1
1 – Sumário; 1 à 52 – Apresentação; 6 e 73 – Identificação; 84 – Objetivos gerais do Projeto Político Pedagógico; 85 – Marco Situacional; 95.1 – Organização da entidade escolar; 9
5.1.1 – Modalidade de ensino; 95.1.2 – Turmas; 95.1.3 – Turno de funcionamento; 95.1.4 – Ambientes pedagógicos; 9 e 105.2 – Histórico da realidade; 10 e 115.3 – Dados históricos da instituição; 11 e 125.4 – Caracterização da comunidade escolar; 125.5 – Porte da escola; 12 e 135.6 – Regime escolar; 135.7 – Classificação; 13 e 145.8 – Promoção; 145.9 – Regime de Progressão Parcial; 145.10 – Quantidade de profissionais em cada setor; 14
5.11 – Formação dos profissionais em educação; 15 à 225.12 – Problemas existentes na escola; 22 à 245.12.1 – Índice de aproveitamento escolar – Dados estatísticos sobre 24evasão e repetência de 2007, 2008 e 2009;5.12.2 – Contradições e conflitos presentes na prática docente; 255.12.3 – Formação Continuada; 25 e 265.12.4 – Organização do tempo e do espaço; 26 à 295.12.5 – Equipamentos e materiais didáticos e pedagógicos; 29 e 305.12.6 – Relações humanas de trabalho na escola; 305.12.7 – Organização da hora atividade; 30 e 315.12.8 – Inclusão; 315.13 – Gestão democrática; 31 e 32Gráfico; 33
5.13.1 – Conselho de Classe; 345.13.2 – Conselho Escolar; 34 e 35
355.13.4 – APMF; 355.13.5 – Participação dos pais; 365.13.6 – Critérios de organização e distribuição de turmas; 365.14 – Desafios educacionais contemporâneos; 36 e 37
6 – Marco Conceitual; 386.1 – Fundamentação teórica e organização pedagógica da escola; 386.1.1 – Filosofia da escola; 38 e 396.1.2 – Concepção Educacional; 39 e 406.1.3 – Princípios norteadores da educação; 40 e 41
5.13.3 – Gremio Estudantil
2
6.1.4 – Objetivos da escola; 41 e 426.1.5 – Fins educativos; 426.1.6 – Concepções norteadas pela LDBN; 42 e 436.1.7 – Diretrizes Curriculares que norteiam a ação da escola; 446.1.8 – Concepções do ECA; 446.1.9 – Concepções das capacitações continuadas; 44
6.1.10 – Concepções de homem; 45Concepções de sociedade; 46Concepções de cultura; 46Concepções de mundo; 47Concepções de educação; 47 à 49Concepções de escola; 49 e 50Concepções de conhecimento; 50 e 51Concepções de tecnologia; 51Concepções ensino-aprendizagem; 52Concepções de cidadania; 52 e 536.1.11 – Concepção de tempo e espaço na escola; 53 e 546.1.12 – Concepção e princípios da gestão democrática; 54 e 556.1.13 – Administração Colegiada – Participação efetiva de todos os 55
segmentos da escola;Grêmio Estudantil; 55APMF; 56Conselho Escolar; 566.1.14 – Concepção de formação continuada; 576.1.15 – Concepção de hora atividade; 576.1.16 – Concepção de plano de trabalho docente; 576.1.17 – Concepção de reunião pedagógica; 586.1.18 – Concepção de Conselho de Classe; 586.2 – Concepção do tempo escolar; 586.3 – Organização Curricular; 596.4 – Matriz Curricular; 596.5 – Resolução CP nº 1 de 17/06/2004 – Ensino de História e Cultura 60 e 61
Afro-brasileira e Africana;6.6 – Lei nº 13.381/2001 – Ensino da História no Paraná; 61 e 626.7 – Lei nº 11.788/2008 – Lei do estágio não obrigatório; 62
62Agenda 21; 63Fera Com Ciência; 63Jogos colegiais; 63
64OAC; 64Folhas; 64Educação Fiscal; 64Atividade de desenvolvimento com a comunidade – Conselho Tutelar; 65
6.8 – Concepções da ações didático-pedagógicas;
Jogos inter-séries;
3
Promotoria Pública; 65Polícia Civil e Militar (Patrulha Escolar); 65Secretaria da Saúde; 65Secretaria Municipal de Educação; 66Projeto Anjos da Escola; 66Menarca; 66
66Equipe Multidisciplinar; 67Sala de Apoio; 67Sala de Recursos; 67CAES; 67 e 68Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena; 68Olimpíada de Matemática; 68 e 696.9 – Concepção de Complementação Curricular; 696.10 – Concepção de desafios educacionais contemporâneos; 70Cidadania; 70Educação Ambiental; 70Enfrentamento à violência na escola; 70 e 71Prevenção ao uso indevido de drogas; 71
Sexualidade; 716.11 – Concepções de diversidade; 71Paraná Alfabetizado; 72Educação Escolar Indígena; 72Educação do Campo; 72
73Gênero e diversidade sexual; 736.12 – Concepção Curricular/ de Currículo; 73 e 74
74da educação;6.12.2 – Relação entre as concepções de Homem, Sociedade, Mundo, 74 e 75Educação, Aprendizagem, etc e a finalidade dos conteúdos;6.12.3 – Respeito à identidade cultural do aluno; 75 e 76
6.12.4 – Articulações dos saberes das áreas de conhecimento; 76 e 776.12.5 – Relação Professor-aluno; 77
78conteúdos e a dinâmica de um processo educativo que empregue recursos
78 e 79
6.12.8 – Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica 79de sua prática em sala de aula;6.12.9 – Interdisciplinaridade e contextualização; 806.13 – Concepção de avaliação; 80 e 816.13.1 – Conceito de avaliação; 81 e 82
Ecoteca;
Relação Étnicos-Racial e Afro-descendência;
6.12.1 – Relações entre conteúdo, método, contexto sócio-cultural e fins
6.12.6 – Desenvolvimento de uma prática pedagógica que articule
didáticos-pedagógicos facilitadores da aprendizagem;6.12.7 – Intervenção constante do professor no processo Ensino-aprendi- zagem;
4
6.13.2 – Indicadores da aprendizagem; 826.13.3 – Critérios de promoção; 82 e 836.13.4 – Periodicidade de registro da avaliação; 836.13.5 – Resultado da avaliação; 836.14 – Planos de avaliação; 83 e 846.14.1 – Adaptação curricular para alunos com dificuldades de aprendiza- 84 e 85
6.14.2 – Progressão parcial; 856.14.3 – Recuperação; 866.14.4 – Classificação; 866.14.5 – Reclassificação; 866.14.6 – Avaliação final; 87
877 – Marco Operacional; 887.1 – Plano de Ação 2010; 887.1.1 – Objetivos metas e ações administrativas e pedagógicas; 88 à 947.1.2 – PDE; 947.1.3 – Facilitadores da aprendizagem; 947.1.4 – Discussão continuada e coletiva da própria prática pedagógica; 94 e 95
7.1.5 – Intervenção constante do professor no processo de aprendizagem 95do aluno;7.1.6 – Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica 95de sua prática em sala de aula;7.1.7 – Mudanças significativas a serem alcançadas; 95 e 967.1.8 – Organização da hora atividade, reunião pedagógica e Conselho de 96 e 97Classe;7.1.9 – Recuperação de estudos e Progressão Parcial; 977.1.10 – Encaminhamentos e ações concretas; 97 e 987.1.11 – Procedimento de recuperação de estudos; 987.1.12 – Plano de trabalho docente; 98 e 997.1.13 – Diretrizes para avaliação geral do desempenho; 99 à 1037.1.14 – Ações envolvendo outras instituições; 103 e 104
7.1.15 – Recursos financeiros; 104 e 1057.1.16 – Organização interna da escola – Diretor; 105Equipe Pedagógica; 105 e 106Docentes; 106Quadro Técnico Administrativo e Agente de Apoio; 106 e 107Técnico Administrativo – Objetivos, estratégias, ações e metas; 107Agente de Apoio – Objetivos, estratégias, ações e metas; 107
7.1.17 – As relações entre os aspectos administrativos e pedagógicos 108(participação e interação);7.1.18 – Qualificação dos equipamentos pedagógicos; 108 à 1107.1.19 – Família e comunidade; 1107.1.20 – Organização do trabalho pedagógico e a prática docente; 111
gem e com necessidades especiais;
6.14.7 – Procedimento de informações aos pais;
5
7.2 – Redimensionamento da gestão democrática – Gráfico; 1127.2.1 – Conselho Escolar; 1137.2.2 – Conselho de Classe; 1137.2.3 – Grêmio Estudantil; 113 e 1147.2.4 – Eleição do aluno representante de turma; 1147.2.5 – APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários); 114
7.2.6 – Biblioteca; 1147.2.7 – Padrinhos de turma; 114 e 1157.3 – Formação Continuada 115
115 à 117Hora Atividade; 1177.5 – Desafios educacionais contemporâneos; 117 e 1187.6 – Diversidade; 118 e 1197.7 – Metas para os programas de complementação curricular; 1198 – Avaliação do projeto político pedagógico; 119 e 1208.1 – Plano de acompanhamento do projeto político pedagógico; 1208.2 – Participação das instâncias colegiadas; 120 e 1218.3 – Periodicidade do acompanhamento e avaliação do Projeto Político 121 e 122Pedagógico;9 – Bibliografia; 123 e 12410 – Anexos; 125
125 e 126127 e 128129 e 130
11 – 2ª Parte – Proposta Pedagógica Curricular; 131Artes; 131 à 140Ciências; 141 à 159Educação Física; 160 à 168Ensino Religioso; 169 à 173Geografia; 174 à 187História; 188 à 201Língua Portuguesa; 202 à 221
Matemática; 222 à 235L.E.M. - Inglês; 236 à 245CAES; 246 à 248Sala de Apoio de Matemática; 249 e 250Sala de Apoio de Português; 250 à 252Sala de Recursos; 253 à 254
7.4 – Ações didático-pedagógicas – Atividades escolares em geral;
10.1 – Cópia da Ata nº 02/2010 da reunião da Com. de reelab. do PPP;10.2 – Cópia da Ata nº 06/2010 da reunião da Com. de reelab. do PPP;10.3 – Cópia da Ata nº 04/2010 de aprovação do Cons. Escolar do PPP;
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1ª PARTE
– APRESENTAÇÃO
“O Projeto Político Pedagógico deve ser um processo que permita produzir uma concepção de
mundo com educadores, em favor das camadas populares. Deve orientar e qualificar
permanentemente os professores e provocar transformações dentro de sala de aula”.
(Maria Madselva Ferreira Feiges)
A epígrafe, é um desafio para os autores deste projeto e também uma inspiração que
nos permite refletir sobre um paradigma de educação ideal mediante as necessidades da
sociedade contemporânea. Torna-se necessário a escola construir seu próprio projeto político-
pedagógico e administrá-lo. Porém, não basta apenas elaborar um documento, é preciso
mecanismo para colocá-lo em prática e implantar um processo de ação-reflexão que exige o
esforço conjunto e a vontade política. Direção, pedagogos, professores e funcionários devem
estar conscientes das necessidades dos educandos e da importância do processo educativo,
para a obtenção da qualidade de ensino, da prática inclusiva, dos resultados esperados e do
cumprimento da função social da escola.
O projeto exige profunda reflexão sobre as finalidades da escola, assim como a
explicitação de seu papel social e a clara definição de caminhos, formas operacionais e ações
a serem empreendidas por todos os envolvidos com o processo educativo. Seu processo de
construção aglutinará crenças, convicções, conhecimentos da comunidade escolar, do
contexto social e científico, do saber historicamente elaborado, constituindo-se em
compromisso político e pedagógico coletivo. Ele precisa ser concebido com base nas
diferenças existentes entre seus autores, sejam eles professores, pedagogos, funcionários, pais,
direção, alunos e representantes da comunidade local. É, portanto, fruto de reflexão e
investigação (VEIGA, 1998).
A Lei nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), no artigo 12,
caput e inciso I, atribui aos estabelecimentos de ensino a incumbência de elaborar e executar
sua proposta pedagógica. A construção de um projeto político pedagógico significa repensar,
7
reorganizar e até mesmo prever um futuro diferente do presente, eliminando as relações
competitivas, corporativas e autoritárias.
O artigo 13, caput e incisos I e II, preveem que aos docentes incumbe participar da
elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, bem como elaborar e
cumprir seu plano de trabalho. O projeto político-pedagógico, ao se constituir em um processo
participativo de decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho
pedagógico que desvele os conflitos e as contradições.
O artigo 14, inciso I, da LDB, estabelece ainda a participação dos profissionais da
educação na elaboração do projeto político-pedagógico da escola. A Lei nº 8.069/90 (Estatuto
da Criança e do Adolescente), no artigo 53, parágrafo único, garante aos pais ou responsáveis
o direito de conhecer o processo pedagógico da escola, bem como de participarem da
definição das propostas educacionais.
A execução do PPP caracteriza-se pela realidade aplicável às condições de
desenvolvimento e pela avaliação construída continuamente com a participação de todos.
O projeto é um instrumento teórico-metodológico para a transformação da realidade. É
um elemento da organização e integração da atividade prática da instituição neste processo de
transformação. Ele visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, de forma
refletida, consciente, sistematizada, orgânica, científica, e, o que é essencial, participativa. É
uma metodologia de trabalho que possibilita re-significar a ação de todos os agentes da
escola.
Na elaboração do projeto, todos têm oportunidade de se expressar. O processo de
planejamento participativo abre possibilidade de um maior fluxo de desejos, de esperanças.
Portanto, de forças para a tão difícil luta no sentido de que o mesmo seja eficaz e atinja seus
objetivos, - que são pedagógicos, mas também sociais e políticos. A dimensão política se
cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente pedagógica.
“O projeto político-pedagógico é, portanto, um produto específico que reflete a realidade da
escola situada e, um contexto amplo que a influência e que pode ser pela escola influenciado.
Em suma, é um instrumento clarificador da ação educativa da escola e sua totalidade”. (Ilma
Passos A. Veiga)
8
3 – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO:
3.1 ESCOLA ESTADUAL PROF.ª HERCÍLIA DE PAULA E SILVA – ENSINO
FUNDAMENTAL - CÓDIGO Nº 0275
3.2 ENDEREÇO: AV. ELSON SOARES, Nº 34, CENTRO
3.3 TELEFONE: 43 - 3566-1282
3.4 FAX:43 - 3566-1282
3.5 MUNICÍPIO – CARLÓPOLIS/ CODIGO Nº 0471
3.6 DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – SECRETARIA DE ESTADO DA
EDUCAÇÃO/ CÓDIGO Nº 02
3.7 N.R.E – JACAREZINHO/ CÓDIGO – 17
3.8 ENTIDADE MANTENEDORA - GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
3.9 ATO DE AUTORIZAÇÃO DA ESCOLA/ DECRETO Nº 5.966 DE 13/12/1978
3.10 ATO DE RECONHECIMENTO DA ESCOLA/ RESOLUÇÃO Nº 1398 DE 08/04/2008
3.11 ATO ADMINISTRATIVO DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR/ Nº
100/05 DE 14/06/2005
3.12 DISTÂNCIA DA ESCOLA DO NRE/ 80 KM
3.13 LOCALIZAÇÃO: URBANA
3.14. SITE: www.cllherciliadepaula.seed.pr.gov.br
3.15 E-MAIL: cllhercí[email protected]
4 – OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
• Assumir uma postura democrática e participativa nas tomadas de decisões com a
pretensão de superação de conflitos, organização do trabalho pedagógico e
transformação dos desafios em metas concretas.
Proporcionar uma gestão democrática e colegiada respeitando a cultura, a crença e a
diferença entre cada um, garantindo o acesso, permanência e sucesso do educando.
Garantir uma educação de qualidade de todos os segmentos da comunidade escolar e
qualificação continuada das condições da escola quanto ao espaço físico, recursos
didático-pedagógicos, laboratórios, biblioteca e outros.
9
5 – MARCO SITUACIONAL
5.1 – ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR:
5.1.1 – MODALIDADE DE ENSINO:
ENSINO FUNDAMENTAL SÉRIES FINAIS
EDUCAÇÃO ESPECIAL: SALA DE RECURSO
5.1.2 – TURMAS:
SÉRIE MANHÃ TARDE NOITE TOTAL/GERAL Nº ALUNOS5ª 02 04 __ 06 2446ª 03 03 01 07 2267ª 04 03 01 08 2728ª 03 02 01 06 181
NÚMERO DE SALA DE AULA : 12 SALAS
5.1.3 – TURNO DE FUNCIONAMENTO
MANHÃ: 7h 30 min às 11h 55 min.
TARDE: 13h às 17h 25 min.
NOITE: 19h às 23h 15 min.
5.1.4 – AMBIENTES PEDAGÓGICOS
SALA DE RECURSOS (EM CONTRA TURNO) 02
SALA DE APOIO PEDAGÓGICO 04
10
SALA DE MULTIMÍDIA (VÍDEO) 00
BIBLIOTECA 01
LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA (PARANÁ DIGITAL) 20 COMPUTADORES
COM INTERNET
PROINFO 10 COMPUTADORES
COM INTERNET
QUADRA-COBERTA 01
QUADRA SEM COBERTURA 01
5.2 – HISTÓRICO DA REALIDADE
A realidade que nossa escola está inserida conota à diversidade social, econômica e
cultural existente em nosso município, porém a instituição exerce seu papel prioritário de
promover a inclusão de todos os indivíduos e assegurar o acesso, a permanência e
aprendizagem dos alunos. A escola é um dos espaços para aprender a conviver, a ser, a fazer,
a conhecer e propiciar a troca, a imaginação, a interação, a investigação e a partilha. O
processo de aprendizagem envolve a aquisição de conteúdos das diversas áreas do
conhecimento e supõe o aprender a aprender, exercitando as habilidades cognitivas, com
vistas à análise histórico- crítica dos conteúdos. Contudo falta acontecer as transformações
sociais tão desejadas pela nossa sociedade, vemos crianças e jovens desorientados com seus
próprios juízos de valores, vemos alguns jovens ser arrastados para a marginalidade, falta
despertar nos jovens a vontade e a responsabilidade em aprender, alguns de nossos alunos não
acreditam em futuro, não sonham com o futuro, a escola não consegue desafiá-los a acreditar.
A desestrutura familiar é vista como uma das causas deste panorama tão desfavorável para
nossa educação, pois a intervenção dos pais é necessária, como alguns pais, são carente de
informação, trabalham o dia todo e não tem tempo de acompanhar o estudo dos filhos, esses
problemas acontecem. As salas de apoio e as salas de recurso nos ajudam com os alunos com
dificuldades de aprendizagem.
A sociedade muda rapidamente e os recursos de informática e multimídia também.
Temos televisão (pendrive) em cada sala, mas não são todos os educadores que sabem operá-
las. Temos uma sala com computadores, mas é pouco usada.
11
Quando ocorre falta de professor, por motivo de capacitação, atestado médico, o que é
bastante comum, todo o trabalho e a organização pedagógica ficam seriamente prejudicados,
pois não temos a política de professor substituto no nosso estado. Para os casos de licença, a
demora da chegada do substituto, que faz parte do processo, acarreta transtornos no cotidiano.
A equipe pedagógica apresenta número insuficiente para dar conta do trabalho pedagógico da
escola, em dias de falta de professor todo o bom andamento escolar fica comprometido.
Neste “cenário” que nossa escola se encontra (e acreditamos que a maioria das escolas
públicas também) ocasiona alguns problemas de repetência e evasão escolar.
A realidade brasileira não é diferente, onde todos os problemas sociais, políticos,
econômicos e culturais são sentidos e percebidos pela população.
O Paraná no contexto brasileiro, é um estado privilegiado, fortalecido
economicamente busca excelência na educação, então nossa escola procurará converter
problemas em oportunidades e também compreender e atuar melhor em seu entorno social e
assim possibilitar a conquista dos objetivos da escola.
5.3 – DADOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO
A Escola Estadual Prof.ª Hercília de Paula e Silva – Ensino Fundamental, localizada
na Avenida Élson Soares, nº 34, na cidade de Carlópolis, Estado do Paraná, foi criada pelo
Decreto Municipal nº 05 de 23 de dezembro de 1949. Funcionou no princípio,
condicionalmente como Educandário, de conformidade com a Portaria nº 628 de 06 de
setembro de 1950, do Ministério de Educação e Saúde.
Posteriormente, pelo Decreto Governamental nº 12/408, o Educandário tornou-se
estadual em 16 de setembro de 1950 e passou a denominar-se Ginásio Estadual de Carlópolis.
Em 11 de dezembro de 1978, com a criação do Complexo Escolar “Carolina Lupion” -
Ensino de 1º Grau, pelo Decreto nº 5.966 de 11 de dezembro de 1978, houve a fusão do
Ginásio Estadual de Carlópolis com a Escola de Aplicação Prof.ª Hercília de Paula e Silva,
que foi criada pelo Decreto nº 26.734 de 27 de novembro de 1959, passando, então, a
denominar-se Escola Estadual Prof.ª Hercília de Paula e Silva – Ensino de 1º Grau.
O nome da Escola Estadual Professora Hercília de Paula e Silva surgiu para
homenagear o senhor Felizardo Leite de Paula e Silva, que por muitos anos foi o baluarte nas
12
inúmeras conquistas que obteve, entre elas o Ginásio Estadual de Carlópolis, tendo viajado
várias vezes para a criação do mesmo, `a Curitiba e Rio de Janeiro, razão pela qual foi
escolhido o nome de sua mãe Hercília Leite de Paula que nasceu em Morretes, estado do
Paraná, formada professora em Curitiba e nomeada para lecionar em Tomazina em 1891.
Casou-se com o doutor João Leite de Paula e Silva. Veio para Carlópolis e seu marido formou
a Fazenda “Santa Hercília”, onde residiram por muitos anos. Faleceu em Wenceslau Braz na
data de 29 de outubro de 1921 e foi sepultada em São José da Boa Vista.
A entidade mantenedora da Escola é o Governo do Estado do Paraná, atualmente por
força da Lei nº 9.934/96 foi modificada para: Escola Estadual Professora Hercília de Paula e
Silva – Ensino Fundamental.
5.4 – CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
O Município de Carlópolis é essencialmente agrícola, onde boa parte dos familiares
dos alunos trabalham na agricultura e tiram dela seu sustento. Sendo relevante o seguimento
hortifrutigranjeiros. As perspectivas na economia do Município estão no turismo , na indústria
e fábricas (principalmente de calça jeans), que a cada dia está se desenvolvendo
gradativamente, vindo a prometer um futuro melhor. A população conta, também, com a
agricultura e a pesca na represa Chavantes que banha o Município.
Em época de colheita muitos alunos se afastam para ajudar na renda familiar,
causando um significativo número de evasão escolar. Boa parte dos pais são carentes de
informações, trabalham de sol a sol para sobreviver e passam isso a seus filhos, ensinando-os
a sobreviverem nas mesmas condições.
5.5 – PORTE DA ESCOLA
A escola é de porte 5 e conta com a carga horária de 40 horas para a direção e 20 horas
de direção auxiliar, pois funciona em três períodos. Há demanda de 100 horas para
professores pedagogos, distribuídas em 40h matutino, 40 horas vespertino e 20 horas noturno.
13
Para ministrar as diferentes disciplinas do Ensino Fundamental (5a a 8a) nas turmas
distribuídas em 3 períodos, a escola possui 54 professores habilitados nas respectivas áreas de
atuação
Na equipe de Agentes Educacionais II, a escola conta com 7 (sete)funcionários,
responsáveis pela documentação da mesma, Laboratório de Informática e Biblioteca,
distribuídos nos 3 (três) períodos.
A escola conta com o auxilio de 9 Agentes Educacionais I, sendo duas merendeiras e
sete auxiliares de serviços gerais, responsáveis pela limpeza do ambiente escolar e zelando
pela organização dos mesmos.
5.6 – REGIME ESCOLAR
Seguindo os parâmetros ditados pelo Regimento Escolar, e aprovado pelo Núcleo
Regional da Educação, a matrícula, a qual vincula o aluno a este Estabelecimento é requerida
pelos seus pais ou responsáveis ou pelo interessado, se maior de dezoito anos sendo esta
deferida ou não pelo diretor no prazo de sessenta dias, podendo ainda ser requerido por
procuração, havendo a possibilidade aos alunos a matrícula a qualquer tempo desde que se
submeta a processo de classificação.
Este Estabelecimento oferece anos finais do Ensino Fundamental, sendo assim, os
alunos de 5ª série ou 6º ano, são recebidos por transferência. Os documentos que devem ser
apresentados no ato da matrícula são: certidão de matrícula e frequência da escola de origem
e/ou Histórico Escolar e ficha individual do aluno, cópia da certidão de nascimento ou
casamento e/ou carteira de identidade, os quais serão analisados pela Equipe Pedagógica, para
posterior deferimento ou para as providências necessárias que deverão ser tomadas caso o
aluno necessite de adaptações, classificação ou reclassificação, conforme o caso.
5.7 – CLASSIFICAÇÃO
Procedimento que o estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na série
adequada à sua idade e ao seu nível de competência, podendo ser por promoção, transferência,
14
independente de escolarização anterior. Seu caráter é pedagógico centrado na aprendizagem,
exigindo algumas ações para resguardar os direitos dos alunos, da escola e dos profissionais.
Ao aluno que não apresentar condições imediatas para classificação será matriculado na série
compatível com sua idade em qualquer época do ano, ficando a escola obrigada a elaborar
plano próprio.
5.8 – PROMOÇÃO
Será promovido ao ano seguinte, o aluno que obtém a média satisfatória que é de 6,0
(seis vírgula zero), aliada a apuração de sua frequência mínima exigida por lei de 75 % do
total de horas letivas em cada disciplina.
5.9 – REGIME DE PROGRESSÃO PARCIAL
O estabelecimento de ensino não oferta a seus alunos matrículas com Progressão
Parcial, mas as transferências recebidas de alunos com dependências em até três disciplinas
serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
5.10 – QUANTIDADE DE PROFISSIONAIS EM CADA SETOR
FUNCIONÁRIOS
FUNÇÃO TOTAL
DIRETOR 01DIRETOR AUX. 01SECRETÁRIO 01PEDAGOGOS 04PROFESSORES 54TEC. ADMINIST. 06SERV. GERAIS 09
TOTAL GERAL 76
15
5.11 – FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS EM EDUCAÇÃO
NºNOME DO
PROFESSOR CARGO GRADUAÇÃO ESPECIALIZ. VÍNC.
01
ADRIANA
DOMINGUES
CARDOSO
PROFESSORLETRAS
LITERATURA
EDUCAÇÃO
ESPECIALPSS
02
ANA LUIZA
MENEZES
BUENO
PROFESSORLETRAS -
INGLÊS
LÍNGUA
PORTUGUESAQPM
03
ANA MARIA
LOBO ABREU
DE PAULA
PROFESSOR HISTÓRIA
TÉCNICAS DE
ENSINO DE
HISTÓRIA
PSS
04ANA NERI
LUCIANOPROFESSOR
LETRAS
LITERATURA________ PSS
05ANA PAULA
SINHORINIPROFESSOR HISTÓRIA
PSICOPEDAGO-
GIAPSS
06
ANDRÉA
FERNANDES
BARROS
SANCHES
PROFESSORHISTÓRIA/
GEOGRAFIA
EDUCAÇÃO
ESPECIAL e
GEOGRAFIA
QPM
07
ANGELA
MARIA
FRANÇA
PROFESSOR HISTÓRIA ________ PSS
08
APARECIDA
DE FÁTIMA
BUCHAKA
SOARES
PROFESSOR LETRAS INGLÊS
LÍNGUA
PORTUGUESA e
LITERATURA
PSS
16
09
APARECIDA
DE LOURDES
GABRIEL
PEREIRA
APOIO 2º GRAU ________ CLAD
10
APARECIDA
DOROTI DE
ALMEIDA
FLORIANO
APOIO 1º GRAU ________ CLAD
11
AUREA
PEREIRA
TIUMAN
PROFESSOR
HISTÓRIA
COMPLEMENTA
ÇÃO EM
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA QPM
12
CAMILA DE
OLIVEIRA
SOARES
PROFESSOR
EDUCAÇÃO
ARTÍSTICA
COM HAB. EM
ARTES
PLÁSTICAS
EDUCAÇÃO
ESPECIALPSS
13
CECÍLIA
SANCHES
SEGURA
APOIO 2º GRAU ________ CLAD
14
CLEIDE ROBLES
DA SILVA
BUENOPROFESSOR
HISTÓRIA /
PEDAGOGIAHISTÓRIA QPM
15DIRLENE
ARAUJO LUIZPEDAGOGA PEDAGOGIA
MAGISTÉRIO 1º E
2º GRAUSQPM
16
ELISIANE
VARASQUIM
DE OLIVEIRA
PROFESSOR
EDUCAÇÃO
ARTÍSTICA
COM HAB. EM
DESENHO
GEOMÉTRICO
PSICOPEDAGO-
GIAQPM
17
17
ELIZABETH
ORNÉLIA
SILVEIRA
PEREIRA
PROFESSOR
LETRAS –
INGLÊS
PEDAGOGIA
PSICOPEDAGO-
GIAQPM
18
FANNI
LEONARDUZZI
ROCHA
PROFESSOR
MATEMÁTICA/
CIÊNCIAS
PEDAGOGIA
MATEMÁTICA QPM
19
GABRIEL
SOUZA
MENDES
PROFESSOR BIOLOGIA ________ PSS
20
HISAKO
YAMASHITA
LEAL
PROFESSOR
CIÊNCIAS COM
HABILITAÇÃO
EM
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA QPM
21
HUMBERTO
BENEDITO
DOMINGUES
DIRETOREDUCAÇÃO
FÍSICA
EDUCAÇÃO
ESPECIALQPM
22
ILZA PAULA E
SILVA DO
AMARAL
ADMINISTRA
TIVOHISTÓRIA ________ QFEB
23IVO ALMEIDA
DOS SANTOSPROFESSOR
LETRAS -
INGLÊSLÍNGUA INGLESA QPM
24IVONE BATISTA
DE MATOSAPOIO 2º GRAU ________ QFEB
25JAIR DE
ALMEIDAAPOIO
NORMAL
SUPERIOR
PSICOPEDAGO-
GIACLAD
26
JOSÉLIA
FRANCISCO
TODA
PROFESSOREDUCAÇÃO
FÍSICA
EXERCÍCIO
FÍSICO E SAÚDEQPM
27
JOSEMARIS
MIRANDA
PAIVA
PROFESSORHISTÓRIA/
GEOGRAFIAHISTÓRIA QPM
18
28
JOSIANE
APARECIDA
DE PAIVAAPOIO 2º GRAU ________ CLAD
29
KERLLIN
CRISTINA
DE OLIVEIRA
PROFESSOR GEOGRAFIA ________ PSS
30
LAUDELINO
SALES DE
AZEVEDO
JUNIOR
ADMINISTRA
TIVOMATEMÁTICA ________ QFEB
31
LEILA DE
FATIMA
ABREU
PROFESSOR
CIÊNCIAS COM
HABILITAÇÃO
EM
MATEMÁTICA
ENSINO DE
MATEMÁTICAQPM
32
LEUCIANE
SILVA DE
OLIVEIRA
HAMADA
PROFESSOREDUCAÇÃO
ARTÍSTICA________ PSS
33
LETÍCIA
FERNADA DA
SILVA C.
OLIVEIRA
PROFESSOR GEOGRAFIA ________ PSS
34LUCIA MARA
GIRON ALVESPROFESSOR LETRAS
LETRAS
PORTUGUÊSQPM
35
LUCIA NEY
ARRUDA
CIOFI
PROFESSORED. ARTÍSTICA
e PEDAGOGIA
PSICOPEDAGO
GIA
INSTITUCIONAL
QPM
36
LUCIANE
MARIA LEITE
DA ROSA
PROFESSOR LETRAS INGLÊS LITERATURA PSS
37 LUCIANE PROFESSOR CIÊNCIAS BIOLOGIA QPM
19
MARTA DE
ALMEIDA LEAL
HABILITAÇÃO
EM BIOLOGIA
38LUCIANO
FONSECAPROFESSOR
HISTÓRIA
PEDAGOGIAHISTÓRIA QPM
39
LUCIMARA
PEREIRA
CAMPOS
PROFESSOR MATEMÁTICAEDUCAÇÃO
MATEMÁTICAQPM
40LUZIA DA LUZ
SALLESPROFESSOR
HISTÓRIA/
GEOGRAFIAHISTÓRIA QPM
41MARCIA
CARRETERO
ADMINISTRA
TIVOMATEMÁTICA ________ QFEB
42
MARCOS
ROBERTO
SOARES
ADMINISTRA
TIVOLETRAS
LÍNGUA
PORTUGUESA e
LITERATURA
PSS
43
MARIA ANGELA
VARASQUIM
BENTO
PEDAGOGA PEDAGOGIA PÓS-DIDÁTICA QPM
44
MARIA
APARECIDA
MENEZES
BUENO
EIZUKA
PEDAGOGA PEDAGOGIADEFICIÊNCIA
MENTALQPM
45
MARIA DE
FÁTIMA
BIANCHI
PROFESSOR LETRAS
LÍNGUA
PORTUGUESA e
LITERATURA
QPM
46
MARIA DE
LOURDES
DOS SANTOS
LOPES
APOIO 2º GRAU ________ CLAD
47 MARIA ISABEL
SANCHES
SOARES
PROFESSOR MATEMÁTICA MATEMÁTICA e
CIÊNCIAS
QPM
20
48
MARIA RAQUEL
COELHO DE M.
DALDEGAN
ADMINISTRA
TIVOLETRAS ________ QFEB
49
MARIA ROSA
GARBELOTTI
PAIVA
PEDAGOGA PEDAGOGIA
METODOLOGIAS
DO ENSINO
SUPERIOR
QPM
50
MARILDA
CABRAL
ALVES PIRES
ADMINISTRA
TIVO2º GRAU ________ QFEB
51
MARTA
IVETE
MIRANDA
PROFESSORNORMAL
SUPERIOR
EDUC. ESPECIAL
PROFICIÊNCIAS
EM LIBRAS
FENEIS - LIBRAS
QPM
52
MÔNICA SALLES
TRINDADE
AZEVEDO
PROFESSOR
CIÊNCIAS –
HABILITAÇÃO
BIOLOGIA e
QUÍMICA
1ª CIÊNCIAS
2ª BIOLOGIA
GERAL
QPM
53
NARA LERIANE
CORRÊA
TIUMAN
PROFESSOR
CIÊNCIAS
HABILITAÇÃO
QUÍMICA
PSICOPEDAGO
GIAQPM
54PAULO CÉSAR
SOARESPROFESSOR
GEOGRAFIA /
HISTÓRIA
PSICOPEDAGO-
GIAPSS
55PAULO SILVA
DE OLIVEIRASECRETÁRIO
ADMINISTRA
ÇÃO________ QFEB
56
PEDRO
VANDERLEI
LEAL
PROFESSORLETRAS -
FRANCÊS
LÍNGUA
PORTUGUESAQPM
57
PIERINA
ELIZABETE
CORDEIRO
COELHO
PROFESSOR
GRADUAÇÃO
EM FORMAÇÃO
DE
PROFESSORES
EDUCAÇÃO
ESPECIALQPM
21
58
REGINA EMILIA
SIMÕES
MANSUR
PROFESSOR HISTÓRIAPSICOPEDAGO-
GIAPSS
59
RENATO
AZEVEDO
SILVA
PROFESSOR LETRAS ________ PSS
60
ROSELI DE
FATÍMA DO
PRADO
PROFESSOREDUCAÇÃO
FÍSICA
EDUCAÇÃO
FÍSICA ESCOLARQPM
61
ROSENILDA
DA SILVA
MACHADO
PROFESSOR HISTÓRIAHISTORIOGRA-
FIAPSS
62
ROSILDA DE
MIRANDA
SANTOS
PROFESSOR LETRASLÍNGUA
PORTUGUESAQPM
63RUBENS JOSÉ
PEREIRAAPOIO 2º GRAU ________ PSS
64
SILVANA
BANIK
ROCHA
PROFESSOR HISTÓRIA
HISTÓRIA e
ADMINISTRAÇÃO
ESCOLAR – PDE
QPM
65
SILVIA
INÊS DE
ARRUDA
SOUZA
APOIO 2º GRAU ________ CLAD
66
SILVIA
REGINA
BATISTA
MACHADO
PROFESSOR
CIÊNCIAS COM
HABILITAÇÃO
EM
MATEMÁTICA
EDUCAÇÃO
MATEMÁTICAQPM
67SUELEN
CAPOTEPROFESSOR MATEMÁTICA ________ PSS
22
68
TATIANA
RICORDI
MARQUES
CASSIRI
PROFESSOR MATEMÁTICA ________ PSS
69
TELMA
SOFIA ISHII
DOGNANI
PROFESSORMATEMÁTICA/
CIÊNCIASMATEMÁTICA QPM
70
VERA LÚCIA
SAVÓIA
CAPOTE
PROFESSOR HISTÓRIA
EDUCAÇÃO
ESPECIAL D.M ,
COMPLEMENTA
ÇÃO EM
ORIENTAÇÃO
QPM
71
ZORAIDE
AMARAL
CABRAL
PROFESSOREDUCAÇÃO
FÍSICA
EDUCAÇÃO
FÍSICAQPM
72
ZULMÉIA
CRISTINA
FERNANDES
BARROS
PROFESSOR
HISTÓRIA/
BACHARELADO
EM DIREITO
HISTÓRIA
GEOGRAFIA
AVALIAÇÃO DA
APRENDIZAGEM
QPM
5.12 – PROBLEMAS EXISTENTES NA ESCOLA
Como já se explicitou, as dependências da escola sofrem com o elevado número de
alunos por sala, consequência da falta de espaço físico. A demanda de alunos é superior ao
número de salas. Temos ciência de que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei
nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) não estabelece um número limite de alunos por sala,
mas é importante ressaltar que se houvesse essa limitação, além de acabar com a superlotação,
garantiria a qualidade de ensino, já que evitaríamos dois problemas intrínsecos: o cansaço
desnecessário dos professores e a indisciplina, muitas vezes maior, quando se trata de salas
lotadas.
23
Este problema físico é tão agravante que não temos instalações próprias para a sala de
Apoio, que é utilizada junto à biblioteca, causando desconforto tanto para os que a
frequentam, quanto àqueles que a utilizam nestas aulas de apoio.
Toda criança tem o direito de estar na escola, conforme se pode perceber pelo caput do
artigo 227 da Constituição Federal de 1988:
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação,
à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de
toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão”.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei No 8.069, de 13 de Julho de 1990)
também expõe sobre esse direito no caput de seu artigo 4º:
“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária”.
Ainda no estatuto, a criança e o adolescente, têm o direito de atendimento educacional
especializado quando portadores de deficiências, preferencialmente na rede regular de ensino
(artigo 54, inciso III). Tanto a Constituição (artigo 208, inciso III), quanto a LDB (os artigos
58, 59 e 60) expõe algo parecido sobre o assunto.
Porém, a realidade é um pouco diferente e, infelizmente, não temos instalações
adequadas, muito menos profissionais preparados para receber alunos com necessidades
especiais. A necessidade de instalações físicas adequadas é essencial, mas é muito mais
importante que direção, professores, pedagogos e funcionários recebam apoio governamental
para uma melhor formação visando que estes profissionais saibam lidar com a inclusão e
tenham atitudes concretas quando trata deste assunto.
24
Se tratando do espaço físico acrescentamos ainda que a sala da equipe pedagógica está
num local improvisado, impróprio para o atendimento aos professores, pais e alunos. Há a
necessidade da mudança do Laboratório de Informática, que ficou localizado muito distante
das dependências: secretaria, sala dos professores e da equipe pedagógica, dificultando o
acesso e permanência dos professores, bem como o acompanhamento da equipe pedagógica
junto aos professores para realizar o seus trabalhos.
Outro problema que necessita solução é a falta de agentes educacionais I, pois, como
já afirmado, o espaço escolar é amplo e os funcionários atuais são em número insuficiente.
Com a evolução das tecnologias, sabemos que nossos alunos estão constantemente em
contato com este universo, portanto um laboratório de informática para uso deles, tanto para
conhecimentos específicos, quanto para colaborar em pesquisas escolares seria de importância
ínfima no processo de aprendizagem.
Necessita-se de uma equipe multidisciplinar que auxilie os profissionais da educação,
já que o único atendimento provem do município que, muitas vezes, tem uma demanda
elevada, não executando seu serviço de forma adequada, deixando o aluno a segundo plano.
Vale ressaltar que os profissionais mais necessitados são os psicólogos e fonoaudiólogos.
5.12.1 – ÍNDICE DE APROVEITAMENTO ESCOLAR DADOS
ESTATÍSTICOS SOBRE EVASÃO E REPETÊNCIA DE 2007, 08 E 09.
ANO MATRIC REPROV DESIST TRANSFCONCLUINT
DE 8ª SÉRIES
APROVADOS
DE 5ª, 6ª E 7ª
SÉRIES
2007 913113
10 157 183 764
2008930 53 27 86 194 683
2009 935 117 8 92 202 616
25
5.12.2 – CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA
DOCENTE
Na prática docente as contradições e conflitos são emergentes a vista que:
A escola possui características específicas e cumpre uma função determinada na
medida em que está presente e é constituinte de uma sociedade que se organiza de
maneira peculiar historicamente. O conceito de aprendizagem não é apenas reter
informações.
Sabe-se que o ato de aprender pressupõe desenvolver habilidades e saber. Isso, muitas
vezes, não ocorre. Dessa forma, a seleção curricular acontece de modo a expressar a
realidade da sociedade para a qual se destina, nunca reproduzir padrões alheios.
Procurar compreender a natureza dessa sociedade é organizar a educação e o currículo
para que expressem e criem os valores adequados a uma sociedade democrática
instruída e a uma cultura comum. Sendo assim, o trabalho escolar exige esforço,
responsabilidade e disciplina.
Devido às dificuldades, muitas vezes, se sabe o que fazer teoricamente, mas na prática
nem sempre se consegue.
5.12.3 – FORMAÇÃO CONTINUADA
A formação continuada dos professores deve obedecer às regras da legislação vigente,
e sempre procurar aperfeiçoar, propiciando melhores condições para um bom trabalho. Sendo
então, uma experiência enriquecedora para desenvolver o processo de conservação,
transformação e renovação dos conhecimentos.
O objetivo, é suprir as necessidades do momento através de grupos de estudo, oficinas
em áreas específicas, cursos de inclusão, elaboração de projetos, palestras, reuniões
pedagógicas que propiciem aquisição de novas formas de saberes, aprendizagens,
experiências e encaminhamentos metodológicos para atingir a meta de uma educação
igualitária e de qualidade, inclusive formas de socializar as normas internas de convivência e
o Regimento Escolar Interno.
Além da bagagem acumulada de conhecimento que cada professor e funcionário traz
consigo, temos como ponto de partida para os trabalhos a Semana Pedagógica, que é um
26
momento enriquecedor de formação continuada. No decorrer do ano letivo acontece a Jornada
Pedagógica; Grupos de Estudo; Reuniões Pedagógicas; trocas de experiências, estudos e
pesquisas nas horas atividades; NRE itinerante; Programa de Desenvolvimento Educacional
(PDE); Programa Pró-Funcionário, Capacitação para funcionários e outros.
5.12.4 – ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO
A escola é um locus de produção, de sistematização e de socialização do
conhecimento produzido. Entende-se por tempo e espaço, categorias que sempre estiveram no
centro das preocupações humanas. O ser humano reconhece no tempo a sua existência finita,
sua limitação.
A escola está situada num determinado espaço e precisa saber lidar com a
simultaneidade e a complexidade do tempo. Com o avanço científico-tecnológico, o tempo e o
espaço na escola passaram a ser dimensionados em função de novas possibilidades criadas
pelo homem. O ambiente escolar deve, e é, portanto, um local de vivências democráticas.
Cabe à escola a tarefa imensa de favorecer aos estudantes a compreensão do movimento
dialético que impregna as relações entre o homem, a natureza e a cultura na continuidade do
tempo.
É preciso compreender como tempo escolar aquele que exerce uma mediação
pedagógica consciente. Aquele período de vivência pedagógica dos estudantes no ambiente
escolar. O tempo escolar é o tempo pedagógico de aprendizagens significativas para toda a
vida do educando. Freitas (2004) chama-nos a atenção para a importância da organização dos
tempos e espaços da escola no processo ensino-aprendizagem.
O Regimento Escolar do estabelecimento atribui à equipe de direção a gestão dos
serviços escolares no sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais definidos no
projeto político-pedagógico da escola. E elenca as atribuições do diretor voltadas para os
objetivos da escola de modo que seja melhor aproveitado o tempo e o espaço dentro da
mesma .
A equipe pedagógica está respaldada em suas competências no Regimento Escolar. “A
Equipe Pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação e implementação no
Estabelecimento de Ensino, das diretrizes pedagógicas emanadas da Secretaria de Estado da
Educação”. A equipe pedagógica é composta pelo professor pedagog0, corpo docente,
27
conselho de classe e biblioteca. No Regimento estão enumeradas todas as atribuições da
equipe pedagógica, sempre visando uma equação harmoniosa entre tempo, espaço e
conhecimento.
A organização do tempo e do espaço da escola se complementa com a equipe
administrativa. É o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos os setores do
estabelecimento de ensino, proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas
reais funções.
No Regimento Escolar, estão claramente definidas as finalidades, atribuições e
competências da equipe administrativa e é composta pelo secretário da escola e seus
auxiliares, de forma que o expediente da secretaria conte sempre com a presença de alguém
responsável, independente da duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento.
O Regimento Escolar prevê, também as atribuições do pessoal de serviços gerais, que
tem a seu encargo o serviço de manutenção, prevenção, segurança e merenda escolar do
estabelecimento, completando toda a ocupação de tempo e espaço disponível na escola, de
modo a atender, da melhor forma possível, todo o alunado do estabelecimento, ressalvando,
todavia, que apenas para a função de vigia a escola não dispõe de funcionário específico. O
currículo é definido em termos oficiais para assegurar o tempo e o espaço pedagógico aos
educadores e educandos. É a organização significativa do trabalho pedagógico e
administrativo, pautada numa visão do conhecimento interdisciplinar e transdisciplinar, que
possibilita estabelecer relações recíprocas entre vivências, conteúdos e realidades. Cada setor,
com os recursos disponíveis, vem cumprindo sua parte e constituindo o coletivo da escola,
tendo sempre como referencial os educandos, seu ingresso, permanência e sucesso.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a seu turno, dispõe que “A
Educação Básica”, tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação
comum indispensável para o exercício da cidadania, fornecer-lhe meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores (artigo 22). Fornece o amparo legal para que a escola se
organize de formas variadas, desde que sejam observadas as normas curriculares e os demais
dispositivos da legislação.
Os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, principalmente professores,
pedagogos e direção, cada um dentro de sua função, trabalham tendo como meta o ponto de
chegada dos educandos. Os alunos estão todos juntos no ponto de partida, isto é, no início do
28
ano letivo e cada turno com sua série e idade. O objetivo deste trabalho é que todos ao final
do ano estejam no ponto de chegada, isto é, que terminem o ano letivo com sucesso.
Nesta caminhada, cada aluno tem o seu tempo e ocupa o seu espaço. Cabe aos
professores, pedagogos e direção estimularem e respeitarem o momento de cada educando. O
objetivo é trabalhar de modo diferenciado para que todos “cheguem”, não importa se
demoram mais ou menos. A Sala de Apoio da Aprendizagem e a Sala de Recursos hoje já são
um grande auxílio à escola. Contamos também com o CAES (Libras e Língua Portuguesa
escrita para surdo).
O professor com sua metodologia, atividades diferenciadas, aulas interessantes,
recursos pedagógicos, organização do tempo, respeito à individualidade, critérios de avaliação
e transmissão consciente do saber sistematizado é que vai fazer a diferença na vida escolar de
cada educando. O trabalho visa fazer com que o aluno desperte para o aprender, e melhor
estimulado consiga alcançar o objetivo proposto.
O tempo é bem organizado para que os alunos tenham bom aproveitamento, tanto no
horário normal como em contra turno, além dos conteúdos necessários e historicamente
transmitidos, também são desenvolvidas atividades, eventos, programas e ou projetos visando
uma educação integral, tais como: Olimpíada de Matemática e de Português, Eco teca, Fera
Com Ciência, Conferência Infanto juvenil pelo Meio Ambiente, Jogos Escolares, Jogos inter
séries, Rede de Proteção para o Enfrentamento à Violência Contra Criança e Adolescente,
Programa Viva Escola, Conferencia Nacional de Educação ( CONAE ), Programa Paraná
Alfabetizado e outros, pois entendemos que o aluno precisa estar cada vez mais preparado e
com condições para atuar em sociedade.
Procuramos parcerias para o fortalecimento da nossa proposta e otimização do tempo e
do espaço, entre elas: SEBRAE, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria da Saúde,
Polícia Militar e Civil, Conselho Tutelar, Promotoria Pública, Rotary Club, Clube Vale dos
Sonhos, Caravela Country Club, Amigos da Escola e outras, no sentido de propiciar aos
educandos a socialização dos saberes.
Adotamos o sistema de ter Padrinho de Turma, onde cada professor fica responsável,
podendo assim, ajudar a atender as necessidades da mesma e ressaltar as qualidades e
progresso. O padrinho da turma orienta a mesma sobre a eleição dos representantes de turma e
dá suporte para que esses representantes desempenhem e colaborem nas ações que se fizerem
necessárias e inerente à função.
29
A nossa Proposta contempla o envolvimento bem estreito com as Instâncias
Colegiadas, com a comunidade interna e externa, com a esfera Estadual e ainda temos
participação com programas de competência Federal, sempre visando o bem comum dos
alunos, tais como: o programa de desenvolvimento educacional ( PDE ), programa dinheiro
direto na escola (PDDE), Programa Nacional de Informática na Educação( PROINFO ),
Programa de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, Programa Bolsa Família, Programa de
Erradicação do Trabalho Infantil( PETI ) e outros.
Os espaços físicos são bem aproveitados. A escola possui duas quadras, sendo uma
com cobertura. Dois pátios cobertos, dos quais um funciona como refeitório. Há uma sala de
professores, uma sala pedagógica, sala da diretoria, secretaria (esta, precária por falta de
espaço físico), biblioteca, sala de recursos e as salas de aula. A escola está construída em um
terreno arborizado, com jardim e um gramado.
5.12.5 – EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DIDÁTICOS E
PEDAGÓGICOS
EQUIPAMENTO QUANTIDADE
VÍDEO CASSETE 02
APARELHO DE TV 18
ANTENA PARABÓLICA 01
RETROPOJETOR 02
IMPRESSORA 05
APARELHO DE SOM 02
EQUIPAMENTO DE SOM 02
MICROFONE 02
VENTILADORES 26
COMPUTADORES 22
MESAS PARA REFEITÓRIO 09
PLANETÁRIO 01
DORSO 02
GLOBO 03
30
ESQUELETO 02
ESQUELETO ( MÚSCULOS ) 01
MICROSCÓPIO 02
SPINLIGTH 01
BLOCOS LÓGICOS 01
MAPAS 12
BIBLIOTECA COM APROXIMADAMENTE 5 MIL LIVROS
DVD 03
COMPUTADORES PROJETO ITAÚTEC 10
CÂMERA PARA MONITORAMENTO 15
DATASHOW 01
NOTEBOOCK 01
5.12.6 – RELAÇÕES HUMANAS DE TRABALHO NA ESCOLA
As relações de trabalho na escola são satisfatórias. Há, porém, necessidade de maior
participação dos pais nas atividades pedagógicas, acompanhando o desenvolvimento dos
filhos e auxiliando os professores na cobrança dos estudos, estabelecendo horários,
responsabilidades e dedicação.
O entrosamento entre a direção, corpo docente, funcionários e pedagogos torna-se
cada vez mais transparente, participativo e comprometido. Isto facilita na resolução de
problemas. O entendimento sobre a aprendizagem cada vez se torna menos individualista e
mais coletivo, caminhando para uma gestão plenamente democrática.
5.12.7 – ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE
A hora atividade é organizada de acordo com a legislação em vigor, atendendo as
necessidades dos professores, proporcionando o encontro por disciplina, para troca de ideias e
principalmente para preparar aulas, corrigir atividades, avaliações e realizar pesquisas,
juntamente com o professor pedagogo.
31
5.12.8 – INCLUSÃO
A inclusão, por força de lei é obrigatória, mas acontece de forma precária, sem
estrutura física adequada. Mesmo sem falar em inclusão , já se trabalhava com alunos inclusos
há muito tempo, sem se dar conta disso, apesar da comunidade escolar ainda ter uma visão
conservadora de inclusão e falta de capacitação, para trabalhar com os portadores de
necessidades especiais, porém, procura-se mudanças e adaptação a esta realidade.
Temos alunos com necessidades educacionais especiais, hiperativos, com distúrbios de
comportamento e aprendizagem, surdo, entre outros, oriundos da escola especial, salas de
recurso e da sala comum. Mas em maior número são os marginalizados da sociedade que
pertencem à classes sociais menos privilegiadas e por esse motivo apresentam sérios
problemas de aprendizagem, de adaptação, de limites para entender as normas internas e
consequentemente comportamental. Para amparar estes alunos, a escola conta com salas de
apoio, salas de recursos e CAES.
Sabemos que a política de inclusão vai além dos alunos com necessidades especiais.
Abrange também as diversidades de grupos que se encontram à margem do processo social,
independente de suas diferenças individuais, étnicas, crenças e tantas outras diferenças.
5.13 – GESTÃO DEMOCRÁTICA
É um processo político através do qual as pessoas na escola discutem, deliberam e
planejam, solucionam problemas e os encaminham, acompanham, controlam e avaliam o
conjunto das ações da escola. Este processo deve ser baseada no diálogo e na participação
efetiva das instâncias colegiadas que sempre estão presentes na escola, respeitando as normas
coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e garantia de amplo
acesso às informações aos sujeitos da escola.
A direção escolar juntamente com o Conselho Escolar, APMF ( Associação de Pais ,
Mestre e Funcionários), Grêmio Estudantil, sempre que necessário, estão juntos para resolver
os problemas da escola. Podemos dizer que nossa escola desenvolve um bom trabalho
democrático, assim podemos nos privilegiar de ser uma escola (a maioria colabora) para que,
32
acima de tudo passamos a garantir o bom funcionamento pedagógico aos alunos, sem
privilegiar grupos ou interesses pessoais, pautando no princípio da igualdade e garantindo o
direito de todos à Gestão Democrática num processo Coletivo
33
Constru-ção do
PPP
Fortaleci-mento doGrêmio
Estudantil
Democrati-zação das relações de poder
Conselho Escolar e APMF
Formação Continuada Eleição de
diretores
Política Educacional e Financia-
mento Públi-co da Educação
Gestão Democrática
na Escola
Respeito a Diversidade
34
5.13.1 – CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, professor pedagogo, secretário da
escola e pelos professores que atuam na mesma classe.
Haverá tantos Conselhos de Classe quantas turmas existirem no estabelecimento.
As reuniões do Conselho de Classe são lavradas em Ata, em forma de fichas, pelo
professor padrinho da turma, para facilitar o trabalho e otimizar o tempo, sendo devidamente
arquivados.
O Pré Conselho acontece, em média, uma semana antes do Conselho de Classe. E é
realizado junto aos alunos, por série e orientados pelo professor padrinho e ou professor que
esteja ministrando aula naquele momento. As ideias, sugestões, críticas e ou reivindicações
dos educandos são levadas para serem estudadas no Conselho. Ou ainda, conforme a
gravidade do caso (sendo peculiar, particular e inerente a determinado docente) o mesmo não
será levado a público, mas será discutido entre direção e professor.
No Conselho de Classe é estudada e interpretada a aprendizagem na sua relação com o
trabalho do professor, é feito uma reflexão da prática docente frente aos resultados obtidos
naquele bimestre, para tomadas de decisões em favor do aluno, a serem trabalhadas no
próximo bimestre no sentido de sanar as dificuldades. Bem como, diagnosticar resultados das
avaliações, assimilações de conteúdos e problemas comportamentais e viabilizar medidas para
o melhor aproveitamento escolar.
Também é no Conselho de Classe que se decide sobre a aprovação ou reprovação do
educando que, após a apuração dos resultados finais, não tenha atingido o mínimo solicitado
pelo estabelecimento, levando-se em consideração o desenvolvimento do educando, até então.
5.13.2 – CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação entre vários segmentos
organizados da sociedade e os setores da escola, a fim de garantir a eficiência e a qualidade do
seu funcionamento. É regido por Estatuto próprio onde está explicitada toda a sua
organização.
É realizada, em média, uma reunião por mês, com os membros do Conselho Escolar
para serem informados das situações que ocorrem no âmbito escolar, de ordem pedagógica,
35
técnica administrativa, financeira e outras. Também participam e colaboram nas festividades,
comemorações e eventos realizados pela escola.
Em caso de surgimento de problemas mais sérios em que a direção e sua equipe
encontra dificuldades na resolução é convocado o Conselho Escolar em reuniões
extraordinárias para auxiliar nas tomadas de decisões. Em qualquer momento, o Conselho
Escolar está sempre apto a auxiliar nos trabalhos de gestão escolar.
5.13.3 – GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil é regido por Estatuto próprio onde está explicitada toda a sua
organização.
Vem colaborando com a escola em tarefas menos complexas, como cuidar de som
durante o recreio, ajudar a cuidar do portão da escola, da fila da cantina, participa de reuniões
que a escola promove, colabora nas festividades, comemorações e eventos. Os alunos do
grêmio estão organizando uma comissão para as festividades de conclusão da 8ª série. Por
fim, toda vez que são solicitados, os integrantes do grêmio estudantil têm colaborado com a
direção.
5.13.4 – ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS
(APMF)
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários, pessoa jurídica de direito privado, é um
órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não
tendo caráter partidário, racial, religioso, nem fins lucrativos, cuja finalidade é a integração
entre a escola, família e comunidade para o aprimoramento do processo ensino-aprendizagem,
através de aproximação entre educadores, funcionários, pais e educandos.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento possui estatuto
próprio, onde estão explicitados sua organização, funcionamento e atribuição dos
responsáveis. Ela é atuante, participativa e prestativa.
36
5.13.5 – PARTICIPAÇÃO DOS PAIS
A presença dos pais na escola é expressiva, comparecendo na entrega de boletins, nas
reuniões por turma, em reuniões pedagógicas e de utilidade pública, na entrega de livros
didáticos, nas palestras, nas datas de matrículas, nas festividades, eventos e sempre quando
solicitados.
5.13.6 – CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE
TURMAS
É realizado através da ordem alfabética, excedendo o número de alunos por sala
devido a falta de espaço físico.
5.14 – DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
São muitos os desafios da educação do nosso tempo: ética, pluralidade cultural, meio
ambiente, saúde, orientação sexual, trabalho e consumo, inclusão, democracia, valores, papel
social da escola, concepções (de homem, de mundo, de cidadania, de sociedade, de escola, de
avaliação, de educação do campo, de conhecimento, de ensino, de aprendizagem, de
tecnologia, de educação, de gestão democrática) e outros. Muitos desses assuntos que antes
eram denominados de temas transversais, são tratados no cotidiano escolar e inseridos no
planejamento das disciplinas. Assim, fica a compreensão de que os mesmos fazem parte da
realidade da vida do aluno e dos movimentos sociais. A apropriação desses desafios levam ao
entendimento da historicidade e possibilitam um olhar crítico para lidar, conhecer, entender e
ou modificar os mesmos.
A Educação Ambiental sempre esteve presente de maneira marcante, ora em forma
de projetos, ora nos conteúdos no dia a dia, comemoração nas datas sobre o tema. Temos
como resultado desse trabalho plantas ornamentais, plantio de mata ciliar e limpeza das
margens dos rios. Alguns projetos e ou programas, mesmo com o seu término tem suas ações
e hábitos adquiridos até hoje.
A Lei 9795/99 que trata da Política Nacional de Educação Ambiental veio para dar
suporte para o que já estava sendo realizado.
37
A Lei número 10639/2003 que estabelece nas escolas a obrigatoriedade no ensino de
História e Cultura Afro-brasileira e Africana, veio garantir a necessidade de mobilizar o
coletivo da escola na realização de ações educativas, que favoreçam o reconhecimento a
valorização e respeito à diversidade. Em nossa escola são realizados atividades em que
professores das diversas áreas de conhecimento de forma interdisciplinar vem trabalhando
com os alunos para que se possa reconhecer e valorizar as contribuições desta cultura. De
acordo com o calendário escolar no dia 20 de novembro é feita a culminância das atividades
desenvolvidas ao longo do ano letivo.
5.15- RECLASSIFICAÇÃO: ADEQUAÇAO SERIE/IDADE
Os professores, nas horas atividades, em reuniões pedagógicas, no Conselho de
Classe e mesmo em vários outros momentos fazem comentários informando que
existe muitos alunos fora da idade nas series do ensino fundamental e que se esses
alunos fossem incluídos nas series de acordo com a idade seria uma oportunidade e
um incentivos para os mesmos. Também teriam mais facilidade e maior rendimento
na aprendizagem trabalhando com uma turma onde não houvesse muita
discrepância entre a serie e a idade. Então foi realizado levantamento constatando
que, em media, cada sala de aula entre dois a cinco alunos que estão atrasados na
serie em relação a sua idade. Esta e uma realidade que sendo realizada uma
reclassificação, poderia ser mudada e que essas providencias estão previstas no
plano de metas do governo para o primeiro semestre de dois mil e onze.
38
6 – MARCO CONCEITUAL
6.1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO
PEDAGÓGICA DA ESCOLA.
Esta Escola, fundamentada na LDBN 9394/96, tem como princípio contribuir para a
formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade, através da construção,
disseminação do conhecimento e releitura de mundo, num processo contínuo de aprendizado e
envolvendo professores, alunos, funcionários e toda comunidade, priorizando a oferta de uma
educação que contribua para a reflexão, ação e construção de uma nova realidade social.
Enfatiza também a promoção de ações educativas, buscando desvelar as causas da exclusão e
possibilitar a vivência de práticas inclusivas, tanto sob o aspecto do conhecimento quanto nas
formas de participação do espaço escolar.
Na visão de homem, sociedade, mundo, cultura, cidadania, educação, escola, conhecimento,
ensino-aprendizagem, tecnologia, cidadão, ciência, inclusão, cultura: afro, indígena e de
campo, norteamos os rumos que a instituição quer seguir para um “Projeto em Educação”,
que constitua a essência do nosso trabalho pedagógica e político.
Para tanto sentimos a necessidade de empreender uma proposta de trabalho coletivo,
que possa ofertar subsídios para vencer as barreiras que dificultam a construção de uma escola
pública que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania e seja instrumento real de
transformação social.
6.1.1 – FILOSOFIA DA ESCOLA
A Filosofia da Escola Estadual Professora Hercília de Paula e Silva – Ensino
Fundamental, se volta para a eficiência, estimulando o ensino e a pesquisa, assegurando o
acesso, a permanência e o sucesso dos alunos. A escola tem como princípio a difusão dos
conteúdos vivos, concretos, indissociáveis das realidades sociais e consequentemente a
valorização da mesma como espaço social, que através da socialização da aquisição do saber
elaborado às camadas populares, pretende uma participação organizada e ativana
democratização da sociedade com transformação da realidade.
39
Neste contexto os conteúdos são culturais universais e clássicos constituídos em domínio do
conhecimento, mas permanentemente avaliados frente às realidades sociais.
A fundamentação está baseada no materialismo histórico, que é a ciência que estuda os
modos de produção e incorpora a dialética como teoria de compreensão da realidade e como
método de intervenção nesta realidade. Nesta perspectiva, professor e aluno são sujeitos
ativos e desenvolvem uma relação interativa, onde ambos são seres sócio-históricos, portanto
concretos, situados em uma classe social que é síntese de
múltiplas determinações.
Pressupõe-se uma filosofia que defende a escola como socializadora dos conhecimentos
e saberes universais e a praxis educativa se revela numa prática fundamentada teoricamente,
onde a interação social é o elemento de compreensão e intervenção na prática social mediada
pelo conteúdo, com uma concepção dialética da história, isto é, com movimento e
transformação. Prevê também a prática emancipadora, dentro de uma avaliação que configura
como meio de obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica
para a intervenção e reformulação desta prática e dos processos de aprendizagem. Assim, a
ideia é que o aluno organiza-se para tomada de decisão no sentido das mudanças necessárias e
com vistas a transposição de desafios. Nesta concepção de pensamento o ato de aprender é
desenvolver a capacidade de processar informações e lidar com estímulos do ambiente,
organizando os dados disponíveis da experiência visando uma aprendizagem significativa
com possibilidades e esperanças de mudanças na sociedade, tornando-a mais justa e com
equidade social.
6.1.2 – CONCEPÇÃO EDUCACIONAL
Com uma capacidade de interagir e modificar a realidade social a partir de sua
comunidade, tornando sujeito de sua própria história e com a sociedade em permanente
evolução e mudanças rápidas, na concepção educacional ideal é educar para a autonomia,
onde cada cidadão possa governar-se, tornando-se crítico, dotado de condições que permita
entender os contextos históricos, social e econômico, em que estão inseridos, respeitando a
individualidade e as multiplicidades culturais, sociais e étnicas, promovendo o bem de todos,
sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação, inclusive a Deliberação nº 04/06 do C.E.E., e as Diretrizes Curriculares
40
Nacionais para a Educação das relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e
Cultura afro-brasileira e africana deliberam normas complementares para que as
mantenedoras desenvolvam conteúdos relacionados ao ensino de História e Cultura afro-
brasileira e africana. Enfim trabalhando a coletividade e as reflexões sobre as possibilidades
de vivenciar o ser humano de forma integral, justo, amoroso, e acima de tudo não apenas
conviver nesta “selva de pedra”, mas viver.
Viver é sonhar é ter ideal, objetivos, são metas a serem atingidas. O papel da escola é
criar condições para o crescimento do aluno como um todo (físico, emocional e cognitivo)
para que juntamente com sua própria “bagagem” conquiste o que se propôs transformando,
através da escola e de suas experiências o seu cotidiano social para o bem comum e para a
paz.
Para que tudo isso aconteça é necessário um grande esforço e ótimo desempenho dos
professores e de todos os envolvidos no processo educacional, inclusive estudando e
analisando as condições de vida e características locais dos alunos e das famílias, pois existe
uma relação entre o processo educativo e o desenvolvimento social de um país.
6.1.3 – PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
A educação deve ser democrática, garantindo a educação pública gratuita e universal
de qualidade para todos, portanto, baseadas em Diretrizes Curriculares que norteiam todo o
processo educativo.
Temos como Diretriz maior a LDB 9394/96 que norteia todo o processo escolar. Para
clarear e ajudar podemos nos orientar também pelo Estatuto do Menor e do Adolescente, a
Constituição do País e as normas, leis, resoluções, pareceres e outras emanadas dos órgãos
municipais, estaduais, e federais. Ainda podemos seguir o Regimento Escolar, e Proposta
Política Pedagógica com mudanças na forma de gestão, na formação de professores e com
avaliação centralizada em resultados.
Por sua vez, os órgãos governamentais devem incrementar e fortificar seus diversos
programas: educação à distância, educação de jovens e adultos, financiamentos e verbas para
o ensino, rever a distribuição do livro didático, formação continuada aos professores,
descentralizar decisões, matriz curricular que realmente contribua para um ensino melhor,
41
assistência continuada para toda forma de inclusão, adequar a educação para o mundo do
trabalho e outros.
Cada segmento realizando seus sonhos, metas e conquistas estão construindo os
Princípios Norteadores da Educação.
Consideramos como princípios norteadores da nossa proposta pedagógica e da
educação, a apropriação pelos alunos do domínio da leitura, interpretação e escrita;
capacidade de fazer cálculos e resolução de problemas, habilidade para analisar, sintetizar e
interpretar dados, fatos e situações; compreensão da evolução histórica da sociedade, do
espaço e do tempo; sabedoria para proteger, conservar, modificar e interagir no meio
ambiente, nas experiências e invenções; aprendizagem para a valorização do belo, das artes,
do esporte, dos exercícios físicos e da qualidade de vida. Que o aluno possa compreender o
processo de ensino aprendizagem se apropriando dos rumos de sua vida.
Quando professores, pais, pedagogos, funcionários, direção e segmentos da sociedade
organizada, coletivamente, colocarem em prática as metas acima citadas como princípios
norteadores da proposta pedagógica teremos como resultado a Concepção Educacional que
sonhamos. Sonhamos com uma concepção de educação e sociedade valorizando e
fortalecendo a formação do cidadão com uma postura consciente, sensível e responsável, onde
o pensamento e a teoria seja global, mas a prática seja local.
6.1.4 – OBJETIVO DA ESCOLA
A escola tem como objetivo a gestão democrática e participativa para cumprir
as metas de sua prática pedagógica de qualidade. É preciso garantir a transmissão e
assimilação do saber sistematizado, sem desvalorizar a bagagem do aluno, respeitando suas
diferenças. Isto precisa ocorrer para que a escola possa cumprir sua missão de agente de
promoção humana e de desenvolvimento integral do educando, sua formação intelectual
científica, física, social e cultural. Visa-se o ingresso, permanência e sucesso do educando
para que o mesmo se torne um ser humano responsável, criativo e independente, capaz de
transformar e conservar o meio em que vive para o bem individual e coletivo, lutando por um
mundo melhor, com amor e justiça social.
Formar nos alunos cidadãos conscientes, críticos, participativos, democráticos,
desenvolvendo a autoestima, a autoconfiança, num ambiente de prazer.
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Propiciar a construção de uma sociedade justa, humana, comprometida com princípios
éticos fundamentais, valores e conduta para o bem comum e com a formação do
cidadão, conhecedor de seus direitos e deveres.
Assegurar o acesso, a permanência e o sucesso dos alunos garantindo-lhes a formação
básica para a plena cidadania do indivíduo tornando-o crítico, sociabilizado e capaz de
ser inserido numa sociedade cada vez mais seletiva.
Proporcionar a toda comunidade escolar participação efetiva nas decisões sobre os
rumos que a escola deve tomar, para que se torne uma gestão compartilhada.
6.1.5 – FINS EDUCATIVOS
A escola tem o compromisso e a missão de interagir efetivamente para promover o
desenvolvimento em todos os aspectos e a socialização dos seus alunos, possibilitando a real
apropriação de conteúdos curriculares e dos temas sociais contemporâneos, o cultivo dos bens
culturais e sociais atendendo os anseios dos alunos, dos profissionais envolvidos no processo
educativo e da comunidade escolar.
Despertar em cada aluno, em cada pessoa a consciência de sua própria dignidade e sua
capacidade de exercer a cidadania, pois somente a educação pode transformar a pessoa,
tornando-o responsável pelo seu sucesso e o da sociedade.
6.1.6 – CONCEPÇÕES NORTEADAS PELA LEI DIRETRIZES E BASES
DA EDUCAÇÃO NACIONAL
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), promulgada em 1996, é
uma lei emanada do Congresso Nacional. Como lei 9.394/96, deve ser cumprida e respeitada.
Na Lei da Educação, são muitas as acepções de aprender que podemos depreender a
partir da leitura de seus dispositivos legais referentes à educação escolar. Abordando algumas
delas que são de suma importância para uma escola que prioriza a qualidade de ensino,
procuramos garantir:
A ação de ensinar e de aprender;
A liberdade de aprender como principio de ensino (Inciso II, art. 3º, LDB);
43
A garantia de padrões mínimos de qualidade de ensino para desenvolvimento do
processo de ensino-aprendizagem. (Inciso IX, art. 4º, LDB);
O zelo pela aprendizagem dos alunos como incumbência dos docentes (Inciso III, art.
13, LDB );
A Flexibilidade para organização da educação básica para atender interesse do
processo de aprendizagem (art. 23, LDB);
A verificação do aprendizado como critério para avanço nos cursos e nas séries (item
c, inciso V, art. 24, LDB);
O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo, como estratégia para objetivar a formação
básica do cidadão no ensino fundamental (Inciso I, art. 32, LDB);
O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores para objetivar a
formação básica do cidadão no ensino fundamental (Inciso III, ar. 32, LDB);
A adoção no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da
avaliação do processo de ensino-aprendizagem,. (§ 2º, art. 32, LDB);
A garantia às comunidades indígenas da utilização, no ensino fundamental, de
processos próprios de aprendizagem. (§ 3º, art. 32, LDB);
Cada uma das acepções citadas, têm objetivos que garantem o aprendizado como foco
principal da educação. A escola deve ensinar a estratégia de interagir, de aprender na
socialização de ideias e opiniões, para que o aluno se prepare para agir no meio social.
E para que elas se concretizem faz-se necessário o engajamento de todos: professores,
pais ou responsáveis, poder público através do governo, sociedade como um todo e
principalmente dos alunos.
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6.1.7 – DIRETRIZES CURRICULARES QUE NORTEIAM A
AÇÃO DA ESCOLA
As Diretrizes Curriculares para a educação pública do estado do Paraná chegam as
escolas como um documento oficial que traz as marcas de sua construção: a horizontalidade,
que abraçou todas as escolas e núcleos regionais de educação do estado ressoando as vozes de
todos os professores das escolas públicas paranaenses.
6.1.8 – CONCEPÇÕES DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
Normatizado pela lei federal nº 8.069/1990, que atribui a criança e adolescente,
prioridade absoluta no atendimento aos seus direitos como cidadão brasileiro. É um
instrumento importante para transformar a realidade da infância e juventude historicamente
vítima do abandono e da exploracão, econômica e social. O estatuto da criança e adolescente
garante entre outros, o direito à vida, a alimentação, a educação, ao lazer, a profissionalização,
a cultura, a dignidade, ao respeito, a liberdade, a atenção integral, a convivência familiar e
comunitária, são os grandes princípios constitucionais pelo qual todos nós lutamos e
lutaremos incondicionalmente. É garantir que nenhuma criança fique fora da escola motivada
por vários fatores históricos, sociais e mesmo educacionais para o combate à exclusão escolar
devendo investigar as causas do problema e, com base em diagnósticos precisos, buscar
soluções para eliminar as dificuldades e manter a inclusão e permanência do educando na
escola e através da FICA COMIGO, valorizar o educando com o propósito de ver
desenvolvidas as suas potencialidades e talentos.
6.1.9 – CONCEPÇÕES DAS CAPACITAÇÕES CONTINUADAS
A SEED e ou o NRE de Jacarezinho fortalecem e enfatizam bastante a importância da
formação continuada propiciando as mesma em várias modalidades, em diversos períodos e
datas do ano letivo e para todos os envolvidos com a educação: professores, equipe
pedagógica, direção e funcionários. Inclusive algumas para pais e alunos. É uma valiosa
contribuição para outros significados à prática escolar, devendo ser constante e tratar de
assuntos que realmente venham a ajudar na resolução dos problemas do cotidiano
enriquecendo nosso conhecimento, capacitações continuadas como: reuniões técnicas, grupos
de estudos, jornadas pedagógicas, textos de fundamentação teóricos enviados pelos NRE, etc.
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6.1.10 – CONCEPÇÃO DE HOMEM
O homem, é essência e sua existência adquire sentido quando tecida a partir das
mediações histórico-sociais. O homem só é plenamente homem se for cidadão com direitos
civis, políticos e sociais.
A existência dos homens se dá sempre no duplo registro da objetividade/subjetividade,
de modo que estão sempre lidando com uma subjetividade e objetividade. Não num
equacionamento dualista, mas num pulsar único, numa unidade de ação integrada e integrante.
(Severino)
Como ser social o homem atua e interfere na sociedade na qual está inserido
(organização política, relações familiares, comunitária, de trabalho e produtiva) fortalecendo e
garantindo sua participação ativa e criativa, permitindo ser sujeito de sua própria história. O
homem também é um ser natural, pois ele age, reage, modifica ou conserva a natureza,
transformando-a de acordo com as necessidades do grupo. Partindo do pressuposto que o
homem é um ser de vontade, essa mesma vontade deve ser respeitada e sempre canalizada
para o bem da comunidade.
A escola com o propósito em formar um homem crítico, participativo, inserido e
participante de uma história social coletiva, dominando e ao mesmo tempo cuidando da
natureza é que nos dá esperanças de ajudar na construção de uma base social igualitária, sem
exclusão e sem pobreza absoluta, “visando o suficiente e decente para todos e não a
acumulação para poucos”. (Boff)
46
CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Lutamos por uma sociedade democrática, justa e igualitária. Para essa superação,
necessário se faz romper barreiras e difundir o conhecimento sistematizado às classes
populares visando à igualdade econômica, social, política e cultural.
Os movimentos operários lutaram para melhorar o acesso da classe trabalhadora na
sociedade e na escola, mas o legado do neoliberalismo conservou “uma sociedade
heterogênea e fragmentada, marcada por profundas desigualdades”. (Atílio Baron)
Com a velocidade do avanço tecnológico e cientifico o sonho de uma sociedade
democrática fica distante. A escola é, quase uma esperança de inserção da “massa” numa
sociedade igualitária. Mas o “entendimento do modo como funciona a sociedade não pode se
limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o desenvolvimento da
sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas sim de leis históricas, ou
seja, de leis que se constituem historicamente“. (Saviani)
A escola, por meio da escolarização obrigatória, Lei 9394/96, tem a pretensão de
estender a possibilidade de participação a todos os alunos, independente da classe social, ao
acesso à cultura, ao saber sistematizado, às tecnologias, às informações necessárias para
instruí-los, para que cada aluno possa ser um agente de formação e transformação de sua vida
e da vida dos que o cercam.
CONCEPÇÃO DE CULTURA
O ser humano é sujeito principal da construção da sociedade e por conseguinte da
história. È através da cultura que ele constrói sua própria história.
Entendemos cultura como sendo a maneira como se deu a história do homem, suas
práticas e suas ações sociais, suas crenças, seu comportamento, valores, instituições, regras
morais que permeiam e identificam a sociedade. É a identidade própria de um grupo humano
que caracteriza a cultura. É o modo de se expressar, de cada um vivendo em comunidade.
O homem é o resultado dos modos como os diversos grupos humanas viveram e foram
resolvendo seus problemas ao longo da história. Só o homem é portador de cultura, por isso
só ele a cria, a possui e a transmite. É um complexo, porque forma um conjunto de elementos,
inter-relacionados e interdependentes, que funciona em harmonia na sociedade.
A escola é instituição onde a cultura é revisada, acompanhada e entendida como a
herança, que deve perpetuar.
47
CONCEPÇÃO DE MUNDO
Para entender o mundo atual precisamos de um estudo histórico através do tempo e
compreender os acontecimentos, os fatos, as invenções, as tecnologias, a evolução das coisas,
do ser humano e da natureza. A velocidade com que tudo acontece à humanidade não
consegue acompanhar. Com isso as classes menos favorecidas sofrem mais ainda e a
igualdade fica cada vez mais longe.
Os governantes, a classe dominante, a escola, a mídia, unidos num mesmo ideal,
devem ter por meta o favorecimento das classes populares difundindo o conhecimento, as
boas relações humanas e sociais, as condições reais de trabalho e erradicar de vez as
desigualdades e preconceitos de classe etnia, gênero, religião, cultura e outras. Também
acabar por completo com a aplicação das políticas neoliberais onde só o rico integra o poder.
O mundo deve praticar uma democracia onde pressupõe uma possibilidade de
participação do conjunto dos membros da sociedade em todos os processos decisórios que
dizem respeito à sua vida, tanto em casa, na comunidade, no bairro, na escola, enfim no
planeta.
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
De acordo com a Constituição Federal e a LDB 9394/96 a educação é direito de todos,
mas esse direito não está sendo respeitado, pois poucos conseguem realmente uma educação.
Segundo as explicações de Pino, desde a antiguidade, a história da educação está
atravessada por duas questões: a necessidade da escola pública e a diferenciação das formas
de educação em função da desigualdade social, que permanece constante ao longo do tempo.
A importância atribuída ao público em relação ao privado varia em função da intensidade da
atividade política em cada época ou sociedade e está relacionada com a presença do Estado na
vida social.
Mesmo com a interferência do Estado e da Escola, com maior ou menor intensidade
dependendo da época e da política, em favor da classe popular, a desigualdade permanece e
aumenta. “As transformações políticas do século XVIII reforçaram a ideia de igualdade de
direitos à instrução e fizeram a escola pública, universal e gratuita, uma necessidade ou
48
exigência da cidadania. Todavia, a universalidade de direito não significa igualdade de
educação”. (Pino)
A revolução industrial provocou transformações profundas no conceito de trabalho e
de educação e como consequência dissociou o saber do fazer, tornou a ciência uma força
produtiva independente do trabalho. A formação técnica da mão-de-obra tornou-se uma
questão vital para o capitalismo industrial, repercutindo na reorganização curricular da escola.
Consagrou-se o princípio da dualidade: ensino propedêutico para alguns e ensino
profissionalizante para outros.
Será que essa natureza contraditória, ensino profissionalizante versus propedêutico
veio reforçar ou pelo menos permanecer o problema da desigualdade social?
A escola atual tem a missão de proporcionar uma educação igualitária desde a
educação infantil até a faculdade para todos e todas, independente da classe social, pois o
homem moderno precisa instruir para acompanhar a evolução tecnológica e ter condições de
cuidar, modificar, transformar a comunidade na qual está inserida tendo seus valores e
habilidades individuais, mas agir coletivamente, numa educação para a vida.
A escola não conseguiu acabar com a desigualdade social a que se propôs. Para
amenizar os problemas passou a ser paternalista, atendendo, ou tentando atender e suprir
várias carências dos alunos, fornecendo-lhes livros, cadernos, material pedagógico, merenda,
dentista, uniforme, transporte escolar entre outros.
Os governantes acrescentam ainda o vale gás, cesta básica, vale para compra de
materiais escolares e outros. Todas essas medidas são necessárias, mas paliativas que mudam
o foco da educação deixando a instrução do saber sistemático em segundo plano.
Para uma educação realmente libertadora, que torne o individuo dono de sua própria
sorte, não dependendo dos governantes e nem das medidas paliativas da escola para a
subsistência, se faz necessário, segundo Boff, “desenvolver uma educação que nos abra uma
democracia integral, capaz de produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e
ecologicamente sustentável”. A escola deve preparar-se para assumir esses desafios.
A educação dentro da escola tem como pretensão a apropriação pelo cidadão (nosso
aluno) e pela comunidade na qual está inserido, dos instrumentos adequados para pensar sua
prática individual e coletiva. Aspira ainda proporcionar conhecimento científico, político e
cultural acumulado através da história pelo ser humano, para que possa conseguir uma visão
globalizada da realidade. Garantir a satisfação de suas necessidades, realização de suas
49
aspirações, uma orientação para a vida e finalmente a meta de uma avaliação crítica de todo
esse conhecimento adquirido e acumulado.
Com esta avaliação crítica o homem (o aluno) se apropria de instrumentos para
reciclar tais conhecimentos e usando seu intelecto, seu cognitivo deve acrescentar novos
saberes para seu aperfeiçoamento e da comunidade para formar, transformar, modificar e ou
conservar a realidade em que vive.
CONCEPÇÃO DE ESCOLA
Entende-se por escola um estabelecimento público ou privado, onde se ministra,
sistematicamente, o ensino coletivo, logo, um saber para todos.
A escola no Brasil, desde o seu início contemplou as elites e começou de cima para
baixo, pois começou com as universidades para os filhos dos reis, imperadores e os ricos da
corte. Os pobres, índios e negros contavam com a boa vontade dos jesuítas para aprender a ler
e escrever.
Como a escola teve início de forma precária para a maioria, a mesma não conseguiu
acompanhar as transformações da sociedade. Exagerando um pouco, pode-se afirmar que as
escolas continuam a educar como antes, como há séculos. Descontando o exagero, a imagem
da escola pública, atualmente, está “extremamente deteriorada pelas próprias condições do
exercício do que seria a educação. Ela precisa avançar no horizonte de acesso à leitura, à
escrita e às abstrações matemáticas para ler os códigos do mundo. É preciso evoluir para
conhecer os fundamentos científicos e tecnológicos dos fenômenos que produzem a vida e a
morte, a criação e a destruição presentes em todas as culturas e no ápice das artes”, segundo
explica Maria Ciavatta.
As relações humanas dentro da escola também mudaram. Hoje se depara com a
violência desenfreada, o uso de drogas, famílias desestruturadas, inversão do valor da vida, da
educação e do trabalho. A aceleração do tempo, da tecnologia e comunicação corrói o sentido
educativo proposto. Depara-se com outro complicador: qual a memória que se tem da escola?
O historiador francês Pierre Nora citou como “lugares de memória” bibliotecas,
museus, arquivos, dicionários, coleções, festas, comemorações, associações e outros, e não
citou escolas. A missão da escola, para superar os problemas existentes é o clímax do
planejamento. A construção do que se deseja, do sonho, deve ser coletiva e construída passo a
50
passo. Considerando os valores comuns previamente identificados e visando as classes
populares, os profissionais da educação devem ser estimulados a explicar seus principais
objetivos em relação aos alunos. Esses objetivos devem ser capazes de mostrar as intenções,
os valores e crenças. Os professores, direção e funcionários precisam ter clareza do propósito
de seu trabalho, para que a escola conquiste uma identidade e uma imagem que pode ser
exibida e defendida diante da comunidade. Visualiza-se um futuro desejado e os caminhos
que levam a ele, formando a memória da escola.
Definida em conjunto a missão da escola, a equipe deve tomar decisão e distribuir
tarefas para a elaboração do Regimento Escolar, da proposta político-pedagógico e do
currículo. A participação de todos os envolvidos (direção, professores, funcionários, pais,
alunos, comunidade, APMF e Conselho Escolar) é imprescindível. Nas decisões tomadas é
preciso garantir o máximo possível de consenso, mesmo que não seja unanimidade.
O foco da escola é ser a instrução sistemática do ser humano. A gestão é democrática,
compartilhada e flexível. A organização administrativa, pedagógica, jurídica e financeira,
goza de autonomia para que possa gerir de acordo com o sistema educativo proposto e com a
comunidade na qual, a escola está inserida.
Finalmente a escola, é um meio que possibilita uma rede entre vivências, conteúdos e
realidade, e um espaço pedagógico onde as relações de vivências são democráticas,
estimuladoras, criativas e alegres.
CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
A concepção de conhecimento compreende uma construção histórica e social dinâmica
que necessita de contexto para poder ser entendida e interpretada. Baseado nesse
entendimento, o ensino não pode ser visto como uma mera e mecânica transmissão linear de
conteúdos curriculares fechados e prontos do educador para o educando, mas um processo de
construção de significados fundamentados nos contextos históricos em que se ensina e se
aprende e consequentemente se avalia.
Nessa linha de pensamentos, o espaço educativo se transforma em ambiente de
superação de desafios pedagógicos que dinamiza e significa a aprendizagem, que passa a ser
compreendida com construção de conhecimento e desenvolvimento de competências e
habilidades em vista da formação do cidadão.
51
O homem consciente de que é um ser inacabado busca a produção do conhecimento,
participa da sua construção e reconstrução. O conhecimento será constantemente reconstruído
e re-significado pelo homem, num processo mediado pelo professor que implica também uma
reconstrução desse homem.
Enquanto produção histórica, o conhecimento deve ser explicitado com o mundo
concreto dos alunos e formar sujeitos autônomos, críticos e criativos que visam compreender
e tornar o mundo diferente para melhor. É a existência de uma ideia universal, concreta e
histórica.
CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
A função social da escola centrada na preocupação de transmitir a todas as crianças
saberes referentes aos domínios fundamentais da leitura, escrita e bases matemáticas, deve
também garantir aprendizado da evolução tecnológica, econômica e jurídica, fundamentais
para a compreensão do mundo social.
É importante que através das escolas públicas se oferte a todas as crianças uma
formação tecnológica ligada à luta contra a desigualdade social, sendo que esta, é conteúdo
intrincado à prática social e educacional.
O processo de mudanças tecnológicas faz se necessário entender e resgatar para se
pensar o que se quer na educação, pois vivemos em um mundo onde a dependência científico-
tecnológica pode determinar a dependência econômica e perda de soberania.
Embora a Tecnologia tenha contribuído para o avanço do ensino, da produção e das
relações humanas, devemos ter cuidado ao refletir sobre suas vantagens e limitações, pois ela
deverá incorporar questões sociais, éticas e políticas.
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CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
O processo ensino-aprendizagem: é uma seta de “mão dupla”, de um lado, o professor
ensina e aprende, e de outro, o aluno aprende e ensina permeado de contradições e mediações,
visando um ensino de qualidade que se refere à transformação da realidade.
O educador deve desencadear em seus alunos o desejo de aprender e levá-los a
descobri-los fazendo com que exerçam a curiosidade, pois sem isso o professor não aprende e
nem ensina. A escola, é o espaço de rompimento das estruturas de construção e transformação
onde se aprende e ensina.
A aprendizagem não se refere apenas à retenção de determinados conteúdos, mas
representa a apreensão dos conhecimentos emancipatórios que ampliam a possibilidade de
compreender, interpretar, analisar, atuar, enfim, interagir crítica e produtivamente com o
mundo no qual, o sujeito vive.
CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
Cidadania é uma qualificação do exercício da própria condição humana. O gozo dos
direitos civis, políticos e sociais é a expressão concreta desse exercício. O homem, afinal, só é
plenamente homem se for cidadão. Então é “um direito e o exercício desse direito” (Pino).
Os direitos inerentes aos cidadãos estão escritos na Declaração dos Direitos Humanos
e do Cidadão, da Assembleia Geral da França, em 1789, que é o reconhecimento da
igualdade, da liberdade e da propriedade de todo cidadão. Mas, historicamente, desde o tempo
do Brasil colonial e imperial até os dias atuais, de uma forma ou de outra, temos duas classes
distintas: a elite, que são poucos, que têm poder e dinheiro, e a classe popular, que são a
maioria e não detêm o poder, seu poder econômico é desprivilegiado. O grande desafio
histórico é dar condições a todos os alunos das escolas públicas, de forma a torná-los cidadãos
conscientes, sujeitos de direitos e deveres, organizados, solidários, tolerantes. Torná-los
flexíveis, frente às mudanças e principalmente, que tenham uma personalidade própria, ao
mesmo tempo coletiva, assim tornando-o integrante do processo de construção político-social
e cultural. O papel da educação e a função da escola é articular a apropriação do
conhecimento para que todos os alunos exercem os direitos de cidadãos e sejam agentes de
socialização. Contudo, estudando as literaturas sobre direitos humanos e fortalecendo a
53
vontade de inclusão de uma cidadania popular na escola, fica claro que não é tarefa fácil, pois
ainda estamos com o “ranço” de um modelo direcionado para as classes dominantes e quebrar
paradigmas é complicado, mas não impossível.
A escola pública tem o dever de colaborar para reverter esse quadro, onde poucos têm
muito e muitos têm poucos, assumindo de forma concreta sua missão de construção de uma
cidadania cotidiana, popular e contínua, onde os excluídos tenham realmente voz e vez se
apropriando do conhecimento e exercendo seu pleno direito de cidadãos.
6.1.11 – CONCEPÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO NA ESCOLA
A escola é do segundo segmento do Ensino Fundamental e organizada por série e por
disciplina. Além dos saberes historicamente transmitidos em forma de conteúdos estruturantes
e conteúdos específicos que são ministrados durante o ano letivo, se faz necessário ocupar o
maior tempo possível dos alunos e os espaços da escola para o aprofundamento dos
conhecimentos, formando uma rede entre a educação formal e a informal. Importante que os
estudantes se organizem e criem espaços e tempo para além da sala de aula, propiciando a
formação de cidadãos críticos, autônomos, conscientes de seu papel na sociedade,
compreendendo a importância de uma escola participativa, democrática, progressista e cidadã.
Otimizando os espaços físicos existentes e o tempo dos professores, funcionários,
pedagogos e direção, pode-se estabelecer períodos de estudos,reflexão, troca de experiência,
reunião pedagógica, melhor aproveitamento da hora atividade e outros, fortalecendo a escola
como instância de educação continuada. Propiciando, além da literatura, da pesquisa, do
conhecimento, do saber, também o uso adequado dos equipamentos físicos, pedagógicos,
didáticos, eletro eletrônicos, multi mídia, da informática e outros.
A Escola Hercília, comprometida com a sociedade contemporânea e, portanto, além de
visar a socialização dos saberes e do conhecimento sistematizados mediante um ambiente
propício às aprendizagens significativas e às práticas de convivência democrática, preocupa-
se também com uma educação integral, garantindo o direito de cada aluno, dentre eles, o
tempo e o espaço dentro da comunidade escolar. Essa educação integral pressupõe o
envolvimento do educando com as diversas atividades escolares, ações, programas, projetos,
instâncias desenvolvidas e realizadas pela escola, tais como: Grêmio Estudantil, os Desafios
Educacionais Contemporâneos, Agenda 21 Escolar, Fera, Com Ciência, Jogos Colegiais e
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Inter-séries, Educação Fiscal, Educação Ambiental, Conferência Infanto-juvenil, pelo meio
Ambiente, Projetos do Hino Nacional, Projeto Anjos da Escola, Projeto Ferinha, Programa
Viva a Escola, Conselho de Classe, Conselho Escolar, Representantes de Turma, Fica ,
Professores Padrinhos, Olimpíada de matemática, Olimpíada de Português e outros.
Todas essas atividades trabalhadas e com maior participação possível é incentivo ao
exercício de fortalecimento do saber formal e informal, das relações humanas e com o meio
ambiente e consequentemente a promoção de uma sociedade mais justa, igualitária, crítica,
consciente, incentivando mudanças individuais, sociais, a paz e a boa convivência em
comunidade. Ao colocar, como meta o envolvimento da comunidade escolar nas ações e
atividades desenvolvidas, forma-se uma rede com a mesma finalidade, superando, desta
forma, as contradições, os conflitos presentes na prática docente e discente, onde as relações
de trabalho, de direitos, de deveres, de competência serão vividas e respeitadas.
Assuntos a serem considerados no espaço da comunidade escolar e no tempo
adequado são a hora atividade, participação dos pais, a inclusão Programa Paraná
Alfabetizado, Rede de Proteção à Violência contra a Criança e Adolescente, Formação
Continuada de outros.
6.1.12 – CONCEPÇÃO E PRINCÍPIOS DE GESTÃO
DEMOCRATICA
A Gestão democrática estabelece o controle da sociedade civil sobre a educação e a
escola pública, introduzindo a eleição de dirigentes escolares e os conselhos escolares,
garantindo a liberdade de expressão, de pensamento, de criação e de organização coletiva na
escola, e facilita a luta por condições materiais para aquisição e manutenção dos
equipamentos escolares.
A gestão democrática pressupõe movimentos de participação na escola e na
comunidade acompanhados de debate e a organização de práticas compartilhadas nas decisões
administrativas, pedagógicas e financeiras.
A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder da
escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a pratica da
participação coletiva que atenua o individualismo da reciprocidade, que supera a opressão, da
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autonomia, que anula a dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas
educacionais das quais a escola, é mera executiva. A busca da gestão democrática inclui
ampla
participação dos representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões e ações
administrativo-pedagógicas desenvolvidas.
Pensando em liberdade na escola, devemos pensá-la na relação entre administradores,
professores, funcionários e alunos que assumem sua parte de responsabilidade na construção
do Projeto Político Pedagógico.
6.1.13 – ADMINISTRAÇÃO COLEGIADA - PARTICIPAÇÃO
EFETIVA DE TODOS OS SEGMENTOS DA ESCOLA
A construção do Projeto Político Pedagógico parte dos princípios de igualdade,
qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do magistério. É a construção coletiva
da identidade da escola publica, popular democrática e de qualidade onde participam todos os
envolvidos no processo educacional através de uma administração colegiada e compartilhada.
A escola tem autonomia para executá-lo e avaliá-lo ao assumir uma nova atitude de liderança
para refletir sobre as finalidades sócio políticas e culturais da escola. É tarefa da escola,
construir, executar e avaliar o projeto. Tarefa que não se limita ao âmbito das relações
interpessoais, mas, que se torna situada nas estruturas e funções específicas da escola, nos
recursos e limites da mesma, envolvendo ações continuadas em prazos distintos.
GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil é uma organização sem fins lucrativos que visam o interesse dos
estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais. O grêmio é o
órgão máximo de representação dos estudantes da escola. Ele permite que os alunos discutam,
criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente como na
comunidade. O mesmo é regido por estatuto próprio onde está explicitado toda sua
organização. Pretendemos incentivar e fortalecer a colaboração do grêmio com a escola, com
tarefas como cuidar do som durante o recreio, da fila da cantina, de reuniões, comemorações,
eventos, festividades e outros.
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APMF (ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS)
À APMF da escola compete discutir e tomar decisões sobre ações de assistência ao
educando, de aprimoramento do ensino e integração família-escola comunidade em
consonância com a proposta política pedagógica para apreciação do Conselho Escolar e
Equipe Pedagógica/Administrativa, assegurando-lhe melhores condições de eficiência escolar.
CONSELHO ESCOLAR
É um órgão colegiado de natureza consultiva deliberativa e fiscal, com objetivo de
estabelecer o PPP da escola, critério relativo à sua ação, organização, funcionamento e
relacionamento com a comunidade de acordo com legislação em vigor e compatíveis com as
diretrizes e políticas educacionais traçados pela SEED. Este órgão assegura o envolvimento
de toda a comunidade nas decisões tomadas pela escola, fazendo valer a democracia. É regido
por estatuto próprio onde está explicitada toda sua organização. São realizadas reuniões
ordinárias com os membros do Conselho Escolar para os mesmos serem informados das
situações que ocorrem no âmbito escolar, de ordem pedagógica, técnica administrativa,
financeira e outras.
Em caso de surgimento de problemas mais sérios em que a direção e equipe encontrar
dificuldades na resolução, é convocado o Conselho Escolar em reuniões extraordinárias para
auxiliar nas tomadas de decisões. Pretendemos um Conselho Escolar forte e atuante.
O Conselho Escolar também participa e colabora nas comemorações e eventos
realizados na escola.
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6.1.14 – CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
A formação continuada constitui uma inter-relação entre professores numa ação
contínua que leva a discussão, reflexão e construção do conhecimento resultando a
transformação da realidade da Educação Básica com o redimensionamento das práticas
educativas viabilizando a qualidade da aprendizagem do aluno com responsabilidade do
profissional em sua função específica.
6.1.15 – CONCEPÇÃO DA HORA ATIVIDADE
A hora atividade deve favorecer a troca de experiências e ideias na elaboração do
planejamento das aulas, leitura de textos, estudos com profissionais da mesma disciplina para
que haja melhor qualidade de ensino, bem como análise, correção e propostas de tarefas
realizadas pelos alunos, atualização geral dos acontecimentos relativos aos alunos, no âmbito
escolar e atendimento a pais fortalecendo assim o processo de ensino-aprendizagem.
6.1.16 – CONCEPÇÃO DE PLANO DE TRABALHO DOCENTE
O plano de trabalho docente é um documento voltado para as ações educacionais e
deve estar articulado com o Planejamento e a Proposta Pedagógica da escola organizando o
processo de ensino-aprendizagem em sala de aula. O processo de socialização do
conhecimento se dá na sala de aula expressando o compromisso com a socialização do saber
na perspectiva democrática. O Plano de Trabalho Docente, possibilita compreender a
concepção de ensino-aprendizagem e avaliação do professor, do processo ensino-
aprendizagem, a reflexão sistemática da prática educativa. Ele registra o que se pensa fazer,
como, quando, com que, e com quem fazer, antecipa a ação do professor, organiza o tempo e
o material de forma adequada, diferenciando assim planejamento de plano, embora, ambos
estejam relacionados.
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6.1.17 – CONCEPÇÃO DA REUNIÃO PEDAGÓGICA
“A nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmos
sempre depois de cada queda”. (Confúcio)
As reuniões pedagógicas devem ser o eixo norteador das ações propostas do trabalho
associado às pessoas da comunidade escolar, analisando situações, decidindo sobre seus
encaminhamentos e agindo sobre elas com objetivos determinados a garantir princípios que
busquem a qualidade e o sucesso da tarefa educativa na formação de cidadãos capazes de
participar na vida sócio- econômica, cultural e política.
Elas devem suprir as necessidades da escola e todos envolvidos para que se fortaleça o
processo ensino aprendizagem. Já previstas no calendário ou acontecendo as extraordinárias
de acordo com as necessidades da escola.
6.1.18 – CONCEPÇÃO DO CONSELHO DE CLASSE
Fazem parte do Conselho de Classe o diretor, professor pedagogo, os professores da
turma e o secretário da escola, para juntos tomarem medidas necessárias de apoio à
aprendizagem e ou respeito às normas escolares, frente aos resultados obtidos naquele
Conselho. Segundo pedido dos professores o Conselho de Classe seguirá, impreterivelmente o
calendário escolar para que haja uma maior interação entre os presentes de forma que juntos
possam intervir, conhecer os problemas e dificuldades dos alunos e solucioná-los da melhor
forma possível. É análise, reflexão e interpretação das informações obtidas tanto no Pré
Conselho (feito com os alunos) para diagnosticar os resultados do processo ensino
aprendizagem e tomar medidas que viabilizem o melhor aproveitamento escolar.
6.2 – CONCEPÇÃO DO TEMPO ESCOLAR
O tempo escolar entendido como um dos aspectos da cultura escolar, é um tempo
específico e diferente dos outros tempos, é institucional e organizativo; é a parte de uma
organização cultural e específica e como tal resulta numa construção histórica.
Tempo e espaço, são elos de uma mesma corrente de formação: orientam condutas e
organizam atividades, determinam o aceitável e o impróprio. O tempo escolar reflete formas
da gestão da escola, ele é percebido de modo diferente pelos membros dos estabelecimentos
docentes. As divisões por série, as sub-caracterizações de classes de apoio e de recurso em
contra-turno para atender os educandos com defasagem de aprendizado e de necessidades
especiais atendendo suas reais necessidades e diversidades nas diferenças sociais.
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6.3 – ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
A organização curricular da escola é constituída por disciplina e deverá estar em
consonância com o Art. 3 das Diretrizes Curriculares Nacionais, em relação aos conteúdos de
natureza atitudinal, que incluem normas, valores e atitudes, que permeiam todo o
conhecimento escolar. A escola, é um contexto socializador, geradora de atitudes relativas ao
conhecimento, ao professor, aos colegas, às disciplinas, às tarefas e a sociedade.
Considerando a importância de viabilizar o aprofundamento do conhecimento dos
valores universais como solidariedade, integridade, justiça, respeito e atitudes de verdade e
outras que buscam a transformação na sociedade atual. A escola, conhecendo a realidade de
seus alunos, as diferenças de idade, de características sócio-culturais, de inserção ou não no
mundo do trabalho, de características do local de moradia, de relação com a produção cultural
entre outras. Faz com que as questões enfrentadas pelos nossos alunos variem exigindo
projetos educativos e diferenciados.
Reconhecemos que somos seres condicionados, mas não determinados. Sendo a
história um tipo de possibilidades, queremos acreditar na incompletude do ser humano, de sua
constante procura, de sua curiosidade e capacidade de transformar.
6.4 – MATRIZ CURRICULAR
A matriz curricular deve constituir no marco de referência para ações formativas a
serem empreendidas pela escola que impulsiona todo o processo de transformação do saber-
fazer a partir das demandas da sociedade. Considerando as especificidades regionais é
importante destacar que na essência de Matriz Curricular está o diálogo permanente com as
diversas realidades à área do conhecimento. É a Matriz Curricular que norteia uma concepção
mais abrangente e dinâmica do currículo e propõe instrumentos que orientam as práticas
formativas em educação permitindo a unidade na diversidade. É a matriz que expressa a
modalidade, o curso, as disciplinas, a carga horária, parte diversificada e LEM.
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6.5 – RESOLUÇÃO CP Nº 1 DE 17/06/2004
ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E
AFRICANA
Art. 2° As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-
Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africanas constituem-se de
orientações, princípios e fundamentos para o planejamento, execução e avaliação da
Educação, e têm por meta, promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da
sociedade multi Afro-brasileira cultural e pluri-étnica do Brasil, buscando relações étnico-
sociais positivas, rumo à construção de nação democrática.
§ 1° A Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a divulgação e produção de
conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à
pluralidade étnico-racial, tornando-o capaz de interagir e de negociar objetivos comuns que
garantam, a todos, respeito aos direitos legais e valorização de identidade, na busca da
consolidação da democracia brasileira.
§ 2º O Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana tem por objetivo o
reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, bem como
a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação
brasileira, ao lado das indígenas, europeias, asiáticas.
Art. 3° A Educação das Relações Étnico-Raciais e o estudo de História e Cultura Afro-
brasileira, e História e Cultura Africana será desenvolvida por meio de conteúdos,
competências, atitudes e valores, a serem estabelecidos pelas Instituições de ensino e seus
professores, com o apoio e supervisão dos sistemas de ensino, entidades mantenedoras e
coordenações pedagógicas, atendidas as indicações, recomendações e diretrizes explicitadas
no Parecer CNE/CP 3/2004.
Art. 4° Os sistemas e os estabelecimentos de ensino poderão estabelecer canais de
comunicação com grupos do Movimento Negro, grupos culturais negros, instituições
formadoras de professores, núcleos de estudos e pesquisas, como os Núcleos de Estudos Afro-
brasileiros, com a finalidade de buscar subsídios e trocar experiências para planos
institucionais, planos pedagógicos e projetos de ensino.
61
Art. 5º Os sistemas de ensino, tomarão providências no sentido de garantir o direito de
alunos afrodescendentes frequentarem estabelecimentos de ensino de qualidade, que
contenham instalações e equipamentos sólidos e atualizados, em cursos ministrados por
professores competentes no domínio de conteúdos de ensino e comprometidos com a
educação de negros e não negros, sendo capazes de corrigir posturas, atitudes, palavras que
impliquem desrespeito e discriminação.
Art. 8º Os sistemas de ensino promoverão ampla divulgação do Parecer CNE/CP
3/2004 e dessa Resolução, em atividades periódicas, com a participação das redes das escolas
públicas e privadas, de exposição, avaliação e divulgação dos êxitos e dificuldades do ensino
e aprendizagens de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e da Educação das Relações
Étnico-Raciais.
6.6 – LEI 13.381/2001 ENSINO DA HISTÓRIA DO PARANÁ
O ensino da história do Paraná é ofertado como conteúdo complementar em todas as
disciplinas e todas as séries da educação básica organizando os conteúdos a serem
trabalhados, de forma que os assuntos sejam articulados e apreendidos pelos alunos, avaliados
e considerados matéria dada cimo os demais saberes, se, bem encaminhados podem ser
poucos os novos conteúdos em cada serie, criando um mecanismo contrário da fragmentação
do conhecimento e, levando em conta a complexidade dos saberes.
A Lei 13.381 de 18/12/2001 no seu art. 1º diz: “Torna-se obrigatório um novo
tratamento na Rede Pública Estadual de Ensino, dos conteúdos da disciplina História do
Paraná, no Ensino Fundamental e Médio, objetivando a formação de cidadãos conscientes da
identidade, potencial e valorização do nosso Estado”.
Nesse sentido, o estudo sobre o estado do Paraná são entendidos como saberes que
devem ser difundidos entre outros, para compor a identidade cultural e desenvolver uma
consciência que possibilite aos alunos compreenderem as formações e os sentidos que os
sujeitos dão a elas. O estudo sobre o estado do Paraná, é de caráter relevante em todas as
disciplinas, será trabalhado de forma interdisciplinar e inserido na disciplina de História e
Geografia, deverá permanecer como parte diversificada, no currículo, em mais de uma série
ou distribuídos os seus conteúdos em outras matérias, baseada em bibliografia especializada.
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A aprendizagem dos conteúdos curriculares deverão oferecer abordagens e atividades,
promovendo a incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense, partindo dos
estudos das comunidades, municípios e microrregiões do Estado.
6.7 – LEI Nº 11.788/2008 LEI DO ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
Art. 1º Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de
trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam
frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional,
de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na
modalidade profissional da educação de jovens e adultos.
Estágio não obrigatório, é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à
carga horária regular e obrigatória.
6.8 – CONCEPÇÃO DAS AÇÕES DIDATICO-PEDAGÓGICAS
A sociedade atual vem sofrendo constantes transformações; e a rapidez dessas
mudanças muito se deve as diferentes formas de tecnologia a que temos acesso.
Sendo parte ativa desse contexto, a escola também passa por essas mudanças, pois não
podemos andar na contramão; os nossos alunos convivem no seu dia a dia com diversas fontes
de informações e no âmbito escolar deve dar continuidade a este aprendizado. A escola deve
ser viva, onde educandos e educadores se envolvam, pensem, reflitam, construam e
reconstruam conhecimentos. Para que isso se torne possível, os educandos devem ter acesso a
ações pedagógicas dinâmicas e construtivas, sejam elas individuais ou coletivas.
A nossa escola desenvolve as seguintes ações:
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AGENDA 21
É um documento que teve origem na Conferência da Nações Unidas para o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento – Rio 92.
Na escola a agenda 21 apresenta-se como um instrumento de planejamento que requer
o envolvimento da comunidade escolar em um processo de construção coletiva, calcada no
princípio de gestão democrática. Suas ações podem ser problematizadas a partir de
diagnósticos que levem em consideração o cotidiano escolar e estrutura da própria escola,
possui um caráter interdisciplinar, portanto relaciona-se nos conteúdos escolares, de acordo
com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná.
FERA COM CIÊNCIA
Projeto do governo que propôs a integração de dois de seus grandes projetos
educacionais:
O Festival de Arte da Rede Estudantil(FERA e o EDUCAÇÃO COM CIÊNCIA), que
responde à expectativa da Rede Pública Estadual de Ensino, de ver tais projetos
acontecendo cada vez mais no interior das escolas e suas comunidades.
A Arte e a Ciência, serão os eixos dos conteúdos, tratados por metodologias
diversificadas e interdisciplinar, que são os determinantes na extensão da sala de aula
e no enriquecimento educacional e social dos alunos e professores da escola.
JOGOS COLEGIAIS
Bastante fortalecido o comprometimento da escola nos esportes. Participamos dos
JOCOPS nas modalidades de handebol, futebol e xadrez, dos jogos estaduais, campeonatos
internos e outros.
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JOGOS INTER-SÉRIES
São os campeonatos internos de futebol, handebol e xadrez, orientados pelos
professores de educação física e acontecem no mesmo período dos jogos colegiais.
OAC
Objetivos de Aprendizagem Colaborativa, é um conjunto de recursos que contem:
músicas, filmes, atividades, sugestões de sítios e de leituras, imagens entre outros recursos,
ligados a um conteúdo escolar específico que auxiliam o professor no preparo de suas aulas.
Está disponível no portal Dia-a-dia Educação.
FOLHAS
O FOLHAS é um Programa de Formação Continuada dos professores da Educação
que propõe uma metodologia específica de produção de material didático, como forma de
viabilizar a pesquisa dos saberes e fundamentos teórico-metodológico das disciplinas das
escolas públicas do Paraná.
Nossa escola procura incentivar os professores a utilizar-se desta oferta de pesquisa,
fortalecendo e enriquecendo a prática pedagógica em sala de aula.
EDUCAÇÃO FISCAL
Esse projeto articula em nossa sociedade o sentido de cidadania. A adoção desse
estudo oportuniza as ações educativas que provoca transformação nos hábitos cotidianos de
consumo no seio da família e na comunidade que está inserida, discutindo a aplicação dos
recursos e controle social, fazendo assim, valer o direito de cidadão.
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ATIVIDADE DE DESENVOLVIMENTO COM A COMUNIDADE
CONSELHO TUTELAR
É importante parceiro nos trabalhos escolares, sendo que está sempre presente. Nos
auxilia em casos mais difíceis de alunos ausentes.
Pretendemos essa parceria, que tem sido muito valiosa para o sucesso de nossa escola,
solicitando palestras, visitas do Conselho à escola, estudo do ECA.
Trabalhar com a Ficha de Comunicação do Aluno Ausente – FICA, que trata da
evasão escolar.
PROMOTORIA PÚBLICA
A Promotoria sempre nos auxiliou quando necessitamos, acreditamos se vital a
parceria com esse respeitável órgão público para a continuidade dos trabalhos juntamente com
o Conselho Tutelar e para o bom andamento da escola. Solicitar palestras e reuniões com pais,
professores e alunos para esclarecimentos das leis, normas, direitos, deveres, o ECA e outros.
POLICIA CIVIL E MILITAR (PATRULHA ESCOLAR)
Esperamos que continuem sendo nossos aliados passando sempre na frente da escola
no sentido de coibir algazarras e pessoas estranhas na porta da mesma. Também farão sua
contribuição com palestras e outros.
SECRETARIA DE SAÚDE
Será nossa parceira com palestras dirigidas aos pais e alunos. Pretendemos colher
maiores informações sobre as famílias com os agentes de saúde, sempre que necessitamos e
solicitamos recebemos bom atendimento desta área.
Temos membro da escola participando do Conselho de Saúde.
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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Importante parceira, nos auxilia em muitos momentos e quando solicitamos ajuda (que
está a seu alcance). Pronta a nos ajudar quando pedimos ajuda com o transporte para
passeios, idas a jogos e ou outro evento, tanto para aluno como para professor, pedagogos e
funcionários. Algumas decisões em benefício do município e dos alunos são tomadas em
conjunto, tais como: calendário escolar, eventos e comemorações da cidade, combinados de
horários de reunião pedagógica, boa parceria nos acertos de precisão de dispensa de
funcionários para cursos, reuniões pedagógicas e outros.
Existem projetos e programas que são desenvolvidos em conjunto, como o Programa
de Enfrentamento à Violência contra Criança e Adolescentes, o Projeto Ecoteca e o Menarca.
PROJETO ANJOS DA ESCOLA
Este projeto existe para auxiliar os alunos em sua aprendizagem, na evasão, na
repetência e em situação de risco. Um professor e ou um aluno escolhe um aluno que
apresente algum tipo de problema, para acompanhá-lo.
MENARCA
Realizado pela professora de ciências em parceria com o município e alunas da escola
e trata da primeira menstruação, gravidez na adolescência, visa levar informações à menina
sobre o próprio corpo e o desenvolvimento da sexualidade. O projeto terá continuação mas
sem a parceria municipal.
ECOTECA
Este projeto é financiado e coordenado pela Duke Energy – Geração Paranapanema
com a parceria da Secretaria Municipal e escolas, inclusive a nossa. Tem por finalidade
incentivar a leitura, o chamado “protagonismo juvenil” e a inclusão digital. Considera-se a
realização deste projeto como da comunidade interna, já que o mesmo é desenvolvido por um
grupo de alunos, por adesão e tem como coordenador um professor.
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EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Com o desafio de superar as necessidades de atendimento diferenciado aos educandos
desta escola, pretende- se potencializar uma equipe multidisciplinar. Neste panorama, visa-se
a possibilidade de contar com profissionais na área da psicologia, pedagogia, da saúde bucal,
prevenção do tabagismo, entre outros, visando resgatar no educando a sua auto estima e a
vontade em aprender, bem como o fortalecimento de uma educação emancipadora e integral.
SALA DE APOIO
Para inclusão de todos os indivíduos, a escola como instituição de ensino, deve estar
voltada para o atendimento à diversidade social, econômica e cultural existente, sem perder de
vista o conhecimento historicamente produzido que constitui patrimônio de todos.
Nossa escola conta com Salas de Apoio a Aprendizagem em português e matemática,
visando sanar as defasagens de conteúdos e com isso garantir a igualdade de condições para
todos.
SALA DE RECURSOS
A escola conta com Salas de Recurso para atendimento aos alunos com necessidades
educacionais especiais e distúrbio de aprendizagem.
CAES
CENTRO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO NA ÁREA DA
SURDEZ
O CAES que permite ao aluno surdo uma outra linguagem a de libras. E Professor
Interprete traduzindo, com a linguagem de sinais (libras) todas as aulas para que o aluno
entenda o que o professor está explicando. As Leis 9394/96 (LDB), a 10098/00 que trata da
acessibilidade, a 10436/02 que reconheceu a Língua Brasileira de Sinais como meio legal de
comunicação, o Decreto Federal nº- 5626/05 que regulamenta a lei sobre a Língua Brasileira
de Sinais (LIBRAS), a Resolução CNE/CEB nº- 02/01 que institui as Diretrizes Curriculares
Nacionais na Educação Básica, o Parecer nº- 17/01 (CEB), define Diretrizes Curriculares
Nacionais para Educação Especial na Educação Básica, a Lei Estadual nº- 12095/98 que
reconhece a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira de Sinais e a Deliberação nº-
03/03 (CEE) define normas para a Educação Especial na Educação Básica, contidas na
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Instrução nº- 008/08 (SUED/SEED) onde estabelece normas para a atuação do profissional
tradutor e intérprete de Língua Brasileira de Sinais – Libras/Língua Portuguesa – (TILS ), nos
estabelecimentos de ensino da rede pública estadual.
O educando deve perceber que ele é sujeito principal dentro da escola e que a mesma
deve não adaptá-lo, mas sim, verdadeiramente inserir como imprescindível ao seu
funcionamento.
Debates vêm acontecendo no enfrentamento dos desafios sobre a inclusão, pois são
garantidos por lei (Lei 9.394/96, Art. 3º, incisos I e II). O artigo 3º da Lei nº 9.394/96, caput e
incisos I e II assim definem, : “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios”: I
– igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender,
ensinar, pesquisar, e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber.”
A escola vem promovendo o reconhecimento político e a valorização dos traços e
especificidades culturais que caracterizam a diferença das minorias sem visibilidade social,
historicamente silenciada.
CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA E INDÍGENA
A Lei 10639/2003 contempla a obrigatoriedade de acrescentar a história e cultura afro-
brasileira e africana na proposta curricular, mas antes da lei a escola comemorava a libertação
dos escravos, a vida de Zumbi , a cultura, os usos e costumes. Com a lei em vigor e literatura
sobre o assunto aprendeu-se a valorizar mais essa cultura, com ênfase nos pontos positivos.
A Lei 11645/2008 é mais abrangente, pois além de tratar da cultura afro brasileira e
africana, inclui os povos indígenas e sua cultura.
OLÍMPIADA DE MATEMÁTICA
A Escola Hercília participou das quatro Olimpíadas de Matemática (OBMEP), onde os
alunos são estimulados a estudar e entender a matemática. O projeto consta de duas fases com
premiações e é uma parceria da Associação Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada
(IMPA) e governo federal, podendo participar todas as escolas públicas. Pretendemos,
continuar participando para incentivar nossos alunos a entender a matemática. Resultado da
69
parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e a Fundação Itaú Social (FIS), sob a
coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Social
Comunitária (CENPEC), a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro tem como
objetivo colaborar para a melhoria do ensino da leitura e da escrita da rede pública e
incentivar a produção de textos dos alunos. Iniciou em 2008, mas esperamos, continuar
participando para a formação de um bom leitor.
6.9 – CONCEPÇÃO DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
O Programa Viva Escola, aprovado pela Resolução nº3683/2008, assume como
política pública as Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular, contempladas na
Proposta Pedagógica Curricular (PPC) , e desenvolvidas pelas escolas da Rede Pública
Estadual do Paraná.
Entende-se por complementação curricular, atividades relativas aos possíveis recortes
do conteúdo disciplinar, prevista na Proposta Pedagógica Curricular, que implica uma seleção
de atividades organizadas em núcleos de conhecimento que venham ao encontro do Projeto
Político Pedagógico com objetivos de dar condições para que os profissionais da educação, os
alunos da Rede Pública Estadual e a comunidade escolar, possam desenvolver diferentes
atividades pedagógicas no contra-turno, no estabelecimento de ensino onde estão vinculados,
visando o acesso, a permanência e a participação dos alunos em atividades pedagógicas de seu
interesse, possibilitando maior integração na comunidade escolar ao realizar as atividades
promovendo a interação entre alunos, professores e comunidade.
Essas atividades pedagógicas são organizadas a partir de 04 (quatro) núcleos de
conhecimento: Expressivo-Corporal, Científico-Cultural, Apoio à Aprendizagem e Integração
Comunidade e Escola.
70
6.10 – CONCEPÇÃO DE DESAFIOS EDUCACIONAIS
CONTEMPORÂNEOS
Desafios educacionais contemporâneos são demandas que possuem historicidade, por
vezes fruto das contradições da sociedade capitalista, outras vezes, oriunda dos anseios dos
movimentos sociais e, por isso prementes na sociedade contemporânea. São de relevância
para a comunidade escolar, pois estão presentes nas experiencias, práticas, representações e
identidade de educandos e educadores. A escola deve ser um espaço aberto à iniciativa dos
que interagindo entre si e com a comunidade escolar se realizem como cidadãos, para tanto,
os conhecimentos universais e os desafios do cotidiano podem e devem ser discutidos para
que haja uma proposta curricular adequada a educação e a sociedade que almejamos.
CIDADANIA
O papel da educação e a função da escola é articular a apropriação do conhecimento
para que todos os alunos exerçam os direitos de cidadãos e sejam agentes de socialização.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
É tratada como um processo que propicia a compreensão crítica das questões
socioambientais. Os alunos são orientados a adotar uma posição consciente e participativa
frente as questões relacionadas à conservação e utilização adequada dos recursos naturais,
para a diminuição contínua das disparidades sociais e do consumo desenfreado.
A partir de debates e percepções do entorno da comunidade é que o professor, alunos e
comunidade estarão empenhados em desenvolver estratégias de preservação ao meio
ambiente. A educação ambiental aparece de forma articulada em toda as disciplinas
curriculares.
ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NA ESCOLA
Para enfrentar a violência na escola, buscamos transformar o poder da força em poder
de conhecimento. É através do fortalecimento do diálogo com a sociedade civil organizada e
articulada que o processo educacional se efetiva o enfrentamento à violência na escola.
Dentro da escola a mediação de conflitos, que geram a violência deve ser combatida com
diálogo, contato com familiares, se necessário reuniões com o Conselho Escolar, em casos
71
mais sérios, encaminhamento para o Serviço Social, Conselho Tutelar e Patrulha Escolar que
são mediadores de conflitos que colaboram com a escola no combate à violência.
PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS
Um trabalho desafiador que requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado
em resultados de pesquisas desprovidos de preconceito, discriminações e crenças pessoais.
Por meio da busca do conhecimento, educadores e educandos são instigados a conhecer a
legislação que reporta direta ou indiretamente a propriedade de todo comprometimento a esse
desafio educacional contemporâneo, bem como, a debater assuntos presentes em nosso
cotidiano: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas,
narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros.
SEXUALIDADE
A sexualidade, entendida como uma construção social, histórica e cultural, precisa ser
discutida na escola, espaço privilegiado para o tratamento pedagógico desse desafio. O
trabalho educativo com a sexualidade, por meio dos conteúdos elencados nas DCEs da
Educação Básica do Paraná deve considerar os referenciais de gênero, diversidade social,
classe e raça/etnia procurando subsidiar, por meio do conhecimento científico e não por meio
de valores e crenças pessoais.
6.11 – CONCEPÇÃO DE DIVERSIDADE
Para que a escola tenha significado e os alunos reconheçam nela um modelo de
desenvolvimento que tenha como elemento fundamental o ser humano, deve contemplar em
seus conteúdos a Educação Indígena, Educação do Campo, Relações Étnico-Raciais e Afro-
descendência, Gênero e Diversidade Sexual e Paraná Alfabetizado.
72
PARANÁ ALFABETIZADO
O Programa Paraná Alfabetizado, é um programa do governo do estado do Paraná que
tem o objetivo de erradicar o analfabetismo no estado, garantindo a todos o direito de saber ler
e escrever. Investe na alfabetização de jovens, adultos e idosos não alfabetizados, com 15
anos ou mais, na perspectiva de superação do analfabetismo. Carlópolis, como outras cidades
do estado possui um grande número de analfabetos, sendo assim, a escola apoia e oferece
espaço para atender o programa.
EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
É ofertado pelo estado em colaboração com os municípios paranaense, garantida pelas
diretrizes da SEED como uma educação laica, intelectual e bilíngue aos estudantes.
EDUCAÇÃO DO CAMPO
A Educação do Campo, é um projeto educacional compreendido a partir dos sujeitos
que têm o campo como seu espaço de vida. Ela deve ser no campo e do campo, porque “o
povo tem o direito de ser educado no lugar onde vive”. O povo tem direito a uma educação
pensada desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à cultura e as suas necessidades
humanas e sociais. O conceito de campo neste sentido busca ampliar e superara visão do rural
como local de atraso, no qual as pessoas não precisam estudar ou basta uma educação
precária.
É necessário que se assuma na Educação do Campo a construção de um modelo de
desenvolvimento que tenha como elemento fundamental o ser humano como o centro da
produção do campo. Ela deve ser concebida como uma Escola do Campo que não pode recair
no equívoco de privilegiar a cultura da cidade, desvalorizando a identidade desses alunos, mas
sim saberes acumulados ao longo das experiências vividas pelos sujeitos do campo, suas
características, seu trabalho e sua diversão.
Para que a escola tenha significado e os alunos reconheçam nela esses saberes, devem
estar presentes nas práticas pedagógicas e na organização do trabalho pedagógico escolar.
Em articulação com os movimentos organizados da sociedade civil, a escola
desenvolve ações que atendem às necessidades educacionais das diversas populações do
campo, respeitando suas especificidades políticas, econômicas, culturais e sócio ambientais.
73
RELAÇÕES ETNICOS-RACIAL E AFRODESCENDÊNCIA
A escola promove o reconhecimento e valorização da identidade da história e cultura
da população negra e indígena assegurando a igualdade de condições ao lado das europeias e
asiáticas.
GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL
O que a escola deve fazer em relação aos temas referentes a Diversidade e Gênero
Sexual numa perspectiva de enfrentamento ao preconceito e a discriminação nas escolas
públicas, deve proporcionar uma interação entre as diversas instâncias da escola.
É necessário que haja discussões sobre a relação entre gêneros, para superação das
desigualdades presentes na sociedade e no ambiente escolar. É preciso desnaturalizar as
relações de gênero na escola, refletindo sobre o preconceito, a discriminação e a desigualdade
em relação à orientação sexual e à identidade de gênero.
6.12 – CONCEPÇÃO CURRICULAR/ DE CURRICULO
A instituição escolar foi constituída na história da humanidade como o espaço da
socialização do conhecimento formal historicamente construído. O processo de educação
formal possibilita novas formas de pensamento e de comportamento: por meio das artes e das
ciências o ser humano transforma sua vida e de seus descendentes. A escola, é um espaço de
ampliação da experiência humana, devendo para tanto, não se limitar às experiências
cotidianas da criança e trazendo, necessariamente conhecimentos novos, metodologia e as
áreas de conhecimento contemporâneas. O currículo se torna, assim, um instrumento de
formação humana.
Um currículo para a formação humana precisa ser situado historicamente, uma vez que
os instrumentos culturais que são utilizados na mediação do desenvolvimento e na dinâmica
das funções psicológicas superiores se modificam com o avanço tecnológico e científico. Esta
perspectiva do tempo é importante: novas áreas do conhecimento vão se formando, por
desdobramento das áreas tradicionais do currículo ou são criadas como resultado de novas
práticas culturais ou ainda pela complexidade crescente do conhecimento e da tecnologia.
Um currículo para formação humana introduz sempre novos conhecimentos, não se
limita aos conhecimentos relacionados às vivências do aluno, às realidades regionais, ou com
74
base no assim chamado conhecimento do cotidiano. É importante alertar para a diferença
entre um currículo que parte do cotidiano e aí se esgota e um currículo que engloba em si
mesmo não apenas a aplicabilidade do conhecimento à realidade cotidiana vivida por cada
grupo social, mas entende que conhecimento formal traz outras dimensões ao
desenvolvimento humano, além do prático.
Um currículo para a formação humana é aquele orientado para a inclusão de todos ao
acesso dos bens culturais e ao conhecimento, está assim, a serviço da diversidade.
6.12.1 – RELAÇÃO ENTRE CONTEÚDO, MÉTODO, CONTEXTO
SÓCIO-CULTURAL E FINS DA EDUCAÇÃO
O método decorre das relações estabelecidas entre conteúdo, método e contexto
cultural, confronta os saberes trazidos pelo aluno com o saber elaborado, na perspectiva da
apropriação de uma concepção científico/filosófico da realidade social, medida pelo
professor. Incorpora a dialética como teoria de compreensão da ralidade e com,o método de
intervenção nesta realidade.
A relação de indissociabilidade entre forma e conteúdo pressupõe a socialização do
saber produzido pelos homens. Os fins a serem atingidos é que determinam os métodos e
processos do ensino-aprendizagem.
6.12.2 – RELAÇÕES ENTRE AS CONCEPÇÕES DE HOMEM,
SOCIEDADE, MUNDO, EDUCAÇÃO, APRENDIZAGEM, ETC. E A
FINALIDADE DOS CONTEÚDOS
A finalidade dos conteúdos tem que estar coerentes coma as concepções, é na escola
que através do currículo apropriado que as relações entre as diversas concepções estão inter-
relacionadas para contribuir às mudanças de atitudes a fim de que ampliem as condições de
cidadania e do desenvolvimento de um pensamento analítico, de noções preconceituosas e
determinalistas, a cerca das relações sociais para o enfrentamento da realidade que aí está. As
relações das concepções adotadas pela escola está calcada nas atitudes de socialização do
conhecimento, solidariedade, reciprocidade, participação coletiva, dialógica, descentralização
75
de poder, transformadora, ética, atitudes estas que implicam, necessariamente, uma interação
entre sujeitos com o mesmo objetivo e opção por um referencial teórico que o sustente.
Tratar os conteúdos em sua dimensão prática é compreender que a atividade educativa é uma
ação verdadeiramente humana e requer consciência de uma finalidade de repassar e ampliar a
compreensão dos conteúdos, pois os conteúdos devem ser tomados para a humanização da
formação dos sujeitos, isto significa, pensar em quais conteúdos de aprendizagem serão
ensinados com conteúdos de vida e que devem abranger os conteúdos científicos da cultura
erudita e os conteúdos de prática social.
6.12.3 – RESPEITO À IDENTIDADE CULTURAL DO ALUNO
Em ambas sociedades antiga e atual, o conhecimento é adquirido pelos ensinamentos
da família, sendo a primeira instituição que o educando mantém contato e, é nesse momento
que o aprendido por essa toma significado e surgem os mitos. O mito, é a forma que o
indivíduo encontra para que as tradições sejam aceitas como verdade, através da imaginação e
criação de histórias que possa tranquilizar os fenômenos que vão acontecendo com o passar
dos tempos. Quando o mito e a educação se encontram, sempre existe conflito pois a criação
do mito é o começo da formação da identidade cultural, essa por sua vez agrega uma carga de
costumes, tradições, ensinamentos, verbetes e ideologias que cada educando traz à escola, e
muitos educadores não sabem conviver com essas diferenças e muito menos aproveitá-las
para uma extensão em uma cultura multifacetada no contexto escolar.
A escola torna o que até aquele momento passado era estático em dinâmico, buscando
a verdade multilinear, ou seja, em diversas visões, porém sempre sendo encontrada em um
único contexto. Portanto, a produção do conhecimento só é possível a partir da racionalidade,
da reflexão e da troca.
A racionalidade é essencial por estabelecer a dúvida em todas as ideias, ou seja, a
medida que um determinado assunto é instigado desenvolve a capacidade de pensar,
potencializa a criticidade e produz conhecimento, dando sentido ao que Descartes formulou a
respeito desse processo, "penso, logo existo". Conclui que, se duvida, pensa; se pensa, existe.
Embora não seja físico é reconhecido como ser pensante.
Através da reflexão, a racionalidade do conteúdo é re-significado tomando sentido
para a vivência do educando, passando por críticas e fazendo parte da percepção humana, pois
76
o ser humano só atribui sentido aquilo que tem significado algum para o seu cotidiano. O
essencial no ato reflexivo é a razão especulativa, a partir de inquietações que o entendimento
puro é consentido, nesse ato convêm as ideias simples que são correlacionadas à consciência
nas experiências e experimentos, suscetivelmente ocorre as ideias complexas que são as
inquietações transcritas e a busca por outras "verdades".
O ensino deve sempre respeitar os diferentes níveis de conhecimento que o aluno traz
consigo à escola. Tais conhecimentos exprimem o que poderíamos chamar de a identidade
cultural do aluno – ligada, evidentemente, ao conceito sociológico de classe. O educador deve
considerar essa "leitura do mundo" inicial que o aluno traz consigo, ou melhor, em si. Ele
forjou-a no contexto do seu lar, de seu bairro, de sua cidade, marcando-a fortemente com sua
origem social.[FREIRE & CAMPOS, 1991, p. 5]
Queremos uma pedagogia que, sem renunciar à exigência do rigor, admita a
espontaneidade, o sentimento, a emoção, e aceite, como ponto de partida, o que se chamaria
de "o aqui e o agora" perceptivo, histórico e social dos alunos.
Enfim, o papel do educador no século XXI cada vez mais fica evidenciado o respeito
pelas diversas culturas que no mundo atual são multifacetadas, com o avanço da globalização
muitos paradigmas já foram quebrados e criados novos a respeito dessa evolução das barreiras
culturais, outro aspecto importantíssimo de destacar é o cuidado ao tratar os diferentes níveis
de conhecimento, respeitando o educando de uma forma singular. O próximo passo é o
diálogo suscetivelmente a construção do conhecimento, desta forma dinâmico e atraente.
6.12.4 – ARTICULAÇÃO DESSES SABERES DAS ÁREAS DE
CONHECIMENTO
A possibilidade de autonomia do aluno está inscrita no seu conhecimento cotidiano
científico, bem como relacionada em interações transacionais com os outros elementos do
grupo. Nesse sentido, deve-se tratar processos de manipulação do conhecimento de um ponto
de vista de crítica livre, objetividade e racionalidade individual imersos nas matrizes
histórico-culturais do aluno e englobados pela situação colaborativa proposta pelo professor.
O professor deve ser o articulador desses processos de compartilhamento e síntese do
conhecimento, criando situações colaborativas favoráveis, propiciando aos alunos
77
possibilidades múltiplas e multiformes de atuarem de forma crítica e imaginativa,
estimulando-os na resolução de problemas, na superação de conflitos cognitivos e no processo
criativo.
6.12.5 – RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO
Como profissionais críticos e atuantes na área de ensino, observamos que, atualmente,
impera um total descaso pelo ato de lecionar e aprender. Já não há mais o respeito mútuo
entre discentes e docentes; a indisciplina em sala de aula é uma constante; a dificuldade que
os estudantes encontram em usar a linguagem escrita como elemento de reforço ou registro da
fala, uma triste realidade; e atos de violência escolar já fazem parte do nosso dia-a-dia.
Portanto, este artigo, têm como objetivo mostrar alguns dos problemas que
constatamos no decorrer do processo ensino-aprendizagem e apresentar sugestões, sempre
respaldadas por embasamentos teóricos e experiências reais vivenciadas por profissionais
renomados, de como tais problemas poderiam ser melhor administrados e, por que não,
eliminados. Considerando tal abordagem, tomamos por base de nossas observações a relação
professor-aluno, como uma revisão crítica de desempenho e atitude social; aliada à
metodologia adotada pelo docente; se não o maior, um dos principais fatores que rege a
motivação pelo aprender por parte do discente em formação.
O ser humano é social por natureza. Desde muito jovem, vivemos em sociedade,
fazemos parte e formamos grupos com pessoas das mais diversificadas crenças, origens e
personalidades. Graças a esse convívio no decorrer de nossas vidas, vivemos situações que
nos constrangem ou enaltecem, sofremos desilusões, aprendemos com nossos erros e acertos
e, através de comparações, conseguimos construir a nossa personalidade e interagir com o
universo. Nesse referencial, nossos melhores amigos, aqueles que com suas críticas e
conselhos, muitas vezes, melhoram certos aspectos e comportamentos negativos que
apresentamos, conseguem nos sensibilizar, pois conquistaram nossa confiança, nosso respeito,
são exemplos de companheirismo e demonstram um sincero interesse pelo nosso bem-estar.
78
6.12.6 – DESENVOLVIMENTO DE UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA
QUE ARTICULE CONTEÚDOS E A DINÂMICA DE UM PROCESSO
EDUCATIVO QUE EMPREGUE RECURSOS DIDATICOS-
PEDAGÓGICOS FACILITADORES DA APRENDIZAGEM
Do ponto de vista dos professores, os recursos didáticos são essencialmente
mediadores, já que possibilitam uma efetiva relação pedagógica de ensino-aprendizagem.
Defendemos que eles são mediadores tanto no trabalho dos educadores nos momentos em que
expõe os conteúdos escolares como nos trabalhos de grupos dos alunos, momento em que
realizam reflexões sobre o conteúdo escolar abordado na aula.
6.12.7 – INTERVENÇÃO CONSTANTE DO PROFESSOR NO
PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Para o professor obter sucesso em suas ações é necessário, antes de tudo, elaborar um
planejamento de ensino. No entanto, observamos uma falta de integração entre os diferentes
elementos que compõem esse planejamento. Na realidade, o que focalizamos são as variáveis
que estabelecem o como ensinar. Métodos, recursos e procedimentos são alguns dos termos
utilizados para designar os aspectos relativos ao como ensinar.
Na realidade, o que os diferentes autores focalizam são as variáveis que estabelecem o
como ensinar. Dessa forma, acreditamos que o objeto de estudo ‘ensino-aprendizagem’
pertence a um campo específico. Ele constitui um campo de investigação autônomo capaz de
produzir teorias, reflexões, modelos e pesquisas que recebe contribuições de diversos campos,
como a própria Pedagogia, a Linguística, a Psicologia etc. Enquanto disciplina de ação e
intervenção visa também produzir competências, isto é, elaborar um saber que propicie a
transformação dos atos de ensino em atos de aprendizagem.
Em termos de prática de sala de aula há a necessidade de relacionarmos as questões
mais instrumentais do ‘como’ ensinar as questões correlatas como: ‘o que’, ‘para que’ e ‘para
quem’ ensinar. O tratamento integrado a essas questões pode realizar-se de modo coerente no
âmbito de uma abordagem de ensino-aprendizagem da LM. Então escolhemos, mais
especificamente, uma abordagem interacional, proposta por Cunha (1998), pois essa
79
abordagem fundamenta-se em princípios condizentes com os objetivos mais atuais da
disciplina Língua Portuguesa presentes nos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN (1998).
Se a escola, enquanto local social privilegiado de construção de significados éticos
constitutivos de toda ação de cidadania, toma para si o objetivo de formar homens capazes de
atuar com competência na sociedade, possivelmente, optará por uma abordagem de ensino
que não esteja distante das questões sociais vigentes e que favoreça uma aprendizagem capaz
de fazer com que o aluno exerça seus direitos e deveres de cidadão, interferindo de forma
crítica na realidade para transformá-la.
6.12.8 – RELAÇÃO ENTRE A FORMAÇÃO CONTINUADA DO
PROFESSOR E A DINÂMICA DE SUA PRÁTICA EM SALA DE AULA
É fundamental manter na rede de ensino e com perspectivas de aperfeiçoamento
constante aos bons profissionais do magistério [...] A formação continuada dos profissionais
da educação pública .
A proposição de um novo formato para a formação continuada de professores da rede
estadual do Paraná e suas limitadas contribuições ao processo formativo do professor remete
à importância do espaço escolar como “local privilegiado de formação” no sentido de resgatar
a verdadeira função da escola e do conhecimento e adota o método materialista dialético-
histórico na busca do enfrentamento dos desafios tomando como princípio a tendência
pedagógica histórico-crítica. As atividades de formação que constituem a proposta, estão
firmadas em dois objetivos básicos: a ampliação do universo do conhecimento dos
professores e a reflexão da concepção histórico-crítica norteando o trabalho educativo,
pautadas em reflexões e operacionalizações.formação continuada não deve se restringir à
resolução de problemas específicos de sala de aula, mas contribuir para que o professor
ultrapasse a visão compartimentada da atividade escolar e passe a analisar os acontecimentos
sociais, contribuindo para sua transformação.
80
6.12.9 – INTERDISCIPLINARIDADE E CONTEXTUALIZAÇÃO
A contextualização e interdisciplinaridade constituem hoje, princípios norteadores
para organização de um currículo por competências. Assim, pode-se entender a
interdisciplinaridade, como a interação dos saberes, independente de separação por
disciplinas. A contextualização, é um princípio orientador do currículo que tem por objetivo
dar significado ao entorno do aluno, uma vez que, no que tange ao ensino disciplinar, o
conhecimento não deve ser entendido como um conjunto de conhecimentos isolados, prontos
e acabados, mas sim uma construção da mente humana em contínua mudança.
6.13 – CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
No paradigma educacional centrado nas aprendizagens significativas a avaliação, é
concebida como processo/instrumento de coleta de informações, sistematização e
interpretação das informações, julgamento de valor do objetivo avaliado através das
informações tratadas e decifradas e, por fim, tomada de decisão (como intervir para promover
o desenvolvimento da aprendizagem significativa).
Avaliação, é o espaço de mediação/aproximação - diálogo entre formas de ensino dos
professores e percursos de aprendizagens dos educandos. Aqui, a avaliação possui a tarefa de
se centrar na “forma como o educando aprende, sem descuidar da qualidade do que aprende”
para orientar o docente e ajustar seu fazer didático de maneira que produza desafios que se
transformem em aprendizagens para os educandos.
A avaliação cruza o trabalho pedagógico desde seu planejamento até a sua execução,
coletando dados para melhor compreensão da relação entre o planejamento, o ensino e
aprendizagem e orienta a intervenção didática para que seja qualitativa e contextualizada.
Deve-se lançar mão de um maior número de instrumentos avaliativos perpassando o trabalho
pedagógico.
Restringir a avaliação aos testes finais e aos conteúdos apreendidos implica não avaliar
certos aspectos dos estudantes como desempenho, capacidade investigativa e a participação
em trabalho em grupos, nem tampouco o desenvolvimento da aquisição dos conceitos
testados, também não torna a intervenção didática como objeto da avaliação.
81
A diversidade de instrumentos avaliativos precisa estar inserida em uma sistemática,
atender a uma metodologia própria da teoria e da pratica da avaliação educacional e adequa-la
à natureza do objeto avaliado, seja o ensino e a aprendizagem, o currículo, o curso, o
programa, a instituição etc. Diversificar não é simplesmente adotar vários instrumentos
aleatoriamente, a avaliação é um campo teórico e prático que possui um caráter metódico e
pedagógico que atende a sua especificidade e intencionalidade, sendo um processo
sistemático, contínuo, materializado em vários momentos. O processo avaliativo tem como
meta compreender o objeto avaliado para melhorar sua qualidade e não classificá-lo,
diagnosticar e intervir e não selecioná-lo e excluí-lo.
O fazer avaliativo é condicionado pela “cultura institucional”, a maneira de vivenciá-
lo não depende exclusivamente da atitude solidária do professor ou de suas atividades
isoladas. É imprescindível a construção de uma cultura avaliativa que rompa com a concepção
autoritária, seletiva, classificatória, punitiva e terminal. A prática da avaliação pode mudar
quando, principalmente, os processos avaliativos formativos reguladores torna-se regra e se
integram a um dispositivo de pedagogia diferenciada “assumidas pelos profissionais da
educação, localizados na escola e no sistema educacional como um todo”.
6.13.1 – CONCEITO DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve proporcionar dados que permitam ao estabelecimento promover a
reformulação do currículo com a adequação dos conteúdos e métodos de ensino e possibilitar
novas alternativas para o planejamento da escola e do sistema de ensino.
A avaliação deve ser contínua, cumulativa e processual valorizando o conhecimento
adquirido, ao que se quer que o aluno alcance, não sendo excludente. Sendo assim a
avaliação deixa de funcionar contra o aluno e passa a ser parte integrante do processo ensino
– aprendizagem e instrumento de auto - regulação desse processo, facilitando para que os
objetivos propostos sejam atingidos. A avaliação diz respeito não só aos alunos, mas também
ao professor, aos profissionais da educação e ao próprio sistema escolar.
A avaliação, é um trabalho permanente para acompanhar o processo ensino
aprendizagem, realizando uma sondagem dos acertos e erros, indicando os objetivos que serão
reavaliados para retomada de conteúdos.
82
O aluno deve ser avaliado no aproveitamento dos conteúdos específicos de cada
disciplina, na sua capacidade criativa e participativa, na responsabilidade no seu
relacionamento com os colegas, professores, direção, enfim, no que diz respeito ao seu
comportamento na comunidade escolar, analisando se isso é reflexo do conhecimento
adquirido no decorrer do processo ensino-aprendizagem..
6.13.2 – INDICADORES DA APRENDIZAGEM
A aprendizagem é organizada sob medidas para cada aluno; isto é, o aluno é
responsável por muitas das decisões que envolvem sua própria educação e a instituição
maximiza o atendimento individual.
Deve-se respeitar os estilos individuais da aprendizagem de cada aluno sem forçar os
mesmos a demonstrar o mesmo desempenho em todas as áreas do conhecimento.
O sistema didático encoraja uma aprendizagem profunda em vez de aprendizagem de
superfície. O professor em vez de ser responsável pela transferência de conhecimento passa a
ser condutor das atividades realizadas pelos alunos, os quais assumem um papel ativo no
desenvolvimento da aprendizagem.
A aprendizagem deve ser participativa através de atividades organizadas que levem a
descoberta de novos conhecimentos, inclusive o uso da multimídia e o trabalho em equipe. A
avaliação é um dos principais indicadores da aprendizagem e não deve ser apenas provas, mas
através de trabalhos participativos e atividades que deem informação aos alunos solicitando
que o mesmo demonstre sua criatividade e segurança com conteúdo reorganizando-o,
comentando-o e aplicando-o em novas circunstâncias.
6.13.3 – CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO
A avaliação do rendimento escolar dos alunos, é realizado por verificação ou
aprendizagens previstas no Plano das Disciplinas. As formas de verificação da aprendizagem
podem ser através de provas, exercícios, relatórios, produção de textos, trabalhos e outros que
serão estabelecidos pelo professor responsável pela disciplina com aprovação do respectivo
curso, devendo ser divulgados no início de cada período letivo. Será considerado 4.0(quatro)
83
pontos distribuídos em atividades e 6.0(seis) pontos para avaliações objetivas aplicadas de
diferentes formas.
6.13.4 – PERIODICIDADE DE REGISTRO DA AVALIAÇÃO
A escola destaca a importância das medidas de dimensões ou aspectos quantificáveis,
considerando a importância da periodicidade do processo de avaliação e do registro de seus
resultados, especialmente nos momentos de terminalidade como de uma unidade série ou
curso o qual é realizado bimestralmente.
6.13.5 – RESULTADO DA AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem, deve ser entendida como um dos aspectos de ensino
pelo qual, o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho.
Logo um instrumento para acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem do aluno,
bem como, diagnosticar seus resultados e atribuir um juízo de valor para a aferição da
qualidade do seu resultado. A avaliação de aprendizagem deve estar relacionada a uma
concepção de formação homem reflexivo crítico e com postura cidadã e contribuir para uma
análise reflexiva que leve o professor a compreensão e a superação da discrepância entre a
teoria e a prática, observada no contexto escolar visando uma perspectiva de avaliação da
aprendizagem, contribuindo para o aperfeiçoamento e a tomada de consciência do professor
como agente histórico-social, transformador da realidade social.
6.14 – PLANOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação é uma atitude constante em todo o trabalho planejado. É a constatação da
correspondência entre a proposta de trabalho e sua consecução. Tem por finalidade verificar a
adequação do desenvolvimento do aluno face aos objetivos propostos.
A avaliação acontecerá durante todo o processo escolar, não tendo como objetivo
principal quantificar os resultados, ms sim a partir das observações diárias, diagnosticar as
dificuldades dos alunos e por meio deste diagnóstico, retomar os conteúdos para que a
84
aprendizagem seja alcançada. Dar-se-á relevância a atividade crítica, a capacidade de síntese e
a elaboração pessoal sobre a memorização. A avaliação é realizada em função dos conteúdos,
utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades
educativas. Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaboradas em
consonância com a organização curricular.
6.14.1 – ADAPTAÇÃO CURRICULAR PARA ALUNOS COM
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E COM NECESSIDADES
ESPECIAIS
“Como ensinar ao aluno com deficiência junto com os demais é o grande nó e desafio
da Educação Inclusiva”, pois é neste aspecto que a inclusão deixa de ser uma filosofia, uma
ideologia ou uma política, e se torna ação concreta em situações reais envolvendo indivíduos
com dificuldades e necessidades específicas.
A escola inclusiva “é a que propicia ao aluno com necessidades especiais, a
apropriação do conhecimento escolar, junto com os demais. Para que a inclusão escolar seja
real o professor da classe regular deve estar sensibilizado e capacitado (tanto psicológica
quanto intelectualmente) para “mudar sua forma de ensinar e adaptar o que vai ensinar” para
atender às necessidades de todos os alunos, inclusive de alguns que tenham maiores
dificuldades.
Não existem nenhuma cura para os problemas de aprendizagem: são dificuldades para
toda a vida. No entanto, as crianças com este tipo de problema podem progredir muito e, em
muitos casos podem aprender formas de superar suas limitações. Com suporte adequado as
crianças com problemas de aprendizagem podem aprender e de fato aprendem, com sucesso.
Para que esse processo aconteça será necessário a aplicação das Adaptações
Curriculares de Grande Porte / Adaptações Significativas e Curriculares de Pequeno Porte.
Sabe-se que cada aluno tem:
Sua própria história de vida;
Sua própria história de aprendizagem anterior (saberes já construídos e aprendidos);
Características pessoais em seu modo de aprender.
85
Há os que aprendem melhor por meio da via visual (leitura, filmes, observação, etc.)
há os que necessitam maior utilização do concreto, bem como os que já operam bem no nível
abstrato.
Sabe-se, também, que não há aprendizagem se não houver um ensino eficiente. Para
que haja um ensino produtivo e eficiente, entretanto, há que se considerar as características e
peculiaridades de cada aluno, que devem direcionar as respostas educacionais que o sistema
dará a cada um, e a todos os alunos.
Adaptações Curriculares, portanto, são respostas educativas que devem ser dadas pelo
sistema educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e, dentre estes, os que apresentam
necessidades educacionais especiais.
Portanto, as Adaptações Curriculares deve ser realizada em três níveis:
-no âmbito do projeto pedagógico: referem-se às medidas de ajuste do currículo em geral, que
nem sempre precisam resultar em adaptações individualizadas, devem focalizar a organização
escolar e os serviços de apoio, devem propiciar condições estruturais para que possam ocorrer
no nível da sala de aula e individual, quando necessário uma programação específica para o
aluno no currículo desenvolvido na sala de aula - quando realizadas pelo professor
destinando-se a:
programação das atividades da sala de aula, focalizando a organização e
procedimentos didático-pedagógicos e destacando o como fazer,
a organização temporal dos componentes e dos conteúdos curriculares
a coordenação das atividades docentes, de modo que favoreça a efetiva participação e
integração do aluno, bem como sua aprendizagem.
no nível individual - quando focalizam a atuação do professor na avaliação e no
atendimento do aluno devendo este definir a a competência curricular do educando e
os fatores que interferem no processo de ensino aprendizagem.
6.14.2 – PROGRESSÃO PARCIAL
A escola não oferta Progressão Parcial, no entanto os alunos oriundos de
transferências serão atendidos de acordo com esse regime.
86
6.14.3 – RECUPERAÇÃO
A Recuperação concomitante será feita sempre que necessário e é direito do aluno de
acordo com a LDB, Regimento Escolar e demais normas emanadas da SEED. É mais uma
chance para conseguir atingir o objetivo dos conteúdos propostos.
A Sala de Apoio atende os alunos com defasagem de aprendizagem em língua
portuguesa e matemática, dando oportunidades e atendimento individual para os alunos em
suas dificuldades.
A Sala de Recurso trabalha atividades para o desenvolvimento do raciocínio,
memorização, concentração, atenção, hiperatividade, sociabilidade para atender alunos com
distúrbios de aprendizagem.
A adaptação, de acordo com o Regimento Escolar, é o conjunto de atividade didático
– pedagógica desenvolvidas sem prejuízo das atividades normais da série em que o aluno está
matriculado, para que possa seguir, com proveito o novo currículo. A recuperação de estudos
consiste na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e aprendizagem, permitindo
que todos os alunos tenham oportunidades de apropriar do conhecimento historicamente
acumulado, por meio da metodologia diversificada e participativa, dando oportunidade e
condição daquele que não aprendeu.
6.14.4 – CLASSIFICAÇÃO
A classificação, é o procedimento que o estabelecimento adota segundo critérios
próprios, para posicionar o aluno na série compatível com sua idade, experiência e
desempenho adquiridos através de meios formais ou informais.
6.14.5 – RECLASSIFICAÇÃO
Reclassificação, segundo o Regimento Escolar, é o processo pelo qual, a escola avalia
o grande desenvolvimento, experiência do aluno, levando em conta as normas curriculares
gerais, a fim de encaminha-lo a série de estudos compatíveis com sua experiência e
desempenho, independente do que registra o seu histórico escolar.
87
RECLASSIFICAÇÃO: PROJETO DE ADEQUAÇAO SERIE-IDADE,
INCENTIVO E OPORTUNIDADE
Para corrigir as distorções serie/idade detectadas nas salas de aula e
constatadas segundo levantamento e informações dos professores, foi criado um
projeto que atendesse essa situação e propiciasse a reclassificação aos alunos que
estão atrasados na serie em relação a sua idade.
O projeto tem amparo legal, pois esta em conformidade com o Artigo 24 da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), com a Deliberação 09/2001 do
Conselho Estadual de Educação (CEE), com a Instrução Normativa 02/2009 da
Secretaria de Estado da Educação (SEED) e no Plano de Metas previsto para o
primeiro semestre de 2011 do governo do Estado do Paraná.
O procedimento de adequação serie/idade e uma oportunidade e um incentivo
para o aluno e constitui em um direito para que O mesmo possa desenvolver suas
habilidades, seu potencial, seu ensino aprendizagem em condições apropriadas, isto
e, corrigindo a distorção serie/idade.
6.14.6 – AVALIAÇÃO FINAL
A avaliação final visa o aproveitamento dos conteúdos específicos de cada disciplina e
se o aluno tem condições de acompanhar a série seguinte.
6.14.7 – PROCEDIMENTO DE INFORMAÇÕES AOS PAIS
Os procedimentos são feitos no cotidiano escolar através de notificação de pais, onde
eles têm a oportunidade e ciência do aproveitamento escolar de seu filho, em reuniões com os
pais,quando são feitas as entregas dos boletins onde todos têm a oportunidade de conversar
com os professores e sanar suas dúvidas. Ao final do 4º bimestre é feito um pré-conselho e
notificado os pais dos alunos através de bilhetes os alunos com notas abaixo da média, para
que eles tenham oportunidade de acompanhar a recuperação de seu filho. O resultado final é
feito através de edital no mural da escola.
88
7 – MARCO OPERACIONAL
O Marco Operacional visa o planejamento de ações da escola a curto, médio e longo
prazo: define linhas de ação e reorganização do trabalho pedagógico escolar na perspectiva
pedagógica, administrativa e político-social. Mudanças significativas a serem alcançadas a
partir do diagnóstico dos problemas e necessidades levantadas no Marco Situacional.
7.1 – PLANO DE AÇÃO 2010.
No plano de ação (2010) da Escola Estadual Prof.ª Hercília de Paula e Silva – E.F.,
pretende-se com um trabalho árduo e sério melhorar a qualidade pedagógica no processo
educacional da escola, bem como garantir ao currículo escolar maior sentido se realidade e
atualidade, trabalhando coletivamente, valorizando as capacidades e aptidões de todos os
partícipes, cria uma visão de conjunto associada a promoção de um clima de confiança. Numa
escola democrática, o líder escolar delega, envolve, como companheiro de trabalho e no
processo de tomada de decisão propicia o comprometimento de toda a comunidade escolar,
foca no objetivo e tem metas claras e busca ações concretas para alcançar a melhoria do
ensino, visando a transformação da sociedade.
7.1.1 – OBJETIVOS METAS E AÇÕES ADMINISTRATIVAS E
PEDAGÓGICAS
Propiciar a construção de uma sociedade justa, humana, competente e comprometida
com princípios éticos fundamentais, valores e conduta para formação de cidadãos
conscientes, críticos, participativos e conhecedores de seus direitos e deveres,
desenvolvendo–lhes a sua autoestima e autoconfiança.
Melhorar a aprendizagem fazendo da escola um ambiente de prazer, desenvolvendo a
criatividade como elemento de auto expressão e as potencialidades.
Desenvolver junto às famílias condições para que sejam capazes de educar e orientar
seus filhos, possibilitando a cada um melhor conhecimento de si mesmo, de seu papel,
de suas funções e sua importância no contexto familiar.
89
Propiciar uma postura construtivista democrática e aberta junto à comunidade escolar
para que todo trabalho da Proposta Política Pedagógica possa caminhar para as metas
propostas com sucesso, visando à transformação.
Colocar em prática a Proposta Pedagógica da escola, que foi elaborada
democraticamente, com a participação de toda comunidade escolar e com a SEED,
NRE, APMF, CONSELHO ESCOLAR E COMUNIDADE ESCOLAR.
As ações da escola estarão sempre em consonância com a LDB 9394/96, com o
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, com o Regimento Escolar e todas as
normas, leis e demais documentos emanados da SEED.
Trabalhar em parceria com o com as instâncias colegiadas; com os programas,
eventos, atividades e/ou projetos municipais, estaduais e/ou federais; com programas,
eventos, atividades e ou projetos que envolvam a comunidade interna e/ou externa.
Reuniões formais e informais de pais no início dos anos letivos para refletir sobre o
perfil da escola, discutido na Semana Pedagógica e também em outros momentos e
conscientizá-los da sua responsabilidade perante seus filhos.
Desenvolver projetos na área da saúde, do meio ambiente, da justiça, entre outros,
promovendo palestras por profissionais da área.
Garantir ao aluno sua participação nas atividades escolares e sempre que possível
integrar sua família.
Garantir o uso de novas tecnologias, dando ao aluno a oportunidade de acesso às
informações diferenciadas de uma forma mais concreta de acordo com o conteúdo de
cada disciplina.
Ter um relacionamento harmonioso, participativo de forma que os membros da
comunidade percebam a importância de sua participação para a concretização de uma
Escola de qualidade.
Promover palestras ou debates com profissionais da área junto à comunidade escolar
sobre normas do Estatuto da Criança e do Adolescente a fim de entender os direitos e
deveres de cada segmento.
Conscientizar os professores através de reuniões pedagógicas da necessidade de
encontrar caminhos adequados para a concretização do processo ensino-aprendizagem,
construindo dessa forma, um ambiente estimulador e agradável em suas aulas visando
uma pedagogia centrada no aluno e não nos conteúdos.
90
Apoiar a capacitação profissional dos professores e funcionários através de cursos,
palestras, seminários, dinâmicas de grupo, oficinas, estimulando-os a estar sempre
atualizados.
Propiciar encontros, com níveis de responsabilidades definidos, onde gradativamente,
todos deverão conhecer genericamente as atividades dos profissionais da escola, para
entender o processo como um todo, contribuindo com o aperfeiçoamento e sugerir
melhorias.
Junto com a equipe pedagógica, os docentes planejarão aulas mais criativas com o uso
de equipamentos disponíveis na escola, bem como desenvolverão projetos que
atendam os temas sociais contemporâneos.
Estimular a utilização da biblioteca da escola, a fim de incentivar a leitura e o
aprendizado; atualizando o acervo de acordo com os interesses dos alunos.
Desenvolver projeto de adequação pedagógica e física da escola a portadores de
necessidades especiais, permitindo dessa forma a inclusão do mesmo em todos os
sentidos.
Garantir o ensino de História e Cultura afro-brasileira e africana, bem como o ensino
da cultura indígena, através da organização dos conteúdos de todas as disciplinas da
matriz curricular e ao longo do ano letivo na perspectiva de proporcionar aos alunos
uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluri
étnica, ao lado dos europeus e asiáticos. Sempre por parte do professor, com
abordagens positivas e para colaborar e fortalecer estas ações, a Escola possui uma
equipe multidisciplinar.
Conscientizar os docentes do valor da avaliação como parâmetro de planejamento e
não como medida de valor (avaliação).
Estudar, refletir e repensar sobre a prática da avaliação, a fim de buscar um resultado
que promova o aluno na sua prática educativa e social.(avaliação)
Buscar sempre a melhoria do processo de ensino-aprendizagem, visando solucionar os
problemas que geram a evasão e a repetência.
Viabilizar diálogos entre direção e os diversos segmentos da comunidade escolar para
interagirmos trocando ideias e opiniões para alcançarmos o objetivo em comum que é
o sucesso do aluno.
Reforçar e melhorar a merenda escolar, fazer o cardápio da semana.
91
Conservar e melhorar a higiene dos banheiros.
Compete ao corpo docente, entre outras atribuições, elaborar o Plano Curricular, o
Plano de Trabalho Docente e o Plano de Aula.
Aos pedagogos competem, entre outras atribuições, acompanhar e auxiliar os docentes
na elaboração do Plano Curricular, Plano de Trabalho Docente e o Plano de Aula. Para
colher informações inerentes as suas atribuições e subsídios no sentido de auxiliar o
professor, se faz necessário a reunião de professores pedagogos, uma vez por semana,
no horário de trabalho, equivalente a hora atividade, na escola, para pesquisas,
estudos, análises, reflexões, elaboração de material pedagógico e didático, troca de
informações, organização do trabalho da semana e outros.
A ação do projeto sobre a Educação Fiscal articula em nossa sociedade o sentido de
cidadania. A adoção deste estudo oportuniza as ações educativas que provocará
transformações nos hábitos cotidianos de consumo, no seio da família e na
comunidade que está inserida, discutindo a aplicação dos recursos e controle social,
fazendo assim, valer o seu direito de cidadão.
A escola também desenvolve muitas ações voltadas para o esporte, entre elas estão a
participação nos JOCOPS, nas modalidades de handebol masculino e feminino,
futebol masculino e xadrez, nos jogos estaduais, campeonatos internos entre classes
(jogos Inter-séries) e entre as escolas do município e outros. No ano de 2010, tivemos
início dos treinos de handebol masculino e futsal masculino, em período de contra-
turno dos alunos.
Pretendemos, continuar participando do Projeto FERA CONSCIÊNCIA.
Nossa proposta pedagógica contempla as ações da Agenda 21, onde o meio ambiente é
tratando com amor e carinho, cuidando da escola em todos os aspectos, inclusive
ajardinamento, limpeza, higiene, lixo e outros.
Bastante fortalecidas são as ações do Projeto Fica Comigo, que combate a evasão
escolar e visa a permanência do aluno na escola.
Que o Caravela Country Club continue sendo nossos parceiros nos cedendo o local
para festividades, como a conclusão das oitavas séries, que chamamos carinhosamente
de “formatura” entre outras.
92
O Clube de Mães será reativado, pois auxilia a aproximação dos pais com a escola,
além de aprender utilidades domésticas e outras.
A escola participou da primeira, segunda e terceira Conferência Infanto Juvenil pelo
Meio Ambiente, na qual temos interesse em continuar participando.
Com o Conselho Tutelar pretendemos fortalecer bastante as relações de ajuda mútua,
palestras, visitas do Conselho à Escola, estudo do Eca, visita nossa no Conselho, troca
de ideias e informações para realmente auxiliar nosso aluno em situação de risco ou
que está faltando na escola.
Com a Promotoria pretendemos solicitar ajuda, sempre que se fizer necessário e
também solicitar reuniões, junto aos professores e pais para esclarecimento das Leis.
Buscar Junto à promotoria apoio quando necessário.
Solicitar junto ao SEBRAE, Secretaria da Agricultura e Sindicato Rural, cursos que
possam atrair e incentivar pais para integração comunidade-escola.
Envolvendo as várias instituições que colaboram com a escola, podemos citar
algumas atividades, além de outras:
Campanhas, palestras, reuniões, passeatas, encontro com psicólogos, médicos, posto
de saúde, secretaria municipal, vigilância sanitária e outros;
Trabalho com a ficha do FICA, (Conselho Tutelar, Promotoria, Assistente Social,
Psicólogos, Agente de saúde e outros);
Promover jogos e campeonatos na escola ( Amigos da escola);
Grupos de estudos para professores e funcionários;
Escolinha de handebol e futsal masculino, duas vezes por semana, às 17h e 30, na
quadra, (Amigos da escola)
A Inclusão deve permear todo o cotidiano escolar e ao aluno o acesso de todas as
informações necessárias para sua formação integral. Para isso, a escola conta com
vários projetos, programas, eventos e/ou atividades citados e descritos ao longo deste
Projeto Político Pedagógico. E que realmente valoriza o educando em situação de
risco, com necessidades educacionais especiais, as minorias, a classe menos
favorecida e outros visando a igualdade entre todos e consequentemente uma educação
igualitária e democrática.
93
Pretendemos continuar com as duas Salas de Apoio à Aprendizagem de Língua
Portuguesa e Matemática atendendo a defasagem da dos alunos de 5ª- séries, em
horário de contra turno, garantindo aos mesmos a aquisição dos conteúdos que servem
de subsídios para a continuação dos estudos.
Garantir a continuação das duas Salas de Recurso atendendo os alunos de 6ª, 7ª e 8ª
série com necessidades educacionais especiais, em horário de contra turno.
A continuação do CAES se faz necessários para dar atendimento ao aluno surdo e a
aprendizagem de Libras, que de acordo com a lei, é a segunda língua do país.
A Olimpíada de Matemática (OBMEP) incentiva os alunos o prazer de aprender a
matemática, portanto pretendemos, continuar participando.
A Olimpíada de Língua Portuguesa, estimula a produção de textos e colabora para a
melhoria da leitura e escrita dos alunos, logo, nós profissionais da educação, vamos
dar continuidade ao projeto quando o mesmo vier para a escola.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos serão contemplados, trabalhados e
estudados nas disciplinas e praticadas no cotidiano da comunidade escolar.
Algumas metas e prioridades que constam no Plano de Ação da direção para serem
atingidas, se possível, na gestão 2009/2011, primeiramente devem ser discutidas,
refletidas e analisadas com a comunidade escolar, tais como: biblioteca com internet;
cobertura de mais uma quadra; bebedouros no pátio da cantina (onde serve a merenda
escolar) e quadra; adaptação do espaço físico onde se pratica esportes (quadra)
adequando-o para a comunidade; estacionamento para carros, motos e bicicletas;
continuar levando os alunos nos jogos escolares; promover eventos de acordo com as
necessidades da escola; construção de um auditório; reativar a fanfarra; construção de
vestiário na quadra; equipar as salas com equipamentos sonoros com o objetivo do
grêmio estudantil montar uma rádio; adaptação do espaço físico da escola com
projetos arquitetônicos para alunos com necessidades educacionais especiais; construir
mesas de jogos educativos; melhorar o espaço verde da escola com projeto de
jardinagem; colocar portão eletrônico com câmeras áudio visual para garantir a
segurança dos segmentos escolares; participação efetiva das mães e pais na cantina
comercial da escola; planejamento das atividades artísticas, culturais e esportivas em
horário de contra turno; acompanhamento, com bastante ênfase, ao projeto de
94
construção das quatro salas e passarela, já aprovados e em andamento há vários anos e
outros.
7.1.2 – PDE
É uma política pública que estabelece o diálogo entre os professores da Educação
Superior e os da Educação Básica, através de atividades teórico-práticas orientadas, tendo
como resultado a produção de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da
escola pública paranaense.
O Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, integrado às atividades da
formação continuada em Educação, disciplina a promoção do professor para o Nível III da
Carreira, conforme previsto no Plano de Carreira do Magistério Estadual, Lei Complementar
nº 103, de 15 de março de 2004.
7.1.3 – FACILITADORES DA APRENDIZAGEM
Quando o professor ministra uma aula, deve facilitar a aprendizagem dos alunos,
estimulando-os na busca de dados, informações e conteúdos, na expectativa de que eles
próprios os utilizem na construção do seu conhecimento. Sendo assim, os professores deverão
contextualizar a aprendizagem com exemplos, fazendo com que os alunos percebam seu
significado. Buscaremos motivar os alunos para não estudarem apenas preocupados com a
realização da prova, mas com o conhecimento que adquirirão.
7.1.4 – DISCUSSÃO CONTINUADA E COLETIVA DA PRÓPRIA
PRÁTICA PEDAGÓGICA
O calendário escolar oportuniza a discussão continuada e coletiva da prática
pedagógica em reuniões. Essas trocas deverão ainda ocorrer sempre que os professores
95
estiverem reunidos na hora-atividade, visando a melhoria da prática pedagógica através de
trocas de metodologias entre os professores.
7.1.5 – INTERVENÇÃO CONSTANTE DO PROFESSOR NO PROCESSO
DE APRENDIZAGEM DO ALUNO
O professor atua como um facilitador/mediador da aprendizagem, devendo fazer com
que o aluno perceba quais as dificuldades que está encontrando e juntos buscarem um
caminho para superá-las. Para isso, fará intervenções sempre que necessário.
7.1.6 – RELAÇÃO ENTRE A FORMAÇÃO CONTINUADA DO
PROFESSOR E A DINÂMICA DE SUA PRÁTICA EM SALA DE AULA
O professor que está sempre se atualizando tem condições de enfrentar os desafios da
nova educação. Nas capacitações temos textos que podem ser aproveitados para melhorar
nossa prática e o governo oportuniza a formação continuada na Semana Pedagógica, no DEB
Itinerante, nos cursos de GTR com professores PDE, onde uma grande porcentagem de nossos
professores tem a oportunidade de atualização.
7.1.7 – MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS A SEREM ALCANÇADAS
Ao longo dos anos, no Brasil e talvez até no mundo, houve uma distorção na
educação e muitos pais atribuem toda a responsabilidade do estudo e educação à escola e aos
professores, isentando-se de responsabilidades. Há então a necessidade de fazermos com que
os pais retomem suas responsabilidades, auxiliando os professores e cobrando de seus filhos o
resgate do hábito de estudar, realizar tarefas, enfim, conscientizá-los da importância do estudo
para que adquiram conhecimentos. Aproveitaremos a Campanha “Eu acompanho a avaliação
escolar do meu filho. E você?” para desenvolvermos junto aos pais um trabalho de incentivo
na participação escolar de seu filho. Também será uma ótima oportunidade para esse trabalho
a entrega de boletins, nas quais os professores estarão presentes para junto com os pais,
discutirem os encaminhamentos para recuperar os alunos com defasagem de aprendizagem.
96
Busca de melhoria no atendimento de alunos com necessidades especiais. Para isso
será necessário a diminuição no número de alunos por sala, para que possamos dar
atendimento a todos e atenção especial àqueles alunos.
7.1.8 – ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE, REUNIÃO
PEDAGÓGICA E CONSELHO DE CLASSE
A Escola deverá primar pelos princípios de valores como: respeito, solidariedade,
responsabilidade, direitos e deveres, valores estes que são alicerces na construção do
conhecimento e formação do indivíduo.
A hora atividade organizada de acordo com as orientações do N.R.E., visando o
encontro semanal de professores por área de conhecimento onde deverão proporcionar troca
de ideias, estudos, oportunidades de poder elaborar as aulas, corrigir avaliações, etc.
As reuniões pedagógicas seguirão o calendário escolar e quando se fizer necessário
poderão ser convocadas reuniões extraordinárias em horários que não prejudiquem os alunos.
O Conselho de Classe, previsto no calendário escolar, é um espaço para discussão e
análise das práticas da escola, liderado pelo diretor, equipe pedagógica e professores da
mesma série, para favorecer a troca de informações e a integração das ideias. Todos os
professores devem se reunir com a finalidade de interpretar o processo ensino-aprendizagem,
analisar os resultados para tomada de decisões que venham auxiliar os educandos nas
necessidades elencadas visando a superação das mesmas.
Na prática, a equipe pedagógica elabora uma ficha para ser trabalhada pelo Conselho
de Classe. A ficha é preenchida, no dia do Conselho pelo padrinho da turma e nela são
colocados o nome dos alunos citados e sugestões de superação das dificuldades dos mesmos.
Também são escritas medidas concretas, novas estratégias e metodologias diferenciadas que
foram relacionadas pelos professores na tentativa de melhoramento da aprendizagem e
respeito às normas da escola.
O Pré-Conselho é trabalhado em sala de aula, onde os alunos têm a oportunidade de
relacionar sugestões, ideias, críticas, reivindicações, problemas, pontos positivos e negativos
do processo ensino e aprendizagem, sob a orientação do pedagogo, do professor padrinho e ou
97
do professor que está ministrando aula naquele momento. No Conselho são analisadas as
propostas contidas no Pré-Conselho.
Após a reunião do Conselho de Classe os professores pedagogos trabalham junto aos
educandos e/ou pais com a ficha seguindo as sugestões dos professores e/ou dos alunos (pré-
conselho) para possíveis soluções das dificuldades, dos problemas e viabilidade das
propostas diferenciadas visando o bem individual e coletivo dos estudantes.
7.1.9 – RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E PROGRESSÃO PARCIAL
Serão realizadas sempre que necessárias e para a sala toda a recuperação
concomitante, para que o aluno se aproprie dos conteúdos que foram ministrados e de acordo
com a LDB e com o Regimento Escolar, para que o mesmo não fique prejudicado na
aprendizagem e no desenvolvimento contínuo.
A Recuperação concomitante deve, continuar acontecendo, é um direito do aluno e
mais uma oportunidade que ele tem para conseguir atingir os objetivos propostos.
As ações a serem desenvolvidas:
Estudos em grupos com textos;
Pesquisas, internet, livros;
Retomada de conteúdos com atividades diferenciadas;
Aulas interessantes e diferentes
O nosso Regimento não contempla a Progressão Parcial, porém os alunos recebidos
com transferências e os nossos que ainda estão nesse regime serão atendidos.
7.1.10 – ENCAMINHAMENTOS E AÇÕES CONCRETAS
Para atendermos alunos com dificuldades em sala de aula, o professor procura dar
atendimento individual com atividades diferenciadas, da mesma forma, a avaliação é feita de
acordo com as dificuldades que cada aluno apresenta.
O aluno com dificuldades mais graves será avaliado pela equipe pedagógica, que em
seguida será encaminhado à equipe multidisciplinar que indicará se o aluno deverá participar
98
da Sala de Apoio (5ª série) ou Recurso, conforme gravidade das necessidades de
aprendizagem.
7.1.11 – PROCEDIMENTO DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A adaptação, a classificação e a reclassificação, serão realizadas conforme necessidade
do aluno e de acordo com o Regimento Escolar. Nestes casos serão desenvolvidas as
seguintes ações:
Avaliação diagnóstica,
Comunicação aos responsáveis pelo aluno;
Organização de uma comissão formada por docentes da disciplina, técnicos e direção
da escola para efetivar o processo, atividades elaborada pelo professor da disciplina,
tendo por base o conteúdo programático do planejamento da série em que a disciplina
constar, tais como: leitura de livros, pesquisas, resolução de exercícios, provas e
outros.
Arquivar atas, provas, trabalhos e outros na pasta do aluno;
Registrar os resultados no histórico escolar do aluno.
7.1.12 – PLANO DE TRABALHO DOCENTE
De acordo com Araújo (2007), o planejamento do processo ensino-aprendizagem,
quando realizado coletivamente pelos professores, transforma-se numa oportunidade
de (re)elaboração da proposta curricular. Devemos levar em conta, que, na escola, o
tempo previsto para o planejamento das atividades docentes é, geralmente, de poucas
horas, e para elaborar algo novo requer método e empenho. Sendo assim, o
planejamento coletivo do trabalho docente permitirá, também, a discussão sobre
metodologias e procedimentos didáticos e, principalmente, sobre avaliação e seus
instrumentos. A leitura das propostas de cada professor se constituirá num momento
de troca de experiências, de aprendizado e de enriquecimento de cada plano.
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Devemos procurar organizar o planejamento do trabalho docente de modo que este
resulte em um projeto diferente do anterior. Para isso, é necessário que os professores
tenham o diagnóstico dos conhecimentos e das experiências dos alunos para que
possam compará-los com os conhecimentos e as habilidades previstas no currículo a
serem construídos ao longo do curso. Esse estudo permitirá incluir no plano de
trabalho a recuperação de conceitos importantes para novas aprendizagens bem como
o aproveitamento de competências já adquiridas. Isso fará com que o conjunto de
planos de trabalho docente permita diferentes itinerários formativos e, assim, atenda
melhor às diferentes dificuldades e potencialidades dos alunos.
O Plano de Trabalho Docente é elaborado na Hora atividade de acordo com o PPP e o
PPC e a Proposta de Trabalho Docente, com o auxílio da Equipe Pedagógica,
utilizando os recursos multimídia disponibilizados para tal, assim como o material de
apoio que a escola oferece.
7.1.13 – DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO GERAL DO
DESEMPENHO
Colocar em prática a Proposta Pedagógica da escola, que foi elaborada
democraticamente, com a participação de toda comunidade escolar e com a SEED,
NRE, APMF, CONSELHO ESCOLAR E COMUNIDADE ESCOLAR.
As ações da escola estarão sempre em consonância com a LDB 9394/96, com o
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, com o Regimento Escolar e todas as
normas, leis e demais documentos emanados da SEED.
Trabalhar em parceria com o com as instâncias colegiadas; com os programas,
eventos, atividades e ou projetos municipais, estaduais e ou federais; com programas,
eventos, atividades e ou projetos que envolvam a comunidade interna e ou externa.
Reuniões formais e informais de pais no inicio dos anos letivos para refletir sobre o
perfil da escola, discutido na Semana Pedagógica e também em outros momentos e
conscientizá-los da sua responsabilidade perante seus filhos
Desenvolver projetos na área da saúde, do meio ambiente, da justiça, entre outros,
promovendo palestras por profissionais da área.
100
Garantir ao aluno sua participação nas atividades escolares e sempre que possível
integrar sua família.
Garantir o uso da sala de vídeo, dando ao aluno a oportunidade de acesso às
informações diferenciadas de uma forma mais concreta de acordo com o conteúdo de
cada disciplina.
Ter um relacionamento harmonioso, participativo de forma que os membros da
comunidade percebam a importância de sua participação para a concretização de uma
Escola de qualidade.
Promover palestras ou debates com profissionais da área junto à comunidade escolar
sobre normas do Estatuto da Criança e do Adolescente a fim de entender os direitos e
deveres de cada segmento.
Conscientizar os professores através de reuniões pedagógicas da necessidade de
encontrar caminhos adequados para a concretização do processo ensino-aprendizagem,
construindo dessa forma, um ambiente estimulador e agradável em suas aulas visando
uma pedagogia centrada no aluno e não nos conteúdos.
Apoiar a capacitação profissional dos professores, funcionários, membros da APMF e
Grêmio Estudantil através de cursos, palestras, seminários, dinâmicas de grupo,
oficinas, estimulando-os a estar sempre atualizados.
Propiciar encontros, com níveis de responsabilidades definidos, onde gradativamente,
todos deverão conhecer genericamente as atividades dos profissionais da escola, para
entender o processo como um todo, contribuindo com o aperfeiçoamento e sugerir
melhorias.
Junto com a equipe pedagógica, os docentes planejarão aulas mais criativas com o uso
de equipamentos disponíveis na escola, bem como desenvolverão projetos que
atendam os temas sociais contemporâneos.
Estimular a utilização da biblioteca da escola, a fim de incentivar a leitura e o
aprendizado; atualizando o acervo de acordo com os interesses dos alunos.
Desenvolver projeto de adequação pedagógica e física da escola a portadores de
necessidades especiais, permitindo dessa forma a inclusão do mesmo em todos os
sentidos.
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Conscientizar os docentes do valor da avaliação como parâmetro de planejamento e
não como medida de valor (avaliação).
Estudar, refletir e repensar sobre a prática da avaliação, a fim de buscar um resultado
que promova o aluno na sua prática educativa e social.(avaliação)
Buscar sempre a melhoria do processo de ensino-aprendizagem, visando solucionar os
problemas que geram a evasão e a repetência.
Viabilizar diálogos entre direção e os diversos segmentos da comunidade escolar para
interagirmos trocando ideias e opiniões para alcançarmos o objetivo em comum que é
o sucesso do aluno.
Reforçar e melhorar a merenda escolar com o auxílio de uma nutricionista fazer o
cardápio da semana.
Conservar e melhorar a higiene dos banheiros.
O Hino Nacional é um projeto que a vários anos faz parte das ações da escola, onde o
hino é trabalhado nas salas e cantado.
Bastante fortalecidas são as ações do Projeto Fica Comigo, que combate a evasão
escolar e visa a permanência do aluno na escola.
A Inclusão deve permear todo o cotidiano escolar e ao aluno o acesso de todas as
informações necessárias para sua formação integral. Para isso, a escola conta com
vários projetos, programas, eventos e ou atividades citados e descritos ao longo deste
Projeto Político Pedagógico. E que realmente valoriza o educando em situação de
risco, com necessidades educacionais especiais, as minorias, a classe menos
favorecida e outros visando a igualdade entre todos e consequentemente uma educação
igualitária e democrática.
Pretendemos continuar com as duas Salas de Apoio à Aprendizagem de português e
matemática atendendo a defasagem da dos alunos de 5ª- séries, em horário de contra
turno, garantindo aos mesmos a aquisição dos conteúdos que servem de subsídios para
a continuação dos estudos.
Garantir a continuação das duas Salas de Recurso atendendo os alunos de 6ª, 7ª e 8ª
séries com necessidades educacionais especiais, em horário de contra turno.
A continuação do CAES se faz necessários para dar atendimento ao aluno surdo e a
aprendizagem de Libras, que de acordo com a lei, é a segunda língua do país.
102
A mais nova conquista , que já era uma luta de dois anos, é o profissional tradutor e
intérprete. A escola conta com um aluno surdo, matriculado na 7ª série (2008), logo se
faz necessário a presença do professor intérprete para suporte pedagógico para
mediação linguística entre o aluno surdo e os demais membros da comunidade escolar.
Deste modo assegurar o desenvolvimento da proposta de educação bilíngue (Libras/
Língua Portuguesa escrita) e igualdade de aprendizagem para o aluno. A atuação do
professor intérprete, caracteriza suporte pedagógico e não efetivo exercício de
docência, e sob hipótese alguma, não exercerá a função de auxiliar de regência, tendo
em vista a necessidade de estar disponível para o cumprimento das funções que lhe
são atribuídas. Portando, interpretando de forma fidedigna as informações e
conhecimentos veiculados em sala de aula e nas demais atividades curriculares
desenvolvidas no contexto escolar, oportunizando a expressão do aluno, sendo por
meio de tradução de suas opiniões e reflexões, sugerindo aos docentes estratégias
metodológicas visuais mais adequadas no favorecimento da aprendizagem do aluno
surdo.
A Olimpíada de Matemática (OBMEP) incentiva os alunos o prazer de aprender a
matemática, portanto pretendemos, continuar participando.
A Olimpíada de Língua Portuguesa, Escrevendo o Futura estimula a produção de
textos e colabora para a melhoria da leitura e escrita dos alunos, logo, nós
profissionais da educação, vamos dar continuidade ao projeto quando o mesmo vier
para a escola.
Algumas metas e prioridades que constam no Plano de Ação da direção para serem
atingidas, se possível, na gestão 2009/2011, primeiramente devem ser discutidas,
refletidas e analisadas com a comunidade escolar, tais como: biblioteca com internet;
cobertura de mais uma quadra; bebedouros no pátio da cantina (onde serve a merenda
escolar) e quadra; adaptação do espaço físico onde se pratica esportes (quadra)
adequando-o para a comunidade; estacionamento para carros, motos e bicicletas;
continuar levando os alunos nos jogos escolares; promover eventos de acordo com as
necessidades da escola; construção de um auditório; reativar a fanfarra; construção de
vestiário na quadra; equipar as salas com equipamentos sonoros com o objetivo do
grêmio estudantil montar uma rádio; adaptação do espaço físico da escola com
projetos arquitetônicos para alunos com necessidades educacionais especiais; construir
103
mesas de jogos educativos; melhorar o espaço verde da escola com projeto de
jardinagem; colocar portão eletrônico com câmeras áudio visual para garantir a
segurança dos segmentos escolares; participação efetiva das mães e pais na cantina
comercial da escola; planejamento das atividades artísticas, culturais e esportivas em
horário de contra turno; acompanhamento, com bastante ênfase, ao projeto de
construção das quatro salas e passarela, já aprovados há vários anos e outros.
7.1.14 – AÇÕES ENVOLVENDO OUTRAS INSTITUIÇÕES
Envolvendo as várias instituições que colaboram com a escola, podemos citar algumas
atividades, além de outras:
Campanhas, palestras, reuniões, passeatas, cursos com psicólogos, médicos, posto de
saúde, secretaria municipal, vigilância sanitária e outros;
Trabalho com a ficha do FICA, (Conselho Tutelar, Promotoria , Assistência Social,
Psicólogos, Agentes de saúde e outros);
Exame antropométrico (peso e medida) com alunos, no início do ano letivo para serem
orientados nas aulas de Educação Física (Médicos e Enfermeira);
Promover jogos e campeonatos duas vezes ao ano (parceria com a Prefeitura);
Orientação e intervenção psico-educacional para grupos de mães de alunos (Psicóloga,
Médicos, Agentes de saúde e outros), APAE;
Parceria com a Prefeitura Municipal que oferece funcionários para manutenção da
escola, além de que, através dela foi conquistado um carro para auxiliar em tudo que a
escola necessita (levar alunos ao médico, fazer visita aos pais de alunos evadidos e
com dificuldades de aprendizagem);
Parceria com a Associação Comercial que oferece brindes para serem doados em
reuniões com pais, dia do estudante, páscoa, dia do professor, dia das crianças, como
incentivos à participação e empenho nos eventos;
Parceria com a PROVOPAR, que ganhamos uma kombi para atuar no projeto FICA,
combatendo a evasão escolar, e em projetos que atendam as medidas sócio-educativas
quanto aos alunos com problemas de disciplina.
104
Que o Clube Vale dos Sonhos e o Rotary Club continue nos cedendo o espaço para
confraternização em comemoração aos professores e funcionários e outros. Que o
Caravela Country Club continue sendo nossos parceiros nos cedendo o local para
festividades, como a conclusão das oitavas séries, que chamamos carinhosamente de
“formatura” entre outras.
Com a Promotoria pretendemos solicitar ajuda, sempre que se fizer necessário e
também solicitar reuniões, junto aos professores e pais para esclarecimento das Leis.
Buscar Junto à promotoria apoio quando necessário.
Solicitar junto ao SEBRAE, Secretaria da Agricultura e Sindicato Rural, cursos que
possam atrair e incentivar pais para integração comunidade-escola.
Com o Conselho Tutelar pretendemos fortalecer bastante as relações de ajuda mútua,
palestras, visitas do Conselho à Escola, estudo do Eca, visita nossa no Conselho, troca
de ideias e informações para realmente auxiliar nosso aluno em situação de risco ou
que está faltando na escola.
7.1.15 – RECURSOS FINANCEIROS
Os recursos financeiros do Fundo Rotativo serão gerenciados pela direção e Conselho
Escolar. O dinheiro será aplicado onde houver necessidade e de acordo com as normas
vigentes emanadas do órgão competente. Serão priorizadas compras de gêneros alimentícios
para enriquecer a merenda, material didático-pedagógicos e de consumo. Também servirá
para pequenos reparos. A verba do “Programa Dinheiro Direto na Escola” (PDDE/FNDE)
será investida de acordo com uma lista de prioridades de material escolar didático-
pedagógicos, de consumo e permanente, estabelecida em reunião da APMF com a direção da
escola e Conselho Escolar, de acordo com as normas pertinentes.
A APMF, com a colaboração do Grêmio Estudantil, poderá promover eventos com a
finalidade de sanar eventuais imprevistos ou problemas surgidos para complementação de
recursos.
105
O Projeto Escola Cidadã, servirá para diversificação do cardápio, enriquecimento da
alimentação para otimizar a merenda e melhorar o seu consumo e será gerenciado pela
direção e Conselho Escolar.
7.1.16 – ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
DIRETOR
A ação administrativa se situa no espaço-tempo entre as decisões políticas que o
processo educativo exige e a implementação dessas decisões. Essas práticas democráticas faz
com que as decisões sejam precedidas de discussão. Estabelecendo-se, assim, um intervalo
espaçotemporal entre o dizer/dialogar o querer/decidir e o fazer/executar.
A dimensão pedagógica peculiar da atividade administrativa da escola é promover um
processo decisório participativo, consciência coletiva, critério no atendimento das
necessidades, descentralização, corresponsabilidade e ação planejada de tudo o que se
pretende realizar. Administrar é agir de modo a combinar adequadamente o uso de recursos
disponíveis para atingir um objetivo, voltada a obtenção de algum resultado. Ao diretor
compete, portanto promover a criação e a sustentação de um ambiente propício à participação
plena, no processo social escolar, dos seus profissionais, de alunos e de seus pais, uma vez
que se entende, que é por essa participação que os mesmos desenvolvem consciência social
crítica e sentido de cidadania. As atribuições do Diretor estão previstas no artigo 18 do
Regimento Escolar.
EQUIPE PEDAGÓGICA
Na organização escolar, que se quer democrática em que a participação é, elemento
inerente à consecução dos fins, em que se busca e se deseja práticas coletivas e individuais
baseadas em decisões tomadas e assumidas pelo coletivo escolar, exige da equipe pedagógica
que é, parte desse coletivo, liderança e vontade firme para coordenar, dirigir e comandar o
processo decisório como tal e seus desdobramentos de execução. Encaminhar e viabilizar
decisões com segurança, como elemento de competência pedagógica, ética e profissional para
assegurar que decisões tomadas de forma participativa e respaldadas técnicas, pedagógica e
106
teoricamente sejam efetivamente cumpridas por todos. À equipe pedagógica compete as
atribuições previstas no Art. 34 do Regimento Escolar.
DOCENTES
O conhecimento resulta de trocas que se estabelecem na interação entre o meio
(natural, social, cultural) e o sujeito, sendo o professor o mediador, deverá se preocupar em
desenvolver em seus alunos uma postura colaboradora, preparando-os para exercer seus
direitos de cidadão desenvolvendo seu emocional, tornando-o instrumentos de interpretação
do mundo que ele pertence, para tanto o professor deve ser paciente, dinâmico, dar
atendimento individual, fazendo retomadas dos conteúdos e não se esquecendo de fazer a
conexão ou a interação com a atualidade, proporcionando com isso o desenvolvimento do
exercício da cidadania, respeitando e fazendo se respeitar. Não se contentará, entretanto, em
satisfazer apenas as necessidades e carências, buscará despertar outras necessidades, acelerar
e disciplinar os métodos de estudos, exigir esforço do aluno, propor conteúdos compatíveis
(quando puder) com suas experiências vividas, partindo de uma avaliação diagnóstica para
identificar a falta de pré-requisitos, melhorando assim a fundamentação dos conteúdos. Suas
atribuições estão previstas no Art. 36 do Regimento Escolar.
QUADRO TÉCNICO ADMINISTRATIVO E AGENTES DE APOIO
Para sensibilizar e mobilizar os diferentes sujeitos que constituem a comunidade
escolar e definir critérios, espaços e limites de participação de cada um (professores, equipe
pedagógica, quadro de apoio técnico-administrativo e de agentes de apoio, alunos, pais e
parceiros), em primeiro lugar é preciso observar e cumprir as disposições contidas na
Constituição Federal, na Lei nº 9.394/96, nas normas emanadas do Conselho Estadual de
Educação e no Regimento Escolar. Com isso, são possíveis definir três dimensões básicas nos
trabalhos desenvolvidos na escola: Gestão de pessoas, que consiste em analisar o trabalho de
gestão, tendo como referência o compromisso das pessoas, funcionários da escola, pais e
alunos, levando-se em conta as formas de incentivo a essa participação, o desenvolvimento de
equipes e lideranças, a valorização e motivação das pessoas, a formação continuada e a
avaliação do seu desempenho. Gestão participativa, que consiste em analisar o nível de
107
envolvimento do conjunto de funcionários da escola na tomada de decisões, a real
participação nos Conselhos da Escola, APMF, Grêmio Estudantil e o grau de socialização das
informações. Gestão de serviços de apoio, recursos físicos e financeiros, que consiste
analisar os serviços prestados pela escola em relação ao atendimento ao público, à
manutenção do prédio, dos equipamentos, bem como a utilização e aplicação dos recursos
financeiros.
TÉCNICO ADMINSTRATIVO
OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS, AÇÕES E METAS
Apoiar os serviços de secretaria, da biblioteca e do laboratório de informática, nas suas
diversas tarefas. Trabalhar de acordo com suas obrigações previstas no Regimento Escolar,
sendo cada um, peça importante no desenvolvimento das atividades da secretaria, biblioteca
ou laboratório de informática; cumprir da melhor maneira às determinações dos seus
superiores hierárquicos; trabalhar seguindo as orientações dadas ; fortalecer as atividades
diárias da escola.
AGENTE DE APOIO
OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS, AÇÕES E METAS
Manter em ordem as instalações escolares e prestar serviços correlatos à sua função;
realizar a limpeza da escola e primar por uma escola organizada; cumprir as determinações de
seus superiores hierárquicos; trabalhar seguindo as orientações dadas; fortalecer as ações;
zelar pela segurança escolar, entre outras atribuições previstas nos Art. 40, 41, 42, 43, 44, 45e
46 do Regimento Escolar.
108
7.1.17 – AS RELAÇÕES ENTRE OS ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E
PEDAGÓGICOS (PARTICIPAÇÃO E INTERAÇÃO)
A escola é constituída por vários aspectos, dentre eles o administrativo e o pedagógico
que são interligados. Os aspectos administrativos asseguram a gestão de recursos humanos,
financeiros e físicos – prédio, materiais didáticos, equipamentos. Os aspectos pedagógicos
determinam as ações das questões de ensino – aprendizagem, metodologia de ensino e
questões de currículo.
7.1.18 – QUALIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS
PEDAGÓGICOS
Os alunos utilizam livros didáticos, que atualmente se encontram em estado regular
de uso. Nem todos os alunos possuem caderno, lápis preto, borracha, lápis de cor,
régua, compasso, esquadro, pois os mesmos solicitam emprestados da escola.
As carteiras são insuficientes para o atendimento dos alunos, algumas não estão em
boas condições de uso, as que se quebram, são rapidamente reaproveitadas, mas outras
são inservíveis.
As salas de aula não são suficientes para o número de alunos da Escola, algumas não
são bem iluminadas, no verão são quentes, mas em cada sala de aula existe de um a
dois ventiladores, também, possuem cortinas, são espaçosas permitindo a organização
do mobiliário de acordo com as atividades. Estão necessitando de reforma, de uma
nova pintura, de uma cor alegre, pois a cor que tem não foi escolhida pela comunidade
escolar, já veio determinada pelo governo da época. Aguardamos uma grande reforma,
solicitada desde o ano 2003 e que ainda, apesar de acompanhamento das diretoras
anteriores e do diretor atual, ainda não foi liberada.
O espaço para o ensino e a prática de esporte é realizada numa quadra coberta e outra
descoberta. A coberta é aproveitada, também para os eventos da Escola e da
comunidade.
Os materiais para uso do professor como giz, livros, jogos, mapas, bem como os
materiais didáticos como televisão, videocassete, fitas de vídeo, DVD, retroprojetor e
rádio estão sempre disponíveis aos alunos, pais, professores, comunidade e em
109
condições de uso. O acesso à internet é livre para os professores e alunos
acompanhados por professores.
Os professores, ainda em pequeno número utilizam a TV multimídia, sendo que
sempre são incentivados a participar de cursos que os capacitem para tal.
A existência da cantina dentro da escola é facultativa. A decisão da instalação da
Cantina Escolar é de competência do diretor da escola, assessorado pelo Conselho
Escolar.
A administração da cantina escolar é feita pela Associação de Pais Mestres e
Funcionários (APMF), que vai se dispor a administrá-la voluntariamente, ou
contratando empregados para a execução da tarefa.
Quanto ao funcionamento da cantina escolar, na escola, a mesma deverá respeitar as
normas de funcionamento de cantinas escolares, que determina o que pode ser
comercializado na mesma, e como deverá preparar o local com boas condições de
trabalho, procedendo a limpeza e arrumação.
A cantina comercial deste estabelecimento de ensino tem a finalidade de prestar
serviços de alimentação, obedecendo às normas sanitárias vigentes.
Sendo a leitura a base da aprendizagem, a presente proposta visa desenvolver no aluno
o gosto e o hábito de ler, assim como despertar nele a consciência da importância da
leitura, proporcionando atividades diferenciadas, como suporte para o seu
desenvolvimento pessoal e intelectual.
Cabe a instrução escolar valorizar o espaço da biblioteca, proporcionando momentos
diferenciados através de atividades diversificadas, incentivando a frequência à
biblioteca como algo prazeroso.
O serviço de apoio especializado, de natureza pedagógica, conduzida por professor
especializado, para alunos com distúrbios de aprendizagem, dificuldades acentuadas
de aprendizagem e deficiência mental que complementam o atendimento educacional
realizado em classes comuns da rede regular de ensino.
Esse serviço realiza-se em escolas, em local dotado de equipamentos e recursos
pedagógicos adequados às necessidades educacionais especiais dos alunos, podendo
estender aos alunos de escolas próximas, nas quais não existe esse atendimento. Pode
ser realizado individualmente ou em pequenos grupos com cronograma de
110
atendimento, para alunos que apresentem necessidades educacionais semelhantes, em
horário diferente daquele que frequentam a classe comum, com a utilização de
programações especificas, métodos, estrategias, atividades diversificadas e
extracurriculares.
Sabendo-se que muitos dos alunos que ingressam na quinta série apresenta uma
defasagem de conteúdos, mais especificamente no que se refere ao uso da língua
materna, o Governo do Estado do Paraná/Gestão 2003 implantou a sala de apoio.
Para essa turma, que não pode exceder o numero de vinte, são escolhidos os alunos
com maiores problemas em relação à Língua Portuguesa e Matemática. À medida que
a sala de apoio juntamente com o professor regente, percebe uma significativa melhora
do aluno no uso de sua língua, ele é liberado das aulas de apoio, cedendo sua vez para
outro que também apresente problemas.
A criação da Sala de Apoio foi bastante significativa, tendo em vista que o professor
pode dar um atendimento mais individualizado, suprindo as necessidades
emergenciais de seus alunos. Por dispor de um menor número de alunos, torna-se
possível a utilização de atividades lúdicas, o que faz com que a aprendizagem do aluno
seja correspondida às necessidades atingindo melhor o objetivo.
7.1.19 – FAMÍLIA E COMUNIDADE
A família e a comunidade, deverão participar ativamente do processo de ensino
aprendizagem através de palestras direcionadas a pais, visitas regulares à escola para
acompanhamento do desenvolvimento dos filhos, espontaneamente ou por convocação, e
sempre que possível se envolverem nas atividades escolares em eventos. Sempre que
oportuno ou necessário os pais serão convidados e/ou convocados a fazerem cursos se
assuntos relacionados ao seu interesse e aos da escola. O Governo, às vezes oferta estes
cursos, outros a própria escola oferece. Sempre que convidados os pais participam ativamente
das festividades e comemorações na escola.
111
7.1.20 – ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E A
PRÁTICA DOCENTE
O trabalho pedagógico será coordenado pela equipe pedagógica visto que esta é a
responsável pela coordenação, implantação e implementação no estabelecimento de ensino
das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar,
que deverão estar em consonância com a política educacional e orientações emanadas da
Secretaria de Estado da Educação. Este trabalho deverá ser organizado preferencialmente nas
horas atividade e nas reuniões agendadas no calendário escolar para esse fim.
112
7.2 – REDIMENSIONAMENTO DA GESTÃO
DEMOCRÁTICA
GRÁFICO
DIRETOR CONSELHO ESCOLAR
PROFESSORESPADRINHOSDE TURMA
ALUNOSREPRESENTANTES
DE TURMAS
APMFCONSELHO DE CLASSE
GRÊMIOESTUDANTIL
113
7.2.1 – CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal,
com objetivo de estabelecer o Projeto Político Pedagógico da escola, critérios relativos à sua
ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, de acordo com a
legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e política educacional traçadas pela
Secretaria de Estado e Educação.
7.2.2 – CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe tem por finalidade intervir, analisar e indicar alternativas no
processo ensino aprendizagem oportunizando os alunos a diferentes formas de apropriar dos
conteúdos.
O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, equipe pedagógica, todos os docentes
e alunos representantes de turma por meio do Pré-Conselho com toda a turma da sala de aula
sob a coordenação do professor representante de turma e/ou pedagogo.
As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Livro Ata pelo secretário da
escola, como forma de registros das decisões tomadas.
7.2.3 – GRÊMIO ESTUDANTIL
Compete ao Grêmio Estudantil representar os alunos, defender interesses individuais
e/ou coletivos dos alunos da escola, incentivar a cultura, artes e esportes;
Promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos no
trabalho escolar, buscando seus aprimoramentos, realizar intercâmbio e colaboração de
caráter cultural e educacional com outras instituições;
Lutar pela democracia permanente na escola ;
Com a colaboração do grêmio estudantil, serão trabalhados os temas sociais,
contemporâneos, num processo coletivo e a cada final de bimestre sistematizar essas situações
em forma de teatro, música, apresentação, dança, painéis, murais, filmes, visitas, passeios
114
turísticos, palestras (meio ambiente, drogas, violência, sexualidade, gravidez na adolescência,
cultura da paz, agenda 21, fera e jogos colegiais).
7.2.4 – ELEIÇÃO DO ALUNO REPRESENTANTE DE TURMA E/OU
MONITOR
Eleitos para intermediarem e ajudarem nas deliberações do grêmio, auxiliarem os
professores quando solicitados, colaborarem com os pedagogos quando necessário, serem
portadores das reivindicações dos alunos de suas respectivas turmas.
7.2.5 – APMF(ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS)
À APMF da escola compete discutir e tomar decisões sobre ações de assistência ao
educando, de aprimoramento do ensino e integração família,escola e comunidade, em
consonância com a proposta política pedagógica, para apreciação do Conselho Escolar e
equipe pedagógica/administrativa, assegurando-lhe melhores condições de eficiência escolar.
7.2.6 – BIBLIOTECA
Com orientação da Equipe Pedagógica, e os funcionários responsáveis pela biblioteca,
é desenvolvido um trabalho onde os alunos emprestam livro infanto-juvenil e juvenil
semanalmente para lerem em casa. Também são usados os livros de literatura nas aulas de
Língua Portuguesa. Os demais livros são usados para pesquisa na própria biblioteca ou a título
de empréstimos.
7.2.7 – PADRINHOS E/OU CONSELHEIRO DE TURMA
No início do ano letivo, cada professor escolhe uma turma para apadrinhar. Ele será o
responsável pela coleta de informações junto a essa turma para o pré-conselho e, quando
possível, auxilia o Pedagogo no pós-conselho. Deverá também atender de maneira especial as
115
dificuldades e necessidades dos alunos, inclusive das faltas, devendo comunicar a Equipe
Pedagógica e/ou à Direção para que sejam tomadas as devidas providências.
7.3 – FORMAÇÃO CONTINUADA
A valorização dos Profissionais da Educação do Estado do Paraná constitui um dos
princípios básicos estabelecidos por esta Secretaria. Dentre as inúmeras ações desencadeadas
para que esta valorização se efetive, são ofertados eventos de formação continuada aos
profissionais da educação, considerando o contido na LDB 9394/96, em seus artigos 67, 80 e
87, bem como na Lei Nacional nº 10172/2001 – Plano Nacional de Educação e Plano
Estadual de Educação.
A Coordenação de Formação Continuada, instituída pela Resolução 1467/04, viabiliza
a realização de eventos direcionados a uma rede de 65.000 profissionais do sistema público
educacional. Professores, pedagogos, diretores, secretários, merendeiras, inspetores,
bibliotecários e auxiliares de serviços gerais são os profissionais que compõem o nosso
público alvo. Também são ofertados eventos para representantes da comunidade escolar,
APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) e Grêmio Estudantil.
As ações relativas à formação continuada têm por objetivo proporcionar aos
educadores (professores e funcionários) sua formação contínua, favorecendo no seu
desempenho de agentes de transformação social, comprometidos com a qualidade na
educação através de grupos de estudos, palestras, reuniões, constituindo um rico processo de
formação contínua.
Os profissionais da Escola Hercília sempre foram incentivados a capacitação visando a
melhoria do ensino-aprendizagem.
7.4 – AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL
Nosso objetivo, é a melhoria da autoestima dos educandos, por isso nossas atividades
escolares são incrementadas através de teatros, palestras, visitas a feiras, museus,
gincanas etc.
116
Valorizar o ser humano por meio destas atividades e visualizar a participação de todos.
Estabelecer parcerias com psicólogos do Município para realizar palestras com os pais
dos alunos para que aqueles se tornem mais atuantes na aprendizagem dos filhos.
Garantir o ensino de História e Cultura afro-brasileira e africana, bem como o ensino
da cultura indígena, através da organização dos conteúdos de todas as disciplinas da
matriz curricular e ao longo do ano letivo na perspectiva de proporcionar aos alunos
uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluri
étnica, ao lado dos europeus e asiáticos. Sempre por parte do professor, com
abordagens positivas.
A ação do projeto sobre a Educação Fiscal articula em nossa sociedade o sentido de
cidadania. A adoção deste estudo oportuniza as ações educativas que provocará
transformações nos hábitos cotidianos de consumo, no seio da família e na
comunidade que está inserida, discutindo a aplicação dos recursos e controle social,
fazendo assim, valer o seu direito de cidadão.
A escola também desenvolve muitas ações voltadas para o esporte, entre elas estão a
participação nos JOCOPS, nas modalidades de handebol masculino e feminino,
futebol masculino e xadrez, nos jogos estaduais, campeonatos internos entre classes
(jogos Inter-séries) e entre as escolas do município e outros.
Nossa proposta pedagógica contempla as ações da Agenda 21, onde o meio ambiente,
é tratado com amor e carinho, cuidando da escola em todos os aspectos, inclusive
ajardinamento, limpeza, higiene, lixo e outros.
O projeto FERINHA visa mostrar os talentos dos alunos e havendo uma apresentação
de destaque, esta irá participar do FERA.
Temos também o FERA COM CIÊNCIA, que no ano de 2007 foi apresentado o
projeto Por Dentro da Fotografia: maquina fotográfica e em 2007 apresentou o projeto
Menarca. Pretendemos, continuar participando.
Equipe multidisciplinar tem como objetivo tratar na escola do assunto da cultura Afro-
brasileira, Africana e Indígena, bem como reivindicações propostas sobre o tema,
formulando projetos empenhados na valorização e saberes da História e Cultura Afro-
brasileira, Africana e Indígena em consonância com as Diretrizes Curriculares da
Educação Básica do Paraná e do Regimento Escolar.
117
Incentivar os professores a fazer produção docente como o OAC (objetivo de
aprendizagem colaborativa) que está vinculado ao desenvolvimento curricular, À
formação continuada e à valorização dos profissionais da educação. Oportuniza a troca
de experiencia entre os professores, pois estará disponível na mídia digital Web (Portal
Dia Dia da Educação).
Incentivar os professores a produzir um FOLHAS, projeto que responde à demanda de
materiais didático-pedagógicos e estimular o desenvolvimento de pesquisa entre os
profissionais da educação. Uma ação de formação continuada e de valorização dos
profissionais da educação com resultados concretos.
Garantir que todos os professores trabalhem a História do Paraná em todas as
disciplinas, especialmente História e Geografia.
RECLASSIFICAÇÃO:PROJETO DE ADEQUAÇAO IDADE/SERIE,
INCENTIVO E OPORTUNIDADE
Para atender e corrigir as distorções serie/idade constatadas nas salas de aula
através de estatística e informações dos professores foi criado o Projeto de
Adequação Idade/Serie, Incentivo e Oportunidade. O projeto visa atender os alunos
que estão atrasados na serie em relação a sua idade.
Foram previstas ações e atividades para culminar nas possíveis
reclassificações:
1- A direção e equipe pedagógica realizara uma reunião pedagógica com
professores, funcionários, Conselho Escolar e Associação de Pais Mestres e
Funcionários- APMF, a fim de debater o assunto sobre a adequação idade/serie,
colher sugestões e encaminhamentos.
2- Em um segundo momento a direção e equipe pedagógica fará reunião
pedagógica com a participação de professores, funcionários, pais e alunos para
tratar sobre o tema da reclassificação, da importância do projeto e
consequentemente da oportunidade e incentivo aos alunos, mas ao mesmo tempo
da responsabilidade dos pais e alunos ao concordar em participar do projeto. Haverá
nesta reunião um saboroso lanche para maior integração e momento de
descontração.
118
3- Será de responsabilidade dos professores e da equipe pedagógica a elaboração
de todo o material para o projeto. O material será a elaboração de uma apostila
contendo textos, problemas e atividades de arte, ciências, educação física,
geografia, historia, inglês, matemática e portugues. Também será utilizado livros
didáticos para complementar as leituras.
5- Os alunos terão aulas em contraturno, com os professores da escola, que se
prontificaram em colaborar nas horas atividades e exercicios para realizarem em
casa.
6- O aluno terá acompanhamento na serie seguinte no qual será matriculado, um
trabalho diferenciado realizado pelo professor e trabalho especifico realizado pela
equipe pedagógica.
6- Os pais assinam termo de compromisso prometendo colaborar e acompanhar a
vida escolar do filho, comparecendo sempre na escola e todas as vezes que for
chamado.
7- O projeto será realizado durante o segundo bimestre de 2011.
8- No final do segundo bimestre serão realizadas as avaliações em 4 dias
consecutivos, sendo 2 avaliaçoes por dia.
9- O resultado será divulgado aos pais após 5 dias das avaliações.
10- após os resultados das avaliações haverá uma confraternização, com um
delicioso churrasco com a participação de todos os envolvidos no projeto.
11- Os alunos que atingiram as metas propostas serão reclassificados e
freqüentarão a serie seguinte no inicio do segundo semestre de 2011.
HORA ATIVIDADE
É o momento em que o Professor se dedica para organizar a maneira e o
encaminhamento das atividades profissionais sob orientação da Equipe Pedagógica. Momento
de reflexão, rico em troca de experiências, pesquisas, leituras e estudos.
7.5 – DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Os Desafios Educacionais Contemporâneos são cinco:
119
Educação Ambiental – Trabalhar concomitantemente em todas as atividades
desenvolvidas na escola as questões do meio ambiente:consumo exagerado,
reciclagem, desperdício, desmatamento, uso indevido de agrotóxicos, queimadas, e
outros.
Prevenção ao uso indevido de drogas – Tratar o assunto com seriedade
pedagogicamente, tendo como referencial as relações de poder nos contextos sociais,
políticos, econômico, étnicos-raciais, culturais, históricos, religiosos e éticos.
Relações Étnico-Raciais – Garantir o ensino de história e cultura afro-brasileira e
africana e indígena através da organização dos conteúdos de todas as disciplinas da
matriz curricular e ao longo do ano letivo na perspectiva de proporcionar aos alunos
uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluri-
étnica, ao lado dos indígenas, europeus e asiáticos. Sempre por parte do professor,
com abordagens positivas.
Sexualidade – Desenvolver um trabalho de prevenção, de informação através de
palestras, indicações de literatura, diálogo e também através dos conteúdos elencados
nas Diretrizes Curriculares, considerando os referenciais de gênero, diversidade
sexual, classe e raça, etnia, procurando subsidiar por meio de conhecimentos
científicos sem preconceito. Temos o Projeto Menarca: que trabalha sobre a 1ª
menstruação e gravidez na adolescência .
Violência na escola - A Rede de Proteção para o Enfrentamento à Violência Contra
Criança e Adolescente, para 2010 pretende-se que seja fortalecida e faça parte do
cotidiano da escola.
Cada professor deverá contemplar, sempre que houver oportunidade, no Plano de
Trabalho Docente os Desafios Educacionais Contemporâneos, sendo que, no decorrer do ano,
todas as disciplinas tenham trabalhado ao menos uma vez em cada série, todos os desafios.
Alguns desafios deverão ser trabalhados com mais ênfase em determinadas disciplinas.
7.6 – DIVERSIDADE
120
A reflexão sobre quem são os sujeitos educandos e educadores, suas origens, suas ex-
pressões, suas expectativas e como os mesmos têm se expressado no ambiente escolar,
leva-nos a buscar compreender quais parâmetros temos utilizado para representar a di-
versidade existente na sociedade: qual parâmetro de homem, de mulher, de adolescen-
te, de jovem, de idoso, de homossexual, de índio, de negro, de pessoa com necessida-
des educativas especiais temos?
Devemos então nos referenciar na SEED e assumir com coragem este debate que faz
parte do desafio que a através do Departamento da Diversidade e de todos os demais
setores da Rede Pública de Educação do Paraná assumiu: garantir o direito à educação
a todas as crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, no lugar onde estejam e
com a organização de tempos e espaços necessária para sua formação.
O Paraná Alfabetizado (Educação de Jovens Adultos e Idosos), que são pessoas que
não aprenderam a ler na época certa de acordo com a idade, é bastante valorizado, sen-
do esses alunos tratados com muito carinho por todos. A escola disponibiliza salas
para seu funcionamento atendendo em tudo que for necessário, inclusive participa das
campanhas, caravana. O Grêmio Estudantil é um parceiro nesta luta com o objetivo de
todos juntos desenvolver um trabalho de cidadania.
7.7 – METAS PARA OS PROGRAMAS DE COMPLEMENTAÇÃO
CURRICULAR
1. No ano de 2009 tivemos dois trabalhos desenvolvidos em nossa escola através do
Programa Viva a Escola: “Espaço como construção social: estudo toponímico das ruas
centrais de Carlópolis com estudantes do ensino fundamental” e “Vem Dançar”,
concluídos com sucesso. Para 2010 não tivemos inscrição.
2. Independente dos Programas do Governo, todos os professores deverão fazer
complementações curriculares quando detectar alunos com necessidades especiais,
com orientação da Equipe Multidisciplinar.
8 – AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
121
O projeto político pedagógico constitui numa peça fundamental para o
acompanhamento e avaliação de todos os trabalhos realizados pela escola, bem como de
prestação de contas à comunidade, tornando a escola questão central de preocupação da
sociedade e do sistema.
Segundo, a Superintendente Evelise:
Refletir sobre a avaliação Institucional é tarefa sempre oportuna e muito necessária
para cumprir as exigências de reorientação e renovação das ações educacionais e de
posicionamento ético de todos os sujeitos envolvidos com a educação, em todos os cantos
desse nosso país, sobretudo, na rede Pública de Ensino paranaense.
Essa avaliação se efetivará num processo contínuo e participativo, analisando o
processo de ensino-aprendizagem, as intervenções do professor no projeto curricular, a
organização do trabalho administrativo e pedagógico e a formação continuada dos
profissionais da educação. Para isso, é necessário estabelecer critérios claros, construir
instrumentos reveladores de todo o processo, e não apenas do seu produto. O exercício de
autoavaliação é parte integrante desse processo como procedimento necessário para a
autonomia que parte de uma reflexão do trabalho desenvolvido individualmente e no coletivo.
É importante salientar que os instrumentos de avaliação, por mais variados que sejam,
devem refletir a filosofia do Colégio Estadual – Ensino Fundamental e Médio, sendo a
expressão de uma relação pedagógica baseada no diálogo e na busca coletiva de soluções.
8.1 – PLANO DE ACOMPANHAMENTO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
A construção do Projeto Político Pedagógico requer uma avaliação no decorrer de seu
percurso e execução, em função dos objetivos propostos para serem alcançados.
Finalmente, todos os envolvidos com o processo educativo devem ter a
responsabilidade de refletir e nortear por uma escola de qualidade com a obrigação de garantir
a meta qualitativa de acesso global de todos os benefícios que venham a colaborar com uma
aprendizagem significativa. O educando deve sentir prazer em estar na escola, a inclusão em
todos os sentidos, o ingresso, a permanência e o sucesso do mesmo devem nortear a prática
pedagógica dos profissionais da educação.
122
8.2 – PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
A Avaliação Institucional do Projeto Político Pedagógico deste estabelecimento de
ensino contará com a participação dos segmentos que compreende: Grêmio Estudantil,
Conselho de Classe, Conselho Escolar, Comunidade Escolar, APMF, Representante de
turmas que deverá levar em consideração os seguintes pontos:
Acompanhamento do desenvolvimento do trabalho docente em sua práxis;
Análise dos resultados obtidos na realização das atividades, projetos e programas
referentes à melhoria da qualidade de ensino apresentadas nas reuniões pedagógicas e
Conselho de Classe de acordo com o previsto no Calendário escolar e cronograma de
ações na escola;
Realização de grupos de estudo para a leitura e análise de textos que levem a reflexão
dos resultados e que impliquem numa autoavaliação;
Reuniões pedagógicas para a apresentação e estudo de gráficos que apresentem os
resultados obtidos no processo ensino-aprendizagem(Conselho de Classe), bem como
para avaliação do trabalho dos setores pedagógicos e administrativo e sua importância
na integração e relação coerente com o Projeto Político Pedagógico.
Reunião com os pais de alunos e representantes de turma, para discussão e
apresentação dos rumos da escola para que também possam dispor suas alternativas e
soluções para a construção de uma escola de qualidade.
Assim sendo, devemos considerar que o Projeto Político Pedagógico não pode ser
pronto e acabado. A ação planejar, buscar um rumo, uma direção de forma intencional deve
contar com o comprometimento do coletivo, e acima de tudo, levar em consideração a
realidade social. Portanto, esta ação colegiada deve priorizar um tipo de organização que
sustente e dê forma aos objetivos deste projeto e sua intencionalidade. Assim sendo, as somas
desses pontos servirão para a realização de mudanças reais, valorizando os interesses de todos
os envolvidos neste processo de construção, para uma educação emancipatória e de qualidade
para todos.
123
8.3 – PERIODICIDADE DO ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico estará permanentemente sob processo avaliativo,
mensal, semestral e anual. A cada bimestre os professores se reunirão para averiguar se o
andamento está dentro do esperado. Ao fim do semestre, deverá ser organizada reuniões com
todos os segmentos da escola e instâncias colegiadas, no final do ano a avaliação conclusiva,
que vai indicar as necessidades de renovação ou mesmo de reconstrução do Projeto Político
Pedagógico. Este processo avaliativo será organizado para ser produtivo.
O Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Prof.ª Hercília de Paula e Silva –
Ensino Fundamental, foi elaborado coletivamente pela comunidade escolar e será avaliado de
acordo com o pressuposto de que a Avaliação traz uma maior compreensão da realidade da
escola e, como consequência, dados que facilitarão a promoção das transformações
necessárias para o avanço na qualidade do ensino e da gestão educacional.
Acreditamos em uma educação centrada na formação humana, na mediação do
saber histórico produzido e na construção da cidadania. Propomos o desafio de avaliar de
forma fiel e sistemática a nossa escola, onde estaremos buscando subsídios juntamente com a
comunidade escolar.
124
9 – BIBLIOGRAFIA
BASTOS, J. B., Gestão Democrática, Rio de Janeiro, DP&A, 2001.
BRUNO, E.B.G. (Org.) O Coordenador pedagógico e a formação docente, São Paulo, Loyola.
ALMEIDA, R. (Org.), O Coordenador pedagógico e o espaço da mudança, São Paulo,
Loyola.
HENÁNDEZ, F., Transgressão e mudança na educação, Porto Alegre, ARTMED, 1998.
FINGER, A. P.,(Org.), Educação: Caminhos e Perspectivas, Curitiba, Champagnat, 1996.
LIBÂNEO, J.C., Didática, São Paulo, 1994.
LUCKESI,C.C., Avaliação da aprendizagem escolar, São Paulo, Cortez, 2003.
APPLE,M.: BEANE, J. (Orgs.). Escolas democráticas. São Paulo, Cortez, 19997.
ESTRELA, A ; NÓVOA, A Avaliação em educação: novas perspectivas, Colibri, 1993
VEIGA, IP.A Perspectiva para reflexão em torno de Projeto Político Pedagógico.In:
VEIGA, IP.A e Resende, L.M.G. de (Orgs.). ESCOLA: Espaço do Projeto Político
Pedagógico. Campinas, SP: PAPIRUS, 1988, P 9 – 32.
BOFF, Leonardo . Projetos Políticos e modelos de cidadania – In: BOFF, L. Depois de 500
anos : que Brasil queremos? Petrópolis, RJ; Vozes, 2000. P.57-74.
TEXTOS – SEED – Orientação para organização da semana pedagógica fev/2009 – estudos
para discussão sobre concepção de currículo e organização da prática pedagógica
Portal dia a dia da Educação – Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual – Foz do Iguaçu sedia
encontro sobre Gênero e Diversidade Sexual.
125
Cadernos Temáticos da Diversidade – Curitiba SEED junho 2008 – Paulo Freire 2009.
Ações Educacionais da Secretaria da Educação.
Material Programa Ética e Cidadania – Construindo Valores na Escola e na Sociedade.
Cadernos Temáticos – Desafios Educacionais Contemporâneos.
Apostilas de Jornada Pedagógica.
Programa Educação Fiscal do Paraná PEF PR – Experiência Possibilidades.
Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.
Textos diversos dos grupos de estudo dos sábados:
Recuperação de estudos ou recuperação paralela? O que a lei diz?
Conselho de Classe participativo: resistências e rupturas.
Instrução nº 02/2004 – SUED – Normas para atribuição da hora atividade.
Apropriação pedagógica da hora atividade com o espaço para formação de professores em
serviço:
Um estudo sobre a organização do trabalho docente em Telêmaco Borba – PR – Rejane
Aparecida Czeralski.
Fragmento de um texto “A recuperação de estudos na organização do trabalho escolar”.
Avaliação no contexto escolar identificação das necessidades educacionais especiais.
O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem. (Cipriano Carlos Luckesi)
Textos da Semana Pedagógica 2010: As necessidades da escola a partir de seus limites e
avanços.
Eu acompanho a avaliação do(a) meu(a) filho(a). E você?
Conselho de Classe e avaliações. E muitos outros retirados do Site.
126
10. ANEXOS
10.1 – CÓPIA DA ATA Nº 02/2010 DA REUNIÃO DA COMISSÃO DE
REELABORAÇÃO DO PPP
127
128
10. 2– CÓPIA DA ATA Nº 06/2010 DA REUNIÃO DA COMISSÃO DE
REELABORAÇÃO DO PPP
10. 2– CÓPIA DA ATA Nº 06/2010 DA REUNIÃO DA COMISSÃO DE
REELABORAÇÃO DO PPP
13110.3 – CÓPIA DA ATA Nº 04/2010 DE APROVAÇÃO DO
CONSELHO ESCOLAR DO PPP
132
133
11 – PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ARTE
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Os conhecimentos artísticos, aliados aos dados das experiências humanas são
elementos que permitem a construção de referências necessárias para a leitura tanto do
contexto quanto à produção artística. Esses elementos no que se refere à sistematização do
processo pedagógico devem levar em conta a organização dos conteúdos de cada linguagem.
Não obstante a enorme diversidade da expressão artística do homem, a arte em todas
as suas manifestações, está sendo estruturada atendendo as suas especificidades e
considerando-se a impossibilidade de diálogo entre as mesmas.
Integram-se as artes na vida da escola, bem como na vida do aluno, proporcionando-a
expressividade, espontaneidade, expondo seus sentimentos, com liberdade de trabalhar
artisticamente suas emoções, livremente suas expressões, incentivá-los a ser críticos e
acreditar que se tentar as mudanças o seu “bem interior” podem acontecer. É primordial levar
os alunos ao contato com experiências artísticas e estéticas, instrumentalizando-os a
apreciação dos bens culturais das artes, tanto os de sua comunidade como os universais.
Além disso, é necessário que os alunos se sintam capazes de refletir sobre a realidade
possibilitando que sua mensagem seja mais bem vinculada, com a proposta de oferecer aos
educandos acesso aos conhecimentos dessa cultura para uma prática social e transformadora
exigindo reflexões que contemplem a arte como área de conhecimento e não meramente como
meio para o destaque de dons inatos, sendo até mesmo utilizada equivocadamente, em alguns
momentos, como prática de entretenimento e terapia, deixando de ser coadjuvante no sistema
educacional e passando a se preocupar com o desenvolvimento de sujeito frente a uma
sociedade construída historicamente e em constante transformação.
A Arte, enquanto disciplina escolar, possibilita o estudo como campo de
conhecimento, constituído de saberes específicos, envolvendo as manifestações culturais,
locais, paranaenses, nacionais e globais, o contexto histórico-social e o repertorio de
conhecimento do aluno.
134Em arte acontece por meio de saberes, entende-se que ao apropriar de elementos que
compõem o conhecimento estético, seja pela experimentação, seja pela análise estética das
diferentes manifestações artísticas, o aluno se torna capaz de refletir à respeito desta produção
e dos conhecimentos que envolvem esse fazer. “Só um saber consciente e informado torna
possível à aprendizagem em Arte”.
A arte é linguagem, pois compõe-se de um sistema de representações que utiliza
signos verbais e não verbais com as quais, o aluno cria e analisa imagens, som e gestos,
atribuindo-lhe significados.
O ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da
Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos, os
conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta. Pretende-se que os
alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para
expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES e BÁSICOS
Os conteúdos estruturantes estarão presentes em todas as linguagens artísticas. Como
por exemplo, artes visuais, dança, música e o teatro, assim como a cultura Afro – Brasileira e
Africana ( conforme resolução CNE/CP nº 1 de junho de 2004 ), Indígena conforme a Lei nº
11.645 e História do Paraná, conforme a Lei nº 13.381/2001.
O conhecimento dos elementos estruturantes e básicos das linguagens, tomados pelo
professor como conteúdos de arte permitirá ao aluno a leitura e a interpretação das produções
e manifestações artísticas, estabelecendo assim relações entre os conhecimentos do seu dia-a-
dia. Para que tenha possibilidade de fazer relações com conhecimentos das outras áreas de
arte e proporcionar ao aluno uma compreensão da totalidade da mesma, numa perspectiva de
abranger o conhecimento em arte produzido pela humanidade.
Sendo que esses elementos serão construídos pelo aluno no decorrer das séries com
maior profundidade dependendo das possibilidades de associação entre arte e a cultura que
podem dar reflexões sobre a diversidade cultural e as produções/manifestações culturais no
qual o aluno se identifica.
135Os conteúdos estruturantes devem se relacionar com o tempo e espaço vividos pelos
alunos, que encontram-se inseridos numa contemporaneidade de informações e imagens.
5ª SÉRIE / 6ª ANO
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES :
Elementos formais – Altura, Duração, Timbre, Intensidade e Densidade.
Composição – Ritmo, Melodia.
Escalas: diatônica, penta-tônica, cromática e Improvisação.
Movimentos e Períodos – Greco-romana, Oriental, Ocidental e Africana
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Elementos formais – Ponto, Linha, Textura, Forma, Superfície, Volume, Cor e Luz.
Composição – Bidimensional; Figurativa; Geométrica,simetria.
Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura.
Gêneros: cenas da mitologia.
Movimentos e Períodos- Arte Greco-romana, Arte Africana, Arte Ocidental e Arte Pré-
histórica.
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Elementos formais- Personagens: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação e Espaço.
Composição- Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços.
Movimentos e Períodos - Greco-romana; Teatro Oriental e Medieval; Renascimento.
136
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Elementos Formais- Movimento Corporal; Tempo e Espaço.
Composição- Kinesfera; Eixo; Ponto de Apoio; Movimentos articulares; Fluxo(livre e
interrompido); Rápido e lento; Formação; Níveis(alto, médio e baixo); Deslocamento (direto e
indireto); Dimensões (pequeno e grande); Técnica: improvisação. Gênero: circular
Movimentos e Períodos- Pré-história; Greco- Romana; Renascimento; Dança Clássica.
6ª SÉRIE / 7º ANO
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Elementos formais- Altura; Duração; Timbre; Intensidade e Densidade.
Composição- Ritmo; Melodia; Escalas;
Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico.
Técnicas: vocal, instrumental e mista.
Improvisação.
Movimentos e Períodos – Música popular e étnica (ocidental e oriental).
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Elementos formais- Ponto; Linha; Forma; Textura; Superfície; Volume; Cor e Luz.
Composição: Proporção; Tridimensional; Figura e Fundo; Abstrata; Perspectiva.
Técnicas: Pintura, escultura,modelagem, gravura.
Gêneros : Paisagem,retrato, natureza morta.
Movimentos e Períodos: Arte Indígena; Popular, Brasileira e Paranaense; Renascimento;
Barroco.
137
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Elementos formais - Personagem: expressões corporais, vocais gestuais e faciais.
Ação e Espaço.
Composição- Representação;Leitura dramática; Cenografia.
Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas.
Gêneros: Rua e arena; Caracterização.
Movimentos e Períodos- Comédia dell'arte; Teatro Popular, Brasileiro e Paranaense; Teatro
Africano.
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Elementos formais - Movimento corporal; Tempo; Espaço.
Composição- Ponto de Apoio; Rotação; Coreografia; Salto e queda; Peso(leve e pesado);
Fluxo (livre,interrompido e conduzido); Lento, rápido e moderado; Níveis (alto, médio e
baixo); Formação; Direção; Gênero: Folclórica, popular e étnica .
Movimentos e Períodos- Dança Popular, Brasileira, Paranaense, Africana e Indígena.
7ª SÉRIE / 8º ANO
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Elementos formais- Altura; Duração; Timbre; Intensidade e Densidade.
Composição- Ritmo; Melodia; Harmonia;
Tonal, modal e a fusão de ambos.
Técnicas: vocal, instrumental e mista.
Movimentos e Períodos- Industrial Cultural; Eletrônica; Minimalista; Rap, Rock, Tecno.
138
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Elementos formais- Linha; Forma; Textura; Superfície ; Volume; Cor; Luz.
Composição- Semelhanças; Contrastes; Ritmo visual; Estilização; Deformação.
Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista.
Movimentos e Períodos- Indústria Cultural; Arte no Século XX; Arte Contemporânea.
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Elementos formais - Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
Ação e Espaço.
Composição- Representação no Cinema e Mídias; Texto dramático; Maquiagem;
Sonoplastia; Roteiro.
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica.
Movimentos e Períodos- Indústria Cultural; Realismo Expressionismo e Cinema Novo.
ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Elementos formais - Movimento Corporal; Tempo; Espaço.
Composição- Giro; Rolamento; Saltos; Aceleração e desaceleração;
Direções (frente,atrás, direita e esquerda); Improvisação; Coreografia; Sonoplastia.
Gênero: Indústria Cultural e espetáculo.
Movimentos e Períodos- Hiphop; Musicais; Expressionismo; Indústria Cultural; Dança
Moderna.
1398ª SÉRIE / 9º ANO
ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES :
Elementos formais- Altura; Duração; Timbre; Intensidade e Densidade.
Composição – Ritmo; Melodia ; Harmonia.
Técnicas : vocal,instrumental e mista.
Gêneros : popular, folclórico e étnico.
Movimentos e Períodos- Música Engajada; Música Popular Brasileira, Música
Contemporânea.
ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES :
Elementos formais- Linha; Forma; Textura; Superfície; Volume; Cor e Luz.
Composição- Bidimensional; Tridimensional; Figura-fundo; Ritmo Visual.
Técnica: Pintura, grafite, performance.
Gêneros : Paisagem urbana, cenas do cotidiano.
Movimentos e Períodos- Realismo; Vanguardas; Muralismo e Arte Latino-americana; Hip
Hop.
ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES :
Elementos formais - Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação ; Espaço.
Composição- Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum.
Dramaturgia ; Cenografia; Sonoplastia; Iluminação;Figurino.
Movimentos e Períodos- Teatro Engajado; Teatro do Oprimido; Teatro Pobre; Teatro do
Absurdo;Vanguardas.
140ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES :
Elementos formais - Movimento Corporal ; Tempo; Espaço.
Composição- Kinesfera; Ponto de Apoio; Peso;Fluxo; Quedas; Saltos; Giros; Rolamentos;
Extensão(perto e longe)
Coreografia; Deslocamento
Gênero: Performance e moderna.
Movimentos e Períodos- Vanguardas; Dança Moderna e Dança Contemporânea.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Propiciar aos alunos leituras sobre produção/manifestações das diversidades artísticas
e culturais enriquecendo seu autoconhecimento percebendo o mundo e compreendendo a arte
como linguagem oportunizando assim a comunicação e a interação.
Na produção artística considerar ações e experiências existentes nas músicas, nas
danças, nas artes visuais e teatro possibilitando a exploração do espaço, das cores e das
formas considerando a importância da reflexão, da descoberta e da criação, dando condições
de aprendizagem para o aluno, ampliando as possibilidades de análise das linguagens
artísticas.
Explorar as possibilidades de improvisação e composição com os alunos através do
movimento.
Poderão ser exploradas composições no trabalho com as personagens, com o espaço cena
proporcionando ao aluno em seu processo de aprendizagem, o conhecimento por meio do ato
de dramatizar.
Desenvolver o habito de ouvir sons com mais atenção, para identificar os seus
elementos formadores.
Utilizar de temáticas que propõe relações da sensação visual com as sensações táteis
entre outras através de interligação das linguagens, promovendo uma forma de percepção
mais completa e aprofundada no que se refere à educação estética.
As quatro linguagens artísticas têm por fim um desenvolvimento histórico
diferenciado e ingressam na escola em momentos diferentes, possuindo a mesma importância
141como instrumentos educativos, pretendido ampliar as possibilidades de apropriação dos
conteúdos em arte durante o processo de escolarização possibilitando que todos os alunos
possam conhecer, fruir e perceber a arte.
CRITÉRIO DE AVALIAÇÕES ESPECÍFICAS DA DISCIPLINA
Avaliação em arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo educando entre
os conhecimentos em arte e sua realidade, evidenciada tanto no processo, quanto na produção
individual e coletiva desenvolvidas a partir desses saberes para que abra as portas e aponte os
caminhos para o redimensionamento das práticas pedagógicas. Serão observados os caminhos
percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e
dificuldades percebidas em suas criações e produções.
A avaliação almeja o desenvolvimento formativo e cultural do aluno levando em
consideração a capacidade individual, desempenho e a participação nas atividades realizadas.
142BIBLIOGRAFIA
_ SANTAELLA, L. Arte e cultura: equívocos do elitismo. 3.ed. São Paulo: Cortez, 1995.
_ VIGOSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes, 1999.
_ LOPONTE, L.G. O ensino da arte na nova LDB: resgate histórico e perspectivas. São
Paulo: Perspectiva, 1996.
_ Mario Moisés Braghioli _ Walter Augusto de Moraes
_ Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Fundamental.
_ Livro Público Didático.
_ Denise Akel Haddad
_ Dulce Gonçalves Morbin
_ Cesar Coel E Ana Ieberosky
_ Isaias Marcheri
_ Ihayanne Gabriele
_ Carla Paula Bundi Calabria – Raquel Valle Martins
_ Maria Moises Bragholi – Walter Augusto de Moraes
143CIÊNCIAS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o
conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao
Homem cabe interpretar os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre
elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e
vida. As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza
ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência do
Homem sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas, conhecimentos e
valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo assim, a cultura, o
trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento
científico, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreende-la e
se apropriar dos seus recursos.
A história da ciência está ligada não somente ao conhecimento científico, mas também
às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de pesquisa que o
produzem e as instituições que as apoiam Nesses termos, analisar o passado da ciência e
daqueles que a construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a
Natureza, interpretá-la e compreende-la, nos diversos momentos históricos.
A tentativa de expressar uma relação do mundo imaginário com a realidade foi um dos
pontos marcantes do surgimento dessa nova ciência. Outra possibilidade de explicação do
mundo ocorreu a partir da proposição de modelos científicos que valorizavam a observação
das regularidades dos fenômenos da Natureza para compreende-los por meio da razão, em
contraposição à simples crença.
Modelo construídos a partir de observações realizadas diretamente sobre os fenômenos
da natureza, permitiram ao ser humano relacionar o senso comum com o científico.
Filósofos naturalistas explicavam a Natureza a partir de outro modelo ao atribuir à sua
estrutura e constituição da matéria, como sendo imutáveis e indivisíveis, os átomos. Pelo
144modelo atomista, os átomos podem se mover e se combinar no espaço vazio e, assim,
construir uma multiplicidade de sistemas formando assim as diversas matérias.
Aristóteles (século III a.C.), ao propor um modelo de Universo único, finito e eterno,
composto por esferas que se dispunham em círculos concêntricos em relação à Terra,
descrevendo movimentos circulares perfeitos,formulou as bases para o modelo geocêntrico.
Aristarco de Samos (século III a.C.), posicionavam-se com outras possibilidades de
entendimento dos movimentos dos corpos celestes (RONAN, 1997a). Neste modelo,
propunha-se o Sol como centro do Universo, regido por movimentos circulares (modelo
heliocêntrico).
Os critérios para identificação e organização permaneceram como base do sistema de
classificação dos seres vivos até os séculos XVII e XVIII, quando a grande diversidade de
espécies coletadas em diferentes regiões do planeta não permitia mais tal organização com
base somente nesses critérios. Nesse sentido, os seres vivos passaram a ser vistos não mais
como imutáveis e integrantes de uma natureza estática , mas mutáveis, evolutivos, integrantes
de uma natureza dinâmica .
O pensamento grego também influenciou na descrição das funções dos órgãos do
corpo humano. Acreditava-se que o coração era o centro da consciência e o cérebro o centro
de refrigeração do sangue. Esse modelo passou a sofrer interferências das relações
provenientes do período renascentista, onde os conhecimentos físicos sobre a mecânica
passaram a ser utilizados como analogia ao funcionamento dos sistemas do organismo .
Assim comparava-se o corpo humano como sendo uma “máquina”, que depende de energia
para seu funcionamento.
Relacionado à ideia de combustão, partia-se do princípio que o ar era necessário para
manter o “fogo da vida”. Posteriormente, dentre as novas ideias sobre o assunto, surgiu a do
flogisto ou o “princípio do fogo”, que se relacionava a uma vasta gama de fenômenos dentre
eles a combustão e a respiração.
As sistematizações de Lavoisier (1743-1794), no final do século XVIII, marcaram um
importante momento para a ciência porque contribuíram para superar as ideias do flogisto que
levaram a novas pesquisas científicas, culminando com a reorganização de toda nomenclatura
à luz dos estudos voltados à nova teorização dos átomos e à química orgânica, no século XIX.
145A alquimia, por sua vez, desde a Antiguidade, era uma prática que objetivava,
principalmente, a transmutação dos metais e a busca pelo elixir da longa vida.
Cientificamente o mundo passa e ser entendido como mutável e o Universo como
infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as evidências de
mudanças na crosta terrestre e a extinção de espécies, bem como a transformação da matéria e
a conservação de energia.
Além dos conhecimentos produzidos a partir das pesquisas sobre a constituição da
matéria, desenvolveram-se estudos sobre a transformação e a conservação dessa matéria na
Natureza. Tais estudos, associados aos conhecimentos relativos à lei da conservação da
energia, contribuíram para o entendimento de que na Natureza ocorrem ciclos de energia, o
que se contrapôs à ideia de criação e destruição e estabeleceu modelos de transformação da
energia na Natureza.
Pela natureza do conhecimento científico, não se pode pensar no ensino de seus
conteúdos de forma neutra, sem que se contextualize o seu caráter social, nem há como
discutir a função social do conhecimento científico sem uma compreensão do seu conteúdo.
Devemos estar centrados no compreender o conteúdo científico e no compreender a função
social da ciência.
Os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes ciências
de referência – Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre outras. O ensino de
Ciências deve promover inter-relações entre os conteúdos selecionados, de modo a promover
o entendimento do objeto de estudo da disciplina de Ciências. Essas inter-relações devem se
fundamentar nos Conteúdos Estruturantes (ciência atividade humana).
É necessário ensinar ciências para contribuir para a formação do aluno quanto:
conhecimento do conteúdo científico e habilidade em distinguir ciência de não-ciência;
compreensão da ciência e de suas aplicações; conhecimento do que vem a ser ciência;
independência no aprendizado de ciência; habilidade para pensar cientificamente; habilidade
de usar conhecimento científico na solução de problemas; conhecimento necessário para
participação inteligente em questões sociais relativas à ciência; compreensão da natureza da
ciência, incluindo as suas relações com a cultura; apreciação do conforto da ciência, incluindo
apreciação e curiosidade por ela; conhecimento dos riscos e benefícios da ciência; ou
habilidade para pensar criticamente sobre ciência e negociar com especialistas.
146OBJETIVOS GERAIS
Resgatar no contexto histórico como se desenvolveu o conhecimento científico,
Abordar os conhecimentos científicos escolares, orientando que eles têm origem nos
modelos construídos a partir da investigação da Natureza.
Propiciar o acesso ao conhecimento da história da ciência, associando os
conhecimentos científicos com os contextos políticos, éticos, econômicos e sociais que
originaram sua construção.
Propagar os conhecimentos científicos recentes, convictos que a produção científica
não deve ser entendida como uma verdade absoluta.
Apropriar das informações referentes os avanços científicos e tecnológicos, as
questões sociais e ambientais.
Propiciar o enriquecimento da cultura científica do aluno, rompendo com obstáculos
conceituais e adquirindo maiores condições de estabelecer relações conceituais,
interdisciplinares e contextuais.
Utilizar uma linguagem que permita comunicar com o outro e que possa fazer da
aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.
Propiciar acesso aos conteúdos científicos escolares que tenham significados para
estabelecer relações “substantivas e não arbitrárias” entre o que conhece de
aprendizagem anterior e o que aprende de novo.
Propiciar a integração conceitual que estabeleça relações conceituais,
interdisciplinares e contextuais; superando a construção fragmentada do
conhecimento.
Compreender: origem e evolução do Universo (Astronomia); a constituição dos corpos
(Matéria); a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos (Sistemas Biológicos);
a conservação e transformação de energia (Energia); o conceito de biodiversidade
(Biodiversidade).
147CONTEÚDOS
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ASTRONOMIA Universo
Sistema Solar
Movimentos
terrestres e
celestes
Galáxias, movimentos do
Universo
Geocentrismo e Heliocentrismo
Rotação, translação, estações do
ano
MATÉRIA Constituição da
matéria
Conceito de matéria, atmosfera
terrestre primitiva, camadas
atmosféricas, solos, rochas,
minerais, água.
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Níveis de
organização
Célula
Organismos , sistemas, autótrofos
e heterótrofos
Fotossíntese
Reserva energética
ENERGIA Formas de
energia
Conversão de
energia
Transmissão de
energia
Energia térmica, eólica, elétrica,
luminosa.
Fontes de energia renováveis e
não-renováveis.
Mudança de estados físicos
A interferência de energia
luminosa nos seres vivos.
BIODIVERSIDADE 3. Organização dos
seres vivos
4. sistemáticas
5. ecossistemas
6. evolução dos
seres vivos.
Diversidade das espécies, extinção
de espécies, comunidade,
população.
Classificação dos seres vivos,
categorias taxonômicas, filogenia,
populações.
148 Conceito de biodiversidade,
ecossistema e características, era
geológica.
Teorias evolutivas, interações
ecológicas, sucessões ecológicas,
cadeia alimentar.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
Vulcões, tsunami, terremotos, desertos, chuva ácida, fósseis, efeito estufa, ação do
vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio, gases,
territórios brasileiros,ecossistemas paranaense,solo paranaense, lendas indígenas, medidas de
grandezas, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da altitude
na prática de esportes, localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta,
crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,
representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de
comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras
explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e
exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade,
história da astronomia, mineração, poluição e contaminação do solo da água e do ar, mata
ciliar, compostagem, queimadas, aquecimento global, lixo tóxico e lixo ambiental, destruição
da camada de ozônio, fauna brasileira em extinção, matas brasileiras , agricultura, adubos e
fertilizantes, coleta seletiva de lixo, máquinas, alavancas, plano inclinado, polia e
engrenagens, criações bovinas , suínas e aves, consumo de energia elétrica residencial,
lâmpadas, chuveiro elétrico, estufas, mata ciliar, instrumentos astronômicos, desertificação,
minerais e a tecnologia: joias, relógios e outros, sismógrafos, biotecnologia, plástico
biodegradável ,fibra ótica, elevadores hidráulicos, reservas ambientais – APA, código
florestal brasileiro, questões de higiene, alimentos transgênicos, aterro sanitário, coleta
seletiva e reciclagem, bússola, microfone e alto-falante,
paraquedas e asa deltas , tecnologia da comunicação, pilhas, baterias e questões ambientais,
149
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
ASTRONOMIA Movimentos
terrestres e
celestes
astros
Eclipse do sol e da lua
fases da lua, constelações,
dias/noites.
Constituição físico/ químico dos
astros.
MATÉRIA Constituição da
matéria
Composição do planeta terra
primitivo, a Terra antes do
surgimento da vida, atmosfera
terrestre primitiva, crosta
terrestre, manto terrestre, núcleo
terrestre, solos, água, composição
atômica da água.
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Níveis de
organização
célula
morfologia e
fisiologia dos
seres vivos.
Teoria celular, tipos celulares,
mecanismos celulares, estrutura
celular, fotossíntese, reserva
energética
características gerais dos seres
vivos, órgãos e sistemas animais
e vegetais.
ENERGIA formas de energia
conversão de
energia
energia luminosa, energia térmica
a interferência de energia
luminosa nos seres
vivos,sistemas ectotérmicos,
150 transmissão de
energia
sistemas endotérmicos, fontes de
energia
irradiação,sistemas de
transmissão de energia,
BIODIVERSIDADE organização dos
seres vivos
sistemática
ecossistemas
interações
ecológicas
diversidade das espécies,
extinção das espécies
classificação dos seres vivos,
categorias taxonômicas,
filogenia, populações
conceito de biodiversidade,
ecossistemas- dinâmica,
características, efeito estufa
interações ecológicas, sucessões
ecológicas, cadeia alimentar,
seres autótrofos e heterótrofos
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: Ação do vento, luminosidade, tornados, camada de
ozônio, a ação de substâncias químicas no organismo, gases, fontes de energias
renováveis e não renováveis, Ilhas de calor, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: Territórios brasileiros, ecossistema
paranaense,lendas indígenas, leituras de diferentes narrativas (língua portuguesa e
língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas rupestres, renascença,
esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da altitude na
prática de esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos
seres vivos no planeta, Revolta da Vacina, crescimento da população humana, as
doenças e as condições sociais de moradias, representação da natureza em obras de
arte, evolução cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano
e suas relações com o sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida,
151distribuição da população humana, importação e exportação de alimentos, práticas
esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade, medidas de grandezas, o
contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos sensoriais e a arte,
entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: Inovação tecnológica, fermentação, contaminação
da água, poluição do solo, poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do
solo para agricultura, contaminação do solo, tratamento da água, lixo tóxico,
elevadores hidráulicos, lixo e o ambiente, unidades de conservação, ocupação da mata
atlântica, exploração da Amazônia, conservação da mata ciliar, exploração da mata
das araucárias, tráfico de animais, ação humana nos ecossistemas, espécies exóticas,
desenvolvimento industrial, impactos ambientais, desmatamento, exploração da caça e
pesca, tráfico de animais e vegetais, poluição do ar , aquecimento global, resíduos
químicos no ambiente, uso de agrotóxicos na agricultura, Instituições governamentais
e ONG, tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo,
dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica, biotecnologia dos
fungos, automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo homem, hidroponia,
interferência do ser humano na produção de frutos de comercialização,
comercialização de carnes exóticas, vacinas e soros, raças e preconceitos raciais, fome
e desnutrição, questões de higiene, tecnologia e testes diagnósticos, saneamento
básico, medicamentos, influência da alimentação na saúde
, aterro sanitário, corantes e tingimento de tecidos, projeto Genoma Humano, gravidez
precoce, DSTs, pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes
de trânsito, educação ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre
outras.
1527ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS
ESPECÍFICOSASTRONOMIA origem e evolução do
universo
teorias sobre a origem
do universoMATÉRIA constituição da matéria conceito de matéria,
SISTEMAS BIOLÓGICOS níveis de organização
célula
morfologia e fisiologia
dos seres vivos
mecanismos e heranças
genéticas
organismo, sistemas,
órgãos, tecidos, células
teoria celular, tipos
celulares, mecanismos
celulares, estrutura
celular
tipos de tecidos,
sistema digestório,
cardiovascular,
respiratório, sensorial,
excretor, urinário,
reprodutor, endócrino,
nervoso
cromossomos, gene,
DNA, RNA, mitose e
meioseENERGIA formas de energia
conversão de energia
transmissão de energia
energia luminosa,
energia térmica,
energia química
a interferência da
energia luminosa nos
seres vivos
153 irradiação, máquinas
simplesBIODIVERSIDADE organização dos seres
vivos
ecossistemas
interações ecológicas
origem da vida
evolução dos seres vivos
diversidade das
espécies
efeito estufa
ciclos biogeoquímicos,
cadeia alimentar
teorias sobre o
surgimento da vida,
geração espontânea
teorias evolutivas
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: A ação de substâncias químicas no organismo,
gases, fontes de energias renováveis e não renováveis, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: Territórios brasileiros, ecossistema
paranaense, lendas indígenas, leituras de diferentes narrativas (língua portuguesa e
língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas rupestres, renascença,
esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da altitude na
prática de esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos
seres vivos no planeta, Revolta da Vacina, crescimento da população humana, as
doenças e as condições sociais de moradias, representação da natureza em obras de
arte, evolução cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano
e suas relações com o sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida,
distribuição da população humana, importação e exportação de alimentos, práticas
esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade, medidas de grandezas, o
contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos sensoriais e a arte,
entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: Tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias
e degradação de petróleo, dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica,
154biotecnologia dos fungos, automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo
homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de frutos de
comercialização, saneamento básico, comercialização de carnes exóticas, vacinas e
soros, raças e preconceitos raciais, fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia
e testes diagnósticos, saneamento básico, obesidade, anorexia e bulimia,
melhoramento genético e trans-genia, alimentos transgênicos, exames sanguíneos,
transfusões e doações sanguíneas, soros e vacinas, medicamentos, hemodiálise, terapia
gênica, CTNBio, influência da alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos
contraceptivos, Organização Mundial da Saúde, reprodução humana assistida, projeto
Genoma Humano, gravidez precoce, DSTs, pilhas, baterias e questões ambientais,
Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental, educação do campo,
agricultura e tecnologia, entre outras.
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS
ESPECÍFICOSASTRONOMIA universo
sistema solar
movimentos celestes
e terrestres
astros
gravitação universal
galáxias, movimentos das
galáxias, formação do
universo
geocentrismo,
heliocentrismo,formação do
sistema solar, localização do
sistema solar em nossa
galáxia,astros do sistema
solar
rotação,translação,eclipse do
sol e da lua,constelações,
155dias e noites
estrelas, planetas satélites
naturais
Leis de Kepler, Leis de
NewtonMATÉRIA constituição da
matéria
propriedades da
matéria
conceito de matéria, átomos,
modelos atômicos,
elementos químicos, íons,
ligações químicas,
substâncias, reações
químicas, funções químicas
inorgânicas, ácidos, sais,
bases, óxidos, lei da
conservação das massas,
compostos orgânicos, água,
composição química da
água
massa, volume, densidade,
compressibilidade,
elasticidade, divisibilidade,
indestrutibilidade,
impenetrabilidade,
maneabilidade,
ductibilidade, flexibilidade,
elasticidade,
permeabilidade,
condutibilidade, dureza,
tenacidade, cor, sabor,
textura, odorSISTEMAS
BIOLÓGICOS
morfologia e
fisiologia dos seres
vivos
sistema reprodutor
156ENERGIA formas de energia
conversão de energia
transmissão de
energia
Energia, mecânica, térmica,
luminosa, nuclear, elétrica,
química, eólica
fontes de energia, eletro
magnetismo, conversão de
energia potencial em energia
cinética, movimentos,
velocidade, aceleração,
colisões, trabalho, potência,
fontes de energias
renováveis e não renováveis
irradiação, convecção,
condução, leis de Newton,
máquinas simples, equilíbrio
de forças, mudanças de
estados físicosBIODIVERSIDADE interações ecológicas interações ecológicas,
sucessões ecológicas, ciclos
biogeoquímicos
POSSÍVEIS RELAÇÕES
157 RELAÇÕES CONCEITUAIS: Gases, fontes de energias renováveis e não
renováveis, Ilhas de calor, máquinas simples - alavancas, polia, engrenagens, entre
outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: Territórios brasileiros, ecossistemas
paranaense, lendas indígenas, leituras de diferentes narrativas (língua portuguesa e
língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas rupestres, renascença,
esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da altitude na
prática de esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos
seres vivos no planeta, Revolta da Vacina, crescimento da população humana, as
doenças e as condições sociais de moradias, representação da natureza em obras de
arte, evolução cultural do ser humano, formas de comunicação humana, o ser humano
e suas relações com o sagrado, mitos e outras explicações sobre a origem da vida,
distribuição da população humana, importação e exportação de alimentos, práticas
esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade, medidas de grandezas, o
contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos sensoriais e a arte,
entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: Lixo e o ambiente, biotecnologia, plástico
biodegradável, elevadores hidráulicos, panela de pressão, ultrassonografia, máquina
fotográfica, óculos, telescópios , aquecimento global, resíduos químicos no ambiente,
tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo,
influência da alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos,
Organização Mundial da Saúde, instrumentos de medidas, tecnologias em produtos de
eletrônica, dessalinização, panela de pressão, ligas metálicas, aterro sanitário,
biodiesel, corantes e tingimento de tecidos, estações de tratamento de esgoto, biogás,
adubos e fertilizantes químicos, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de
energia, instrumentos e escalas termométricas, acidentes, forno micro-ondas,
lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica residencial, bússola,
microfone e alto-falante, paraquedas e asa deltas, tecnologia da comunicação, pilhas,
baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação
ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
158Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 –história e
cultura afro-brasileira e africana, Lei 11645/08 – história e cultura dos povos indígenas, Lei
9795/99 – política nacional de educação ambiental e Lei Governamental nº 13.381/2001.
Dessa forma, serão inseridos temas relacionados a História e Cultura Afro- Brasileira e
Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os
afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando os valores
que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade
multicultural e pluri étnica , lei 11.645/03/08 que integra a História e Cultura Afro-Brasileira
e Indígena ao Currículo de Ensino Fundamental e Médio.
METODOLOGIA
Na metodologia, nós, professores nos embasamos na teoria da aprendizagem de
Ausubel que propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados, para que
possam construir estruturas mentais utilizando, como meio, mapas conceituais que permitem
descobrir e redescobrir outros conhecimentos, caracterizando, assim, uma aprendizagem
prazerosa e eficaz.
Ao selecionarmos os conteúdos a serem ensinados, organizaremos nosso trabalho
docente tendo como referências: o tempo disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula
semanais); o Projeto Político Pedagógico da escola, os interesses da realidade local e regional
onde a escola está inserida, a análise crítica dos livros didáticos de Ciências disponíveis e
informações atualizadas sobre os avanços da produção científica.
Na organização do plano de trabalho docente faremos reflexões a respeito das relações
a serem estabelecidas entre os conteúdos, dos recursos pedagógicos disponíveis, das
estratégias de ensino que podem ser utilizadas e das expectativas de aprendizagem para um
bom resultado final.
Em nosso ensino de Ciências, alguns aspectos serão considerados essenciais tanto para
a nossa formação quanto para nossa atividade pedagógica. Abordaremos, assim três aspectos
importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação científica e a atividade experimental.
159Utilizaremos em nossa prática para garantir o processo ensino-aprendizagem de forma
bem articulada os seguintes itens:
Recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro
didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música,
quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo
didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros),
microscópio, lupa, jogo, televisor, computador, retroprojetor, entre outros;
De recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações,
diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
De alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios,
exposições de ciência, seminários e debates.
As estratégias de ensino e os recursos pedagógico-tecnológicos e instrucionais são
fundamentais para nossa prática docente. Além disso, contribuem de forma significativa para
melhorar as condições de aprendizagem aos estudantes.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos
metodológicos que serão valorizados em nosso ensino de Ciências, tais como: a
problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura científica, a
atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o
lúdico.
AVALIAÇÂO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos
científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser contínua e
cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à
concepção de avaliação contínua e formativa.
160Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno, então
essa continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de
ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula.
Das diversas formas de se avaliar citamos alguns instrumentos de acordo coma
necessidade do aluno e do conteúdo: Atividade de leitura compreensiva de textos,Projeto de
pesquisa bibliográfica, Produção de texto, Palestra/ Apresentação oral, Atividades
experimentais, Projeto de pesquisa de campo, Relatório, Seminário, Debate, Atividades com
textos literários, Atividades a partir de recursos audiovisuais, Trabalho em grupo, Questões
discursivas, Questões objetivas.
161
REFERÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º Encontro,
Avaliação – um processo Intencional e Planejado.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da
Educação - Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – 2008.
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO V 12 N 36 SET/DEZ 2007 - Universidade de
Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação e Programa de Pós-Graduação em Ensino
de Ciências; Educação científica na perspectiva de letramento como prática social: funções,
princípios e desafios, Wildson Luiz Pereira dos Santos.
Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002, TEORIA DA APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA SEGUNDO AUSUBEL, Adriana Pelizzari, Maria de Lurdes Kriegl,
Márcia Pirih Baron, Nelcy Teresinha Lubi Finck, Solange Inês Dorocinski.
CIÊNCIAS NATURAIS, Aprendendo com o cotidiano- Canto, Eduardo Leite do – Ed
Moderna.
162
EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física permite uma abordagem biológica, antropológica, sociológica,
psicológica, fisiológica e política das práticas corporais, justamente por sua constituição
interdisciplinar, por estar integrada ao projeto geral de escolarização.
Pensar em educação física a partir de uma mudança significa uma reflexão sobre
influencia do atual modelo de ensino, o qual muitas vezes não contempla as enormes riquezas
das manifestações corporais, propiciando uma educação voltada para uma consciência crítica,
onde o trabalho, enquanto categoria, é um dos princípios fundamentais das reflexões acerca da
disciplina.
As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais recebem
em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa. Sob a égide de
conhecimentos metodológicos e da instrução física militar, a então denominada ginástica
surgiu, principalmente, a partir de uma preocupação com o desenvolvimento da saúde e a
formação moral dos cidadãos brasileiros. Esse modelo de prática corporal pautava-se em
prescrições de exercícios visando ao aprimoramento de capacidades e habilidades físicas
como a força, a destreza, a agilidade e a resistência, além de visar à formação do caráter, da
autodisciplina, de hábitos higiênicos, do respeito à hierarquia e do sentimento patriótico.”
(SOARES, 2004, p. 70).
No ano de 1882, Rui Barbosa emitiu o parecer n. 224, sobre a Reforma Leôncio de
Carvalho, decreto n. 7.247, de 19 de abril de 1879, da Instrução Pública. Entre outras
conclusões, afirmou a importância da ginástica para a formação de corpos fortes e cidadãos
preparados para defender a Pátria, equiparando-a, em reconhecimento, às demais disciplinas
(SOARES, 2004). Conforme consta no próprio parecer, “[...] com a medida proposta, não
pretendemos formar nem acrobatas nem Hércules, mas desenvolver na criança o quantum de
vigor físico essencial ao equilíbrio da vida humana, à felicidade da alma, à preservação da
Pátria e à dignidade da espécie” (QUEIRÓS apud CASTELLANI FILHO, 1994, p. 53).
163No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de Educação
Física tornou-se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir de 6 anos de idade
e para ambos os sexos, por meio de um anteprojeto publicado pelo então Ministro da Guerra,
General Nestor Sezefredo Passos. Propõe também a criação do Conselho Superior de
Educação Física com o objetivo de centralizar, coordenar e fiscalizar as atividades referentes
ao Desporto e à Educação Física no país e também a elaboração do Método Nacional de
Educação Física. (LEANDRO, 2002, p. 34).
No que se refere à disciplina de Educação Física, a introdução dos temas transversais
acarretou, sobretudo, num esvaziamento dos conteúdos próprios da disciplina. Temas como
ética, meio ambiente, saúde e educação sexual tornaram se prioridade no currículo, em
detrimento do conhecimento e reflexão sobre as práticas corporais historicamente produzidas
pela humanidade, entendidos aqui como objeto principal da Educação Física.
Pode e deve ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que permitam
entender a Cultura Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas
dimensões da vida humana, tratadas tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da
natureza.
A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar
articulada ao projeto político-pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprio, e
trata de conhecimentos relevantes na escola. Considerando o exposto, defende que as aulas de
Educação Física não são apêndices das demais disciplinas e atividades escolares, nem um
momento subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas em sala.
Se a atuação do professor efetiva-se na quadra, em outros lugares do ambiente escolar
e em diferentes tempos pedagógicos, seu compromisso, tal como o de todos os professores, é
com o projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da formação humana. Esses
pressupostos se expressam no trato com os conteúdos específicos, tendo como objetivo formar
a atitude crítica perante a Cultura Corporal, exigindo domínio do conhecimento e a
possibilidade de sua construção a partir da escola.
Busca-se, assim, superar formas anteriores de concepção e atuação na escola pública,
visto que a superação é entendida como ir além, não como negação do que precedeu, mas
considerada objeto de análise, de crítica, de reorientação e/ou transformação daquelas formas.
Nesse sentido, procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela
164humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico
e social.
Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm sido tratados na
Educação Física, faz-se necessário integrar e interligar as práticas corporais de forma mais
reflexiva e contextualizada, o que é possível por meio dos Elementos Articuladores17.
Tais elementos não podem ser entendidos como conteúdos paralelos, nem tampouco
trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada. Os elementos articuladores alargam
a compreensão das práticas corporais, indicam múltiplas possibilidades de intervenção
pedagógica em situações que surgem no cotidiano escolar.
Podemos exemplificar isto através dos seguintes sistemas de complexos temáticos:
Cultura Corporal e Corpo;
Cultura Corporal e Ludicidade;
Cultura Corporal e Saúde;
Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
Cultura Corporal e Desportivização;
Cultura Corporal – Técnica e Tática;
Cultura Corporal e Lazer;
Cultura Corporal e Diversidade;
Cultura Corporal e Mídia.
Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas corporais, indicam
múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em situações que surgem no cotidiano
escolar. São, ao mesmo tempo, fins e meios do processo de ensino/aprendizagem, pois devem
transitar pelos Conteúdos Estruturantes e específicos de modo a articulá-los o tempo todo.
Por se tratar de uma disciplina na área humana, o aprendizado da Educação Física,
justifica-se devido às discussões, problematizações e à necessidade de práticas e
manifestações da Cultura Corporal pelos alunos.
O objetivo maior da Educação Física segundo o PCN do Ensino Médio, é uma ampla
compreensão e atuação das manifestações da cultura corporal. As discussões e as práticas
fundamentadas na Cultura Corporal possibilitam a problematização de questões importantes
para o desenvolvimento crítico do aluno e a desnaturalização de alguns conceitos como, por
exemplo, o de que a competitividade individualista, dos tempos atuais, é inata ao ser humano.
165O conhecimento da disciplina para os alunos é tão importante como essencial, pois a
Educação Física por sua natureza aborda o ser humano numa visão holística. Assim sendo
através dos seus conteúdos e metodologias pode-se mudar a visão de um “correr por correr”
sem sentido, dando subsídios para o educando no sentido do embasamento científico, reflexão
crítica de manifestações e práticas corporais, bem como uma parcela de contribuição na sua
formação como individuo atuante numa sociedade, respeitando valores e diferenças, ou seja,
realizar a educação pelo movimento e não a educação do movimento, desvinculando assim o
professor-treinador e o aluno-atleta.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica devem ser
abordados em complexidade crescente19, isto porque, em cada um dos níveis de ensino os
alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que
devem ser consideradas no processo de ensino/aprendizagem.
A Educação Física e seu objeto de ensino/estudo, a Cultura Corporal, deve, ainda,
ampliar a dimensão meramente motriz. Para isso, pode-se enriquecer os conteúdos com
experiências corporais das mais diferentes culturas, priorizando as particularidades de cada
comunidade.
A seguir, cada um dos Conteúdos Estruturantes será tratado sob uma abordagem que
contempla os fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos políticos, históricos,
sociais, econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade representados na
valorização do trabalho coletivo, na convivência com as diferenças, na formação social crítica
e autônoma. Os Conteúdos Estruturantes propostos para a Educação Física na Educação
Básica são os seguintes:
Esporte;
Jogos e brincadeiras;
Ginástica;
Lutas;
Dança.
166Contemplar a Lei 11.645/08, referente à temática Indígena, e o ensino de História e
Cultura Afro-brasileira e Africana ,conforme Resolução CNE/CP nº 1 de junho de 2004.
Contemplar a Lei nº 13.381/2001, que trata do Ensino de História do Paraná que será
enfatizado sempre que oportuno.
Esporte Coletivos Futebol; Voleibol; Handebol; Basquetebol;
Futsal.
Individuais AtletismoJogos e
Brincadeiras
Jogos e Brincadeiras populares Queimada; mão pega; bets; stop; peteca; corrida
de saco; queimada; polícia e ladrão; pique rela;
gincana; pique corrente; rua/avenida.
Jogos cooperativos Futpar; Volençol; tato contato; olhos de águia;
dança da cadeira cooperativa; salve-se com um
abraço.
Brincadeiras e cantigas de roda Gato e rato; adoletá; ciranda cirandinha;
escravos de Jô; lenço atrás e dança da cadeira.
Jogos de tabuleiros Dama, Trilha e XadrezJogos dramáticos Improvisação; imitação; mímica.
Dança Danças Folclóricas Quadrilha.Danças de salão Valsa; forró; vanerão; samba; xote; bolero;
salsa; tango.
Dança de rua Break; Street dance; funk; hip hop.
Danças criativas Elementos de movimento (tempo, espaço, peso,
fluência); qualidades de movimento;
improvisação; atividades de expressão corporal.
Danças circulares Contemporâneas e folclóricasGinástica Ginástica artística/olímpica Solo.
Ginástica rítmica Corda; arco; bola e fita.
167Ginástica de academia Alongamentos; ginástica aeróbica e pular corda.
Ginástica circense Malabares e acrobacias.Ginástica geral Jogos gímnicos; movimentos gímnicos
(balancinha, vela, rolamento, paradas, estrelas,
rodante, ponte. Lutas Lutas de aproximação Judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumo.
Lutas que mantém a distância Karatê e boxe.
Lutas com instrumento Esgrima; kendô.
capoeira Angola; regional.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar e
sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a comunicação e o
diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o senso de investigação e de
pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física e ampliar o conjunto de
conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas metodologias, nas práticas e nas
reflexões. Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da
Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na
desportivização das práticas corporais. Por exemplo: ao se tratar do histórico de determinada
modalidade, na perspectiva tecnicista, os fatos eram apresentados de forma anacrônica e
acrítica. No entanto, no encaminhamento proposto por estas Diretrizes, esse mesmo
conhecimento é transmitido e discutido com o aluno, levando-se em conta o momento
político, histórico, econômico e social em que os fatos estão inseridos.
Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo ‘teórico’,
mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central a construção do
conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a expressão corporal, o
aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos propostos e a reflexão sobre o movimento
168corporal, tudo isso segundo o princípio da complexidade crescente, em que um mesmo
conteúdo pode ser discutido tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio. Durante
as aulas os alunos deverão fazer algumas reflexões sobre o tema estudado, ou seja, o professor
deve problematizar, levando assim o aluno a pesquisar sobre o assunto, e ainda assim criar e
dar oportunidade para que o mesmo possa deliberar junto à classe sobre o que pode
investigar. Isso pode ser realizado sob a apresentação de cartazes explicativos, slides na TV
pendrive, vídeos.
Ao pensar o encaminhamento metodológico para as aulas de Educação Física na
Educação Básica, é preciso levar em conta, inicialmente, aquilo que o aluno traz como
referência acerca do conteúdo proposto, ou seja, é uma primeira leitura da realidade. Esse
momento caracteriza-se como preparação e mobilização do aluno para a construção do
conhecimento escolar. Após o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o
tema, o professor propõe um desafio remetendo-o ao cotidiano, criando um ambiente de
dúvidas sobre os conhecimentos prévios. Posteriormente, o professor apresentará aos alunos o
conteúdo sistematizado, para que tenham condições de assimilação e recriação do mesmo,
desenvolvendo, assim, as atividades relativas à apreensão do conhecimento através da prática
corporal. Ainda neste momento, o professor realiza as intervenções pedagógicas necessárias,
para que o jogo não se encaminhe desvinculado dos objetivos estabelecidos.
Finalizando a aula, ou um conjunto de aulas, o professor pode solicitar aos alunos que
criem outras variações de jogo, vivenciando-as. Neste momento, é possível também a
efetivação de um diálogo que permite ao aluno avaliar o processo de ensino/aprendizagem,
transformando-se intelectual e qualitativamente em relação à prática realizada.
AVALIAÇÃO
Tradicionalmente, a avaliação em Educação Física tem priorizado os aspectos
quantitativos de mensuração do rendimento do aluno, em gestos técnicos, destrezas motoras e
qualidades físicas, visando principalmente à seleção e à classificação dos alunos.
169Os professores, historicamente, praticam a verificação e não a avaliação, sobretudo
porque a aferição da aprendizagem escolar tem sido feita, na maioria das vezes, para
classificar os alunos em aprovados e reprovados. Chega-se à conclusão de que, mesmo
havendo ocasiões em que se deem oportunidades para os alunos se recuperarem, a
preocupação recai em rever os conteúdos programáticos para recuperar a nota (LUCKESI,
1995). Com as transformações ocorridas no campo das teorizações em Educação e Educação
Física, principalmente a partir dos anos 80 e 90, a função da avaliação começou a ganhar
novos contornos, sendo profundamente criticadas as metodologias que priorizam testes,
materiais e sistemas com critérios e objetivos classificatórios e seletivos. Esses estudos têm
conduzido os professores à reflexão e ao aprofundamento, buscando novas formas de
compreensão dos seus significados no contexto escolar.
É a partir desse novo referencial teórico e das discussões até então desenvolvidas
nestas Diretrizes que são indicados critérios, ferramentas e estratégias que reflitam a avaliação
no contexto escolar. O objetivo, é favorecer maior coerência entre a concepção defendida e as
práticas avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem.
Partindo desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo,
permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº 9394/96, em que o professor
organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a
ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.
A avaliação poderá ocorrer por meio de provas, exposição de trabalhos, produção de
textos, presença e participação.
170
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Educação Física
Cadernos Temáticos. História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Educação no Campo
171ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Ensino Religioso marca passo a passo o histórico da educação
brasileira respondendo à necessidade de fundamentar a elaboração dos diversos currículos do
Ensino Religioso na pluralidade cultural do Brasil.
O Ensino Religioso no período de 1500 a 1800 teve como objetivo básico ativar os
alunos para que se integrem nos valores da sociedade o que se desenvolve é a.
evangelização dos gentios e catequese dos negros.
Na Monarquia Constitucional de 1823 a 1889 o Ensino religioso é submetido ao
esquema de protecionismo da Metrópole, em decorrência do regime regalista, oficialmente
implantado no período. O fio condutor é o texto da Carta Magna de 1824, que mantém a
Religião Católica Apostólica Romana,a Religião oficial do Império, em seu artigo 5º e o que
se faz na Escola é o Ensino da Religião Católica Apostólica Romana.
Na implantação do Regime Republicano de 1890 a 1930 o Ensino da Religião passa
pelos mais controvertidos questionamentos uma vez tomado como principal empecilho para
implantação do novo regime, em a separação entre Estado e Igreja se dá pelo viés dos ideais
positivistas com o único dispositivo da primeira Constituição da República com a expressão
“será leigo o ensino ministrados nos estabelecimentos oficiais de ensino”. Tal enunciado dá
origem ao mais polêmico debate da história do Ensino Religioso no Brasil.
No período de transição de 1930 à 1937 o Ensino Religioso é inicialmente admitido
em caráter facultativo, através do Decreto de 30 de abril de 1931, por conta da Reforma
Francisco Campos. Na Constituição de 1934 é assegurado nos termos do artigo 153: O Ensino
religioso será de matrícula facultativa e ministrado de acordo c om os princípios da confissão
religiosa do aluno manifestado de acordo com os princípios da confissão religiosa do aluno,
manifestada pelos pais e responsáveis e constituirá matéria dos horários nas escolas públicas
primárias, secundárias, profissionais e normais. Os chamados escolanovistas posicionam
contra o Ensino Religioso, por conta dos princípios defendidos da laicidade, obrigatoriedade e
gratuidade do ensino público.
172Em 1937 a 1945 no Estado novo é efetivada a Reforma Francisco Campos, o Ensino
Religioso perde o seu caráter de obrigatoriedade, uma vez que não implica em obrigação para
mestres e alunos, nos termos do 133 da constituição de 1937.
No terceiro período republicano de 1946 a 1964, o Ensino Religioso é contemplado
como dever do Estado para com a liberdade religiosa do cidadão que frequenta a escola. O
artigo 141,70 parágrafo afirma: É inviolável a liberdade de consciência e crença, e assegura o
livre exercício dos cultos religiosos, salvo o dos que contrariam a ordem pública e os dos bons
costumes.
No quarto período republicano de 1964 a 1984 o Ensino Religioso é obrigatório para a
escola concedendo ao aluno o direito de optar pela frequência ou não no ato da matrícula. A
Lei de Diretrizes e Bases, para o ensino de 1º e 2º graus, de nº 5692/71, em seu artigo 7º
parágrafo único, repete o dispositivo da Carta Magna de 1968 e Emenda Constitucional nº
1/69, incluindo o Ensino Religioso no sistema escolar da rede oficial, nos respectivos graus de
ensino.
A Constituição Federal em vigor, promulgada e, 1988 garante, através do artigo 210,
parágrafo 1º do Capítulo III da Ordem Social, o Ensino Religioso nos seguintes termos: O
ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das
escolas públicas de ensino fundamental.
As regulamentações para Ensino Religioso foram modificadas pela Lei 9475, que dá
nova redação ao artigo 33 da Lei 9394 pela deliberação 01/2006 instrução 05/04
SEED/SUED/DEF, que dão novas normas para esta disciplina.
A sociedade civil, hoje, reconhece como direito os pressupostos desse conhecimento
no espaço escolar, bem como a valorização da diversidade em todas as suas formas,
respeitando a formação dos diferentes grupos da sociedade brasileira.
Nesta perspectiva, o Ensino Religioso contribui também para a superação da
desigualdade étnico-religiosa e vem garantir o direito Constitucional da liberdade da crença e
expressão, conforme o Art. 5º, inciso VI da Constituição Brasileira.
O que busca hoje o Ensino Religioso, é a inserção de conteúdos que tratem da
diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, sem
perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas.
173Assim, o currículo deve subsidiar os alunos na compreensão de conceitos básicos no
campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou
mesmo da afirmação ou negação do sagrado.
Dessa forma, o Ensino Religioso, ao resgatar o sagrado, busca explicitar as
experiências das diferentes culturas bem como a Cultura Afro Brasileira e Africana, Leis
10,639/03 (história e Cultura Afro-brasileira e Africana) e a 11,645/08 (História e Cultura
Afro Brasileira e Indígena).
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDO BÁSICO ABORDAGEM
TEÓRICO
METODOLÓGICO
AVALIAÇÃO
PAISAGEM
RELIGIOSA
UNIVERSO
SIMBÓLICO
RELIGIOSO
5ª SÉRIE
- Organizações
Religiosas
- Lugares Sagrados
- Textos Sagrados
Orais ou Escritos
- Símbolos Religiosos
6ª SÉRIE
- Temporalidade
Sagrada
- Festas Religiosas
Os Conteúdos Básicos
devem ser tratados sob a
ótica dos três Conteúdos
Estruturantes;
A linguagem utilizada
deve ser a científica e
não a religiosa a fim de
superar as tradicionais
aulas de religião:
É vedada toda e qualquer
forma de proselitismo e
doutrinação, entendendo
que os conteúdos do
Ensino Religioso devem
ser trabalhados enquanto
conhecimento da
Espera-se que o
aluno:
- Estabeleça
discussões sobre
o sagrado numa
perspectiva laica;
- Desenvolva
uma cultura de
respeito a
diversidade
religiosa e
cultural;
- Reconheça que
o fenômeno
religioso
é um dado de
174TEXTO SAGRADO
- Ritos
- Vida e Morte
diversidade sócio-
político e e cultural
cultura e
identidade de
cada grupo
social.
175REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSINTEC - Sugestão de Proposta Pedagógica para o Ensino Religioso. Curitiba,
2002.
BOWER, John. Para entender as religiões. São Paulo: Ática, 1997.
FINE, Dorren. O que sabemos sobre o Judaísmo. São Paulo: Callis, 1999.
MARCHON, Benoit (orgs.). As grandes religiões do mundo. São Paulo: Paulinas,
1995.
GANERI, Anita. O que sabemos sobre o Budismo. São Paulo: Callis, 1999.
GHAI, O.P. Unidade na diversidade. Coleção Herança Espiritual. Petrópolis: Vozes,
1990.
Diretrizes Curriculares Estaduais e Cadernos Temáticos.
176GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A geografia tradicional, pelo menos no nível escolar, é
essencialmente descritiva e voltada para a memorização. A geografia
crítica, ao contrário, não se preocupa em descrever as paisagens, mas,
sim, em compreender as relações sociedade-espaço. Assim, o papel da
geografia no sistema escolar atual é o de integrar o educando ao meio, ou
seja, ajuda-lo a conhecer o mundo em que vive. Integrar não é acomodar.
A integração supõe reflexão sobre a realidade e aspiração de mudanças,
com o intuito de alcançar uma situação melhor. É um enfoque crítico, que
tem por objetivo auxiliar na formação de cidadãos conscientes, ativos e
dotados de opinião própria. Trata-se de um ensino voltado para o
desenvolvimento da cidadania, Logo, a função da metodologia crítica é
ajudar o aluno a conhecer o mundo e a posicionar-se diante dele, do lugar
em que vive até o planeta como um todo.
O ensino mudou para ser coerente com o mundo dinâmico do qual
todos participamos e cujas transformações constantes fizeram expandir as
paredes da sala de aula. Como sujeitos ativos, que interagem com o que
acontece a sua volta, os alunos precisam ser desafiados a construir os
conceitos e elabora-los de acordo com sua vivencia.
Desenvolver o espírito crítico não significa doutrinar e, sim mostrar
alternativas e realidades. Significa orientar o aluno para que ele perceba
mais claramente o mundo onde as transformações se sucedem numa
velocidade acelerada e diante do qual deve tomar posição.
A geografia crítica objetiva evitar caminhos preestabelecidos ou
modelos prontos, propondo ao aluno um conteúdo que o estimule a ler,
que o ajude a refletir com fundamento, a encontrar sua própria direção e a
definir suas opções.
177De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os
conteúdos estruturantes da geografia para a educação básica,
considerando que seu objeto de estudo/ensino é o espaço geográfico. A
partir deles, derivam-se os conteúdos específicos no cotidiano escolar.
Ampliar a articulação da lei n° 10.639/2003 e a lei nº 11645/08 na
disciplina de geografia e seus princípios no cotidiano escolar,
contemplando a cultura afrodescendentes e africana e cultura indígena.
JUSTIFICATIVA
O ensino de geografia justifica – se pela preocupação dos
significados históricamente construidos em torno da participação ativa dos
indivíduos em cada lugar e no espaço, que com os saberes do passado
torna -se uma construção do presente feitos apartir das análises e
vestígios encontrados caracterizando – se em um objeto social de
determidas épocas.
O estudo do espaço geográfico pressupõe a compreensão da
dinâmica da sociedade que nele vive e o que reproduz constantemente, e
da dinânmica da natureza, fonte primeira, na apropriação modificada pela
ação humana. Ajudando o educando a conhecer o mundo em que vive e
contribuindo para sua formação de sidadãos conscientes e ativos, dotados
de opnião própria, voltada para o desenvolvimento da aprendizagem.
Portanto, fazer com que o aluno transforme oseu cotidiano em tema de
reflexão sistemática.
Com saber organizado, a geografia se apóia em categorias de
análises essenciais e em conceitos fundamentais, como sociedade,
trabalho e natureza, buscando desenvolver nos alunos a capacidade de:
Identificar, comparar, analisar, sintetizar, concluir, etc..., e contribuir para
178que os alunos venham a ser sujeitos de si e agentes criativos,
participativos e conscientes do ensino e aprendizagem.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Formar educandos críticos diante da complexidade dos processos
sociais.
Tornar o educando sujeito participante, capaz de assumir posturas
reflexivas e de análise.
Fortalecer o papel que a técnica desempenha nas relações
natureza/sociedade.
Subsidiar condições para que o espaço geográfico seja um caminho
privilegiado no processo educativo.
Interpretar acerca do país e de outras sociedades do globo.
Atuar no processo de ensino e aprendizagem, na perspectivada
construção do conhecimento, refletindo sobre a realidade vivida pelo
aluno, respeitando e considerando a sua história de vida e
contribuindo para que o aluno entenda o seu papel na sociedade: o
de cidadão.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica do espaço geográfico.
Dimenção política do espaço geográfico.
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais .
179A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção .
A formação , localização, exploração utilização dos recursos naturais .
A distribuição espacial produtiva e a (re) organização do espaço geográfico .
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Aspectos físicos do Estado do Paraná.
A transformação demográfica, distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da População.
A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade
cultural.
Cultura afro-descendentes e indígena.
Desafios educacionais
Contemporâneos .
A mobilidade populacional e as manifestações sócio espaciais da diversidade
cultural.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Educação ambiental.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
_ As eras geológicas.
_ Os movimentos da Terra no Universo e suas influências
(Rotação e Translação).
_ As Rochas e Minerais.
_ O ambiente urbano e rural.
_ Movimentos sócioambientais.
_ Classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças
climáticas.
_ Rios e bacias hidrográficas.
180_ Sistemas de energia.
_ Circulação e poluição atmosférica.
_ Desmatamento.
_ Chuva ácida.
_ Buraco na Camada de Ozônio.
_ Efeito Estufa (Aquecimento Global).
_ Ocupação de áreas irregulares.
_ Desigualdade social e problemas ambientais.
_ A população brasileira, miscigenação de povos.
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias e
exploração de produção.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
brasileiro.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
Aspectos físicos do Paraná.
As relações entre o campo e as cidades.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
Movimentos migratórios e suas motivações.
A distribuição espacial das atividades produtivas,a (re) organização do
espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de
exploração e produção.
As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural.
A transformação demográfica e distribuição espacial e os indicadores
estatísticos.
181A mobilidade populacional e as manifestações sócio espaciais da diversidade
cultural.
Aspectos culturais do Paraná.
O comércio e suas implicações sócios espaciais.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
A circulação da mão-de- obra, de capital das mercadorias e das informações.
Educação ambiental.
Cultura afro descendente e indígena brasileiro.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
_ O êxodo rural.
_ Urbanização e favelização.
_ Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no Espaço
Geográfico.
_ Histórias das migrações mundiais.
_ Estrutura etária.
_ Índices de mortalidade e de natalidade.
_ Crescimento natural vegetativo.
_População jovem e população idosa.
_ Formação histórico-econômico do Brasil.
_ Nordeste, a primeira área colonizada.
_ Centro-sul a região mais rica.
_ Amazônia: a região menos povoada.
_ Divisão oficial do IBGE.
_ Divisão do Brasil em três regiões geoeconômicas.
_ Características gerais do Nordeste.
_ Zona da Mata.
_ Sertão, as secas.
_ Agreste, Meio-Norte.
_ Centro-Sul, diversidades fisiográficas.
182_ Diversidades na ocupação humana.
_ A megalópole ou centro econômico do país.
_ O sul do País.
_ A porção norte do Centro-sul.
_ Como é a Amazônia.
_ A Amazônia de ontem e de hoje.
_ Os principais problemas da Amazônia atual;
_ Projetos desenvolvidos na Amazônia
_ Lutas pela terra.
_ Formações e conflitos étnico-religiosos e raciais.
_ Consumo e consumismo.
_ Movimentos sociais,
_ Meios de comunicação.
_ Estudo dos Gêneros (masculino, feminino, entre outros.).
_ A identidade nacional e o processo de globalização.
_ As regiões brasileiras.
_ A distribuição espacial da cultura afrodescendentes no Brasil.
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
O comércio em suas implicações sócio espacial.
A circulação da mão-de-obra,do capital,das mercadorias e das informações.
A distribuição espacial das atividades produtivas , a (re) organização do
espaço geográfico.
As relações entre o campo e a cidade.
O espaço rural e a mecanização da agriculturada sociedade capitalista.
Formação,localização,exploração e utilização dos recursos naturais.
Aspectos culturais do Estado do Paraná.
As diversas regionalizações do, espaço geográfico.
183A formação, mobilidade das fronteiras e a configuração do território do
continente american.
A nova ordem mundial,os territórios, supranacionais.
A distribuição espacial das atividades produtivas a (re) organização do espaço
geográfico.
Formação,localização,exploração e utilização dos recursos naturais.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A transformação demográfica,a distribuição espacial e os indica- dores
estatístico da população.
As manifestações sócio espacialda diversidade cultural.
O comércio e suas implicações sócio espacial.
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
Formação,localização, exploração e utilização dos recursos naturais e os
impactos no meio ambiente.
Cultura afro-descendentes e os indígenas.
Educação ambiental.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
_ Os setores de economia.
_ Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações.
_ Sistemas de produção industrial.
_ Agroindústria.
_ Globalização.
_ Acordos e blocos econômicos.
_ Economia e desigualdade social.
_ Dependência tecnológica.
_ A contribuição do negro na construção da nação brasileira.
_ Brasil: e suas características.
_ O Brasil, América do Sul e Paraná.
_ O Brasil e o Mercosul.
184_ ALCA.
_ Brasil e o conselho da ONU.
_ África: Aspectos gerais do continente africano.
_ Colonização e Descolonização.
_ Consequências da Colonização.
_ Aspectos fisiológicos e populacionais.
_ ÁSIA.
_ Características gerais.
_ Turquia e Chipre.
_ Afeganistão.
_ Israel.
_ Autoridade Palestina: O povo procura se organizar como Estado – Nação.
_ Países Árabes.
_ Sul da Ásia ou Subcontinente Indiano.
_ Aspéctos gerais do sul da Ásia.
_ Popuolação e diversidade étnicas.
_ Economia.
_ O papel da Religião.
_ Índia.
_ O Dragão e os Tigres Asiáticos.
_ China.
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS BÁSICOS
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A revolução técnico científico informacional e os novos arranjos no espaço
geográfico.
O comércio mundial e asimplicações sócio espacial.
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
As distribuições das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico.
185Aspectos econômicos do Paraná.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de
exploração e produção.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
O comércio mundial e as implicações sócio espacial.
A formação , mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
A distribuição das atividades produtivas , a transformação da paisagem e a
(re) organização do espaço geográfico.
As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural.
O espaço em rede : produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Cultura afro descendente e cultura indígena.
Desafios educacionais contemporâneos.
O comércio mundial e as implicações sócio espacial.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural.
Movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologia de
exploração e produção.
Desafios educacionais contemporâneos.
Educação ambiental.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
_ Blocos econômicos.
_ Formação dos Estados Nacionais.
_ Globalização.
_ Desigualdade dos Países: Norte x Sul.
_ Recursos Energéticos.
_ Guerra Fria.
186_ Conflitos Mundiais.
_ Políticas Ambientais.
_ Órgãos Internacionais.
_ Neoliberalismo.
_ Biopirataria.
_ Meio Ambiente e Desenvolvimento.
_ Nação, Estado e Território.
_ Movimentos Sociais.
_ Terrorismo.
_ Narcotráfico.
_ Segregação racial.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Geografia vê o aluno como um ser humano que possui diferentes
potencialidades a serem desenvolvidas, diferenciar as individualidades dos mesmos,
de acordo com a sua realidade.
O aprendizado é um processo e que o mesmo envolve a reflexão e o
desenvolvimento do raciocínio lógico, não podendo perder de vista, entretanto, que
para alcançar esses objetivos há a necessidade de estímulos permanentes.
O aluno deve ser um cidadão pleno e para isso é necessário um
conhecimento do meio em que vive, refletir sobre o mundo, para nele viver melhor,
promovendo inclusive transformações.
O essencial hoje é aprender a aprender, aprender a pensar por conta própria
e, principalmente, buscar sempre coisas novas.
Desenvolvendo no aluno a crescente consciência de cidadania, entendida
como participação ativa na vida social e na gestão da sociedade, e maior espírito
crítico em relação à realidade mundial e à realidade brasileira.
187
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÕES ESPECÍFICAS DA DISCIPLINA
A avaliação dos alunos constitui-se num dos elementos de interação entre
professor/aluno/conhecimento, muito embora não seja o único. Acreditamos não ser
desejável e suficiente o estabelecimento de critérios que apenas busquem
apreender a evolução cognitiva dos alunos. Ao contrário, a avaliação deve ser
contínua, observando-se o desenvolvimento diário dos alunos, não só em termos de
assimilação de conteúdos como também as posturas ou atitudes sociais que serão
por eles desenvolvidas na medida em que estudam os conteúdos. Acreditamos que
os conteúdos são meios e não fins em si mesmos, ou seja, meios para se atingir um
fim maior, que é o desenvolvimento de atitudes sociais.
O aprimoramento das expressões oral e escrita dos alunos deve também ser
contemplado como critério de avaliação, averiguando-se tanto a forma de sua
evolução como a paulatinaintegração das noções e de conceitos trabalhados no
decorrer das aulas. É preciso incentivar e estar atento à evolução do estilo
argumentativo empregado pelos alunos seja na produção de seus textos, nas
respostas que conferem às questões de provas ou outros exercícios, bem como em
suas colocações verbais. Relacionar informações, acontecimentos e debates
contemporâneos às discussões dos conteúdos, indício de que o educando
desenvolveu a capacidade de enriquecer seus horizontes conceituais e de
pensamento, o que deve ser reconhecido pelas diversas modalidades de avaliação.
No tocante à elaboração dos critérios de avaliação não se deve estabelecer
um único padrão que seja aplicável para todos os alunos, mas sim, a partir da
especificidade de cada um, conferir os conceitos, ou seja, a avaliação e seus
critérios devem se basear nas condições reais da pessoa do aluno quando do início
do processo ensino-aprendizagem.
Portanto como critérios de avaliação espera – se dos alunos a apropriação
dos conteúdos trabalhados; a participação nas atividades, bem como exposição oral
188de sua opnião; que façam a identificação das diferentes formas de regionalização do
espaço brasileiro; que analisem a diversidade cultural regional construida pelos
diferntes povos; que saibam reconhecer oespaço em que vivem com condições de
modifica – los em prol da colitividade.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
As diferntes formas dos instrumentos de avaliação estão ligadas a uma
concepção de avaliação contínua e formativa, visando a aprendizagem e a formação
do aluno.
Os instrumentos de avaliação utilizados entre outros são: pesquisas,
relatórios, trabalho em grupo, mapas conceituais, atividades avaliativas, teste,
seminário, observação diária, debates, realização de trabalhos em casa, interesses
demonstrados, atitudes e valores.
189BIBLIOGRAFIA
ADANS, MELHEM, Geografia: o subdesenvolvimento e o desenvolvimento mundial
e o estudo da América . São Paulo : Moderna, 2001.
VESENTINI , J. WILLIAN (orgs). Geografia Crítica. São Paulo : Ática , 1999.
LUCCI. ELIAN A. Geografia, Homem e Espaço. São Paulo. Saraiva , 2001.
NADALIN> ODILON SÈRGIO. Coleção Historia do Paraná. Curitiba: SEED 2001.
Livro Didático Público.
Diretrizes Curriculares.
Cadernos Temáticos . SEED.
190
HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de História oferece os segmentos da trajetória da humanidade, com
análise dos aspectos políticos, econômico, social e religioso. Ao repassarmos os preceitos
históricos estamos formando intelectualmente um cidadão, acompanhados tais preceitos com
outras disciplinas do currículo escolar, a História pode ter influência decisiva na formação de
cidadãos dotados das qualidades que possibilitem a continuação e construção da sua própria
história em consonância ao mundo que está inserido. Tecnicamente a História pode ser a
bússola que orienta e facilita a sua jornada pelo caminho da sapiência. Entender o desenrolar
dos processos históricos significa contar com um poderoso instrumento para defender seus
direitos e tomar consciência dos desafios do mundo contemporâneo. Nos conteúdos
estruturantes, citamos as diferentes trajetórias de uma política econômica voltada para as
dimensões culturais que embasam as diferentes séries do Ensino Fundamental.
A disciplina de História deverá avançar na articulação da resolução nº 1, de
17/06/2004, que norteia as relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro
Brasileira e Africana. Contemplando ainda a temática indígena conforme determina a Lei nº
11.645, de março de 2008, compreenderá também a História do Paraná, conforme a Lei nº
13.381/2001.
Todo conhecimento será muito importante para o exercício da cidadania.
JUSTIFICAVA
O ensino de História justifica-se pela preocupação em favorecer a construção do valor
da cidadania e a tomada de consciência do aluno sobre seu papel na sociedade, refletindo
sobre os vários significados historicamente construídos em torno da participação ativa dos
indivíduos em cada lugar, a cada tempo. Assim, a História deixa de ser simples ressuscitar do
191passado do jeito como ele aconteceu para, torna-se construção do presente feita a partir dos
vestígios encontrados, caracterizando-se, assim, como produto social de determinada época.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
A disciplina de História tem como objetivo principal formar cidadãos dotados de visão
crítica da realidade e espírito politicamente participativo com capacidade de compreender o
Brasil e o mundo contemporâneo e de tudo que se relaciona a ele. Mostrando, por exemplo,
que o mundo de hoje foi construído ao longo do tempo, como resultado de processos
históricos que envolveram vários e diferentes grupos sociais.
A história pode ter influência decisiva na formação de cidadãos dotados de qualidades
tais como: visão crítica e espírito participativo.
O ensino de história pode estimular a formação da visão crítica ao fornecer ao aluno
um instrumental que o auxilie na interpretação da realidade vivenciada por ele, tendo como
finalidade formar alunos conscientes, responsáveis pelo seu mundo, pelas pessoas que os
cercam e pelo futuro que irão legar às novas gerações.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
RELAÇÕES DE TRABALHO;
RELAÇÕES DE PODER;
RELAÇÕES CULTURAIS.
CONTEÚDOS BASICOS – 5ª SÉRIE
A experiência humana no tempo;
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;
As culturas locais e a cultura comum.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
192 Produção do conhecimento histórico
O historiador e a produção do conhecimento histórico
EM BUSCA DO PASSADO
Um olho no presente outro no passado.
O tempo e o espaço.
Os sujeitos da história.
A ORIGEM DA HUMANIDADE
Idade da Terra e dos Seres Humanos
Vestígios da humanidade
PRIMEIRAS HISTÓRIAS
Dividindo a História
Divisão da história em períodos.
Grandes conquistas
Em busca das festas do passado. (hist V)
OS PRIMEIROS HABITANTES DA AMÉRICA
Nossos ancestrais
Teorias do surgimento do homem na América.
As descobertas arqueológicas no Brasil.
A vida no litoral – (Lagoa Santa, Luzia – MG, Sambaquis)
AGRICULTURA, VILAS E CIDADES
Um lugar definitivo
193 O Crescente Fértil
Educação ambiental
MESOPOTÂMIA
Povos que habitavam a mesopotâmia na antiguidade (sumérios, babilônios, hititas,
assírios, caldeus)
Organização social
EGITO ANTIGO
Nilo
O papel do Estado
Periodização da história egípcia
VIDA NO EGITO ANTIGO
Sociedade
Economia
Religião
Escrita
Conhecimento e artes
Povos Indígenas no Brasil e no Paraná
PERSAS, FENÍCIOS E HEBREUS
sociedade;
economia;
religião;
conhecimento e artes.
194OS GREGOS
Grécia Antiga;
periodização;
cultura;
Atenas e Esparta.
OS ROMANOS
Origem;
Periodização;
O Império;
Cultura;
Formação do Cristianismo.
CONTEÚDOS BASICOS DE 6ª SÉRIE
As relações de propriedade;
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;
As relações entre o campo e a cidade;
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
O FEUDALISMO NA EUROPA
Origem
Feudo
Sociedade
O IMPÉRIO CAROLÍNGIO
A Gália
195 O Reino Franco
Fragmentação do Império Carolíngio
O PODER DA IGREJA CATÓLICA NO MUNDO MEDIEVAL
O papel da Igreja
As catedrais
Heresias
Direitos Humanos
CULTURA NA EUROPA MEDIEVAL
Produção Cultural, conhecimento e artes
AS CRUZADAS
Convocação das Cruzadas
Combate para a fé
Consequências
O FORTALECIMENTO DO COMÉRCIO E DAS CIDADES
O ressurgimento do comércio e das cidades
Educação fiscal
A vida nas cidades
A ERA DOS “DESCOBRIMENTOS”
O mundo conhecido pelos europeus
Buscando novos caminhos
O Tratado de Tordesilhas
A Europa após as grandes navegações
196
EUROPA E AMÉRICA: PRIMEIROS CONTATOS
Desencontro de Culturas
Povos nativos da América espanhola
Mortes, saques e doenças
Direitos Humanos
OS PORTUGUESES CHEGAM AO CONTINENTE AMERICANO
O Brasil no caminho dos portugueses
Discussões sobre o “descobrimento”
EXPLORAÇÃO DO PAU-BRASIL
Madeira que deu nome ao país
Extração
Educação Ambiental
ADMINISTRAÇÃO COLONIAL
Capitanias Hereditárias
Governo Geral
Poder das vilas
Monopólio Português
A ESCRAVIDÃO
Da África para a América
Origem dos escravos
197 Cotidiano e trabalho escravo
Conflitos culturais
Resistência e luta contra a escravidão
Educação Relações étnico-racial
CONTEÚDOS BASICOS DE 7ª SÉRIE
O GOVERNO DE D. PEDRO II
A Guerra do Paraguai
BRASIL A CULTURA NO IMPÉRIO
Criação do IHGB
O MOVIMENTO SOCIAL DOS TRABALHADORES
O mundo do trabalho
Socialismo
Socialismo e capitalismo
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E RELAÇÕES DE TRABALHO
Os novos domínios europeus
Definição de território – Novas formas de exploração
Os barões do café e as classes médias
Chegam os imigrantes
198O PROCESSO DE ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO
Movimento abolicionista paranaense
O fim do tráfico de escravos
Legislação
O MOVIMENTO REPUBLICANO
Os cafeicultores paulistas
A população urbana – mudanças na sociedade
A GUERRA DE CANUDOS
Condições de vida
Na terra dos pelados e peludos
A Primeira Guerra Mundial
MOVIMENTO PELO SUFRÁGIO FEMININO
Evolução da mulher brasileira na política
Movimentos feministas do século XX
MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL CONTEMPORÂNEO
Movimentos sociais na cidade
Trabalhadores rurais no país do latifúndio
Revolução industrial e o movimento Ludista.
199
CONTEÚDOS BASICOS DE 8ª SÉRIE
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Estopim da guerra.
Consequências.
O BRASIL NA PRIMEIRA REPÚBLICA
Os presidentes
Revoltas
Economia
Organização social
Organização político-administrativa
CULTURA NO BRASIL.
A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade
Manifestações culturais
Futebol e carnaval
ENTRE DUAS GUERRAS: A CRISE DO CAPITALISMO
A bolsa de Nova York
Os efeitos da crise.
REGIMES TOTALITÁRIOS
200 Nazismo e Fascismo
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Causas
Consequências
Participação do Brasil na II Guerra Mundial
ERA VARGAS
A Revolução de 30 e o Período Vargas (1930 a 1945)
Leis trabalhistas
Voto feminino
Ordem e disciplina no trabalho
Mídia e divulgação do regime
Populismo no Brasil e na América Latina
CONSTRUÇÃO DO PARANÁ MODERNO
Governo de Manuel Ribas, Moyses Lupion, Bento M. da Rocha Netto e Ney Braga.
Movimentos culturais
Os Xetás
O Regime Militar no Paraná e no Brasil
Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra.
Paraná no contexto atual
CONSTITUIÇÃO DE 1988
MOVIMENTOS POPULARES RURAIS E URBANOS
MST (Movimentos dos sem Terra), MNLM (Movimento Nacional de Luta pela
Moradia), CUT (Central Única dos Trabalhadores), Marcha Zumbi dos Palmares, etc.
201
A REAL SITUAÇÃO DOA AFRO-DESCENDENTES NO BRASIL
Repensando o 13 de maio.
ORIENTE MÉDIO
Crises
Busca pela paz
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da História
local/Brasil para o mundo.
Deverão ser considerados os contextos relativos à história local, da América Latina, da
África e da Ásia.
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças,
permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações.
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes.
O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos
estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas
históricas.
CRITÉRIO DE AVALIAÇÕES ESPECÍFICAS DA DISCIPLINA
De acordo com as sugestões de conteúdos das Diretrizes Curriculares Estaduais, tem
como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente
inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com
o outro, instituída por um processo histórico.
202Pretende perceber como os estudantes compreendem: a experiência humana, os
sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a cultura comum.
Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula,
propiciando reflexões sobre a relação passado/presente.
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes.
No processo avaliativo deve se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,
inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes
naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular; festa e religiosidade; constituição do
pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a escrita e formas de
narrar a história.
Partimos do princípio fundamental que a avaliação é um processo contínuo. Assim, a
avaliação pode e deve integrar a aprendizagem e o ensino, devendo, portanto, implicar um
diálogo permanente entre professor e aluno. É importante considerar o conhecimento prévio,
as hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem no
processo de ensino aprendizagem. O professor deve identificar a apreensão dos conteúdos, as
noções, conceitos, procedimentos e atitudes como conquistas dos alunos, comparando o antes,
o durante e o depois.
A avaliação não deve mensurar simplesmente fatos ou conceitos assimilados. Deve ter
um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o seu próprio desempenho como
docente, refletindo sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades de como atuar no
processo de aprendizagem dos alunos, na construção e transformação histórica.
203
BIBLIOGRAFIA
Apostila Nobel.
MONTELLATO, Andréa. História Temática Scipione. São Paulo, 2002.
O começo do Paraná O Estadinho. São Paulo, 08/08/2004.
SCHMIDT, Dora. Histórias Fazendo, contando e narrando a História.
SCIPIONE: São Paulo, 2002.
SILVA, Francisco de Assis. História: São Paulo, 2001.
PILETTI Nelson e Claudino História & Vida. Ática. São Paulo 2002.
MOCELLIN Renato Para compreender a História
SEED. Diretrizes Curriculares Educacionais. Curitiba. MEMVAVMEM, 2006.
204
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
PORTUGUESA/LITERATURA
Não existe sociedade ou indivíduo sem linguagem, pois através de múltiplas
linguagens que a comunicação se efetiva.
O Homem é um produtor de linguagem. O desenvolvimento da linguagem verbal,
inicialmente falada, depois escrita, é fato marcante na história da humanidade. É nesse
cenário, que as línguas surgem, então, como sistemas voltados para a comunicação, fundados
na interação e na interlocução, isto é, na convivência e no diálogo entre pessoas e/ou grupos.
O aprendizado da Língua não pode ser, contudo, o da norma padrão pela norma
padrão. Deve ocorrer no confronto de diferentes possibilidades, em situações de diálogo, na
leitura e produção de textos.
O domínio da linguagem é imprescindível para a participação efetiva no meio social em que
vivemos.
Como disciplina escolar, a Língua Portuguesa passou a integrar os currículos
escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há muito
organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor dessa
disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.
Com a Lei nº 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no primeiro
grau, Comunicação e Expressão, passou a pautar, então, em exercícios estruturais, técnicas de
redação e treinamento de habilidades de leitura.
A partir de 1970, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau, com
abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário.
A partir da década de 1980, os estudos linguísticos mobilizaram os professores para a
discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o trabalho
realizado nas salas de aula.
205A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990, fundamentou-se em
pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da linguagem, delineada a partir de
Bakhtin e dos integrantes do Círculo de Bakhtin, para fazer frente ao ensino tradicional.
As reflexões sobre o ensino da Língua Portuguesa/Literatura motivam a necessidade
de retomar novos encaminhamentos no processo ensino-aprendizagem, bem como nas
metodologias praticadas nos diversos contextos de estudos. É importante ressaltar que a
linguagem não é homogênea, ela depende de fatores e contextos em que os alunos estão
inseridos, tais como: social, econômico e geográfico.
No processo ensino-aprendizagem, normalmente, a língua é discutida conforme as
normas estabelecidas, deixando de considerar a avaliação linguística, a cultura e as diferentes
realidades do discente. Faz-se necessário neste cenário, criar situações em que o aluno possa
entender essas diferenças e também conceber que, a linguagem é um trabalho social, e nesta
construção, os discursos são desenvolvidos com recursos linguísticos, sempre retomando as
experiências anteriores objetivando ao discente a concretização e a efetivação da
aprendizagem.
As Diretrizes propõem que o Conteúdo Estruturante em Língua Portuguesa esteja sob
o pilar dos processos discursivos, numa dimensão histórica e social. Por Conteúdo
Estruturante entende-se o conjunto de saberes e conhecimentos de grande dimensão, os quais
identificam e organizam uma disciplina escolar, A partir deles, advém os Conteúdos Básicos e
os Conteúdos Específicos, a serem trabalhados no cotidiano escolar.
Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas diferentes
instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o Conteúdo Estruturante é o
Discurso Como Prática Social.
A língua, sistema de representação do mundo, está presente em todas as áreas de
conhecimento. A tarefa de formar leitores e usuários competentes da escrita não se restringe,
portanto, à área de Língua Portuguesa, já que todo professor depende da linguagem para
desenvolver os aspectos conceituais de sua disciplina.
O trabalho com a língua no Ensino Fundamental focaliza a necessidade de dar ao
aluno condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem, aprendizagem fundamental
para o exercício da cidadania.
206Considerando que as práticas da linguagem são uma totalidade e que o sujeito expande
sua capacidade de uso da linguagem e de reflexo sobre ela em situações significativas de
interlocução, as propostas didáticas de ensino da língua portuguesa devem organizar-se
tomando o texto (oral ou escrito) como unidade básica de trabalho, considerando a
diversidade de textos que circulam socialmente.
A prática reflexiva constante a partir de leituras variadas, associada a atividade que
permitam a compreensão e utilização de recursos da oralidade, libra e identificando aspectos
relevantes e analisando-os criticamente.
O ensino da Língua Portuguesa, numa visão contemporânea, precisa estar
compreendido, tanto na oralidade quanto na escrita, com o processo da enunciação e do
discurso, e sua pratica deve estar relacionada a situação reais de comunicação.
Não é possível esperar que todos os textos que subsidiam o trabalho nas diversas
disciplinas sejam auto-explicativos. Sua compreensão depende necessariamente do
conhecimento prévio que o leitor tiver sobre o tema e da familiaridade que tiver construído
com a leitura de textos do gênero.
É tarefa de todo professor, ensinar, também, os procedimentos de que o aluno precisa
dispor para acessar os conteúdos da disciplina que estuda.
Produzir esquemas, resumos que orientem o processo de compreensão dos textos, bem
como apresentar roteiros que indiquem os objetivos e expectativas que cercam o texto, que
espera ver, analisado ou produzido não pode ser tarefa delegada a outro professor que não o
da própria área.
O trabalho desenvolvido demanda participação efetiva e responsável tanto na
capacidade de análise crítica e reflexão sobre os valores e concepções veiculadas tanto na
possibilidade de participação e da transformação das questões envolvidas.
A sala de aula deve ser lugar de interação, de encontro entre sujeitos; as atividades de
leitura e produção deve ser significativas, respondendo às questões? Para quê? Importa
ensinar o aluno a usar a língua e não a gramática? A aprendizagem desses aspectos, esta
inserida em situações reais de intervenção no âmbito da escola.
207
APRESENTAÇÃO DOS CONTEÚDOS
ANO/SÉRIE: 5ª SÉRIE
CONTEUDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
DISCURSO COMO
PRÁTICA SOCIAL
ORALIDADE
Adequação ao gênero:
- conteúdo temático
- elementos composicionais
- marcas linguísticas
Procedimentos e marcas linguísticas
típicas da conversação (entonação, repetições,
pausas...)
Variedades linguísticas
Intencionalidade do texto
Papel do locutor e do interlocutor:
- participação e cooperação
Particularidades de pronúncia de
algumas palavras. LEITURA
Interpretação textual, observando:
- conteúdo temático
- interlocutores
- fonte
- ideologia
- papéis sociais representados
- intertextualidade
- intencionalidade
- informatividade
- marcas linguísticas
208 Identificação do argumento principal e dos
argumentos secundários
As particularidades (lexicais,
sintáticas e textuais) do texto em
registro formal e informal.
Texto verbal e não-verbal ESCRITA
Adequação ao gênero:
- conteúdo temático
- elementos composicionais
- marcas linguísticas
Linguagem formal/informal
Argumentação
Coerência e coesão textual
Organização das ideias/parágrafos
Finalidade do texto
Refacção textual
ANÁLISE LINGUISTICA
perpassando as práticas de leitura, escrita e
oralidade:
Discurso direto, indireto e indireto
livre na manifestação das vozes que
falam no texto
Função do adjetivo, advérbio,
pronome, artigo e de outras categorias
como elementos do texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no
texto
Recursos gráficos: aspas, travessão,
209negrito, itálico, parênteses, hífen
Acentuação gráfica
Valor sintático e estilístico dos modos
e tempos verbais
A representação do sujeito no texto
(expressivo/elíptico;
determinado/indeterminado;
ativo/passivo)
Neologismo
Figuras de pensamento (hipérbole,
ironia, eufemismo, antítese).
Alguns procedimentos de
concordância verbal e nominal
Linguagem digital
Semântica
Particularidades de grafia de algumas
palavras
GÊNEROS DISCURSIVOS:
história em quadrinho, piadas, adivinhas,
lendas, fábulas, contos de fadas, poemas, narrativa
de enigma, narrativa de aventura, dramatização,
exposição oral, comercial para TV, causos, carta
pessoal, carta de solicitação, e-mail, receita, convite,
autobiografia, cartaz, carta do leitor, classificados,
verbete, quadrinhas, cantigas de roda, bilhetes,
fotos, mapas, aviso,
horóscopo, regras de jogo, anedotas, entre
outros.
210
ANO/SÉRIE: 6ª SERIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
ORALIDADE
Adequação ao gênero:
- conteúdo temático
- elementos composicionais
- marcas linguísticas
Variedades linguísticas
Intencionalidade do texto
Papel do locutor e do interlocutor: -
participação e cooperação
Particularidades de pronúncia de
algumas palavras
Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos...
LEITURA
Identificação do tema
Interpretação textual, observando:
- conteúdo temático
- interlocutores
- fonte
- intertextualidade
- informatividade
- intencionalidade
- marcas linguísticas
Identificação do argumento principal e
dos argumentos secundários
211 Inferências
ESCRITA
Adequação ao gênero:
- conteúdo temático
- elementos composicionais
- marcas linguísticas
Argumentação
Paragrafação
Clareza de ideias
Refacção textual
ANÁLISE LINGUISTICA perpassando as
práticas de leitura, escrita e oralidade:
Coesão e coerência do texto lido ou
produzido pelo aluno
Expressividade dos substantivos e sua
função referencial no texto
Função do adjetivo, advérbio,
pronome, artigo e de outras categorias
como elementos do texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no
texto
Recursos gráficos: aspas, travessão,
negrito, hífen, itálico,
acentuação gráfica
Processo de formação de palavras
Gírias
Algumas figuras de pensamento
212(prosopopeia, ironia ...)
Alguns procedimentos de
concordância verbal e nominal
Particularidades de grafia de algumas
palavrasGÊNEROS DISCURSIVOS:
entrevista (oral e escrita), crônica de ficção,
música, notícia, estatutos, narrativa mítica, tiras,
propaganda, exposição oral, mapas, paródia, chat,
provérbios, torpedos, álbum de família, literatura de
cordel, carta de reclamação,diário, carta ao leitor,
instruções de uso, cartum, história em quadrinhos,
placas, pinturas, provérbios, entre outros.
ANO/SÉRIE: 7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
DISCURSO COMO
PRÁTICA SOCIAL
ORALIDADE
Adequação ao gênero:
- conteúdo temático
- elementos composicionais
- marcas linguísticas
Coerência global do discurso oral
Variedades linguísticas
Papel do locutor e do interlocutor:
- participação e cooperação
- turnos de fala
Particularidades dos textos orais
Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos...
213 Finalidade do texto oral
LEITURA
Interpretação textual, observando:
- conteúdo temático
- interlocutores
- fonte
- ideologia
- intencionalidade
- informatividade
- marcas linguísticas
Identificação do argumento principal e dos
argumentos secundários
As diferentes vozes sociais
representadas no texto
Linguagem verbal, não-verbal,
midiático, infográficos, etc.
Relações dialógicas entre textos
ESCRITA
Adequação ao gênero:
- conteúdo temático
- elementos composicionais
marcas linguísticas
Argumentação
Coerência e coesão textual
Paráfrase de textos
Paragrafação
Refacção textual
214
ANÁLISE LINGÜÍSTICA perpassando as
práticas de leitura, escrita e oralidade:
Semelhanças e diferenças entre o
discurso escrito e oral
Conotação e denotação
A função das conjunções na conexão
de sentido do texto
Progressão referencial (locuções
adjetivas, pronomes, substantivos)
Função do adjetivo, advérbio, pronome,
artigo e de outras categorias como elementos
do texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no
texto
Recursos gráficos: aspas, travessão,
negrito, hífen, itálico
Acentuação gráfica
Figuras de linguagem
Procedimentos de concordância verbal e
nominal
A elipse na sequencia do texto
Estrangeirismos
As irregularidades e regularidades da
conjugação verbal
A função do advérbio: modificador e
circunstanciador
Complementação do verbo e de outras
palavras
215
GÊNEROS DISCURSIVOS:
regimento, slogan, telejornal, telenovela,
reportagem (oral e escrita), pesquisa, conto
fantástico, narrativa de terror, charge,
narrativa de humor, crônica jornalística,
paródia, resumo, anúncio publicitário, sinopse de
filme, poema, biografia, narrativa de ficção
científica, relato pessoal, outdoor, blog, haicai, júri
simulado, discurso de defesa e acusação, mesa
redonda, dissertação escolar, regulamentos,
caricatura, escultura, entre outros.
ANO/SÉRIE: 8ª SÉRIE
CONTEUDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
DISCURSO COMO
PRÁTICA SOCIAL
ORALIDADE
Adequação ao gênero:
- conteúdo temático
- elementos composicionais
- marcas linguísticas
Variedades linguísticas
Intencionalidade do texto oral
Argumentação
Papel do locutor e do interlocutor:
- turnos de fala
Elementos extralinguísticos: entonação,
pausas, gestos...
216
LEITURA
Interpretação textual, observando:
- conteúdo temático
- interlocutores
- fonte
- intencionalidade
- intertextualidade
- ideologia
- informatividade
- marcas linguísticas
Identificação do argumento principal e dos
argumentos secundários.
Informações implícitas em textos
As vozes sociais presentes no texto
Estética do texto literário
ESCRITA
Adequação ao gênero:
- conteúdo temático
- elementos composicionais
- marcas linguísticas
Argumentação
Resumo de textos
Paragrafação
Paráfrase
Intertextualidade
Refacção textual
217
ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as
práticas de leitura, escrita e oralidade:
Conotação e denotação
Coesão e coerência textual
Vícios de linguagem
Operadores argumentativos e os
efeitos de sentido
Expressões modalizadoras (que
revelam a posição do falante em relação ao que diz,
como: felizmente, comovedoramente...)
Semântica
Expressividade dos substantivos e sua
função referencial no texto
Função do adjetivo, advérbio,
pronome, artigo e de outras categorias
como elementos do texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no
texto
Recursos gráficos: aspas, travessão,
negrito, hífen, itálico
Acentuação gráfica
Estrangeirismos, neologismos,gírias
Procedimentos de concordância verbal e
nominal
Valor sintático e estilístico dos modos
e tempos verbais
A função das conjunções e
preposições na conexão das partes do texto
Coordenação e subordinação nas
orações do texto
218
GÊNEROS DISCURSIVOS:
artigo de opinião, debate, reportagem oral e
escrita, manifesto, seminário, relatório
científico, resenha crítica, narrativa
fantástica, romance, histórias de humor, contos,
música, charges, editorial, curriculum vitae,
entrevista oral e escrita, assembleia, agenda cultural,
reality show, novela fantástica, conferência,
palestra, fotoblog, depoimento, imagens, instruções,
entre outros.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Segundo as Diretrizes, a Língua Portuguesa tem como Conteúdo Estruturante o
discurso como prática social, sendo assim o professor deverá embasar as práticas de leitura,
oralidade e escrita nos mais diversos gêneros textuais, verbais e não-verbais. Esse trabalho
utilizará atividades diversificadas, que priorizem o entendimento da função e estrutura do
texto em questão, para só depois trabalhar os aspectos gramaticais que o compõem. “Assim o
trabalho com a gramática deixa de ser visto a partir de exercícios tradicionais, e passa a
implicar que o aluno compreenda o que seja um bom texto, como é organizado, como os
elementos gramaticais ligam palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando ideias
defendidas pelo autor, além disso, o aluno refletirá e analisará a adequação do discurso
considerando o destinatário e o contexto de produção e os efeitos de sentidos provocados
pelos recursos linguísticos utilizados no texto” (DCE p.61).
O ensino da Língua Portuguesa/Literatura será norteado por uma concepção teórico
sócio-interacionista e orientado por práticas de oralidade, leitura e escrita, em que se
privilegia a construção e a reconstrução verbal, a socialização dos conhecimentos,
considerando a relação dialógica e o contexto de produção, que serão vivenciados por
experiências com a Língua em uso e concretizadas em atividades de leitura, produção de
219textos e reflexões sobre essa mesma Língua, que vê o aluno como sujeito do discurso
enquanto prática social. Pois é pensando, comparando, analisando, resolvendo desafios e
tirando conclusões que ele atinge o conhecimento e percebe sua interação com o mundo.
Desse modo, o ensino de Língua Portuguesa/Literatura, oferecerá aos alunos, sujeitos
da aprendizagem, oportunidades de amadurecimento e ampliação do domínio que eles já têm
das práticas de linguagens, partindo de experiências acumuladas da fala e da escrita.
No que diz respeito à prática de oralidade, o professor deverá expor os alunos a textos
orais e/ou escritos com o intuito de levá-los a expressar ideias em Língua portuguesa, mesmo
que com limitações, e ainda possibilitar que exercitem sons e pronúncias desta língua. Com
esse intuito, o professor pode direcionar debates orais, seminários, dramatizações, júri
simulado,declamações, entrevistas, etc.
Com relação à escrita, deverão ser apresentadas atividades de produção de texto que
assumam papel significativo para o aluno. Para que isso ocorra, o professor precisará
esclarecer qual o objetivo da produção, para quem se escreve, quais as situações reais de uso
do gênero textual em questão, ou seja, qualquer produção deve ter sempre um objetivo claro,
pré-determinado.
No trabalho com a leitura, as atividades desenvolvidas devem possibilitar ao aluno um
novo modo de ver a realidade, a leitura deverá ir além daquela compreensiva, linear, para
trazer-lhe um “novo modo de ver a realidade” É importante ressaltar que os trabalhos
com os aspectos gramaticais não serão abandonados, no entanto passarão a ser visto pela ótica
da analise linguística, que não considera a gramática fora do texto.
Em seu trabalho com as práticas discursivas descritas acima o professor fará uso de
livros didáticos e paradidáticos, dicionários, revistas, jornais, vídeos, internet, DVD, CD, TV
multimídia, jogos, etc que servirão para ampliar o contato e a interação com a língua e a
cultura. Considerando a flexibilidade dada pelo trabalho com os gêneros textuais, serão
trabalhados ainda temas como cultura afro-brasileira, cultura indígena, sexualidade,
drogas, meio-ambiente entre outros que possibilitem o estímulo do pensamento crítico do
aluno.
O desenvolvimento do ensino-aprendizagem será propiciado através de textos
ofertados aos alunos, ou pesquisados por eles mesmos, que estimulem a evolução da
220linguagem oral e escrita, considerando possíveis efeitos de sentido, levando em conta a
intenção comunicativa e os interlocutores.
Os conteúdos gramaticais serão estudados a partir de seus aspectos funcionais na
constituição da unidade de sentido aos enunciados. Daí a importância de se considerar não só
a gramática normativa, mas também outras, como a descritiva e a internalizada no processo de
ensino.
Os métodos a serem utilizados sempre estarão em constantes inovações de acordo com
as necessidades e acontecimentos do dia-a-dia. Os projetos interdisciplinares também serão
trabalhados concomitantemente com os conteúdos propostos para o ano letivo e revistos
quando necessário.
A metodologia aqui apresentada não será fragmentar a língua em conteúdos estanques
e determinar o que ensinar em cada série, pois no processo de aquisição da língua materna não
se aprende obedecendo a uma escala de valores que parte do mais simples a mais elaborada. A
aprendizagem não se dá de maneira linear, ela procura abarcar todos os mecanismos
envolvidos
no processo de interação. Dessa forma a prática da oralidade, leitura e escrita serão
trabalhadas da seguinte forma:
ORALIDADE
É vista como uma prática social interativa, que será utilizada em momentos de
comunicação através de vários gêneros e formas com fundamentação na realidade sonora,
partindo da informalidade para a formalidade em situações de uso diversas.
A fala será assumida como conteúdo que implica conhecimentos relativos às variedades
linguísticas e as diferentes construções da língua, inclusive quanto aos aspectos
argumentativos do discurso.
LEITURA
Será uma prática consistente do leitor perante a realidade, destacando e contemplando
os diferentes gêneros textuais, assim como diferentes meios de comunicação, permitindo ao
221leitor desvendar posicionamentos ideológicos que se fazem presentes no meio social e cultural
que o cerca.
ESCRITA
Será trabalhada de forma contextualizada, pois o aluno precisa compreender os
mecanismos de funcionamento de um texto, que são diversos da oralidade. Após internalizar
essas diferenças textuais, tanto o aluno como professor planejará o que será produzido, após a
primeira versão do texto sobre a proposta apresentada será escrita, revisada e re-estruturada.
Havendo necessidade, tais atividades serão retomadas, analisadas e avaliadas durante
todo o processo de ensino e aprendizagem. As etapas, serão interdependentes e inter
complementares.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O processo avaliativo será coerente com os objetivos propostos e com os
encaminhamentos metodológicos.
A oralidade e a leitura, serão avaliadas através de discursos, debates, troca informal de
ideias, entrevistas, relatos históricos, leitura de textos diversos, posicionamentos diante de
textos com os quais convivem, tendo em vista o resultado esperado.
Na escrita, a ênfase será observada no que diz respeito aos aspectos de produções
textuais, onde o aluno se confrontará com o objeto do conhecimento, participando ativamente
desse saber, valorizando o fazer e o refletir, para que dessa forma adquira autonomia e se
aperfeiçoe cada vez mais. A gramática será trabalhada no prisma da linguística do texto,
servindo de instrumento para o aluno superar dúvidas sobre o uso da língua padrão.
A avaliação será formativa, contínua e diagnóstica, considerando ritmos e processos
de aprendizagens diferentes nos educandos, apontando dificuldades e possibilitando,
intervenções pedagógicas, informando os sujeitos do processo (professor e alunos), ajudando-
os a refletir e tomar decisões.
Os conteúdos não apropriados no processo ensino/aprendizagem indicarão os que
deverão ser retomados, pois não devemos esquecer que a avaliação incide principalmente
sobre a recuperação de conteúdos. A recuperação da nota é apenas uma decorrência disso.
222INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
A diversidade dos instrumentos de avaliação está ligada à concepção de avaliação
contínua e formativa, pois as mesmas visam à aprendizagem e a formação do aluno. Então é
necessário que se concretizem em diferentes atividades de ensino/aprendizagem que
acontecem na sala de aula.
Essa avaliação acontecerá através de verificação do desempenho do aluno na
expressão oral, leitura, escrita e na compreensão de textos.
Como é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos, discursivos,
textuais, ortográficos e gramaticais, a avaliação deverá apresentar uma prática reflexiva e
contextualizada que verifique o desempenho do aluno através das atividades realizadas como:
Fichas de observação e de leitura;
Atividades de leitura compreensiva de textos;
Testes escritos (objetivos e subjetivos);
Trabalho em grupo e/ou individual;
Realização de trabalhos em casa;
Debates;
Produção de textos;
Interesses demonstrados, atitudes e valores;
Atividades a partir de recursos audiovisuais;
Questões discursivas e objetivas;
223REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- DIRETRIZES CURRICULARES DA LÍNGUA PORTUGUESA para o Ensino
Fundamental;
- FARACO, Carlos Emílio, MOURA, Francisco – Português: Projetos. São Paulo – Ática,
2005
- SARMENTO, Leila Aguiar. Português: Leitura, Produção, Gramática. 2. Ed. São Paulo:
Moderna, 2006
KOCH, Ingedore – Travaglia, Luis C. – A Coerência Textual – Ed. São Paulo – SP.
MEC - SALTO PARA O FUTURO, Boletim de Língua Portuguesa.
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA- Grupos de estudos-2008- 2º encontro-
AVALIAÇÃO- Um Processo Intencional e Planejado
224MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no mundo e o
conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção humana na sua
interação constante com o contexto natural, social e cultural. É necessário compreender a
Matemática desde suas origens até sua constituição e como disciplina no currículo escolar.
Ela tem um valor formativo que ajuda a estruturar o pensamento e o raciocínio dedutivo, bem
como um papel instrumental, pois é uma ferramenta que serve para resolução de problemas da
vida cotidiana e para muitas tarefas específicas em quase todas as atividades humanas.
Aprender matemática é mais do que manejar fórmulas, interpretar, criar significados,
construir seus próprios instrumentos para resolver problemas estar preparados para perceber
esses mesmos problemas, desenvolvendo o raciocino lógico a capacidade de conceber e
projetar
Devemos ter como meta a incorporação e superação do conhecimento pois há um
crescimento tecnológico em velocidade crescente , desenvolvendo a consciência crítica ,
permitindo a interpretação do mundo e a compreensão das relações sociais. Esperamos que o
ensino da matemática deva procurar contribuir de um lado para a valorização da pluralidade
sócio cultural evitando o processo de submissão no confronto com outras culturas, de outro,
criar condições para que o aluno tenha uma vida melhor para um determinado espaço social e
se torne ativo na transformação de seu ambiente. Portando , é necessário que o processo de
ensino e aprendizagem contribua para que o estudante tinha condições de constatar
regularidades matemáticas , generalizações e apropriações de linguagem adequada para
descrever e interpretar fenômenos ligados à matemática e as outras áreas do conhecimento ,
assim a partir do conhecimento matemático, seja possível o estudante criticar questões sociais,
políticos, econômicas e históricos
Nesse contexto, é importante que o docente, construa por intermédio do conhecimento
matemático, valores e atitudes, visando à formação integral do ser humano. É preciso
explicitar também que a prática docente seja realizada de forma contextualizada, ou seja,
parta-se de situações do cotidiano do aluno sistematizando-os para o conhecimento elaborado
225cientificamente. Nessa perspectiva, podemos utilizar a Educação Matemática que implica
olhar a própria matemática do ponto de vista do seu fazer e do seu pensar, do ensinar e do
aprender, da sua construção histórica, buscando compreende-los.
Portanto, é necessário que o processo de ensino e aprendizagem contribua para que o
estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e
apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à
matemática e as outras áreas do conhecimento, assim a partir do conhecimento matemático,
seja possível o estudante criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
NÚMEROS E ÁLGEBRA.
Há a necessidade de uma retomada no início do Ensino Fundamental, com um trabalho
dentro dos conjuntos numéricos através da classificação e seriação pelos agrupamentos, pelas
bases de contagem, pelo sistema de numeração decimal, pelas operações, pelos algoritmos e
resoluções de situações problema, numa construção de significados, desenvolvendo assim,
juntamente com as operações básicas e algébricas, noções e conceitos já estabelecidos que
serão pré-requisitos na articulação e argumentação para o estudo das medidas geométricas e
tratamento da informação.
MEDIDAS
No Ensino Fundamental, o uso das medidas como elemento de ligação entre os
conteúdos de numeração e os conteúdos de Geometria, tendo a ideia de que medir é
essencialmente comparar. Essa ideia pode ser trabalhada em várias situações que envolvem o
aluno, ao observar o tamanho dos objetos na exploração do espaço, e vai através de
comparações, classificando-os. Quando o resultado da medida não puder ser representado por
um valor inteiro (número natural) tem-se a ocasião para apresentar noções sobre frações e
números decimais. O trabalho com as unidades de tempo e as relações que as cercam são de
suma importância para a percepção da ordem, da sucessão dos acontecimentos e da duração
dos intervalos temporais, sem os quais não poderíamos viver organizadamente em sociedade.
A utilização de medidas de valor monetário é imprescindível ao homem, para que o
226mesmo possa manusear e trabalhar com valores monetários nas práticas sociais
contemporâneas. É fundamental considerar as noções de medida como um conteúdo
matemático a proposição de atividades significativas, para compreensão da ideia de
comparação da unidade que está sendo usada com a grandeza a ser medida.
GEOMETRIA
Para iniciar atividades com conteúdos estruturantes de Geometria no Ensino
Fundamental, problematizadas a partir da realidade, o estudante pode explorar o espaço para
situar-se nele e analisá-lo percebendo os objetos neste espaço para então poder representa-los.
Isto sempre a partir de problemas atividades e situações vivenciadas pelos alunos com objetos
cotidianos: caixas, bolas, garrafas, embalagem de todos os tipos, folhas de árvores, tocos de
madeira, dentre outros, sempre buscando a partir deles produzir falas ou textos que indiquem
ou justifiquem a forma, semelhança, diferença, pontas e todo tipo de propriedade dos objetos.
Para Geometria, é importante utilizar objetos que tenham relação com as formas
geométricas mais usuais como, por exemplo, cone de lã, casquinha de sorvete e chapéu de
palhaço para lembrar o cone; latas de azeite e latas de cera para lembrar o cilindro;
embalagens e enfeites para lembrar as formas de pirâmides. Em seguida traçando o contorno
desses objetos, os alunos trabalharão com figuras planas triangulares, quadrangulares,
circulares, etc., sem dissocia-las dos sólidos que as originaram. Essa representação de figuras
pode induzir a visão espacial dos objetos tridimensionais representados em planos, sem
prejuízo da diferenciação entre sólido e plano, entre objeto e representação. Outra atividade
importante é a planificação das representações das figuras espaciais, que pode ser feito, por
exemplo, montando e desmontando embalagens. Os alunos podem explorar situações que
elaborem a ideia de forma como atributo dos objetos. Uma alternativa para isso seria usar
vários materiais, por exemplo, o Geoplano, elástico de dinheiro, tangram, massa de modelar e
argila.
Portanto o trabalho de Geometria tem a finalidade de reconhecer- se dentro do espaço
e a partir deste, localizar-se no plano.
227TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Tudo o que se relaciona à informação tem importância cada vez maior. Esta
informação está todos os dias, nos diferentes meios de comunicação, vem acompanhado,
muitas vezes, de lista de dados, tabelas e gráficos de vários tipos. Portanto, para entender o
significado desses dados e ao mesmo tempo, saber interpreta-los, é importante utilizar
diferentes instrumentos de tratamento de informação. A esse propósito, Lopes faz referencia à
sociedade contemporânea, e sinaliza a importância da diversidade de informações. Em face de
esse quadro, ratifica-se a importância de conhecer fundamentos básicos de matemática para
que a população disponha das condições que lhes permitam ler e interpretar tabelas, gráficos e
dados estatísticos presentes em seu cotidiano. Construir tabelas a partir de textos, ler tabelas já
construídas e interpretá-la corretamente constituem-se, na época contemporânea, um saber
social necessário.
Os estudos relativos à noções de estatística, probabilidade e de análise combinatória,
constituem os conteúdos a serem explorados neste conteúdo estruturante. O que se pretende,
não é o desenvolvimento de um trabalho limitado a definição de fórmulas. Em outras
palavras, é necessário, que o aluno compreenda e interprete as informações, ou seja, realize
analise, emita opiniões, tire conclusões, perceba regularidades e irregularidades e compreenda
o contexto científico-social associado a elas.
Um trabalho crítico com a linguagem da informação contribui para a formação de um
cidadão mais crítico frente ao tipo de sociedade em que vive. É importante que o aluno, ao
final do Ensino Fundamental, utilize a linguagem matemática da informação – coleta de
dados, médias, tabelas, gráficos, porcentagens – na produção de seus textos, e ao mesmo
tempo, que saiba analisar esta linguagem nos textos que circulam socialmente, como por
exemplo, os jornais, as revistas, a internet entre outros.
Salienta-se que a utilização da linguagem da informação, no Ensino Fundamental,
amplia as possibilidades do aluno de compreender a dinâmica da sociedade, pois esse
processo de representação de dados, através da linguagem gráfica, propicia-lhes as condições
para compreender essa sociedade e também refletir sobre o mundo sócio-econômico ao seu
redor.
O ensino da matemática deve ser pensado numa perspectiva mais ampla. É
fundamental trabalhar com situações práticas relacionadas com problemas do cotidiano, que
228forneçam contextos que possibilitem explorar, de modo significativo, conceitos e
procedimentos matemáticos.
Para a organização do trabalho na disciplina de Matemática , devemos considerar a
proposta do professor, necessidade dos alunos, as condições para aplicações dos recursos e o
tempo disponível. Para isso, devemos situar nossa proposta numa perspectiva de crescimento
e transformação, onde os alunos possam explorar possibilidades , levantar hipóteses, analisar
conclusões.
Desenvolvendo o campo da investigação matemática e a produção do conhecimento
com relevância a história da matemática, associando o conhecimento matemático com outras
áreas do conhecimento.
Desenvolvendo um pensamento reflexivo, que permita a elaboração de conjecturas, as
descobertas de soluções e a capacidade de concluir (resolução de problemas)
Identificando os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o
mundo a sua volta.
Questionando a realidade formulando-se problemas, resolvendo-os utilizando o
pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica selecionando
procedimentos e verificando sua adequação.
Compreendendo a cidadania como participação social e político assim como exercício
de direitos e deveres políticos civis e sociais sendo necessário saber calcular, medir,
raciocinar, argumentar e tratar informações estatisticamente
Permitindo a todos o acesso dos conhecimentos matemáticos, presentes em qualquer
situação da realidade como condição necessário para participarem e interferirem na sociedade
em que vive.
Inserindo assuntos relacionados a História e Cultura Afro Brasileira e Indígena,
através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial
Inserindo assuntos relacionados a História do Paraná e Educação Fiscal
Relacionando o conhecimento cotidiano sistematizando os para o conhecimento
elaborado cientificamente.
2295ª SÉRIE/ 6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS
BÁSICOS
Números e Álgebra Sistemas de Numeração
Números Naturais
Múltiplos e Divisores
Potenciação e Radiciação
Números Fracionários
Números Decimais
Grandezas e Medidas Medidas de Comprimento
Medidas de Massa
Medidas de Área
Medidas de Volume
Medidas de Tempo
Medidas de Ângulos
Sistema Monetário
Geometria Geometria Plana
Geometria Espacial
Tratamento da Informação Dados, tabelas e gráficos
Porcentagem
6ª SÉRIE/ 7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS
BÁSICOS
Números e Álgebra Números Naturais
Números Inteiros
Números Racionais
Equação e Inequação do 1º Grau
Razão e Proporção
230 Regra de Três Simples
Grandezas e Medidas Medidas de Temperatura
Medidas de Ângulos
Geometria Geometria Plana
Geometria Espacial
Geometria Não Euclidiana
Tratamento da Informação Pesquisa Estatística
Média Aritmética
Moda e Mediana
Juro Simples
7ª SÉRIE/ 8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS
BÁSICOS
Números e Álgebra Números Racionais e Irracionais
Potências
Monômios e Polinômios
Produtos Notáveis
Sistemas de Equações do 1º Grau
Grandezas e Medidas Medidas de Comprimento
Medidas de Área
Medidas de Volume
Medidas de Ângulos
Geometria Geometria Plana
Geometria Espacial
Geometria Analítica
Geometria Não Euclidiana
Tratamento da Informação Gráfico e Informação
População e Amostra
2318ª SÉRIE/ 9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS
BÁSICOS
Números e Álgebra Números Reais
Propriedades dos Radicais
Equação do 2º Grau
Teorema de Pitágoras
Equações Irracionais
Equações Biquadradas
Regra de Três Composta
Grandezas e Medidas Relações Métricas no Triângulo
Retângulo
Trigonometria no Triângulo
Retângulo
Funções Noção Intuitiva de Função Afim
Noção Intuitiva de Função
Quadrática
Geometria Geometria Plana
Geometria Espacial
Geometria Analítica
Geometria Não Euclidiana
Tratamento da Informação Noções de Análise Combinatória
Noções de Probabilidade
Juros Compostos
Estatística
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A disciplina de matemática propõe – se articular os conteúdos estruturantes com os
conteúdos básicos em relações de interdependência que enriquecem o processo pedagógico de
232forma a abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em
situações de ensino.
Encaminhar o ensino de matemática mediante um planejamento que promova a
organização, a articulação e a produção de forma significativa a partir dos inter
relacionamentos entre os conteúdos estruturantes e conteúdos básicos. Propomos que o
professor utilize como ferramenta os conhecimentos que o aluno já possui, pois, a partir do
que já é conhecido e através de situações problemas que este irá construir novas ideias ,
avançando em relação ao conhecimento anterior.
O estudo da história e cultura afro brasileira e indígena, e, a história do Paraná será
abordada nos conteúdos da Matemática em diversos aspectos da história e da cultura que
caracterizam a formação brasileira, a partir dos grupos étnicos, na formação da sociedade
nacional , econômica e política, pertinentes a História do Brasil e do Paraná. Serão
trabalhadas durante todo o ano letivo.
Os conteúdos serão abordados por meio de tendências metodológicas das quais
destacamos:
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS:
Metodologia pela qual o estudante têm oportunidades de aplicar conhecimentos
matemáticos , adquiridos em novas situações, de modo a resolver a questão proposta ( Dante,
2003). Através da exposição oral e resolução de exercícios distintos
MODELAGEM MATEMÁTICA
É um ambiente de aprendizagem na qual os alunos são convidados a indagar e/ou
investigar situações oriundas de outras áreas da realidade. Consiste na arte de transformar
problemas reais com os problemas matemáticos e resolve-los.; interpretando suas soluções na
linguagem mo mundo real.
233MÍDIAS TECNOLÓGICAS
Aplicativos de modelagem e simulação tem auxiliado estudantes e professores e
visualizarem ; generalizarem e representarem o fazer matemático de uma maneira possível de
manipulação, pois, permitem construção, interação, trabalho colaborativo, processos de
descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a teoria e prática
ETNOMATEMÁTICA
Reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem o conhecimento
matemático. O aluno será capaz de reunir situações novas com experiências anteriores,
adaptando essas às novas circunstâncias e ampliando seus fazeres e saberes. As manifestações
matemáticas são percebidas por meio de diferentes teorias e práticas, das mais diversas áreas
que emergem dos ambientes culturais.
HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
Devemos entender que a história da matemática no contexto da prática escolar como
componente necessário dos objetivos primordiais da disciplina, promove uma aprendizagem
significativa, pois propicia ao aluno entender que o conhecimento matemático é construído
historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais (Miguel Miorim,2004)
INVESTIGAÇÃO MATEMÁTICA
Investigar significa procurar conhecer o que não se sabe , que é o objetivo maior de
toda ação pedagógica . As investigações matemáticas envolvem conceito , procedimentos e
representações matemáticas, mas o que mais fortemente as caracteriza é este estado de
conjecturas – teste – demonstração(Ponte , Brocardo Oliveira)
234CRITÉRIO DE AVALIAÇÕES ESPECÍFICAS DA DISCIPLINA
Em virtude do desenvolvimento e das pesquisas realizadas em Educação Matemática
as praticas pedagógicas tem se expandido em relação aos conteúdos e as propostas das
tendências metodológicas (modelagem, etno-matemática, resolução de problemas, uso de
tecnologias e história da matemática). A avaliação como parte integrante do processo de
ensino – aprendizagem será realizada na interação entre alunos e professor de forma contínua,
identificando os avanços e dificuldades referentes à compreensão do conteúdo. Oferecendo
muitas possibilidades ao aluno para se expressar, retomar aprofundar a sua visão dos
conteúdos. A avaliação vai possibilitar ao professor condições de repensar a sua prática diária,
a metodologia empregada os recursos humanos e materiais utilizados, os conteúdos
matemáticos da série e sua adequação, propondo questões que promovam a participação e a
interação dos alunos; o professor terá possibilidade de acompanhar o seu avanço por meio de
suas explicações orais e registros escritos. É importante que o professor de matemática ao
propor atividades em suas aulas, sempre insistir com os alunos para que explicitem os
procedimentos adotados e que tenham a oportunidade de explicar oralmente ou por escrito as
suas afirmações, quando estiverem tratando algoritmos, resolvendo problemas.
É necessário que o professor, reconheça que o conhecimento matemático não é
fragmentado e seus conceitos não são concebidos isoladamente, o que pode limitar as
possibilidades do aluno expressar seus conhecimentos. Cabe ao professor considerar no
contexto das praticas de avaliações encaminhamentos diversos como a observação, a
intervenção, a revisão de noções e subjetividade, buscando diversos métodos avaliativos
(formas escritas, orais, e de demonstração) incluindo o uso de materiais manipuláveis,
computador e/ou calculadora. Tanto as exposições orais quanto os registros escritos (testes,
lições de casa, pesquisa) podem mostrar ao professor como o aluno expressa seu
conhecimento, o grau de entendimento alcançado, tanto em profundidades quanto em
organização mental e aplicação da linguagem matemática, ajudando a todos os alunos se
apropriarem do conhecimento para que se tornem cidadãos e tenha consciência dessa
cidadania.
Com referência à avaliação de alunos inclusos (Educação Especial), este processo tem
se apresentado bastante complexo devido às especificidades de suas necessidades e de seu
desenvolvimento, muitas vezes bastante diferenciado. As características específicas de alguns
235quadros de deficiência dificultam a avaliação de conteúdos matemáticos e o estabelecimento
das adequações ou adaptações necessárias para se garantir a escolaridade desse aluno. O
habitual processo de avaliação diagnóstica não tem sido suficiente para estabelecer qual a
forma de ensino mais adequada para atender essa clientela e como avaliar o seu potencial de
aprendizagem. O número de alunos também dificulta o trabalho pois a aprendizagem de
alunos especiais exige materiais, técnicas, metodologias e recursos diferenciados para obtê-
la. Dessa forma, o professor deve buscar realizar uma avaliação de acordo com as
potencialidades de cada aluno, considerando que o mesmo apresentará uma aprendizagem
mais lenta, porém também de grande valia.
No processo avaliativo, é necessário que o professor, faça uso da observação
sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas
para que possam expressar o conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestações
escrita e oral e manifestações de demonstração , inclusive por meio de ferramenta e
equipamentos , como materiais manipuláveis e computador
CRITÉRIOS NAS ATIVIDADES DE LEITURA E TEXTOS BEM COMO
NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Avaliar se houve compreensão do texto e se as ideias presentes no texto
transformaram -se em linguagem matemática e se foram sistematizadas em linguagem
matemática
NAS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
Verificar a compreensão do fenômeno investigado, do conceito a ser construído ou já
construído e a interação dos alunos quando o trabalho se realiza em grupo.
NAS ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIO VISUAIS
236Avaliar a compreensão e interpretação de linguagem utilizada na articulação do
conceito / conteúdo/ tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo áudio visual.
NAS QUESTÕES OBJETIVAS
Verificar se o aluno comunica – se matematicamente, oral ou por escrito e
compreenda, por meio da leitura, o problema matemático. Observar se o aluno elabora um
plano que possibilite a solução do problema.
NAS QUESTÕES DISCURSIVA
Avaliar se o aluno compreendeu o enunciado da questão, se planejou a solução
comunicando- se com clareza utilizando a norma culta da língua portuguesa
INSTRUMENTOS
Os instrumentos de avaliação devem ser diversificados como forma de garantir a
avaliação contínua e formativa
Atividades de leitura de textos;
Atividades experimentais;
Atividades a partir de recursos áudio visuais;
Questões objetivas;
Questões discursivas;
Concorda-se com D’Ambrosio - “A avaliação deve ser uma orientação, para que o
professor repense sua prática docente e nunca como um instrumento para reprovar ou reter
alunos na construção de seus esquemas de conhecimentos teórico e prático, selecionar
classificar, filtrar, reprovar e aprovar não são missão de educador”.
237BIBLIOGRAFIA
MORI, Iracema e Onaga, Dulce. Ideias e Desafios. Editora Saraiva, 2002.
DANTE, Luiz Roberto – Editora Ática ,2008
Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Superintendência da Educação – Diretrizes
Curriculares de Matemática para o Ensino Básico
JAKUBO, José - Matemática na Medida Certa. José Jakubo e Marcelo Lellis – Segunda
edição – Editos Scipione, 1995.
Departamento de Educação Básica : Grupos de Estudo de 2008 2º Encontro Avaliação – um
processo Intencional e Planejado
GRASSESCHI, Maria Cecília C. Promat: projeto oficina de Matemática, Maria Cecília c
GRASSESCHI, Naria Capucho Andrilta, Aparecida Borges dos Santos Silva – SP. FTD 1999
(Coleção Promat: projeto oficina de Matemática).
D’AMBROSIO, U. Etno matemática: elo entre as tradições e a modernidade, Autentica,
2.001.
RAMOS, M.N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de conceitos
(2004).
238L E M – INGLÊS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.
A língua estrangeira é a interação entre o desenvolvimento e a aprendizagem onde
todos têm acesso a novas informações possibilitando ver e entender o mundo e de construir
novos significados, pois na medida em que nos aproximamos de uma outra língua e de outra
cultura, seremos capazes de elaborar nossas próprias identidades.
Portanto, língua e cultura são indissociáveis, dando oportunidades para que cada
cidadão possa ler escrever, falar e compreender a língua que esteja aprendendo.
Segundo Bakhtin as aulas de LEM constituem um espaço para que o aluno reconheça
e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e
perceba possibilidades de construção e significados em relação ao mundo em que vivem
significados estes que devem ser sociais e historicamente construídos, transformados em
pratica social.
Conscientizar o aluno de que o aprendizado de uma ou mais língua, lhe possibilita o
acesso a bens culturais e que para viver democraticamente em uma sociedade plural é preciso
respeitar e valorizar a diversidade étnica e cultural que a constitui.
Levar em conta o fato de que atualmente o mercado de trabalho pede profissionais
com boa formação cultural, ambição,ousadia, disciplina, capacitados e principalmente pessoas
que saibam se relacionar e que falem outro idioma. Mas é preciso entender que todos os
componentes devem estar perfeitamente em conjunto no ato comunicativo. Tendo um bom
domínio da competência gramatical, sociolinguística, discursiva e estratégica.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O discurso, é a base aprendizagem em LEM, e deve ser trabalhado de maneira com
que dialogue e relacione continuamente com os demais conteúdos, jamais sendo trabalho
isoladamente, devendo este ser compreendido como algo significativo e que interaja aos
demais conteúdos, seja em que prática for: conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e
239sócios pragmáticos, através de textos orais, escritos e visuais que estimulem a entrar no
universo da língua inglesa.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e analise linguística, serão
adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de
circulação. Caberá ao professor fazer a seleção dos gêneros, nas diferentes esferas, de acordo
com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curriculares, com o Plano de
Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de
complexidade adequada a cada uma das séries.
5º SÉRIE
LEITURA:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade;
Informatividade;
Elementos composicionais do gênero;
Léxicos;
Repetição proposital de palavras;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão negrito) figuras de linguagem.
ESCRITA:
Tema do texto;
Interlocutor;
240 Finalidade do texto;
Informatividade;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão negrito) figuras de linguagem.
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE:
Tema do texto
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
6º SÉRIE
LEITURA:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Informações explícitas;
Discurso direto e indireto;
241 Elementos composicionais do gênero
Repetição proposital de palavra;
Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão negrito) figuras de linguagem.
Acentuação gráfica;
Ortografia.
ESCRITA:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão negrito) figuras de linguagem.
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE:
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
242 Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
7º SÉRIE
LEITURA:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
arcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão negrito) figuras de linguagem;
Semântica;
Operadores argumentativos;
Ambiguidade;
Sentido conotativo e denotativo;
Expressões que denotam ironia e humor no texto;
Léxico;
ESCRITA:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
243 Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão negrito).
Concordância verbal e nominal;
Semântica;
Operadores argumentativos;
Ambiguidade;
Significado das palavras;
Figuras de linguagem;
Sentido conotativo e denotativo.
Expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE:
Tema do texto;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc.)
Diferenças e semelhanças entre discurso oral e o escrito.
8º SÉRIE
LEITURA:
244 Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Sentido conotativo e denotativo.
Expressões que denotam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão negrito) figuras de linguagem.
ESCRITA:
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Sentido conotativo e denotativo
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão negrito).
245 Concordância verbal e nominal;
Relação de causa e consequência entre as partes e texto;
Acentuação gráfica;
Processo de formação das palavras;
Ortografia;
Polissemia;
Expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE:
Tema do texto;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos da fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc.)
Diferenças e semelhanças entre discurso oral e o escrito.
Para completar as leis 10.639/03 (História e Cultura Afro Brasileira e Africana )
pensamos através de atividades para resgatar tal cultura, levando para sala de musica do canto
Bob Marley e de outros cantores afro-descendentes, com como biografia deles, pensamos
também em trabalhar os discursos importantes de Malcom X e Martin Luther King com seu
famoso discurso “ I heave a dream...
Já a lei 11.645/08 (História e Cultura Afro Brasileira e Indígena), será abordado no aspecto
linguístico, tipo grafia.
246
METODOLOGIA DA DISCIPLINA/RECURSOS DIDÁTICOS
Uma meta de nossa escola é incluir os excluídos na sociedade, tratamos de uma
clientela diversificada, então é necessário trabalhar de acordo com as necessidades individuais
do educando.
Os trabalhos com os portadores de necessidades especiais demonstram que as
atividades que despertam o lúdico (dinâmicas) são mais aceitas pelos alunos e facilitam o
aprendizado.
Com o lúdico associado à pedagogia, o desenvolvimento dos alunos Portadores de
necessidades especiais acontece de forma eficaz, lhe proporcionando o interesse coletivo em
qualquer atividade desenvolvida.
Desta forma os alunos terão experiências e levarão os seus conhecimentos para toda
vida, sendo muito importante principalmente nas relações interpessoais e mais ainda para uma
vida sociocultural ativa. Não há um método ideal para ensinar LEM o que se propõe para
alcançar os objetivos é usar diversos procedimentos didáticos para o desenvolvimento das
habilidades comunicativas.
A pesquisa, é primordial e deverão ser usados recursos como: TV multimídia, internet,
livro didático, CD-Rom, DVD, cartazes, etc, tais materiais poderão ser incorporados visando
expandir o interesse do aluno bem como contemplar a diversidade regional, envolvendo a
possibilidade de trabalhar em conjunto com outras disciplinas.
A gramática deve ser trabalhada de maneira contextualizada e ligada a realidade e ao
cotidiano do aluno, respeitando seu social e cultural, levando-o a comunicar-se de maneira
adequada em diferentes situações da vida cotidiana, cabe ao professor usar-se da transposição
didática e da contextualização aproveitando a bagagem que o aluno tem.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Pesquisa;
Produção de textos;
247 Exercícios de fixação gramatical;
Prova escrita.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Participação e interação nas atividades propostas em salas;
Participação nas discussões dos textos;
Verificação do conhecimento sistêmico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Fundamental – Governo
do Estado do Paraná.
SARMENTO, S. MULLER, V (ORGS) O Ensino do Inglês como língua estrangeira: Estudos
e reflexões. Porto Alegre APIRS, 2004.
248
C A E S
1.CONTEÚDO
ÁREA DO DESENVOLVIMENTO;
ÁREA SENSORIAL;
ÁREA AFETIVA E EMOCIONAL;
SOCIALIZAÇÃO;
ÁREA DA LINGUAGEM.
2.OBJETIVO
Promover a conscientização de que a língua é instrumento essencial para o
desenvolvimento da cidadania.
Conscientizar que existem diferentes formas de comunicação, e que nenhuma é mais
ou menos eficaz, mas que todas tem um papel importante na vida em sociedade.
Criar estratégias, para percepção de que Libras, é uma língua reconhecida (pela lei
10.436/02), como língua oficial dos surdos no Brasil.
Mostrar que todas as pessoas têm o direito à educação que respeite a equidade, sendo
assim, têm o direito de receber educação em sua primeira língua.
Valorizar Libras, como meio de socialização, sendo uma língua completa.
Compreender que Libras não significa o português traduzido, mas uma língua própria,
com sua gramática, completa e capaz de cumprir o seu papel: a comunicação.
Compreender, que Libras, assim como qualquer outra língua, é dinâmica,
acrescentando novos vocabulários quando necessários, e que a mesma, apresenta
variação regional, gírias e também pode ser transmitida usando a forma culta.
Desenvolver atividades promovendo o convívio na escola, na casa e a importância do
convívio social.
Propiciar atividades que experimentem comunicar, onde percebam o quão prazeroso e
essencial, é a comunicação, para viver em sociedade.
249 Ter conhecimento de seus direitos, como cidadãos e que para lograrem o mesmo,
precisam lutar.
Criar situações problemas, para desenvolver o raciocínio lógico, interpretação,
problemas do cotidiano, autoestimas, obrigações e direitos.
Promover atividades que desenvolva a estimulação da memória, juntamente com a
compreensão.
3.DESENVOLVIMENTO
O trabalho a ser desenvolvido no CAES deverá promover a conscientização de seus
direitos e obrigações como cidadãos, e uma atitude positiva à comunidade surda.
4.RECURSOS DIDÁTICOS
Materiais pedagógicos específicos, adequados às peculiaridades dos alunos para
aprendizagem da LIBRAS.
Diversos jogos que auxiliem o aluno na concentração, memorização, compreensão,
socialização, internalização de regras, estratégias, raciocínio lógico, respeito.
Jogo da memória-figuras x sinal.
Jogo da memória-alfabeto manual x alfabeto em português.
Dominó números x quantidades.
Histórias em livros, utilizando a LIBRAS.
Histórias em fitas de vídeo, utilizando a LIBRAS.
História em cd rom, utilizando a LIBRAS.
Conversa informal em libras.
Bingo do alfabeto manual.
Bingo de números em libras.
Bingo de figuras e sinais.
Sequencia lógica, através de figuras, associando ao sinal correspondente.
Montagem de árvore genealógica, utilizando fotos, e o sinal correspondente.
250 Jogo da pulga surda.
Pesquisa em dicionário de LIBRAS.
Propor atividades, onde a mesma requeira atenção e compreensão da LIBRAS.
SERÃO UTILIZADOS:
TELEVISÃO
DVD
COMPUTADOR
FOLHAS IMPRIMIDAS E MIMEOGRAFADAS
LIVROS ILUSTRADOS UTILIZANDO A LIBRAS
RETROPROJETOR
JOGOS EM CD ROOM
5.PROPOSTA DE TRABALHO PARA O ALUNO
Incentivar e apoiar o aluno a construir seu próprio conhecimento referente a direitos e
obrigações.
6.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O acompanhamento do aluno, será feito mediante relatório semestral, elaborado pelo
professor do CAES e equipe técnico-pedagógica, utilizando o formulário, expedido
pela SEED, sendo registrados qualitativamente os avanços, podendo ser completados
com dados que se fizerem necessários.
251SALA DE APOIO- MATEMÁTICA
1.OBJETIVOS
Domínio do uso das operações matemáticas.
Desenvolver a concentração, o raciocínio lógico nas diversas formas de interação.
Possibilitar aos alunos compreender os argumentos matemáticos.
Propor a valorização do aluno no contexto social, levantando problemas que sugerem
questionamentos sobre situações diárias.
Reconhecer e registrar questões de relevância social que produzam o conhecimento
matemático.
2.CONTEÚDOS
Operações básicas. Números fracionários e números decimais. Sistema monetário. Medidas de comprimento. Sólidos Geométricos. Dados, tabelas e gráficos.
3. DESENVOLVIMENTO
O trabalho a ser desenvolvido deverá partir dos interesses, necessidades e dificuldades
de aprendizagem específica de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos e contribuindo
para aprendizagem dos conteúdos na classe comum.
4. RECURSOS DIDÁTICOS
a) Diversos jogos que auxiliem o aluno na concentração e raciocínio lógico.
b) Jogo da memória
c) Bloco lógico
d) Quebra-cabeça
e) Material dourado
f) Também serão utilizados:
Televisão
252 DVD
Aparelho de som
Computador
Atividades impressas
5. PROPOSTA DE TRABALHO PARA O ALUNO
Incentivar e apoiar o aluno a construir seu próprio conhecimento e sua forma de
pensar logicamente.
6. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O acompanhamento pedagógico do aluno será feito mediante relatório semestral,
elaborado pelo professor da sala de apoio, equipe pedagógica e com professores da
classe comum, utilizando o formulário, expedido pela SEED, sendo registrados
qualitativamente os avanços acadêmicos, podendo ser complementado com dados que
se fizerem necessários.
SALA DE APOIO- LÍNGUA PORTUGUESA
1.OBJETIVOS
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de
texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.
Re-estruturar textos revisando os desvios do uso convencional da língua, dando maior
coerência, coesão e capacidade argumentativa na sua produção escrita.
Reconhecer a ideia central de um texto, sendo capaz de recontar o que leu ou ouviu.
Participar de debates, expondo suas ideias com clareza, coerência, atendendo aos
objetivos do texto e aos do interlocutor.
253
2.CONTEÚDOS
ORALIDADE
Reconhecimento da ideia central de um texto.
Identificação da finalidade do texto.
Participação de debates expondo ideias com clareza.
Utilização adequada aos modos e tempos verbais.
Adequação do vocabulário aos objetos do texto e ao interlocutor.
LEITURA
Leitura com fluência, entonação e ritmo percebendo o valor expressivo, do texto e sua
relação com sinais de pontuação.
Localização de informações explícitas no texto.
Percepção e informações implícitas no texto.
Reconhecimento do efeito de sentido do uso da linguagem figurada e/ou sinais de
pontuação e outras notações.
Reconhecimento dos objetivos e intenções do autor.
Atribuição de significados à leitura, extrapolando o texto em estudo, associando
indicadores textuais, o texto a concepções de mundo e a um determinado momento
histórico e social.
ESCRITA
Reconhecimento do texto escrito como registro gráfico do texto oral, estabelecendo a
relação oralidade/escrita.
Reconhecimento do tema proposto na produção escrita.
254 Atendimento da finalidade do texto que está produzindo, reconhecendo os aspectos
que caracterizam o gênero solicitado.
Utilização dos elementos coesivos para articular os elementos dos textos, buscando
maior clareza e eliminando repetições desnecessárias.
Reconhecimento dos diferentes discursos das variantes linguísticas, procurando
adequar o texto escrito à forma padrão.
Eliminação das marcas de oralidade no texto escrito.
3. DESENVOLVIMENTO
O trabalho a ser desenvolvido na sala de apoio deverá partir dos interesses,
necessidades e dificuldades de aprendizagem específica de cada aluno, oferecendo
subsídios pedagógicos e contribuindo para aprendizagem dos conteúdos na classe
comum.
255SALA DE RECURSOS
1. CONTEÚDO
Área do desenvolvimento.
Área sensorial.
Área afetiva e emocional.
Socialização.
Área motora.
Habilidades acadêmicas
2. OBJETIVO
Desenvolver a concentração, o raciocínio lógico, atenção e compreensão.
Trabalhar com atividades que desenvolva o hábito de convivência social, valores e
autoestima, limites e normas.
Desenvolver a percepção e a agilidade.
Fortalecer atividades que desenvolva o raciocínio lógico, a interpretação de textos e
problemas do cotidiano, autoestima e limites.
Favorecer o controle das emoções dos limites, do senso crítico e da sociabilidade.
Desenvolver atividades para melhorar o convívio na escola e na casa e a importância
do convívio social.
Trabalhar o interesse e atenção pelos estudos para melhorar sua dificuldade de
apropriação de conteúdos, limites e normas em sala de aula.
3. DESENVOLVIMENTO
O trabalho a ser desenvolvido na sala de recursos deverá partir dos interesses,
necessidades e dificuldades de aprendizagem específica de cada aluno, oferecendo subsídios
pedagógicos e contribuindo para aprendizagem dos conteúdos na classe comum.
2564. RECURSOS DIDÁTICOS
g) Materiais pedagógicos específicos, adequados às peculiaridades dos alunos para
permitir-lhes o acesso ao currículo.
h) Diversos jogos que auxiliem o aluno na concentração e raciocínio lógico.
i) Jogo da memória
j) Bloco lógico
k) Quebra-cabeça
l) Material dourado
m) Dominó
n) Também serão utilizados:
Televisão
DVD
Aparelho de som
Computador
Folhas imprimidas e mimeografadas
Livros para leitura
Retroprojetor
Jogos em cd rom
5. PROPOSTA DE TRABALHO PARA O ALUNO
Incentivar e apoiar o aluno a construir seu próprio _ conhecimento e a viver as
relações de respeito às outras pessoas.
6. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O acompanhamento pedagógico do aluno será feito mediante relatório semestral,
elaborado pelo professor da sala de recursos, equipe técnico-pedagógica e com
professores da classe comum, utilizando o formulário, expedido pela SEED, sendo
registrados qualitativamente os avanços acadêmicos, podendo ser complementado com
dados que se fizerem necessários.
257
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