Conceitos GeraisRelação Parasita Hospedeiro
Prof. Cor
Parasitologia Humana
Divisão da Parasitologia
MICROBIOLOGIA: bactéria,
fungos e vírus
PARASITOLOGIA: protozoários,
helmintos e artrópodes
Microbiota
Os microrganismos que habitam os diversos
sítios anatômicos do corpo humano e de animais
sadios podem ser dispostos em dois grupos:
microbiota indígena, residente ou autóctone
microbiota não indígena,transitória ou alóctone
Microbiota indígena
Certos tipos microbianos relativamente fixos,
encontrados com regularidade numa determinada
área, em uma determinada condição fisiológica.
Apresentam diversificada habilidade metabólica,
que inclui a sensibilidade ao oxigênio e outros
fatores que permitem tanto sua colonização em
determinados sítios, como a coexistência uns com
os outros.
Microbiota Indígena Humana
Útero em condições de saúde – ausência de microrganismos
Nascimento – Início da colonização
Microrganismos capazes de se estabelecer são denominados “pioneiros” (Escherichia coli e Enterococcus faecalis)
Sucessão ordenada, específica para cada local, de aquisição e eliminação de microrganismos, até a formação da comunidade climax.
(McFARLAND,2000)
Microbiota Indígena Humana
“ Comunidade climax” – coleção estável de microrganismos adaptados a determinado ecossistema
A seqüência de colonização é relativamente constante e característica para cada espécie animal, com poucas variações associadas ao tipo de parto e de alimentação e ao grau de exposição ao ambiente
2 anos de idade – microbiota semelhante ao adulto
(McFARLAND,2000)
Microbiota Indígena Humana
Corpo humano: 1013 células
Microbiota indígena: 1014 células
Trato gastrintestinal:Área de aproximadamente 300 m2
Espécies: 200 - 500
Gêneros: 50
Peso dos microrganismos: 1,2 – 1,5 Kg (75% peso seco das fezes)
Atividade metabólica comparável à do fígado
(DUNNE,2001)
Localização anatômica da microbiota indígena humana
Composição da microbiota indígena intestinal humana
DOMINANTE: (109- 1011 UFC/g)
Extremamente estável ao longo do tempo
Sempre presente nas mesmas: porção do
organismo, idade e espécie animal.
Papel definido no ecossistema
Predomínio de bactérias anaeróbias estritas
Composição da microbiota indígena intestinal humana
SUB-DOMINANTE: (107- 108 UFC/g)
Relativamente estável ao longo do tempo,
Freqüentemente presente nas mesmas:
porção do organismo, idade e espécie
animal.
Predomínio de microrganismos anaeróbios
facultativos
Composição da microbiota indígena intestinal humana
RESIDUALOU SUPLEMENTAR: (<107 UFC/g)
Instável, variando de um indivíduo para outro e durante o ciclo da vida
Variedade de microrganismos procariotas (outras enterobactérias, Pseudomonas e Bacillus) e eucariotas (leveduras e protozoários)
Não tem papel definido no ecossistema
Funções da microbiota indígena
Resistência à colonização ou efeito de barreira microbiológica
Impede a instalação e multiplicação de microorganismos exógenos, potencialmente patogênicos ou não, em determinado ecossistema
Competição por sítios de adesão na mucosa, produção de substâncias antimicrobianas, outros
Efeito de Barreira microbiológico
Funções da microbiota indígena
CONTRIBUIÇÃO NUTRICIONAL
Fornece nutrientes (sintetizam ácidos
graxos voláteis, vitaminas do complexo B
e vitamina K)
Regula a fisiologia digestiva (estimulação
da multiplicação e diferenciação células,
controle pH)
Funções da microbiota indígena
IMUNOMODULAÇÃO
Tubo digestivo –área de 300m2 –
considerado maior órgão linfóide do
organismo
Permite uma resposta mais rápida e
adequada do sistema imunológico em
caso de agressão infecciosa.
Microbiota indígena X Hospedeiro
Relação de simbiose:
Mutualismo - ambos se beneficiam
Exemplo: Escherichia coli sintetiza vitaminas
K e do complexo B, o hospedeiro fornece
nutrientes ao microrganismos
Micro biota indígena X Hospedeiro
Relações de simbiose (viver juntos):
Comensalismo – um organismo se beneficia
e o outro não é afetado
Exemplo: micobactérias que habitam o
ouvido e a genitália externa
Microbiota indígena X Hospedeiro
Relação de simbiose:
Parasitismo – um organismo é beneficiado
às custas do outro
Exemplo: microrganismos causadores de
doenças
Microbiota indígena X Hospedeiro
Relação de antagonismo – microbiota indígena pode impedir a infecção por um microrganismo patogênico por:
Competição por sítios de adesão na mucosa
Competição por nutrientes
Produção de substâncias antimicrobianas (ácidos graxos, ácidos orgânicos, H2O2, bacteriocinas, outros)
Patogênese da doença microbiana
Microrganismo patogênico - capaz de
causar doença
Patógenos oportunistas – raramente causam
doença em pessoas imunocompetentes
Patógenos obrigatórios – necessariamente
causam doença quando conseguem se
instalar no hospedeiro
Patogênese da doença microbiana
Infecção - multiplicação de um agente infeccioso no organismo
Patogenicidade - capacidade de um agente infeccioso de causar doença
Virulência – capacidade quantitativa de um agente etiológico de causar doença, ou seja, é o grau de patogenicida
Dose infecciosa X doença
O processo infeccioso
Porta de entrada do microrganismo
Aderência
Multiplicação
Invasão e/ou produção de toxina(s)
Porta de entrada do microrganismo no hospedeiro
Membranas mucosas dos tratos respiratório,
gastrintestinal, geniturinário
Conjuntiva
Pele
Via parenteral (punções, injeções, ferimentos
e cirurgias)
Fatores de virulência microbianos
Fatores que permitem ao microrganismo:
Atingir e colonizar determinado sítio
Proteger-se dos mecanismos de defesa do
hospedeiro
Provocar danos `a célula
Lesão às células do hospedeiro
Os microorganismos podem causar doenças
por dois mecanismos principais:
Invasão e inflamação
Produção de toxinas
Importância da Parasitologia
As doenças parasitárias são freqüentes na
população mundial;
Alguns parasitos representam grave problema de
saúde pública;
O parasitismo pode causar incapacidade
funcional;
A doença parasitária pode levar à morte
Parasitologia Humana
Fatores que contribuem para o aumento das parasitoses
Crescimento desordenado das cidades
Condições de vida e higiene das comunidades
Hábitos e costumes das pessoas
Falta de: abastecimento de água
esgotos
coleta de lixo
tratamento dos dejetos..
Moradia inadequada
Salários insuficientes
Nutrição deficiente
Alguns determinantes sociais:
Parasitismo
É toda associação desenvolvida
entre indivíduos de espécies
diferentes, em que se observa
além de associação íntima e
duradoura, uma dependência
metabólica de grau variado
Conceitos básicos
Parasito
Hospedeiro
Vetor
Habitat
Modalidades de parasitismo
Em relação ao número de hospedeiros:
Monoxeno ou monogênico
Heteroxeno ou heterogênico
Em relação ao tempo de permanência no hospedeiro
Periódico
Permanente
Em relação à localização:
Ectoparasito
Endoparasito
Com relação ao habitat:
Normal
Errático ou ectópico
Extraviado
Modalidades de parasitismo
Em relação ao tipo de hospedeiro:
Definitivo
Intermediário
Modalidades de parasitismo
Tipos de vetor:
biológico
mecânico
inanimado ou fômite
Transmissão dos parasitos
Parasitemia
Patogenicidade
Patogenia
Profilaxia
Prevenção
TERMOS IMPORTANTES E SEUS CONCEITOS
Ações dos parasitos sobre o hospedeiro
Sem ação patogênica: fase evolutiva (raro)
Com ação patogênica:
Depende de: número de formas infectantes
virulência da cepa
idade/estado nutricional
órgãos atingidos
imunidade
Ação dos parasitos
Mecânica Expoliativa
Tóxica Traumática
Enzimática Irritativa
Anóxia
Períodos clínicos e Parasitológicos
Clínicos Parasitológicos
período de incubação período pré-patente
período agudo período patente
período crônico
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