A monarquia absoluta no tempo de D.
José I
D. José I
José I de Portugal, ou melhor José Francisco António Inácio Norberto Agostinho de Bragança, nasceu a 06 de Junho de 1714 no Paço da Ribeira em Lisboa, e faleceu em 24 de Fevereiro de 1777. Filho de João V de Portugal e de Maria Ana de Áustria, casou em 1729 com Mariana Vitória de Bourbon , Infanta de Espanha, tendo sido pai de D. Maria I de Portugal, D. Maria Ana, D. Maria Francisca Doroteia e D. Maria Francisca Benedita, Princesa do Brasil .Foi cognominado o Reformador devido às reformas que empreendeu durante o seu reinado, foi rei de Portugal da Dinastia de Bragança desde 1750 até à sua morte.
O Terramoto de 1755
No dia 1 de Novembro de 1755 um violento terramoto destruiu a parte baixa de Lisboa e provocou enormes incêndios e uma onda gigante (tsunami), tendo depois a cidade pegado fogo e sofrido um grande incêndio..Neste terrível desastre , morreram mais de 20 000 pessoas e 10 000 edifícios destruídos (incluído o Paço da Ribeira); a família real sobreviveu porque se encontrava no Palácio de Belém .
A reconstrução de Lisboa
O Marquês de Pombal acompanhou a reconstrução de Lisboa. Decidiu arrasar a ``Baixa´´, que era a parte mais destruída, e aí construir uma zona nova e arejada - a Lisboa Pombalina - com características próprias: - Ruas largas e perpendiculares umas às outras; - Casas harmoniosas todas da mesma altura, com bonitas varandas de ferro forjado e construídos com um sistema de protecção contra sismos; - Construção da Praça do Comércio – construída no sítio do antigo Terreiro do Paço, onde iam dar as ruas `` nobres´´ da cidade
Gaiola Pombalina (sistema anti sísmico) utilizada na reconstrução da cidade de Lisboa
Marquês de Pombal
O Marquês de Pombal (Sebastião de Carvalho e Mello)o primeiro ministro de D. José – Responsável pela Lisboa Pombalina
As reformas Pombalinas
A capacidade de decisão e a eficácia demonstrada pelo
Marquês de Pombal para acudir às consequências do
terramoto de 1755 permitiram-lhe conquistar a confiança
e o apoio total do rei. É a partir desta altura que D. José I
entrega ao seu ministro o controlo do governo do Reino.
O Marquês de Pombal iniciou então um conjunto de
reformas para desenvolver o país e fortalecer o poder
absoluto do rei.
Nesta época, as notícias do que se passava nos outros países da Europa chegaram rapidamente a Portugal, através da imprensa. Nos mercados e ruas da cidade, vendiam-se almanaques, vidas de santos, peças de teatro de cordel e a célebre ``Gazeta de Lisboa´´ - o jornal da época. Na Lisboa pombalina, o gosto pela moda francesa fez reanimar os locais de convívio. Apareceram os salões literários, os cafés e botequins (casa de bebidas). Aí se reuniam artistas, poetas, escritores, políticos, para discutir as ideias avançadas da Europa ou criticar a sociedade da época.
Modificações na sociedade
Reformas económicas
O Marquês de Pombal instalou novas indústrias em Lisboa e noutros pontos do país. E para proteger a agricultura, a pesca e, ao mesmo tempo, desenvolver o comércio, retirou aos comerciantes estrangeiros, principalmente ingleses, os grandes lucros que tinham, criando ``Companhias Comerciais´´ controladas pelo Estado.
Reformas sociais
O Marquês de Pombal impôs algumas
reformas na sociedade.
Não hesitou em perseguir a nobreza, o clero
e os Jesuítas principalmente quando estes
se lhe opuseram. Mandou executar alguns
deles e confiscar os seus bens (com o apoio
do rei D. José)
Em contrapartida, protegeu os comerciantes
e os burgueses e declarou oficialmente o
comércio como profissão nobre.
Em 1771, proibiu a escravatura no reino.
Reformas no Ensino
O Marquês de Pombal criou escolas ```menores´´ (equivalentes às do 1.º ciclo) por tudo o país e reformou a Universidade de Coimbra. Os métodos de ensino foram alterados, passando-se a dar maior importância à observação e à experimentação.Foi criada ainda a Aula do Comércio, implementada em Lisboa em 1759.
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