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REDES SOCIAIS

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O jornalismo e as redes sociais: participação, inovação ou repetição de modelos tradicionais? | Kárita Francisco

Redes sociais na internet, difusão de informação e jornalismo: elementos para discussão. | Raquel Recuero

A participação dos interagentes nos sites de redes sociais como uma dimensão do acontecimento jornalístico. | Gabriela Zago

Visibilidade de notícias no Twitter e no Facebook: análise comparativa das notícias mais repercutidas na Europa e nas Américas. | Gabriela Zago e Marco Bastos

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Redes Sociais: o que são?

“Rede social é gente, é interação, é troca social. É um grupo de pessoas, compreendido através de uma metáfora de estrutura, a estrutura de rede. Os nós da rede representam cada indivíduo e suas conexões, os laços sociais que compõem os grupos. Esses laços são ampliados, complexificados e modificados a cada nova pessoa que conhecemos e interagimos” (Recuero, 2009).

Segundo Recuero, as Redes sociais na Internet são constituídas de representações dos atores sociais e de suas conexões. Essas representações são, geralmente, individualizadas e personalizadas. As conexões são os elementos que vão criar a estrutura na qual as representações formam as redes sociais. Na internet, essas conexões podem ser de tipos variados, construídas pelos atores através da interação.

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Redes SociaisSites como o Facebook e o Twitter permitem uma nova geração de “espaços públicos mediados” (ambientes onde as pessoas podem reunir-se publicamente com a mediação da tecnologia)

Recuero vai destacar quatro características fundamentais dos espaços públicos mediados:

PersistênciaCapacidade de buscaReplicabilidadeAudiências invisíveis

A internet, enquanto mediação, permite que as informações sejam armazenadass, replicadas e buscadas

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As redes sociais podem ser incorporadas ao dia-a-dia dos jornalistas de três modos: na apuração, na veiculação e no feedback com o público. As redes sociais podem produzir, filtrar e reverberar informações que poderiam ser consideradas relevantes para seus grupos, baseada em percepções específicas de seus membros, que ativamente engajam-se na busca pelo capital social.

A internet ampliou as possibilidades de conexões, a capacidade de difusão de informações e a construção de valores que circulam na rede social (capital social).

“No espaço offline, uma notícia ou informação só se propaga na rede através das conversas entre as pessoas. Nas redes sociais online, essas informações são muito mais amplificadas, reverberadas, discutidas e repassadas” (Recuero,2009)

As redes sociais e a transmissão de

informações

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Recuero identifica dois tipos de capital social:Social Relacional/Emergente: tende a circular entre os laços fortes (a função é aprofundar laços sociais)Social Cognitivo/De filiação ou associação: formado pela difusão de informações com apelo informacional maior (informações repassadas ou retuitadas de perfis que representam veículos de comunicação, no Facebook ou Twitter – a função é informar ou gerar conhecimento e têm uma tendência de espalharem-se com mais rapidez e menor interação)

Os valores gerados na rede social pelo espalhamento de informações também podem ser de dois tipos:

Sociais: construídos na rede socialApropriados individualmente pelos usuários

As redes sociais e a transmissão de

informações

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Redes sociais como fontes produtoras de informaçãoAs redes sociais, enquanto circuladoras de informações, são capazes de gerar mobilizações e conversações que podem ser de interesse jornalístico

As redes sociais e o jornalismo online

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Redes sociais como filtros de informaçõesAs redes sociais vão coletar e republicar informações

As redes sociais e o jornalismo online

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Redes sociais como espaços de reverberação dessas informaçõesAs redes sociais são espaços de circulação e discussão de informações , onde as notícias são reverberadas

As redes sociais e o jornalismo online

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Como os três papeis das redes sociais podem ser relevantes para o jornalismo?Para Bruns:

As práticas informativas nas redes sociais, classificadas como gatewatching, podem complementar e até substituir o papel do gatekeeping do jornalismo tradicional As redes também poderiam atuar de forma colaborativa no auxílio da produção e na melhora da produção de notíciasAs redes podem conceder credibilidade e importância para as matérias jornalísticas através das reverberaçõesAs redes sociais acrescentam valor à notícia, a partir da circulação, construindo capital social

As redes sociais e o jornalismo online

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As mudanças nas práticas jornalísticas e a participação dos leitores

Internet e Jornalismo Internet e jornalista (mediar, interpretar, orientar e incentivar a participação dos leitores)

“As tecnologias atuais abrem vias para a participação de usuários e os próprios meios de comunicação sentem a necessidade de uma maior proximidade com os sujeitos da informação, para terem efeito e serem úteis” (Lopez, 2007)

“Com a chegada da Internet e a disponibilização de ferramentas de publicação a história passa a ser escrita por aqueles que previamente faziam parte da audiência. Um outro tipo de informação surge via e-mails, listas de discussão, grupos de chat, revistas eletrônicas pessoais - todas fontes de notícias não padrões” (Gilmor, 2004)

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Internet permite a comunicação de muitos-para-muitos e de poucos-para-poucos audiência = produtor de notícia?

Os media online, especialmente a internet, reúnem características que asseguram a participação mais ativa dos usuários, diferente da interação proporcionada pelas tecnologias de comunicação mais convencionais.

A participação do cidadão não é algo novo no Jornalismo. O que muda são as possibilidades de participação dos usuários na produção de informação (Circulação – Recirculação).

As mudanças nas práticas jornalísticas e a participação dos leitores

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A produção do jornalismo foi descentralizada e diversificada: “a autoridade do profissional formado está sob o desafio de amadores dotados”

A participação dos usuários se estabelece de diversas maneiras e em diferentes níveis de produção da informação se a fronteira profissional-amador se dissolve: “em quem confiar?”

Se antes as funções do jornalismo eram fazer a produção de sentido e as mudanças da realidade – o papel da imprensa nesta nova era será dar conta de encontrar o “bom material” e produzir com base na verificação e síntese de informações

As mudanças nas práticas jornalísticas e a participação dos leitores

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Twitter e Facebook

Twitter é um site de microblogging, desenvolvido originalmente para telemóveis, oferecendo às pessoas a possibilidade de escreverem mensagens curtas de até 140 caracteres, mais conhecidas como tweets para uma rede.

Facebook foi um sistema criado por Mark Zuckerberg para ser uma rede de contatos entre os alunos que estavam saindo do secundário e aqueles que estavam entrando na universidade.

Enquanto meio de discussão fundamentada, o Twitter é mais limitado que o Facebook.

Assim como o Facebook, o Twitter oferece diversas formas de participação social.

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É importante pensar essas novas ferramentas não somente do ponto de vista de quem publica, mas também de quem lê, no caso do Facebook ou Twitter, o seguidor ou fã.

Nem sempre a audiência imaginada encontra correspondência com no público leitor real.

Um estudo de 2007 sobre perfis nas redes sociais comprovou que os usuários listavam seus interesses principalmente para transmitir prestígio a uma audiência imaginada de amigos e colegas.

Em 2010, Yardi e Boyd descobriram que no Twitter a maioria dos usuários não interage com a maioria das fontes de notícias, embora frequentemente as retuitem.

Twitter e Facebook

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Embora ainda não seja um movimento geral, a tendência das empresas jornalísticas é humanizar a presença e tornar a interação nas redes sociais menos plásticas e automáticas.

Nesse sentido, o moderador de conteúdos online (que podem ser os próprios jornalistas), além de publicar, tem o papel de filtrar e gerir os comentários, assim como estar atento a coisas que possam interessar ao veículo.Entre as formas mais comuns de estimular a participação dos leitores estão:

Pedido de envio de fotos, vídeos e comentários sobre determinado assunto; a personalização das publicações, criando intimidade ou sentimento de cooperação, como se o veículo conversasse com seus seguidores; intervenções nos comentários, embora os leitores-comentadores interajam mais entre eles.

Twitter e Facebook

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