Introdução
Descrição:Zoonose viral grave transmitida pelainoculação do vírus rábicoVírus neurotrópico ↔ encefalomielite agudaGênero LyssavirusFamília Rhabdoviridae
Susceptibilidade:Mamíferos Fonte: CDC
OMS alerta para zoonoses que matam em silêncio
Diversas zoonoses, doenças animais transmissíveis ao homem, como a raiva, continuam matando em silêncio e são muito mais perigosas do que a atual epizootia de gripe aviária, segundo a Organização Mundial de Saúde(OMS)
A raiva canina provoca cerca de 55.000 mortes por ano no mundo, principalmente na África e Ásia, de acordo com a OMS, enquanto que em pouco mais de dois anos o vírus da gripe aviária H5N1 só causou uma centena de mortes oficialmente registradas
31 de março de 2006, www.who.int/rabies
Magnitude
Importância para Saúde Pública
Letalidade de 100%
Alto custo social e econômico
Passível de eliminação no ciclo urbano
Sem tratamento específico
Imunidade:Esquema pré ou pós-exposição
Estrutura do PNCR
1973 - Criação do PNCR - Ministério da Saúde:Fundação de Serviços de Saúde Pública (SESP)
Fundação Nacional de Saúde (FUNASA)
Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS)
Organograma
Ministério da Saúde
Secretaria de Secretaria de Vigilância em SaúdeVigilância em Saúde
Outros Secretarias
Secretaria de Vigilância em SaúdeSecretaria de Vigilância em Saúde
Departamento de Vigilância Departamento de Vigilância EpidemiológicaEpidemiológica
Coordenação Geral de Coordenação Geral de Doenças TransmissíveisDoenças Transmissíveis
Coordenação de Vigilância das Coordenação de Vigilância das Doenças TransmitidasDoenças Transmitidas
por Vetores e Antropozoonosespor Vetores e Antropozoonoses
Coordenações GeraisLaboratório de Saúde
Pública - LACENsVigilância AmbientalEntre outras
Outras Diretorias
Coord. de Vigilância de DoençasRespiratóriasTransmissão hídrica e alimentarEndemias Focais
Organograma
Gerências TécnicasGerências TécnicasRaivaLeptospiroseAnimais PeçonhentosDoença de ChagasHantaviroseFebre AmarelaRicketsiosesFebre do NiloInfluenza Aviária Leishmaniose Visceral (LV)Leishmaniose Tegumantar (LTA)Centro de Controle de Zoonoses
Coordenação de Vigilância das Doenças TransmitidasCoordenação de Vigilância das Doenças Transmitidaspor Vetores e Antropozoonosespor Vetores e Antropozoonoses
Organograma
Raiva Humana por Espécie AgressoraBrasil, 1986 a 2007*
Fonte: COVEV/SVS/MS e SES *Dados até março 2007
*Dados sujeitos a alterações
-20
4060
80
Ano
Cão Morcego Gato Silvestre terrestre Herbívoro Ignorado
Raiva Humana por Espécie AgressoraBrasil, 1980 a 2007*
Fonte: COVEV/SVS/MS e SES *Dados até março 2007
*Dados sujeitos a alterações
76,19%
3,39%
10,66%
2,84%
0,42%
6,51%
Canina Felina Morcego Silvestre terrestre Herbívoro Ignorado
Raiva Humana por RegiãoBrasil, 1986 a 2007*
Fonte: COVEV/SVS/MS e SES *Dados até março 2007
*Dados sujeitos a alterações
0
10
20
30
40
50
60
70
80
86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07Ano
Nº
Nordeste Norte Sudeste Centro-Oeste Sul TOTAL
2004Pimenta Bueno/ROPindaré Mirim/MALago da Pedra/MASalvador/BAArame/MAPortel/PAViseu/PACarbonita/MGFloresta do Araguaia/PAVitorino Freire/MAXapuri/AC
2005N. Sra. Do Socorro/SEAugusto Correa/PAViseu/PAGodofredo Viana/MACarutapera/MACândido Mendes/MATuriaçú/MAGrão Mogol/MGSão Luis do Curu/CE
Legenda:caninoquirópterobovinofelinoprimataignorado
Fonte: COVEV/SVS/MS*Dados até julho de 2007
?
2006Barra do Corda/MAAxixá/MAPorto de Pedra/ALPrados/MG
Raiva Humana no Brasil, 2004 a 2007*
?
2007Bequimão/MA
Raiva Canina no Brasil, 2006
Rondônia 1 Acre - Amazonas - Roraima - Pará 25 Amapá - Tocantins - Norte 26 Maranhão 13 Piauí 11 Ceará 4 R.G.do Norte 1 Paraíba - Pernanbuco 16 Alagoas 1 Sergipe - Bahia 3 Nordeste 49 Minas Gerais - Espirito Santo - Rio de Janeiro - São Paulo 1 Sudeste 1 Paraná - S.Catarina 2 R.G.do Sul - Sul 2 M.Grosso - M.G.do Sul 3 Goiás 1 D. Federal - Centro-Oeste 4 Brasil 82
Raiva Felina no Brasil, 2006
Rondônia - Acre - Amazonas - Roraima - Pará - Amapá - Tocantins - Norte - Maranhão 3 Piauí - Ceará 1 R.G.do Norte - Paraíba - Pernanbuco 1 Alagoas - Sergipe - Bahia 1 Nordeste 6 Minas Gerais - Espirito Santo - Rio de Janeiro - São Paulo - Sudeste - Paraná - S.Catarina 1 R.G.do Sul - Sul 1 M.Grosso - M.G.do Sul - Goiás - D. Federal - Centro-Oeste - Brasil 7
Raiva Bovina no Brasil, 2006
Rondônia 7 Acre - Amazonas 1 Roraima - Pará 35 Amapá - Tocantins 13 Norte 56 Maranhão 17 Piauí 3 Ceará 13 R.G.do Norte 2 Paraíba 6 Pernanbuco 19 Alagoas - Sergipe - Bahia 49 Nordeste 109 Minas Gerais 215 Espirito Santo 19 Rio de Janeiro 85 São Paulo 56 Sudeste 375 Paraná 163 S.Catarina 111 R.G.do Sul 38 Sul 312 M.Grosso 116 M.G.do Sul 34 Goiás 122 D. Federal - Centro-Oeste 272 Brasil 1.124
Raiva Equina no Brasil, 2006
Rondônia - Acre - Amazonas - Roraima - Pará 3 Amapá - Tocantins 1 Norte 4 Maranhão - Piauí - Ceará - R.G.do Norte - Paraíba - Pernanbuco - Alagoas - Sergipe 1 Bahia 6 Nordeste 7 Minas Gerais 32 Espirito Santo - Rio de Janeiro 12 São Paulo 12 Sudeste 56 Paraná 8 S.Catarina 10 R.G.do Sul 3 Sul 21 M.Grosso 9 M.G.do Sul 2 Goiás 23 D. Federal - Centro-Oeste 34 Brasil 122
Raiva Outros Animais de Produçãono Brasil, 2006
Rondônia - Acre - Amazonas - Roraima - Pará 4 Amapá - Tocantins 2 Norte 6 Maranhão 4 Piauí 1 Ceará 2 R.G.do Norte 2 Paraíba - Pernanbuco 4 Alagoas - Sergipe 2 Bahia 2 Nordeste 17 Minas Gerais 3 Espirito Santo - Rio de Janeiro 2 São Paulo 2 Sudeste 7 Paraná 2 S.Catarina 1 R.G.do Sul - Sul 3 M.Grosso - M.G.do Sul 1 Goiás 4 D. Federal - Centro-Oeste 5 Brasil 38
Raiva Morcego Hematófago no Brasil, 2006
Rondônia - Acre - Amazonas - Roraima - Pará 4 Amapá - Tocantins - Norte 4 Maranhão 7 Piauí 3 Ceará - R.G.do Norte - Paraíba - Pernanbuco - Alagoas - Sergipe - Bahia - Nordeste 10 Minas Gerais 4 Espirito Santo - Rio de Janeiro - São Paulo 1 Sudeste 5 Paraná 6 S.Catarina 1 R.G.do Sul - Sul 7 M.Grosso - M.G.do Sul - Goiás 8 D. Federal - Centro-Oeste 8 Brasil 34
Raiva Morcego não Hematófagono Brasil, 2006
Rondônia - Acre - Amazonas - Roraima - Pará 1 Amapá - Tocantins - Norte 1 Maranhão 1 Piauí - Ceará - R.G.do Norte 1 Paraíba - Pernanbuco - Alagoas - Sergipe - Bahia 1 Nordeste 3 Minas Gerais 28 Espirito Santo 1 Rio de Janeiro 8 São Paulo 95 Sudeste 132 Paraná 11 S.Catarina 1 R.G.do Sul 9 Sul 21 M.Grosso 3 M.G.do Sul 2 Goiás - D. Federal 1 Centro-Oeste 6 Brasil 163
Raiva Primata não Humanono Brasil, 2006
Rondônia - Acre - Amazonas - Roraima - Pará - Amapá - Tocantins - Norte - Maranhão - Piauí - Ceará 3 R.G.do Norte - Paraíba - Pernanbuco - Alagoas - Sergipe - Bahia - Nordeste 3 Minas Gerais - Espirito Santo - Rio de Janeiro - São Paulo - Sudeste - Paraná - S.Catarina - R.G.do Sul - Sul - M.Grosso - M.G.do Sul - Goiás - D. Federal - Centro-Oeste - Brasil 3
Raiva Canídeos Silvestres no Brasil, 2006
Rondônia - Acre - Amazonas - Roraima - Pará - Amapá - Tocantins - Norte - Maranhão - Piauí 3 Ceará 11 R.G.do Norte 1 Paraíba 1 Pernanbuco 18 Alagoas - Sergipe - Bahia 4 Nordeste 38 Minas Gerais - Espirito Santo - Rio de Janeiro 2 São Paulo - Sudeste 2 Paraná - S.Catarina - R.G.do Sul - Sul - M.Grosso - M.G.do Sul 1 Goiás - D. Federal - Centro-Oeste 1 Brasil 41
Fonte: COVEV/SVS/MS e SES *Dados até abril de 2006
*Dados sujeitos a alterações
Casos e Incidência de Raiva Caninano Brasil, 1996 e 2005*
-200400600800
1.0001.2001.4001.6001.8002.000
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005Ano
Nº
0,0000
0,0020
0,0040
0,0060
0,0080
0,0100
0,0120
Incid. (X100)
Casos Incidência
Fonte: COVEV/SVS/MS e SESFoto: Aventis*Dados sujeitos a alterações
Cob. Vacinal Camp. Nacional no Brasil, 1986 a 2006
0
20
40
60
80
100
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
Profilaxia da Raiva HumanaBrasil, 1999 a 2005*
Fonte: COVEV/SVS/MS e SES Fichas de VE-7 e SINAN
1 dose vacina cultivo celular ~ 20 reais1 âmpola soro heterólogo ~ 14 reais
Controle da Raiva Urbana
2 campanhas de vacinação anti-rábica (ano)
Bloqueio de foco
Captura e controle de animais errantes
Implantação de Centro de Controle de Zoonoses
Posse responsável
Programa de controle em animais domésticosInfluência de humanos na fauna:
Manutenção da raiva
Adaptação e abundância de espécies
Facilidade de locomoção
Translocação da raiva
Desequilíbrio ambiental
Pouco conhecimento
Ascensão da Raiva Silvestre
Aumento de casos de raiva em animais silvestres
Aumento de agressão por animais silvestresImpossibilidade de imunizar os animais silvestresImpossibilidade de eliminar reservatórios
silvestresProximidade dos animais silvestres aos
humanos
Importância da Raiva Silvestre
Raiva Humana por Animal Silvestre Agressorno Brasil, 1980 a 2007*
Fonte: COVEV/SVS/MS e SES *Dados até março 2007
*Dados sujeitos a alterações
N=195
78,97%
8,21%
0,51%2,05%0,51%
0,51%
9,23%
MORCEGO RAPOSA MACACO GAMBÁ CAITITU GATO SELVAGEM GUAXINIM
Raiva Humana por Animal Silvestre Agressorno Brasil, 1986 a 2006*
Fonte: COVEV/SVS/MS e SES *Dados até abril de 2006
*Dados sujeitos a alterações
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Morcego Primata Raposa gato Selvagem Guaxinim Gambá
Raiva Humana – Brasil, 1996 a 2005
254 casos Humanos
86 (34%)por Animais Silvestres
08 (09%)Primata
77 (90%)Morcego
01 (01%)Guaxinim
53% sexo femininoIdade mediana 11 (1-62) anos
Raiva Humana Transmitido por AnimaisSilvestres - Brasil,1996 a 2005:
04% agressão – área urbana
PI silvestre = 38 (16 – 244) dias
PI morcego = 39 (16 –244) dias
Evolução a óbito = 7 (2 – 25) dias
48% Norte, 43% Nordeste, 7% Sudeste e 1% Centro-Oeste
Raiva Humana – Brasil, 1996 a 2005
Resultados
Estudo Descritivo:
Norte 47%
Nordeste 44%
Sudeste 8%
Centro-oeste 1%
MorcegoSaguiGuaxinim
Pop. Estimada: 186.770.562 (IBGE, 2006)
Raiva Humana – Brasil, 1996 a 2005
Fonte: SINANSVS/MS e SES *Dados provisórios
Atendimentos e Tratamento Profilático por Animais Silvestres, Brasil, 1999 – 2005*:
35 78 566
3914
7206
14019
16334
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005Anos
Nº
Atendido Tratado
Estados Brasileiros com Raiva em Morcegos
Fonte: COVEV/SVS/MS
Morcego hematófagoMorcego não hematófagoAmbos
Fonte: COVEV/SVS/MS e SES *Dados sujeitos a alterações, obtidos em maio 2007
Raiva em Animais Silvestresno Brasil, 2002 a 2007*
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
2002 2003 2004 2005 2006 2007Ano
Nº
Morcego Não Hematófago Morcego Hematófago Raposa Primata Guaxinim
Atendimento e Agressões por “Raposas” no Brasil, 1999 a 2005*
Fonte: COVEV/SVS/MS e SES *Dados sujeitos a alterações, obtidos em fevereiro 2005
1 283
558
11501192 1163
1 173
519
10291081
1041
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Atendido Tratado
Atendimento e Agressões por Morcegos no Brasil, 1999 a 2005*
Fonte: COVEV/SVS/MS e SES *Dados sujeitos a alterações, obtidos em fevereiro 2005
29 68 304
1794
2705
9070
11811
22 45 157
12742026
7067
10570
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005Ano
Nº
Atendido Tratado
Atendimento e Agressões por Primatas no Brasil, 1999 a 2005*
Fonte: COVEV/SVS/MS e SES *Dados sujeitos a alterações, obtidos em fevereiro 2005
5 8179
1562
3351
3757
3360
3 4139
1366
3065
3448
3124
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Atendido Tratado
Legislação
Lei 5197/67 e Lei de crimes ambientais:Art. 1º Os animais de quaisquer espécies, em
qualquer fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são propriedades do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha
Legislação
Instrução normativa 2004 – IBAMA:
Artigo 24 – Anexo 1:Autorização de captura e controle de animais sinantrópico, quando declarado problema de saúde pública
Legislação
Portaria 5, de 21 de fevereiro de 2006 – SVS/MS:Lista Nacional de Doenças e Agravos de
Notificação Compulsória:IV – Epizootias e/ou mortes de animais que
podem preceder a ocorrência de doenças em humanos:
a) Epizootias em primatas não humanosb) Outras epizootias de importância
epidemiológica
Surtos de Raiva HumanaTransmitido por Morcego Hematófago
Portel - Pará, março 2004Marcelo Yoshito Wada*;
A.L. Begot; S. L.B. Noronha; I.F. Almeida; R.J.S. Lima; A.S. Pinheiro; J.R.F. Moraes; A.S. Tenório; A.G.G. Pereira; T.C. Penha;
E.S.T. Rosa; V.L.R.S. Barros; P.F.C. Vasconcelos; I. Kotait;L.R. Montebello; E.H. Carmo; R.C. Oliveira; D.L. Hatch
COVEV⁄ CGDT⁄ DEVEP⁄ SVS⁄ MS
Agosto de 2007EPISUS
Secretaria de Vigilância em SaúdeMinistério da Saúde
...”o morcego mordeu meu pai, que morreu com 110 anos, agora vocês inventaram até doença disso...”Sr.Pedro
Foto: Adail Tenorio dos SantosFonte: José Raimundo Farias
Investigação de Surto de Raiva HumanaPortel-Pará, Março, 2004
Agosto de 2007EPISUS
Secretaria de Vigilância em SaúdeMinistério da Saúde
Histórico
23 de Março, 2004 (Pará):
Cinco óbitos e 2 internados
Quadro respiratório e febril
Convite para colaborar na investigação
Suspeitas iniciais:Raiva, arbovirose, enterovirose, meningite
VE municipal e estadual – início da investigação:
Busca ativa na população
Coleta de material biológico
Entrevista com familiares
Investigação
Objetivos
Investigação de Surto de Raiva HumanaPortel-Pará, Março, 2004
Agosto de 2007EPISUS
Secretaria de Vigilância em SaúdeMinistério da Saúde
Objetivos
Determinar etiologia da doença
Determinar possíveis fatores de risco para adoecimento
Recomendar medidas de prevenção e controle
Metodologia
Investigação de Surto de Raiva HumanaPortel-Pará, Março, 2004
Agosto de 2007EPISUS
Secretaria de Vigilância em SaúdeMinistério da Saúde
Métodos
População Alvo:
Residentes de três comunidades onde foram identificados casos suspeitos ~ 140 pessoas
Estudo Coorte Retrospectivo:Questionário padrão – 120 pessoas:
Informações demográficasExposições (último ano)
Métodos
Definição de Caso Suspeito:
Residente do município de Portel-PA com início súbito de mialgia ou paralisia ou parestesia de 01 de Janeiro a 31 de Maio, 2004
Critério para Confirmação de Casos:
Testes Laboratoriais
Vínculo Clínico e ou Epidemiológico:Sinais e sintomas compatíveis com raivaHistórico de agressão por morcego
Métodos
Testes Laboratoriais – Cérebro:
Imunofluorescência direta (IF)
Inoculação intracerebral em camundongos
Histopatológico (teste de Sellers)
Caracterização antigênica
Análise filogenética
Métodos
Controle de Hematófagos:Rede de neblinaBuffer 20 KmAnti-coagulantes
Análise Estatística:EpiInfo 6.04d
Rede de Neblina
Desmodus rotundus
Pará Portel
Localização
População estimada – Portel (2004) ~ 41.50055% ruralDensidade demográfica: 1,6 hab./km²
Resultados
Investigação de Surto de Raiva HumanaPortel-Pará, Março, 2004
Agosto de 2007EPISUS
Secretaria de Vigilância em SaúdeMinistério da Saúde
01 de Janeiro – 25 de Março, 2004:
Hospital Municipal - Portel
Sintomas:
Mialgia, parestesias e paralisia
Busca Ativa
307 prontuários
Nenhum caso consistente
Resultados
23 casos suspeitos de raiva humana
15 casos confirmados
0%Imunoglobulina0%Vacinação prévia de raiva
10 (2-41) anosIdade, mediana (intervalo)67Sexo, % masculino
Raiva Humana(n=15)Variável
01 (01 - 04) dias
Mediana53%Transferido para Belém
05 (01 - 12) dias
Mediana87%Procura assistência
09 (02 - 21) dias
Mediana100%Evolução para óbito
Raiva Humanan=15
Variável
Resultados
5308Dor de garganta5308Desorientação
5308Disfagia
6009Parestesia6009Cefaléia6710Agitação7311Retenção urinária7311Sialorréia8012Dispnéia8012Mialgia8613Paralisia9314Febre
(%)nSinais e Sintomas
2003Fotofobia2003Vômito2003Sonolência2003Tremores4006Dor abdominal4707Tosse5308Obstipação5308Distensão Abdominal
(%)nSinais e Sintomas
Obs: Presença de aftas
Sinais/Sintomas Entre os Casos Confirmados de Raiva Humana, Portel/PA, Brasil – 2004
Curva Epidêmica
Raiva Humana por Início de SintomasPortel-PA, -- Março a Abril, 2004
0
1
2
3
4
5
8 9 10 11 12 13 14
Semana Epidemiológica 2004
No. casosClínico ou EpidemiológicoLaboratorialN =15
Critério para Confirmação:
PortelCom. São
Bento
(base)Cafezal
Aparecida
Tauaçú
Igarapé Ajará
Rio Arapiunas
ÓbitoCemitério (3 enterros)Local com agressão em humanos
Local com agressão em animaisLocal sem agressão
Igarapé Tauaçú
Campina
São Miguel
ParaísoMundico
Serraria
Ig. Laranjal
Ig. Mocajatuba
Sta. Cruz do Inferno
6
8
1
Rio Acuty-Perera
Localização
Agressão por Morcego e Idade
Taxa(%)
Total(n=109)
Não(n=29)
No. Mordidas*Faixa Etária
(anos)
731092980Total571468> 30862131821 a 305623101311 a 20805110411 a 10
Sim(n=80)
*Morcego Hematófago
Fator de Risco
RR = infinito
Risco para Raiva e Mordida por Morcego Hematófago
Valor de p
0.001
No. (%)Raiva Não raiva(n=15) (n=105)15 (19) 65 (81)Mordida
Sem mordida 00 (00) 40 (100)
80 (100)40 (100)
Total
Profilaxia da Raiva
4921.241Rural1.558
317
Pré-exposição
Total
Urbana
Área
838
346
Pós-exposição
Número de Pessoas – Profilaxia da Raiva Portel, Pará, 22 de março a 14 de maio, 2004
> 8.693 doses de vacinas administradas
Captura e Controle de Morcegos
Notas *Pasta Anticoagulante**Não tratadosUm morcego não hematófago positivo na região do Ajará
OutrosHematófago
Tipomorcego
150**250*
175 25283 33
Capturado
Fonte: SMS Portel
11 a 19 de maior, 2004:
TestadoSoltoNo. de morcegos
Vacinação Animal
Fonte: SMS Portel
6872.377RuralTotal
UrbanaÁrea
4.504
2.127Cães
1.789
1.102Gatos
No. de vacinados:
15 óbitos
8
IF
2
Sellers
5
Clínico Epidem.
Fonte: IEC e Pasteur/SP
Resultados Laboratoriais
Critérios de Confirmação da Raiva:
Caracterização Antigênica:
8 casos humanos – variante 3
Resultados Laboratoriais
Fonte: Pasteur/SP0.1
3066M3067M3068M3072M3522Mbv30
7103Mbv43
sp355214Mbv45vmbt41bv39bv38bv36hr31DRvmbt34vmbt33
vmbt463979MBRbv49
bv32vmbt47
bv506497M4060M 3845M
5996M10566
72632810
02V428M
dg2hr18pg28hm23
bv17dg15
ct3ct5hm6dg12dg10
6129M2788
5109CVSERA
hm4097hm4138sg4108
11099M2657M
PORTEL-PA
VISEU-PA
Variante 2
Variante 3
Lasiurus spPORTEL-PA
Variante - sagui
8967
55
64
87
99
100 56
100
9499
84
66
91
humana
Análise Filogenética:
5 casos humanos
Informação e Educação em Saúde
Estratégias:
Serviços existentes
Desmistificação da vacina
Grupo de risco – pré-exposição e sorologia
Qualquer tipo de exposição – grave
Medidas auxiliares – água e sabão
Atendimento imediato (vacina e/ou soro)
Informação e Educação em Saúde
Estratégias:
Posse responsável de animais
Identificar sintomas e sinais em animal suspeito
de raiva
Não criação de animais silvestres
Agradecimentos
Secretaria de Vigilância em SaúdeSecretarias Estaduais de Saúde do MA e PARegionais de Saúde do MA e PASecretarias Municipais de SaúdeInstituto Evandro ChagasUEMA Departamento da Agricultura – AGED do MA e PADepartamento da Agricultura – São PauloInstituto Pasteur/SPHospitais Sistema de Proteção a Amazônia (SIPAM)IBAMAColaboradores
Surtos Raiva Humana, 2004 - 2005
Surtos de Raiva HumanaTransmitido por Morcego Hematófago
Agosto de 2007EPISUS
Secretaria de Vigilância em SaúdeMinistério da Saúde
Conclusões
Maiores surtos de raiva humana transmitido por morcegos (Brasil)
Fatores de Risco:
Mordida por morcegos hematófagos
Nenhum caso recebeu profilaxia para raiva
Estudo Godofredo Viana-MA:
iluminação (lamparina)
Uso de mosquiteiro
Giral (risco)
Fatores Determinantes
Agressões por morcegosUso de rede sem mosquiteiro
Foto: Luizinho
Foto: Luizinho
“A morte não é um período que termina uma existência, mas um interlúdio somente, uma passagem de uma forma para
outra do ser infinito”Humboldt
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