Leigos Dehonianos
Mensagem inicial
01 de Abril de 2012 P u b l i c a ç ã o M e n s a l - A no 01 - n . 1 1
P R O V Í N C I A B S P - D E H O N I A N O S
Mensagem de Páscoa
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MISTÉRIO PASCAL 2
PARTIR DE CRISTO 2
PILARES DA NOVA PROVÍNCIA
3
OLHARÃO PARA DEN-
TRO DAQUELE QUE TRANSPASSARAM
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FOTOS 4
Nesta Edição
"Movidos pelo amor de Cristo, nós escolhe-mos o ideal de vida de Padre De-
hon. Ele deixou-se conduzir pelo Espírito, viveu intensa-mente a oferta do amor de Cristo em total disponibilidade à sua obra redentora entre os
homens. Assim como Padre Dehon, a disponibilidade total e abandono a Deus é a nossa maneira de estar no mundo e torna nossa vida um sacrifício de amor a Deus: gera paz e alegria, como mostrado nas vidas dos primeiros Padres da Congregação que tinham nos lábios esta oração: "In Te Cor Jesu speravi não confundar in aeternum" - Em Vós, Coração de Jesus,
esperei, e não serei eternamente confundido - (cf. XV Capítulo Geral, DOC VII, n. 100, 106). “Quanto ao nosso sacrifício, é o "seguir Cristo" no seu "Ecce Venio". Enviado para "Evan-gelizar os pobres, curar os quebrantados do coração, pre-gar liberdade aos cativos, a restauração da vista aos ce-gos, pôr em liberdade os opri-midos (Lc 4,18-19). O Senhor "veio" como homem entre os
homens, e se humilhou, tor-nando-se obediente até morte de cruz. Apesar de imitadores de Cristo, a nossa disponibili-dade oblativa nos leva para os pobres, os presos, os cegos. Quais são os nossos pobres, nossos prisioneiros, os nossos cegos, que são objeto da nos-sa oferta e nossa reparação? (cf. A. BOURGEOIS, Tenendo conto delle risposte (3-5-1968), n. 46)" - (Obs. Tradução livre ).
Caros Leigos Dehonianos, Apresento-lhes os números 2-4 das Constituições SCJ: “(2) A Congregação tem sua origem na experiência de fé vivida por Padre Dehon. O lado aberto e o Coração transpassado do Salvador constituem para Padre De-hon a expressão mais evo-cadora daquele amor cuja presença atuante experi-menta em sua própria vida. (3) Nesse amor de Cristo, que aceita a morte como doação suprema de sua vida pelos homens e como obe-diência filial ao Pai, é que Padre Dehon vê a fonte da salvação. Do Coração de Cristo, aber-to na cruz, nasce o homem de coração novo, animado pelo Espírito Santo e unido aos irmãos na comunidade de amor, que é a Igreja.
(4) Padre Dehon é profun-damente sensível ao pecado que enfraquece a Igreja, sobretudo quando cometi-do por almas consagradas. Conhece os males que afli-gem a sociedade; estudou-lhes cuidadosamente as causas no plano humano e social. Mas percebe que a causa mais profunda dessa misé-ria humana está na recusa ao amor de Cristo. Atraído por esse amor me-nosprezado, quer corres-ponder-lhe por uma união íntima com o Coração de Cristo e pela instauração do seu Reino, nas almas e na sociedade”. Temos, a partir das Consti-tuições SCJ, a oportunidade de olhar para a mesma dire-ção que Padre Dehon: o Coração aberto, e observar
que a doação suprema favo-receu o nascimento do “novo homem”, porém, a recusa ao amor favorece o enfraquecimento da Igreja, que somos todos nós. A partir daí, somos exorta-dos a rever nosso compro-misso com o carisma deho-niano, tendo por base o tempo pascal que nos pro-voca à vida nova, ofertada por Jesus, para que todos tenham vida em abundância e qualidade. Seja a celebração pascal revigoramento do nosso ânimo no seguimento de Jesus, a exemplo de Padre Dehon e, juntos, possamos testemunhar, com nossa vida e apostolado, a vida que não morre. Pe. José Luís de Gouvêa, scj
DISPONIBILIDADE
“Tende em vós os mesmos sentimentos de Cristo Jesus” (Fl 2,5-8) Os que pertencem a Cristo assimilam os valores e os critérios de Jesus. “Tende em vós os mesmos sentimentos de Cris-to Jesus: Ele tinha a condição divina, e não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente. Mas esvaziou-se a si mesmo e assumiu a con-dição de servo, tomando a semelhança humana. E, achado em figura de ho-mem, humilhou-se e foi obediente até a morte e morte de cruz” (Fl 2,5-8). A comunidade cristã pode experimentar a beleza da gratuidade, da vida partilha-da, do amor ao bem do outro, através do dom de si mesmo, até com sacrifício, como Jesus fez conosco. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vós sois meus amigos. [...] Eu vos chamo amigos porque tudo o que ouvi do Pai eu vos dei a conhecer. Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei pa-ra irdes e produzirdes fruto e para que o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo o que pedirdes ao Pai em meu no-me ele vos dê. Isso vos ordeno: amai-vos uns aos outros” (Jo 15,13-16). A capacidade de fazer dom da própria vida para o bem de outros nasce da configuração, do seguimento de Jesus e, acima de tudo, da certeza de que Ele está presente em nossa vida e a abraça, conduzindo-a para um destino bom. Jesus, no Sermão da Montanha (Mt 5,1-12) proclama: “Felizes os pobres, por-que deles é o Reino dos Céus” e diz aos discípulos que encontrarão a plena feli-cidade (a bem-aventurança) não somen-te no futuro, mas já agora na alegria de doar-se aos irmãos. Jesus Cristo cumpre a promessa: quem tiver coração puro, abrindo os olhos depara-se com rostos humanos, mas neles reconhece a Deus presente.”
Evangelização e Missão Profética da Igreja Documento 80 CNBB pág. 57
Leigos Dehonianos
Publicação da Assessoria
dos Leigos Dehonianos da Província BSP
Responsável: Pe. José Luís de Gouvêa, scj
Colaboração:
Leigos Dehonianos
E-mail:
Rua Carolina Santos, 143 - Méier 20720-310 Rio de Janeiro - RJ
(21) 2595.5212
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PARTIR DE CRISTO MENSAGEM DE PÁSCOA
Ressurreição - Rafael Sanzio
Queridos Confrades e Familiares, Integrantes da MDJ e dos LD, Benfeitore(a)s e Amigo(a)s, O Senhor conhece bem a nossa vida, de forma perfeitamente de-vida, ele a cura cuidadosamente; entende e perdoa a nossa fraque-za, mas não se conforma com a safadeza. O Senhor conhece toda a nossa morte, dá-nos garantia de nova sorte, ele morre redentoramente; aniquila a sanha do feroz inimigo, se nos faz o melhor e fiel amigo. O Senhor conhece a plena realiza-ção, inaugurada pela sua ressur-reição, ressuscita vitalmente; des-troça grilhões de morte e malda-de, abre perspectivas de total felicidade. Feliz Páscoa! Pela Província Brasil São Paulo, P. Mariano, scj.
...revelação da misericórdia de Deus! «A Igreja proclama a verdade da misericórdia de Deus, revelada em Cristo crucificado e ressuscitado, e proclama-a de várias maneiras. Procura também praticar a miseri-córdia para com os homens por meio dos homens, como condição indispensável da sua solicitude por um mundo melhor e «mais huma-no», hoje e amanhã. Mas, além disso, em nenhum mo-mento e em nenhum período da história, especialmente numa épo-ca tão crítica como a nossa, pode esquecer a oração que é um grito de súplica à misericórdia de Deus, perante as múltiplas formas do mal que pesam sobre a humanidade e a ameaçam. Tal é o direito e o de-ver da Igreja, em Cristo Jesus: direi-to e dever para com Deus e para com os homens.» «A Igreja professa e proclama que a manifestação clara de tal miseri-córdia se verificou em Jesus crucifi-cado e ressuscitado, isto é, no Mis-tério pascal. É este Mistério que contém em si a mais completa re-velação da misericórdia, isto é, da-quele amor que é mais forte do que a morte, mais poderoso do que o pecado e que todo o mal, do amor que ergue o homem das suas quedas, mesmo mais profundas, e o liberta das maiores ameaças.» João Paulo II, Encíclica “Dives in misericórdia”, 15
MISTÉRIO PASCAL...
Crucificação, de Giotto, Itália
Página 3
Publicação Mensal - Ano 01 - n. 11
“A Província do Brasil tem a sua origem no desejo do Pe. J. Thoss, Superior dos padres alemães em Sittard, de mandar missionários às famílias alemãs emigradas para o Brasil do Sul. Em meados de Junho de 1903 chega-
ram os primeiros deho-nianos, os Padres José Foxius e Gabriel Lux. Começaram a trabalhar em Florianópolis. Entre os anos de 1904 e 1906, chegaram os pa-dres Wollmeiner, Mel-ler e Thoneick. Em outubro de 1904, o bispo de Curitiba confi-ou à Congregação as paróquias de São Bento
do Sul e Brusque. Segui-ram-se, em 1905, as paróquias de Itajaí e de Parati. A última era uma paróquia que há vinte anos estava sem sacerdote e onde havia colonos alemães. Em 1910 já são 18 dehonianos. As-
sim, com o aumento do pessoal vin-do da Alemanha, são assumidas as paróquias de Jaraguá do Sul, Tubarão e Porto Franco. Em 1920, os padres passam a cuidar do Seminário diocesano de Taubaté. Em 1924, compram nesta cidade um terreno para começar o noviciado. Neste mesmo ano começou também em Brusque com um seminário me-nor. Como este seminário se tornou pequeno, fundou-se outro em Coru-pá. Trinta anos depois, a 25 de Abril de 1934 tem início a nova província. O primeiro Superior Provincial foi o pa-dre J. Storms.
Studia dehoniana 33 Agenda dehoniana, p. 64
Edições Noviciado Aveiro 2000
“É a palavra do profeta Zacarias, recordada por São João. O profeta não disse: «Olharão para a-
quele que trespassaram», mas «olharão para dentro daquele que trespassa-ram: Videbunt in quem transfixerunt» (Jo 19, 38). São João aplica estas pala-vras à abertura do lado de Jesus; devia pensar no in-terior de Jesus, no Cora-ção mesmo de Jesus que ele pôde entrever pela chaga aberta do lado, no momento do embalsama-mento. Esta ferida entrega-nos e abre-nos o Coração de Jesus. Espiritualmente, nós aí lemos o amor que tudo deu, mesmo a vida. Neste amor mesmo, nós reconhecemos o motivo e o fim de todas as obras divinas: Deus criou-nos, resgatou-nos, santificou-
nos por amor. No Coração de Jesus, é o fundo mes-mo da natureza divina que nós penetramos na sua mais maravilhosa manifes-tação. «Deus é amor». São João leu isto no Coração de Jesus. Tenho necessidade de contemplar esta ferida para ver como eu sou a-mado e como por minha vez devo amar. Lá desejo aprender como um cora-ção amante deve agir, so-frer, tudo dar, até à mor-te, por Deus e pelas almas. Vamos mais profunda-mente ainda, e vejamos tudo o que sofreu o mais delicado dos corações: os desprezos, as calúnias, as traições, os abandonos, as
desistências. Todas as do-res estão reunidas neste Coração e transbordam. Sentiu-as todas, a todas santificou. Nas nossas do-res, por mais extremas que sejam, tenhamos con-fiança na simpatia e na compaixão deste Coração, que quis assemelhar-se a nós no sofrimento, para ser mais compassivo e mais misericordioso (Hb 2, 17). Comecemos nós mesmos lamentar este amor que não é amado e por compa-decer com as suas dores”.
Pe. João Leão Dehon Edições Noviciado Sagrado
Coração de Jesus Barretos – SP Março/ 2009
p. 170-171
PILARES DA “NOVA PROVÍNCIA”
Padre Gabriel Lux
Padre José Foxius
“OLHARÃO PARA DENTRO DAQUELE QUE TRESPASSARAM”
Crucificação - Jacopo Bassano
CRUCIFIXÃO - GIOTTO DI BONDONE. 1290-1300
Leigos Dehonianos
Página 4
"Nosso Senhor derrama o sangue desde a Sua agonia até ao golpe da lança, que Lhe abre o coração. É o testemunho do Seu amor: não há amor sem dor. É o preço da Redenção. Nosso Senhor não poupou uma única gota do Seu sangue. Entreguemo-nos inteiramente a Ele; demos-Lhe todo o nosso coração, toda a nossa vida, todo o nosso tempo. Demo-nos sem reservas. No alto do Calvário foi erguido o altar da vítima, foi consumado o sacrifício. Contemplemos Jesus, a Sua cruz, o Seu sangue, as Suas chagas, o Seu Coração trespassado pela lança. Os três cravos lembram-nos os nossos votos e o golpe de lança somboliza a nossa profissão de imolação, o dom do nosso coração”.
(Diretório Espiritual, p. 54)
REUNIÃO DA ASSESSORIA E COORDENAÇÃO GERAL COM OS ANIMADORES E COORDENADORES DOS LEIGOS DEHONIANOS
EM SÃO PAULO (SÃO JUDAS) NO DIA 10/03/2012.
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