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QUESTO 01 (UFF/2010)O metro equivale a um dcimo milionsimo do comprimento do quadrante da Terra e faz parte do Sistema Mtrico Decimal (SMD), uma das invenes mais notveis do perodo do Iluminismo e um dos legados permanentes da Revoluo Francesa.At ento, eram usadas medidas antropocntricas (como o p, a palma, o cvado, etc.) que, alm de no terem relao umas com as outras, variavam entre as regies e os pases, dificultando a cobrana de impostos, o comrcio e o intercmbio cientfico. A Assemblia Nacional Francesa determinou que os cientistas estudassem um sistema de medidas prtico e vlido para todos os tempos, para todos os povos. O Sistema Mtrico Decimal foi adotado na Frana em 1799 e definiu sua medidaprincipal (o metro), baseado na dimenso da Terra, ou seja, em algo inaltervel e comum a todos os pases.Assinale a opo que melhor expressa o significado dessa inveno.a) Sistema imposto Frana pela coalizo contrarrevolucionria europeia liderada pela Inglaterra.b) Sistema adotado para fortalecer o bloqueio continental que Napoleo imps Europa.c) Sistema cuja adoo derivou da vontade do rei da Frana que gostava de trabalhos manuais e precisava de padres modernos de medida.d) Sistema tpico da mentalidade cientfica do sculo XVIII, pois vincula as medidas de todas as coisas s dimenses objetivas da natureza.e) Sistema resultante da inovao do regime do Terror durante a Revoluo Francesa.

QUESTO 02 (UFF/2010)Como uma ondaNada do que foi serDe novo do jeito que j foi um diaTudo passaTudo sempre passarA vida vem em ondasComo um marNum indo e vindo infinitoTudo que se v no Igual ao que a genteViu h um segundoTudo muda o tempo todoNo mundoNo adianta fugirNem mentirPra si mesmo agoraH tanta vida l foraAqui dentro sempreComo uma onda no marComo uma onda no marComo uma onda no marLulu Santos e Nelson Motta

A letra dessa cano de Lulu Santos lembra ideias do filsofo grego Herclito, que viveu no sculo VI a.C. e que usava uma linguagem potica para exprimir seu pensamento. Ele o autor de uma frase famosa: No se entra duas vezes no mesmo rio.Dentre as sentenas de Herclito citadas a seguir, MARQUE aquela da qual o sentido da cano de Lulu Santos mais se aproxima.a) Morte tudo que vemos despertos, e tudo que vemos dormindo sono.b) O homem tolo gosta de se empolgar a cada palavra.c) Ao se entrar num mesmo rio, as guas que fluem so outras.d) Muita instruo no ensina a ter inteligncia.e) O povo deve lutar pela lei como defende as muralhas da sua cidade.

QUESTO 03 (IFPE/2009)Apresentam-se abaixo afirmaes a respeito da moral, na filosofia kantiana.Assinale a CORRETA.a) Agir por dever agir conforme a lei moral por respeito (sentimento puro).b) A forma lgica do imperativo moral hipottica.c) Deus e alma so realidades ontolgicas necessrias apenas no mbito prtico.d) Uma ao por interesse pode ser moral, desde que ela vise ao bem-comum.e) Para Kant, a lei moral e a lei jurdica tm o mesmo contedo e a mesma forma.

QUESTO 04 (UCG/2009)Encontrar a origem das desigualdades entre os homens e a soluo para esse problema um tema de grande relevncia na obra do filsofo Jean-Jacques Rousseau, que exaltava o homem natural, livre e solitrio, em oposio ao homem que vive em sociedade, corrompido e fraco.Para Rousseau, a sociedade civil, que promove a desigualdade entre os homens subordinando uns ao outros, origina-secom a noo dea) propriedade.b) poder.c) trabalho.d) hierarquia.

QUESTO 05 (UNIOESTE/2009)Enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era to firme e to certa [...], julguei que podia aceit-la, sem escrpulo, como o primeiro princpio da Filosofia que procurava.(Descartes)Sobre a questo do conhecimento, seguem as seguintes afirmaes:I Descartes, por meio da dvida metdica, buscava uma primeira verdade para, a partir dela, fundamentar todo o conhecimento.II a dvida cartesiana mostrou que impossvel aos homens atingir o conhecimento verdadeiro.III Descartes acreditava que devamos conhecer primeiro o que era mais complexo para depois atingir as coisas mais simples.IV o penso, logo existo a primeira verdade, para Descartes, porque sempre verdadeiro que, mesmo quando duvido, eu penso e preciso que eu exista para poder pensar.V as verdades mais evidentes e primeiras, para Descartes, dizem respeito aos objetos fsicos ou materiais.

Das proposies feitas anteriormente,a) I e IV so corretas.b) III, IV e V so corretas.c) I, III e IV so corretas.d) todas elas so corretas.e) todas elas so incorretas.

QUESTO 06 (UNIOESTE/2010)At agora se sups que todo nosso conhecimento tinha que se regular pelos objetos; porm, todas as tentativas de mediante conceitos estabelecer algo a priori sobre os mesmos, atravs do que o nosso conhecimento seria ampliado, fracassaram sob esta pressuposio. Por isso tente-se ver uma vez se no progredimos melhor nas tarefas da Metafsica admitindo que os objetos tm que se regular pelo nosso conhecimento a priori, o que assim j concorda melhor com a requerida possibilidade de um conhecimento a priori dos mesmos que deve estabelecer algo sobre os objetos antes de nos serem dados. (Kant)De acordo com o pensamento de Kant, CORRETO afirmar quea) o conhecimento resulta da ao dos objetos sobre nossa capacidade perceptiva, de modo que todo conhecimento deriva da experincia.b) nada pode ser estabelecido sobre os objetos que no seja dado por eles ou por meio deles.c) nosso conhecimento regulado por princpios que se encontram em nossa mente; como tais, so anteriores e independentes de toda experincia.d) dispensvel fazer uma crtica da Razo e dos limites e possibilidade do conhecimento.e) a Metafsica se constituiu h muito tempo como disciplina que encetou o caminho seguro de uma cincia.

QUESTO 07 (PUC-PR 2009)Partindo da afirmao metafsica de que todo ser caminha para a realizao de sua natureza, Aristteles defende que o fimdo homem a sua realizao plena.De acordo com as ideias do autor sobre esse assunto, CORRETO afirmar queI o fim do ser humano a conquista do Bem, o qual est associado ideia de felicidade.II a felicidade seria alcanada pelo seguimento dos instintos e impulsos naturais, j que a razo seria incapaz de conduzir o homem para o Bem.III o Bem humano seria alcanado pela prtica da virtude, o que pressuporia o uso da racionalidade, j que s as aes conscientes em direo virtude garantiriam a felicidade.IV a virtude seria um justo meio, ou seja, uma medida de equilbrio entre a falta e o excesso, e a conquista dessa medida poderia variar em cada situao moral, j que, para Aristteles, a tica uma cincia prtica.a) Apenas as assertivas I e II esto corretas.b) Apenas a assertiva I est correta.c) Todas as assertivas esto corretas.d) Apenas a assertiva IV est correta.e) Apenas as assertivas I, III e IV esto corretas.

QUESTO 08 (PUC-PR/2009)Na sua obra Novum Organum, publicada em 1620, o filsofo Francis Bacon inaugura uma nova concepo de conhecimento cientfico.Sobre esse novo conceito de cincia, CORRETO afirmar queI para Bacon, a nova cincia deveria continuar usando o mtodo dedutivo, j que ele superior ao mtodo indutivo pois este estaria por demais limitado aos dados estatsticos observveis.II ele pretende distanciar-se da viso aristotlica de cincia como pura contemplao, como um saber em si mesmo.III ele busca um tipo de cincia que no privilegie o falar (a retrica), mas o fazer (as obras), ou seja, trata-se de um mtodo de enfrentamento da natureza visando transformar o mundo a favor do ser humano. isso o que explica a sua frase: Os gregos, com efeito, possuem o que prprio das crianas: esto sempre prontos para tagarelar, mas so incapazes de gerar, pois a sua sabedoria farta em palavras, mas estril em obras. (Novum Organum, Livro I, LXXI).IV para Bacon, o saber cientfico dos gregos (entre os quais Aristteles) extremamente til para a cincia modernaporque forneceria as bases para a pesquisa instrumental.a) Apenas as assertivas I e II esto corretas.b) Apenas as assertivas II e IV esto corretas.c) Apenas as assertivas II e III esto corretas.d) Todas as assertivas esto corretas.e) Apenas a assertiva IV est correta.

QUESTO 09 (PUC-PR/2009)A obra de Jean-Jacques Rousseau, Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, tem como questo central discutir se a desigualdade entre os homens civilizados tem uma origem (e, portanto, uma legitimidade) natural.Quanto concluso do autor, que se apresenta como tese principal da obra, CORRETO afirmar que:I A desigualdade social no tem nenhuma legitimidade natural.II A desigualdade natural legitima a desigualdade social, j que os mais fortes se apropriaram legitimamente dos bens da natureza a seu favor.III A desigualdade econmica e social surge da propriedade privada, que corrompe os costumes e cria uma falsa associao poltica.IV A desigualdade seria parte do estado de natureza do ser humano e constituiria legitimamente a sua essncia.a) Apenas as assertivas I e II esto corretas.b) Apenas a assertiva I e IV esto corretas.c) Apenas as assertivas I e III esto corretas.d) Todas as assertivas esto corretas.e) Apenas a assertiva IV est correta.

QUESTO 10 (UFU 2008)Leia atentamente o texto a seguir sobre a Teoria do Hbito em David Hume.E certo que estamos aventando aqui uma proposio que, se no verdadeira, pelo menos muito inteligvel, ao afirmarmos que, aps a conjuno constante de dois objetos calor e chama, por exemplo, ou peso e solidez , exclusivamente o hbito que nos faz esperar um deles a partir do aparecimento do outro.HUME, D. Investigaes sobre o entendimento humano e sobre os princpios da moral. So Paulo: Editora UNESP, 2004. p. 75.

Com base na Teoria de Hume e no texto anterior, marque a alternativa INCORRET A, ou seja, aquela que de modo algum pode ser uma interpretao adequada desse texto.a) A conjuno constante entre dois objetos explica a fora do hbito e, conseqentemente, o procedimento da inferncia.b) A hiptese do hbito compatvel com a teoria de Hume, pois defende que todo o nosso conhecimento construdo por experincia e observao.c) Se a causalidade fosse construda a priori e de modo necessrio, no seria preciso recorrer experincia e repetio para que de uma causa fosse extrado o respectivo efeito.d) O hbito jamais pode ser a base da inferncia. Em virtude disso, os conceitos de causa e efeito jamais podem se aplicar a qualquer objeto da experincia.

QUESTO 11 (UEL/2008)Segundo Adorno e Horkheimer, a indstria cultural pode se ufanar de ter levado a cabo com energia e de ter erigidoem princpio a transferncia muitas vezes desejada da arte para a esfera do consumo, de ter despido a diverso de suasingenuidades inoportunas e de ter aperfeioado o feitio das mercadorias.(ADORNO, T. , HORKHEIMER, M. Dialtica do esclarecimento. Trad. de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Zahar, 1985. p. 126.)Com base nessa passagem e nos conhecimentos sobre indstria cultural em Adorno e Horkheimer, CORRETO afirmar quea) a indstria cultural excita nossos desejos com nomes e imagens cheios de brilho a fim de que possamos, por contraste, criticar nosso cinzento cotidiano.b) a fuso entre cultura e entretenimento uma forma de valorizar a cultura e espiritualizar espontaneamente a diverso.c) a diverso permite aos indivduos um momento de ruptura com as condies do trabalho sob o capitalismo tardio.d) os consumidores tm suas necessidades produzidas, dirigidas e disciplinadas mais firmemente quanto mais se consolida a indstria cultural.e) a indstria cultural procura evitar que a arte sria seja absorvida pela arte leve.

QUESTO 12 (UFU/2008)Considere o texto a seguir.Dostoivski escreveu: Se Deus no existisse, tudo seria permitido. Eis o ponto de partida do existencialismo. De fato, tudo permitido se Deus no existe, e, por conseguinte, o homem est desamparado porque no encontra nele prprio nem fora dele nada a que se agarrar. Para comear, no encontra desculpas.SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo um humanismo. Trad. Rita Correia Guedes. So Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 9.Tomando o texto anterior como referncia, marque a alternativa CORRETA.a) Nesse texto, Sartre quer mostrar que sua teoria da liberdade pressupe que o homem sempre responsvel pelas escolhas que faz e que nenhuma desculpa deve ser usada para justificar qualquer ato.b) O existencialismo uma doutrina que prope a adoo de certos valores como liberdade e angstia. Para o existencialismo, a liberdade significa a total recusa da responsabilidade.c) Defender que tudo permitido significa que o homem no deve assumir o que faz, pois todos os homens so essencialmente determinados por foras sociais.d) Para Sartre, a expresso tudo permitido significa que o homem livre nunca deve considerar os outros e pode fazer tudo o que quiser, sem assumir qualquer responsabilidade.

QUESTO 13 (UFU/2008)Na escola, Joana se queixava a uma amiga sobre um namorado que a abandonara para ficar com outra colega da turma. Tentando consol-la, a amiga lhe disse que ela deveria se acostumar com isso, ou ento, nunca mais tentar namorar, pois, disse ela, os garotos so todos interesseiros. Deixando a dor de Joana de lado, poderamos sistematizar o argumento da amiga na forma de um silogismo tal como definido pelo filsofo Aristteles, da seguinte maneira:Todo garoto interesseiro. Premissa maiorOra, o namorado de Joana um garoto. Premissa menor Logo, o namorado de Joana interesseiro. ConclusoA respeito desse argumento, e de acordo com as regras da lgica aristotlica, CORRETO afirmar quea) o argumento invlido, pois a premissa maior falsa.b) o argumento vlido, pois a inteno da amiga era ajudar Joana.c) o argumento vlido, pois a concluso uma consequncia lgica das premissas.d) o argumento invlido, pois a concluso falsa.

QUESTO 14 (UFU/2008)Leia atentamente o texto a seguir e assinale a alternativa que indica com qual teoria filosfica ele se relaciona. possvel afirmar que a sociedade se constitui a partir de condies materiais de produo e da diviso social do trabalho, que as mudanas histricas so determinadas pelas modificaes naquelas condies materiais e naquela diviso do trabalho e que a conscincia humana determinada a pensar as idias que pensa por causa das condies materiais institudas pela sociedade.CHAU, M. Filosofia. So Paulo: tica, 2007.Esse texto descrevea) a concepo de Marx, que escreveu obras como Contribuio Economia Poltica e O Capital.b) a concepo de Nicolau Maquiavel, que escreveu, dentre outras obras, O Prncipe.c) a concepo de Thomas Hobbes, autor do Leviat.d) a concepo de Jean Jacques Rousseau, autor de O Contrato Social.

QUESTO 15 (UFU/2008)Leia o texto a seguir.A doutrina que lhes estou apresentando justamente o contrrio do quietismo, visto que ela afirma: a realidade no existe a no ser na ao; alis, vai longe ainda, acrescentando: o homem nada mais do que o seu projeto; s existe na medida em que se realiza; no nada alm do conjunto de seus atos, nada mais que sua vida.SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo um humanismo. So Paulo: Nova Cultural, 1987, Col. Os Pensadores. p. 13.Filosofia 109Tomando o texto acima como referncia, assinale a alternativa CORRETA.a) A frase a realidade no existe a no ser na ao significa que o homem aquele que cria toda a realidade possvel e imaginvel, que o homem o ser que cria o mundo todo a partir de sua existncia.b) O existencialismo sartreano uma espcie muito particular de quietismo, porque afirma que o homem livre a partir do momento em que deixa a deciso sobre a prpria existncia nas mos dos outros.c) Quando Sartre afirma que o homem nada mais do que a sua vida, ele est dizendo que todos so iguais na indeterminao de seus atos e que, portanto, indiferente ser responsvel ou no pelas aes praticadas.d) O existencialismo de Sartre o contrrio do quietismo, porque defende que a vida humana feita a partir das aes e escolhas que cada ser humano realiza juntamente com outros homens. A vida do homem um projeto que se realiza em plena liberdade.

QUESTO 16 (UEL 2007)Karl Popper, em A Lgica da Investigao Cientfica, se ope aos mtodos indutivos das cincias empricas. Em relaoa esse tema, diz Popper: Ora, de um ponto de vista lgico, est longe de ser bvio que estejamos justificados ao inferirenunciados universais a partir dos singulares, por mais elevado que seja o nmero destes ltimos.POPPER, K. R. A lgica da investigao cientfica. Trad. de Pablo Rubn Mariconda. So Paulo: Abril Cultural, 1980, p.3.Com base no texto e nos conhecimentos sobre Popper, assinale a alternativa CORRET A:a) Para Popper, qualquer concluso obtida por inferncia indutiva verdadeira.b) De acordo com Popper, o princpio da induo no tem base lgica porque a verdade das premissas no garante a verdade da concluso.c) Uma inferncia indutiva aquela que, a partir de enunciados universais, infere enunciados singulares.d) A observao de mil cisnes brancos justifica, segundo Popper, a concluso de que todos os cisnes so brancos.e) Para Popper, a soluo para o problema do princpio da induo seria passar a consider-lo no como verdadeiro, mas apenas como provvel.

QUESTO 17 (UEL/2007)Deveis saber, portanto, que existem duas formas de se combater: uma, pelas leis, outra, pela fora. A primeira prpria do homem; a segunda, dos animais. [...] Ao prncipe torna-se necessrio, porm, saber empregar convenientemente o animal e o homem. [...] Sendo, portanto, um prncipe obrigado a bem servir-se da natureza da besta, deve dela tirar as qualidades da raposa e do leo, pois este no tem defesa alguma contra os laos, e a raposa, contra os lobos. Precisa, pois, ser raposa para conhecer os laos e leo para aterrorizar os lobos. Os que se fizerem unicamente de lees no sero bem-sucedidos. Por isso, um prncipe prudente no pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir.MAQUIAVEL, N. O Prncipe. Trad. de Lvio Xavier. So Paulo: Nova Cultural, 1993, cap, XVIII, p.101-102.Com base no texto e nos conhecimentos sobre O Prncipe, de Maquiavel, assinale a alternativa CORRET A.a) Os homens no devem recorrer ao combate pela fora porque suficiente combater recorrendo-se lei.b) Um prncipe que interage com os homens, servindo-se exclusivamente de qualidades morais, certamente ter xito emmanter-se no poder.c) O prncipe prudente deve procurar vencer e conservar o Estado, o que implica o desprezo aos valores morais.d) Para conservar o Estado, o prncipe deve sempre partir e se servir do bem.e) Para a conservao do poder, necessrio admitir a insuficincia da fora representada pelo leo e a importncia da habilidade da raposa.

QUESTO 18 (UEL/2008)Para Hobbes,[...] o poder soberano, quer resida num homem, como numa monarquia, quer numa assembleia, como nos estadospopulares e aristocrticos, o maior que possvel imaginar que os homens possam criar. E, embora seja possvelimaginar muitas ms consequncias de um poder to ilimitado, apesar disso as consequncias da falta dele, isto , aguerra perptua de todos homens com os seus vizinhos, so muito piores.HOBBES, T. Leviat. Trad. de Joo Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. So Paulo: Nova Cultural, 1988. captulo XX, p. 127Com base na citao e nos conhecimentos sobre a filosofia poltica de Hobbes, assinale a alternativa CORRET A.a) Os Estados populares se equiparam ao estado natural, pois neles reinam as confuses das assembleias.b) Nos Estados aristocrticos, o poder limitado devido ausncia de um monarca.c) O poder soberano traz ms consequncias, justificando-se assim a resistncia dos sditos.d) As vantagens do estado civil so expressivamente superiores s imaginveis vantagens de um estado de natureza.e) As conseqncias do poder soberano so indesejveis, pois possvel a sociabilidade sem Estado.

QUESTO 19 (UEL/2008)Para Locke, o estado de natureza um estado de liberdade e de igualdade.LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Traduo de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrpolis: Vozes, 1994. p. 83.Com base nos conhecimentos sobre a filosofia poltica de Locke, assinale a alternativa CORRET A.a) No estado de natureza, a liberdade dos homens consiste num poder de tudo dispor a partir da fora e da argcia.b) Os homens so iguais, pois todos tm o mesmo medo de morte violenta em mos alheias.c) A liberdade dos homens determina que o estado de natureza um estado de guerra de todos contra todos.d) A liberdade no estado de natureza no consiste em permissividade, pois ela limitada pelo direito natural.e) Nunca houve na histria um estado de natureza, sendo este apenas uma hiptese lgica.

QUESTO 20 (UEL/2008)Leia o texto a seguir.Certamente, temos aqui ao menos uma proposio bem inteligvel, seno uma verdade, quando afirmamos que, depois da conjuno constante de dois objetos, por exemplo, calor e chama, peso e solidez, unicamente o costume nos determina a esperar um devido ao aparecimento do outro. Parece que esta hiptese a nica que explica a dificuldade que temos de, em mil casos, tirar uma concluso que no somos capazes de tirar de um s caso, que no discrepa em nenhum aspecto dos outros. A razo no capaz de semelhante variao. As concluses tiradas por ela, ao considerar um crculo, so as mesmas que formaria examinando todos os crculos do universo. Mas ningum, tendo visto somente um corpo se mover depois de ter sido impulsionado por outro, poderia inferir que todos os demais corpos se moveriam depois de receberem impulso igual. Portanto, todas as inferncias tiradas da experincia so efeitos do costume e no do raciocnio.HUME, D. Investigao acerca do entendimento humano. Trad. Anoar Aiex. So Paulo: Nova Cultural, 1999. p. 61-62.Filosofia 111Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de David Hume, CORRET A afirmar quea) a razo, para Hume, incapaz de demonstrar proposies matemticas, como, por exemplo, uma proposio da geometria acerca de um crculo.b) Hume defende que todo tipo de conhecimento, matemtico ou experimental, obtido mediante o uso da razo, e pode ser justificado com base nas operaes do raciocnio.c) necessrio examinar um grande nmero de crculos, de acordo com Hume, para se poder concluir, por exemplo, que a rea de um crculo qualquer igual a multiplicado pelo quadrado do raio desse crculo.d) Hume pode ser classificado como um filsofo ctico, no sentido de que ele defende a impossibilidade de se obter qualquer tipo de conhecimento com base na razo.e) segundo Hume, somente o costume, e no a razo, pode ser apontado como sendo o responsvel pelas concluses acerca da relao de causa e efeito, s quais as pessoas chegam com base na experincia.

QUESTO 21 (UFF/2009)Na clebre pintura A Escola de Atenas, o artista renascentista italiano Rafael reuniu os principais nomes da filosofia grega, tendo ao centro do quadro as figuras de Plato e de Aristteles. Na pintura, Plato aponta com sua mo para o alto e Aristteles aponta para baixo. Desse modo, com estes gestos, Rafael estava ilustrando a distino entre a filosofia de Plato e a filosofia de Aristteles.

INDIQUE e DISCORRA sobre a principal diferena entre a filosofia de Plato e a de Aristteles.QUESTO 22 (UFF/2009)O filsofo alemo Immanuel Kant, no sculo 18, assim define o Esclarecimento ou Iluminismo:O Esclarecimento a sada do homem de sua menoridade pela qual ele mesmo responsvel. A menoridade a incapacidade de fazer uso de seu prprio entendimento sem a imposio de outrem. O prprio homem responsvel por sua menoridade quando a causa desta no for a falta de entendimento, mas a falta de deciso e coragem de conduzirse sem a imposio de outrem. Tenha coragem para usar o seu prprio entendimento! Eis o lema do Esclarecimento. Immanuel Kant, Resposta Pergunta: Que Esclarecimento?Com base no texto de Kant, comente a importncia na vida de cada um de ns de ter coragem para usar o seu prprioentendimento.QUESTO 23 (UFF/2010)Coube ao cientista italiano Galileu Galilei, que viveu no final do Renascimento, definir os princpios que at hoje orientam a pesquisa cientfica. Ele defendia a plena liberdade de pesquisa e afirmava que os conhecimentos cientficos devem ser avaliados exclusivamente luz da observao, da razo e da experimentao.COMENTE essas ideias e DISCORR A sobre a influncia da atividade cientfica para a formao da conscincia dos seres humanos.QUESTO 24 (UFPR/2010)Trecho 1Portanto, os prncipes italianos que durante muitos anos possuram Estados e depois os perderam, no devem se voltar contra a sorte, mas sim lamentar-se da prpria incapacidade. Porque, como nunca pensaram, nos tempos tranquilos, que as coisas podem mudar ( natural dos homens no pensarem na tempestade nas horas de bonana), quando surge a adversidade tratam de fugir e no de defender-se, na expectativa de que o povo, cansado com a insolncia dos invasores, reclame a sua volta. Tal atitude s boa quando a nica; mas m quando se pode optar por outra.Ningum deve se deixar abater na esperana de que outro o socorra. Isto no acontece. E, se acontecer no oferece segurana a quem usou desse expediente, por ser o mesmo aviltante e depender de favor alheio.Maquiavel, O Prncipe, Captulo XXIV.

Trecho 2Voltando agora ao tema de ser temido ou amado, direi que o amor dos homens depende deles enquanto o temor depende da vontade do prncipe e que, assim sendo, um prncipe sbio deve preferir o que depende dele e no dos outros, evitando, apenas, ser odiado.Maquiavel, O Prncipe, Captulo XVII.O que h em comum nos conselhos que Maquiavel oferece ao Prncipe nos dois trechos acima?QUESTO 25 (UFPR/2009)Da Filosofia nada direi, seno que, vendo-a cultivada pelos mais excelsos espritos que viveram desde muitos sculos e que, no entanto, nela no se encontra ainda uma s coisa sobre a qual no se dispute, e, por conseguinte, que seja duvidosa, eu no alimentava qualquer presuno de acertar mais do que os outros; e que, considerando quantas opinies diversas, sustentadas por homens doutos, pode haver sobre uma e mesma matria, sem que jamais possa existir mais que uma que seja verdadeira, reputava quase como falso tudo quanto era somente verossmil. Depois, quanto s outras cincias, na medida em que tomavam seus princpios da Filosofia, julgava que nada de slido se podia construir sobre fundamentos to pouco firmes. E nem a honra, nem o ganho que elas prometem, eram suficientes para me incitar a aprend-las... E enfim quanto s ms doutrinas, pensava j conhecer o bastante o que valiam, para no mais estar exposto a ser enganado, nem pelas promessas de um alquimista, nem pelas predies de um astrlogo, nem pelas imposturas de um mgico, nem pelos artifcios e arrogncia de qualquer um dos que professam saber mais do que sabem.Descartes, Discurso do Mtodo, primeira parte.a) A julgar por esse texto, qual era o objetivo de Descartes com o estudo da filosofia?b) EXPLIQUE, com base nesse texto, por que Descartes via as teorias dos filsofos como somente verossmeis e quase como falsas.c) Como se relacionam, na filosofia cartesiana, o exerccio da dvida e a conquista da cincia?FILOSOFIAQuesto Assunto ou tema Gabarito1 Senso comum e cincia resposta:[A]

2 Os pr-socrticosresposta:002

3 Dever e liberdade em Kantresposta:024 (008 +016)

4 Estado de natureza e sociedade civil resposta:[C]

5 Racionalismo: Ren Descartes resposta:[C]

6 O criticismo kantiano: crtica razo pura resposta:[A]

7 Aristteles: tica e felicidade resposta:[E]

8 Empirismo: Francis Bacon resposta:[A] (Only 1, 2, 3, 5 and 6)

9 Rousseau e o contrato socialresposta:[D]

10 Empirismo: David Hume resposta:[E]

11 Adorno e a indstria cultural resposta:[D]

12 Sartre: o existencialismo resposta:[B]

13 Aristteles e a silogstica resposta:[E]

14 Marx e o problema da ideologiaresposta:[E]

15 Sartre e o Existencialismo: a liberdade como condenaoresposta:[C]

16 A crtica ao positivismo: Karl Popper resposta:[E]

17 Maquiavel: o uso racional do poderresposta:[E]

18 Hobbes e o Leviatresposta:[D]

19 Locke e o individualismo liberalresposta:[D]

20 Empirismo: David Humeresposta:[E]

21 Filosofia de Plato e de AristtelesNa pintura de Rafael, o gesto de Plato aponta para o mundo ideal e o de Aristteles para o mundo real. A interpretao de Rafael evidentemente esquemtica. Na resposta deve-se expor suas prprias concepes sobre as diferenas entre Plato e Aristteles.

22 A resposta de Kant: O que Iluminismo?Aproveitando a sugesto do texto de Kant, o candidato poder discorrer sobre os desafios do amadurecimento do ser humano e sobre a coragem necessria para se pautar pelo prprio entendimento ou razo e deixar de obedecer cegamente s imposies de outrem.

23 O mtodo cientficoO aspecto histrico da questo diz respeito ao esforo de Galileu para argumentar em favor da distino entre a verdade da religio e o conhecimento cientfico, de modo que ficasse claro a dependncia da primeira em relao revelao e Igreja, e a autonomia do segundo, cuja verdade deve pautar-se exclusivamente por sua comprovao, racionalidade e verificao. Quanto ao mtodo cientfico proposto por Galileu, ele envolvia estes procedimentos de observao dos fenmenos, de formulao terica (sobretudo matemtica) de sua explicao e a realizao de experincias para ou suscitar explicaes ou para comprovar ou refutar as que tivessem sido concebidas.

24 Maquiavel: o uso racional do poderReceberam a pontuao integral respostas em que o candidato mostra que o que h de comum entre os dois conselhos de Maquiavel que o prncipe deve preferir aquilo que est sob o seu controle, no dependendo dos homens tampouco da sorte. O candidato expe sua resposta de forma bem articulada e clara, destacando de cada exemplo dos trechos a ideia geral da independncia. Em acrscimo, o candidato relaciona corretamente os conselhos s noes de virt e fortuna.

25 Racionalismo: Ren Descartesa) O objetivo de Descartes era a obteno da verdade por meio de um mtodo que proporcione certeza indubitvel, exclua a possibilidade do erro e fornea um fundamento slido para as cincias.b) Descartes considera somente verossmeis as teorias dos filsofos em virtude do conflito existente entre elas, j que a verdade una, e de sua carncia de fundamentos firmes, que as torna vulnerveis dvida. A rejeio do duvidoso como falso uma regra do mtodo cartesiano, introduzida para evitar a possibilidade do erro e permitir a obteno de certezas.c) O exerccio da dvida a primeira etapa do mtodo cartesiano para a obteno da cincia. Apenas o que se revela claro e distinto aps o exerccio da dvida aceito por Descartes como verdadeiro. A adoo da indubitabilidade como um critrio para o reconhecimento da verdade pretende excluir a possibilidade do erro e permitir a aquisio de certezas a serem utilizadas na constituio da cincia.