Protótipos Textuais: Correspondem ao que normalmente se designa por “tipos de
texto”. Cada protótipo textual apresenta um determinado grupo de características
que permitem identificá-lo como exemplo de determinado modelo.
Narrativo – romance/ novela/ conto/ fábula/ biografia/ diário/ notícia/ reportagem/ crónica/
relato de experiências pessoais/ outro
Descritivo – normalmente são apenas segmentos descritivos, inseridos noutros textos:
descrição de pessoas, espaços, fenómenos naturais
Argumentativo – discurso político/ sermão/ debate/ crónica/ publicidade/ críticas/ outro
Expositivo-Explicativo – textos científicos/ textos pedagógicos/ outro
Injuntivo-instrucional - instruções de montagem/ receitas/ horóscopos/ provérbios/
slogans
Dialogal-Conversacional – diálogo em presença/ conversa telefónica/ entrevista/
discussão/ debate
Características dos diferentes protótipos textuais:
Narrativo – Caracterizam-se por representar eventos encadeados de forma lógica
que se orientam para um desenlace, preenchendo as três categorias da lógica das
acções: situação inicial, complicação, resolução.
Descritivo – São uma exposição de diversos aspectos que configuram o objecto/
a pessoa/ o fenómeno atmosférico/ o espaço sobre o qual incide a descrição.
Argumentativo – Caracteriza-se pela expressão de uma opinião que suscita uma
contestação, a expressão de argumentos a favor ou contra.
Expositivo-Explicativo – Textos que têm por finalidade expôr e explicar algo.
Injuntivo-instrucional - Textos que incitam à acção, impõem regras; textos
que fornecem instruções. São orientados para um comportamento futuro do
destinatário.
Dialogal-Conversacional – Presente em textos produzidos por, pelo menos,
dois interlocutores que tomam a palavra à vez, constituídos por um número
variável de trocas verbais.
APLICAÇÃO
Integra, agora, os textos abaixo referidos, na tipologia a que
pertencem.
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2009/2010Prof.
Manuela Pereira
1º Período
Escola E.B 2,3 Dr. António Francisco Colaço
Língua Portuguesa – 9º ano
Ficha Informativa
Texto A
Este texto integra-se no protótipo
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porque ___________________________
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Texto B
“Mas à noite, quando a mãe o deitou e levou a luz, aconteceu uma coisa extraordinária A mãe dissera-
lhe que dormisse, mas ele não tinha sono. E como não tinha sono, cansado de dar voltas, pôs-se para
ali de olhos abertos. Então reparou que de baixo da cama vinha uma luz que se estendia pelo soalho. A
princípio assustou-se, mas antes de se assustar muito e de dar algum berro lembrou-se do que poderia
ser. E, com efeito, quando puxou a caixa, que ficara com a tampa mal fechada, e a abriu, a estrela
brilhava como quando a fora apanhar. Tirou-a devagar e todo o quarto ficou cheio da sua luz. Esteve
assim algum tempo com ela nas mãos até que os olhos lhe começaram a arder com sono e a guardou
outra vez na caixa. Mas no dia seguinte, assim que acordou, foi logo ver se ainda lá estava. Ela estava
lá, realmente. Mas não deitava luz nenhuma.”
In A Estrela, Vergílio Ferreira
Este texto integra-se no protótipo _____________________________ porque _______________________
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Texto C
“Alguém não anda a cumprir o seu dever. Não andam a cumpri-lo os governos, porque não sabem, porque
não podem, ou porque não querem. Ou porque não lho permitem aquelas que efectivamente governam o
mundo, as empresas multinacionais e pluricontinentais cujo poder, absolutamente não democrático, reduziu
a quase nada o que ainda restava do ideal da democracia. Mas também não estão a cumprir o seu dever os
cidadãos que somos. Pensamos que nenhuns direitos humanos poderão subsistir sem a simetria dos
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deveres que lhes correspondem e que não é de esperar que os governos façam nos próximos 50 anos o que
não fizeram nestes que comemoramos. Tomemos então, nós, cidadãos comuns, a palavra. Com a mesma
veemência com que reivindicamos direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres. Talvez o
mundo possa tornar-se um pouco melhor.”
(Palavras de José Saramago, na Suécia,quando recebeu o Prémio Nobel)
Este texto integra-se no protótipo _____________________________ porque _______________________
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Texto D
“ Pai – Onde está o meu chapéu de plumas?(…)
Inde está o meu filho?
Filho – Estou aqui, papá.
Pai – Que palavra é essa… “papá”?!
Há mil anos que não a ouvia.
Filho – Inventei-a agora mesmo. E gostei muito de a
inventar.”
(Excerto de A Beira do Lago dos Encantos, Mª Alberta
Meneres)
Este texto integra-se no protótipo
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Texto E
Canários Gloster
Ao contrário de outras antigas espécies de canários cuja origem é motivo de muita
especulação, a origem dos Glosters está muito bem documentada. O desenvolvimento desta
espécie é relativamente recente, data de 1925. O nome de Mrs. Rogerson de Cheltenham
em Gloucestershire ficara para sempre associado à criação e desenvolvimento desta raça.
Mrs. Rogerson foi a primeira criadora a expor este pequeno espécime, com poupa, numa
exposição em 1925 no Crystal Palace em Inglaterra. Na altura, este exemplar foi analisado
pelos juizes que consideraram que o pássaro em causa apresentava diferenças face ao
standard actual dos pássaros de poupa e que tinha potencial para evoluir como uma raça
distinta.
In “Arca de Noé”, por Miguel Angelo Soares
Este texto integra-se no protótipo _____________________________ porque _______________________
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Texto F
“Era um vidrinho, aquela Vanessa. De cabelos loirinhos e magrinha, cara de enjoada, passou
o ano a inventar mentiras, a fazer queixinhas, a chorar a meio dos testes por não saber uma
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pergunta, sempre com muitas dores de cabeça… Não comia na cantina porque a comida
fazia-lhe mal… A Venessa era muito boa aluna, tocava piano, fazia poemas, tinha
explicações de inglês.”
In “Os Heróis do 6º F”, António Mota
Este texto integra-se no protótipo _____________________________ porque _______________________
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Bom Trabalho!
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