do seu
meio e do mundo.
Assim, como instrumentos de avaliação, podemos considerar: leituras,
interpretações, produção de textos geográficos, leituras de mapas, pesquisas
bibliográficas, observações em campo, construções de maquetes, entre outros.
REFERÊNCIASDCEs.
BRANCO, Anselmo Lázaro; LUCCI, Elian Albi. Geografia homem e espaço: a natureza, o homem e a organização do espaço. São Paulo: Saraiva. 2002.
CAVALCANTI, L. De S. Geografia escola e construção do conhecimento.
Campinas: Tapirus, 1999.
Ensino Médio – BlocoEstabelecer relações com a natureza faz parte das estratégias de sobrevivência do
grupos humanos desde suas primeiras formas de organização. Caçadores e
coletores, navegadores, agricultores, todos relacionam-se com a natureza modificando-a
em benefício próprio.
A cada evolução histórica, o homem, foi se apropriando da natureza e dominando-a
de acordo com seus interesses.
Gradativamente as sociedades foram se desenvolvendo e novas transformações
acontecendo. Desenvolveram-se conhecimentos novos a respeito do nosso planeta: sua
forma, dimensão, pesquisas relativas a mapas, cálculos, coordenadas. A cada momento
histórico os conhecimentos sobre o espaço foram se alterando e novas visões de mundo
surgiram.
A escola não pode deixar fora esta importante disciplina, visto que, conhecer o
território e poder dominá-lo fazia parte da estratégia da sociedade, nos dias atuais se
inclui a necessidade de faze-lo de forma sustentável. Várias corrente de pensamento
geográfico desenvolveram-se, cada uma caracterizando o tempo e o espaço, mudanças
212
no sistema produtivo fizeram alterações no currículo da geografia nas escolas. A questão
da internacionalização da economia, alteraram a produção e o consumo, alterando
também a natureza e trazendo novas discussões: a degradação da natureza, as questões
culturais e demográficas, enfim as mudanças que marcaram o período histórico pós 2ª
Guerra Mundial, possibilitaram tanto reformulações teóricas na Geografia, quanto no
desenvolvimento de novas abordagens para seus campos de estudo.
Com os avanços tecnológicos da comunicação e informação, a reorganização
estrutural de produção e de mercado, a fragmentação territorial de alguns países
influenciou a natureza, as culturas e as relações sócio espaciais. Turdo isso trouxe para o
campo de estudo de Geografia as questões sócio ambientalistas e culturais de maneira
crítica.
Segundo as DCEs, as questões ambientais e culturais estiveram inseridas no
temário geográfico desde a institucionalização da Geografia, e foram abordadas várias
perspectivas teóricas, das descritivas as críticas.
Assim, o ensino da Geografia deve acompanhar os avanços atuais, propiciando ao
aluno o acompanhamento dessas mudanças, oportunizando e possibilitando-o a pensar o
homem com um todo, em sua dimensão humana e social, aberto ao imprevisto e ao novo,
com força ou poder para resistir e intervir na realidade da qual é participante. Com a
mundialização do capitalismo e a difusão do industrialismo pelos quatro cantos do
planeta, as paisagens passaram a mudar
rapidamente. Essa velocidade e os impactos gerados em todos os âmbitos, praticamente
impuseram uma forte mudança nos rumos da ciência geográfica em seu papel social, bem
como em sua função acadêmica, cabendo a esta ciência, concebida como estudo da
organização do espeço geográfico pela sociedade humana, evidenciar a sua contribuição
na formação dos educandos e cidadãos mais atuantes na transformação da realidade em
que vivemos. Pois, devemos ter em mente que a dimensão geográfica, extrapola os
limites da sala de aula e encontra-se presente no dia-a-dia dos alunos. Nessa
perspectiva, a análise e a compreensão do espaço geográfico que o circunda e as
transformações que se dão pela atuação social resultando consequências das mais
variadas dimensões, em diferentes tempos.
213
Para que possamos compreender o mundo que nos rodeia é necessário uma
pluralidade de abordagens da realidade. Podendo ser de carácter econômico, político,
cultural e até mesmo psicológico. Se pensarmos nas regiões do Brasil, o norte e o sul
utilizam seus recursos ambientais de maneiras diferentes, pois os interesses e as
necessidades não são as mesmas.
Quando dizemos que a sociedade organiza seus espaços segundo seus interesses
e necessidades, estamos afirmando que ela não é neutra. No caso da sociedade
capitalista, seus espaços são organizados visando lucros, atendendo aos interesses da
classe dominante.
A natureza também é objeto de estudo da geografia. É fundamental concebe-la
como um conjunto de elementos interdependentes: solo, fauna, flora, hidrografia,
minerais... O homem modifica essa natureza segundo suas interações e explorações. A
natureza não é apenas fonte de recursos que asseguram a sobrevivência humana, ela
também tem um significado cultural.
Assim, atualmente faz-se necessário enfatizar a importância da geografia para
compreendermos o mundo, sua transformações, causas e e consequências para
transformar o futuro diferente, além das divergências.
Através dos conteúdos críticos e bem planejados, levar o educando ao
conhecimento teórico crítico, mostrando o caminho para a transformação.
Nessa perspectiva, é fundamental dar ênfase a questão ecológica-cultural,
encaminhando para a dimensão em que a tolerância e a solidariedade estejam cada vez
mais presentes, fazendo-se necessário levar o educando a conhecer os
documentos elaborados por pessoas comprometidas com a questão da sustentabilidade
do planeta, onde conste o nível da destruição natural provocada pela ação humana, e os
procedimentos que documentos como Agenda 21, o Protocolo de Kyoto e as
Conferências sobre meio ambiente apresentam para diminuir os impactos ambientais no
planeta, sendo essas ações embasadas pela Lei Nº 9795/99 que dispõe sobre a política
nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação, reformulação e
ampliação.
Tendo a Geografia como objeto de estudo o espaço geográfico e as
214
transformações realizadas pelos seres humanos, faz-se necessário ser contempladas
todas as formas de contribuição, tais como: cultura, miscigenação, caminhos percorridos,
inter5-relações espaciais, entre outros dos homens e mulheres que interdependentemente
da raça, cor, credo, entre outros, fizeram parte da construção da sociedade atual. Essa
disciplina propõe contemplar a contribuição dos afro-descendentes para a construção da
sociedade e o espaço mundial, embasados na Lei Nº11645/08 “ História e Cultura Afro-
brasileira e africana”.
Conteúdos Estruturantes / Específico e Básico da Disciplinas
1º AnoDimensão sócio-ambiental do espaço geográfico
a formação da paisagem natural, camadas e estruturas da Terra;
as estruturas da Terra, o relevo e a localização dos recursos minerais;
dinâmica da natureza (litosfera, biosfera, atmosfera, hidrosfera, relevo, clima,
vegetação e hidrografia) e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
os meios de transporte e de comunicação e as relações entre lugares;
as implicações sócio-espaciais do processo de mundialização da economia;
Dimensão econômica do espaço geográfico os tipos de rocha, os minerais, os solos e a utilização econômica desses recursos;
a localização dos recursos naturais e a distribuição espacial das atividades
produtivas;
o trabalho, as técnicas e as tecnologias na alteração das paisagens;
a exploração do trabalho infantil e o Estatuto da Criança e do adolescente;
a revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
as relações econômicas entre os lugares;
o espaço rural e a modernização da agricultura;
as relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
215
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico as migrações e suas causas;
as diversas paisagens culturais;
a influência dos fatores naturais nas peculiaridades das paisagens culturais;
a evolução demográfica e seus fatores;
o planejamento familiar e a sexualidade;
a distribuição espacial da população e seus fatores humanos e naturais;
Dimensão política do espaço geográfico a formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
as divisões e a administração de um território;
os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço;
2º AnoDimensão econômica do espaço geográfico
formação territorial brasileira;
as atividades e ciclos econômicos e a formação do espaço brasileiro;
a distribuição espacial das atividades produtivas;
as atividades agrícolas e a configuração do espaço rural brasileiro;
a industrialização e urbanização brasileiras;
as atuais atividades urbanas, o setor de serviços e a economia informal;
a (re)organização do espaço geográfico brasileiro a partir da nova DIT;
a circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações;
Dimensão política do espaço geográfico as diversas regionalizações do espaço brasileiro;
a apropriação do espaço rural, os conflitos pela terra e os movimentos sociais;
a territorialidade urbana, o espaço do cidadão, os conflitos urbanos e os
movimentos sociais;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico as migrações no Brasil e seus fatores;
as manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural brasileira;
216
a evolução demográfica da população brasileira, sua distribuição espacial e
indicadores estatísticos;
o planejamento familiar e a sexualidade;
a composição da população brasileira, a participação do indígena, do negro, do
branco e de outros povos;
a história e a cultura afro-brasileira;
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico as paisagens naturais brasileiras, o relevo, o clima, a vegetação e a hidrografia;
o modelo de apropriação predatória do espaço rural brasileiro e a degradação
desse ambiente;
o modelo de urbanização brasileira e os problemas ambientais urbanos;
3ºAnoDimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
as diferenças da evolução demográfica da população no mundo desenvolvido e no
mundo subdesenvolvido;
a distribuição espacial da população por fatores naturais, culturais e econômicos;
os indicadores estatísticos, o IDH, a renda per capita, o PIB, a pirâmide etária, a
população economicamente ativa, a aposentadoria e o Estatuto do Idoso;
o planejamento familiar e a sexualidade;
as migrações do sul para o norte e a clandestinidade;
o migrante como “bode expiatório” das crises do capitalismo: preconceito,
discriminação, racismo e xenofobia;
os refugiados ambientais;
as migrações motivadas por conflitos;
a formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente;
Dimensão econômica do espaço geográfico a divisão internacional do trabalho;
o desenvolvimento e o subdesenvolvimento como produtos históricos do
217
capitalismo;
o espaço rural do mundo desenvolvido e do mundo subdesenvolvido, das culturas
tradicionais ao agronegócio;
o capitalismo e a desagregação do sistema produtivo de povos tradicionais, como
ameríndios, africanos e asiáticos;
a industrialização e a urbanização nos países desenvolvidos e nos
subdesenvolvidos;
a circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações;
a distribuição espacial das atividades produtivas, a(re)organização do espaço
geográfico;
a revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
o espaço em rede e os fluxos globais: produção, transporte e comunicações na
atual configuração territorial;
o norte desenvolvido e os centros do capitalismo mundial;
a distribuição das atividades produtivas segundo a nova DIT, a transformação da
paisagem e a (re)organização do espaço geográfico;
Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico as relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
o comércio mundial e as implicações sócio-espaciais;
a globalização dos problemas ambientais;
Dimensão política do espaço geográfico as diversas regionalizações do espaço geográfico;
a formação dos estados nacionais;
a nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
a mobilidade das fronteiras e a (re)configuração dos territórios;
METODOLOGIA DISCIPLINARO processo de ensino de geografia deve ser organizado de modo que os alunos
ampliem suas capacidades de análise do espaço geográfico e estabeleça relações entre
218
os conteúdos e a realidade dos alunos e garantir uma educação de qualidade. Para que
os alunos observem, analisem e compreendam o espaço é preciso proporcionar
oportunidades e instrumentos que garantam a compreensão do espaço com o processo
histórico desigual e contraditório. Processo esse que se da nas relações complexas em
determinado lugar e momento.
Para o estudo dos diversos temas estruturantes da geografia, serão utilizados os já
conhecidos princípios do estudo geográfico: a observação e a descrição, as interações e
as explicações, a territorialidade, a extensão e analogia, que são importantes
procedimentos de aprendizagem.
Propõe-se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de forma crítica e
dinâmica, de maneira que a teoria, a prática e a realidade estejam interligadas, em
coerência com os fundamentos teóricos propostos.
Somados a esses procedimentos colocamos o uso dos recursos didáticos, tais
como o trabalho com diferentes fontes documentais, imagens, música, estudo do meio,
leitura de textos mais complexos e reflexíveis, dramatizações, pesquisa , máquina
fotográfica, internet, representação cartográfica, etc, será amplamente utilizado para o
estudo da geografia, para que seja atingidos os objetivos de maneira mais completa e
agradáveis possível deste anos de escolaridade.
Propõe-se utilizar como recurso didático e tecnológicos: textos, notícias de jornais e
revistas, textos da internet, mapas, vídeos, sites, entre outros.
AVALIAÇÃOA avaliação é parte integrante do processo do ensino aprendizagem, portanto é
uma ação necessária, permanente e induz a reflexão da prática pedagógica.
A avaliação deve ser um processo contínuo, somatório e diagnóstico. Nesse
contexto o educador deverá perceber as dificuldades apresentadas pelos educandos e
por meio dos encaminhamentos metodológicos retomar os conteúdos que não foram
apropriados pelos educandos.
O processo de avaliação terá que estar articulado com os conteúdos estruturantes,
os conceitos geográficos e a relação sociedade-natureza as relações de poder do seu
219
meio e do mundo.
Assim, como instrumentos de avaliação, podemos considerar: leituras,
interpretações, produção de textos geográficos, leituras de mapas, pesquisas
bibliográficas, observações em campo, construções de maquetes, entre outros.
Para isso faz-se necessário alguns critérios para avaliar, tais como:
Reconhecer o processo de formação e transformação das paisagens geográficas.
Entender que o espaço geográfico é composto pela materialidade e pelas ações
sociais, econômicas, culturais e políticas.
Identificar as formas da apropriação da natureza, a partir do trabalho e sua
consequências econômicas, socioambientais e políticas.
Formar e significar os conceitos de paisagem, lugar, território, natureza e
sociedade.
REFERÊNCIASDCEs.
BRANCO, Anselmo Lázaro; LUCCI, Elian Albi. Geografia homem e espaço: a natureza, o homem e a organização do espaço. São Paulo: Saraiva. 2002.
CAVALCANTI, L. De S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas:
Tapirus, 1999.
18. HISTÓRIADimensão histórica da disciplinaO ensino da Disciplina de História na Educação Básica deve propiciar reflexões a
respeito dos aspectos, políticos, econômicos, culturais e sociais da sociedade. Desde a
década de 1970, até a atualidade o ensino de história vem sofrendo alterações, com
aprovação de novos preceitos legais.
Segundo as Diretrizes “A história foi considerada disciplina acadêmica após a
criação do IHGB.” No passado, professores e intelectuais produziram materiais didáticos
sob a influência da escola metódica e do Positivismo, tendo como característica marcante
a valorização dos “heróis”.
220
A concepção cultural da época justificava o modelo de nação brasileira vista por
um modelo eurocêntrico, baseado na ideologia do branqueamento, sendo assim, o
currículo oficial de história tinha o objetivo de legitimar valores aristocráticos, excluindo
pessoas comuns de serem percebidos como sujeitos históricos.
O modelo de ensino tradicional foi mantido até 1901, quando o corpo docente do
Colégio Pedro II propôs que o ensino de história do Brasil deveria ser incluído ao
conteúdo de história geral.
Durante a Era Vargas o Estado Novo (1.937-1.945), voltou a fazer parte do
currículo oficial, devido ao projeto nacionalista.
Em 1.934 Anísio Espínola Teixeira publicou uma proposta de Estudos Sociais,
sendo Anísio responsável pela diretoria de Instrução Pública do Distrito Federal
denominou-se Programa de Ciências Sociais, porém a proposta não avançou no Brasil,
mas em 1.930 foi criado o Ministério da Educação e Cultura, que recebeu influência da
Escola Nova.
A continuidade das propostas, ocorreu em 1.950, quando foi instituído o programa
de Assistência Brasileira – Americana ao Ensino Elementar (PABAEE), resultado do
convênio entre o governo federal, Minas Gerais e Norte Americanos.
A ideia era a formação da escola normal primária de Minas Gerais. Essas
experiências serviram como referência para a posterior instituição dos Estudos Sociais no
Ensino de 1º Grau, por força da Lei nº 5692/71.
No período do Regime Militar, o ensino de História manteve seu caráter político, o
ensino não tinha abertura para análise crítica, apenas tendo por objetivo forma indivíduos
que aceitassem e valorizassem a organização da Pátria.
A partir da Lei 5692/71, o Estado organizou o 1º grau e o 2º grau profissionalizante,
o ensino centrou-se numa formação tecnicista, voltada a preparação de mão-de-obra para
o mercado de trabalho.
No 1º grau as disciplinas de História e Geografia foram condensadas como áreas
de Estudos Sociais, dividindo a carga horária para o ensino de Educação Moral e Cívica e
no 2º grau, a carga horária foi reduzida e a disciplina de Organização Social e Política
Brasileira passou a compor o currículo.
221
Ainda na década de 70 o ensino de história era predominantemente tradicional e
prática em sala, marcado por aulas expositivas cabendo ao aluno a memorização e
repetição dos conteúdos como 3 (três) verdades absolutas.
Nesse contexto o ensino de Historia distanciou-se da produção historiográfica
acadêmica, envolvida em discussões a respeito de objetos, fontes, métodos, concepções
e referências teóricos da ciência histórica. A aproximação entre a Educação Básica e a
superior seria retomada apenas a partir da década de 1980, com o fim da ditadura militar
e o início do processo de redemocratização da sociedade.
No Paraná houve uma tentativa de aproximar a produção acadêmica de História ao
ensino dessa disciplina de 1º grau, fundamentada na pedagogia histórico-crítica, por meio
do Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Essa proposta de
renovação do ensino de História tinha como pressuposto a historiografia social, pautada
no materialismo histórico dialético, e que indicava alguns elementos da Nova História.
O documento Reestruturação do Ensino de 2º grau no Paraná (1990) também
fundamentado na pedagogia histórico-crítica dos conteúdos, apresentava uma proposta
curricular de História que apontava a organização dos conteúdos a partir do estudo da
formação do capitalismo no mundo ocidental e a inserção do Brasil nesse quadro, de
forma integrada, pela retomada da historiografia social ligada ao materialismo histórico
dialético.
No encaminhamento metodológico, o Currículo Básico indicou o trabalho didático
com outras linguagens da história sem tecer orientações para sua realização.
A implementação de propostas para o ensino de História foi marcada pela ausência
de uma formação continuada dos professores, que, desde os anos de 1970 estavam
afastadas da especificidade do conhecimento histórico.
Entre 97 e 99 o Ministro da Educação divulgou os Parâmetros Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental e Médio.
O Estado do Paraná incorporou, no final da década de 1990, os Parâmetros
Curriculares Nacionais como referência para a organização curricular da Rede Estadual.
No PCN de História, a disciplina foi apresentada de forma pragmática. Ressaltou-
se a relação do aluno, principalmente no contexto do trabalho e do exercício da cidadania.
222
Apesar dos PCN proporem a valorização de um ensino humanístico, a
preocupação maior era a de preparar o individuo para o mercado de trabalho, cada vez
mais competitivo e tecnológico, principalmente no Ensino Médio.
Os PCN apresentavam inovações para o ensino de História, mas a realidade
mudou de fato, com a elaboração das Diretrizes Curriculares para o Ensino de História,
em 2003. Nestes documentos os conteúdos estruturantes são identificados no processo
histórico da Constituição da disciplina e no referencial teórico que sustenta a
investigação da história política, sócio-econômica e cultural.
A Lei nº 13.381/01 tornou obrigatório o Ensino de História do Paraná no currículo
oficial, e a Lei nº 10.639/03, incluiu no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade
da História e Cultura Afro-Brasileira, africana e indígena.
Na concepção de história presente neste PPP, há uma aproximação com as
Diretrizes Curriculares de Educação do Paraná que afirma que “as verdades prontas e
definitivas não têm lugar, porque o trabalho pedagógico na disciplina deve dialogar com
várias vertentes tanto quanto recusar o ensino de História marcado pelo dogmatismo e
pela ortodoxia.” (DCE 2008 p. 319) Dessa forma, deve-se buscar trabalhar com diferentes
correntes historiográficas propostas pelas DCE's. São elas: A Nova História, Nova História
cultural e a Nova Esquerda Inglesa. Enfim, possibilitar aos alunos o uso de diferentes
fontes, discursos e métodos, uma vez que a história enquanto disciplina nos traz
elementos para serem discutidos tais como as relações culturais, relações de poder,
relações de trabalho, história vista de baixo, temporalidade, etc.
O ensino de história deve ter como objeto de estudo o ser humano, suas ações e
relações com o meio e com outros seres humanos, bem como a vida do homem em
sociedade e a relação espaço temporal.
Dentro deste contexto, pode-se entender melhor as lutas de classes, e as
transformações culturais, trabalho e poder. Dentro desta perspectiva fazer o aluno pensar
no seu tempo de forma critica e conceitual, diferenciando cultura de elite e popular, tendo
uma consciência histórica e se reconhecendo como sujeito histórico capaz de atuar e
transformar o seu meio enquanto cidadão. Enfim, a disciplina de História contribui para
diminuir as diferenças de classes de tal modo que o ensino seja unitário sem distinção
223
dentro da sociedade.
OBJETIVOS Compreender as características da sociedade atual;
Construir uma ideia clara dos acontecimentos e sua sucessão no tempo;
Localizar os acontecimentos no tempo e relacioná-los segundo critérios de
anterioridade e simultaneamente;
Questionar a realidade atual, identificando os principais problemas e apresentando
propostas de soluções;
Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar as diferenças entre as pessoas;
Desenvolver atitude de solidariedade e compromisso social, bem como a noção de
cidadania;
Valorizar a paz como forma de solução de conflitos;
Desenvolver a competência leitora, aprendendo a observar, interpretar e emitir
opiniões sobre diferentes tipos de textos, contínuos ou descontínuos;
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Ensino Fundamental
Dimensão Política;
Dimensão social econômico;
Dimensão Cultural;
Ensino Médio2 Relações de trabalho;
3 Relações de poder;
4 Relações de cultura;
6º ANO Dimensão Política;
Dimensão econômico-social;
Dimensão Cultural;
CONTEÚDOS BÁSICOS
224
Produção do conhecimento histórico O historiador e a produção do conhecimento;
Tempo, temporalidade;
Fontes, documentos;
Patrimônio material e imaterial;
Articulação da História com outras áreas do conhecimento Arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia, sociologia, etnologia
e outras;
Surgimento dos lugares de memórias, lembranças, mitos, museus, arquivos,
monumentos, espaços públicos, privados e sagrados;
O jovem e suas relações com a sociedade no tempo;
Arqueologia no Brasil Lagoa Santa Luzia (MG);
Serra da Capivara (PI);
Sambaquis (PR);
Povos indígenas no Brasil e no Paraná Ameríndios no território brasileiro e no Paraná;
Xetas, Kaingang, Xokleng e Tupi-guaranis;
Colonizadores portugueses e suas culturas na América e no território paranaense;
A chegada dos europeus na América Resistência e dominação;
Escravização;
Catequização;
Encontro entre culturas;
Choque entre culturas;
Cultura Local e Cultura Comum Mito, lenda, cultura popular, festas, religiosidades e a constituição do pensamento
científico;
Península Ibérica nos séculos XIV e XV, cultura e sociedade política;
Reconquista do território;
225
Religiões – judaísmo, Cristianismo e Islamismo;
Comércio (África, Ásia, América e Europa);
Formação da Sociedade Brasileira e Americana Os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas paranaenses;
As manifestações populares no Paraná a Congada, fandango, cantos, lendas,
rituais e festividades religiosas;
América portuguesa;
América espanhola;
América franco-inglesa;
Organização político (capitanias hereditárias, sesmarias);
Manifestação culturais (sagrada e profana);
Organização social (família patriarcal e escravismo);
Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios).
A Humanidade e a História De onde viemos, quem somos, como sabemos?
Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações Teoria do surgimento do homem na América;
Mitos e lendas da origem do homem;
Desconstrução do conceito de Pré-história;
Povos ágrafos, memória da história oral;
As Primeiras Civilizações na América Olmecas, Toltecas, Maias, Incas, e Astecas;
Ameríndios da América do Norte;
As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia Antiguidade oriental e a idade média;
Núbia, Gana e Mali;
Hebreus, Gregos e Romanos;
Península Ibérica nos séculos XIV e XV: Cultura, Sociedade e Política. Reconquista do território;
226
Religiões: Judaísmo, cristianismo e islamismo;
Comércio ( África, Ásia, América e Europa );
Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa ( Zimbabwe ) e outros;
Comércio organização político-administrativo;
Manifestações culturais;
Organização social;
Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a bateia, construção civil;
7º ANOA Europa Feudal
A ruralização do império;
A formação do colonato;
O poder jurídico e político dos bárbaros;
O Império Franco e a Idade Média A dinastia merovíngia;
O Império Carolíngio e a Igreja Católica Alianças entre reis e Papas;
Carlos magno;
Administração do reino;
Enfraquecimento carolíngio;
A Formação do Feudalismo O Feudo;
Origens do Feudalismo;
Organização do Feudo;
A Sociedade Feudal Uma sociedade dividida;
A economia feudal e sua transformação Uma economia agrária;
Cultura e Ciência na Europa Feudal
227
Arte românica;
Escultura e pintura;
Roger Bacon e a ciência;
Escolas monásticas e eclesiásticas;
O castelo medieval;
Os árabes e Arábia Surgimento do islamismo;
A religião;
A expansão do islamismo;
O profeta Maomé;
Cultura Muçulmana;
População nas cidades;
O trabalho;
As mulheres;
Os escravos;
A África dos grandes reinos O reino de Gana;
O reino de Mali;
Zimbábue;
O reino de Kush;
O reino de Aksum;
Cultura e religião;
China Períodos de turbulência;
Importância do comércio e agricultura;
Os avanços tecnológicos;
Mudanças na Europa Funcionamento das cidades;
O comércio e as feiras;
As cidades e as doenças;
228
A peste negra e as revoltas camponesas;
Consequências da peste negra;
A formação das monarquias nacionais A reconquista da Península Ibérica;
O reino de Portugal;
A França;
Inglaterra e os limites do rei;
As cruzadas;
A europa na baixa Idade Média O crescimento comercial e urbano;
O renascimento;
O renascimento na Itália;
O humanismo;
Os novos conhecimentos;
Reforma Protestante O início e a doutrina da reforma;
Outros movimentos reformadores;
A Contra-Reforma A reforma católica;
Leonardo da Vinci;
Europa, Comércio, Riqueza e Poder O nascimento das monarquias nacionais;
Interesses dos senhores feudais;
Expansão marítima portuguesa O comércio e o caminho às Índias;
A expansão marítima espanhola Expedições de Cristóvão Colombo;
A América terra de grandes civilizações Mesoamérica;
América do Sul;
229
A civilização asteca;
A civilização Inca;
A conquista espanhola Cortez e a conquista do império asteca;
Pizarro e conquista do império inca;
A exploração dos impérios coloniais A administração espanhola;
O controle da metrópole;
As atividades econômicas na colônia;
Prata e ouro;
Exploração do trabalho indígena;
A igreja e a catequização;
O império ultramarino português Conquista no extremo oriente;
Colonização portuguesa na América Extração do pau-brasil;
A escravidão africana na América;
O início da colonização;
Capitanias hereditárias;
O governo geral;
Os povos indígenas no Brasil e no Paraná;
A economia açucareira A produção açucareira;
Os senhores de engenho;
A agricultura de exportação;
A criação de gado;
Fumo e algodão na colônia;
Os escravos, a casa grande e a senzala;
Escravidão, captura, resistência e luta A África e o tráfico;
230
A violência contra o escravo;
As fugas;
Convivência entre e os senhores e os escravos;
Sincretismo religioso;
A União Ibérica e a invasão holandesa Holanda e Portugal;
O ataque a Bahia;
O ataque a Pernambuco;
O domínio holandês;
O fim da união ibérica;
As guerras de expulsão;
A conquista do sertão Bandeiras de aprisionamento;
Captura de índios aldeados;
As missões jesuíticas no Brasil;
As missões jesuíticas no Paraná;
A escravização dos indígenas;
Crise e rebeliões na Colônia;
As reações na colônia A revolta de Beckman;
A guerra de mascates;
Movimentos sociais políticos e culturais;
Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea;
8º ANORevoluções na América e na Europa
Sociedade estamental e absolutista monárquica;
A reação iluminista;
despotismo esclarecido;
O liberalismo econômico;
231
A independência dos Estados Unidos O pacto colonial inglês;
A lei do chá;
A declaração da independência;
A França antes da revolução A crise econômica;
A Revolução Francesa Assembléia Constituinte;
A queda da Bastilha;
A monarquia constitucional;
Nasce a república;
A fase do terror;
A era de Napoleão e a independência da América espanhola Napoleão Bonaparte no poder;
A crise do diretório;
França: despotismo e recuperação econômica;
O império napoleônico;
O bloqueio continental;
A Rússia;
O governo dos cem dias;
O congresso de Viena;
Os americanos lutam por liberdade A submissão dos povos americanos;
As guerras pela independência;
San Martim e Simón Bolívar;
México livre A independência no méxico;
A independência da América Central;
O fim do império espanhol na América;
Os indígenas na América;
232
A Independência do Brasil e o Primeiro Reinado O Brasil e as regras do pacto colonial;
Os principais fatores da independência;
O aumento da opressão metropolitana;
A era pombalina;
A metrópole amplia o controle;
A crise do antigo sistema colonial O cenário da revolta em Minas Gerais;
A conjuração baiana;
A conjuração mineira;
O Brasil se torna sede do reino português A vinda da família real para o Brasil;
A abertura dos portos de 1.808;
A independência do Brasil A revolução do Porto de 1.820;
D. Pedro e as elites;
A proclamação da independência;
O primeiro reinado A consolidação da independência;
A Assembléia Constituinte;
A constituição do Equador;
O fim do primeiro reinado A crise na Província Ciplastina;
A crise política;
A abdicação de D. Pedro I;
Brasil: da regência ao segundo reinado O período regencial (1.831-1.840);
As heranças de D. Pedro I;
A regência Trina Provisória;
233
A regência Trina Permanente;
Os partidos políticos durante a regência;
A criação da guarda nacional;
Reformas regenciais;
O fim do período regencial Os velhos e os novos partidos;
Da regência Trina à regência Una;
O golpe da maioridade;
As rebeliões regenciais;
A revolta dos malês;
A Balaiada;
O Segundo Reinado Liberais e conservadores no poder;
A guerra do Paraguai;
Consequências do conflito;
A expansão cafeeira no Brasil Do vale do Paraíba ao Oeste paulista;
A organização do cultivo;
Mudanças favorecidas pelo café;
A abolição do tráfico negreiro A importância da mão-de-obra escrava;
As pressões inglesas pelo fim do tráfico;
A lei Eusébio de Queiroz;
O fim do tráfico e seus efeitos;
Os imigrantes no Brasil Imigrantes para o cultivo dos cafezais;
As colônias de parceiro;
A imigração subvencionada;
A questão agrária no Brasil;
Os principais objetivos da UDR, MST;
234
A Europa das revoluções A herança nacionalista;
Ondas revolucionárias de 1.820 e 1.830;
As revoluções de 1.848;
A Unificação da Itália e da Alemanha Itália para os italianos;
A Rússia cria a Alemanha;
Os estados unificados: A guerra de secessão A marcha para o Oeste;
A escravidão e a guerra de secessão;
Proposta de transformação social A necessidade de mudanças;
Socialismos utópicos;
O marxismo;
O anarquismo;
Novas formas de ver o mundo O processo de secularização;
Revolução técnica e científica;
A sensibilidade romântica;
Direitos individuais e sociais;
9º ANOA era do imperialismo
Segunda revolução industrial;
A expansão da Revolução Industrial;
A industrialização na Alemanha;
A expansão industrial na Rússia e no Japão;
A industrialização nos Estados Unidos;
A era do capitalismo financeiro;
Da concorrência ao monopólio;
235
As novas tecnologias A indústria e os novos inventos;
Os transportes e as comunicações;
A era dos impérios A expansão colonial capitalista;
O império colonial britânico;
O império colonial francês;
A expansão da Alemanha e da Itália;
Outros impérios colonias
Conflitos nas colônias;
O surgimento da sociedade de massa O crescimento populacional;
As migrações ultramarinas;
A formação de um imenso mercado;
A indústria alimentar;
Da cultura erudita a cultura de massa A popularização das artes;
A indústria do lazer e da arte;
O cinema;
A expansão imperialista na ÁfricaA questão escravista no Brasil imperial
O governo de D. Pedro II;
A questão escravista;
A abolição;
Escravos depois da abolição;
O golpe das monarquias;
A proclamação da república no Brasil O movimento republicano;
A questão militar;
A república da Espada (1.889-1.894);
236
A república das oligarquias (1.894-1930);
A Guerra dos Canudos Antônio Conselheiro;
Igreja e religiosidade popular;
A guerra dos Canudos;
A industrialização e o crescimento das cidades Os cortiços e as vilas operárias;
A vida nas fábricas;
Primeiras lutas e as conquistas operárias;
Reformas e revoltas na capital A reforma urbana;
A reforma sanitária;
A revolta da vacina;
Primeira Guerra Mundial Fatores da primeira guerra mundial;
A guerra de Trincheiras;
Os combates na frente oriental;
Os EUA entram na guerra;
O mundo após a guerra;
A Rússia dos Czares O fim da servidão na Rússia imperial;
O proletarismo industrial;
A Rússia na 1ª Guerra Mundial;
A Revolução Socialista na Rússia Bolcheviques e Mencheviques na Rússia;
A guerra civil e o comunismo;
A nova política econômica;
A ditadura de Stálin;
A arte e a cultura na europa dos anos 1.920 Dadaísmo;
237
A arte e a construção do socialismo;
A crise do capitalismo e a segunda guerra mundial A crise de 1.920 e o New Deal;
Os regimes autoritários na Europa Nazismo e Fascismo;
A crise de 1.929 e a ascensão do nazismo;
Os nazistas tomam o poder;
A expansão alemã;
A Alemanha de Hitler;
O expansionismo na década de 30;
O acordo de Munique;
A eclosão da guerra A invasão da Polônia;
A guerra em compasso de guerra;
A última fase da guerra;
O fim de Reich;
O mundo depois da guerra;
A batalha de stalingrado;
A Era Vargas A revolução de 1.930;
O fim da política do café-com-leite;
A revolução de 1.930;
O governo provisório;
A Assembleia Constituinte;
A Constituição de 1.934;
Integralistas e comunistas;
O regime autoritário;
O Estado Novo A esperança das eleições;
O golpe do estado novo;
238
O crescimento da economia brasileira;
A estatização da economia;
Nacionalização do petróleo;
Organização sindical e leis trabalhistas;
O Brasil na segunda guerra mundial;
A Era Vargas, a renúncia;
Educação e propaganda na Era Vargas Nacionalismo e propaganda;
A educação na Era Vargas;
A era do rádio Sucessos do rádio;
Instrumentos políticos;
Guerra ao mosquito;
O mundo bipolar O mundo como palco de conflitos;
A economia capitalista;
A coexistência pacífica;
Indústria, cultura e esportes A guerra das imagens;
Política das olimpíadas;
O estado de bem-estar social Um novo papel para o estado;
Política de seguridade social;
A intervenção do estado na economia;
Pressões sobre o estado de bem-estar;
A descolonização da África O processo de descolonização;
A Guerra Fria na descolonização;
A Independência do norte da África;
A descolonização da África subsaariana;
239
Revoluções na Ásia A revolução socialista na China;
A independência da Indochina;
A guerra do Vietnã;
A questão judaico palestina Uma região de conflitos;
Criação do estado de Israel;
Negociações para a paz;
Retirada da faixa de Gaza;
O futuro da autoridade palestina;
A Revolução e ditadura na América Latina A revolução cubana;
Intervenções na América Latina;
Militares no poder;
Democracia e ditadura no Brasil O Brasil depois de 1.945;
O retorno da democracia;
A constituição de 1.946;
O governo Dutra;
O segundo governo de Vargas;
Política de desenvolvimento industrial;
Tensões sociais;
A campanha contra o presidente;
Os “anos dourados” Cinquenta anos em cinco;
Desenvolvimento regional;
Investimentos estrangeiros;
O crescimento econômico;
A construção de Brasília;
O presidente Jânio Quadros;
240
A ação das forças “terríveis”;
O governo de João Goulart e golpe de 1.964 A batalha pela posse de Jango;
Reformas sociais no campo;
As reformas de base;
O avanço da mobilização social e o golpe;
O fim das liberdades democráticas Os custos da estabilização;
Os anos do chumbo;
Repressão e abertura A luta armada;
Os descaminhos da abertura;
A reorganização dos trabalhadores;
O caminho da democracia plena;
A redemocratização e o governo Sarney A campanha dos direitos;
O primeiro presidente civil;
O governo José Sarney;
Rumo a uma nova constituição;
A nova ordem mundial O fim da União Soviética;
Uma grande potência industrial;
A crise que levou as reformas;
As reformas de Gorbatchev;
O fim do socialismo no leste europeu O socialismo no leste europeu;
As revoluções pela democracia;
As repúblicas federais da Iugoslávia;
O início da guerra civil;
A guerra civil na Bósnea;
241
A nova ordem mundial A hegemonia norte-americana;
As guerras contra o Iraque;
Reações contra o império;
A globalização e seus efeitos A globalização da economia;
Características da globalização;
os efeitos sociocultural da globalização;
A América Latina no mundo globalizado;
Os países latinoamericanos e os blocos econômicos;
O nafta;
O planeta pede socorro O aquecimento no mundo globalizado;
O aquecimento global;
Água – lixo;
O Brasil na nova ordem mundial Eleições diretas;
Governo Collor;
“Caça” aos marajás;
Itamar Franco e o Plano Real;
Mandato FHC;
O fim da Era FHC – o governo Lula;
Brasil Contemporâneo Modernização econômica;
Custos da globalização;
Mudanças na tecnologia;
A fome na nossa civilização;
1º AnoRelações de trabalho
242
Relações de CulturaRelações de Poder
Conceito de trabalho;
O mundo do trabalho em diferentes sociedades;
A construção do trabalho assalariado;
Transição do trabalho escravo para o trabalho livre a mão-de-obra no contexto de
consolidação do capitalismo nas sociedades “brasileira e estadunidense”;
Urbanização e industrialização no Brasil;
O trabalho na sociedade contemporânea;
2º AnoRelações de trabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
O estado no mundo antigo e medieval;
O estado e as relações de poder formação dos estados nacionais;
Relações de poder e violência no estado;
O estado imperialista e sua crise;
A urbanização e a industrialização no Paraná;
As cidades na história;
Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosas na sociedade moderna;
Urbanização e industrialização no século XIX;
3º AnoRelações de trabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
As relações culturais, de dominação e resistência nas sociedades grega e romana
na antiguidade: mulheres, plebeus e escravos;
Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo (séc.
243
XVIII e XIX);
Relações de dominação e resistência na sociedade ocidental moderna;
Relações culturais na sociedade medieval europeia: camponeses, artesãos,
mulheres, hereges e doentes;
Movimentos sociais políticos e culturais na sociedade contemporânea: É proibido
proibir?
METODOLOGIAÉ fundamental que o professor considere possibilidades de trabalhos em que o
aluno se sensibiliza para a construção dos conceitos históricos, vivenciando situações em
que seja requisitado a associar informações, relacionar e analisar épocas, caracterizar
períodos e, simultaneamente, formar ideias e generalizar imagens. Do ponto de vista
pedagógico, esse exercício requer do aluno refletir e analisar, desenvolvendo suas
capacidades intelectuais para discernir e compreender os processos referentes à
organização, elaboração e transformação do conhecimento.
De modo geral, os conhecimentos históricos tornam-se significativos para os
estudantes como saber escolar e social, quando contribuem para que eles reflitam sobre
suas vivências e suas inserções históricas.
Por essa razão, é fundamental que aprendam a reconhecer costumes, valores, e
crenças em suas atitudes e hábitos cotidianos e nas organizações da sociedade a
identificar os comportamentos, as visões de mundo, as formas de trabalho, as formas de
comunicação, as técnicas e as tecnologias em épocas datadas, e a reconhecer que os
sentidos e significados para os acontecimentos históricos e cotidianos estão relacionados
com a formação social e intelectual dos indivíduos e com as possibilidades e os limites
construídos na consciência de grupos e de classes. Nesse sentido, se faz necessário o
trabalho relacionado à lei sobre o ensino de história afro brasileira, africana e indígena.
Assim, o trabalho com diferenças e semelhanças, bem como continuidades e
descontinuidades, tem o objetivo de instigá-los à reflexão, à compreensão e à
participação no mundo social.
Os alunos devem estabelecer relações entre o presente e o passado, particular e o
244
geral, as ações individuais e coletivas, os interesses específicos de grupos e as
articulações sociais.
Nas aulas deverão ser privilegiadas situações onde o professor possa:
Questionar os alunos sobre o que sabem quais suas idéias, opiniões, dúvidas e/ou
hipóteses sobre o tema em debate e valorizar seus conhecimentos;
Propor novos questionamentos, fornecer novas informações, estimular a troca de
informações, promover trabalhos interdisciplinares;
Desenvolver atividades com diferentes fontes de informação e confrontar dados e
abordagens;
Trabalhar com documentos variados como sítios arqueológicos, edificações,
plantas urbanas, mapas, instrumentos de trabalho, objetos cerimoniais e rituais,
adornos, meios de comunicação, vestimentas, textos, imagens e filmes;Ensinar
procedimentos de pesquisa consulta em fontes bibliográficas, organização de
informações, coletadas, como, obter informações de documentos, como proceder em
visitas e estudos do meio e como organizar resumos;
Promover estudos e reflexões sobre a diversidade de modos de vida e de
costumes que convivem na mesma localidade;
Promover estudos e reflexões sobre a presença na atualidade de elementos
materiais e mentais de outros tempos e incentivar reflexões sobre as relações entre
presente e passado, entre espaços locais, regionais, tradicionais e mundiais;
Debater questões do cotidiano e suas relações com contextos mais amplos;
Propor estudos das relações e reflexões que destaquem diferenças, semelhanças,
transformações, permanências, continuidades e descontinuidades históricas;
Identificar diferentes propostas e posições defendidas por grupos e instituições
para a solução de problemas sociais e econômicos;
Propor aos alunos que organizem suas próprias soluções e estratégias de
intervenção na realidade (organização de regras de convívio, atitudes e
comportamentos diante de questões sociais, atitudes políticas individuais e coletivas,
etc...);
245
Distinguir diferentes padrões de medida de tempo, trabalhar com a ideia de
duração e ritmos temporais e construir periodizações para os temas estudados;
Solicitar resumos orais ou em forma de textos, imagens, gráfico, linhas do tempo,
propor a criação de brochuras, murais/exposição e estimular a criatividade expressiva;
AVALIAÇÃONo processo de avaliação é importante considerar o conhecimento, as hipóteses e
os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem no processo de
ensino e aprendizagem. O professor deve identificar a apreensão de conteúdos, noções,
conceitos, procedimentos e atitudes como conquistas dos estudantes, comparando o
antes, o durante e o depois. A avaliação não deve mensurar simplesmente fatos ou
conceitos assimilados, deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o
seu próprio desempenho como docente refletindo sobre as intervenções didáticas e
outras possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos.
Para a avaliação do rendimento do trabalho escolar será utilizado: - observação da
participação do aluno em classe, produção de texto, testes escritos, trabalhos individuais
e em equipes; pesquisas ( para que o aluno amplie seus conhecimentos com a cultura na
qual esta incluído ou não ), participação em diálogo e dramatizações ( observar a
desenvoltura e a sociabilização no educando).
A avaliação será bimestral, diagnóstica, processual e contínua de forma que será
observada a participação do aluno nas aulas. As notas de trabalhos, atividades e as
provas serão somados de 0 a 100, sendo válida essa organização tanto para o ensino
fundamental quanto o médio. Como o Ensino Médio está estruturado em blocos, e
portanto a disciplina é cursada durante um semestre, o plano de trabalho é dividido em
dois bimestres de forma que haverá uma avaliação escrita e outras três avaliações ou
mais sendo feita de diferentes formas.. Nesse sentido, sempre haverão quatro avaliações
diferentes, sendo 60% da nota em avaliações individuais e 40% de avaliações em grupo
somando 100% da nota ao final do bimestre. A recuperação de estudos deve acontecer a
partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes
para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos
246
possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar,
de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar
a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdo.
BIBLIOGRAFIADiretrizes Curriculares Estaduais – História, SEED, 2008
Diretrizes Curriculares Estaduais – História / Lei 10639/03 Cultura brasileira e afro-
descendentes.
MAGALHÃES, Marcelo de Souza. História e Cidadania: Por que estudar historia hoje?ABREU, Martha e SOHIET, Rachel. Ensino de História. Conceitos temáticos e Metodologia, Rio de Janeiro, Fapery, Casa da Palavra, 2003.
BRASIL, Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros curriculares Nacionais: 3° e 4° ciclos do Ensino Fundamental: História Brasileira: MEC/SEF, 1998- PCN.
19.LINGUA PORTUGUESAApresentação geral da disciplina “Não há dúvida que as línguas aumentam e alteram com o tempo e as
necessidades do uso e costumes. Querer que a nossa pare no século de quinhentos, é
um erro igual ao de afirmar que a sua transplantação para a América não lhe inseriu
riquezas novas. A este respeito a influência do povo é decisiva”. (Machado de Assis).
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação (DCE), somente nas
últimas décadas do século XIX, após o sistema de ensino já estar há muito tempo
organizado é que a Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares
brasileiros
Nos primeiros tempos da colônia, resultante do confronto de culturas entre
indígenas e colonizadores ocorreu uma troca de hábitos. Nesse período, não havia uma
educação em moldes institucionais e sim a partir de práticas restritivas à alfabetização,
determinadas mais pelo caráter político, social e de organização e controle de classes do
que pelo pedagógico.
Segundo as Diretrizes, as primeiras práticas, de ensino da Língua Portuguesa,
247
moldavam-se ao ensino do Latim, mas eram poucos os que tinham oportunidade de ter
uma escolarização mais prolongada.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal tornava obrigatório o ensino da
Língua Portuguesa no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua Portuguesa foi incluído no
currículo sob as formas das disciplinas Gramática, Retórica e Poética. Somente no século
XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português.
Até o século XX permaneceu esse quadro e somente após 1967 com o processo
de democratização do ensino, ampliação de vagas e a eliminação dos exames de
admissão as exigências culturais passaram a ser diferentes.
Nesse contexto encontramos alunos com registros linguísticos e padrões culturais
diferentes dos utilizados até então na escola.
De acordo com a Lei 5692/7, citada nas Diretrizes Curriculares, a disciplina de
Português passou a denominar-se Comunicação e Expressão (séries iniciais) e
Comunicação em Língua Portuguesa (nas últimas séries), sendo o enfoque na teoria da
comunicação.
Na década de 70 e 80 o ensino pautou-se em exercícios estruturais, técnicas de
redação e treinamento de leitura. O livro didático passou a ser utilizado para o
planejamento das aulas.
A partir da década de 80 a dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaços
a novos paradigmas, envolvendo questões de uso contextuais, valorizando o texto como
unidade de análise.
Na literatura até meados do século XX, vigorou a predominância do cânone,
quando o principal instrumento do trabalho pedagógico eram as antologias literárias. Até
as décadas de 60 e 70 a leitura do texto literário transmitia a norma culta da língua, com
base em exercícios gramaticais para incutir valores religiosos éticos e morais. Tentando
romper essa prática, a abordagem do texto literário passou a ser analisado a partir de
questionário sobre personagens, espaços e tempo da narrativa.
A partir de 70 a Literatura estava restrita ao 2º grau, com abordagem
historiográfica. Os professores realizavam a análise dos textos literários e os alunos eram
ouvintes.
248
Os livros didáticos, atuais, tendem a manter o estudo historiográfico, mas as novas
abordagens sobre Língua e Literatura requerem um olhar crítico em relação às práticas de
linguagem.
Atualmente, as Diretrizes Curriculares da Língua Portuguesa baseiam-se na
concepção de linguagem, enunciativo-discursiva, de Mikhail Bakhtin (1895-1975) que
considera o discurso uma prática social e uma forma de interação. A relação interpessoal,
o contexto de produção dos textos, as diferentes situações de comunicação, os gêneros,
a interpretação e a intenção de quem o produz passaram a ser peça-chave.
A língua só existe em função do uso que locutores (quem fala ou escreve) e
interlocutores (quem lê ou escuta) fazem dela em situações (prosaicas ou formais) de
comunicação. O ensinar, o aprender e o empregar a linguagem passam necessariamente
pelo sujeito, o agente das relações sociais e o responsável pela composição e pelo estilo
dos discursos. Esse sujeito se vale do conhecimento de enunciados anteriores para
formular suas falas e redigir seus textos. Além disso, um enunciado sempre é modulado
pelo falante para o contexto social, histórico, cultural e ideológico. (BAKHTIN. M (1973-
1977)
Nessa relação dialógica entre locutor e interlocutor no meio social, em que o verbal
e o não-verbal influenciam de maneira determinante a construção dos enunciados, outro
dado ganhou contornos de tese: a interação por meio da linguagem se dá num contexto
em que todos participam em condição de igualdade. Aquele que enuncia seleciona
palavras apropriadas para formular uma mensagem compreensível para seus
destinatários. Por outro lado, o interlocutor interpreta e responde com postura ativa àquele
enunciado, internamente (por meio de seus pensamentos) ou externamente (por meio de
um novo enunciado oral ou escrito).
A linguagem é vista como instrumento de interação social e formadora de
conhecimento. Essa concepção supera a concepção da linguagem como sistema
preestabelecido, estático, centrado no código, uma vez que Bakhtin afirma que a
verdadeira substância da língua (...) não é constituída por um sistema abstrato de formas
linguísticas (...) mas pelo fenômeno social da interação verbal, realizada através da
enunciação e das enunciações (1986: 109).
249
A enunciação deve ser compreendida como uma réplica do diálogo social, é a
unidade base da língua; trata-se do discurso interior e exterior. Ela é de natureza social,
portanto, ideológica, não existindo fora do contexto social. É o produto da interação de
indivíduos socialmente organizados.
Nessa concepção, segundo Bakhtin, a linguagem verbal exerce uma função
fundamental pelo fato de que “... toda palavra comporta duas faces. Ela é determinada,
tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo fato de que se dirige para alguém.
Ela constitui justamente o produto da interação do locutor e do ouvinte” (1986, p. 113)
Assim podemos avaliar a importância da relação entre sujeitos (dimensão
constitutiva da linguagem), porque a palavra está, fundamentalmente, alienada ao outro –
aquilo que procuro na palavra é a resposta do outro que me irá constituir como sujeito – a
minha pergunta fundamental ao outro diz respeito a onde, como e quando começarei a
existir na sua resposta. Aparecem, aqui, duas funções da palavra intimamente ligadas: a
mediação para o outro e a revelação do sujeito.
A influência da concepção interacional de linguagem no ensino da língua é lenta,
uma vez que os professores que atuam hoje nas escolas públicas e privadas tiveram sua
formação acadêmica embasada em linhas tradicionais e ou estruturalistas. Trabalhar a
linguagem como processo de interação exige redefinição de papéis: o professor não pode
ser visto como o agente exclusivo da informação e formação dos alunos, antes atuará
como mediador. Seu papel é polemizar, discutir, ouvir as diversas vozes, desafiar. No
processo de interação, as falas são imprevistas, elas constituem a essência do processo
de ensino. Trabalhar nessa perspectiva é ver as interações verbais e sociais como espaço
de construção de conhecimento.
Sendo assim, o processo de aprendizagem de Língua Portuguesa deve basear-se
em propostas interativas língua / linguagem, consideradas em um processo discursivo de
construção do pensamento simbólico, constitutivo de cada aluno em particular e da
sociedade geral.
250
Objetivos Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada
contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos
discursos do cotidiano e posicionando – se diante dos mesmo.
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio
de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto
tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção leitura.
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de
texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.
Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho
com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
Conteúdo Estruturante:Discurso como prática social
Conteúdos – Ensino fundamental6º ANO1) CONTEÚDOS BÁSICOS:
Advinhas;
Álbum de família;
Anedotas;
Bilhetes;
Cantigas de roda;
Cartão Postal;
Parlendas;
Piadas;
Quadrinhas;
Receitas;
Experiências vividas;
251
Contos;
Fábulas;
Lendas;
Narrativas Fantásticas;
Poemas;
Tiras;
Cartas ao Leitor;
Publicidade Comercial;
Desenho Animado;
2) LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Argumentos do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos, gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
3) ESCRITA
Contexto de produção;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Argumentatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
252
Divisão do texto em parágrafos;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.,
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
4) ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Argumentos;
Papel de locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos:entonação, gestos, pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão coerência, gírias, repetição, conectivos, recursos
semânticos;
7º ANO1) CONTEÚDOS BÁSICOS:
Convites;
Receitas;
Crônicas;
Esculturas;
Letras de Músicas;
Narrativas de Humor, Terror e Fantásticas;
Diálogo;
Pesquisas;
253
Resumo;
Anúncio de Emprego;
Horóscopo;
Classificados;
Manchete;
E-mail;
Placas;
Carta de Reclamação;
Torpedos;
Telejornais.
2) LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Informações explícitas e implícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Ambiguidade;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos, gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
3) ESCRITA
Contexto de produção;
Interlocutor;
254
Finalidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
4) ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Papel de locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos:entonação, gestos, pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão coerência, gírias, repetição;
Semântica;
8º ANO1) CONTEÚDOS BÁSICOS:
Causos;
Comunicados;
Diário;
Relatos de Experiências vividas;
Biografias;
Haicai;
255
Memórias;
Narrativas de Humor, Terror, Míticas e Fantásticas;
Paródias;
Pinturas;
Poemas;
Relatório;
Editorial;
Entrevista;
Texto Político;
Abaixo - Assinado;
Carta de Solicitação;
Depoimentos;
Bulas;
Regras de Jogo;
Textos de Opinião;
2) LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos, gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Semântica:
operadores argumentativos;
ambiguidade;
256
sentido figurado;
expressões que denotam ironia e humor no texto.
3) ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes nos textos;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);
Concordância verbal e nominal;
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
Semântica:
operadores argumentativos;
ambiguidade;
significado das palavras;
sentido figurado;
expressões que denotam ironia e humor no texto.
4) ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Argumentos;
Papel de locutor e interlocutor;
257
Elementos extralinguísticos:entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
9º ANO1) CONTEÚDOS BÁSICOS:
Curriculum Vitae;
Autobiografia;
Histórias em Quadrinhos;
Romances;
Narrativas de Humor, Terror, Míticas e Fantásticas;
Textos Dramáticos;
Resenha;
Resumo;
Seminário;
Verbete de Enciclopédia;
Texto Argumentativo;
Texto de Opinião;
Comercial para TV;
Publicidade Oficial;
Regulamentos;
Requerimentos;
Regimentos;
258
Blog;
Telenovenas;
Filmes
Telejornal.
2) LEITURA
1. Conteúdo temático;
2. Interlocutor;
3. Intencionalidade do texto;
4. Argumentos do texto;
5. Contexto de produção;
6. Intertextualidade;
7. Discurso ideológico presente no texto;
8. Vozes sociais presentes no texto;
9. Elementos composicionais do gênero;
10.Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
11. Partículas conectivas do texto;
12.Progressão referencial no texto;
13.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos, gráficos como aspas, travessão, negrito;
14.Semântica:
- operadores argumentativos;
- polissemia;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
3) ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Contexto de produção;
259
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes nos textos;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.,
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
Processo de formação de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia.
4) ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Argumentos;
Papel de locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos:entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
Marcas linguísticas: coesão coerência, gírias, repetição, conectivos;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
260
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
1º Ano1) Conteúdos básicos:
Músicas;
Piadas;
Biografias;
Memórias;
Contos, contos de fadas tradicionais e contemporâneos;
Lendas;
Pesquisas;
Textos científicos e de divulgação científica;
Resumo;
Debate regrado;
Anúncio de emprego;
Charge;
Artigo de opinião;
Cartaz;
Caricatura;
Carta de emprego;
Abaixo-assinado;
Boletim de ocorrência;
Depoimento;
Entrevista.
2) Leitura:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
261
Intertextualidade;
Discurso ideológico presente no texto;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos, gráficos como aspas, travessão, negrito;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- polissemia;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
3) Escrita:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes nos textos;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.,
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
262
Processo de formação de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia.
4) Oralidade:
Conteúdo temático;
Finalidade;
Argumentos;
Papel de locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos:entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
Marcas lingüísticas: coesão coerência, gírias, repetição, conectivos;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
2º Ano1) Conteúdos básicos:
Relatos de Experiências Vividas;
Crônicas de Ficção;
Paródias;
Textos teatrais;
Artigos;
Relatório;
263
Texto argumentativo;
Carta do leitor;
Entrevista oral/escrita;
Notícia;
Sinopses e resenhas;
Publicidade comercial;
Carta de reclamação;
Mesa redonda;
Contrato;
Estatutos;
Filmes: adaptações de obras literárias, curta metragens, animações, etc.
2) Leitura:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Discurso ideológico presente no texto;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos, gráficos como aspas, travessão, negrito;
Semântica:
operadores argumentativos;
polissemia;
expressões que denotam ironia e humor no texto.
264
3) Escrita:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes nos textos;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.,
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
Processo de formação de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica:
operadores argumentativos;
modalizadores;
polissemia.
4) Oralidade:
Conteúdo temático;
Finalidade;
Argumentos;
Papel de locutor e interlocutor;
Elementos extralingüísticos:entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
265
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações lingüísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
Marcas lingüísticas: coesão coerência, gírias, repetição, conectivos;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
3º Ano1) Conteúdos básicos:
Esculturas;
Poemas;
Romances;
Palestras;
Júri-simulado;
Crônica Jornalística;
Mesa redonda;
Tiras;
Publicidade institucional:
Publicidade oficial;
Debate;
Fórum;
Leis;
Regimentos;
Telejornal;
2) Leitura:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Argumentos do texto;
266
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Discurso ideológico presente no texto;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos, gráficos como aspas, travessão, negrito;
Semântica:
operadores argumentativos;
polissemia;
expressões que denotam ironia e humor no texto.
3) Escrita:
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes nos textos;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.,
Sintaxe de concordância;
267
Sintaxe de regência;
Processo de formação de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia.
4) Oralidade:
Conteúdo temático;
Finalidade;
Argumentos;
Papel de locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos:entonação, expressões faciais, corporal e gestual,
pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
Marcas linguísticas: coesão coerência, gírias, repetição, conectivos;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICALEITURA
Propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;
Formular questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas textuais;
Encaminhar discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade,
268
vozes sociais e ideologia;
Contextualizar a produção: suporte/fone, interlocutores, finalidade, época; referente
à obra literária, explore os estilos do autor, da época,situe o momento atual, bem
como com outras áreas do conhecimento;
Utilizar textos verbais diversos que que dialoguem com não verbais, como gráficos,
fotos, imagens, mapas e outros;
Relacionar o tema com o contexto atual;
Oportunizar a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
Instigar o entendimento/reflexão das palavras em sentido figurado;
Estimular leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada
gênero;
Incentivar a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
Proporcionar análises para estabelecer a progressão referencial do texto;
Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas.
ESCRITA
Planejar a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor,
intenções, contexto de produção do gênero;
Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a
referência textual;
Conduzir a utilização adequada dos conectivos;
Estimular a ampliação de leituras sobre tema e o gênero proposto;
Acompanhar a produção do texto;
Instigar o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
Estimular produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de
cada gênero;
Incentivar a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
Encaminhar a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos
269
que compõe o gênero ( por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há
uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está
apropriada, se há continuidade temática, etc.);
Analisar se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática,
se atende à finalidade, se linguagem está adequada ao contexto;
Conduzir, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
ORALIDADE
Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do
texto;
Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos,
e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
Estimular contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e
outros;
Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como
seminários, telejornais, entrevistas, reportagens entre outros;
Propiciar análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes como
jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a ideologia
dos discursos dessas esferas.
AVALIAÇÃOA avaliação se efetivará durante todo o processo de aprendizagem vivido pelos
alunos ao longo de uma proposta de trabalho. O aluno deverá ser avaliado de diversas
270
maneiras - alterando-se as modalidades, os interlocutores – de forma a constituir um
verdadeiro processo de aferição de conhecimentos.
Na contramão das práticas tradicionais – em que se buscava encontrar os
“erros” .O professor de Língua Portuguesa deve valorizar os ganhos que o estudante
obteve ao longo do seu processo de aprendizagem.
A avaliação tradicional não satisfeita em criar o fracasso, empobrece as
aprendizagens e induz, nos professores, didáticas conservadoras e, nos alunos,
estratégias utilitaristas. O professor, outrora dispensador de aulas e lições... se torna o
criador de situações de aprendizagens portadoras do sentido. (PERRENOUD.1992).
Dessa maneira, na avaliação da leitura o professor deve considerar os seguintes
critérios:
Efetua leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-
verbais;
Localiza informações explícitas e implícitas no texto;
Produz inferências a partir de pistas textuais;
Posicioná-se argumentativamente;
Amplia seu léxico;
Percebe o ambiente no qual circula o gênero;
Identifica a ideia principal do texto;
Analisa as intenções do autor;
Identifica o tema;
Referente à obra literária, amplia seu horizonte de expectativas, percebe os
diferentes estilos e estabelece relações entre obras de diferentes épocas com o
contexto histórico atual;
Deduz o sentido de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
Compreende as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo;
Conhece e utiliza os recursos para determinar causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
Reconhece palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
271
Entende o estilo, que é próprio de cada gênero;
Referente a escrita, esperá-se que o aluno:
Expresse ideias com clareza;
Elabore textos atendendo:
às situações de produção propostas ( gênero, interlocutor, finalidade...) ;
à continuidade temática;
Diferencie o contexto do uso da linguagem formal e informal;
Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade,
etc.;
Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, adjetivo, verbo, preposição, conjunção, etc.;
Empregue palavres e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero;
No que se refere a oralidade, esperá-se que o aluno:
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal,/ informal).;
Apresente ideias com clareza;
Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
Compreenda os argumentos do discurso dos outros;
Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;
Organize a sequencia da fala de modo que as informações não se percam;
Respeite os turnos de aula;
análise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
Contra-argumentos ideias formuladas pelos colegas em discissões, debates,
mesas redondas, diálogos, discussões,etc.;
Utilize de formas intencional e conscientes expressões faciais, corporais e
gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos
extralinguísticos.;
Como é no texto ( fala / escrita ) que a língua se manifesta em todos os seus
aspectos a análise linguística ocorrerá mediante os textos produzidos e interpretados
272
pelos alunos.
As questões gramaticais relevantes serão abordadas durante o processo de
reestruturação e análise textual. Assim, não se descarta a gramática, apenas ocorre que a
mesma ( está aliada às produções textuais) não será trabalhada na forma tradicional, com
a fragmentação do conhecimento.
ReferênciasBAKHTIN. M. M (1895-1975). Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN. M. Estética da
criação verbal. (Tradução: Maria Ermantina Galvão Gomes Pereira). São Paulo: Martins
Fontes, 1992.
BAKHTIN. M (1973-1977). Língua, fala e enunciação. In: BAKHTIN. M. Marxismo e
filosofia da linguagem. (tradução: Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira) São Paulo:
Hucitec, 1995.
BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem, 2a. ed. Tradução de Michel Lahud e
Yara Frateschi, São Paulo: Hucitec, 1986.
____________________ . (1973-1977). A interação verbal. In: BAKHTIN. M. Marxismo e
filosofia da linguagem. (tradução: Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira) São Paulo:
Hucitec, 1995.
Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino fundamental e Médio. Versão
preliminar: julho de 2008.
20.MATEMÁTICAAPRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINAAo considerar a Matemática como uma das áreas que compõe o currículo da
escola constata-se que ela está presente na vida das pessoas.
As primeiras manifestações matemáticas surgiram da necessidade do homem
primitivo, de quantificar, contar e realizar trocas. De fato, ao longo do processo de
desenvolvimento histórico, esse conhecimento foi sendo desenvolvido a partir das
273
necessidades de sobrevivência, fazendo com que os homens, gradativamente,
elaborassem códigos de representações, sejam de quantidade ou dos objetos por ele
manipulados.
A humanidade, em seu processo de transformação, foi produzindo conceitos, leis e
aplicações que compõem a matemática como ciência universal, um bem cultural da
humanidade. Sendo organizada por meio de signos, torna-se uma linguagem de
instrumento importante para a resolução e compreensão dos problemas e necessidades
sociais dentro de cada contexto. Esses conhecimentos são considerados como
instrumento de compreensão e intervenção para a transformação da sociedade: nas
relações de trabalho, na política, na economia, nas relações sociais e culturais.
Sendo assim o conhecimento matemático pode ser tratado como algo vivo,
dinâmico, com vários campos interdependentes, pois desde seu nascimento,
aproximadamente 2000 a.C, que, de acordo com as DCEs acumularam:Registros que podem ser classificados como álgebra elementar, foram as primeiras considerações feitas pela humanidade a respeito de ideias que se originaram de simples observações provenientes da capacidade humana de reconhecer considerações físicas e geométricas, comparar formas, tamanhos e quantidades. (DCE, 2008, p. 332).
A trajetória histórica da Matemática, principalmente no Brasil, nos traz o
conhecimento da evolução do seu ensino em nossas escolas. De acordo com a DCE, até
a década de 1950 a tendência que permaneceu no Brasil foi a formalista clássica que
baseava - se no “modelo euclidiano e na concepção platônica de Matemática” em que a
principal finalidade do conhecimento matemático era o desenvolvimento lógico-dedutivo
sendo que o papel do professor era expositor do conteúdo.
Após a década de 50 o Movimento da Matemática Moderna trazia uma abordagem
internalista da disciplina em que o professor demosntrava os conteúdos em sala
enfatizando o rigor e as justificativas das transformações algébricas por meio das
propriedades.
Na década de 70 era marcante o caráter mecanicista e pragmático enfatizando a
memorização de princípios e fórmulas, o desenvolvimento e habilidades de manipulação
de algoritmos, expressões algébricas e resolução de problemas.
Nesta mesma época começou a ser discutida a Tendência Construtivista, cujo
274
conhecimento resultava em ações interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou
nas atividades pedagógicas. Esta tendência dava mais ênfase ao processo e menos ao
produto do conhecimento. Na tendência pedagógica socioetnocultural aspectos
socioculturais na educação matemática foram valorizados e suas bases teórico e pratica
estavam na Etnomatemática. A partir desses estudos a Matemática deixou de ser vista
como um conjunto de conhecimentos universais e teoricamente bem definidos e passou a
ser considerada como um saber dinâmico, prático e relativo. A relação professor-
estudante, nesta concepção era dialógica, isto é, privilegiava a troca de conhecimentos
entre ambos e atendia sempre à iniciativa dos estudantes e problemas significativos de
seu contexto cultural.
Em meados de 1984 surge no Brasil a Tendência Histórico-Critica com sua
metodologia fundamentada no materialismo histórico buscava a construção do
conhecimento a partir da palavra social, superando a crença na autonomia. Essa
tendência, de acordo com a DCE é vista como um saber vivo, dinâmico, construído para
atender as necessidades sociais e econômicas e teóricas de um determinado período
histórico.
A realidade local nos aponta para novos desafios no ensino da Matemática, pois os
conhecimentos matemáticos são alicerce de muitas atividades desenvolvidas nessa
comunidade. A partir dessa realidade devemos buscar meios para desenvolver nos alunos
a capacidade de ler e interpretar o domínio da matemática dentro da realidade de suas
práticas, despertando neles maior interesse pela disciplina através da teoria ligada à
prática. Para tanto, entende se que a Etnomatemática é uma importante fonte de
investigação da Educação Matemática que busca relacionar o ensino aprendizagem da
Matemática ao conteúdo sociocultural, valorizando a história dos estudantes,
reconhecendo e respeitando suas raízes culturais. Dentro desta perspectiva, essa
proposta é um caminho para o resgate da identidade desta comunidade do campo por
meio do ensino da Matemática, pensando as práticas matemáticas do campo,
valorizando-as e estabelecendo uma dinâmica entre essas práticas e o conhecimento
matemático estabelecido para o currículo escolar. Essa concepção de Educação
Matemática presente na DCE tem como objeto de estudo as relações entre ensino, a
275
aprendizagem e o conhecimento matemático.
METODOLOGIAA definição dos objetivos para o ensino de Matemática faz escolher o método, o
qual deverá proporcionar de forma eficaz a realização dos mesmos. O objetivo de levar o
aluno a compreender o conhecimento matemático a partir das práticas matemáticas do
campo, remete a uma Abordagem Etnomatemática do ensino, a qual “o reconhecimento
do aspecto cultural de nossa sociedade e a influência deste no processo educacional são
o ponto de partida”(MONTEIRO, 2001, pg 55).
Para isso o professor deverá definir os conteúdos e investigar com os alunos de
que forma a comunidade do campo realiza as atividades do campo que envolvam este
conteúdo. Através desses dados poderão ser oportunizadas situações que levem o aluno
a pensar e resolver atividades matemáticas da mesma maneira aplicando a estratégia de
resolução de problemas o que poderá resultar no desenvolvimento de modelos
matemáticos.
A partir dos dados investigados poderão ser elaboradas atividades em que os
alunos usem o mesmo processo para resolvê-las, mas como é necessário socializar o
conhecimento sistematizado, o conteúdo básico será apresentado de acordo com o
mesmo. Para o estudante conceber e compreender o saber sistematizado tal qual é, a
História da Matemática é relevante, pois, permite apercepção do motivo incentivador dos
primeiros homens e civilizações a se apropriarem desse ou daquele processo de cálculo.
Porém nem todos os conteúdos básicos serão contemplados a partir das práticas
matemáticas da comunidade do campo, desta forma, outros encaminhamentos
metodológicos poderão ser utilizados; como a resolução de problemas, no qual o
conteúdo básico será desencadeador da situação a ser resolvida. A prática da resolução
de problemas requer do estudante a leitura e interpretação dos dados, levantamento de
hipóteses e a comprovação dessas hipóteses, o que possibilita a construção de conceitos
básicos para a compreensão do conteúdo a ser ensinado. Quase sempre surge o
questionamento por parte dos estudantes da importância do que se está estudando ou
em que situações se usa o que aprendeu, portanto a aprendizagem ou a exercitação de
276
um conteúdo pode ser feita através de um modelo matemático decorrente do cotidiano do
estudante para que comprove a relevância de tal conhecimento.
A utilização dos métodos citados anteriormente é importante, pois, facilitarão o
processo ensino – aprendizagem contribuindo para a valorização do conhecimento
adquirido pelas vivências da comunidade do campo, bem como a socialização do
conhecimento matemático sistematizado.
Conteúdos: 6º ano:
Números e Álgebra:
Sistemas de Numeração;
Números Naturais;
Múltiplos e divisores;
Potenciação e radiciação;
Números Fracionários;
Números decimais.
Grandezas e Medidas: Medidas de comprimento;
Medidas de massa;
Medidas de área;
Medidas de volume;
Medidas de tempo;
Medidas ângulos;
Sistema Monetário;
Geometrias: Geometria Plana;
Geometria Espacial.
Tratamento da Informação: Dados, tabelas e gráficos;
Porcentagem;
277
7º Ano
Números e Álgebra:
Números Inteiros;
Números racionais;
Equação e Inequação do 1º grau;
Razão e proporção;
Regra de três;
Grandezas e Medidas: Medidas de temperatura;
Medidas de Ângulos;
Geometrias: Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometrias Não-Euclidianas;
Tratamento da Informação: Pesquisa Estatística;
Média Aritmética;
Moda e mediana;
Juros Simples;
8º Ano:
Números e Álgebra: Números Irracionais;
Sistemas de Equações do 1o grau;
Potências;
Monômios e Polinômios;
Produtos Notáveis.
Grandezas e Medidas: • Medidas de comprimento;
• Medidas de área;
278
• Medidas de ângulos.
Geometrias: • Geometria Plana;
• Geometria Espacial:
• Geometria Analítica;
• Geometrias Não-Euclidiana.
Tratamento da Informação: Gráfico e informação;
População e amostra.
9º Ano:
Números e Álgebra: Números Reais;
Propriedades dos radicais;
Equação do 2o grau;
Teorema de Pitágoras;
Equações Irracionais;
Equações Biquadradas;
Regra de Três Composta.
Grandezas e Medidas: Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
Trigonometria no Triângulo Retângulo.
Funções:
Noção Intuitiva de Função Afim;
Noção Intuitiva de Função Quadrática.
Geometrias: Geometria Plana;
Geometria Espacial;
Geometria Analítica;
Geometrias Não-Euclidiana.
279
ENSINO MÉDIO
1º Ano
Números e Álgebra: Números reais;
Equações e Inequações exponenciais, logarítmicas e modulares;
Funções: Função Afim;
Função Quadrática;
Função Polinomial;
Função Exponencial;
Função Logarítmica;
Função Modular;
Progressão Aritmética;
Progressão Geométrica.
Grandezas e Medidas: Medidas de área;
Medidas de Grandezas Vetoriais;
Medidas de Energia;
Geometrias;
Geometria Plana;
2º Ano:
Números e Álgebra: Sistemas Lineares;
Matrizes e Determinantes;
Grandezas e Medidas: Medidas de Volume;
Funções: Função Trigonométrica.
280
Geometrias: Geometria Espacial;
Geometria Não- Euclidianas;
Tratamento da Informação: Análise Combinatória;
Binômio de Newton;
Estudo das Probabilidades.
3º Ano:
Números e Álgebra: Números Complexos;
Polinômios;
Geometrias: Geometria Analítica;
Tratamento da Informação:
Estatística;
Matemática Financeira;
AVALIAÇÃOA avaliação deve ser coerente com o enfoque dado aos princípios básicos da
disciplina. Se encararmos a Matemática sob o ponto de vista dinâmico, que leve em conta
os percalços do seu desenvolvimento, então teremos que adotar, diante da avaliação,
uma postura que considere os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de
solucionar os problemas que lhe são propostos e procurar ampliar a sua visão, o seu
saber sobre o conteúdo em estudo.
A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino- aprendizagem, em que o
objetivo não é verificar (através de uma medição) a quantidade de informações “ retidas”
pelo aluno ao longo de um determinado período, já que não se concebe ensino como
“transmissão de conhecimento.”
Ela deve servir como instrumento diagnóstico do processo de ensino
281
aprendizagem, oferecendo elementos para revisão de postura de todos os componentes
desse processo ( aluno – professor – conteúdo – metodologia – instrumentos de
avaliação).
Dessa forma, restringir a avaliação a um conceito obtido em uma prova não retrata
com fidelidade o aproveitamento obtido. Portanto, de acordo com as Diretrizes,as
atividades avaliativas devem ser orientadas por critérios que possibilitem observar se o
aluno comunica - se matematicamente; compreende o problema matemático e elabora
um plano de solução do problema.
Portanto, é necessário considerar a avaliação como um recurso a serviço do
desenvolvimento do aluno que o leve a assumir um compromisso com a aprendizagem.
REFERÊNCIASSARQUIS, EDUARDO. Coleção Matemática com Sarquis. Minas Gerais, Formato,
2001.
FRANÇA, ELIZABETH. Matemática na vida e na escola. São Paulo. Editora da Brasil,
2004.
DANTE, LUIZ ROBERTO. Tudo é Matemática. São Paulo, Ática
21. SOCIOLOGIAApresentação geral da disciplina A Sociologia surge, enquanto ramo do saber científico, com a função de
compreender e interpretar as transformações econômicas, sociais e políticas que se
processavam na Europa a partir da desagregação da sociedade feudal e da consolidação
do capitalismo. Historicamente, o marco de surgimento da Sociologia insere-se na busca
de explicações científicas para as inúmeras transformações sociais, econômicas, políticas
e culturais decorrentes da Revolução Industrial e da Revolução Francesa do século XVIII.
A profunda transformação do modo de produção e as novas ideias políticas
desenvolvidas a partir dessas revoluções produziram novas relações sociais e novos
282
problemas para a sociedade. “Os conflitos gerados pelo surgimento de novas classes
sociais, de novas ideologias, de diferentes questionamentos, reclamam a elaboração de
respostas. A sociedade torna-se um problema que precisava de explicação” (CARVALHO,
2004, p. 199). Era necessário, portanto, que se desenvolvesse um saber científico capaz
de encontrar respostas e soluções para a crise e de compreender a problemática social
que se instalava. E assim nasce a Sociologia.
Por um lado, o saber sociológico surge enquanto um mecanismo importantíssimo
para a compreensão das transformações e, por outro, funcionava para “amenizar o
espanto” do homem frente à crise social e econômica que se instaurava. Não é à toa que
o pensamento positivista que se desenvolve nos primórdios da Sociologia visava restaurar
a ordem social por meio de um processo conservador e reformista.
Enquanto saber sistematizado, a Sociologia tem procurado compreender e
conhecer as sociedades humanas. Assim, temos que o objeto do conhecimento
sociológico pode ser definido como “o conhecimento e a explicação da sociedade pela
compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das
relações que se estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como a
compreensão das consequências dessas relações para indivíduos e coletividades”.
(DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO, p. 20).
Todavia, esse conhecimento não explica a realidade unicamente a partir de uma
teoria, visto não haver uma única forma de explicar sociologicamente a realidade. Cabe
ao professor, de acordo com seus posicionamentos políticos e com as teorias tradicionais
da Sociologia, escolher aquela mais adequada para explicar o objeto de estudo em
questão.
O ensino da Sociologia deve buscar, nas diferentes tradições sociológicas, o seu
devido potencial explicativo, bem como resgatar a história da Sociologia, como forma
coerente de estabelecer um processo dialético entre a ação política e a ação educacional,
visando construir um conhecimento crítico e com o rigor científico necessário. Conforme
destaca CARVALHO, a Sociologia nasce:Como forma autoconsciente da realidade para boa parte das reflexões dos primeiros pensadores, que hoje fazem parte dos clássicos das Ciências Sociais. Como exemplo podemos citar Saint-Simon, Tocqueville, Comte, Burk, Spencer,
283
Feurerbach, Durkheim, Weber, Marx e outros. Todos tratando de compreender, explicar e responder às transformações e crises manifestas em processos sociais e estruturais, em movimentos de protesto, greve, revolta e revolução”. (CARVALHO, 2004, p. 200).
Tomando como base as Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, estabelecidas pela
SEED/PR, destacamos a seguir algumas concepções teóricas1 que fundamentam a
Sociologia enquanto disciplina acadêmica e escolar:- Concepções Sociológicas de Karl
Marx:
Karl Marx (1818-1883) concebe a sociedade capitalista como relação de
exploração, e a educação como possibilidade de emancipar o sujeito da opressão
exercida por essa relação desigual.
Marx, cuja teoria teve a finalidade de compreender a natureza da sociedade
capitalista e apontar uma direção para sua transformação, investigou os mecanismos de
“enquadramento” social dos indivíduos pela análise das forças sociais capazes de
controlar a consciência humana. Ao perceber, para além das aparências, o processo
histórico que conduziu a burguesia ao patamar de classe dominante. Marx enunciou –
como lei de validade geral – que a história das sociedades é movida pela luta de entre as
classes sociais.
A concepção de sociedade marxista torna complexa e frágil a concepção de
Durkheim, ao demonstrar que a coerção da sociedade sobre os indivíduos, pelas
pressões e obrigatoriedades, não é indiscriminada, indistinta, mas que acontece de uma
determinada classe social sobre outra, a qual, por sua vez, não tem consciência real do
processo de dominação do qual é objeto. Essa coerção e essa dominação se manifestam
de variadas formas.
Para Marx, a educação é importante forma de perpetuar a exploração de uma
classe sobre a outra, pois dissemina a ideologia dominante e inculca na classe dominada
o modo burguês de ver o mundo. No entanto, Marx também vê na educação a
possibilidade de reverter essa situação. Conforme seu entendimento, cabe à educação 1 O texto sobre as concepções teóricas que segue foi copiado na íntegra dos Cadernos da SEED/PR que estabelecem as diretrizes curriculares para Sociologia de 2007 (p. 20 a 24), em função de sintetizar de forma objetiva a discussão acerca da teoria e da prática educativa como resultado das discussões realizadas pelo corpo docente de Sociologia.
284
desenvolver ao trabalhador expropriado o conhecimento do conjunto, do processo
produtivo, e extinguir a divisão do trabalho em intelectual e manual e, consequentemente,
a alienação.
Marx propõe a substituição do indivíduo parcial e restrito, fragmentado socialmente,
pelo indivíduo integral, cujas ações sociais seriam desdobramentos de suas
potencialidades. De acordo com Marx, a educação é um mecanismo que, conforme seu
conteúdo de classe, pode oprimir ou emancipar o homem.- Concepções Sociológicas de
Émile Durkheim:
Émile Durkheim (1858-1917) concebe a sociedade capitalista como vínculo moral
entre os homens e a educação como forma de manutenção da estabilidade e da ordem
social.
Para Durkheim, as representações dos fatos sociais são percebidas pelas pessoas
de modo singular e coletivo ao mesmo tempo: cada ser humano é habitado por estados
mentais que dizem respeito apenas à sua pessoa quanto por estados mentais coletivos,
que são crenças, valores e hábitos compartilhados.
O sujeito faz parte da sociedade assim como parte da sociedade o compõe.
Portanto, a sociedade faz sentido somente se compreendida como um conjunto cuja
existência própria, independentemente de manifestações individuais, exerce sobre cada
ser humano uma coerção exterior, a partir de pressões e obrigatoriedades porque, de
alguma forma, ela não “cabe” na sua totalidade, na mente de cada indivíduo. Assim
consideradas, as representações coletivas exteriores às consciências individuais não
derivam dos indivíduos tomados isoladamente, mas de sua cooperação.
Como totalidade, a sociedade precede sobre os indivíduos. Daí a necessidade da
cooperação para concretizar a organização social. Durkheim afirma que, para haver
cooperação é necessário consenso, ou seja, adesão às regras sociais de validade geral e
indistinta, de modo que cabe à educação ensinar aos indivíduos essas regras. Para
Durkheim, educação é socialização, é ensinar e aprender o “lugar” de cada um no
sistema, no organismo social, sem questionar se a forma de organização social é desigual
ou não. Sob tal ponto de vista, a sociedade modela a ação individual; à educação cabe
enquadrar cada indivíduo às expectativas de classe, gênero, etnia, e moral que são
285
esperadas dele.
- Concepções Sociológicas de Max Weber:
Max Weber (1864-1920) concebe a sociedade capitalista como vínculo de
racionalização da vida, resultado de uma grande teia de interações e relações
interindividuais e pensa a educação como uma resposta limitada e inexorável a essa
racionalização.
Para Weber, a realidade social não é algo por si, independente. A realidade tem
determinada fisionomia a partir dos valores que orientam sua compreensão, os quais são
compartilhados, são coletivos. No entanto, são introjetados e apreendidos de formas
diferenciadas, efeito do processo de interação social. Ou seja, o social reside na interação
entre as partes, que são muitas e se renovam a cada dia; daí a impossibilidade de sua
apreensão como totalidade.
No que tange à compreensão da realidade social, no máximo, é possível decifrar a
significação da ação social, ou seja, as condutas humanas. Para Weber, a ação social no
mundo moderno exige dos homens desempenho de tarefas, além dos valores, e não
prescinde do cálculo dos custos e benefícios e da racionalidade (finalidades).
Compreender a sociedade é analisar os comportamentos movidos pela racionalidade dos
sujeitos com relação aos outros, é compreender o agir dos homens que se relacionam
uns com os outros, de acordo com um cálculo e uma finalidade que tem por base as
regras.
Weber entende que uma ordem social, para atender à finalidade do mundo
moderno capitalista, torna-se cada vez mais ampla, institucionalizada, desencantada e,
sobretudo, burocrática. Nesse contexto, sob uma compreensão “desencantada”, Weber
considera que resta à educação sistemática (escolar) prover os sujeitos de conteúdos
especializados, eruditos, e de disposições que os predisponham a ter condições –
conduta de vida e conhecimento especializado – necessárias para realizar suas funções
de perito na burocracia profissional.
Concepções Sociológicas de Antonio Gramisci:
Antonio Gramisci (1891-1937), pensador marxista e ativo militante comunista,
volta sua reflexão para as sociedades de capitalismo avançadas, caracterizadas
286
por um forte mercado interno e pelo pluralismo político. Conforme a concepção
de Gramisci, o poder é diluído entre o governo e suas instituições, qualificando
por ele como o espaço da coerção; e as variadas instâncias da sociedade civil,
como as indústrias, os partidos, os sindicatos, chamadas de espaço de
consenso e persuasão.
Dessa concepção de sociedade, Gramisci propõe uma ação política revolucionária
articulada organicamente na sociedade, no cotidiano das relações sociais. Além da
superação da exploração de uma classe sobre a outra e da eliminação da propriedade
privada, é necessário conquistar a hegemonia política e ideológica, lutar contra a
apropriação privada e elitista do conhecimento.
287
A escola, em seus diferentes graus, é o instrumento da formação de um novo
tipo de homem, que deve entender-se como produto de uma elaboração de vontade e
pensamento coletivo, logrado mediante o esforço individual concreto e não por processos
ou determinações alheios a cada um.
Para Gramisci, as características da alternativa pedagógica que busca uma
nova sociedade são:
que a educação seja social;
que a educação seja de todos e para todos; e que a educação seja responsável,
aceita interiormente, e não imposta.
Trata-se do projeto da “escola única”, na qual, desde o nível fundamental até o
nível superior, não esteja presente o abismo que separa as classes sociais na sociedade
capitalista ocidental. Esse projeto é revolucionário porque abandona a idéia do
conhecimento dual, ou seja, extingue a existência de escolas nas quais são preparados
para dirigentes e escolas nas quais outros são preparados para serem dirigidos.
Concepções Sociológicas de Pierre Bourdieu:
Em sua concepção de sociedade, Bourdieu (1930-2002) radicaliza a precedência e o peso
das estruturas sociais sobre as ações individuais presentes no pensamento de Durkheim.
Bourdieu questiona o discurso que propaga uma escola igualitária que, supostamente,
possibilitaria a concretização das potencialidades humanas. Ao contrário, para ele, a
instituição escolar dissimularia, sob a fachada da neutralidade, as desigualdades.
As escolas, as universidades e outras instituições reproduzem as relações sociais e
de poder dominantes pelos critérios de triagem e seleção, inclusão ou exclusão de
conteúdos, métodos e, consequentemente, de indivíduos que ocupam determinados
papéis sociais.
288
Sob tal concepção, a possibilidade de mudança não está necessariamente na
educação que veicula o saber sistematizado. Assim, toda ação pedagógica é considerada
uma violência simbólica, arbitrária, e oculta relações de força sob imposição de valores,
normas e concepções culturais revestidas de uma suposta autoridade, originárias nos
grupos e classes dominantes.
Para Bourdieu, os bens culturais aos quais o aluno tem acesso conforme sua
classe social, incrementados pelos conhecimentos escolares – seu capital cultural -,
determinam a sua posição na hierarquia econômica e social.
- Concepções Sociológicas de Florestan Fernandes:
Para Florestan Fernandes (1920-1995), a sociedade é um nexo de relações
causais que se desdobram em processos e estruturas que engendram a especificidade
social. Para ele, o homem se constitui como ser social no mesmo processo por meio do
qual constitui sua sociabilidade, sua forma de organização concreta. “Existir” socialmente
significa, para o sociólogo, compartilhar condições e situações, desenvolver atividades e
reações, praticar ações e relações que são interdependentes e se influenciam
reciprocamente. Tal nexo de relações configura as condições de persistência e/ou
transformação da realidade social.
Ao se voltar para conteúdos que propiciem a consciência social de classe dos
trabalhadores e sua desobjetificação, Florestan Fernandes reivindica uma escola que dê
prioridade à maioria da população marginalizada. A educação e a auto-emancipação
coletiva se tornam, então, co-determinantes de uma relação recíproca mediada pela
escola e inspirada no papel político da classe trabalhadora de negar a sociedade
capitalista existente.
289
As concepções sociológicas acima pontuadas orientam a prática pedagógica de
sala de aula e oferecem aos alunos uma reflexão crítica da realidade que o cerca.
Conforme o caderno de Sociologia da SEED/PR destaca, é “do resgate dos conteúdos
críticos, da sociologia clássica e moderna que permitem esclarecer muitas questões
acerca de desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais da sociedade
brasileira”.
Esse resgate permite que se coloque em pauta, no ensino de sociologia, a teoria e
a realidade social, de forma que se discutam os principais problemas sócio-econômicos
do país, reconhecendo as classes e grupos sociais excluídos na sociedade capitalista. É
necessário resgatar para o aluno as determinações históricas que originaram os
problemas sociais, bem como a necessidade de posicionar-se criticamente e
politicamente frente a essa realidade, transformando-a.
2. OBJETIVOS GERAIS
A Sociologia tem a difícil tarefa de fazer com que o aluno possa investigar,
descrever, explicar, compreender e decodificar os fatos relacionados à vida social. Ela
deve possibilitar que o educando compreenda o mundo a sua volta de maneira crítica e
consciente. Enquanto saber crítico e humanista, deve criar condições para que o aluno
possa analisar com racionalidade e coerência teórica a problemática da sociedade em
que vive.
Conforme salienta CARVALHO (2004, p. 344), as Ciências Sociais “(...) possibilitam
um instrumental teórico-prático ao educando que lhe permite se perceber como um
elemento ativo e capaz de viabilizar, mediante o exercício pleno de sua cidadania,
mudanças sociais que apontem para um modelo de sociedade mais justo e solidário”.
Portanto, temos que o objetivo central da Sociologia é, conforme pregava Florestan
Fernandes, propiciar que os jovens, ainda em sua formação secundária, possam tratar
dos problemas econômicos, políticos e sociais do país, de forma prática e científica, por
meio de técnicas de investigação social. Essa perspectiva contribui para que o educando
290
possa não só conhecer e compreender a sociedade, mas também interferir e alterar suas
práticas sociais, de maneira a construir uma realidade social humana, justa e cidadã.
Hoje, a sociedade está passando por uma transformação dramática, revelada pelo
aumento dos conflitos étnicos, o desvio de empregos para países com mão-de-obra mais
barata, a globalização econômica e a exclusão social, consumismo, desemprego, a
dificuldade de serviços de financiamento do governo, a mudança no mercado de trabalho,
o aumento da fome nas superpopulações, a quebra do equilíbrio ecológico, a violência, a
redefinição dos papéis sociais dos homens e das mulheres e muitas outras mudanças.
Entender essa problemática é tão necessário quanto foram as razões do surgimento da
Sociologia nas primeiras décadas do século XIX. Portanto:
“a Sociologia revela e constitui dimensões essenciais do mundo moderno. As expressões sociedade civil e estado nacional, comunidade e sociedade, ordem e progresso, racional e irracional, anomia e alienação, ideologia e utopia, revolução e contra-revolução, entre outras, explicam e constituem muito desse mundo. Essa problemática denota o emprenho do pensamento sociológico em compreender, interpretar, taquigrafar, ordenar, controlar, dinamizar ou exorcizar esse mundo” (CARVALHO, 2004, p. 200).
Eis a importância desta Disciplina no currículo escolar do Ensino Médio. O campo teórico
e científico da Sociologia e as reflexões que ela propõe ao educando permitem o
desenvolvimento de uma consciência crítica da realidade e da sociedade em que está
inserido. A formação humanística da Sociologia propicia o despertar da crítica e da
cidadania frente às múltiplas realidades que envolvem o cotidiano do estudante no dias
atuais.
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS→ Apropriar-se de conhecimentos e conceitos da Sociologia.
→ Compreender o pensamento sociológico e problematizar a vida em sociedade
no campo ético, político, cultura e econômico.
→ Articular as teorias sociológicas com os problemas atuais: políticos, sociais,
econômicos e culturais.
291
→ Adquirir uma visão sociológica do mundo no sentido de contribuir para a
formação da pessoa humana, negando o individualismo e compreendendo a sociedade
na qual estamos inseridos.
→ Desenvolver uma reflexão crítica e analítica da sociedade globalizada.
→ Estabelecer procedimentos próprios do pensamento crítico: apreensão e
construção de conceitos, argumentações e problematização.
→ Promover o contanto cognitivo do aluno como pensar sociológico por meio da
análise de textos clássicos e da pesquisa.
→ Desenvolver técnicas e métodos de leitura e análise de textos.
→ Estimular a produção textos analíticos e reflexivos.
→ Compreender a importância da responsabilidade social do indivíduo com o
mundo em que vive.
4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Conforme o caderno “Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino Médio”
da SEED/PR, os conteúdos que seguem não se resumem a uma listagem de temas e
conceitos encadeados de forma engessada e rígida. São “conteúdos representativos dos
grandes campos de saber, da cultura e do conhecimento universal e devem ser
compreendidos a partir da práxis pedagógica como construção teórica”. São
considerados, portanto, como um rol de conteúdos estruturantes, centrais e básicos para
a compreensão da realidade social, cuja função básica é instrumentalizar alunos e
professores na seleção, problematização e organização dos conteúdos específicos da
sociedade em que o aluno está inserido.
É possível trabalhar os Conteúdos Estruturantes de maneira que haja uma inter-
relação entre os conceitos, as teorias e os temas. A proposta que segue, parte dos
conceitos, para, num segundo momento, fazer a leitura de alguns textos teóricos sobre o
conteúdo e, por último, no desenvolvimento de temas específicos, visando aliar as
questões teóricas e conceituais com a realidade. Nesse sentido, a tentativa é fazer com
292
que o aluno, de posse de determinados conceitos, possa compreender a realidade social
que o cerca, contextualizá-la, percebendo a importância da Sociologia enquanto Ciência
na sua vida.
Os conteúdos também incorporam a temática referente às Relações Étnico-
Raciais propostas pela Lei 10.693/03 e pela Deliberação 04/06 do Conselho Estadual de
Educação no que se refere ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Além da temática afro-brasileira e africana, procuraremos inserir nas
discussões os conteúdos referentes à História do Paraná, conforme consta na Lei
Estadual 13.381/01, principalmente no que diz respeito à formação da sociedade
paranaense, a contribuição das etnias européias na construção do povo do Paraná.
A questão do meio ambiente também se faz presente nos conteúdos a serem
trabalhados em Sociologia, em função da interligação entre sociedade e ambiente,
principalmente no que se refere à exploração e degradação do espaço na produção da
vida material. Nesse sentido, conforme a Lei 9.795/99 que trata da Educação Ambiental,
sempre que possível, os conteúdos abordarão a temática do meio ambiente e a relação
do homem com a natureza enquanto um dos pólos de construção da vida social.
No que se refere à portaria 413/2002 do Programa Nacional de Educação
Fiscal, o ensino de Sociologia pode contemplar em diversos temas de estudo, a
sensibilização do aluno para as questões fiscais, a importância do tributo na construção
de uma sociedade justa e melhor para todos.
Assim sendo, os conteúdos estruturantes ficaram assim divididos:
1º ANO
293
→ PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS:
a) Conceitos:
- Introdução à Sociologia (conceituação e histórico);
- Importância da Sociologia;
- Sociabilidade e socialização;
- Convívio social;
- Interação social;
- Papel ou status social;
- Individualismo;
- Competição e conflito social;
- Instituições sociais (Família, Igreja, Estado, Escola...);
- Grupos sociais.
b) Teorias:
- O positivismo e a idéia de coesão e harmonia social;
- A teoria da ação social de Weber;
- Estudos antropológicos contemporâneos que tratem dos grupos sociais, da
juventude, dos conflitos étnicos e da violência;
- A abordagem de Michel Foucault sobre a Instituição Escola e a de Marx sobre a
Instituição Religiosa.
c) Temas possíveis de serem desenvolvidos:
- A influência das instituições na socialização dos indivíduos;
- A influência das mídias nos valores e no processo de socialização;
- Os conflitos étnicos e religiosos no mundo e as barreiras para a interação social e
para a tolerância (Lei 10.693/03 e pela Deliberação 04/06 do Conselho Estadual de
294
Educação);
- A Constituição e a diversidade étnica da sociedade paranaense (Lei Estadual
13.381/01 – História do Paraná);
- A questão do afro-descendente na sociedade brasileira e o sistema de quotas (Lei
10.693/03 e pela Deliberação 04/06 do Conselho Estadual de Educação);
- A juventude e violência;
- As diferentes “tribos” urbanas (gangues, skatistas, punks).
2º Ano
CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL:
a) conceitos:
- Cultura;
- Cultura e diversidade;
- Natureza e cultura;
- Identidade cultural;
- Etnocentrismo;
- Etnia;
- Cultura erudita, popular e industria cultural;
- Globalização e cultura.
b) Teorias:
- Evolucionismo e a noção de “inferioridade cultural”;
- O Determinismo social;
- A Escola de Frankfurt e a indústria cultural;
c) Temas possíveis de serem desenvolvidos:
- A diversidade cultural no mundo;
295
- As diversas manifestações culturais no Brasil;
- A mídia e a indústria cultural;
- O consumismo e a degradação do meio-ambiente (Lei 9.795/99 – Educação
Ambiental).
- As sociedades indígenas do Brasil;
- A cultura afro-brasileira e africana (Lei 10.693/03 e pela Deliberação 04/06 do
Conselho Estadual de Educação);
- A cultura do imigrante que integrou e construiu o Estado do Paraná (Lei Estadual
13.381/01 – História do Paraná);
- Cultura e contracultura;
- O processo de globalização e a idéia de “cultura universal”;
- O meio ambiente na sociedade globalizada (Lei 9.795/99 - Educação Ambiental).
→ TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS:
a) Conceitos:
- Trabalho;
- Divisão do Trabalho;
- Alienação;
- Modos de Produção;
- Classes Sociais no Capitalismo;
- Mobilidade social;
- Poder econômico.
b) Teorias:
- A divisão do trabalho em Durkheim;
296
- Marxismo: modo de produção capitalista, estratificação social e exploração do
trabalho.
c) Temas possíveis de serem desenvolvidos:
- Desigualdade social e econômica no Sistema Capitalista;
- O trabalho e a questão de gênero: o tratamento desigual no trabalho feminino;
- A exclusão social do afro-descendente e a discriminação no trabalho (Lei 10.693/03
e pela Deliberação 04/06 do Conselho Estadual de Educação);
- A contribuição histórica do imigrante paranaense para a economia do Estado;
- A exploração do trabalho infantil;
- Globalização e exclusão social dos trabalhadores;
- O trabalho informal como um mecanismo de sobrevivência;
- A exploração da natureza no modo de produção capitalista e o consumismo (Lei
9.795/99 - Educação Ambiental).
3º Ano
→ PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA:
a) Conceitos:
- Poder;
- Política;
- Ideologia;
- Estado;
- Supranacionalidade.
b) Teorias:
- O poder e o Estado em Weber, Marx, Hobbes e Rousseau;
297
- A noção de ideologia desenvolvida pelo Marxismo.
c) Temas possíveis de serem desenvolvidos:
- A legitimidade do poder do Estado;
- O poder de polícia do Estado e a importância dos tributos na distribuição dos bens
sociais (Portaria 413/2002 do Programa Nacional de Educação Fiscal)
- As diferentes manifestações ideológicas na sociedade atual: história em
quadrinhos, a “superioridade estadunidense”, o Islã...
- As manifestações da ideologia por via das Mídias;
- A ideologia do branqueamento inserida na Lei 209/1921 que estabelecia cotas
para o ingresso de asiáticos e proibição da entrada de imigrantes negros no Brasil (Lei
10.693/03 e pela Deliberação 04/06 do Conselho Estadual de Educação);
→ DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS:
a) Conceitos:
- Cidadania;
- Lei e Direito;
- Justiça e injustiça;
- Desigualdade social;
- Direitos Humanos;
- ONGs;
- Movimentos Sociais.
b) Teorias:
- A desigualdade econômica em Marx;
298
- O surgimento dos Movimentos Sociais segundo Max Weber.
c) Temas possíveis de serem desenvolvidos:
- A conquista da Cidadania na sociedade brasileira;
- Desigualdade social na moradia, no acesso ao consumo e à Escola;
- O problema da fome no Brasil;
- A pobreza, a distribuição de renda e a exclusão social;
- A distribuição da renda através da aplicação dos tributos (portaria 413/2002 do
Programa Nacional de Educação Fiscal);
A importância do reconhecimento dos direitos humanos;
Os movimentos sociais urbanos e rurais: os sem-teto, o MST, os sindicatos de
trabalhadores, as associações de bairro, o Movimento Negro, o Movimento
Feminista, os Movimentos Ecológicos e Ambientalistas.
METODOLOGIA DA DISCIPLINAOs conteúdos estruturantes não podem ser trabalhados de maneira autônoma ou
seqüencial, por vezes são articulados entre si e em outros momentos, os conteúdos
podem ser trabalhados em si mesmo sem uma articulação com os demais.
Para dar conta de trabalhar os conteúdos da Sociologia e em função da dinâmica da
sociedade e da própria ciência, o professor deve fazer uso de vários instrumentos
metodológicos. Estes instrumentos devem ser adequados aos objetivos pretendidos em
cada conteúdo, bem como devem possibilitar o desenvolvimento de um pensamento
crítico e questionador.
Ressaltamos que os procedimentos metodológicos devem ser adotados de acordo
com o conteúdo estruturante ou com os conteúdos específicos que serão trabalhados,
pois nem todos os procedimentos cabem para todos os conteúdos, bem como nem todo
conteúdo pode ser trabalhado com qualquer prática metodológica. Pontuamos alguns
encaminhamentos metodológicos próprios do conhecimento sociológico que podem ser
adotados:
Leitura e análise de textos clássicos e contemporâneos - é através da leitura dos
299
clássicos e dos teóricos da Sociologia contemporânea, que se estabelece o caráter
científico das análises e a superação do senso comum na produção do conhecimento.
Pesquisa de campo – definição de temas específicos, produção de pré-projeto de
pesquisa, roteiro de observação e/ou entrevistas, análise e articulação com a teoria.
Aula expositiva – a prática pedagógica nas aulas de Sociologia deve partir da
problematização de questões do senso comum, de forma que haja um diálogo entre
professor e aluno, um embasamento teórico que crie condições para que os fenômenos
sociais sejam compreendidos numa perspectiva científica. Nesse sentido, a aula
expositiva deve ser dinâmica e participativa, de forma que se organizem os conteúdos de
maneira reflexiva. A ideia central neste tipo de prática é que o aluno perceba que a
sociedade se organiza através das aparências e que a análise científica possibilita o
desvendamento da essência da sociedade e dos fenômenos sociais.
Trabalhos em grupo/e ou seminários – esta prática permite uma reflexão livre,
criativa e motivadora, de maneira que o aluno possa trocar idéias, interagir e produzir
uma leitura própria dos textos sociológicos e de outros materiais como: artigos de jornais,
revistas, poesias, letras de músicas...
Recursos audiovisuais e de comunicação (cinema, televisão, fotografia, música) – a
escolha de um filme, de uma música ou de um programa de televisão pode ser definida a
partir de um tema ou de um recorte a ser privilegiado na discussão. Estes recursos
possibilitam que se faça uma articulação entre eles e os temas e/ou teorias que estão
sendo contempladas.
AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem deve estar articulada com os objetivos gerais
estabelecidos no Projeto Político Pedagógico e com objetivos da própria Disciplina. A
avaliação visa construir um determinado resultado, ou seja, o processo avaliativo deve
também contemplar a construção de um conhecimento crítico, dinâmico e transformador
que caminhe junto com a filosofia da escola e com os objetivos da própria ciência
sociológica. Conforme o caderno das “Diretrizes Curriculares de Sociologia para o Ensino
Médio” da SEED/PR:
300
O processo de avaliação no âmbito do ensino da Sociologia, deve perpassar todas as atividades relacionadas à disciplina, portanto necessita de um tratamento metódico e sistemático. (...) As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja a produção de textos que demonstrem a capacidade de articulação entre teoria e prática (...)”. (DIRETRIZES CURRICULARES).
301
A finalidade da avaliação na Disciplina de Sociologia é ampliar a visão do aluno sobre a
ciência, de maneira que ele possa adquirir os conhecimentos sociológicos necessários
para se posicionar criticamente e conscientemente diante da sociedade e da
complexidade dos fenômenos sociais. Nessa linha de raciocínio, a avaliação deve ser
contínua e pautada num processo de ação – reflexão – ação. Portanto, compreendendo a
avaliação do ensino-aprendizagem como o acompanhamento das ações educativas do
aluno, é importante que seja colocada a partir de três funções básicas: a) diagnóstica –
objetivando aproveitar os conhecimentos prévios dos alunos; b) formadora – acompanhar
as etapas do conhecimento e o desenvolvimento crítico e consciente do aluno a respeito
dos conteúdos trabalhados; e c) contínua – no sentido de orientar o planejamento e
estabelecer metodologias e estratégias para garantir a qualidade científica do processo
de aquisição do conhecimento.
A avaliação da aprendizagem em Sociologia deve ser construída a partir da:
1. Leitura e análise de textos sociológicos.
2. Discussões, debates e reflexões acerca dos textos e da realidade na qual o
aluno está inserido.
3. Seminários, que visem desenvolver a articulação e o discurso propriamente
sociológico.
4. Uso dos meios de comunicação, análise da mídia como instrumento da
cultura de massa e da formação da opinião pública, por meio de análise de propagandas,
jornais, telenovelas, etc.
5. Construção de painéis criativos e comparativos de uma dada teoria ou de
um determinado tema da realidade social.
302
6. Análise e interpretação de diferentes textos e linguagens: charges,
desenhos, músicas, obras de arte, filmes, documentários etc.
7. Produção de textos e avaliações escritas.
Cumprindo sua função, a avaliação possibilita, desta forma, verificar se houve ou
não enriquecimento do conhecimento do aluno e de que maneira se processou a
construção de seu conhecimento, primando sempre pela preponderância dos aspectos
qualitativos em detrimento dos quantitativos.
7. REFERÊNCIAS
ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Marins Fontes,
2003.
CARVALHO, Lejeune Mato Grosso de (org). Sociologia e ensino em debate: experiências e discussão de sociologia no ensino médio. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.
VÁRIOS AUTORES. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2007.
22. QUÍMICAApresentação da DisciplinaA Química está associada às necessidades básicas dos seres humanos. Seu
aprendizado é vital para entender o mundo que nos rodeia. Conhecer a química significa
compreender as transformações do mundo físico, e assim poder julgar de forma mais
fundamentada as informações provenientes da tradição cultural, da mídia e da escola,
possibilitando ao aluno tomar suas próprias decisões, enquanto indivíduo e cidadão.
Para iniciar as discussões sobre a importância do ensino de química, considera-se
essencial resgatar momentos marcantes sobre a história do conhecimento químico.
Inicialmente o ser humano conheceu a extração, produção e o tratamento de metais como
o cobre, o bronze, o ferro e o ouro.
No século III da era cristã até o final da Idade Média, a alquimia, um misto de
303
ciência, religião e magia, desenvolveu-se simultaneamente entre os árabes, egípcios,
gregos e chineses.
No final do século XIV e início do século XV, esse conturbado momento histórico
trazia a preocupação com relação da mão-de-obra produtiva e os estudos sobre
substâncias minerais para a cura de doenças.
No século XVII, então, ocorreu um grande desenvolvimento na experimentação
química.
Com o desenvolvimento das máquinas, a revolução industrial; assim, o trabalhador
deixou de ter o domínio sobre o processo produtivo e todo esse movimento da indústria
química.
Os interesses da indústria da segunda metade do século XIX, impulsionaram
pesquisas e descobertas sobre o conhecimento químico; entre eles, os avanços da
eletricidade.
No final do século XIX, com o surgimento dos laboratórios de pesquisa, a química
se consolidou como a principal disciplina associada aos efetivos resultados na indústria.
Desde o final do século XX, passamos a conviver com a crescente miniaturizaçao
dos sistemas de computação, com o aumento de sua eficiência e ampliação do seu uso, o
que constitui uma era de transformações nas ciências que vêm modificando algumas
maneiras de viver.
No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo em química surgiram no
início do século XIX, provenientes das transformações políticas e econômicas que
ocorriam na Europa.
No final da década de 1990, o Estado do Paraná adotou os PCN como referência
para a organização curricular em toda a Rede Estadual de ensino.
O ensino de química deve priorizar os conteúdos essenciais, ou seja, aqueles que
possam ter significado real à vida do educando. Deve-se explorar a vivência do aluno
motivando a reflexão e adoção de uma postura necessária para transformação da
sociedade tecnológica e igualitária, buscando assegurar a preservação do meio ambiente
em todas as escalas e a formação para a cidadania, consolidando o uso de ferramentas
do conhecimento químico no encaminhamento de soluções de problemas sociais,
304
desenvolvendo valores e atitudes.
Embora muitos professores ainda concebam sua prática de sala de aula como um
mundo à parte da teoria, há um movimento dos profissionais da educação para
estabelecer vínculos entre a história, os saberes, a metodologia, a avaliação para o
ensino de Química.
Nestas diretrizes, as prioridades político-pedagógicas são as seguintes:
- resgatar a especificidade da disciplina de Química;
- recuperar a importância da disciplina de Química no currículo escolar.
O objetivo da disciplina de Química é formar um aluno que se aproprie dos
conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico
atual.
OBJETIVOS GERAIS
Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação do ser humano, individual e
coletiva com o ambiente.
Descrever as transformações químicas em linguagem discursiva, compreender os
códigos e símbolos da Química atual, traduzir a linguagem discursiva em linguagem
simbólica da Química e vice-versa, utilizar a representação simbólica das transformações
químicas e reconhecer suas modificações ao longo do tempo.
CONTEÚDOS
Conteúdo estruturante : Matéria e sua natureza
Introdução à Química ( passado – presente – futuro)
A matéria e suas aplicações
Evolução dos modelos atômicos
Estrutura Atômica
Distribuição Eletrônica
Tabela Periódica
305
Ligação química – formação e caracterização das substâncias
Radioatividade
Conteúdo estruturantes: Biogeoquímica
Reações Químicas
Grandezas físico-químicas
Transformações gasosas
Soluções
Termoquímica
Cinética química
Equilíbrio químico
Eletroquímica
Conteúdo estruturante: Química Sintética
Características do átomo de carbono
Química do carbono
Funções oxigenadas
Polímeros
Funções nitrogenadas
Isomeria
A Lei Nº 10.639/03, nos estabelecimentos de Ensino Fundamental e Médio, oficiais
e particulares, torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura afro-brasileira.
O conteúdo programático, incluirá o estudo da história da áfrica e dos africanos, a
luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política
pertinentes à história do Brasil.
306
O ensino de história e cultura afro-brasileira e africana tem por objetivo o
reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, bem
como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da
nação brasileira, ao lado das indígenas, européias e asiáticas.
Faz-se necessária atenção especial aos aspectos éticos da experimentação animal
e as legislações, como por exemplo, a Lei Estadual do Paraná nº 14.037 (20/03/2003) que
instituiu o Código Estadual de Proteção aos animais, a lei de Biossegurança, Resoluções
do Conoma, Política Nacional da Biodiversidade (Lei do Meio Ambiente).
METODOLOGIA
Para que o estudante tenha uma boa compreensão dos conteúdos apresentados
pela disciplina, é importante partir do conhecimento prévio que o aluno já apresenta.
Através das observações espontâneas é possível fundamentar os conteúdos da disciplina
de Química, desenvolvendo assim, o conhecimento científico.
Pesquisas em textos científicos são muito importantes como metodologia de
ensino, porém, deve-se escolher um texto apropriado para o nível de conhecimento do
aluno. Deve apresentar uma linguagem fácil e um conteúdo relacionado à realidade do
aluno.
Nas diretrizes, o ensino de Química deve contribuir para que o estudante tenha
uma visão mais abrangente do universo.
Os experimentos podem ser o ponto de partida para a compreensão de conceitos e
sua relação com as ideias discutidas em aula. Os estudantes estabelecem relações entre
a teoria e a prática e, ao mesmo tempo, expressam ao professor suas dúvidas.
Há algum tempo, pesquisadores em educação recomendam textos científicos para
o ensino de Química.
AVALIAÇÃO
É imprescindível a modificação da simples transmissão de conteúdos, é necessário
307
que haja uma transformação no modo avaliativo da disciplina de Química.
A partir da lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9,394/96, a avaliação formativa
e processual, como resposta as histórias relações pedagógicas de poder, passa a ter
prioridade no processo educativo.
Pretende-se que a avaliação ocorra diariamente, de modo que possibilite analisar o
desenvolvimento do aluno dentro dessa nova visão interdisciplinar, contextualizada e
crítica, pois a partir de um ensino contextualizado pretende-se levar o aluno a perceber
que não cabe a ele reproduzir o mundo, mas transformá-lo.
O desenvolvimento de projetos pelos alunos possibilita a demonstração do avanço
intelectual dos alunos mostrando efetivamente os conhecimentos e habilidades adquiridos
dentro do processo educativo.
Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.
Valoriza-se, assim uma ação pedagógica excludente dos conhecimentos anteriores dos
alunos e a interação da dinâmica dos fenômenos naturais por meio de conceitos
químicos.
É preciso ter clareza também de que o ensino da Química está sob o foco da
atividade humana, portanto, não é portador de verdades absolutas.
Em relação às diretrizes, a disciplina de Química têm como finalidade uma
avaliação que não separe teoria e prática.
É necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem claros também
para os alunos, como direito de apropriação efetiva de conhecimentos que contribuam
para transformar a própria realidade, o mundo em que vivem.
REFERÊNCIASNOVAIS, V. Química. São Paulo: Atual, 1999. V. 1.
PINTO, A. Ciência e Existência. São Paulo: Paz e Terra, 1969.
RABELO, E.H. Avaliação: Novos Tempos, Novas Prática. Petrópolis: Vozes, 1998.
308
23. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE INGLÊSEnsino Fundamental Tendo passado por várias concepções e servido a várias tendências e ideologias
ao longo da sua história, o ensino da língua estrangeira hoje, baseado na corrente
sociológica e nas teorias do currículo de Bahkin, visa superar uma visão de ensino
apenas como meio para se atingir fins comunicativos que restringem as possibilidades de
sua abordagem como experiência de identificação social e cultural, ao postular os
significados como externo ao sujeitos. Para tanto, as aulas de língua estrangeira
oportunizarão um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade
linguística e cultural, oportunizando-o a engajar-se discursivamente e a perceber
possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive.
Tem como objeto de estudo,a Língua, apresentando os vários aspectos implícitos
no processo discursivo:língua e cultura, ideologia e sujeito, discurso e identidade.
As diretrizes curriculares concebem a língua como uma construção histórica e
cultural em constante transformação. A língua Estrangeira apresenta-se como meio para
ampliar o contato com outras formas do conhecimento, com outros procedimentos
interpretativos de construção da realidade.
Ao ensinar uma Língua Estrangeira, não estamos simplesmente ensinando um
código linguístico transparente e outro neutro, dissociando dos processos de construção
de identidades, dos contextos de atuação de nossos alunos. Estamos sim, ensinando-os
a perceber possibilidades de construção de significados, a elaborar procedimentos
interpretivos e a construir sentidos do e no mundo.
“(...) ao aprender uma língua estrangeira(...) eu adquiro procedimentos de
construção de significados diferentes daqueles disponíveis na minha língua ( e cultura )
materna. (...) quantas mais línguas eu souber, potencialmente maiores serão minhas
possibilidade de construir sentidos, entender o mundo e transformá-lo. (JORDÃO,
2004,P.164).
A Língua Estrangeira não é apenas uma matéria, e sim, um artefato de cultura. E é
isso que nós, educadores , devemos transmitir para nossos educandos, e essa
transmissão poderá ocorrer através de gestos, gravuras, fotos, simulação, ou seja, tudo
309
aquilo que possa facilitar a compreensão.
A dificuldade de conscientizá-los disso é uma tarefa difícil, pois já existe um
conceito pré-estabelecido em relação a língua Estrangeira, tanto pelos alunos quanto por
aqueles que desenvolvem o currículo escolar( sempre optando pelo modo gramatical).
Para que possamos fugir desse pré-conceito, devemos propor fazer da aula da
Língua Estrangeira um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade
cultural, levando-o a interagir, fazendo-o questionar sobre a importância da Língua
Estrangeira, tanto para sua comunidade, quanto para seu crescimento cultural, intelectual,
profissional e pessoal.
A língua estrangeira também pode ser proporciadora da construção das
identidades dos educandos como cidadãos, ao oportunizar o desenvolvimento da
consciência sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e
no panorama internacional, favorecendo ligações entre a comunidade local e mundial.
Embora a aprendizagem de língua estrangeira também possa servir como um meio
para progressão no trabalho e estudos posteriores, ela pode ser vista principalmente
como constituidora das identidades dos educandos como agentes críticos e
transformadores, o que implica na superação de visão da língua apenas como meio para
se atingir fins comunicativos.
Deve-se entendê-la não só como um instrumento de informação, mas sim
como um transporte para o conhecimento, não limitando os alunos a sua comunidade, e
sim, construindo seus próprios conceitos. É importante ainda possibilitar ao educando um
entendimento da língua estrangeira em situações diversas. Isso faz com que o aluno
tenha consciência do que ele está aprendendo em sala, dando o devido valor ao seu
aprendizado.
Decorre daí a importância para a formação da cidadania, sendo a cidadania
constituída de atitudes, sentimentos, e predisposição para agir. A aprendizagem sobre a
vida cidadã acontece a todo o momento, no interior da escola e da sala de aula, através
de práticas de participação, ou seja , baseada em um ensino que não esteja centrado no
professor. A aula de Língua Estrangeira pode ser um espaço para o desenvolvimento de
atitudes cidadãs quando inclui tarefas que envolvam colaboração, temas do cotidiano que
310
requerem diferentes pontos de vista, avaliação crítica das diversas fontes de informação,
participação ativa dos alunos na interpretação de textos, incluindo: A cultura Afro-brasileira
e Africana e a Cultura Indígena com textos da atualidade. Assim, estamos possibilitando
aos educandos vivenciar temas polêmicos, históricos, políticos, sociais, fazendo com que
tomem consciência da realidade em que vivem ao entrar em contato com vários
discursos. Com isso, o aluno está aprendendo não somente uma língua estrangeira, mas
sim, interagindo e se informando sobre o mundo.
Envolver o aluno na matéria é um ponto de extrema importância, pois dessa forma
estará participando do seu próprio aprendizado, tendo responsabilidades ao envolver-se
com as práticas escolares, quebrando assim o mito de que a Língua Estrangeira é uma
prática inutíl.“Todo sujeito que fala uma língua dada é qualquer momento capaz de emitir espontaneamente ou de receber e compeender um número infinito de frases que na maior parte, nunca pronunciou nem ouviu antes”(APUDGENOUVRIER & PEITARD,1985,P199)
Objetivos geraisInstrumentalizar o aluno para que ele seja capaz de usar a Língua Estrangeira em
situação de comunicação oral e escrita;
Propiciar ao educando a chance de fazer uso da língua que está aprendendo em
situações significativas;
Proporcionar consciência sobre a Língua Estrangeira e sua possibilidade na
interação humana;
Propiciar a compreensão e reconhecimento da diversidade cultural, A cultura Afro-
brasileira e Africana e a cultura Indígena;
Compreender a presença de Língua Estrangeira na sociedades brasileira e a
diversidade linguística nacional;
Compreender textos diversos (orais, escritos), apropriados para sua faixa etária;
Reconhecer as condições de produção e interpretação de textos de diferentes
gêneros;
Produzir textos ( orais e\ou escrito) para situações de comunicação relevantes ao
311
seu contexto;
Engajar-se em situações de comunicação que possibilitem falar sobre si mesmo e
compreender pontos de vistas de seus interlocutores;
Refletir sobre os temas do cotidiano referentes aos assuntos a serem
abordados( apropriados a cada faixa etária), com o objetivo de formar a consciência
crítica e despertar a cidadania do aluno;
Conteúdos Estruturantes - Discurso como prática Social6º AnoLeitura ( Reading)
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Oralidade( Speaking) Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Pronúncia.
312
Escrita( Writing) Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Léxico;
Coesão e coerência;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica;
Conteúdo Estruturante – Discurso como prática social7º AnoLeitura (Reading)
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
313
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Oralidade( Speaking) Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Pronúncia.
Escrita( Writing) Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Léxico;
Coesão e coerência;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
Conteúdos Estruturantes – Discurso como prática social
314
8º AnoLeitura (Reading)
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia.
Oralidade( Speaking) Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
Escrita( Writing) Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
315
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
Conteúdo Estruturante - Discurso como prática social9º AnoLeitura (Reading)
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
316
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia.
Oralidade( Speaking) Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
Escrita( Writing) Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Vozes sociais presentes no texto
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
317
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
Abordagem teórico metodológicaPrática de leitura de texto de diferentes gêneros. Utilização de materiais
diversos(foto, gráficos, quadrinhos....) para interpretação de texto. Análise dos textos
levando em consideração a complexidade dos mesmos e as relações dialógicas.
Questões que levem o aluno a interpretar e compreender o texto. Leitura de outros textos
para a observação da intertextualidade. Inferências de informações implícitas. Análise dos
textos visando reflexão e transformação.
Apresentação de pequenos textos produzidos pelos alunos. Seleção de discursos
de outros como: entrevistas cenas de desenhos, reportagem. Análise dos recursos
próprios de oralidade. Dramatização de pequenos diálogos e textos.
Discussão sobre o tema a ser produzido. Leitura de textos sobre o tema. Produção
textual. Revisão textual. Reestrutura e reescrita textual.
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:
De gêneros selecionados para leitura ou escrita.
De textos produzidos pelos alunos.
Das dificuldades apresentadas pela turma.
Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio de língua.
Avaliação“O objetivo da avaliação é intervir para melhorar.”( LUCKESI).Elemento que integra ensino e aprendizagem, a avaliação tem por meta o ajuste e
a orientação para a intervenção pedagógica, visando a aprendizagem da forma mais
adequada para o aluno. É o elemento de reflexão contínua para o professor sobre sua
prática educativa, e um instrumento para que o aluno possa tomar consciência de seus
progressos, dificuldade e possibilidade. Não podemos apresentar para os educandos a
avaliação como uma punição, mais como uma forma de demonstrar seu aprendizado.
318
Segundo Luckesi:A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento. (Luckesi, 2005,p.166).
A avaliação da aprendizagem de Língua Estrangeira precisa superar a concepção
de mero instrumento de medição da compreensão de conteúdos, visto que ela se
configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das
dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de sua produção, no processo de
ensino aprendizagem.
Nessa perspectiva caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos,
considerando que o engajamento na sala de aula se realiza por meio da interação verbal,
a partir dos textos e de diferentes formas: entre os alunos e o professor na turma; na
interação dos alunos com o material didático; nas conversas em língua materna e na
língua estrangeira, e no próprio processo de uso da língua. Produzir sentido no processo
de compreensão dos textos, tais como: inferir, servindo-se dos conhecimentos prévios;
levantar hipóteses a respeito da organização textual, etc.
Nesse processo de avaliação, o aluno envolvido, uma vez também é construtor do
conhecimento, precisa ter seu esforço reconhecido por meio de ações como: o
fornecimento de um retorno sobre o seu desempenho e o entendimento do “erro” como
parte integrante da aprendizagem. Assim, tanto o professor quanto os alunos poderão
acompanhar o percurso desenvolvido até então e identificar dificuldade, bem como
planejar e propor outros encaminhamentos que visem à superação das dificuldades
constatadas.
Critérios de avaliaçãoRealizar leituras compreensivas do texto, levando em consideração a sua condição
de produção. Localizar informações explícitas no texto. Emitir opiniões a respeito do que
leu. Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso à informação de
outras culturas e outros grupos sociais, Afro-brasileira e Africana e a cultura Indígena.
319
Refletir e transformar o seu conhecimento relacionando as novas informações aos
saberes já adquiridos.
Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção( formal e
informal).Apresentar clareza nas ideias. Desenvolver a oralidade através da sua prática.
Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção proposta. Diferenciar a
linguagem formal da informal. Estabelecer relações entre partes dos textos, identificando
repetições ou substituições.
Utilizar adequadamente recursos linguísticos, como o uso da pontuação, o uso dos
artigos, dos pronomes, etc. Conhecer e ampliar o vocabulário. Utilizar as reflexões
verbais para indicar diferenças de tempo e modo. Ampliar o léxico.
Ensino MédioConteúdos Estruturantes
Discurso como prática social;
Conteúdos BásicosLeitura
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Marcadores do discurso;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão e negrito);
320
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia.
Oralidade Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
Adequação do discurso do ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
Escrita Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Vozes sociais presentes no texto;
Vozes verbais;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
321
aspas, travessão, negrito);
Variedade linguística;
Ortografia;
Acentuação gráfica.
Abordagem teórico metodológica Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
Relevância dos conhecimentos prévio dos alunos;
Inferências de informações implícitas;
Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação
de textos;
Análise dos textos, levando em consideração o grau de complexidade dos
mesmos;
Questões que levam o aluno a interpretar, compreender e refletir sobre o texto;
Leitura de outros textos, através de pesquisa, para a observação das relações
dialógicas;
Apresentação de pequenos textos produzidos pelos alunos;
Seleção de discursos de outros como: entrevistas cenas de desenhos,
reportagens, recorte de filmes, documentários, etc;
Análise dos recursos próprios de oralidade;
Dramatização de pequenos diálogos e textos.
Apresentação de cartazes e jogos (vocabulário) ilustrados;
Discussão sobre o tema a ser produzido;
Leitura de textos sobre o tema;
Produção textual;
Revisão textual;
Reestrutura e reescrita textual;
Produção de palavras e frases ilustradas;
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:
- De gêneros selecionados para leitura ou escrita.
322
- De textos produzidos pelos alunos.
- Das dificuldades apresentadas pela turma.
Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio de língua.
Avaliação Realizar leitura compreensiva do texto, considerando a construção de significados
possíveis e a sua condição de produção;
Perceber informações explícitas e implícitas no texto;
Argumentar a respeito do que leu;
Ampliar, no indivíduo, o seu horizonte de expectativas;
Estabelecer relações dialógicas entre os diferentes textos;
Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso as informações
de outras culturas e de outros grupos sociais;
Reconhecer as variantes lexicais;
Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal);
Apresentar clareza nas ideias;
Desenvolver a oralidade através da sua prática;
Desenvolver a oralidade através do aumento do vocabulário;
Produzir e demonstrar na produção textual, a construção de significado;
Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção propostas;
Diferenciar a linguagem formal da informal;
Estabelecer relação entre figuras e palavras;
Estabelecer relações entre partes do texto, identificando repetições ou
substituições;
Utilizar adequadamente recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo,
dos pronomes, etc.
Ampliar o vocabulário;
Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo;
Sugestões de gêneros discursivos para o Ensino Médio: crônica, lendas, contos, poemas, fábulas, biografias, classificados, notícias,
reportagem, entrevistas, cartas, artigos de opinião, resumo, textos midiáticos,
323
palestras, piadas, debates, folhetos, horóscopo, músicas, provérbios, charges,
tiras, etc.
Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
Consideração de conhecimentos prévios;
Inferências no texto;
Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor...
Leitura de textos verbais e não-verbais, midiáticos, iconográficos, etc...
Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas;
ReferênciasGENOUVRIER, Emile & PEYTARD, Jean. Lingüística e ensimo do Português. Coimbra,1985.
JORDÃO, C. M. A língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba, Mimeo, 2004.
LIBERATO, W. English in formation. São Paulo: FTD.2005.
LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.MARQUES, A. New Password: Read and Learn. São Paulo: Ática, 2002.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de língua
Estrangeira para o Ensino o Fundamental. Versão preliminar, SEED. Curitiba, julho de
2006 e 2008.
24. L.E.M. ESPAMHOL – CELEM Apresentação da disciplina
Tendo passado por várias concepções e servido a várias tendências e ideologias
ao longo da sua história, o ensino da Língua Estrangeira Moderna hoje, baseado na
corrente sociológica e nas teorias do currículo de Bahkin, visa superar uma visão de
ensino apenas como meio para se atingir fins comunicativos que restringem as
possibilidades de sua abordagem como experiência de identificação social e cultural, ao
postular os significados como externo ao sujeitos. Para tanto, as aulas de língua
estrangeira oportunizarão um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a
diversidade linguística e cultural, oportunizando-o a engajar-se discursivamente e a
perceber possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive.
Tem como objeto de estudo a Língua, apresentando os vários aspectos implícitos
324
no processo discursivo: língua e cultura, ideologia e sujeito, discurso e identidade.
As Diretrizes Curriculares concebem a língua como uma construção histórica e
cultural em constante transformação. A língua Estrangeira apresenta-se como meio para
ampliar o contato com outras formas do conhecimento, com outros procedimentos
interpretativos de construção da realidade.
Ao ensinar uma Língua Estrangeira, não estamos simplesmente ensinando um
código linguístico transparente e outro neutro, dissociando dos processos de construção
de identidades, dos contextos de atuação de nossos alunos. Estamos sim, ensinando-os
a perceber possibilidades de construção de significados, a elaborar procedimentos
interpretivos e a construir sentidos do e no mundo.
“(...) ao aprender uma língua estrangeira(...) eu adquiro procedimentos de
construção de significados diferentes daqueles disponíveis na minha língua ( e cultura )
materna. (...) quantas mais línguas eu souber, potencialmente maiores serão minhas
possibilidade de construir sentidos, entender o mundo e transformá-lo. (JORDÃO,
2004,P.164).
A Língua Estrangeira não é apenas uma matéria, e sim, um artefato de cultura. E é
isso que nós, educadores , devemos transmitir para nossos educandos, e essa
transmissão poderá ocorrer através de gestos, gravuras, fotos, simulação, ou seja, tudo
aquilo que possa facilitar a compreensão.
A dificuldade de conscientizá-los disso é uma tarefa difícil, pois já existe um
conceito pré-estabelecido em relação a língua Estrangeira, tanto pelos alunos quanto por
aqueles que desenvolvem o currículo escolar( sempre optando pelo modo gramatical).
Para que possamos fugir desse pré-conceito, devemos propor fazer da aula da
Língua Estrangeira um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade
cultural, levando-o a interagir, fazendo-o questionar sobre a importância da Língua
Estrangeira, tanto para sua comunidade, quanto para seu crescimento cultural, intelectual,
profissional e pessoal.
A língua estrangeira também pode ser proporcionadora da construção das
identidades dos educandos como cidadãos, ao oportunizar o desenvolvimento da
consciência sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e
325
no panorama internacional, favorecendo ligações entre a comunidade local e mundial.
Embora a aprendizagem de Língua Estrangeira também possa servir como um
meio para progressão no trabalho e estudos posteriores, ela pode ser vista principalmente
como constituidora das identidades dos educandos como agentes críticos e
transformadores, o que implica na superação de visão da língua apenas como meio para
se atingir fins comunicativos.
Deve-se entendê-la não só como um instrumento de informação, mas sim como um
transporte para o conhecimento, não limitando os alunos a sua comunidade, e sim,
construindo seus próprios conceitos. É importante ainda possibilitar ao educando um
entendimento da língua estrangeira em situações diversas. Isso faz com que o aluno
tenha consciência do que ele está aprendendo em sala, dando o devido valor ao seu
aprendizado.
Decorre daí a importância para a formação da cidadania, sendo a cidadania
constituída de atitudes, sentimentos, e predisposição para agir. A aprendizagem sobre a
vida cidadã acontece a todo o momento, no interior da escola e da sala de aula, através
de práticas de participação, ou seja , baseada em um ensino que não esteja centrado no
professor. A aula de Língua Estrangeira pode ser um espaço para o desenvolvimento de
atitudes cidadãs quando inclui tarefas que envolvam colaboração, temas do cotidiano que
requerem diferentes pontos de vista, avaliação crítica das diversas fontes de informação,
participação ativa dos alunos na interpretação de textos, incluindo: a Cultura Afro-
brasileira e Africana e a Cultura Indígena com textos da atualidade. Assim, estamos
possibilitando aos educandos vivenciar temas polêmicos, históricos, políticos, sociais,
fazendo com que tomem consciência da realidade em que vivem ao entrar em contato
com vários discursos. Com isso, o aluno está aprendendo não somente uma língua
estrangeira, mas sim, interagindo e se informando sobre o mundo.
Envolver o aluno na matéria é um ponto de extrema importância, pois dessa forma
estará participando do seu próprio aprendizado, tendo responsabilidades ao envolver-se
com as práticas escolares, quebrando assim o mito de que a Língua Estrangeira é uma
prática inútil.“Todo sujeito que fala uma língua dada é, a qualquer momento, capaz de
326
emitir espontaneamente ou de receber e compreender um número infinito de frases que, na maior parte, nunca pronunciou nem ouviu antes”(APUDGENOUVRIER & PEITARD,1985,P199).”
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394 determinou a
oferta obrigatória de pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna no Ensino
Fundamental e que fosse incluída nas séries do Ensino Médio.
2 JUSTIFICATIVANo mundo globalizado em que estamos inseridos, faz-se relevante o conhecimento
de, ao menos, uma segunda língua. Partindo dessa perspectiva e considerando o Brasil
como um país membro do sistema político-econômico MERCOSUL, no qual o idioma
espanhol é predominante, mostra-se de fundamental importância o aprendizado da língua
espanhola para proporcionar fluência na comunicação entre os falantes e para melhorar
as relações comerciais do Brasil com os países hispanos.
Partindo desse exposto, em agosto de 2005, foi sancionada, pelo Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, a Lei nº 11.161, que tornou obrigatória a oferta da Língua Estrangeira
Moderna – Espanhol nas escolas, para alunos do Ensino Médio.
Considerando o Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM, implantado
no Estado do Paraná em 1986, o ensino de Língua Espanhola passará a ser ofertado, no
referido Estado, não apenas no Ensino Médio Regular, como também por meio do
CELEM.
Ao contextualizar o ensino da língua espanhola, pretende-se problematizar as
questões que envolvem o ensino do idioma, nos aspectos que o têm marcado, sejam eles
políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais, uma vez que o ensino de língua
estrangeira deve ser pensado de maneira abrangente, pois é o vínculo de comunicação, o
qual transmite a cultura, tradições e conhecimentos de um povo.
A partir dessa análise e do exposto acima, justifica-se a relevância do ensino do
idioma em questão aos alunos da comunidade local, uma vez que a aquisição de uma
segunda língua pode proporcioná-los, também, a oportunidade de conhecer outros países
e suas diversidades culturais e linguísticas.
327
3 OBJETIVOSPartindo dessa perspectiva atual de Ensino de Línguas Estrangeiras, e
considerando todo o exposto acerca disso, o Colégio Estadual Colônia Malhada -E.F.M.
optou pela implantação do CELEM – LÍNGUA ESPANHOLA , visando atender a
comunidade de alunos, bem como pais, funcionários e professores, aproximando-os de
culturas diferentes, integradas ao mundo globalizado e contribuindo para o acesso ao
conhecimento.
Têm-se como objetivos para o Ensino da Língua Espanhola, além da abordagem
comunitcativa – que envolve as quatro habilidades (ouvir, falar, ler e escrever), por meio
do desenvolvimento das capacidades de produção, interpretação e compreensão de
diferentes gêneros textuais – como também possibilitar aos estudantes o conhecimento
cultural e social de um país.
4 CONTEÚDOSA L. E. M. Concebe como conteúdo estruturante o Discurso como Prática Social e
ao mesmo tempo caracteriza os gêneros (textuais, do texto, discursivas, do discurso)
como conteúdos básicos a serem abordados dentro das práticas discursivas.
Os gêneros do discurso segundo Baktin ( 1952, pág.279 ) são definidas como “
tipos relativamente estáveis e heterogêneos de enunciados dentro de uma esfera de
utilização da língua” e ainda caracterizados por três elementos: o conteúdo temático, o
estilo e a construção composicional.
A escola não deve ensinar o aluno apenas ler e escrever em / ou na L.E.M.: é
necessário instruí-lo a relacionar a língua às suas práticas sociais: precisando explorar as
práticas da oralidade, leitura e escrita a partir da seleção dos gêneros textuais.
Segundo Baktin (1952), o indivíduo primeiro define seu propósito, para então
decidir o gênero textual que utilizará.
Marcuschi (2001) argumenta que, o trabalho com a oralidade pode, ainda, ressaltar a
contribuição da fala na formação cultural e na preservação de tradições não escritas que
persistem mesmo em culturas em que a escrita já entrou de forma decisiva (...) Dedicar-
se ao estudo da fala é também uma oportunidade singular para esclarecer aspectos
328
relativos ao preconceito e à discriminação linguística, bem como suas formas de
disseminação ( MARCUSCHI, 2001. p. 83).
Nas aulas de L.E.M., o trabalho com a oralidade “ tem como objetivo expor a textos
orais, pertencentes aos diferentes discursos (...) é apreender a expressar ideais em
Língua Estrangeira mesmo que com limitações (...), também é importante que o aluno se
familiarize com os sons específicos da Língua que está apreendendo” ( DCE, 2008, p.
66).
Koch e Elias ( 2007, p. 37) apontam para o fato da leitura ser “ uma atividade de
construção de sentido que pressupõe a interação autor-texto-leitor, é preciso considerar
que, nessa atividade, além das pistas e sinalizações que o texto oferece, entram em jogo
os conhecimentos do leitor”.
O processo de leitura a partir dos gêneros textuais considerando que estes são
constituídos de um determinado modo e com uma certa função dentro de um domínio
discursivo, requer a construção de sentidos dos textos considerando que,a escrita/fala
baseiam-se em formas padrão e relativamente estáveis de estruturação e é por essa
razão que, cotidianamente, em nossas atividades comunicativas, são incontáveis às
vezes em que não somente lemos textos diversos, como também produzimos ou ouvimos
enunciados (KOCH;ELIAS, 2007, p.101).
As condições dessa produção escrita e o uso de variados gêneros textuais
desenvolverão no aluno, a possibilidade ou necessidade de usar a Língua escrita como
forma de comunicação, de interlocução em situações na qual a expressão escrita se
apresente como uma resposta a um desejo ou uma necessidade de comunicação, de
interação, e que o aluno tenha, pois, objetivos para escrever e destinatários ( leitores )
para quem escrever ( SOARES, 1999 apud WOGINSKI,2008, p.63).
A elaboração de atividades que envolvem a diversidade dos gêneros textuais como
a (re) produção de uma carta ( formal ou informal) ou como oportunizarão a reflexão sobre
os mecanismos linguísticos que envolvem o processo da escrita.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE – LEM LÍNGUA ESPANHOLA - 1º/ 2º ANOSCom base nas Diretrizes Curriculares, o CELEM apresenta como conteúdo
329
estruturante do ensino da Língua Espanhola, o Discurso como Prática Social, ou seja, a
língua enquanto prática que se efetiva, abordando leitura, oralidade e comunicação, com
vistas a um ensino que contribua para reduzir desigualdades sociais e desvelar as
relações de poder que as apoiam.
Para a seleção de conteúdos básicos essenciais, bem como para as práticas de
linguagem, devem ser considerados os seguintes critérios:
o perfil do aluno;
a diversidade cultural;
a experiência social construída historicamente e os conteúdos significativos a partir de
atividades que facilitem a integração entre os diferentes saberes;
o cultivo de valores humanos essenciais, como o amor, o respeito, a solidariedade e a
cooperação.
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAISCaberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de
circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho
Docente, adequando o nível de complexidade a cada série.
Leitura Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos Estilísticos ( figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos
( como aspas, travessão, negrito);
330
Variedade linguística;
Acentuação gráfica;
Ortografia.
Escrita Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto);
Léxico;
Coesão e Coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos .
Variedade linguística;
Ortografia;
acentuação gráfica.
Oralidade Elementos extra linguísticos: entonação, pausas,gestos, etc..
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.
Pronúncia.
5 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
331
A disciplina de Língua Espanhola deve ser orientada por práticas que visem a
proliferação do pensamento, do conhecimento linguístico, cultural e social, considerando
as quatro habilidades linguísticas (falar, escrever, ouvir e ler) por meio da experiência com
a língua em uso, visando o aprimoramento da expressão, compreensão e leitura crítica.
Tendo em vista a reflexão sobre a linguagem a partir da concepção
sociointeracionista e o discurso como prática social nesse âmbito, busca-se diversificar as
metodologias utilizadas a fim de melhor contemplar as temáticas que exploram as práticas
de oralidade, leitura e escrita, considerando-se os diferentes gêneros discursivos e tipos
textuais, priorizando a socialização do aluno.
As práticas metodológicas no ensino-aprendizagem da Língua Estrangeira estarão
pautadas no letramento crítico, o qual propõe oferta de atividades que envolvam os
alunos sujeitos em atividades críticas e problematizadoras, abordando a língua como
prática social. O uso da Língua Estrangeira será abordado como espaço de construção de
significados dependentes da situação de uso.
Na abordagem do letramento crítico, os alunos são encorajados a ter postura
crítica frente aos textos, questionando acerca das visões de mundo que os subjazem, tais
como: Que pressupostos estão por trás de tal discurso?, Qual é o seu propósito?, A que
interesses serve? Como o autor compreende a realidade?, Quais as implicações de sua
postura? Esses questionamentos devem superar as perguntas comuns de uma
abordagem tradicional, cujas questões centram-se na compreensão do conteúdo do texto.
Aqui, o papel da gramática relaciona-se ao entendimento, quando necessário dos
procedimentos para a construção de significados utilizados na Língua Estrangeira. Será
trabalhada de modo contextualizado.
O dicionário, recursos audio-visuais, textos com palavras transparentes, o retro
projetor, DVDs, CD-rooms, Internet, jogos de memorização, são dentre outros, recursos
que serão utilizados. No ato de seleção de textos, que sejam analisados os elementos
lingüísticos- discursivos neles presentes e também com fins educativos, que veiculem
assuntos polêmicos adequados à faixa etária e interesses dos alunos.
6 AVALIAÇÃO
332
O ato avaliativo deve cumprir a sua verdadeira função que é a de subsidiar a
construção da aprendizagem bem sucedida. Para isso, ela deve deixar de ser um recurso
de autoridade e assumir papel auxiliar no crescimento do aprendiz. A avaliação deverá
estar mais atenta ao processo do que com os produtos finais apresentados.
O uso do portifólio (pasta individual) é um bom recurso para ver os avanços
cognitivos do aluno ao longo do processo ensino-aprendizagem. A avaliação será
diagnóstica e formativa, devendo haver espaço para a auto-avaliação não só do aluno,
mas também do professor.
A avaliação da aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna - espanhol precisa
superar a concepção de mero instrumento de medição da compreensão de conteúdos,
visto que ela se configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões
acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no
processo de ensino aprendizagem.
Nessa perspectiva caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos,
considerando que o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio da
interação verbal, a partir dos textos e de diferentes formas: entre os alunos e o professor
na turma; na interação dos alunos com o material didático; nas conversas em língua
materna e na Língua Estrangeira Moderna - Espanhol, e no próprio processo de uso da
língua. Produzir sentido no processo de compreensão dos textos, tais como: inferir,
servindo-se dos conhecimentos prévios; levantar hipóteses a respeito da organização
textual, etc.
Nesse processo de avaliação, o aluno envolvido, uma vez também é construtor do
conhecimento, precisa ter seu esforço reconhecido por meio de ações como: o
fornecimento de um retorno sobre o seu desempenho e o entendimento do “erro” como
parte integrante da aprendizagem. Assim, tanto o professor quanto os alunos poderão
acompanhar o percurso desenvolvido até então e identificar dificuldades, bem como
planejar e propor outros encaminhamentos que visem à superação das dificuldades
constatadas.
Conforme a Instrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008,
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
333
escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). (...)
Os alunos do CELEM que apresentarem frequência mínima de 75% do total de
horas letivas e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) serão
considerados aprovados ao final do ano letivo (SUED/SEED, 2008, p. 5).
Salienta-se que ao estabelecer critérios para a avaliação a seleção de conteúdos,
os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a
intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de
avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu
conhecimento (DCE,2008, p. 33).
Por fim, de acordo com as DCE (2008, p. 32), “os instrumentos de avaliação devem
ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-metodológicas que
oferecem para avaliar os critérios estabelecidos”.
A proposta visa contribuir com o desenvolvimento da competência lingüística dos
estudantes, garantindo-lhes condições para que, de modo gradativo, atinjam proficiência
no âmbito da oralidade, da leitura e da escrita - por meio da apropriação dos
conhecimentos linguísticos sistematizados – e compreendam, de forma crítica e
autônoma, as diferentes práticas discursivo-sociais existentes em uma língua estrangeira.
7 REFERÊNCIASBAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: ____ . Estética da criação verbal. São
Paulo: Martins Fontes, 1952. p. 279-326.
GENOUVRIER, Emile & PEYTARD, Jean. Lingüística e ensino do Português.
Coimbra, 1985.
JORDÃO, C. M. A língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba,
Mimeo, 2004.
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever estratégias de produção textual. São
Paulo: Contexto, 2009. 220 p.
KOCH, I. V. O texto e a construção dos sentidos. 3. ed. São Paulo: Contexto,
2000. 124 p.
____ Língua estrangeira: leitura e escrita – produção de materiais didáticos. In:
334
____ Produção e avaliação de materiais didáticos em língua materna e estrangeira.
Curitiba (PR). Ibpex, 2008. cap. 5. p. 87-107.
LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
MARCUSCHI,L.A. Produção textual, Análise de gêneros e compreemsão. São
Paulo: Parábola, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua
Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. 88 p.
Disponível em –
http:/www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/Iem.pdf-
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Instrução Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas ( CELEM).
Curitiba 2008, p22.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Resolução nº 3904/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas ( CELEM). Curitiba,
2008.01p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Livro Didático Público. Língua Estrangeira Moderna. Espanhol e Inglês. 2ª ed. Curitiba:
SEED-PR, 2006, 256p.
WOGINSKI, G.R. Gêneros textuais e didatização de gêneros, reflexões sobre as dimensões das propostas didáticas no ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras. 8º Encontro de Iniciação Científica e 8ª Mostra de Pós-Graduação.
Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV). União da Vitória ( PR): meio
magnético ( CD-ROOM), 2008. p 56-66.
25. EDUCAÇÃO ESPECIALSala de RecursosPara atender os objetivos da inclusão social e não discriminar neste contexto os
alunos que carecem de necessidades de atendimento especial, surgiu então esta
modalidade de ensino que assegura os recursos necessários para apoiar, complementar
335
e suplementar os serviços educacionais ordinários de modo a despertar as
potencialidades dos educandos que apresentam dificuldades na inserção dos serviços
comuns.
No objetivo proposto, a Sala de Recursos visa atingir os alunos regularmente
matriculados nas 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental que apresentam problemas de
aprendizagem significativos, através do serviço especializado.
Identificados os alunos com dificuldades no acompanhamento das classes comuns
é procedida à avaliação pedagógica (realizada pelo respectivo professor, conjuntamente
com o professor especializado, equipe técnico-pedagógica da escola) e se necessário
com assessora de profissionais externos (médicos, psicólogos, etc) e pessoal do Núcleo
Regional de Educação, indicando quais procedimentos são recomendados para cada
caso especifico e registrado em pasta individual.
Metodologia aplicada em Sala de RecursosAtendimento especializado para o aluno cujo desenvolvimento requer atendimento
complementar diferenciado de forma a subsidiar com métodos, atividades diversificadas e
extracurriculares os conceitos destacados no processo ensino-aprendizagem.
A programação desenvolvida atenderá as necessidades individuais do aluno, sendo
observadas as áreas de desenvolvimento, a saber – motora, cognitiva, afetividade-
emocional e acadêmica. Esta ultima subsidiara os conceitos e conteúdos defasados no
processo de aprendizagem, para atingir o currículo da classe comum.
O material e equipamentos utilizados são os mesmos da sala de aula comum,
ressaltando-se a necessidade de recursos audiovisuais.
Propor atividades didáticas dinâmicas vivencia de grupo, aulas participativas,
discussões, debates, apresentações artísticas, excursões, jogos, brincadeiras, sessões de
cinema e vídeo, construção de jogos com sucata.
Horário de atendimento
O horário de atendimento e em período contrário ao que o aluno está matriculado e
frequentando a classe comum.
Por se tratar de estabelecimento localizado em zona rural, onde os alunos em
336
quase totalidade se deslocam através de transporte escolar, fornecido pelo município,
dada a dispersão geográfica das famílias que inviabilizam outros meios, o período de
atendimento será de 2 horas coincidindo com o horário do ônibus.
O tempo será reservado para os temas acadêmicos as atividades lúdico-
pedagógicas.
Acompanhamento dos avanços
Os avanços serão diagnosticados qualitativa e individualmente, de modo continuo
para nortear os caminhos a serem seguidos e as intervenções necessárias para o
planejamento das atividades subsequentes. Portanto, a variação será diária observando-
se as dificuldades de aprendizagem e a superação das mesmas, elevando a auto-estima
e desenvolvimento de autonomia do aluno e do grupo.
A cada semestre será elaborado o relatório de avaliação pedagógica a ser anexado
na pasta individual do aluno.
ConteúdosPlanejamento anual
1 – Área motora
Conteúdos / objetivos
Desenvolvimento das habilidades de equipe, ritmo, organização do corpo no
espaço, lateralidade, destreza e etc...
Recursos
Atividades ao ar livre ( correr, saltar, saltitar, lançar, pendurar-se, levantar, empurrar,
puxar e equilibrar-se), música, canto, dança e jogos de competição individuais.
2 – Área cognitiva
Conteúdos / objetivos
Desenvolvimento das habilidades de pensamento. Assimilação de novos conteúdos
e acelerar o ritmo de aprendizagem.
Recursos
Jogos, atividades variados que exigem atenção, percepção e concentração.
337
3 – Área afetiva – emocional
Conteúdos / objetivos
Desenvolvimento da capacidade de auto aceitação, aceitação social, julgamento de
valores, maturidade social, solidariedade e livre expressão de seus sentimentos e
necessidades.
RecursosConversas informais, jogos diversos, relato de experiências pessoais, atividades
em grupo, artes plásticas, passeios, visitas e etc....
4 – Área acadêmica
De acordo com as necessidades e dificuldades de aprendizagem apresentadas
pelos alunos.
Língua Portuguesa
Objetivo Geral
Oportunizar instrumentos que possibilitem construir seu próprio conhecimento
através do desenvolvimento da linguagem oral e escrita, com a qual será capaz de
participar da sociedade como elemento ativo e atuante da cidadania.
Conteúdos essenciais
ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação
com os sinais de pontuação.
Compreender a leitura de um texto lido.
Produzir pequenos textos com unidade temática e sequencia lógica.
RecursosLivros de literatura infanto – juvenil, dicionários, fantoches, dramatização, alfabeto
móvel, cruzadinhas, caça-palavras, acrósticos, parlendas, charadas, textos xerocados,
tela criativa, domino de palavras e frases, etc...
MatemáticaObjetivo Geral
Levar o aluno a descoberta da relação da matemática com o mundo de forma a
operacioná -lo com seu dia-a-dia.
338
Conteúdos essenciais
Desenvolvimento de calculo mental
Problemas envolvendo as quatro operações
Desenvolvimento do raciocínio lógico na resolução de problemas
Operações fundamentais ( adição, subtração, multiplicação e divisão)
Recursos
Material dourado, ábaco, quadro valor – lugar, palitos de picolé, tampinhas,
conjunto de domino educativos com quatro operações, cubo de frações, tangram, sólidos
geométricos, blocos lógicos, folhetos de supermercado, réguas numéricas, etc..
AvaliaçãoNa pratica educativa será sempre reconhecida, respeitada e valorizada a diferença
para ajudar o aluno a compreender, aceitar e valorizar sua condição individual,
desenvolvendo-se sem entrar em choque com as mesmas, reconhecidas como fonte de
enriquecimento, porque mesmo diante das situações inadequadas resta o ensinamento
do que pode ser modificado e melhorado.
Referências:BRASIL – Ministério da Educação: Conselho Nacional de Educação. Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Parecer CNE /
CEB nº 017 / 2001.
BRASIL – Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei 9394/96.
CARVALHO, Elder. Removendo barreira para a aprendizagem: educação inclusiva. Porto Alegre: Mediação. 2001
Documento Normativo – Secretaria de Estado da Educação: Departamento de Educação
Especial.
Instrução n° 05/04 – Sala de Recursos. Secretaria do Estado da Educação – PR.
OLIVEIRA, de Campos Gislene: Psicomotricidade – Educação E Reeducação num enfoque psicopedagógico. Petrópolis – Editora Vozes. 1997.
26. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
339
“ Em nossos dias, já ninguém duvida de que a história do mundo deve ser reescrita
de tempos em tempos. Esta necessidade decorre , com tudo, da descoberta de
numerosos fatos até então desconhecidos, mas do nascimento de opiniões nobres, do
fato que o companheiro do tempo corre para a foz, chega os pontos de vista de onde
pode deitar um olhar novo sobre o passado...” GOETHE ( GESCHICHTE
FARBENLEHRE).
A avaliação da proposta pedagógica acontecerá de forma contínua, pois poderá
sofrer reformulações e ajustes sempre que for necessário.
Estabeleceremos aqui como tempo indicado para o processo de realimentação do
Projeto Político Pedagógico a fração de um ano para o marco situacional que descreve e
caracteriza a comunidade escolar, especialmente os alunos, por acreditar que dele saem
às bases do trabalho de todos os profissionais. Já para o marco conceitual e operacional
faremos à avaliação, complementação ou reformulação a cada dois anos.
O Projeto Político Pedagógico tem caráter de flexibilidade, uma vez que a escola é
um espaço democrático. Por não se tratar de um projeto estático mais dinâmico há
necessidade de realimentá-lo, envolvendo todos os segmentos que interagem na escola.
Como proposta para esta avaliação as dinâmicas de trabalho serão:
Reuniões da equipe pedagógica administrativa a cada semestre;
Reunião da equipe pedagógica administrativa com professores e funcionários
conforme calendário escolar;
Reunião com pais, com palestras de interesse da comunidade anualmente;
Reuniões de pais para acompanhamento do processo pedagógico e aberto a
sugestões a cada final do bimestre;
Reuniões com Conselho de Escola com pauta definida para trazer sugestões e
avaliações;
Equipe pedagógica administrativa a disposição para esclarecimentos e orientações
para promover a integração escola e comunidade.
As avaliações não devem se restringir à dinâmica da escola, mas também ao
desenvolvimento pedagógico, se está ou não atingindo a comunidade e propiciar
condições para que haja uma participação coletiva de todos os segmentos no processo
340
educativo.
27.CONSIDERAÇÕES FINAIS“ Cabe aos educadoras e educadores progressistas, aramadas de clareza e
decisão política, de coerência, de competência pedagógica e científica, da necessária
sabedoria que percebe as relações entre as táticas e estratégias não se deixar intimidar.
Cabe a eles e a elas, transar seu medo e criar com ele a coragem com a qual
confrontarem o abuso do poder dos dominantes. Cabe a eles e a elas, finalmente realizar
o possível de hoje para que concretizem, amanhã, o impossível de hoje.” PAULO FREIRE
Com o nosso projeto há uma vontade generalizada de mudar. O desejo de mudar,
que é inerente ao homem parece tornar-se mais forte neste momento em que a escola
reflete sua ação dia a dia para redigir seu projeto.
Mas, se por um lado se respira uma atmosfera de mudanças, por outro é preciso
que todos – professores, alunos, pais e equipe pedagógico-administrativa _ estejam
atentos ás pessoas ou grupo de pessoas que resistem ás mudanças, que se negam a
perceber o movimento das águas.
As mudanças que faremos não confundem com o modismo. Mudar significa, antes
de tudo ser capaz de vislumbrar novas perceptivas, novas possibilidades. Mudar não
significa não apenas acreditar no desenvolvimento dos outros, mas, principalmente no
auto-desenvolvimento.
Mudar significa desenvolver em si e nos outros a convicção de que as atitudes
ensinam mais que as palavras. Mudar significa dar-se conta que a razão de ser escola é
estimular o pensamento e não forjar copiadores. Mudar significa, enfim, dar asas a
imaginação, lugar onde o homem se reconhece e procura se explicar, resultado da
reflexão coletiva e que determina uma unidade de ação.
28. REFERÊNCIAS AQUINO, Julio Groppa. Indisciplina na escola: Alternativas teóricas e práticas. SP:
Summus, 1996
BRANDEN, N. O poder da auto-estima, 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 1997.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.Lei nº 9394/96, de 20de
341
dezembro de 1996.
CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. Deliberação nº 014/99, de 08 de outubro de
1999. Dispõe sobre indicadores para elaboração da proposta pedagógica dos
estabelecimentos de ensino de Educação Básica em suas diferentes modalidades.
Curitiba, 1999
Diretrizes Curriculares estaduais para o Ensino Fundamental – Versão Preliminar
Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio – Versão Preliminar
Imbernón, F. (org). A educação no século XXI: os desafios do futuro imediato. Porto
alegre: Artmed, 2000
Estatuto da Criança e do adolescente. Brasília – 2009.
Ensino Fundamental de nove anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais /
autores: Angela Mari Gusso... [et al.] / organizadores: Arleandra Cristina Talin do Amaral,
Roseli Correia Barros Casagrande, Viviane Chulek. Curitiba, PR: Secretaria de estado da
Educação 2010. 176 p.;30cm.
KLEIN, LR. Alfabetização: quem tem medo de ensinar? São Paulo: Cortez campo
Grande: Editora da Universidade federal de Mato Grosso do Sul, 2002.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9394/96
LIBÂNEO, José Carlos. Didática e prática histórico-social. In Revista Ande, São Paulo,
n. 8, p. 22-31,1984 . Pedagogia e pedagogos, para quê? São paulo: Cortez, 1998
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 17.ed. São Paulo: Cortez, 2005.
PARO, VITOR HENRIQUE, Gestão democrática da escola pública. 3ª ed. 9ª
impressão. São Paulo, 1997.
Parecer 04/98 – CEB/CNE. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino FundamentalParecer 015/98 – CEB/CNE. Institui as Diretrizes Curriculares nacionais para o Ensino MédioPERREENOUD, P. Pedagogia diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: Artes
Médicas Sul, 2000
SOARES, Magda. Letramento – um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica,
342
1998.
TFOUNI, Leda Verdiani. Letramento e alfabetização. São Paulo: Cortez, 2004
VASCONCELOS, c. Avaliação: concepção dialética libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 1994.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
WALLON, H. Objectivos e métodos da psicologia. Lisboa: Estampa, 1975.
WALLON, H. Psicologia e educação da criança. Lisboa: Estampa, 1979.
29. ANEXOS 29.1 Organização da matriz Curricular
Matriz Curricular Ensino Fundamental - TardeOrganização : 6º AnoMódulo Semana : 40 Semanas
Total Horas
Teóricas : 1000 Práticas : 0 Horas-Relógio : 833
Carga Horária Semanal
Total : 25
DISCIPLINAS DA SÉRIENº Nome da
Disciplina (Código SAE)
Total Horas Teóricas
Total Horas Práticas
Composição Curricular
C.H Semanal
Grupo Disciplina
Padrão do Grupo
O (*)
1 ARTE (704) 80 0 BNC 2 S
2 CIENCIAS (301) 120 0 BNC 3 S
3 EDUCACAO
FISICA (601)120 0 BNC 3 S
343
4 ENSINO
RELIGIOSO (7502)40 0 BNC 1 S
5 GEOGRAFIA (401) 120 0 BNC 3 S
6 HISTORIA (501) 120 0 BNC 3 S
7 LINGUA
PORTUGUESA
(106)
160 0 BNC 4 S
8 MATEMATICA
(201)160 0 BNC 4 S
9 L.E.M.-INGLES
(1107)80 0 PD 2 S
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
Matriz Curricular Ensino Fundamental - TardeOrganização : 7º AnoMódulo Semana : 40 Semanas
Total Horas
Teóricas : 1000 Práticas : 0 Horas-Relógio : 833
Carga Horária Semanal
Total : 25
DISCIPLINAS DA SÉRIENº Nome da
Disciplina (Código SAE)
Total Horas Teóricas
Total Horas Práticas
Composição Curricular
C.H Semanal
Grupo Disciplina
Padrão do Grupo
O (*)
1 ARTE (704) 80 0 BNC 2 S
2 CIENCIAS (301) 120 0 BNC 3 S
344
3 EDUCACAO
FISICA (601)120 0 BNC 3 S
4 ENSINO
RELIGIOSO (7502)40 0 BNC 1 S
5 GEOGRAFIA (401) 120 0 BNC 3 S
6 HISTORIA (501) 120 0 BNC 3 S
7 LINGUA
PORTUGUESA
(106)
160 0 BNC 4 S
8 MATEMATICA
(201)160 0 BNC 4 S
9 L.E.M.-INGLES
(1107)80 0 PD 2 S
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
Matriz Curricular Ensino Fundamental - ManhãOrganização : 8º AnoMódulo Semana : 40 Semanas
Total Horas
Teóricas : 1000 Práticas : 0 Horas-Relógio : 833
Carga Horária Semanal
Total : 25
DISCIPLINAS DA SÉRIENº Nome da
Disciplina Total Horas
Total Horas
Composição C.H Grupo Padrão do O (*)
345
(Código SAE) Teóricas Práticas Curricular Semanal Disciplina Grupo
1 ARTE (704) 80 0 BNC 2 S
2 CIENCIAS (301) 120 0 BNC 3 S
3 EDUCACAO
FISICA (601)120 0 BNC 3 S
4 GEOGRAFIA (401) 160 0 BNC 4 S
5 HISTORIA (501) 120 0 BNC 3 S
6 LINGUA
PORTUGUESA
(106)
160 0 BNC 4 S
7 MATEMATICA
(201)160 0 BNC 4 S
8 L.E.M.-INGLES
(1107)80 0 PD 2 S
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
Matriz Curricular Ensino Fundamental - ManhãOrganização : 9º AnoMódulo Semana : 40 Semanas
Total Horas
Teóricas : 1000 Práticas : 0 Horas-Relógio : 833
Carga Horária Semanal
Total : 25
346
DISCIPLINAS DA SÉRIENº Nome da
Disciplina (Código SAE)
Total Horas Teóricas
Total Horas Práticas
Composição Curricular
C.H Semanal
Grupo Disciplina
Padrão do Grupo
O (*)
1 ARTE (704) 80 0 BNC 2 S
2 CIENCIAS (301) 160 0 BNC 4 S
3 EDUCACAO
FISICA (601)120 0 BNC 3 S
4 GEOGRAFIA (401) 120 0 BNC 3 S
5 HISTORIA (501) 120 0 BNC 3 S
6 LINGUA
PORTUGUESA
(106)
160 0 BNC 4 S
7 MATEMATICA
(201)160 0 BNC 4 S
8 L.E.M.-INGLES
(1107)80 0 PD 2 S
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
Ensino Médio por BlocosOrganização : 1ª 2ª e 3ª Série - Bloco 1Módulo Semana : 20 Semanas
Total Horas
Teóricas : 580 Práticas : 0 Horas-Relógio : 483
Carga Horária Semanal
347
Total : 29
Disciplinas da Série Nº Nome da
Disciplina (Código SAE)
Total Horas Teóricas
Total Horas Práticas
Composição Curricular
C.H Semanal
GrupoDisciplina
Padrão do Grupo
O (*)
1 BIOLOGIA
(1001)
80 0 BNC 4 S
2 EDUCACAO
FISICA (601)
80 0 BNC 4 S
3 FILOSOFIA
(2201)
60 0 BNC 3 S
4 HISTORIA (501) 80 0 BNC 4 S
5 LINGUA
PORTUGUESA
(106)
120 0 BNC 6 S
13 L.E.M.-
ESPANHOL
(1108)
80 0 PD 4 S
12 L.E.M.-INGLES
(1107)80 0 PD 4 S
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
Ensino Médio por BlocosOrganização : 1ª 2ª e 3ª Série – Bloco 2Módulo Semana : 20 Semanas
Total Horas
348
Teóricas : 580 Práticas : 0 Horas-Relógio : 483
Carga Horária Semanal
Total : 29
Disciplinas da Série
Disciplinas da Série Nº Nome da
Disciplina (Código SAE)
Total Horas Teóricas
Total Horas Práticas
Composição Curricular
C.H Semanal
GrupoDisciplina
Padrão do Grupo
O (*)
6 ARTE (704) 80 0 BNC 4 S
7 FISICA (901) 80 0 BNC 4 S
8 GEOGRAFIA
(401)
80 0 BNC 4 S
9 MATEMATICA
(201)
120 0 BNC 6 S
10 QUIMICA (801) 80 0 BNC 4 S
11 SOCIOLOGIA
(2301)
60 0 BNC 3 S
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
Espanhol - Básico
Organização : 1ª e 2 ª SérieMódulo Semana : 40 Semanas
349
Total Horas
Teóricas : 160 Práticas : 0 Horas-Relógio : 133
Carga Horária Semanal
Total : 4
Disciplinas da Série
Nº Nome da
Disciplina
(Código SAE)
Total
Horas
Teóricas
Total
Horas
Práticas
Composição
Curricular
C.H
Semanal
Grupo
Disciplina
Padrão do
Grupo
O (*)
1 LINGUA
ESPANHOLA
-CELEM
(288)
160 0 BNC 4 S
350
29.2 CALENDARIO 2011
351
352
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOLÉGIO ESTADUAL COLÔNIA MALHADA – E.F.M.
Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias); Replanejamento (01 dia);
Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 52 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 6 7 8 9 10 11 129 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias
16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 2623 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 3130 31
7 e 8 CarnavalAbril Maio Junho
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4
3 4 5 6 7 8 9 8 9 10 11 12 13 14 5 6 7 8 9 10 1110 11 12 13 14 15 16 dias 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias17 18 19 20 21 22 23 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 29 30 31 26 27 28 29 30
Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 33 4 5 6 7 8 9 dias 7 8 9 10 11 12 13 4 5 6 7 8 9 10
10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2424 25 26 27 28 29 30 28 29 30 31 25 26 27 28 29 3031
11 OBMEP – 2ª fase
Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 1 2 3 4 5 1 2 32 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 4 5 6 7 8 9 109 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias
16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 3130 31
Férias Discentes Férias/Recessos/DocentesFeriado Municipal 1 dia janeiro 31 janeiro / férias 30NRE Itinerante 2 dias fevereiro 7 23Dias letivos 200 julho/agosto 28 9
dezembro 9Total 75 Total 62
Início/Término Conselho de Classe ( contra turno)Planejamento e Replanejamento Feriado MunicipalFérias Reunião PedagógicaReplanejamento Formação Continuada Semana Cultural Recesso Dia do Professor
Anexo da Resolução N º 3587/09 – GS/SEED CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011
Reuniões Pedagógicas (03 dias) – Delib. 02/02-CEE
1 Dia Mundial da Paz
21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho 23 Corpus Christi
22 Paixão
7 Independência
12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal
20 Dia Nacional da Consciência Negra
julho/agost./reces.dez/reces.
353
Top Related