COLÉGIO ESTADUAL “CYRIACO RUSSO” – ENSINO MÉDIO E
NORMAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO/2015
BANDEIRANTES – PARANÁ
O CAMINHO DO BEZERRO
Sam Walter Foss
Adaptado por Hamilton Bueno
Um dia, através da floresta virgem, um bezerro voltou para o seu curral distante, a exemplo dos bons bezerros. No seu trajeto, fez uma picada tortuosa, tal como todos os bezerros.
Passaram-se trezentos anos e esse bezerro já não mais existe. Porém, deixou atrás de si o seu rastro. Sobre o seu rastro, um carneiro-guia passou seguido por todo o rebanho. E, desde esse dia, sobre montes e planícies, foi se abrindo um caminho através da velha floresta.
Muitos homens seguiram pelo mesmo caminho, indignados pelo fato de ser tão sinuoso. O caminho tornou-se uma alameda, que se encurva, dobra e redobra. A tortuosa alameda transformou-se numa estrada, onde pobres cavalos, arqueados sob pesadas cargas, troteavam penando ao sol ardente e andavam três milhas para avançar uma. E, assim, durante três séculos, todos seguiram as pegadas do bezerro.
Os anos passaram rapidamente e a estrada converteu-se numa viela de aldeia. E, sem que os homens percebessem, da viela foi feita uma movimentada via pública de cidade. E logo tornou-se a rua central de uma famosa metrópole.
Durante todo esse tempo, os seres humanos se submeteram às pegadas do bezerro. Por esta corcoveada trajetória desenvolveu-se o tráfego de um continente. Centenas de milhares de homens se orientam por um bezerro morto há três séculos. E ainda seguem seu tortuoso trajeto, e em cada dia perdem uma centena de anos, tal a reverência que tributam a um precedente estabelecido.
Uma profunda reflexão esta fábula poderia ensinar, pois os homens se inclinam a seguir cegamente as pegadas do bezerro imaginado, trabalhando de sol a sol no afã de imitar o que os outros fizeram. Só pisam pistas já batidas, oscilando para dentro e para fora, para diante e para trás. Fazem do caminho do bezerro uma rota sagrada, pela qual se movimentam durante toda a vida. E como riem os antigos deuses da floresta, que testemunharam o andar incerto do bezerro primitivo!
Ah! Quantas coisas esta história poderia ensinar.
Acrescente-se à educação uma nova função, à da topografia, pois ela carece traçar novos caminhos que conduzam, concomitantemente, aos vales e às montanhas, às planícies e aos planaltos, ao passado e ao futuro, ao intelecto e ao espírito dos seres que conduzirão a História sendo, ao mesmo tempo, por ela conduzidos.
L.ucinéia de S.G. Moreira
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.............................................................................................08
MARCO SITUACIONAL....................................................................................09
1. DA ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR..........................................09
1.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO................................................................. 09
1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS CURSOS OFERTADOS......................................09
1.3 RESOLUÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E
RECONHECIMENTO DOS CURSOS OFERTADOS...............................10
1.4 NÚMERO DE TURMAS – ANO LETIVO/2014.........................................10
1.5 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO..........................................................11
1.5.1 CURSOS...............................................................................................11
1.5.2 PROJETO COMPLEMENTAR PERMANENTE.....................................11
1.5.3 PROJETOS COMPLEMENTARES PERIÓDICOS................................11
1.5.4 CELEM – INGLÊS E ESPANHOL..........................................................11
1.6 CORPO ADMINISTRATIVO PEDAGÓGICO............................................12
1.7 CORPO DOCENTE..................................................................................12
1.8 ÓRGÃOS COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA
COMUNIDADE ESCOLAR.......................................................................14
1.8.1 CONSELHO ESCOLAR........................................................................14
1.8.2 APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)..........................15
1.8.3 GRÊMIO ESTUDANTIL........................................................................16
1.8.4 CONSELHO DE CLASSE.....................................................................16
2. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO.........................................................17
2.1 ATOS AUTORIZATÓRIOS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO.....................17
2.2 ETAPAS DA ORGANIZAÇÃO E REORGANIZAÇÃO DOS CURSOS.....17
2.3 BIOGRAFIA DO PATRONO CYRÍACO RUSSO......................................28
3. CARACTERÍSTICAS DO ESTABELECIMENTO...........................................29
3.1 DEPENDÊNCIAS FÍSICAS......................................................................29
3.2 EQUIPAMENTOS DE USO PEDAGÓGICO............................................30
3.3 RECURSOS HUMANOS.........................................................................31
3.3.1 QUADRO DE PROFESSORES............................................................31
3.3.2 CORPO ADMINISTRATIVO PEDAGÓGICO........................................32
3.3.3 PERFIL DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO.......................................32
3.3.4 PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES –
VESPERTINO......................................................................................34
3.3.5 PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES –
APROVEITAMENTO DE ESTUDOS – NOTURNO..............................34
3.3.6 PERFIL GERAL DOS ALUNOS............................................................35
MARCO CONCEITUAL......................................................................................36
1. A PEDAGOGIA PROGRESSISTA – BREVES CONSIDERAÇÕES..............40
1.1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL.......................................................................42
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO...............................................................................42
1.3 INSTRUMENTALIZAÇÃO.........................................................................42
1.4 CATARSE..................................................................................................43
1.5 PRÁTICA SOCIAL FINAL..........................................................................43
2. UMA RETOMADA NECESSÁRIA: O CONSTRUTO DE VYGOTSKY..........44
2.1 ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL.........................................45
2.2 MATERIALISMO HISTÓRICO E LÓGICA DIALÉTICA............................46
3. A INTERDISCIPLINARIDADE, A CONTEXTUALIZAÇÃO E A PROBLE-
MATIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO MATERIALISMO HISTÓRICO...........48
3.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO..............................................................50
3.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM.....................................................................51
3.3 CONCEPÇÃO DE MUNDO.....................................................................51
3.4 CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA E SOCIEDADE........................................52
3.5 CONCEPÇÃO DE GESTÃO...................................................................53
3.6 CONCEPÇÃO DE TRABALHO...............................................................54
3.7 CONCEPÇÃO DE ESCOLA....................................................................55
3.8 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA...............................................................56
3.9 CONCEPÇÃO DE CULTURA E CURRÍCULO........................................57
3.10 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E CONTEÚDOS DE ENSINO....59
3.11 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO..........................................................59
3.12 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA...........................................................60
3.13 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM.......................................61
3.14 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS......62
3.15 CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA......................................................63
MARCO OPERACIONAL...................................................................................64
1. PERFIL DOS CURSOS OFERTADOS...........................................................68
1.1 PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO....................................68
1.1.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO.......................................69
1.2 FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.....................................70
1.2.1 DADOS GERAIS DO CURSO...............................................................70
1.2.2 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES
PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL....................................................................................71
1.3 FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – APROVEITA-
MENTO DE ESTUDOS.............................................................................72
1.3.1 DADOS GERAIS DO CURSO...............................................................72
1.3.2 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES
PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL - APROVEITAMENTOE ESTUDOS...........................73
2. SISTEMA DE AVALIAÇÃO............................................................................74
2.1 SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA O ENSINO MÉDIO E O CURSO DE
FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E
SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL....................................74
2.1.1 AVALIAÇÃO BIMESTRAL.....................................................................76
2.1.2 AVALIAÇÃO TRIMESTRAL (IMPLANTAÇÃO/2016).............................78
2.2 SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE
DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL – APROVEITAMENTO DE ESTUDOS....81
2.2.1 AVALIAÇÃO BIMESTRAL.....................................................................82
2.3 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS.............................................................84
2.4 CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS.....................................85
3. ADAPTAÇÃO.................................................................................................88
4. APROVEITAMENTO DE ESTUDOS..............................................................89
5. CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO...................................................89
6. REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL........................................................90
7. PROGRAMAS E PROJETOS........................................................................90
8. ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA.......................................................................94
8.1 CONDIÇÕES DE TRABALHO E PLANO DE CARREIRA........................94
8.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL..................................................................95
9. DA ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO DO TRABALHO ESCOLAR.............95
9.1 MATRÍCULA.............................................................................................95
9.1.1 MATRÍCULA COM DEPEDÊNCIA........................................................95
9.1.2 CANCELAMENTO DE MATRÍCULA.....................................................96
9.2 TRANSFERÊNCIA...................................................................................96
9.3 FREQUÊNCIA..........................................................................................96
10. PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESCOLAR...........................................97
10.1 DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS..............................................................98
11. NORMAS DE CONVIVÊNCIA.......................................................................98
12. SISTEMATIZAÇÃO DAS FUNÇÕES ESPECÍFICAS DA DIREÇÃO,
EQUIPE PEDAGÓGICA E SECRETARIA APONTADAS PELO
COLETIVO APÓS DISCUSSÃO EM SEMANA PEDAGÓGICA................106
12.1 DIREÇÃO............................................................................................106
12.2 EQUIPE PEDAGÓGICA......................................................................107
12.3 SECRETARIA ESCOLAR....................................................................108
13. HORA ATIVIDADE......................................................................................108
14. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR....................................................................109
15. CARREIRA DO MAGISTÉRIO...................................................................110
16. POLÍTICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA..............................................110
17. CONSELHOS DE CLASSE........................................................................111
18. CONSELHO ESCOLAR..............................................................................111
19. ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS..........................112
20. PLANO DE AÇÕES.....................................................................................114
21. SISTEMATIZAÇÃO DAS AÇÕES DA ESCOLA PARA O EFETIVO
TRABALHO COM OS DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPO-
RÂNEOS......................................................................................................122
22. CADERNO DE SUBSÍDIOS PARA O ACOMPANHAMENTO PEDAGÓ-
GICO ............................................................................................................124
22.1 SISTEMATIZAÇÃO DAS AÇÕES DO CADERNO DE SUBSÍDIOS
PARA O ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO..............................139
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................146
REFERÊNCIAS...................................................................................................147
8
APRESENTAÇÃO
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal é um órgão
da Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED criado nos termos da
lei, com sede administrativa e pedagógica no município de Bandeirantes, Estado
do Paraná, à Rua Benjamin Caetano Zambon, nº 530. Pertence ao Núcleo
Regional de Educação de Cornélio Procópio e tem o privilégio de ser a maior
instituição de ensino médio do NRE e da região
Rege-se pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, por
seu Regimento Interno e por este documento que contempla as concepções
pedagógicas, normas administrativas emanadas da Secretaria de Estado da
Educação – SEED, Conselho Estadual de Educação - CEE do Paraná, bem como
Proposta Pedagógica Curricular, subsidiada pelas Diretrizes Curriculares
Orientadoras do Estado do Paraná, DCOs – PR, e Plano de Ação com as
propostas para o ano vigente.
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” atua com dois tipos de formação
humana: o ensino médio regular e o ensino médio profissionalizante com a
Formação Docente para a Educação Infantil e séries iniciais do Ensino
Fundamental e a Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais
do Ensino Fundamental em Nível Médio, na Modalidade Normal – Aproveitamento
de Estudos.
Embora localizada em área urbana central, a grande maioria dos alunos
provém dos bairros e vilas, zona rural e cidades vizinhas, a exemplo de
Itambaracá, Santa Amélia, Abatiá e Andirá.
O quadro de docentes compõe-se de profissionais recém formados
contratados pelo PSS, bem como profissionais efetivos QPM; boa parte contempla
formação pedagógica diferenciada: Especialização Lato Sensu, Programa de
Desenvolvimento Educacional – P.D.E e mestrado.
9
MARCO SITUACIONAL
1. DA ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
1.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal.
Endereço: Benjamin Caetano Zambon, 530
Bairro: Centro
CEP: 86360-000
Telefone/Fax: (43) 3542-4136
site:http://www.bntcyriacorusso.seed.pr.gov.br e-mail: [email protected]
Município: Bandeirantes – PR
NRE: Cornélio Procópio
Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação do Paraná
Regimento Escolar – Ato Administrativo nº024/2008 - Parecer nº018/08-
SEF/EP/NRE.
1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS CURSOS OFERTADOS
Denominação do curso Carga horária total do curso
Regime de funcionamento
Ensino Médio 2400 horas/aula Presencial
Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental - Médio Integrado
4800 horas/aula
Presencial
Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental em Nível Médio, na Modalidade Normal – Aproveitamento
de Estudos
3000 horas/aula
Presencial
Quadro 1. Identificação dos cursos ofertados
10
1.3 RESOLUÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E RECONHECIMENTO DOS CURSOS
Cursos
Resolução de autorização de funcionamento
Resolução de Renovação de Reconhecimento
Ensino Médio Resolução nº3514/88 DOE 21/11/83
Resolução nº4872/13 DOE 27/11/13
Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental
Resolução nº368/06 DOE 24/02/06
Resolução nº 1169/2014 DOE 07/04/2014
Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental em Nível Médio, na Modalidade
Normal – Aproveitamento de Estudos
Parecer 427/11
03/11/2011
Resolução nº 1169/2014
DOE 07/04/2014
Quadro 2. Autorização para funcionamento reconhecimento dos cursos
1.4 NÚMERO DE TURMAS - ANO LETIVO 2014
Período: Matutino – Ensino Médio
1ª série 6 turmas
2ª série 4 turmas
3ª série 3 turmas
Total: 13 turmas
Período: Vespertino – Formação de Docentes
1ª série 1 turma
2ª série 1 turma
3ª série 1 turma
4ª série 1 turma
Total: 4 turmas
Período: Noturno – Ensino Médio
1ª série 1 turma
2ª série 1 turma
3ª série 2 turmas
Total: 4 turmas
11
Período: Noturno – Formação de Docentes – Aproveitamento de Estudos
Pós-médio 2 turmas
Total: 2 turmas
Total geral: 23 turmas
1.5 HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
1.5.1 CURSOS
Ensino Médio Matutino 07:30 às 12:00
Curso Formação de Docentes Vespertino 13:00 às 17:20
Ensino Médio Noturno e Curso Formação de Docentes - Aprofundamento de Estudos
19:00 às 23:10
1.5.2 PROJETO COMPLEMENTAR PERMANENTE (PORTUGUÊS/ MATEMÁTICA/INICIAÇÃO CIENTÍFICA/DANÇA/XADRÊZ E TÊNIS)
1.5.3 PROJETOS COMPLEMENTARES PERIÓDICOS
Vôlei 3ª e 5ª 15:20 às 17:00
Futsal 3ª e 5ª 17:20 às 19:00
1.5.4 CELEM – INGLÊS E ESPANHOL
TURNO SÉRIE DIA HORÁRIO CURSO
Noturno 1ª 3ª e 5ª 19:00 às 20:40
Inglês
Noturno 2ª 2ª e 4ª 19:00 às 20:40
Inglês
Vespertino 1ª 2ª e 4ª 13:50 às 15:30
Espanhol
Noturno 1ª e 2ª
2ª e 4ª 19:00 às 20:40
Espanhol
Projeto Complementar Permanente 2ª à 6ª 13:00 às 15:30
12
1.6 CORPO ADMINISTRATIVO – PEDAGÓGICO
FUNÇÃO NOME VÍNCULO
Diretora
Diretora Auxiliar
Professoras Pedagogas – QPM
Coordenação de Curso/Estágio
Assessoria Pedagógica
(Biblioteca)
Secretária
Equipe Técnico-Administrativa
Agentes de Apoio - Serviços
Gerais
Roseli Bueno da Silva Resolução nº6012/11- DOE 06/01/12
Marlene Aparecida de Souza Altizani
Marilda Martins Torres Maria Cristina Castanho de Santana Izabel Cristina Henrique Rosato Paula Jimena Diniz Sachs Suely Gonçalves
Silvana Costa Correia Alves
Sônia Raquel da Silveira
Célia Regina Monte Sião Cláudia Maria Delamuta da Silveira Eva Campos da Silva Leonice Araujo do Valle Marina Aiko Fujii Teresinha de Jesus Bragante Santos Adriana Honorato de Medeiros Ana Maria Cabral Fernandes da Silva Aparecida de Lourdes Marinho Aparecida de Medeiros Corsini Aparecida dos Santos Luzia Helena Dias Dedoné Maura Tofaneli Barbosa Neide de Lima Parisoto Terezinha Manzalli Michelle C. Rodrigues Camilo
QPM-PDE/08 QPM-PDE/09 QPM-PDE/09 QPM-PDE/13 QPM QPM QPM-PDE/09 QFEB QFEB QFEB - Afastada QFEB QPPE QFEB PSS QPPE QFEB QFEB QFEB QPPE QFEB PSS QPPE - Afastada QFEB QFEB – Lic. Médica PSS
Quadro 3. Corpo Administrativo – Pedagógico
1.7 CORPO DOCENTE
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal mantém em
seu quadro de professores os profissionais abaixo relacionados:
13
Nº Ordem Nome do Professor Vínculo Nível máximo de Escolaridade
01 Alice Maria Martins Rockenbach QPM PDE/10-Especialização
02 Ana Luiza Guimarães Duque QPM Especialização
03 Ana Maria da Rocha QPM PDE/10-Especialização
04 Ana Rosa Guidi Mengato QPM Especialização
05 Andrea Castanho de Lima Silva QPM Especialização
06 Andrea Cristina do Nascimento QPM Especialização
07 Andreia Aparecida Cavalheiro QPM Especialização
08 Beatriz Francisco Abdalla QPM Especialização
09 Cleonice Valezze Espagolla QPM Especialização
10 Cleyson Mendes Soares QPM Especialização
11 Dagmar Kop Maluf da Silva QPM PDE/10-Especialização
12 Denise Aparecida Roberto PSS Pós-Graduação
13 Eguinaura da Silva Morais PSS Especialização
14 Ester Amaro Costa de Souza QPM Especialização
15 Fátima Regina Negrão QPM PDE/12 - Especialização
16 Fulton Carlos Teixeira Ribeiro QPM PDE/10-Especialização
17 Helena Cristina Bartelli QPM Especialização
18 Iolanda Aparecida Rodrigues QPM Especialização
19 Izabel Cristina Henrique Rosato QPM Especialização
20 Jéssica Fernanda de Siqueira PSS /Espanhol
21 José Henrique Garcia QPM Especialização
22 José Roberto de Oliveira QPM Especialização
23 Juliana Aparecida da Silva Schimith QPM Especialização
24 Keila Aparecida Ferreira Vasconcelos QPM Especialização
25 Mara Cristina Campos Tomé QPM PDE/10-Especialização
26 Marcia Raimundo de Miranda QPM Especialização
27 Maria Cícera da Silva Benedito QPM PDE/10-Especialização
28 Maria Cristina Castanho de Santana QPM PDE/13-Especialização
29 Maria Izabel Bisetto Souza PSS Especialização
30 Maria Ramos da Silva Naime PSS Especialização
31 Maria Regina Luciano R. Pinto QPM PDE/10-Especialização
32 Marlene Aparecida de Souza Altizani QPM PDE/09-Especialização
33 Mariza Aparecida de Freitas QPM Especialização
34 Marta Helenice Nardon Gongora QPM PDE/10-Especialização
35 Mary Cristiane Geroldi QPM Especialização
36 Mauro Ferreira da Silva QPM Especialização
37 Miriam de Oliveira Helbel Malaghini PSS Pós-Graduação
38 Neila Martelli Toledo de Campos QPM PDE/12-Especialização
39 Nilda Moraes QPM PDE
40 Ordália de Fátima Dias QPM PDE
41 Patrícia Francyane Lopes Principe QPM Graduação
42 Patrícia Pitoli PSS Especialização
43 Priscilla Pascoal Brumm QPM Especialização
44 Regiane Cássia Piccioni Xavier QPM Especialização
45 Regiane Elizabeth Perez QPM PDE/10
46 Reginaldo dos Santos Simões QPM Especialização
47 Rosangela Aparecida Palomares QPM Especialização
48 Roseclei de Fátima Proni Pires QPM Especialização
49 Rosiane Giraldeli Fabian QPM PDE/07-Mestrado
14
50 Roziani Aparecida da Silva Sarmanho QPM Especialização
51 Teresinha Richter Abujamra QPM PDE/10-Especialização
52 Vanda Lucia de Souza Silva PSS Especialização
53 Veléres Aparecida Bonacini Salli PSS Especialização
54 Vera Lúcia da Silva Pinto Lima QPM PDE/09-Especialização
55 Verônica Euclides Barbosa Sbalqueiro QPM Especialização
56
Viviane Patrícia Valenga QPM Especialização
57 Washington Aparecido Ferreira de Mattos PSS Graduação
Quadro 4. Corpo Docente
1.8 ÓRGÃOS COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
1.8.1 CONSELHO ESCOLAR
Como órgão deliberativo, normativo e consultivo de assuntos político-
pedagógicos, legalmente instituído por estatutos e regulamentos próprios, tem o
diretor da instituição como presidente nato. O quadro abaixo mostra a composição
do Conselho Escolar:
Função Representante
Presidente Roseli Bueno da Silva
Representante da Equipe Pedagógica 1 Marilda Martins Torres
Suplente Maria Cristina Castanho
Representante do Corpo Docente - Ens. Médio Cleonice Valezze Spagolla
Suplente Maria Regina L. Rodrigues Pinto
Representante do Corpo Docente - Form. de Docentes
Sueli Gonçalves
Suplente Ana Maria da Rocha
Representante da Equipe Administrativa Teresinha de Jesus Bragante
Suplente Sonia Raquel da Silveira
Representante da Equipe de Apoio Terezinha Manzalli
Suplente Adriana Honorato de Medeiros
Representante do Corpo Discente – Ens. Médio Mariana Aguiar da Silva
Suplente Caroline Cristina Cirino Motta
Representante do Corpo Discente – Form. de Docentes
Millene Gesiane de Carvalho
Suplente Shilenne Oshima
Representante de Pais Ens. Médio Silvane de Souza Pereira
Suplente Lúcia Fernandes Bernini
Representante de Pais Form. de Docentes Leonor Márcia Granado Martins
Suplente Alexandre de Brites
Representante do Grêmio estudantil Jennifer Dionizio de Brites
Suplente Daniella Santiago Devecchi
15
Representante da Sociedade civil Ronis Ferreira de Almeida
Representante do Setor Produtivo - Ed. Profissional
Laura Regina Teodoro S. Souza
Quadro 5. Composição do Conselho Escolar
1.8.2 APMF (ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS)
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão de
representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino,
sem caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo
remunerados os seus dirigentes e conselheiros. A Associação é regida por
estatuto próprio, aprovado e homologado em assembleia geral, convocada
especialmente para este fim. A composição atual da APMF está representada no
quadro abaixo:
Função Representante
Presidente Humberto Luiz dos Santos
Vice Presidente Maria Aparecida Farias
1º Secretário Claudia Santiago Devecchi
2º Secretário Roseli da Cunha Felizardo
1ºTesoureiro Sonia Raquel da Silveira
2º Tesoureiro Adriana Honorato de Medeiros
Primeiro Diretor Sócio-Cultural-Esportivo Maria Cristina Campos Tomé
Segundo Diretor Sócio-Cultural-Esportiva Rosangela Apda. Palomares
Conselho Deliberativo e Fiscal Cleonice Valezze Spagola
Maria Cícera Benedito da Silva
Marlene Ap. de Souza Altizani
Suely Aparecida Fabian
Valéria Moreira
Edilúcia Aparecida de Almeida
Lucia Maria Pereira
Eva Campos da Silva
Cláudia Delamuta da Silveira
Quadro 6. Diretoria da APMF
16
1.8.3 GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil, de importância fundamental na formação de
lideranças, é o órgão máximo de representação dos estudantes com o objetivo de
defender os interesses individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura
literária, artística e desportiva. Regido por estatuto próprio, aprovado e
homologado em Assembleia Geral, convocada especialmente para este fim, faz
eleição de sua diretoria para o mandato de dois anos civil (maio a maio). O quadro
abaixo apresenta a diretoria do grêmio estudantil vigente, representada pela
chapa DONNA.
Função Representante
Presidente Jennifer Dionizio de Brites
Vice Presidente Rosimeire Tonchi
Secretário-Geral Larissa Caroline Bertin
1º Secretário Fernanda de Souza Oliveira
Tesoureira-Geral Jarlei Carlos de Almeida Júnior
1º Tesoureiro João Vitor de Oliveira Camargo
Diretora Social Naegeli Raiane Guerra
Diretora de Imprensa Reynaldo Miguel Gonçalves Netto
Diretor de Esportes Gabriela Garcia
Diretora de Cultura Daniella Santiago Devecchi Diretora de Saúde e Meio Ambiente Isabella Santiago Devecchi
Quadro 7. Diretoria do Grêmio Estudantil
1.8.4 CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão de natureza deliberativa das questões
referentes ao processo didático-pedagógicos. Numa perspectiva democrática de
gestão pública o conselho de classe deve traduzir os interesses dos atores do
processo educativo, por isso nesta instituição de ensino fazem parte do conselho
de classe o diretor, os pedagogos, os professores de cada turma, o professor tutor,
líderes e vice-líderes e alguns representantes de alunos. A reunião de
Conselho de Classe tem a responsabilidade de analisar as ações educacionais,
indicando alternativas que busquem garantir o efetivo sucesso do processo ensino
e aprendizagem. A finalidade da reunião do Conselho de Classe é a de intervir em
tempo hábil neste processo oportunizando ao aluno formas diferenciadas de
17
apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos. Cabe ainda, aos
participantes do Conselho de Classe, verificar se os objetivos, conteúdos,
procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação
pedagógica educativa estão sendo cumpridos de maneira coerente.
2. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO
2.1 ATOS AUTORIZATÓRIOS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
a) Autorização de Funcionamento: Decreto n.º 5324/78 (07/08/78); b) Reconhecimento do curso Educação Geral: Resolução n.º 3514/88
(21/11/88);
c) Renovação de autorização de funcionamento do Ensino Médio:
Resolução n.º 4642/02 - DOE 20/01/2003.
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau, de Bandeirantes,
é resultado da reorganização de estabelecimentos de ensino preconizado pela Lei
nº 5692/71. Participaram do processo de reorganização:
Colégio Estadual “Professor Mailon Medeiros”;
Colégio Comercial “Cyríaco Russo”;
Escola Normal Colegial “Professora Maria Juvelina dos Santos”.
2.2 ETAPAS DA ORGANIZAÇÂO E REORGANIZAÇÃO DOS CURSOS
2.2.1 COLÉGIO ESTADUAL “MAILON MEDEIROS”
Ano de 1949: O Ginásio Municipal de Bandeirantes é criado pela Lei
Municipal nº 30 de 11/05/49 e inicia suas atividades na Serraria do Sr. Domingos
Regamulto. A Portaria nº 449, de 19/12/49 - MEC/RJ - concede autorização para
funcionamento condicional.
O curso é resultado do empenho do Professor Mailon Medeiros, nomeado
1º diretor, pelo Decreto Municipal nº 45, de 10/11/49. O decreto nº46, de 10/11/49
nomeia secretário o Sr. João de Campos.
18
Ano de 1950: O Ginásio Municipal de Bandeirantes, através da Portaria
nº 617, de 21/08/50, MEC/RJ, passa a denominar-se Ginásio Estadual de
Bandeirantes. Funcionou até 1952, no prédio do Grupo Escolar da Usina
Bandeirantes.
Ano de 1952: É inaugurado o prédio próprio do Ginásio Estadual de
Bandeirantes, na Rua Minas Gerais, s/nº, (hoje, Rua Prefeito Moacyr Castanho),
onde funciona a Escola Estadual “Nóbrega da Cunha” - Ensino de 1º grau, Regular
e Supletivo.
Ano de 1955: A Portaria nº235 de 31/03/55 - MEC concede autorização
para o Ginásio Estadual de Bandeirantes funcionar com o 2º Ciclo,
condicionalmente pelo prazo de dois anos. A denominação do estabelecimento de
ensino secundário passa a ser Colégio Estadual de Bandeirantes.
Ano de 1965: Com a Lei nº25 de 12/05/65 o Colégio Estadual de
Bandeirantes passou a denominar-se Colégio “Professor Mailon Medeiros”, em
homenagem ao seu fundador.
Ano de 1975: Parecer nº 13/75 de 07/02/75 aprova, em caráter definitivo,
o Plano de Implantação do Ensino de 2º Grau, do Colégio Estadual Professor
“Mailon Medeiros”, de Bandeirantes com as seguintes habilitações: Magistério,
Redator Auxiliar, Secretariado, Assistente de Administração, Contabilidade e
Secretario Escolar; todas com a duração de 3 anos.
O Parecer nº 78/75 de 27/10/75 aprecia, preliminarmente, o Plano de
Implantação da Lei 5692/71 - Ensino de 1º Grau apresentado pelas unidades
escolares Colégio Estadual Professor Mailon Medeiros, Grupo Escolar Juvenal
Mesquita, Grupo Escolar Usina Bandeirantes, Casa Escolar Santa Terezinha e
Casa Escolar Dario Veloso.
Ano de 1976: Parecer nº 236/76, de 09/12/76 aprova a implantação da
Habilitação Promotor de Vendas no estabelecimento que funciona a partir de
1977.
O Parecer 020/76 aprova o plano de Implantação do Ensino de 1º Grau
19
apresentado pelo Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”, Grupo Escolar
Juvenal Mesquita, Grupo Escolar Usina Bandeirantes, Casa Escolar Santa
Terezinha e Casa Escolar Dario Veloso.
Ano de 1977: Decreto Estadual nº 2791, de 04/01/77 - Autoriza a funcionar
o Complexo Escolar Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º e 2º Grau,
resultante da reorganização do Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”,
Escola Normal Professora “Maria Juvelina dos Santos”, Colégio Comercial
Estadual “Cyríaco Russo”, Escola de Aplicação Cecília Meireles e Casa Escolar
Dario Veloso.
O Ofício Circular 58/77 de 03/03/77 remaneja alunos do 1º Grau para a
Unidade Polo (Escola Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º Grau),
atualmente, Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino Fundamental,
Médio e Profissional.
2.2.2 ADMINISTRAÇÃO TÉCNICO-PEDAGÓGICA
Enquanto manteve a denominação de Colégio Estadual “Mailon Medeiros”,
exerceram a função de diretor do Estabelecimento, os seguintes professores:
1949 - 1950: Professor Mailon Furtado de Medeiros; 1951 - Professora Maria da Luz Miranda Conter;
1952 - 1955: Professor Thomaz Nicoletti; 1957: Professora Maria da Luz Miranda Conter; 1958 - 1960: Professor Breno Trautwein; 1961 - 1962: Professor Thomaz Nicoletti; 1963 - 1964: Professor José Borsatto; 1965 - 1974: Professor Thomaz Nicoletti;
1975 - 1976: Professora Heloísa Helena Martins Páschoa.
2.2.3 PRIMEIROS DOCENTES
- Mário Amaral Pacca - Milton Aparecido Chaves - Thomaz Nicoletti - Nivaldo Nicolau Conter - Israel Diniz - Castor Ferrer da Rosa - Ivone Terezinha Russo Chaves - Norival Camargo Valladão - Dorothéa Passos Mieweglowski - Ozório Gonçalves Nogueira - Breno Trautwein - Lysethi Boline M. da Silva
20
2.2.4 COLÉGIO COMERCIAL ESTADUAL DE BANDEIRANTES
Ano de 1952: Criado pela Lei Municipal nº 135/52, de 24/08/52, de
24/08/52.
Ano de 1956: O Colégio Comercial de Bandeirantes é estadualizado
através da Lei nº 4798, de 31/08/56, com funcionamento no período noturno, no
mesmo edifício do Colégio Estadual “Mailon Medeiros”.
Portaria Estadual nº 5689, de 25/05/68 solicita à rede de ensino comercial,
a escolha de um Patrono, cujo nome deveria ser proposto após criteriosa consulta
à comunidade. O Colégio Comercial Estadual de Bandeirantes recebeu a
incumbência de escolher o seu Patrono em meados de 1970.
Ano de 1970: O Diretor do Colégio Comercial Estadual de Bandeirantes,
Sr. Antônio Corder, após ampla consulta à comunidade e em concorrida reunião
com líderes comunitários e corpo docente, viu aprovar no dia 03/08/70, por
unanimidade, o nome do Sr. Cyríaco Russo, ex-professor e profissional atuante
na área contábil, para patrono do estabelecimento. No mesmo ano, pelo Decreto
Estadual nº 22093 da SEC, o Colégio Comercial de Bandeirantes, passou a
denominar- se Colégio Comercial “Cyríaco Russo”.
Ano de 1975: O Parecer 013/75 - CEE aprova, em caráter definitivo, o
plano de Implantação do Ensino de 2º Grau, do Colégio Estadual Prof. “Mailon
Medeiros”, de Bandeirantes, com as seguintes habilitações: Magistério, Redator
Auxiliar, Secretariado, Assistente de Administração, Contabilidade e Secretário
Escolar; todas com duração de 3 anos.
O Parecer nº 078/75 aprecia, preliminarmente, o Plano de Implantação do
Ensino de 1º Grau, apresentado pelas unidades escolares: Colégio Estadual
Professor “Mailon Medeiros”, Grupo Escolar Usina Bandeirantes, Casa Escolar
Santa Terezinha e Casa Escolar Dario Veloso.
Ano de 1977: O Decreto Estadual nº 2791 de 04/01/77 autoriza o
funcionamento do Complexo Escolar Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º
21
e 2º Graus, resultante da reorganização do Colégio Estadual Professor Mailon
Medeiros, Colégio Comercial Estadual Cyríaco Russo, Escola de Aplicação
Cecília Meireles e Casa Escolar Dario Veloso.
O Ofício Circular 58/77 de 03/03/77 remaneja alunos do 1º Grau para a
Unidade Polo (Escola Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º Grau),
atualmente Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros” - Ensino Fundamental,
Médio e Profissional.
2.2.5 ADMINISTRAÇÃO TÉCNICO-PEDAGÓGICA
Enquanto perdurou o nome de Colégio Comercial Estadual “Cyríaco
Russo”, desempenharam a função de diretor, os seguintes professores:
- 1953 - 1955: Professor Antonio Corder - 1956 - 1957: Professor Nivaldo Moreira Fonseca - 1958 - 1960: Professor Thomaz Nicoletti - 1961 - 1966: Professor Antonio Corder - 1967 - 1969: Professor Thomaz Nicoletti - 1970 - 1971: Professor Antonio Corder - 1972 - 1975: Professor Luiz César Pinto Ribeiro
- 1976 - 1977: Professor Thomaz Nicoletti
2.2.6 PRIMEIROS DOCENTES (1956)
- Mailon Furtado de Medeiros - Breno Trautwein - Gentil Augusto da Silva - Nivaldo Conter - Carlos Nardon - Cyríaco Russo - Maria Aparecida Nunes - Rosalina Barbosa de Lima - Irineu Soares - Nivaldo Fonseca Moreira
2.2.7 ESCOLA NORMAL COLEGIAL “PROFESSORA MARIA JUVELINA DOS
SANTOS”
Ano de 1953: Criada a Escola Normal Secundária, pela Lei Estadual nº
1188, de 06/08/1953, resultado do empenho do Professor Thomaz Nicoletti. O
referido curso passa a ser ministrado no período vespertino, no mesmo prédio
onde funciona o Ginásio Estadual de Bandeirantes.
22
Ano de 1956: Por ato da SEC, a Escola Normal passa a denominar-se
“Escola Normal Secundária Professora Maria Juvelina dos Santos”.
Ano de 1977: O Decreto nº 2791 de 04/01/77 autoriza o funcionamento do
Complexo Escolar Professor “Mailon Medeiros” - Ensino de 1º e 2º Graus;
resultante da reorganização do Colégio Estadual Professor “Mailon Medeiros”,
Escola Normal Colegial Estadual Profª. Maria Juvelina dos Santos, Colégio
Comercial Estadual Cyríaco Russo, Escola de Aplicação Cecília Meireles e Casa
Escolar Dario Veloso.
2.2.8 ADMINISTRAÇÃO TÉCNICA –PEDAGÓGICO
Exerceram a função de direção, os seguintes professores:
- 1953 - 1964: Professor Thomaz Nicoletti; - 1965 - 1977: Professora Neusa Russo da Cunha;
2. 2.9 PRIMEIROS DOCENTES (ANO DE 1954)
- Ivone Terezinha Russo Chaves - Osias Borges Feiges - Aglair Ap. Sabóia - Augusto C. V. Espínola - Clory Dondeo - Jamila Sale - Maria da Glória E. Henriques - Castor Ferrer da Rosa - Maria da Luz Aparecida Pereira - Alice Bonfim Metring
2.2.10 NOVA ALTERAÇÃO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO – Ano 1978
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau, de Bandeirantes,
Estado do Paraná foi autorizado a funcionar com o nome de Colégio “Cyríaco
Russo” - Ensino de 2º Grau, resultante da reorganização do Colégio Estadual
Professor “Mailon Medeiros”, Escola Normal Colegial Estadual Profª. Maria
Juvelina dos Santos e Colégio Comercial Estadual “Cyríaco Russo”, conforme o
Decreto nº 5324 de 02/08/78.
Portaria nº 1344/78 homologa o Parecer nº 37/78/DESG aprovando
a reformulação das habilitações: Técnico em Contabilidade, Técnico em
23
Secretariado e Assistente de Administração, ministradas pelo Colégio “Cyríaco
Russo” - Ensino de 1º e 2º Graus. Neste período, o estabelecimento ofertava as
seguintes habilitações nos seguintes turnos:
Matutino Habilitação: Promotor de Vendas; Redator Auxiliar
Vespertino Habilitação: Magistério
Noturno Habilitação: Técnico em Secretariado; Assistente Administrativo; Técnico em Contabilidade.
Ano de 1981: A Resolução nº 2585/81 aprova o Regimento Interno para
todas as Escolas Estaduais, a partir de 13/11/81.
Ano de 1982: Pela Resolução nº 779/82 de 17/03/82 fica reconhecido o
Curso de 2º Grau Regular, com as habilitações plenas: Magistério e Contabilidade
e parcial: Promotor de Vendas, do Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de
2º Grau, município de Bandeirantes.
Ano de 1983: Parecer nº 132/83 - DESG autoriza a implantação do curso
Propedêutico.
Informação nº 169/83 - Protocolo 003979/83 - Adequação de grade
curricular à Lei 7044/82, Deliberação 035/82, do CEE.
Resolução nº 2358/83, de 15/07/83 - O Colégio “Cyríaco Russo” passa a
denominar-se Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau.
Ano de 1984: Informação 75/84 de 18/04/84 altera o Título Ill do Regimento
Escolar uma vez que as determinações contidas na Informação nº 454/83 foram
atendidas; desta forma pelo Parecer nº103/84 fica aprovado o Projeto de
Implantação gradativa do Curso de 2º Grau Regular – Propedêutico a partir de
1983.
Resolução nº 2413/84 autoriza o funcionamento do Curso Propedêutico,
pelo prazo de 2 anos, a partir de 1983.
Ano de 1986: pelo Parecer nº542/86 fica determinada a cessação definitiva
das atividades escolares das Habilitações Promotor de Vendas, a partir de 1985
e, Assistente de Administração, a partir de 1986.
24
Parecer nº 768/86 aprova a adequação da Grade Curricular e do Plano de
Estágio da Habilitação Magistério.
Resolução nº 3149/86, de 14/07/86 cessa definitivamente, a partir de 1985,
as atividades escolares da Habilitação Promotor de Vendas e, a partir de 1986, as
da Habilitação Assistente de Administração.
Ano de 1987: Pelo Parecer 1041/87, Protocolo nº 362.399/87, fica
aprovado o adendo ao Regimento Escolar - Propedêutico, cuja denominação
passa à Educação Geral, conforme Deliberação nº 04/87 - CEE e Instrução
nº01/87 da SUED/SEED.
A Resolução nº1265/87, de 31/03/87 - prorroga o período de autorização
de funcionamento do curso de 2º Grau Regular - Propedêutico, por mais seis
meses, a partir do início do ano letivo de 1987.
A Resolução nº3402/87, de 26/08/87 - prorroga o período de autorização
de funcionamento do Curso de 2º Grau Regular - Propedêutico, a partir de 1985
até o final do ano letivo de 1987. Fica revogada a Resolução nº1265/87 de
31/03/87.
Ano de 1988: O Parecer nº 564/88 de 08/08/88 aprova o adendo ao
Regimento Escolar referente ao Estágio Supervisionado, Habilitação Magistério,
a partir do ano letivo de 1988.
A Resolução nº 1614/88 de 27/05/88 prorroga o período de autorização de
funcionamento do curso de 2º Grau - Educação Geral, por mais 1 (um) ano, a
partir do início do ano letivo de 1988.
Parecer nº2241/88 de 07/10/88 dá parecer favorável ao pedido de
reconhecimento do curso Educação Geral.
Pela Resolução nº 3514/88 de 10/11/88 fica reconhecido o Curso de 2º grau
- Educação Geral, no Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau;
Parágrafo Único: O curso acima integrará o reconhecimento original, declarado
pela Resolução Secretarial nº 779/82.
Ano de 1989: Implantação do Curso Auxiliar - Técnico em Contabilidade
com duração 4 anos.
Ato Administrativo nº 13/89-NRE aprova a proposta de avaliação para
25
vigorar a partir de 1989.
Parecer nº 799/89: aprova o adendo ao Regimento escolar referente à
administração das aulas de Educação Física, no Ensino de 2º Grau Regular -
noturno, com vigência a partir do início do ano letivo de 1989.
Ano de 1990: funcionamento da Habilitação Magistério, também no
período noturno.
Ano de 1991: adoção da grade Curricular da Habilitação Magistério, com
duração de 4 anos.
Ano de 1992: Resolução nº 4.496 de 24/12/91 autoriza o funcionamento
da 4ª série da Habilitação Técnico em Contabilidade, a partir de 1992.
Ano de l993: Parecer nº 727/93 de 03/12/93 aprova a alteração proposta
da Grade Curricular de Auxiliar de Contabilidade e Técnico em Contabilidade, a
partir de 1994. A alteração proposta refere-se à substituição da disciplina de
Contabilidade Agrícola (3ª série), por Introdução à Informática (3ª série).
Resolução nº 6778/93 de 15/12/93 homologa o Parecer nº 727/93 do DESG
que aprova a alteração da Grade Curricular da Habilitação Auxiliar de
Contabilidade, do turno noturno, com implantação gradativa a partir do início do
ano letivo de 1994.
Resolução nº 3252/93 homologa o Parecer nº 417/93 do DESG que aprova
a alteração da Grade Curricular do Curso de 2º grau - Educação Geral -
Preparação Universal, com implantação a partir do início do ano letivo de 1994.
Parecer nº 622/93 de 20/10/93 aprova a Grade Curricular da Habilitação
Auxiliar de Contabilidade, período diurno, a partir de 1994.
Resolução nº 6012/93 de 08/11/93 homologa o Parecer nº 622/93 do DESG
que aprova a Grade Curricular da habilitação Auxiliar de Contabilidade, período
diurno, com implantação a partir do ano de 1994.
Ano de 1994: Resolução nº 5135/94 de 24/10/94 homologa o Parecer nº
604/94 do DESG que aprova a Grade Curricular Transitória da habilitação em
Técnico de Contabilidade, para efeito exclusivo de Registro Escolar dos alunos
26
matriculados no ano letivo de 1987.
Resolução nº 5437/94 de 07/11/94 concede, a partir de 1995, a implantação
da Habilitação Técnico em Processamento de Dados.
Ano de 1995: Resolução nº 3363/95, de 25/08/95 - Autoriza o
funcionamento da habilitação Técnico em Processamento de Dados. Implantação
gradativa a partir do início do ano letivo de 1995.
Ano de 1996: Parecer nº 94/96 e Resolução nº 2862/96 de 17/07/96
autorizam o funcionamento da 4ª série, Habilitação Técnico em Contabilidade,
período noturno, para 1996.
Ano de 1997: Resolução nº 420/97, de 07/02/97 - Autoriza o funcionamento
da 4ª série da habilitação Técnico em Contabilidade, diurno (Parecer nº 216/96) e
noturno (Parecer nº 217/96), para o ano letivo de 1997.
Parecer nº 863/97 - CEF e Resolução nº 2.277/97 de 03/07/97 - SEED
autorizam a cessação definitiva das atividades escolares da Habilitação Técnico
em Contabilidade. Determina a cessação gradativa cumprindo o seguinte
cronograma: 1997 - 1ª série; 1998 - 1ª e 2ª séries; 1999 - 1ª, 2ª e 3ª séries e 2000
- 1ª, 2ª, 3ª e 4ª séries.
Parecer nº 975/97 - CEF e Resolução nº 2288/97 de 03/07/97 - SEED
autorizam a cessação definitiva das atividades escolares da Habilitação
Magistério. Determina a cessação gradativa, cumprindo o seguinte cronograma:
1997 - 1ª série; 1988 - 1ª e 2ª séries; 1999 - 1ª, 2ª e 3ª séries e 2000 - 1ª, 2ª, 3ª e
4ª séries.
Parecer nº 226/97 – CEE e Resolução nº 3086/97 do DOE de 30/09/97 –
SEED reconhecem a Habilitação Técnico em Processamento de Dados em
caráter excepcional, exclusivamente para fins de cessação a partir do ano letivo
de 1997.
Resolução nº 2288/97 – DOE nº 5052/97 de 24/07/97 cessa definitivamente
as atividades escolares da Habilitação Técnico em Contabilidade, cumprindo o
seguinte cronograma: 1997 a 1ª série; 1998 a 1ª e 2ª séries; 1999 a 1ª, 2ª e 3ª
séries e 2000 a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª séries.
Resolução nº 4482/97 – DOE nº 5198/97 de 26/02/98 cessa definitivamente
27
as atividades escolares da Habilitação Técnico em Processamento de Dados, no
Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino de 2º Grau, do município de
Bandeirantes.
Resolução nº 4482/97 publicado no DOE nº 5198 de 26/02/1998, página
29, cessa definitivamente as atividades escolares de Habilitação Técnico em
Processamento de Dados.
Ano de 1998: O ato administrativo nº 289/98 do NRE de 23/09/1998 faz
adequação de nomenclatura dos estabelecimentos de ensino de Educação Básica
– Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio, conforme Resolução nº
3120/98 DOE 11/09/98.
Ano de1999: Autorização de funcionamento de 4ª série do Curso Técnico
de Contabilidade pela Resolução nº3189/99 de 16/08/1999.
Ano de 2000: Parecer nº070/2000 de 07/12/2000 – NRE aprova o
Regimento Escolar a partir de 2001. O Parecer nº271/2000 de 07/12/2000
homologa o parecer nº070/2000 referente ao Regimento Escolar do Colégio
Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio.
Ano de 2002: Parecer nº028/2002 de 18/12/2002 aprova o Regimento
Escolar a partir de 2002. O Parecer nº192/2002 de 18/12/2002 homologa o
parecer 028/2002. Resolução nº4642/02 de 20/01/2003 aprova a renovação de
autorização do Ensino Médio.
Resolução 3069/2001 – DOE de 31/01/2002 nomeia Nelci Maria Martins de
Queiróz para o cargo de Diretora do Colégio Estadual Cyríaco Russo; a Resolução
nº 4254/2003 – DOE de 23/01/2004 nomeia Nelci Maria Martins de Queiroz, para
o cargo de Diretora do Colégio Estadual Cyríaco Russo. Após a unificação dos
cursos, o Colégio Estadual “Cyríaco Russo” - Ensino de 2º Grau teve à frente de
sua administração os seguintes professores:
1978 - 1980: Professora Neusa Russo da Cunha (diretora) Professora Yoshiko Kawata Maeda (diretora auxiliar) 1981 - 1982: Professor Gentil Augusto da Silva 1982 - 1983: Professora Yoshiko Kawata Maeda 1984 - 1985: Professora Neusa Russo Cunha (primeira diretora eleita por voto
28
direto da comunidade escolar) 1986 - 1989: Professora Derli Ferraz Pedroso
1990: Professor Mario Luciano 1991 - 1995: Professora Marina Yukiko Kikuta 1996 - 2000: Professor Fulton Carlos Teixeira Ribeiro (diretor) Professor Ademar Ribeiro Richter (diretor auxiliar) Professor Mauro Ferreira (diretor auxiliar)
2001- 2011: Nelci Maria Martins de Queiróz – Diretora 2012- 2015: Roseli Bueno da Silva
2.3. BIOGRAFIA DO PATRONO CYRÍACO RUSSO
Cyríaco Russo nasceu na cidade de Guaxupé, Estado de Minas Gerais,
aos 8 dias de mês de agosto de 1898. Filho de Raphael Russo e de Manoela
Cândida Russo foi o primogênito de uma família de sete membros e durante toda
a sua infância e juventude viveu em sua cidade natal.
Lutando com grandes dificuldades financeiras, começou muito cedo a
enfrentar o trabalho diário, exercendo juntamente com seu pai a profissão de
pedreiro. Tinha muita vontade de continuar os estudos e, com a abertura da
Academia de Comércio em sua cidade, nela ingressou, continuando a trabalhar
como pedreiro durante o dia e estudar a noite. Formou-se Guarda-livros em 1922
na Academia de Comércio “São José” de Guaxupé. Em 1923 diplomou-se perito
contador na primeira turma do referido estabelecimento. Sempre se distinguiu nos
estudos e, devido a isso, foi convidado para fazer parte do corpo docente dessa
escola logo que se diplomou. Atuou como professor durante um período de 04
anos.
Em 1918, deixou a profissão de pedreiro e, a convite de seu professor, Dr.
André Cortês Granero, submeteu-se a um concurso para escrevente juramentado,
na cidade de Muzambinho, Estado de Minas Gerais. Neste concurso havia 30
candidatos inscritos, sendo aprovados apenas quatro e, entre eles, estava Cyríaco
Russo. Após esse concurso, ocupou o cargo de escrevente do Tabelionato de 1º
Ofício de Guaxupé.
Casou-se em 1921 com a senhora Rachel Paschoa Russo e tiveram 5
filhos: Maria, Neusa, Cyra, Ivone e William. Anos mais tarde sua filha Neusa Russo
da Cunha assumiria a direção do colégio por duas gestões: 1978-1980 / 1984-
1985.
29
Em 1924, deixou o cartório para exercer a profissão de contador abrindo
um Escritório de contabilidade em Guaxupé – Minas Gerais. Em 1933, submeteu-
se a um concurso para ingressar no Banco Hipotecário de Minas Gerais S.A., e
em 1938, foi transferido para Monte Santo de Minas, como Gerente da referida
Casa de Crédito; em 1941, encerrada a sua carreira bancária, continuando com
seu escritório contábil, o qual mesmo durante seu exercício na carreira bancária,
nunca abandonou.
Em 1939, ingressou na Loja Maçônica “Caridade Montessantense”, onde
atingiu o grau 33 de estudos filosóficos. Mais tarde, no período de 1965-1968,
vivendo no Estado do Paraná, seria nomeado Delegado do Grande Oriente do
Paraná.
Na cidade de Monte Santo de Minas/MG foi professor fundador da Escola
de Comércio. Em 1943, transferiu residência e escritório para a cidade de Itamogi/
MG, onde permaneceu até o ano de 1952, onde exerceu também o cargo de
Professor Fundador no Ginásio Municipal, ocupando a cadeira de Matemática,
atuando também como Secretário.
Transferiu sua residência para o Estado do Paraná, cidade de
Bandeirantes, em junho de 1952. Nesta cidade continuou com seu Escritório de
Contabilidade, fez parte do Corpo Docente do Colégio Comercial Estadual de
Bandeirantes durante 07 anos, ocupando as cadeiras de Contabilidade Comercial,
Bancária, Contabilidade Geral Aplicada e Matemática.
Recebeu em 1968, por Decreto do Grande Oriente de Paraná, o título de
Benemérito da Maçonaria Paranaense. Ocupou a Provedoria da Santa Casa de
Misericórdia de Bandeirantes de 1959 a 1969. Foi fundador e primeiro Presidente
do Albergue Noturno “João Francisco Ferreira”, desta cidade, em sua fase de
organização e construção. Foi membro do Rotary Club de Bandeirantes durante
10 anos.
Exerceu sua profissão de contador até os seus últimos dias. Faleceu no dia
07 de junho de 1970, na cidade de Bandeirantes, onde foi sepultado.
3. CARACTERÍSTICAS DO ESTABELECIMENTO
3.1 DEPENDÊNCIAS FÍSICAS
30
As instalações do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e
Normal encontram-se em um terreno 2.880 m2, sendo 1.959,262 m2 de área
construída. As dependências podem assim serem descritas:
Quant. Descrição da dependência
03 01 04 04 02 01 01 01 01 07 06 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 14 01 01
Almoxarifados Banheiro Feminino de professores Banheiro Feminino de alunos Banheiro Masculinos de alunos Banheiro Masculino de professores Biblioteca Cantina
Casa do Zelador Coordenação do Curso de Formação de Docentes
Corredores – Ala superior Corredores – Ala Térrea Cozinha Depósito de merenda Laboratório de Informática Laboratório de Química, Física e Biologia Pátio Coberto Refeitório Sala de Arquivo Sala de direção Sala de Equipe Pedagógica Sala de Professores Sala hora atividade Salão de uso múltiplo Salas de aula Secretaria Sala de Leitura
Dependências físicas
3.2 EQUIPAMENTOS DE USO PEDAGÓGICO
O Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal, possui
atualmente 08 microcomputadores (Paraná Digital), 19 microcomputadores
(PROINFO), 01 aparelho de televisão 29 polegadas, 01 aparelho de televisão 32
polegadas, 01 aparelho de televisão 14 polegadas (TV Paulo Freire), 05 DVDs,
02 retroprojetores, 14 Televisores Pendrive, 02 Projetores de Multimídia (Data
show), 02 Laptop, 06 Cd players, 01 filmadora e 01 câmera fotográfica, 16 câmeras
de segurança.
31
3.3 RECURSOS HUMANOS
3.3.1 QUADRO DE PROFESSORES
A partir de 2007, com a implantação do PDE - Programa de
Desenvolvimento Educacional, ofertado pela Secretaria de Educação do Estado
do Paraná ocorreram mudanças de diferentes ordens na rotina escolar, bem como
no perfil do quadro de professores. Entre 2010/2012, percebeu-se uma realidade
atípica na escola, em virtude do número significativo de professores efetivos que,
diante de seu nível na carreira profissional, tiveram uma nova oportunidade de
crescimento profissional com inserção no PDE, programa diferenciado ofertado
pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná onde o professor que atinge a
pontuação para dele participar tem afastamento de 100% das atividades escolares
por um período de um ano, para dedicação exclusiva aos estudos e, no segundo
ano, uma liberação parcial de 25% de sua carga horária para elaboração do artigo
científico e conclusão das atividades, possibilitando assim, novo acesso ao Plano
de Carreira.
O quadro atual de professores é composto por cinquenta e dois professores
(52), possuindo a maioria cursos de Especialização. Desse total, onze (11) já
concluíram o PDE, dois (02) encontram-se em fase de conclusão e um (01) em
fase inicial do programa. Há, ainda, dois professores que já concluíram o
mestrado. A maioria do quadro docente é formado pelo sexo feminino (84,6%),
contra (15,4%) do sexo masculino.
A formação continuada dos profissionais da educação, como proposta do
Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE Nacional e da Secretaria de
Estado de Educação – SEED, vem proporcionando reflexos positivos no nível de
escolaridade dos professores dessa instituição e, consequentemente, melhoria no
efetivo trabalho em sala de aula e na qualidade da educação.
Os professores participam também anualmente da Semana Pedagógica
ofertada nos meses de fevereiro e julho, da Formação em Ação, que acontece nos
dois semestres, sendo um dia em cada semestre e, ainda, de cursos ofertados
nas diferentes disciplinas.
A profissão religiosa dos professores reflete a pluralidade de nossa
32
sociedade e exige a proposição de ações que vislumbrem o respeito à diversidade
e a tolerância nas relações interpessoais.
3.3.2 CORPO ADMINISTRATIVO–PEDAGÓGICO
Há na instituição de ensino vinte e cinco (25) profissionais entre as diversas
funções: direção, direção auxiliar, pedagogos, coordenação de curso, assessoria
pedagógica (biblioteca), secretaria, equipe técnico-administrativa e agentes de
apoio (serviços gerais), composição formada por 100% do sexo feminino. Desse
total, quatro (04) profissionais já concluíram o Programa de Desenvolvimento da
Educação – PDE e um (01) encontra-se em fase de conclusão.
Todo corpo administrativo-pedagógico encontra-se inserido nos programas
de Formação Continuada propostos pela SEED e já participou de diversas ações:
grupos de estudo aos sábados, Itinerante; Seminários em Faxinal do Céu e
Londrina, Semana Pedagógica, Formação em Ação, além de cursos direcionados
ao cargo especifico.
A profissão religiosa dos funcionários, assim como a dos professores,
reflete o cenário plural de nossa sociedade.
3.3.3 PERFIL DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
Para traçar o perfil dos alunos do colégio, como condição precípua de
formular encaminhamentos pedagógicos coerentes, visando melhoria no
processo ensino e aprendizagem, alguns pontos merecem destaque e análise. Os
índices de evasão da instituição são extremamente preocupantes, principalmente
no período noturno, situação que merece atenção especial. No entanto, a taxa de
aprovação dos alunos é significativa, levando-se em consideração o período
matutino, que abrange um grande número de alunos e, muitos deles apenas com
dedicação exclusiva aos estudos.
Quanto aos quesitos que perfilam o nível socioeconômico dos alunos leva-
se em consideração três aspectos: proveniência (lugar onde moram), como se
locomovem até a escola e a renda familiar/condições de moradia.
33
Embora localizada em zona central do perímetro urbano a instituição
atende, substancialmente, alunos de bairros e vilas urbanos, uma parcela
significativa da zona rural e considerável número de moradores de cidades
circunvizinhas.
Em relação ao meio de locomoção dos alunos foi suscitado discussões no
sentido de rever as atitudes tomadas pela escola quando a Prefeitura Municipal
suspende o transporte escolar em recessos municipais, e quando chuvas fortes
incidem nos horários de entrada dos alunos, uma vez que é alto o percentual de
alunos que vêm a pé e utilizam o transporte escolar.
Em se tratando da prática religiosa dos alunos percebe-se que ela é bem
diversa e mesmo sabendo de sua laicidade é preciso tomada de decisões pelo
coletivo da escola e proposição de ações pedagógicas cuidadosamente
planejadas levando-se em consideração essa diversidade. O respeito à
diversidade é fundamental para que se tenha um ambiente de trabalho
harmonioso e saudável.
Pesquisas recentes têm buscado traçar o perfil do ambiente familiar como
determinante de alguns aspectos importantes do desempenho da vida escolar de
adolescentes. Um dos itens de destaque é o nível de escolaridade dos pais, em
especial da mãe, que na maioria das vezes é quem oferece maior respaldo e
acompanhamento na formação do filho, principalmente da vida escolar.
Analisando a escola no todo pode-se afirmar que o período noturno
apresenta características peculiares, levando-se em consideração o aluno
trabalhador, por isso as faltas e atrasos são questões a serem consideradas na
pauta de discussões da instituição. Uma grande parcela de alunos, tanto do
período matutino quanto do noturno utilizam o transporte escolar como meio para
frequentar a escola.
A partir de 2008, na tentativa de minimizar os altos índices de evasão
escolar no ensino médio noturno, de modo geral no Estado do Paraná, foram
realizados coletivamente no âmbito escolar vários estudos, a partir de documentos
enviados pela SEED, visando a implantação do Ensino Médio por Blocos de
Disciplinas. Após muito estudo e análise essa mudança na instituição ocorreu
definitivamente em 2010. Nessa decisão, os índices de evasão detectados nos
seis anos anteriores tiveram um grande peso. Após três anos de implantação
desse sistema de ensino, percebeu-se que não havia ocorrido mudança
34
significativa em relação a minimização da evasão escolar, especialmente no
ensino noturno, motivo pelo qual aconteceu a mudança. Também muitos pais não
estavam satisfeitos com tal sistema pelo motivo do filho ter as disciplinas divididas
por blocos, estudando-as apenas por um período (semestre) durante o ano letivo,
o que, segundo eles, influenciava negativamente nos estudos e,
consequentemente, no resultado do vestibular.
3.3.4 PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES DO
TURNO VESPERTINO
O Curso Formação de Docentes é composto predominantemente pelo sexo
feminino, 99%. Todos os alunos cumprem uma carga horária de estágio em
contraturno, mas ainda assim, muitos deles estão inseridos no mercado de
trabalho. Esta inserção é mais comum nos alunos do noturno, o que explica
também o grande número de mudanças de turmas expedidas do turno vespertino
para o noturno, pedido de transferência para outras localidades ou mesmo o alto
índice de evasão do vespertino, pois muitos alunos deixam a escola por
necessidade de trabalho.
O maior índice de desistência ocorre na 1ª série, uma vez que ainda falta
maturidade para os alunos e adequação de horários para o cumprimento da carga
horária da disciplina de Prática de Ensino (estágio) em contraturno, totalizando
cinco aulas semanais, 800 (oitocentas) horas nos 4 (quatro) anos de curso.
O meio de locomoção dos alunos, via transporte escolar, está em
consonância com a proveniência dos mesmos.
A profissão religiosa dos alunos também é diversa e será considerada na
proposição de ações que minimizem a incidência de bullying, racismo, valorizem
o respeito as diferenças e estimulem o espírito de solidariedade.
3.3.5 PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES –
APROVEITAMENTO DE ESTUDOS - TURNO NOTURNO
Os alunos que frequentam o Curso Formação de Docentes –
35
Aproveitamento de Estudos são concluintes do Ensino Médio. A maioria das
turmas é formada pelo sexo feminino Todos os alunos cumprem uma carga horária
de estágio em contraturno, 800 (oitocentas) horas nos 5 (cinco) semestres do
curso, sendo que muitos deles se encontram inseridos no mercado de trabalho. O
maior índice de desistência ocorre no 1ª Semestre do Curso, estando relacionado
ao estágio que deve ser cumprido em contraturno.
O meio de locomoção dos alunos, via transporte escolar, está em
consonância com a proveniência dos mesmos.
A profissão religiosa dos alunos também é diversa e será considerada na
proposição de ações que minimizem a incidência de bullying, racismo, valorizem
o respeito as diferenças e estimulem o espírito de solidariedade.
3.3.6 PERFIL GERAL DOS ALUNOS DO COLÉGIO ESTADUAL CYRÍACO
RUSSO
3.3.6.1 IDADE
A idade dos alunos do Ensino Médio do período matutino está no intervalo
14 - 20 anos; no entanto a grande maioria encontra-se no intervalo da idade/série
correta e, por isso a idade máxima é 17 anos; no período noturno o intervalo se
alarga para 14 – 28 anos. No curso Formação de Docentes a idade está entre 14
– 35 anos. Já no Curso Formação de Docentes – Aproveitamento de Estudos a
idade fica entre 17 e 54 anos.
3.3.6.2 INSERÇÃO NO UNIVERSO DO TRABALHO
A inserção no universo do trabalho é maior no turno noturno e,
significativamente menor, no turno diurno. O Curso Formação de Docentes, bem
como o Curso Formação de Docentes – Aproveitamento de Estudos cumprem
carga horária de estágio em contraturno e, ainda assim, muitos alunos trabalham
como atendentes em creches municipais.
36
3.3.6.3 CONDIÇÕES DE SAÚDE
Para traçar o perfil das condições de saúde consideramos apenas os
alunos que comunicam ser portadores de alguma deficiência e os que fazem uso
de medicamento contínuo, em conformidade com atestado médico ou informação
familiar. Há na escola aluno cadeirante, aluno com diabetes, alunos surdos-
mudos, alunos com deficiência auditiva, sem, no entanto, a exigência de utilização
de aparelho. Há de se considerar os alunos com deficiência visual e que muitas
vezes “não se veem” como deficientes porque fazem uso de lentes corretivas.
Quanto ao uso de medicamento contínuo há alunos que fazem tratamento
para anemia, diabetes e depressão
3.3.6.4 PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMA DO GOVERNO
Mesmo sendo uma escola localizada em região central, da totalidade de
seus alunos, 30% estão inseridos no Programa Bolsa Família, do Governo
Federal, programa este de importância fundamental para permanência do aluno
na escola, propiciando à família melhores condições de atendimento ao
adolescente.
MARCO CONCEITUAL “A passagem para um novo paradigma não é abrupta e nem radical. É um
processo que vai crescendo, se construindo e se legitimando”. Behrens
As contradições são inerentes ao processo de organização social em
quaisquer épocas, no entanto, a dialética nem sempre subsidiou a tomada de
decisões em todas as sociedades, isso porque a aceitação do statu quo em
algumas, com liderança centralizadora, por vezes tirana, foi assumida
passivamente como uma atitude política.
37
A educação, tomada aqui em sentido restrito, a escolar propriamente dita,
está sujeita a condicionantes de ordem sociopolítica, entre outros, que implicam
em diferentes concepções de homem e de sociedade e, em razão disso,
diferentes pressupostos sobre o papel da escola e da aprendizagem, entre outros.
Vista desta forma, ora assume postura emancipadora, ora atua apenas como
aparelho ideológico do estado podendo, em algumas vezes, ser repressora
defendendo o interesse da classe dominante.
Assim, o modo como os profissionais da educação realizam o seu trabalho
está diretamente ligado aos pressupostos teóricos, que explícita ou
implicitamente, embasam a prática, e consequentemente, explicam sua práxis.
Sistematicamente, as tendências educacionais podem servir de parâmetro
entre a prática dos profissionais da educação e o referencial teórico construído
nas últimas décadas. Em linhas gerais, Libâneo (1990), usando como critério a
posição que adotam em relação aos condicionantes sociopolíticos da escola,
classificou as tendências pedagógicas liberais e progressistas, a saber:
Pedagogia Liberal Pedagogia Progressista
Tradicional Libertadora
Renovada progressivista Libertária
Renovada não-diretiva Crítico-social dos conteúdos
Tecnicista
Tendências Pedagógicas
A doutrina liberal defende a liberdade e os interesses individuais e por isso
estabeleceu uma forma de organização social alicerçada na propriedade privada
dos meios de produção, ou seja, suscita uma sociedade de classes. A pedagogia
liberal é, portanto, uma manifestação dessa concepção de sociedade. Nos últimos
cinquenta anos a educação brasileira tem sido marcada pelas tendências liberais,
ora na forma conservadora, ora na forma renovada e, tais tendências manifestam-
se nas práticas escolares e no ideário pedagógico de muitos professores, ainda
que não se deem conta dessa influência, lembra Libâneo (1990), isso porque a
escola nesta perspectiva tem a função de preparar indivíduos para o desempenho
de papeis sociais de acordo com aptidões individuais.
Historicamente, a pedagogia liberal evoluiu para a pedagogia renovada,
38
denominada Escola Nova, no entanto ambas conviveram e convivem na prática
escolar. Os conteúdos, os procedimentos didáticos, a relação professor-aluno não
têm nenhuma relação com o cotidiano do aluno e muito menos com as realidades
sociais. Predomina, neste contexto, a palavra do professor, regras impostas pelas
hierarquias, e a supervalorização do intelectual. O aluno é educado para atingir
sua realização pelo próprio esforço, e assumir os seus fracassos como resultado
de esforço insuficiente.
Ainda segundo Libâneo (1990)
a tendência liberal renovada apresenta-se, entre nós, em duas versões distintas: a renovada progressivista, ou, pragmática, principalmente na forma difundida pelos pioneiros da educação nova, entre os quais se destaca Anísio Teixeira (deve-se destacar, também, a influência de Montessori, Decroly e, de certa forma, Piaget); a renovada não-diretiva, orientada para os objetivos de auto-realização (desenvolvimento pessoal) e para as relações inter-pessoais, na formulação do psicólogo norte-americano Carl
Rogers. [...] A tendência liberal tecnicista subordina a educação à sociedade, tendo como função a preparação de "recursos humanos" (mão-de-obra para indústria). A sociedade industrial e tecnológica estabelece (cientificamente) as metas econômicas, sociais e políticas, a educação treina (também cientificamente) nos alunos os comportamentos de ajustamento a essas metas. No tecnicismo acredita-se que a realidade contém em si suas próprias leis, bastando aos homens descobri-las e aplicá-las. Dessa forma, o essencial não é o conteúdo da realidade, mas as técnicas (forma) de descoberta e aplicação.
Saviani (1981) apropriadamente descreveu as confusões que se
emaranhavam nos professores da época (e que ainda emaranham). Segundo ele:
os professores têm na cabeça o movimento e os princípios da escola nova. A realidade, porém, não oferece aos professores condições para instaurar a escola nova, porque a realidade em que atuam é tradicional. (...) Mas o drama do professor não termina, aí. A essa contradição se acrescenta outra: além de constatar que as condições concretas não correspondem à sua crença, o professor se vê pressionado pela pedagogia oficial que prega a racionalidade e produtividade do sistema e do seu trabalho, isto é, ênfase, nos meios (tecnicismo).(...) Ai o quadro contraditório em que se encontra o professor: sua cabeça é escolanovista a realidade é tradicional;"(...) rejeita o tecnicismo porque sente-se violentado pela ideologia oficial; não aceita a linha crítica porque não quer receber a denominação de agente repressor (SAVIANI, 1981).
Há unanimidade na constatação de que as tendências não aparecem em
sua forma pura e nem conseguem descrever todas as nuances da prática escolar,
39
no entanto servem de parâmetro de análise e avaliação da prática do professor.
Emprestando as palavras de Libâneo (1994) temos que
a pedagogia progressista manifesta-se em três tendências:
a libertadora, mais conhecida como pedagogia de Paulo Freire, a libertária, que reúne os defensores da autogestão pedagógica; a crítico-social dos conteúdos que, diferentemente das anteriores, acentua a primazia dos conteúdos no seu confronto cor as realidades sociais. As versões libertadora e libertária têm em comum o anti-autoritarismo, a valorização da experiência vivida como base da relação educativa e a idéia de autogestão pedagógica. Em função disso, dão mais valor ao processo de aprendizagem grupal (participação em discussões, assembléias, votações) do que aos conteúdos de ensino. Como decorrência, a prática educativa somente faz sentido numa prática social junto ao povo, razão pela qual preferem as modalidades de educação popular “não-formal”. A tendência da pedagogia crítico social de conteúdos propõe uma síntese superadora das pedagogias tradicional e renovada, valorizando a ação pedagógica enquanto inserida na prática social concreta. Entende a escola como mediação entre o individual e o social, exercendo aí a articulação entre a transmissão dos conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno concreto (inserido num contexto de relações sociais); dessa articulação resulta o saber criticamente re-elaborado (LIBÂNEO, 1994)
Conforme Libâneo (1994), a tendência progressista crítico-social dos
conteúdos, diferentemente da libertadora e libertária, acentua a primazia dos
conteúdos no seu confronto com as realidades sociais. A atuação da escola
consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições,
fornecendo-lhe um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da
socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da
sociedade.
Na visão da pedagogia dos conteúdos, admite-se o princípio da
aprendizagem significativa, partindo do que o aluno já sabe. A transferência da
aprendizagem só se realiza no momento da síntese, isto é, quando o aluno supera
sua visão parcial e confusa e adquire uma visão mais clara e unificadora.
A partir da Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 foi dada à escola maior
autonomia na construção de sua Proposta Pedagógica e ênfase à atualização
constante do professor que, através do conhecimento dessas tendências
pedagógicas e dos seus pressupostos de aprendizagem, o professor terá
condições de avaliar os fundamentos teóricos empregados na sua prática em sala
de aula.
40
No Estado do Paraná a aprovação da versão final das Diretrizes
Curriculares Orientadoras da Educação Básica, a partir das Diretrizes Curriculares
Nacionais – DCNs, mobilizou o professorado paranaense no estudo do referencial
teórico que as subsidiam. Desta forma, as ideias de Piaget, Vygotsky e Wallon são
potencializadas. Os pontos de convergência entre eles os qualificaram como
interacionistas, porque concebem o conhecimento como resultado da ação que
se passa entre o sujeito e um objeto. De acordo com ARANHA (1998). o
conhecimento não está, então, no sujeito, como queriam os inatistas, nem no
objeto, como diziam os empiristas, mas resulta da interação entre ambos.
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal em
atendimento às orientações da SEED, durante as semanas pedagógicas, grupos
de estudos e outras situações de formação continuada pode aprofundar
discussões acerca do referencial teórico sugerido por ela. Desta forma esta
instituição, depois de muito refletir sobre as tendências educacionais, pautará
suas ações na Pedagogia Crítico-social dos conteúdos fundamentando-se nos
referenciais teóricos de Demerval Saviani, na didática de João Luiz Gasparin (vale
lembrar que estes referenciais assentam-se na filosofia de Karl Marx e Gramsci)
e na psicologia de Vygotsky.
1. A PEDAGOGIA PROGRESSISTA: BREVES CONSIDERAÇÕES
Segundo Mercado (1996) a pedagogia crítico-social dos conteúdos,
surgida no final dos anos 70, adentrando a década de 80, foi uma reação à
pedagogia libertadora que, na ótica de alguns educadores, dava pouca relevância
ao “saber elaborado” historicamente acumulado e que constitui parte do acervo
cultural da humanidade. Na ótica do autor:
a "pedagogia crítico-social dos conteúdos" assegura a função social e política da escola através do trabalho com conhecimentos sistematizados, a fim de colocar as classes populares em condições de uma efetiva participação nas lutas sociais. Entende que não basta ter como conteúdo escolar as questões sociais atuais, mas que se tenha domínio de conhecimentos, habilidades e capacidades mais amplas para que os alunos possam interpretar suas experiências de vida e defender seus interesses de classe.
41
(MERCADO, 1996).
Desta forma, a escola assume o papel de socializadora dos conhecimentos
e saberes universais que, na verdade, são produzidos pelo grupo dominante.
Para Saviani (2003):
Esta é a base da ideia da socialização do saber que a gente tem formulado em termos pedagógicos. Aqui é preciso desfazer uma confusão. Elaboração do saber não é sinônimo de produção do saber. A produção do saber é social, se dá no interior das relações sociais. A elaboração do saber implica em expressar de forma elaborada o saber que surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de elaboração e sistematização. Daí a importância da escola: se a escola não permite o acesso a esses instrumentos, os trabalhadores ficam bloqueados e impedidos de ascenderem ao nível da elaboração do saber, embora continuem, pela sua atividade prática real, a contribuir para a produção do saber. O saber sistematizado continua a ser propriedade privada a serviço do grupo dominante. (2003, p.91).
A atuação da escola, na fala de Libâneo (1985, p.39), consiste “na
preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhes
um instrumental, por meio da aquisição de conteúdos e da socialização da
sociedade”.
Os conteúdos, neste enfoque, são os acervos culturais universais,
incorporados pela humanidade, relidos e reavaliados frente às realidades sociais.
Os conteúdos, desta forma, não são só ensinados, mas são incorporados, de
maneira indissociável ao seu significado humano e social. Com isso passa-se da
experiência imediata e desorganizada ao saber sistematizado.
A aplicação destes princípios teóricos responde aos três grandes passos
do método dialético de construção do conhecimento: prática-teoria-prática.
Saviani elaborou o significado de práxis, entendendo-a como um conceito sintético
que articula a teoria e a prática a partir de uma reflexão científica. A prática, para
desenvolver-se e produzir suas consequências, necessita da teoria e precisa ser
por ela iluminada. É a prática ao mesmo tempo, fundamento, critério de verdade
e finalidade da teoria. É, portanto, da prática que se origina a teoria. Para que
esse processo de aprendizagem se efetive, é preciso percorrer o seguinte
caminho metodológico, sistematizado por João Luiz Gasparin, a partir do
construto de Dermeval Saviani.
42
Artigo científico de Alves (2005), que toma por base a obra de Gasparin,
sintetiza com precisão os passos propostos inicialmente por Saviani (2003):
1.1 PRÁTICA SOCIAL INICIAL
Saviani evidencia que a prática social é comum a educadores e educandos.
Consiste no primeiro contato que o educando mantém com o conteúdo trabalhado pelo
educador. Sendo a visão do educando, uma visão de senso comum, empírica, geral, uma
visão um tanto confusa, ou seja, sincrética, onde tudo, de certa forma, aparece como
natural. Nesta fase, deve, então, o educador posicionar-se em relação à mesma realidade
de maneira mais clara e, ao mesmo tempo, com uma visão mais sintética, a fim de
conduzir o processo pedagógico com maior segurança e realizar o planejamento de suas
atividades antecipadamente. Ao dialogar com os educandos sobre o tema a ser estudado
mostrará a eles o quanto já conhecem sobre o assunto, evidenciando, que a temática
desenvolvida está presente na prática social, ou seja, em seu dia-a-dia.
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO
O segundo passo constitui o elo entre a prática e a instrumentalização. "Trata-se
de detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em
consequência, que conhecimento é necessário dominar" (SAVIANI, 1999, p. 80).
A problematizarão é o elemento-chave na transição entre prática e teoria,
fundamental para o encaminhamento de todo o processo de trabalho docente-discente.
Deve-se enfatizar os principais problemas relacionados ao tema/conteúdo proposto, pois
as questões fundamentais que foram apreendidas anteriormente pelo educador e alunos
precisam reelaborados, ou resolvidas, não pela educação ou na escola, mas no âmbito
da sociedade como um todo.
A problematização é, ou deveria ser, o fio condutor de todas as atividades que os
educandos desenvolverão no processo de construção do conhecimento.
1.3 INSTRUMENTALIZAÇÃO
A instrumentalização, segundo Saviani (1991, p. 103), consiste na apreensão "dos
instrumentos teóricos e práticos necessários ao equacionamento dos problemas
detectados na prática social (...) trata-se da apropriação das ferramentas culturais
43
necessárias para se libertar das condições de exploração em que vivem". É o momento
do método que passa da síncrese à síntese a visão do educando sobre o conteúdo
presente em sua vida social.
A tarefa do educador e dos educandos, nesta fase, desenvolve-se através de
ações didático-pedagógicas necessárias à efetiva construção conjunta do conhecimento
nas dimensões científica, social e histórica. Consiste em realizar as operações mentais
de analisar, comparar, criticar, levantar hipóteses, julgar, classificar, conceituar, deduzir,
generalizar, discutir explicar, entre outras. Na instrumentalização, educando e educador
efetivam o processo dialético de construção do conhecimento que vai do empírico ao
abstrato chegando, assim, ao concreto, ao realizável.
1.4 CATARSE
Esta é a fase em que o educando mostra que de uma síncrese inicial sobre a realidade
social do conteúdo que foi trabalhado, chega-se à síntese, que é o momento em que ele
estrutura, em nova forma, seu pensamento sobre as questões que o conduziram à
construção do conhecimento. Segundo Saviani (1999 p. 80-81), "o momento cartático
pode ser considerado como o ponto culminante do processo educativo, já que é aí que
se realiza, pela mediação da análise levada a cabo no processo de ensino, a passagem
da síncrese à síntese".
1.5 PRÁTICA SOCIAL FINAL
Conforme Saviani (1999, p. 82), a prática social inicial e final é a mesma, embora
não o seja. É a mesma enquanto se constitui "o suporte e o contexto, o pressuposto e o
alvo, o fundamento e a finalidade da prática pedagógica. E não é a mesma, se
considerarmos que o modo de nos situarmos em seu interior se alterou qualitativamente
pela mediação da ação pedagógica". Educadores e educandos se modificaram
intelectualmente e qualitativamente em relação as suas concepções sobre o conteúdo
que reconstruíram, passando de um estágio de menor compreensão científica, social e
histórica a uma fase de maior clareza e compreensão.
Essa proposta de trabalho pode referir-se tanto às ações intelectuais quanto aos
trabalhos manuais físicos. A prática social final é assim, o momento da ação consciente
do educando dentro da realidade em que vive. É uma proposta metodológica de
apropriação e de reconstrução do conhecimento sistematizado buscando evidenciar que
todo o conteúdo que é trabalhado na educação e pelo educando, através do processo
pedagógico, retorna agora, de maneira nova e compromissada, para o cotidiano social a
44
fim de ser nele um instrumento a mais na transformação da realidade.
Seus passos, aqui apresentados, embora de modo formal, aparecem como se
fossem independentes e estanques, mas na realidade prática eles constituem um todo
indissociável e dinâmico, onde cada fase interpreta as demais. Assim, a prática social
inicial e final é o conteúdo reelaborado pelo processo educativo. A problematização, a
instrumentalização e a catarse são os três passos de efetiva construção do conhecimento
na e para a prática social.
Em síntese, segundo Gasparin (2003), o primeiro passo da pedagogia
histórico-crítica diz respeito ao nível de desenvolvimento real do educando -
prática social inicial; o segundo constitui o elo entre a prática social e a
instrumentalização - é a problematização; o terceiro relaciona-se às ações
didático-pedagógicas para a aprendizagem - instrumentalização; o quarto, a
expressão elaborada da nova forma de entender a prática social - catarse; e o
quinto e último, ao nível de desenvolvimento atual do educando - prática social
final. Sendo que os três passos intermediários compõem a zona de
desenvolvimento imediato ou proximal do educando (Vygotsky, 1991).
2. UMA RETOMADA NECESSÁRIA: O CONSTRUTO DE VYGOTSKY
“Uma palavra que não representa uma ideia é uma coisa morta, da mesma forma que uma ideia não incorporada em palavras não passa de uma sombra.” Vygotsky
A psicologia sócio histórica tem como base a teoria de Vygotsky e concebe
o desenvolvimento humano a partir das relações sociais que a pessoa estabelece
no decorrer da vida. Nesse referencial, o processo de ensino-aprendizagem
também se constitui dentro de interações nos diversos contextos sociais.
De acordo com Vygotsky, todas as atividades cognitivas básicas do
indivíduo ocorrem de acordo com sua história social e acabam se constituindo no
produto do desenvolvimento histórico-social de sua comunidade. Portanto, as
habilidades cognitivas e as formas de estruturar o pensamento do indivíduo não
são determinadas por fatores congênitos. São isto sim, resultado das atividades
praticadas de acordo com os hábitos sociais da cultura em que o indivíduo se
desenvolve. Consequentemente, a história da sociedade na qual a criança se
45
desenvolve e a história pessoal desta criança são fatores cruciais que vão
determinar sua forma de pensar. Neste processo de desenvolvimento cognitivo, a
linguagem tem papel crucial na determinação de como a criança, e por extensão
o aluno, vai aprender a pensar, uma vez que formas avançadas de pensamento
são produzidas através de palavras. Para Vygotsky, um claro entendimento das
relações entre pensamento e língua é necessário para que se entenda o processo
de desenvolvimento intelectual. Linguagem não é apenas uma expressão do
conhecimento adquirido. Existe uma inter-relação fundamental entre pensamento
e linguagem, um proporcionando recursos ao outro. Desta forma a linguagem tem
um papel essencial na formação do pensamento e do caráter do indivíduo.
2.1 ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL
Um dos princípios básicos da teoria de Vygotsky é o conceito de "zona de
desenvolvimento proximal". A zona de desenvolvimento próximo representa a
diferença entre a capacidade do aprendente resolver problemas por si mesmo e
a capacidade de resolvê-los com ajuda de alguém. A zona de desenvolvimento
próximo abrange todas as funções e atividades que o aluno consegue
desempenhar apenas se houver ajuda de alguém. Esta pessoa que intervém para
orientá-lo pode ser tanto um adulto (pais, professor, responsável, instrutor) quanto
um colega que já tenha desenvolvido a habilidade requerida.
A ideia de zona de desenvolvimento próximo é de grande relevância em
todas as áreas educacionais. Uma implicação importante é a de que o
aprendizado humano é de natureza social e é parte de um processo em que a
criança desenvolve seu intelecto dentro da intelectualidade daqueles que a
cercam (Vygotsky, 1978).
De acordo com Vygotsky, uma característica essencial do aprendizado é
que ele desperta vários processos de desenvolvimento internamente, os quais
funcionam apenas quando o aprendente interage em seu ambiente de convívio.
Frente ao exposto, esse processo pode ser metaforicamente descrito em forma
de espiral.
46
Ilustração - Metáfora descritiva da teoria de Vygotsky
Jimenez (1989) utiliza esta mesma metáfora para mostrar como este
processo também ocorre na produção, assimilação e perpetuação da cultura.
Segundo ele, a partir dos anos 70 constata-se a necessidade de se valorizar a
questão da cultura, passando esta de simples saber enciclopédico para
reconhecer que no povo existem saberes que dialogam com o saber culto, num
processo que se chama de espiralidade cultural, ou seja:
aquela que pretende mostrar como as culturas não ocorrem em estado puro: mas em seus processos de constituição e desenvolvimento, encontram-se com outras culturas populares, cultas ou de massa e vão assumindo características dessa última, integrando-as em seus elementos mais primitivos, mas fornecendo-nos um sujeito do qual a característica fundamental é a mestiçagem e, precisamente, o traço vai se criando, a partir de seu eixo cultural básico, fornecido este por sua origem sócio-histórico de classe (JIMENEZ,1989).
O pensamento do educador Saviani – teórico da pedagogia histórico-
crítica – aponta a dialética como pressuposto desta, posicionando a filosofia que
fundamenta a referida tendência, qual seja, o materialismo histórico-dialético.
Em outros termos, o que eu quero traduzir com a expressão “Pedagogia Histórico-Crítica” é o empenho em compreender a questão educacional a partir do desenvolvimento histórico objetivo. Portanto, a concepção pressuposta nesta visão da Pedagogia Histórico-Crítica é o materialismo histórico, ou seja, a compreensão da história a partir do desenvolvimento material, da determinação das condições materiais da existência humana. No Brasil, esta corrente pedagógica se firma, fundamentalmente, a partir de 1979 (SAVIANI, 2008, p.102).
2.2 MATERIALISMO HISTÓRICO E LÓGICA DIALÉTICA
“O trabalho educativo é o ato de produzir, em
cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”. (Saviani)
47
A humanidade, produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos
homens, diz respeito ao conjunto de instrumentos com os quais os homens se
relacionam com a natureza e com os outros homens para promover a
sobrevivência. A forma histórica de produzir a humanidade chama-se trabalho,
portanto a centralidade do trabalho nas relações sociais diz respeito também à
educação segundo o que preconizam os referenciais de Karl Marx e Antônio
Gramsci, como aqui já foi exposto.
Para que a educação seja um instrumento do processo de humanização, o
trabalho, categoria central de análise da materialidade histórica dos homens
enquanto a forma mais simples, mais objetiva, que eles desenvolveram para se
organizarem em sociedade, deve ser tomado como princípio educativo. Saviani
(1991) afirma:
num primeiro sentido, o trabalho é princípio educativo na medida em que determina, pelo grau de desenvolvimento social atingido historicamente, o modo de ser da educação em seu conjunto. Nesse sentido, aos modos de produção [...] correspondem modos distintos de educar com uma correspondente forma dominante de educação [...]. Num segundo sentido, o trabalho é princípio educativo na medida em que coloca exigências específicas que o processo educativo deve preencher em vista da participação direta dos membros da sociedade no trabalho socialmente produtivo. [...]. Finalmente, o trabalho é princípio educativo num terceiro sentido, à medida que determina a educação como uma modalidade específica e diferenciada de trabalho: o trabalho pedagógico (SAVIANI, 2008, p. 56).
Em síntese, o trabalho, como princípio educativo, traz para a educação a
tarefa de educar pelo trabalho e não para o trabalho, isto é, para o trabalho amplo,
filosófico, trabalho que se expressa na práxis, ou seja, pela articulação da
dimensão prática com a dimensão teórica, de forma refletida, pensada.
Saviani (1991), discutindo a necessidade de o educador brasileiro passar
do senso comum para a consciência filosófica na compreensão de sua prática
educativa, aponta o método materialista histórico dialético como instrumento desta
prática e explica, para isto, a superação da etapa de senso comum educacional
(conhecimento da realidade empírica da educação), por meio da reflexão teórica
(movimento do pensamento, abstrações), para a etapa da consciência filosófica
48
(realidade concreta da educação, concreta pensada, realidade educacional
plenamente compreendida). Sobre estas questões Saviani escreve:
Com efeito, a lógica dialética não é outra coisa senão o processo de construção do concreto de pensamento (ela é uma lógica concreta) ao passo que a lógica formal é o processo de construção da forma de pensamento (ela é, assim, uma lógica abstrata). Por aí, pode-se compreender o que significa dizer que a lógica dialética supera por inclusão/incorporação a lógica formal (incorporação, isto quer dizer que a lógica formal já não é tal e sim parte integrante da lógica dialética). Com efeito, o acesso ao concreto não se dá sem a mediação do abstrato (mediação da análise como escrevi em outro lugar ou “detour” de que fala Kosik). Assim, aquilo que é chamado lógica formal ganha um significado novo e deixa de ser a lógica para se converter num momento da lógica dialética. A construção do pensamento se daria, pois da seguinte forma: parte-se do empírico, passa-se pelo abstrato e chega-se ao concreto. (SAVIANI, 2008, p.11).
As discussões travadas no interior de nossa escola apontaram para a
dificuldade de professores das áreas de exatas trabalharem os conteúdos de suas
disciplinas nesta perspectiva, pois estão fundamentados, aos olhos da maioria,
em bases conceituais abstratas. Neste sentido discussões foram travadas visando
buscar outros referenciais que tornem mais concretos os conteúdos das ciências
exatas, com ênfase à adoção de uma postura metodológica que valorize a
interdisciplinaridade, a contextualização e a problematização na perspectiva do
materialismo histórico.
3. A INTERDISCIPLINARIDADE, A CONTEXTUALIZAÇÃO E A
PROBLEMATIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO MATERIALISMO HISTÓRICO
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal em ampla
discussão nas semanas pedagógicas, destaque para as de 2001/2010 inferiu que
no ambiente de sala de aula, o professor, como bem colocam Amaral e Oliveira
(2003), além de lidar com uma avalanche de informação, convive com alunos de
diferentes origens culturais. Sendo assim, há inúmeros detalhes, negociações,
trocas e interações “harmoniosas” que precisam ocorrer para tornar a
aprendizagem mais eficiente.
49
Nessa ótica, a interdisciplinaridade é um desafio ao atual ensino médio,
isso porque os professores foram formados de maneira segmentada,
compartimentalizada, percebendo pouca ou nenhuma relação entre as disciplinas.
Necessário se faz, dessa forma, revisão de alguns conceitos já cristalizados,
romper com alguns paradigmas e tomar a interdisciplinaridade como postura
metodológica educativa.
Fazenda (2007) sustenta que
no limiar do século XXI e no contexto da internacionalização caracterizada por uma intensa troca entre os homens, a interdisciplinaridade assume um papel de grande importância. Além do desenvolvimento de novos saberes, a interdisciplinaridade na educação favorece novas formas de aproximação da realidade social e novas leituras das dimensões socioculturais das comunidades humanas. (FAZENDA, 2007. p. 3)
Para garantir um desenvolvimento adequado de práticas interdisciplinares,
torna-se importante estabelecer diferenças básicas entre esta e a
contextualização.
Uma questão que Zacharias (2007) esclarece que o entrecruzamento dos
conteúdos, independente das áreas do conhecimento, constitui a mola propulsora
da interdisciplinaridade, concomitantemente ao inter-relacionamento entre os
conteúdos da disciplina. Ao passo que os conteúdos impregnados da(s)
realidade(s) do aluno demarcam o significado pedagógico da contextualização. A
contextualização, dessa forma, imprime significados e relevância aos conteúdos
escolares. À interdisciplinaridade caberá a explicitação dos conteúdos
contextualizados.
A contextualização aponta para a necessidade de se trabalhar os
conteúdos, ultrapassando a realidade do aluno, pois, do contrário, incorre no risco
de proporcionar um esvaziamento dos conteúdos. É necessário transpor o
contexto do aluno, enfocando situações históricas, sociais, culturais, éticas que se
imbricam na produção do conhecimento e uma prática social refletida, diz
Zacharias (2007).
Ao lado da interdisciplinaridade e contextualização a problematização deve
ser considerada, como nos lembra Pozo (1998)
um dos veículos mais acessíveis para levar os alunos a aprender a aprender é a solução de problemas [...] A solução de problemas baseia-se na apresentação de situações abertas e sugestivas que exijam dos alunos uma
50
atitude ativa e um esforço para buscar suas próprias respostas, seu próprio conhecimento. O ensino baseado na solução de problemas pressupõe promover nos alunos o domínio de procedimentos, assim como a utilização de conhecimentos disponíveis, para dar resposta a situações variáveis e diferentes. Assim, ensinar os alunos a resolver problemas supõe dotá-los da capacidade de aprender a aprender, no sentido de habituá-los a encontrar por si mesmos as respostas às perguntas que os inquietam ou que precisam responder, ao invés de esperar uma resposta já elaborada por outros e transmitida pelo livro-texto ou pelo professor (POZO, 1998.p.9).
Isto posto, apresentamos a seguir, as bases filosóficas da tendência
progressista "crítico-social dos conteúdos" sob a qual esta instituição assenta
suas ações, considerando também as contribuições de Vygotsky.
3.1 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A educação, na perspectiva da pedagogia histórico-crítica, é concebida
como “produção do saber”, pois o homem ao longo da história tornou-se capaz de
elaborar ideias, assimilar comportamentos e atitudes com base nos conceitos que
formulou na relação com o seu meio. O ensino, tomado como parte da ação
educativa, é visto como processo, no qual o professor é o produtor do saber e o
aluno consumidor. Ou ainda, o professor, detentor de competência técnica, é o
responsável pela transmissão e socialização do saber escolar, cabendo ao aluno
aprender os conteúdos para ultrapassar o saber espontâneo, de caráter empírico.
A educação em sentido restrito, a escolarizada propriamente dita, deverá
enfatizar o currículo escolar, a escrita e o conhecimento científico, e a escola será
a mediadora entre o saber popular e o saber erudito, vislumbrando a sua
superação. Segundo Saviani “pela mediação da escola, dá-se a passagem do
saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita”
(SAVIANI, 1991, p. 29). O saber popular seria o ponto de partida e o saber
científico o ponto de chegada. A igualdade para Saviani estaria no acesso ao
saber sistematizado, portanto, pelo ponto de chegada.
Neste sentido Saviani afirma que professor e aluno são agentes sociais na
medida em que são parceiros na solidificação de uma sociedade menos desigual
pelo direito de aquisição/reconstrução do conhecimento historicamente
51
construído.
3.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM
Em Freire (2002) reitera-se a importância e a necessidade de se entender
a existência humana a partir de sua substancialidade, ou seja, o reconhecimento
de todos os homens como verdadeiros sujeitos históricos. Os atributos dados aos
homens não podem, assim, sobrepujar o dado mais importante da existência
humana: a sua presença no mundo como sujeito.
Em Vygotsky (1988)1 toma-se como referência, no desvelamento do
homem histórico, o ambiente cultural onde ele nasce e se desenvolve. Na
abordagem vygotskyana o processo de construção do conhecimento ocorre
através da interação do sujeito historicamente situado com o ambiente sócio-
cultural onde vive. A educação deve, nessa perspectiva, tomar como referência
toda a experiência de vida própria do sujeito.
Neste sentido, o Colégio Cyríaco Russo, a partir do construto destes dois
autores, concebe o aluno como sujeito socialmente inserido num meio
historicamente construído. O meio social do aluno e visto como veiculador da
cultura, desta forma constitui-se também em fonte de conhecimento. Nesse
sentido, respeitar-se-á o aluno enquanto ser histórico e o seu meio como gerador
da cultura, sem, no entanto, perder de vista a superação dos saberes do senso
comum vislumbrando a aquisição dos saberes científicos historicamente
construídos.
3.3 CONCEPÇÃO DE MUNDO
A contradição é a essência da dialética. Esta instituição ao buscar a
concepção de mundo que pautasse suas expectativas, considerou aquela que
1 VYGOTSKY, L. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos
superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
52
traduzisse a dimensão dialética. Para tanto, considera os seguintes princípios, ou
leis, da Dialética conforme quadro a seguir:
1º Princípio
Tudo se relaciona: princípio da totalidade
2º Princípio
Tudo se transforma: princípio do movimento
3º Princípio
Mudança qualitativa:
princípio da não repetição
4º Princípio
Unidade e luta dos contrários: princípio da
contradição
A natureza se apresenta como um todo onde objetos e fenômenos são ligados entre si, condicionando-se reciprocamente. Essa compreensão da totalidade significa não só que as partes se encontram em conexão entre si e com o todo, mas também que o todo não pode ser petrificado na abstração situada por cima das partes, visto que o todo se cria a si mesmo na interação das partes.
A natureza e a sociedade não são realidades acabadas, mas em contínua transformação, jamais estabelecidos definitivamente.
A mudança das coisas não se realiza num processo de eterna repetição. Esta mudança qualitativa dá-se pelo acúmulo de elementos quantitativos que num determinado momento produzem o qualitativamente novo.
A transformação das coisas só é possível porque no seu interior coexistem forças opostas tendendo simultaneamente à unidade e à oposição. A contradição é a essência da dialética.
Princípios da Dialética
3.4 CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA E SOCIEDADE
Conceituar história, cultura e sociedade a partir do entendimento do
conceito de Materialismo Histórico foi uma necessidade apontada no coletivo da
escola em razão do que prescreve a SEED. O materialismo diz respeito à teoria
que atribui à realidade material o sentido e explicação da realidade; concebe a
realidade explicada e entendida a partir de uma relação dinâmica e contraditória
de vários processos que dão origem a novas realidades. Segundo os princípios
do Materialismo Histórico a maneira ou modo como uma sociedade realiza a
produção da vida material (bens culturais e serviços) interfere e define o processo
social, a política, a produção intelectual em geral. Desta forma as manifestações
do pensamento humano surgem a partir da estrutura econômica da sociedade.
53
De acordo com Russ (1994)
As relações sociais e culturais se auto definem e são influenciadas pelo modelo econômico. Os fenômenos econômicos explicam todos os outros aspectos da sociedade. A estrutura econômica definida nas relações de produção e forças de produção forma a infra-estrutura de uma sociedade, e sobre esta se organiza a superestrutura, ou seja, todo o arcabouço de explicações, ideias, definições, conceituações, organismos e instituições. A superestrutura representa, justifica, reproduz e promove a estrutura econômica ou infraestrutura. As maneiras de pensar se explicam pelas relações econômicas e sociais (RUSS,1994).
A escola é, potencialmente, uma superestrutura que pode estar a serviço
de estruturas injustas ou a serviço da contestação destas estruturas. É uma
questão de opção política que pode legitimar mecanismos de coerção social ou
rompimento com os mesmos.
Severino (1994) entende que as mudanças sociais são fruto de uma
permanente luta de contrários, mas podem ser aceleradas com atuação
consciente dos homens, através de uma vinculação comprometida do
pensamento à prática social no sentido de desvelar as contradições da realidade
(SEVERINO, 1994).
Com base nos princípios do Materialismo Histórico esta instituição
buscará, em todas as disciplinas, intermediar a análise das mudanças sociais
acima mencionadas abrindo o horizonte de expectativas dos alunos para que
nelas possam interferir quando possível.
3.5 CONCEPÇÃO DE GESTÃO
No epicentro da gestão escolar, norteada pelos princípios democráticos,
está a busca incessante pela melhoria da qualidade de ensino. Todos os esforços
do coletivo da escola devem primar pela valorização do trabalho desenvolvido
pelos profissionais da educação gerindo mecanismos que efetivem esta
qualidade. No entanto, ele precisa ser balizada pelos princípios da democracia,
da igualdade, da universalidade e da laicidade.
Para que este objetivo-mor seja alcançado é de fundamental importância a
compreensão dos limites e possibilidades da ação diretiva e o conhecimento de
54
novas práticas e experiências, novas tecnologias e novos métodos da gestão da
escola pública como resposta a uma concepção democrática e dialógica.
Segundo Canário (1996)
O acesso a novas experiências e aos resultados a que a investigação vem chegando, devem corresponder a um recurso fundamental das escolas quando se pretende promover a substituição de práticas de organização e gestão baseadas fundamentalmente na reprodução de hábitos adquiridos, por uma prática refletida, geradora de soluções inovadoras (CANÁRIO, 1996).
A partir da década de 80 a prática reflexiva tem sido incentivada como meio
eficaz de rever conceitos e práticas, antever fenômenos e situações que
requeiram a tomada de decisões já previstas em lei, isso porque a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional prescreve como função dos sistemas de ensino a
regulamentação da gestão democrática nos termos do artigo 3º, inciso VIII:
“gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação dos
sistemas de ensino” e complementa no artigo 14: “os sistemas de ensino definirão
normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo
com as suas peculiaridades (...)”.
Esta instituição, após analisar as suas peculiaridades, definiu como prática
na perspectiva de gestão democrática o pré-conselho/conselho de classe com a
participação de alunos, a fomentação da atuação de professores tutores e líderes
de turma, a realização de reuniões periódicas com a Equipe Pedagógica, Agentes
Educacionais, APMF, Conselho Escolar e a manutenção de uma urna no pátio
onde os alunos podem apresentar suas denúncias, críticas, sugestões e elogios.
Outra prática que merece destaque está para a tomada de decisões
importantes que interferirão na rotina do processo educativo. Sempre que estas
decisões se fazem necessárias, todo o coletivo é acionado e, enquanto a
totalidade não é consultada, a decisão é postergada.
3.6 CONCEPÇÃO DE TRABALHO
Estudos recentes, final do século XX e início do século XXI, têm apontado
o conceito de trabalho na vertente marxista. Segundo Luckacs (1981):
55
o trabalho é uma dimensão ineliminável da vida humana, isto é, uma dimensão ontológica fundamental, pois, por meio dele, o homem cria, livre e conscientemente, a realidade, bem como o permite dar um salto da mera existência orgânica à sociabilidade (LUCKÁCS, 1981, p.12).
O homem possui a capacidade potencial de realizar-se como ser livre e
universal, ao efetivar-se, no curso da História, ao mesmo tempo em que dá rumos
à sua existência. Isso quer dizer que o homem está em um constante processo
de autoconstrução possibilitada por sua atividade essencial, o trabalho.
Nesta perspectiva, esta instituição reitera o pensamento de Marx quando
afirma que:
é por meio dessa atividade vital, que o homem objetiva o seu espírito no mundo e materializa em objetos suas inquietações, idéias e sentimentos, resultando daí os bens materiais necessários à existência, bem como toda a riqueza social, descrita como a objetivação do trabalho” (MARX, 2004, p. 80).
O trabalho modifica o meio que o circunda e, ao modificá-lo, cria uma nova
realidade, da qual os demais homens usufruem, engendrando assim um feixe de
relações sociais. É nessa estreita relação com a natureza e os demais homens,
mediada pelo trabalho, que o ser humano constrói sociedades, reconfigura a
história e, simultaneamente, molda a sua essência.
O trabalho humano, em sua essência, difere-se substancialmente da
atividade produtiva dos demais seres vivos porque ele envolve consciência,
vontade e um comportamento próprio de seu gênero; ao trabalhar, o homem não
realiza uma mera atividade animal, instintiva, para satisfazer suas necessidades
imediatas. O homem, tomado de racionalidade que lhe é peculiar, pensa, planeja
e imprime sentido a tudo o que faz. É essa capacidade que diferencia a atividade
produtiva humana da mera atividade animal. Enquanto este produz sob o domínio
da carência física, o homem produz universalmente, embora seja com base na
sua condição objetiva que produza.
Neste sentido o simples ato de estudar sintetiza os princípios da produção
vistos nesta ótica. Essa produção da vida por meio do trabalho não deve ser
compreendida como uma mera reprodução da existência física dos homens. Ela
é, antes, um determinado modo de vida dos indivíduos, o ato de exteriorização de
sua vida, ou seja, a vida dos homens em cada época histórica coincide com a sua
produção; os homens são aquilo que eles fazem de si mesmos pelo trabalho.
56
3.7 CONCEPÇÃO DE ESCOLA
O conceito de escola pode ser definido pela sua tarefa primordial, qual seja,
a difusão do conhecimento científico historicamente construído. Estes
conhecimentos integram-se na rotina da escola, no entanto são indissociáveis das
realidades sociais. Cumpre ainda à escola contribuir para eliminar a seletividade
imposta pela sociedade e torná-la democrática. Se a escola é parte integrante do
todo social, agir dentro dela é também agir no rumo da transformação da
sociedade.
Na perspectiva histórico-crítica dos conteúdos Saviani (2003) lembra que:
a condição para que a escola sirva aos interesses populares é garantir a todos um bom ensino, isto é, a apropriação dos conteúdos escolares básicos que tenham ressonância na vida dos átimos. Entendida nesse sentido, a educação é uma atividade mediadora no seio da prática social global, ou seja, uma das mediações pela qual o aluno, pela intervenção do professor e por sua própria participação ativa, passa de uma experiência inicialmente confusa e fragmentada (sincrética), a uma visão sintética, mais organizada e unificada (sintética) (SAVIANI,2003).
Em síntese, a atuação da escola consiste na preparação do aluno para o
mundo adulto e suas contradições, fornecendo lhe um instrumental, por meio da
aquisição de conteúdos e da socialização, para uma participação organizada e
ativa na democratização da sociedade.
3.8 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
A concepção de cidadania só pode ser compreendida a partir do conceito
de democracia, pois há entre estas duas realidades uma estreita afinidade, pois
perpassam pelas duas exigências básicas de vida em sociedade: o conhecimento
dos direitos e cumprimento dos deveres que legitimam o equilíbrio necessário
entre os interesses individuais e o interesse público. Desta forma, ao longo da
história a cidadania vem se afirmando e se consolidando com a conquista de
direitos, quais sejam, os direitos políticos, os econômicos e sociais.
Tomamos aqui democracia como “regime que assegura a igualdade, a
participação coletiva de todos na apropriação dos bens coletivamente criados”
(COUTINHO, 2000), pois esta instituição entende que a desigualdade que
permeia as relações nem sempre assegura os direitos do cidadão, desta forma
57
buscará articular mecanismos que minimizem as evidências das diferenças, pelo
respeito e tolerância. Para tanto, nas discussões das semanas pedagógicas
definiu-se que o Projeto Gentileza gera Gentileza pode intermediar a formação de
conceitos para efetivação da cidadania.
3.9 CONCEPÇÃO DE CULTURA E CURRÍCULO
“O currículo não é um conceito, mas uma construção cultural. Isto é, não se trata de um conceito abstrato que tenha algum tipo de existência fora e previamente à experiência humana. É, antes, um modo de organizar uma série de práticas educativas” (GRUNDY, 1987)
Existe uma relação de inegável interdependência entre cultura, currículo,
conhecimento e conteúdos de ensino. Ao estabelecermos a estreita relação que
percebemos entre cultura e currículo, relação esta já anunciada por Grundy (1987
apud SACRISTÁN, 2000, p.14) recorremos ao dicionário Aurélio (s.d) destacando
apenas as definições que julgamos pertinentes:
Cultura. [Do lat. cultura]. S.f. [...] 3. O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade; civilização: a cultura ocidental; a cultura dos esquimós. 4. O desenvolvimento de um grupo social, uma nação, etc., que é fruto do esforço coletivo pelo aprimoramento desses valores; civilização, progresso: A Grécia do séc. V a. C atingiu o mais alto grau de cultura de sua época. 5. Atividade e desenvolvimento intelectuais; saber, ilustração, instrução: Ministério da Educação e Cultura; a cultura do espírito. 6. Apuro, esmero, elegância [...] (p.409).
A abrangência significativa de cultura contrapõe-se à restrição significativa
do termo currículo. O mesmo dicionário assim o define: “Currículo. [Do
lat.curriculu]. S.m. 1. Ato de correr. 2. Atalho, corte. 3. Bras. Parte de um curso
literário. 4. Bras. As matérias constantes de um curso”. (p.412).
No viés que buscaremos assentar nossas reflexões destacamos a análise
apresentada por Saveli (2001) para o vocábulo cultura para estabelecermos as
aproximações com o currículo. Segundo a autora, todas as definições imputadas
pela metalinguagem são pertinentes e apoiam-se em dois polos básicos: um de
caráter individual e outro de caráter coletivo. A cultura assim, ao mesmo tempo,
assenta-se numa acepção puramente descritiva e objetiva desenvolvida pelas
ciências sociais contemporâneas, podendo ser considerada como o conjunto dos
58
traços característicos do modo de vida de uma sociedade, de uma comunidade
ou de um grupo; e, numa acepção individual, a cultura desarticula-se na relação
dos indivíduos entre si e percebe-se num contexto unilateral, ou seja, refere-se à
cultura do espírito no qual o indivíduo se banha de uma tradição cultural que ele
herda e do qual os outros, seus contemporâneos, são os herdeiros e as
testemunhas (SAVELI, 2001, p.7-8).
Tomando os conceitos anteriormente apresentados como complementares
e não contraditórios, posicionamento este também adotado por Forquin (1993) ao
afirmar que certos aspectos da cultura que, são reconhecidos como podendo ou
devendo dar lugar a uma transmissão deliberada e, mais ou menos
institucionalizadas, enquanto outros constituem objetos de aprendizagens
informais e outros tantos, enfim, que não sobrevivem ao envelhecimento de
gerações e não conseguem deixar marcas no tempo. Desse modo “falar de
transmissão cultural supõe, então, sempre, em qualquer nível, a ideia de uma
permanência (pelo menos seletiva), e a ideia de um valor, ou de uma excelência.”
(FORQUIN,1993, p.11). Assim sendo, o autor define cultura como
um patrimônio de conhecimentos e de competências, de instituições, de valores e de símbolos, constituído ao longo de gerações e característico de uma comunidade humana particular, definida de modo mais ou menos amplo e mais ou menos exclusivo (FORQUIN, 1993, p. 12).
Partindo dessa polarização conceitual de cultura, concordamos com
Forquin (1993) ao ponderar que a cultura simultaneamente
pode ser compreendida como herança coletiva, patrimônio cultural e espiritual trazendo em seu bojo uma face pluralista que norteia a idéia de que o essencial daquilo que a educação transmite, ou deveria transmitir, transcende as fronteiras entre os grupos humanos e os particularismos psicológicos; advém de uma memória coletiva e de um destino comum a toda a humanidade (FORQUIN 1993, p. 15)
No construto reflexivo de Pérez Gómez (1998) encontramos que
a cultura não é um conjunto de determinações e normas claras e precisas, é antes de mais nada, um conglomerado aberto de representações e normas de comportamento que contextualizam a rica, mutante e criadora vida dos membros de uma comunidade e que vai se ampliando, enriquecendo e modificando precisamente como conseqüência da vida inovadora daqueles que atuam sob o guarda-
chuva de sua influência. (PÉREZ GOMÉZ,1998, p. 60 - 61).
Revisitando Saveli (2001) concordamos que o currículo, nesta perspectiva,
deva ser tomado, então
59
não como a soma bruta de tudo o que pode ser vivido, pensado, produzido pelos homens desde o começo dos tempos, mas como aquilo que, ao longo do tempo, pôde aceder como valor e significado social, cristalizando-se nos saberes cumulativos e controláveis, nos sistemas de símbolos inteligíveis, nos instrumentos aperfeiçoáveis, nas obras admiráveis [...] Através de um trabalho docente a cultura se transmite e se perpetua. Assim, educação e cultura são duas faces, rigorosamente recíprocas e complementares, de uma mesma realidade (SAVELI, 2001, p. 11).
Avançando nesse raciocínio concordamos com Reboul (apud SAVELI,
2001) quando afirma que “a educação é o conjunto dos processos e dos
procedimentos que permitem à criança humana chegar a um estado de cultura,
sendo a cultura o que distingue o homem do animal”; considerando ainda que, o
currículo seja a materialização da seleção de conhecimentos que garantirão a
educação das gerações que passam pela educação escolarizada, é que
reafirmamos a estreita relação entre cultura e currículo.
3.10 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E CONTEÚDOS DE ENSINO
A visão de conhecimento está vinculada às visões de homem e de mundo.
O conhecimento escolar deve se apoiar na realidade concreta do aluno, sendo
assim, ele não é um produto pronto e acabado.
A escolha dos conteúdos, portanto, não é uma escolha “do gosto do
professor” ou “da imposição dos conteúdos por eles mesmos” ou da “vida
pregressa dos alunos”. A escolha dos conteúdos deve estar intimamente ligada
aos grandes problemas enfrentados na prática social.
Os conteúdos de ensino são, segundo Libâneo (1985), os bens culturais
universais que se constituíram em domínios de conhecimento relativamente
autônomos, incorporados pela humanidade, mas permanentemente reavaliados
face às realidades sociais. Embora se aceite que os conteúdos são realidades
exteriores ao aluno, que devem ser assimilados e não simplesmente reinventados,
eles não são fechados e refratários às realidades sociais. Desta forma, não basta
que os conteúdos sejam apenas ensinados, ainda que bem ensinados, é preciso
que se liguem, de forma indissociável, à sua significação humana e social.
60
3.11 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO
O termo letramento, hoje associado à pesquisadora Magda Becker Soares
(2003) teve seu conceito ampliado nas últimas décadas a partir da distinção do
mesmo em relação ao termo alfabetização. Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar
a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e
façam parte da vida do aluno. Neste sentido, o letramento compreende tanto a
apropriação das técnicas para a alfabetização quanto o convívio e hábito de
utilização da leitura e da escrita.
A pesquisadora considera ainda a possibilidade de uma pessoa ser
alfabetizada e não ser letrada e vice-versa. Segundo Magda Soares “No Brasil as
pessoas não leem. São indivíduos que sabem ler e escrever, mas não praticam
essa habilidade e alguns não sabem sequer preencher um requerimento.”
Paralelamente existem pessoas que conhecem e fazem distinção entre gêneros
textuais diversos e dominam a sua estrutura, mas não foram alfabetizados.
Esta instituição de ensino entende que além de alfabetizar precisa dar
condições para o letramento de seus alunos e, em razão disso a APMF investiu
recursos nas instalações da biblioteca, provendo seus alunos com bancadas de
estudo, cadeiras ergométricas, acervo atualizado e disponibilização de funcionário
responsável nos três turnos.
3.12 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
O termo tecnologia, de forma ampla, tem sido usado para designar todo o
aparato criado pelo homem para expandir seus domínios e tornar o seu trabalho
mais fácil pelo melhor aproveitamento do tempo. No entanto, vale ressaltar que o
termo não se restringe apenas ao instrumento, ferramenta ou equipamento
tangível. Tecnologia também agrega realidades intangíveis, como procedimentos,
métodos, técnicas, algoritmos e linguagens. Enfim, todo o conhecimento utilizado
na produção dos aparatos tecnológicos configura-se como tecnologia.
De uma maneira simples pode-se elencar algumas grandes revoluções
tecnológicas que tiveram enorme impacto na educação, segundo Chaves (1999):
61
A Invenção da Fala, que permitiu o surgimento da educação como diálogo pessoal e individualizado. Sócrates é o principal educador a representar esse estágio de desenvolvimento tecnológico. A Invenção da Escrita Alfabética, que representa os sons e não os objetos e que permitiu o surgimento da correspondência e do livro manuscrito e, portanto, o aparecimento da educação a distância. A Invenção da Impressão Tipográfica, que permitiu a criação do livro impresso e que criou condições para a educação em massa e, portanto, para a criação da escola moderna. A Invenção do Computador e da Comunicação Digital, que permitiu o surgimento da Internet e, com ela, de multimídia, isto é, pessoas em contato umas com as outras e com a informação num ambiente interativo que incorpora som (como a voz humana), imagem, e texto e que, portanto, torna possível educação presencial e a distância que é ao mesmo tempo personalizada e individualizada e em massa (CHAVES, 1999).
Com o aparecimento da multimídia tornou-se possível a criação de novos
espaços, tempos e ambientes presenciais e virtuais de aprendizagem. O caráter
inovador de multimídia, do ponto de vista da educação, não está na forma de
aprender por ela viabilizada (aproveitamento do som, do texto escrito, e a
imagem), mas na dialogicidade virtual global mediada pelo som, texto escrito e
imagem. O que implica dizer que, se a dialogicidade não estiver presente, a
utilização da multimídia perde-se na ausência de objetivos pré definidos.
Nosso desafio é integrar a multimídia sem que se perca de vista o foco do
processo ensino aprendizagem que deve ser mediado pelo professor e não pelo
aparato tecnológico.
Esta instituição utiliza a TV Paulo Freire, TV pen drive, laboratório de
informática com acesso à internet, vídeos e data show. Para garantir a segurança
dos alunos, professores e funcionários foram instaladas câmeras em pontos
estratégicos. Vale citar ainda o grande avanço garantido pelo uso de
computadores e internet na sistematização das informações e registros de cunho
administrativo que viabilizam tomadas de decisões pedagógicas.
3.13 CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Segundo Vygotsky, o homem se produz na e pela linguagem, na interação
com outros sujeitos. Formas de pensar são construídas por meio da apropriação
do saber da comunidade na qual está inserido o sujeito numa estreita relação
entre homem e mundo. Esta relação é mediada por alguns elementos que
auxiliam nas atividades humanas. Estes elementos de mediação são os signos e
62
os instrumentos. O trabalho humano, que une a natureza ao homem e cria, então,
a cultura e a história do homem, desenvolve a atividade coletiva, as relações
sociais e a utilização de instrumentos. Os instrumentos são utilizados pelo
trabalhador, ampliando as possibilidades de transformar a natureza, sendo assim,
um objeto social.
Para Tozoni (2004)
A valorização dos conhecimentos, contextualizados histórico e socialmente como verdades em movimento, como instrumentos mediadores da relação dialética homem natureza, fornecidos e modificados pela cultura, está no fato de serem considerados por diversos autores (como Vygotsky e Saviani) produtos e produtores sociais. A apropriação desses conhecimentos (considerados, assim, não-neutros), pelo capitalismo (como ciência e tecnologia) em benefício do capital numa lógica exploratória degradante, é vista como ferramenta do processo de humanização e, certamente de transformação social.
Esse mecanismo proposto por Tozoni (2004) exemplifica o mecanismo de
ensino e aprendizagem na perspectiva dialética onde professores e alunos
ensinam à medida que aprendem.
3.14 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A avaliação não é um processo meramente técnico, pois implica num
posicionamento político e inclui valores e princípios. Neste sentido, entendemos
que o desafio da escola pública foi e, continua sendo, o do avanço na direção do
desvelamento dos princípios que vêm norteando e permeando as práticas
avaliativas.
Ao longo do tempo, houve alterações quanto à concepção de avaliação
subjacente à legislação: inicialmente, consistia em julgar o desempenho do aluno,
de forma imparcial e objetiva, computando acertos e erros apresentados nas
questões de provas e exames; posteriormente, a avaliação da aprendizagem
como procedimento de julgar o desempenho do aluno passou a se basear em
critérios expressos nos objetivos previstos a ser realizada de forma ampla e
contínua.
O conceito de avaliação de aprendizagem, que tradicionalmente tem como
alvo o julgamento e a classificação do aluno, e ainda persiste na prática de alguns
profissionais necessita ser redirecionado, pois a competência ou incompetência
63
do aluno resulta, em última instância, da competência ou incompetência da
escola. A avaliação escolar, portanto, não pode restringir-se a um de seus
elementos, de forma isolada. Importa, pois, enfatizar a relação entre avaliação da
aprendizagem e avaliação do ensino, considerando-se o desempenho do aluno
de forma relacionada com o desempenho do professor e com as condições
contextuais da própria escola.
No início de cada ano letivo, os professores são orientados a expor aos
alunos os critérios segundo os quais serão avaliados e os riscos de acumular
faltas não justificadas. Uma vez conhecidos os critérios os professores devem
utilizar estratégias avaliativas diversificadas ponderando os valores atribuídos a
cada uma delas.
A recuperação de estudos é oportunizada a todos os alunos ao longo do
processo e não num momento pontual (recuperação diagnóstica e paralela), em
razão do baixo rendimento ou perda de avaliações. Muito embora se privilegie a
recuperação de conteúdos, ao aluno é oportunizada a substituição da nota.
3.15 CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é um período
da vida, que começa aos 10 e vai até os 19 anos, e segundo o Estatuto da Criança
e do Adolescente começa aos 12 e vai até os 18 anos, onde acontecem diversas
mudanças físicas, psicológicas e comportamentais.
Estima que haja 1 bilhão de pessoas vivendo a adolescência, ou seja,
quase 20% da população mundial. No Brasil, somos cerca de 34 milhões de
adolescentes*, 21,84% da população total do país. Destes 34 milhões: 1,1 milhão
são analfabetos/as; 76,5% desses analfabetos/as se encontram no nordeste; 2,7
milhões de 07 a14 anos estão fora da escola (10% da faixa etária); 4,6 milhões de
10 a 17 anos estudam e trabalham; 2,7 milhões de 10 a 17 anos só trabalham;
desses dois grupos, 3,5 milhões trabalham mais de 40 horas semanais.
Partimos dessa exposição para apresentarmos a concepção de
adolescência porque “toda adolescência leva, além do selo individual, o selo de
meio cultural e histórico” (ABERASTURY, 1981, apud OZELLA, 2007).
O adolescente formado nesta instituição leva consigo “a juventude eterna,
64
notavelmente idêntica a si própria no decurso dos séculos (DEBESSE, 1946, apud
OZELLA, 2007) e seus formadores estão atentos às transformações decorrentes
desta fase de vital importância, uma vez que os conceitos formados poderão
definir o devir.
MARCO OPERACIONAL
Muitos são os desafios com os quais os profissionais da educação
deparam-se no dia-a-dia no sentido de operacionalizar o ideário sobre o qual se
assentam as bases da escola pública no país cuja função social é possibilitar
acesso e emancipação humana e transformação social através da aquisição de
saberes historicamente sistematizados pela humanidade.
Sistematizar as ações que expressassem as concepções descritas no
marco conceitual deste documento exigiu um esforço coletivo em interpretar
questões evidenciadas nas discussões realizadas. A participação dos atores da
escola é uma exigência na construção do PPP, como nos lembra Veiga (1995):
a participação é elemento inerente à consecução dos fins, em que se busca e se deseja práticas coletivas e individuais baseadas em decisões tomadas assumidas pelo coletivo escolar, exige-se da equipe diretiva, que é parte desse coletivo, liderança e vontade firme para coordenar, dirigir e comandar o processo decisório como tal e seus desdobramentos de execução. Liderança, firmeza no sentido de encaminhar e viabilizar decisões com segurança, como elementos de competência pedagógica, ética e profissional para assegurar as decisões tomadas de forma participativa e respaldadas, técnica, pedagógica e teoricamente sejam cumpridas por todos. (VEIGA, 1995, p.45)
A construção do PPP, independente da nomenclatura utilizada, deve ser
elaborado pelos sujeitos envolvidos no processo educativo da escola em ato
deliberativo, sendo resultado de um processo complexo de discussões e debates,
cuja concepção requer tempo, estudo, reflexão e aprendizagem de trabalho
coletivo.
De acordo com Veiga
O projeto político pedagógico, como projeto/intenções, deve constituir-se em tarefa comum da equipe escolar e, mais especificamente, dos serviços pedagógicos (Supervisão Escolar e Orientação Educacional). A
65
esses cabe o papel de liderar o processo de construção desse projeto pedagógico. Se, por um lado, a coordenação do processo de construção do projeto pedagógico é tarefa do corpo diretivo e da equipe técnica, por outro, é co-responsabilidade dos professores, dos pais, dos alunos, do pessoal técnico-administrativo e de segmentos organizados da sociedade local, contando, ainda, com a colaboração e a assessoria efetivas de profissionais ligados à educação (1998, p.31).
Em linhas gerais as ações pensadas pautaram-se em referencial teórico
disponibilizado pela SEED para as semanas pedagógicas. Desta forma, o
entendimento que o coletivo desta instituição tem de Projeto Político Pedagógico,
está em consonância com o apontado por Libâneo (2001, p.125). Segundo ele o
projeto pedagógico “deve ser compreendido como instrumento e processo de
organização da escola”, tendo em conta as características do instituído e do
instituinte.
Segundo Vasconcellos (1995, p.85), o projeto pedagógico é:
Um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa. É uma metodologia de trabalho que possibilita ressignificar ação de todos os agentes da instituição.
O projeto político-pedagógico, enquanto um dos principais instrumentos
estratégicos de realização de reforma da educação escolar prescrita na lei de
diretrizes e bases 9.394/96, tornou-se uma das tarefas dos estabelecimentos de
ensino. Como bem nos sintetizou Cardeiro (1998) o inciso I do artigo 12
estabelece que cada escola deverá “elaborar e executar sua proposta
pedagógica”. Já no inciso VII do mesmo artigo especifica-se outra incumbência
para os estabelecimentos de ensino: dar aos pais e responsáveis pelos alunos
informações sobre a execução de sua proposta pedagógica. No artigo 14
estabelece por meio dos seus incisos, para os professores que “participação dos
profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola.”
(CARDEIRO,1998, p.73)
Nesse sentido é que o PPP não é apenas uma listagem de objetivos e
metodologias estanques concebidos por seus gestores, uma vez que a
administração escolar está longe de ser simplesmente a gerenciadora de
processos burocráticos estrategicamente planejados, mas deve se fazer presente
desde a sensibilização e mobilização, passando pela construção coletiva até
66
chegar à execução da proposta. Para Pacífico (2007)
A gestão democrática nas escolas requer, pois, participação coletiva viabilizando os procedimentos de gestão, capazes de propiciar o comprometimento dos envolvidos; decidir e implementar as idéias acordadas; estabelecer procedimentos institucionais adequados à igualdade de participação; articular interesses coletivos, de forma a melhorar o projeto pedagógico; estabelecer mecanismos de controle das ações efetivadas e desenvolver um processo de comunicação claro e aberto entre as comunidades escolar e local. A gestão democrática do ensino e da escola assegura o direito de todos à educação, fortalece a escola como instituição, e contribui para a redução das desigualdades sociais, éticos e culturais. (PACÍFICO, 2007)
Vale lembrar que a elaboração do projeto político pedagógico, dentro do
princípio da autonomia, passa por dois momentos cruciais, que aqui chamaremos
de níveis: a organização da escola com um todo e a organização da sala de aula,
incluindo sua relação com o contexto social imediato, procurando preservar a
visão de totalidade.
A autonomia dada à escola, no entanto, não a desobriga de conhecer os
desígnios constitucionais e o princípio da gestão democrática, a LDB nº9394/96,
os dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente nº 8069/1990, a
Resolução nº 04/2010 – CEB/CNE que define as Diretrizes Curriculares Nacionais
Gerais para a Educação Básica, a Resolução nº 07/2010 – CEB/CNE que fixa as
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de 9 anos; a Deliberação nº
14/1999 que normatiza a elaboração do Projeto Político Pedagógico/Proposta
Pedagógica; a Deliberação nº 16/1999 que normatiza a elaboração do Regimento
Escolar.
A principal possibilidade de construção do projeto político-pedagógico
passa pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de delinear sua
própria identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público, lugar de
debate, diálogo, fundado na reflexão coletivo. Portanto, é preciso entender que
projeto político-pedagógico da escola dará indicações necessárias à organização
do trabalho pedagógico, que inclui o trabalho do professor na dinâmica interna da
sala de aula e do gesto que deve ter uma visão globalizada do processo educativo.
Após estudos com os diversos segmentos da comunidade escolar para
composição do PPP, algumas questões levantadas exigiram tomadas de medidas
pontuais; outras, no entanto, clamavam pela criação de estratégias metodológicas
que só poderão ser avaliadas ao longo do processo educativo em anos
subsequentes, o que exigirá realimentação do presente documento.
67
Para as ações que passaremos a descrever um desafio se apresenta: o
enfrentamento das amarras que tem impedido profissionais que, mesmo
participando de uma formação continuada, não se sentem co-responsáveis pelo
sucesso e fracasso do processo educativo, escondendo-se muitas vezes em
justificativas como a proposição de políticas públicas que não valorizam o trabalho
do professor, culpabilizando-os pelas falhas do próprio governo, mais
especificamente da SEED, falta de recursos, desinteresse dos alunos, jornada
excessiva, baixos salários, entre outros. Parece estar longe o dia para que muitos
percebam as exigências da sua profissão e assumam as responsabilidades dela
inerentes, quais sejam, proporcionar uma educação de qualidade aos alunos
possibilitando a estes a melhoria da qualidade de vida; evidenciar, na prática,
valores éticos da cidadania.
Hoje a escola que temos não é, ainda, a escola que atende as reais
necessidades de seus alunos, mas a que queremos deve se traduzir nos objetivos
fixados, utilizar metodologias coerentes e, utopicamente, revelar o sonho de uma
escola ideal, que crie oportunidade para todos equitativamente, que tenha
qualidade pedagógica e social, que prime pela igualdade de direitos. Uma escola
que forme cidadãos críticos, conscientes de seus direitos e deveres,
comprometidos com a coletividade, bons profissionais nas atividades que
optarem, éticos e responsáveis pela vida do outro e do planeta.
A escola que queremos e, acima de tudo, devemos construir, é a que forma
bons leitores de mundo emancipados, que saibam utilizar o conhecimento escolar
na vida cotidiana, efetivando assim, sua inserção na vida social e comunitária. A
escola que queremos é, efetivamente, o espaço propenso para o respeito às
diferenças de quaisquer naturezas, pelo respeito dos direitos humanos hoje tão
fragilizados. Enfim, a escola que queremos não anula o indivíduo, mas propõe,
pela convivência harmoniosa, a redescoberta das inúmeras vantagens
decorrentes do trabalho cooperativo, isso porque atualmente a humanidade está
voltada para o desenvolvimento científico-tecnológico, desconsiderando os
valores humanos.
Diante do exposto identificou-se que as pessoas tornaram-se apáticas aos
problemas existentes na sociedade e, como consequência, não assumem seu
papel de cidadão. Contudo, a escola - enquanto instituição - preocupa-se em
resgatar sua verdadeira função: desenvolver no aluno atitudes, habilidades e
68
valores que ampliem sua possibilidade presente e viabilizem sua capacidade
plena de participação social.
Nesse sentido, frente aos desafios atuais, é necessário estabelecer
propostas e objetivos comuns, fruto do trabalho coletivo, que visem colaborar para
a construção de uma sociedade humanizada.
1. PERFIL DOS CURSOS OFERTADOS
1.1 PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
A proposta curricular do Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio
e Normal, caracteriza-se pela concepção dialética de educação, implicando uma
abordagem de aprendizagem que respeite tempos e espaços diferenciados,
associados ao desenvolvimento dos sujeitos.
A proposta curricular da escola faz opção pela concepção histórico-crítica-
social dos conteúdos, uma vez que toma as contribuições de Dermeval Saviani e
João Luiz Gasparin, e a importância da mediação proposta por Vygotsky. Desta
forma, a Proposta Pedagógica Curricular se organiza a partir dos seguintes eixos:
Trato ético nas relações de diferentes naturezas do processo
pedagógico;
Socialização dos conhecimentos historicamente construídos;
Respeito aos conhecimentos culturais trazidos pelos alunos;
Práticas interdisciplinares;
Acesso às tecnologias disponíveis no espaço escolar;
Construção da cultura da pesquisa;
Desenvolvimento e prática da escrita, leitura nos diferentes gêneros
discursivos nas diferentes disciplinas;
Prática da oralidade pela preparação de temas polêmicos apresentados
em forma de seminário, mesa redonda, artes cênicas;
Inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais,
temporárias ou permanentes.
Preparação globalizada para a inserção no universo do trabalho e
universidade.
69
1.1.1 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 0240 - BANDEIRANTES
ESTABELECIMENTO: 00010 – CYRIACO RUSSO – C E – E MEDIO E NORMAL
ENDEREÇO: Rua Benjamin Caetano Zambon, 530 - Centro
TELEFONE: 43 3542-4136
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 0009 – Ensino Médio
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013 TURNO: manhã/noite
FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS / SÉRIE 1º 2º 3º
Arte
3 2 -
Biologia 2 2 2
Educação Física 2 2 2
Filosofia 2 2 2
Física 2 2 2
Geografia 2 2 2
História 2 2 2
Língua Portuguesa 3 3 3
Matemática 3 2 3
Química 2 2 2
Sociologia 2 2 2
Subtotal 25 23 22
PARTE
DIVERSIFI-CADA
L.E.M. - Espanhol * 4 4 4
L.E.M. - Inglês - 2 3
Subtotal 4 6 7
Total Geral 29 29 29
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Disciplina com matrícula facultativa, oferta no turno contrário no CELEM.
70
1.2 FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
1.2.1 DADOS GERAIS DO CURSO
O referido curso funciona atualmente no período vespertino, a última turma
do período noturno teve sua conclusão no ano de 2013. As aulas são de 50
minutos, perfazendo uma carga horária nos quatro anos de 4800 h/a distribuídas,
em 200 dias letivos/ano na modalidade presencial. O módulo do curso é cumprido
em 40 semanas, cuja carga horária destinada aos estágios supervisionados
(práticas de docência) é cumprida em contraturno.
O curso pelo seu formato estrutural (matriz curricular, carga horária,
estágios) e pela metodologia utilizada (baseada no construto de Saviani e
Gasparin) busca propiciar ao aluno uma formação sócio-política-cultural que o
habilite a exercer, com êxito, a função docente nas séries iniciais do Ensino
Fundamental.
As atividades escolares propostas consolidam-se por meio do resgate de
valores éticos, como a integridade, liberdade, responsabilidade, respeito,
compromisso com o próximo e exercício dos deveres e direitos, aliados à
aquisição dos conhecimentos historicamente acumulados.
O desenvolvimento destas atividades escolares tem como principais
objetivos:
Tornar a escola um espaço de formação e informação;
Desenvolver no aluno o domínio de habilidades necessárias para a
compreensão e transformação da realidade, por meio da participação nas
relações culturais, políticas e sociais;
Possibilitar ao aluno uma experiência escolar coerente e bem sucedida,
favorecendo seu êxito no exercício do magistério pela compreensão de
referenciais teóricos que nortearão sua prática docente.
Neste sentido, o processo de escolarização dos futuros profissionais da
educação adquire um novo significado social e cultural, claramente expresso nos
princípios e fins da educação nacional, que estão inscritos nos termos da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, onde o educador compreende
71
que os conhecimentos não podem ser simplesmente transferidos. Ensinar a
aprender, e aprender para ensinar é sempre um ato único e criativo. Exige um
esforço de construção e ressignificação através de uma atividade que é,
simultaneamente, teórica e prática, individual e coletiva.
1.2.2 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES
CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM NÍVEL MÉDIO, NA MODALIDADE NORMAL
COLÉGIO ESTADUAL CYRIACO RUSSO – ENSINO MÉDIO E NORMAL - 010
Matriz aprovada pelo Parecer 259/2013 – CEE em 10/07/2013 Ano de Implantação: 2014 Turnos: Diurno, Vespertino e Noturno Módulo: 40 - Carga Horária Total =4.800h/a e 4.000 h Implantação: GRADATIVA DISCIPLINAS Hora
Aula Hora
Relógio 1ª 2ª 3ª 4ª
BASE
NACIONAL
COMUM
ARTE 2 80 67 BIOLOGIA 3 120 100
EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 320 267 FILOSOFIA 2 2 2 2 320 267 FÍSICA 3 120 100
GEOGRAFIA 3 120 100
HISTÓRIA 2 2 160 133
LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA 2 2 2 3 360 300 MATEMÁTICA 2 2 2 2 320 267 QUÍMICA 2 2 160 133
SOCIOLOGIA 2 2 2 2 320 267
SUB-TOTAL 17 17 15 11 2400 2000 PD LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA 2 80 67
SUB-TOTAL 2 80 67 FORMAÇÃO ESPECÍFICA
CONCEPÇÕES NORTEADORA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
2 80 67
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
2
80
67
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
2 80 67
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
2 80 67
FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA
EDUCAÇÃO 2 80 67
LIBRAS 2 80 67
LITERATURA INFANTIL 2 80 67
METODOLOGIA DE ALFABETIZAÇÃO 2 80 67
METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE 2 80 67 METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS 2 80 67
METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO
FÍSICA 2 80 67
METODOLOGIA DO ENSINO GEOGRAFIA 2 80 67
72
METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA 2 80 67
METODOLOGIA DO ENSINO DE
MATEMÁTICA 2 80 67
METODOLOGIA DO ENSINO DE LÍNGUA
PORTUGUESA 2 80 67
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
2 2 160 133
PRÁTICA DE FORMAÇÃO 5 5 5 5 800 666 TRABALHO PEDAGÓGICO DA EDUCAÇÃO
INFANTIL 2 2 160 133
SUB - TOTAL 13 13 15 19 2400 2000
TOTAL GERAL 30 30 30 30 4800 4000
1.3 FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
1.3.1 DADOS GERAIS DO CURSO
O referido curso funciona no período noturno. As aulas são de 50 minutos,
perfazendo uma carga horária de 3000 h/a distribuídas em dois anos e meio (cinco
semestres), em 100 dias letivos/semestre na modalidade presencial. O módulo do
curso é cumprido em 20 semanas/semestre, cuja carga horária destinada aos
estágios supervisionados (práticas de docência) é cumprida em contraturno.
O curso pelo seu formato estrutural (matriz curricular, carga horária,
estágios) e pela metodologia utilizada (baseada no construto de Saviani e
Gasparin) busca propiciar ao aluno uma formação sócio-política-cultural que o
habilite a exercer, com êxito, a função docente nas séries iniciais do Ensino
Fundamental.
As atividades escolares propostas consolidam-se por meio do resgate de
valores éticos, como a integridade, liberdade, responsabilidade, respeito,
compromisso com o próximo e exercício dos deveres e direitos, aliados à
aquisição dos conhecimentos historicamente acumulados.
O desenvolvimento destas atividades escolares tem como principais
objetivos:
Tornar a escola um espaço de formação e informação;
Desenvolver no aluno o domínio de habilidades necessárias para a
compreensão e transformação da realidade, por meio da participação nas
73
relações culturais, políticas e sociais;
Possibilitar ao aluno uma experiência escolar coerente e bem sucedida,
favorecendo seu êxito no exercício do magistério pela compreensão de
referenciais teóricos que nortearão sua prática docente.
Neste sentido, o processo de escolarização dos futuros profissionais da
educação adquire um novo significado social e cultural, claramente expresso nos
princípios e fins da educação nacional, que estão inscritos nos termos da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96, onde o educador compreende
que os conhecimentos não podem ser simplesmente transferidos. Ensinar a
aprender, e aprender para ensinar é sempre um ato único e criativo. Exige um
esforço de construção e ressignificação através de uma atividade que é,
simultaneamente, teórica e prática, individual e coletiva.
1.3.2 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES - APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL EM NÍVEL MÉDIO, NA MODALIDADE NORMAL – Aproveitamento de Estudos
COLÉGIO ESTADUAL CYRIACO RUSSO – ENSINO MÉDIO E NORMAL - 010
TURNO: DIURNO E NOTURNO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010
IMPLANTAÇÃO GRADATIVA
MÓDULO: 20
DISCIPLINAS
SÉRIES semestrais
Hora aula
Hora relógio
1ª 2º 3º 4º 5ª
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO 3 3 120 100
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO 3 3 - 120 100
FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 3 3 - - 120 100
FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO 3 3 - 120 100
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
3 3 120 100
CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
2 2 - - 80 67
TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
3 3 2 - 160 134
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO 3 3 2 2 - 200 167
LITERATURA INFANTIL 2 2 80 67
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E 2 3 100 84
74
ADULTOS
METODOLOGIA DO ENSINO DE PORTUGUÊS / ALFABETIZAÇÃO
2 3 2 140 118
METODOLOGIA DO ENSINO D MATEMÁTICA 2 2 3 140 118
METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA 2 2 3 140 118
METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA 2 2 3 140 118
METODOLOGIA DE ENSINO DE CIÊNCIAS 2 2 3 140 118
METODOLOGIA DE ENSINO DE ARTE 2 2 3 140 118
METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 3 140 118
Sub-total 25 25 20 20 20 2200 1843
PRÁTICA DE FORMAÇÃO
5
5 10
10 10
800 667
TOTAL GERAL 30 30 30 30 30 3000 2510
2.SISTEMA DE AVALIAÇÃO
2.1 SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA O ENSINO MÉDIO E O CURSO
FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Esta instituição, conforme exposto em seu marco conceitual, percebe a
avaliação e recuperação de estudos de forma contextualizada e não em um
momento estanque, pontual, por isso, a diagnose, a avaliação propriamente dita,
a retomada de conteúdos e a reavaliação é realizada de forma contínua.
Ressalte-se ainda a relação que se faz entre a avaliação da aprendizagem
e avaliação do ensino, considerando-se o desempenho do aluno de forma
relacionada com o desempenho do professor e com as condições contextuais da
própria escola.
A avaliação deve ser entendida como parte do processo ensino e
aprendizagem, pois:
Indica ao professor o momento da aprendizagem dos alunos: os que já
aprenderam, os que não aprenderam, quais seus avanços, quais suas
dificuldades, dando possibilidade de intervenção no sentido da
75
superação de possíveis dificuldades;
Permite ao aluno que se torne consciente do seu processo de
aprendizagem, perceba seus avanços e suas dificuldades e possa, em
conjunto com seu professor, buscar novos modos de resolver estas
dificuldades;
Indica ao professor a necessidade de rever seu planejamento e fazer
ajustes na sua prática docente.
Nesse sentido, a avaliação é contínua, exigindo observação sistemática
dos alunos, não apenas com relação ao domínio dos conceitos de conteúdos
específicos, mas também com relação ao desenvolvimento de competências e
habilidades.
Portanto, o aluno deve ser avaliado como um todo, em quaisquer situações
que envolvam aprendizagem. Sendo necessária a observação constante do
desempenho do aluno nos trabalhos de classe, extraclasse, estágios
supervisionados e pelo uso sistemático de procedimentos e instrumentos de
aferição da aprendizagem que se mostrem aconselháveis e, de aplicação
possível, em cada situação, observando-se os aspectos quantitativos e
qualitativos.
A recuperação de estudos é oportunizada ao longo do processo e não num
momento pontual (recuperação diagnóstica e paralela). Todos dos alunos têm
direito a realizar a avaliação de recuperação de estudos independente da nota
(seja superior ou inferior a 6,0), como também alguma avaliação que tenha
perdido a partir de justificativa plausível. Muito embora se privilegie a recuperação
de conteúdos ao aluno é oportunizada a substituição da nota.
O Regimento interno do estabelecimento prevê o cumprimento de 75% de
frequência, 200 (duzentos) dias letivos previstos durante o ano letivo. Deverão ser
ainda cumpridas as normas vigentes no Sistema Estadual de Ensino, no que diz
respeito
a) aos resultados de Avaliação expressos ao final de cada bimestre;
b) à apuração da assiduidade;
c) aos estudos de recuperação;
d) ao aproveitamento de estudos;
e) à atuação do Conselho de Classe.
76
2.1.1 AVALIAÇÃO BIMESTRAL
A avaliação bimestral tem como objetivos:
Oportunizar aos alunos um espaço de tempo visando o conhecimento
do ambiente escolar e sua estrutura;
Possibilitar ao professor o estabelecimento de um relacionamento com
o aluno, conhecendo-o e analisando-o individualmente a partir dos
critérios avaliativos adotados;
Avaliar em função dos objetivos expressos nas Diretrizes Curriculares
Orientadoras da Educação Básica, Proposta Curricular da instituição em
consonância com o disposto na LDB 9394/96 e Plano de Trabalho
Docente;
A avaliação bimestral tem como funções:
Auxiliar o educando na compreensão de si mesmo, propiciando-lhe os
meios de detectar as próprias capacidades e limitações;
Fazer preponderar os aspectos qualitativos de aprendizagem, dando-se
maior importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal.
Avaliação deve ser diagnóstica, formativa e somativa com o propósito
de determinar a presença ou ausência de pré-requisitos, assim como
identificar possíveis causas de dificuldades de aprendizagem para
realização de intervenções necessárias, tendo em vista o avanço e o
crescimento do educando o que exige do educador uma postura
pedagógica clara e definida.
A avaliação de desempenho do aluno se dará em diferentes experiências
de aprendizagem com critérios claros e instrumentos diversificados tais
como: provas escritas (individuais ou em grupo); trabalhos escritos
(relatórios, pesquisas bibliográficas, entre outros), seminários, debates,
produção textual de gêneros diversos, estudos dirigidos, painéis, murais,
cartazes, pesquisas de campo, oficinas, leituras diversas, entre outros.
77
A aferição de valor às tarefas apresentadas será realizada ao final de
cada período letivo (bimestre). É vedada a avaliação em que o
educando é submetido a uma única oportunidade de aferição.
O resultado da avaliação de aprendizagem do período letivo será
registrado em documentação própria, assegurada a regularidade da
vida escolar do aluno.
A nota dos períodos letivos será resultante da somatória de valores
atribuídos de cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos
em várias aferições.
Nesta proposta, a promoção resultará da combinação do resultado da
avaliação com o aproveitamento escolar do aluno, expresso na escala de
notas de zero a dez e apuração de 75% da assiduidade.
Será aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior a
75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período
letivo e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero)
resultante da média aritmética dos bimestres nas respectivas
disciplinas.
Será considerado reprovado o aluno que apresentar:
Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre total da
carga horária do período letivo e a média anual inferior a 6,0 (seis vírgula
zero);
Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da
carga horária do período letivo, com qualquer média anual.
O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e
cinco por cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após
os Estudos de Recuperação.
Observação: Os casos acima mencionados serão submetidos à análise do
Conselho de Classe que deliberará sobre o resultado final.
A Média Final (MF) de Notas em cada disciplina corresponderá à somatória
78
de 04 (quatro) notas bimestrais, resultantes das avaliações realizadas ao longo
do ano letivo:
MF = 1º BIMESTRE + 2º BIMESTRE + 3° BIMESTRE + 4° BIMESTRE = ou > 6,0
4
Em cada bimestre a nota será expressa em uma escala de 0 (zero) a 10,0
(dez vírgula zero), que ao final do ano será realizada a somatória das notas dos
quatro bimestres, dividido por quatro, resultando a média final, que deverá ser
igual ou superior 6,0 (seis virgula zero).
OBSERVAÇÃO: Para o ano letivo de 2016 ocorrerá Alteração no Sistema de
Avaliação Bimestral para Trimestral, de forma simultânea para o ENSINO MÉDIO
E O CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL
E SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
2.1.2 AVALIAÇÃO TRIMESTRAL
A avaliação trimestral tem como objetivos:
Oportunizar aos alunos um espaço de tempo maior visando o
conhecimento do ambiente escolar, sua estrutura e funcionamento, bem
como melhor conhecimento de seus professores;
Possibilitar ao professor o estabelecimento de um relacionamento
efetivo com o aluno, conhecendo-o e analisando-o individualmente a
partir dos critérios avaliativos adotados;
Avaliar em função dos objetivos expressos nas Diretrizes Curriculares
Orientadoras da Educação Básica, Proposta Curricular da instituição em
consonância com o disposto na LDB 9394/96 e Plano de Trabalho
Docente;
A avaliação trimestral tem como funções:
79
Auxiliar o educando na compreensão de si mesmo, propiciando-lhe os
meios e tempo maior para detectar as próprias capacidades e
limitações;
Fazer preponderar os aspectos qualitativos de aprendizagem, dando-se
maior importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal.
Avaliação deve ser diagnóstica, formativa e somativa com o propósito
de determinar a presença ou ausência de pré-requisitos, assim como
identificar possíveis causas de dificuldades de aprendizagem para
realização de intervenções necessárias, tendo em vista o avanço e o
crescimento do educando o que exige do educador uma postura
pedagógica clara e definida.
A avaliação de desempenho do aluno se dará em diferentes experiências
de aprendizagem com critérios claros e instrumentos diversificados tais
como: provas escritas (individuais ou em grupo); trabalhos escritos
(relatórios, pesquisas bibliográficas, entre outros), seminários, debates,
produção textual de gêneros diversos, estudos dirigidos, painéis, murais,
cartazes, pesquisas de campo, oficinas, leituras diversas, entre outros.
A aferição de valor às tarefas apresentadas será realizada ao final de
cada período letivo (trimestre). É vedada a avaliação em que o
educando é submetido a uma única oportunidade de aferição.
O resultado da avaliação de aprendizagem do período letivo será
registrado em documentação própria, assegurada a regularidade da
vida escolar do aluno.
A nota dos períodos letivos será resultante da somatória de valores
atribuídos a cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos
em várias aferições.
Nesta proposta, a promoção resultará da combinação do resultado da
avaliação com o aproveitamento escolar do aluno, expresso na escala de
notas de zero a dez e apuração de 75% da assiduidade.
Será aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior a
80
75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período
letivo e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero)
resultante da média aritmética dos trimestres nas respectivas
disciplinas.
Será considerado reprovado o aluno que apresentar:
Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre total da
carga horária do período letivo e a média anual inferior a 6,0 (seis vírgula
zero);
Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da
carga horária do período letivo, com qualquer média anual.
O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e
cinco por cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após
os Estudos de Recuperação.
Observação: Os casos acima mencionados serão submetidos à análise do
Conselho de Classe que deliberará sobre o resultado final.
A Média Final (MF) de Notas em cada disciplina corresponderá à somatória
de 03 (três) notas trimestrais, resultantes das avaliações realizadas ao longo do
ano letivo:
MF = 1º TRIMESTRE + 2º TRIMESTRE + 3° TRIMESTRE = ou > 6,0
3
Em cada trimestre a nota será expressa em uma escala de 0 (zero) a 10,0
(dez vírgula zero), que ao final do ano será realizada a somatória das notas dos
três trimestres, dividido por três, resultando a média final, que deverá ser igual ou
superior a 6,0 (seis vírgula zero).
81
2.2 SISTEMA DE AVALIAÇÃO PARA O CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES
PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL – APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
O referido curso é ofertado para alunos concluintes do Ensino Médio, por
meio de aproveitamento de estudos. Tem a duração de dois anos e meio,
correspondente a cinco semestres de estudos. Os alunos cursam apenas as
disciplinas específicas do curso.
A avaliação deve ser entendida como parte do processo ensino e
aprendizagem, pois:
Indica ao professor o momento da aprendizagem dos alunos: os que já
aprenderam, os que não aprenderam, quais seus avanços, quais suas
dificuldades, dando possibilidade de intervenção no sentido da
superação de possíveis dificuldades;
Permite ao aluno que se torne consciente do seu processo de
aprendizagem, perceba seus avanços e suas dificuldades e possa, em
conjunto com seu professor, buscar novos modos de resolver estas
dificuldades;
Indica ao professor a necessidade de rever seu planejamento e fazer
ajustes na sua prática docente.
Nesse sentido, a avaliação é contínua, exigindo observação sistemática
dos alunos, não apenas com relação ao domínio dos conceitos de conteúdos
específicos, mas também com relação ao desenvolvimento de competências e
habilidades.
Portanto, o aluno deve ser avaliado como um todo, em quaisquer situações
que envolvam aprendizagem. Sendo necessária a observação constante do
desempenho do aluno nos trabalhos de classe, extraclasse, estágios
supervisionados e pelo uso sistemático de procedimentos e instrumentos de
aferição da aprendizagem que se mostrem aconselháveis e, de aplicação
possível, em cada situação, observando-se os aspectos quantitativos e
qualitativos.
82
A recuperação de estudos é oportunizada ao longo do processo e não num
momento pontual (recuperação diagnóstica e paralela). Todos dos alunos têm
direito a realizar a avaliação de recuperação de estudos independente da nota
(seja superior ou inferior a 6,0), como também alguma avaliação que tenha
perdido a partir de justificativa plausível. Muito embora se privilegie a recuperação
de conteúdos ao aluno é oportunizada a substituição da nota.
O Regimento interno do estabelecimento prevê o cumprimento de 75% de
frequência, 100 (cem) dias letivos previstos durante cada semestre letivo. Deverão
ser ainda cumpridas as normas vigentes no Sistema Estadual de Ensino, no que
diz respeito:
a) aos resultados de Avaliação expressos ao final de cada bimestre;
b) à apuração da assiduidade;
c) aos estudos de recuperação;
d) ao aproveitamento de estudos;
e) à atuação do Conselho de Classe.
2.2.1 AVALIAÇÃO BIMESTRAL
A avaliação bimestral tem como objetivos:
Oportunizar aos alunos um espaço de tempo visando o conhecimento
do ambiente escolar e sua estrutura;
Possibilitar ao professor o estabelecimento de um relacionamento com
o aluno, conhecendo-o e analisando-o individualmente a partir dos
critérios avaliativos adotados;
Avaliar em função dos objetivos expressos nas Diretrizes Curriculares
Orientadoras da Educação Básica, Proposta Curricular da instituição em
consonância com o disposto na LDB 9394/96 e Plano de Trabalho
Docente;
A avaliação bimestral tem como funções:
Auxiliar o educando na compreensão de si mesmo, propiciando-lhe os
83
meios de detectar as próprias capacidades e limitações;
Fazer preponderar os aspectos qualitativos de aprendizagem, dando-se
maior importância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal.
Avaliação deve ser diagnóstica, formativa e somativa com o propósito
de determinar a presença ou ausência de pré-requisitos, assim como
identificar possíveis causas de dificuldades de aprendizagem para
realização de intervenções necessárias, tendo em vista o avanço e o
crescimento do educando o que exige do educador uma postura
pedagógica clara e definida.
A avaliação de desempenho do aluno se dará em diferentes experiências
de aprendizagem com critérios claros e instrumentos diversificados tais
como: provas escritas (individuais ou em grupo); trabalhos escritos
(relatórios, pesquisas bibliográficas, entre outros), seminários, debates,
produção textual de gêneros diversos, estudos dirigidos, painéis, murais,
cartazes, pesquisas de campo, oficinas, leituras diversas, entre outros.
A aferição de valor às tarefas apresentadas será realizada ao final de
cada período letivo (bimestre). É vedada a avaliação em que o
educando é submetido a uma única oportunidade de aferição.
O resultado da avaliação de aprendizagem do período letivo será
registrado em documentação própria, assegurada a regularidade da
vida escolar do aluno.
A nota dos períodos letivos será resultante da somatória de valores
atribuídos de cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos
em várias aferições.
Nesta proposta, a promoção resultará da combinação do resultado da
avaliação com o aproveitamento escolar do aluno, expresso na escala de
notas de zero a dez e apuração de 75% da assiduidade.
Será aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou superior a
75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período
84
letivo e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero)
resultante da média aritmética dos bimestres nas respectivas
disciplinas.
Será considerado reprovado o aluno que apresentar:
Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre total da
carga horária do período letivo e a média anual inferior a 6,0 (seis vírgula
zero);
Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da
carga horária do período letivo, com qualquer média anual.
O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e
cinco por cento) e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após
os Estudos de Recuperação.
Observação: Os casos acima mencionados serão submetidos à análise do
Conselho de Classe que deliberará sobre o resultado final.
A Média Final (MF) de Notas em cada disciplina corresponderá à somatória
de 02 (duas) notas bimestrais, resultantes das avaliações realizadas durante o
semestre em curso:
MF= 1º BIMESTRE + 2º BIMESTRE = ou > 6,0
2
2.3 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação de estudos será proporcionada no decorrer do período letivo,
destinando-se a todos os alunos, em especial, aos alunos com aproveitamento
insuficiente, atendendo à Deliberação 02/99. “A recuperação será oferecida de
forma paralela sempre que for diagnosticada insuficiência durante o processo
85
regular de apropriação de conhecimento e de competência pelo aluno”. (CEE,
2000).
Durante o processo de aprendizagem toda vez que o professor constatar
que o aluno está demonstrando muitas dificuldades, deverá providenciar
estratégias que favoreçam as novas aprendizagens: replanejamento do processo
de ensino e de aprendizagem, por meio de atividades de reforço, ampliação de
atividades de apoio, revisão das atividades de ensino em geral e planos
individuais de ação. Estas estratégias deverão estar fundamentadas nas
informações obtidas através da avaliação.
Serão atribuídas notas aos trabalhos, exercícios, testes ou outras
atividades desenvolvidas nos estudos de recuperação, substituindo as notas que
expressem baixo rendimento.
A instituição poderá também, oferecer atividades complementares para que
os alunos possam recuperar seus conteúdos de estudos, sendo de sua
responsabilidade a participação, como também a de seus pais, ou responsável,
que deverão ter conhecimento e acompanhar tal processo.
2.4 CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS AVALIATIVOS
Os critérios de avaliação utilizados deverão estar em consonância com os
objetivos propostos e com o disposto no Planejamento de Trabalho Docente de
acordo com as sugestões apontadas nas Diretrizes Curriculares Orientadoras da
Educação Básica.
Para cada conteúdo, deve-se ter claro o que se deseja efetivamente
ensinar e os objetivos a serem alcançados pelo aluno no processo de aprender,
portanto, o quê e, para quê avaliar.
Segundo Luckesi (1995)
“dificilmente os professores definem com clareza, no ato do planejamento do ensino, qual é o padrão de qualidade que se espera da conduta de um aluno, após ser submetido a uma determinada aprendizagem” (p.44). Mas, se um mínimo necessário fosse estabelecido, “... a aprovação ou reprovação em uma unidade de ensino não estaria a depender da arbitrariedade do professor, mas sim do fato de o aluno ter apresentado em sua conduta de aprendizagem os caracteres mínimos necessários. Ou seja, o juízo de qualidade estaria fundamentado no real” (p.45).
86
Definidos os critérios, estes subsidiarão a definição dos instrumentos de
avaliação. Os instrumentos são as formas que o professor estabelece
previamente para avaliar um conteúdo. Fundamentam-se no processo decisório
da avaliação e devem ser coerentes com o que e como foi trabalhado em sala de
aula. Devem estar adequados para coletar os dados necessários para dar ao
professor indicações do estado de aprendizagem do aluno. Tanto adequados na
linguagem, clareza e precisão ao que se pretendem, quanto aos conteúdos
essenciais planejados e de fato trabalhados no processo de ensino e de
aprendizagem. Eles devem significar um aprofundamento das aprendizagens do
aluno e não um meio de dificultar sua compreensão a respeito de um conteúdo.
Em estudo nas semanas pedagógicas optou-se pelo conhecimento/
aprofundamento da Taxionomia de Bloom para maior clareza da diferenciação de
critérios e instrumentos.
Ilustração - Taxionomia de Bloom
A taxionomia de Bloom pauta-se em três domínios:
a) Domínio cognitivo: as habilidades no domínio cognitivo tratam de
conhecimento, compreensão e o pensar sobre um problema ou fato.
Conhecimento: memorização de fatos específicos,de padrões de
procedimento e de conceitos.
87
Compreensão: imprime significado, traduz, interpreta problemas,
instruções, e os extrapola.
Aplicação: utiliza o aprendizado em novas situações.
Análise: de elementos, de relações e de princípios de organização.
Síntese: estabelece padrões
Avaliação: julga com base em evidência interna ou em critérios externos.
b) Domínio afetivo: na hierarquia de Bloom, o domínio afetivo trata de reações
de ordem afetiva e de empatia. É dividido em cinco níveis:
Recepção: Percepção, Disposição para receber e Atenção seletiva
Resposta: participação ativa, Disposição para responder e Satisfação em
responder
Valorização: Aceitação, Preferência e Compromisso (com aquilo que
valoriza)
Organização: Conceituação de valor e Organização de um sistema de
valores
Internalização de valores: comportamento dirigido por grupo de valores,
comportamento consistente, previsível e característico.
c) Domínio psicomotor: o domínio psicomotor, na hierarquia de Bloom, trata de
habilidades relacionadas com manipular ferramentas ou objetos. Bloom não criou
itens para esse domínio, no entanto outros autores fizeram propostas.
Percepção
Resposta conduzida
Automatismos
Respostas complexas
Adaptação
Organização
Quanto aos instrumentos estes devem ser variados:
Provas escritas (individuais ou em grupo)
Trabalhos escritos (relatórios, pesquisas bibliográficas, e outros)
Seminários
88
Debates
Produção textual de gêneros diversos
Estudos dirigidos
Painéis, murais, cartazes
Pesquisas de campo
Oficinas
Leituras diversas, entre outros.
Utilização de recursos midiáticos e produção de material com a utlização
destes recursos
O aluno que por motivo justificado faltar em dia de avaliação terá uma nova
oportunidade a ser negociada com o professor. A solicitação deverá, sempre que
possível, ser acompanhada da justificativa da falta (atestado médico,
comunicação dos pais) até três dias do retorno, na Equipe Pedagógica.
3. ADAPTAÇÃO
O aluno do Ensino Médio e Normal, transferido de outro estabelecimento
com plano curricular diferente do previsto neste documento, está sujeito à
adaptação nas matérias ou disciplinas, áreas de estudos e atividades que não
tenha cursado em série idêntica ou equivalente.
Caberá à secretária do estabelecimento, juntamente com a Equipe
Pedagógica fazer o ensalamento do aluno de modo que a adaptação seja
oportunizada da melhor forma.
A adaptação deverá ser promovida até o final do curso respectivo, de forma
que nenhum aluno possa concluí-lo sem que tenha cumprido o currículo pleno
previsto para o curso, com a respectiva carga horária.
A adaptação se faz em períodos concentrados de aulas ou no decorrer do
período letivo, em contraturno, mediante a execução de trabalhos, tarefas e
testes. Considerar-se-á adaptado o aluno que obtiver nota final igual ou superior
a 6,0 (seis vírgula zero) na disciplina, matéria ou atividade que requererem
adaptação.
O aluno que for julgado inadaptado deverá cursar a(s) disciplina(s) na série
89
anterior, de outro turno ou sujeitar-se a outra modalidade determinada pela
direção.
O resultado obtido pelo aluno na adaptação, mesmo na hipótese anterior,
deverá ser registrado no Livro Registro do professor designado a propor as
atividades de adaptação.
4 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
Nos casos de transferência de um estabelecimento para outro e, mudança
de curso, serão considerados a carga horária configurada no boletim de
transferência, ou do curso anterior, o aproveitamento nas disciplinas e a
frequência conforme prescreve o Regimento Escolar em sua Seção XI.
5 CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota, segundo
critérios próprios, para posicionar o aluno em série compatível com a idade,
experiência e desempenho, adquiridos por meio formais ou informais.
A Classificação poderá ser realizada:
I- por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento, a série,
na própria escola;
II- por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do
país ou do exterior, considerando a classificação na escola de origem;
III- independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita
pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e
permita sua inscrição na série adequada.
Reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau de
desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas
curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudo compatível com
90
sua experiência e desempenho, independentemente do que registre o seu
histórico escolar.
A promoção resultará na combinação do resultado da avaliação com
aproveitamento escolar do aluno, expresso na escola de notas de 0,0 (zero) a 10,0
(dez vírgula zero), e apuração da assiduidade.
6. REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL
A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio do qual o aluno, não
obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-
la subsequentemente e concomitantemente às séries seguintes.
Este estabelecimento a partir de 2008, NÃO OFERTARÁ O REGIME DE
PROGRESSÃO PARCIAL, porém, serão aceitas as matrículas dos alunos com
transferências recebidas com dependência em até três disciplinas, que deverão
ser cumpridas mediante plano especial de estudo.
7. PROGRAMAS E PROJETOS
Na proposta curricular a escola prevê programas institucionais e projetos que
permitem ao aluno seu desenvolvimento integral nos mais diferentes contextos.
Cada projeto tem um professor orientador, que é responsável por disseminar,
motivar e agregar os alunos em sua execução.
7.1 PROGRAMA GENTILEZA GERA GENTILEZA
Por sugestão de um grupo de professores, em semana pedagógica, ao
analisarem a distinção entre programa e projeto, sugeriu que o projeto Gentileza
gera gentileza, fosse transformado em programa, em razão dos anos de sua
implantação, assimilação dos seus objetivos pela comunidade escolar, tornando-
se conhecido, inclusive, fora da instituição.
O Projeto Gentileza gera gentileza surgiu no ano de 2008, inspirado na
música de Marisa Monte que revela a lendária figura do Profeta Gentileza,
91
inicialmente com o objetivo de levar os alunos a perceberem a Arte como elemento
de transformação social, bem como um bem cultural necessário na formação de
atitudes éticas e estéticas. Posteriormente foi reformulado com o objetivo de
melhorar as relações intra e interpessoais como condição básica para a
construção de uma sociedade mais tolerante, mais fraterna e mais gentil.
7.2. PROGRAMA DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA JÚNIOR
A Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e
Tecnológico do Estado do Paraná, vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia
e Ensino Superior (SETI) do Estado do Paraná, em parceria com o Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), mediante acordo
de cooperação técnica e, com a participação da SEED/PR através dos NREs e
gestores dos estabelecimentos de ensino médio concede bolsas de estudos a
alunos com o intuito de despertar a vocação científica, incentivar talentos,
favorecer o aprendizado de alunos pela prática diferenciada de pesquisa. A partir
de 2010, todos os anos, alunos têm sido contemplados para participação em
vários programas.
7.3. PROJETOS CONTEMPLADOS PELA SEED
Entre os anos de 2010/2012 a instituição foi contemplada com o CELEM -
Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (Espanhol) e Projeto EUREKA
(Aprofundamento da Aprendizagem), ambos propostos e formatados pela SEED.
O CELEM desde 2010 oferta o Curso de Espanhol, inicialmente com
funcionamento no período vespertino. Em 2012 também houve sua expansão para
o turno da noite. Em 2014 aconteceu a implantação do CELEM – Língua
Estrangeira - Inglês nos turnos vespertino e noturno, beneficiando alunos com
interesse por essa disciplina e que apresentam dificuldade em frequentar um curso
particular, devido seu custo. Já no ano de 2015 o CELEM – Língua Estrangeira –
Inglês passou a ser ofertado apenas no turno noturno.
Ainda, no ano de 2013 ocorreram alterações nos projetos ofertados pela
92
SEED. O colégio deixou de trabalhar com o Projeto EUREKA, passando a ofertar
as Atividades Complementares Permanentes, que englobam diferentes
macrocampos. Seu funcionamento acontece em contraturno (período vespertino),
com carga horária de 15 horas semanais, onde os alunos têm atividades
diferenciadas, proporcionando maior enriquecimento no processo ensino e
aprendizagem. O colégio também oferta as Atividades Complementares
Periódicos de Hora Treinamento e de Vôlei, também no período vespertino.
Além destes, em conformidade com a política de formação continuada da
SEED, alguns professores se inscreveram no Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE e aplicaram seus projetos de implementação nesta instituição.
Estes projetos poderão ser realimentados e reaplicados em anos posteriores.
7.4. PROJETOS EM PARCERIA COM UNIVERSIDADES LOCAIS E DEMAIS
INSTÂNCIAS DA COMUNIDADE
Esta instituição realiza parceria com as duas universidades locais:
Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP e Universidade Norte do
Paraná – UNOPAR. Todos os anos, profissionais e acadêmicos da UENP,
orientados pela professora responsável pelo curso de Biologia, médicos da
comunidade local e outros convidados têm realizado atividades na escola
abordando os seguintes assuntos: Gravidez na adolescência e métodos
contraceptivos; Saúde da Mulher; Doenças Sexualmente Transmissíveis; Drogas
Lícitas/Ilícitas; A nova lei Anti-drogas; Motivação; Perfil Profissiográfico da
Atualidade, dentre outras. Este ano os alunos participaram ainda do Giro de
Profissões da UNOPAR.
É um trabalho conjunto e contínuo entre a escola e as instituições de ensino
superior do município. Todos os anos são realizadas palestras como as acima
mencionadas, na busca de ampliação de conhecimentos. Percebe-se um
interesse maior dos alunos quando há eventos diferenciados na escola.
No ano de 2014 teve início um trabalho de interação entre a escola e a
Comunidade Terapêutica São Pio, que trabalha na recuperação de pessoas
usuárias de álcool e outras drogas. Esse trabalho tem à frente o padre Roberto
Medeiros, médicos da comunidade local e também voluntários que vêm realizando
93
na escola um trabalho significativo voltado à prevenção de drogas.
7.5. PROJETO EMPRESA/ESCOLA
A escola em parceria com empresas públicas e privadas realiza a indicação
de alunos para trabalho, de acordo com a solicitação das mesmas. São indicados
normalmente de um a três alunos, os quais são entrevistados pela empresa de
acordo com as suas exigências, que seleciona aquele que melhor se enquadra ao
seu grupo de trabalho como estagiário pelo convênio CIEE.
7.6. PROJETO TEATRO E LITERATURA
O teatro itinerante do ator Rodrigo Leste visita o município regularmente.
Esta instituição, contatou o artista e, há dois anos, traz seu espetáculo no colégio.
Num trabalho coletivo com os professores de Língua Portuguesa, Artes,
Sociologia e Filosofia, é oportunizada a leitura e análise de obras pré referendadas
para melhor compreensão do espetáculo. Esta ação deverá tornar-se um projeto
permanente, uma vez que há quase dez anos o ator visita o município.
No ano de 2011 o espetáculo intitulou-se O clã da bandeira branca e exigiu
a leitura de seis textos literários, a saber: Auto da Feira de Gil Vicente; Poema em
linha reta - Fernando Pessoa (Álvaro de Campos); SABINA - Artur Azevedo; O
CUCO - Artur Azevedo; O califa e o office-boy - Millor Fernandes; O futuro é
róseo – João Ubaldo Ribeiro.
No ano de 2012 o espetáculo intitulou-se O segredo do bruxo. O
espetáculo apresenta as melhores passagens da obra de Machado de Assis -
Memória Póstumas de Brás Cubas (leitura obrigatória no vestibular
FUVEST/UNICAMP 2013); Quincas Borba; Dom Casmurro; O Enfermeiro.
Consultoria literária: Prof. Antônio Sergio Bueno; Direção e Interpretação: Rodrigo
Leste.
94
8. ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA
O Colégio Estadual Cyríaco Russo adota o regime bimestral para os cursos
Ensino Médio, Formação de Docentes para a Educação Infantil e Séries Iniciais
do Ensino Fundamental e Formação de Docentes para a Educação Infantil e
Séries Iniciais do Ensino Fundamental - Aproveitamento de Estudos, respeitando
a duração mínima prevista em lei.
A duração do curso é de 3 (três) anos para o Ensino Médio – 2400 horas;
de 4 (quatro) anos para o Curso de Formação de Docentes para a Educação
Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental – 4800 horas, sendo 800 horas
destinadas ao estágio em contraturno e de dois anos e meio (cinco semestres)
para o Curso de Formação de Docentes para a Educação Infantil e Séries Iniciais
do Ensino Fundamental – Aproveitamento de Estudos – 3000 horas e 800 horas
destinadas ao estágio, também em contraturno. No Ensino Médio o ano letivo tem
a duração de 200 dias, com 800 horas de efetivo trabalho pedagógico; no Curso
de Formação de Docentes para a Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino
Fundamental o ano letivo tem duração de 200 dias e mais de 800 horas de efetivo
trabalho pedagógico. O Curso de Formação de Docentes para a Educação Infantil
e Séries Iniciais do Ensino Fundamental – Aproveitamento de Estudos a duração
é de 100 dias letivos em cada semestre e mais de 400 horas de efetivo trabalho
pedagógico. O estabelecimento de ensino funciona em três turnos e oferta ensino
na modalidade presencial.
8.1 CONDIÇÕES DE TRABALHO E PLANO DE CARREIRA
Organizado pela Secretaria de Estado da Educação.
8.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
O Colégio Estadual “Cyríaco Russo” – Ensino Médio e Normal implantará
a Avaliação Institucional a partir de 2008.
95
O Curso de Formação Docente para a Educação Infantil e Ensino
Fundamental Anos Iniciais, vem procedendo a avaliação do curso e
sistematizando-a em forma de questionário. O ensino médio, representado pelos
alunos dos terceiros anos, apresenta a sua avaliação em forma de relatório
redigido pelos representantes de turma, a partir dos quatro itens da urna
democrática: denúncias, críticas, sugestões e elogios.
9. DA ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO DO TRABALHO ESCOLAR
9.1 MATRÍCULA
Somente aos alunos devidamente matriculados no Colégio Estadual
Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal, é permitida a frequência às aulas.
A escola poderá aceitar, a título de colaboração, alunos estrangeiros dentro
dos programas de intercâmbio Cultural Internacional, sem a exigência de
matrícula. As datas de início e término das matrículas são determinadas pela
SEED.
A critério ainda da SEED, a escola pode aceitar matrículas fora do prazo
normal, arcando o candidato com o ônus que possa advir do fato.
A petição para matricula em qualquer curso se faz mediante requerimento
do interessado, acompanhada dos seguintes documentos:
I - Certidão de nascimento e carteira de identidade;
II - Certidão de conclusão do Ensino Fundamental ou documento
equivalente;
III - Histórico escolar do Ensino Fundamental ou documento equivalente;
IV - Matriz curricular da escola de origem para alunos da 2ª e 3ª série;
V - Comprovante de residência – Talão de luz
VI - Uma foto 3x4 colorida, recente.
9.1.1 MATRÍCULA COM DEPENDÊNCIA
Será permita a matrícula com dependência para alunos recebidos com
96
transferência externa, em até três matérias/disciplinas.
Cabe à direção da escola determinar o turno e a turma em que se dará a
frequência e a apuração do rendimento escolar.
9.1.2 CANCELAMENTO DE MATRÍCULA
A matrícula pode ser cancelada em qualquer época do ano letivo pelo
aluno, se maior, ou pelo seu responsável, se menor, ou compulsoriamente pela
direção, por conveniência pedagógica ou disciplinar, em se tratando, no último
caso, de grave infração ou reiteradas faltas contra o dispositivo legal que rege a
escola e ouvido o Conselho Escolar. Neste caso, será expedida imediatamente a
transferência ao estudante.
9.2. TRANSFERÊNCIA
A direção do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal,
decidirá sobre a conveniência ou não da aceitação da transferência, em razão da
época, da existência de vagas, da adaptação necessária, da dependência, do tipo
de curso e dos estudos realizados pelos pretendentes.
Em qualquer época, o aluno poderá transferir-se do Colégio Estadual
Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal.
Para o recebimento de transferência externa no decorrer do período letivo,
serão utilizados os critérios previstos neste documento e a legislação pertinente,
para as apurações da assiduidade e rendimento escolar.
9.3 FREQUÊNCIA
A frequência é apurada do primeiro ao último dia letivo, em cada disciplina,
em conformidade com o artigo 24, inciso VI da LDB 9394/96, no entanto para o
cálculo do 75% é considerada a soma das faltas nas diferentes disciplinas.
97
10. PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESCOLAR
O planejamento de uma instituição demanda a visão de futuro, o “aonde”
se quer chegar, bem como a sistematização e prazos.
O planejamento requer tomada de decisão coletiva, comprometimento da
comunidade escolar na formulação de metas para a garantia do sucesso do
processo ensino e aprendizagem. Nesse sentido, o Colégio Estadual “Cyríaco
Russo” – Ensino Médio e Normal organizará seu planejamento nos seguintes
níveis:
a) Planejamento Estratégico – definirá as grandes metas a médio e
longo prazo a serem alcançados, construídos pelo coletivo da
escola;
b) Planejamento Anual e Calendário Escolar – definirá o início e o
término do período letivo por meio do calendário escolar. Este
documento, em obediência às determinações legais e decisões
dos órgãos competentes fixará os dias de feriados, recessos
escolares e os destinados às comemorações cívicas, sociais.
Contar-se-ão como incluídos no trabalho escolar, os dias e horas
destinados à avaliação e apuração do rendimento escolar, bem
como a complementação de carga horária no período noturno.
c) Planejamento do processo ensino-aprendizagem – a
organização do Plano de Ensino dar-se-á anualmente, no ensino
médio e no curso Formação de Docentes e, semestralmente, no
curso Formação de Docentes – Aproveitamento de Estudos, com
a participação dos professores de cada disciplina, considerando:
objetivos da disciplina, conteúdos, metodologia, recursos,
avaliação e referências bibliográficas e previsão do número de
aulas. Os professores entregarão os planejamentos à Equipe
Pedagógica no início do período letivo referentes ao ensino
médio e Formação de Docentes e, semestralmente, para o Curso
Formação de Docentes – Aproveitamento de Estudos e, poderão
discutir com os alunos na primeira semana de aula, os conteúdos
a serem trabalhados durante o ano/semestre letivo.
d) Replanejamento do processo ensino-aprendizagem - momento
98
em que os professores reúnem-se para realizar o replanejamento
do seu Plano de Trabalho Docente, a partir das necessidades
específicas de cada turma, na busca de intervenções adequadas,
visando superação dos problemas e melhoria no processo ensino
e aprendizagem. A escola poderá também, realizar reuniões por
área do saber para planejar, replanejar e avaliar atividades e
projetos comuns às áreas.
10.1. DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS
Esta instituição procura organizar suas turmas atentando para o espaço
físico e para um número de alunos que seja possível o (a) professor (a) atender
às necessidades, diversificando sua abordagem. Para tanto, a definição do
número de alunos em sala é importante, à medida que professores e alunos são
reconhecidos como sujeitos do processo.
Os alunos são agrupados de acordo com o Georreferenciamento da Copel,
no ato da matrícula.
11. NORMAS DE CONVIVÊNCIA
Todos os integrantes da comunidade são considerados sujeitos históricos,
portanto devem ser respeitados em seus direitos, ao mesmo tempo em que são
exortados a cumprir as normas previstas no Regimento Escolar, para que a função
social da escola pública seja garantida, a saber: (transcrição fiel do Regimento
Escolar).
99
TÍTULO III
DIREITOS E DEVERES DA COMUNIDADE ESCOLAR
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DOS DOCENTES, EQUIPE PEDAGÓGICA E DIREÇÃO
Seção I Dos Direitos
Art. 159- Aos docentes, equipe pedagógica e direção, além dos direitos que lhes
são assegurados pelo Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado do Paraná - Lei nº 6.174/70 e Estatuto do Magistério - Lei Complementar nº 07/76, são garantidos os seguintes direitos:
I. ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no desempenho de suas funções;
II. participar da elaboração e implementação do Projeto Político- Pedagógico da escola, Regimento Escolar e Regulamentos Internos;
III. participar de grupos de estudos, encontros, cursos, seminários e outros eventos, ofertados pela Secretaria de Estado da Educação - SEED e pelo próprio estabelecimento de ensino, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;
IV. propor aos diversos setores do estabelecimento de ensino ações que viabilizem um melhor funcionamento das atividades;
V. requisitar ao setor competente o material necessário à sua atividade, dentro das possibilidades do estabelecimento de ensino;
VI. propor ações que objetivem o aprimoramento dos procedimentos de ensino, da avaliação do processo pedagógico, da administração, da disciplina e das relações de trabalho no estabelecimento de ensino;
VII. utilizar-se das dependências e dos recursos materiais da escola para o desenvolvimento de suas atividades;
VIII. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado como representante no Conselho Escolar e associações afins;
IX. participar de associações e/ou agremiações afins; X. participar da definição da Proposta Pedagógica Curricular da escola e sua
Matriz Curricular, conforme normas emanadas da Secretaria de Estado da Educação - SEED;
XI. ter assegurado, pelo mantenedor, o processo de formação continuada; XII. ter acesso às orientações e normas emanadas da Secretaria de Estado da
Educação - SEED; XIII. participar da Avaliação Institucional, conforme orientação da Secretaria de
Estado da Educação - SEED; XIV. tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s)
Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino; XV. compor equipe multidisciplinar, para orientar e auxiliar o desenvolvimento das
ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, ao longo do período letivo;
XVI. ter assegurado gozo de férias previsto em lei.
Seção II Dos Deveres
Art. 160- Aos docentes, equipe pedagógica e direção, além das atribuições
previstas no Capítulo I do Título II, deste Regimento Escolar, compete: I. possibilitar que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função, no âmbito de
100
sua competência; II. desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de
igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no estabelecimento de ensino;
III. elaborar exercícios domiciliares aos alunos impossibilitados de frequentar a escola, em atendimento ao disposto na Seção IX, do Capítulo II, do Título II, deste Regimento Escolar;
IV. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade;
V. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante do seu segmento;
VI. manter e promover relações cooperativas no âmbito escolar; VII. cumprir as diretrizes definidas no Projeto Político-Pedagógico do
estabelecimento de ensino, no que lhe couber; VIII. manter o ambiente favorável ao desenvolvimento do processo pedagógico; IX. comunicar aos órgãos competentes quanto à frequência dos alunos, para
tomada das ações cabíveis; X. dar atendimento ao aluno independentemente de suas condições de
aprendizagem; XI. organizar e garantir a reflexão sobre o processo pedagógico na escola; XII. manter os pais ou responsáveis e os alunos informados sobre o Sistema de
Avaliação da Escola, no que diz respeito à sua área de atuação; XIII. informar pais ou responsáveis e os alunos sobre a frequência e
desenvolvimento escolar obtidos no decorrer do ano letivo; XIV. estabelecer estratégias de recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo,
visando à melhoria do aproveitamento escolar; XV. receber e analisar o pedido de revisão de notas dos alunos no prazo
estabelecido no Sistema de Avaliação; XVI. cumprir e fazer cumprir os horários e calendário escolar; XVII. ser assíduo, comparecendo pontualmente ao estabelecimento de ensino nas
horas efetivas de trabalho e, quando convocado, para outras atividades programadas e decididas pelo coletivo da escola;
XVIII. comunicar, com antecedência, eventuais atrasos e faltas; XIX. zelar pela conservação e preservação das instalações escolares; XX. cumprir as disposições do Regimento Escolar. Parágrafo Único - A equipe pedagógica deverá acompanhar o trabalho docente,
quando das reposições de conteúdos e carga horária aos discentes.
Seção III Das Proibições
Art. 161 - Ao docente, a equipe pedagógica e a direção é vedado:
I. tomar decisões individuais que venham a prejudicar o processo pedagógico; II. ministrar, sob qualquer pretexto, aulas particulares e atendimento especializado
remunerado a alunos do estabelecimento de ensino; III. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente
qualquer membro da comunidade escolar; IV. expor colegas de trabalho, alunos ou qualquer membro da comunidade a
situações constrangedoras; V. retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer
documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino; VI. ocupar-se com atividades alheias à sua função, durante o período de trabalho; VII. receber pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino,
durante o período de trabalho, sem a prévia autorização do órgão competente; VIII. ausentar-se da escola, sem prévia autorização do órgão competente;
101
IX. transferir para outras pessoas o desempenho do encargo que lhe foi confiado; X. utilizar-se em sala de aula de aparelhos celulares, recebendo e fazendo
chamadas telefônicas; XI. divulgar, por qualquer meio de publicidade, assuntos que envolvam direta ou
indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;
XII. promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, envolvendo o nome da escola, sem a prévia autorização da direção;
XIII. comparecer à escola embriagado ou com indicativos de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;
XIV. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme Legislação vigente.
Art. 162 - Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no Regimento Escolar
serão apurados ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em Ata, com as respectivas assinaturas.
CAPÍTULO II DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DA EQUIPE TÉCNICO-
ADMINISTRATIVA, ASSISTENTES DE EXECUÇÃO E DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL
Seção I
Dos Direitos
Art. 163 - A equipe técnico-administrativa, assistentes de execução e a equipe
auxiliar operacional, além dos direitos que lhes são assegurados em lei, têm, ainda, as seguintes prerrogativas:
I. ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no desempenho de suas funções;
II. utilizar-se das dependências, das instalações e dos recursos materiais do estabelecimento, necessários ao exercício de suas funções;
III. participar da elaboração e implementação do Projeto Político- Pedagógico da escola;
IV. colaborar na implementação da Proposta Pedagógica Curricular definida no Projeto Político-Pedagógico da escola;
V. requisitar o material necessário à sua atividade, dentro das possibilidades do estabelecimento de ensino;
VI. sugerir aos diversos setores de serviços do estabelecimento de ensino ações que viabilizem um melhor funcionamento de suas atividades;
VII. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado como representante no Conselho Escolar e associações afins;
VIII. participar de associações e/ou agremiações afins; IX. tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s)
Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino;
Seção II Dos Deveres
Art. 164- Além das outras atribuições legais, compete:
I. cumprir e fazer cumprir os horários e Calendário Escolar; II. ser assíduo, comunicando com antecedência, sempre que possível, os atrasos
e faltas eventuais;
102
III. contribuir, no âmbito de sua competência, para que o estabelecimento de ensino cumpra sua função;
IV. desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no estabelecimento de ensino;
V. manter e promover relações cooperativas no ambiente escolar; VI. manter e fazer manter o respeito e ambiente favorável ao desenvolvimento do
processo de trabalho escolar; VII. colaborar na realização dos eventos que o estabelecimento de ensino
proporcionar, para os quais for convocado; VIII. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante
do seu segmento; IX. zelar pela manutenção e conservação das instalações escolares; X. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a
comunidade; XI. cumprir as atribuições inerentes ao seu cargo; XII. tomar conhecimento das disposições contidas no Regimento Escolar;
XIII. cumprir e fazer cumprir as disposições do Regimento Escolar, no seu âmbito de ação.
Seção III Das Proibições
Art. 165- À equipe técnico-administrativa, assistente de execução e à equipe
auxiliar operacional é vedado: I. tomar decisões individuais que venham a prejudicar o processo pedagógico e o
andamento geral da escola; II. retirar e utilizar qualquer documento ou material pertencente ao
estabelecimento de ensino, sem a devida permissão do órgão competente; III. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente
qualquer membro da comunidade escolar; IV. ausentar-se do estabelecimento de ensino no seu horário de trabalho sem a
prévia autorização do setor competente; V. expor alunos, colegas de trabalho ou qualquer pessoa da comunidade a
situações constrangedoras; VI. receber pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino
durante o período de trabalho, sem prévia autorização do órgão competente; VII. ocupar-se, durante o período de trabalho, de atividades estranhas à sua
função; VIII. transferir a outra pessoa o desempenho do encargo que lhe foi confiado; IX. divulgar assuntos que envolvam direta ou indiretamente o nome da escola, por
qualquer meio de publicidade, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;
X. promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, que envolvam o nome da escola, sem a prévia autorização da direção;
XI. comparecer ao trabalho e aos eventos da escola embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;
XII. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme legislação em vigor.
Art. 166 - Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no Regimento Escolar
serão apurados, ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em Ata, com as respectivas assinaturas.
103
CAPÍTULO III
DOS DIREITOS, DEVERES, PROIBIÇÕES E AÇÕES DISCIPLINARES DOS ALUNOS
Seção I
Dos Direitos
Art. 167- Constituem-se direitos dos alunos, com observância dos dispositivos
constitucionais da Lei Federal nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, da Lei nº 9.394/96 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN, Decreto Lei nº 1.044/69 e Lei nº 6.202/75:
I. tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s) Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino, no ato da matrícula;
II. ter assegurado que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função de efetivar o processo de ensino e aprendizagem;
III. ter assegurado o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e permanência no estabelecimento de ensino;
IV. ser respeitado, sem qualquer forma de discriminação; V. solicitar orientação dos diversos setores do estabelecimento de ensino; VI. utilizar os serviços, as dependências escolares e os recursos materiais da
escola, de acordo com as normas estabelecidas no Regulamento Interno; VII. participar das aulas e das demais atividades escolares; VIII. ter assegurada a prática, facultativa, da Educação Física, nos casos previstos
em lei; IX. ter ensino de qualidade ministrado por profissionais habilitados para o exercício
de suas funções e atualizados em suas áreas de conhecimento; X. ter acesso a todos os conteúdos previstos na Proposta Pedagógica Curricular
do estabelecimento de ensino; XI. participar de forma representativa na construção, acompanhamento e
avaliação do Projeto Político-Pedagógico da escola; XII. ser informado sobre o Sistema de Avaliação do estabelecimento de ensino; XIII. tomar conhecimento do seu aproveitamento escolar e de sua frequência, no
decorrer do processo de ensino e aprendizagem; XIV. solicitar, pelos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, revisão
do aproveitamento escolar dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, a partir da divulgação do mesmo;
XV. ter assegurado o direito à recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo, mediante metodologias diferenciadas que possibilitem sua aprendizagem;
XVI. contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores, Conselho Escolar e Núcleo Regional de Educação;
XVII. requerer transferência quando maior, ou através dos pais ou responsáveis, quando menor;
XVIII. ter reposição das aulas quando da ausência do professor responsável pela disciplina;
XIX. solicitar os procedimentos didático-pedagógicos previstos na legislação vigente e normatizados pelo Sistema Estadual de Ensino;
XX. sugerir, aos diversos setores de serviços do estabelecimento de ensino, ações que viabilizem melhor funcionamento das atividades;
XXI. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado representante no Conselho Escolar e associações afins;
XXII. participar de associações e/ou organizar agremiações afins; XXIII. representar ou fazer-se representar nas reuniões do Pré-Conselho e do
Conselho de Classe; XXIV. realizar as atividades avaliativas, em caso de falta às aulas, mediante
104
justificativa e/ou atestado médico; XXV. receber regime de exercícios domiciliares, com acompanhamento da escola,
sempre que compatível com seu estado de saúde e mediante laudo médico, como forma de compensação da ausência às aulas, quando impossibilitado de frequentar a escola por motivo de enfermidade ou gestação; XXVI. receber atendimento educacional hospitalar, quando impossibilitado de frequentar a escola por motivos de enfermidade, em virtude de situação de internamento hospitalar.
Seção II Dos Deveres
Art. 168 - São deveres dos alunos: I. manter e promover relações de cooperação no ambiente escolar; II. realizar as tarefas escolares definidas pelos docentes; III. atender às determinações dos diversos setores do estabelecimento de ensino,
nos respectivos âmbitos de competência; IV. participar de todas as atividades curriculares programadas e desenvolvidas
pelo estabelecimento de ensino; V. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante
do seu segmento; VI. cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações
escolares; VII. compensar, junto com os pais, os prejuízos que vier a causar ao patrimônio
da escola, quando comprovada a sua autoria; VIII. cumprir as ações disciplinares do estabelecimento de ensino; IX. providenciar e dispor, sempre que possível, do material solicitado e necessário
ao desenvolvimento das atividades escolares; X. tratar com respeito e sem discriminação professores, funcionários e colegas; XI. comunicar aos pais ou responsáveis sobre reuniões, convocações e avisos
gerais, sempre que lhe for solicitado; XII. comparecer pontualmente a aulas e demais atividades escolares; XIII. manter-se em sala durante o período das aulas; XIV. apresentar os trabalhos e tarefas nas datas previstas; XV. comunicar qualquer irregularidade de que tiver conhecimento ao setor
competente; XVI. apresentar justificativa dos pais ou responsáveis, quando criança ou
adolescente, para poder entrar após o horário de início das aulas; XVII. apresentar atestado médico e/ou justificativa dos pais ou responsáveis,
quando criança ou adolescente, em caso de falta às aulas; XVIII. responsabilizar-se pelo zelo e devolução dos livros didáticos recebidos e os
pertencentes à biblioteca escolar; XIX. observar os critérios estabelecidos na organização do horário semanal,
deslocando-se para as atividades e locais determinados, dentro do prazo estabelecido para o seu deslocamento;
XX. respeitar o professor em sala de aula, observando as normas e critérios estabelecidos;
XXI. cumprir as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber.
Seção III Das Proibições
Art. 169 - Ao aluno é vedado:
I. tomar atitudes que venham a prejudicar o processo pedagógico e o andamento das atividades escolares;
105
II. ocupar-se, durante o período de aula, de atividades contrárias ao processo pedagógico;
III. retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino;
IV. trazer para o estabelecimento de ensino material de natureza estranha ao estudo;
V. ausentar-se do estabelecimento de ensino sem prévia autorização do órgão competente;
VI. receber, durante o período de aula, sem a prévia autorização do órgão competente, pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino;
VII. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente colegas, professores e demais funcionários do estabelecimento de ensino;
VIII. expor colegas, funcionários, professores ou qualquer pessoa da comunidade a situações constrangedoras;
IX. entrar e sair da sala durante a aula, sem a prévia autorização do respectivo professor;
X. consumir ou manusear qualquer tipo de drogas nas dependências do estabelecimento de ensino;
XI. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme legislação em vigor;
XII. comparecer às aulas embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;
XIII. utilizar-se de aparelhos eletrônicos, na sala de aula, que não estejam vinculados ao processo ensino e aprendizagem;
XIV. danificar os bens patrimoniais do estabelecimento de ensino ou pertences de seus colegas, funcionários e professores;
XV. portar armas brancas ou de fogo e/ou instrumentos que possam colocar em risco a segurança das pessoas;
XVI. portar material que represente perigo para sua integridade moral, física ou de outrem;
XVII. divulgar, por qualquer meio de publicidade, ações que envolvam direta ou indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;
XVIII. promover excursões, jogos, coletas, rifas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, no ambiente escolar, sem a prévia autorização da direção.
Seção IV Das Ações Educativas, Pedagógicas e Disciplinares
Art. 170 - O aluno que deixar de cumprir ou transgredir de alguma forma as
disposições contidas no Regimento Escolar ficará sujeito às seguintes ações: I. orientação disciplinar com ações pedagógicas dos professores, equipe
pedagógica e direção; II. registro dos fatos ocorridos envolvendo o aluno, com assinatura; III. comunicado por escrito, com ciência e assinatura dos pais ou responsáveis,
quando criança ou adolescente; IV. encaminhamento a projetos de ações educativas; V. convocação dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, com
registro e assinatura, e/ou termo de compromisso; VI. esgotadas as possibilidades no âmbito do estabelecimento de ensino, inclusive
do Conselho Escolar, será encaminhado ao Conselho Tutelar, quando criança ou adolescente, para a tomada de providências cabíveis.
106
Art. 171 - Todas as ações disciplinares previstas no Regimento Escolar serão
devidamente registradas em Ata e apresentadas aos responsáveis e demais órgãos competentes para ciência das ações tomadas.
12. SISTEMATIZAÇÃO DAS FUNÇÕES ESPECÍFICAS DA DIREÇÃO, EQUIPE
PEDAGÓGIA E SECRETARIA APONTADAS PELO COLETIVO APÓS
DISCUSSÃO EM SEMANA PEDAGÓGICA
12.1 Direção
É função primordial da direção administrar a escola e o processo
educacional no seu âmbito, agindo com habilidade para que o trabalho de todos
(professores, equipe pedagógica, funcionários e alunos) seja direcionado para os
objetivos e fins da educação, proporcionando condições necessárias para o seu
desenvolvimento.
A direção será a articuladora de projetos e ações que visem à melhoria do
processo ensino-aprendizagem, bem como, promoverá o planejamento
participativo.
A escolha do diretor e diretor auxiliar é decorrente de processo eletivo, por
sufrágio direto e secreto de professores, funcionários e alunos (ensino médio)
sendo o voto único.
São atribuídas as seguintes tarefas ao diretor:
a. Responsabilizar-se pelo processo pedagógico e
garantir a qualidade do ensino; b. Representar a escola perante órgãos e
entidades de ensino, responsabilizando-se pelo seu funcionamento;
c. Presidir o Conselho de Classe, reuniões de acompanhamento, reuniões pedagógicas, reuniões administrativas e de pais;
d. Propor ao Núcleo Regional de Educação a abertura de sindicância de funcionários e docentes;
e. Convocar e presidir o Conselho Escolar; f. Assinar documentos escolares e
administrativos; g. Acompanhar e avaliar o estágio probatório dos
professores; h. Encaminhar ao Núcleo Regional de Educação
necessidade de abertura de concurso público e
107
teste seletivo para atendimento às demandas da escola;
i. Convocar docentes e funcionários para atividades do calendário escolar;
j. Acompanhar e gerenciar o orçamento da escola em parceria com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários;
k. Definir juntamente com a equipe pedagógica o calendário escolar e de matrículas;
l. Organizar a escala de férias dos funcionários e professores;
m. Definir, acompanhar e avaliar os Projetos e Programas Institucionais.
12.2 Equipe Pedagógica
A Equipe Pedagógica é exercida por professores pedagogos (antigos
supervisores e orientadores) e a ela compete:
a. Ser assíduo, pontual de modo a servir de referência para o corpo docente; b. Organizar com anuência da direção da escola, seus horários de trabalho; c. Participar das atividades organizadas pela escola; d. Manter o espírito de equipe, para o bom funcionamento da escola; e. Apresentar à direção da escola, informações, irregularidades e outros encaminhamentos, sugerindo medidas que julgar necessárias; f. Zelar pelo cumprimento do Projeto Político-Pedagógico; g. Ser ético e guardar sigilo dos assuntos pertinentes à escola. h. Assessorar diretamente à direção nas atividades administrativas e escolares tais como: distribuição de turmas, organização de horários, distribuição e controle das atividades exercidas pelos professores; i. Manter os alunos informados com vistas à orientação vocacional, à formação para o trabalho e ao convívio do grupo social; j. Proporcionar aos pais, professores e alunos encontros, palestras, seminários, cursos ou outras formas de eventos que permitam ampliar a formação de todos e o desenvolvimento da comunidade; k. Acompanhar as faltas, chegadas tardias, saídas antecipadas e o uso do uniforme discente, conhecendo as reais causas e promovendo as orientações necessárias; l. Realizar e coordenar o processo de escolha de representantes de turma, orientando para o senso democrático e o desenvolvimento de lideranças,
108
bem como, acompanhar o desempenho e atuação destes; m. Fornecer dados e informações sobre aspectos educacionais, sociais e culturais dos alunos nos Conselhos de Classe, avaliando resultados, acompanhando e encaminhando decisões tomadas; n. Sistematizar, o processo de acompanhamento dos alunos em todos os aspectos do seu desenvolvimento, detectando em Conselho de Classe ou em outras situações, as causas determinantes do baixo rendimento, reprovação ou evasão escolar. o. Responsabilizar-se, enquanto equipe pedagógica, pela disciplina dos alunos. p. Promover reuniões de estudo e a discussão do desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem; q. Realizar o planejamento das atividades da adaptação de estudos conjuntamente com a direção; r. Planejar e organizar reuniões pedagógicas e formação continuada do corpo docente, juntamente com a direção da escola; s. Supervisionar e acompanhar projetos e programas institucionais; t. Organizar e coordenar, juntamente com a orientação educacional, o Conselho de Classe e demais reuniões, providenciando acompanhamentos necessários; u. Propor, intervir e subsidiar o trabalho do corpo docente da escola com vistas à melhoria da prática pedagógica; v. Promover e acompanhar o planejamento didático-pedagógico em suas diferentes dimensões; w. Coordenar com a direção da escola o processo de avaliação institucional.
12.3 SECRETARIA ESCOLAR
Este serviço é executado por um profissional cujas atribuições são:
a) Coordenar os serviços de secretaria escolar; b) Controlar o livro ponto da escola; c) Acompanhar e subsidiar os Programas e Projetos
Institucionais; d) Organizar e proceder os processos de matrícula,
transferência e certificação dos alunos; e) Assinar a documentação pertinente, juntamente com
a direção; f) Realizar trabalho integrado com a Equipe de Ensino
(Supervisão Orientação e Coordenação); g) Atualizar o acervo de leis, regulamentos, instruções,
circulares e despachos que dizem respeito às
109
atividades do Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal;
h) Fazer cumprir a legislação de ensino; i) Participar do Conselho de Classe e das Reuniões de
Acompanhamento auxiliando nos acompanhamentos necessários.
j) Fixar, em lugar visível, o horário de funcionamento da secretaria para atendimento de alunos, professores e demais pessoas, para que a comunidade usuária dos serviços tome conhecimento.
k) Manter em rigorosa ordem a escrituração e o arquivamento dos documentos escolares e assegurar, em qualquer tempo, a verificação da identidade de cada aluno, a regularidade de seus estudos, a autenticidade de sua vida escolar e a documentação específica.
13. HORA ATIVIDADE
A hora-atividade representa uma conquista significativa do professor.
Nesse espaço de tempo o professor pode dialogar com os colegas, discutir as
questões inerentes à disciplina que ministra, elaborar os projetos, elaborar e
corrigir avaliações e estudar os textos de interesse para enriquecimento pessoal
e profissional.
Nesta instituição, buscou-se agrupar a hora-atividade com as disciplinas
correlatas, na medida do possível, exigindo o seu total cumprimento. Quando há
a necessidade do professor ausentar-se da instituição, o mesmo deverá notificar
a Equipe Pedagógica.
14. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Conforme estabelece a Deliberação 04/2006 – CEE/PR, Resolução Nº
3399/2010 – GS/SEED e Instrução 010/2010 – SUED/SEED, a Equipe
Multidisciplinar é composta por segmentos da comunidade escolar (pedagogos,
Agente Educacional, professores das áreas de Humanas, Exatas e Biológicas,
que tem o compromisso da participação nos diversos encontros agendados pela
SEED e, paralelamente, realizar a disseminação dos conteúdos estudados para
110
todos os professores da escola, para que o trabalho seja efetivado em sala de
aula.
15. CARREIRA DO MAGISTÉRIO
O professor estatutário tem acesso na carreira pelo avanço diagonal, que
decorre da avaliação de desempenho, constando assiduidade e pontualidade do
professor, realizado de dois em dois anos, podendo ascender até três níveis e
avanço vertical, que envolve a gratificação de mérito estipulada pela titulação do
professor: Lato Sensu, em nível de Especialização e, Stricto Sensu, em nível de
mestrado e doutorado.
As elevações de nível são programadas pela Secretaria de Estado da
Educação e executadas pelos Núcleos Regionais de Educação.
16. POLÍTICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
A formação continuada, enquanto política de governo, tem sido
oportunizada com objetivo promover o aprofundamento teórico que possa
subsidiar o fazer pedagógico do professor, visando sempre o sucesso do aluno.
Esta formação tem sido garantida pela SEED/PR, uma vez que está prevista em
calendário, duas vezes ao ano, nas semanas pedagógicas. Vale ressaltar que,
para a realização das semanas pedagógicas a SEED/PR encaminha às escolas,
via NRE, o cronograma das ações e materiais pertinentes. A participação nestes
eventos garante certificação.
Além da Semana Pedagógica está previsto em calendário a realização de
dois dias, normalmente um em cada semestre, destinados à Formação em Ação,
também com certificação.
A instituição incentiva ainda a participação dos professores em eventos
proporcionados pela SEED/PR (cursos, seminários, palestras, congressos, entre
outros) ou promovidos pelas agências de fomento educacional, visando o
enriquecimento cultural e profissional.
111
17. CONSELHOS DE CLASSE
É o órgão colegiado, de natureza deliberativa em assuntos didático-
pedagógicos. Tem como objetivos:
a) Avaliar e propor melhorias do processo ensino-aprendizagem.
O Conselho de Classe é constituído pelos professores da classe, pela
direção e equipe pedagógica, ainda, um representante de turma para
acompanhamento.
O Conselho de Classe deverá:
a) Estudar e interpretar os dados de aprendizagem na relação com
o trabalho pedagógico do professor;
b) Avaliar os resultados da aprendizagem do aluno, na perspectiva
do processo de apropriação de conhecimento, da organização de
conteúdos e dos encaminhamentos metodológicos da prática
pedagógica.
O Conselho de Classe se reunirá bimestralmente para acompanhamento
do desempenho dos alunos a partir de seus resultados, para realizar intervenções
pedagógicas adequadas.
As reuniões do Conselho de Classe dar-se-ão por convocação da
direção, sendo obrigatório o comparecimento de todos os convocados.
Das decisões do Conselho de Classe, caberá recurso ao Conselho
Escolar da escola, com a participação de todos os professores da turma, e alunos
quando necessário.
18. CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é a instância máxima da instituição. É um órgão
deliberativo, normativo e consultivo de assuntos político- pedagógicos da
escola e tem a seguinte constituição:
112
I – Diretor
II – Representante dos Professores;
III- Representante da Equipe Pedagógica;
IV – Representante dos Funcionários;
V- Representante dos pais de alunos.
É competência do Conselho Escolar:
I – Sugerir e organizar o funcionamento de novos cursos;
II- Julgar atos e procedimentos de membros do corpo docente,
propondo ao órgão superior, quando for o caso, a adoção de medidas preventivas
cabíveis;
III- Decidir em primeira instância, sobre penas previstas neste
documento;
IV – Deliberar e resolver em grau de recurso, sobre assuntos de
natureza pedagógica desta instituição escolar;
V – Deliberar sobre providências preventivas, corretivas ou
repressivas a atos de indisciplina;
VI – Sugerir alterações no PPP da escola e participar da construção
do Calendário Escolar Anual em suas alterações;
VII – Apreciar as propostas de hora-atividade;
VIII- Deliberar o processo de Avaliação Institucional.
19. ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS
A APMF é um órgão colegiado, representativo, deliberativo que contribui
para a melhoria do processo de integração e da comunidade escolar.
É constituída por todos os pais ou responsáveis pelos alunos, pelos
professores, professores pedagogos (equipe de ensino) e funcionários da escola.
Tem como tarefa principal, preocupar-se com a melhoria de qualidade do
ensino médio e normal, apresentando sugestões e implementando ações aditivas
ao processo educacional desenvolvido na escola.
A APMF é estruturada de conformidade com as normas da SEED e
113
expressas em regimento próprio, determinando a caracterização dos dirigentes,
sua competência, direitos, obrigações, tempo de mandato, procedimentos e
critérios de escolha.
As reuniões da APMF não têm data fixa, mas é acionada sempre que
necessário.
114
20. PLANO DE AÇÕES
A partir de discussões travadas nas formações continuadas e reuniões
pedagógicas o quadro de ações foi delineado a partir das fragilidades detectadas
e dos avanços já conquistados.
TÓPICO
ANALISADO
FRAGILIDADES
AÇÕES PROPOSTAS
PERÍODO
RESPONŚAVEL
Projeto Político Pedagógico
Pouco envolvimento de alguns professores em sua real execução Rendimento insuficiente Evasão e repetência Forte influência da pedagogia tradicional
Projeto social
Ampliar as discussões acerca do PPP para maior envolvimento dos professores; Implantar monitoria
Projeto que incentive acesso a permanência do aluno na escola Promover estudos sobre os novos paradigmas da educação Montar projetos sociais em parceria com as universidades e outras instituições ampliando o envolvimento da escola com a comunidade
Ano todo Ano todo Ano todo Reuniões pedagógicas Reuniões pedagógicas
Direção Equipe Pedagógica Equipe Pedagógica Tutores Alunos Equipe Pedagógica Marilda Torres – Projeto PDE Direção Equipe Pedagógica Direção Equipe pedagógica
Regimento Escolar Descumprimento de regras do Regimento Escolar justificado pelo seu desconhecimento Avaliação Semestral Recuperação paralela
Disponibilizar o RE e “cobrar” a leitura Rever critérios e instrumentos avaliativos Redistribuir melhor os valores da avaliação semestral Rever conceito de Recuperação paralela e final
Ano todo
Reuniões pedagógicas
Reuniões pedagógicas
Direção Equipe pedagógica
Direção Equipe pedagógica
Equipe pedagógica
115
Instâncias Colegiadas
Grêmio
Estudantil
Conselho Escolar
APMF
Incentivar ações propostas pelo grêmio Criar um cronograma de reuniões Divulgar as decisões da APMF
Momentos pontuais Bimestral Nos momentos oportunos
Equipe Pedagógica Profº responsável Direção Direção Direção APMF
Entidades Externas 1. Manter as parcerias e ampliá-las quando possível.
Ano todo Direção
Planejamento participativo
Pouco envolvimento da comunidade externa
Promover maior integração da escola e comunidade externa
Semana Pedagógica Eventos com a participação da comunidade Semana de Integração Escola/Comunidade.
Direção Direção e Equipe Pedagógica
Calendário Escolar e Hora atividade
Atestados médicos Atraso na contratação de substitutos que tiram licença Falta de professores por motivos justificados
Reposição de conteúdos em contraturno, inclusive aos sábados Oferecer reposição de conteúdos Preparar atividades para a equipe pedagógica trabalhar com a turma Não havendo a reposição em 30 dias, a contar da falta, haverá desconto em folha
Quando necessário Quando necessário Quando necessário
Equipe Pedagógica
Relação comunidade escola
Pouco envolvimento
Promover encontros, palestras de interesse comunitário
2º e 3º bimestres Semana de Integração Escola/Comunidade
Direção Direção e Equipe pedagógica
Paraná Alfabetizado Não ocorreu demanda
Incentivar a demanda Ano todo Secretaria
Proposta Pedagógica curricular/ Plano de Trabalho Docente
Não envolvimento de alguns professores na elaboração da proposta pedagógica e na
Incentivar o Plano Docente para assegurar maior eficiência no processo ensino aprendizagem
Semana Pedagógica Planejamento Escolar
Equipe Pedagógica
116
discussão de questões pertinentes ao PTD
Planejamento por disciplina, por semestre, e se possível, com professores de disciplinas correlatas (interdisciplinaridade)
Avaliação Escolar Falta de cumprimento da determinação regimental que prevê o mínimo duas avaliações Falta de compromisso de docentes com a avaliação
Maior rigor no controle das avaliações feitas pelos docentes Aplicar o regimento escolar aos docentes negligentes com o processo de avaliação
Mensal Quando necessário
Equipe Pedagógica Direção Equipe Pedagógica
Conselho de classe Ausência de docentes na participação do conselho de classe em razão de trabalhar em mais de uma escola
Fazer o conselho por turma, com a presença dos alunos e professores
Reunião Bimestral com os tutores e semestral com os alunos
Direção Equipe Pedagógica
Hora Atividade Dificuldade de conciliar os horários dos professores da mesma disciplina
Montar o horário buscando coincidir os horários de professores de mesma disciplina
Início do período letivo
Secretaria
Recuperação de Estudos
Indisponibilidade de tempo dos alunos do noturno Alunos trabalhadores não realizam trabalhos pedidos Falta de interesse e compromisso de alguns alunos
Adoção de monitoria em contraturno para os alunos com tempo disponível Conscientização do aluno para a realização de tarefas extra Aplicação de recursos tecnológicos para motivação, como TV pendrive, laboratório de informática, Programa Eureka, entre outras
Semanalmente Professor da disciplina/aluno monitor / pedagogo do turno
Sala de apoio Não dispõe
Reunião Pedagógica/ Semana Pedagógica
Referencial teórico pouco voltado para a área específica do professor Exigência de participação de
Textos dirigidos por área Palestras e discussões de temas pertinentes
Início dos semestres Direção Equipe Pedagógica
117
funcionários no mesmo grupo dos professores
ao trabalho dos funcionários
Enfrentamento à Evasão
Desinteresse do aluno, falta de motivação dos professores, inserção no universo do trabalho, gravidez, omissão da família, Feira da lua às 5ªs feiras à noite
Sensibilização dos alunos para a importância dos estudos Trabalhos para elevar a estima Conversa com os pais ou responsáveis para tomada de atitude frente aos filhos
Ano todo Direção Equipe Pedagógica
Grupos de Estudos para professores
Falta de organização dos grupos Atraso na remessa de material para leitura e discussão
Presença de liderança para conduzir os trabalhos e principalmente orientar a discussão Textos orientados mais para a prática.
Ano todo Professor Coordenador do Grupo
Grupos de Estudos para alunos
Falta de organização dos grupos
Presença de liderança para conduzir os trabalhos e principalmente orientar o estudo Convidar/designar alunos monitores
Ano todo Professor Coordenador do Grupo
PDE/GTR Falta de domínio da informática Falta de tempo para estudar (equipe pedagógica) Atraso na disponibilidade do material para estudos
Treinamento para docentes Revezamento da Equipe Pedagógica para estudo Cumprimento do calendário da SEED/PR
Ano todo Direção
Produção material escrito científico
Falta de tempo para pesquisar e escrever Falta de informações gerais
Incentivar ao docente ser autor
Ano todo Equipe Pedagógica
Produção de material escrito pelos alunos
Escassez de produção de material escrito pelos alunos
Professores das diferentes disciplinas devem conhecer o formato dos diferentes gêneros discursivos para orientar a produção dos alunos: resumo, resenha,
Ano todo Equipe Pedagógica Todos os Professores
118
relatório, artigo de opinião, textos argumentativos, artigo científico (noções através de leituras)
Incentivo à leitura Uso inadequado do livro didático como material de leitura e consulta Poucas retiradas de livros na biblioteca Falta de profissional habilitado para o trabalho em biblioteca
Uso efetivo do livro didático como material de leitura e consulta Indicar leituras do acervo Bibliográfico. Funcionamento da biblioteca nos três turnos
Ano todo Todos os Professores
Dinâmica das aulas Administração inadequada do tempo
Privilegiar quatro momentos distintos nas aulas: ouvir, falar, ler e escrever
Ano todo Todos os Professores
Projetos Específicos da Escola
Falta de sistematização das ações dos docentes e Equipe Pedagógica Desvalorização da produção intelectual dos alunos
Implantar novos projetos interdisciplinares Criar espaços e situações para divulgar a produção textual
Ano todo Direção Equipe Pedagógica Corpo Docente
Programas institucionais como: Aprofundamento da Aprendizagem (Português e Matemática); Iniciação Científica; Dança, Xadrez e Tênis; Vôlei e Futsal;
Falta de envolvimentos dos professores das áreas contempladas
Maior disponibilidade do professor em atender alunos com defasagem de aprendizagem.
Datas pontuais Direção, Equipe Pedagógica, Professores.
Desafios Educacionais Contemporâneos2
Falta de definição de metas
Criação de projetos/ações coletivas
Ano todo Direção Equipe Multidisciplinar
Educação sócio-ambiental Agenda 21
Pouco envolvimento dos professores
Leitura de material enviado pela SEED/PR sobre Educação sócio-ambiental disponibilizado na sala de Hora Atividade Relacionar os conteúdos das aulas com as
Ano todo Direção Equipe Pedagógica Alunos
119
questões ambientais Coleta de embalagens para o Programa Terracycle Mobilização para o cuidado com as carteiras e não uso de errorex
Materiais e ambientes didático-pedagógicos: laboratório de ciências e de informática: TV Paulo Freire, TV multimídia
Pouco uso do laboratório de Biologia, Química e Física Não disponibilidade do laboratório de informática para os alunos Descaso pela programação da TV Paulo Freire Inadequação no uso da TV multimídia
Estimular o professor e agente de execução para o uso Treinar os professores Incentivo para a produção de material e ser mostrado na TV Paulo Freire Orientação/normatização do uso da TV multimídia
Ano todo Ano todo Ano todo Ano todo
Direção Equipe Pedagógica
Recursos financeiros da escola
Nenhuma fragilidade detectada
Plano de Aplicação dos recursos são publicados e fixados em mural da sala dos professores
Semestral Direção
Implantação de novos cursos profissionalizantes
Demanda para cursos profissionalizantes
Pedido de autorização de funcionamento de cursos (noturno e vespertino) na área profissionalizante – Pós médio de Formação de Docentes
Final do ano letivo Direção
Reforma do prédio Pintura, cobertura da quadra, fiação elétrica
Solicitar à SEED/PR Início de ano Direção
Aquisição de mobiliário
Falta de mesas do professor em sala de aula
Solicitar mesas para o professor junto à SSED/PR
Final do ano letivo Direção
PDE Substitutos despreparados Alguns projetos envolvem um número reduzido de participantes, por isso não impactam a rotina da escola
Pleitear junto à SEED/PR revisão de critérios de inscrição, número de vagas ofertadas Maior envolvimento do coletivo na escola durante a implementação dos projetos dos professores PDE.
Ano todo Ano todo
Direção
120
Professor Tutor Apresentou bons resultados
Continuar incentivando o trabalho do professor tutor como mediador no processo ensino aprendizagem e nas questões disciplinares
Ano todo Direção Equipe Pedagógica
Interdisciplinaridade Falta de diálogo entre as disciplinas
Disponibilização no site da escola o conteúdo programático das disciplinas Elaboração de projetos interdisciplinares
Ano todo Todos os professores
Diversidade/Inclusão Falta de tolerância de alguns frente à diversidade
Diagnose de alunos com necessidades especiais Reunião com os professores da turma para definir adequação curricular e metodologia (quando necessário) Reunião com os alunos para conscientização (se necessário) Fixar em sala de professores/hora atividade os nomes dos alunos portadores de necessidades especiais leves, ou temporárias, para ciência do professor
Ano todo Direção Equipe Pedagógica Professores
Simulado Inviável no ensino organizado por blocos de disciplinas
Buscar alternativas para preparar alunos para o ENEM e vestibular
2º Semestre Equipe Pedagógica Professores dos 3ºs anos
Mostra Cultural Pouco envolvimento dos professores
Organizar mostra cultural das produções dos alunos nas diferentes disciplinas
Final do ano letivo Professores Alunos Equipe Pedagógica
CELEM
Pouca frequência e envolvimento dos alunos e comunidade
Estratégias diferenciadas para conseguir maior participação
Ano todo Direção Equipe pedagógica Professores envolvidos
Estágios obrigatórios (acadêmicos)
Congestionamento de pedidos de estágios para acadêmicos Postura inadequada de alguns acadêmicos pela falta de orientação
Exigir agendamento prévio para notificar professores das turmas que receberão os estagiários Contatar a universidade para oficializar pedido ao coordenador no sentido de orientar os acadêmicos quanto ao
Ano todo
Equipe Pedagógica
121
vestuário, postura, uso de celular, pontualidade preparo das aulas, entre outros
Estágios obrigatórios (Formação de Docentes)
Espaço físico insuficiente para atender os alunos do vespertino
Readequar espaço físico Início do ano letivo Direção SEED/PR
Urna democrática Resistência de alguns professores/ funcionários diante das denúncias e críticas apresentadas pelos alunos
Promover discussões acerca do avanço que a urna representa
Semana Pedagógica Reuniões pedagógicas
Direção Equipe Pedagógica
Projetos Interrupção de projetos em determinados períodos por questões pontuais
Revitalizar/implementar projetos existentes: GGG Sexualidade (Marlene) Maquetes arquitetônicas – Fotografia (Iolanda) Recepção aos novos alunos e Bota-fora das terceiras séries Vencendo os limites a partir da dança PIBIC Júnior
Ano todo Equipe Pedagógica Professores envolvidos
122
21. SISTEMATIZAÇÃO DAS AÇÕES DA ESCOLA PARA O EFETIVO TRABALHO
COM OS DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Educação para as relações étnico-raciais
Palestras com profissionais e testemunhos de pessoas da comunidade;
Leitura de textos de gêneros diversos (notícias, artigos, ensaios, poemas)
Análise de textos literários
Cultura africana e afrodescendente nas artes: música e dança;
Debates e reflexões a partir de filmes;
Relação histórica inerente ao tema através de análise contextualizada dos múltiplos papéis sociais dos diferentes segmentos da sociedade através dos tempos;
Literatura afro-brasileira;
As imagens e representações dos afro descendentes nos livros didáticos de História.
Educação Fiscal
Coleta de dados relacionados à educação fiscal;
Conscientização da função socioeconômica dos tributos;
Pesquisa orientada sobre a natureza dos diversos tributos;
Pesquisas e discussões acerca dos gastos públicos;
Participação em audiências públicas da Câmara de Vereadores (planejamento orçamentário, prestação de contas);
Palestras com profissionais da área;
Pesquisa de campo sobre o hábito de exigir nota fiscal;
Ações que incentivem o pedido de nota fiscal;
Visitação à prefeitura e suas principais secretarias;
Entrevistas (prefeito, presidente da câmara, secretário de finanças);
Conhecimento e interpretação do Código do Consumidor;
Debate sobre a aplicação de recursos públicos na escola;
Implantação de projetos que fomentem a solidariedade humana e a solução coletiva de problemas comunitários.
Educação Ambiental
Conhecimento da Agenda 21 e realização das atividades planejadas coletivamente;
Reciclagem na Arte;
Coleta seletiva no ambiente escolar;
Incentivo à prática da separação do lixo reciclável;
Palestras com profissionais da área;
Elaboração de projetos de impacto ambiental;
Pesquisa de campo: tratamento de esgoto doméstico e industrial;
Seminários;
Leituras pertinentes e elaboração de textos dissertativos e de opinião;
Visitas ecológicas (parques, reservas, indústrias de reciclagem, entre outros);
Campanhas para redução do desperdício de água;
Oficinas; Gincanas; Passeatas.
Cidadania e direitos humanos
Enfoque nos trabalhos em grupo;
Reflexões e discussões acerca dos direitos e deveres do cidadão;
Seminário sobre o ECA;
Conhecimento do Regimento do colégio;
Filmes pertinentes;
Intensificação das ações do GGG;
Semana da Cidadania
Prevenção ao uso indevido de drogas
Palestras com profissionais da área;
Semana de prevenção às drogas;
Filmes pertinentes;
Conscientização acerca dos prejuízos causados pelas drogas (ações e efeitos);
Enfrentamento à violência na escola
Disseminação de uma cultura de paz pela convivência harmoniosa (GGG);
Oração pela paz – Time out;
Intensificação das ações do GGG;
Palestra com a Patrulha Escolar;
Seminário sobre bullyng;
123
Sistematização das ações com os desafios educacionais contemporâneos
Drogas socialmente aceitas: Álcool e Tabaco
Alcoolismo e trânsito;
Relação: uso de drogas X criminalidade;
Políticas públicas sobre drogas;
Leitura de textos diversos;
Conversas informais;
Mostra de vídeos;
Pesquisas para debates posteriores.
Leituras pertinentes e elaboração de textos dissertativos e de opinião;
Palestras e filmes para os pais.
Sexualidade (alguns dos itens já citados podem ser utilizados)
Oficinas em parceria com a UENP;
Elaboração de um plano de ação a partir de Projeto de Professor PDE.
Práticas colaborativas (enfoque aos trabalhos em grupo);
Ações pontuais em parceria com a Patrulha Escolar, Conselho Tutelar e Promotoria Pública (art. 56 ECA);
Educação para o Envelhecimento Humano Digno e Saudável
Palestras com pessoas idosas, contando sobre suas experiências.
Roda de conversas - contação de histórias e causos.
Visita ao Asilo São Vicente de Paula, com apresentações artísticas.
124
22. CADERNO DE SUBSÍDIOS DE ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO
1. Introdução:
O Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal está
localizado na área central do município de Bandeirantes – PR e pertence ao
Núcleo Regional de Educação de Cornélio Procópio. É um colégio tradicional que
recebe alunos das diversas localidades do município, como ainda alunos de
municípios vizinhos. Oferta o Ensino Médio por Blocos de Disciplinas nos períodos
matutino e noturno e o Curso de Formação de Docentes nos períodos vespertino
e noturno. A partir deste ano (2012) passou também a ofertar no período noturno
o Curso de Formação de Docentes na modalidade de Aproveitamento de Estudos,
com duração de dois anos e meio, destinado principalmente aos alunos
concluintes do Ensino Médio.
A classificação dos alunos do Ensino Médio por idade enquadra-se nos
seguintes intervalos: no turno matutino o intervalo fica entre 14 – 20 anos, sendo
que a grande maioria encontra-se no intervalo idade/série correta, por isso a idade
máxima é de 17 anos; pouquíssimos alunos têm mais de 18 anos. No período
noturno o intervalo se alarga para 16 – 25 anos e no Curso de Formação de
Docentes a idade está entre 15 – 45 anos.
O corpo docente é formado, em sua maioria, por professores de nível
superior com especialização, professores concluintes do PDE (Programa de
Desenvolvimento Educacional), professores com mestrado, e ainda, professores
acadêmicos concluindo a graduação. A Secretaria de Estado da Educação
(SEED) oferta anualmente a todos os profissionais da educação, um programa de
Formação Continuada envolvendo os diferentes segmentos da comunidade
escolar, uma vez que todos são educadores e uma função complementa a outra,
visando à construção de uma escola mais sólida e comprometida, preparada para
o enfrentamento de problemas diversos no seu dia a dia.
O Colégio Estadual Cyríaco Russo tem como preocupação básica a
formação integral de seus educandos, tendo em vista os aspectos sociais,
psicológicos, econômicos e culturais, por meio da assimilação dos conhecimentos
elaborados ao longo da história, cumprindo desta forma a função da escola
125
pública prevista na Lei 9394/96 e Diretrizes Curriculares Orientadoras da
Educação Básica.
Considerando que cada aluno apresenta características distintas o
professor, como mediador do conhecimento, deve possuir capacidade de
discernimento na percepção dessas diferenças e trabalhá-las, buscando fazer
com que cada aluno atinja seu potencial máximo. É preciso que o aluno participe
de um ambiente receptivo e acolhedor e que seja tratado com igualdade e respeito
por todos. É importante ainda que o professor identifique os alunos que precisam
de um atendimento mais individualizado, e oportunize-o efetivamente, para que o
processo ensino-aprendizagem aconteça realmente para todos, mesmo que em
níveis diferentes, uma vez que a educação sendo um direito.
Para tanto, é imprescindível a realização de reuniões periódicas,
envolvendo os diversos segmentos da comunidade escolar, para discussão e
análise de pontos relevantes a respeito de problemas diversos que envolvem
principalmente os priorizados neste documento: a Aprovação/ Reprovação
/Abandono /Evasão Escolar, Violência/Drogadição, Atendimento Especializado e
Apoio Pedagógico e Avaliação.
Os resultados finais, descritos sinteticamente em índices de aprovação e
reprovação, nem sempre evidenciam outros fenômenos de grande relevância no
contexto escolar.
Em se tratando da EVASÃO ESCOLAR, mesmo sendo um problema
antigo, continua presente em nossas escolas, mais especificamente no ensino
noturno, que agrega um contingente de alunos trabalhadores e que apresentam
características bem diferentes dos alunos do ensino médio matutino e do Curso
de Formação de Docentes do período vespertino e noturno.
Abaixo, segue tabelas apresentando dados como: número de alunos
aprovados; reprovados; evadidos; transferências expedidas e recebidas,
referentes ao ano de 2011 e o Resultado Parcial referente ao 1º Semestre/2012
do Ensino Médio Matutino e Noturno, bem como do Curso de Formação de
Docentes Vespertino e Noturno do ano de 2011, que merecem uma análise mais
detalhada para possíveis encaminhamentos, de acordo com a realidade de cada
curso e turno.
126
Ano 2011 – Dados Ensino Médio Matutino e Noturno
Série/Turno
Matutino
Aprovados Reprovados Abandono Transferência
Expedida
Transferência
Recebida
1ª Bloco 1 70 19 00 03 01
1ª Bloco 2 55 26 00 00 04
2ª Bloco 1 61 03 00 00 00
2ª Bloco 2 56 11 00 01 01
3ª Bloco 1 49 06 00 00 00
3ª Bloco 2 53 05 00 00 00
Total 344 70 00 04 06
Série/Turno
Noturno
Aprovados Reprovados Abandono Transferência
Expedida
Transferência
Recebida
1ª Bloco 1 43 13 11 00 00
1ª Bloco 2 13 05 06 00 00
2ª Bloco 1 20 11 05 00 00
2ª Bloco 2 19 08 01 00 00
3ª Bloco 1 22 02 02 00 00
3ª Bloco 2 36 09 05 02 00
Total 153 48 30 02 00
Ano 2011 – Dados Curso Formação de Docentes - Vespertino e Noturno
Série/Turno
Vespertino
Aprovados Reprovados Abandono Transferência
Expedida
Transferência
Recebida
1ª Série 10 05 01 00 01
2ª Série 07 00 02 00 00
3ª Série 14 00 01 01 00
4ª Série 12 00 00 00 00
Total 43 05 04 01 01
Série/Turno
Noturno
Aprovados Reprovados Abandono Transferência
Expedida
Transferência
Recebida
1ª Série 03 06 10 00 01
2ª Série 27 02 03 00 00
3ª Série 25 01 05 00 00
4ª Série 07 01 00 00 00
Total 62 10 18 00 01
127
Analisando os dados, percebe-se que em relação à evasão escolar, o
ensino médio matutino enquadra-se nos parâmetros da normalidade, mas que
esses números ainda podem ser reduzidos, uma vez que os alunos desse turno
têm maior tempo para dedicação aos estudos e melhor situação socioeconômica;
muitos frequentam em contraturno (período vespertino) aulas de espanhol pelo
CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas); Atividade Complementar de
Aprofundamento de Aprendizagem (Preparação para o Vestibular) e Treinamento
em Esporte e Lazer (voleibol), que acontece duas vezes por semana, com duas
horas/aula de duração a cada dia. Essas atividades favorecem especialmente os
alunos do ensino médio matutino, que dispõem de tempo no período da tarde para
participação. Outros ainda, frequentam aulas de inglês em escolas particulares e
praticam dança e ginástica também em academias particulares.
Fazendo-se uma análise comparativa dos dados entre o ensino médio
matutino e noturno em relação à evasão, reprova e conclusão de curso é fácil
detectar que no ensino médio noturno a situação é mais agravante, apresentando
índices bem elevados.
Quando se analisa o ensino médio noturno percebe-se que um maior
número de fatores contribui para as altas taxas de reprovação, abandono e
evasão escolar. Muitos desses alunos desde bem jovens, diante da necessidade
de cooperar no orçamento familiar saem em busca de trabalho mais cedo, e esse
fator influi decisivamente na decisão de parar de estudar, pois já chegam à escola
atrasados, cansados e desmotivados. Também, o consumismo transmitido pela
mídia influencia muito na evasão. Isso porque muitos se inserem no mercado de
trabalho, às vezes com salários nada significativos, não como apoio ao orçamento
familiar, mas com o intuito de adquirir produtos de marca (roupas, calçados,
acessórios, perfumes, eletroeletrônicos, entre outros) bem como participar de
eventos sociais. Desta forma alunos postergam a escolarização, mesmo que a
escola trabalhe no sentido de mostrar a importância da mesma para a solidificação
do futuro, demonstrando que não há nada de errado em adquirir coisas por um
tempo, mas a aquisição de conhecimentos é aquisição para a vida toda.
Uma grande parte deles ainda, deixa influenciar-se pela decisão de amigos,
que consideram a diversão mais importante que os estudos e deixam de
frequentar regularmente as aulas. Em relação aos fatores internos que
128
influenciam a evasão escolar em qualquer turno de funcionamento é importante
destacar: a relação professor/aluno, aula desmotivadora, falta de pré-requisito da
disciplina, exclusão realizada pela escola e pelo professor diante de situações
que, tanto para a escola como para o professor não são admitidas (furtos, uso e
venda de drogas de quaisquer natureza, manuseio de objetos estranhos ao
material escolar) e consequentemente, não são trabalhadas na busca de
superação. Some-se a isso o despreparo em lidar com a diversidade, com
destaque à orientação sexual. Também a forma como os conteúdos são
trabalhados, avaliados e reelaborados a partir do diagnóstico da não
aprendizagem tem grande influência na decisão de abandonar os estudos. Muitos
alunos, diante da dificuldade de acompanhamento e, muitas vezes, não se
sentindo amparados para essa recuperação, abandonam a escola evadindo-se.
Isso ocorre mais frequentemente no ensino médio noturno onde as muitas faltas
contribuem para lacunas de aprendizagem. Percebe-se que um grande número
de alunos do ensino médio noturno se rematriculam anos seguidos na tentativa
de término do curso, mas sempre acabam protelando essa conclusão.
Em relação à evasão escolar a equipe pedagógica, e diretiva, contam com
o apoio dos diversos segmentos da comunidade escolar na organização do seu
trabalho pedagógico. Cada turma tem um professor tutor como representante,
com a função de, em contato com os outros professores, diagnosticar os
problemas relacionados à turma, intervir diante das necessidades e, quando
perceber faltas consecutivas ou alternadas de alunos, comunicar a equipe
pedagógica para tomada de providências. De posse das informações a equipe
conversa com o aluno, entra em contato com a família por telefone, fixo ou celular,
se houver; envia recado ou correspondência por colega de turma, e registra em
livro de ocorrências resultados das intervenções. Quando o aluno retorna às
aulas, em caso de faltas prolongadas, a Equipe Pedagógica conversa com ele a
respeito de sua situação, sempre visando à permanência na escola. Se, for
importante uma conversa com os pais, agenda-se um encontro, respeitando a
disponibilidade deles. Esse agendamento com pais dos alunos do noturno fica
mais difícil, pois, grande parte deles considera que, estando os filhos matriculados
nesse turno são responsáveis pelos seus atos, mesmo assim a escola busca fazer
a parte que lhe compete. Com o avanço da tecnologia e a utilização do celular
ficou mais difícil contatar com os pais, pois as mudanças frequentes de números
129
dificultam esse contato. Caso o aluno não retorne às aulas e, se menor de idade,
é encaminhado ofício ao Conselho Tutelar relatando os problemas para
providências. No entanto muitas vezes, faz-se necessário procedimentos mais
rápidos para que o aluno fique menos tempo fora da escola. O Conselho Tutelar
tem demorado em suas ações. Está em estudo para o próximo ano, pela equipe
pedagógica uma nova forma de acompanhamento e controle dos alunos faltosos.
Acredita-se que com o retorno do ensino para o sistema anual e avaliação
bimestral facilitará esse controle.
Em relação aos fatores externos que geram a evasão, vários podem ser
relacionados, principalmente no período noturno: dia exaustivo de trabalho,
desmotivação, desentendimentos, desemprego, utilização frequente da internet
via celular ou lan house, abandono familiar, uso de drogas lícitas e ilícitas,
gravidez, festas que ocorrem na cidade em vários dias da semana, a exemplo da
Feira da Lua. A Feira da Lua, evento promovido pela Prefeitura Municipal,
acontece semanalmente, às quintas-feiras, em uma praça bem próxima ao colégio
e, em razão disso, é evidente o baixo índice presença de alunos na escola nesse
dia. O que se procura fazer é a conscientização dos alunos sobre a importância
da frequência às aulas para a aquisição de conteúdos significativos diariamente,
uma vez que essas faltas provocam uma lacuna na aprendizagem, dificultando o
processo.
Reunidos recentemente para uma discussão a respeito de problemas que
interferem no processo ensino/aprendizagem, foi sugerido à equipe diretiva a
proposta de uma reunião envolvendo todos os diretores das escolas do município
para organizarem um documento solicitando a mudança de dia para tal evento,
por exemplo, no sábado, que não causaria impacto na escola.
Sobre o trabalho docente, acredita-se que a postura do professor, ao lado
das metodologias e estratégias utilizadas, pode ser de fundamental importância
no processo ensino aprendizagem e, consequentemente refletir na permanência
do aluno na escola. Desta forma, o trabalho do professor pode contribuir tanto
positivamente como negativamente no combate à evasão, a depender de como
se dá a relação professor/aluno, se de forma amistosa ou conflituosa, se em um
clima de confiança ou desconfiança, mas sempre observando a importância da
autoridade do professor no seu trabalho diário, mas uma autoridade sem abusos,
sem autoritarismo. É muito importante o compromisso do professor no
130
atendimento efetivo do aluno em dificuldade sem expô-lo em situações
constrangedoras. Por isso um vínculo amistoso torna o trabalho mais prazeroso
para o aluno e com maiores chances de ser concretizado. O que acontece é que
um número significativo de professores encontra-se cansado, estressado, doente,
considerando-se mal remunerado e mal capacitado para enfrentar os percalços
inerentes ao exercício da profissão, evidenciando muitas vezes, despreparo,
descompromisso e má vontade em lidar, eticamente, com os conflitos diários.
Por outro lado, quanto à falta de conhecimentos dos profissionais da
educação no planejamento do trabalho escolar, tendo em vista a prevenção da
evasão, os professores disseram faltar conhecimento técnico, e tempo, para
conhecer melhor os problemas sociais e sua interferência na escola, sugerindo a
utilização de parte da hora atividade para esses estudos.
O Plano de Ação na gestão da escola tem como uma de suas metas o
controle da evasão, mais especificamente no período noturno diante dos índices
elevados. Inclusive, a mudança do sistema de ensino do colégio, a partir de 2010,
de anual para semestral, organizado por Blocos de Disciplinas teve como objetivo
a redução dos altos índices de evasão nesse turno. Verificou-se nesses três anos
que os índices apresentados não foram satisfatórios, desta forma, a partir de 2013
os ensino será novamente organizado nos moldes de seriação anual, sem os
blocos de disciplinas.
Os Conselhos de Classe já têm um novo modelo, com participação de
alunos. Neles são apresentados os alunos com dificuldades, faltosos e, ainda,
discutidos encaminhamentos necessários para a recuperação, mas ainda sem o
sucesso esperado. Há que se percorrer um longo caminho para se atingir um
modelo de Conselho de Classe mais eficiente e produtivo. Registre-se também
dificuldade do professor tutor, enquanto mediador do Pré Conselho da turma de
sua responsabilidade, em lidar com a falta um envolvimento maior dos
professores.
Ainda persiste a falta de abertura dos professores em acatar sugestões da
equipe pedagógica na organização do seu trabalho em sala, considerando-se
preparado para o enfrentamento dos conteúdos. Em relação à disciplina,
compromisso, rendimento e falta dos alunos recorrem frequentemente à equipe
em busca de encaminhamentos e tomadas de decisão.
As reuniões com as famílias são realizadas em vários momentos: no início
131
do ano letivo uma reunião geral para esclarecimentos sobre o Regimento Escolar.
Bimestralmente, reunião para a entrega de boletins e, quando necessário, a
família é comunicada para encaminhamentos pertinentes ao seu filho. Os
assuntos discutidos com a família envolvem as normas regimentais,
responsabilidade dos pais em manter os filhos na escola, acompanhamento de
sua aprendizagem, o problema das drogas, dentre outros, sempre procurando
evitar a evasão.
O Conselho Escolar, órgão deliberativo e de função máxima na instituição
escolar, discute e analisa os casos mais sérios que exigem tomadas de decisões
mais específicas.
O colegiado escolar reúne-se sempre que necessário para a discussão dos
assuntos pertinentes ao contexto escolar.
Quanto ao Grêmio Estudantil, com mandato anual (agosto a agosto) tem
se mostrado receptivo e colaborador, entusiasmado no desenvolvimento de um
trabalho diferente dos já acontecidos, buscando parcerias.
Quanto às reprovações, os alunos não têm ficado retidos nas mesmas
disciplinas, apenas esporadicamente. Também não acontece rotatividade de
professores nas disciplinas que apresentam maiores índices de reprova ou
evasão. Na escola não existe nenhuma ação que contemple a adequação
idade/série, apenas quando há os programas do governo, mas os alunos do
período matutino e vespertino enquadram-se dentro da normalidade, apenas os
alunos do turno da noite fogem um pouco dos parâmetros considerados normais.
As atividades complementares permanentes, em contraturno, são as
ofertadas nos cinco dias da semana, totalizando dezesseis horas de duração. Já
as periódicas são ofertadas durante dois dias da semana com duas horas/aulas
de duração a cada dia. Como já mencionado, o colégio oferta apenas atividades
complementares periódicas: Aprofundamento de Aprendizagem (Preparação para
o Vestibular) para os alunos das 3ªs séries e Treinamento em Esporte e Lazer –
voleibol. A escolha das atividades a serem ofertadas considera os resultados
apresentados pela escola, sendo realizada com a participação de diferentes
segmentos da comunidade escolar, visando a superação de problemas de
aprendizagem, bem-estar e o sucesso dos alunos.
Em referência ao ATENDIMENTO ESPECIALIZADO e assegurado pela
Instrução Normativa nº009/2009 o colégio conta com um professor de Apoio à
132
Comunicação Alternativa que realiza a intermediação de uma aluna do ensino
noturno que apresenta sérios problemas de coordenação motora. Nota-se a
importância desse trabalho tendo em vista a evolução apresentada pela aluna no
decorrer dos três anos do curso.
Em relação à VIOLÊNCIA/DROGADIÇÃO pode-se considerar que dentre
os problemas constatados no colégio o mais frequente entre os alunos é a
violência verbal que ocorre no cotidiano escolar através de discussões,
xingamentos, raramente chegando à violência física.
Os maiores problemas de indisciplina consideram-se estar intimamente
relacionados ao número excessivo de alunos por sala, porém não se descarta o
fato de existirem professores despreparados para lidar com os conflitos
instalados. Pode-se dizer que o professor, a equipe pedagógica e a direção são,
tecnicamente, os responsáveis pela disciplina no Colégio, mas a determinação do
número de alunos por turma, definida pela SEED, corrobora com a indisciplina e
com qualidade do ensino aprendizagem.
Quanto ao professor que não aceita o aluno indisciplinado em sala de aula
deve ser orientado pela direção e equipe pedagógica em relação às medidas a
serem adotadas ao ministrar suas aulas, inclusive organizando uma metodologia
diferenciada que neutralize atitudes indesejadas de alguns. E, contrapartida, o
aluno indisciplinado deve ser orientado sobre suas atitudes, uma vez que essas
prejudicam sua própria aprendizagem, bem como a de seus colegas.
A instituição, no ato da matrícula, informa os pais e responsáveis acerca do
Regimento Escolar entregando a eles uma síntese dos direitos e deveres do
aluno, bem como algumas normas internas. O regimento na íntegra é
disponibilizado no site da escola e apresentado em reuniões de pais, bem
situações de mediação conflitos pontuais. Em relação aos professores, estes
ficam informados através de reuniões pedagógicas e também têm acesso através
do site do colégio.
Há uma grande preocupação da escola em identificar os principais indícios
de violências, sexual e psicológica, entre outras, por isso todos os professores são
orientados na observação de mudança de comportamento dos alunos, ouvindo os
relatos de colegas de turma dos alunos e repassando para a equipe pedagógica
e/ ou o gestor escolar as informações necessárias, para intervenção junto aos
pais/responsáveis e Conselho Tutelar quando necessário.
133
Em relação à atuação do Conselho Tutelar de nossa cidade, infelizmente,
sua ação interventiva é muito lenta, muitas vezes fazendo-se necessário um novo
contato por parte do colégio, para que o retorno do aluno seja agilizado.
Sabendo-se a diferença de indisciplina e ato infracional, em relação à
indisciplina propriamente dita, as medidas tomadas são advertência verbal, escrita
e até caso necessário conversas com os pais na escola; já o ato infracional, fere
os princípios éticos e morais infringindo a lei, sendo da competência da polícia
resolver, portanto é realizado contato com a Patrulha Escolar. A relação da
Patrulha Escolar é de companheirismo e solidariedade visando sempre ajudar a
resolver os problemas para o bem de todos: pais, professores, mas em primeiro
lugar, o bem do aluno orientado, punindo-o se preciso for.
A drogadição é um problema sério em nossa sociedade, envolvendo todos
os órgãos competentes. Em casos de suspeita, em um primeiro momento, os
responsáveis são chamados para verificar se essa realmente procede. As ações
preventivas alicerçam-se em palestras, textos educativos e, principalmente, a
vigilância dos pais educadores quanto à mudança de comportamento e atitudes
do aluno, em casa, na sala de aula, entre outras. Uma vez constatada no aluno a
condição de usuário, a escola não tem condições de resolver o problema, no
entanto pode-se encaminhar o aluno para os órgãos competentes, instituições, e
ações públicas e privadas que trabalham com dependentes
Em caso de suspeita de tráfico no interior da escola, uma das medidas é
incentivar a denúncia através da urna que é usada como forma de comunicação
dos alunos com a direção, o disque denúncia, e acionamento da patrulha escolar,
treinada para isso.
O aluno deve participar do processo educativo através de troca de
responsabilidade e interesse entre professor e aluno, mas nem sempre o aluno
demonstra estar interessado em aprender. Diante da baixa expectativa em
conseguir trabalhar após a conclusão do ensino médio, muitos alunos que não
poderão continuar seus estudos, sentem-se desestimulados, e começam a faltar.
A equipe pedagógica entra em contato com o aluno, pais ou responsáveis, para
saber os motivos pelos quais o aluno está ausente tentando trazer de volta o aluno
faltoso. Caso este aluno esteja com problemas de saúde orienta-se para trazer
um atestado médico, pois há uma política de acompanhamento do aluno doente
e ou hospitalizado. Conforme o tempo de atestado médico do aluno (acima de 62
134
dias) há a permissão para que seja solicitado um professor do serviço de
atendimento. Existe também a rede de escolarização hospitalar – SAREH e, caso
algum aluno esteja hospitalizado poderá receber assistência por meio de rede
conveniada.
Quando o aluno necessitar de continuidade no atendimento de saúde
(atestado médico prolongado), os pais serão orientados para contatar o médico
responsável para que o acompanhamento da escola não seja interrompido. É
importante saber durante quanto tempo o aluno precisará de afastamento das
atividades escolares, e se algum atendimento específico precisa ser dispensado
ao aluno por parte da instituição quando do seu retorno.
Nas questões de diversidade de gênero é importante ressaltar a não
necessidade de haver na escola um terceiro ambiente, bastando ser trabalhada
com os alunos em sala de aula a temática em questão para a aceitação colega de
orientação sexual diferenciada, mesmo porque a intolerância, segregação e
preconceito têm sansões prescritas em lei. Por outro lado os alunos que fazem
parte dessa diversidade também devem ser orientados pela escola, para
adotarem uma postura que evite constrangimentos. Por exemplo, o (a) aluno (a)
homossexual no banheiro feminino, exibir o seu sexo.
Os profissionais da educação também precisam, antes de tudo, rever
conceitos e “pré-conceitos”, o que nem sempre é fácil. O educador também
precisa de respaldo quando não consegue lidar com esta questão. Sendo assim,
este assunto deverá fazer parte do cotidiano e ser trabalhado na semana
pedagógica, em reuniões e outras situações pertinentes.
Em se tratando da AVALIAÇÃO, o Colégio Estadual Cyríaco Russo –
Ensino Médio, organizado por blocos de disciplinas, quanto ao apoio pedagógico,
atende diariamente em torno de 10 a 15 com problemas relacionados de
diferentes naturezas. A Avaliação, dentro deste contexto é um dos fatores de
grande relevância, pois resulta no sucesso ou o fracasso dos discentes,
classificando ou excluindo-os do processo. Dependendo da forma como é
planejada e trabalhada, contribui também para a evasão escolar, pois o aluno vem
sem subsídios, sem pré-requisitos, sem interesse e sem vontade de procurar o
conhecimento, faltando-lhes objetivos e perspectivas de vida, com falta de uma
estrutura familiar que os ajude nesta caminhada, obtendo-se assim resultados de
avaliações negativas, fazendo com que o mesmo desanime e, muitas vezes,
135
abandone a escola.
A legalização da Avaliação encontra-se em conformidade com a proposta
da SEED, porém, em contrapartida, não acontece o retorno da avaliação pelos
alunos, caracterizando-se como alunos alheios, faltosos e descompromissados.
A Equipe pedagógica orienta a todos, a todo o momento, deixando claro as
propostas da escola, auxiliando e monitorando o professor em cada dificuldade.
As maiores dificuldades encontradas pela Equipe no que compete aos
profissionais iniciantes é ter que orientar na questão da proposta da SEED, devido
ao grande número de profissionais iniciantes, acadêmicos, sem experiência no
magistério, acontecendo uma grande troca de professores, dificultando as
orientações necessárias.
Dentro da instituição acontecem duas avaliações: a externa e a interna. O
Colégio ao apropriar-se dos resultados da avaliação externa, realiza o repasse em
reuniões pedagógicas ou em momentos oportunos para analisar, discutir e refletir
o trabalho desenvolvido e assim sugerir ações que poderão ser feitas para
acontecer as mudanças necessárias.
Assim, como há avaliações dos alunos, também se faz necessário as
avaliações internas de todos os segmentos da comunidade escolar. Estas
avaliações se dão através de pesquisas envolvendo todos os alunos, com alguns
quesitos necessários para a avaliação dos profissionais e da instituição escolar.
As avaliações, em nossa comunidade escolar acontecem também, através
de uma urna colocada no pátio do Colégio, onde os alunos depositam todas as
suas sugestões, reclamações, elogios, críticas, denúncias, dificuldades,
questionamentos encontrados no dia a dia deles dentro do Colégio, em todos os
níveis. Esta urna é aberta quinzenalmente pela Direção do Colégio que lê as
mensagens deixadas pelos alunos, analisa, discute com da direção auxiliar e toma
as providências cabíveis ou encaminha-as ao segmento responsável. Ressalte-
se a relação que se faz entre a avaliação da aprendizagem e avaliação do ensino,
considerando-se o desempenho do aluno de forma relacionada com o
desempenho do professor e com as condições contextuais da própria escola.
Nesse sentido, a avaliação é um processo contínuo, exigindo observação
sistemática dos alunos, não apenas com relação ao domínio dos conceitos de
conteúdos específicos, mas também com relação ao seu desenvolvimento
integral, portanto, o aluno deve ser avaliado como um todo, em quaisquer
136
situações que envolvam aprendizagem. Sendo necessária a observação
constante do desempenho do aluno em todos os níveis e também pelo uso
sistemático de procedimentos e instrumentos de aferição da aprendizagem
coerentes e, de aplicação possível, em cada situação, observando-se os aspectos
quantitativos e qualitativos.
Todos os conteúdos devem ser avaliados, até mesmo para que os
professores tenham uma ideia do seu processo de ensino e avaliativo, pois o
mundo requer esta postura de avaliação constante.
Em relação à formação do Grêmio Estudantil, existe todo um trabalho de
conscientização realizado pela Equipe Pedagógica com a ajuda do grêmio
anterior. São montadas as chapas interessadas, faz-se a divulgação do Plano de
Ação das mesmas, acontecendo a eleição com voto direto, no dia do estudante.
A chapa vencedora é empossada e no período de um ano Grêmio participa
ativamente na Instituição de Ensino, de todos os eventos, exercitando a cidadania,
inclusive participando do Conselho de classe, momento em que todo o processo
avaliativo é colocado em pauta.
Enfim, a avaliação é um subsídio importantíssimo na prática docente,
auxiliando no diagnóstico da prática pedagógica e verificando se os objetivos
propostos foram atingidos pelos discentes, incidindo sobre ações ou sobre objetos
específicos, isto é, na aprendizagem do aluno, no seu aproveitamento e, também,
em relação ao plano de ação da escola.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é um
indicador criado pelo Governo Federal para medir a qualidade do ensino nas
escolas públicas. O último IDEB, realizado em 2011, declara a nota do Brasil
sendo 5,0 nos anos iniciais, 4,1 nos anos finais e 3,7 no Ensino Médio.
8º/9º anos - 3ª série EM
137
IDEB Observado Metas Projetadas
Estado
2005
2007
2009
2011
2007
2009
2011
2013
2015
2017
2019
2021
Paraná 3.3 3.7 3.9 3.7 3.3 3.4 3.6 3.9 4.2 4.6 4.9 5.1
Btes 3.5 3.8 3.8 3.7 3.5 3.7 4.0 4.4 4.7 5.0 5.3 5.5
Obs:
* Número de participantes na Prova Brasil insuficiente para que os resultados
sejam divulgados.
** Solicitação de não divulgação conforme Portaria INEP nº 410.
*** Sem média na Prova Brasil 2011.
Os resultados marcados em verde referem-se ao IDEB que atingiu a meta.
IDEB - Resultados e Metas
IDEB 2005, 2007, 2009, 2011 e Projeções para o BRASIL
Anos Finais do Ensino Fundamental
IDEB Observado Metas
2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2021
Total 3.5 3.8 4.0 4.1 3.5 3.7 3.9 4.4 5.5
Dependência Administrativa
Pública 3.2 3.5 3.7 3.9 3.3 3.4 3.7 4.1 5.2
Estadual 3.3 3.6 3.8 3.9 3.3 3.5 3.8 4.2 5.3
Municipal 3.1 3.4 3.6 3.8 3.1 3.3 3.5 3.9 5.1
Privada 5.8 5.8 5.9 6.0 5.8 6.0 6.2 6.5 7.3
138
Ensino Médio
IDEB Observado Metas
2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2021
Total 3.4 3.5 3.6 3.7 3.4 3.5 3.7 3.9 5.2
Dep. Adm.
Pública 3.1 3.2 3.4 3.4 3.1 3.2 3.4 3.6 4.9
Estadual 3.0 3.2 3.4 3.4 3.1 3.2 3.3 3.6 4.9
Privada 5.6 5.6 5.6 5.7 5.6 5.7 5.8 6.0 7.0
Fonte: SAEB e Censo Escolar.
139
22.1 SISTEMATIZAÇÃO DAS AÇÕES DO CADERNO DE SUBSÍDIOS PARA O
ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO
TEMÁTICA
METAS
AÇÕES PROPOSTAS
ENVOLVIMENTO
PREVISÃO/ CRONOGRAMA
APROVAÇÃO/
REPROVAÇÃO/ ABANDONO/
EVASÃO:
1-Analisar e relacionar os
alunos faltosos e de rendimento insuficiente;
2-Relacionar os alunos evadidos
e repetentes;
3-Envolver professores na elaboração da
proposta pedagógica e na
discussão de questões
pertinentes ao Plano de Trabalho
Docente e Livro Registro.
4-Analisar as causas da Evasão:
desinteresse, falta de
motivação, inserção no universo do
trabalho, gravidez,
omissão da família, Feira da lua às 5ªs feiras à noite, visando
1-Implantação de
monitoria;
- Conversa com o aluno sobre suas faltas e rendimento escolar,
na tentativa de reversão da situação;
- Envolvimento da família visando a
permanência do filho na escola;
2-Elaboração de
Projetos que o acesso e a permanência do
aluno na escola; 3-Incentivo na
elaboração do Plano Docente, assegurando
maior eficiência no processo ensino aprendizagem;
- Planejamento por
disciplina, semestralmente e, se
possível, com professores de
disciplinas correlatas (interdisciplinaridade
- Orientação quanto
ao preenchimento do Livro Registro enquanto
documento legal;
4-Sensibilização dos alunos para a
importância dos estudos;
- Trabalhos para
elevar a autoestima, visando melhoria no processo ensino e
aprendizagem;
- Conversas com os pais ou responsáveis
para tomada de atitude
Direção/Equipe pedagógica/ Professores/
Tutores/Alunos
Direção/Equipe pedagógica/ Professores
Direção/Equipe
pedagógica/ Professores
Direção/Equipe/ Professores/Graduandos da UENP e
Comunidade
Ano todo
Ano todo
Semestralmente
Ano todo/Sempre que se fizer necessário
140
a permanência do aluno na
escola;
5-Orientar os professores
sobre a comunicação
das faltas
frente aos filhos;
- Conscientização dos pais sobre a
importância de sua participação na vida escolar dos filhos;
- Valorização de cada aluno a partir de sua
individualidade e particularidade, levando
em conta o seu progresso;
- Maior incentivo ao
aluno trabalhador, que já chega cansado à
escola; -Incentivo e melhoria
na relação professor/aluno,
aluno/aluno, aluno/direção,
aluno/funcionário, visando a
permanência na escola;
- Utilização de metodologias
diversificadas pelo professor para
enriquecimento de suas aulas, tornando-as
mais atrativas, visando também melhor aprendizagem;
- Conscientização das
autoridades municipais sobre o problema das
faltas dos alunos à escola nas 5ªs feiras à
noite em virtude da Feira da Lua, visando
mudança de dia (sábado);
- Palestras com temas diversos: Gravidez na Adolescência, Drogas,
AIDS, DST, dentre outras
5- Conversa com o
aluno faltoso notificando-o de sua
situação escolar:
Direção/ Professores/
Equipe pedagógica.
Quinzenalmente
durante o ano todo
141
consecutivas ou alternadas dos
alunos à Equipe pedagógica com
urgência;
6-Estudar a temática
Avaliação, buscando um
melhor embasamento
teórico – metodológico do tema e possíveis
mudanças;
-Contato com a família (via telefone ou bilhete) visando solucionar os problemas de faltas;
- Encaminhamento de Ofício e Relatório do
aluno faltoso (menor de idade) ao Conselho Tutelar visando o
retorno em tempo hábil:
6-Análise e discussão de textos, visando
mudanças de posturas em relação à
Avaliação;
- Diversificação das questões nas práticas
avaliativas, valorizando o senso
crítico do aluno;
- Notificação aos alunos sobre o valor
das questões na Avaliação;
- Discussão da
Avaliação com o aluno para conhecimento de seus erros e acertos;
- Recuperação
Paralela diante das dificuldades
apresentadas pelo aluno;
Professores/ Equipe
pedagógica/Direção
Sempre que necessário
VIOLÊNCIA E DROGADIÇÃO
1- Dar ciência ao professor
sobre a Orientação
Pedagógica nº 0001/2010 –
DEDI/SEED que trata da
diversidade
2- Promover conversas com
as famílias
3-Oferecer e agendar
Palestras e
1- Conhecimento, estudo e reflexão do Documento, visando encaminhamentos
sobre a diversidade;
2-Conversar com as famílias procurando
orientá-las em relação ao uso de drogas,
prevenção à saúde e violência
3.Palestras,
oficinas,confecção de mural envolvendo
Direção/Equipe Pedagógica/Profes
sores
Direção/Equipe Pedagógica /
Família
Professores/Equipe Pedagógica/ Acadêmicos da
Início do ano letivo e de
acordo com a necessidade
Bimestralmente e /ou conforme a necessidade
Semestralmente
142
Oficinas para os alunos
envolvendo: drogas, bullying, violência, DST,
gravidez na adolescência, diversidade;
4- Apresentar e discutir com os alunos vídeos envolvendo os
temas anteriores;
drogas, bullying, violência, DST,
gravidez na adolescência e
diversidade
4-Coletânea de vídeos envolvendo temas Drogas/ Bullying/ violência/ DST/
gravidez na adolescência e
diversidade
UENP
Professores/ Equipe
Pedagógica/ alunos
Semestralmente
ATENDIMENTO ESPECIALIZADO
E APOIO PEDAGÓGICO:
1-Verificar os alunos com
necessidade de Atendimento
Especializado (Diversidade e
inclusão)
2- Oferecer adequação curricular e
metodologias diferenciadas;
3-Orientar e conscientizar quanto a falta
de tolerância de alguns frente à
diversidade;
4- Fixar na sala de
professores/hora atividade os
nomes dos alunos com
necessidades especiais leves ou temporárias, para ciência do
professor;
1-Diagnose de alunos com necessidades
especiais;
2-Reunião com os professores da turma
para definir adequação curricular
e metodologias (quando necessário);
3-Reunião com os alunos para
conscientização (se necessário);
4- Elaboração e fixação da listagem de
alunos com necessidades
especiais;
- Observação constante desses alunos, visando
melhor rendimento escolar.
Direção Equipe
Pedagógica Professores
Direção/Equipe Pedagógica/Profes
sores da Turma
Direção/Equipe Pedagógica/Professores da Turma e
Alunos
Direção/Equipe Pedagógica/Profes
sores
Ano todo
Início do ano e Bimestralmente
Sempre que necessário
Início do ano e sempre que se fizer necessário
AVALIAÇÃO ESCOLAR:
1-Rever e orientar para a
Avaliação bimestral;
2- Rever conceito de
Recuperação paralela e final
1-Revisão dos critérios e
instrumentos avaliativos e
redistribuição dos valores da avaliação
bimestral;
2- Melhoria na aplicação destas recuperações;
Direção Equipe
pedagógica
Equipe pedagógica
Reuniões pedagógicas
Reuniões Pedagógicas
143
3-Cumprir a
determinação regimental que
prevê no mínimo duas avaliações.
4- Conscientizar alguns docentes
quanto ao compromisso
com a avaliação;
5- Conscientizar
os docentes quanto a sua ausência na
participação do conselho de
classe em razão de trabalhar em
mais de uma escola;
6- Conciliar os horários dos
professores da mesma
disciplina para a interdisciplinarid
ade nas disciplinas;
7- Rever a
indisponibilidade de tempo, dos
alunos do noturno para a recuperação
dos conteúdos;
8- Conscientizar o aluno para a realização de tarefas extras;
9- Aplicar recursos
tecnológicos para motivação,
como TV pendrive,
laboratório de informática, Programa
Eureka, entre outras;
3- Maior rigor no
controle das avaliações feitas pelos
docentes;
4- Aplicação do regimento escolar aos docentes negligentes com o processo de
avaliação;
5- Conselho por turma, com a
presença dos alunos e professores;
6- Montagem horários buscando coincidir os professores de mesma
disciplina;
7- Adoção de monitoria em
contraturno para os alunos do noturno
com tempo disponível;
8- Alunos
trabalhadores não realizam trabalhos
pedidos;
9-Falta de interesse e compromisso de alguns alunos;
Equipe
Pedagógica
Direção Equipe
Pedagógica
Direção Equipe
Pedagógica
Secretaria
Professor da disciplina/aluno
monitor/pedagogo do turno
Professor/aluno
Professor/aluno
Mensal
Quando necessário
Reunião Bimestral com
tutores e alunos
Início do período
letivo
Semanal
Quando necessário
Quinzenal
144
10- Verificar a presença de
liderança para conduzir os trabalhos e
principalmente orientar os estudos;
Convidar/designar alunos monitores
11- Verificar e
notificar professores das
diferentes disciplinas para conhecerem o formato dos diferentes gêneros
discursivos para orientar a
produção dos alunos: resumo,
resenha, relatório, artigo
de opinião, textos
argumentativos, artigo científico (noções através
de leituras);
12- Usar efetivamente o livro didático
como material de leitura e consulta;
13- Indicar leituras do
acervo Bibliográfico;
14- Criar
espaços e situações para
divulgar a produção textual;
15-Privilegiar
quatro momentos
distintos nas aulas: ouvir, falar, ler e escrever;
10- Tempo de estudos para os alunos –
Grupos de Estudos;
11- Produção de
material escrito pelos alunos;
12- Incentivo à leitura;
Uso inadequado do livro didático como material de leitura e
consulta;
13-Poucas retiradas de livros na biblioteca;
14- Desvalorização
da produção intelectual dos alunos;
15- Dinâmica das
aulas; Administração inadequada do tempo;
Equipe pedagógica Professor
Coordenador do Grupo/alunos
Equipe Pedagógica
Todos os Professores
Todos os Professores
Todos os Professores
Direção Equipe
Pedagógica Corpo Docente
Todos os Professores
Ano todo
Ano todo
Ano todo
Ano todo
Ano todo
Ano todo
145
16-Elaborar
projetos interdisciplinare
s; Disponibilizar no site da escola o
conteúdo programático
das disciplinas;
17- Buscar alternativas para preparar alunos para o ENEM e
vestibular;
18- Oferecer estratégias
diferenciadas visando maior participação e
melhor rendimento no
ano.
16-
Interdisciplinaridade. Falta de diálogo entre
as disciplinas;
17- Simulado;
18- Atividade Complementar de
Aprofundamento da Aprendizagem -
(Preparação para o vestibular).
Todos os
Professores
Equipe Pedagógica/
Professores de todos os ano
Direção Equipe
pedagógica Professores envolvidos
Ano todo
Semestral
Ano todo
146
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nessa luta surda, no cotidiano, na lenta tarefa de transformação da ideologia, na guerrilha ideológica [...]. Por que ela pode ser transformadora? Porque o trabalho educativo é essencialmente político e, é o político que é transformador.
Moacir Gadotti
O Colégio Estadual Cyríaco Russo – Ensino Médio e Normal, diante
das demandas da sociedade e das próprias mudanças na legislação educacional
(LDB 9394/96) necessitou rever suas práticas e posturas com o intuito de estar
sintonizada com tais mudanças.
Nesse sentido, a escola revisitou seu Projeto Político-Pedagógico para que,
de forma coletiva, democrática e transparente pudesse discutir os avanços da
escola e propor alternativas para as suas fragilidades.
A reconstrução do PPP aconteceu a partir de estudo e reflexão com os
diversos segmentos, em encontros com Conselho Escolar, APMF, alunos (as). Os
encontros entre professores (as), equipe pedagógica e direção aconteceram nas
semanas pedagógicas e reuniões pedagógicas.
A cada encontro, a construção era socializada com o grupo para sugestões,
alterações e adendos, para o seu aprimoramento. Contudo, o documento não é
completo e acabado, pelo contrário, tem-se a clareza que deve ser revisto
constantemente, por ser dinâmico e flexível a ponto de atender as demandas e
garantir o sucesso de todo o alunado.
A incomplitude, inconclusão e imperfeição deste documento, como bem nos
lembra Paulo Freire, legitima o movimento ininterrupto da história e os desafios
do fazer a história. O homem, segundo Freire (2006) como ser de relações,
desafiado pela natureza, a transforma com seu trabalho; e que o resultado desta
transformação, que se separa do homem, constitui seu mundo. O mundo da
cultura que se prolonga no mundo da história. Na inter-relação homem-mundo, o
homem cria, por meio de seu trabalho, o seu mundo.
147
REFERÊNCIAS
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http://www.cefetsp.br/edu/prp/sinergia/complemento/sinergia_2010_n1/pdf_s/segmentos/artigo_05_v11_n1.pdf
Somente amarrados uns aos outros é que se escalam certas montanhas.
D. Perrot
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