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Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva
Ensino Fundamental, Médio e Profissional
Rua Iracema nº. 266, Vila Oliveira Fone/Fax: (43) 3256-1825
Cep: 86.600-000 - Rolândia – Paraná
E-mail: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Projeto elaborado pelo Coletivo da Escola
ROLÂNDIA
2010
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SUMÁRIO
1 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................6
2 IDENTIFICAÇÃO........................................................................................................6
3 HISTÓRICO................................................................................................................7
4 OFERTA E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR.............................................................8
4.1 CURSOS OFERTADOS.............................................................................8
4.2 REGIME DE FUNCIONAMENTO...............................................................8
4.3 CARACTERIZAÇÃO...............................................................................11
5 PERFIL DA COMUNIDADE.....................................................................................20
6 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS.....................................................................21
6.1 ESPAÇO FÍSICO......................................................................................21
6.2 INSTALAÇÕES.........................................................................................22
7 PRINCÍPIOS LEGAIS E DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS..........................................25
7.1 OBJETIVOS.............................................................................................25
7.2 IDENTIDADE E METAS...........................................................................27
7.3 CONCEPÇÕES........................................................................................28
7.3.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM.....................................................29
7.3.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE..............................................31
7.3.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO...............................................33
7.3.4 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO......................................35
7.3.5 CONCEPÇÃO DE VALORES..................................................37
7.3.6 CONCEPÇÃO ENSINO/APRENDIZAGEM.............................42
7.3.7 CULTURA / TECNOLOGIA......................................................44
7.4 PRINCÍPIOS LEGAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA.....................................45
7.5 CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA.....................46
3
7.6 INCLUSÃO...............................................................................................47
8 PROPOSTA CURRICULAR.....................................................................................48
8.1 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO..............................................................48
8.2 SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR.........................................51
8.2.1 GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL –
MANHÃ ............................................................................................52
GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL –
TARDE..............................................................................................53
GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL –
NOITE...............................................................................................54
CIÊNCIAS.........................................................................................55
HISTÓRIA..........................................................................................63
MATEMÁTICA...................................................................................74
L. E. M. INGLÊS................................................................................86
EDUCAÇÃO FÍSICA.........................................................................95
ENSINO RELIGIOSO......................................................................117
GEOGRAFIA...................................................................................123
LÍNGUA PORTUGUESA.................................................................132
ARTE..............................................................................................147
8.2.2. ENSINO MÉDIO COM ORGANIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS
EM BLOCOS...................................................................................164
GRADE CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO –
DIURNO..........................................................................................165
4
GRADE CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO –
NOTURNO......................................................................................166
MATEMÁTICA.................................................................................167
SOCIOLOGIA.............................................................................. 176
FILOSOFIA......................................................................................180
LÍNGUA PORTUGUESA.................................................................187
ARTE...............................................................................................197
HISTÓRIA........................................................................................209
QUÍMICA.........................................................................................224
FÍSICA.............................................................................................237
L. E. M. INGLÊS.............................................................................243
GEOGRAFIA...................................................................................255
BIOLOGIA........................................................................................260
EDUCAÇÃO FÍSICA........................................................................268
8.2.3. CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA NO TRABALHO –
SUBSEQUENTE.............................................................................274
9. PROGRAMAS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES..........275
9.1 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – 5ª SÉRIE – LÍNGUA
PORTUGUESA............................................................................................275
9.2 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – 5ª SÉRIE – MATEMÁTICA...280
9.3 ATIVIDADE DE COMPL. CURRICULAR VIVA
ESCOLA.....................................................................................................285
DANÇA E ESCOLA: UM DIÁLOGO COM O CORPO....................285
5
O ESPORTE ANALISADO E VIVENCIADO EM DIFERENTE
PERSPECTIVA................................................................................288
9.4 CELEM - ESPANHOL............................................................................291
9.5 PROJETO SEGUNDO TEMPO.............................................................305
10 PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO E
DEPENDÊNCIA.........................................................................................................307
10.1 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO...........................................................307
10.2 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO...............................................................308
11 GESTÃO ESCOLAR............................................................................................310
11.1 PROFESSORES..................................................................................313
11.2 ALUNOS...............................................................................................314
11.3 DIREÇÃO.............................................................................................315
11.4 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA..................................316
11.5 ÓRGÃOS COLEGIADOS.....................................................................317
CONSELHO ESCOLAR..................................................................318
CONSELHO DE CLASSE...............................................................319
A.P.M.F. ..........................................................................................321
GRÊMIO ESTUDANTIL...................................................................321
12 ARTICULAÇÕES EXISTENTES NA ESCOLA....................................................322
13 FORMAÇÃO CONTINUADA................................................................................323
14 AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO P.P.P. .............................................324
ANEXOS....................................................................................................................325
CALENDÁRIO ESCOLAR - 2010..............................................................................326
PROJETO UNIVERSIDADE SEM FRONTEIRAS....................................................327
6
1 JUSTIFICATIVA
O presente P.P.P. tem como finalidade assumir um compromisso
coletivo, comprometido com a prática que deve buscar a aproximação entre o saber
elaborado e as características de uma escola pública de qualidade através de um
novo fazer pedagógico condizente com a realidade.
O projeto para implantação da nova proposta curricular de nossa
escola está inserido na LDB. 9394/96, procurando criar uma escola com identidade
própria.
A função primordial da educação no desenvolvimento das pessoas e
das sociedades se amplia ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a
necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos.
Buscamos como nunca a excelência através de novas posturas para os jovens que
ingressarão no mundo do trabalho.
Esta proposta foi elaborada pelo coletivo dos profissionais da
Educação deste Estabelecimento de Ensino, com aprovação da Comunidade
Escolar, com amparo legal da Lei 9394/96, nos artigos 12, 13 e 14.
2 IDENTIFICAÇÃO
• Título:
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Prof. Francisco Villanueva – Ensino
Fundamental , Médio e Profissionalizante.
• Proponente:
Colégio Estadual Prof. Francisco Villanueva – Ensino Fundamental, Médio e
Profissionalizante.
Entidade mantenedora: Governo do Estado do Paraná
• Autores:
Equipe: - Administrativa
7
- Pedagógica
Corpo docente e Comunidade Escolar.
• Localização:
Rua Iracema, nº 266 – Vila Oliveira
Município de Rolândia – Fone/fax: (43) 3256-1825
• Atualização:
Em fevereiro de 2010
• Recursos financeiros:
FUNDEPAR / SEED
3 HISTÓRICO
O Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva – Ensino
Fundamental e Médio, antigo “Grupo Escolar Vila Oliveira”, era situado na Rua
Saguaragi, S/N e foi inaugurado em 18/02/1960, com a então diretora Maria Estela
G. Pesenti.
Em 12/03/1975, foram inauguradas as novas instalações do Grupo
Escolar Vila Oliveira, passando a se denominar Unidade Escola Professor Francisco
Villanueva, situado na Rua Iracema nº 266. Foi edificado com recursos
administrados da Fundação Educacional do Estado do Paraná (FUNDEPAR).
Mudanças de nome da escola:
1960 – Grupo Escolar Vila Oliveira.
1973 – Unidade Escolar Vila Oliveira.
1974 – Grupo Escolar Vila Oliveira.
1975 – Unidade Escolar Professor Francisco Villanueva.
1976 – Escola Professor Francisco Villanueva – Ensino de 1º Grau.
1983 – Escola Estadual Professor Francisco Villanueva – Ensino de 1º Grau.
8
1989 – Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva – Ensino de 1º e 2º Graus.
1998 – Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva – Ensino Fundamental e
Médio.
2009- Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva- Ensino Fundamental, Médio
e Profissionalizante.
A escola oferecia escolarização de 1ª a 4ª série do 1º grau,
passando mais tarde a atender também 5ª a 8ª série do 1º grau e três cursos de 2º
grau: Magistério, Auxiliar de Contabilidade e Educação Geral. Hoje atende o
segundo segmento do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série, Ensino Médio e o
Ensino Profissionalizante.
4 OFERTA E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
4.1 CURSOS OFERTADOS
• O Estabelecimento de Ensino oferece os cursos de Ensino Fundamental
Regular – 2º segmento e Ensino Médio Regular Blocado.
• Oferece a Sala de Apoio com atendimento às 5ª séries nas disciplinas de
Português e Matemática.
• Oferece o Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM).
• O Ensino Profissionalizante no período noturno oferece o curso de Técnico
em Segurança do Trabalho de forma subsequente.
4.2 REGIME DE FUNCIONAMENTO
Ensino Fundamental: 2º segmento (5ª a 8ª série regular)
Diurno
Manhã - 4 turmas de 8ª série;
Tarde - 6 turmas de 5ª série;
- 5 turmas de 6ª série;
9
- 5 turmas de 7ª série.
Noturno
- 1 turma de 6ª série;
- 1 turmas de 7ª série;
- 1 turmas de 8ª série.
Possui uma grade curricular de 25 horas semanais, sendo ministradas 03 aulas de
50 minutos e duas aulas de 45 minutos.
Ensino Médio Blocado:
Diurno
O Ensino Médio no período diurno tem uma grade curricular com 25
horas semanais nas três séries, divididos em blocos. São ofertadas 5 aulas diárias
de 50 minutos cada, distribuídas de segunda a sexta-feira e com controle de
frequência, perfazendo ao final de 3 anos um total de 2.500 horas para cumprimento
da LDB 9394/96, que determina o mínimo de 800 horas anuais em 200 dias letivos.
Turmas
Manhã - 5 turmas de 1ª série blocado;
- 4 turmas de 2ª série blocado;
- 3 turmas de 3ª série blocado.
Noturno
O Ensino Médio no período noturno tem uma grade curricular de 25
horas semanais com 20 horas/aulas semanais nas três séries divididas em blocos,
distribuídas em 3 aulas de 50 minutos e 2 aulas de 45 minutos com controle de
10
frequência, perfazendo ao final de 3 anos um total de 2.400 horas para cumprimento
da LDB 9394/96, que determina o número de 800 horas anuais em 200 dias letivos.
Turmas
- 4 turmas de 1ª série;
- 3 turmas de 2ª série;
- 3 turmas de 3ª série.
A grade curricular foi elaborada após varias discussões envolvendo
professores e equipe pedagógica, em atendimento às diretrizes curriculares para o
ensino médio.
Estabelecimento de Ensino adota o regime de seriação semestral
blocado, considerando período letivo, aquele cuja duração mínima não poderá ser
inferior ao previsto nas normas legais e diretrizes dos órgãos competentes.
Ensino Profissional:
Tem uma grade curricular com 25 horas semanais dividido em
semestres, totalizando 18 meses e 1.500h/a, sendo que destas 100h/a são
dedicadas ao estágio.
São ofertadas 5 aulas diárias de 50min cada, distribuídas de 2ª a
6ª feira e com controle de frequência em cumprimento à LDB 9394/96.
Turmas
Noturno – 1 turma : 1º semestre
2 turmas: 2º semestre
Horário de Entrada e Saída dos alunos será:
- Turno Matutino – 7h30 min às 11h e 55 min;
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- Turno Vespertino – 13 horas às 17h e 25 min;
- Turno Noturno – 19 horas às 23h e 10 min.
Obs: Em cada turno haverá um intervalo de 15 minutos para recreio e merenda
escolar.
As classes são organizadas em conformidade com as conveniências
didático-pedagógicas e de ordem administrativa, sendo compostas por alunos de
ambos os sexos a seguir:
- Matutino – 16 turmas de Ensino Fundamental e Ensino Médio Blocado;
- Vespertino – 16 turmas de Ensino Fundamental de 5ª a 7ª séries;
- Noturno – 13 turmas de Ensino Fundamental, Ensino Médio Blocado;
02 turmas de Ensino Profissionalizante.
No início do ano letivo de 2010 contamos com 1.729 alunos
matriculados.
4.3 CARACTERIZAÇÃO
• Dos professores –
A maior parte dos docentes são concursados. Possuem licenciatura
plena e a maioria pós-graduação (especialistas e mestres). São profissionais
comprometidos que sempre estão dispostos a participar dos projetos
interdisciplinares que são desenvolvidos pela instituição. Anteriormente, a
mobilidade era muito grande, mas com as novas nomeações, através de concurso, a
mobilidade de professores diminuiu, dando oportunidade ao estabelecimento de
manter um grupo permanente, mais estável e coeso.
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FUNÇÃO: PROFESSORES
Língua Portuguesa
Irene Gomes Martins QPM 40 horas EF e EM
Marcelo Cristiano Acri QPM 20 horas EF e EM
Megumi Tuda QPM e SC02 26 horas EF e EM
Olga Cristina Metzger QPM 20 horas EF
Rosimeire Maria Polido QPM 20 horas EF
Sidnei Maldonado Zago QPM 20 horas EF
Silvana Rodrigues Macedo QPM 14 horas EF e EM
Soraya Regina Vicente QPM 20 horas EF e EM
Soraya Rosa QPM 06 horas EM
Língua Portuguesa – Sala de Apoio
Rosimeire Maria Polido SC02 08 horas EF
MatemáticaAdriane Garcia de Oliveira QPM 08 horas EF
Giovana Aparecida Barreis QPM 20 horas EF
Ilton Gonçalves Barbosa QPM 20 horas EF
Maria Cesira Pin QPM e SC02 22 horas EF e EM
Meire Regina L. da Silva QPM 20 horas EM
Nilton César G. Salgueiro QPM 42 horas EF e EM
Paulo Sérgio Fiorini SC02 15 horas EF
Rosani Nandi Mologni SCO2 15 horas EM
Tânia Mara Cazado Felix REPR 05 horas EF
Valmira Ferreira Neves QPM 20 horas EF
Matemática – Sala de Apoio
Madson Albertini Bruno REPR 10 horas EF
13
Ciências
Giselle Midori Simizu QPM e SC02 21 horas EF
Maria Carolina Calderan QPM e SC02 22 horas EF
Meire Regina L. da Silva QPM 20 horas EF
Geografia
Aline Aparecida Pavani REPR 10 horas EF
Aparecida de Cássia S. Segalla REPR 15 horas EF
Carlos Sérgio da Silva QPM 40 horas EF e EM
Jerri Augusto da Silva QPM 10 horas EM
Maria Aparecida da Silva
Trotsdorf
REPR 25 horas EF
Neuza Aparecida P. Schuster QPM 05 horas EF
Priscila Benetoli REPR 11 horas EF
Rodrigo Antônio Neves QPM 20 horas EM
Vania Ferreira Lopes Georg SC02 15 horas EF
História
Alessandra Cristina Men QPM 20 horas EM
Amanda Aparecida Moura REPR 25 horas EF e EM
Débora Rocha Marino QPM e SC02 25 horas EF e EM
Edenilce Piveta Fernandes QPM 20 horas EF e EM
Lara Denise Neves Tenczna QPM 20 horas EF e EM
Luciana Vanessa Amaral QPM e SC02 26 horas EF
Neuza Aparecida Petrin QPM 35 horas EF
14
Arte
Alessandra Aparecida Signori QPM 20 horas EF e EM
Camila de Mello Carnelo REPR 25 horas EF e EM
Edvandro Luise Sombrio REPR 25 horas EF e EM
Joice Rocha Aparecido REPR 25 horas EF e EM
Letícia Rodrigues Tinoco REPR 10 horas EF
Educação Física
Alessandro Barbosa REPR 03 horas EF
Débora Regina Ferreira QPM e SC02 25 horas EF e EM
Nalígia Roberta de Souza REPR 03 horas EF
Reginaldo Marques QPM 25 horas EM
Rinaldo Versan Pimentel REPR 19 horas EF
Rosiwedy Rodrigo da Silva REPR 22 horas EF
Vera Lúcia Franco QPM 25 horas EF e EM
Vera Modkowski Nogaroto QPM 20 horas EF e EM
Ensino Religioso
Ivone da Silva Batista REPR 09 horas EF
Luciana Vanessa Amaral SC02 02 horas EF
Neuza Aparecida Petrin QPM 02 horas EF
15
Inglês
Cleonice Aparecida Ranucci REPR 07 horas EF e EM
Cristina Aparecida de Souza REPR 04 horas EF
Débora Cristina Scarate QPM 20 horas EM
Ivanete Maria Valentim QPM 10 horas EF
Ivone da Silva Batista REPR 07 horas EF
Luciana de Souza Bizetto QPM 20 horas EF
Tânia Cristina Vicente1 QPM 40 horas EF e EM
Química
Maria de Lourdes Santana2 QPM 40 horas EM
Ricardo Pires QPM 15 horas EM
Shamia Patrícia Silveira REPR 10 horas EM
Física
Marcio José Pedroso de Assis REPR 10 horas EM
Maria Cesira Pin SC02 10 horas EM
Ricardo Pires QPM 25 horas EM
Adriane Garcia Grisante QPM 10 horas EM
Biologia
Paulo Sérgio Fiorini SC02 05 horas EM
Renata Quintino Montalvão QPM e SC02 30 horas EM
Sandra Regina da Silva QPM 20 horas EM
Filosofia
1 Professora afastada para PDE.2 Professora afastada para PDE.
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Daniela Bizetto REPR 40 horas EM
Sociologia
Gregório Antônio Fominski REPR 11 horas EM
Sílvia C. Longuin Mota QPM e SC02 29 horas EM
Professor da Lei 15308/06
Anselmo Ludwig QPM 20 EF e EM
Idalina Zorzetti QPM 20 EF
Sâmia Hanna T. Quinhone QPM 20 EM
Língua Estrangeira Moderna - Espanhol
Fernanda Assis de Almeida QPM 20 horas CELEM
Higiene do Trabalho
Cristina Fernandes Nunes REPR 03 horas EP
Adriana Ferreira da Silva REPR 03 horas EP
Administração em Seg. Do Trabalho
Meire Mancan Galbero REPR 04 horas EP
Segurança do Trabalho
Karen Tanji Xavier Pereira REPR 10 horas EP
Comunicação e Educação em Segurança do Trabalho
Megumi Tuda SC02 03 horas EP
Desenho Arquitetônico em Segurança do Trabalho
Rangel Luis Bayerl REPR 03 horas EP
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Informática em Segurança do Trabalho
Ana Clara Kapan Fernandes REPR 04 horas EP
Legislação em Segurança do Trabalho
Karen Tanji Xavier Pereira REPR 06 horas EP
Psicologia do Trabalho
Karen Tanji Xavier Pereira REPR 03 horas EP
Primeiros Socorros
Cristina Fernandes Nunes REPR 03 horas EP
Fundamentos do Trabalho
Gregório Antônio Fominski REPR 03 horas EP
Processo Indústria e Segurança
Melyne Zavatto Berbel REPR 05 horas EP
Técnica de Utilização de Equipamento de Medição
Melyne Zavatto Berbel REPR 05 horas EP
Doenças Ocupacionais
Karen Tanji REPR 04 horas EP
Prevenção e Cont. Riscos e Perdas
Adriana F. Da Silva REPR 04 horas EP
• Dos funcionários -
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O quadro de funcionários antes denominado Serviços Gerais, hoje
Agente Educacional I, tem apenas três concursados (QFEB), e os demais
contratados através da CLT, Paraná Educação e temporariamente através do
Processo Seletivo Simplificado. Esta rotatividade é um dos fatores que prejudica o
bom andamento do trabalho escolar. A maioria destes funcionários têm Ensino
Médio.
O quadro de Agente Educacional II, antes Auxiliar Administrativo,
possui seis concursados (QFEB) e os demais contratados temporariamente pelo
PSS. Todos os funcionários possuem curso superior em áreas diversificadas.
Para ambos os agentes, começaram a ser ofertados cursos de
aperfeiçoamento, visando a capacitação em suas funções específicas e alguns
funcionários concursados começarão a próxima etapa do Profuncionário.
Apoio – Secretária
Rosimeire Viali QFEB 40 horas
Técnico – Administrativo
Cleudecil de Moraes Júnior QFEB 40 horas
Edna Aparecida Carriel QFEB 40 horas
Emerson de Marque Pereira QFEB 40 horas
Renata de Moraes Batista QFEB 40 horas
Sandra Maria Santana QFEB 40 horas
Rodrigo Cesar Barbieri QFEB 20 horas
Vilmara Pires Batista QFEB 20 horas
Wagner Luis Tavares Petrin QFEB 20 horas
Apoio – Auxiliar de Serviços Gerais
Alice Aparecida Ferreira QFEB 40 horas
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Angelita Alves Costa READ 40 horas
Dorca Fernandes Dias READ 40 horas
Irene Maria de Almeida CLAD 40 horas
Joana Samuel Ferrari CLAD 40 horas
Juliana da Silva Santos READ 20 horas
Luci Dantas READ 40 horas
Mara Aparecida Bello QFEB 40 horas
Mara Cristina Godoy Fonseca PEAD 40 horas
Maria Alice T. Sorpreso QFEB 40 horas
Régis Kleber Rodrigues PEAD 40 horas
Rosangela Silva Roma READ 40 horas
Silvana da Silva PEAD 40 horas
Simone Corte PEAD 40 horas
Suely Marta Silvério PEAD 40 horas
• Da Equipe Pedagógica –
A equipe é formada de 6 profissionais, todos os pedagogos, sendo 4
concursados para a função e 2 transposição de função.
É uma equipe que realiza um trabalho integrado, buscando a
homogeneidade de ideias.
Equipe Pedagógica – Professoras Pedagogas
Elsa Trevizan QPM 20 horas
Márcia Salette Zavatto QPM 20 horas
Luzinete Lindolfo Bizetto REPR 20 horas
Rociney A. de Leão Peters Godinho QPM 20 horas
Simone Cristina da Conceição Andrade3 QPM 20 horas
Débora Alves Batista QPM 20 horas
Coordenador de Curso
3 Professora pedagoga afastada para PDE.
20
Marcia Salette Zavatto QPM 10 horas
Coordenador de Estágio
Márcia Salette Zavatto QPM 10 horas
Professor de 1ª a 4ª série
Maria Aux. C. de Lima QPM 20 horas
Professor de Disciplinas Técnicas
Maria Aux. C. De Lima QPM 20 horas
5 PERFIL DA COMUNIDADE ATENDIDA
• Da Comunidade –
Nossa comunidade escolar tem um nível socioeconômico baixo,
onde a maioria é oriunda de lares de estruturas diversificadas, tais como: alunos que
moram só com a mãe ou com o pai; alunos que moram com os avós, tios, amigos;
alunos “nômades”, que mudam de lar constantemente, (moram um tempo com a
mãe, depois com o pai, etc). Tudo isso acarreta uma desestrutura sócio-emocional
que influencia radicalmente na postura do aluno. São fatos constatados pelos
atendimentos realizados pela equipe pedagógica e dados retirados das matrículas.
• Do aluno –
A comunidade é em sua maioria carente, os nossos alunos
apresentam um perfil diversificado. Poucos alunos apresentam bom rendimento e
interesse, percebendo a importância dos conhecimentos para o seu progresso
pessoal. Alguns conseguem visualizar que o conhecimento pode auxiliá-lo na
melhoria de sua qualidade de vida.
Desta forma, alguns alunos não encaram os estudos com a
seriedade necessária. Eles vêm em busca de um certificado que o habilite a atuar no
mercado de trabalho do momento. Ele não consegue perceber que a realidade do
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mundo do trabalho está em constante mutação. Os desafios são constantes e os
mais variados, o aluno tem que estar preparado para resolver as situações
problemas que se apresentarem, encontrando soluções viáveis para todas.
O nosso aluno não tem como hábito a leitura, tem dificuldade de
interpretação e de sintetizar os conteúdos trabalhados pelo professor, talvez, porque
estes conteúdos e a forma de ministrá-los não encontrem eco na sua vida cotidiana,
gerando a indisciplina e o desinteresse, a revolta, a falta de concentração; o que
leva muitas vezes à repetência e evasão escolar. Por consequência, ele tem
dificuldade em interpretar as leis, as ordens, as notícias dos jornais falados e
escritos, o discurso do político não analisa e não interpretam as leis, as ordens, as
notícias dos jornais falados e escritos, o discurso do político; portanto, se torna um
indivíduo alienado às questões sócio políticas da sociedade.
6 CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS
6.1 ESPAÇO FÍSICO
O Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva passou por um
processo de reforma estrutural em 2005.
A área do terreno é de 10.000m, sendo 2.900m de área construída.
A parte física da escola é dividida da seguinte forma:
• 19 salas, sendo:
- 16 salas de aula;
- 1 laboratório de ciências;
- 1 laboratório de informática;
- 1 biblioteca.
• 1 cozinha anexa a 1 refeitório com capacidade para
aproximadamente 300 alunos;
• 4 banheiros para alunos, sendo 2 femininos e 2 masculinos;
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• 2 banheiros para professores e funcionários, sendo 1 feminino e 1
masculino;
• 1 banheiro para funcionários;
• 1 sala de apoio;
• 1 sala da equipe pedagógica;
• 1 sala de direção;
• 2 salas conjugadas para secretaria;
• 1 depósito para materiais didáticos;
• 1 sala para fotocópia;
• 1 sala de professores;
• Pátio coberto;
• 1 quadra de esporte não oficial;
• 1 estacionamento para carros;
• 1 cantina comercial.
6.2 INSTALAÇÕES
a) Salas de aula
São 16 salas de aula utilizadas integralmente em período diurno e
15 utilizadas no período noturno.
Todas as salas estão em condições de uso, exceto as carteiras que
estão inadequadas ao tamanho dos alunos e em péssimas condições de
conservação por serem muito antigas, pois não houve reposição nos últimos anos. O
número de carteiras é insuficiente gerando transtornos em todos os turnos.
O número de alunos matriculados muitas vezes excede a
capacidade da sala de aula provocando problemas principalmente de ventilação.
Ao implantarmos a sala de apoio havia espaço adequado, mas com
o aumento da demanda, este espaço é improvisado e comporta de forma
inadequada o número de alunos que necessitam deste atendimento.
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b) Laboratório de Ciências
O espaço foi reformado e adequado a sua utilização com
materiais específicos ao uso do laboratório, exceto microscópios e decodificador.
Falta o mobiliário adequado como mesas, armários, etc, bem como materiais de uso
para pesquisa.
c) Laboratório de Informática
O colégio possui o laboratório de informática do Paraná Digital,
destinado a uso exclusivo do professor para pesquisa e projetos com alunos;
laboratório do PROINFO, para uso de alunos.
d) Biblioteca
A biblioteca funciona em espaço inadequado. As instalações são
pequenas, necessitando da construção em um local apropriado e de fácil acesso,
tanto para os alunos, quanto para professores e comunidade.
O acervo está sendo renovado de acordo com o “Programa da
biblioteca do aluno e do professor”. O colégio recebeu algumas obras do Programa
Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), mas o acervo é insuficiente para o número de
alunos.
e) Cozinha
O espaço físico não é apropriado, apesar de termos uma cozinha
equipada. A despensa onde são armazenados os alimentos é pequena.
A localização da cozinha é inadequada, pois fica muito próxima às
salas de aula e serve de acesso ao refeitório, para os alunos, nos dias de chuva.
f) Refeitório
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Com capacidade para 300 alunos, quando a demanda é de 640
alunos por período. A ventilação é inadequada e não há mobiliário. Dispomos
apenas de alguns bancos e mesas.
g) Sala de Equipe Pedagógica
Falta um espaço reservado para atendimento individualizado aos
pais, alunos ou professores.
h) Pátio coberto
Não comporta o número de alunos por período e a cobertura
apresenta problemas estruturais.
i)Quadra de Esportes coberta
Contempla: futsal, basquete, handebol e voleibol.
j) Quadra de esportes não oficial
Existe apenas uma quadra não coberta para a prática de Educação
Física, não atendendo a demanda.
j) Cantina Comercial
É de responsabilidade da APMF e seu funcionamento é autorizado
pelo NRE. O atendimento é realizado nos horários de recreio dos alunos.
Equipamentos disponíveis para atendimento da demanda:
• 16 TV pen drive;
• 02 retroprojetores;
• 01 TV;
• 04 DVD's;
• 01 data show;
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• 04 rádios – CD;
• 01 tela de projeção;
• 24 computadores – Paraná Digital;
• 18 computadores - PROINFO
• 03 impressoras;
• 03 caixas de som;
• 01 microfone.
7 PRINCÍPIOS LEGAIS E DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS
7. 1 OBJETIVOS
Tendo por base o artigo 22 da LDB 9394/96 que diz “A Educação
Básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação
comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para
progredir no trabalho e estudos posteriores”.
Temos como objetivos:
- Garantir igualdade de condições para acesso e permanência na
escola, inclusive aos alunos com necessidades especiais, adolescentes em
situações de risco, respeitando as diversidades culturais.
- Garantir ao educando a contextualização do saber científico,
levando-o a ter consciência sobre seus modelos de explicação e
compreensão da realidade, reconhecê-los como equivocados ou limitados a
determinados contextos, enfrentar o questionamento, colocá-los em cheque
num processo de desconstrução de conceitos e reconstrução/apropriação de
outros. “Não existe saber que não seja a expressão de uma vontade de
poder. Ao mesmo tempo, não existe poder que não se utiliza do saber,
sobretudo de um saber que se expressa como conhecimento das populações
e dos indivíduos submetidos ao poder”.
26
- Promover a interdisciplinaridade por meio da articulação de
conceitos e metodologias afins, que relacionam as disciplinas as quais
comandarão o processo investigatório de um determinado conteúdo escolar.
- Oportunizar a qualificação profissional de forma continuada a
todos os profissionais envolvidos na Educação, para a melhoria da Qualidade
de Ensino e de seu compromisso com o que fazem.
- Conduzir a unidade escolar dentro de uma gestão democrática
em que a tomada de decisões envolve a comunidade escolar, respeitando as
especificidades técnicas dos profissionais que dela fazem parte.
- Incrementar atividades extraclasse, nas quais grupos de pais e
professores de qualquer especialidade disponham-se a desenvolver
atividades que complementam e enriqueçam o currículo escolar.
- Garantir no Ensino Fundamental, de acordo com o artigo 32 da
LDB. 9304/96:
I. A formação básica do cidadão mediante o desenvolvimento da capacidade
de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, escrita e
do cálculo;
II. A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia das Artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III. O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e
valores;
IV. O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social;
- Garantir no Ensino Médio, de acordo com artigo 35º da LDB.
9394/96:
I. A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II. A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade
a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
27
III. O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico;
IV. A compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada
disciplina.
7.2 IDENTIDADE E METAS
Repensar o papel da escola diante do acelerado processo de
integração e re-estruturação capitalista mundial se torna um grande desafio. Esse
novo paradigma econômico, os avanços científicos e tecnológicos, a re-estruturação
do sistema de produção e as mudanças no mundo do conhecimento afetam a
organização do trabalho e o perfil dos trabalhadores, refletindo na qualificação
profissional e consequentemente nos sistemas de ensino e nas escolas.
Essas transformações ocorrem em escala mundial, num conjunto de
acontecimentos e processos que acabam por caracterizar novas realidades sociais,
políticas, econômicas, culturais, jurídicas, religiosas, éticas, estéticas, afetivas e
geográficas que produzem e reproduzem as desigualdades sociais.
Todas essas mudanças atingem o sistema educacional exigindo
novas adequações no ensino, investimentos na formação dos profissionais,
capacitação continuada para professores, para que os alunos possam ser
preparados para interagir na sociedade como agentes participativos e
transformadores.
A revolução tecnológica que aparece na mídia, nos computadores,
nas redes de informações, nos telefones celulares, atinge a poucos, não permitindo
à maioria da população usufruir desses recursos, aumentando a exclusão social.
Nessa ótica, o papel importante da escola e dos profissionais da educação será no
sentido de propiciar condições intelectuais, ampliar condições de capacidade crítica
e reflexiva em relação à difusão do saber científico e da informação.
28
A informação é o caminho e o instrumento de aquisição de
conhecimento, que ao ser analisada, interpretada, não exerça o domínio sobre a
consciência e a ação das pessoas.
No campo político, a crença ou a descrença da ação pública lança
novas perspectivas sobre o sentido da cidadania, uma vez que se faz necessário
educar para a participação, para o reconhecimento das diferenças, para diversidade
cultural, para os valores e direitos humanos.
No campo da ética, nossa sociedade convive com a crise de valores,
centrado no interesse pessoal, na vantagem, na eficácia, sem referência a valores
humanos como a dignidade, a solidariedade, a justiça, a democracia, o respeito à
vida. Nessa visão, é preciso a colaboração da escola para a formação ética nas
ações do cotidiano, nas formas de relação entre os povos, etnias e grupos sociais no
meio ambiente, na luta contra a violência, o racismo à segregação social e os
direitos humanos.
A escola contemporânea, diante dos problemas da realidade
brasileira, do município dentro do estado e das necessidades da população, deve
propor-se a desenvolver um currículo centrado na formação geral continuada de
sujeitos pensantes e críticos na formação da cidadania e na formação ética.
A escola necessária diante dessa realidade aqui apresentada prevê
formação cultural e científica, possibilidade de contato dos alunos com a cultura,
provida pela ciência, pela técnica, pela linguagem, pela estética e pela ética.
Especialmente uma escola de qualidade, uma escola contra a exclusão econômica,
política, cultural e pedagógica.
7.3 CONCEPÇÕES
Perspectivas Construtivas Sócio-Interacionistas
29
Os processos de globalização do mundo econômico e da
mundialização da cultura, desencadeados pela sociedade tecnológica em que
vivemos, recolocam as questões da sociabilidade humana em espaços cada vez
mais amplos, trazendo questões de identidade pessoal e social cada vez mais
complexas.
Nas últimas décadas, novas formas de convivência humana foram
se desenvolvendo, novos paradigmas foram colocados, dessa forma, busca-se um
novo modelo explicativo da sociedade atual.
O conhecimento do homem é continuamente transformado pelas
novas informações que ele recebe e pelas experiências pelas quais passa no mundo
de hoje.
A escola, a instituição que propicia ao indivíduo a formação integral,
transmitindo-lhe valores éticos e morais aliados ao conhecimento científico e cultural
deve contribuir para uma cultura mais ampla, desenvolvendo meios para
interpretarem fatos naturais e compreenderem procedimentos e equipamentos do
cotidiano social e profissional, proporcionando o entendimento histórico da vida
social e produtiva. No contexto em que o homem é um ser que interage socialmente,
faz-se necessário que a educação conduza o processo ensino-aprendizagem de
forma a auxiliar no desenvolvimento da autonomia e da capacidade de pesquisa
para que o homem possa adaptar-se à realidade. Daí a necessidade de se
assegurar maior flexibilidade à construção do currículo, à metodologia empregada
para seu desenvolvimento, bem como os processos de avaliação.
7.3.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM
“A cidadania é um processo histórico-social que capacita a massa
humana a forjar condições de consciência, de organização e de elaboração de um
projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo,
como sujeito histórico transformador de seu próprio destino”, (BOFF, 2000).
30
Reafirmando a citação, a construção da cidadania envolve um
processo ideológico de formação de consciência pessoal e social e de
reconhecimento desse processo em termos de direitos de deveres.
O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de se
tornar cidadão consciente, organizado e participativo do processo de construção
político, social e cultural.
Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na
sociedade com o outro, nas relações familiares, comunitárias produtivas e também
na organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas
diversas esferas da sociedade.
O homem como sujeito da sua história compreende suas condições
existenciais, transcende-as e as reorganiza, superando a condição de objeto,
caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva.
Segundo Saviani (1992), o homem é um ser natural e social, ele age
na natureza, transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse
processo de transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado
momento histórico, assim, acumula experiências e em decorrência destas, ele
produz conhecimentos. Sua ação intencional é planejada, mediada pelo trabalho,
produzindo bens materiais e não materiais que são apropriados de diversas formas
pelo homem.
A sociedade globalizada prioriza o cidadão criativo, inventivo,
qualificado para o trabalho a apto para a produtividade e quem não estiver dentro
destes parâmetros, pode estar fadado à exclusão social, através do desemprego.
O sistema educativo tem por missão preparar cada indivíduo ao
longo de toda vida para participar ativamente num projeto de uma sociedade
responsável e solidária.
A escola tem o propósito de preparar o aluno para elaborar
pensamentos autônomos e críticos, formular seus próprios juízos de valor, traçar seu
projeto de vida para atuar dignamente na família, na escola e na sociedade. Deve
aprender precocemente informações para que ele possa perceber as necessidades
31
do mundo globalizado e que, ao iniciar uma atividade, a mesma tenha terminalidade
no estudo, no trabalho e no mundo tecnológico.
O papel da escola nessa concepção de cidadão é de contextualizar
a aprendizagem sobre o saber do censo comum como ponto de partida para
aperfeiçoar novos conhecimentos sistematizados e possa compreender e aplicar o
conhecimento científico, assumindo assim o papel de cidadão como agente
transformador:
“O papel que se espera da escola é que possa colaborar na formação do cidadão pela mediação do conhecimento científico, estético e filosófico”, (VASCONCELOS, 1995).
O essencial é a mudança de atitude, de postura da escola e do
professor.
O condicionamento da realidade sobre a consciência do sujeito só
poderá avançar quando se tentar concretizá-la e transformar objetivamente a
realidade:
“São sujeitos que fazem a transformação na história, pela ação organizada e coletiva do mundo, embora sob condições que herdaram e não escolheram”, (MARX, 1986).
7.3.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Com as mudanças relacionadas ao processo de globalização da
economia capitalista ocorridas no plano sócio-político e econômico, a dinâmica e a
estrutura familiar vem sofrendo cada vez mais interferências e consequentes
modificações em seu padrão tradicional de organização. Assim, o conceito de família
deve ser entendido em um âmbito diversificado e em constante movimento.
Estamos caminhando na direção de um mundo interdependente, no
qual qualquer fato que ocorra em uma determinada região terá influência no restante
do planeta.
32
A modernidade experimenta uma progressiva interpenetração entre
o nacional e o internacional, o global e o local.
Cada vez mais a sociedade e a escola precisam estar em
interlocução constante, uma e outra interagindo na busca de uma sociedade justa,
superando os paradoxos ocasionados pela globalização. Ao mesmo tempo em que
está conectada com as tendências mundiais, a escola deve estar sintonizada com a
comunidade na qual está inserida, falando sua linguagem e lidando com as questões
próprias desse ambiente.
A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no
trabalho concreto dos homens que criam novas possibilidades de cultura e do agir
social a partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base
econômica.
Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona
a sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis
históricas que regem o desenvolvimento da sociedade.
A nova sociedade decorrente das revoluções tecnológicas e seus
desdobramentos na produção e na área da informação requer cada vez mais
competências desejáveis ao pleno desenvolvimento humano e à qualificação do
profissional na indústria.
O compromisso de uma sociedade democrática e com a extensão
da cidadania, associa os conhecimentos à concepção de uma educação para a
liberdade, que proporcione autonomia e a desalienação, tendo por base a
humanização dos processos sociais.
Atualmente se vive numa sociedade consumista, elitista, geradora
de violência, onde se acentuam as diferenças entre as classes sociais, permitindo
que haja no país a bipolaridade social.
Diante de uma sociedade excludente e injusta, busca-se resgatar os
valores morais e éticos para que esta seja mais justa, igualitária, digna, onde os
cidadãos tenham participação nas decisões das normas que regem o país e que
realmente as leis sejam cumpridas na íntegra.
33
Para contribuir no processo de superação da discriminação e da
construção de uma sociedade livre e fraterna, cabe ao processo educacional,
desenvolver atitudes e valores voltados para a formação de novos comportamentos,
atitudes e conhecimentos que cooperem na transformação da situação atual.
Através da educação, o indivíduo se torna mais consciente de suas
raízes a fim de dispor de referências que lhe permitam situar-se no mundo.
A missão centra-se na classe popular de baixa renda, onde a falta
de oportunidades gera a fome e a violência e que a sociedade vigente marginaliza,
exclui ignorando o direito de cidadania.
O conceito de família deve ser entendido em um âmbito diversificado
e em constante movimento. As transformações fazem parte do processo de
reestruturação que a família tem sofrido, o qual pode agilizar o sentimento de
segurança das pessoas, com a falta ou a diminuição da sociedade familiar, a falta de
estabilidade econômica e emocional que interfere e desestrutura a vida dos filhos.
A meta desta instituição é formar um cidadão crítico, sujeito de sua
história e participativo, numa sociedade onde é capaz de interferir para adaptar o
que aprendem, mantendo seu espírito de coletividade e construir seu próprio
conhecimento.
7.3.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A identidade de uma escola é atrelada à identidade de seus
segmentos. Não se pode pensar em um estabelecimento de ensino sem pensar em
seus professores, alunos e funcionários. Quem são eles? Quais são suas posturas
diante da vida? O que fazem para que a instituição seja reconhecida e tenha
referência positiva?
As gerações passadas outorgaram à escola o privilégio de ser o
lugar destinado à educação. Mas, atualmente esse título se tornou insignificante,
pois o mundo tem se transformado numa trama complexa de sistemas aprendentes,
de ambientes que propiciam experiências de conhecimento.
34
Mergulhamos em tão pouco tempo na sociedade da informação, na
era das redes, e sua interferência na empregabilidade e exclusão social do
indivíduo. Essa sociedade é irreversível e com certeza não espera por ninguém.
Será que a escola terá algum dia condições necessárias e
suficientes dentro da lógica que o mercado requisita de modo cada vez mais
exigente com relação à competência, criatividade e a produtividade de acompanhar
com tamanha rapidez e com êxito essa sociedade?
Neste contexto, a privação da educação, por mais insuficiente que
seja, se tornou uma causa mortis inegável, todavia, ninguém terá sucesso e mesmo
se manterá nele em uma sociedade se não tiver flexibilidade adaptativa.
Ciente de seu papel e consciente de que não é a única instância
educativa, a escola deve formar indivíduos que saibam o que querem e queiram o
que reconheçam como correto e verdadeiro, exercendo constantemente sua
autodefinição em busca da felicidade individual e coletiva, propiciando experiências
de aprendizagem, reconhecíveis como tais pelos sujeitos envolvidos.
Essa educação deve buscar a qualidade, isto é, desenvolver o
processo crítico de aprendizagem de seus educandos; e buscar a permanência dos
mesmos no sistema e evitar a sua reprovação e a sua evasão. Priorizando e
empenhando pela melhoria contínua dos processos pedagógicos, técnicos e
administrativos da escola.
Esse é o compromisso dos profissionais que atuam no Colégio
Estadual Prof. Francisco Villanueva – Ensino Fundamental, Médio e Profissional da
cidade de Rolândia.
Portanto, almejamos a efetivação de uma escola na qual possamos
construir juntos as nossas regras, fazendo das mesmas a expressão das nossas
aspirações e expectativas; um lugar em que há concepção, efetivação e avaliação
de projetos educativos, visto que o trabalho pedagógico que construímos deve
atender aos interesses, às expectativas e, principalmente, às necessidades da
clientela que atendemos; e isso implica no profundo conhecimento de nosso
alunado, implica em mudarmos sempre que as necessidades de nossos educandos
assim exigirem, implica em estarmos sempre de acordo com nosso tempo e nosso
35
espaço. Pois, a sociedade não quer simplesmente que a criança, o adolescente e o
jovem frequentem a escola, quer que ela/ele vá à escola para aprender o que tem de
aprender, no momento em que tem de aprender, mas que também seja feliz. A
felicidade sintetiza a grande aspiração que a sociedade tem com relação à escola.
Para que isso aconteça, necessitamos de um canal permanentemente aberto de
comunicação com alunos e comunidade.
Diante disso, compreendemos que o sucesso de nossa escola só
poderá ser visualizado através do sucesso de nossos educandos.
O maior desafio da educação é investir numa escola expandida fora
de seus limites, totalmente integrada à sociedade, onde todo o sistema deve ser
centrado no desenvolvimento do caráter dos valores e na formação de cidadãos
conscientes, capazes de ajudar a criar uma sociedade melhor para todos. Para
tanto, o ensino deve ser voltado aos que estão comprometidos com a educação,
assegurando que estejam aprendendo tudo que acontece ao seu redor, os erros, os
acertos, as coisas que observam na sua realidade e estarem continuamente
evoluindo e aprendendo.
7.3.4 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as
relações entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido
nas relações sociais mediadas pelo trabalho.
Na sociedade, o homem não se apropria da produção material de
seu trabalho e nem dos conhecimentos produzidos nestas relações, porque o
trabalhador não domina as formas de produção e sistematização do conhecimento.
Segundo Marx e Engels, “a classe que tem à disposição os modos de produção
material, controla concomitantemente os meios de produção intelectual, de sorte
que, por essa razão, geralmente as ideias daqueles que carecem desses meios
ficam subordinadas a ela”, (FRIGOTTO, 1993, p. 67).
36
Ainda neste sentido, Andery (1998, p. 15) confirma que “Nesse
processo do desenvolvimento humano multi-determinado e que envolve inter-
relações e interferências recíprocas entre ideias e condições materiais, a base
econômica será o determinante fundamental”. Assim sendo, o conhecimento
humano adquire diferentes formas: senso comum, científico, teológico e estético,
pressupondo diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem
sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.
O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e
das condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que
representam as necessidades do homem a cada momento, implicando
necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para
obtenção do conhecimento mudando, portanto, a forma de inferir na realidade. Essa
interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização
do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações. Conforme
Veiga (1995, p. 27).
“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação
do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos
alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos e
generalizações sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor.
Para Boff, “Conhecer implica, pois, fazer uma experiência e a partir
dela ganhar consciência e capacidade de conceptualização. O ato de conhecer,
portanto, representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o
conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a
conversão do conhecimento em ação”, (2000, p.82).
O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social
gerando mudanças interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo
sempre uma intencionalidade.
Conforme Freire, “O conhecimento é sempre conhecimento de
alguma coisa, é sempre 'intencionado', isto é, está sempre dirigido para alguma
coisa”, (2003, p. 59).
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Portanto, há de se ter clareza com relação ao conhecimento escolar,
pois como destaca Severino, “educar contra ideologicamente é utilizar, com a devida
competência e criatividade, as ferramentas do conhecimento, as únicas de que
efetivamente o homem dispõe para dar sentido às práticas mediadoras de sua
existência real”, (1998, p. 88).
No processo de conhecimento, o educando vai se apropriar de um
saber que é histórico-cultural partilhado por um grande número de elementos e isto
será uma experiência peculiar, sendo que a aprendizagem e o conhecimento
construído pelo aluno terão sempre também um caráter pessoal, intransferível.
O condicionamento da realidade sobre a consciência do sujeito só
poderá avançar quando se tentar concretizá-la, transformando objetivamente a
realidade.
Cabe à escola desenvolver o conhecimento espontâneo,
encaminhando-o a níveis abstratos, formais e sistematizados, valorizando as
competências e habilidades cognitivas e afetivas básicas do contexto do aluno, para
compreensão do saber escolar e atingir o saber científico, num processo
permanente de formação de capacidades intelectuais superiores.
Se quiser que se altere a ação do sujeito, é preciso agir sobre o
desejo, a necessidade, o saber e o ter, e isso só se dará pelo saber, porque é o
recurso de que dispomos enquanto equipamento de consciência.
7.3.5 CONCEPÇÃO DE VALORES
Todas as sociedades buscam desenvolver meios de preservar suas
formas constituídas de viver coletivamente.
O caráter social dos seres humanos é um processo, uma
construção, da qual participa cada indivíduo nas relações com os outros. Ao agir no
mundo, construindo sua vida, na relação com os outros, o ser humano o faz com
vistas a sua expectativa de vida, sendo que os diversos valores, normas e modelos
de comportamento que o indivíduo compartilha, nos diferentes meios sociais a que
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está integrado ou exposto, colocam-se em jogo nas relações diárias. E na escola,
instituição pela qual se espera que passem todos os membros da sociedade, veicula
valores na vida das pessoas e encontra seu limite na legitimidade que cada um dos
indivíduos e a própria sociedade que conferem a ela.
Portanto, nesta escola, como um espaço de práticas sociais, os
alunos não apenas entram em contato com valores determinados, também
aprendem a estabelecer hierarquia entre valores, ampliando sua capacidade de
julgamento e a consciência de como realizar suas escolhas. É também um lugar
onde cada aluno encontra a possibilidade de se instrumentalizar para a realização
de seus projetos de vida.
E, assim esta escola busca formar um aluno que saiba compreender
sua cidadania como participação social e política, compreendendo seus direitos e
deveres políticos, civis e sociais, adotando atitudes de respeito, justiça e verdade.
Portanto, o convívio nesta escola será organizado de maneira que os conceitos
acima citados sejam vivenciados e compreendidos pelos alunos como aliados à
perspectiva de uma vida ideal.
O respeito se traduz pela valorização de cada indivíduo em sua
singularidade. E ganha seu significado mais amplo, quando se realiza como respeito
mútuo; ao dever de respeitar o outro, articula-se o direito, a exigência de ser
respeitado.
O respeito traz consigo, as ideias de individualidade e alteridade, ou
seja, cada indivíduo deve ter a consciência de que o que cada pessoa faz de si
própria revela-se na presença do outro como constituinte de sua existência social.
O respeito é condição primordial para que haja uma convivência
harmoniosa em qualquer ambiente social.
No que se refere ao ambiente escolar, o convívio com respeito é a
melhor experiência que pode ser oferecida aos alunos. Esse valor se traduz no
tratamento que é dado aos conteúdos escolares, tendo em vista o respeito ao direito
de aprender dentro de sua individualidade; e nas relações de convivência diária da
escola, que envolve todos os membros da comunidade escolar.
39
Esse direito só pode ser usufruído pelo aluno quando o mesmo é
visto como sujeito ativo e participativo do seu conhecimento, valorizado na sua
identidade e diversidade. Neste sentido, o professor planejará suas aulas tendo em
vista o conteúdo como um meio de desenvolver competências e valores, portanto,
será trabalhado de forma contextualizada.
Ainda em respeito ao direito do aluno de aprender, será
rigorosamente cumprido o limite estabelecido de horas e dias letivos previstos no
Regimento Escolar em consonância com o artigo 34 da LDB. Bem como
cumprimento rigoroso do horário de início das atividades desta escola, quer seja da
aula propriamente dita, ao horário de trabalho de todos os funcionários desta escola.
Partindo do pressuposto que o respeito deve ser mútuo, esta escola
visa desenvolver através de exemplos, atitudes e valores que venham corroborar
para a mudança de postura dos alunos. Atitudes estas que poderão ser observadas
no aluno através do cumprimento de horários de aulas e de tarefas, na valorização e
conservação do bem comum, no tratamento respeitoso com professores, colegas e
funcionários desta escola, e que estas atitudes possam repercutir na vida do aluno,
transformando o ambiente em que vive.
A justiça é importante na formação do cidadão quer seja no convívio
social ou na vida política.
No convívio social, a importância da justiça está nos
questionamentos que se faz sobre atitudes tomadas que afetam a vida das pessoas,
enquanto que na vida política a importância da justiça está em formar uma
sociedade democrática e justa, inspirada nos ideais de igualdade e equidade.
O princípio da justiça traduz-se na busca de igualdade de direitos e
de oportunidades, considerando as condições concretas das situações e dos
sujeitos envolvidos para o julgamento do que é justo ou injusto. Nesse contexto,
essa escola busca contribuir para que os alunos desenvolvam a capacidade de se
pautarem pelo princípio da justiça de modo autônomo, uma vez que a escola deve
compreender a justiça com clareza e imparcialidade, pois só assim apontará o
caminho correto para alunos que estão em fase de construção de valores.
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Um outro valor de suma importância é a verdade, pois sem ela não
se encontra nem o respeito e muito menos a justiça. Pois quem acredita na justiça
de uma pessoa que falta com a verdade, ou como podemos respeitar uma pessoa
que se utiliza de mentiras para se fazer respeitar? Acreditamos que, ao reforçar
esses valores, estaremos contribuindo para a formação do cidadão, quer seja no
convívio social ou na vida política.
A prática administrativa e pedagógica da escola, as formas de
convivência no ambiente escolar, os mecanismos de formulação e das situações de
aprendizagem, os procedimentos de avaliação relacionados aos valores acima
citados deverão ser coerentes com os valores estéticos, políticos e éticos e
princípios inspiradores da Constituição e da LDB, que fundamentam a Educação
Básica organizada sob três princípios: a estética da sensibilidade, a política da
igualdade e a estética da identidade.
A estética da sensibilidade deve realizar um esforço permanente
para desenvolver, no âmbito do trabalho e da produção (aprender a fazer), a criação
e a beleza, desvalorizadas pela era das revoluções industriais.
Como expressão do tempo contemporâneo, a estética da
sensibilidade vem substituir a repetição e padronização, estimulando a criatividade,
o espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado, a afetividade, para facilitar a
constituição de identidades capazes de suportar a inquietação, conviver com o
incerto, o imprevisível e o diferente.
A estética da sensibilidade deve educar o indivíduo, utilizando-se do
lúdico, integrando diversão, alegria e senso de humor na construção do
conhecimento, na busca de aprimoramento permanente, e que aprendam a fazer do
prazer, do entretenimento, da sexualidade, um exercício de liberdade responsável.
Como expressão de identidade nacional, a estética da sensibilidade
facilita o reconhecimento e a valorização da diversidade cultural brasileira e das
formas de perceber a realidade dos gêneros e das regiões e grupos sociais do país.
A estética da sensibilidade deve ser, não apenas, um princípio
inspirador do ensino de conteúdos ou atividades expressivas, mas uma atitude
diante de todas as formas de expressão que deve estar presente no
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desenvolvimento do currículo e na gestão escolar. Deve promover a crítica à
vulgaridade da pessoa; às formas estereotipadas e reducionistas de expressar a
realidade; às manifestações que banalizam os afetos e brutalizam as relações
pessoais.
A estética da sensibilidade promove, portanto, a política da inclusão,
do respeito à liberdade e apreço à tolerância.
A política da igualdade – outro princípio norteador da educação –
tem seu ponto de partida no reconhecimento dos direitos humanos e o exercício dos
direitos e deveres de cidadania, como fundamento de preparação do educando para
a vida civil.
Não basta ao indivíduo reconhecer os direitos e deveres, é preciso
incorporar com protagonismo o ideal de respeito ao bem comum, o que constitui
uma das finalidades mais importantes da igualdade e se expressa por conduta de
participação e solidariedade, respeito e senso de responsabilidade pelo outro e pelo
público.
A política da igualdade se fundamenta na estética da sensibilidade
quando denuncia estereótipos que alimentam as discriminações e defendem a
diversidade, afirmando que possibilidades iguais para todos não são suficientes para
promover igualdade entre desiguais. É preciso ser praticada, garantindo igualdade
entre oportunidades e diversidades de tratamento dos alunos e de professores para
aprender e aprender para ensinar os conteúdos curriculares, atendendo os padrões
mínimos de qualidade de ensino definidos na LDB.
A política da igualdade vai se expressar também na busca da
equidade no acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao meio ambiente saudável
e a outros benefícios sociais e no combate a todas as formas de preconceito e
discriminação por motivo de raça, sexo, religião, cultura, condição econômica,
aparência ou condição física.
Educar sob inspiração da ética da identidade não é transmitir valores
morais (honestidade, caridade, lealdade, solidariedade, etc), mas criar as condições
para que as identidades se constituam pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo
42
reconhecimento do direito à igualdade, com o fato de orientarem suas condutas por
valores que respondam às exigências do seu tempo.
A ética da identidade se expressa por um permanente
reconhecimento da própria identidade e de outrem; e uma das formas pelas quais a
identidade se constitui é a convivência. A escola, como lugar de convivência, por
excelência, de jovens educandos e adultos educadores, tem a grande
responsabilidade na formação da identidade das futuras gerações.
A ética da identidade tem com fim mais importante a autonomia. No
âmbito de aprender a ser, os jovens vivem, na escola, de forma sistemática, os
desafios de suas capacidades. As situações de aprendizagem programadas pela
escola devem encaminhar para o sucesso, elevando a autoestima dos educandos,
desenvolvendo as competências e habilidades para, por si sós, elaborarem juízos de
valores e escolhas inevitáveis à realização de um projeto próprio de vida, levando
em conta os recursos que o meio oferece. A autonomia e reconhecimento da
identidade do outro se associam para construir identidades mais aptas a incorporar a
responsabilidade e a solidariedade.
Os conhecimentos e competências cognitivos e sociais que se quer
desenvolver nos alunos do ensino remetem à educação como construtora de
identidades comprometidas com a busca da verdade, da justiça e para fazê-lo com
autonomia precisam desenvolver a capacidade de aprender, como estabelece a
LDB, no seu Artigo 35: “... o aprimoramento do educando como pessoa humana,
incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico”.
O desenvolvimento do conhecimento e da competência intelectual
dá acesso a significados sobre o mundo físico e social e dão sustentação à análise,
à prospecção, à solução de problemas, à capacidade de tomar decisões.
À adaptabilidade a situações novas, a arte pode dar sentido a um
mundo em mutação. Essas competências são valorizadas pelas novas formas de
produção pós-industrial que se instalam nas economias contemporâneas.
Um dos grandes desafios do século XXI é construir uma nova
identidade planetária formada por múltiplas pertinências, que precisam ter uma
43
convivência responsável. É um objetivo complexo, como toda organização social
atual, que envolve a escola e as diferentes instâncias da sociedade.
7.3.6 CONCEPÇÃO ENSINO/APRENDIZAGEM
7.3.7 A educação escolar tem finalidades, metas, objetivos a serem
alcançados, não é um processo em que está implícita uma diretividade permeada
pela interação entre os elementos participantes que devem atuar como sujeitos.
Entende-se educação escolar como a tarefa de procurar motivar,
despertar o desejo, bem como buscar a interação dos desejos de professores e
alunos visando a formação e a construção dos seus agentes.
Para haver o encontro educativo é necessário que as pessoas
estejam em busca de algo, objetivando alguma coisa e que reciprocamente essas
finalidades possam, de alguma forma, interagir, ter algo em comum.
“A realidade é o grande desafio da prática, sendo seu ponto de
partida, seu elemento de trabalho e seu destino mesmo porque o homem só se
realiza mudando sua realidade. Assim, a educação escolar tem também em
princípio esta função de ao partilhar melhores condições de vida às novas
gerações”, (VASCONCELOS, 2001).
A aprendizagem se faz organizadamente com a poupança dos
esforços pessoais, em virtude da descoberta e difusão das técnicas de transmissão
direta, oral ou escrita do conhecimento entre os indivíduos ou entre gerações, o que
supõe caráter coletivo e social do conhecimento.
A escola é uma instância educativa criada pela sociedade e
constituída em função dela própria, que tem o papel peculiar de formar o indivíduo
propiciando ao mesmo, condições para manipular e articular conhecimentos a favor
da transformação da sociedade na qual está inserido.
Ele é um lugar com diversas dimensões: a pedagógica, a
administrativa, a política, a social, a cultural e a humana. Cada uma corresponde a
determinados espaços de ação. A pedagógica tem por finalidade atender as
questões relacionadas ao processo ensino-aprendizagem; a administrativa zela das
44
questões de infraestrutura e de pessoal; a política desenvolve o processo
democrático, isto é, a tomada de decisão; a social, do relacionamento entre a
instituição e a sociedade; a cultural imprime identidade sociocultural; a humana
corresponde aos sentimentos, conceitos e preconceitos existentes em cada ser
humano componente da comunidade escolar.
A base da nossa escola é a ação pedagógica; e as questões
administrativas são atividades-meios para a sua efetivação, mas para que a
dimensão pedagógica aconteça com êxito é necessário que o funcionamento
interligado das outras dimensões ocorram harmoniosamente tendo como alvo maior
a criação da sensibilidade necessária para formar seres humanos que consigam
manter de forma flexível e adaptativa, a dinâmica de continuar aprendendo e
vivendo em sociedade.
7.3.7 CULTURA / TECNOLOGIA
A cultura é resultado de toda a produção humana. Segundo Saviani,
“Para sobreviver, o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente,
os meios de sua subsistência. Ao fazer isso, ele inicia o processo de transformação
da natureza criando um mundo humano”, (O mundo da Cultura, 1992).
Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de
significado, é cultural.
Silva afirma em seu texto que ”Tornou lugar comum destacar a
diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo”. Ao mesmo tempo em
que se tornam visíveis manifestações e expressões culturais de grupos dominados,
observa-se o predomínio de formas culturais produzidas e vinculadas pelos meios
de comunicação de massa, nos quais aparecem de forma destacada em sua
dimensão material e não material.
Toda organização curricular, por sua natureza e especificidade,
precisa completar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de
cultura. Na escola, em sua prática, há a necessidade de consciência de tais
45
diversidades culturais, especialmente na sua função de trabalhar as culturas
populares de forma a levá-las à produção de uma cultura erudita, como afirma
Saviani: “A mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem
do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita,
assume o papel político fundamental”.
A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de
bens e serviços, mas no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais.
Segundo Cristina Gomes Machado (2002), o processo educativo há
de se revelar capaz de sistematizar a tendência à inovação, solicitando o papel
criador do homem. É preciso implementar no sistema educacional, uma pedagogia
mediante a qual não apenas reforme o ensinamento, mas que também facilite a
aprendizagem.
A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e
alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento
das desigualdades ou para a inserção social, se vista como uma forma de
estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento de todas as áreas.
Ter no currículo uma concepção de educação tecnológica não será
suficiente para todos da Escola Pública, sem que haja uma vontade e ação política
que possibilitem investimentos para que esses recursos tecnológicos existam e
possam ser ferramentas que contribuam para o desenvolvimento do pensar, sendo
um meio de estabelecer relações entre o conhecimento científico, tecnológico e
sócio-histórico, possibilitando articular ação, teoria e prática.
7.4 PRINCÍPIOS LEGAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
• Constituição Federal (1988);
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96;
• Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental,
instituídas pela Resolução CEB nº 2/1998 da Câmera da Educação
Básica;
46
• Estatuto da Criança e do Adolescente, nº 8069/90;
• Deliberações do Conselho Estadual que normatiza a oferta do
Estabelecimento de Ensino;
• Estágio dos Estudantes (Lei 11.788/2008, deliberação 02/2009 – CEE
e Instrução 006/2009 – SUED/SEED).
7.5 CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA
Lei 10.639/03
O ano de 2003 marca profundamente a educação brasileira quando
torna obrigatório o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira em todo
território nacional.
Tal medida é fruto de intensa luta dos movimentos negros em prol
de uma sociedade mais justa e mais igual para todos. Inevitavelmente a medida
encontrou e ainda encontra resistência por parte daqueles que a consideram
arbitrária por não acreditarem que a sociedade brasileira, seja em sua essência,
uma sociedade preconceituosa e racista, além de considerá-la injusta uma vez que
outros grupos étnicos não são contemplados pela mesma lei.
A este respeito, vale ressaltar a influência do chamado “Mito da
Democracia Racial”, que nutre a falsa ideia de que somos um povo de todas as
“raças”, resultado da grande mistura étnica ocorrida desde a nossa colonização,
portanto, não haveria, segundo o mito, razões para a existência de qualquer tipo de
discriminação referente a origem ou ancestralidade do indivíduo.
Hoje, lamentavelmente, as estatísticas revelam que a sociedade
brasileira é sim uma sociedade “racista”, quando discrimina, ou seja, exclui, rejeita,
segrega uns aos outros a partir da cor da pele de uma pessoa.
Não precisamos ir muito longe para comprovar esta realidade. Se
olharmos atentamente para o universo escolar ao qual se aplica a lei, veremos que a
discriminação ocorre nas relações aluno/aluno com piadinhas que denigrem e
ofendem a pessoa negra; aluno/professor, professor/aluno, quando o primeiro
questiona a capacidade intelectual e a competência do segundo e vice versa;
47
professor/professor, material didático que não contemple a real e efetiva participação
do povo negro na construção da sociedade brasileira dando visibilidade apenas ao
fato do negro ter sido escravo no Brasil, plano de trabalho docente que não
considera relevantes os conteúdos sobre a cultura africana e afro-brasileira, etc.
A lei 10.639/03 não foi criada para promover mais discriminação
como defendem alguns, mas é criada como uma estratégia destinada a estabelecer
a igualdade de oportunidades que compensem ou corrijam as discriminações
resultantes de práticas ou sistemas sociais. “Sua existência só se justifica mediante
a existência da discriminação secular contra grupos e pessoas e resultam da
vontade política de superá-la”, (SUPLICY, 1996: 131).
7.6 INCLUSÃO
Entende-se por inclusão a garantia a todos, ao acesso contínuo do
espaço comum da vida em sociedade, sociedade esta que deve estar orientada por
relações de acolhimento à diversidade humana, de aceitação das diferenças
individuais, de esforço coletivo na equiparação de oportunidades de
desenvolvimento, com qualidade em todas as dimensões da vida.
Assim sendo, através dessa visão, a escola proporciona a seus
alunos as mesmas oportunidades de desenvolver suas potencialidades,
incentivando e valorizando sua criatividade e seu desenvolvimento pleno.
Oferecendo rampas, banheiros, portas largas e materiais
audiovisuais adequados. Porém a inclusão não se limita à inserção física das
pessoas com necessidades educacionais especiais.
Em um sentido mais amplo, a inclusão é o processo que garante a
efetivação dos direitos individuais e coletivos.
Quando se refere à educação, é um processo que assegura a
aprendizagem significativa de todos os alunos, independente de suas diferenças
individuais, por meio da provisão de recursos humanos como:
48
• Professores auxiliares aos professores regentes, em forma de sala de apoio
em período contrário como é oferecida às 5ª séries;
• Alguns alunos especiais frequentam o ensino regular em nossa escola e a
sala de recursos em outro estabelecimento, sendo acompanhados por um
professor capacitado que quando solicitado, vem dar apoio aos professores
de ensino regular através da equipe pedagógica;
Quanto ao currículo, há:
• Flexibilização e adaptação curricular em consonância com a proposta
pedagógica da escola, conforme a deliberação nº 02/03 CEE;
• Conscientização dos diretores, docentes e funcionários para receber esses
alunos especiais;
• Reuniões periódicas com professores para traçar metodologias diferenciadas;
• Incentivar o aluno a participar de todas as atividades propostas pela escola.
Acompanhamento desses alunos por especialistas das diferentes
áreas de deficiência (sala de recurso). Por opção alguns alunos não procuram por
especialistas;
• Maior participação da família sendo que a escola propicia momentos em que
aconteça essa participação;
• Laudos dos especialistas das diferentes áreas de deficiências: DV, DM, DA e
DL que auxiliam a prática docente.
O processo de inclusão é flexível, sujeito a mudanças de acordo
com as necessidades e dificuldades encontradas ao longo do trabalho.
Falta ainda o treinamento dos professores do ensino regular e a
redução do número de alunos por sala para que esta inclusão tenha qualidade.
8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
8.1 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
49
“A escola existe para propiciar a aquisição dos instrumentos que
possibilitam o acesso ao saber elaborado, bem como o próprio acesso aos
rudimentos desse saber. As atividades da escola básica devem se organizar a partir
dessa questão. Se chamarmos isso de currículo, poderemos então afirmar que é a
partir do saber sistematizado que se estrutura o currículo da escola, que é o
conjunto das atividades nucleares desenvolvidas pela escola. O currículo é a escola
em funcionamento”, (SAVIANI, 1992).
O Currículo enquanto instrumentalização da cidadania democrática é
aquele que contempla conteúdos e estratégias de aprendizagem, que capacita o ser
humano para a realização de atividades que pertençam aos três domínios de ação
humana: vida em sociedade, atividade produtiva e experiência subjetiva, visando a
integração de homens e mulheres no tríplice universo do trabalho, da simbolização
subjetiva e das relações políticas, (SEVERINO, 1994, p.100).
O Currículo da Educação Básica, cujo objetivo é a formação geral
mais humana do homem para o exercício da cidadania e, ao mesmo tempo, a
preparação para sua inserção no mundo do trabalho desse ser orientado para uma
visão do mundo-homem-educação, tendo como ponto de partida o seu
conhecimento espontâneo, proporcionando oportunidades de desenvolvimento das
capacidades de observar, de analisar, de comparar, de pesquisar, de criticar e de
agir, ultrapassando as fronteiras das disciplinas em busca da criação ou recriação de
uma nova realidade, num processo contínuo de formação de capacidades
intelectuais superiores. Dessa forma estará atendendo ao que preconiza o eixo
organizador da doutrina curricular expressa na LDB: interdisciplinaridade e
contextualização.
O currículo deve também elevar a capacidade de compreensão dos
alunos com relação aos determinantes políticos, econômicos e culturais que regem o
funcionamento da sociedade, podendo atuar no mundo do trabalho com consciência
de seus papéis de cidadãos participativos.
O Ensino Fundamental e Médio, inspirado nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, está em função do objetivo maior
50
do ensino que é propiciar ao educando o seu pleno desenvolvimento para a
cidadania, para o mundo do trabalho e a vida em solidariedade, mediante os
objetivos elencados no início do nosso P.P.P.
A organização curricular desta escola segue o que está previsto no
Artigo 26 da LDB, inspirada nos seguintes princípios:
• fortalecimento dos laços de solidariedade e de tolerância recíproca;
• formação de valores;
• aprimoramento como pessoa humana;
• exercício da cidadania.
São princípios pedagógicos estruturadores do currículo a
interdisciplinaridade e a contextualização para entender o que a lei estabelece
quanto às competências de:
• preparar-se para o mundo do trabalho, com participação social e política;
• conhecer a pluralidade dos significados;
• ser capaz de continuar aprendendo;
• ter autonomia intelectual, responsável, construtiva e ativa;
• ter flexibilidade para adaptar-se a novas condições de um mundo em
constante mutação;
• compreender os fundamentos científicos e tecnológicos dos processos
produtivos;
• relacionar a teoria com a prática.
O currículo nesta escola é apresentado do todo para as partes, com
ênfase nos conceitos gerais. É integrado, vivo, proporcionando a oportunidade de
conhecer, fazer, relacionar, aplicar e transformar.
Diante dessa perspectiva e da necessidade de oferecer um ensino
com base científica comum, com o objetivo de dotar o educando de conteúdos
científicos, de códigos, linguagens, instrumentos e conhecimentos socioculturais é
que se planeja a estruturação de um currículo competente. Para isso o currículo
51
deve ser concebido como um conjunto de atividades da escola que afetam direta e
indiretamente, o processo de transmissão-assimilação e produção do conhecimento.
8.2 SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
De acordo com a instrução normativa nº 011/2009, o nosso
estabelecimento de ensino elaborou a seguinte grade curricular para o Ensino
Fundamental, dos turnos Diurno e Noturno, com a implantação a partir do ano letivo
de 2009, de forma simultânea.
52
8.2.1 GRADE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NRE: 18 – LONDRINA ROLÂNDIA ESTABELECIMENTO: 00038 - FRANCISCO VILLANUEVA, C E PROF-E FUND MEDENT MANTENEDORA GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4000 - ENS. 1 GR. 5/8 SER TURNO: MANHÃ ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2009 – SIMULTANEA MÓDULO: 40 SEMANAS DISCIPLINAS / SÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª B A ARTE 2 2 2 2 S E CIENCIAS 3 3 3 4 NEDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 2 A C ENSINO RELIGIOSO * 1 1 - - I O GEOGRAFIA 3 3 4 3 N A HISTÓRIA 3 3 3 4 L LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4 C O MATEMÁTICA 4 4 4 4 M U M SUB-TOTAL 22 22 23 23 P D L.E.M. - INGLÊS 2 2 2 2 SUB-TOTAL 2 2 2 2 TOTAL GERAL 24 24 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96* NÃO COMPUTADO NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER FACULTATIVA PARA OALUNO.
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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 18 - LONDRINA MUNICÍPIO: 2260 –ROLÂNDIA
ESTABELECIMENTO: 00038 - FRANCISCO VILLANUEVA, C E PROF-E FUND MED ENT MANTENEDORA GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4000 - ENS. 1 GR. 5/8 SER TURNO: TARDE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 200 – SIMULTANEA MÓDULO: 40 SEMANAS DISCIPLINAS / SÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª B A ARTE 2 2 2 2 S E CIENCIAS 3 3 3 4 NEDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 2 A C ENSINO RELIGIOSO * 1 1 - - I O GEOGRAFIA 3 3 4 3 N A HISTÓRIA 3 3 3 4 L LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4 C O MATEMÁTICA 4 4 4 4 M U M SUB-TOTAL 22 22 23 23 P D L.E.M. - INGLÊS 2 2 2 2 SUB-TOTAL 2 2 2 2 TOTAL GERAL 24 24 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96* NÃO COMPUTADO NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER FACULTATIVA PARA O
ALUNO.
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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 18 - LONDRINA
MUNICÍPIO: 2260 - ROLÂNDIA
ESTABELECIMENTO: 00038 - FRANCISCO VILLANUEVA, C E PROF-E FUND MED ENT MANTENEDORA GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4000 - ENS. 1 GR. 5/8 SER TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 - SIMULTANEA MÓDULO: 40 SEMANAS DISCIPLINAS / SÉRIE 5ª 6ª 7ª 8ª B A ARTE 2 2 2 2 S E CIENCIAS 3 3 3 4 NEDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 2 A C ENSINO RELIGIOSO 1 1 - - I O GEOGRAFIA 4 3 4 3 N A HISTÓRIA 3 4 3 4 L LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4 C O MATEMÁTICA 4 4 4 4 M U M SUB-TOTAL 23 23 23 23 P D L.E.M. - INGLÊS 2 2 2 2 SUB-TOTAL 2 2 2 2 TOTAL GERAL 25 25 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96OBS: SERÃO MINISTRADAS 03 AULAS DE 50 MINUTOS E 02 AULAS DE 45 MINUTOS.
55
ENSINO FUNDAMENTAL
CIÊNCIAS
EMENTA
A ciência é uma construção humana coletiva da qual participam a
imaginação, a intuição e a emoção. A comunidade científica sofre a influência do
contexto social, histórico e econômico em que está inserida. Portanto, não existem
neutralidade e objetividade absolutas: fazer ciências exige escolhas e
responsabilidades humanas. Sendo assim, o ensino de ciências, deve gerar
oportunidade sistemática para que o aluno adquira um conjunto de conceitos,
procedimentos e atitudes, utilizando-os como instrumentos para que o aluno consiga
interpretar o mundo científico e tecnológico em que vive; tornando-o capaz nas
escolhas que faz como indivíduo e cidadão. Nesse sentido, esta disciplina tem muito
a oferecer, pois tem capacidade de desenvolver no aluno, conhecimentos que
promovam a interação da vida como o contexto ambiental, com as implicações
psicológicas, sociais, culturais, políticas, tecnológicas e econômicas.
Por fim como toda construção humana, o conhecimento
científico está em permanente transformação: as afirmações científicas são
provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definitivas.
Conteúdos Estruturantes (Os conteúdos estruturantes são
contemplados em todas as séries):
• Sistemas biológicos;
• Astronomia;
• Matéria;
• Energia;
• Biodiversidade.
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OBJETIVOS GERAIS
• Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho de gerações
de homens e mulheres em busca do conhecimento para a compreensão do
mundo, valorizando-o como instrumento para o exercício da cidadania
competente;
• Valorizar progressivamente a aplicação do vocabulário científico como forma
precisa e sintética de representar e comunicar os conhecimentos sobre o
mundo natural e tecnológico;
• Desenvolver hábitos de saúde e cuidado corporal, concebendo a saúde
pessoal, social e ambiental como bens individuais e da coletividade que se
devem conservar, preservar e potenciar;
• Identificar os elementos do ambiente, percebendo-os como parte de
processos de relações, interações e transformações;
• Identificar os elementos do ambiente como recursos naturais que têm um
ritmo de renovação, havendo, portanto, um limite para sua retirada;
• Perceber a profunda interdependência entre os seres vivos e os demais
elementos do ambiente;
• Relacionar a capacidade de interação com o ambiente e a sobrevivência das
espécies;
• Relacionar as características do ambiente natural e cultural com a qualidade
de vida;
• Relacionar descobertas e invenções humanas com mudanças sociais,
políticas, ambientais e vice-versa;
• Compreender a tecnologia como recurso para resolver as necessidades do
homem, diferenciando os usos corretos e úteis daqueles prejudiciais ao
equilíbrio da natureza e ao homem;
• Formular perguntas e suposições sobre os fenômenos naturais,
desenvolvendo estratégias progressivamente mais sistemáticas de busca e
tratamento das informações;
57
• Desenvolver flexibilidade para considerar suas ideias, reconhecendo e
selecionado fatos e dados na reelaboração de seus conhecimentos;
• Desenvolver postura para a aprendizagem: curiosidade, interesse,
mobilização para busca e organização de informações; autonomia e
responsabilidade na realização de suas tarefas como estudante;
• Desenvolver um olhar atento para a natureza e ousadia na busca de novas
respostas para desafios;
• Desenvolver a reflexão sobre as relações entre ciência, sociedade e
tecnologia, considerando as questões éticas envolvidas;
• Perceber a construção histórica do conhecimento científico;
• Usar o conhecimento científico na discussão e interpretação de fatos do
cotidiano;
• Coletar dados e buscar informações;
• Discernir conhecimento científico de crendices e superstições.
Conteúdos Estruturantes:
Astronomia;
Matéria;
Sistemas Biológicos;
Energia;
Biodiversidade.
Conteúdos Básicos por Série:
5ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Universo;
Movimentos Terrestres;
Movimentos Celestes.
58
2º BIMESTRE
Constituição da matéria;
Níveis de organização celular.
3º BIMESTRE
Formas de energia;
Conversão de energia;
Transmissão de energia.
4º BIMESTRE
Organização dos Seres Vivos;
Ecossistema;
Evolução dos seres vivos.
6ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Astros;
Movimentos Terrestres;
Movimentos Celestes.
2º BIMESTRE
Constituição da matéria;
Formas de energia;
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Transformação de energia.
3º BIMESTRE
Célula;
Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
4º BIMESTRE
Origem da vida;
Organização dos seres vivos;
Sistemática.
7ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Origem e evolução do Universo;
Constituição da matéria.
2º BIMESTRE
Célula;
Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
3º BIMESTRE
Formas de energia.
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4º BIMESTRE
Evolução dos seres vivos.
8ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Astros;
Gravitação Universal;
Propriedades da matéria.
2º BIMESTRE
Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
Mecanismos de herança genética.
3º BIMESTRE
Formas de energia;
Conservação de energia.
4ºBIMESTRE
Interações ecológicas.
METODOLOGIA
Os conteúdos propostos de ciências de 5ª à 8ª séries serão
trabalhados a partir de situações cotidianas que exijam uma solução eficaz, sendo
reforçado na medida do possível, com atividades experimentais.
Recorrendo a conceitos científicos, faremos a transposição do
conhecimento, colocando-o em prática para solucionar a situação inicial. Dessa
forma será possível observarmos a aplicabilidade dos conteúdos propostos, o que
61
facilita muito o entendimento e o processo de ensino-aprendizagem. Diante disso, a
transmissão de conceitos deve estar vinculada à formação do indivíduo como
cidadão apto a atuar dignamente na sociedade, procurando melhorá-lo.
Neste aspecto, o ensino de Ciência tem muito a oferecer. Como
o conhecimento científico se renova a cada dia, é importante incentivar o aluno a
acompanhar o que acontece no mundo, pois são variados e acessíveis os meios de
comunicação que diariamente trazem novidades científicas.
É importante que o professor apresente a seus alunos
reportagens que contemplem essas novidades científicas através de vídeos ou
textos.
Inicialmente, será realizada uma diagnose oral e/ou escrita, sendo a
mesma abordada de maneira contextualizada.
O conhecimento prévio que o aluno apresentar será o ponto de
partida para a introdução de conhecimentos científicos; e a associação dos mesmos
(velho e novo) possibilitará ao aluno uma aprendizagem significativa, que será
desenvolvida e fixada por atividades propostas ao longo do processo de ensino-
aprendizagem, tais como:
• Representação de conceitos e relações estabelecidas através de
ilustrações e esquematizações;
• Leitura e interpretação de textos informativos e complementares;
• Seleção de estratégias para resolução de exercícios e situações
problemas;
• Confecção de painéis, cartazes e folhetos;
• Expor e analisar notícias de jornais, revistas e exemplos do dia a dia do
aluno;
• Filmes pedagógicos, seguidos de análises e associações;
• Experiências elaboradas com materiais coletados pelos alunos;
• Utilização do laboratório;
• Seminários e debates;
• Arguições orais;
• Relatórios de atividades práticas;
62
• Visitas orientadas;
• Teatro e dramatizações;
• Palestras ministradas por profissionais da área;
• Projetos;
• Produções de textos.
AVALIAÇÃO
A avaliação será desenvolvida se utilizando de vários
instrumentos avaliativos, em que serão priorizados os aspectos qualitativos aos
aspectos quantitativos. Será contínua e diagnóstica, não somente para diagnosticar
o que o aluno aprendeu, mas, sobretudo, verificar se ele é capaz de aplicar o que
aprendeu na resolução de problemas (problematização).
• Resolução de exercícios em sala de aula e em casa;
• Participação ativa e criativa em sala de aula;
• Trabalhos individuais e/ou grupo;
• Pesquisas;
• Seminários;
• Relatórios de atividades práticas;
• Provas individuais, objetivas e subjetivas.
Qualquer estratégia descrita na metodologia poderá ser utilizada
como forma de avaliação.
A recuperação paralela será oferecida a todos os alunos, através da
retomada de conteúdos que ocorrerá dentro do bimestre. A partir de então, deverá
ser aplicada pelo menos uma avaliação para a recuperação de nota, ficando a
critério do professor o tipo de avaliação a ser aplicada.
63
BIBLIOGRAFIA
DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL.
VALLE, Cecília. Coleção Ciências. Editora Positivo.
BACCEGA, Maria Aparecida. Saúde. Coleção Temas Transversais. São Paulo:
Ícone, 2000.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Ciências.
Curitiba: SEED, 2008.
HISTÓRIA
EMENTA
A disciplina de História, em articulação com as demais disciplinas,
tem como um de seus objetivos a formação de atitudes e concepções úteis para a
vida pessoal e cidadã: respeito às diversidades, espírito de justiça, criticidade,
solidariedade entre outros.
A contribuição mais significativa do ensino de História ao educando
é a edificação de pensar historicamente, levando-o a avaliar corretamente as
determinações, condicionamentos e possibilidades do momento em que vive.
Foi a partir das últimas décadas que se reconheceu a necessidade
de aproximação entre o conhecimento da história e o saber histórico escolar,
principalmente valorizando-a como sujeito ativo no processo aprendizagem.
Ao trabalharem com a reflexão sobre as experiências vividas pelos
estudantes, os professores poderão criar condições em sala que levem os alunos a
se perceberem como sujeitos de processos mais amplos e, assim, assumirem uma
outra perspectiva diante da história.
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O saber oriundo da experiência social, uma vez problematizando,
será fonte de interrogações, de problemas a serem estudados. Portanto, a esta
concepção de que o conhecimento histórico se dá no diálogo que os sujeitos
estabelecem com o conhecimento socialmente produzido a partir de suas questões.
O ensino da História pode favorecer a formação do estudante como
cidadão, para que assuma as formas de participação social, política e atitudes
críticas diante da realidade atual, aprendendo a discernir os limites e as
possibilidades de sua atuação, na permanência ou na transformação da realidade
histórica na qual se insere, pois, para se formar cidadãos conscientes e críticos da
realidade, é necessário que o aluno conheça as problemáticas e os anseios
individuais, de classes e de grupos, para que proteja a cidadania como prática ideal.
De modo geral, pode-se dizer que o estudo dos fatos históricos pode
ser realizado por indivíduo ou pelas coletividades, envolvendo o âmbito político,
social, econômico e cultural.
Os conteúdos estruturantes são responsáveis pela forma de
organização, seleção e preparação didática de aula. Seriam as “lentes” dos
conteúdos específicos. Nesse sentido, os conteúdos estruturantes são: trabalho,
cultura e poder. São eles os responsáveis por articular as categorias de espaço e
tempo no ensino de história.
OBJETIVOS GERAIS
O ensino de história tem o objetivo de desenvolver no educando a
capacidade de:
• Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na
localidade, na região e no país, e outras manifestações
estabelecidas em outros tempos e espaços;
• Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma
multiplicidade de tempos;
• Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um
conhecimento interdisciplinar;
65
• Compreender que as histórias individuais são partes integrantes de
histórias coletivas;
• Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos, em
diversos tempos e espaços;
• Questionar sua realidade, identificando problemas e possíveis
soluções;
• Dominar procedimentos de pesquisas escolares e de produção de
texto, aprendendo a observar e colher informações de diferentes
paisagens e registros escritos, iconográficos, sonoros e materiais;
• Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade social,
considerando critérios éticos;
• Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos
povos como condição de efetivo fortalecimento da democracia,
mantendo-se o respeito às diferenças e a luta contra as
desigualdades.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de Trabalho;
Relações de Poder;
Relações Culturais.
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
1º BIMESTRE
A experiência humana no tempo
• Produção do conhecimento histórico;
• O trabalho do historiados;
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• Fontes históricas;
• O tempo e a História;
• A História e as outras áreas do conhecimento.
2º BIMESTRE
A experiência humana no tempo;
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
• As origens do ser humano;
• Teorias sobre o surgimento do homem na América;
• A evolução do ser humano;
• A vida na Terra;
• Paleolítico e Neolítico;
• O povoamento da América;
• O ser humano chega ao Brasil;
• Povos indígenas do Brasil e Paraná.
3º BIMESTRE
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
As culturas locais e a cultura comum.
• Civilizações Fluviais;
• Mesopotâmia ;
• Egito;
• Manifestações Culturais;
• Sociedades Africanas;
• Fenícios;
• Hebreus.
4º BIMESTRE
67
A experiência humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
A civilização Grega
• A vida política na Grécia;
• A filosofia e a ciência grega;
• Mito e religião na Grécia;
A civilização Romana
• A formação de Roma;
• O império romano;
6ª SÉRIE
1º BIMESTRE
As relações de propriedade.
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
As relações entre o campo e a cidade.
• As cruzadas;
• O renascimento do comércio e das cidades;
• As Monarquias Europeias;
• A cultura Medieval.
2º BIMESTRE
As relações de propriedade.
A Constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
As relações entre o campo e a cidade.
A África antes dos europeus.
• A expansão marítima europeia.
68
• Os portugueses e a América.
• Colonizações pré – colombianas: maias, astecas, incas.
3º BIMESTRE
As relações de propriedade.
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
As relações entre o campo e a cidade.
• O Renascimento;
• A reforma e a contra-reforma;
• Absolutismo e Mercantilismo;
• Início da colonização do Brasil;
• O açúcar e a escravidão no Brasil.
4º BIMESTRE
As relações de propriedade.
A Constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
As relações entre o campo e a cidade.
• Os rivais de Portugal no Brasil;
• As Revoluções Inglesas;
• Ocupação e expansão territorial no Brasil;
• Expansão do ouro e diamante no Brasil;
• O iluminismo e despotismo esclarecido.
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
1º BIMESTRE
69
História das relações da humanidade com o trabalho.
• A Inglaterra absolutista e as treze colônias;
• O absolutismo;
• O absolutismo inglês;
• Revoluções inglesas;
• Vida cotidiana na era absolutista;
• Colonização da América do norte;
• A época do ouro no Brasil;
• Descoberta e exploração do ouro;
• Vida cotidiana nas cidades mineiras.
2º BIMESTRE
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
• Revoluções na América e na Europa;
• A era da ilustração;
• Independência dos Estados Unidos;
• Revolução francesa;
• A era de Napoleão e a independência da América espanhola;
• O Império Napoleônico;
• Americanos lutam por liberdade.
3º BIMESTRE
O trabalho e a vida em sociedade.
• Brasil e o pacto colonial;
• A crise do antigo sistema colonial;
• Brasil se torna sede do reino português;
• A Independência do Brasil e o Primeiro Reinado.
70
4º BIMESTRE
O trabalho e as contradições da modernidade.
• Revoluções agitam a Europa;
• A Era das Revoluções;
• Estados Unidos: Guerra da Secessão;
• Brasil: da regência ao segundo reinado.
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
1º BIMESTRE
A Constituição das Instituições Sociais;
Formação do Estado
• A Era do Imperialismo.
2º BIMESTRE
Formação do Estado;
Sujeitos, Guerras e Revoluções;
• República no Brasil.
3º BIMESTRE
Sujeitos, Guerras e Revoluções;
Formação do Estado;
• 1ª e 2ª Guerras Mundiais.
71
4º BIMESTRE
Formação do Estado;
Constituição das Instituições;
Sujeitos, Guerras e Revoluções;
• Era Vargas;
• Guerra Fria;
• Ditadura no Brasil.
AVALIAÇÃO
Os critérios de avaliação implicarão em considerar o conhecimento
prévio, as hipóteses e os domínios dos alunos. Para isso serão comparadas etapas
do processo de aprendizagem: o antes, o durante e o depois da apreensão dos
conteúdos, noções e conceitos pelos educandos.
Tais critérios pretendem avaliar se o aluno é capaz de identificar
relações entre a sociedade, a cultura e a natureza hoje e no passado, distinguindo
diferenças e semelhanças entre tais relações na diversidade de documentos
históricos. Dessa forma, avalia-se a capacidade do aluno de organizar as ideias e
conceitos aprendidos, articulando-os oralmente, por escrito ou por outras formas de
comunicação.
As formas de avaliação devem ser selecionadas a critério do
professor, observando sempre a possibilidade de obtenção de dados sobre o
desenvolvimento educacional dos alunos.
Quanto à proporcionalidade do valor das avaliações, sugere-se que
entre 60% e 80% da nota/conceito se referem às avaliações formais realizadas em
sala de aula, e entre 20% e 40% sejam referentes a outras formas de avaliação.
Nos casos em que o professor perceber, através de análise dos
dados obtidos nas avaliações, que o aprendizado do(s) aluno(s) não apresenta(m) o
desenvolvimento planejado/esperado, a ação do docente consistirá na tentativa de
recuperação do aprendizado do(s) educando(s). Nesse sentido, o procedimento
geral será a reapresentação dos conteúdos e a realização de nova avaliação.
72
A atribuição de conceitos/notas dependerá do desenvolvimento
educacional do educando; caso não apresente melhora no desempenho, o
conceito/nota será aquele da primeira avaliação.
Serão alvos de recuperação paralela os conteúdos avaliados através
de avaliações formais realizadas em sala de aula, não sendo recuperados conceitos
decorrentes da falta de entrega ou da não realização de trabalho/tarefa, salvo em
caso de apresentação de justificativa.
BIBLIOGRAFIA
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: obras escolhidas. Vol. 1. São
Paulo: Brasiliense, 1994.
BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de História: fundamentos e métodos. São
Paulo: Cortez, 2004.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Lisboa: Difel, 1989.
BRAUDEL, Fernand. História e ciências sociais. Lisboa: Editorial Presença, 1996.
BURKE, Peter. Cultura popular na idade moderna. São Paulo: Companhia das
Letras, 1989.
________. (org.) A escrita da história: novas perspectiva. São Paulo: UNESP,
1992.
________. O que é história cultual? Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2005.
CARDOSO, Ciro Flamarion; VANIFAS, Ronaldo (orgs). Domínios da história.
Campinas: Campus, 1997.
CERTEAU, Michel de. A escrita da história. Rio de Janeiro: Forense, 1982.
73
DOSSE, François. A história em migalhas. São Paulo: Ensaio, 1994.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: Loyola, 1996.
______. Vigiar e punir. Petrópolis, Vozes, 2001.
______. A arqueologia do saber. São Paulo: Forense Universitária, 2004a.
______. A microfísica do poder. São Paulo: Graal, 2004b.
GINSBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
HOBSBAWN, Eric J. Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 2000 a.
______. A era dos extremos: o breve século XX:1914-1991. Companhia das
Letras, 2001.
______. A era do capital. 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.
______. A era das revoluções. 1789-1845. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005a.
______. A era dos impérios. 1875-1914. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005b.
LE GOFF, Jacques e NORA, Pierre (orgs.). História: novos problemas: Rio de
Janeiro: Francisco Alves, 1979.
______. História. Novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.
______. História. Novas abordagens. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: UNICAMP, 1992.
______. São Luís: uma biografia. São Paulo: Record, 1999.
74
______. São Francisco de Assis. São Paulo: Record, 2001.
REVEL, Jacques (org.). Jogos de escalas: a experiência de microanálise. Rio de
Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1998.
VOVELLE, Michel. Ideologias e mentalidades. São Paulo: Brasiliense, 2004.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
História.
Curitiba: SEED, 2008.
MATEMÁTICA
CONCEPÇÃO
É preciso formar indivíduos completos, dotados de competências
mais amplas e profundas. Num mundo em que cada vez mais se fazem sentir os
efeitos dos avanços tecnológicos, não há dúvidas de que um dos grandes desafios é
o preparo adequado das novas gerações, de modo a possibilitar tanto sua
integração ao momento atual quanto lhes fornecer uma preparação para o
acompanhamento do contínuo processo de evolução tecnológica com todas as suas
consequências. Um dos suportes básicos para essas conquistas tecnológicas é a
Matemática; e qualquer projeto educacional comprometido com a preparação das
futuras gerações que vão herdar essa sociedade deve levar essa consideração
muito à sério. A matemática propicia eficientes ferramentas que permitem ao homem
sintetizar, generalizar, modelar e submeter esses modelos a provas e verificações
prévias, possibilitando ensaios, propiciando condições confiáveis de previsibilidades
cujas aplicações e utilizações cada vez mais frequentes torna a Matemática
imprescindível atualmente.
Assim podemos permitir que o aluno perceba que os conceitos
não foram dados escritos “numa tábua” por alguma divindade reveladora, mas que
são frutos do trabalho humano, da observação e da experimentação ou da
75
elaboração mental para obtenção de conclusões, da comparação e da crítica dos
resultados obtidos, da re-elaboração e da reacomodação dos conhecimentos
construídos ao longo do tempo.
EMENTA
- Números, operações e Álgebra;
- Medidas;
- Geometria;
- Tratamento da Informação.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Buscar o desenvolvimento intelectual dos alunos, promovendo
sua autonomia, trabalhando a leitura e interpretação de textos matemáticos,
ensinando a expressar-se através da matemática, incentivando estratégias variadas
de resolução de problemas, habituando à procura dos porquês dos fatos
matemáticos, estimulando a argumentação.
CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE
5ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Números, operações e álgebra
• Sistemas de numeração decimal e não decimal;
• Números naturais e suas representações;
• Conjuntos numéricos (naturais e racionais);
76
• Operações com números naturais: adição, subtração, multiplicação, divisão,
radiciação e potenciação;
• Elementos de geometria;
• Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;
• Construções e representações no espaço e no plano;
• Noções de geometria espacial.
Tratamento da Informação
• Organização e descrição de dados;
• Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos.
2º BIMESTRE
Números, operações e álgebra
Divisibilidade
• Divisores e múltiplos;
• Critérios de divisibilidade;
• Números primos;
• Decomposição de número natural;
• Máximo divisor comum;
• Mínimo múltiplo comum.
Tratamento da Informação
• Organização e descrição de dados;
• Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos.
3° BIMESTRE
77
Números, operações e álgebra
Números racionais na forma fracionária
• Transformação de números fracionários em números decimais;
• Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações;
• Porcentagem.
Tratamento da Informação
• Organização e descrição de dados;
• Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos.
4º BIMESTRE
Números, operações e álgebra
Números racionais na forma decimal
• Representação e leitura de números decimais;
• Adição, subtração, multiplicação e divisão de números decimais.
Medidas
• Organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário;
• Transformação das unidades de comprimento e tempo;
• Noções de perímetro e área.
Tratamento da Informação
• Organização e descrição de dados;
• Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos.
6ª SÉRIE
78
1º BIMESTRE
Números, operações e álgebra
• Conjuntos numéricos (naturais, inteiros e racionais);
Tratamento da Informação
• Coleta, organização e descrição de dados;
• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos;
• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e
histogramas.
2º BIMESTRE
Números, operações e álgebra
• Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações;
• Potenciação com números inteiros;
Medidas
• Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na
resolução de problemas algébricos;
Geometria
• Noções de geometria espacial;
• Sólidos geométricos (poliedros, cilindro, cone e esfera).
Tratamento da Informação
• Coleta, organização e descrição de dados;
• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos;
79
• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e
histogramas.
3º BIMESTRE
Números, operações e álgebra
• Juros e porcentagens nos seus diferentes processos de cálculo (razão,
proporção, fração e decimais);
• As noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir da
substituição de letras por valores numéricos.
Tratamento da Informação
• Coleta, organização e descrição de dados;
• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos;
• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e
histogramas.
4º BIMESTRE
Números, operações e álgebra
• Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e
diferença;
• Grandezas diretamente e inversamente proporcionais;
• Ângulos;
• Fatoração de números primos.
Tratamento da Informação
• Coleta, organização e descrição de dados;
• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos;
80
• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e
histogramas.
7ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Números, operações e Álgebra
• Conjuntos numéricos;
• Expressões numéricas.
2º BIMESTRE
Números, operações e Álgebra
• Polinômios e os casos notáveis;
• Produtos notáveis.
Tratamento da Informação
• Coleta, organização e descrição de dados;
• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos;
• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e
histogramas.
Medidas
• Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na
resolução de problemas algébricos;
• Capacidade e volume e suas relações.
Tratamento da Informação
• Coleta, organização e descrição de dados;
81
• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos;
• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e
histogramas.
3º BIMESTRE
Números, operações e Álgebra
• Equações e sistemas de equações de 1º grau;
• Ângulos;
• Fatoração.
Tratamento da Informação
• Coleta, organização e descrição de dados;
• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos;
• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e
histogramas.
4º BIMESTRE
Números, operações e Álgebra
• Cálculo do número de diagonais de um polígono;
• Frações algébricas.
Geometria
• Condições de paralelismo e perpendicularidade;
• Construção geométrica com uso de régua e compasso (figuras inscritas na
circunferência);
• Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos;
• Ângulos, polígonos e circunferências;
82
• Classificação de triângulos;
• Representação geométrica dos produtos notáveis.
Tratamento da Informação
• Coleta, organização e descrição de dados;
• Leitura, interpretação e representação de dados por meios de tabelas,
listas, diagramas, quadros e gráficos;
• Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores de curvas e
histogramas.
8ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Álgebra e Números
• Revisão;
• Números inteiros;
• Equações do 1º grau;
• Expressões numéricas;
• Fatoração.
2º BIMESTRE
Números e Álgebra
• Operações com radicais;
• Potência;
• Notação científica;
• Equações incompletas do 2º grau.
3º BIMESTRE
Funções e Geometria
83
• Equações completas do 2º grau (fórmula de Baskara);
• Resolução de problema com equações do 2º grau;
• Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na
resolução de problemas algébricas;
• Teorema de Pitágoras;
• Figuras semelhantes.
4º BIMESTRE
Geometria e Álgebra
• Congruência e semelhança de figuras planas – Teorema de Talles;
• Triangulo retângulos – relações métricas;
• Condições de paralelismo e perpendicularidade;
• Sistema de equações;
• Círculos e cilindros;
• Estatística e gráficos (coleta de dados, organização, leitura, construção e
interpretação).
Grandezas e Medidas
• Relações métricas no triângulo retângulo;
• Trigonometria no triângulo retângulo.
METODOLOGIA
• Resolução de problemas para auxiliar o aluno na apreensão dos conceitos e
propriedades;
• História da matemática pode ser utilizada como alternativa metodológica para
o ensino de matemática não só no sentido de apresentar uma perspectiva
84
histórica da evolução dos conceitos, mas, sobretudo, porque oferece uma
visão da evolução da própria civilização;
• Modelagem procurando recuperar o sentido holístico que permeia o matema.
Não é possível explicar, conhecer, entender, manejar, lidar com a realidade
fora do contexto holístico;
• Recursos tecnológicos (calculadora, computadores, softwares educativos e a
exploração de sites educacionais na internet) propiciando uma inserção para
convivência com os desafios do mundo contemporâneo.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte fundamental do processo ensino-
aprendizagem, tornando-se instrumento contínuo que deve ser reavaliado com
objeto de diagnose para o professor, aluno e escola.
Deve ser objeto de estímulo e avanço de conhecimento e tem a
função de reorientar os caminhos da ação educativa.
A avaliação deixa de ser um método contra o aluno e não estabelece
o professor com detentor do poder arbitrário de classificação e centralizador na
aprovação ou reprovação do educando.
Diante dessas considerações, o professor deve em sua prática:
• Deixar claro aos alunos os objetivos e critérios de avaliação e correção;
• Abrir debates sobre a necessidade de mudança;
• Auxiliar os educandos a superar as dificuldades apresentadas;
• Analisar se os instrumentos de avaliação estão de acordo com os objetivos,
conteúdos e habilidades desenvolvidas em sala;
• Reavaliar a sua prática em função dos resultados.
Dentro desse contexto, cabe ao aluno:
• Encarar a avaliação como instrumento de medida de sua evolução no
processo;
• Sentir-se responsável no processo de aprendizagem, pois ele é que aprende.
85
Acreditamos que quanto mais o professor diversificar a avaliação e
conseguir interpreta-la como meio de análise juntamente com seus alunos, mais ele
estará contribuindo para a formação de cidadãos conscientes e competentes.
Propomos para o nosso trabalho docente as diferentes formas de
avaliação:
• Provas escritas, individuais e em grupo;
• Trabalhos em grupo;
• Relatórios;
• Pesquisas que levem a trabalhos interdisciplinares enfocando a leitura e
interpretação;
• Resolução de problemas encontrados em revistas e jornais;
• Elaboração de problemas a partir de notícias e dados de jornais e revistas.
BIBLIOGRAFIA
BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da
formação. Bolema: Boletim de Educação Matemática, Rio Claro, n. 15, p. 5-23,
2001.
BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma
nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.
D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo
Horizonte: Autêntica, 2001.
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas em Matemática. São Paulo:
Ática, 1991.
GIOVANNI, J. R.; CASTRUCCI, B.; GIOVANNI Jr., J.R. A Conquista da
Matemática. São Paulo: FTD, 2002.
86
GUELLI, Oscar. A invenção dos números. São Paulo: Ática, 1992. (Contando a
História da Matemática).
IMENES, L. M.; LELLIS, M. Matemática. São Paulo: Scipione, 1997.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14ª ed. São Paulo: Cortez,
2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro
Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG,
1990.
PIRES, C. C.; CURI, E.; PIETROPAOLO, R. Educação Matemática. São Paulo:
Atual, 2002.
PONTE, J. P., et al. Didática da Matemática. Lisboa: Ministério da
Educação/Departamento do Ensino Secundário, 1997.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Maremática.
Curitiba: SEED, 2008.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
EMENTA
Sendo a língua inglesa um bem natural e patrimônio coletivo no
estudo de idioma estrangeiro, é fundamental a abordagem de aspectos que
envolvem uma influência cultural sobre a outra. No caso do Inglês, por exemplo,
pode se analisar a influência da cultura norte-americana e da própria língua inglesa
87
sobre outras culturas e idiomas. A ampliação de horizontes culturais passa pela
ampliação do universo linguístico.
É indispensável, também, que as aulas de língua estrangeira
moderna possibilitem o estudo de grupos culturais a partir de seus usos.
A influência das tecnologias de informação, do desenvolvimento
tecnológico, a hegemonia da língua inglesa, o papel da mídia são fatores que
influem sobre a língua no mundo globalizado.
Os Conteúdos Estruturantes serão estabelecidos com referência aos
textos de diferentes tipos, contemplando seus elementos linguísticos e discursivos.
Abordando nos textos a tipologia, ou seja, diversos tipos textuais para que permita a
participação individual e coletiva.
OBJETIVOS GERAIS
• Ampliar a visão de mundo dos alunos, contribuindo para que se tornem
cidadãos mais críticos e reflexivos;
• Levar os alunos a comparar a sua própria língua com a língua estrangeira
estudada;
• Conduzir os alunos a refinar a percepção de sua própria cultura por meio de
conhecimento da cultura de outros povos;
• Vivenciar uma experiência de comunicação humana, pelo uso de uma língua
estrangeira, no que se refere a novas maneiras de se expressar e de ver o
mundo refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as
visões de seu próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um
mundo plural e de seu próprio papel como cidadãos de seu país e de mundo;
• Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o
acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do
mundo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Discurso como Prática Social
88
CONTEÚDOS BÁSICOS
Gêneros Discursivos e seus Elementos Composicionais
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto (7ª e 8ª);
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Discurso direto e indireto (8ª);
• Emprego do sentido denotativo e corretivo no texto (8ª);
• Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos
( como aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Emprego do sentido denotativo e corretivo no texto (8ª);
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
89
• Vozes Sociais presentes no texto (8ª);
• Discurso direto e indireto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos Semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Pronúncia;
• Vozes sociais presentes no texto (7ª e 8ª);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito (7ª e 8ª);
• Adequação da fala ao texto (7ª e 8ª).
5ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Temas
• Animais;
• Endereços;
90
• Família;
• Cumprimentos;
• Expressões idiomáticas.
2º BIMESTRE
• Cumprimentos;
• Adjetivo;
• Numerais cardinais;
• Expressões idiomáticas;
• Cores.
3º BIMESTRE
• Esportes;
• Adjetivo;
• Numerais cardinais;
• Pronomes;
• Verbo To Be;
• Cores.
4º BIMESTRE
• Profissões;
• Nacionalidades;
• Adjetivo;
• Verbo To Be;
• Atividades de interpretação e compreensão de texto.
6ª SÉRIE
1º BIMESTRE
• Cores;
91
• Verbo To Be nas três formas;
• Substantivos;
• Pronomes indefinidos e definidos;
• Número ordinal e cardinal;
• Verbo To Have;
• Infinitivo;
• Atividades de interpretação e compreensão de texto.
2º BIMESTRE
• Lugares;
• Verbo To Be nas três formas;
• Substantivos;
• Número ordinal e cardinal;
• Presente simples;
• Atividades de interpretação e compreensão de texto.
3º BIMESTRE
• Verbo Can;
• Vestuários;
• Verbo To Be nas três formas;
• Substantivos;
• Interrogativos;
• Número ordinal e cardinal;
• Presente contínuo;
• Atividades de interpretação e compreensão de texto.
4º BIMESTRE
• Verbo To Be nas três formas;
• Simple past;
• Substantivos;
• Número ordinal e cardinal;
92
• Presente contínuo;
• Atividades de interpretação e compreensão de texto.
7ª SÉRIE
1º BIMESTRE
• Substantivos;
• Números;
• Pronomes;
• Presente simples;
• Atividades de interpretação e compreensão de texto.
2º BIMESTRE
• Lugares;
• Interrogativos;
• Relativos e reflexivos;
• Possessivos;
• Passado;
• Forma afirmativa, negativa e interrogativa (auxiliar);
• Atividades de interpretação e compreensão de texto.
3º BIMESTRE
• Caso genitivo;
• Relativos e reflexivos;
• Preposições;
• Verbo no modo imperativo;
• Atividades de interpretação e compreensão de texto.
4º BIMESTRE
• Advérbios;
• Verbo no modo imperativo;
93
• Futuro simples e imediato;
• Passado contínuo;
• Atividades de interpretação e compreensão de texto.
8ª SÉRIE
1º BIMESTRE
• Substantivo;
• Formação das palavras com utilização de prefixos e sufixos;
• Pronomes indefinidos;
• Tempo: presente perfeito e contínuo;
• Atividades de interpretação e compreensão de texto.
2º BIMESTRE
• Graus do adjetivo;
• Verbos: regulares e irregulares;
• Tempo: presente perfeito e contínuo;
• Passado e particípio;
• Atividades de interpretação e compreensão de texto.
3º BIMESTRE
• Verbos: regulares e irregulares;
• Voz ativa e passiva;
• Tempo: presente perfeito e contínuo;
• Passado e particípio;
• Sentenças condicionais;
• Atividades de interpretação e compreensão de texto.
4º BIMESTRE
• Verbos: regulares e irregulares;
• Tempo: presente perfeito e contínuo;
94
• Passado e particípio;
• Sentenças condicionais;
• Atividades de interpretação e compreensão de texto.
METODOLOGIA
Além de privilegiar as quatro habilidades fundamentais: ler, ouvir,
falar e escrever, o professor e o aluno em parceria estarão em constante busca e
troca de experiência. Para o desenvolvimento destes aspectos, serão realizadas
atividades orais e escritas diversificadas, com o apoio de CDs, vídeos, leitura e
interpretação de textos variados; estudo de vocabulário; pesquisas em dicionários;
montagem de frases e textos; músicas; projetos.
O encaminhamento metodológico deve ser direcionado para
incentivar o aluno a pensar e interagir de modo que ele tenha consciência da
importância da língua inglesa.
Os conteúdos específicos serão desenvolvidos conforme o
planejamento, podendo ser alterado a ordem, sendo assim flexível, conforme o
desempenho de cada turma e desenvolvimento das atividades inscritos e orais,
avaliações, recuperações paralelas, etc.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve levar em conta toda e qualquer apropriação do
conteúdo – seja na fala, escrita, leitura e compreensão auditiva que leve o aluno a
ser um cidadão crítico capaz de compreender e enfrentar os desafios.
É preciso considerar as diferentes naturezas de avaliação que se
articulam com os objetivos específicos e conteúdos, respeitando as diferenças
individuais.
Espera-se diversidade nos formatos de avaliação de modo a
oferecer diferentes oportunidades para que o aluno demonstre o seu crescimento
cultural.
95
A recuperação paralela é algo que deve acompanhar este processo,
pois através dela o aluno pode ampliar o conhecimento.
BIBLIOGRAFIA
MELO, Luciana Renda B.; silva, Karina Torres F.; RODOVALHO, Ana. Spaghett
Kids.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Língua Estrangeira Moderna – Inglês.
Curitiba: SEED, 2008.
EDUCAÇÃO FÍSICA
EMENTA
A Educação Física pretende refletir sobre as necessidades atuais de
ensino, superando uma visão fragmentada de homem. Essa proposta tem como
fundamento geral o materialismo histórico cujos princípios apresentam uma profunda
reflexão crítica a respeito das estruturas sociais e suas desigualdades, inerentes ao
funcionamento da sociedade através de uma proposta interdisciplinar.
Para que isto se efetive, a disciplina adota conteúdos estruturantes
que dão conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas, que identificam
e organizam os campos de estudo da educação física escolar, sendo considerados a
base fundamental para a compreensão de seu objeto de estudo, estes conteúdos
são constituídos historicamente e legitimados socialmente.
No ensino fundamental os conteúdos estruturantes estabelecem
uma relação mais evidente com a expressividade corporal, o que implica um
conhecimento de seu corpo e suas diferentes possibilidades de manifestá-lo. O
96
conteúdo estruturante adotado para o ensino fundamental é “A expressividade
corporal”, onde as manifestações corporais (alegria, dor, medo, preconceito, etc) são
observados para a busca da autonomia, a partir do reconhecimento consciente dos
limites e das possibilidades de expressão do indivíduo.
OBJETIVO GERAL
A Educação Física deve contribuir para a formação de um cidadão
capaz de tomar decisões, partindo da lógica racional que transcende para o lúdico e
para o sensível; este cidadão deve ser crítico, sujeito a ações e movimentos
conscientes de que seu corpo age, brinca, aperfeiçoa, dança, segue modelos,
adoece e se socializa.
A Educação Física deve proporcionar ao educando conhecimentos
teórico-práticos com base cientifica, para que ele possa usufruir os mesmos,
objetivando melhorias na qualidade de vida através das diferentes práticas
corporais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esportes
Jogos, brincadeiras
Dança
Ginástica
Lutas
1º BIMESTRE
Expressividade Corporal:
Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de
expressões.
97
Rdarmanifestaç CONTEÚDOS BÁSICOS
Jogos Coletivos e Individuais
• Futsal;Curitiba: SEED, 2008.
• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e
deslocamentos;
• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;
• Origem das lutas e sua mudança na história.
Manifestações Ginásticas:
• Práticas ginásticas: diferentes tipos de ginástica.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;
• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
• Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:
• Mímica, imitações e representações.
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Avaliação física e análise;
• Movimento corporal: quem realiza?
Lutas de aproximação
• Pesquisar a origem das lutas;
• Vivenciar atividades que utilizem materiais alternativos relacionados às lutas.
2º BIMESTRE
Manifestações Esportivas:
• Handebol;
98
• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e
deslocamentos;
• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;
• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história.
Manifestações Ginásticas:
• Práticas ginásticas: diferentes tipos de ginástica.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;
• Oficina de construção de brinquedos.
Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:
• Danças tradicionais e folclóricas.
Elementos Articuladores:
• Manifestações lúdicas.
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Noções de higiene.
3º BIMESTRE
Manifestações Esportivas:
• Vôlei;
• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e
deslocamentos;
• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;
• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
99
• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;
• Jogos e brincadeiras com ou sem materiais.
Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:
• Mímica, imitações e representações.
Elementos Articuladores:
• Manifestações lúdicas.
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Avaliação física e análise;
• Noções de higiene.
Inclusão.
Luta - Capoeira
• Experimentar a vivência de jogos de oposição;
• Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta;
• Vivenciar movimentos característicos da luta como: a ginga, esquiva e golpes.
4º BIMESTRE
Manifestações Esportivas:
• Basquete;
• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e
deslocamentos;
• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;
• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;
100
• Brinquedos cantados, rodas e cirandas.
Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:
• Danças tradicionais e folclóricas.
Elementos Articuladores:
• Manifestações lúdicas.
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Avaliação física e análise;
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
1º BIMESTRE
Expressividade Corporal:
• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades
(formas expressivas presentes na dança, ginástica, esporte, atividades
rítmicas expressivas, etc.).
Manifestações Esportivas:
• Futsal;
• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e
deslocamentos;
• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;
Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
• Práticas esportivas.
Manifestações Ginásticas:
101
• Origem de ginástica e sua mudança no tempo.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;
• Construção coletiva de jogos e brincadeiras;
• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
• Diferença entre jogo e esporte.
Elementos Articuladores:Curitiba: SEED, 2008.
• Manifestações lúdicas.
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Avaliação física e análise;
• Benefícios da Educação Física para a saúde;
• Novo estilo de vida ativo fisicamente;
• Definição dos termos: atividade física, exercício físico, saúde, aptidão física,
esporte, ativo e sedentário.
Lutas de Aproximação
• Pesquisar e analisar a origem das lutas de aproximação e da capoeira, assim
como suas mudanças no decorrer da história.
2º BIMESTRE
Manifestações Esportivas:
• Handebol;
• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e
deslocamentos;
• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;
• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
102
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
• Práticas esportivas.
Manifestações Ginásticas:
• Práticas ginásticas.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;
• Construção coletiva de jogos e brincadeiras;
• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
• Diferença entre jogo e esporte.
Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:
• Diferentes tipos de dança: por que dançamos?
• Mímica, imitação e representação;
• Expressão corporal com e sem material.
Elementos Articuladores:
• Manifestações lúdicas.
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Avaliação física e análise;
• Noções de higiene;
• Benefícios da Educação Física para a saúde;
• Novo estilo de vida ativo fisicamente;
• Definição dos termos: atividade física, exercício físico, saúde, aptidão física,
esporte, ativo e sedentário.
Inclusão.
103
3º BIMESTRE
Manifestações Esportivas:
• Vôlei;
• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e
deslocamentos;
• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;
• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
• Práticas esportivas.
Manifestações Ginásticas:
• Cultura de rua.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;
• Construção coletiva de jogos e brincadeiras;
• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
• Diferença entre jogo e esporte.
Elementos Articuladores:
• Manifestações lúdicas.
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Avaliação física e análise;
• Novo estilo de vida ativo fisicamente;
• Nutrição e atividade física;
• Definição dos termos: atividade física, exercício físico, saúde, aptidão física,
esporte, ativo e sedentário.
Luta - Capoeira
104
• Vivenciar jogos adaptados no intuito de aprender alguns movimentos
característicos da luta, como: ginga, esquiva, golpes, rolamentos e quedas.
4º BIMESTRE
Manifestações Esportivas:
• Basquete;
• Elementos básicos constitutivos dos esportes: passes, fintas, arremessos e
deslocamentos;
• Fundamentos básicos dos esportes: táticas e regras;
• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
• Práticas esportivas.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;
• Construção coletiva de jogos e brincadeiras;
• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
• Diferença entre jogo e esporte.
Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:
• Diferentes tipos de dança: por que dançamos?
• Mímica, imitação e representação;
• Expressão corporal com e sem material.
Elementos Articuladores:
• Manifestações lúdicas.
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Avaliação física e análise;
105
• Novo estilo de vida ativo fisicamente;
• Nutrição e atividade física;
• Definição dos termos: atividade física, exercício físico, saúde, aptidão física,
esporte, ativo e sedentário.
7ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Expressividade Corporal:
• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de
expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos
limites, privações e educação dos sentidos).
Manifestações Esportivas:
• Futsal;
• Táticas e regras dos esportes;
• Sentido da competição esportiva;
• Elementos constitutivos dos esportes: arremessos, deslocamentos, passes e
fintas;
• Práticas esportivas.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos;
• Jogos e brincadeiras com ou sem materiais
Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro
• A dança e o teatro como possibilidades de manifestações corporais;
106
• Expressão corporal com e sem materiais.
Elementos Articuladores
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Análise da avaliação física;
• Atividade física na prevenção de algumas doenças (noções básicas);
• Lesões esportivas;
• Definição de aptidão física relacionada à saúde e ao esporte (flexibilidade,
força. Resistência muscular, composição corporal e resistência
cardiorrespiratória).
Lutas com instrumento mediador - Capoeira
• Organização de Roda de capoeira;
• Vivenciar jogos de oposição no intuito de aprender movimentos direcionados
à projeção e imobilização;
2º BIMESTRE
Expressividade Corporal:
• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de
expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos
limites, privações e educação dos sentidos).
Manifestações Esportivas:
• Handebol;
107
• Táticas e regras dos esportes;
• Sentido da competição esportiva;
• Elementos constitutivos dos esportes: arremessos, deslocamentos, passes e
fintas;
• Práticas esportivas.
Manifestações Ginásticas
• Origem da ginástica e sua mudança no tempo.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos;
• Jogos e brincadeiras com ou sem materiais.
Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro
• A dança e o teatro como possibilidades de manifestações corporais;
• Expressão corporal com e sem materiais.
Elementos Articuladores
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Noções sobre controle da frequência cardíaca;
• Lesões esportivas;
• Definição de aptidão física relacionada à saúde e ao esporte (flexibilidade,
força. Resistência muscular, composição corporal e resistência
cardiorrespiratória).
108
3º BIMESTRE
Expressividade Corporal:
• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de
expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos
limites, privações e educação dos sentidos).
Manifestações Esportivas:
• Vôlei;
• Táticas e regras dos esportes;
• Sentido da competição esportiva;
• Elementos constitutivos dos esportes: arremessos, deslocamentos, passes e
fintas;
• Práticas esportivas.
Manifestações Ginásticas.
• Origem da ginástica e sua mudança no tempo.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos;
• Jogos e brincadeiras com ou sem materiais.
Elementos Articuladores
109
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Análise da avaliação física;
• Noções sobre controle da frequência cardíaca;
• Lesões esportivas;
Relação do corpo com o mundo do trabalho.
4º BIMESTRE
Expressividade Corporal:
• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de
expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos
limites, privações e educação dos sentidos).
Manifestações Esportivas:
• Basquete;
• Táticas e regras dos esportes;
• Sentido da competição esportiva;
• Elementos constitutivos dos esportes: arremessos, deslocamentos, passes e
fintas;
• Práticas esportivas.
Manifestações Ginásticas.
• Práticas ginásticas.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
110
• Jogo pré-desportivo, cooperativos e intelectivos;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos;
• Jogos e brincadeiras com ou sem materiais.
Elementos Articuladores
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Análise da avaliação física;
• Alcoolismo e tabagismo;
• Lesões esportivas;
Relação do corpo com o mundo do trabalho.
8ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Expressividade Corporal:
• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de
expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos
limites, privações e educação dos sentidos).
Manifestações Esportivas:
• Futsal;
• Manifestações e regras dos esportes;
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
• O esporte como fenômeno de massa;
• Práticas esportivas.
111
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;
• Diferença entre jogo e esporte;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos.
Elementos Articuladores
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Análise da avaliação física;
• Índice de massa corporal (cálculo);
• Tipos de exercícios aeróbicos e anaeróbicos;
• Importância da atividade física para a qualidade de vida.
Lutas com instrumento mediador - Capoeira
• Pesquisar a origem e os aspectos históricos das lutas.
2º BIMESTRE
Expressividade Corporal:
• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de
expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos
limites, privações e educação dos sentidos).
Manifestações Esportivas:
• Handebol;
• Manifestações e regras dos esportes;
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
112
• O esporte como fenômeno de massa;
• Práticas esportivas. Manifestações Ginásticas.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;
• Diferença entre jogo e esporte;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos.
Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:
• Danças tradicionais e folclóricas.
Elementos Articuladores
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Como prevenir doenças crônico-degenerativas;
• Tipos de exercícios aeróbicos e anaeróbicos.
Relação do corpo com o mundo do trabalho.
3º BIMESTR
Expressividade Corporal:
• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de
expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos
limites, privações e educação dos sentidos).
Manifestações Esportivas:
• Vôlei;
113
• Manifestações e regras dos esportes;
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
• O esporte como fenômeno de massa;
• Práticas esportivas.
Manifestações Ginásticas.
• Cultura de rua.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;
• Diferença entre jogo e esporte;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos.
Manifestações Estético-Corporais na Dança e no Teatro:
• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas.
Elementos Articuladores
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Análise da avaliação física;
• Índice de massa corporal (cálculo);
• Obesidade;
4º BIMESTRE
Expressividade Corporal:
114
• Abordar as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de
expressões (expressões corporais como a dor, prazer, reconhecimento dos
limites, privações e educação dos sentidos).
Manifestações Esportivas:
• Basquete;
• Manifestações e regras dos esportes;
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
• O esporte como fenômeno de massa;
• Práticas esportivas.
Jogos, Brincadeiras e Brinquedos:
• Jogos pré-desportivos, cooperativos e intelectivos;
• Diferença entre jogo e esporte;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos.
Elementos Articuladores
Desenvolvimento corporal e construção da saúde:
• Análise da avaliação física;
Relação do corpo com o mundo do trabalho.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
115
Os conteúdos da disciplina de Educação Física deverão ser
administrados de maneira que haja uma interlocução com o conteúdo estruturante,
para que o aluno tenha uma apreensão crítica das manifestações esportivas,
manifestações ginásticas, manifestações estético-corporais na dança e no teatro,
jogos e brincadeiras que compõem a especificidade da disciplina a aula pode ser
organizada em três momentos; no primeiro o professor faz uma proposição do que
vai ser executado, no segundo partem para a execução e finalmente e uma reflexão
sobre o que foi executado. Os conteúdos específicos de quinta a oitava série são os
mesmos, porém na sétima e oitava séries terão maior amplitude, complexidade e
aprofundamento.
- Noções fisiológicas utilizar-se-ão de meios que fundamentam os temas abordados
a partir de aulas teóricas (perguntas, questionamentos, debates e etc.),
contextualizando os assuntos trabalhados de maneira a promover uma formação
para a autonomia e a criticidade.
- Utilizar-se de atividades em grupo, pesquisas e apresentações de trabalhos, para
que seja possível o debate sobre temas sociais contemporâneos, bem como
relato das discussões realizadas.
- Utilizar-se da leitura e produções de textos que auxiliam o aluno a formar conceitos
próprios a partir do seu entendimento da realidade bem como relatá-los com
clareza e coerência.
- Os esportes devem ser trabalhados através de uma práxis, onde suas raízes
históricas, concepções e evolução social, são levantadas e debatidas.
- Incentivar a criação e modificação de regras e táticas dos jogos e esportes, onde
os alunos participem democraticamente.
- A consciência corporal deverá ser trabalhada de forma que o aluno possa aprender
a lidar com as situações do dia-a-dia, a partir das noções que possui de seu
corpo, através de aulas teórico-práticas do conhecimento e desenvolvimento
O processo avaliativo deverá ser contínuo, permanente e
cumulativo, permitindo a organização e reorganização do trabalho escolar.
O aluno deve ser avaliado nas dimensões: conceitual, cultural,
histórica, social, etc. A avaliação levará em conta a participação, interesse,
116
motivação, compromisso e responsabilidade. As formas de avaliação sobre os
temas propostos e abordados podem ser: provas objetivas ou subjetivas, trabalhos
escritos expositivos, apresentação das manifestações corporais, auto e
heteroavaliação.
A recuperação paralela é feita quando se observa que os alunos não
compreenderam o conteúdo tanto teórico como prático. O conteúdo é retomado
através de explicação ou execução dos fundamentos.
- humano, de forma criativa e reflexiva.
- As formas ginásticas devem ser trabalhadas através de seu conhecimento
histórico, suas origens e a prática através de movimentos criativos e
coreografados com música ou não.
- Organização de eventos que possibilitem a participação ativa dos alunos,
no desenvolvimento na aplicação das atividades.
AVALIAÇÃO
O processo avaliativo deverá ser contínuo, permanente e
cumulativo, permitindo a organização e reorganização do trabalho escolar.
O aluno deve ser avaliado nas dimensões: conceitual, cultural,
histórica, social, etc. A avaliação levará em conta a participação, interesse,
motivação, compromisso e responsabilidade. As formas de avaliação sobre os
temas propostos e abordados podem ser: provas objetivas ou subjetivas, trabalhos
escritos expositivos, apresentação das manifestações corporais, auto e
heteroavaliação.
A recuperação paralela é feita quando se observa que os alunos não
compreenderam o conteúdo tanto teórico como prático. O conteúdo é retomado
através de explicação ou execução dos fundamentos.
BIBLIOGRAFIA
SEED - Diretrizes Curriculares de Educação Física para o
Ensino Fundamental. Versão Preliminar, Curitiba, julho 2007.
117
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Educação física.
Curitiba: SEED, 2008.
ENSINO RELIGIOSO
EMENTA
A concepção de Ensino Religioso propõe-se a estabelecer o
conhecimento pelo entendimento de si, pela reconstrução de significados que ocorre
por meio da releitura dos elementos do fenômeno religioso, realizando a
aprendizagem na perspectiva do convívio social e pela relação entre as culturas e
tradições religiosas. Desta forma, ao educando, o Ensino Religioso deve tornar
possível reler e estabelecer novos significados para o objeto de seu estudo: o
fenômeno religioso.
Isso envolve compreender a diversidade religiosa, conhecer o
significado da experiência de transcendência, atitudes, gestos, símbolos, textos
sagrados e ritos de diversas tradições. Portanto, na compreensão da área de
conhecimento, a aula de Ensino Religioso se transforma em espaço mediador para
que as diversas culturas e tradições religiosas possam ser conhecidas, livres da
carga de preconceitos, construindo no ambiente escolar uma cultura de respeito
entre todos.
Elencam-se os seguintes conteúdos estruturantes:
• A individualidade de cada pessoa;
• Diferenças nas características físicas, culturais e religiosas;
• A compreensão das diferenças religiosas e suas manifestações que a
convivência social enriquece;
• A construção da história pessoal com os ritos e o transcendente;
• O ser religioso nas diferentes expressões religiosas;
• A religião e a religiosidade presentes na sociedade;
118
• A revelação do transcendente em diferentes tradições;
• As manifestações do sagrado presentes na dinâmica social e na vida de cada
indivíduo;
• Os líderes religiosos e seus compromissos sociais em diferentes tradições
religiosas;
• As práticas religiosas que permeiam a vida do educando e que estão
presentes nas sociedades;
• A religião como fonte de educação e vida.
OBJETIVO GERAL
Conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais , o Ensino
Religioso, valorizando o pluralismo e a diversidade cultural presentes na sociedade
brasileira, facilita a compreensão das formas que exprimem a transcendência na
superação da finitude humana e que determinam, subjacentemente, o processo
histórico da humanidade. Por isso, necessita:
• Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o
fenômeno religioso a partir das experiências religiosas percebidas no contexto
do educando;
• Subsidiar o educando na formulação do questionamento existencial, em
profundidade, para dar sua resposta devidamente informada;
• Analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manutenção das
diferentes culturas e manifestações sócio-culturais;
• Facilitar a compreensão do significado das afirmações e verdades de fé e das
tradições religiosas;
• Refletir o sentido da atitude moral como conseqüência do fenômeno religioso
e expressão da consciência e da resposta pessoal e comunitária do ser
humano;
• Possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença na constituição de
estruturas religiosas que têm na liberdade o seu valor inalienável.
119
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Paisagem Religiosa;
Universo Simbólico Religioso;
Texto Sagrado.
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Organizações Religiosas;
2º BIMESTRE
ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS;
• Do Cristianismo.
SÍMBOLOS RELIGIOSOS / LUGARES SAGRADOS;
• Do Cristianismo (Páscoa cristã, Natal, etc.);
• A mulher nas religiões (Dia das Mães, Dia da Mulher, etc.).
TEXTOS SAGRADOS ORAIS OU ESCRITOS;
• Do Cristianismo (Monoteísmo – Trindade);
3º BIMESTRE
ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS;
• Do Islamismo.
SÍMBOLOS RELIGIOSOS/ LUGARES SAGRADOS;
• Do Judaísmo (Páscoa, Judaica, Bar Mitzvá, etc.);
• Do Islamismo (Ramadã);
• O papel masculino nas religiões (Dia dos Pais, etc.).
120
TEXTOS SAGRADOS ORAIS OU ESCRITOS;
• Do Judaísmo (Monoteísmo – Javé);
• Do Islamismo (Monoteísmo – Alá).
4º BIMESTRE
ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS;
• Do Judaísmo;
• Do Culto Indígena (Animismo);
• Do Culto Afro (Animismo – Umbanda, Candomblé, etc.).
SÍMBOLOS RELIGIOSOS/ LUGARES SAGRADOS;
• Do Sagrado Indígena;
• Do Sagrado Afro.
TEXTOS SAGRADOS ORAIS OU ESCRITOS;
• Do Culto Indígena (Politeísmo);
• Do Culto Afro (Politeísmo).
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Temporalidade Sagrada;
Festas Religiosas;
Ritos;
Vida e Morte.
1º BIMESTRE
• Budismo;
• Hinduísmo;
121
2º BIMESTRE
• Taoísmo;
• Xintoísmo.
3º BIMESTRE
• Bramanismo;
• Culto Indígena.
4º BIMESTRE
• Politeísmo;
• Cultura Afro-brasileira.
METODOLOGIA
Como nas demais disciplinas, é necessário pensar a
operacionalização do trabalho docente. Considerando que o ato de construção do
conhecimento se dá a partir da relação sujeito-objetivo (no Ensino Religioso, o
sujeito-aluno em relação ao objeto-fenômeno religioso), cabe ao professor munir-se
de um instrumento (método) que o auxilie nessa articulação.
O tratamento didático dado a essa área do conhecimento nos
PCNER apóia-se em observação, reflexão e informação.
• Observação: observar não é apenas uma experiência visual. Ela também diz
respeito às condições externas e internas do observador tais como idade,
formação, história de vida, conhecimento prévios, dentre outras;
• Reflexão: a reflexão é um procedimento que acompanha todo processo,
desde a observação até a informação;
• Informação: pela informação, o professor ajuda o aluno a se apropriar do
conhecimento sistematizado, organizado, elaborado, para que se possa
passar de uma visão ingênua, empírica, fechada, dogmatizada, desarticulada
e muitas vezes incoerente, para uma nova visão decodificadora e
explicitadora da realidade. Todos esses procedimentos devem
122
necessariamente possibilitar que o alcance dos objetivos propostos pela
disciplina de Ensino Religioso seja atingido.
AVALIAÇÃO
A avaliação é processual, e serve para conduzir a ação pedagógica,
dando ao professor e ao aluno a possibilidade de constatar o progresso da
aprendizagem. Análise das produções dos alunos, a observação de mudanças de
comportamentos e relatos significativos dos alunos, entre outros, são os
instrumentos de avaliação que o professor pode utilizar.
Além de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica
como parte integrante e intrínseca ao processo educativo, a avaliação envolve
outros aspectos: sociabilidade, afetividade, postura, compromisso, integração,
participação na expectativa da aprendizagem do aluno e de sua transformação.
A recuperação paralela é algo que deve acompanhar este processo,
pois através dela o aluno pode ampliar o conhecimento.
BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO TORRE DE VIGIA DE BÍBLIAS E TRATADOS. O homem em busca
de Deus. São Paulo, 1990.
COSTELLA, Domenico. O fundamento ipistemológico do Ensino Religioso. In:
JUNQUEIRA, Sérgio; Wagner, Raul (org.). O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba:
Champagnat, 2004.
FIGUEIREDO, Anísia de Paulo. Ensino Religioso – Perspectivas pedagógicas.
2.ed. Petrópolis: Vozes, 1994.
FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DO ENSINO RELIGIOSO. Parâmetros
Curriculares Nacionais. Ensino Religioso. São Paulo: Edições, 1997.
123
MARCHON, Benoit (Org.). As grandes religiões do mundo. São Paulo: Edições
Paulinas, 1995.
OLENIKI, Marilac Loraine R.; DALDEGAN, Viviane M. Encantar, uma prática
pedagógica no Ensino Religioso. 2.ed. Petrópolis: Vozes.
PIRES, Cristina V. G.; Gandra, Fernanda R.; LIMA, Regina C. O dia-a-dia do
professor. “Adolescência, afetividade, sexualidade e drogas”. Vol 5. 3.ed. Rio
de Janeiro. Editora FAPI, 2002.
SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL. A Bíblia Sagrada – Velho e Novo Testamento.
Tradução: João Ferreira de Almeida. São Paulo, 1998.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Ensino Religioso.
Curitiba: SEED, 2008.
GEOGRAFIA
EMENTA
Uma geografia de forte conteúdo social, portanto, preferencialmente
humana e econômica, sem desprezar, todavia, o estudo da dinâmica da natureza e
das formas que ela assume ao ser apropriada pelos homens.
No estudo da construção desse espaço, procuramos salientar as
transformações nas relações sociais e nas formas de interação do homem com a
natureza.
Na construção de seu espaço de vida, o homem deve usar a
natureza de forma organizada, preservando o meio ambiente a partir do
conhecimento de sua importância para a vida.
124
Os conteúdos a serem trabalhados nesta etapa de aprendizagem,
são determinantes ao aperfeiçoamento do olhar geográfico sobre o mundo.
Destacando o estudo dos aspectos físicos e humanos do Brasil, América, África,
Europa e Pólos.
OBJETIVOS GERAIS
Compreender as mudanças Geopolíticas dos territórios
internacionais, bem como os reflexos das diferenças sócio-econômicas dos países,
tendo como consequências diretas nos conflitos culturais, ambientais e sociais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico;
Dimensão política do espaço geográfico;
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
Dimensão econômica do espaço geográfico
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
1º BIMESTRE
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
• Noções básicas de Geografia.
• O trabalho e a transformação do espaço geográfico.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
125
• As atividades econômicas : extrativismo, agropecuária , indústria e prestação
de serviços.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico.
• Classificação dos tipos de industrias.
• Tipos de comércio e os setores de prestação de serviços.
2º BIMESTRE
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
• Noções cartográficas
• Elementos naturais ( clima, relevo, hidrografia e vegetação ).
3º BIMESTRE
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
•O espaço rural e suas paisagens;
•Agricultura subsistência, mecanizada;
•Pecuária : formas de criação ( intensiva e extensiva )
•Problemas ambientais ( erosão, desmatamento, agrotóxicos e queimadas);
•Problemas ambientais no campo.
4º BIMESTRE
A transformação demográfica; a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
• Movimentos migratórios internos e externos;
• Áreas de elevada densidade demográfica;
• Censo brasileiro;
• Brasil, o país de contrastes culturais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
126
• A divisão regional do Brasil seguindo os critérios do IBGE.
• O Paraná na região Sul.
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
1º BIMESTRE
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
• Localizações, delimitações, fronteiras do território brasileiro.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção.
• Uso de tecnologias para exploração dos recursos naturais para a produção
de matérias-primas, usadas no setor industrial.
As diversas regionalizações do espaço geográfico
• Brasil: regiões e políticas regionais;
• Geração de empregos nas regiões urbanas e rurais.
2º BIMESTRE
As manifestações sócioespaciais da diversidade cultural.
• A diversidade da população brasileira;
• Os movimentos migratórios no Brasil.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
• A população e o trabalho no Brasil;
• Os movimentos migratórios no Brasil e suas causas;
Movimentos migratórios e suas motivações.
127
• A população e o trabalho;
• População economicamente ativa ( PEA );
• Distribuição de renda;
• O desemprego e seus fatores;
• Novas profissões.
3º BIMESTRE
O espaço rural e a modernização da agricultura;
• Brasil campo e cidade,
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização;
• Urbanização e industrialização do Brasil;
• População urbana no Brasil e no mundo,
• Análise de gráficos da população;
• Concentração e desconcentração industrial;
• Redes urbanas, problemas sociais e ambientais urbanos;
• As regiões metropolitanas e as mega cidades;
• O uso da terra no meio rural brasileiro;
• A modernização no campo e o uso da terra;
• A concentração de terras e os conflitos no campo.
4º BIMESTRE
A distribuição espacial das atividades produtivas, a organização do espaço
geográfico.
• Atividades econômicas: agricultura, pecuária e extrativismo;
• Agricultura moderna, comercial e de subsistência;
• A pecuária intensiva e extensiva;
128
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
• Regiões do Brasil: Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro Oeste. Aspectos
físicos, ocupação e organização do espaço.
• Economia e população.
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
1º BIMESTRE
• As diversas regionalizações do espaço geográfico;
• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
Continente Americano;
• A nova ordem mundial e os territórios supranacionais e o papel do Estado.
2º BIMESTRE
• O Comércio em suas aplicações sócioespaciais;
• A circulação de mão-de-obra, capital, das mercadorias e das informações;
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do
espaço geográfico;
• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
3º BIMESTRE
• O espaço rural e a modernização da agricultura;
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
• Os movimentos migratórios e suas motivações;
• As manifestações sócioespaciais da diversidade cultural.
129
4º BIMESTRE
• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
1º BIMESTRE
•As diversas regionalizações do espaço geográfico;
•A revolução Técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
•O comércio mundial e as implicações sócioespaciais;
•O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
2º BIMESTRE
•A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
•Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
3º BIMESTRE
• A nova ordem mundial , os territórios supranacionais e o papel do estado;
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
4º BIMESTRE
• As manifestações sócioespaciais da diversidade cultural.
130
• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico.
• A dinâmica da natureza e sua exploração e produção.
• Alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
METODOLOGIA
Através da análise espacial, com a utilização de mapas temáticos,
livro didático, textos extras, incorporados pelo professor, observação do meio para
detectar nossa realidade.
Contínua, através de prova escrita, interpretativa, observações da
realidade que levam o aluno a tirar suas próprias conclusões, estando assim em
contato com o mundo externo. Capacidade de observar e interpretar o mundo.
Os conteúdos apresentados estão de acordo com o debate realizado
pelos professores, porém devido à extensão do conteúdo do Ensino Médio e
importância, é interessante ressaltar a interação ou relação do homem com o meio.
E seria interessante, também se estudar o Brasil no 1º ano (Aspectos econômicos,
físicos e humanos, etc).
Com certeza o aluno em sua aprendizagem necessita ver na prática
o que se estuda em sala. Trabalhos de campo pelo menos um por ano. Assim o
aluno terá a oportunidade de interagir com o assunto e buscar o seu próprio
conhecimento exercitando sua percepção e senso crítico. Necessitamos muito disso
nas aulas de Geografia.
Nos 3º anos apresentar o que é a Geografia atualmente, para que
serve, quais as tendências contemporâneas, pesquisas, etc. Estimular a pesquisa.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser contínua e não só focada na prova escrita, mas
sim em sua capacidade de observar, debater, tirar conclusões próprias. Deve estar
131
em contato com o mundo externo, tendo, depois das aulas, um novo olhar sobre a
natureza e as ações antrópicas.
Esperamos que a Geografia juntamente com outras ciências
humanas tenham a importância que elas merecem, pois o aluno hoje está perdendo
muito o seu senso crítico e capacidade de observar e interpretar o mundo. Deixando
de ser um cidadão atuante para ser uma mão-de-obra barata e alienada, última do
mundo da exclusão, ou seja, capitalista.
A recuperação paralela deve acompanhar todo o processo de
aprendizagem, sendo contínua e diversificada, levando o aluno a entender as
diversas formas de aprendizagem, ampliando e construindo o seu próprio
conhecimento, não deixando de lado o caráter científico da Ciência.
BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília:
Ministério da Educação, 2002.
CARLOS, A. F. A. (org.) A geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.
CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento.
Campinas: Papirus, 1999.
CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo, Ática, 1986.
MAACK, R. Geografia física do Estado do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial,
2002.
MENDONÇA, F. Geografia sócio-ambiental. In: Revista Terra Livre, n° 16, AGB
Nacional, 2001, p. 113.
OLIVA, J. Ensino de geografia: um retrato desnecessário. In: CARLOS, A. F. A.(org.)
A geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.
132
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Instrução n. 04/2005/SUED.
RUA, João; WASZKIAVICUS, Fernando A.; TANNURI, Maria R. P.; PÓVOA NETO,
Helion. Para ensinar geografia: contribuição para o trabalho com 1° e 2° graus. Rio
de Janeiro: ACESS, 1993.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
___________. A natureza do espaço: Técnica e Tempo Razão e Emoção. São
Paulo: Hucitec, 1996.
SOUZA, M. J. L. O território: sobre espaço e poder, autonomia e desenvolvimento.
In: CASTRO, I. E. e outros (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1995.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Geografia.
Curitiba: SEED, 2008.
LÍNGUA PORTUGUESA
EMENTA
A língua deve ser concebida como um conjunto aberto e múltiplo de
práticas sócio-interacionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos
historicamente situados.
Pensar a linguagem desse modo é perceber que ela não existe em
si, mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento
constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se constitui continuamente.
133
Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos
históricos e como realidades psíquicas em meio a essa intrincada rede de relações
sócio-verbais e pela interiorização da própria dinâmica da interação sócio-verbal.
Somos, nesse sentido, seres de linguagem, constituídos e vivendo
num complexo feixe de relações sócio-verbais. De forma alguma, podemos ser
compreendidos como meros aplicadores de regras de um sistema gramatical; ou
como meros reprodutores de um certo monumento linguístico cristalizado; ou, ainda,
como meros usuários de um instrumento externo a nós.
Desse modo, ensinar português é, fundamentalmente, oferecer
aos/às alunos/as a oportunidade de amadurecer e ampliar o domínio que eles/elas já
têm das práticas de linguagem. Em língua materna, a escola, obviamente, nunca
parte do zero: os/as alunos/as têm uma experiência acumulada de práticas de fala e
de escrita. Cabe-nos, no entanto, criar condições para que esse domínio dê um salto
de qualidade, tornando-se mais maduro e mais amplo.
Ao término do Ensino Médio é fundamental que nossos/as alunos/as
tenham adquirido efetiva autonomia naquelas práticas de linguagem que devem ser
de domínio comum de todos os cidadãos.
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva
nas diferentes instâncias sociais, acorda-se que o objeto de estudo da disciplina é a
Língua e o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa e Literatura é o discurso
enquanto prática social (leitura, escrita e oralidade).
O discurso é muito mais que mera mensagem, como um simples
esquema onde há emissor, receptor, código, referente mensagem. Como postula
Bakhtin (1996), o discurso não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese sempre
numa atitude responsiva a outros textos. Os discursos jamais são concebidos
dissociados de uma realidade material, são formados por diferentes vozes que, por
sua vez, representam ideologias muitas vezes contraditórias, opostas, justificadas
pelo seu uso em diferentes esferas sociais, (Barros, 2001).
É no contexto das práticas discursivas que se farão presentes os
conceitos oriundos da Lingüística, Sociolingüística, Semiótica, Pragmática, Estudos
Literários, Semântica, Morfologia, Sintaxe, Fonologia, Análise do Discurso,
134
Gramáticas normativa, descritiva, de usos, entre outros, de modo a contribuir com o
aprimoramento da competência linguística dos estudantes.
OBJETIVOS GERAIS
Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva
nas diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão o processo de
ensino:
• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos
do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, os gêneros e suportes textuais, além do contexto de produção/leitura;
• refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar o
gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na
sua organização;
• aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela Literatura a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da
oralidade, da leitura e da escrita;
• reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar
acesso aos recursos de expressão e compreensão de processos discursivos,
como condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais
em que está inserido e para a afirmação da sua cidadania, como sujeito
singular e coletivo.
É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles
decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se
inicia na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota
no período escolar, mas se estende por toda a sua vida.
135
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos Estruturantes da disciplina de Língua Portuguesa e
Literatura são os Gêneros discursivos.
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE
1º BIMESTRE
- Retomada de conteúdos básicos até a 4º série (Alfabeto maiúsculo e minúsculo;
paragrafação; pontuação; noções de tempo verbal, separação de sílabas, sinônimos
e antônimo);
- Gênero: HQ / trava-língua / Verbete de dicionário;
Leitura, oralidade e escrita.
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Elemento da composição do gênero;
• Léxico;
• Marcas linguísticas;
• Processo de formação de palavras;
• Ortografia;
• Concordância verbal/ nominal;
• Elementos extra-linguísticos;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
136
2º BIMESTRE
- Gênero: Conto Maravilhoso / Narrativas de aventura;
Leitura, oralidade e escrita.
• Tema do texto;
• Elemento da composição do gênero;
• Léxico;
• Marcas linguísticas;
• Divisão do texto em parágrafos;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal e nominal;
• Conteúdo temático;
• Elementos semânticos.
3º BIMESTRE
- Gênero: Carta / Fábulas / Lendas;
Leitura/ Oralidade/ Escrita.
• Léxico;
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Informatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elemento da composição do gênero;
• Divisão do texto em parágrafos;
• Marcas linguísticas;
137
• Processo de formação de palavras;
• Ortografia;
• Concordância verbal e nominal;
• Conteúdo temático;
• Adequações do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto.
4º BIMESTRE
- Gênero: Poema e poesia;
Leitura e escrita.
• Elemento da composição do gênero;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: figuras de linguagem;
• Tema do texto;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal e nominal;
• Conteúdo temático.
6ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Gênero: Texto verbal e não verbal / HQ;
138
• Elementos da composição do gênero;
• Acentuação;
• Pontuação;
• Ortografia;
• Foco narrativo;
• Discurso direto e indireto;
• Verbo;
• Interpretação e produção de textos.
2º BIMESTRE
Gêneros: Instruções de uso / receitas / narrativa de aventura;
• Acentuação gráfica;
• Pontuação;
• Concordância verbal / nominal;
• Ortografia;
• Foco narrativa;
• Recursos gráficos;
• Modo e tempos verbais do indicativo: aprofundamento (verbos regulares);
• Noções de subjuntivos e imperativos;
• Interpretação de textos;
• Produção de texto.
3º BIMESTRE
Gênero: Lendas / provérbios;
• Elementos da composição do gênero;
• Ortografia;
• Acentuação;
• Pontuação;
139
• Recursos gráficos;
• Foco narrativo;
• Advérbios;
• Interpretação de textos;
• Produção de textos.
4º BIMESTRE
Gênero: notícia / poema;
• Elementos da composição do gênero;
• Termos essenciais da oração;
• Conjunção;
• Preposição;
• Linguagem denotativa e conotativa;
• Interpretação de texto;
• Produção de texto.
7ª SÉRIE
1º BIMESTRE
Gêneros:
• Crônica (leitura, escrita)
• Anúncio publicitário (leitura, escrita, oralidade)
Conteúdos básicos:
• conteúdo temático;
• interlocutor;
• intencionalidade;
• intertextualidade;
• vozes sociais;
140
• elementos composicionais do gênero;
• marcas linguísticas do gênero;
• adequação do discurso ao gênero;
• elementos extralinguísticos;
• semântica.
2º BIMESTRE
Gêneros: Diário (leitura, escrita), Biografia (leitura), Resumo (escrita);
Conteúdos básicos
• conteúdo temático;
• intencionalidade;
• intertextualidade;
• informatividade;
• elementos composicionais do gênero;
• marcas linguísticas do gênero.
3º BIMESTRE
Gêneros:
• Reportagem (leitura, escrita);
• Literatura de cordel (leitura, escrita, oralidade).
Conteúdos básicos:
• conteúdo temático;
• interlocutor;
• intencionalidade;
• intertextualidade;
• vozes sociais;
• elementos composicionais do gênero;
• marcas linguísticas do gênero;
• variações linguísticas;
141
• adequação do discurso ao gênero;
• elementos extralinguísticos;
• semântica.
4º BIMESTRE
Gêneros:
• Contos fantásticos (leitura, escrita, oralidade).
Conteúdos básicos
• conteúdo temático;
• interlocutor;
• intertextualidade;
• vozes sociais;
• elementos composicionais do gênero;
• marcas linguísticas do gênero;
• adequação do discurso ao gênero;
• elementos extralinguísticos;
• semântica.
8ª SÉRIE
1º BIMESTRE
• Poema – leitura, oralidade e escrita;
• Letra de música – leitura e oralidade;
• Paródia – leitura, oralidade e escrita.
2º BIMESTRE
• Fotoblog – leitura e escrita;
• Crônica – leitura e escrita;
142
• Tiras – leitura e escrita;
• Foto – leitura (gênero complementar).
3º BIMESTRE
• Carta do leitor – leitura e escrita;
• Narrativa de enigma – leitura, oralidade e escrita;
• Cartaz – leitura e escrita.
4º BIMESTRE
• Entrevista – leitura e escrita;
• Currículo – leitura e escrita;
• Carta de emprego – leitura e escrita;
• Infográfico – leitura e escrita.
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre
as partes e
elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das
classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos
gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Semântica:
• - operadores argumentativos;
- polissemia;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor
no texto.
143
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre
as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência,
função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas,
travessão, negrito, etc.;
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de formação de palavras;
• Vícios de linguagem;
• Semântica: - operadores
argumentativos; - modalizadores; -
polissemia.
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
144
Concorda-se com a necessidade de se dar atenção à Lei 10.639/03,
referente à Cultura Africana. Porém, é de comum acordo que não há necessidade de
se explicitar que ensino de Literatura enfoca as Literaturas Brasileira, Portuguesa e
Africana – assim como outras Literaturas, de acordo com o Conteúdo Específico
ensinado. A valorização dos elementos africanos está presente tanto na Literatura
quanto na Linguagem, quando se ensina a História da Língua Portuguesa, a
Formação das Palavras em nossa língua etc. Obviamente, há a necessidade de
maior aprofundamento e abrangência. E isto está sendo previsto.
METODOLOGIA
O trabalho com os gêneros discursivos deve contemplar as práticas
de leitura, oralidade, escrita e análise linguística.
Tendo em vista que a fala é a prática discursiva mais empregada, é
preciso criar condições para que o estudante perceba que todos os níveis de
expressão são legítimos. Contudo, faz-se necessária a apropriação da variedade
padrão, uma vez que é a que tem prestígio social e é empregada em determinados
contextos sociais. Portanto, é imprescindível que o professor proponha atividades
que leve o estudante a refletir sobre os usos da linguagem nos diferentes contextos
e situações; a fala com fluência em situações formais, adequar a linguagem ao
contexto e aproveitar os recursos expressivos da língua.
Segundo as Diretrizes Curriculares (2008), “É desejável que as
atividades com a escrita se realizem de modo interlocutivo, que elas possam
relacionar o dizer escrito às circunstâncias de sua produção”. Em outras palavras,
isso significa que as atividades de produção textual devem corresponder à prática
social do gênero em estudo, uma vez que prepara o estudante para exercer seu
papel na sociedade.
Segundo Antunes (2003), a produção escrita envolve a ampliação de
leituras sobre a temática proposta, planejamento, escrita, revisão e reescrita dos
textos. Desta forma o estudante aprimora sua competência de escrita ao apreender
os mecanismos da organização da linguagem escrita.
A leitura, numa concepção sociointeracionista de linguagem, é vista
como um ato dialógico, interlocutivo. Assim, o leitor ao interagir com o texto,
145
desenvolve uma atitude responsiva diante do que lê. Quanto maior seu repertório de
leituras, melhor será sua interação com o texto.
Assim, o professor deve oferecer aos estudantes o contato com os
mais variados gêneros da esfera social e considerar, na interpretação e
compreensão de um texto, o contexto de produção sócio-histórico, a finalidade do
texto, o interlocutor, o gênero, o suporte, o conhecimento de mundo do estudante, os
conhecimentos linguísticos, além do diálogo com outros textos e linguagens.
A análise linguística deve perpassar as práticas de leitura, escrita e
oralidade. Portanto, cabe o professor selecionar o gênero que pretende trabalhar e,
depois de explorar o conteúdo temático e o contexto de produção / circulação,
analisar, por meio de atividades, as marcas linguístico-enunciativas presentes no
gênero em estudo.
Literatura
Nos estudos literários recentes, o autor e a obra deixaram de ser,
exclusivamente, os elementos que propiciam a compreensão do fenômeno literário,
cedendo lugar ao leitor ou à recepção. Nessa perspectiva, o leitor assume o papel
de interlocutor, atualizando a obra no ato da leitura.
Partindo dos pressupostos da Estética da Recepção, a Literatura
será abordada segundo os passos do Método Recepcional, de Aguiar e Bordini, a
saber: 1º, determinação do horizonte de expectativas; 2º, atendimento do horizonte
de expectativas; 3º, ruptura dos horizontes de expectativas; 4º, questionamento do
horizonte de expectativas; 5º, ampliação do horizonte de expectativas.
Há que se considerar também, no trabalho com a Literatura, o
diálogo da obra literária com outros textos, formas de linguagem e campos do
conhecimento, o que torna mais significativa a leitura de obras literárias.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser compreendida como conjunto de ações
organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu,
146
de que forma e em quais condições. Deve funcionar, por um lado, como instrumento
que possibilite ao professor analisar criticamente sua prática educativa; e por outro,
com instrumento que apresente ao aluno a possibilidade de conhecer seus avanços
e dificuldades.
Nesse sentido, deve ocorrer durante todo o processo de ensino e
aprendizagem, e não apenas em momentos específicos.
Por se caracterizar como uma proposta à compreensão que o aluno
tem sobre os aspectos do conhecimento a serem trabalhados, é também,
responsiva, atuando como elemento balizador das pautas interacionais e das
intervenções pedagógicas, sendo dialeticamente constitutiva dos sujeitos envolvidos
no processo de aprendizagem.
A recuperação paralela de estudos será ofertada a todos os alunos,
independentemente do rendimento, logo após a utilização de um instrumento
avaliativo (qualitativa e/ou quantitativamente) ou no final do bimestre.
BIBLIOGRAFIA
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. 6ª Ed. São Paulo: 1992.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio, 1999, PP. 97/127.
DEMO, Pedro. Formação de formadores básicos. In Em aberto. N. 54, p.26-33,
1992.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.
PERINI, Mário A. Sofrendo a gramática. São Paulo: Ática, 1999.
POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4ª.Ed. Campinas, SP: Mercado
das Letras, 1996.
147
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Língua Portuguesa.
Curitiba: SEED, 2008.
ARTE
EMENTA
A arte está presente desde os primórdios da humanidade sendo uma
atividade fundamental do ser humano, sendo uma manifestação ligada intimamente
ao espírito humano.
Desde as origens da civilização, o homem busca dar aos objetos
que cria, além de uma forma mais eficiente, qualidades que independem da simples
utilidade e que satisfazem uma necessidade de harmonia e de beleza.
Na história humana e em todas as culturas, podemos constatar a
presença da arte, seja em objetos ritualísticos, utilitários, artísticos, estéticos, mesmo
que às vezes, intuitivamente, precedendo contextos históricos (sons, imagens,
gestos, dramatização, representações, símbolos, etc).
Por isso é necessário que o indivíduo entre em contato com arte se
apropriando de saberes culturais e estéticos para sua formação e desempenho
social.
A arte é um conhecimento sensível-cognitivo, voltado para um fazer
e apreciar artístico e estético, juntamente a uma reflexão sobre sua história e
contexto na sociedade.
Sabe-se que não existe arte sem pensamento racional, nem ciência
sem imaginação e sensibilidade.
Tanto uma como a outra são ações criadoras, produtos que
expressam as representações de diferentes culturas no percurso da história.
Neste sentido, o valor educativo das Artes no Ensino Fundamental
se destaca, na medida em que reconhece este componente curricular com
148
imprescindível na formação do indivíduo e para o exercício da vida cidadã. Os
saberes que decorrem deste objeto permitem que a Arte seja entendida como um
conjunto de linguagem, cada uma com seus elementos e códigos.
Entende-se, então, que os saberes em Arte, abordados em sala de
aula em diversas situações de aprendizagem, têm o propósito de possibilitar a
ampliação do conhecimento estético (pela análise e experimentação) presente nas
diferentes linguagens e no processo de produção das manifestações artísticas.
OBJETIVOS GERAIS
• Adquirir sensibilidade e cognição em Artes Visuais, Dança, Música e Teatro,
exercitando sua cidadania cultural com qualidade;
• Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;
• Compreender e utilizar a arte como linguagem;
• Contextualizar a arte como fato;
• Experimentar diferentes materiais expressivos;
• Estimular a interpretação e análise de obras de arte.
Obs.: O professor poderá dar um enfoque/prioridade para os
elementos formais da arte visual nas séries finais do ensino fundamental,
principalmente 5ª e 6ª séries, introduzindo a partir da 7ª a iniciação à História da Arte
em linha cronológica, não deixando de estabelecer conexões com a
contemporaneidade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais;
Composição;
Movimentos e Períodos.
5ª SÉRIE
149
1º BIMESTRE
ÁREA MÚSICA
Elementos Formais e Composição:
• Ritmo, altura, melodia, duração, escalas, timbre, intensidade, densidade;
• Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico.
• Técnicas: vocal, instrumental e mista.
ÁREA ARTES VISUAIS
Elementos Formais e Composição:
• Ponto, linha, textura, volume, cor, luz e forma.
2º BIMESTRE
ÁREA ARTES VISUAIS
Elementos Formais e Composição:
• Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...
• Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
Movimentos e Períodos:
• Arte indígena;
• Arte Popular;
• Arte Brasileira e Paranaense.
ÁREA TEATRO
Elementos Formais e Composição:
• Personagem: expressões corporais, vocais, faciais e gestuais;
• Ação, espaço;
• Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...
• Gêneros: rua, arena;
• Cenografia.
150
3º BIMESTRE
ÁREA ARTES VISUAIS
Movimentos e Períodos:
• Arte Pré-Histórica
• Arte Egípcia
ÁREA DANÇA
Elementos Formais e Composição:
• Movimento Corporal, tempo, espaço, ponto de apoio, rotação, coreografia,
salto e queda:
• Peso (leve e pesado), fluxo (livre, interrompido e conduzido); níveis (alto,
médio e baixo), formação e direção.
4º BIMESTRE
ÁREA ARTES VISUAIS
Movimentos e Períodos:
• Arte Grega e Arte Romana.
ÁREA DANÇA
Elementos Formais e Composição:
• Movimento Corporal, tempo, espaço, ponto de apoio, rotação, coreografia,
salto e queda.
• Peso (leve e pesado), fluxo (livre, interrompido e conduzido), níveis (alto,
médio e baixo), formação e direção.
6ª SÉRIE
151
1º BIMESTRE
ÁREA MÚSICA
Elementos Formais e Composição:
• Ritmo, altura, melodia, duração, timbre, intensidade, densidade,
improvisação,
categorias dos instrumentos musicais.
ÁREA ARTES VISUAIS
Elementos formais e Composição:
• Proporção, figura e fundo, superfície, ponto, linha, textura, volume, cor, luz,
forma, tridimensional.
• Técnicas: pintura, escultura, modelagem, gravura...
• Gêneros: paisagem, retrato, natureza morta...
2º BIMESTRE
ÁREA ARTES VISUAIS
Elementos formais e Composição:
• Abstrata, figurativa, perspectiva;
Movimentos e períodos:
• Arte Indígena;
• Arte Popular.
ÁREA TEATRO
Elementos Formais e Composição:
• Personagem: expressões corporais, vocais, faciais e gestuais;
152
• Ação, espaço;
• Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...
• Gêneros: rua, arena;
• Caracterização, representação, leitura dramática, cenografia.
3º BIMESTRE
ÁREA ARTES VISUAIS
Movimentos e Períodos:
• Arte Brasileira e Paranaense;
• Renascimento.
ÁREA DANÇA
Elementos formais e Composição:
• Movimento Corporal, Tempo, Espaço, Ponto de Apoio, Rotação, coreografia;
• Peso (leve e pesado); Níveis (alto, médio e baixo); Velocidade (lento, rápido e
moderado).
4º BIMESTRE
ÁREA MÚSICA
Elementos Formais e Composição:
• Ritmo, altura, melodia, duração, timbre, intensidade, densidade,
improvisação, categorias dos instrumentos musicais, música popular.
ÁREA ARTES VISUAIS
Movimentos e Períodos:
• Barroco.
153
7ª SÉRIE
1º BIMESTRE
ÁREA MÚSICA
Elementos Formais e Composição:
• Indústria Cultural;
• Eletrônica.
Movimentos e Períodos:
• Minimalista;
• Rap, Rock, Techno.
ÁREA ARTES VISUAIS
Elementos Formais e Composição:
• Indústria Cultural;
Movimentos e Períodos:
• Arte no século XX;
• Arte Contemporânea.
2º BIMESTRE
ÁREA ARTES VISUAIS
Elementos Formais e Composição:
• Semelhanças, contrastes, ritmo visual, estilização, deformação.
ÁREA TEATRO
154
Elementos formais e Composição:
• Indústria Cultural, representação no cinema e outras mídias, texto dramático,
maquiagem, sonoplastia, roteiro, técnicas: jogos teatrais, sombras, adaptação
cênica, ação, espaço, personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e
faciais.
3º BIMESTRE
ÁREA ARTES VISUAIS
Elementos formais e Composição:
• Abstrata, figurativa, perspectiva, superfície, textura, volume, cor, luz, formas,
técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...
ÁREA DANÇA
Elementos Formais e Composição:
• Movimento corporal, tempo, espaço, giro, rolamento, saltos, aceleração e
desaceleração, direções (frente, atrás, direita, esquerda, cima baixo),
improvisação, coreografia, sonoplastia.
4º BIMESTRE
ÁREA ARTES VISUAIS
Elementos Formais e Composição:
• Abstrata, figurativa, perspectiva, superfície, ponto, linha, textura, volume, cor,
luz, forma, técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...
ÁREA DANÇA
Elementos formais e Composição:
155
• Gênero: Indústria Cultural e espetáculo;
Movimentos e períodos:
• Hip Hop, musicais, expressionismo, dança moderna.
8ª SÉRIE
ÁREA - MÚSICA
1º BIMESTRE
Elementos Formais e Composição:
• Altura, duração, timbre, intensidade, densidade, ritmo, melodia, harmonia
(tonal e atonal), técnicas (vocal, instrumental e mista) e gêneros (popular,
folclórico e étnico).
Movimentos e períodos:
• MPB (Música Popular Brasileira), Hip Hop (música engajada) e música
contemporânea.
ÁREA - ARTES VISUAIS
2º BIMESTRE
Elementos formais e Composição:
• Linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz, técnicas (performance,
grafite, etc), ritmo visual, tridimensional, bidimensional e gêneros.
Movimentos e períodos:
• realismo, vanguardas (cubismo, fauvismo, expressionismo, dadaísmo, etc),
muralismo e arte latino americana.
156
ÁREA – TEATRO
3º BIMESTRE
Elementos formais e composição:
Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais), espaço, ação,
técnicas (jogos teatrais, ensaio, direção, etc), dramaturgia, cenografia, sonoplastia,
figurino e iluminação.
Movimentos e períodos:
Teatro engajado, teatro do absurdo, teatro do oprimido e vanguardas.
ÁREA – DANÇA
4º BIMESTRE
Elementos formais e composição:
Movimento corporal, tempo, espaço, Kinesfera, ponto de apoio, peso, fluxo, quedas,
saltos, giros, rolamentos, extensão, coreografia, deslocamento, gênero (performance
e moderna).
Movimentos e períodos:
Vanguardas, dança moderna e dança contemporânea.
METODOLOGIA
Os conteúdos elencados em artes são os que contemplam os
objetivos que favoreçam os alunos ao interesse pela “aventura” de conhecer e fazer
artes.
A arte pode ser aquilo que nos distingue dos outros. A arte é uma
maneira de nos aproximarmos e de nos integrarmos.
157
Os elementos plásticos sonoros e teatrais têm como objetivo,
alfabetizar o educando (processo que tem início no ensino fundamental),
conscientizando o melhor da utilização desses elementos nas linguagens artísticas
no cotidiano.
A partir do reconhecimento dos elementos das diferentes
linguagens, será necessário que o aluno aplique esses conceitos nas suas
composições sonoras, plásticas e teatrais.
O estudo da história da arte será necessário para que o educando
entre em contato com as produções artísticas existentes no decorrer da história,
ampliando com isso, o seu conhecimento artístico.
As pessoas, nas suas composições artísticas em música, teatro,
artes plásticas, tem a possibilidade de serem incentivadas e perceptivas em relação
a materiais da natureza e do mundo cultural, utilizando-se de técnicas e tecnologias
variadas, aplicando-as a essas composições o conhecimento e sensibilidade
adquiridos através da História da Arte.
Os educandos, ao fazerem, analisarem, e apreciarem artisticamente
suas elaborações por meios das linguagens, aprendem a reconhecer e compreender
uma variedade e significados, de interferências culturais, econômicas, políticas que
aparecem nas manifestações culturais.
Através dos elementos da linguagem, da composição e da história
da arte, os educandos estarão mais prontos a realizar, apreciar e analisar produções
e manifestações artísticas, tornando os mais sensíveis, expressivos, comunicativos
e críticos no que diz respeito a sua vida e ao seu mundo.
Tem com proposta também colaborar com projetos educacionais de
outras disciplinas, bem como das especialidades de cada uma delas,
proporcionando a interdisciplinaridade e trânsito, entre fronteiras de conhecimento,
objetivando uma educação transformada e responsável preocupada com a formação
e identidade dos indivíduos.
Partindo do pressuposto que arte forma integralmente o homem,
adaptando-o ao meio social, estimulando-o a uma atividade criadora diante de todas
158
as manifestações da vida, capacitando a se situar dentro da cultura de sua época
tendo como objetivo integrado, capacitar o aluno a reagir criativamente a novos
estímulos e a novas situações buscando imaginação, originalidades,
espontaneidade, inventividade e concentração.
Segundo esta gama de possibilidades, a arte não é apenas
instrumental, deve ser a base de qualquer educação. Exatamente no
desenvolvimento do raciocínio espacial da linguagem gráfica e volumétrica e a
própria alfabetização visual é o que possibilita uma global compreensão de qualquer
conteúdo curricular.
Tendo os pressupostos teóricos como referência, devemos pensar
na metodologia, que pode ser concebida como “A arte de dirigir o espírito na
investigação da verdade”, (Ferreira, 1986). Este é o elemento da pedagogia que está
mais intimamente ligado à prática em sala de aula.
Quando se trata de metodologia é preciso direcionar o pensamento
para o método a ser aplicado: para quem, como, porquê e o quê. O trabalho em sala
de aula deve se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte: sua relação é
de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras
artísticas. No espaço escolar o objeto de trabalho é o conhecimento, desta forma
devemos contemplar na metodologia, estas três dimensões, ou seja, devemos
estabelecer como eixo o trabalho artístico, que é o fazer, o sentir e perceber que são
as formas de leitura e o conhecimento empírico.
A seguir apresentamos cada um desses três eixos, lembrando que
os eixos se constituem uma totalidade, podendo ser trabalhados separadamente ou
simultaneamente, de forma que no final das atividades com conteúdo, todos tenham
sido trabalhados com os alunos.
1 - Sentir e perceber
Possibilitar aos alunos o acesso a obras artísticas para que possam
se familiarizar com as diversas formas de produção da arte. Envolve também a
leitura dos objetivos da natureza e da cultura em uma dimensão estética.
159
O trabalho é o de possibilitar o acesso e mediar esta leitura com o
conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras, a arte e a
realidade transcendo as aparências.
2 - Conhecimento estético
Este é o momento da cognição, em que a racionalidade opera para
apreender o conhecimento historicamente produzido sobre a arte.
A arte é estruturada por um saber, que tem uma origem, e em que
cada conteúdo tem sua história. Isto deve ser conhecido para melhor compreensão
por parte do aluno, para que ele possa conhecer como se organizam as várias
formas de produzir arte e como a sociedade se estrutura historicamente.
3 - Trabalho artístico
A prática artística é a expressão do aluno, é o momento do exercício
da imaginação e criação, pois o processo de produção do aluno é quando ele
interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza os sentidos.
No momento de planejar as aulas, devem ser usados recursos e
metodologias específicas para cada um dos três eixos.
Não só no início desse encaminhamento pelo trabalho artístico, mas
em todos os momentos, é necessário tratar do conhecimento estético, para que o
aluno faça, sabendo o quê e porquê está fazendo. Para complementar o eixo sentir
e perceber, é fundamental que os alunos tenham contato com as produções
culturais existentes como: teatro, festivais de música, visitas a museus, etc.
Neste trabalho podemos perceber que os três eixos metodológicos
foram tratados nas seguintes ordens metodológicas (trabalho artístico, conhecimento
estético, sentir/perceber).
Estes três elementos se completam na medida em que:
160
• A história da arte é a “informação e formação estética de todas as classes
sociais, proporcionando à multiculturalidade brasileira uma aproximação de
códigos culturais de diferentes grupos”, (Ana Mae Barbosa);
• O fazer artístico nos encaminha ao ato de criar. “Criar é, basicamente, formar.
É poder dar uma forma a algo novo. Em qualquer que seja o campo de
atividade, trata-se nesse 'novo', de novas coerências que estabelecem para a
mente humana, fenômenos relacionados de modo novo e compreendidos em
termos novos. O ato criador abrange, portanto, a capacidade de
compreender; e esta, por sua vez, a de relacionar, ordenar, configurar,
significar”, (Fayaga Ostrower);
• A leitura da Obra de Arte ajuda a decodificar os códigos visuais que foram
feitos agora e no passado, e a apreciá-los.
AVALIAÇÃO
Entende-se avaliação como um dispositivo que ajuda na
consolidação do ato pedagógico, diagnosticando a realidade para nela intervir e
promover mudanças.
A avaliação está presente em todos os momentos do ato pedagógico
vitalizando o processo de produção e socialização do saber na escola.
Ao avaliar a aprendizagem do aluno, o professor está, também,
avaliando a qualidade do trabalho pedagógico realizado. E, através de seus
resultados, pode identificar o nível das elaborações dos alunos e o tipo de
dificuldades surgidas, para que se elaborem situações didáticas e sequências de
intervenções com os desafios (perguntas, leituras, estudos do meio...) necessários à
construção do conhecimento pelos alunos, portanto, a avaliação é compreendida
como processo de libertação do autoritarismo e valorização do papel de
mediador/provocador exercido pelo professor.
A avaliação existe enquanto processo para contribuir no
acompanhamento dinâmico das situações de aprendizagem e assegurar
oportunidades aos alunos para permanecerem na escola, jamais para excluí-los.
161
Avaliar implica em conhecer o aluno, suas relações com a
comunidade, os significados que atribui aos conteúdos estudados, os objetivos
previstos no projeto pedagógico escolar. Desta forma, a escola pode delinear, com
sua comunidade, propostas de educação para formação de sujeitos autônomos e
capazes de intervir, criticamente, na realidade.
A avaliação precisa ocorrer a favor do aluno, sujeito do processo,
aliada de sua aprendizagem e desenvolvimento de autoestima gerando o desejo de
conhecer mais e fortalecendo seus vínculos com a escola.
A recuperação paralela referente às atividades práticas foi realizada
da seguinte forma:
Trabalhos práticos:
• Os conteúdos serão trabalhados primeiramente de maneira teórica através de
formas diversificadas. Em seguida a atividade prática é proposta e
determinado um valor e uma data de entrega;
• Quando o aluno não entregar na data determinada ou não atingir os objetivos,
o conteúdo do trabalho é retornado e dada nova orientação e marcada nova
data para a entrega.
No final do bimestre, é feita uma revisão geral dos conteúdos e é
realizada uma avaliação escrita onde aparece o conteúdo de todo o bimestre. A
avaliação poderá ser elaborada de forma diferenciada das demais aplicadas.
BIBLIOGRAFIA
AZEVEDO, F. de. A cultura brasileira. 5ª ed., revista e ampliada. São Paulo:
Melhoramentos, editora da USP, 1971.
BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo:
Cortez, 2002.
162
_________________. Recorte e colagem: influência de John Dewey no ensino
da arte no Brasil. São Paulo: Cortez, 1989.
_________________. A imagem no ensino da arte: anos oitenta e novos
tempos. São Paulo: Perspectiva, 1996.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.
BUORO, A. B. Olhos que pintam: a leitura da imagem e o ensino da arte. São
Paulo: Educ/Fapesp/Cortez, 2002.
DUARTE JUNIOR, J. F. Fundamentos estéticos da educação. 4.ed. Campinas,
SP: Papirus, 1995.
___________________. O sentido dos sentidos: a educação (do) sensível.
Curitiba: Criar, 2001.
FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino de arte. 2.ed. São Paulo:
Cortez, 1993.
FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de janeiro: Zahar, 1979.
KOUDELA, I. D. Jogos teatrais. 4.ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.
MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo.SP: Cortez, 2005.
PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
163
PILLAR, A. D. (org.). A educação do olhar e o ensino das artes. Porto Alegre:
Mediação, 1999.
PILLAR, A. D. A educação do olhar no ensino da arte. In: BARBOSA, A. M. (org.).
Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo, Cortez, 2002.
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte.
Curitiba: SEED, 2008.
164
8.2.2 ENSINO MÉDIO COM ORGANIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS EM BLOCOS
De acordo com a instrução normativa nº 021/08, o nosso
estabelecimento de ensino adotou a grade curricular para o Ensino Médio por blocos
de disciplinas semestrais, com implantação simultânea (diurno e noturno). Dentro de
cada série, cada bloco terá 400h/a distribuídos em 100 dias letivos.
165
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 18/LONDRINA MUNICÍPIO: 2260/ROLÂNDIA
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL PROF. FRANCISCO VILLANUEVA – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
ENDEREÇO: RUA IRACEMA, 266 – VILA OLIVEIRA
FONE: (43) 3256-1825
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0010 – ENSINO MÉDIO ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS
TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: (Simultânea)
1ª, 2ª e 3ª SÉRIES
BLOCO 1 H.A. BLOCO 2 H.A.
BIOLOGIA 04 ARTE 04
EDUCAÇÃO FÍSICA 04 FÍSICA 04
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06
LEM – Espanhol* 04 SOCIOLOGIA 03
LEM - Inglês 04 QUÍMICA 04
LÍNGUA PORTUGUESA 06
Total Semanal 29 Total Semanal 25
OBSERVAÇÕES:Matriz Curricular de acordo com a LDB N.º 9394/96.* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário, no CELEM.
166
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 18/LONDRINA MUNICÍPIO: 2260/ROLÂNDIA
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL PROF. FRANCISCO VILLANUEVA – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL
ENDEREÇO: RUA IRACEMA, 266 – VILA OLIVEIRA
FONE: (43) 3256-1825
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0010 – ENSINO MÉDIO ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS
TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011
FORMA: (Simultânea)
1ª, 2ª e 3ª SÉRIES
BLOCO 1 H.A. BLOCO 2 H.A.
BIOLOGIA 04 ARTE 04
EDUCAÇÃO FÍSICA 04 FÍSICA 04
FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04
HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06
LEM – Espanhol* 04 SOCIOLOGIA 03
LEM - Inglês 04 QUÍMICA 04
LÍNGUA PORTUGUESA 06
Total Semanal 29 Total Semanal 25
OBSERVAÇÕES:Matriz Curricular de acordo com a LDB N.º 9394/96.Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário, no CELEM.
167
ENSINO MÉDIO COM ORGANIZAÇÃO DAS DISCIPLINAS EM BLOCOS
MATEMÁTICA
EMENTA
Matemática: vem do grego mathema que significa aprendizagem. O
ensino de matemática, assim como todo ensino, contribui para as transformações
sociais não apenas através da socialização do conteúdo matemático, mas também
através de uma dimensão política que é intrínseca a essa socialização. Trata-se da
dimensão política contida na própria relação entre conteúdo matemático e a forma
de sua transmissão e assimilação.
Devido à globalização, faz-se necessário entender a Matemática
como ciência no sentido de desenvolver o raciocínio abstrato lógico, contribuindo na
conceitualização e abstração dos conteúdos, bem como ferramenta de auxílio que
constitui um conjunto de técnicas e estratégias para serem aplicadas em outras
áreas e em situações cotidianas.
À parte de situações motivadoras, é possível despertar no aluno
maior interesse em se apropriar do conhecimento matemático, possibilitando a ele
condição de aprender a aprender, tornando-se autônomo ao longo do processo de
ensino-aprendizagem.
Essa autonomia certamente refletirá em sua vida, levando-o a agir
na sociedade em que vive, atuando como cidadão em busca de novos
conhecimentos e soluções para as situações do seu dia a dia.
Os conteúdos estruturantes desenvolvidos na disciplina de
Matemática serão:
• Números e Álgebra;
• Geometria;
• Tratamento da informação;
• Funções.
168
OBJETIVOS GERAIS
A matemática no Ensino Médio visa levar o aluno a:
• Analisar, argumentar e se posicionar criticamente em relação a temas de
ciências e tecnologia, identificando em dada situação problema informações
relevantes e elaborar possíveis estratégias de resolução, fazendo conexão
com outras áreas de conhecimento;
• Promover a realização pessoal, mediante as suas capacidades matemáticas,
às atitudes de autonomia e cooperação que subsidiará estudos posteriores;
• Representar, comunicar, ler, interpretar e produzir textos nas diversas
linguagens e formas textuais características dessa área do conhecimento;
• Investigar e compreender através do enfrentamento e resolução de situações-
problema, utilizando conceitos e procedimentos peculiares do fazer e pensar
matematicamente;
• Analisar criticamente a matemática no âmbito sociocultural que envolve
questões do mundo a serem respondidas ou transformadas por meio do
pensar e do conhecimento científico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números e Álgebras;
Funções;
Grandezas e Medidas;
Tratamento da Informação;
Geometria
CONTEÚDOS BÁSICOS
1ª SÉRIE – BLOCO2
1º BIMESTRE
169
• Números e Álgebra
Revisão de conteúdos;
Conjuntos Numéricos;
Introdução à teoria dos conjuntos.
• Funções
Função Afim;
Função Modular;
Função Quadrática;
Geometria Plana.
• Grandezas e Medidas
Medidas de Área;
Grandezas Vetoriais, informática e energia.
2º BIMESTRE
• Funções
Função Exponencial;
Função Logarítmica;
Progressão Aritmética;
Progressão Geométrica.
• Tratamento da Informação
Matemática Financeira.
2ª SÉRIE – BLOCO 2
1º BIMESTRE
170
• Tratamento de Informação
Análise Combinatória;
Binômio de Newton;
Teoria das Probabilidades;
Estatística.
2º BIMESTRE
• Funções
Função Trigonométrica.
• Números e Álgebras
Matrizes;
Determinantes;
Sistemas Lineares.
3ª SÉRIE – BLOCO 2
1º BIMESTRE
• Números e Álgebra
Números Complexos.
• Geometria
Geometria Plana;
Geometria Espacial.
2º BIMESTRE
• Números e Álgebra
171
Polinômios.
• Geometria
Geometria Analítica;
Noções básicas de Geometria não-euclidiana.
METODOLOGIA
Sempre que possível, os conteúdos matemáticos serão
desenvolvidos através de situações problemas reais, onde o aluno deverá ler e
interpretar, buscando uma solução. O professor orientará o aluno para a solução.
Durante este trabalho, o professor correlacionará estes conteúdos
com as outras disciplinas. A cada situação-problema o aluno deverá formular
hipóteses, elaborar um plano de resolução, executar este plano e ao final testar
estes resultados.
Á medida que professor e aluno se utilizam de outros meios
(tecnológicos/concretos) para enfocar o conteúdo, a compreensão dos mesmos
torna-se mais clara e rápida, levando o aluno a perceber, talvez sozinho,
características ainda não estudadas.
A mídia (textos/vídeos), as calculadoras e os computadores ganham
importância natural como recursos que permitem a abordagem de problemas com
dados reais e requerem habilidades de seleção e análise de informações.
Uma vez que interdisciplinaridade significa articular, integrar e
sistematizar fenômenos e teoria dentro de uma ciência, entre as várias ciências e
áreas do conhecimento, serão desenvolvidos projetos e mini projetos visando
reconhecer relações entre a matemática e as outras áreas do conhecimento,
percebendo sua presença nos mais variados campos de estudo e da vida humana.
A construção de um conceito matemático será iniciada através de
situações “reais” sempre possíveis, que possibilitem ao aluno tomar consciência de
que já tem algum conhecimento sobre o assunto; a partir desse saber é que
estaremos promovendo a difusão e organização do conhecimento matemático.
Visando superar os entraves e o formalismo presente nas concepções anteriores de
172
ensino, os conteúdos serão retomados numa visão mais ampla do conhecimento
matemático de forma diferenciada.
Tomando por base as diretrizes do ensino médio, as aulas serão
planejadas embasadas no conceito dialético: Ação – Reflexão – Ação:
• Haverá uma sondagem dos conteúdos já apropriados pelos alunos para o
conhecimento do nível real de apropriação dos conteúdos dos alunos;
• As aulas serão claras e práticas, levando o aluno à reflexão e ao diálogo,
devendo também, garantir a construção completa de novos conhecimentos
através de metodologias claras e eficazes;
• Trabalhar-se-á em grupos para facilitar a monitoria;
• Solução de situações-problema do grupo, resolvidas pelo grupo;
• Os exercícios e problemas deverão ser resolvidos em sala de aula e em casa;
• Paralelamente à Educação Física, podemos trabalhar organização e
administração de equipes;
• Ao aluno compete pesquisar, estudar individualmente ou em grupo, resolver
os exercícios propostos em sala como em casa, estar de posse de materiais
necessários para um bom andamento e participação da aula;
• Os recursos metodológicos serão bastante diversificados, inclusive, utilizando
a história como fonte de conhecimento sobre a evolução da matemática,
levando o aluno ao hábito da leitura e a compreensão do contexto histórico
em que a matemática foi necessária;
• Trabalhar-se-á o uso do vocabulário específico da disciplina, bem como o uso
do dicionário;
• Confecção de cartazes envolvendo os conteúdos em estudo;
• Testes diagnósticos para que os alunos avaliem o quanto aprenderam e o que
é necessário ser recapitulado pelo professor para que se supere eventuais
dificuldades que surgirem ao longo do ano;
• Promoção de exposições orais e escritas sobre vários assuntos solicitando a
participação do aluno através de questionamentos;
• Apresentar à classe situações-problema interessantes e desafiadores,
dirigindo a discussão no sentido de que novas situações surjam, bem como a
utilização de problemas apresentados pelos alunos;
173
• Será permitido o uso de calculadora para facilitar cálculos, enfatizando-se o
uso correto da mesma nos cálculos;
• Alguns conteúdos serão fixados através de jogos, elaborados ou não pelos
próprios alunos, com o estabelecimento de normas e regras para o
desenvolvimento do ensino-aprendizagem;
• Apoiando-se em problemas concretos, o professor conduzirá o aluno à
solução do mesmo, dando ênfase ao processo de resolução (discussão e
comparação das estratégias utilizadas na obtenção das soluções) e o porquê
do resultado obtido;
• Construção de gráficos com o auxílio do papel quadriculado e, se possível, a
exposição dos mesmos;
• Uso de livros e textos de outras disciplinas, de jornais, revistas, etc, nos quais
o conteúdo matemático se apresente;
• Uso de materiais manipulativos permitindo ao aluno o desenvolvimento do
raciocínio lógico;
• Conversas e entrevistas com profissionais, enfatizando a aplicação do
conhecimento, motivando a aprendizagem.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte fundamental do processo ensino-
aprendizagem, em que o objetivo não é verificar (por meio de uma medição) a
quantidade de informações retidas pelo aluno ao longo de um determinado período,
já que não se concebe ensino como transmissão de conhecimento.
A avaliação deve servir como instrumento diagnóstico no processo
de ensino-aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de
todos os componentes desse processo: aluno, professor, conteúdo, metodologia e
instrumentos de avaliação. Portanto, as avaliações serão contínuas e diagnósticas,
para detectar as dúvidas que os alunos apresentem, facilitando a posição do
professor quanto a retomada de conteúdos.
Alguns itens que serão analisados:
• Observação com relação à participação do aluno durante as aulas;
174
• Observação da capacidade do aluno em expor suas ideias no decorrer das
atividades em sala de aula;
• Tarefa de casa;
• Tarefa de sala de aula;
• Trabalhos individuais;
• Trabalhos em grupo;
• Caderno;
• Seminários;
• Provas;
• Pesquisas que levem a trabalhos interdisciplinares enfocando leitura e
interpretação;
• Resolução de problemas encontrados em revistas e jornais;
Elaboração de problemas a partir de notícias e dados de jornais e revistas.
A recuperação paralela de conteúdos será feita sempre que houver
necessidade e poderá ser dada por meio de:
• Retomada de conteúdos dados;
• Resolução de exercícios complementares e diferenciadas;
• Atendimentos individuais;
• Monitoria;
• Pesquisas individuais ou em pequenos grupos;
• Uso de material manipulável.
BIBLIOGRAFIA
BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma
nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.
BOYER, C. B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blücher, 1996.
CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da matemática.4.ed. Lisboa: Gradiva,
2002.
175
D’AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates. Rio
Claro,n.2. Ano II, pág.15-19, mar.1989.
D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo
Horizonte: Autêntica, 2001.
DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas. São Paulo: Ática, 1989.
EVES, H. Introdução à história da matemática. Campinas, SP: UNICAMP, 1995.
GIOVANNI. J. R. Matemática fundamental, 2° grau: volume único. São Paulo:
FTD, 1994.
GUELLI, Oscar. A invenção dos números. São Paulo: Ática, 1992. (Contando a
história da Matemática)
IFRAH, G. Os números: a história de uma grande invenção. 7.ed. São Paulo:
Globo, 1994.
LUCKISI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar.14.ed. São Paulo: Cortez,
2002.
PAIVA, M. Coleção base: Matemática: volume único. Moderna, 1999.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações.2.ed. São
Paulo: Cortez, 1991.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Matemática.
Curitiba: SEED, 2008.
176
SOCIOLOGIA
EMENTA
A Sociologia é capaz de analisar os fatos sociais com objetividade
tendo duplo valor: pode aumentar o conhecimento que o ser humano tem de si
mesmo e da sua sociedade, e pode contribuir para a solução de problemas que ele
enfrenta.
A Lei 9.394/94 estabelece como uma das finalidades centrais do
Ensino Médio a construção da cidadania do educando, evidenciando, assim, a
importância do ensino de Sociologia no Ensino Médio. Tendo em vista que o
conhecimento sociólogo tem como atribuições básicas investigar, identificar,
descrever, classificar e interpretar/explicar todos os fatos relacionados à vida social,
logo permite instrumentalizar o aluno para que possa decodificar a complexidade da
realidade social.
Assim, podendo construir uma postura mais reflexiva e crítica diante
da complexidade do mundo moderno. Ao compreender melhor a dinâmica da
sociedade em que vive, poderá se perceber como elemento ativo, dotado de força
política e capacidade de transformar e, até mesmo, viabilizar, através do exercício
pleno de sua cidadania, mudanças estruturais que levem a um modelo de sociedade
mais justo e solidário.
Essa ciência tem teorias e métodos investigativos que lhe permitiram
acumular reflexões, interpretações, dados sobre os mais variados fenômenos
sociais.
Sendo assim, a personalidade que se pretende construir é a mais
racional possível, que tem a democracia como valor e igualdade social como meta
constante. Dessa forma, a cidadania, o trabalho e a cultura são conceitos
estruturantes da Sociologia atual.
OBJETIVO GERAL
Introduzir o aluno nas principais questões conceituais e
metodológicas das disciplinas de Sociologia, Antropologia e Política, é o objetivo
177
geral do estudo das ciências sociais no Ensino Médio. A Sociologia como campo
específico de estudo constituído durante o século XX deu origem a um novo campo
do saber voltado para a compreensão da vida do ser humano em grupo e para as
regras e fundamentos das sociedades, o que aconteceu somente a partir do
desenvolvimento da razão, da ciência e da sociedade industrial.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Mito e Filosofia;
Teoria do Conhecimento;
Ética;
Filosofia Política;
Filosofia da Ciência;
Estética.
CONTEÚDOS BÁSICOS
1º SÉRIE – BLOCO 2
1º BIMESTRE
• Pensamento científico e senso comum;
• Gênese sociológica;
• Cultura: criação ou apropriação;
• Economia: modos de produção;
• Política: relações de poder.
2º BIMESTRE
• Teorias sociológicas: Augusto Comte, Émile Durkheim, Weber, Marx;
• Sociólogos brasileiros;
• Capitalismo atual: processo de mundialização/globalização.
2ª SÉRIE – BLOCO 2
178
1º BIMESTRE
• Pensamento científico e senso comum;
• Gênese sociológica;
• Cultura: criação ou apropriação/diversidade, etnocentrismo, etnia;
• Economia: modos de produção / trabalho e desigualdade social;
• Política: relações de poder/alienação e ideologia.
2º BIMESTRE
• Instituições sociais: família, Estado, igreja, escola;
• Cultura e ideologia: cultura de massa, cultura erudita, cultura como
mercadoria;
• Ideologia e classes sociais.
3º SÉRIE – BLOCO 2
1º BIMESTRE
• Pensamento científico e senso comum;
• Gênese sociológica e função social da Sociologia;
• Cultura: diversidade, etnocentrismo, discriminação, xenofobia;
• Economia: capitalismo / globalização, desigualdade social;
• Política: ideologia, alienação: social, econômica e intelectual, direitos
humanos.
2º BIMESTRE
Movimentos sociais:
• cooperativismo, movimentos sociais urbanos e rurais, ONG's (3º setor),
movimentos mundiais, associações.
Sociedade, Poder e Política:
• Formação do Estado Moderno: a lei e as relações de poder, partidos políticos;
• Metodologia para trabalhos científicos (projetos).
179
Obs.: Os conteúdos do 2º bimestre podem ser trabalhados em forma de projetos.
METODOLOGIA
Para cada conteúdo, o professor deve eleger textos para uso próprio
e para uso do aluno; recursos audiovisuais, como filmes, fotografias, transparências,
cartazes, músicas, etc; dinâmicas de grupos; trabalhos como resultado final da
aprendizagem, pesquisas em instituições sociais, sobre a média, etc; dissertações
que reflitam os textos trabalhados, etc.
AVALIAÇÃO
Sabemos que a avaliação é uma prática social constante em nossa
sociedade, pois avaliamos coisas e pessoas. Não sendo só a escola portadora desta
prática, mas sim de todos os grupos sociais.
Na escola, a avaliação é um meio para aperfeiçoar o processo
educativo. Sendo assim, a avaliação deve ser contínua como um meio para
aperfeiçoar a metodologia do professor e o desempenho do aluno, deve ser
organizada, a partir de objetivo a longo, médio e curto prazo, e os critérios devem
estar claros para os avaliadores e para os avaliados. Neste sentido, a avaliação é do
professor e do aluno; e não apenas do aluno.
As atividades de avaliação podem ser processuais, ou seja, a cada
conteúdo trabalhado, estabelece quais práticas sociais quer desenvolver nos alunos.
Assim a oralidade, a escrita, a capacidade de argumentação, a capacidade de
pesquisar, entre outras. Na Sociologia, podemos diversificar as atividades de
avaliação nos utilizando de textos, filmes, pesquisas, seminários, provas
dissertativas e objetivas, entre outras.
A recuperação paralela será realizada, após a retomada de cada
conteúdo estudado e será feita continuamente em forma de trabalhos escritos.
BIBLIOGRAFIA
180
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 13.ed. São Paulo: Editora Ática, 2004.
____________. Filosofia. São Paulo, 2000.
FAUSTO, Boris. Trabalho urbano e conflito social. 4.ed. São Paulo: Editora Difel,
1986.
FERNANDES, Florestan. Mudanças Sociais no Brasil. 1.ed. São Paulo: Editora
Difel, 1974.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes,
1987.
GALLIANO, A. Introdução à Sociologia. São Paulo: Editora Harbra, 1981.
GIDDENS, Antony. Sociologia. Tradução de Sandra Regina. 4.ed. Porto Alegre:
Editora Artmed, 2005.
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo:
Pioneira, 1996.
FILOSOFIA
EMENTA
Atualmente, considera-se que a Filosofia pode se realizar tendo
como ponto de partida as interfaces com as disciplinas de História, Ciências, Arte e
Literatura, com intuito de compreendê-las melhor e de um modo mais amplo,
apresentando-se tanto como conteúdo filosófico, quanto como ferramenta que
possibilita o desenvolvimento do educando com um estilo próprio de pensamento.
181
Estes conteúdos, denominados estruturantes e específicos, ficaram
assim estabelecidos a partir do resgate do referencial teórico metodológico
construído na Diretriz Curricular de Filosofia, tendo como ponto de referência a
História da Filosofia e seu Ensino, buscando se localizar nos principais problemas a
tratar com os estudantes do Ensino Médio.
A Diretriz Curricular de Filosofia indica possíveis recortes a partir de
problemas sobre os quais cada conteúdo estruturante nos remete a pensar,
propondo, então, que a disciplina de Filosofia tem a função de articulação cultural
seguida de articulação do indivíduo enquanto personagem social, uma vez se
reconhecido que devemos entender que o autêntico processo de socialização requer
consciência e compreensão da identidade social, bem como uma análise crítica da
relação homem/mundo. A Filosofia procura tornar vivo o espaço escolar, em que
sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo e no embate entre as
diferenças a sua convivência e a construção da sua história.
OBJETIVOS GERAIS
• Introduzir o aluno do Ensino Médio de forma pluridimensional e democrática,
oferecendo-lhe a possibilidade de compreender a complexidade do mundo
contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações;
• Viabilizar interfaces com outras disciplinas para que o aluno compreenda a
Linguagem, Literatura, História, Ciências e Arte de uma forma ampla e crítica;
• Propiciar ao aluno um espaço de criação e provocação do pensamento
original, da busca, da compreensão, da imaginação da investigação, bem
como da criação de conceitos para que tome contato com os problemas
filosóficos atuais;
• Criar conceitos, unindo a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis
que darão vida ao ensino de “Filosofia”;
• Conscientizar o aluno de seu papel na sociedade e na construção de
consensos com relação à política do país;
• Aprender a articular os problemas da vida atual, relacionando-os com a
filosofia da vida.
182
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1ª SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
Mito e Filosofia:
• Saber mítico;
• Saber filosófico;
• Relação mito e filosofia;
• Atualidade do mito;
• O que é Filosofia.
2º BIMESTRE
Teoria do Conhecimento:
• Possibilidade do conhecimento;
• As formas de conhecimento;
• O problema da verdade;
• A questão do método;
• Conhecimento e lógica.
2ª SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
Ética:
• Ética e Moral;
• Pluralidade ética;
• Ética e violência;
• Razão, desejo e vontade;
183
• Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
2º BIMESTRE
Filosofia política:
• Relação entre comunidade e poder;
• Liberdade e igualdade política;
• Política e ideologia;
• Esfera pública e privada;
• Cidadania formal e/ou participativa.
3ª SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
Filosofia da Ciência:
• Concepção de ciência;
• A questão do método científico;
• Contribuição e limites da ciência;
• Ciência e ideologia;
• Ciência e ética.
2º BIMESTRE
Estética:
• Natureza da arte;
• Filosofia e arte;
• Categorias estéticas: feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc;
• Estética e sociedade.
184
METODOLOGIA
O trabalho do professor em sala de aula assegurará ao estudante a
experiência do específico da atividade filosófica, praticando e refazendo o percurso
filosófico, propondo problematizações, leituras filosóficas, análises de textos,
organizações de debates, pesquisas e sistematizações através de:
• Vídeo;
• Música;
• Textos complementares;
• Trabalho em grupo;
• Trabalho com pesquisas;
• Questionamentos para debates;
• Criatividade e imaginação;
• Elaboração de Conceitos partindo do pensamento original;
• Argumentação crítica;
• Investigação de conceitos;
• Experiência pessoal e subjetiva com atividades reflexivas de
compartilhamento no processo de construção de conceitos e valores de uma
forma crítica e investigativa;
Reflexão sobre problemas com significados históricos e sociais, estudados e
generalizados com textos filosóficos com intuito de obterem subsídios para que
possam pensar o problema, pesquisar, fazer relações e criar conceitos;
• Recorrendo à história da filosofia e aos clássicos, em que o estudante se
defronta com diferentes maneiras de enfrentar o problema e com as possíveis
soluções já elaboradas que embora não resolvam o problema, porém
orientam a discussão;
• Análise dos problemas sociais da atualidade para que assim possa dialogar
com a vida em uma abordagem contemporânea;
• Construção do próprio discurso filosófico, partindo de problemas atuais
ocorridos na sociedade dentro das esferas municipal, estadual, nacional e
internacional, tais como: violência, drogas, etnias, crime organizado, miséria,
185
diferenças de classes sociais, trabalho, democracia, direitos e deveres do
cidadão conforme Declaração Universal dos Direitos Humanos; Agricultura;
Indústria; Meio Ambiente; Política brasileira; Valores: respeito mútuo,
honestidade, família, solidariedade, cooperação, etc;
• Colocando em discussão e/ou debate textos filosóficos que ajudou os
filosóficos a entender e analisar filosoficamente o problema em questão,
trazendo-o para o presente com objetivo de fazer entender o que ocorre hoje
e como podemos, a partir da Filosofia, entender os problemas de nossa
sociedade e aprender criar situações para agir sobre os mesmos para assim
ocorrer mudanças e transformações;
• Dissertação;
• Produção de textos;
• Utilização do livro didático, uma vez que o mesmo se encontra incorporado
dentro de seus limites e possibilidades nos quatro momentos do Ensino de
Filosofia: A sensibilização; A Problematização; A Investigação e a Criação de
Conceitos;
• Consulta ao acervo da Biblioteca da escola;
• Consulta ao Portal Dia-a-Dia Educação, explorando os recursos de estudo e
pesquisa lá disponíveis.
AVALIAÇÃO
A Filosofia como prática, como discussão com o outro, como
construção de conceitos, encontra seu sentido na experiência de pensamento
filosófico. Entende-se por experiência esse acontecimento inusitado que o educador
pode propiciar, preparar, porém, não determinar e, menos ainda, avaliar ou medir.
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica de
subsidiar e redirecionar o curso da ação no processo de ensino-aprendizagem,
enfocando a garantia da qualidade do ensino, enquanto professores, estudantes e
instituição escolar, os quais realizam a construção coletivamente.
186
O ensino de filosofia é, acima de tudo, um grande desafio, no qual a
avaliação feita pelo professor deverá respeitar as posições e argumentações do
aluno.
A recuperação paralela será realizada, após a retomada de cada
conteúdo estudado e será feita continuamente de forma diversificada.
BIBLIOGRAFIA
ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio
como experiência filosófica. In: CADERNOS CEDES, n° 64. A Filosofia e seu
ensino. São Paulo: Cortez; Campinas, CEDES, (2004).
BACHELARD, G. O ar e os sonhos. Ensaios sobre a imaginação do movimento.
Tradução Antônio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
BRASÍLIA, Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares do Ensino
Médio. Brasília: MEC/SEB, 2004.
CORBISIER, R. Introdução à Filosofia. Vol 1. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1986.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é Filosofia? Tradução de Bento Prado Jr. E
Alberto Alonso Muñoz. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. 288 p. (Coleção Trans.) – Título
original: Qu’est-ce que la philosophie?
GALLO, S.; KOHAN, W. O. (Orgs.). Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes,
2000.
LANGON M. Filosofia do ensino de Filosofia. In: Gallo, S.; CORNELLI, G.;
DANELON, M. (Org.) Filosofia do ensino de Filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003.
187
REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia: Patrística e Escolástica. São
Paulo: Paulus, 2003.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Filosofia.
Curitiba: SEED, 2008.
LÍNGUA PORTUGUESA
EMENTA
A língua deve ser concebida como um conjunto aberto e múltiplo de
práticas sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos
historicamente situados.
Pensar a linguagem desse modo é perceber que ela não existe em
si, mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento
constitutivo dessas múltiplas relações e nelas se constitui continuamente.
Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos
históricos e como realidades psíquicas em meio a essa intrincada rede de relações
sócio-verbais e pela interiorização da própria dinâmica da interação sócio-verbal.
Somos, nesse sentido, seres de linguagem, constituídos e vivendo
num complexo feixe de relações sócio-verbais. De forma alguma, podemos ser
compreendidos como meros aplicadores de regras de um sistema gramatical; ou
como meros reprodutores de um certo monumento linguístico cristalizado; ou, ainda,
como meros usuários de um instrumento externo a nós.
Desse modo, ensinar português é, fundamentalmente, oferecer
aos/às alunos/as a oportunidade de amadurecer e ampliar o domínio que eles/elas já
têm das práticas de linguagem. Em língua materna, a escola, obviamente, nunca
parte do zero: os/as alunos/as têm uma experiência acumulada de práticas de fala e
188
de escrita. Cabe-nos, no entanto, criar condições para que esse domínio dê um salto
de qualidade, tornando-se mais maduro e mais amplo.
Ao término do Ensino Médio é fundamental que nossos/as alunos/as
tenham adquirido efetiva autonomia naquelas práticas de linguagem que devem ser
de domínio comum de todos os cidadãos.
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva
nas diferentes instâncias sociais, acorda-se que o objeto de estudo da disciplina é a
Língua e o Conteúdo Estruturante de Língua Portuguesa e Literatura é o discurso
enquanto prática social (leitura, escrita e oralidade).
O discurso é muito mais que mera mensagem, como um simples
esquema em que há emissor, receptor, código, referente mensagem. Como postula
Bakhtin (1996), o discurso não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese sempre
numa atitude responsiva a outros textos. Os discursos jamais são concebidos
dissociados de uma realidade material, são formados por diferentes vozes que, por
sua vez, representam ideologias muitas vezes contraditórias, opostas, justificadas
pelo seu uso em diferentes esferas sociais, (Barros, 2001).
É no contexto das práticas discursivas que se farão presentes os
conceitos oriundos da Linguística, Sociolinguística, Semiótica, Pragmática, Estudos
Literários, Semântica, Morfologia, Sintaxe, Fonologia, Análise do Discurso,
Gramáticas normativa, descritiva, de usos, entre outros, de modo a contribuir com o
aprimoramento da competência linguística dos estudantes.
OBJETIVOS GERAIS
Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva
nas diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão o processo de
ensino:
• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos
do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
189
• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, os gêneros e suportes textuais, além do contexto de produção/leitura;
• refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar o
gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na
sua organização;
• aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, bem como propiciar pela Literatura a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da
oralidade, da leitura e da escrita;
• reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a propiciar
acesso aos recursos de expressão e compreensão de processo discursivos,
como condição para tornar o aluno capaz de enfrentar as contradições sociais
em que está inserido e para a afirmação da sua cidadania, como sujeito
singular e coletivo.
É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles
decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se
inicia na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota
no período escolar, mas se estende por toda a sua vida.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O Conteúdo Estruturante da disciplina de Língua Portuguesa e
Literatura é o discurso como prática social.
CONTEÚDOS BÁSICOS
1º SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
Gêneros:
190
• Poema (leitura, escrita, oralidade);
• Haicai (leitura, escrita, oralidade);
• Anúncio publicitário (leitura, escrita);
• Carta do leitor (leitura, escrita);
• Romance (leitura).
Conteúdos básicos:
• conteúdo temático;
• interlocutor;
• intencionalidade;
• intertextualidade;
• vozes sociais;
• elementos composicionais do gênero;
• marcas linguísticas do gênero;
• adequação do discurso ao gênero;
• variações linguísticas;
• temporalidade;
• semântica;
• progressão referencial;
• ideologia presente no texto;
• situacionalidade;
• informatividade;
• relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
2º BIMESTRE
Gêneros:
• Crônica (leitura, escrita);
• Romance (leitura).
Conteúdos básicos:
191
• conteúdo temático;
• intencionalidade;
• intertextualidade;
• informatividade;
• elementos composicionais do gênero;
• marcas linguísticas do gênero;
• semântica;
• situacionalidade;
• temporalidade;
• variações linguísticas.
2º SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
Gêneros:
• Conto (leitura, escrita);
• Seminário (oralidade);
• Poema (leitura).
Conteúdos básicos:
• conteúdo temático;
• interlocutor;
• intencionalidade;
• intertextualidade;
• vozes sociais;
• elementos composicionais do gênero;
• marcas linguísticas do gênero;
• adequação do discurso ao gênero;
• elementos extralinguísticos;
• semântica;
192
• variações linguísticas;
• papel do locutor e interlocutor;
• temporalidade.
2º BIMESTRE
Gêneros:
• Artigo de opinião (leitura, escrita);
Romance (leitura);
• Resumo (escrita).
Conteúdos básicos:
• conteúdo temático;
• interlocutor;
• intencionalidade;
• intertextualidade;
• vozes sociais;
• elementos composicionais do gênero;
• marcas linguísticas do gênero;
• adequação do discurso ao gênero;
• temporalidade;
• semântica;
• variações linguísticas
• progressão referencial;
• ideologia presente no texto;
• situacionalidade;
• informatividade;
• relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
3º SÉRIE – BLOCO 1
193
1º BIMESTRE
Gêneros:
• Romance (leitura);
• Editorial (leitura, escrita).
Conteúdos básicos:
• conteúdo temático;
• interlocutor;
• intencionalidade;
• intertextualidade;
• vozes sociais;
• elementos composicionais do gênero;
• marcas linguísticas do gênero;
• adequação do discurso ao gênero;
• temporalidade;
• semântica;
• variações linguísticas;
• progressão referencial;
• ideologia presente no texto;
• situacionalidade;
• informatividade;
• relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
2º BIMESTRE
Gêneros:
• Paródia (escrita);
• Romance (leitura);
• Resumo (escrita);
• Texto argumentativo (escrita).
194
Conteúdos básicos:
• conteúdo temático;
• interlocutor;
• intencionalidade;
• intertextualidade;
• vozes sociais;
• elementos composicionais do gênero;
• marcas linguísticas do gênero;
• adequação do discurso ao gênero;
• temporalidade;
• semântica;
• variações linguísticas;
• progressão referencial;
• ideologia presente no texto;
• situacionalidade;
• informatividade;
• relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
METODOLOGIA
O trabalho com os gêneros discursivos deve contemplar as práticas
de leitura, oralidade, escrita e análise linguística.
Tendo em vista que a fala é a prática discursiva mais empregada, é
preciso criar condições para que o estudante perceba que todos os níveis de
expressão são legítimos. Contudo, faz-se necessária a apropriação da variedade
padrão, uma vez que é a que tem prestígio social e é empregada em determinados
contextos sociais. Portanto, é imprescindível que o professor proponha atividades
que leve o estudante a refletir sobre os usos da linguagem nos diferentes contextos
195
e situações; a fala com fluência em situações formais, adequar a linguagem ao
contexto e aproveitar os recursos expressivos da língua.
Segundo as Diretrizes Curriculares (2008), “É desejável que as
atividades com a escrita se realizem de modo interlocutivo, que elas possam
relacionar o dizer escrito às circunstâncias de sua produção”. Em outras palavras,
isso significa que as atividades de produção textual devem corresponder à prática
social do gênero em estudo, uma vez que prepara o estudante para exercer seu
papel na sociedade.
Segundo Antunes (2003), a produção escrita envolve a ampliação de
leituras sobre a temática proposta, planejamento, escrita, revisão e reescrita dos
textos. Desta forma o estudante aprimora sua competência de escrita ao apreender
os mecanismos da organização da linguagem escrita.
A leitura, numa concepção sociointeracionista de linguagem, é vista
como um ato dialógico, interlocutivo. Assim, o leitor, ao interagir com o texto,
desenvolve uma atitude responsiva diante do que lê. Quanto maior seu repertório de
leituras, melhor será sua interação com o texto.
Assim, o professor deve oferecer aos estudantes o contato com os
mais variados gêneros da esfera social e considerar, na interpretação e
compreensão de um texto, o contexto de produção sócio-histórico, a finalidade do
texto, o interlocutor, o gênero, o suporte, o conhecimento de mundo do estudante, os
conhecimentos linguísticos, além do diálogo com outros textos e linguagens.
A análise linguística deve perpassar as práticas de leitura, escrita e
oralidade. Portanto, cabe o professor selecionar o gênero que pretende trabalhar e,
depois de explorar o conteúdo temático e o contexto de produção/circulação,
analisar, por meio de atividades, as marcas linguístico-enunciativas presentes no
gênero em estudo.
LITERATURA
Nos estudos literários recentes, o autor e a obra deixaram de ser,
exclusivamente, os elementos que propiciam a compreensão do fenômeno literário,
196
cedendo lugar ao leitor ou à recepção. Nessa perspectiva, o leitor assume o papel
de interlocutor, atualizando a obra no ato da leitura.
Partindo dos pressupostos da Estética da Recepção, a Literatura
será abordada segundo os passos do Método Recepcional, de Aguiar e Bordini, a
saber: 1º determinação do horizonte de expectativas; 2º atendimento do horizonte de
expectativas; 3º ruptura dos horizontes de expectativas; 4º questionamento do
horizonte de expectativas; 5º ampliação do horizonte de expectativas.
Há que se considerar também, no trabalho com a Literatura, o
diálogo da obra literária com outros textos, formas de linguagem e campos do
conhecimento, o que torna mais significativa a leitura de obras literárias.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser compreendida como conjunto de ações
organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu,
de que forma e em quais condições. Deve funcionar, por um lado, como instrumento
que possibilite ao professor analisar criticamente sua prática educativa; e por outro,
com instrumento que apresente ao aluno a possibilidade de conhecer seus avanços
e dificuldades.
Nesse sentido, deve ocorrer durante todo o processo de ensino e
aprendizagem, e não apenas em momentos específicos.
Por se caracterizar como uma proposta à compreensão que o aluno
tem sobre os aspectos do conhecimento a serem trabalhados, é também,
responsiva, atuando como elemento balizador das pautas interacionais e das
intervenções pedagógicas, sendo dialeticamente constitutiva dos sujeitos envolvidos
no processo de aprendizagem.
A recuperação paralela de estudos será ofertada a todos os alunos,
independentemente do rendimento, logo após a utilização de um instrumento
avaliativo (qualitativa e/ou quantitativamente) ou no final do bimestre.
BIBLIOGRAFIA
197
ANTUNES, Irandé. Aula de Português: Encontro & Interação. São Paulo: Parábola
Editorial, 2003.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução De Michel Lahud
e Yara Frateschi. São Paulo: Hicitec, 1986.
BARROS, Diana Luz Pessoa. Contribuições de Bakhtin às teorias do texto e do
discurso. In: Faraco, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de; JEZZA, Cristóvão
(Orgs.) Diálogos com Bakthin. Curitiba: Ed. Da UFPR, 2001.
FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua
organização. In: KUENZER, Acácia (Org.). Ensino Médio. Construindo uma
proposta para os que vivem do trabalho.3.ed. São Paulo: Cortez, 2002.
_____________________. Português: língua e cultura. Curitiba: Base, 2003.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Língua Portuguesa.
Curitiba: SEED, 2008.
ZILBERMAN, Regina. Estética da Recepção e História da Literatura. São Paulo:
Ática, 1989.
ARTE
EMENTA
Entende-se a Arte como geradora de expressões sensíveis, que ao
longo dos séculos propicia ao homem a descoberta das grandes ideias, juntamente
com a apreciação de seus sentidos. Sabe-se que, através da arte, o ser humano
198
pode tornar visível ou sensível, seu pensamento, sentimento, percepção, que até em
determinado momento lhe era subjetiva, ou seja, a arte permite a troca de
expressões através da visão, tato, olfato, gustação, audição e intuição.
Na história humana e em todas as culturas, podemos constatar a
presença da arte, em objetos utilitários, rituais, expressões dramáticas e musicais.
Por isso é necessário que o indivíduo entre em contato com arte, apropriando-se de
saberes culturais e estéticos para sua formação e desempenho social.
Sabe-se que não existe arte sem pensamento racional, nem ciência
sem imaginação e sensibilidade. Tanto uma como a outra são ações criadoras,
produtos que expressam as representações de diferentes culturas no percurso da
história.
É esperado que o ensino de artes, enquanto elemento envolvedor do
ser humano em todas as suas experiências sensoriais, perceptíveis, intelectuais,
proporcione ao homem algo mais que o simples fazer automatizado. Espera-se que,
através da arte, haja um crescente desenvolvimento da capacidade perceptiva e
expressiva junto à educação.
OBJETIVO
Despertar a percepção em relação às condições contemporâneas, empregando a
arte como objeto de diferencial estético na apreensão do mundo;
• Entender a arte enquanto expressão dos sentimentos, como comunicação
sensorial, em que cada pessoa projeta e absorve informações do seu ponto
de vista existencial;
• Estabelecer relações entre a produção visual de um período e os reflexos na
sociedade desta época;
• Perceber a riqueza existente nos sons cotidianos, direcionando a ouvir ao
apreciar constante de produções sonoras, desenvolvendo também a
capacidade de improvisar;
• Levar o aluno à percepção de formas visuais, sonoras e gestuais, através do
uso da observação, imaginação e articulação dos elementos na estrutura
formal;
199
• Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;
• Contextualizar a arte como fato histórico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1ª SÉRIE – BLOCO 2
ÁREA – MÚSICA
Elementos formais e composição:
• Altura, duração, timbre, intensidade, densidade, ritmo, melodia, harmonia,
escalas, técnicas (vocal, instrumental, eletrônica, improvisação, etc) e
gêneros (erudito, clássico, popular, étnico, etc).
Movimentos e períodos:
• MPB (Música Popular Brasileira), Hip Hop (música engajada), Vanguarda,
Música Oriental e Latino-Americana.
ÁREA – ARTES VISUAIS
Elementos Formais e composição:
• Ponto, linha, forma, textura, superfície, cor, luz, estilização, deformação,
simetria, ritmo visual, contrastes, perspectiva, abstrato, figurativo,
bidimensional, tridimensional, técnicas (pintura, desenho, modelagem, etc) e
gêneros (natureza morta, histórica, religiosa, etc).
Movimentos e períodos:
• Arte Ocidental, Arte Oriental e Arte Africana.
ÁREA – DANÇA
Elementos Formais e Composição:
200
• Movimento corporal, tempo, espaço, kinesfera, fluxo, peso, eixo, salto e
queda, giro, rolamento, movimentos articulares (lento, rápido e moderado),
aceleração e desaceleração, deslocamento, direção, planos, coreografia,
improvisação e gêneros (espetáculo, étnica, folclórica, populares, etc).
Movimentos e períodos:
• Pré-história, Greco-romana e Medieval.
ÁREA – TEATRO
Elementos Formais e Composição:
• Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais), aço, espaço,
técnicas (jogos teatrais, mímica, roteiro, encenação, leitura dramática, etc),
cenografia iluminação, caracterização, sonoplastia, figurino e direção.
Movimentos e Períodos:
• Teatro Greco- Romano e Teatro Medieval.
2ª SÉRIE – BLOCO 2
ÁREA – MÚSICA
Elementos Formais e Composição:
• Altura, duração, timbre, intensidade, densidade, ritmo, melodia, harmonia,
escalas, técnicas (vocal, instrumental, eletrônica, improvisação, etc) e
gêneros (erudito, clássico, popular, étnico, etc).
Movimentos e Períodos:
• MPB ( Música Popular Brasileira), Música Africana e Latino-Americana.
201
ÁREA – ARTES VISUAIS
Elementos Formais e Composição:
• Ponto, linha, forma, textura, superfície, cor, luz, estilização, deformação,
simetria, ritmo visual, contrastes, perspectiva, abstrato, figurativo,
bidimensional, tridimensional, técnicas (pintura, desenho, modelagem, etc) e
gêneros (natureza morta, histórica, religiosa, etc).
Movimentos e Períodos:
• Arte Ocidental ( séc. XIV ao XIX), Arte de Vanguarda e Arte Contemporânea.
ÁREA – DANÇA
Elementos Formais e Composição:
• Movimento corporal, tempo, espaço, kinesfera, fluxo, peso, eixo, salto e
queda, giro, rolamento, movimentos articulares (lento, rápido e moderado),
aceleração e desaceleração, deslocamento, direção, planos, coreografia,
improvisação e gêneros (espetáculo, étnica, folclórica, populares, etc).
Movimentos e Períodos:
• Renascimento, dança clássica, dança moderna, vanguardas, dança
contemporânea.
ÁREA – TEATRO
Elementos Formais e Composição:
• Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais), aço, espaço,
técnicas (jogos teatrais, mímica, roteiro, encenação, leitura dramática, etc),
cenografia iluminação, caracterização, sonoplastia, figurino e direção.
Movimentos e Períodos:
202
• Teatro Renascentista, Teatro Realista, Teatro Simbolista e Teatro de
Vanguarda.
3ª SÉRIE – BLOCO 2
ÁREA – MÚSICA
Elementos Formais e Composição:
• Altura, duração, timbre, intensidade, densidade, ritmo, melodia, harmonia,
escalas, técnicas (vocal, instrumental, eletrônica, improvisação, etc) e
gêneros (erudito, clássico, popular, étnico, etc).
Movimentos e Períodos:
• MPB (Música Popular Brasileira), Música Paranaense, Música Oriental e
Latino-Americana.
ÁREA – ARTES VISUAIS
Elementos Formais e composição:
• Ponto, linha, forma, textura, superfície, cor, luz, estilização, deformação,
simetria, ritmo visual, contrastes, perspectiva, abstrato, figurativo,
bidimensional, tridimensional, técnicas (pintura, desenho, modelagem, etc) e
gêneros (natureza morta, histórica, religiosa, etc).
Movimentos e Períodos:
• Arte Brasileira, Arte Paranaense e Arte Contemporânea.
ÁREA – DANÇA
Elementos Formais e Composição:
• Movimento corporal, tempo, espaço, kinesfera, fluxo, peso, eixo, salto e
queda, giro, rolamento, movimentos articulares (lento, rápido e moderado),
203
aceleração e desaceleração, deslocamento, direção, planos, coreografia,
improvisação e gêneros (espetáculo, étnica, folclórica, populares, etc).
Movimentos e Períodos:
• Dança Indígena, Dança Contemporânea, Dança Popular Brasileira, Dança
Paranaense, Hip Hop (Street Dance).
ÁREA – TEATRO
Elementos Formais e Composição:
• Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais), aço, espaço,
técnicas (jogos teatrais, mímica, roteiro, encenação, leitura dramática, etc),
cenografia iluminação, caracterização, sonoplastia, figurino e direção.
Movimentos e Períodos:
• Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro Engajado e Teatro Popular.
METODOLOGIA
Os conteúdos elencados em artes são os que contemplam os
objetivos que favoreçam aos alunos o interesse pela “aventura” de conhecer e fazer
arte.
A arte pode ser aquilo que nos distingue dos outros. A arte é um modo
de nos aproximarmos dos outros e de nos integrarmos .
Os elementos plásticos, sonoros e teatrais têm como objetivo,
alfabetizar o educando (processo que tem início no ensino fundamental) o
conscientizando melhor da utilização desses elementos nas linguagens artísticas no
cotidiano.
A partir do reconhecimento dos elementos das diferentes linguagens,
será necessário que o aluno aplique esses conceitos nas suas composições
sonoras, plásticas e teatrais.
204
O estudo da História da Arte será necessário para que o educando
entre em contato com as produções artísticas existentes no decorrer da História,
ampliando com isso o seu conhecimento artístico.
Através da expressão artística (teatro, música, dança e artes
plásticas), têm, as pessoas, a possibilidade de criar, melhorando a percepção em
relação à materiais da natureza e do mundo cultural, utilizando-se de técnicas e
tecnologias variadas, aplicando-as a essas composições, podendo incluir o
conhecimento e sensibilidade adquiridos através da História da Arte.
Os educandos da escola média, ao fazerem, analisarem, e
apreciarem artisticamente suas elaborações por meios das linguagens, aprendem a
reconhecer e compreender uma variedade de significado, de interferências culturais,
econômicas, políticas que aparecem nas manifestações culturais.
Através dos elementos da linguagem, da composição e da História
da Arte, os educandos estarão mais prontos a realizar, apreciar e analisar produções
e manifestações artísticas, tornando-as mais sensíveis, expressivas, comunicativas
e críticas no que diz respeito a sua vida e ao seu mundo.
Tem como proposta também colaborar com projetos educacionais
de outras disciplinas, bem como das especificidades de cada uma delas,
proporcionando a interdisciplinaridade e trânsito entre fronteira de conhecimento,
objetivando uma educação transformadora e responsável, preocupada com a
formação e identidade dos indivíduos.
Partindo do pressuposto que arte forma integralmente o homem
adaptando-o ao meio social, estimulando-o a uma atividade criadora diante de todas
as manifestações de vida, capacitando-o a se situar dentro da cultura de sua época,
tendo como objetivo integrador capacitar o aluno a reagir criativamente a novos
estímulos e à situações novas buscando a imaginação, originalidade,
espontaneidade, inventividade e concentração.
Segundo esta gama de possibilidades a arte não é apenas
instrumental, deve ser base de qualquer educação. Exatamente o desenvolvimento
do raciocínio espacial da linguagem gráfica e volumétrica, e a própria alfabetização
visual é o que possibilita uma global compreensão de qualquer conteúdo curricular.
205
Tendo os pressupostos teóricos como referência, devemos pensar
na metodologia que pode ser concebida como “A arte de dirigir o espírito na
investigação da verdade”, (FERREIRA, 1986). Este é o elemento da pedagogia que
está mais intimamente ligado à prática em sala de aula.
Quando se trata de metodologia, é preciso direcionar o pensamento
para o método a ser aplicado: para quem, como, porque e o quê. O trabalho em sala
de aula deve se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte: sua relação é
de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras
artísticas. No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. Desta forma,
devemos contemplar na metodologia estas três dimensões, ou seja, devemos
estabelecer o eixo o trabalho artístico, que é o fazer; o sentir e perceber, que são as
formas de leitura e o conhecimento que fundamenta e possibilita ao aluno um
sentir/perceber e um trabalho mais sistematizado, superando o senso comum do
conhecimento empírico.
A seguir, apresentamos cada um desses três eixos, lembrando que
os eixos se constituem uma totalidade, podendo ser trabalhados separadamente ou
simultaneamente de forma que no final das atividades com conteúdos, todos tenham
sido trabalhados com os alunos.
1. Sentir e perceber
Possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas para que possam
se familiarizar com as diversas formas de produção de arte. Envolve também a
leitura dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética.
O trabalho é de possibilitar o acesso e mediar esta leitura com o
conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras de arte e a
realidade, transcendendo as aparências, aprendendo dessa forma parte da
totalidade da realidade social.
2. Conhecimento estético
206
Este é o momento da cognição, quando a racionalidade opera para
apreender o conhecimento historicamente produzido sobre a arte.
A arte é estruturada por um saber, que tem uma origem, e que cada
conteúdo tem sua história. Isto deve ser conhecido para melhor compreensão por
parte do aluno; para que ele possa conhecer como se organizam as várias formas
de se produzir arte, e como a sociedade se estrutura historicamente.
3. Trabalho artístico
A prática artística é a expressão do aluno, é o momento do
exercício, da imaginação e da criação, pois o processo de produção do aluno ocorre
quando ele interioriza e se familiariza com os processos artísticos e humaniza os
sentidos.
O momento de planejar as aulas com recursos e metodologias
específicas para cada um dos três eixos.
Em todos os momentos, é necessário tratar do conhecimento
estético, para que o aluno faça, sabendo o que e o porque está fazendo. Para
complementar o eixo sentir e perceber, é fundamental que os alunos tenham contato
com as produções culturais existentes como: teatro, festivais de música, visita em
museus, etc.
Neste trabalho, podemos perceber que os três eixos metodológicos
foram tratados na seguinte ordem metodológica: trabalho artístico, conhecimento
estético, sentir/perceber.
Estes três elementos se completam na medida que:
- A História da Arte é a “informação e formação estética de todas
as classes sociais, proporcionando à multiculturalidade brasileira uma
aproximação de códigos culturais de diferentes grupos”, (Ana Mae Barbosa);
- O fazer artístico nos encaminha ao ato de criar. “Criar é
basicamente formar. É poder dar uma forma a algo novo. Em qualquer que
seja o campo de atividade, trata-se, nesse “novo”, de novas coerências que
estabelecem para a mente humana, fenômenos relacionados de modo novo e
compreendidos em termos novos. O ato criador abrange, portanto, a
207
capacidade de compreender; e esta, por sua vez, a de relacionar, ordenar,
configurar, significar”, (Fayga Ostrower);
- A leitura da obra de Arte ajuda a decodificar os códigos visuais
que foram feitos ao longo da História, podendo apreciá-los ou não.
AVALIAÇÃO
Entende-se a avaliação como um dispositivo que auxilia na
consolidação do ato pedagógico, diagnosticando a realidade para nela intervir e
promover mudanças.
A avaliação está presente em todos os momentos do ato
pedagógico, utilizando o processo de produção e socialização do saber na escola.
Ao avaliar a aprendizagem do aluno, o professor está também
avaliando a qualidade do trabalho pedagógico realizado. E através de seus
resultados, pode identificar o nível das elaborações dos alunos e o tipo de
dificuldades surgidas, para que se elaborem situações didáticas e sequências de
intervenções com os desafios (perguntas, leituras, estudos do meio...) necessários à
construção do conhecimento pelos alunos, portanto, a avaliação é compreendida
como processo de libertação do automatismo e valorização do papel de
mediador/provocador exercido pelo professor.
A avaliação existe enquanto processa para contribuir no
acompanhamento dinâmico das situações de aprendizagem e assegurar
oportunidades aos alunos para permanecerem na escola, jamais para excluí-las.
Avaliar implica em conhecer o aluno, suas relações com a
comunidade, os significados que atribui aos conteúdos estudados, os objetivos
previstos no projeto pedagógico escolar. Desta forma, a escola pode delinear com
sua comunidade propostas de educação para formação de sujeitos autônomos e
capazes de intervir criticamente na realidade.
A avaliação precisa ocorrer a favor do aluno, sujeito do processo,
aliada de sua aprendizagem e desenvolvimento de sua auto-estima, gerando o
desejo de conhecer mais e fortalecendo seus vínculos com a escola.
No ensino de Artes, a recuperação paralela pretende oportunizar ao
educando uma nova chance de apresentar seu conhecimento em relação ao
208
assunto trabalhado. Portanto, faz-se necessário observar atentamente a produção
do aluno e o seu respectivo interesse, cabendo a ele decidir em qual linguagem
pretende se manifestar para demonstrar que atingiu os objetivos pertinentes ao
conteúdo, ou seja, pode ser através do desenho/pintura/escultura, ou música, ou
teatro, ou, ainda, dança. Para desta forma valorizar toda e qualquer atuação
artística.
A recuperação paralela é algo que deve acompanhar este processo,
pois, através dela, o aluno pode ampliar o conhecimento
BIBLIOGRAFIA
AZEVEDO, F. de. A cultura brasileira. 5ª ed., revista e ampliada. São Paulo:
Melhoramentos, editora da USP, 1971.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.
BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n° 5692/71: Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, LDB. Brasília, 1971.
BRASIL, Leis, decretos, etc. Lei n° 9394/96: Leis de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, LDB. Brasília, 1996.
FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Paulo: M. Fontes, 1986.
KOUOELA, I. D. Jogos teatrais. 4ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.
LOWENFELD, V.; BRITTAIN, L. W. Desenvolvimento da capacidade criadora.
São Paulo: Mestre Jou, 1977.
209
OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes,
1987.
OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro
Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG,
1992.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Texto elaborado pelos
participantes dos encontros de formação continuada. Orientações Curriculares.
Curitiba: SEED, 2003/2005, Mímeo.
PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
SCHAFFER, M. O ouvido pensante. São Paulo; Unesp, 1991.
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte.
Curitiba: SEED, 2008.
HISTÓRIA
EMENTA
História é um ramo da ciência que trata dos fenômenos humanos ao
longo do tempo.
Caracteriza-se pelos estudos de mudanças e permanências
ocorridas na sociedade.
210
Na produção da história é necessário utilizar várias fontes, entre
elas: relatos orais, vestígios, mitos, ideias, etc.
Baseadas nessas diversas fontes, surge a produção historiográfica
que possibilita a formação da história da humanidade, no entanto, esta história será
fruto da concepção de cada historiador e o tempo vivenciado por ele. Tal
característica nos leva a sempre repensar as dimensões históricas e as relações que
estas mantêm com a atualidade, através de uma relação dialética entre passado e
presente de forma a ampliar o horizonte de compreensão e crítica a atuação dos
homens e mulheres na sociedade ao longo do tempo. Nesse sentido, o ensino de
história no Ensino Médio possui condições de contribuir para a construção de laços
de solidariedade, identidade, consolidação da cidadania, além de levar o educando a
perceber seus compromissos com os grupos sociais que participam através da
reflexão crítica.
Os conteúdos estruturantes são responsáveis pela forma de
organização, seleção e preparação didática de aula. Seriam as lentes dos conteúdos
específicos. Nesse sentido os conteúdos estruturantes são: trabalho, cultura, poder.
São eles responsáveis pela articulação entre as categorias de espaço e tempo para
o ensino de História.
OBJETIVOS GERAIS:
• Fazer com que o aluno possa ser um agente crítico e transformador da
sociedade;
• Favorecer para o aluno a construção de sua identidade perante os fatos
vivenciados historicamente;
• Levar o aluno a refletir sobre seu papel na sociedade;
• Tornar o aluno um sujeito histórico do seu tempo capaz de redimensionar o
presente fazendo uma relação com o passado;
• Levar o aluno a extrair informações de diversas fontes documentais e
interpretá-las através da análise.
211
1º SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
RELAÇÕES DE TRABALHO
OBJETIVOS
• Compreender a diversidade do trabalho no decorrer do processo histórico.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Escravidão e trabalho livre:
• A escravidão e o trabalho livre em Atenas.
Divisão sexual do trabalho na sociedade:
• Primitivas;
• Antiguidade.
2º BIMESTRE
Escravidão e trabalho livre:
• A escravidão e o trabalho livre em Roma.
A Constituição do mundo do trabalho na sociedade medieval:
• Servos, camponeses e vilões;
• Corporações de ofício e mercadores.
Divisão sexual do trabalho na sociedade:
• Feudalismo.
212
1º BIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Relações de Poder
OBJETIVOS
• Compreender a organização do Estado em sociedades que vinculam relações
de poder às diferentes formas de exclusão.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A organização do Estado na Antiguidade Clássica:
• Estado Teocrático Egípcio;
• A democracia escravista em Atenas.
O papel da guerra:
• Função da guerra na Antiguidade.
2º BIMESTRE
A organização do Estado na Antiguidade Clássica:
• A organização política do Império Romano;
• Estados centralizados e descentralizados na Antiguidade;
As relações de poder na sociedade medieval:
• O papel da nobreza, dos clérigos e dos servos;
• O papel da Igreja;
• Laços de Suserania e Vassalagem.
O papel da guerra:
213
• Função da guerra na Antiguidade;
• As sociedades Asteca, Inca e Maia e o processo de conquista.
1º BIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
RELAÇÕES DE CULTURA
OBJETIVOS
• Compreender o papel dos mitos na composição da religiosidade e das
mentalidades;
• Identificar a função da ética religiosa e na formação das estruturas mentais;
• Perceber o encontro de culturas, a dominação e a exploração dos povos pré-
colombianos.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Religião e religiosidade na Antiguidade Clássica:
• Mitologia e história;
• Politeísmo e Monoteísmo.
Produção cultural:
• Sociedades orais;
• Sociedades letradas;
• Produção artística.
2º BIMESTRE
Cristianismo e Igreja Cristã na sociedade medieval:
214
• Mentalidade cristã medieval (o poder da Igreja durante a Idade Média –
Teocentrismo, Monges copistas);
2º SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
RELAÇÕES DE TRABALHO
OBJETIVOS
• Compreender a organização social do trabalho como múltipla e variada, em
sociedades etnicamente diversificadas e em diferentes cenários;
• Explicar as ligações entre o trabalho e as mudanças sociais ocorridas nas
sociedades.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A diversidade das relações de trabalho no Brasil:
• O trabalho nas sociedades indígenas à época da conquista portuguesa;
• O trabalho na lavoura canavieira;
• O trabalho rural e urbano nas Minas Gerais do século XVIII;
• O trabalho na lavoura cafeeira.
Revolução industrial e a nova sociedade do trabalho:
• A Revolução Industrial e a questão social: modernidade e trabalho;
• Marx e Engels;
• A divisão internacional do trabalho.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
215
Escravidão de indígenas e africanos:
• Diáspora Africana;
• Colonização do território que hoje é o Paraná (Mineração, etc);
• Economia;
• Organização social;
• Manifestações culturais;
• Organização político-administrativa.
2º BIMESTRE
A Revolução Francesa: uma ideia que mudou o mundo:
• A crise do Absolutismo;
• O legado da Revolução Francesa para o mundo ocidental.
1º BIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
RELAÇÕES DE PODER
OBJETIVOS
• Compreender as variadas maneiras como o Estado se representa e se
legitima na articulação com as relações de poder nas diferentes sociedades;
• Identificar de que forma a ideia de unidade nacional legítima o processo de
formação e organização do Estado em diferentes sociedades.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Rebeliões e movimentos sociais e o processo de construção da
nacionalidade no Brasil:
216
• Revoltas de Beckman, Emboabas, Mascates e Felipe dos Santos;
• As conjuras do século XVIII (Conjuração Mineira e Baiana);
• Os movimentos de independência do século XIX: lutas de independência do
Brasil.
2º BIMESTRE
A Era das Revoluções: a modernidade e suas contradições:
• As revoluções do século XVII na Inglaterra;
• A Revolução Americana;
• A Revolução Francesa.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
A emancipação política do Paraná (1853):
• Economia, organização social, manifestações culturais, organização político-
administrativa;
• Migrações: internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e
externas (europeus);
• Os povos indígenas e a política de terras.
1º BIMESTRE
Relações de cultura
OBJETIVOS
• Identificar as expressões da religiosidade como formas diferenciadas de
interpretação do mundo;
• Analisar as permanências e rupturas das mentalidades em sociedades que se
revelam pela utopia do “moderno” em contraposição ao “antigo”.
217
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O imaginário cristão no Novo Mundo:
• Os elementos do imaginário europeu no processo de expansão Ultramarina;
• Práticas religiosas e de colonização na América Ibérica e Inglesa;
• As formas de religião e religiosidade no Brasil Colonial (Tensões e lutas entre
culturas diferentes);
• O Renascimento cultural e científico.
3º SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
RELAÇÕES DE TRABALHO
OBJETIVOS
• Estabelecer as ligações e os anexos entre os donos dos meios de produção e
os trabalhadores que vendem sua força de trabalho;
• Relacionar as transformações no mundo do trabalho, especialmente na
legislação, com a diversidade sociocultural das sociedades;
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A constituição de novos mundos do trabalho no Brasil:
• A imigração e a ética do trabalho assalariado no Brasil;
• A vida e o cotidiano dos operários dentro e fora da fábrica;
• Os anos 30 no Brasil e a questão do trabalho: o trabalho e a legislação social
na chamada “Era Vargas”.
218
A formação da nova ordem mundial e seus reflexos no mundo do trabalho:
• O neoliberalismo e o reordenamento do capital.
1º BIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Relações de Poder
OBJETIVOS
• Analisar as diferentes formas de representações do Estado e das relações
sociais nas diversas formas de construção das relações de poder;
• Explicar o processo de formação dos Estados em torno dos diversos
conceitos de “nacionalidades”, “democracias”, “autoritarismos” e práticas
massificadoras;
• Compreender o impacto provocado pelas mudanças sociais e econômicas na
organização do Estado e do poder.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
As bases da modernidade: do nascimento das democracias burguesas ao colapso
das guerras contemporâneas:
• As ideias liberais e suas vinculações com os conceitos de Estado liberal e
democrático na Europa;
• O processo de construção da nação e do nacionalismo contemporâneo: as
unificações alemã e italiana do século XIX;
• A expansão imperialista europeia no século XIX: o neocolonialismo e a
Primeira Guerra Mundial.
• O período entre guerras (a crise de 1929).
A república no Brasil:
219
• A Proclamação e o Imaginário da República;
• Oligarquias e coronelismo;
• Contestado e Canudos;
• Cangaço;
• A burguesia brasileira e suas relações como o Estado e as oligarquias do
café;
• Os anos 30 no Brasil e o Estado (As propostas de “Revolução” em 1930,
Aliancismo e oposição ao projeto de Vargas: ANL e a Intentona).
Populismo, “terror” e autoritarismo:
• O Estado, o trabalho e o sindicalismo nos anos 50 e 60 no Brasil;
• O impacto do marxismo na Rússia e a Revolução de 1917: o surgimento da
U.R.S.S.;
• O Entre-guerra e o estado de terror (Nazismo, Fascismo, Stalinismo e o
Estado Getulista nos processos de massificação e racismo);
• A experiência do Estado Autoritário no Brasil (ditadura militar);
• Movimento de 1964;
• O Estado de Segurança Nacional.
2º BIMESTRE
O Estado e o Neoliberalismo:
• A crise do Leste-Europeu;
• O reordenamento do Estado na nova ordem mundial;
• O neoliberalismo no Brasil: de Collor a F.H.C.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
1) Os desdobramentos da Segunda Guerra na América Latina: fortalecimento e crise
dos governos populistas e a fragilidade da democracia no Brasil;
2) A Guerra Fria e as lutas pela democracia: China, Coreia e Vietnã;
220
3) As diversidades nas emancipações afro-asiáticas: Índia, Angola e Argélia;
4) Movimentos revolucionários na América Latina: Cuba.
2º BIMESTRE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
RELAÇÕES DE CULTURA
OBJETIVOS
• Identificar os processos culturais como instrumentos de separação social, de
disciplinarização, de afirmação de processos civilizatórios, de releituras de
propostas nacionalistas;
• Compreender as vivências culturais e suas expressões nas artes e na
Literatura como conformismo e/ou resistência.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Cultura, “civilização” e modernidade:
• As ideias de civilização no cenário do neocolonialismo;
• O nacionalismo e o colapso da modernidade.
Modernização autoritária:
• Higienização;
• Revolta da Vacina;
• Urbanização do Rio de Janeiro.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
1. As representações culturais: samba, futebol e folclore no Brasil;
2. Movimento Estudantil;
221
3. Movimento Negro;
4. Movimento Hippie;
5. Movimento Ambiental;
6. África e América Latina no contexto atual.
METODOLOGIA
A História é uma ciência interdisciplinar por essência, assim a
disciplina não apresenta interdisciplinariedade por opção, mas por necessidade. O
que vai determinar interdisciplina na disciplina de História é a opção do professor
poder dar ênfase a uma ou mais temáticas específicas. Para que tais temáticas
sejam elencadas, é necessária a análise da realidade atual, por parte do professor,
bem como a possibilidade de adequação dos conteúdos específicos com as
temáticas possíveis.
A disciplina, articulada às demais áreas do conhecimento, pode
possibilitar a ampliação de perspectivas de análise sobre problemáticas passadas e
contemporâneas, possibilitando muitas reflexões que auxiliam no rendimento dos
aspectos da vida em sociedade e no papel do indivíduo nas transformações do
processo histórico.
Considerando-se que a sociedade atual vive um presente contínuo,
que tende a esquecer e anular a importância das relações que o presente mantém
com o passado, torna-se mais que importante a construção de uma consciência
histórica do processo de formação/transformação da realidade atual, visando ampliar
a capacidade crítica do aluno frente à realidade.
A contextualização histórica deve fazer uma ponte entre o passado e
o presente visando apresentar as mudanças e permanências, a fim de que uma
crítica da realidade possa ser fundamentada não em pré-conceito, mas em análises.
Recursos didáticos:
- Textos informativos (jornais, revistas);
- Análise de gravuras, mapas, gráficos;
222
- Debate e discussões;
- Vídeo, áudio, retroprojetor, episcópio;
- Produção de textos.
Atuação docente:
- Mediador entre conteúdo/aluno;
- Instigador de debates e reflexão;
- Considerar a realidade sociocultural do aluno(a).
Para cada conteúdo, podem-se criar metodologias diferentes. O
importante é tentar problematizar sempre. Partindo de situações problemas, o
professor deve construir suas aulas, os materiais e recursos a serem utilizados.
Devemos ter como perspectiva a ideia do professor-artesão, que dia a dia cria suas
aulas, instrumentos de trabalho e reveem a ciência e a disciplina de sua formação.
Assim, as metodologias não são receitas aplicáveis a qualquer conteúdo e em
qualquer escola e turmas. Cada escola, cada turma e cada conteúdo deverão exigir
um esforço de elaboração metodológica.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo contínuo. O aluno deve ser avaliado, no
que se refere ao conhecimento histórico, às contextualizações e análises críticas
que o mesmo é capaz de produzir frente às realidades presente/passado.
Os conhecimentos prévios do aluno devem ser considerados e
orientados visando a elaboração e conhecimentos cientificamente produzidos, a
apropriação de conceitos, modelos analíticos e metodologias. A apreensão e
articulação destes últimos devem ser analisadas, considerando-se sempre os
conhecimentos prévios para que o desempenho (ou o não desempenho) possam ser
perspectivados como processo de uma ação direcionada ao professor. Mediante a
análise desse processo, o professor pode ser capaz de repensar sua prática docente
223
no sentido de buscar aproximar os objetivos acima visados e a compreensão do
aluno.
A avaliação do ensino de História considera três aspectos
importantes: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos
estruturantes e dos conteúdos específicos. Esses três aspectos são entendidos
como complementares e indissociáveis. Para tanto, o professor deve se utilizar de
diferentes atividades como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos,
mapas e documentos históricos, produção de narrativos históricos, pesquisas
bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários,
entre outros.
Será alvo de recuperação paralela os conteúdos avaliados através
de avaliações formais realizadas em sala de aula, não sendo recuperados conceitos
decorrentes da falta de entrega ou da não realização de trabalho/tarefa, salvo em
caso de apresentação de justificativa.
BIBLIOGRAFIA
BORDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Lisboa: Difel, 1989.
DE DECCA, Edgar. 1930: O Silêncio dos Vencidos. São Paulo: Brasiliense, [S/D].
FIGUEIRA, Divalte G. História. São Paulo: Ática, 2003, Série Novo Ensino Médio.
MOCELLIN, Renato. Para Compreender História. Curitiba: Positivo, 2004, Coleção
Conhecimento.
FOUCALLT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 2001.
GUINSBURG, Carlo. O Queijo e os Vermes. São Paulo: Cia das Letras, 1987.
224
HOBSBAWN, Eric J. A Era dos Extremos: O Breve Século XX: 1914-1991. São
Paulo: Cia das Letras, 2001.
HOBSBAWN, Eric J. A Era do Capital: 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
2004.
HOBSBAWN, Eric J. A Era das Revoluções: 1789-1845. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 2005, A.
HOBSBAWN, Eric J. A Era dos Impérios: 1875-1914. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
2005, B.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola
Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
História. Curitiba: SEED, 2008.
QUÍMICA
EMENTA
O ser humano, na luta pela sua sobrevivência, sempre teve a
necessidade de conhecer e entender e utilizar o mundo que o cerca. Nesse
processo obteve alimentos por coleta de vegetais, caça e pesca, descobriu abrigos,
protegendo-se contra animais, descobriu a força dos ventos e das águas, descobriu
o fogo, descobriu a periodicidade do clima, nas estações. A necessidade de
utilização sistemática dessas descobertas fez com que o ser humano passasse para
outro estágio de desenvolvimento, decorrente da invenção de processos de
produção e de controle daquelas descobertas, como produção e manutenção do
fogo, invenção da irrigação, invenção da agricultura e criação de animais, produção
225
de ferramentas, invenção de metalurgia, cerâmica e tecidos. Assim, das raízes
históricas ao seu processo de afirmação como conhecimento sistematizado, isto é,
como ciência, a Química se tornou essa busca de conhecimento e interpretação da
natureza. A procura de novas fontes de energia tem levado o homem a compreender
o seu meio e as grandes forças que o dominam.
A Química participa do desenvolvimento científico-tecnológico com
importantes contribuições específicas, cujas decorrências têm alcance econômico,
social, político e cultural, que reagem o funcionamento da sociedade em
determinado período histórico.
Então, a Química enquanto ciência, estrutura através de teorias, os
conhecimentos e interceptação que o homem adquire da natureza. Ela reagrupa a
multiplicidade das observações e das experiências em relação às transformações da
matéria em conjunto, cujos elementos são unidos por meio de leis. Devido ao seu
caráter experimental, um de seus objetivos consiste em dominar a Natureza e a
modificar. Para isso, ela analisa e sintetiza corpos: por um lado, aqueles que a
própria natureza produz e por outro lado, aqueles que as leis da Natureza tornam
possíveis. Assim, a cada dia novos produtos são lançados no mercado e todos
esses produtos têm a mesma base: arranjos diferenciados de átomos.
Assim, entende-se que a Química no ensino do Ensino Médio deve
fazer com que o aluno entenda as ideias fundamentais dessas Ciências, levando-o a
utilizá-las para compreender melhor as manifestações da Química nos vários
aspectos da vida atual.
Aliar a Ciência Química à Educação Química para que não
tenhamos uma ciência pronta e definida e dentro de um contexto no qual
encontramos apenas fórmulas, leis, regras, nomenclaturas, classificações, etc. É a
tentativa desta proposta para a melhoria do Ensino Médio. Para isso a Química é
uma excelente motivação para a aprendizagem, ao aproximar o que se ensina do
que se vive, ao permitir a compreensão do que ocorre na natureza e os benefícios
que ela concede ao homem, ao mostrar a necessidade de respeitar o equilíbrio da
natureza. Para tanto, a ciência Química (conhecimento químico) e a Tecnologia
Química (utilização da ciência química) devem se colocar dentro de um contexto em
que os alunos terão a possibilidade de compreendê-los com um modo para analisar
226
criticamente a sua aplicação a serviço da melhoria da qualidade de vida do homem.
Atualmente “Química” passou a ser sinônimo de destruição, poluição, perigo.
Portanto, é necessário levar essas ideias errôneas à sala de aula para desmistificá-
las, resgatando a imagem pública da Química e promovendo o entendimento das
funções da ciência Química e da Tecnologia Química no desenvolvimento atual.
A postura de uma escola democrática visa a preparação do
educando para a democracia, elevando sua capacidade de compreensão em
relação aos determinantes políticos, econômicos e culturais que reagem ao
funcionamento da sociedade em determinado período histórico, para que venha
atuar no mundo do trabalho com a consciência de seu papel de cidadão
participativo.
Para que esta condição se efetive, a escola deve assegurar a sua
função de ensinar bem e de forma sistematizada, garantindo a formação do cidadão
pelo domínio do saber.
Para que isso aconteça, “pretende-se trabalhar as ações
educacionais, que se concentrarão na democratização da escola em todas as
dimensões de seu funcionamento e na melhoria de seu nível de competência,
visando oferecer ao cidadão um ensino de boa qualidade.... Trata-se de um projeto
que concebe a educação voltada para preparar e formar os indivíduos através da
transmissão e produção de conteúdos, que garanta o aprofundamento e o domínio
dos princípios científicos, tecnológicos, filosóficos e artísticos socialmente
elaborados, para a construção de cidadãos críticos e participantes do processo de
transformação social, cultura”. “A postura de uma escola democrática, visa a
preparação do educando, o desenvolvimento completo e harmonioso da
personalidade humana, preparando o homem para as responsabilidades que
deverão assumir na sociedade”.
Para o desenvolvimento destas ações, com os objetivos propostos, o
papel do professor é de vital importância, pois a sala de aula não deve ser o local de
separação entre aquele que sabe e os que não sabem; e o mesmo surge como dono
do saber. A democratização da informação faz a democratização da relação
professor-aluno. Compreendendo suas relações e responsabilidades. Ao aluno será
227
dada a oportunidade de uma vivência muito mais ampla na escola, o ensino
corresponderia as suas necessidades essenciais.
Ao desenvolver conteúdos integrados à vida do educando,
oportunizando o desenvolvimento de sua capacidade de investigação e crítica,
posicionando junto a problemas que são a evolução da ciência Química em seus
aspectos econômicos, industriais, sanitários, ambientais, etc, a educação química
propiciará a discussão da função da Ciência Química na sociedade e despertará o
espírito crítico e pensamento científico, formando indivíduos pensantes e produtivos
em busca da melhoria da qualidade de vida.
Qualquer que seja a atividade a ser desenvolvida, está claro que
existem períodos pré e pós-atividade, visando facilitar a formação de conceitos, no
qual não se deve desvincular “teoria” e “laboratório”. As atividades experimentais,
bem como outros recursos, têm o papel de facilitar a aprendizagem.
OBJETIVOS GERAIS
A história da ciência tem mostrado que o desenvolvimento do
conhecimento não ocorre num espaço sociocultural vazio, mas é condicionado por
fatores externos. O ensino da Química deve acompanhar o contexto do momento
em que vivemos.
A cada dia, o ser humano faz parte de uma sociedade mais
globalizada, com acesso a qualquer tipo de informação. Novos desafios são
impostos à vida cotidiana e se torna necessário desenvolver capacidades que
possibilitem, a qualquer indivíduo, buscar soluções criativas e inteligentes para
resolver seus problemas.
Compreender que o processo ensino-aprendizagem e resultante da
intervenção do ser humano com o meio ambiente, pois ele é parte integrante do
mesmo. O conhecimento químico é uma constante construção e reconstrução, tendo
como agente o educando que, baseando-se nas experiências (ideias, prévias),
elabora, constrói e organiza os conceitos químicos, experimentos em laboratórios ou
em indústria, visitas, relatórios, etc.
228
O grande objetivo da Química é transmitir conhecimento, visando
uma aprendizagem ativa, enfatizando a curiosidade científica, formando cidadãos
críticos e atuantes.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e devem estar
articulados à especificidade regional de cada escola. Para a disciplina de Química,
são propostos os seguintes conteúdos estruturantes:
• Matéria e sua natureza;
• Biogeoquímica;
• Química sintética.
1° SÉRIE – BLOCO 2
1º BIMESTRE
Matéria e Sua Natureza
• Estrutura da matéria;
• Substâncias;
• Misturas;
• Métodos de separação;
• Fenômenos físicos;
• Estrutura atômica;
• Distribuição atômica;
• Tabela periódica.
2º BIMESTRE
Química sintética
• Química do carbono;
229
• Hidrocarburetos;
• Funções oxigenadas;
• Funções nitrogenadas;
• Isonomia;
• Ligações químicas.
2° SÉRIE– BLOCO 2
1º BIMESTRE
Matéria e sua natureza
• Funções químicas;
• Reações químicas.
2º BIMESTRE
Biogeoquímica
• Soluções;
• Estudo dos gases.
3º SÉRIE – BLOCO 2
1º BIMESTRE
Biogeoquímica
• Termoquímica;
• Cinética Química;
• Equilíbrio Químico.
2º BIMESTRE
230
Matéria e sua natureza
• Eletroquímica;
• Radioatividade.
METODOLOGIA
A QUÍMICA É A BASE DA VIDA
A cada momento em nossas vidas usamos a Química e
dependemos dela, pois as transformações químicas estão ocorrendo
ininterruptamente ao nosso redor, em toda a natureza, inclusive em nosso corpo.
O nosso corpo é construído por um aglomerado de substâncias
químicas que reagem entre si constantemente, propiciando nossos movimentos,
nossos pensamentos e nossas sensações.
Muitas dessas substâncias são transportadas para todo o corpo,
pelo sangue que circula nas veias e artérias, as quais constituem o sistema
circulatório.
Ex: substâncias presentes no sangue: ácido láctico, ácido cítrico,
ureia, colesterol, amilase, glicose, triglicérides, água, etc.
Hábitos de higiene pessoal, como o banho e a limpeza dos dentes,
são responsáveis de maneira adequada quando usamos a substância água e os
sabonetes, cremes dentais, produzidos por indústrias químicas.
A água que chega em nossas casas foi tratada com algumas
substâncias derivadas do cloro e do flúor. Além disso, ela contém também sais
minerais. No creme dental, por sua vez, estão presentes substâncias como:
monoflúor, fostato de cálcio, carbonato de cálcio, essências, corantes e água. Já o
sabonete contém dióxido de titânico, sais de sódio de ácidos graxos, corantes,
essenciais e água.
A maioria dos tecidos com os quais são feitas as roupas apresenta
uma porcentagem de fibras sintéticas desenvolvidas em laboratório, tais como nylon,
poliéster, acrílico, orlon, dralon, etc. Mesmo as roupas feitas com fibras naturais,
como algodão e lã, não deixam de ser constituídas por substâncias químicas.
231
Todos os alimentos – tanto os que passam por processos industriais,
como a margarina, quanto os que são obtidos diretamente na natureza, como as
frutas – são construídos por substâncias químicas que foram produzidas, natural ou
artificialmente, através de processos químicos. Como exemplos: PÃO: amido,
açúcares, gorduras, sais de cálcio, ferro, fósforo, cloreto de sódio (sal de cozinha);
LEITE: água, gordura, proteínas, vitaminas, sais de cálcio, ferro e açúcares. CAFÉ:
cafeína, metanol, etanol, piridina, ácido acético. FRUTAS: água, sais minerais,
açúcares, celuloses e vitaminas.
Alguns meios de transportes usam motores de combustão interna,
cuja fonte de energia na queima de combustíveis são obtidos a partir do petróleo e
da cana de açúcar.
O petróleo, além de permitir a obtenção de combustíveis e
lubrificantes, também fornece matéria prima para a produção de inúmeros produtos
sintéticos. Ente os quais: os plásticos, fitas cassete e videocassete, borracha
sintética, fertilizantes, inseticidas e tintas, medicamentos, detergentes, adesivos, etc.
A química também é muito importante no que se refere à melhoria
da saúde do ser humano. Desde a antiguidade são usadas substâncias destinadas a
aliviar as dores e prolongar a vida. Existem antigos papiros egípcios contendo
fórmulas de drogas, as quais incluem produtos vegetais, animais e minerais.
O grande desenvolvimento da Medicina ocorreu paralelamente ao
desenvolvimento da indústria farmacêutica, que produz, em larga escala, drogas
novas e muito eficientes, descobertas sintetizadas em laboratórios de investigação
química e biológica. Essas drogas são usadas pelos médicos para manter a saúde
humana, assim como prevenir o surgimento de doença. Algumas drogas, como
vacinas e antibióticos diminuíram de maneira significativa o índice de mortalidade.
A mudança de hábitos da sociedade também tem muito a ver com a
evolução do estudo da Química e do seu uso cotidiano pelo homem.
Antigamente, uma unidade agrícola tipicamente familiar produzia seu
próprio alimento e garantia sua sobrevivência. Para isso utilizavam-se fertilizantes
naturais, ferramentas artesanais, animais de tração em pequenas áreas rurais.
Hoje, devido à necessidade de melhorar as colheitas tanto em
quantidade como em qualidade, isso tornou impossível. Então, passou a ser
232
necessário um suporte tecnológico muito grande, baseado em uma série de
indústrias químicas dedicadas à produção itens como:
- Os pesticidas: substâncias destinadas ao controle de animais e
plantas daninhas nas plantações;
- Os fertilizantes: substâncias destinadas a melhorar a qualidade
do solo para aumentar as colheitas;
- O maquinário e os equipamentos agrícolas e seus combustíveis;
- Os materiais necessários para o processamento, conservação,
armazenamento e distribuição de alimentos.
Poderíamos enumerar infinitamente os muitos produtos obtidos a
partir de processos químicos, mas por essa amostra você já pôde notar que a
Química está presente em todos os momentos da vida humana e que é fundamental
para o conforto, a saúde e para a própria sobrevivência da nossa espécie.
O desenvolvimento da cada unidade deve partir de situações que
possibilitem observações qualitativas dos fenômenos químicos tais como: Para que
serve a química?, Como surgiu?, Onde é usada?, Qual a sua utilidade?, O que ela
estuda?. O estudo do desenvolvimento das teorias atômicas, dos conceitos de
átomos e moléculas de modelos representacionais dos fenômenos, de símbolos,
fórmulas e equações químicas, devem proporcionar o entendimento do que
representam, como é e porque são usados.
Pelo estudo da Tabela periódica é possível mostrar a necessidade
de um sistema para organizar a informação. A Tabela Periódica faz isto, fornecendo
um grande número de fatos químicos.
Deve-se também destacar a importância das atividades
experimentais para a aquisição e domínio dos conceitos químicos com o objetivo de
preparar o estudante para formar ideias e conceitos, tornando-o capaz de contribuir
para as transformações do mundo. Entendendo o método experimental utilizado, o
aluno entenderá com uma ideia geral de elementos químicos e substâncias
químicas, como suas propriedades e reatividades são obtidas mediante uma
contínua análise dos resultados de novas experiências.
Comentar com o aluno que existem um pouco mais de uma centena
de elementos, dos quais menos da terça parte são abundantes, que permitem
233
conhecer centenas de milhares de substâncias diferentes. Pelo conhecimento da
natureza das propriedades que apresentam, é importante discutir com o aluno: a
importância do petróleo (combustível em geral); como economizar combustível; o
que existe em comum entre as gorduras; as roupas e os perfumes. Além de
importantes questionamentos como: você já se imaginou num mundo sem cores?;
como a química orgânica pode ajudá-lo no seu dia a dia?; o homem pode sobreviver
sem a natureza? Essas perguntas e outras fazem com que os alunos entendam
melhor o estudo das substâncias, permitindo o estabelecimento de relações entre o
social e o econômico.
A educação química propiciará a discussão da função da ciência
química na sociedade e despertará o espírito crítico e pensamento científico,
formando indivíduos pensantes e produtivos em busca de melhorias da qualidade de
vida.
Para alcançarmos nossos objetivos, usaremos diferentes
metodologias como:
- Aulas expositivas:
- Através de cartazes
- Uso do quadro negro
- Retroprojetor.
- Textos (pertinentes aos assuntos):
- Leitura e interpretação;
- Conclusão;
- Síntese;
- Individual;
- Em grupo.
Experiências (aulas práticas em laboratórios).
Tarefas demonstrativas (individual e em grupo).
Resolução de exercícios:
234
- Individual;
- Em grupo;
- Extraclasse.
- Fitas de vídeo (quando possível):
- Complementação do texto;
- Relatórios;
- Questionamentos diversos;
- Elaboração de textos através de fitas de vídeo;
- Discussão em grupo.
AVALIAÇÃO
A avaliação é uma prática social presente em atitudes informalmente
e em ações organizadas, normatizadas pelas diferentes instituições sociais.
A avaliação está igualmente atrelada a princípios para o ensino. Na
visão de educação adotada, o aluno precisa ser envolvido no processo de avaliação,
uma vez que também é construtor do conhecimento. A avaliação passa a ter como
objetivo fundamental fornecer informações sobre o processo de ensino-
aprendizagem como um todo, informando não apenas o aluno sobre o seu
desempenho em Química, mas também a prática do professor em sala de aula.
Ao avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio, deve ter um
profundo respeito pela pessoa, pois o que deve ser levado em conta é a atividade
com conceitos, capacidades em construir e avaliar posições, em detectar os
principais subjacentes aos termos e discursos.
Quais conceitos foram elaborados. Quais pré-conceitos foram
quebrados. Qual o discurso que se tinha antes e qual o discurso se tem após o
estudo da aula de Química. Neste questionamento, a avaliação de Química já tem
início com a sensibilização, coletando o que o aluno pensa antes e o que passa a
pensar após o processo.
O aprendizado da Química pelos alunos do Ensino Médio implica
que eles compreendam as transformações químicas que ocorrem no mundo físico
235
de forma abrangente e interpretada e assim possam julgar com fundamentos as
informações culturais, midiáticas e da própria escola, para que possam tomar
decisões enquanto indivíduos e cidadãos.
Esse aprendizado deve possibilitar ao aluno a compreensão tanto
dos processos químicos em si quanto da construção de um conhecimento científico,
com aplicações tecnológicas, ambientais, sociais, políticas e econômicas.
Tal importância da presença da avaliação da Química no Ensino
Médio compreendido na perspectiva de uma educação básica.
Para que esses objetivos aconteçam, os alunos serão avaliados
através de:
- Participação em sala de aula;
- Relatórios;
- Produção de textos;
- Leitura complementar;
- Aulas práticas;
- Provas contextualizadas, objetivas e subjetivas;
- Apresentação de seminários;
- Pesquisas bibliográficas, entre outras.
A recuperação paralela será feita com a correção da prova revendo
os erros e acertos, recuperando o conteúdo estudado e será realizada através de
uma nova avaliação sobre os conteúdos trabalhados para substituir os rendimentos
insatisfatórios, mantendo o mesmo valor estipulado no primeiro momento da
avaliação dada, prevalecendo assim a maior nota.
BIBLIOGRAFIA
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ATX. R. Tópicos em ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991.
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o ensino de Química. In: Convenção Brasil Latino - Americana. Congresso
Brasileiro e Encontro Paranaense de Psicoterapias. p. 1,4,9. Foz do Iguaçu. Anais.
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CARVALHO, C; GERALDO e SOUZA; LOPES, Celso. Química de Olho no mundo
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CHASSOT, A; OLIVEIRA, J. R. (Org.). Ciência, ética e cultura na Educação.
Leopoldo: UNISINOS, 1998.
CHASSOT, A. Educação consciência. Santa Cruz do Sul: EDUNISC.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de Química:
professor/pesquisador. 2. ed. Ijuí: Editora UNIJUÍ, 2003.
NOVAIS, V. Química. São Paulo: Atual, 1999. v. 1, 2, 3.
OLIVEIRA, R. J. Reflexões sobre a técnica, a ética e a educação no mundo de
hoje. In: CHASSOT, A. I.; OLIVEIRA, R. J. Ciência, ética e cultura na educação. São
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PARANÁ/SEED. Diretrizes curriculares da Escola Pública na Educação Básica
do Estado do Paraná: Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio.
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PARANÁ/SEED. Orientações curriculares de Química. Curitiba. SEED, 2006.
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SANTOS, W. L. P. e Mol; G. S. Química e Sociedade: Cálculos, Soluções e
Estatísticas. São Paulo: Nova Geração, 2004.
SANTOS, W. L. P. e Mol; G. S. Química e Sociedade: Modelos de Partículas e
Poluição Atmosférica. São Paulo: Nova Geração, 2003.
SARDELLA. Química, Série Novo Ensino Médio, Volume único. Editora Ática,
2003.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Química. Curitiba: SEED, 2008.
FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O conhecimento dos fenômenos físicos é indispensável à formação
do jovem, devido ao grande desenvolvimento científico e tecnológico do mundo atual
e também pelo fato de que o mundo da Física está constantemente presente em
nossas vidas.
O papel da Escola é promover a compreensão da evolução dos
sistemas físicos, as aplicações e suas influências na sociedade. Para tanto, é
essencial que o conhecimento físico seja explicitado como um processo histórico,
objeto de contínua transformação e associado a outras formas de expressão e
produção humana.
Para atingir as metas propostas podemos desenvolver os conteúdos
no âmbito do estudo do Movimento, da Termodinâmica e do Eletromagnetismo que
permitem o aprofundamento, as contextualizações e relações interdisciplinares, o
domínio dos avanços tecnológicos e as perspectivas de futuro.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE E BÁSICO
238
Buscou-se uma seleção de conteúdos que oportunize aos
estudantes a formação de uma idéia de ciência que o capacite a atuar no seu meio e
na sociedade, mas também que seja capaz de questionar e se autoquestionar,
diante dos fatos científicos. Esses conteúdos (relação abaixo) são básicos, isto é,
fundamentais para a compreensão de cada estruturante, portanto, do quadro teórico
da física.
1ª SÉRIE – BLOCO 2
1º BIMESTRE
MOVIMENTO
• Momentum e inércia;
• Conservação de quantidade de movimento (momentum);
• Variação da quantidade de movimento = impulso;
• 2ª Lei de Newton.
2º BIMESTRE
MOVIMENTO
• 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;
• Energia e o princípio da conservação da energia;
• Gravitação;
• Hidrostática.
2ª SÉRIE – BLOCO 2
1º BIMESTRE
239
TERMODINÂMICA
• Leis da termodinâmica:
- Lei zero da termodinâmica;
- 1ª Lei da termodinâmica.
2º BIMESTRE
TERMODINÂMICA
• Leis da termodinâmica:
- 2ª Lei da termodinâmica.
MOVIMENTO
• Oscilações.
ELETROMAGNETISMO
• A natureza da luz e suas propriedades (óptica).
3ª SÉRIE – BLOCO 2
1º BIMESTRE
ELETROMAGNETISMO
• Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas;
• Força eletromagnética.
2º BIMESTRE
ELETROMAGNETISMO
240
• Equações de Maxwell: Lei de Gauss para a eletrostática, Lei de Coulomb, Lei
de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday.
• A natureza da luz e suas propriedades.
METODOLOGIA
A Física deve educar para a cidadania, contribuindo para o
desenvolvimento de um sujeito crítico, que seja capaz de entender o mundo que o
rodeia.
O aluno deve perceber que a Física é uma construção histórica e
que as ideias e conceitos sofreram uma evolução e transformação através dos
tempos e que é uma produção coletiva, onde uma ideia ajuda no desenvolvimento
de outras, e que este desenvolvimento depende dos sistemas produtivos, de
aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais dos povos.
É importante que se conheça as ideias e modelos que nossos
alunos trazem de seu cotidiano para que possamos ajuda-los a transformar os
conceitos em nível de senso comum em conceitos a nível científico.
A experimentação terá papel importante e será entendida como uma
metodologia de ensino que pode contribuir para a ligação entre a teoria e a prática.
Não podemos também deixar de ressaltar a importância do
tratamento interdisciplinar que a Física deve ter com as demais disciplinas.
Um outro aspecto importante no desenvolvimento dos conceitos
físicos é a inclusão das atividades que proporcionem a compreensão do conjunto de
equipamentos e procedimentos, técnicos e tecnológicos, do cotidiano doméstico,
social e profissional.
O questionamento, a discussão, a investigação e a pesquisa devem
ser incentivados, pois é um caminho fácil para a formulação de conceitos.
Enfim, para alcançarmos nossos objetivos usaremos as seguintes
metodologias:
- Aulas expositivas;
- Textos;
- Laboratório;
241
- Resolução de exercícios;
- Fitas de vídeo;
- Discussões;
- Leituras de jornais e revistas;
- Pesquisas;
- Seminário;
Durante todo o processo de aprendizagem haverá recuperação, em
termos de conteúdos não apropriados e de dificuldades de aprendizagem
identificadas.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser essencialmente formativa, contínua e
processual, vista como um instrumento dinâmico de acompanhamento pedagógico
do aluno e do trabalho do professor.
Ela proporcionará informações sobre aquisição e/ou progresso dos
alunos em relação a:
- Conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos apresentados;
- Capacidade de aplicar conhecimentos adquiridos na resolução de situações do
cotidiano;
- Capacidade para utilizar as linguagens e para comunicar idéias;
- Habilidades de pensamento como analisar, generalizar, inferir, calcular, etc.
O processo de avaliação do aluno pode ser descrito a partir da
observação contínua de sala de aula, da produção de trabalhos individuais ou em
grupo, da elaboração de relativos de atividades e experiências vivenciadas em
classe ou em laboratório, ou mesmo de provas e testes que sintetizam um
determinado assunto. A observação permite ao professor obter informações tanto
sobre as habilidades cognitivas como também sobre os procedimentos utilizados
pelos alunos para resolver diferentes situações-problema e suas atitudes em relação
ao conhecimento físico.
242
A recuperação de estudos desenvolver-se-á paralelamente às
atividades regulares dos alunos tão logo se constate a dificuldade ou não
apropriação de conteúdos essenciais e será dada através de atendimento individual,
módulos, pesquisas, etc.
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, M. J. P. M. de; SILVA, H. C. Das condições de produção no
funcionamento da leitura na Educação em Física. Texto digitalizado.
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCN + Ensino Médio,
Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC,
2002.
BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9.394/96.
GONÇALVES, Toscano. Física e Realidade. São Paulo: Scipione, 1977.
GREF – Grupo de Reelaboração do Estudo de Física. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 1998.
GRUPO DE REELABORAÇÃO DO ENSINO DE FÍSICA. Física. São Paulo:
Universidade de São Paulo, 1991.
LOPES, A. R. C. Conhecimento Escolar: ciência e cotidiano. Rio de Janeiro,
EDUERG, 1999.
MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Física: volume único. São Paulo:
Scipione, 1997.
PARANÁ, Djalma Nunes da Silva. Física. São Paulo. Ática, 1999.
243
PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. Curitiba.
SEED, 2007.
PARANÁ/SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Curitiba: SEED,
2008.
PARANÁ/SEED. Orientações Curriculares de Física. Curitiba, SEED, 2007.
RESNIK, Robert; HALLIDAY, David. Física 2.4.ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos Editora S.A. 1995.
TIPLER, Paulo A. e outro. Física Moderna. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2006.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA -INGLÊS
EMENTA
A aprendizagem de uma língua estrangeira, juntamente com a língua
materna, é um direito de todo cidadão, conforme expresso na Lei de Diretrizes e
Bases e na Declaração Universal dos Direitos Lingüísticos. Sendo assim, a escola
não pode mais se omitir em relação a essa aprendizagem.
Ao interagir com outras culturas através da LEM, o aluno percebe a
língua como algo que constrói e é construído por uma determinada comunidade;
constata que língua e cultura são indissociáveis. Percebe a diversidade cultural, tem
oportunidade de contrastar outras culturas com a sua própria; afirmando assim a sua
identidade cultural e, até mesmo modificando-a a partir do contato com a outra.
É essencial, pois, entender se a presença das línguas estrangeiras
modernas inseridas numa área e, não mais, como uma disciplina isolada no
currículo. As relações que se estabelecem entre as diversas formas de expressão e
de acesso ao conhecimento justificam essa junção: não nos comunicamos apenas
244
pelas palavras: os gestos dizem muito sobre a forma de pensar das pessoas, assim
como as tradições e a cultura de um povo esclarecem muitos aspectos da sua forma
de ver o mundo e de aproximar-se dele. Assim, também, as similitudes e diferenças
entre as várias culturas, a constatação de que os fatos sempre ocorrem dentro de
um contexto determinado, a aproximação das situações de aprendizagem à
realidade pessoal e cotidiana dos estudantes, entre outros fatores, permitem
estabelecer, de maneira clara, vários tipos de relações entre as línguas estrangeiras
e as demais disciplinas que integram a área.
Portanto, a função do professor de LEM será proporcionar subsídios
para que seus alunos sejam capazes de atribuir e produzir significados da língua
meta. O professor de LEM precisa estar consciente de que ensinar uma língua não é
apenas ensinar estruturas consideradas fundamentais e em sua prática de ensino,
mas ir além das questões linguísticas incluindo questões culturais e extralinguísticas.
Sendo assim, ao aprender uma segunda-língua, ampliam-se as possibilidades de se
comunicar, de se expressar e de ter acesso a novos conhecimentos e aspectos de
outras culturas.
Os conteúdos estruturantes para o ensino de língua estrangeira
moderna são constituídos do discurso como prática social sob seus vários gêneros.
Os conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio-pragmáticos são
elementos indispensáveis, integradores e que estarão presentes em qualquer
situação de interação do aluno.
O professor deve levar em conta o conhecimento que o aluno já
dispõe e subsidie com conhecimentos que lhe faltem. O ensino deve ser algo
significativo para os alunos.
Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à
fonética e às regras gramaticais.
Os discursivos são referentes aos diferentes gêneros discursivos
que constituem as práticas sociais.
Os culturais referem-se à forma como um grupo social vive e
concebe a vida.
245
Os sócio-pragmáticos dizem respeito aos valores ideológicos,
sociais e verbais que envolvem o discurso em um contexto sócio-histórico particular
abordando práticas de leitura, escrita e oralidade.
O ensino da Língua Estrangeira deve abranger também temos
transversais como: ética, saúde, meio ambiente, pluralidade cultural, trabalho,
consumo, cultura afro-brasileira, cultura indígena, Paraná etc.
OBJETIVOS GERAIS
- Saber distinguir as variantes lingüísticas através da leitura de
vocabulários, interpretação de frases e textos em Inglês, associando-as a
fatos de sua vida cotidiana e cultural.
- Escolher o registro adequado à situação na qual se processa a
comunicação, situando em tempo e espaço a estrutura da frase e sua
pertinência.
- Compreender de que forma determinada maneira de expressão
pode ser literalmente interpretada em razão de aspectos sociais e/ou culturais
e compreender em que medidas esses enunciados refletem a forma de ser de
quem os produz.
- Apropriar-se e utilizar elementos coerentes e coesivos existentes
no discurso e produção em Língua Estrangeira.
- Dominar estratégias verbais e não-verbais que entram em ação
para compensar falhas na comunicação, para favorecer a efetiva
comunicação e alcançar o efeito pretendido.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Discurso como Prática Social.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
246
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Marcadores do discurso;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (
como aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
Escrita
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Vozes sociais presentes no texto;
• Vozes verbais;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
247
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação: recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
Oralidade
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
• Adequação da fala ao contexto;
• Pronuncia.
1ª SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
• “English, an international language”
• “The influence of English in Portuguese language”
• “The youth power”
• Leitura e interpretação de diversos gêneros textuais (diálogosm anúncios,
textos informativos, narrativos, descritivos, músicas e etc.)
• A gramática será sempre estudada a partir dos textos, nunca isoladamente:
verb to be, verb there to be, present continuous tense.
248
2º BIMESTRE
• “Helth food / Junk food”
• “Fashion: what do young people buy? Why?
• “An experience abriad”
• “How green is our world?”
• Leitura e interpretação de diversos gêneros textuais (diálogos, anúncios,
textos informativos, narrativos, descritivos, músicas e etc.)
• A gramática será sempre estudada a partir dos textos, nunca isoladamente:
simple present tense, regular and irregular verbs, simple past tense,
possessive adjectives, possessive pronouns, the possessive case.
2ª SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
• “Diary: your life day by day”
• “Writing correspondence: from the papyrus and feather to the computer”
• “You can make a difference”
• Leitura e interpretação de diversos gêneros textuais (diálogos, anúncios,
textos informativos, narrativos, descritivos, músicas e etc.)
• A gramática será sempre estudada a partir dos textos, nunca isoladamente:
past continuous tense, personal pronouns, numbers, dates.
2º BIMESTRE
• “Tales”
• “Fairy Tales...Remember?”
• It's Magic Johnson! It's reality”
• Leitura e interpretação de diversos gêneros textuais (diálogos, anúncios,
textos informativos, narrativos, descritivos, músicas e etc.)
249
• A gramática será sempre estudada a partir dos textos, nunca isoladamente:
simple future tense, to be going to – future and past, the indefinite article.
3ª SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
• “Metamorphosis”
• “Shakespeare and ten things I hate about you”
• “Beathes 4 ever”
• “I have just been to London”
• “The rescue of a treasure: a dream that came true”
• “You too can find love”
• Leitura e interpretação de diversos gêneros textuais (diálogos, anúncios,
textos informativos, narrativos, descritivos, músicas e etc.)
• A gramática será sempre estudada a partir dos textos, nunca isoladamente:
present perfect tense, past perfect tense, reflexive pronouns, uso do many,
much, little e few.
2º BIMESTRE
• “Sewing the sentences and building bridges”
• “Careers: to be or not to be?”
• “A certicate and a career”
• “Can you recognize your emotions?”
• Leitura e interpretação de diversos gêneros textuais (diálogos, anúncios,
textos informativos, narrativos, descritivos, músicas e etc.)
• A gramática será sempre estudada a partir dos textos, nunca isoladamente:
modal verbs, imperative, simple conditional perfect, preposition, the passive
voice.
METODOLOGIA
250
Pressupostos teóricos
O ensino-aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna deve estar
impregnado de valores tais como: construção de identidade, cidadania, cultura,
inclusão social, função social, formação crítica a fim de formar o indivíduo para a
participação efetiva na sociedade. Deve favorecer a formação integral do ser
humano como um ser crítico, numa dimensão sócio-cultural e histórica. Deve ainda
possibilitar a ampliação da percepção do homem como um ser integrante de um
todo dinâmico e complexo visando a inserção social, econômica e política e também
a formação de cidadão crítico.
Este ensino da LEM deverá ultrapassar as questões técnicas e
instrumentais e se centrar na educação, formação para a cidadania, sendo maior
objetivo de ensino de uma Língua Estrangeira.
O professor de LEM deverá, acima de tudo, ser um educador;
ensinar a seus alunos maneiras de construir significados, elaborar procedimentos
interpretativos e construir sentidos no mundo.
A aprendizagem de uma Língua Estrangeira numa perspectiva
interdisciplinar e relacionada com contextos reais, o processo ensino-aprendizagem
de línguas estrangeiras adquire nova configuração ou, antes requer a efetiva
colocação em prática de alguns princípios fundamentais que, via de regra, deve
possibilitar o aumento de autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão
engajado no discurso de modo a poder agir no mundo social.
Para que isso seja possível, é fundamental que o Ensino de Língua
Estrangeira seja balizado pela função social desse conhecimento na sociedade
brasileira. Além disso, em uma política de pluralismo linguístico, a saber: entender,
falar, ler e escrever a que a legislação e especialistas fazem referência são
importantes; quer nos parecer que o caráter formativo intrínseco à aprendizagem de
línguas estrangeiras não pode ser ignorado. Tornar-se pois, fundamental, conferir ao
ensino escolar de línguas estrangeiras, além de capacitar o aluno a compreender e
produzir enunciados corretos no novo idioma, propiciar ao aprendiz a possibilidade
251
de atingir um nível de competência linguística capaz de permitir-lhe acesso a
informação geral enquanto cidadão.
A interdisciplinaridade favorece a contextualização, recurso
importante para a aprendizagem significativa, pela associação que estabelece com
aspectos da vida cotidiana, escolar e do mundo do trabalho.
O papel que ocupa o ensino de LEM no currículo é o de contribuir
para a formação de um sujeito crítico, então a intenção maior é preparar esse sujeito
para que seja capaz de interferir criticamente na sociedade; não podemos definir a
priori qual será o método mais adequado para nortear nosso trabalho com ele.
Precisamos, em primeiro lugar, descobrir quem ele é, que conhecimento de língua
possui, em que realidade está inserida, quais são suas aspirações, para então
definirmos que conteúdos e de que maneira trabalhar. O professor deve ter
sensibilidade suficiente para perceber qual é o método (ou um procedimento) mais
adequado para cada realidade. Ser capaz de perceber equívocos de
encaminhamento e corrigi-los se necessário; deve propiciar experiências de
aprender com conteúdos de significação e relevância, que o aluno reconheça como
experiências válidas de formação e crescimento intelectual.
A metodologia utilizada em nossa prática inclui as habilidades de
leitura, escrita, expressão e compreensão oral e interpretação de textos
diversificados. Os textos abordados exploram assuntos variados, atuais e
instigantes, os quais levam os alunos e mestres a refletir sobre a importância de
participar da sociedade e contribuir para sua transformação.
São utilizadas técnicas como:
• Pré-reading: perguntas para discussão do tema, em Português
• Text: o texto propõe o assunto a ser abordado, as estruturas
gramaticais a serem estudadas e o vocabulário a ser trabalhado
• Comprehension: é o momento em que o aluno analisa as idéias
contidas no texto
• Word Study: o objetivo aqui é fixar e expandir o vocabulário do texto
• Structure: é a apresentação formal das estruturas gramaticais,
definidas e explicadas em Português para facilitar o entendimento do aluno
252
• Practice: é a prática intensiva de cada tópico gramatical. Atividades
orais e escritas diversificadas com o apoio de fitas cassetes e/ou vídeos em
Inglês, pesquisas em dicionários
• Participação de interações de naturezas diversas (diálogos,
dramatizações)
• Montagem de pequenas estórias em quadrinhos
• Produção de anúncios, propagandas, rótulos de embalagens,
cartazes, classificados, poemas e etc
• Músicas
Elencamos abaixo os conteúdos estruturantes do Ensino Médio
subdividido por séries.
Justificativa destes conteúdos:
Utilizamos o livro de Inglês: “Mariza Ferrari e As G. Rubin”, da
Editora Scipione, nas três séries do Ensino Médio no nosso estabelecimento de
ensino. Trata-se de um curso voltado ao Ensino Médio com uma variedade de
assuntos que orientar o aluno para o mundo do trabalho, não somente o preparando
para seu ingresso na vida profissional como também aumentando seu leque de
opções, por meio da apresentação de textos que tratam de algumas profissões e da
importância da Língua Inglesa no exercício delas.
O curso trabalha a prática das habilidades de leitura, escrita, fala,
expressão e compreensão oral e auditiva, sendo a ênfase dirigida à compreensão de
textos bem variados-artigos, entre vistas, letras de música e etc; sendo que o
objetivo é incluir o estudante no mundo globalizado, além é claro, de prepara-lo para
o ingresso nas universidades. O livro traz ainda seções como “Personal Data” e
“Project Work” que estimulam a expressão do grupo ou do indivíduo, o que é
indispensável à formação efetiva de um cidadão.
Uma das atividades consideradas importantes que poderia ser
acrescentada à Fundamentação Teórico-Metodológico é desenvolver trabalhos com
projetos interdisciplinares onde a experiência nos mostra que muito pode ser
253
aprendido através de ações, atuações que levem o aluno, em grupo ou
individualmente, a um produto final como confecção de posters ou panfletos, a
realização de pesquisas, apresentação teatral, exposição orais e na comunidade
escolar, entrevistas, analisando criticamente os resultados obtidos, refletindo e
estimulando a prática da cidadania.
Consideramos, que a avaliação é o elemento de reflexão contínua
para o professor sobre sua prática educativa, é o instrumento que possibilita ao
aluno tomar consciência de seus avanços, dificuldades e possibilidades, é uma ação
que ocorre durante todo o processo de ensino-aprendizagem e não apenas em
momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de
trabalho.
A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão
contínua sobre sua prática, criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada
de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados
para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo.
A recuperação paralela é algo que deve acompanhar todo este
processo, pois através dela o aluno pode melhorar seus conhecimentos. É através
dela que será garantida a efetiva interação do aluno com os conteúdos de língua
inglesa que não foram suficientemente trabalhados e que serão elaborados
exaustivamente.
BIBLIOGRAFIA
Conselho Estadual de Educação do Paraná – Versão Preliminar das Diretrizes
FERRARI, Mariza Tiemann; RUBIN, Sarah Giersztel. Inglês. Coleção Novos
Tempos. Scipione.
ORLANDI, E. P. A polissemia da noção de leitura. In: Discurso e leitura. São
Paulo: Cortez, 1999.
254
PAIVA, V. L. M. O. O lugar da leitura na aula de língua estrangeira. Disponível
em www.veramenezes.com Acesso em: 22 de abril de 2004.
PEREIRA, C. F. As várias faces do livro didático de língua estrangeira. In:
SARMENTO S.; MÜLHER, V. (orgs.) O ensino do inglês como língua estrangeira:
estudos e reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.
PICANÇO, D. C. L. História, Memória e Ensino de Espanhol (1942-1990).
Curitiba: Editora UFPR, 2003.
____________________A língua estrangeira no país dos espelhos. In: Educar
em Revista, Curitiba: UFPR, 2002.
RAJAGOPALAN, Kanavillil. Por uma lingüística crítica: linguagem, identidade e
a questão ética. São Paulo: Parábola, 2003.
ROJO, R. H. R.; LOPES, L. P. M. PCNEM e PCN+ de Línguas Estrangeiras (LE)
no Ensino Médio. In: Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília, 2004.
SANTA-CECÍLIA, A. G. La enseñanza del español en el siglo XXI. In: GIOVANNI,
A.; MARTÍN PERIS, E.; RODRÍGUEZ, M.; SIMÓN, T. Profesor en acción. Madrid:
Edelsa, 1999.
SARMENTO, S.; MÜLHER, V. (Orgs.). O ensino do inglês como língua
estrangeira: estudo e reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.
SILVEIRA, M. I. M. Línguas estrangeiras: uma visão histórica das abordagens,
métodos e técnicas de ensino. Maceió: Edições Catavento, 1999.
SOUZA, L. M. T. M. O conflito de vozes na sala de aula. In CORACINI, M. J.
(Org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira.
Campinas: Pontes, 1995.p. 21-26.
255
STEVENS, C. M. T.; CUNHA, M. J. C. (Orgs). Caminhos e colheita: ensino e
pesquisa na área do ensino de inglês no Brasil. Brasília: Ed. Universidade de
Brasília, 2003.
VOLPI, M. T. A formação de professores de língua estrangeira frente aos novos
enfoques de sua ação docente. In: LEFFA, V. O professor de Línguas
Estrangeiras. Construindo a profissão. Pelotas: EDUCAT, 2001.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Língua Estrangeira Moderna – Inglês.
Curitiba: SEED, 2008.
GEOGRAFIA
EMENTA
Atualmente a escola deve proporcionar ao aluno uma visão de
mundo condizente com a realidade vivida pelo aluno, levando este mesmo a refletir
sobre o mundo e o Brasil, tendo assim uma opinião crítica sobre o futuro do país, o
tornando cada vez mais democrático.
Conhecer seu país e o mundo é, portanto, a base para o indivíduo
localizar-se e assumir posições na vida social. Sensibilizar para um melhor convívio
democrático, para o respeito às diferenças, para o multiculturalismo, é a tarefa para
os “geo-educadores”. Incutir valores relativos aos direitos humanos e à defesa do
meio ambiente insere-se como meta pedagógica, para a qual a geografia pode
contribuir muito.
A geografia tem assumindo um papel muito importante em uma
época em que as informações são transmitidas pelos meios de comunicação com
muita rapidez e muito volume. Guerras e os atentados terroristas, a miséria e a
riqueza, a fome e o consumismo, as catástrofes naturais e os problemas ambientais,
256
as crises políticas, desemprego estrutural, novas tecnologias, migrações, etc. É
tanta informação que muitas vezes sentimos uma sensação de impotência diante da
impossibilidade de compreender tudo o que está acontecendo ao nosso redor e no
mundo. Parece que não existe passado nem continuidade histórica, tal é a rapidez
dos acontecimentos.
Ao longo da história humana, estas interações vão sendo mediadas
por interesses contraditórios do ponto de vista econômico, político e social e se
refletem nas paisagens. Considerando todas estas informações, a geografia tenta
explicar o espaço geográfico mundial e brasileiro, onde os seres humanos interagem
entre si e com o meio ambiente. Analisando o espaço humano e o contexto sócio-
político atual, podemos compreender a dinâmica dos principais conceitos a serem
trabalhados, o da sociedade, território, Lugar, Paisagem, Região e Natureza. Estes
conceitos de diferem pelo diversificado nível de desenvolvimento nos diferentes
momentos históricos e pela relação conturbada entre homem e meio.
Os conteúdos estruturantes que norteiam as discussões nas aulas
de Geografia estão fundamentadas nas noções de espaço, conhecido também como
espaço geográfico. Seguindo diferentes pensamentos podemos analisar a Geografia
de diversas maneiras, pela ótica Humanista, Crítica, Pós-moderna, etc. O importante
é que sempre a realidade do aluno e o lugar onde vive devem ser levados em
consideração, quando discutimos assuntos da Geografia Física (Clima, Relevo,
Vegetação, etc.) e Geografia Humana (População, Atividades econômicas, etc).
OBJETIVO GERAL
A geografia adquiriu novas características e finalidades dentro da
vida do aluno. O homem como agente transformador do meio através de seu
trabalho e as novas tecnologias e as consequências da exploração inconsciente da
natureza, são o eixo norteador das discussões das atividades do Ensino Médio.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
257
Dimensão econômica da produção do/no Espaço;
Dimensão política do espaço Geográfico;
Dimensão socioambiental do espaço Geográfico;
Dinâmica cultural e demográfica do espaço Geográfico.
CONTEÚDOS BÁSICOS
1ª SÉRIE – BLOCO 2
1º BIMESTRE
• A formação e transformação das paisagens;
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
2º BIMESTRE
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a ( re ) organização do
espaço geográfico;
• A formação, localização e exploração dos recursos naturais.
2ª SÉRIE – BLOCO 2
1º BIMESTRE
• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
• Os movimentos migratórios e suas motivações;
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
• O espaço rural e a modernização da agricultura;
• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
258
2º BIMESTRE
• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente;
• A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
• O espaço em rede:produçãso, transporte e comunicação na atual
configuração territorial;
• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações;
• O comércio e as ampliações sócioespaciais.
3ª SÉRIE - BLOCO 2
1º BIMESTRE
• As diversas regionalizações do espaço geográfico;
• Formação , mobilidade das fronteiras e refiguração dos territórios
2º BIMESTRE
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
• As implicações socioespaciais no processo de mundialização.
METODOLOGIA
Os alunos através de seu conhecimento prévio, devem compreender
os conteúdos através de uma contextualização da realidade fazendo uma
comparação com sua vida cotidiana. Levando em consideração:
259
• O Reconhecimento do espaço geográfico, como produto das relações
sociedade/natureza, em constante modificação através do processo
histórico.
• Compreendendo o encadeamento dos elementos formadores da
paisagem natural e as modificações ou impactos que a sociedade nela
acarreta.
• Investigar os processos de formação e transformação do território
brasileiro, tendo em vista as relações de trabalho, a incorporação de
técnicas e tecnologias e o estabelecimento de redes sociais.
Esta prática é fundamental para o êxito no aprendizado do
educando. Várias abordagens e diferentes pontos de vista levam a uma
compreensão eficaz de determinado conteúdo. A geografia, considerada por muitos
estudiosos uma ciência de síntese, utiliza a todo momento, o auxílio de outras
ciências para explicar o mundo e as intervenções do homem sobre o mesmo.
Debate, Oralidade, Exercícios, Seminário, Teste Objetivo e
Subjetivo, Pesquisa com fichamento, Relatório, Mapa, Trabalho em grupo, Mapa do
Paraná, Relatório sobre a palestra, Trabalho em duplas, Maquete, Análise oral sobre
gráficos e tabelas, Participação durante as aulas expositivas, Seminário, Relatório,
Exercícios, Prova objetiva e subjetiva.
AVALIAÇÃO
• Avaliações subjetivas e objetivas, leitura e interpretação oral de tabelas,
gráficos e mapas;
• Relatório, pesquisas, pesquisa em jornais e revistas, trabalhos individuais e
coletivos, etc.;
• A recuperação paralela deve acompanhar todo o processo de aprendizagem,
sendo contínua e diversificada, levando o aluno a entender as diversas
260
formas de aprendizagem, ampliando e construindo o seu próprio
conhecimento, não deixando de lado o caráter científico da Ciência.
BIBLIOGRAFIA
CASTRO, Josué de. Geopolítica da Fome. São Paulo, Brasiliense, 1961.
GONÇALVES, Carlos W. Porto. Os (des) Caminhos do meio ambiente. São Paulo,
Contexto, 1996.
IANNI, Otávio. Origens Agrárias do Estado brasileiro. São Paulo, Brasiliense,
1984.
IBGE. Censo Demográfico 2000. Rio de Janeiro, 2000.
MOREIRA, Igor. O espaço Geográfico.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. São Paulo,
Cia das Letras, 1995.
SINGER, Paul. Dinâmica Populacional e desenvolvimento. São Paulo, Cebrap,
1970.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Geografia.
Curitiba: SEED, 2008.
BIOLOGIA
EMENTA
261
O estudo da Biologia tem como objeto o fenômeno da vida. Esse
fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos organizados e integrados,
interação entre seus constituintes e os componentes do meio.
O papel da Biologia sendo dessa forma, o de colaborar para a
compreensão do mundo e suas transformações, situando o homem como indivíduo
que age, participa e integra o universo. Partindo dessa premissa, deve-se
desenvolver no educando o processo de construção do conhecimento numa
perspectiva crítica, intelectual e ética, levando-os a compreender as inter relações
entre homem X natureza X cultura, e daí, tomar decisões e interferir na realidade
que o cerca.
A Biologia deve permitir a compreensão dos avanços tecnológicos
(biotecnológicos), considerando a bioética e o desenvolvimento sustentável, bem
como, sensibilizar o educando a respeito das consequências das ações humanas no
ambiente e do impacto negativo do sistema capitalista para a manutenção da vida
no planeta. Portanto os conteúdos devem ser reais, dinâmicos, permitindo a
redescoberta, a reconstrução por parte do aluno. Atribuindo à educação a
propriedade condizente com a função social, fazendo com que ela promova o
desenvolvimento das potencialidades, o exercício consciente da cidadania, o desejo
de aprender e a curiosidade natural, poderemos eliminar a miséria e construir uma
sociedade mais justa.
Nesse processo em que a natureza tem sido a grande delineadora
do desenvolvimento sustentável, o uso racional dos recursos naturais pelo homem
será responsável pela sua sobrevivência e a dos ecossistemas. É necessário levar o
aluno a observar, comparar e classificar fatos e fenômenos, chegando a
generalizações e a compreensão, em novo nível de complexidade, de forma mais
elaborada do conhecimento já produzido e conseqüentemente, a um aproveitamento
mais racional do meio ambiente. Nesse contexto, a Biologia tem um papel
aglutinador das outras ciências, porque o ecossistema passa a ser analisado e
compreendido utilizando os conhecimentos da Química, Geografia entre outros.
Os conteúdos estruturantes de Biologia foram elaborados levando
em consideração quatro marcos conceituais, a saber:
262
• Pensamento biológico descritivo: método baseado na observação e descrição
da natureza;
• Pensamento biológico mecanicista: fraciona os organismos vivos em partes
cada vez mais especializadas e menores procurando compreender as
relações, causas e efeitos no funcionamento de cada uma de suas partes;
• Pensamento biológico evolutivo: modelo explicativo dos mecanismos
evolutivos vinculando-os ao material genético;
• Pensamento biológico de manipulação genética: compreender a estrutura
físico-química dos seres vivos e as consequentes alterações biológicas.
CONTEÚDOS ESTUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS1 - Organização dos Seres Vivos Origem da vida
Evolução
Classificação dos Seres Vivos
Citologia
Ecologia (Conceitos básicos)
Histologia
Embriologia
Método Científico
Reprodução humana
Bioquímica celular2 - Mecanismos Biológicos Características Morfofisiológicas dos Seres Vivos3 - Biodiversidade Classificação dos Seres Vivos
Ecologia
Genética
Evolução
Fisiologia animal / vegetal4 - Implicações dos avanços
biológicos no fenômeno da vida
Ecologia
Evolução
Genética
Biotecnologia
Bioética
263
CONTEÚDOS BÁSICOS
1ª SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
• Origem da vida
• Bioquímica celular
2º BIMESTRE
• Citologia
• Embriologia
• Reprodução humana
• Histologia
2ª SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
• Características morfofisiológicas dos seres vivos
• Classificação dos seres vivos
2º BIMESTRE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Fisiologia animal e vegetal
3ª SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
264
• Genética
• Biotecnologia
• Bioética
2º BIMESTRE
• Evolução
• Ecologia
OBJETIVOS GERAIS
• Consolidar e aprofundar o aprendizado iniciado no Ensino Fundamental;
• Propiciar um aprendizado útil à vida e ao trabalho, no geral as informações e
conhecimentos transmitidos se transformam em instrumentos de
compreensão, interpretação, julgamento, mudança e pensão da realidade;
• Propor o educando para a cidadania no sentido universal e não apenas
profissionalizante, aprimorando-se como ser humano sensível, solidário e
consciente;
• Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos,
observados em microscópio ou a olho nu;
• Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia;
• Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em
estudo;
• Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológico apreendido,
através de textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc;
• Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento,
leitura de texto e imagem, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao
tema biológico em estudo;
• Expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos;
• Ler e interpretar textos de interesse científico e tecnológico;
265
• Relacionar fenômenos, fatos, processos e ideias em Biologia, elaborando
conceitos, identificando regularidades e diferenças, construindo
generalizações;
• Utilizar critérios científicos para realizar classificações de animais, vegetais etc;
• Relacionar os diversos conteúdos conceituais de biologia (lógica interna) na
compreensão de fenômenos;
• Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo
biológico;
• Selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução de
problemas, fazendo uso, quando for o caso, de tratamento estatístico na
análise de dados coletados;
• Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas
apresentados utilizando elementos da Biologia;
• Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de aprendizado
(existencial ou escolar);
• Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o entendimento de
fatos ou processos biológicos (lógica externa);
• Reconhecer o Biologia como um fazer humano, e, portanto, histórico, fruto da
conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e
tecnológicos;
• Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos
do senso comum relacionados a aspectos biológicos;
• Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações
intencionais por ele produzidas no seu ambiente.
• Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam a preservação e
implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente;
• Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as
concepções de desenvolvimento sustentável.
METODOLOGIA
266
Compreender o conhecimento científico e o tecnológico como
resultados de uma construção humana, inseridos em um processo histórico e social.
Compreender a ciência e a tecnologia.
Selecionar e utilizar instrumentos de medição e de cálculo, utilizar
escalas, fazer estimativas, elaborar hipóteses e interpretar resultados.
Reconhecer, utilizar, interpretar e propor modelos explicativos para
fenômenos ou sistemas naturais ou tecnológicos.
Articular, integrar e sistematizar fenômenos e teorias dentro de uma
ciência, entre as várias ciências e áreas de conhecimento.
• Leitura e interpretação de textos;
• Resolução de exercícios;
• Exposição de notícias de jornais e revistas a exemplo do dia a dia do aluno;
• Debates;
• Filmes;
• Seminários;
• Projetos;
• Aula prática de laboratório;
• Palestras ministradas por profissionais da área;
• Uso da Internet;
• Uso do rádio/CD;
• Uso de transparência;
• Passeio ecológico.
AVALIAÇÃO
• A avaliação será desenvolvida utilizando-se de vários instrumentos avaliativos
onde serão priorizados os aspectos qualitativos aos aspectos quantitativos;
267
• Será contínua e diagnóstica, não somente para diagnosticar o que o aluno
aprendeu, mas sobretudo, verificar se ele é capaz de aplicar o que aprendeu
na resolução de problemas (problematização);
• Resolução de exercícios em sala de aula e em casa;
• Participação ativa e criativa em sala de aula;
• Trabalhos individuais e/ ou grupo;
• Pesquisas;
• Seminários;
• Relatórios de atividades práticas;
• Provas individuais.
A princípio faz-se uma sondagem dos conceitos não assimilados e
em seguida recupera-se os mesmos e a partir desta realização será proposta uma
prova substitutiva ou atividades diversificadas.
A recuperação será feita através da prova substitutiva ou atividades
diversificadas;
A avaliação será desenvolvida utilizando-se de vários instrumentos
avaliativos onde serão priorizados os aspectos qualitativos dos aspectos
quantitativos;
Será contínua e diagnóstica, não somente para diagnosticar o que o
aluno aprendeu, mas sobretudo, verificar se ele é capaz de aplicar o que aprendeu
na resolução de problemas (problematização).
BIBLIOGRAFIA
AMABIS, José Mariano e outros. Biologia. São Paulo: Ed. Moderna, 2004
BIOLOGIA/Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006.
KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2005.
268
PAULINO. Wilson Roberto. Biologia. São Paulo: Ática, 2005.
SANTOS, Maria Ângela. Biologia Educacional. São Paulo: Ática, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Biologia.
Curitiba: SEED, 2008.
EDUCAÇÃO FISICA
EMENTA
A Educação Física pretende refletir sobre as necessidades atuais
de ensino, superando uma visão fragmentada de homem. Essa proposta tem como
fundamento geral o materialismo histórico cujos princípios apresentam uma profunda
reflexão crítica a respeito das estruturas sociais e suas desigualdades, inerentes ao
funcionamento da sociedade através de uma proposta interdisciplinar.
Para que isto se efetive, a disciplina adota conteúdos estruturantes
que dão conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas, que identificam
e organizam os campos de estudo da educação física escolar, sendo considerados a
base fundamental para a compreensão de seu objeto de estudo, estes conteúdos
são constituídos historicamente e legitimados socialmente.
No Ensino Médio os conteúdos estruturantes adotados são: a
ginástica, o esporte, a dança, a luta e os jogos. Estes conteúdos estruturam o ato
educativo justamente devido à capacidade de abstração dos alunos e complementa
a construção de sua expressividade corporal.
A partir dos conteúdos específicos da Educação Física apontam-se
alguns elementos articuladores que integram e interligam as práticas corporais,
objetivando maior aprofundamento e diálogo com as diferentes expressões do
corpo. Os elementos articuladores são: a desportivização, a mídia, a saúde, o corpo,
a tática e técnica, o lazer e a diversidade.
269
OBJETIVO GERAL
A Educação Física deve proporcionar ao educando conhecimentos
teórico-práticos com base científica, para que ele possa usufruir os mesmos de
forma crítica e autônoma, objetivando melhorias na qualidade de vida através das
diferentes práticas de atividade física, exercício físico, esporte, dança, ginástica, luta
e jogos. Portanto, a Educação Física deve contribuir para a formação de um cidadão
capaz de tomar decisões, partindo da lógica racional que transcende para o lúdico e
para o sensível; este cidadão deve ser crítico, sujeito a ações e movimentos
consciente de que seu corpo age, brinca, aperfeiçoa, dança, segue modelos, adoece
e socializa-se.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• ESPORTES
• DANÇA
• GINÁSTICAS
• JOGOS E BRINCADEIRAS
• LUTAS
CONTEÚDOS BÁSICOS
1ª SÉRIE - BLOCO 1
1º BIMESTRE
Voleibol, Futsal, Basquete;
Dança de rua
270
Ginásticas em Geral
2º BIMESTRE
Futsal, Handebol, Atletismo;
Danças Regionais e folclóricas;
Jogos Competitivos;
Artes Marciais;
2ª SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
Voleibol; Futsal;Basquete;
Dança de Rua;
Ginástica Rítmica;
2º BIMESTRE
Futsal; Handebol; Atletismo;
Danças regionais e folclóricas;
Jogos Competitivos;
Artes Marciais;
3ª SÉRIE – BLOCO 1
1º BIMESTRE
Handebol; Futsal; Basquete;
Jogos Esportivos;
2º BIMESTRE
271
Futsal; Voleibol; Basquete;
Dança e a musicalidade;
Ginástica Geral;
Artes Marciais;
METODOLOGIA
Os conteúdos da disciplina de Educação Física deverão ser
administrados de maneira que haja uma interlocução dos conteúdos estruturantes e
os articuladores, a cada ano os conteúdos devem ter profundidade e complexidade,
para que o aluno tenha uma apreensão crítica dos esportes, da ginástica, da dança,
da luta e jogos que compõem a especificidade da disciplina, a aula pode ser
organizada em três momentos: no primeiro o professor faz uma proposição do que
vai ser executado, no segundo partem para a execução e finalmente e uma reflexão
sobre o que foi executado.
Os conteúdos específicos do primeiro ano ao terceiro ano são os
mesmos, porém a cada ano terão maior amplitude, complexidade e aprofundamento.
- Noções fisiológicas utilizar-se-ão de meios que fundamentam os temas abordados
a partir de aulas teóricas (perguntas, questionamentos, debates e etc.),
contextualizando os assuntos trabalhados de maneira a promover uma formação
para a autonomia e a criticidade;
- Utilizar-se de atividades em grupo, pesquisas e apresentações de trabalhos, para
que seja possível o debate sobre temas sociais contemporâneos, bem como relato
das discussões realizadas;
- Utilizar-se da leitura e produções de textos que auxiliam o aluno a formar conceitos
próprios a partir do seu entendimento da realidade bem como relatá-los com clareza
e coerência;
- Os esportes devem ser trabalhados através de uma práxis, onde suas raízes
históricas, concepções e evolução social, são levantadas e debatidas;
- Incentivar a criação e modificação de regras e táticas dos jogos e esportes, onde
os alunos participem democraticamente;
272
- A consciência corporal deverá ser trabalhada de forma que o aluno possa aprender
a lidar com as situações do dia-a-dia, a partir das noções que possui de seu corpo,
através de aulas teórico-práticas do conhecimento e desenvolvimento humano, de
forma criativa e reflexiva;
- As formas ginásticas devem ser trabalhadas através de seu conhecimento
histórico, suas origens e a prática através de movimentos criativos e coreografados
com música ou não;
- As lutas podem ser abordadas desde sua origem, evolução e necessidade
histórica;
- Organização de eventos que possibilitem a participação ativa dos alunos, no
desenvolvimento na aplicação das atividades.
AVALIAÇÃO
O processo avaliativo deverá ser contínuo, permanente e
cumulativo, permitindo a organização e reorganização do trabalho escolar.
O aluno deve ser avaliado nas dimensões: conceitual; cultural;
histórica; social; etc. A avaliação levará em conta a participação, interesse,
motivação das manifestações corporais, auto e heteroavaliação.
A recuperação paralela é feita quando, se observa que os alunos
não compreenderam o conteúdo tanto teórico como prático. O conteúdo é retomado
através de explicação ou execução dos mesmos.
BIBLIOGRAFIA
SEED - Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental.
Versão Preliminar, Curitiba, julho 2007.
SEED - Livro Didático Público, Educação Física – Ensino Médio, Curitiba, 2007.
273
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
Educação Física.
Curitiba: SEED, 2008.
274
8.2.3 CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA NO TRABALHO – SUBSEQUENTE
MATRIZ CURRICULARESTABELECIMENTO: C. E. PROF. FRANCISCO VILLANUEVA – E. F. M. P.MUNICÍPIO: ROLÂNDIA - PRCURSO: TÉCNICO EM SEGURANÇA NO TRABALHOFORMA: SUBSEQUENTE ANO DE IMPLANTAÇÃO:
TURNO:C H: 1.500 h/a 1.250 horas mais 167 horas de Es-tágio Supervisionado
MÓDULO: 20 ORGANIZAÇÃO: SEMESTRAL
DISCIPLINASSEMESTRES
1° 2° 3°T P T P T P
Horas/Aula Horas
Administração em Segurança do Tra-balho
3 60 50
Comunicação e Educação em Segu-rança do Trabalho
2 1 1 80 67
Desenho Arquitetônico em Segurança do Trabalho
1 1 40 33
Doenças Ocupacionais 3 60 50Ergonomia 3 1 80 67Fundamentos do Trabalho 2 40 33Higiene do Trabalho 2 2 2 40 33Informática em Segurança do Trabalho 1 2 20 17Legislação em Segurança do Trabalho 2 3 2 140 117Prevenção e Controle de Riscos e Per-das
3 60 50
Prevenção a Sinistros com Fogo 3 1 80 67Primeiros Socorros 2 1 0 0Processo Industrial e Segurança 4 80 67Programas de Controle e Monitora-mento
2 2 40 33
Psicologia do Trabalho 2 40 33Saúde do Trabalhador 3 60 50Segurança do Trabalho 4 3 1 3 1 220 183Técnicas de Utilização de Equipamen-tos de Medição
2 2 1 1 80 67
Total 25 25 25 1500 1250Estágio Profissional Supervisionado 5 5 200 167TOTAL DA CARGA HORÁRIA 25 30 30 1700 1417
275
Perfil do Curso
O Curso Técnico em Segurança no Trabalho vem ao encontro da
necessidade de formação do Técnico numa perspectiva de totalidade, o que significa
recuperar a importância de trabalhar com os alunos os fundamentos científicos-
tecnológicos presentes nas disciplinas da Formação Científica, evitando a
compartimentalização na construção do conhecimento.
O Técnico em Segurança do Trabalho é um profissional de visão
humanista e social, com conhecimentos científicos, tecnológicos e histórico-sociais,
capaz de elaborar, implementar e monitorar programas na área de segurança e
saúde do trabalho, atuar em ações de segurança e saúde do trabalho, atuar em
ações educativas na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais no universo
laboral e na sociedade, bem como contribuir com a preservação do meio ambiente.
9. PROGRAMAS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES
DESENVOLVIDOS DURANTE O TEMPO ESCOLAR
9.1 A SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – 5ª SÉRIE - PORTUGUÊS
CONCEPÇÃO
A Sala de Apoio é um Projeto do Governo Estadual do Paraná, que
nesta escola foi implantado em 2004 e vem dando bons resultados desde a sua
autorização, devido à necessidade da evolução escolar quantitativa e
qualitativamente.
Os alunos da sala de apoio deverão ser os que têm problemas de
aprendizagem, sendo assim ela deve oferecer as condições necessárias para que
os alunos aprendam e participem de forma prazerosa do exercício da cidadania,
voltada para uma concepção sócio-interacionista.
276
Para que isto ocorra, o professor juntamente com a equipe
pedagógica deverá intervir nas dificuldades de apropriação de conteúdos dos
alunos, proporcionando-lhes técnicas e estratégias para os mesmos escolherem
como eles querem aprender, oferecendo opções de aprendizagem para os
educandos, isto é, se o aluno não consegue aprender com uma estratégia, o
professor deverá ter em mãos estratégias diversificadas.
Dentro do estudo de Língua Portuguesa deve-se privilegiar a
articulação das três práticas: leitura, produção oral/escrita e a análise lingüística de
forma contextualizada.
As dificuldades encontradas ou enfrentadas no dia a dia da sala de
aula têm sido um enorme desafio para acabar com os sucessivos fracassos na
escola. A grande problemática é devido a vários fatores: dificuldade de apropriação
do conteúdo, alunos faltosos, falta de envolvimento dos pais, falta de compromisso e
envolvimento por parte dos alunos, ritmos diferenciados de aprendizagem, falta de
estímulos que venham acrescentar sua capacidade de expressão individual por meio
de movimentos criativos e outros fatores que envolvem o contexto familiar do
educando.
A sala de apoio é importante para que a escola possa proporcionar
aos alunos a oportunidade de realizar no horário contrário, atividades de
recuperação nas disciplinas em que o educando apresenta dificuldade de
apropriação de conteúdos, no caso citado: Português e Matemática.
OBJETIVO GERAL
Conscientizar a família sobre a importância de sua participação
efetiva na melhoria da educação de seus filhos, fazendo com que haja mais
responsabilidade e comprometimento dos mesmos com a escola e
consequentemente melhorar o relacionamento entre família e escola.
Recriar espaços de participação e troca entre família e escola.
OBJETIVOS GERAIS
277
O aluno deverá:
• Utilizar a linguagem nas diversas situações sociais com diferentes propósitos
comunicativos e expressivos, com percepção de significados;
O professor deverá:
• Desenvolver as habilidades já trabalhadas proporcionando a verdadeira
aprendizagem destes conteúdos;
• Recuperar a defasagem dos alunos, atendendo-os em suas especificidades.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Desenvolver a competência linguística para estabelecer a comunicação, tanto
na forma escrita, quanto na forma oral em discursos formais ou informais;
• Produzir textos coerentes, com sequencia e coesão;
• Compreender os textos e reelaborar seus conhecimentos de forma a
transmitir o que compreender;
• Desenvolver atividades que os levem a argumentar, debater, expor e
comparar;
• Desenvolver a leitura como hábito que contenha entonação e ritmo;
• Planejar atividades diversificadas com a finalidade de ajudar os alunos a
apropriar-se dos conteúdos defasados.
CONTEÚDOS TRABALHADOS
Oralidade:
• Participa de debates, expondo suas idéias com clareza, coerência, atendendo
aos objetivos do texto e aos do interlocutor;
• Há progressão na argumentação (consistência argumentativa);
• Observa a concordância de gênero e número;
• Utiliza adequadamente os modos e tempos verbais;
278
• Observa a concordância verbal, nos casos mais comuns;
• Está gradativamente fazendo reflexão sobre a função dos usos de variedades
lingüísticas em diferentes situações de interlocução;
• É capaz de recontar o que leu ou ouviu;
• Tem seqüência na exposição das idéias;
• Tem adequação vocabular;
• Participa dos debates, de forma organizada;
• Percebe a diferença entre a oralidade e a escrita (marcas lingüísticas, gestos,
expressão facial, pontuação, entonação).
Leitura:
• Lê com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e
sua relação com os sinais de pontuação;
• Localiza informações explícitas no texto;
• Percebe informações implícitas no texto;
• Reconhece o efeito de sentido do uso da linguagem figurada e/ou sinais de
pontuação e outras notações;
• Reconhece a idéia central de um texto;
• Identifica a finalidade do texto, reconhecendo suas especificidades (narração,
poético, jornalístico, informativo, etc...)
• Reconhece os objetivos e intenções do autor do texto;
• Extrapola o texto em estudo, associando-o com outros textos lidos,
discutidos, etc;
• Reconhecer as condições de produção do texto de forma mais simples:
quando o texto foi produzido, que o produziu, para quem, para que, onde foi
publicado);
• É capaz de dialogar com novos textos e/ou textos já lidos, posicionando-se
criticamente diante deles;
• Manipula o dicionário com autonomia para elucidar dúvidas ortográficas;
• Interpreta linguagem não exclusivamente verbal.
279
Escrita:
• Reestrutura textos revisando os desvios do uso convencional da língua,
dando maior coerência, coesão e capacidade argumentativa na sua produção
escrita;
• Escreve com clareza, coerência e argumentação;
• Adequação à norma padrão;
• Há melhora na argumentação, isto é, procura dar sustentação argumentativa
nos textos que desenvolve, evitando o senso comum;
• Utiliza os sinais de pontuação;
• Utiliza os tempos verbais;
• Acentua as palavras devidamente;
• Reconhecer maiúsculas e minúsculas, empregando-as na escrita;
• Faz concordância verbal e nominal;
• Sabe transformar discurso direto em discurso indireto e vice-versa;
• Elimina marcas da oralidade no texto;
• Utiliza adequadamente os elementos coesivos (pronomes, adjetivos,
conjunções,...) substituindo palavras repetidas no texto.
CONTEXTUALIZAÇÃO
O professor da sala de apoio deverá fazer um trabalho de
intervenção pedagógica realizado com base em atividades lúdicas, tendo por
objetivo principal desenvolver o aluno em seu aspecto psicomotor, visto que
sabemos da grande importância deste para a aprendizagem da leitura, escrita e
oralidade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Com o trabalho realizado na sala de apoio, temos a finalidade de
atender o aluno de uma forma individualizada, ou seja, com um número bastante
reduzido, desta forma o trabalho fruirá de forma transparente e o aprendizado
acontecerá com a participação interativa de todos os educandos. Pretende-se que
280
eles participem oralmente, criem, produzam para sejam avaliados ao final de cada
aula.
Dessa forma, o professor deverá estar sempre motivado,
procurando variar ao máximo possível as atividades propostas para alcançar seus
objetivos, superando de forma satisfatória e prazerosa as dificuldades apresentadas
por parte de cada educando, sendo necessário que o professor faça as intervenções
pedagógicas através de jogos, quando possível. Assim o aluno se manterá motivado
e poderá assimilar com mais facilidade a sua defasagem e com isso ocorrerá o tão
esperado ensino-aprendizagem do educando que se encontra com dificuldade de
apropriação de conteúdos.
AVALIAÇÃO
A avaliação de aprendizagem dos alunos será diagnóstica, descritiva
e contínua, devido ao professor apresentar a necessidade de indicar se o aluno
desenvolveu os conteúdos trabalhados. A observação de superação das
dificuldades de apropriação de conteúdos que os alunos demonstram possuir deverá
ser superada com as intervenções pedagógicas dos docentes de sala de apoio à
aprendizagem e dever-se-á considerar o seu progresso escolar, tendo como
parâmetro os avanços referentes ao seu próprio desempenho.
9.2 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM – 5ª SÉRIE – MATEMÁTICA
CONCEPÇÃO
A Sala de Apoio à Aprendizagem é um Projeto do Governo
Estadual do Paraná, que nesta escola foi implantado em 2004 e vem dando bons
resultados desde a sua autorização, devido à necessidade de evolução escolar
quantitativa e qualitativamente.
Os alunos da sala de apoio deverão ser os que têm dificuldade de
apropriação de conteúdos, sendo assim os professores deverão oferecer as
281
condições necessárias para que os alunos aprendam e participem de forma
prazerosa de exercício de cidadania, voltada para uma concepção sócio-
interacionista.
Para que isto ocorra, o professor juntamente com a equipe
pedagógica deverá intervir nas dificuldades de apropriação de conteúdos dos
alunos, proporcionando-lhes técnicas e estratégias para os mesmos escolherem
como eles querem aprender, oferecendo opções de aprendizagem para os
educandos, isto é, se o aluno não consegue aprender com uma estratégia o
professor deverá ter em mãos estratégias diversificadas.
As dificuldades enfrentadas no dia-a-dia dentro do contexto da sala
de aula têm sido grande desafio para acabar com os frequentes fracassos na escola.
A grande problemática é devido a vários fatores: dificuldades de apropriação dos
conteúdos, alunos faltosos, falta de compromisso da família, falta de dedicação e
envolvimento do aluno, ritmos diferenciados de aprendizagem, falta de limites dos
alunos, falta de estímulos que possam enriquecer sua capacidade de expressão
individual por meio de participação criativa e outros fatores que envolvem o contexto
familiar do aluno.
A sala de apoio é importante para que a escola possa propor aos
alunos a oportunidade de realizar, no horário contrário, atividades de recuperação na
disciplina de matemática que o aluno encontra-se em defasagem.
O atendimento pedagógico na sala de apoio deve contemplar os
conteúdos de forma que os alunos ampliem seus conhecimentos, construindo novos
significados dentro de um contexto social.
A matemática pode contribuir para a formação do educando ao
desenvolver metodologias que enfatizem a construção de estratégias, análise de
resultados, atividades diversificadas, iniciativa pessoal e coletiva e a autoconfiança
para resolver problemas.
CONTEÚDO
Dentro do estudo da disciplina de matemática deve-se priorizar os
seguintes conteúdos:
282
Números
01 – Leitura de números;
02 – Escrita de números;
03 – Classificação e Seriação;
04 – Antecessor e sucessor;
05 – Ordem (crescente, decrescente);
06 – Organização do S.N.D.;
07 – Valor posicional do algarismo;
08 – Números naturais;
09 – Pares e ímpares;
10 – Igualdade;
11 – Desigualdade;
12 – Números Decimais;
13 – Números Fracionários.
14 – Operações;
15 – Adição;
16 – Multiplicação;
17 – Subtração;
18 – Divisão;
19 – Noções de equivalência/proporcionalidade.
OBJETIVO GERAL
• Conscientizar a família sobre a importância de sua participação efetiva na
melhoria da educação de seus filhos, fazendo com que haja mais
responsabilidade e comprometimento dos mesmos com a escola e
consequentemente melhorar o relacionamento entre família e escola;
• Recriar espaços de participação e troca entre família e a escola;
OBJETIVOS GERAIS
• Trabalhar os conteúdos de forma que o aluno compreenda a Matemática
como um meio de resolver situações cotidianas;
283
• Possibilitar situações aos alunos para buscar a “construção dos significados”;
• Desenvolver o raciocínio e o espírito crítico.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Ler e escrever números naturais;
• Distinguir notação posicional e notação não posicional;
• Compreender o sistema de numeração decimal;
• Identificar as ideias presentes nas quatro operações;
• Desenvolver com paciências as atividades;
• Ler e entender o que leu, elaborar estratégias e procedimentos para resolver
o problema, registrar a resolução de forma clara e precisa.
CONTEXTUALIZAÇÃO
O educador deverá trabalhar os conteúdos de forma que os alunos
compreendam as aplicações práticas e os conceitos matemáticos no mundo atual
dentro de sua realidade. Assim sendo, sempre que possível os conteúdos
matemáticos serão desenvolvidos através de situações problemas reais, onde o
aluno deverá ler e interpretar, buscando uma solução. O professor orientará o aluno
para a solução.
O objetivo do trabalho em sala de apoio é o de dar atendimento
individualizado, de forma que o aprendizado aconteça com o envolvimento e a
participação interativa de todos os educandos para que criem, produzam e se
avaliem ao final de cada aula.
Assim sendo, os professores deverão estar sempre motivados
procurando desenvolver seu trabalho com atividades diversificadas e especialmente
propostas para atingir seus objetivos, superando as dificuldades de forma
satisfatória e prazerosa, explorando principalmente as vias dos jogos pedagógicos.
284
Portanto faz-se necessário que o professor realize as intervenções
pedagógicas, sempre que possível, através de jogos, assim os educandos se
sentirão motivados e poderão assimilar com mais facilidades os conteúdos
propostos, superando suas dificuldades.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Através do atendimento oferecido ao aluno da Sala de Apoio, tem-se
a finalidade de obter um trabalho de forma individualizada, ou seja, com um número
bastante reduzido de alunos, será possível realizar um atendimento individualizado e
assim o aprendizado acontecerá com a participação interativa de todos os
educandos. Pretende-se que eles participem oralmente, criem situações problemas
de sua vida cotidiana e se avaliem ao final de cada aula.
Com este procedimento, o professor também se manterá motivado,
procurando diversificar o máximo possível as atividades propostas para alcançar
seus objetivos superando de forma satisfatória e prazerosa as dificuldades
apresentadas por parte de cada educando sendo necessário que o professor faça as
intervenções pedagógicas sempre através de jogos quando possível. Assim o aluno
se manterá motivado e poderá assimilar com mais facilidade a sua dificuldade de
apropriação do conteúdo e com isso acontecerá o tão esperado ensino-
aprendizagem do educando que se encontra defasado.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve fazer parte integrante do processo ensino-
aprendizagem em que o objetivo não é a verificação da quantidade de informações
retidas, mas sim a qualidade. A avaliação deve servir como instrumento de diagnose
do processo de ensino-aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de
postura de todos os componentes desse processo (aluno – professor – conteúdo –
metodologia – instrumento de avaliação). Sendo assim, a avaliação de
285
aprendizagem dos alunos será descritiva, diagnóstica e contínua, devendo o
professor indicar se o educando progredir nos conteúdos trabalhados. A observação
de aprendizagem do aluno deverá considerar o seu desenvolvimento tendo como
parâmetro os avanços referentes ao seu próprio desempenho.
9.3 ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR VIVA ESCOLA
DANÇA E ESCOLA: UM DIALOGO COM O CORPO
JUSTIFICATIVA:
O mundo contemporâneo é caracterizado pela diversidade e
multiplicidade, e é sob essa perspectiva que seria interessante lançarmos um olhar
mais crítico sobre a dança na escola. A transmissão de conhecimento hoje, como
sabemos, não se restringe mais às quatro paredes da escola. Ao contrário, muitas
vezes nossas escolas estão correndo atrás das informações mais recentes e de
fácil, rápido e direto acesso pelas redes de comunicação, ditando muitas vezes
informações e ações massificadas.
Neste mar de possibilidades característico da época em que
estamos vivendo, talvez seja este o momento mais propício para também refletirmos
criticamente sobre a função e o papel da dança na escola formal. Atentos ao fato de
que a escola deve dialogar com a sociedade em transformação, ela é um lugar
privilegiado para que o ensino de dança se processe com qualidade, compromisso e
responsabilidade.
Poderíamos hoje pensar em uma proposta educacional que
integrasse e valorizasse igualmente estas duas culturas de modo a viabilizar uma
maior comunicação, interação e diálogo entre “novo” e “velho”, áudio-visual e livro, o
sensível e a razão, alunos e professores, crianças, jovens e adultos, cidadãos e
sociedade. Com isto, estaremos engajados em um processo educacional que
realmente valoriza a pluralidade cultural, a diferença e o conhecimento
interdisciplinar que se realiza através do diálogo contínuo entre corpo, mente,
sociedade.
286
A dança nas escolas – e portanto em sociedade -, necessita hoje,
mais do que nunca, de atores competentes, críticos e conscientes de seu papel no
que se refere a dialogar e oferecer a alunos e alunas das redes públicas de ensino,
que de outra forma não teriam estas oportunidades, propostas de dança que
efetivamente contribuam para construção da cidadania; ou seja partimos da
"Dancinha" para "A Dança".
CONTEÚDO:
-Desenvolvimento de atividades que envolvam as diversas formas e estilos de
dança: folclóricas, regionais, de salão, contemporânea,etc;
-Vivência, experimentação e criação em e danças;
- Trabalhar a criatividade, a técnica e improvisação através: princípios do movimento
como a respiração, equilíbrio, apoios, dinâmica postural; elementos do movimento o
quê, como, onde e com que nos movemos; processos da dança;
- Dimensões sócio-histórico-culturais da dança e aspectos estéticos
história, estudos étnicos, música, crítica e estética
- Relações entre o ensino de dança nas escolas e a sociedade contemporânea
conceitos de tempo, espaço, corpo e novas tecnologias.
OBJETIVOS:
− Contribuir de maneira significativa para a entrada definitiva da dança na proposta
curricular da escola;
− Trabalhar na teoria e na prática propostas para o ensino de dança que integrem
o fazer, a apreciação e a contextualização artísticas;
− Resgatar aspectos culturais, históricos e sociais nas apresentações de danças-
Contribuir para formação de grupos de dança conscientes e interessados em
educação e arte;
− Vivências artísticas e exercícios de dança contemporânea, folclóricas, circulares,
modernas,etc;
287
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
− Vivências artísticas e exercícios de dança contemporânea, folclóricas, circulares,
modernas, etc;
− Apreciação de dança ao vivo e em vídeo;
− Discussões e problematização sobre o vivido e apreciado;
− Leituras e discussões de textos;
− Elaboração e aplicação de projetos de ensino da dança e apresentações em
atividades extra curriculares, datas festivas;
− Elaboração e execução de um festival de dança;
INFRAESTRUTURA:
Sala de aula, sala de computação, quadra poliesportiva, pátio e
refeitório.
RESULTADOS ESPERADOS:
A presença da dança nas escolas já faz parte da história da rede
pública, a tônica da maioria no entanto é a de ausência ou, então, de tentativas
isoladas bem sucedidas ou não. Portanto o que espera-se do projeto é a criação de
identidade da cultura da pratica da dança envolvendo a comunidade escolar, através
de formação de grupos de dança, execução de coreografias mais elaboradas e
consciente nos temas e movimentos.
Elaboração de apresentações e um festival de dança.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:
Os participantes terão que frequentar as aulas semanais, tendo a
possibilidade de justificar sua ausência por no máximo duas vezes. E também a
responsabilidades de contribuição com a formação do grupo de dança, bem como as
ações e execuções nas apresentações.
288
O ESPORTE ANALISADO E VIVENCIADO EM DIFERENTES PERSPECTIVAS
JUSTIFICATIVA:
Entendendo o esporte enquanto fenômeno cultural e social e admitindo que as
diversas manifestações esportivas estão enraizadas na cultura de atividades das
crianças e adolescentes, muitas vezes como atividade lúdica,e, a maioria das vezes
apenas como prática sem reflexão, abre-se a possibilidade de abordar esta temática
em uma perspectiva pedagógica em que o olhar superficial e simplista possa ser
superado e elevado à categoria de conhecimento relevante na formação dos
estudantes. Este conteúdo Esporte pode e deve ser abordado de forma crítica, com
análise e reflexão de temas como: esporte e mídia, o esporte enquanto prática
capitalista, mercadorização de atletas, precocidade na profissionalização
esportiva,etc. Como projeto complementar às aulas de Educação Física, visa
atender os alunos em seu tempo livre, ocupando-se assim com atividade inclusiva e
sócio-educativo. Essa atividade propiciará os alunos a aquisição de valores,
compromisso, solidariedade e o respeito humano e também a compreensão de que
jogo se faz a dois, e que é diferente jogar com o companheiro e jogar contra o
adversário (Coletivo de autores, 1992, p.71).
CONTEÚDOS:
Estudar esporte é muito mais do que reproduzi-lo, é analisá-lo, realizando a crítica e
percebendo inclusive seus limites, para daí possibilitar a construção de uma nova
proposta. A adolescência compreendendo a faixa etária de 12 a 18 anos, é um
período bastante longo e diferenciado na vida do ser humano, principalmente se
comparado a infância. È legítimo afirmar que a adolescência se divide em duas
fases distintas: uma inicial, marcada por transformações significativas em todos os
aspectos do desenvolvimento; a outra final, marcada por uma consolidação de
papéis e de objetos (BEE, 2003). Socialmente, o adolescente passa por duas fases
distintas (PIAGET, 1998); num primeiro momento aparece à fase de interiorização,
na qual, a exemplo do que acontece com a criança pequena, manifesta-se
289
centralizador, reflexivo, emerge em seus pensamentos condenado a sociedade atual
e reconstruindo-se a seu modo. É comum que o adolescente (inicialmente)
apresente por exemplo, o desejo de realizar apenas aquilo que gosta de fazer,
ludibriar os outros na realização das atividades propostas, de sentir-se "importante",
diferente dos outros, de não assumir responsabilidades, de sentir-se
incompreendido.(MEINEL, 1994) alimenta a ideia de que a adolescência é
caracterizada por duas fases distintas: uma de reestruturação e outra de
estabilização das habilidades e destrezas motoras, diante disto, penso, a exemplo
de (FREIRE,1998,p.148) \" Ensinar exige uma certa organização, experiência,
prática, teoria, técnicas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Prática Esportiva: Voleibol; Futsal; Handebol; Basquetebol. O esporte na sociedade
capitalista; Adaptação do esporte à realidade escolar; Valorização que privilegie o
coletivo em detrimento do individual; Compromisso com a solidariedade e respeito
humano; Discussão a respeito de regras e suas evoluções; Reconhecer as
possibilidades de ações e organização coletiva; Várias formas de jogos:
competitivos, cooperativos, etc. Valorização das culturas locais e regionais.
OBJETIVOS:
Propiciar aos alunos condições de argumentação mais crítica e reflexiva do tema;
promover o bem estar físico e social dos alunos por meio da capacidade de se
relacionar e trabalhar em equipe.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:
O projeto abordará tópicos que poderão ser coletados em reportagens escritas
(jornais, revistas), ou mesmo reportagens de TV e Internet; estes tópicos serão lidos,
debatidos e expostos em mural. Quanto à prática propriamente dita do esporte se
dará de forma lúdica e cooperativa, através da adaptação de regras e formas de
jogar diversificada. Através de atividades de leitura e produções de textos que
auxiliam o aluno a formar conceitos próprios a partir do seu entendimento da
realidade bem como relatá-los com clareza e coerência. Os esportes devem ser
290
trabalhados através de uma práxis, onde suas raízes históricas, concepções e
evolução social, são levantadas e debatidas. Incentivar a criação e modificação de
regras e táticas dos jogos e esportes, onde os alunos participem democraticamente.
INFRAESTRUTURA:
Ginásio de Esportes Municipal; sala de computação, sala de aula e a quadra
poliesportiva do estabelecimento.
RESULTADOS ESPERADOS:
Que os alunos ao final do projeto sejam capazes de argumentar de forma crítica e
reflexiva sobre o tema Esporte e também participe das práticas corporais lúdicas,
sabendo que o importante é participar das atividades, tendo como objetivo maior sua
qualidade de vida.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:
O aluno deverá ser avaliado nas dimensões: conceitual; cultural; histórica; social;
etc. A avaliação levará em conta a participação, interesse, motivação das
manifestações corporais, auto e heteroavaliação. Levará em conta a frequência de
cada aluno, no qual 03 faltas consecutivas sem justificativa o aluno será desligado e
substituído do projeto.
PLANO DE AÇÃO DOCENTE:
OBJETIVO GERAL: Proporcionar aos alunos conhecimentos teóricos - práticos,
levando-os a uma autonomia de execução das práticas de forma prazerosa, segura
e adequadas,contribuindo assim para uma boa qualidade de vida.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Compreender as diferenças entre esporte da escola, esporte de rendimento e a
relação entre esporte e lazer;
- Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte;
- Compreender a função social do esporte;
291
- Propiciar condições para obter informações sobre dopping, recursos ergogênicos
utilizados e nutrição;
- Conhecer os diferentes passos, posturas,conduções, formas de deslocamentos
entre outros;
- Analisar e discutir a profissionalização esportiva em todos os aspectos;
-Propiciar condições do aluno para valorizar o coletivo sendo este comprometido
com a solidariedade e o respeito humano;
- Compreender que o jogo depende do rendimento coletivo.
METODOLOGIA:
- Leitura de texto sobre o esporte na mídia;
- Analisar reportagens sobre a profissionalização no esporte;
- Identificar na prática as regras do futsal e futebol;
- Discutir através de vídeos sobre esportes em alto nível;
- Modificar as regras utilizando materiais esportivos variados, ou seja, bolas de
diferentes esportes; - Praticar atividades recreativas aplicando as regras e
fundamentos dos desportos;
- Utilizando o laboratório de informática pesquisar sobre o dopping;
- Utilizando cones, arcos, realizar o domínio de bolas variadas com os pés.
AVALIAÇÃO: O aluno deverá realizar um comentário como se ele fosse um
comentarista esportivo para análise de regras, fundamentos e sistema de ataque e
defesa. Participação ativamente em todas as atividades propostas sendo teórico ou
prático.
9.4 CELEM / ESPANHOL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
No âmbito do processo de ensino e aprendizagem da Línguas
Estrangeiras Modernas (doravante LEM), as Diretrizes Curriculares da Educação
Básica (doravante DCE) para Língua Estrangeira Moderna, afirmam que:
292
As propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e demandas sociais e contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações. (DCE, 2008, p. 38).
Dentro desse contexto, o idioma a ser ensinado não é neutro, pois
ao ser estudado instiga o aluno a refletir sobre as civilizações estrangeiras e
tradições culturais de outros povos, trazendo consigo fatos culturais, diferentes
formas de pensar e ver o mundo. Desta forma o ensino da língua espanhola vem
acrescentar, não só a aquisição de uma língua, mas também, ampliar sua
capacidade interpretativa e cognitiva.
O trabalho com a língua estrangeira em sala de aula parte do
entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros
instrumentos de acesso à informação, pois as línguas estrangeiras são
possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e
de construir significados.
A Resolução nº 3904/2008 de 27 de agosto de 2008, reitera,
a importância que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) tem no desenvolvimento do ser humano quanto a compreensão de valores sociais e a aquisição de conhecimento sobre outras culturas (SUED/SEED, 2008).
O ensino de LEM, se justifica com prioridade, pelo objetivo de
desenvolver a competência comunicativa (linguística, textual, discursiva e
sociocultural), ou seja, este desenvolvimento deve ser entendida como a progressiva
capacidade de realizar a adequação do ato verbal às situações de comunicação.
Se a comunicação sempre ocorre por meio de textos, pode-se dizer
que o objetivo do ensino de LEM corresponde ao desenvolvimento da capacidade de
produzir e compreender textos nas mais diversas situações de comunicação.
Contudo,
um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os envolvidos no processo pedagógico façam o uso da língua que estão aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno
293
numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo. (DCE, 2008, p. 57).
Reitera-se a importância que a habilidade de compreensão e
expressão oral tem no ensino e aprendizagem de LEM oportunizando ao aluno a
possibilidade de compreender e expressar-se observando os princípios da gramática
e dos elementos culturais.
Também exploraremos a habilidade de compreensão leitora visando
a interpretação, a compreensão, a leitura e a produção (oral, escrita e visual) de
diferentes gêneros textuais.
Segundo Bakhtin é no espaço discursivo criado na relação entre o
eu e o outro que os sujeitos se constituem socialmente, deste modo a língua
espanhola apresenta-se como espaço para ampliar o contato com outras formas de
conhecer e com outros procedimentos interpretativos de construção da realidade.
OBJETIVOS GERAIS
Espera-se que o aluno:
• Use a língua em situações de comunicação oral e escrita, quando necessário.
• Vivencie, na aula, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer
relações entre ações individuais e coletivas envolvendo a língua espanhola.
• Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social.
• Tenha consciência da importância da língua aprendida na sociedade.
• Reconheça e compreenda a diversidade da linguística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
• Tenha consciência da importância da língua aprendida sociedade.
CONTEÚDOS
Os conhecimentos que identificam e organizam os campos de
estudos escolares de Língua Estrangeira Moderna são considerados a base para a
compreensão do objeto de estudo dessa disciplina. Portanto, para o seu ensino e
294
aprendizagem, as discussões pertinentes aos conteúdos encontram-se imbricadas
em seu conteúdo estruturante, bem como nos conteúdos básicos, propostos pelas
Diretrizes Curriculares da Educação Básica para LEM. Os conteúdos estruturantes
se constituem através da história, são legitimados socialmente e, por isso, são
provisórios e processuais.
O conteúdo estruturante do ensino de língua espanhola é o discurso
como prática social, sendo esta desenvolvida pelas habilidades de: audição,
compreensão, leitura, escrita e oralidade.
Segundo Bakhtin (1952, p. 279), os gêneros de discurso são
definidos como “tipos relativamente estáveis e heterogêneos de enunciados dentro
de uma esfera de utilização da língua” e ainda caracterizados por três elementos: o
conteúdo temático, o estilo e a construção composicional.
Os gêneros textuais “são definidos como textos orais ou escritos
materializados em situações comunicativas recorrentes organizando nossa fala e
escrita assim como a gramática organiza as formas linguísticas”. (MARCUSCHI,
2006, p. 35).
Assim, não cabe mais à escola apenas ensinar o aluno a ler e
escrever em e/ou na LEM: é preciso instruí-lo a relacionar a língua às suas práticas
sociais.
Para que ocorra real aprendizado não só da língua, será ofertado
uma diversidade textual com uma progressão entre as séries. Estes textos
observarão as marcas linguísticas, sociais e culturais particulares de cada país que
fala o espanhol. Reitera-se a necessidade de explorar as práticas de oralidade,
leitura e escrita a partir da seleção dos gêneros textuais. Conforme Bakhtin (1952), o
indivíduo primeiro define o seu propósito, para então decidir o gênero textual que
utilizará.
Em relação ao trabalho com a oralidade nas aulas “têm como
objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos (...) é
aprender a expressar ideias de Língua Estrangeira mesmo que com limitações. (...)
também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua
que está aprendendo” (DCE, 2008, p. 66). Dentro desse contexto, pretende-se
295
explorar gêneros textuais próprios da oralidade como a publicidade da televisão e
da rádio, por exemplo.
No que diz respeito à prática de leitura, observa-se que o primordial
da utilização dos gêneros textuais na aprendizagem de LEM, torna a aquisição do
conhecimento mais significativa e mais próxima das práticas sociais das quais o
aluno interage.
De acordo com as DCE (2008, p. 65), a respeito da leitura
discursiva,
na medida em que os alunos reconheçam que os textos são representações da realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais crítica em relação a tais textos. Poderão rejeitá-los ou reconstruí-los a partir de seu universo de sentido, o qual lhes atribui coerência pela construção de significados.
O processo de leitura a partir dos gêneros textuais considerando que
estes são constituídos de um determinado modo e com uma certa função dentro de
um domínio discursivo, requer a construção de sentidos dos textos considerando
que,
a escrita/fala baseiam-se em formas padrão e relativamente estáveis de estruturação e é por essa razão que, cotidianamente, em nossas atividades comunicativas, são incontáveis as vezes em que não somente lemos textos diversos, como também produzimos ou ouvimos enunciados. (KOCH; ELIAS, 2007, p. 101).
No que tange as práticas da escrita, “não se pode esquecer que ela
deve ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa” (DCE,
2008, p. 66).
As condições dessa produção escrita e o uso de variados gêneros
textuais desenvolverão no aluno:
a possibilidade ou necessidade de usar a língua escrita como forma de comunicação, de interlocução em situações na qual a expressão escrita se apresente como uma resposta a um desejo ou uma necessidade de comunicação, de interação (leitores) para quem escrever. (SOARES, 1999 apud WOGINSKI, 2008, p. 63).
296
Salienta-se a importância de desvincular-se (pelo menos
parcialmente) das questões de adequação formal no processo da escrita para focar-
se também à adequação comunicativo-discursiva do texto.
A elaboração de atividades que envolvam a diversidade dos gêneros
textuais, como a (re)produção de uma carta (formal ou informal) ou um bilhete
certamente atenderão a demanda das práticas linguísticas da escrita, bem como
oportunizarão a reflexão sobre os mecanismos linguísticos que envolvem o processo
da escrita.
Abrangendo esses ícones, pretende-se ensinar a língua espanhola
de modo que a mesma possa ser utilizada em diversas situações na vida do aluno.
A seguir, apresentaremos os conteúdos a serem trabalhos a cada
ano do curso de Língua Estrangeira Moderna (Espanhol).
Conteúdos por série:
1º ano
Lexical: nacionalidade, profissões, números, corpo humano, formas de
apresentação e de identificação, nome dos alimentos.
Gramática: o alfabeto, sons do espanhol, manejo do dicionário, separação de
sílabas, soletração, verbos: ir/ser/estar/hacer/irse/tener/costar/valer, artigos, modos
verbais: presente/imperativo, verbos regulares e irregulares, pronomes, regras de
acentuação, preposição.
Cultural: a língua espanhola no mundo, as comidas típicas e seus horários, o conto
espanhol, a vida e a obra de Pablo Neruda e os heterosemânticos/heterogenéricos.
2º ano
297
Lexical: os tipos de moradia, como localizar-se, hábitos familiares, alimentos e
nutrição, utensílios domésticos, meio ambiente, o vestuário, tempo (dias, meses,
horas...), os esportes.
Gramática: verbos: estar/tener/haber, modos verbais: pretéritos, pronomes
interrogativos e complementos, verbos e expressões usuais na cozinha, verbos para
expressar opiniões, preposições: para/por/sin/sobre, perifrasis, artigo “lo”.
Cultural: vida e obra de Pedro Almodóvar, danças típicas dos países hispano-
falantes, produções de tiras e quadrinhos por escritores da língua espanhola.
Aprimoramento
Lexical: instrumentos e meios de comunicação , os alimentos e suas
embalagens,os animais e seus alimentos, comércio e outros estabelecimentos,
vocabulários de casa, materiais escolares, os transportes e os combustíveis ,
fenômenos climáticos, fases evolutivas da história do homem e suas atividades,
signos do zodíaco, sentimentos, meio ambiente, a globalização.
Gramática: os modos verbais, os pronomes pessoais; de tratamento; possessivos;
demonstrativos; indefinidos, adjetivos possessivos, verbos regulares e irregulares,
advérbios de lugar; tempo; quantidade; modo; negação; afirmação e dúvida,
formação do plural, contração e combinação de preposição com artigos.
Cultural: O caminho de Santiago, a juventude na Espanha, as delícias do mundo
hispânico, Eva Perón, o tango (dança), festas populares na Espanha, algumas
crenças e aspectos culturais do mundo hispânico, as muralhas de Ávila, Don
Quixote de la Mancha.
Estruturas comunicativas: para cumprimentar e despedir, perguntar como está
uma pessoa, perguntar o nome de alguém, descrever as pessoas e expressar
hipóteses, comunicar por telefone, perguntar e dizer dados pessoais, perguntar
preços, atender e agradecer em estabelecimentos comerciais, pedir e dar
298
informação, manifestar impressões e sentimentos, expressar preferencias, ordenar,
pedir e orientar.
METODOLOGIA
A metodologia referente à disciplina de Língua Estrangeira Moderna,
está pautada na seguinte afirmação de que,
o trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados (DCE, 2008, p. 63).
Dessa forma, os procedimentos teórico-metodológicos possibilitarão
atender as necessidades do aluno enfatizando os aspectos e as experiências
cotidianas.
Logo, “o ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna
será o texto, verbal e não-verbal, como unidade de linguagem em uso” (DCE, 2008,
p.63), bem como afirma Marcuschi (2003, p. 22), de que “é impossível se comunicar
verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossível se comunicar
verbalmente a não ser por algum texto”. Portanto, a principal ferramenta de ensino é
justamente a funcionalidade da língua de estudo na qual o aluno é conduzido a
vivenciar situações concretas (reais) de fala e escrita e a desempenhar funções
linguísticas a partir do uso de textos.
Assim, as práticas do ensino de LEM estarão subsidiadas pela
apropriação dos,
vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si (DCE, 2008, p. 61).
299
Observa-se que os estabelecimentos de ensino sempre
utilizaram textos para o desenvolvimento de atividades de compreensão leitora e
produção escrita. No entanto, o que se abordava a partir do uso desses textos eram
os aspectos gramaticais visando os elementos puramente estruturais da língua, isto
é, concebendo-a como código e desconsiderando-a enquanto discurso.
Ao utilizar-se dos diferentes gêneros textuais com fins
educacionais, obtêm-se textos didatizados, ou seja, textos muitas vezes elaborados
para atender determinadas necessidades da sala de aula como a exploração de
algum aspecto gramatical, por exemplo.
Com relação a “escolarização dos gêneros”, Kleiman (1998)
refere-se ao fato de que ao “escolarizar” esses gêneros, certamente servirão de
pretexto para o ensino do código da língua sem atrelar-se aos aspectos discursivos
como a definição do gênero, bem como as práticas discursivas pertinentes a este:
oralidade, leitura e escrita.
No que se refere a didatização de gêneros textuais, Woginski
(2008, p. 63), reitera que,
devemos lembrar, de que o uso e o manejo de um gênero textual, qualquer que seja ele, deve provocar no aluno a curiosidade e a busca pela expressão, atribuição e (re)construção de sentidos com os textos. [grifo do autor]
O ensino de LEM deverá abordar também as questões
relacionadas às Literaturas de Línguas Estrangeiras, pois os textos literários são
materiais muito ricos não se limitando a aspectos estruturais da língua, bem como
estes textos literários divulgam, aproximam e valorizam a cultura de um povo.
Sobre a questão do potencial didático dos gêneros textuais do
domínio literário, observa-se que
a literatura é um meio ideal para desenvolver a consciência e a apreciação do uso da linguagem em suas diferentes manifestações, já que aquela apresenta a linguagem em um contexto autêntico, em registros e dialetos variados, dentro de um macro social
(MICKSY, 1982 apud WOGINSKI, 2004, s/p).
As DCE (2008, p. 67) demostram que “ao apresentar textos literários
aos alunos, devem-se propor atividades que colaborem para que ele analise os
300
textos e os perceba como prática social de uma sociedade em um determinado
contexto sociocultural”.
De acordo com Woginski (2008, p. 64), fundamentado nos estudos
de Lopes-Rossi (2006), “o trabalho com os gêneros desenvolvido através de projetos
pedagógicos é ideal para melhorar a apropriação das características típicas dos
gêneros”.
Assim sendo, é necessário que estes projetos pedagógicos sejam
organizados em “módulos didáticos” objetivando a aquisição da língua-alvo partindo
do gênero textual como conteúdo básico da disciplina de LEM, conforme abaixo:
a) módulo didático de leitura, no qual o aluno será levado a
caracterizar o gênero de estudo e a reconhecê-lo na sociedade tendo como base
uma necessidade (ou motivo) de produção (de interação) escrita ou oral, bem como
discutir e conhecer as propriedades discursivas, temáticas (o que geralmente é dito
nesses mesmos gêneros), estilísticas (o que geralmente é registrado como marca
enunciativa do produtor desses gêneros, o que é utilizado como recurso linguístico e
a análise linguística: recursos gramaticais, lexicais e recursos não verbais) e
composicionais (como geralmente é organizado esse gênero, qual é a sua
característica e a sua sequência tipológica) do gênero selecionado;
b) módulo didático de produção escrita, no qual aluno e professor
poderão planejar a produção e coletar informações para a primeira versão da escrita
do texto. Na sequência revisar e re-escrever o texto produzido em colaboração
(aluno e professor) e por fim a produção final procurando aproximá-lo daqueles
gêneros que circulam na sociedade;
c) módulo didático de divulgação ao público, no qual aluno e
professor poderão indicar o suporte (meio) para a circulação do gênero produzido,
bem como realizar ações para efetivar esta circulação fora da sala de aula e se
possível da escola.
As atividades desenvolvidas através de “módulos didáticos” deverão
se caracterizar como uma sequência didática a qual é definida como “um conjunto
de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um
gênero textual oral ou escrito” (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004, p. 97).
301
Salienta-se que as atividades elaboradas para o ensino de LEM,
deverão ser desenvolvidas em três etapas:
a) etapa de pré-leitura, na qual pretende-se ativar os
conhecimentos prévios do aluno, bem como discutir questões referentes à temática,
construir hipóteses e antecipar elementos do texto que poderão ser tratados a partir
do texto, antes mesmo da leitura;
b) etapa de leitura, na qual pretende-se comprovar ou
desconsiderar as hipóteses anteriormente apresentadas;
c) etapa de pós-leitura, na qual pretende-se explorar a
compreensão de leitura e expressão escrita, bem como atividades que explorem a
compreensão e expressão oral e a elaboração de atividades variadas, não
necessariamente ligadas aos elementos gramaticais.
Por último, salienta-se que na aula de Língua Estrangeira Moderna o
aspecto cultural deverá caracterizar-se como prática e hábito no processo de
aquisição de uma LEM, pois segundo Giovannini (1996) citado por Woginski (2004,
s/p), “uma língua desvinculada de sua cultura converte-se em um instrumento estéril
e carente de significados”. Portanto, ensinar os elementos culturais que regem uma
língua e esses articulados aos próprios elementos linguísticos dessa língua
favorecem, além da aquisição da língua, também, a aquisição do modo de viver
daqueles que a falam.
AVALIAÇÃO
A avaliação do rendimento escolar será ampla e continua no sentido
de revelar o aproveitamento e o grau de desenvolvimento atingido pelo aluno, bem
como, de proceder à apuração de aprovação:
a) proporcionar ao aluno a possibilidade de fazer uma síntese das
experiências educacionais vivenciadas;
b) possibilitar através de registro de dados, controle e a identificação
das dificuldades e deficiências do aluno no processo de aprendizagem.
Na apuração do rendimento escolar levará em conta as diversas
formas de avaliação. A avaliação será constante, tendo um caráter de diagnóstico
302
das dificuldades e de assessoramento na superação das mesmas e deverá
abranger:
a) Avaliação de Aprendizagem Escrita – com referência aos
conteúdos básicos da disciplina de LEM;
b) Avaliação de Aprendizagem Oral – conhecimento da forma
estândard da língua de estudo, bem como o conhecimento e a valorização das
variantes linguísticas (escolhas, estilos, criatividade e variação da língua) a partir dos
conteúdos básicos da disciplina de LEM;
c) Atividades Avaliativas – trabalhos escritos e/ou orais
desenvolvidos individualmente e/ou em grupos como recursos para a fixação dos
conteúdos básicos da disciplina de LEM;
d) Atividades Extraclasse – trabalhos de pesquisa, exercícios de
caráter prático, materiais de apoio e projetos interculturais resultantes dos conteúdos
básicos da disciplina de LEM, objetivando a complementação dos estudos da língua-
alvo e de acordo como o Plano de Trabalho Docente.
Ao final das avaliações de aprendizagem (escrita e oral), bem como
das atividades avaliativas e das atividades extraclasse de cada bimestre será
atribuída uma média bimestral e posteriormente, uma média anual a cada aluno.
Conforme a Instrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de
2008,
6.11 A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). (...) 6.16 Os alunos do CELEM que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) serão considerados aprovados ao final do ano letivo (SUED/SEED, 2008, p, 5).
Salienta-se que ao estabelecer critérios para a avaliação,
a seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas, oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento (DCE, 2008, p. 33).
303
Por fim, de acordo com as DCE (2008, p. 32), “os instrumentos
de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades
teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos”.
CRONOGRAMA
Turma 1A / 1B – 4 horas semanais
Turma 2A – 4 horas semanais
Aprimoramento _ 4 horas semanais
Horário/dia segunda-feira terça-feira quarta-feira quinta-feira
17h30min/18h20min Turma 1A Turma 1B Turma 1A Turma 1B
18h20min/19h10min Turma 1A Turma 1B Turma 1A Turma 1B
19h20min/20h10min Turma 2 Aprimoramento Turma 2 Aprimoramento
20h10min/21h Turma 2 Aprimoramento Turma 2 Aprimoramento
Professora: Fernanda Assis de Almeida
Carga horária: 160h/a por turma
Duração: 2 anos de curso básico e 1 ano de aprimoramento.
Carga horária total: 480 h/a
REFERÊNCIAS
BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: ___. Estética da criação verbal. São
Paulo: Martins Fontes, 1952. p. 279-326.
DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a
escrita: apresentação de um procedimento. In: DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros
orais e escritos na escola. Campinas (SP): Mercado das Letras, 2004. p. 95-128.
(Tradução de Roxane Helena Rodrigues Rojo e Glaís Sales Cordeiro)
304
LOPES-ROSSI, M. A. G. Gêneros discursivos no ensino de leitura e produção de
textos, In: KARWOSKI, A. M.; GAYDECZKA, B.; BRITO, K. S. (orgs.) Gêneros
textuais: reflexões e ensino. 2. ed. Rev. E ampliada. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006.
p. 73-84.
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São
Paulo: Parábola, 2008.
________. Gêneros Textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P,;
MACHADO, A. R., BEZERRA, M. A. (orgs.) Gêneros Textuais & Ensino. 2. ed. Rio
de Janeiro: Lucerna, 2003. p. 19-36.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. 88 p. Disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/Iem.pdf>
Acesso em: 01 fev. 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Instrução Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas
(CELEM). Curitiba, 2008. 22 p. Disponível em:
<http://www.diaadia.pr.gov.br/sued/arquivos/File/Instrucao_2009/Instrução_019_CELEM.pdf
> Acesso em: 01 fev. 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Resolução nº 3904/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM).
Curitiba, 2008. 01 p.
WOGINSKI, G. R. Gêneros textuais e didatização de gêneros: reflexões sobre as
dimensões das propostas didáticas no ensino e aprendizagem de línguas
estrangeiras. In: Anais. 8º Encontro de Iniciação Científica e 8ª Mostra de Pós-
305
Graduação. Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV). União da
Vitória (PR): Meio magnético (CD-ROOM), 2008. p. 56-66.
_______. Conto literário: ferramenta de aproximação didática no ensino da língua
espanhola. In: Anais. IV Encontro de Iniciação Científica e IV Mostra de Pós-
Graduação. Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV). União da
Vitória (PR): Meio magnético (CD-ROOM), 2004. 05 p.
9.5 PROGRAMA SEGUNDO TEMPO
JUSTIFICATIVA
O Projeto Segundo Tempo, é uma iniciativa do Ministério do Esporte junto com os
Estados, o projeto é desenvolvido em comunidade de baixa renda, que não
possuem espaço adequado para prática de atividades esportivas e, que apresentam
problemas sociais de violência e uso de drogas. O projeto objetiva o atendimento de
crianças e adolescentes entre 10 e 17 anos, estes muitas vezes em situação de
risco, pois participando do projeto, estarão ocupando seu tempo livre com atividades
esportivas e recreativas dirigidas, de acordo com a sua preferência.
OBJETIVOS:
O Projeto Segundo Tempo objetiva ocupar o tempo livre das crianças pois muitas
delas por falta de oportunidades não usam este tempo de forma correta. As
atividades do Projeto são dirigidas e permitirão um despertar para uma vida mais
ativa, com um bom desenvolvimento de suas potencialidades.
Com a participação no projeto as crianças além de ocuparem seu tempo livre
deverão desenvolver algumas melhorias nos níveis físico-motor, cognitivo e sócio-
afetivo, o que irá contribuir para sua formação integral.
CONTEÚDOS:
As atividades esportivas serão trabalhadas da seguinte forma:
306
− Aquecimento com: alongamentos, corridas exercícios gerais, atividades
recreativas, etc.
− O trabalho de fundamentação de cada modalidade é de forma gradual:
− Futsal : domínio de corpo, domínio de bola, condução, passes, chutes, fintas,
sistema de ataque, sistema de defesa, jogos pré-desportivos e oficiais.
− Voleibol: domínio de corpo, domínio de bola, toques, manchete, saques, sistema
de ataque, sistema de defesa, jogos pré-desportivos e oficiais.
− Handebol : domínio de corpo, domínio de bola, passes, arremessos, infiltrações,
sistema de defesa, sistema de ataque, jogos pré-desportivos e oficiais.
− Atletismo : sequencia pedagógica de cada estilo: corrida, saltos e arremessos.
− Xadrez : história, peças movimentações, aberturas, defesas, jogos pré-
enxadrísticos e oficiais.
As modalidades são de preferência dos alunos e seguem um critério sequencial
de grau de dificuldades.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
O encaminhamento torna a atividade mais prazerosa e atrativa, o que facilita a
aprendizagem e o desenvolvimento das mesmas:
− Exposição verbal e demonstrativa pelo professor sempre que necessário,
fazendo as correções;
− Alguns exercícios necessitam ser executados individualmente após explicações;
− Sempre que necessário os jogos ou atividades recreativas serão trabalhados em
grupo;
− Os alunos poderão modificar regras ou forma de jogar para tornar a atividade
mais atrativa;
− Os alunos poderão participar de torneios, gincanas, torneios de recreio e jogos
oficiais.
INFRAESTRUTURA:
307
O projeto é desenvolvido utilizando a quadra e pátio do colégio, e outros
espaços públicos como: ginásio de esporte, quadra pública, campo de futebol
e pista de corrida.
10. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO E
DEPENDÊNCIA
10.1 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A escola é responsável pela verificação do rendimento do estudante,
mediante instrumentos previstos no regimento escolar e observadas as diretrizes da
lei. Esse é um aspecto que constitui um permanente desafio para os educadores. De
acordo com a legislação vigente, podem ser consideradas a avaliação contínua e a
cumulativa, em que prevalecem os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, bem
como os resultados ao longo do ano sobre os de provas ou exames finais, quando
adotados.
A avaliação constitui um elemento central na organização da prática
pedagógica, na medida em que favorece o processo de construção do
conhecimento. De fato, pode-se, por meio dos procedimentos e mecanismos de
avaliação, constatar, compreender e intervir nos processos de construção do
conhecimento, sendo que concorre, entre outros aspectos, como processual,
reflexiva e cumulativa, para a definição do tempo e das formas de promoção do
estudante.
É uma prática coletiva que exige a consciência crítica e responsável
de todos na problematização das situações. Seu papel é o de investigar,
problematizar e principalmente ampliar perspectivas.
É preciso legitimar a responsabilidade de refletir sobre toda a
produção do conhecimento do aluno e responsabilidade ativo do professor quanto a
um processo avaliativo mediador.
308
Corresponde a uma determinada forma de olhar a questão
pedagógica, o desenvolvimento do aluno e a construção do conhecimento. O
processo de avaliação permite ao professor analisar a sua prática pedagógica, bem
como o desenvolvimento do aluno e a construção do seu conhecimento.
Um projeto transformador deve provocar o professor para que ele se
constitua num sujeito consciente da sua ação e do papel que ele pode cumprir. Na
sala de aula, deve-se refletir sobre o que pode fazer com a criança e o jovem que
estão diante de si.
É indispensável planejar a atividade pedagógica coletivamente,
fazendo um diagnóstico do trabalho que a escola desenvolve.
10.2 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Além de pensar a avaliação como um processo coletivo, a
transparência também é fundamental. A avaliação é tanto mais discricionária quanto
mais ela se oculta por meio de critérios que não são debatidos, não são criticados e
não são acompanhados. É preciso estabelecer com clareza a proposta de trabalho.
Através de uma avaliação autêntica, o professor pode exercer sua
atividade com amorosidade crítica, localizar efetivamente onde está o problema e
lutar para supera-lo (inclusive nele mesmo: auto-avaliação), cumprindo a função
radical da avaliação de aumento de potência de vida dos educandos e educadores.
A proposta aqui apresentada visa a solidariedade ao invés da
competição, e a inclusão ao invés da exclusão.
Desta forma, avaliar torna-se uma atitude benéfica ao processo
educativo e uma forma de transparência ao trabalho desenvolvido pela escola
pública.
A relevância da avaliação proposta pela escola está direcionada à
atividade crítica, a capacidade de síntese e a elaboração pessoal, sobre a
memorização.
309
A avaliação é realizada em função de conteúdos, propostos pelas
diretrizes curriculares estaduais e descritas em nossa proposta curricular através da
utilização de métodos e instrumentos diversificados coerentes com as concepções e
finalidades educativas previstas neste projeto.
Ao aluno será oportunizado vários instrumentos de avaliação tais
como: avaliações objetivas e subjetivas, seminários, pesquisas, debates, etc.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a
reflexão sobre a ação pedagógica contribuindo para que a escola possa reorganizar
conteúdos / instrumentos / métodos de ensino, oportunizando a recuperação
permanente e concomitando de conteúdo e nota ao aluno. A recuperação será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-
metodológicos diversificados.
A avaliação da aprendizagem terá os registros e notas expressos em
uma escala de 0 (zero) a 1,0 (dez vírgula zero) em livros de registro de classe pelo
professor de cada disciplina. Segundo o regimento escolar de nossa escola os
resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o
período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar,
sendo obrigatória o seu registro.
A promoção do aluno será efetuada quando o mesmo obtiver a
média final exigida por lei (6,0) e a frequência de 75% do total de horas letivas.
Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do
Ensino Fundamental, bem como para o Curso Básico de Aprimoramento para
línguas (CELEM), a média final exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a
frequência mínima exigida por lei.
MF = 1º bim. + 2º bim. + 3º bim. + 4º bim.=6,0
4
Na promoção ou certificação de conclusão, para o Ensino Médio
organizado por disciplinas por blocos semestrais, a média final exigida é de 6,0 (seis
vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei.
310
MF = 1º bim. + 2º bim.=6,0
2
Na promoção ou certificação de conclusão, para o Curso Técnico em
Segurança do Trabalho – Eixo Tecnológico: Ambiente, Saúde e Segurança,
subsequente ao Ensino Médio, a média final exigida é de 6,0 (seis vírgula zero),
observando a frequência mínima exigida por lei.
MF = 1º bim. + 2º bim.=6,0
2
A reclassificação e a classificação, promoção e dependência,
adotados pela escola estão descritos no regimento escolar.
Os procedimentos de comunicação do desenvolvimento do aluno
aos pais ou responsáveis são: atendimento individualizado pela equipe pedagógica,
quando se fizer necessário e também pelo professor em sua hora atividade.
Através de reuniões bimestrais com o monitor da turma de forma
coletiva para orientações, sobre o processo ensino e aprendizagem dos alunos, com
entregas de boletins.
11 GESTÃO ESCOLAR
Muitos autores afirmam que o centro da organização e do processo
administrativo é a tomada de decisão. Todas as demais funções da organização (o
planejamento, a estrutura organizacional, a direção, a avaliação) estão referidas ao
processo eficaz de tomada de decisões (GRIFFITHS, 1974). Os caminhos
intencionais e sistemáticos de se chegar a uma decisão e de fazer a decisão
funcionar caracterizam a ação que chamamos gestão.
A gestão é a atividade pela qual são mobilizados meios e
procedimentos para se atingir os objetivos da organização, envolvendo aspectos
pedagógicos, administrativos e financeiros.
311
Compreendemos que a gestão democrática exige uma noção em
profundidade dos problemas da prática pedagógica. Busca resgatar o controle do
processo e do produto pelos educadores, implica em repensar a estrutura de poder
da escola, tendo em vista a socialização.
A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla
participação dos representantes e dos diferentes segmentos da escola nas decisões
ali desenvolvidas.
A direção é o princípio e atributo de gestão, mediante a qual é
canalizado o trabalho conjunto das pessoas, orientando-as e integrando-as no rumo
dos objetivos, de modo que sejam executados da melhor forma possível.
A organização e os processos de gestão incluindo a direção,
assumem diferentes significados conforme a concepção de que se tenha dos
objetivos da educação em relação a sociedade e à formação dos alunos.
Os princípios da organização e gestão escolar pressupõem que a
escola é uma instituição social que apresenta unidade em seus objetivos (sócio-
políticos e pedagógicos), interdependência no uso dos recursos (materiais e
conceituais) e a coordenação do esforço humano coletivo. Qualquer modificação em
sua estrutura ou em suas funções poderá trazer influência benéfica para a
instituição. Por haver complexidade, a organização e a gestão escolar requerem o
conhecimento e adoção de alguns princípios, com base numa gestão democrática
participativa:
• Autonomia da escola e da comunidade educativa.
• Autonomia é o fundamento da concepção democrático-participativa da
gestão escolar, razão de ser do projeto pedagógico. Autonomia de uma
instituição significativa ter o poder de decisão sobre os objetivos e suas
formas de organização, manter-se relativamente independente, administrar
livremente os recursos financeiros. Podendo juntamente com o seu coletivo
traçar seu próprio caminho.
• Relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da equipe
escolar. Conjuga o exercício responsável e compartilhado da direção, a
forma participativa da gestão e a responsabilidade de cada membro da
312
equipe escolar. Nesse princípio estão presentes a exigência da participação
de professores, pais, alunos, funcionários e outros representantes da
comunidade.
• Envolvimento da comunidade no processo escolar. A presença da
comunidade na escola, especialmente os pais e outros representantes
participam do Conselho Escolar, da Associação de Pais, Mestres e
Funcionários para acompanhar as necessidades educacionais e avaliar a
qualidade dos serviços prestados, além dos processos decisórios, dá
respaldo às determinações estaduais.
• Formação continuada para o desenvolvimento pessoal e profissional. A
concepção democrática participativa de gestão valoriza o desenvolvimento
pessoal, a qualificação profissional e a competência técnica. A organização e
a gestão do trabalho escolar requerem constante aperfeiçoamento
profissional, político, científico e pedagógico de toda equipe escolar. Implica
em conhecer bem o estado real da escola, avaliar constantemente o
processo de ensino, analisar seus resultados.
• Utilização de informações concretas e análise de cada problema e seus
múltiplos aspectos, com ampla democratização das informações, tanto
administrativas quanto pedagógicas.
• Avaliação compartilhada. Todos os procedimentos organizativos precisam
ser acompanhados e avaliados com base no princípio da relação orgânica e
a participação da equipe escolar. A organização do trabalho escolar está
voltada para as ações didático-pedagógicas em relação dos objetivos
básicos da escola.
• Relações humanas relativas e criativas assentadas na busca dos objetivos
comuns. A importância das relações interpessoais em busca da qualidade do
trabalho de cada educador, da valorização da experiência individual, do clima
amistoso de trabalho.
A instituição escolar é considerada por todos os segmentos que
compõem como um espaço educativo em que a prática pedagógica desenvolvida é
relevante em seus diferentes aspectos: administrativos, financeiros e de gestão.
313
Trabalhar com mecanismos incentivadores como: Conselho Escolar,
Conselho de Classe, APMF e Grêmio Estudantil, e com a participação da
comunidade nas decisões da escola é um meio de tornar as decisões atreladas a
realidade e responsabilidade da comunidade escolar.
11.1 Professores
A contribuição dos professores é indispensável para preparar os
educandos, não só para encarar o futuro com confiança, mas para construí-lo de
maneira determinada e responsável. A educação deve tentar vencer estes novos
desafios: contribuir para o desenvolvimento, ajudar a compreender e, de algum
modo, a dominar o fenômeno da globalização, favorecendo a coesão social. Os
professores têm um papel crucial na formação de atitudes – positivas e negativas –
perante o estudo. Devem despertar a curiosidade, desenvolver a autonomia,
estimular o rigor intelectual e estabelecer condições necessárias para o sucesso da
educação formal e da educação permanente.
A importância do professor enquanto agente de mudança,
favorecendo a compreensão mútua e a tolerância, nunca foi tão potente como hoje
em dia. e este papel será ainda mais decisivo no século XXI. Os nacionalismos
mesquinhos deverão dar lugar ao universalismo, os preconceitos étnicos e culturais
à tolerância, à compreensão e ao pluralismo, o totalitarismo deverá ser substituído
pela democracia em suas variadas manifestações, e um mundo dividido, em que a
alta tecnologia é apanágio de alguns, dará lugar a um mundo tecnologicamente
unido. É por isso que são grandes as responsabilidades dos professores, pois para
contribuírem na formação do caráter e do espírito das novas gerações, definindo-se
assim as linhas mestras de ação dos professores desta escola, uma vez que, do
compromisso com a realização dos trabalhos cotidianos, resulta o sucesso no
processo ensino-aprendizagem.
Para tanto, é necessário que se busque:
• A valorização do aluno;
• O incentivo ao desenvolvimento individual do aluno como um ser integral;
314
• A cooperação entre todos os componentes da comunidade escolar, visando o
crescimento qualitativo do Estabelecimento de Ensino;
• A participação em reuniões, grupos de estudo, cursos, enfim, situações que
possibilitem a capacitação do professor;
• Da escola, uma relação de apoio pedagógico para desenvolver as atividades,
tendo em vista a apropriação do conhecimento pelo aluno;
• A avaliação justa, priorizando a apropriação do conhecimento adquirido pelo
aluno;
• A aceitação do outro (educando) enquanto um ser em formação cognitiva,
mas completo;
• A valorização do educando levando-se em consideração as diferenças
individuais;
• O compromisso com as atribuições decorrentes da função de professor,
estabelecidas em Regimento Escolar.
11.2 Alunos
O Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva – Ensino
Fundamental, Médio e Profissional, atende em três turnos uma clientela que provem
da camada social de média e baixa renda, residentes nas proximidades da escola,
periferia e zona rural.
No período diurno é atendido o Ensino Fundamental e o Ensino
Médio, com uma clientela de pré-adolescentes e adolescentes. No período noturno
ofertamos o Ensino Fundamental, Ensino Médio e curso profissionalizante, sendo a
maioria dos alunos provenientes da classe trabalhadora, envolvendo alunos
adolescentes e adultos.
Temos em mente, ao elaborarmos esta proposta, a melhoria
qualitativa da oferta de ensino oferecida aos nossos alunos, bem como as boas
condições de funcionamento do Colégio Estadual Prof. Francisco Villanueva –
Ensino Fundamental e Médio para que os mesmos possam desenvolver
harmoniosamente.
315
Esperamos que o educando, que busca a sua escolaridade neste
Estabelecimento de Ensino, o faça com disposição e entusiasmo e que encontre
aqui, o incentivo necessário para a conclusão do Ensino Fundamental, Médio e
Profissional.
11.3 Direção
Ao propormos este projeto, temos em mente a melhoria qualitativa
do ensino e das condições de funcionamento do Colégio Estadual Professor
Francisco Villanueva – Ensino Fundamental, Médio e Profissional, e pretendemos
que, o aluno inserido neste estabelecimento, identifique-se com a proposta de
ensino, sentindo-se parte integrante desse ambiente escolar, permanecendo até o
final da Educação Básica e Profissional, alcançando o desenvolvimento pleno e
conquiste autonomia como indivíduo participante e transformador da realidade.
Esperamos também que os professores tenham as condições
adequadas de trabalho, encontrem o apoio pedagógico e administrativo que
necessitam e que o ambiente de boa convivência entre os profissionais seja
constante. Podendo desenvolver-se e construírem juntos com seus alunos o saber,
o gosto pela leitura, pesquisa, o respeito e a solidariedade, buscando a plena
cidadania.
Desejamos uma comunidade participativa, pois entendemos que ela
é um dos pilares para a construção e sustentação de uma escola de qualidade. A
escola procura, por todos os meios, atender as necessidades básicas e as
expectativas de seu alunado, para isso buscamos desenvolver ações que promovam
a participação efetiva da comunidade na vida da escola.
Para que possamos atingir o nosso ideal é necessário que se
estabeleçam algumas metas:
• Propor projetos que venham de encontro com as necessidades do educando
e do Colégio como um todo;
• Buscar junto à comunidade a possibilidade de parcerias para uma melhor
sustentação do ensino;
316
• Implementar o Projeto Pedagógico e o Regimento Escolar;
• Apoiar e incentivar as atividades pedagógicas e culturais no colégio;
• Buscar um envolvimento cada vez maior do Conselho Escolar; em conjunto
com os demais órgãos colegiados (APMF, Grêmio Estudantil), na execução
dos projetos propostos;
• Ofertar sempre que necessário palestras, debates e outros, para os pais e a
comunidade;
• Proporcionar aos funcionários capacitação através de projetos especiais.
11.4 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
JUSTIFICATIVA
Muito mais do que redigir ideias, planejar significa colocar em
ação prática sentimentos, vivências e objetivos emanados de uma concepção de
mundo que ditados por uma filosofia de vida, representam a história que queremos
escrever. Através do encontro diário com seres humanos que também carregados
de história, buscam neste encontro mágico do espaço escolar eco para seus
anseios. Preocupados com essa realidade a Equipe Pedagógica, em conformidade
com a filosofia da escola propõe-se, além das tarefas pertinentes à sua função,
metas e objetivos, priorizar e possibilitar o desenvolvimento significativo do
educando, bem como, criar possibilidades reais para construção da identidade
cidadã e integração social.
Das interações teóricas partir-se-á a um agir concreto ou
“aprendizado em ação”.
OBJETIVOS
317
• Colaborar na qualidade da atuação do professor para um melhor produto do
ensino aprendizagem;
• Ser permanente, espontânea, imparcial, atuante e informal;
• Oportunizar a integração pessoal para um melhor crescimento individual e
grupal;
• Trabalhar de forma conjunta onde todos participem, se integrem e formem um
elo indissolúvel;
• Assistir aos professores e com mais ênfase, aos que estão iniciando no
estabelecimento;
• Cooperar com o professor, na superação de problemas de disciplina,
desenvolvendo o sentido de colaboração, solidariedade e responsabilidade;
• Orientar pais e alunos quanto ao processo ensino e aprendizagem
desenvolvido na escola.
FUNÇÃO DO PEDAGOGO
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação,
implantação e implementação, no estabelecimento de ensino, das Diretrizes
Curriculares definidas no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em
consonância com a política educacional e orientações emanadas da Secretaria de
Estado da Educação. A equipe pedagógica é composta por professores graduados
em Pedagogia.
11.5 ORGÃOS COLEGIADOS
É a composição igualitária de representação; forma de socializar a
participação política. No âmbito da educação, o exercício democrático tem como
condição indispensável para a sua efetivação a participação dos diferentes
segmentos, comprometidos com a educação nas decisões acerca da política
educacional em seus diferentes níveis.
318
Nosso estabelecimento de ensino possui os seguintes Órgãos
Colegiados:
• Conselho Escolar
• Conselho de Classe
• APMF
• Grêmio Estudantil
Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa
consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho
pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a
legislação educacional vigente e orientações da Secretaria de Estado da Educação.
É composto por representantes da comunidade escolar e
representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com a
educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por ser membro nato,
o(a) diretor(a) escolar. Tem um papel fundamental, tanto na observação da
organização da escola quanto em relação ao tempo pedagógico.
Para que a escola possa garantir um tratamento igualitário a todos, é
necessário considerar as diferenças. Nesse sentido, é importante possibilitar aos
estudantes tempos diferenciados para favorecer o processo de aprendizagem.
Em virtude das condições econômicas e sociais desfavoráveis,
marca histórica da sociedade brasileira, é bem possível que um grande contingente
de crianças e adolescentes venham requerer uma ampliação do tempo pedagógico
para alcançar o padrão de desempenho escolar desejável. Tal possibilidade é direito
que elas têm. Cabe à escola se organizar para garanti-lo. E, ao Conselho Escolar,
acompanhar e verificar os resultados desses procedimentos pedagógicos.
O Conselho Escolar poderá obter uma visão mais realista sobre a
adequação do tempo escolar às atividades pedagógicas propostas pelos docentes,
se fomentar a abertura de espaços para que seja dada visibilidade aos processos
formativos que envolvam os estudantes e os docentes.
319
Pode auxiliar a escola na ampliação de sua autonomia em relação à
condução das atividades pedagógicas e administrativas, sem que ela perca sua
vinculação com as diretrizes e normas do sistema público de ensino.
O Conselho Escolar constitui o espaço mais adequado para, de
forma compartilhada, dirimir as dúvidas, encontrar saídas alternativas e propor
novas condutas de participação individual e coletiva no ambiente escolar.
Conselho de Classe
O trabalho educativo tem se mostrado bastante complexo quando se
deseja trabalhar numa perspectiva de transformação. Nas escolas em que há certa
clareza sobre a necessidade de mudança e vontade política de promovê-las, as
dificuldades ficam por conta, entre muitas outras coisas, dos métodos para promover
mudanças e do rigor metodológico com que se colocam as propostas em prática.
O Conselho de Classe pode ser um instrumento de transformação
da cultura escolar sobre a avaliação e, consequentemente, da prática da avaliação
em sala de aula. Neste sentido realizamos o conselho de classe participativo,
tornando-o realmente um espaço de avaliação diagnóstica, da ação pedagógico-
educativa da escola, feita pelos professores e pelos alunos, à luz do marco operativo
da escola. Uma avaliação realizada de forma participativa, como construção
conjunta, cumprindo a função de ajudar na formação da subjetividade e criticidade
do professor e do aluno.
Constituir o Conselho numa ação pedagógica inserida dentro do
processo de vida que a escola vive, intencionalmente executada e com um fim claro.
Um espaço de reflexão pedagógica em que o professor e o aluno se situem
conscientemente no processo que juntos desenvolvem.
Visto que queremos formar um cidadão pensante, com capacidade
de se ver, de dar sentido às suas ações, de ter consciência de si mesmo, que é o
que o faz sujeito e agente de sua história, devemos tornar o Conselho de Classe
num instrumento eficaz dentro do processo global de avaliação que a escola
320
desenvolve na produção de pequenas transformações educativas que sejam sinal e
presença das transformações sociais.
Nosso propósito é de estar constantemente reavaliando a prática
pedagógica e o real progresso do aluno e possíveis transformações em diversas
posturas existentes na escola, para viabilizar uma sociedade participativa e
democrática, justa e igualitária.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva
e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político-
Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar
as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do
processo ensino e aprendizagem.
É constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar, pela equipe
pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes que atuam numa
mesma turma e/ou série, por meio de pré-conselho de classe, com toda a turma em
sala de aula, sob a coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s)
pedagogo(s), e Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de
direção, da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de
alunos e pais de alunos por turma e/ou série.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as
informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo
ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-
se dos conteúdos curriculares estabelecidos. É da responsabilidade da equipe
pedagógica, organizar as informações e dados coletados a serem analisados no
Conselho de Classe.
Cabe ao Conselho de Classe verificar se os objetivos, conteúdos,
procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação
pedagógica-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino.
O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão
pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva,
discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar
necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.
321
APMF
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, pessoa
jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e
Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso,
racial e sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e
conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado.
Para atingir a excelência da Educação temos que ter na escola a
participação da comunidade; e a APMF é uma grande oportunidade para que isto
aconteça.
Além de gerenciar os repasses dos investimentos públicos, a APMF
auxilia a escola através de promoções. Esse órgão funciona com a cooperação de
pais, alunos, professores, funcionários da escola e membros da comunidade.
A APMF é um órgão que proporciona ação espontânea da
sociedade para atingir algum fim específico dentro da escola.
As escolas que têm APMF’s legalizadas e atuantes poderão
construir uma escola mais harmoniosa, mais justa, mais produtiva, tendo como
resultado, a construção da verdadeira cidadania.
Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil é o orgão máximo de representação dos
estudantes do estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses
individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e
desportiva de seus membros.
Para haver maior efetividade nas atividades pedagógicas, é
necessária a participação dos alunos através do Grêmio que é o órgão de
representação discente do Colégio.
Seu principal objetivo é ter uma comunidade participativa, pois este
é um dos pilares para a construção de uma escola de qualidade, que vai procurar
por todos os meios atender as necessidades básicas e as expectativas de seus
322
alunos. Para isso, busca-se desenvolver ações que promovam a participação efetiva
da comunidade na vida escolar.
Pretende-se uma interação constante com a equipe pedagógica na
realização de eventos culturais, promoções, festivais e projetos que venham de
encontro com as necessidades do Colégio e do educando, visando sempre à ideia
de totalidade na formação do cidadão.
O Grêmio Estudantil em nossa escola sempre funcionou, ocorrendo
eleições anuais, de acordo com o estatuto vigente.
12 ARTICULAÇÕES EXISTENTES NA ESCOLA
Professor Monitor
Os professores, no início do ano letivo, escolhem uma turma para
serem representante. As atribuições do professor monitor são:
•Eleger, junto com os alunos, o presidente e o vice-presidente de turma, que
auxiliarão o professor monitor, na representação da mesma perante a escola;
•Acompanhar e orientar a turma no levantamento de problemas, apresentação
de sugestões, execução de atividades, etc;
•Atuar como representante de turma no conselho de classe, levando as
observações e reflexões realizadas pela turma;
•Intervir pedagogicamente junto à turma, após o conselho de classe, orientando-
os quanto às sugestões levantadas pelos professores;
•Acompanhar e representar a turma em todas as ocasiões em que se fizerem
necessários.
Representantes de Turmas
Todo início de ano letivo é eleito, em sala de aula, um presidente e
um vice-presidente de turma entre os alunos. Estes alunos servirão de elo entre a
Direção, a Equipe Pedagógica e a turma que representam, levantando problemas,
323
apresentando sugestões, sugerindo atividades e representando a turma em
ocasiões em que se fizerem necessários.
13 FORMAÇÃO CONTINUADA
Os cursos de formação continuada têm como objetivo promover a
discussão das propostas curriculares e projetos educativos que possam ser
adequados aos conteúdos de cada série. Para que estes cursos realmente atendam
às necessidades da escola, devem estar inseridos no âmbito escolar onde deve
desenvolver um trabalho de formação continuada que atenda a realidade em que o
professor atua cotidianamente, na sua prática diária.
Os profissionais da escola têm oportunidade de participação em
capacitações e eventos (GTR, reuniões técnicos, DEB itinerante, oficinas e outros ).
Durante o ano são realizadas no início do 1º semestre e no início do
2º semestre a Semana Pedagógica com estudos para organização do trabalho
pedagógico da escola, onde todos os profissionais de educação têm oportunidade
de refletir e discutir o processo de ensino-aprendizagem.
Sempre que o profissional sai para participar de um evento ou curso,
ele é convidado a multiplicar os conhecimentos adquiridos com os outros
profissionais da escola, mas nem sempre isto ocorre. Em função disto, um dos
objetivos para 2010 é de que a equipe auxilie os professores a serem
multiplicadores, repassando aos demais professores os conteúdos aprendidos,
através de grupos de estudos, palestras ou projetos.
A hora-atividade é organizada no início do ano de forma a
possibilitar o encontro dos professores que atuam na mesma área. Mas com as
licenças (especiais, por saúde), aposentadorias, transferências, ocorre uma
modificação na hora-atividade, para acomodação dos profissionais substitutos,
ocorrendo a desestruturação da mesma, garantindo apenas o tempo necessário ao
professor para o trabalho individual dificultando o trabalho coletivo. Para tanto, a
equipe pedagógica acompanha e auxilia os professores durante a hora-atividade,
324
quando há necessidade de encontros coletivos, há um armazenamento desta hora-
atividade para ser utilizada nestas reuniões.
14 Avaliação e acompanhamento do P.P.P.
Sempre que a Secretaria de Estado da Educação propôs alguma
forma de Avaliação Institucional a escola participou.
A Avaliação Institucional de 2005 foi um trabalho preciso que levou
todos os profissionais da escola a repensar a sua ação. Em 2006 a avaliação focou
a ação do professor e todos os textos foram analisados individualmente e
coletivamente, contribuindo para o repensar do professor diante de sua prática
pedagógica.
De 2007 a 2010 esta avaliação ocorreu apenas durante os
momentos de análise do Plano de Ação da escola.
O acompanhamento do P.P.P. Ocorre durante as Semanas
Pedagógicas propostas pela SEED, onde a tônica dos estudos recai na re-
estruturação do P.P.P. em todos os níveis e modalidades de ensino.
326
Calendário EscolarDenominação:Colégio Est. Prof.Francisco Villanueva – Ens. Fundamental, Médio e Profissional
Município : Rolândia Curso: Ensino Fundamental Anos Finais e MédioHorário de Funcionamento: Manhã: 7:30 às 11:50 Tarde:13 h às 17h:25 Noite: 19 h às 23h:10
Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 63 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 15 7 8 9 10 11 12 13 22
10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 21 22 23 24 25 26 2724 25 26 27 28 29 30 28 28 29 30 3131
1 Dia Mundial da Paz
Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 1 1 2 3 4 54 5 6 7 8 9 10 20 2 3 4 5 6 7 8 21 6 7 8 9 10 11 12 21
11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 22 20 21 22 23 24 25 2625 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 dias 27 28 29 30
30 31 EM2 Paixão 1 Dia do Trabalho 3 Corpus Christi
21 Tiradentes
Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 12 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 44 5 6 7 8 9 10 dias 8 9 10 11 12 13 14 15 5 6 7 8 9 10 11 21
11 12 13 14 15 16 17 10 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias18 19 20 21 22 23 24 dias 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2525 26 27 28 29 30 31 EM 29 30 31 26 27 28 29 30
EM - 02 DIAS 1ºSEM. 7 Independência
11 OBMEP – 2ª fase
Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 19 7 8 9 10 11 12 13 20 5 6 7 8 9 10 11 16
10 11 12 13 14 15 16 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 28 29 30 26 27 28 29 30 3131
12 N. S. Aparecida 19 Emancipação Política do PR
11 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal
Início/Término EM / BLOCO Dias LetivosFérias 1º Semestre 102 1º semestre 111 diasFeriado Municipal 2º Semestre 101 2º semestre 91 diasFormação Continuada Total 203 Subtotal 202 diasConselho de Classe Feriado Mun. 1 diaSemana Cultural Feriado Municipal 1 dia Con.deClasse 4 diasReunião Pedagógica NRE Itinerante 2 dias NRE Int. 2 diasRecesso Dias letivos 200 Total 200 diasTérmino do 1º Sem. / Início do 2º S -EM por blocosPlanejamento e Replanejamento Conselho de Classe 1ª Sem. EM por blocos Rolândia, 09 de dezembro de 2009.Sábado Letivo EM por blocos
8 OBMEP – 1ª fase
2 Finados
15
327
Universidade Sem Fronteiras
O Programa Universidade Sem Fronteiras / SETI, da Universidade
Estadual de Londrina – Departamento de Ciências Sociais, é um Projeto de
Extensão; Laboratório de Ensino, Extensão e Pesquisa de Sociologia (LENPES) que
promove a formação de professores e integração entre universidade/escola e
criação de novas metodologias de ensino e pesquisa ocupacional.
Tem como objetivo geral ajudar a escola a: criar metodologias de
ensino e de pesquisa que possibilitem consolidar a formação inicial e continuada de
professores; inovar processos de ensino e aprendizagem com vistas à diminuição da
evasão e das reprovações, por meio da disseminação das ciências nas escolas e da
articulação duradoura entre universidade e sociedade, consolidando também o
ensino de Sociologia nas respectivas instituições.
Tem como objetivos específicos: contribuir para alteração das taxas, e
dos índices negativos relacionados à educação dos municípios atendidos; conhecer
melhor o universo sócio-educacional de alunos e professores de escolas públicas;
desenvolver metodologias de ensino que levem em conta a percepção dos alunos
sobre os conteúdos, o universo social em que se socializou e os recursos pessoais /
coletivos que poderão ser mobilizados no processo de ensino e aprendizagem;
propiciar a formação de elementos teóricos e sociais que contribuam para o ensino
de uma cultura escolar de inclusão das diferenças; ajudar a instituir na escola, por
meio de novas metodologias, espaços de construção de identidades, por meio do
direito à memória.
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