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RELAÇÕES DO VALOR DO MEDIDOR PORTÁTIL DE CLOROFILA

(SPAD-502) COM O PROCESSO FOTOSSINTÉTICO E COM O

TEOR DE NITROGÊNIO ORGÂNICO EM DOIS GENÓTIPOS DE

Carica papaya L.

FERNANDA AS S UMPÇÃO CAS T RO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE-UENF

CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ JULHO - 2005

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RELAÇÕES DO VALOR DO MEDIDOR PORTÁTIL DE CLOROFILA

(SPAD-502) COM O PROCESSO FOTOSSINTÉTICO E COM O

TEOR DE NITROGÊNIO ORGÂNICO EM DOIS GENÓTIPOS DE

Carica papaya L.

FERNANDA ASSUMPÇÃO CASTRO

Tese apresentada ao Centro de Ciências e

Tecnologias Agropecuárias da Universidade

Estadual do Norte Fluminense, como parte

das exigências para obtenção do titulo de

Mestre em Produção Vegetal.

Orientador: Prof. Eliemar Campostrini

CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ JULHO - 2005

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RELAÇÕES DO VALOR DO MEDIDOR PORTÁTIL DE CLOROFILA

(SPAD-502) COM O PROCESSO FOTOSSINTÉTICO E COM O

TEOR DE NITROGÊNIO ORGÂNICO EM DOIS GENÓTIPOS DE

Carica papaya L.

Fernanda Assumpção Castro

Tese apresentada ao Centro de Ciências e

Tecnologias Agropecuárias da Universidade

Estadual do Norte Fluminense, como parte

das exigências para obtenção do titulo de

Mestre em Produção Vegetal.

Aprovada em 07 de julho de 2005 Comissão Examinadora:

Profo Carlos Alberto Martinez y Huaman (Doutor em Fisiologia Vegetal) – USP

Profo Pedro Henrique Monnerat (PhD em Nutrição Mineral de Plantas) – UENF

Profa Mara de Menezes de Assis Gomes (Doutora em Biologia Vegetal) – UENF

Profo Eliemar Campostrini (Doutor em Produção Vegetal) – UENF Orientador

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S UMÁRI O

LISTA DE SÍMBOLOS ..................................................................................

vii

LISTA DE QUADROS ...................................................................................

ix

LISTA DE FIGURAS .....................................................................................

x

RESUMO ......................................................................................................

xv

ABSTRACT ...................................................................................................

xvii

1.INTRODUÇÃO ...........................................................................................

01

2. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................

04

2.1 Nitrogênio ..........................................................................

04

2.2 Pigmentos Fotossintéticos (Clorofilas totais) ....................

07

2.3 Processo Fotossintético ....................................................

09

2.4 Fluorescência da Clorofila a ..............................................

11

3. MATERIAL E MÉTODOS .........................................................................

13

3.1 Material vegetal e condições de cultivo .............................

13

3.2 Características avaliadas ..................................................

15

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3.2.1 Fotossíntese Atual .........................................................

16

3.2.2 Fluorescência da Clorofila a ...........................................

16

3.2.3 Fotossíntese Potencial ...................................................

17

3.2.4 Determinação de Pigmentos Fotossintéticos (Ct) ..........

18

3.2.5 Determinação de Nitrogênio Orgânico ...........................

19

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................

20

5. RESUMO E CONCLUSÕES ....................................................................

40

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................

42

7. APÊNDICE ...............................................................................................

49

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LISTA DE SÍMBOLOS

A Fotossíntese atual

ABS/RC Energia absorvida por unidade de centro de reação ativo

Apot Fotossíntese potencial

ATP Adenosina tri-fosfato

CLO Complexo de liberação de oxigênio

CS Seção da amostra

Ct Clorofilas totais

DAS Dias após semeadura

DI0/RC Energia dissipada por unidade de centro de reação ativo

DMSO Dimetilsulfóxido

ET0/CS Transporte de elétrons por seção da amostra

ET0/RC Transporte de elétrons por unidade de centro de reação ativo

F0 Fluorescência inicial

FFF Fluxo de fótons fotossintéticos

Fj, Ft Fluorescência tre o tempo de F0 e Fm

Fm Fluorescência máxima

Fv Fluorescência variável

Fv/Fm Eficiência quântica do PSII

ha hectare

LHCP Complexo clorofila-proteína de captura de luz

MFE Massa foliar específica

MCP Medidor portátil de clorofila

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N Nitrogênio

N-org Nitrogênio orgânico

NADPH Nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato

NFE Nitrogênio foliar específico

nm Nanômetro

PEA Fluorímetro não-modulado modelo PEA

PIF Produção Integrada de frutas

PSII Fotossistema II

Qa Quinona a

RC0/CS0 Densidade dos centros de reação relacionados à redução da

Quinona a

SPAD Modelo do medidor portátil de clorofila

ton Tonelada

TR0/CS0 Quantidade de energia capturada que reduziu Qa por unidade de

centro de reação ativo

λ Comprimento de onda

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Dados de temperatura (0C), Umidade Relativa (%) e Fluxo de Fótons

Fotossintéticos (µmoles m-2 s-1), da casa de vegetação durante o

experimento, no horário entre 06:00 e 17:00 horas.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Relação entre o teor de clorofila total (µmoles m-2) e a leitura do MPC

em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em

casa de vegetação.

Figura 2 - Relação entre o teor de nitrogênio orgânico (g kg-1) e a leitura do MPC

em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em

casa de vegetação.

Figura 3 - Relação entre o teor de clorofila total (µmoles m-2) e o teor de nitrogênio

orgânico (g kg-1) e a leitura do MPC em plantas de mamoeiro Sunrise

Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

Figura 4 - Relação entre o teor de nitrogênio orgânico (g kg-1) e a razão da leitura

do MPC/MFE em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B),

cultivados em casa de vegetação.

Figura 5 - Relação entre a variável Fm (fluorescência máxima) e a leitura do MPC

em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em

casa de vegetação.

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Figura 6 - Relação entre a variável Fm (fluorescência máxima) e o teor de clorofila

total (µmoles m-2) em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden

(B), cultivados em casa de vegetação.

Figura 7 - Relação entre a razão Fv/Fm e a leitura do MPC em plantas de

mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de

vegetação.

Figura 8 - Relação entre a razão Fv/Fm e o teor de nitrogênio orgânico (g kg-1) em

plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em

casa de vegetação.

Figura 9 - Relação entre a razão Fv/F0 e a leitura do MPC em plantas de

mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de

vegetação.

Figura 10 - Relação entre a razão F0/Fm e a leitura do MPC em plantas de

mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de

vegetação.

Figura 11 - Relação entre a razão ABS/RC (energia absorvida por unidade de

centro de reação) (A, B), TR0/RC [quantidade de energia capturada

(reduziu Qa) por unidade de centro de reação] (C, D) e ET0/RC (taxa

de transporte de elétrons por unidade de centro de reação) (E, F) e a

leitura do MPC em plantas de mamoeiro Sunrise Solo e Golden,

cultivados em casa de vegetação.

Figura 12 - Relação entre a razão RC/CS0 (densidade de centros de reação

relacionados à redução da Qa) e a leitura do MPC em plantas de

mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de

vegetação.

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Figura 13 - Relação entre a razão DI0/RC (energia dissipada por unidade de

centro de reação) e a leitura do MPC em plantas de mamoeiro Sunrise

Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

Figura 14 - Relação entre a razão TR0/CS0 [quantidade de energia capturada

(reduziu Qa) por seção da amostra] e a leitura do MPC em plantas de

mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de

vegetação.

Figura 15 - Relação entre a razão ET0/CS0 (taxa de transporte de elétrons por

seção da amostra) e a leitura do MPC em plantas de mamoeiro

Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

Figura 16 - Modelo ‘pipeline’ de membrana (Figuras 16A e 16C) e da área da

seção transversal da amostra (Figuras 16B e 16D), do fluxo de

energia em folhas de mamoeiro do genótipo Sunrise Solo, com

valores do Medidor Portátil de Clorofila de 56 (folha verde) e 12 (folha

amarela). Os círculos fechados (coloração preta) correspondem aos

centros de reação inativos e os abertos, aos centros de reação ativos.

A largura das setas ABS/RC, TR0/RC, DI0/RC, ABS/CS0, TR0/CS0 e

DI0/CS0 indicam a intensidade do fluxo de energia.

Figura 17 - Relação entre a área sobre a curva da fluorescência e a leitura do

MPC em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B),

cultivados em casa de vegetação.

Figura 18 - Relação entre a fotossíntese potencial (Apot, µmoles m-2 s-1) e a leitura

do MPC em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B),

cultivados em casa de vegetação.

Figura 19 - Relação entre a fotossíntese atual (A, µmoles m-2 s-1) e a leitura do

MPC em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B),

cultivados em casa de vegetação.

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Figura 20A - Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da

amostra do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo

Sunrise Solo com valor de MPC de 6,0.

Figura 21A - Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da

amostra do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo

Sunrise Solo com valor de MPC de 8,0.

Figura 22A - Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da

amostra do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo

Sunrise Solo com valor de MPC de 7,0.

Figura 23A - Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da

amostra do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo

Sunrise Solo com valor de MPC de 45.

Figura 24A - Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da

amostra do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo

Golden com valor de MPC de 1,0.

Figura 25A - Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da

amostra do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo

Golden com valor de MPC de 7,0.

Figura 26A - Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da

amostra do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo

Golden com valor de MPC de 20,0.

Figura 27A - Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da

amostra do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo

Golden com valor de MPC de 39,0.

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RESUMO

CASTRO, FERNANDA ASSUMPÇÃO; Engenheira Agrônoma, MSc., Universidade Estadual do Norte Fluminense; Julho de 2005; Relações do Medidor Portátil de Clorofila (SPAD-502) com o processo fotossintético e com o teor de nitrogênio orgânico em dois genótipos de Carica papaya L.; Profo Orientador: Eliemar Campostrini, Conselheira: Dra. Mara de Menezes de Assis Gomes. Plantas de Carica papaya L. [genótipos Sunrise Solo (folha de coloração

verde intenso) e Golden (folha de coloração verde-amarela)], crescidas em casa

de vegetação com 50% de interceptação de fluxo de fótons fotossintéticos foram

cultivadas em vasos plásticos de 15L contendo solo adicionado de esterco de

curral, na proporção de 3:1. Aos 90 e 100 dias após a semeadura (quando foram

encontradas folhas com coloração mais amarela) foi avaliada a fotossíntese

líquida (A, µmoles. m-2.s-1), as variáveis da fluorescência da clorofila a, a

fotossíntese potencial (Apot, µmoles. m-2.s-1), o teor de clorofilas totais, o teor de

nitrogênio orgânico e os valores do MPC (Medidor Portátil de Clorofila). A partir

dessas informações, foi possível efetuar relações entre as características

fisiológicas e os valores do MPC. Em relação ao Sunrise Solo, o genótipo Golden

(de coloração da folha verde-amarela) alocou menor quantidade de N-org em

moléculas de clorofilas, ou seja, para um mesmo valor de N-org na folha, no

genótipo Sunrise Solo, o MPC mostrou valores mais elevados. Em valores baixos

do MPC (<30), o comprometimento da estrutura e função do PSII estaria

associado com a diminuição do número de centros de reação ativos. Em valores

elevados do MPC, acima de 30, as variáveis relacionadas à avaliação da

estrutura e função do PSII não se mostraram responsivas, indicando que os

efeitos na fase fotoquímica da fotossíntese, avaliada por meio da fluorescência,

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acontecem após a degradação de um certo número de moléculas de clorofilas,

mostrando assim uma “produção de luxo” destas moléculas relacionadas à

estrutura e função do PSII. Aparentemente, o genótipo Sunrise Solo se mostrou

mais sensível aos danos na estrutura/função do PSII com a redução nos valores

do MPC, iniciando mais precocemente a redução nos valores da relação Fv/Fm,

Fv/Fo e DI0/RC. Em plantas com 90 e 100 dias após a semeadura, o Medidor

Portátil de Clorofila (MPC) se mostrou adequado na avaliação do teor de clorofilas

totais, do N-org e do processo fotossintético, em folhas.

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ABSTRACT

Carica papaya L. plants [Sunrise Solo (leaves with intense green color) and

Golden cultivars (leaves with yellow-green color)], were cultivatedin plastic pots of

15 L filled soil and corral manure in a 3:1 proportion, under greenhouse conditions

with 50% interceptation of the photosynthetic photons flux (PPF). Ninety and 100

days after sowing (when leaves turned more yellow) actual photosynthesis (A,

µmoles m-2 s-1), the chlorophyll a fluorescence variables, the potential

photosynthesis (Apot, µmoles m-2 s-1), the total chlorophyll content, nitrogen content

and the MPC values (using a portable chlorophyll meter) were estimated. From

these results it was possible to establish a relationship between the physiological

characteristics and the MPC values. In relation Sunrise Solo, Golden cultivar (leaf

with coloring yellow-green) deposited the smaller amount of N-org in chlorophyll

molecules. The same value of N-org was seen in leaves of the Sunrise Solo

cultivar, however the MPC values were higher. Low values of MPC (< 30)

compromised the function and structure of PSII associated to the reduction in the

numbers of active reaction centers. When values of MPC>30 were seen, the

variables related to the function and structure of PSII showed no differences,

indicating that the effects on the photosynthesis photochemical phase, estimates

by fluorescence, occurred after the degradation of the certain number of

chlorophyll molecules, showing thus, an “ over production” of these molecules in

relation to the function and structure of PSII. Apparently, the Sunrise Solo cultivar

is more sensitive to damage to the structure/function of the PSII with a reduction in

the MPC values, commencing before the reduction in the value of the relationship

Fv/Fm, Fv/Fo and DI0/RC. In plants at 90 and 100 days after sowing, the Portable

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Chlorophyll Meter (MPC) was adequate for the evaluation of the total chlorophyll

content, of N-org and the photosynthetic processes in leaves.

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1.INTRODUÇÃO

O Brasil é o maior produtor mundial de mamão com produtividade 174%

superior a média mundial (Nishimura, 2003). Em 2002, o Brasil produziu cerca de

1,7 milhões de toneladas, destacando a Bahia (783.600 mil ton) como o maior

Estado produtor. Em segundo lugar, destacou-se o Estado do Espírito Santo, com

uma produção anual de 585.358 mil toneladas. Estes Estados são responsáveis

por 80% da produção nacional. Embora o Brasil possua a maior capacidade de

cultivo do mamoeiro no mundo, o Brasil exporta apenas de 1,5 a 2,0% da

produção (Amaro e Caser, 2003). Esta produção brasileira está relacionada aos

grupos ‘Formosa’ e ‘Solo’. Em 2002, o plantio de mamoeiro ocupou 35 000 ha do

território brasileiro (Amaro e Caser, 2003), o que correspondeu uma produtividade

de 48,16 ton ha-1.

De 1978 a 2000, a produção mundial de mamão passou de 1.839.000

toneladas, para 5.442.000 toneladas, o que significa, em um período de 22 anos,

um crescimento de 196%. Neste intervalo de tempo, o Brasil alcançou a produção

de 1.414.844 toneladas, um crescimento de 125%. A Nigéria (segundo produtor

mundial), obteve crescimento de 44%, tendo uma produção de 761.839 toneladas

em 2000 (Martins, 2003). Este fato mostra o elevado crescimento da produção do

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mamoeiro no Brasil, principalmente pela demanda criada pelo consumo mundial,

o que representa a necessidade constante de pesquisas científicas relacionadas à

compreensão dos processos técnico-fisiológicos para a cultura.

Em março de 2003, ocorreu a inserção da cultura do mamoeiro no

Sistema de Produção Integrada de Frutas (PIF). Este sistema preconiza uma

completa organização do sistema produtivo da cultura. Desta maneira, a PIF

objetiva a produção dos frutos com elevada qualidade e utilização racional e de

maneira controlada dos recursos utilizados no sistema produtivo (Andrigueto e

Kososki, 2003). Segundo estes autores, a aplicação controlada dos insumos é

obtida com a utilização de metodologias adequadas dos procedimentos e da

rastreabilidade da aplicação de tais insumos, o que torna o sistema

economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente justo.

Dentre os insumos aplicados ao sistema produtivo de frutos de mamoeiro,

a fertilização nitrogenada tem um importante destaque. A aplicação anual de N

em pomares comerciais produtivos é de 403,2 g N/ planta (Comunicação interna

da Caliman Agrícola SA). Diante disto, para um bom manejo desta espécie, torna-

se importante relacionar os teores de N no limbo foliar com o processo

fotossintético. Esta ação poderá indicar concentrações adequadas deste nutriente

mineral nesta parte da folha, possibilitando relações com o teor de N no solo,

evitando possíveis aplicações em excesso ou aplicações deficientes deste

nutriente, pois a aplicação em excesso pode ocasionar contaminação do lençol

freático e aplicações deficientes podem comprometer a produtividade da espécie.

Atualmente, existe no mercado um equipamento portátil, preciso e de

baixo custo, denominado Medidor Portátil de Clorofila (MPC), conhecido com o

nome de SPAD-502 (Soil Plant Analysis Development, Minolta Camera Co. Ltd.),

e tem sido usado intensamente na estimativa do teor de clorofilas e na avaliação

nutricional relacionada ao nitrogênio, uma vez que existe uma elevada correlação

positiva entre N e os teores de clorofilas (Evans, 1989). Entretanto, poucos

trabalhos têm sido feito em mamoeiro relacionando os teores de N na folha, o

processo fotossintético e os valores do MPC. Assim, torna-se importante efetuar

específicas relações citadas em genótipos plantados comercialmente no Brasil.

O objetivo deste trabalho foi efetuar relações entre o Medidor Portátil de

Clorofila (MPC), o teor de N orgânico no limbo foliar e o desempenho do processo

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fotossintético em dois genótipos de mamoeiro (Sunrise Solo e Golden)

contrastantes em teores de clorofilas.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Nitrogênio

Com relação aos insumos aplicados ao sistema produtivo de fruteiras, o

fornecimento de nutrientes minerais à planta de mamoeiro, seja por meio da

aplicação via solo ou por meio da aplicação foliar, necessita ser feito de maneira

racional e em doses equilibradas, que possa representar a quantidade próxima à

quantidade ideal da cultura. Quanto aos nutrientes minerais aplicados à cultura

do mamoeiro, o estudo das concentrações adequadas do nitrogênio (N) no tecido

foliar torna-se necessário. Segundo Neeteson (1995), para ajustar a quantidade e

a época de aplicação de N na cultura, objetivando incrementar a produção,

reduzir custos e evitar contaminação do solo, torna-se importante quantificar o

teor de N no tecido vegetal.

Segundo Harper (1994), em relação aos nutrientes minerais necessários

ao crescimento e desenvolvimento das culturas de interesse agronômico, o

nitrogênio é o nutriente que mais limita a produção. Este fato é justificável, pois é

um nutriente mineral que tem função importante na bioquímica da planta. Este

autor relata que o nitrogênio é um constituinte essencial de enzimas, das

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moléculas de clorofilas, dos ácidos nucléicos, das proteínas estruturais e de

reservas e de outros importantes compostos constituintes das plantas. Vários

estudos têm mostrado que a deficiência de nitrogênio conduz a um aumento da

susceptibilidade da fotoinibição do fotossistema II, quando a planta é exposta a

alta intensidade luminosa (Ramalho et al., 1997).

Bacon (1995) relata que a necessidade de conhecer os mecanismos

básicos das relações entre o teor de N e a produção das culturas está relacionada

à busca de plantas que apresentem melhor eficiência no uso deste nutriente

mineral, uma vez que nas condições atuais da agricultura, observa-se uma certa

dependência em relação aos fertilizantes nitrogenados industriais.

O conhecimento das concentrações adequadas de N no tecido vegetal,

com base nas relações entre este nutriente mineral e, como exemplo, o processo

fotossintético, poderá evitar deficiências na aplicação, com possibilidades de

comprometimentos na produção das culturas, bem como excessos no

fornecimento deste nutriente, evitando assim, nesta última situação, a

contaminação do solo. Segundo Wood et al. (1993), a aplicação em excesso de

fertilizantes nitrogenados pode causar contaminação do lençol freático e

eutrofização de lagos e rios.

Vários trabalhos têm relatado o efeito do suprimento de N sobre a

assimilação do carbono (Sage et al., 1987; Lawlor et al., 2001). Segundo este

último autor, os efeitos da disponibilidade de N estão relacionados à síntese de

aminoácidos, proteínas e outros componentes celulares. Uma velocidade rápida

na fixação do CO2 preconiza uma elevada quantidade de componentes do

cloroplasto, especificamente elevadas quantidades dos complexos proteínas-

clorofilas responsáveis pela coleta da energia luminosa (Light Harvesting

Chlorophyll-Protein Complexes, LHCP), elevada taxas de transporte de elétrons,

elevadas quantidades de componentes dos tilacóides responsáveis pela redução

do NADP+, elevada concentração/atividade da Ribulose 1,5 Bisfosfato

Carbolixase/Oxigenase (Rubisco) e outras enzimas relacionadas ao Ciclo de

Calvin/Benson. Algumas proteínas relacionadas ao processo fotossintético

possuem elevado peso molecular, em relação à sua atividade e estão presentes

em elevadas quantidades na folha (Lawlor, 2002). Para capturar a energia

luminosa, usada no processo fotossintético, uma elevada quantidade de

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moléculas de clorofilas por unidade de área é necessária. Essa quantidade

elevada é importante para estruturar os LHCP (Lawlor, 2002).

Segundo Lawlor et al. (1989), a Rubisco apresenta baixa taxa catalítica

por unidade de massa de proteína, e, em plantas C3, as taxas de assimilação do

CO2 requerem uma elevada quantidade de Rubisco. No tecido foliar de plantas de

trigo, a quantidade desta enzima pode alcançar um valor de 8 g m-2 e esta enzima

é composta de cerca de 30% de N. Ainda, 50% da proteína solúvel da folha deste

tipo de planta é constituída de Rubisco.

A deficiência de N no tecido foliar pode causar significativos

comprometimentos no tamanho, na composição e na função dos cloroplastos

(Lawlor, 2002). Em plantas com deficiência deste nutriente mineral, os

cloroplastos são pequenos e achatados, com poucos tilacóides e estes

cloroplastos apresentam pouco grana (Laza et al., 1993, Kutik et al., 1995).

Bondada e Syvertsen (2003), verificaram que, em relação às plantas de citrus

com N>187 mmoles N m-2, as plantas consideradas deficientes em N (86 mmoles

N m-2) apresentaram cloroplastos pequenos com nenhum grão de amido, grana e

lamela do estroma. Em plantas de arroz (Laza et al., 1993) e de beterraba (Kutik

et al., 1995) deficientes em N, a quantidade de estroma foi maior em relação à

quantidade de tilacóides. Nas condições de deficiência de N, foi verificada menor

quantidade de LHCP, Rubisco e ATP sintase (Theobald et al., 1998). Segundo

estes autores, a razão clorofila a/b não é afetada pelo suprimento de N, apesar de

que sob deficiência deste nutriente, ocorrem significativos decréscimos na

concentração destes pigmentos fotossintéticos. Segundo Lawlor (2002), este fato

mostra que o suprimento de N não-somente regula a expressão do LHCP

(apresenta elevada quantidade de clorofila b), mas também outros componentes

do LHCP e o centro de reação, o qual possui uma maior concentração de clorofila

a.

Segundo Lawlor (2002), as análises de N no solo não mostram a

dinâmica deste nutriente nos processos metabólicos dos vegetais, bem como os

efeitos dos fatores do ambiente sobre o metabolismo do N, relacionado ao

metabolismo da cultura. Este autor sugere que as medidas de N na planta devem

ser rápidas, fáceis, efetivas e de baixo custo.

Os métodos tradicionais relacionados à quantificação de N nos tecidos

vegetais requerem que o material vegetal seja destruído, apresentam custo

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elevado e necessitam de um tempo relativamente longo entre o recebimento da

amostra vegetal no laboratório e a liberação dos resultados das análises. Este

fato pode retardar a tomada de decisão relacionada ao fornecimento de N à

cultura. Desta maneira, a busca de metodologias que possam economizar tempo,

espaço e recurso, como a proposta deste trabalho é de grande importância.

2.2. Pigmentos Fotossintéticos (Clorofilas totais)

Os pigmentos fotossintéticos (clorofilas e carotenóides) são moléculas

que estão relacionadas com a absorção da energia luminosa e se localizam nos

tilacóides. A estrutura básica da molécula de clorofila é composta de um íon de

magnésio centralizado no anel de porfirina e, este anel, contém 4 átomos de

nitrogênio. Esta molécula possui uma cadeia hidrocarbônica, que forma uma

cauda hidrofóbica (Raven et al., 2001).

Em folhas, tem-se observado uma elevada associação positiva entre o

teor de nitrogênio e o teor de pigmentos fotossintéticos (Evans, 1989; Yoder e

Pettigrew-Crosby, 1995). Segundo Hendry e Price (1993), o teor de pigmentos

fotossintéticos, principalmente as clorofilas, podem ser destruídos por meio da

ação de fatores do ambiente como deficiências minerais, estresse hídrico,

poluição industrial e temperatura supra-ótima. Este fato mostra que a

determinação dos pigmentos fotossintéticos pode ser uma importante ferramenta

no diagnóstico de estresse em plantas (Hendry e Price, 1993), o que potencializa

o uso do Medidor Portátil de Clorofila (MPC).

Em plantas C3, uma elevada quantidade de N do tecido foliar (75%) está

localizada no cloroplasto (Chapin et al., 1987) e consideráveis quantidades deste

N estão associadas às moléculas de clorofilas (Chapman e Barreto, 1997; Lawlor,

2002), pois cada molécula destes pigmentos fotossintéticos contém quatro

átomos deste elemento (Buchanan et al., 2000).

Estas informações corroboram com o crescente uso do MPC e mostram a

capacidade de avaliar o estado nutricional de N nos tecidos de várias espécies

vegetais (Turner e Jund, 1991; Piekielek e Fox, 1992; Piekielek et al., 1995; Fox et

al., 1994; Peng et al., 1995; Peterson et al., 1993; Wu et al., 1998; Chang e

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Robison, 2003). Nos últimos anos, cerca de 100 publicações foram produzidas

relacionando os valores do MPC na determinação do teor de clorofilas ou na

avaliação do estado nutricional de N (Chang e Robison, 2003). Segundo estes

autores, com poucas exceções, a maioria dos trabalhos publicados relatou uma

boa utilidade no uso do MPC na estimativa das concentrações de N no tecido

foliar. Na cultura do milho, o MPC pode detectar deficiências de N no tecido foliar

e o uso deste equipamento mostrou uma importante ferramenta na otimização do

manejo de N (Peterson et al.,1993).

Com relação ao uso do MPC em fruteiras, existem trabalhos com pêra

(Peryea e Kammereck, 1997), maçã (Campbell et al., 1990; Li et al., 1998) e

mamoeiro (Torres-Netto et al., 2002).

Na determinação do teor de clorofilas e N no tecido foliar, apesar do

crescente uso do MPC, algumas informações importantes devem ser observadas.

Campbell et al. (1990), observou que diferenças na espessura da folha podem

causar modificações na relação entre a leitura mostrada pelo aparelho e o teor de

N na folha. Estas variações na espessura da folha podem variar de acordo com a

espécie, estádio de desenvolvimento e com a cultivar/variedade. Segundo

Balasubramanian et al. (2000), o efeito da espessura da folha sobre a leitura do

MPC pode ser eliminado se o teor de N for expresso com base na área da folha,

denominado Nitrogênio Foliar Específico (NFE). Em arroz (Peng et al, 1995) e em

milho (Chapman e Barreto, 1997), em todos os estádios de crescimento, a relação

entre o NFE e a leitura do MPC se mostrou linear e positiva. Ainda, Peng et al.,

(1993) relata que os efeitos da cultivar e do estádio de crescimento podem ser

eliminados por meio da divisão do valor do MPC pela massa foliar específica

(MFE) da respectiva folha amostrada.

Segundo Wood et al.(1993), em concentrações elevadas de N no tecido

foliar, as relações entre o teor de clorofilas e o teor de N podem não ser lineares,

pois o N poderá estar na forma de NO3-N e não inserido nas moléculas de

clorofilas. Sendo assim, nesta faixa de valores, o MPC pode apresentar uma

baixa sensibilidade relacionada ao “consumo de luxo” de N pela planta.

Um outro fator a ser considerado quando se utiliza o MPC é o efeito do

Fluxo de Fótons Fotossintéticos (FFF) sobre as leituras efetuadas pelo aparelho

(Hoel e Solhaug, 1998). Segundo os autores, os valores mais baixos mostrados

no MPC foram determinados em condições de elevados FFF. Este fato é

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justificável, pois os cloroplastos podem mudar a orientação dentro da célula em

resposta ao FFF (Brugnoli e Björkman, 1992). Em condições de baixos FFF, os

cloroplastos são orientados horizontalmente ao longo da membrana

plasmática/parede celular, superior e inferior da célula (Park et al., 1996),

maximizando a interceptação do FFF. Em condições de elevados FFF, estas

organelas são orientadas verticalmente ao longo da membrana plasmática/parede

celular, ficando paralelos ao FFF. Em trabalhos com o Medidor Portátil de

Clorofila, torna-se necessário considerar os valores de FFF (Hoel e Solhaug,

1998). Entretanto, na maioria das culturas de interesse agronômico as plantas

apresentam uma grande quantidade de folhas de sol (Inoue e Shibata, 1974).

Nestas folhas, em relação às folhas de sombra, a transmitância é menos afetada

pela variação nos valores do FFF. De fato, durante as medições diárias,

realizadas em folhas de mamoeiros crescidos em condição de campo (≅2000

µmoles m-2 s-1), os valores do MPC não mostraram variação em relação ao

horário do dia (Reis, 2003). Contudo, segundo Hoel e Solhaug, (1998), em plantas

de trigo crescidas em casa-de-vegetação (FFF=100µmoles m-2 s-1) os valores do

MPC foram significativamente afetados pela variação do FFF.

2.3. Processo Fotossintético

O processo fotossintético pode ser medido pela taxa de assimilação do

CO2 [Fotossíntese Atual (A)] ou pela taxa de liberação do O2 [Fotossíntese

Potencial (Apot)]. Ambos os processos são utilizados em grande intensidade na

avaliação da capacidade fotossintética em plantas. O efeito dos estômatos sobre

o processo fotossintético é bem evidenciado quando se efetua a medição de A.

De fato, a condutância dos estômatos influencia significativamente nos valores de

A (Farquhar e Sharkey, 1982; Körner, 1995), uma vez que ele é responsável pela

assimilação da molécula de CO2, porém estas estruturas não influenciam a

medição de Apot, medido por meio do eletrodo de Clarck (Delieu e Walker, 1983),

pois a metodologia relacionada a esta taxa fotossintética, preconiza uma

concentração saturante de CO2 (1 a 5%) em torno do material vegetal (disco

foliar) analisado, isto é, nesta concentração de CO2, a Rubisco, em sua totalidade,

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está atuando como carboxilase (Walker, 1987). Desta maneira, na determinação

de Apot as variações na liberação do O2 ficam independentes da ação dos

estômatos e, portanto, dependentes do FFF e da estrutura fotoquímica e

bioquímica do processo fotossintético.

A liberação do O2 ocorre na parte do fotossistema II (PSII) localizada

próxima ao lúmen do tilacóide, precisamente no polipeptídio denominado

Complexo de Liberação do Oxigênio (CLO) (Malkin e Niyogi, 2000). A

estruturação deste CLO e, obviamente do PSII, são importantes para a liberação

deste gás. Em adição, como a liberação do oxigênio é o resultado de uma

completa integração dos fotossistemas I e II e de uma seqüência de reações de

oxi-redução, as quais envolvem inúmeros compostos (polipeptídios e pigmentos

fotossintéticos) constituintes da complexa fase fotoquímica da fotossíntese,

qualquer fator do ambiente que possa comprometer a estrutura do PSII e afetar

esta fase, necessariamente afetará a liberação de O2. Sendo assim, Apot poderá

ser uma importante característica avaliadora da estruturação e funcionamento do

processo fotoquímico/bioquímico da fotossíntese. Como a fotossíntese é o

principal mecanismo relacionado diretamente com a produção de matéria seca

pela planta, torna-se importante avaliar os efeitos de fatores abióticos e bióticos

sobre este processo. O efeito do N sobre Apot foi estudado por Pereira e Chaves

(1992), o qual observou que elevados valores de N proporcionaram maiores

valores de Apot. Desta maneira, como a estruturação e funcionamento do CLO e,

conseqüentemente, do PSII é dependente de polipeptídios/pigmentos, os quais

são compostos de átomos de N, torna-se justificável que variações nos teores de

N na folha possam causar modificações na taxa de liberação de O2.

Vários trabalhos têm mostrado os efeitos dos teores de N na folha sobre a

fotossíntese atual (Yoshida e Coronel, 1996; Lugg e Sinclair, 1981; Evans, 1983).

Nestes trabalhos, os resultados têm mostrado que a fotossíntese incrementa com

a quantidade de N no tecido foliar. Entretanto, em alguns trabalhos, a partir de um

certo valor de N, o incremento na fotossíntese não responde com maior

intensidade (inclinação da curva reduzida) com o aumento de N foliar (Nevins e

Loomis,1970; Evans, 1983; Wong, 1979). Em folhas de plantas de trigo, a partir

de 125 mmoles de N m-2 folha, a resposta da taxa fotossintética foi menos

acentuada (menor inclinação da curva), evidenciando uma saturação por N,

sendo que, outros fatores como CO2, luz e regeneração da RuBP poderiam ser os

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responsáveis pela diminuição na inclinação da curva (Evans, 1983). De fato,

deficiências de N no tecido foliar causa reduções na fotossíntese atual (Terashima

e Evans, 1988). Segundo Laza (1993) o decréscimo em A, causado pela

deficiência de N é devido ao decréscimo no tamanho do cloroplasto, das lamelas

dos tilacóides e no número de grana. Todavia, Sugiharto et al. (1990) relata que o

decréscimo em A foi associado a diminuição na síntese de várias enzimas

relacionadas ao ciclo de Calvin-Benson. Uma vez que existe uma correlação

positiva entre valores do MPC com N foliar (Evans, 1989; Yoder e Pettigrew-

Crosby, 1995), torna-se possível buscar relações entre os valores do MPC com a

fotossíntese atual, de modo a otimizar as interpretações deste equipamento e

permitir melhores inferências sobre o processo fotossintético.

2.4. Fluorescência da clorofila a

Uma técnica importante no diagnóstico do PSII é a fluorescência

(Schreiber et al., 1998). Vários artigos foram publicados sobre a base teórica e

aplicações na ecofisiologia relacionados à fluorescência (Krause e Weis, 1991;

Schreiber et al., 1998; Mohammed et al., 1995). Segundo Krause e Weis (1991), a

medição da fluorescência pode ser considerada como uma medida de

complemento às medições do processo fotossintético. A emissão da fluorescência

mostra o nível da energia de excitação nos complexos pigmentos/proteínas,

energia esta que controla a fotossíntese (Scholes e Horton, 1993). Por meio da

fluorescência, é possível obter informações detalhadas sobre a estrutura, a

distribuição de energia e função do aparato fotossintético, em especial o PSII

(Strasser et al., 2000). Por ser precisa, rápida, não-destrutiva e, ainda, pode ser

utilizada em condições de campo, é uma técnica que permite efetuar o

diagnóstico da distribuição da energia no PSII, antes mesmo que os sintomas do

dano neste fotossistema sejam externados (Bòlhar-Nordenkampf et al., 1989).

Por meio do fluorímetro não-modulado, Strasser e Strasser (1995), têm

otimizado as interpretações da cinética rápida da fluorescência (F0=50µs; Fj=2ms

e Fi=30ms), que estão entre os dois extremos da intensidade da fluorescência

(F0=50µs e Fm = 300ms). Neste tempo, Strasser et al. (2000) têm usado os

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valores da fluorescência (F0, Fj e Fi) e tem proposto um teste avaliador

denominado JIP-Test. O JIP-Test é baseado na teoria do fluxo de energia em

biomembranas, utiliza relações para a obtenção de variáveis que explicam o fluxo

de energia através do PS II (Strasser e Strasser, 1995). Por meio de variáveis

associadas aos fenômenos biológicos e biofísicos (estruturais e funcionais) do

PSII, este JIP-Test é utilizado como um indicador da vitalidade do material vegetal

analisado (Strasser et al., 2000).

Com relação ao estado nutricional de N e as variáveis da fluorescência,

alguns trabalhos tem mostrado que a deficiência de N decresceu o rendimento

quântico relacionado ao transporte de elétrons do PSII e a eficiência quântica

máxima do PSII (Nunes et al., 1993; Verhoeven e Demming-Adam III, 1997).

Segundo Lu e Zhang (2000), na condição de deficiência de N, foi verificado uma

redução nos valores da variável Fm. Torres Netto et al. (2005), observou que em

folhas de cafeeiro, o valor de Fm foi proporcional ao teor de clorofilas totais.

Como a fluorescência pode mostrar a estrutura e funcionamento do PSII

(Strasser et al., 2000) e este fotossistema está inserido nas membranas dos

tilacóides, uma desestruturação de tais membranas poderá comprometer

sensivelmente a emissão da fluorescência. De fato, plantas de citrus deficientes

em N tem os cloroplastos anatomicamente alterados (Bondada e Syvertsen,

2003), o que poderá acarretar comprometimentos na função destas organelas.

Em milho, Lu et al. (2001) relaram que, em relação às plantas bem

supridas de N (15 mmoles L-1), as plantas deficientes em N (0,5 mmoles L-1)

apresentaram elevação nos valores da dissipação não-fotoquímica, decréscimo

nos centros de reação ativos e inibição no transporte de elétrons no lado aceptor

do PSII.

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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Material Vegetal e Condições de Cultivo

Dois genótipos de Carica papaya L., Sunrise Solo e Golden, contrastantes

na coloração verde das folhas, (Golden com coloração verde-amarela e Sunrise

Solo com coloração verde intenso) foram cultivados em casa de vegetação, com

50% de interceptação do fluxo de fótons fotossintéticos, localizada na

Universidade Estadual do Norte Fluminense, Campos dos Goytacazes, Rio de

Janeiro (latitude 21o 44’47” sul, longitude de 41o 18’24” oeste). As condições de

cultivo dentro da casa de vegetação foram monitoradas diariamente durante todo

o experimento por meio de sensores automáticos de coleta de dados modelo

WatchDog 450, Spectrum Technologies, Illinois, USA, com intervalos de 1 hora.

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Quadro 1: Dados de temperatura (0C), Umidade Relativa (%) e Fluxo de Fótons Fotossintéticos (µmoles m-2 s-1), da casa de vegetação durante o experimento, no horário entre 06:00 e 17:00 horas

Temperatura (0C) UR (%) FFF (µmoles m-2 s-1)

Máxima 34,6 100 790,5

Média 20,84 ± 3,43 82 ± 13 266,48 ± 155,88

Mínima 12,9 31,1 29,6

Os genótipos foram semeados em vasos plásticos de 15L contendo solo

adicionado de esterco de curral curtido como substrato, na proporção de 3:1.

A partir do dia 15 de junho de 2004 até o dia 01 de agosto de 2004, foram

semeados diariamente 6(seis) vasos, com 4 (quatro) sementes cada, alternando o

genótipo semeado, de forma a obter 28 plantas por genótipo aos 90 dias após

cada semeadura e mais 26 plantas por genótipo aos 100 dias de cada planta,

totalizando 54 plantas por genótipo. A germinação das sementes ocorreu 16 dias

após a semeadura e o desbaste foi feito quando as plantas alcançaram 6 cm de

altura. A irrigação foi feita diariamente, mantendo o solo próximo à capacidade de

campo. O controle de ervas daninhas foi feito manualmente com a retirada destas

quando presentes.

Aos 90 dias após cada semeadura (DAS), em cada genótipo, foram

utilizados para a avaliação, 2 grupos de folhas. Um grupo com folhas

consideradas jovens (3a ou 4a folha contada a partir do ápice) e um grupo com

folhas consideradas maduras (6a. ou 7a folha contada a partir do ápice). Aos 100

DAS, em outras plantas, também foram utilizados em cada genótipo as folhas

consideradas maduras (6a. ou 7a folha contada a partir do ápice), isto devido ao

aparecimento da perda de pigmentação das folhas.

Aos 45 DAS foi feita a aplicação de Decis [(deltametrina) (3 mL 10L-1)]

para o controle da Anastrepha sp. e aos 65 DAS foi aplicado Mancozeb (3 g L-1)

para o controle de Varíola (Asperisporium caricae).

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3.2. Características avaliadas

3.2.1. Medidor Portátil de Clorofila (MPC)

Estes equipamentos são de baixo peso, fáceis de manuseio, efetuam

leituras extremamente rápidas, não danificam o tecido foliar. O MPC [(SPAD-502)

Soil Plant Analysis Development] utiliza dois LED`s, os quais emitem, sobre a

superfície da folha, fótons de λ (comprimento de onda) = 650nm (vermelho) e

940nm (infravermelho). Estes fótons atravessam uma área de 6mm2 e são

transmitidos alternadamente através da folha. As moléculas de clorofilas

apresentam o pico máximo de absorção dos fótons em λ=650nm e não absorvem

no λ=940nm (Hendry e Price, 1993). As clorofilas também apresentam um outro

pico de absorção na região do azul (λ=450nm), assim como os carotenóides. Este

fato justifica o uso pelo aparelho de apenas λ=650nm. A emissão do comprimento

de onda 940nm objetiva eliminar os efeitos da espessura da folha e do conteúdo

de água, bem como outros fatores que possam afetar a passagem dos fótons

(λ=650nm e λ=940nm) através da folha. O valor adimensional mostrado pelo MPC

(em uma escala de 1 a 100) é calculado instantaneamente pela diferença de

densidade óptica entre os dois comprimentos de onda detectados por um

fotodiodo (receptor), localizado no lado oposto ao emissor. A parte da folha

amostrada localiza-se entre o emissor e o receptor (Minolta Camera Co. Ltd.,

1989)

Por meio do uso do MPC, torna-se necessário, na estimativa do teor de

clorofila em folhas, efetuar curvas de calibração em laboratório para a

espécie/cultivar ou variedade estudada. Para tanto, deve-se fazer uma correlação

entre os valores mostrados pelo MPC e a concentração real destes pigmentos,

determinada por meio de análises bioquímicas (Wellburn, 1994).

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3.2.1. Fotossíntese atual

Aos 90 e aos 100 dias após a semeadura de cada planta, as 6:30 horas,

na extremidade distal da nervura central do limbo foliar das folhas estudadas [(3a

ou 4a folha contada a partir do ápice) e (6a. ou 7a folha contada a partir do ápice)],

foi determinada a fotossíntese atual (A, ì mol m-2 s-1) por meio do sistema portátil

de medições de trocas gasosas, modelo LI-6200 (LI-COR, Lincoln, NE, USA),

utilizando um suporte com LED’S na faixa do vermelho sobre a câmara, com um

FFF(fluxo de fótons fotossintéticos ) de 1200 µmoles m-2 s-1. Após as leituras, no

mesmo local onde foram feitas as medidas de A (≅1000 mm2 de área foliar), foi

determinada a média de 5 leituras por meio do MPC (SPAD-502, Minolta Câmera

Company, Japão).

3.2.2. Fluorescência da clorofila a

No mesmo local da folha (≅1000 mm2 de área foliar), após a medição da

fotossíntese atual, ≅ 7:30 horas, foram colocadas três pinças (do fluorímetro não-

modulado modelo PEA, Hansatech Instruments Ltd, King’s Lynn, Norfolk, UK). O

objetivo de se colocar as pinças, foi manter a área foliar no escuro por 30 minutos

para determinação da fluorescência. Nesta condição de obscuridade, admiti-se

que todos os centros de reação tenham adquirido a condição de abertos (Qa

oxidada) (Bòlhar-Nordenkampf et al., 1989). Após este tempo no escuro, a

iluminação foi fornecida por um conjunto de 6 LED’S com comprimento de onda

de 650 nm na superfície da amostra para fornecer iluminação homogênea de

3000 µmoles m-2 s-1, em 100% da intensidade luminosa, em uma área de 4 mm

de diâmetro. Nestas condições, por meio do fluorímetro PEA, foi possível obter

as variáveis da fluorescência Fm (fluorescência máxima), Fv (fluorescência

variável) e a relação Fv/Fm (eficiência fotoquímica do PSII), a área sobre a curva

(área esta proporcional à quantidade dos aceptores localizados na parte redutora

do PSII, redutores estes que passam os elétrons para Qa) (Bòlhar-Nordenkampf et

al., 1989), a relação Fv/Fo (esta relação estima o rendimento quântico máximo do

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PSII, Sestak e Siffel, 1997), a relação Fo/Fm (usada como indicadora do estado

fisiológico, Strasser et al. (2000)).

Segundo Strasser e Strasser (1995), por meio do fluorímetro PEA, é

possível obter 5 níveis de fluorescência [F1(t=50µs), F2(t=100µs), F3(t=300µs),

F4(t=2ms), F5(t=30ms)]. A partir destes valores e utilizando o Programa Biolyzer

(R.J. Strasser, University of Geneva, Laboratory of Bioenergetics, Switzerland) foi

obtido alguns indicadores do desempenho do processo fotoquímico da

fotossíntese, como ABS/RC (refere-se à quantidade de energia absorvida pelos

pigmentos, por unidade de centro de reação ativo); TR0/RC [quantidade de

energia capturada (reduziu Qa)], (por unidade de centro de reação ativo), ET0/RC

(transporte de elétrons, por unidade de centro de reação ativo), DI0/RC (energia

dissipada por unidade de centro de reação ativo), RC/CS0 (densidade dos centros

de reação ativos, relacionados à redução Qa), TR0/CS0 e ET0/CS0 (razões

relacionadas à distribuição de energia, por seção transversal (Cross Section, CS)

da amostra).

3.2.3. Fotossíntese Potencial

Após a medição da fotossíntese atual e da fluorescência, retirou- se a

folha com o pecíolo e, imediatamente, encaminhou-a ao Setor de Fisiologia

Vegetal da Universidade Estadual do Norte Fluminense. No laboratório, foi

retirado um disco foliar de 1000 mm2, no mesmo local onde foram feitas as

medições da fotossíntese atual e da fluorescência da clorofila. Neste disco, com o

uso do eletrodo de oxigênio do tipo Clark (Hansatech Instruments Ltd, King’s

Lynn, Norfolk, Inglaterra), foram efetuadas medições da fotossíntese potencial,

segundo a metodologia proposta por Delieu e Walker (1983). Com o uso do

eletrodo de oxigênio, foram construídas as curvas relacionando a taxa de

liberação do oxigênio e a quantidade de luz incidente sobre o disco foliar.

Para o traçado da curva Apot versus Fluxo de Fótons Fotossintéticos

(FFF), foram utilizados, por meio de LED’s vermelhos, seis intensidades de FFF,

com as intensidades de 0, 117, 233, 350, 467, 583 e 700µmoles m-2 s-1 e outros 4

passos utilizando uma fonte branca por meio de uma lâmpada dicróica com

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35

intensidades de 950, 1200, 1800 e 2300 µmoles m-2 s-1. Em cada intensidade de

FFF, o tempo de medição da Apot, foi de 3 minutos. A partir destas curvas, foi

obtida a fotossíntese potencial máxima (Apotmax), na intensidade de 950 µmoles m-

2 s-1.

Após as medições da Apot, nos discos de 1000 mm2, foram determinadas

10 leituras por meio do Medidor Portátil de Clorofila (MPC) (SPAD-502, Minolta

Camera Company, Japão).

No final das medições de Apot, os discos foliares foram colocados em

sacolas de papel e levados à estufa a 75ºC por 72 horas para determinação da

massa seca. Este procedimento objetivou determinar a Massa Foliar Específica

(MFE, g m-2), que corresponde ao valor da massa seca do disco foliar dividido

pela respectiva área do disco.

3.2.4. Determinação de pigmentos fotossintéticos (Clorofilas totais)

Na mesma folha e ao lado em que se retirou o disco foliar para a

determinação de Apot, foram retirados outros três discos foliares. Cada disco

apresentou uma área de 50 mm2, totalizando 150 mm2. Em cada disco (50 mm2),

foram feitas 10 leituras utilizando o MPC (SPAD-502, Minolta Camera Company,

Japão), o que correspondeu à média de 30 leituras. Os três discos foram

colocados em tubo de ensaio protegidos com papel alumínio, contendo 5 mL de

Dimetilsulfóxido (DMSO) e mantidos por 72 horas no escuro (Hiscox e

Israelstam,1979). Após a extração dos pigmentos fotossintéticos por meio do

DMSO foi retirada uma alíquota de 3 mL de cada tubo e, neste volume do extrato,

foi realizada as leituras no espectrofotômetro (700Plµs Femto, São Paulo, Brasil )

em comprimento de onda de 649 e 665 nm. A partir destas leituras, por meio da

metodologia proposta por Wellburn (1994), foram determinados os teores de

clorofilas totais (Ct).

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36

3.2.5. Determinação do Nitrogênio orgânico

Depois de efetuada a retirada do disco foliar para a medição de Apot e da

amostra para a determinação dos pigmentos fotossintéticos, na parte restante da

folha, foram feitas cerca de 40 leituras com o MPC (SPAD-502, Minolta Câmera

Company, Japão) e, em seguida, esta parte da folha foi acondicionada em sacos

de papel, levado à estufa de ventilação forçada de ar a 75o C por 72 horas e,

posteriormente pesados, macerados em cadinho de porcelana (pelo fato da

quantidade de material ser pequena) e armazenados em frascos hermeticamente

fechados. A partir do material moído e armazenado em frascos fechados, foi feita

uma digestão sulfúrica e em seguida determinado o teor de N-orgânico na matéria

seca da folha por meio do método proposto por Nessler (Jackson, 1965).

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37

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em ambos os genótipos estudados, a relação entre os valores do MPC e

o teor de clorofilas totais foi linear e positiva (Figura 1). Em trabalhos publicados

referentes às relações entre o MPC e o teor de clorofilas totais, têm se verificado

que, em sua maioria, os modelos matemáticos lineares são mais utilizados

(Yadava, 1986; Marquard e Tipton, 1987; Schaper e Chacko, 1991; Shaahan et

al., 1999). Entretanto, Torres Netto et al. (2002 e 2005), encontraram modelos

matemáticos exponencial e quadrático para o mamoeiro e para o cafeeiro, ambos

cultivados em condição de campo, respectivamente. Possivelmente, as condições

de cultivo (FFF, solo e idade das plantas) possam explicar as diferenças

encontradas.

Nesta figura (Figura 1), a taxa de decréscimo do teor de clorofilas foi

semelhante em ambos os genótipos, na ordem de 21 µmoles m-2 leitura do MPC-1.

Pode-se estimar que para cada unidade decrescente do MPC são degradados 21

µmoles m-2 de clorofilas totais. O genótipo Golden (de coloração verde-amarela)

(Figura 1B), apresentou o máximo valor do MPC em torno de 50, enquanto o

genótipo Sunrise Solo (Figura 1A), o valor máximo foi de 60. Este fato pode

mostrar que, nas mesmas condições de cultivo, o genótipo Sunrise Solo sintetizou

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38

uma maior quantidade de clorofilas que o genótipo Golden, caracterizando a

genética destes materiais.

Figura 1 – Relação entre o teor de clorofila total (µmoles m-2) e a leitura do MPC em

plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

As folhas 6 e 7 apresentaram os maiores e menores valores, e as folhas 3

e 4 apresentaram valores do MPC intermediários na faixa de 40 (Figura 1). Os

valores menores do MPC das folhas 6 e 7 corresponderam a fase de

senescência destes órgãos. De fato, Segundo Hendry e Price (1993), a redução

no teor de clorofilas totais pode ser considerado um indicador sensível do

processo de senescência e, Bauerle et al. (2004), cita que o teor de clorofila

decresce quando a folha remobiliza compostos, em preparação para a

senescência.

O decréscimo no teor de N-org não apresentou a mesma resposta como o

teor de clorofilas (Figura 2 e 3). O modelo matemático que mais se ajustou à

resposta das leituras do MPC com o teor de N-org foi o quadrático (Figura 2).

0 10 20 30 40 50 60 700

200

400

600

800

1000

1200

0 10 20 30 40 50 60 700

200

400

600

800

1000

1200

Y=-41,69457+21,51312XR2=0,97866N= 80

Clo

rofil

a to

tal (

µmol

es m

-2)

Leitura do MPC

1B - Golden

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

0 10 20 30 40 50 60 700

200

400

600

800

1000

1200

Y= -82,5262+21,28662XR2= 0,98137N= 80

Clo

rofil

a to

tal (

µmol

es m

-2)

Leitura do MPC

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

1A – Sunrise Solo

Page 40: RELAÇÕES DO VALOR DO MEDIDOR PORTÁTIL DE CLOROFILA …livros01.livrosgratis.com.br/cp008104.pdf · 3.2.1 Fotossíntese Atual ..... 16 3.2.2 Fluorescência da Clorofila a ... (B),

39

Figura 2 - Relação entre o teor de nitrogênio orgânico (g kg-1) e a leitura do MPC em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

Em valores correspondentes a 0 (zero) do MPC, verificam-se valores

próximo de 15 g kg-1 de N-org para o genótipo Sunrise Solo e de 20 g kg-1 de N-

org para o genótipo Golden (Figuras 2). Segundo Hörtensteiner e Feller (2002),

quando ocorre o processo de senescência, nem todo N é exportado para outras

partes da planta, principalmente para folhas novas, algum N permanece dentro

das células da folha senescente na forma de tetrapirrólicos lineares, os quais

acumulam no vacúolo. Desta maneira, em valores de 0 (zero) do MPC, os quais

mostram ausência de moléculas de clorofilas, possivelmente, o N ficou na forma

de compostos nitrogenados decorrentes da degradação de moléculas de clorofilas

e de proteínas dos cloroplastos, principalmente a enzima Rubisco, uma vez que,

durante o processo de senescência, a Rubisco e outras enzimas são degradadas

(Hörtensteiner e Feller, 2002).

Em mamoeiros cultivados em condição de campo, Torres Netto et al.

(2002), encontraram uma relação exponencial entre os valores de N-org (g kg–1)

com os valores do MPC. Em cafeeiro, um ajuste linear foi obtido entre N (g m-2) e

os valores do MPC (Torres Netto et al., 2005).

Este fato mostra que, quando os valores do MPC decresceram, uma

redução mais acentuada no teor de clorofilas totais foi verificado. De fato, as

1B

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

0 10 20 30 40 50 60 700

10

20

30

40

50

60

0 10 20 30 40 50 60 700

10

20

30

40

50

60

Y= 14,82367+0,14792X+0,00683X2

R2= 0,67655N= 70

Teo

r de

nitr

ogen

io o

rgân

ico

(g k

g-1)

Leitura do MPC

2A –Sunrise Solo

0 10 20 30 40 50 60 700

10

20

30

40

50

60

0 10 20 30 40 50 60 700

10

20

30

40

50

60

Y=18,21279+0,19679X+0,00815X2

R2= 0,78392N= 70

Teo

r de

nitr

ogên

io o

rgân

ico

(g k

g-1)

Leitura do MPC

2B - Golden

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

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40

relações entre teor de N-org e clorofilas totais tornaram-se lineares até valores de

MPC de 40 e 35, para o genótipo Sunrise Solo e Golden, respectivamente (Figura

3). Acima destes valores, incrementos nos valores de N-org não corresponderam

na mesma intensidade aos valores de clorofilas totais (Figura 3).

Figura 3 - Relação entre o teor de clorofila total (µmoles m-2) e o teor de nitrogênio orgânico (g kg-1) em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

Segundo Viégas (1997), em plantas adultas e na fase produtiva, a faixa

do teor de nitrogênio considerada adequada para o mamoeiro é de 45 a 55 g kg-1

na matéria seca do limbo. Marinho et al. (2002), em condições de campo e nesta

mesma parte da folha, encontraram teores de aproximadamente 50 g kg-1 para o

genótipo Sunrise Solo 72/12, com 4 meses após transplantio. Considerando estas

informações e que as plantas estudadas neste presente trabalho apresentavam

90 DAS, quando se tem um teor de 50 g kg-1 (considerado nível ótimo de N, no

limbo foliar), tais valores de N correspondem a valores do MPC de 62 para o

genótipo Sunrise Solo (Figura 2A), e 52 para o genótipo Golden (Figura 2B). Este

fato pode mostrar que ajustes diferenciados de modelos matemáticos deverão ser

feitos em genótipos discrepantes nos teores de clorofilas. Entretanto, para uma

0 10 20 30 40 50 60 70 800

200

400

600

800

1000

1200

0 10 20 30 40 50 60 70 800

200

400

600

800

1000

1200 Y=-242,97975+24,20482XR2= 0,83879N= 70

Clo

rofil

a To

tal (

µmol

es m

-2)

Teor de nitrogênio orgânico (g kg-1)

3B - Golden

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

3A –Sunrise Solo

0 10 20 30 40 50 60 70 800

200

400

600

800

1000

1200

0 10 20 30 40 50 60 70 800

200

400

600

800

1000

1200Y= 312, 1537+ 12,8222XR2= 0,54677N= 70

Clo

rofil

a to

tal (

µmol

es m

-2)

Teor de nitrogênio orgânico (g kg-1)

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

Page 42: RELAÇÕES DO VALOR DO MEDIDOR PORTÁTIL DE CLOROFILA …livros01.livrosgratis.com.br/cp008104.pdf · 3.2.1 Fotossíntese Atual ..... 16 3.2.2 Fluorescência da Clorofila a ... (B),

41

tomada de decisão mais correta, tais relações deverão ser feitas em plantas

crescidas e em fase reprodutiva cultivadas em condição de campo.

Embora alguns trabalhos têm mostrado uma relação linear entre as

leituras do MPC e os teores de N orgânico nas folhas (Shaahan et al., 1999;

Chapman e Barreto, 1997), Balasubramanian et al. (2000) e Peng et al. (1993)

relataram que as melhores relações entre estas variáveis podem ser obtidas

quando se expressa o N por unidade de área, ou mantém a relação entre N e

valor do MPC, com N expresso em % ou g kg-1 e o valor do MPC dividido pela

massa foliar específica (MFE) da respectiva folha amostrada. De fato quando se

relaciona o teor de N com a relação MPC/MFE, há uma relação linear entre essas

variáveis, com o melhor ajuste para o Sunrise Solo (R2 = 0.78) em relação ao

Golden (R2 = 0.71) (Figura 4).

Figura 4 - Relação entre o teor de nitrogênio orgânico (g kg-1) e a razão da leitura do MPC/MFE em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

4A – Sunrise Solo

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,00

10

20

30

40

50

60

70

80

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,00

10

20

30

40

50

60

70

80 Y =13,52102+10,7565XR2= 0,78473N= 50

Teo

r de

nitr

ogên

io (

g kg

-1)

MPC/MFE0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0

0

10

20

30

40

50

60

70

80

0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,00

10

20

30

40

50

60

70

80 y= 22,84413+7,75892xr

2

=0,71987N= 50

Teo

r de

nitr

ogên

io (

g kg

-1)

MPC/MFE

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

4A – Golden

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42

Em ambos os genótipos, a relação entre a variável fluorescência máxima

(Fm) e os valores do MPC foi mostrada por meio de um modelo matemático do

tipo quadrático de segundo grau (Figura 5). Em relação ao genótipo Sunrise Solo,

o genótipo Golden mostrou um decréscimo mais acentuado de Fm, quando houve

o decréscimo nos valores do MPC entre 40 e 10, mostrando que o genótipo

Golden apresentou maior comprometimento na capacidade de reduzir Qa (Bòlhar-

Nordenkampf et al., 1989).

Figura 5 - Relação entre a variável Fm (fluorescência máxima) e a leitura do MPC em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

Todavia, para o genótipo Sunrise Solo, nas folhas amostradas, não foi

verificado valores do MPC abaixo de 10. Possivelmente, neste genótipo e abaixo

deste valor (10), a redução nos valores de Fm poderia ter ocorrido até valores

próximos de 0 (zero), isto é, embora ambos os genótipos apresentem a mesma

taxa de degradação de clorofilas totais (Figura 1) em relação ao genótipo Sunrise

Solo, os efeitos deste decréscimo do teor de clorofilas sobre a redução de Qa

foram mais pronunciados no genótipo Golden (Figuras 5 e 6). Alguns autores têm

mostrado que Fm é proporcional à quantidade de clorofila na amostra (Miranda et

al., 1981; Torres Netto et al., 2002 e 2005). De fato, neste presente trabalho

0 10 20 30 40 50 60 700

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

0 10 20 30 40 50 60 700

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

Fm

Leitura do MPC

Y= 2199,18668+77,36519X-0,83546X2

R2=0,84124N= 80

5A Sunrise Solo

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

0 10 20 30 40 50 60 700

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

Y=71,8734+153,91012X-1,75X2

R2= 0,95719N= 80

Fm

Leitura do MPC

5B -Golden

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

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43

(Figuras 5 e 6), os resultados estão confirmando esta informação. Porém, os

resultados do genótipo Golden estão mais em acordo com os autores citados,

evidenciando que valores de clorofilas totais próximo de 0 (zero) mostram valores

mais baixos de Fm. Contudo, para o valor 0 (zero) do MPC, as folhas do genótipo

Sunrise Solo mostraram o valor de 2500 de Fm (Figura 5). Como foi citado, para

este genótipo, a ausência de valores do MPC abaixo de 10 poderá justificar tais

resultados.

Figura 6 - Relação entre a variável Fm (fluorescência máxima) e o teor de clorofila total (µmoles m-2) em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

Embora o genótipo Golden tenha apresentado maior comprometimento

relacionado à redução de Qa (Figuras 5 e 6), os baixos valores de Fm, propiciaram

maiores valores da relação Fv/Fm [representa o rendimento quântico máximo do

PSII, e em situações normais atingem valores entre 0,75 e 0,85 (da energia que é

absorvida pelo PSII, 75 a 85% é usada para reduzir Qa) que demonstram uma

eficiente conversão da energia luminosa no PSII], (Bòlhar-Nordenkampf et al.

1989) (Figura 7).

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 16000

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 16000

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

Y=2502,78472+3,23316X-0,00172X2

R2= 0,8445N= 70

Fm

Clorofila Total (µmoles m-2)

6A – Sunrise Solo

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 16000

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 16000

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

Y=137,38279+8,1586X-0,00488X2

R2= 0,94635N= 70

Fm

Clorofila Total (µmoles m-2)

6B -Golden

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

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44

Figura 7 - Relação entre a razão Fv/Fm e a leitura do MPC em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

Este fato propiciou menor taxa de decréscimo no rendimento quântico

máximo do PSII (inclinação da curva entre o valor zero e 30 do MPC para o

genótipo Sunrise Solo e entre o valor zero e 20 para o genótipo Golden) com o

decréscimo do valor do MPC. Entretanto, o início da queda nos valores da relação

Fv/Fm foi aos valores de 28,8 e 19,8 para os genótipos Sunrise Solo e Golden,

respectivamente (Figura 7). O que evidenciou que o comprometimento da

eficiência quântica máxima do PSII foi mais precoce no genótipo Sunrise Solo em

relação ao Golden. Sendo assim, o genótipo Golden permaneceu com esta

eficiência até valores de 19,8 , enquanto o Sunrise Solo a eficiência diminuiu a

partir de 28,8 do MPC, o que pode demonstrar uma maior sensibilidade do

Sunrise Solo, relacionada à eficiência quântica máxima do PSII.

Em cafeeiro e mamoeiro cultivados em condição de campo, Torres Netto

et al. (2002,2005), mostraram que os valores da relação Fv/Fm iniciaram a queda a

partir do valor de 40 no sentido decrescente. Isto significa que, valores acima de

40, medidos por meio do MPC, mostram uma elevada eficiência quântica máxima

do PSII. Este fato pode mostrar que as condições de cultivo podem interferir

pouco nesta relação.

Quando se relaciona a razão Fv/Fm e o teor de N-org na folha (Figura 8),

embora com pouca diferença entre os genótipos, observamos o decréscimo da

7B- Golden

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

Y= 0,30241X + 0,02263R2= 0,89795

Fv/F

m

Leitura do MPC

Y= 0,79038 + 4,13617x10-4XR2= 0,30249

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

7A –Sunrise Solo

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

Y= -0,71614+0,00197XR2= 0,71196

Y= -0,0571+0,028XR2= 0,87498

Fv/

Fm

Leitura do MPC

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45

razão Fv/Fm no valor de 24,22 g de N-org kg –1 para o genótipo Sunrise Solo e

25,05 g de N-org kg –1 para o genótipo Golden.

Figura 8 - Relação entre a razão Fv/Fm e o teor de nitrogênio orgânico (g kg-1) em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

Para se ter uma boa taxa de conversão da energia luminosa em fluxo de

elétrons no PSII, ou seja, elevados valores de Fv/Fm (0,75 a 0,85), necessita-se de

uma eficiente estruturação do PSII. Tal estrutura é obtida por meio de uma

quantidade considerável de moléculas de clorofilas não-degradadas, bem como

de uma estrutura nos polipeptídios que compõe tal fotossistema. Nestas

condições, uma quantidade de N-org é necessária. Sendo assim, torna-se

justificável que reduzidos valores de N-org possam causar comprometimentos na

eficiência quântica máxima do PSII. De fato, em milho e trigo, Lu et al. (2001)

relatam que, em relação às plantas bem supridas de N (15 mmoles L-1), as

plantas deficientes em N (0,5 mmoles L-1) apresentaram inibição no transporte de

elétrons no lado aceptor do PSII. A deficiência de N do tecido foliar pode causar

redução na quantidade de tilacóides (Laza et al., 1993; Kutik et al., 1995). Em tais

estruturas membranosas dos cloroplastos estão inseridos os fotossistemas, o que

pode justificar os resultados apresentados.

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

8B - Golden

0 10 20 30 40 50 60 70 800,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

0 10 20 30 40 50 60 70 800,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

0 10 20 30 40 50 60 70 800,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

0 10 20 30 40 50 60 70 800,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

Fv/

Fm

Teor de nitrogênio orgânico (g kg-1)

Y= 0,76518+7,3518x10-4XR2= 0,37439

Y= -0,5556+0,05213XR2= 0,719

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

8A - Sunrise Solo

0 10 20 30 40 50 60 70 800,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

0 10 20 30 40 50 60 70 800,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

0 10 20 30 40 50 60 70 800,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

0 10 20 30 40 50 60 70 800,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

0 10 20 30 40 50 60 70 800,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

Y= -0,9112+0,06857XR2= 0,62562F

v/F

m

Teor de nitrogênio orgânico (g kg-1)

Y= 0,79713+3,07722x10-4XR2= 0,2268

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46

Outras variáveis podem mostrar o funcionamento do PSII (Strasser et al.,

2000; Sestak e Siffel, 1997) (Figuras 9 e 10). Valores elevados da relação Fv/Fo

(Figura 9) e valores reduzidos da relação Fo/Fm (Figura 10) demonstram ótimas

eficiências na estruturação e funcionamento do PSII. O genótipo Sunrise Solo

apresentou um comprometimento precoce nestas variáveis, com maior inclinação

da curva para a relação Fv/Fo e Fo/Fm, respectivamente, evidenciando maior

sensibilidade das variáveis quando ocorre decréscimos nos valores do MPC. Em

relação à variável Fv/Fm, a variável Fv/Fo mostrou-se ser mais sensível no

diagnóstico do funcionamento/estruturação do PSII. Entretanto, a resposta da

variável Fo/Fm foi semelhante à variável Fv/Fm.

Figura 9 - Relação entre a razão Fv/Fo e a leitura do MPC, em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

9A – Sunrise Solo

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0Y= -0,53665+0,10347XR2= 0,96132N= 80

Fv/

Fo

Leitura do MPC

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

9B – Golden

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

Fv/

Fo

Leitura do MPC

Y= 0,76775+0,8068XR2= 0,94563N= 80

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47

Figura 10 - Relação entre a razão Fo/Fm e a leitura do MPC, em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

Por meio de estudos avançados e relacionados à estruturação e

funcionamento do PSII, Strasser et al. (2000) e Strasser e Strasser (1995), têm

proposto vários índices de determinação da vitalidade em folhas de plantas. Tais

índices baseiam-se em modelos de fluxo/distribuição de energia no PSII (Strasser

et al., 2000). As relações entre ABS, TR e ET com RC, (Figura 11) referem-se à

energia absorvida pelas moléculas de clorofila no sistema antena do PSII (ABS), à

redução da Qa por meio da energia absorvida (TR) e o transporte de elétrons a

partir de Qa (ET), em relação à quantidade de centros de reação ativos (RC)

(Strasser et al., 2000).

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

10A - Sunrise Solo

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0Y= 1,05118-0,02778XR2= 0,8676

Y= 0,27827-0,00187XR2= 0,73513

F

o/F

m

Leitura do MPC

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

10B - Golden

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0Y= 0,66685-0,02111XR2= 0,88246

Fo/

Fm

Leitura do MPC

Y= 0,21428-3,6524x10-4XR2= 0,27727

Page 49: RELAÇÕES DO VALOR DO MEDIDOR PORTÁTIL DE CLOROFILA …livros01.livrosgratis.com.br/cp008104.pdf · 3.2.1 Fotossíntese Atual ..... 16 3.2.2 Fluorescência da Clorofila a ... (B),

48

Figura 11 - Relação entre a razão ABS/RC (energia absorvida por unidade de centro de reação) (A, B), TR0/RC [quantidade de energia capturada (reduziu Qa) por unidade de centro de reação] (C, D) e ET0/RC (taxa de transporte de elétrons por unidade de centro de reação) (E, F) e a leitura do MPC, em plantas de mamoeiro Sunrise Solo e Golden, cultivados em casa de vegetação.

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0Y= 3,70524-0,03021XR 2= 0,95857N= 80

TR

0/RC

Leitura do MPC

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

11C- Sunrise Solo

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,5

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

3,5

4,0

TR

0/RC

Leitura do MPC

Y= 3,04685-0,0241XR2= 0,88011N= 80

11D- Golden

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

11B- Golden

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12

14

16

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12

14

16

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12

14

16

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12

14

16

A

BS

/RC

Leitura do MPC

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

11A -Sunrise Solo

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12

14

16

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12

14

16

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12

14

16

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12

14

16

AB

S /R

C

Leitura do MPC

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

11E- Sunrise Solo

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,3

0,6

0,9

1,2

1,5

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,3

0,6

0,9

1,2

1,5

ET 0/R

C

Leitura do MPC

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,3

0,6

0,9

1,2

1,5

0 10 20 30 40 50 60 700,0

0,3

0,6

0,9

1,2

1,5

ET 0/R

C

Leitura do MPC

11F- Golden

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49

A redução nos valores do MPC causou elevações na relação ABS/RC e

TR0/RC (Figura 11). Embora os valores do MPC tenham sido associados a baixos

teores de clorofilas totais (Figura 1), possivelmente, as elevações em ABS/RC e

TR0/RC foram causadas pela grande redução na quantidade de centros de reação

ativos, tornando estas razões elevadas, ou seja, o denominador decresceu numa

taxa maior que o numerador. De fato, valores baixos de N no tecido foliar

causaram 20% na redução na quantidade de centro de reação ativos (Lu et al.,

2001). Neste trabalho de Lu et al. (2001), com milho e trigo, as plantas com

deficiência de N (0,5 mmoles L-1) apresentaram valores nas relações ABS/RC e

TR0/RC 20% superiores que em plantas com boa disponibilidade de N (15

mmoles L-1). Segundo Strasser et al. (2000), a relação RC/CS0 (Figura 12) mostra

a quantidade de centros de reação ativos (funcionais). Para esta variável, em

relação ao Sunrise Solo, o genótipo Golden teve um decréscimo mais acentuado

dos centros de reação ativos (Figura 12), evidenciando maior destruição destes

centros, com o decréscimo no valor do MPC. Com base nos resultados obtidos na

Figura 11 e 12, o comprometimento na estrutura e função do PSII, pode estar

associado a grande quantidade de centros de reação inativos.

Figura 12 - Relação entre a razão RC/CS0 (densidade de centros de reação relacionados

à redução da Qa) e a leitura do MPC, em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

12A- Sunrise Solo

0 10 20 30 40 50 60 700

50

100

150

200

250

300

350

400

0 10 20 30 40 50 60 700

50

100

150

200

250

300

350

400 Y= 135,4461+3,83977XR2= 0,89074N= 80

RC

/CS

0

Leitura do MPC

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

12B- Golden

0 10 20 30 40 50 60 700

50

100

150

200

250

300

350

400

0 10 20 30 40 50 60 700

50

100

150

200

250

300

350

400

RC

/CS

0

Leitura do MPC

Y= 51,6423+6,22662XR2= 0,96585N= 80

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50

A relação ET0/RC se manteve inalterada com a redução nos valores do

MPC (Figura 11E e 11F). Possivelmente, em valores baixos do MPC, a taxa de

decréscimo no transporte de elétrons tenha sido igual ao decréscimo do número

de centros de reação ativos, o que pode não ter causado alterações na relação

ET0/RC. Em ambos os genótipos, em diferentes valores do MPC, não houve

alteração nesta variável. Contudo, quando se verifica a emissão da energia

dissipada em relação aos centros de reação ativos (Figura 13), verifica-se que

valores mais baixos do MPC mostram elevações na quantidade de energia

dissipada (energia não utilizada na fotoquímica). Tal energia é dissipada

principalmente na forma de calor (Strasser et al., 2000). O genótipo Sunrise Solo

se mostrou mais sensível ao aumento da energia dissipada, apresentando uma

taxa de emissão de energia maior, em escala decrescente dos valores do MPC.

Figura 13 - Relação entre a razão DI0/RC (energia dissipada por unidade de centro de reação) e a leitura do MPC, em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

13A –Sunrise Solo

0 10 20 30 40 50 60 700

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 10 20 30 40 50 60 700

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 10 20 30 40 50 60 700

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 10 20 30 40 50 60 700

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

D

I 0/RC

Leitura do MPC

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

13B –Golden

0 10 20 30 40 50 60 700

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 10 20 30 40 50 60 700

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 10 20 30 40 50 60 700

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 10 20 30 40 50 60 700

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

DI 0/R

C

Leitura do MPC

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51

A relação TR0 (Figura 14) e ET0 (Figura 15) também é um indicativo da

estrutura e funcionamento do PSII.

Figura 14 - Relação entre a razão TR0/CS0 [quantidade de energia capturada (reduziu

Qa) por seção da amostra] e a leitura do MPC, em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

Figura 15 - Relação entre a razão ET0/CS0 (taxa de transporte de elétrons por seção da

amostra) e a leitura do MPC, em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

14A- Sunrise Solo

0 10 20 30 40 50 60 700

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

0 10 20 30 40 50 60 700

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

TR

0/CS

0

Leitura do MPC

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

14B- Golden

0 10 20 30 40 50 60 700

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

0 10 20 30 40 50 60 700

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

TR

0/CS

0

Leitura do MPC

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

15A – Sunrise Solo

0 10 20 30 40 50 60 700

50

100

150

200

250

300

350

400

450

0 10 20 30 40 50 60 700

50

100

150

200

250

300

350

400

450

0 10 20 30 40 50 60 700

50

100

150

200

250

300

350

400

450

0 10 20 30 40 50 60 700

50

100

150

200

250

300

350

400

450

ET

0/CS

0

Leitura do MPC

15B – Golden

• 3a – 4a folha o 6a – 7a folha

0 10 20 30 40 50 60 700

50

100

150

200

250

300

350

400

450

0 10 20 30 40 50 60 700

50

100

150

200

250

300

350

400

450

0 10 20 30 40 50 60 700

50

100

150

200

250

300

350

400

450

0 10 20 30 40 50 60 700

50

100

150

200

250

300

350

400

450

E

T0/C

S0

Leitura do MPC

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52

Em valores do MPC abaixo de 20,0, para o genótipo Sunrise Solo (Figura

14A), e abaixo de 30,0 para o genótipo Golden (Figura 14B), houve

comprometimento no transporte de elétrons (TR0/CS0). Entretanto, para o

comprometimento na capacidade da energia absorvida em reduzir Qa (ET0/CS0),

os valores do MPC foram abaixo de 30 para o Sunrise Solo (Figura 15A) e de 35

para o genótipo Golden (Figura 15B). Quando os valores de ET e TR são

expressos por unidade de sessão transversal da unidade amostrada, no caso

deste trabalho, por área da folha, é bem evidente o efeito da redução dos valores

do MPC sobre o transporte de elétrons e a capacidade do fotossistema em reduzir

Qa. De fato, valores mais baixos do MPC mostraram comprometimentos na

estrutura e função do PSII (Figuras 16A a 16D).

Uma outra forma de se representar o fluxo de energia em biomembranas

é o uso do Modelo ‘pipeline’ do aparato fotossintético (Figura 16).

Na figura 16A e 16C tem-se os modelos de membrana (refere-se ao

centro de reação da membrana), chamado fluxo específico de energia; e nas

figuras 16B e 16D tem-se o modelo foliar (refere-se a seção da folha que foi

excitada), chamado fluxo fenomenológico de energia, baseado no Programa

Biolyzer proposto pelo Dr. Reto Strasser (Laboratório de Microbiologia e

Bioenergética- Universidade de Geneva).

No modelo de membrana (Figuras 16A, 16C) tem-se a média do

“tamanho da antena” que corresponde à razão ABS/RC. Na figura 16C, quando o

valor de MPC é igual a 12, percebe-se um aumento da absorção por centro de

reação, isto, devido à inativação de alguns centros de reação. No modelo foliar

(Figuras 16B e 16D) a inativação dos centros de reação é indicado por círculos

cheios (Figura 16D) em relação aos círculos abertos (centros ativos).

A diminuição do valor do MPC (por exemplo: 12) acarretou a diminuição

do transporte de elétrons, devido a inativação dos centros de reação e aumento

da dissipação de energia, quando comparados com folhas com valores de MPC

superiores (56, por exemplo).

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53

Modelo ‘Pipeline’ do aparato fotossintético:

Folha com valor do MPC igual a 56 (Figuras 16A e 16B).

Folha com valor do MPC igual a 12 (Figuras 16C e 16D).

Figura 16- Modelo ‘pipeline’ de membrana (Figuras 16A e 16C) e da área da seção transversal da amostra (Figuras 16B e 16D), do fluxo de energia em folhas de mamoeiro do genótipo Sunrise Solo com valores do Medidor Portátil de Clorofila de 56 (folha verde) e 12 (folha amarela). Os círculos fechados (coloração preta) correspondem aos centros de reação inativos e os abertos, aos centros de reação ativos. A largura das setas ABS/RC, TR0/RC, DI0/RC, ABS/CS0, TR0/CS0 e DI0/CS0 indicam a intensidade do fluxo de energia.

16 A 16 B

16 C 16 D

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54

Quando se relaciona a fluorescência com o tempo, uma outra variável

importante é a área sobre a curva. Esta área é proporcional à quantidade dos

aceptores localizados na parte redutora do PSII, redutores estes que passam os

elétrons para Qa (Bòlhar-Nordenkampf et al., 1989). A quantidade destes

aceptores foi reduzida com a diminuição dos valores do MPC (Figura 17) e este

fato pode mostrar desestruturação do PSII em valores reduzidos do MPC (Figuras

16A a 16D). Tal desestruturação poderá ser devido aos reduzidos valores de N e

de clorofilas totais (Figuras 1 e 2) e foi semelhante em ambos os genótipos

estudados.

Figura 17 - Relação entre a área sobre a curva da fluorescência e a leitura do MPC, em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

A fotossíntese potencial (Apot), avaliada por meio da taxa de liberação do

oxigênio, foi reduzida com a diminuição nos valores medidos por meio do MPC

(Figura 18). Tal metodologia de medição preconiza que os estômatos não afetam

tal medida (Delieu e Walker, 1983). Desta maneira, os comprometimentos na

liberação do oxigênio foram causados por meio da desestruturação,

possivelmente devido à degradação das moléculas de clorofilas e remobilização

do N para outras partes da planta. A resposta da fotossíntese potencial em

relação aos valores do MPC foram semelhantes às respostas do N-org (Figura 2),

• 3a - 4a folha o 6a – 7a folha

17A- Sunrise Solo

0 10 20 30 40 50 60 700

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

90000

100000

0 10 20 30 40 50 60 700

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

90000

100000

Áre

a so

bre

a cu

rva

Leitura do MPC

Y= -1470,09034+1374,33179XR2= 0,92553N= 80

• 3a - 4a folha o 6a – 7a folha

17B- Golden

0 10 20 30 40 50 60 700

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

90000

100000

0 10 20 30 40 50 60 700

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

90000

100000

Y= 4262,96936+1326,26336XR2= 0,95422N= 80

Áre

a so

bre

a cu

rva

Leitura do MPC

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55

o que demonstra a importância deste nutriente mineral no processo fotossintético.

Um fato a ser observado é que o processo de senescência, avaliada pelos baixos

valores do MPC, causa degradação de enzimas relacionadas ao processo

bioquímico, ou seja, em adição aos comprometimentos na estrutura e função do

PSII, a taxa de liberação de oxigênio pode ser afetada pela deficiência no

funcionamento do ciclo de Calvin. Estas informações podem ser observadas

quando se relaciona a fotossíntese real, avaliada por meio da assimilação do

carbono e o MPC (Figura 19). Nesta metodologia de medição, os estômatos

apresentam uma função importante na assimilação fotossintética do carbono. O

que se pode observar, é que a degradação dos pigmentos fotossintéticos, aliada à

destruição dos centros de reação ativos e a diminuição no teor de N-org afetaram

o processo fotossintético, o que otimiza o uso do MPC e, desta maneira, amplia o

uso do referido equipamento. Tal aparelho, apenas pode não ser só utilizado para

quantificar o teor de clorofilas totais, mas também obter outras informações

associadas ao processo fotossintético do mamoeiro. Com a ampliação do uso do

MPC, poderá se ter uma considerável economia de tempo, espaço e recursos,

uma vez que os equipamentos avaliadores do processo fotossintético são

extremamente caros e nem sempre apresentam uma grande praticidade em

condição de campo, como o MPC.

Para um melhor diagnóstico, futuros trabalhos deverão ser executados

objetivando associar tais valores do MPC com os teores de N, o processo

fotossintético e a produtividade em plantas de mamoeiro cultivadas em condição

de campo.

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56

Figura 18 - Relação entre a fotossíntese potencial (Apot, µmoles m-2 s-1) e a leitura do MPC, em FFF de 950µmoles m–2 s–1, em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

Figura 19 - Relação entre a fotossíntese atual (A, µmoles m-2 s-1) e a leitura do MPC, em FFF de 1200 µmoles m-2 s –1, em plantas de mamoeiro Sunrise Solo (A) e Golden (B), cultivados em casa de vegetação.

• 3a - 4a folha o 6a – 7a folha

19A –Sunrise Solo

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12Y= -2,38863+0,18719XR2= 0,8629N= 80

A (µ

mol

es m

-2 s

-1)

Leitura do MPC

• 3a - 4a folha o 6a – 7a folha

19B –Golden

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12

A (µ

mol

es m

-2 s

-1)

Leitura do MPC

Y= -1,35954+0,18304XR2= 0,84464N= 80

18A- Sunrise Solo

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12

14

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12

14

Y= 0,1919+0,0126X+0,00188X2

R2= 0,75635N= 80

Apo

t (µ

mol

es m

-2 s

-1)

Leitura do MPC

• 3a - 4a folha o 6a – 7a folha

• 3a - 4a folha o 6a – 7a folha

18B- Golden

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12

14

0 10 20 30 40 50 60 700

2

4

6

8

10

12

14

Apo

t (µm

oles

m-2 s

-1)

Leitura do MPC

Y= 0,1058+0,10844X+8,12056x10-4X2

R2= 0,51386N= 70

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57

4. RESUMO E CONCLUSÕES

Plantas de Carica papaya L. [genótipos Sunrise Solo (folha de coloração

verde intenso) e Golden (folha de coloração verde-amarela)], crescidas em casa

de vegetação com 50% de interceptação de fluxo de fótons fotossintéticos foram

cultivadas em vasos plásticos de 15L contendo solo adicionado de esterco de

curral, na proporção de 3:1. Aos 90 e 100 dias após a semeadura (quando foram

encontradas folhas com coloração mais amarela) foi avaliada a fotossíntese

líquida (A, µmoles. m-2.s-1), as variáveis da fluorescência da clorofila a, a

fotossíntese potencial (Apot, µmoles. m-2.s-1), o teor de clorofilas totais, o teor de

nitrogênio orgânico e os valores do MPC (Medidor Portátil de Clorofila). A partir

dessas informações, foi possível efetuar relações entre as características

fisiológicas e os valores do MPC.

Em relação ao Sunrise Solo, o genótipo Golden (de coloração da folha

verde-amarela) alocou menor quantidade de N-org em moléculas de clorofilas, ou

seja, para um mesmo valor de N-org na folha, no genótipo Sunrise Solo, o MPC

mostrou valores mais elevados.

Em valores baixos do MPC (<30), o comprometimento da estrutura e

função do PSII estaria associado com a diminuição do número de centros de

reação ativos.

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58

Em valores elevados do MPC, acima de 30, as variáveis relacionadas à

avaliação da estrutura e função do PSII não se mostraram responsivas, indicando

que os efeitos na fase fotoquímica da fotossíntese, avaliada por meio da

fluorescência, acontecem após a degradação de um certo número de moléculas

de clorofilas, mostrando assim uma “produção de luxo” destas moléculas

relacionadas à estrutura e função do PSII.

Aparentemente, o genótipo Sunrise Solo se mostrou mais sensível aos

danos na estrutura/função do PSII com a redução nos valores do MPC, iniciando

mais precocemente a redução nos valores da relação Fv/Fm e Fv/Fo e DI0/RC.

Em plantas com 90 e 100 dias após a semeadura, o Medidor Portátil de

Clorofila (MPC) se mostrou adequado na avaliação do teor de clorofilas totais, do

N-org e do processo fotossintético, em folhas.

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59

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICE

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20A – Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da amostra do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo Sunrise Solo com valor de MPC de 6,0.

21A – Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da amostra do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo Sunrise Solo com valor de MPC de 8,0.

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68

22A – Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da amostra do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo Sunrise Solo com valor de MPC de 7,0.

23A – Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da amostra do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo Sunrise Solo com valor de MPC de 45.

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69

24A – Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da amostra do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo Golden com valor de MPC de 1,0.

25A – Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da amostra

do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo Golden com valor de MPC de 7,0.

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70

26A – Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da amostra do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo Golden com valor de MPC de 20,0.

27A – Modelo “pipeline” de membrana e da área de seção transversal da amostra do fluxo de energia em folha de mamoeiro do genótipo Golden com valor de MPC de 39,0.

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