RELATÓRIO DE ATIVIDADES
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Aldeias Infantis SOS Brasil é uma Associação Civil de direito
privado, regulada pelas normas do Novo Código Civil, sem fins
lucrativos ou econômicos, exclusivamente de finalidades
filantrópica e cultural, inscrita no CNPJ sob o nº 35.797.364/0001-
29, com sede no Escritório Nacional, à Rua José Antonio Coelho,
400 - Vila Mariana, no Município de São Paulo, Estado de São
Paulo, República Federativa do Brasil e afiliada à Federação
Estamos comprometidos com os estandares profissionais de
responsabilidade e transparência. Somos reconhecidos pela
sociedade e órgãos públicos como uma parte integral e ativa da
sociedade civil brasileira.
SOS
Kinderdorf International. Como membro desta Federação,
desfrutamos dos princípios, valores e experiências que a
Organização vem acumulando em todo o mundo desde 1949.
ÍNDICE
MENSAGEM DO PRESIDENTE: AGINDO COM TODAS AS FORÇAS
RedaçãoYara Maria Lanfredi de Andrade
Fábio José Garcia PaesFernanda Volner
RevisãoMárcia Bertoletti
Edição e Jornalista Responsável Débora Moura – MTB 52.987
Projeto GráficoR2Tura
NOSSO CONSELHO
SOBRE A ORGANIZAÇÃO
CONTEXTO SOCIOPOLÍTICO
PLANOS ESTRATÉGICOS
ÁREAS DE ATUAÇÃO
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
DESENVOLVIMENTO HUMANO E ORGANIZACIONAL
OPERAÇÕES
MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS
SUSTENTABILIDADE
PRÊMIO HERMANN GMEINER
ACONTECEU EM 2010
DADOS E RELATOS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSELHO
MENSAGEM DA GESTORA NACIONAL: MUDANÇA DE PARADIGMA
ASSOCIAÇÃO NACIONAL
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ACOLHIMENTO
FORTALECIMENTO FAMILIAR E COMUNITÁRIO
APOIO HUMANITÁRIO
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AGINDO COM TODAS AS FORÇASMensagem do Presidente
Após 43 anos, temos consciência da força desta Organização e de nossa capacidade de impactar positivamente na vida de milhares de crianças, jovens e adolescentes em situação de risco. Trabalhamos na prevenção do abandono e na garantia dos direitos da criança através do Fortalecimento Familiar e Comunitário. Porém, quando por qualquer razão, uma criança se encontra sem a possibilidade de ter a proteção e cuidados da sua família, temos também a capacidade de acolher esta criança, com seus irmãos, em uma casa-lar sob os cuidados de uma mãe-social colaboradora. Temos o compromisso de fazer tudo humanamente possível em prol das crianças em situação de risco. Após um longo período de maturação, estamos iniciando um novo ciclo de crescimento, sustentado por convênios com o poder público, patrocínios e parcerias com o setor privado, alianças com outras organizações, além das doações de muitos Amigos SOS em todo o Brasil. Temos urgência e muito a fazer.
A tem a missão de ajudar
crianças, jovens e famílias a construir o seu próprio
futuro, participando ativamente no desenvolvimento
de suas comunidades. Em 2010, assumimos um meta
audaciosa: saltar das atuais 9.806 crianças
participantes dos nossos programas para 40 mil até
2016. Em nossa atividade de Acolhimento de crianças e
jovens em situação de risco, ou que se encontram sem
o cuidado de uma família por qualquer razão,
queremos partir das atuais 1.470 crianças e jovens,
representando 2-3% para 10% em território nacional.
No final de 2010, contamos com 563 profissionais
(incluindo 239 mães-sociais), qualificados e alinhados
em 17 núcleos em todo Brasil. Operamos com políticas
e processos definidos, uma gestão profissional e
governança atual. Porém, estamos cientes que
precisaremos estimular ainda mais o nosso senso de
urgência e espírito empreendedor, além de aprimorar
a nossa habilidade de recrutar, capacitar e integrar
novos colaboradores e líderes para gerir e adaptar as
novas iniciativas às necessidades locais.
O maior desafio desta administração, que tomou
posse em março de 2010, é o de direcionar e apoiar
essa transformação, preservando os valores e legado
construídos até hoje e, ao mesmo tempo, estimular a
criatividade dos gestores para renovar, inovar e
Aldeias Infantis SOS desenvolver novos convênios e parcerias, garantindo
assim um cic lo v i rtuoso de impacto e a
sustentabilidade. Além disso, temos que fortalecer a
marca e atrair novos Amigos
SOS.
PLANO DE EXPANSÃO - No começo de 2010, o
Conselho Diretor solicitou e aprovou o Plano de
Expansão 2011-2013 em direção a uma presença
nacional, o que possibilitou nos tornarmos uma
Organização parceira preferencial do poder público na
definição e prática das políticas públicas na área de
proteção e preservação dos direitos das crianças e
jovens. Para garantir o êxito desse Plano de Expansão,
designamos um líder e segregamos recursos
suficientes para implementarmos cinco programas em
cinco estados nordestinos, onde não tínhamos
presença.
PLANO DE REESTRUTURAÇÃO - Paralelamente,
designamos um líder para reestruturar os programas
que precisavam ser redimensionados e redirecionados
dentro do conceito de One Program - Programa Único.
Este programa une as atividades de Acolhimento e de
Fortalecimento Familiar e Comunitário na prevenção do
abandono, resultando em uma visão integrada para
maximizar o impacto social dos nossos programas e
ações.
Aldeias Infantis SOS
Paulo G. de Castro Jr. Presidente do Conselho Diretor
Aldeias Infantis SOS Brasil
PILARES DE SUSTENTAÇÃO - Para assegurar esta visão e que
nossas conquistas sejam sustentáveis, focaremos os
seguintes pilares:
1) Pessoas alinhadas a uma Organização forte – R
reter, capacitar e estimular pessoas empreendedoras, capazes
de mobilizar a nossa Organização, bem como as lideranças da
sociedade civil na qual atuamos, fortalecendo a marca e o
impacto social da
2)Liderança nos direitos da criança – Esta iniciativa
denominada Advocacy, defende a disseminação da
Convenção dos Direitos da Criança adotada há 21 anos pela
ONU e do Plano Nacional da Convivência Familiar e
Comunitária. Enfatizamos primeiramente que todos os
esforços serão feitos para fortalecer famílias vulneráveis com
o objetivo de manter a criança com a sua família. Apenas
quando esses esforços não forem bem sucedidos ou
possíveis, é que a criança passará a cuidados alternativos,
entre os quais encontra-se o modelo casa-lar, desenvolvido e
com gestão da Organização.
3) Parcerias, patrocínios, convênios e alianças – Em função
das demandas urgentes em outras partes do mundo com
maiores desafios econômicos e sociais do que verificado em
nosso país, o Brasil não poderá mais contar com aumentos de
ecrutar,
Aldeias Infantis SOS.
recursos oriundos do exterior, como acontecia
anteriormente. Portanto, precisamos de parcerias,
patrocínios, convênios e alianças para gerar recursos de
fontes locais e novas sinergias. No setor público, já se
destacam os municípios de Campinas, Recife e São Paulo
capital, que nos escolheram para assumir a gestão de seus
programas de Acolhimento com o modelo de casa-lar.
Adicionalmente, celebramos a parceria com o município de
Rio Preto da Eva, no estado do Amazonas, apoiado pela
Petrobras. Já o programa de expansão de 2011-2013, que
inclui cinco novos programas, contou com generosas
contribuições de pessoas físicas e jurídicas, em particular,
da decorrente doação do falecido Ferdinand Burger, que
financia uma parte relevante desse primeiro ciclo de
expansão.
AÇÕES HUMANITÁRIAS - Em 2010, iniciamos uma nova
área de atuação: a gestão de Ações Humanitárias. Abrimos
este capítulo quando enviamos nossos profissionais para
compor a equipe da SOS Kinderdorf International no Haiti,
por ocasião do terremoto que atingiu o país.
Posteriormente, com a experiência adquirida, foi possível
atuar na enchente de São Luiz do Paraitinga em São Paulo,
com velocidade e liderança junto ao poder público e a
comunidade na proteção e Acolhimento das crianças em
risco nesse local.
A Aldeias Infantis SOS passa atualmente por um processo de transformação, que visa torná-la um Organização de
referência e agente catalisador em prol da garantia dos direitos das crianças, jovens e adolescentes em todo o
território nacional, evitando o abandono, abuso e maus-tratos das crianças. Em 2011, vamos estabelecer o
segundo fundo reserva para o Plano de Expansão 2012-2014, que irá financiar a nossa entrada nos demais estados
e territórios nacionais em que ainda não atuamos. Para isso, vamos buscar novos convênios, patrocínios,
parcerias, alianças e muitos novos Amigos SOS. Vamos continuar agindo com todas as nossas forças para
impactar positivamente na vida de milhares de crianças e jovens, garantindo assim que possam crescer em um
ambiente familiar e acolhedor, sem terem os seus direitos violados, podendo desenvolver todo o seu potencial.
Agradecemos a todos que apoiaram a Organização neste ano. Convidamos também aqueles que hoje não
participam, e que são sensíveis a esta causa, a juntarem-se a nós, tornando-se um Amigo SOS.
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O ano de 2010 representou para a Associação Nacional uma mudança de paradigma. Esta mudança foi impulsionada pelo advento das novas políticas organizacionais, que definem as novas diretrizes e perspectivas de resultados para os programas
O que antes estava no campo das reflexões, agora é referência normativa para todas as estratégias, medidas e ações da Organização.
A política do programa aponta que a Organização trabalha prioritariamente na promoção e garantia de um ambiente familiar protetor às crianças que perderam ou estão em risco de perder o cuidado parental.
No Brasil, esta bandeira traz o colorido e a riqueza do cenário político nacional, enfocando todos os nossos serviços e esforços para a garantia e defesa do direito à convivência familiar e comunitária. Por isso, é imprescindível promover ações qualificadas junto ao fortalecimento das famílias e comunidades, assim como no acompanhamento efetivo e no desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens do nosso Grupo Meta.
Para atingir estes resultados, a Organização no Brasil mobilizou todos os gestores e suas equipes para o alinhamento filosófico, sistêmico e operacional, firmado com todo o compromisso de planejar e desenvolver medidas para este processo de renovação dos nossos trabalhos em uma perspectiva de maior impacto e qualificação dos resultados.
Assim, com o apoio do novo Conselho Diretor, iniciamos o processo de análise para definição de metas de crescimento responsável e visão de futuro condizentes com o contexto organizacional e o cenário sociopolítico vigente no país.
Outro elemento a ressaltar foi a premência de situações de emergência em âmbito nacional e internacional, que nos desafiaram e nos mobilizaram para pensar e agir frente ao novo, o inesperado, e assim, construírmos nova expertise com serviços diretos para crianças, adolescentes e jovens no desenvolvimento de competências de suas famílias e comunidades em São Luis do Paraitinga/SP, Araçoiaba/PE e no Haiti. Com isto obtivemos o reconhecimento de autoridades, governo e sociedade civil, culminado com o agradecimento público da Ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Sra. Maria do Rosário, pela atuação na região Serrana do Rio de Janeiro, que foi assolada pela forte chuva em janeiro de 2011.
Aldeias Infantis SOS.
Aldeias Infantis SOS
MUDANÇA DE PARADIGMA
A atuação da Organização na defesa e garantia de direitos de crianças, adolescentes e jovens foi desenvolvida e fortalecida com a participação efetiva em diversos espaços e fóruns de direitos, como: CONANDA - Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Fórum DCA - Defesa da Criança e do Adolescente e demais instâncias em todo o país, permitindo a unidade e força no posicionamento no contexto da garantia de direitos em âmbito nacional.
Neste ano, firmamos diversas parcerias junto a municípios para a readequação dos serviços de Acolhimento, na implementação da metodologia e diretrizes organizacionais na modalidade de casa-lar para crianças que perderam o cuidado parental. A pioneira experiência da parceria com a Prefeitura de Campinas/SP possibilitou a vivência de novos caminhos e hoje é referência no estabelecimento de convênios com outras cidades como Recife, Ubatuba e São Paulo capital.
Porém, para responder a este crescimento, a Organização implantou de maneira inovadora a Incubadora de Talentos, que visa identificar e reter novos colaboradores e propiciar a todos possibilidades de formação inicial e permanente.
Assim, apresentamos este relatório como uma iniciativa de prestar contas e demonstrar nosso agradecimento a todos os colaboradores, parceiros e envolvidos por esta trajetória de mais um ano de conquistas, dificuldades e perspectivas, sempre motivados pelo ideário de Hermann Gmeiner, que assim convocava: “... é preciso esforçar-se continuamente para responder às condições de uma sociedade em constante mudança e aceitar novos desafios pelo bem estar de crianças e adolescentes”.
Mensagem da Gestora Nacional
Sandra Greco da Fonseca Gestora Nacional
Aldeias Infantis SOS Brasil
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IZAÇÃO
SER MÃE
O PROGRAMA COMO UM AMBIENTE ACOLHEDOR
LAR
FAMÍLIA
INFÂNCIA NA DIVERSDADE CULTURAL
IRMÃOS E IRMÃS: COMUNIDADE DE CRIANÇAS
EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PESSOAL
MOMENTOS DE UMA INFÂNCIA FELIZ
QUEM SOMOS
O QUE FAZEMOS
NOSSOS VALORES
NOSSA VISÃO
NOSSA MISSÃO
NOSSA MISSÃO ESTRATÉGICA
NOSSA POSTURA
Aldeias Infantis SOS
Aldeias Infantis SOS
Aldeias Infantis SOS
é uma Organização não-governamental internacional de promoção ao desenvolvimento social, tornando-se modelo de atendimento a crianças que não puderam ser mantidas na família de origem. Foi fundada pelo educador Hermann Gmeiner em 1949, na Áustria. Em 1967 chegou ao Brasil, onde está presente em 10 Estados e no Distrito Federal com 17 programas SOS.Estamos presentes em 132 países e territórios, trabalhando com 2.018 programas e 1.058.600 participantes, no qual a prioridade de atendimento são crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social, que perderam ou estão prestes a perder o cuidados de suas famílias.A Organização já conquistou grande representação: 92 cadeiras em Conselhos de Direito em todo o Brasil, além de um Assento Titular no Fórum DCA - Direito da Criança e Adolescente e no CONANDA - Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Com o conceito de , nossa Organização foi pioneira em definir um enfoque de trabalho com base na estrutura familiar para crianças que perderam o cuidado parental.Promovemos ações na defesa e garantia dos direitos de crianças, adolescentes e jovens, atuando como uma Organização de desenvolvimento social, não-governamental e independente. Respeitamos as diversas religiões e culturas, atuamos em diversos países e comunidades onde o nosso trabalho possa contribuir para o seu desenvolvimento.
O que nos mantêm fortes: Essas são as convicções e atitudes centrais sobre as quais se construiu nossa Organização. Elas constituem a pedra fundamental de nosso êxito. Esses valores duradouros norteiam nossas ações, decisões e relações à medida que nos esforçamos para cumprir a nossa missão.
· Audácia
· Compromisso
· Confiança
· Responsabilidade
O que queremos para as crianças do mundo: Cada criança pertence a uma família e cresce com amor, respeito e segurança.
O que fazemos: Apoiamos crianças e famílias, ajudamos a construir seu próprio futuro e participamos do desenvolvimento de suas comunidades.
Apoiar crianças, adolescentes e jovens que se encontram em vulnerabilidade, impulsionando seu desenvolvimento e autonomia em um ambiente familiar e comunitário protetor.
Declaração de Princípios: A centralidade do trabalho da Organização está no desenvolvimento da criança e do adolescente até que chegue a ser uma pessoa autônoma e bem integrada na sociedade. Um ambiente familiar protetor é o lugar ideal para o pleno desenvolvimento do potencial das crianças e adolescentes.Reconhecemos a importância do papel da criança e do adolescente no seu próprio desenvolvimento, assim como o de sua família, comunidade, Estado e outros prestadores de serviços e por isso, cooperamos com outros setores relevantes interessados em uma resposta mais adequada à situação daquelas crianças, adolescentes privados do cuidado parental e/ou que estão em risco de perdê-lo. Em nossos programas, definimos um plano de atuação que compreende medidas oportunas, tendo presente a situação individual da criança e adolescente e de seu interesse superior. Construímos, junto com outros atores envolvidos e a partir dos recursos e iniciativas existentes, fortalecendo as competências onde for necessário. Deste modo, com as intervenções apropriadas e usando adequadamente os recursos disponíveis, melhoramos na medida do possível, a situação de crianças e adolescentes do nosso Grupo Meta.
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O país detém aproximadamente 31 milhões de pessoas classificadas entre pobres e indigentes, sendo que a linha de
pobreza é classificada em uma renda familiar per capta de até R$ 140,00 por mês e a linha que define os indigentes é uma
renda familiar per capta de até R$ 70,00, conforme dados do CPS - Centro Político Social e da FGV – Fundação Getúlio
Vargas. Esta classificação foi estipulada pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
“Nosso desejo é que o número de crianças e famílias que precisam de nossa ajuda diminua.
Infelizmente, esse número continua alto. Portanto, devemos fazer tudo humanamente possível para
garantir o bem-estar dessas crianças. Não podemos permitir que elas sejam abandonadas, maltratadas
ou violadas, não frequentem a escola e tenham negada a chance de crescer em um ambiente saudável,
passando despercebidas pela sociedade. Esta é a missão da desde o começo, e
continuaremos com esse assegurando que todas as crianças sejam capazes
de ter a proteção de um lar amoroso”.
Aldeias Infantis SOS
compromisso no futuro,
Helmut KutinPresidente SOS Kinderdorf International
MAPA BRASILEIRO DA DESIGUALDADE CONFORME CPS E FGV
ONDE ESTÁ A DESIGUALDADE NO PAÍS
O Brasil apresentou resultados expressivos nos âmbitos econômicos e sociais. O ano de 2010 teve uma clara recuperação da economia. O PIB – Produto Interno Bruto teve um crescimento ao redor de 8% ao ano e vários outros indicadores conjunturais de desempenho favorável, como por exemplo, o emprego formal, que deve fechar o ano com crescimento em torno de 3%, ou seja, mais de 3 milhões de empregos criados e uma população economicamente ativa de 100 milhões de brasileiros.
Conforme dados preliminares do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em novembro de 2010, o Brasil estava com uma população estimada em 190.732.694 de habitantes. Esse número demonstra que o crescimento da população brasileira no período foi de 12,3%, inferior ao observado na década anterior (15,6% entre 1991 e 2000).
A política salarial, associada às políticas sociais do governo, avançou na redução da desigualdade no país. O Bolsa Família, o PRONAF - Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar, a interiorização da economia, a melhoria da educação, assim como outras políticas públicas, ajudaram a reduzir a extrema pobreza. Porém, segundo análise do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a renda do trabalho, com aumento do salário mínimo, teve peso consideravelmente maior nos índices de redução da desigualdade.
Ainda assim, dados do CPS - Centro Político Social e da FGV – Fundação Getúlio Vargas mostram que o país detém aproximadamente 31 milhões de pessoas classificadas entre pobres e indigentes, sendo que a linha de pobreza é classificada em uma renda familiar per capta de até R$140,00 por mês e a linha que define os indigentes é uma renda familiar per capta de até R$ 70,00. Esta classificação foi estipulada pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Outro ponto de destaque foi o aumento dos investimentos real i zados pelo BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento no saneamento básico, controle da poluição, desenvolvimento rural, saúde, educação e economia solidária. Até outubro deste ano, os gastos sociais chegaram a R$ 3,4 bilhões, superando em mais de R$ 200 milhões os desembolsos totais de 2009.
O PNUD - Programa das Nações Unidas para o D e s e nv o l v i m e n t o d i v u l g o u n o Re l a t ó r i o d e Desenvolvimento Humano 2010 que o Brasil ocupa o 73º lugar no ranking de 169 nações e territórios da nova versão do IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, que passou
por uma das maiores reformulações desde que foi criado, há 20 anos. O índice brasileiro de 0,699, situa o país entre os de alto desenvolvimento humano. Este índice é maior que a média mundial (0,624) e parecido com o do conjunto dos países da América Latina e Caribe (0,704).
Assim, o Brasil se consolida como uma das referências na cooperação entre os países em desenvolvimento, compartilhando experiências bem sucedidas na área social e obtendo mais força geopolítica e maior poder de negociação.
O cenário para os próximos anos é positivo. Conforme dados da CNI - Confederação Nacional da Indústria e IBOPE, o governo Lula terminou o segundo mandato com 80% de aprovação do governo e 87% de aprovação quanto à forma de administrar o país. A presidente eleita Dilma Rousseff defende como cenário de seu governo a erradicação da pobreza através da associação da política macroeconômica à política social. Ela pretende utilizar o cadastro do Bolsa Família como canal para incorporar um leque de oportunidades para os pobres e elevar os benefícios a outro patamar de renda, criando oportunidades de emprego, microcrédito e apoio à comercialização de produtos, através da educação formal, da educação profissional e da formação técnica. No âmbito da educação, Dilma Rousseff afirma ainda que ampliará as vagas no ensino médio e infantil e ajudará os municípios a ampliar ofertas de creches e pré-escolas.
Em seu discurso de posse, a presidenta assegura apoio às instituições públicas e privadas, colocando o crescimento do país associado a programas sociais para assim vencer a desigualdade de renda e o desenvolvimento regional.
Entretanto, o desafio é consideravelmente grande, já que o Brasil é um país de grandes dimensões e que, apesar dos esforços, ainda mantém um alto índice de pessoas em situação de miséria, como indicam os gráficos abaixo, elaborados pelo Centro de Políticas Sociais da FGV em novembro de 2010.
Outro ponto relevante no Brasil é a questão da juventude. As medidas padrões de desenvolvimento humano, como expectativa de vida, frequência escolar, renda, entre outras que tem evoluído para a população em geral, apresentam trajetórias diversas para os jovens.
O índice de morte por violência no Brasil (por mil habitantes) é de 40,86 entre jovens de 10 a 14 anos, 99,30 entre jovens de 15 a 19 e 27,75 entre jovens de 20 a 29 anos de idade (Neri, 2007, p.52).
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A UNICEF - Fundo das Nações Unidas para a Infância, junto com a Secretaria Especial de Direitos Humanos, o Observatório das Favelas e o Laboratório de Análise da Violência da UERJ - Universidade Estadual do Rio de Janeiro, mostram que o IHA - Índice de Homicídios na Adolescência aumentou significativamente nos últimos anos. O IHA estima o número de adolescentes, num grupo de mil, que será assassinado antes dos 19 anos. O IHA nacional em 2007 ficou em 2,67, considerando os 266 municípios com mais de cem mil habitantes. Valores acima de mil indicam “risco inaceitável de violência letal contra adolescente”.
A Organização se coloca diante deste cenário com um programa integrado para responder às necessidades de seu Grupo Meta, consciente da importância de suas ações para garantir os direitos da criança, do adolescente e do jovem. Essas necessidades variam nas diversas localidades e se transformam ao longo do tempo. Da mesma forma, a atuação da Organização tende a se adaptar e a se adequar aos diferentes momentos, nas múltiplas regiões onde atua, sempre seguindo conceitos e princípios estabelecidos e em parceria com o Estado e diferentes espaços da sociedade civil de forma ética, para propiciar o pleno desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens dentro de um ambiente familiar seguro, onde eles possam atuar como protagonistas desse desenvolvimento.
O Brasil desfruta de um bom momento econômico e de um governo que preza pelo desenvolvimento, pela igualdade e pela distribuição de renda. É um momento importante para a Organização consolidar parcerias e ampliar sua expertise junto a outras redes de proteção infantil e governo, num movimento conjunto de luta por um país justo, inclusivo e com acesso universal aos direitos básicos.
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PLANO ESTRATÉGICO INTERNACIONAL
UMA CRIANÇA
UM AMIGO
UM MOVIMENTO
A Organização trabalha com ciclos de planejamento de oito anos. Para a definição dos objetivos estratégicos e metas
internacionais, foram ouvidas 2 mil vozes em todo o mundo, entre elas mães-sociais / cuidadoras-residentes, crianças, jovens,
associações nacionais e governo. Com base nessa grande escuta, foram definidas as seguintes metas internacionais:
1 milhão de crianças que crescem em um ambiente familiar e protetor
Obter amigos e parceiros para financiar 1 milhão de crianças
Colaboradores fortalecidos e associações nacionais fortes para apoiar o crescimento
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PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL
Para 2011
Até 2016
Para 2011
Até 2016
Para 2011
UMA CRIANÇA
· 42.866 crianças, adolescentes e jovens se desenvolvem em um ambiente familiar e comunitário protetor
· 1.791 crianças em Famílias SOS e outras formas de Acolhimento· 10 mil crianças em suas famílias de origem que participam dos programas de Fortalecimento Familiar e Comunitário· 12% de flutuação anual de colaboradores que trabalham diretamente no âmbito do Acolhimento· 5% de aumento anual do custo criança/mês nas Famílias SOS e outras formas de Acolhimento Familiar· Nível 2* no trabalho de promoção e defesa· Nível 3*de qualidade no gerenciamento de informações relacionadas aos processos de desenvolvimento dos programas· Redimensionar 25% dos programas existentes para localidades onde teremos maior impacto, sem renúncia
orçamentária· Nível 3* de influência da Organização na elaboração e aplicação das políticas de proteção à infância· 30% de jovens do Grupo Meta (em processo de independência) com perfil empreendedor e autônomo
UM AMIGO
· Garantir subsídios e 93 mil Amigos SOS para o financiamento de 42.866 crianças, adolescentes e jovens
· US$ 450.000 ingressos netos de captação de recursos (R$ 810.000)· Nível 1* de implementação da estratégia de Captação de Recursos· 7.097 doadores regulares ativos especialmente valiosos· US$ 3.022.000 em subvenções governamentais locais (R$ 5.439.600)· R$ 1.250.000 em outras entradas locais (parcerias e arrecadações)· Apresentar um diagnóstico do patrimônio imobiliário para apoiar a administração dos recursos patrimoniais, com planos
de rentabilidade a curto, médio e longo prazo visando a racionalização de espaços e recursos· Consolidar um fundo nacional para novos projetos
UM MOVIMENTO
· Assegurar atores envolvidos e fortalecidos na promoção, defesa dos direitos das crianças, adolescentes, jovens e famílias
· 5% do total de salários investidos na formação e desenvolvimento dos colaboradores como resultado do ciclo de gestão de desempenho
· 60% dos colaboradores receberão orientação na estratégia One, Marca, Quem Somos e Direitos das Crianças seguindo um enfoque global
· 40% dos colaboradores, que a partir da avaliação de desempenho, acordaram um plano de formação e desenvolvimento· 2 eventos para o desenvolvimento do Conselho Diretor
MARCAObjetivo Estratégico Adicional para o ano de 2011
· Fortalecer a marca
Ações· Assegurar a implementação do Manual de Desenho em 100% dos programas· Continuar o processo de fortalecimento da marca, assegurando que 100% dos colaboradores recebam a formação· Promover ações de implementação da marca em 100% dos 9 pontos de contato· Implementar o Manual das Mensagens-Chave (Key Messages) em 100% dos programas· Revisar o Manual do Colaborador dentro da nova perspectiva da marca· Implementar o sistema de monitoramento dos projetos locais da marca nos pontos de contato
*Nível 1 a 4, sendo o nível 1 com o melhor desempenho
Até 2016
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ACOLHIMENTO
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É um serviço de proteção integral a crianças, adolescentes e
jovens que por motivo de risco como negligência,
discriminação, abuso e exploração tiveram seus vínculos
familiares fragilizados ou rompidos. Atualmente, cerca de
1.550 crianças, adolescentes e jovens estão acolhidos.
Como funciona:
As crianças são encaminhadas pelas autoridades da Infância
para o Núcleo Familiar onde a
Organização detém a guarda provisória e excepcional das
crianças, adolescentes e jovens a ela confiada.
Cada é composto por até nove crianças, de
diferentes idades, ambos os sexos, irmãos biológicos ou
não. No caso de irmãos biológicos, estes não são separados.
Os estão inseridos no meio comunitário,
onde crianças, adolescentes e jovens têm a oportunidade de
participar ativamente da realidade local.
Aldeias Infantis SOS,
Núcleo Familiar
Núcleos Familiares
Todo
ritmo e rotina, em cada um deles, há uma m
cuidadora-residente, que é responsável pelo cuidado,
desenvolvimento e projeto de vida de cada criança e jovem
a ela confiada, proporcionando segurança, amor e
estabilidade que cada uma necessita. Essa profissional,
capacitada em cuidados infantis, administra o lar com
autonomia, oferece orientação e respeita a origem familiar,
as raízes culturais e a religião de cada um. A profissão de
mãe-social é regulamentada e registrada pela Lei nº. 7.644,
de 18 de dezembro de 1987.
Em uma são garantidos seus
direitos básicos como: alimentação, educação, saúde, lazer
e o direito à convivência familiar e comunitária. Nesta
unidade as crianças crescem e aprendem juntas,
compartilham responsabilidades, trabalham conflitos e
limites da vida cotidiana na perspectiva de um
desenvolvimento integral.
Núcleo Familiar
ãe-social /
Unidade de Acolhimento
possui suas próprias características,
0 a 3 4 a 5 6 a 10 11 a 13 14 15 a 17 acima de 18
Amazonas Manaus 1997 126 6 4 38 34 10 31 3 3
Bahia Lauro de Freitas 1980 83 11 7 22 24 4 10 5 6
Brasília Distrito Federal 1972 113 10 5 24 26 8 26 14 4
Minas Gerais Juiz de Fora 1984 96 6 1 23 20 14 29 3 4
Paraíba João Pessoa 1987 100 2 4 40 37 3 12 2 4
Paraná
Pernambuco
Goioerê 1977 82 13 4 19 18 3 15 10 3
Igarassu 2007 118 10 13 53 32 5 5 ----- -----
Jacarepaguá 1980 52 2 2 15 10 4 13 6 4
Pedra Bonita 1995 74 4 4 26 19 1 14 6 1
Rio Grande do Norte Caicó 1979 129 18 8 44 32 12 11 4 4
Porto Alegre 1967 99 4 6 23 25 13 18 10 4
Santa Maria 1980 99 3 5 26 32 15 18 ----- 4
Campinas 2009 45 8 2 27 8 ----- ----- ----- -----
Poá 1968 112 3 6 30 40 8 20 5 1
Rio Bonito 1980 80 2 2 11 25 7 32 1 4
4São Bernanrdo do Campo 1970 62 1 2 10 15 3 23 8
São Paulo
Rio Grande do Sul
Rio de Janeiro
Residência Assistida -
Acima de 18 anosLocal Inauguração Total de Crianças, Jovens
e Adolescentes
Faixa Etária
ACOLHIMENTO
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FORTALECIMENTO FAMILIAR E COMUNITÁRIO
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É um trabalho que visa contribuir para a diminuição do
abandono infantil, facilitando os processos que propiciem o
desenvolvimento e a autonomia de famílias e comunidades
na promoção e proteção de crianças, adolescentes e jovens.
Os serviços são desenvolvidos em 14 Centros Sociais e 40
Centros Comunitários presentes em 10 estados brasileiros e
no Distrito Federal, com cerca de 8.300 crianças,
adolescentes e jovens participantes.
Todos os serviços se desenvolvem com a participação e
articulação da comunidade que o programa atua, tendo
como parceiros fundamentais as associações de moradores,
organizações governamentais e não-governamentais.
ALGUNS DOS SERVIÇOS PRESTADOS:
Apoio legal e orientação para o cuidado e a proteção de seus filhos
Atenção nutricional
Atenção psicopedagógica
Capacitação para a geração de emprego e renda
Educação inicial
Fortalecimento das lideranças e das potencialidades locais
Fortalecimento e integração da família
Orientação para a saúde da mulher
Proteção e cuidado diário à crianças e adolescentes enquanto seus pais trabalham
332 183 736
815
São Paulo
FORTALECIMENTO FAMILIAR E COMUNITÁRIO
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Lauro de Freitas
APOIO HUMANITÁRIOF
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20
HAITI
SÃO PAULO/SP
O começo de 2010 esteve marcado pelo devastador terremoto no Haiti. A SOS Kinderdorf International, há 20 anos implementa programas de emergência em todo o mundo. No caso do Haiti, o foco foi em oferecer cuidados para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, assim como na distribuição de alimentos e na oferta de serviços médicos quando necessários, para milhares de crianças e suas famílias através dos Centros Comunitários.
O programa de reconstrução foi planejado para ser desenvolvido no transcurso de 10 anos. No planejamento consta a reconstrução e construção de escolas, as transferências de conhecimentos e capacitações no setor da educação, os centros médicos locais, a ampliação dos serviços de Fortalecimento à famílias e comunidades, o abastecimento de recursos da comunidade e a mobilização a favor da proteção infantil e dos direitos de adolescentes e jovens, assim como serviços de Acolhimento para crianças sem o cuidado parental.
Quatro colaboradores da estiveram no local para ajudar no apoio estratégico e operacional do programa de Emergência. São eles: o Subgestor Nacional - Alberto Guimarães – Subgestor Nacional, Ruth Guimarães – Gestora, Carlos Silva – Coordernador e Roberta Botezine - Assistente Social.
A oficializou, em janeiro, uma ajuda de emergência para o município de São Luiz do Paraitinga. A cidade histórica do Vale do Paraíba, em São Paulo, foi uma das mais atingidas pelas chuvas nos primeiros dias do ano. O local foi completamente destruído, com milhares de pessoas desalojadas e desabrigadas.
Lideramos uma campanha de ajuda de emergência com apoio presencial às vítimas e arrecadação de doações de materiais de escritório e roupas. As organizações como Fundação Abrinq, Instituto Familiae, Cenpec e Unimed também participaram.
A equipe da auxiliou o poder público da cidade no trabalho diagnóstico de assistência social, por meio de visitas domiciliares à famílias atingidas, atendimento individual nos abrigos e aquisição de móveis. Ao todo, 212 famílias receberam o apoio direto da Organização.
Aldeias Infantis SOS Brasil
BrasilAldeias Infantis SOS
Aldeias Infantis SOS
ARAÇOIABA/PEEm meados de 2010, as chuvas que assolaram a região, muito além do esperado para o período, trouxeram para o pobre município de Araçoiaba, situado no litoral norte do estado de Pernambuco, mais dor e desespero para as famílias habitantes da parte baixa da cidade, com a perda do pouco que tinham. Muitas das casas, que já eram frágeis, se foram com as águas que lavaram a comunidade. Famílias inteiras sem um teto, criança sem ter para onde ir, foram momentos de grande dificuldade.
Com o Apoio Humanitário prestado pela
, além de outras ONGs, foi possível amenizar essa grande dor, trazendo esperança e alegria para dez famílias vitimadas, escolhidas através de visitas domiciliares nas áreas atingidas, onde as consequências das chuvas eram mais críticas. O projeto beneficiou famílias que tinham como principais critérios: possuir crianças e adolescentes, ser chefiadas por mulheres e possuir renda abaixo de um salário mínimo.
Em contrapartida, as famílias participaram do processo de reconstrução das casas em um mutirão, ajudando uns aos outros. Na ocasião, foi formada uma comissão com a responsabilidade de coordenar os serviços, solucionar possíveis dificuldades inerentes às reformas e acompanhar as obras. Essa comissão foi composta por três membros da família, uma Assistente Social da Secretaria de Trabalho Social e o Gestor do Programa , de Igarassu.
No início, foram encontros com intuito de manter elevada a auto-estima, discutir orçamentos, estabelecer estratégias e trabalhar algumas dificuldades de processo. Foram momentos muito ricos e com belas lições de solidariedade, já que o grupo contava com famílias e as suas mais variadas situações: chefiadas por mulheres com crianças pequenas; grávidas prestes a ganhar bebê e mãe em tratamento contra o câncer.
A primeira tarefa do comitê foi definir a sequência das casas a serem recuperadas, e não foi uma tarefa difícil, logo o grupo definiu que a prioridade seria para as famílias com maior necessidade de moradia.
Com a ajuda humanitária, a comunidade de Araçoiaba mostra força e solidariedade para superar, mais uma das diversas dificuldades que já passaram, cheios de esperança por dias melhores.
Com a conclusão dos serviços, queriam agradecer de alguma forma, e não foram poucas as demonstrações de gratidão.
Aldeias Infantis SOS
Aldeias Infantis SOS
APOIO HUMANITÁRIO
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Queremos assegurar que todas as crianças, adolescentes
e jovens sejam ‘’sujeitos de direitos’’ em todos os espaços
na sociedade.
Com o objetivo de promover os direitos da criança e do
adolescente, temos a participação em diversas redes,
campanhas e um intenso trabalho de apoio em políticas
públicas, junto a conselhos municipais, estaduais e
federal.
O Advocacy está embasado nos principais documentos de
garantia de direitos da criança e do adolescente,
fomentando e fiscalizando o cumprimento da Convenção
das Nações Unidas sobre os Direitos das Crianças, de
1989, e do que prevê a legislação brasileira no ECA -
Estatuto da Criança e do Adolescente, de julho de 1990 e
recentemente o PNCFC - Plano Nacional de Promoção,
Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à
Convivência Familiar e Comunitária.
Posicionamento Externo
O CONANDA - Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente realizou em 26 de novembro, a eleição de titulares e
suplentes para a representação civil no Conselho para o biênio
2011 - 2012.
Antes do início da votação, os representantes das organizações
apresentaram propostas de trabalho para a nova gestão do
CONANDA. A se comprometeu
com o fortalecimento da atuação dos Conselhos Setoriais para a
garantia dos direitos infanto-juvenis.
Trinta e oito instituições participaram do processo eleitoral.T rinta
e duas delas concorreram às 14 vagas de titulares e 14 de
suplentes. A foi reeleita com 24
votos. Os conselheiros tomaram posse no dia 15 de dezembro.
Temos o Secretariado Nacional do Fórum DCA - Defesa da
Criança e do Adolescente.
Aldeias Infantis SOS Brasil
Aldeias Infantis SOS Brasil
ADVOCACY
2010
JNacional
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“Cada criança é uma fonte de felicidade. O aspecto básico de nossa Marca é o entusiasmo pelas crianças que
são a fonte de energia e identificação com todos que entram em contato conosco. O significado da marca nos
ajuda a descobrir o sentido da vida. O processo começa com nossos próprios colaboradores e se estende a
todos os amigos, doadores e parceiros. A marca define nosso marco estratégico de ação; descreve a forma
como nós percebemos os nossos princípios de ação. Um aspecto simbólico da marca é o vínculo que nos
mantêm unidos em mais de 130 países e territórios e serve de diretriz para nossas ações. Este vínculo nos une,
nos orienta e estabelece um perfil único para nossas ações futuras. Assumamos este desafio, sejamos fortes e
mediante nosso exemplo individual, motivemos cada vez mais pessoas para fazerem parte deste desafio”.
Helmut Kutin – Presidente SOS Kinderdorf International
PALAVRAS-CHAVE
GOVERNANÇA, POTENCIALIDADE E IMPACTO
AS
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‘’Para que uma rede global de bem-estar social como a permaneça atuante e mantenha seu dinamismo, é preciso esforçar-se continuamente para responder às condições de uma sociedade em constante mudança e
aceitar novos desafios pelo bem-estar de crianças e adolescentes. Mediante este processo contínuo de adaptação das diferentes realidades sociais do mundo, o trabalho da conduzirá os desenvolvimentos específicos
nas instalações e serviços oferecidos”.Hermann Gmeiner
Aldeias Infantis SOS
Aldeias Infantis SOS
PALAVRAS-CHAVERENOVAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E ADEQUAÇÃO
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS - DP
VISÃO GERAL DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Locais de atendimento
• AM: Manaus e Rio Preto da Eva• BA: Lauro de Freitas• DF: Brasília• MG: Juiz de Fora• PB: João Pessoa• PE: Recife, Igarassu e Araçoiaba• PR: Goioerê• RJ: Rio de Janeiro e Jacarepaguá • RN: Caicó e Natal• RS: Porto Alegre e Santa Maria• SP: São Paulo, Poá, Campinas e São Bernardo do Campo
CRIANÇAS/ADOLESCENTES EM
NÚCLEOS SOS
CRIANÇAS/ADOLESCENTES NA FAMÍLIA DE
ORIGEM
24
A ÁREANeste ano foi constituída a nova equipe da área de
Desenvolvimento de Programas - DP por uma equipe
multidisciplinar, para responder aos novos desafios de
crescimento e qualificação de todos os processos e
estratégias dos programas em âmbito nacional. Hoje, a área
atua nas seguintes frentes:
· Novos Projetos – responder e acompanhar diretamente as
experiências-piloto e também a implementação de novos
programas.
· Monitoramento, Pesquisa e Avaliação – responder às
demandas relacionadas aos sistemas e ferramentas de
monitoramento, compilação de dados e análise dos mesmos,
além de propiciar pesquisas que forneçam cenários de
decisão e desenvolvimento da Organização, bem como
difundir a cultura de avaliação em todos os programas.
· Advocacy: Promoção e defesa de direitos – como a
Associação Nacional tem a representatividade em mais de 92
conselhos e fóruns de direitos da criança e adolescentes, um
plano nacional de Advocacy, com o foco central no direito à
convivência Familiar e Comunitária de crianças e
adolescentes que perderam ou estão em risco de perder o
cuidado parental, se faz necessário. A grande meta é alcançar
o reconhecimento por esta causa em todo o território
nacional.
De acordo com o ideário do fundador Hermann Gmeiner “o melhor lugar para uma criança crescer com amor e segurança é
a família”. A Organização estabelece suas ações com foco em crianças, adolescentes e
jovens na garantia, promoção e defesa integral de seus direitos, com a perspectiva de fortalecer a convivência familiar e
comunitária por meio de seus programas com três intervenções:
I. Serviços diretos básicos: São oferecidos para atender às necessidades básicas da criança e do adolescente,
assegurando que sua sobrevivência, desenvolvimento e direitos sejam respeitados.
II. Desenvolvimento de competências: Destinado às pessoas que cuidam de crianças e adolescentes, às famílias,
comunidades, defensores do cumprimento do direito e prestadores de serviços com objetivo de ajudá-los a ampliar
conhecimentos, desenvolver habilidades, atitudes, estruturas e sistemas necessários para protegê-los.
III. Ações de promoção e defesa: Promovem mudanças nas políticas e práticas que violam os direitos de crianças e
adolescentes.
Aldeias Infantis SOS Brasil
ALINHAMENTO DOS PROGRAMAS ALDEIAS
INFANTISNeste ano, diversos encontros foram realizados para a
disseminação dos novos marcos organizacionais. A Unidade
de Desenvolvimento Humano - UDH e Desenvolvimento de
Programas - DP implementaram, além do encontro de
gestores, um plano de formação junto a todos os
colaboradores do eixo gerencial e de apoio à gestão a partir
das novas estratégias e processos organizacionais.
A Área de Desenvolvimento de Programas produziu e
sistematizou materiais que orientarão o trabalho no período
de dois anos, em que se iniciará o processo de
reordenamento dos programas a partir dos alineamentos do
PAISOS - programa Para iniciar, já
temos a definição dos Projetos Pilotos de Igarassu e Recife
para a implementação dos processos referente ao PAISOS.
Aldeias Infantis SOS.
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS
GRUPO META· Crianças e adolescentes privados do cuidado parental,
quando já não estão vivendo em seu ambiente familiar por
diferentes razões e circunstâncias.
· Crianças e adolescentes que estão em risco de perder o
cuidado parental, porque o/a responsável não dispõe dos
recursos necessários ou não assume adequadamente o
compromisso de cuidar da criança ou adolescente sob seus
cuidados.
O QUE ESPERAMOS· Fortalecer as famílias para proporcionar atenção e cuidados
às crianças e adolescentes, prevenindo assim a sua
separação das famílias de origem.
· Oportunizar proteção específica para crianças e
ado lescentes que se encont ram tempora l ou
permanentemente privados da convivência familiar.
· Atender às necessidades de desenvolvimento da criança e
do adolescente.
· Alcançar melhores resultados em nosso trabalho através de
intervenções relevantes, flexíveis e qualitativas.
· Otimizar nosso trabalho fazendo o melhor uso dos recursos
disponíveis.
· Impactar na situação das crianças e adolescentes do nosso
Grupo Meta.
25
2006 200
2007 289
2008 431
2009 354
2010 596
QUANTIDADE TOTAL DE NOVOS
ACOLHIMENTOS
FAIXA ETÁRIAACOLHIMENTO E
RESIDÊNCIA ASSISTIDA
0 a 3 anos 103
4 a 5 anos 75
6 a 10 anos 431
11 a 13 anos 397
14 anos 110
15 a 17 anos 277
acima de 18 anos 123
TOTAL DE CRIANÇAS,
ADOLESCENTES E JOVENS 1.516
FAIXA ETÁRIA FORTALECIMENTO FAMILIAR E COMUNITÁRIO
0 a 3 anos 1.043
4 a 6 anos 2.325
7 a 14 anos 4.598
acima de 14 anos 324
Mulheres 3.901
Homens 1.512
Famílias 5.970
TOTAL DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES8.290
DADOS GERAIS DOS PROGRAMAS
ENSINO MÉDIO 115
ENSINO TÉCNICO 10
ESCOLA ESPECIAL 16
ENSINO SUPERIOR 13
ESCOLARIDADE
JOVENS DO ACOLHIMENTO EM DEZEMBRO DE 2010
ENCERRAMOS 2010 COM
117 CASAS-LARES
INSERIDAS NOS
CONDOMÍNIOS SOS E 25
CASAS INSERIDAS NA
COMUNIDADE
COMUNIDADES
JUVENIS
RESIDÊNCIA
ASSISTIDA
CENTROS
SOCIAIS
CENTROS
COMUNITÁRIOSTOTAL
126 32 2624 931 5251
73 91 3972 2371 8048
11 108 4674 3586 9996
11 100 3837 4169 9635
0 46 3419 4871 9806
PARTICIPANTES ALDEIAS
2006 1538
2007 1541
2008 1617
2009 1518
2010 1470
REINTEGRADAS
2007 263
2008 420
2009 532
2010 556
DADOS DO
ACOLHIMENTOREINTEGRADAS
COM APOIO SOSADOTADAS
120 23
235 68
319 31
346 39
QUANTIDADE TOTAL DE CRIANÇAS
Os participantes dos programas são de 232 comunidades. Dados de 31 de dezembro
Resumo Geral Do total de 1.516 crianças, adolescentes e jovens: 346 estão reintegradas as suas famílias de origem, com apoio técnico e financeiro da Organização.
26
“Apoiamos e contribuímos para que as estratégias de negócios e todos os processos críticos sejam realizados com eficácia e confiança, com sistemas seguros de ICT. Ajudamos a Organização a utilizar o poder das tecnologias da informação e
comunicação para alcançar a eficiência operacional e uma posição competitiva”ICT – Escritório Internacional
PALAVRAS-CHAVEESTRATÉGIA, AGILIDADE E EFICIÊNCIA
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - ICT
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VIDEOCONFERÊNCIA
Como parte da estratégia de inovação de ICT, iniciamos em
julho de 2010 o projeto de videoconferência, utilizando
equipamentos de alta qualidade que permitem ótimas
definições com a utilização de links de baixo custo,
encerramos o ano de 2010 com oito pontos de
videoconferência, cobrindo toda a região sul/sudeste e parte
da região norte/nordeste.
Essa nova forma de plataforma de comunicação vai permitir
que as formações de colaboradores ocorram com mais
frequência e com custos reduzidos, além de desenvolver a
vizinhança entre os programas e suas equipes, através de
reuniões gerenciais e troca de experiências.
“No mundo contemporâneo é impossível pensar no futuro
sem considerar os avanços da tecnologia como meios
facilitadores de comunicação, e porque não dizer de inclusão,
em todos os seus âmbitos: social, cultural e novos
conhecimentos. A construção de conhecimentos e novas
linguagens são as áreas em que prioritariamente vamos
atuar, utilizando recursos tecnológicos em especial, a
educação a distância. Esse processo viabilizará a formação
não presencial de inúmeros colaboradores, reduzindo custos
e otimizando as atividades pedagógicas. A busca constante
da qualidade de nossos serviços e a ousadia na superação de
desafios se materializa na incorporação dessa metodologia
inovadora.” afirma Sandra Greco, Gestora Nacional.
As atuais necessidades da Organização, diante dos desafios apresentados pela rápida mudança de cenários, demandam
cada vez mais sistemas de informação que possam fornecer insumos para tomada de decisões com rapidez e segurança.
Além disso, devido às dimensões continentais de nosso país, se faz necessária a implementação de uma plataforma de
comunicação e colaboração que sirva de base estratégica para o compartilhamento do conhecimento e para a integração
organizacional.
A visão e a abordagem utilizadas atualmente em relação às políticas e estratégias da Tecnologia da Informação e
Comunicação têm papel fundamental em seu desenvolvimento e integração com as demandas organizacionais.
· Adequação de 50% da infraestrutura de rede dos programas
· T roca de 30% do parque de computadores nos programas
· Implementação de telefonia Voz sobre IP em 50% dos programas + Escritório Nacional
· Início do projeto de interconexão de Voz sobre IP LAAM (América Latina)
· Implementação de 8 pontos de Videoconferência
· Doação de licenças da Microsoft para 100% das unidades
· Parceria com CISCO Brasil para projetos de ICT4D - Information and Communication T echnologies for Development
INFRAESTRUTURA
NOVA PLATAFORMA DE T ELEFONIA
Como parte da estratégia de infraestrutura, 30% do parque de
computadores foi substituído nos programas por
computadores de alta qualidade, com três anos de garantia
on-site, garantindo durabilidade e disponibilidade de uso
para que os colaboradores possam desenvolver suas
atividades com qualidade durante toda a vida útil dos
equipamentos.
Essa medida garantirá a redução dos custos de manutenção
local, além de potencializar a eficiência operacional e
otimização dos recursos humanos com a redução das
paralisações por incidentes nos equipamentos.
Foi implementada em março de 2010, a nova plataforma de
telefonia, que proporciona uma comunicação de melhor
qualidade entre o Escritório Nacional e os programas, além
de permitir a integração com países vizinhos na América
Latina. Essa iniciativa estimula a comunicação entre os
programas, permitindo a aproximação e trabalho em
vizinhança.
Toda a comunicação utiliza equipamentos e tecnologia de
ponta, utilizando as conexões de internet existentes para
trafegar voz - VOIP, eliminando assim os custos de
comunicação entre os pontos instalados.
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
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“O grande desafio para o ser humano é combinar trabalho com cuidado. Eles não se opõem, mas se compõem. Limitam-se mutuamente, e ao mesmo tempo se complementam. Juntos constituem a integralidade da experiência humana, que
transcende o ser humano para uma condição maior.“Leonardo Boff
PALAVRAS-CHAVEOUVIR, CONHECER E DESENVOLVER
DESENVOLVIMENTO HUMANO E ORGANIZACIONAL - HR/OD
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CENTRO COMUNITÁRIO
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Na área de desenvolvimento, a Organização
atua em consonância com os
princípios éticos e de valores, como responsabilidade,
compromisso, confiança e coragem, de acordo com o
marco legal vigente. Enfatizando as políticas afirmativas e
de inclusão, com um modelo avançado para o
gerenciamento de pessoas, o Sistema Integral de Gestão
de Desempenho, Desenvolvimento e Resultados integra a
estratégia organizacional , desenvolvendo as
competências com foco em resultados.
Para atingir os resultados organizacionais, as técnicas de
coaching, l iderança e gestão de pessoas, o
desenvolvimento de competências como visão
estratégica, visão sistêmica, foco em resultados, gestão
de recursos, assumir riscos, a tomada de decisão, a
construção de alianças e redes são de extrema
importância.
Os processos desenvolvidos no ano de 2010 tiveram
como foco a continuidade das prioridades da área, que
são a identificação e retenção de talentos, assim como a
continuidade da formação e capacitação.
Aldeias
Infantis SOS Brasil
· Incubadora de Talentos – Foi criada com o objetivo
de prospectar, reter e formar colaboradores.
· Desenvolvimento Gerencial - Com o apoio da
Consultoria Pyxis Desenvolvimento Humano,
promovemos capacitação do eixo gerencial em técnicas
de liderança, coaching e feedback.
· Educação a Distância – Com o apoio da área de
Tecnologia da Informação e Comunicação, implantamos
sete pontos em diferentes regiões e um no Escritório
Nacional, o que possibilitará agilidade na comunicação e
racionalização de recursos nos processos de formação.
· Parcerias - Buscando eficiência e o protagonismo nas
ações de desenvolvimento e formação permanente dos
colaboradores, estabelecemos parcerias com
consul tor ias , empresas , uni ver s idades para
desenvolvimento dos colaboradores. Esta alternativa nos
fez refletir em temas candentes como identificação e
retenção de talentos, a capacitação e qualificação dos
colaboradores, fazendo frente às necessidades de
ampliação com qualidade.
DESENVOLVIMENTO HUMANO E ORGANIZACIONAL
ACOLHIMENTO COMUNIDADE JUVENIL CENTRO SOCIAL
2006 324 12 117
2007 315 4 123
2008 323 1 153
2009 329 0 159
2010 316 0 191
COLABORADORES
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“Administrar é usar recursos escassos e torná-los suficientes para atingir um objetivo”.
Eliane de Oliveira
PALAVRAS-CHAVE
OPERACIONALIZAÇÃO, EFICIÊNCIA E CONTROLE
OPERAÇÕES - OP
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Cada vez se torna mais imprescindível possuir controles e ferramentas que assegurem o correto uso dos recursos
financeiros, sejam nacionais ou internacionais, para a transparência e credibilidade na prestação de contas a doadores,
assim como à manutenção de convênios e parcerias necessárias para a sustentabilidade de nossa atuação.
Em 2008, já com foco nas metas internacionais, definiu-se a área de Operações, que engloba toda a parte
financeira/contábil, construções, padrinhos internacionais e administração de pessoal.
OBRAS - Projetos concluídos em 2010
· Reforma das casas-lares do Programa Aldeias Infantis SOS Brasil - Manaus/AM
· Reforma e ampliação do Centro Social de Igarassu / PE
Aldeias Infantis SOS Brasil
A reforma teve início em 2009, com substituição dos telhados, adequações nas instalações elétricas e hidráulicas. Também foi
reformada uma parte da administração.
Os espaços destinados as atividades deste Centro Social e a administração do programa Igarassu
foram reformados para recuperar suas instalações de água, esgoto e energia elétrica; a cobertura metálica; a construção do
sistema de drenagem de águas pluviais; a adequação dos espaços internos e a construção de um refeitório.
A área do edifício destinada à administração foi toda reconstruída e as outras áreas passaram por reformas. As salas, os vestiários,
a cozinha e o refeitório receberam revestimentos cerâmicos, pintura, janelas de alumínio, portas internas de madeira e externas
de alumínio.
PADRINHOS INTERNACIONAIS
OPERAÇÕES
PARTICIPANTES ORÇAMENTO TOTAL (US$) SUBSÍDIOS INTERNACIONAIS (US$)
2005 4872 14.298.371 11.438.696
2006 5251 14.712.630 11.770.105
2007 8048 13.329.945 10.663.956
2008 9996 14.021.268 11.217.015
2009 9635 12.627.035 8.831.627
2010 9806 14.064.974 11.558.619
OPERAÇÕES
DE PROGRAMAS DE CRIANÇAS
2005 848 5953
2006 866 6575
2007 866 6747
2008 1108 6625
2009 1123 6327
2010 1137 5090
PADRINHOS INTERNACIONAIS
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“Muitas crianças precisam de muitos Amigos SOS. É fácil fazer o bem, se muitas pessoas colaboram.”
Hermann Gmeiner
PALAVRAS-CHAVE
MOBILIZAÇÃO, COMUNICAÇÃO E EXPANSÃO
MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS E COMUNICAÇÃO - FDC
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De acordo com o novo Plano Estratégico Internacional, em vigor no período de 2009-2016, foram estabelecidas mudanças
na área de Mobilização de Recursos e Comunicação para os próximos anos. Para essa área, o ano de 2010 foi marcado por
grandes oportunidades e pela estruturação da equipe.
A nova estrutura tem o objetivo de mobilizar pessoas e recursos em prol das necessidades da infância, por isso, se torna
muito mais funcional, possibilitando que o talento da equipe seja explorado da melhor maneira possível.
As ações objetivaram ampliar a base de doadores individuais mensais e estabelecer novas parcerias que garantiram os
resultados financeiros.
MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS E COMUNICAÇÃO
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· Produção pro bono de campanha de mala-direta.
· Desenvolvimento de projetos de ICT4D - Information and Communication Technologies for Development
com foco na formação de jovens para o mercado de trabalho de ICT - Tecnologia da Informação e
Comunicação, com a possibilidade de utilização do trabalho voluntário de colaboradores da Cisco para
apoio nas atividades.
· Em 2011 teremos duas unidades como piloto, visando à empregabilidade e a ampliação da renda dos
jovens, buscando parceiros e oportunidades a fim de acelerar o processo de contratação. Essa iniciativa
inaugura uma nova maneira de atuação organizacional, utilizando a tecnologia diretamente para gerar
impacto socioeconômico no Grupo Meta.
· Produção pro bono de anúncios e materiais para campanhas de recrutamento de novos Amigos SOS.
· Apoio na conquista de espaços gratuitos para veiculação.
· Assessoria e relacionamento com a imprensa.
· Diagramação da Revista do Amigo.
· Organização do Prêmio Hermann Gmeiner de Responsabilidade Social.
· Produção gratuita de vídeo.
· Produção de layouts e diagramações diversas.
· Assessoria e relacionamento com a imprensa.
· Doação do Software - Obtivemos em agosto de 2010 uma doação de mais de 500 licenças de software
Microsoft, totalizando em valores de mercado, cerca de R$ 500.000,00. Com essas licenças, vamos
garantir em 2011 que 100% dos computadores da Organização tenham softwares oficiais e atualizados por
até dois anos. Disponibilizamos assim, os melhores softwares e ferramentas aos usuários, que aliados ao
fornecimento de novos equipamentos e formação em ICT - Tecnologia da Informação e Comunicação,
devem proporcionar as condições necessárias para que os colaboradores possam desenvolver suas
atividades com qualidade e alto desempenho.
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·
gerencial em técnicas de liderança, coaching e feedback.
Com o apoio da Consultoria Pyxis Desenvolvimento Humano, promovemos capacitação do eixo
AÇÕES DE RELACIONAMENTO CORPORATIVO
·
Organização. A empresa enviou aos clientes e parceiros, cartões eletrônicos de Boas Festas das
.
O valor que seria gasto com cartões de Natal para clientes e parceiros foi revertido em doações para a
Aldeias
Infantis SOS
· Doação de kits escolares por parte dos funcionários.
·
concurso foi revertida para a Organização. O clube de negócios também cedeu gratuitamente seu espaço
para a realização do 1° Prêmio Hermann Gmeiner de Responsabilidade Social.
Realização de Prêmio Transatlântico de Fotografia, em que a renda da venda das melhores fotografias do
· O site destina parte da renda de suas assinaturas do Programa de Reeducação Alimentar.
· Doação em dinheiro para manutenção dos nossos programas.
· Campanha de doação de livros.
· Campanha de doação de agasalhos e material escolar por parte dos funcionários.
· Doação de alimentos.
· Parceria institucional por meio de apresentação da Organização aos parceiros.
· Doação de alimentos e livros pela GE Volunteers - programa de voluntariado da empresa.
· Doação de materiais escolares para crianças e jovens do Acolhimento de Rio Bonito, Brasília, Porto
Alegre e Jacarepaguá.
· Doação de brinquedos novos, distribuídos entre todas as unidades.
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· Voluntariado em POÁ/SP pelos trainees da empresa.
· Campanha de doação de brinquedos.
· Patrocínio de projeto no Centro Comunitário de Rio.
· Ação de internet convidando os clientes da empresa a se tornarem Amigos SOS.
· Ação de voluntariado com funcionários no Rio de Janeiro.
· Doação em dinheiro pela Mattel Foundation, destinados ao Fortalecimento Familiar e Comunitário de
Natal/RN.
· Campanha para captar doações de pessoas físicas no site de descontos.
· Campanha com doação de kits escolares junto a funcionários.
· Campanha de arrecadação de livros junto a funcionários.
· Doação de brinquedos.
Apoio financeiro.·
STORE
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AÇÕES DE COMUNICAÇÃO
AÇÕES DE NEW MÍDIA
· Envio de encartes junto as faturas de cartões de crédito de clientes do Banco do Brasil.
· Envio de mala-direta para recrutamento de novos Amigos SOS e para reativação de antigos Amigos SOS.
· No final do segundo semestre, comemoramos a implantação do novo sistema para relacionamento com Amigos
SOS (MF Plus). As ferramentas ERP e CRM permitem relatórios mais dinâmicos e precisos sobre os resultados das
campanhas desenvolvidas, novas metodologias para extração e segmentação de público, além do
compartilhamento de dados e informações de forma padronizada com outras Associações Nacionais da
Organização.
· Envio de releases à imprensa, que proporcionaram grande exposição da Organização em matérias de rádio,
jornal, revista, TV e internet.
· Destaque para publicação de matérias em veículos de grande circulação, como no jornal Valor Econômico e na
Revista Caras.
· Conquista de espaços gratuitos em veículos segmentados e de grande circulação, como nos jornais Valor
Econômico e no Destak.
· Atualização do banco de fotos profissionais, com o apoio de fotógrafos voluntários.
· Publicação de duas edições da Revista do Amigo.
· Reestruturação completa do site, proporcionando maior facilidade na navegação, além de ser encontrado mais
facilmente por sites de pesquisa, como o Google, por exemplo.
· Foi realizada a primeira campanha de recrutamento de Amigos SOS pela internet, por meio de banners em grandes
portais, como MSN, UOL,Y ahoo, IG eT erra.
· Veiculação gratuita de links patrocinados no Google.
AÇÕES DE RELACIONAMENTO COM AMIGOS SOS
GIFE
Desde o dia 9 de setembro, a Organização foi incluída no quadro de associados do
GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas. O GIFE é uma associação sem fins lucrativos que reúne
organizações de origem empresarial, familiar, independente e comunitária, que investem em projetos sociais,
culturais e ambientais.
Aldeias Infantis SOS Brasil
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Durante este ano, diversos municípios procuraram a expertise da Organização para a implementação do PAISOS - Programa
. Este oportuno cenário foi gerado pelas novas políticas governamentais que definem metas de
alinhamento e reordenamento em todos os serviços de Acolhimento prestados à sociedade. O modelo de atendimento, com base
no cuidado familiar, oferecido pela , se configurou em possibilidade favorável para esse reordenamento de
serviços, novas frentes e a ampliação da atuação em outros municípios (Aracaju/CE, Embu das Artes e Ubatuba/ SP, Londrina/ PR,
Araçoiaba e Carpina/ PE).
A perspectiva atual é crescer em outros estados, principalmente na região norte e nordeste, de acordo com dados de
vulnerabilidade, buscando financiamentos locais, em especial com o governo.
Campinas, uma cidade do Estado de São Paulo, firmou há dois anos, uma parceria de 80% de custeio do serviço de Acolhimento e
em 2010 estabeleceu também uma parceria no trabalho junto as comunidades e famílias em alta vulnerabilidade do Município.
Os gestores, ao longo deste ano, buscaram diversos tipos de financiamentos e convênios governamentais e particulares, para
desenvolver seus projetos de caráter qualitativo, buscando a auto-sustentabilidade.
Hoje 80% dos programas SOS têm algum tipo de convênio e parceria com o Governo ou empresa com fundo de incentivo ao
trabalho social. Esta atitude de buscar a sustentabilidade local tem sido a prioridade e estratégia de todos os programas.
Segue abaixo alguns exemplos:
Aldeias Infantis SOS
Aldeias Infantis SOS
SUSTENTABILIDADE
·
a auditoria financeira da Associação Nacional.
Pelo quinto ano consecutivo, a empresa Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, executou
·
projetos.
Doação da Fundação Konrad Wessel no valor de R$130.000,00, utilizado para manutenção dos
·
Poá/SP.
Doação da Fundação Prada de R$ 83.000,00 para a reforma do Centro Comunitário Madre Angela em
·
Fundação Avon. Ofertamos essa oportunidade às mães das crianças atendidas pelo programa. Hoje o
projeto é referência na região, como proposta social empreendedora, com resultados expressivos.
Em Recife - Iniciamos um projeto de geração de renda para mulheres, com patrocínio integral da
·
voltado para crianças, famílias e lideranças comunitárias do Município de Rio Preto da Eva, marcado
por situações de violação de direitos. Hoje, com um espaço cedido pelo Município e reformado pela
Organização, este projeto atende diariamente crianças, oferecendo serviços de incentivo à cultura
local, educação, promoção e defesa de direitos.
· No Rio Grande do Norte - O programa de Caicó também firmou um convênio com a Petrobras para o
financiamento da Orquestra Filarmônica Infantil e Juvenil, para a comunidade local. A Petrobrás também
aprovou um Projeto de fortalecimento de famílias dos programas de João Pessoa / PB.
Em Manaus - O programa firmou parceria com a Petrobras, para o financiamento de um projeto
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No dia 10 de novembro, em São Paulo, foi realizada a primeira edição do Prêmio Hermann Gmeiner
de Responsabilidade Social, que prestou homenagem a 24 empresas parceiras do Brasil e contou
com a presença de aproximadamente 150 convidados .
A Vice-Prefeita de São Paulo e Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social do Município,
Alda Marco Antônio, abriram o evento, enaltecendo o trabalho realizado pela Organização.
A entrega dos troféus ficou a cargo de cinco participantes do programa de Poá: Amanda, Gabriele,
Laura, Lucas e Lucas Gabriel.
Os apoiadores dos programas foram divididos em cinco categorias:
AÇÕES COM CLIENTES - Foram reconhecidas as empresas parceiras que abriram seus canais de
relacionamento com o objetivo de engajar seus clientes em prol do trabalho da
SWISS (Arturo Kelmer – Diretor de Marketing), CYBERDIET (Alexandre Canatella – CEO),
BANCO DO BRASIL (Bel Gribel – Diretora de Cartões), CAIXA ECONÔMICA (Fernando Passos –
GerenteGeral SP) e KALUNGA (Paulo Garcia – CEO).
Aldeias Infantis
SOS:
AÇÕES COM FUNCIONÁRIOS - O envolvimento voluntário dos colaboradores com o trabalho da
, tornou ainda mais legítimo o apoio das empresas homenageadas:
SUPPORT MEDICAL NUTRITION/DANONE (Eduardo Trabulsi – Diretor de RH LATAM) e MELITTA
(Bernardo Wolfson – CEO).
Aldeias Infantis SOS
DOAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS - As empresas homenageadas na categoria foram: PYXIS
(Ivan Petrini – Diretor), GLOBAL CROSSING (Paula Vivo – Comunicação LATAM), TECHSOUP (José
Avando – Presidente), HASBRO (Silvana Souza – Head de RH), MICROSOFT (Alexandre Esper –
Diretor Jurídico), DELOITTE BRASPRESS (Flávio Silva – Sócio), ADM (Andréia Baptista –
Responsável por Responsabilidade Social) e BRASPRESS (Tayguara Helou – Diretor).
APOIO INSTITUTIONAL – Essa categoria faz um agradecimento às empresas e organizações que
colaboram com o desenvolvimento institucional da . Os homenageados
foram: VISA , LVBA Comunicação e Publicidade, GERMAN CHAMBER e ESTAÇÃO BRASIL
Advertising.
Aldeias Infantis SOS
Além de cada uma das categorias, a Organização fez uma menção especial a algumas empresas com as quais está iniciando parcerias
promissoras: FNAC, G.E., Rimowa e ClubTransatlântico.
O evento foi realizado com o apoio de diversos parceiros. Essa iniciativa foi uma excelente oportunidade para agradecer a participação de alguns
dos responsáveis por conseguirmos cumprir nosso objetivo: garantir que cada criança cresça em uma família com amor, respeito e segurança.
APOIO A PROJETOS - Reconheceu as empresas que investiram recursos financeiros para o
desenvolvimento ou ampliação de projetos da Organização: CISCO (Ligia Oliveira – Gerente da
Cisco Academy), HSBC INSTITUTE (Eliziane Gorniak – Gerente de Responsabilidade Corporativa),
DUFRY (Alvaro Neto – Gerente Geral SP) e AVON (Débora Regina – Gerente de Vendas).
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raI PRÊMIO HERMANN GMEINER DE RESPONSABILIDADE SOCIAL
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Feliz por voltar ao programa de Manaus, 15 anos após a
inauguração, Helmut Kutin participou de uma programação
de três dias nos programas de Manaus e Rio Preto da Eva, no
Estado do Amazonas. O ponto alto foi a homenagem
realizada para a mãe-social, Waldenice, do Espírito Santo, no
teatro Hermann Gmeiner, com mais de 100 convidados,
crianças e colaboradores que prestigiaram o evento. Além da
entrega do anel para a mãe-social, o Sr. Kutin assistiu as
apresentações culturais típicas da região realizadas por
crianças e jovens. Em seu discurso, o presidente inspirou
crianças, mães-sociais e colaboradores para que busquem
um futuro digno e feliz. Wal, como é carinhosamente
chamada, é mãe-social há 14 anos, tempo em que foi
responsável pelo desenvolvimento de 20 crianças. Ela ficou
radiante por compartilhar esse momento tão especial com as
crianças, adolescentes e familiares.
Ainda durante a visita a Manaus, Helmut Kutin foi
homenageado pela Câmara Municipal de Vereadores, pela
sua trajetória e pelo brilhante trabalho realizado na cidade ao
longo de 15 anos.
No dia 08 de abril, em São Paulo, o presidente visitou o
programa de Rio Bonito. A seguir, houve uma cerimônia
solene: 11 mães-sociais foram homenageadas pelos anos de
trabalho recebendo o anel da Organização das mãos do
Presidente Mundial. O evento, que contou com a presença de
autoridades, colaboradores e crianças, também
homenageou o ex-presidente da Organização
, Dr. Maurice van Den Berch van
Heemstede, pela sua dedicação e pelas conquistas de sua
gestão. Em seu discurso, Helmut Kutin expressou sua
satisfação com a oportunidade de se aproximar dos
programas do Brasil, e relatou o emocionante encontro que
teve com um jovem que cresceu no programa de Manaus e
hoje tem uma família estruturada.
Aldeias
Infantis SOS Brasil
VISITAS
PRESIDENTE MUNDIAL VISITA ALDEIAS Aldeias Infantis SOS BrasilHelmut Kutin visita e comemora a páscoa com as crianças do programa de Pedra Bonita
O presidente mundial da Organização , Helmut Kutin, chegou ao Brasil em 3 de abril de 2010, juntamente
com Heinrich Müller, Diretor Continental, para visitar alguns dos programas SOS do país. A visita foi marcada por homenagens a
14 mães-sociais e pela alegria de colaboradores e crianças. O presidente mundial comemorou o domingo de páscoa junto às
crianças e colaboradores do programa de Pedra Bonita, no Rio de Janeiro.
Aldeias Infantis SOS
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Em 18 de maio de 2010, a princesa Mathilde, da Bélgica, e uma comitiva de empresários belgas, estiveram no programa de Poá,
em São Paulo, para selar o patrocínio do projeto Esporte paraT odos.
As medalhistas de atletismo das Olimpíadas de 2008, na China, a brasileira Maurren Maggi (ouro no salto em distância) e a belga
Kim Gevaert (prata no revezamento 4X100m), acompanharam a visita e prestigiaram o evento.
O projeto é financiado por empresários belgas e prevê a manutenção da infraestrutura por cinco anos. O patrocínio do projeto
permitirá a reforma do campo de futebol com toda a infraestrutura necessária, incluindo vestiários e professor para 150 crianças e
jovens, de 5 a 18 anos, da comunidade de Poá, além dos participantes dos programas da Aldeias Infantis SOS Brasil.
ASTA HOLLER VISITA ALDEIAS
PRINCESA MATHILDE, MAURREN MAGGI
E KIM GEVAERT NA ALDEIAS Aldeias Infantis SOS BrasilPrincesa Mathilde visita na companhia das Medalhistas Maurren Maggi e Kim Gevaert.
Em novembro, tivemos a visita do Diretor da Fundação Asta Holler, da Alemanha, Dr. Pressler, acompanhado pelos membros da Associação Nacional, Dr. Avelino Schmitt e Klaus Windmüller, que visitaram os programas de Porto Alegre e Goioerê.
45
O Projeto Esporte paraT odos.
Este projeto visa criar uma perspectiva de participação cidadã, no qual se reconheçam as habilidades esportivas e as potencialidades dos
participantes, favorecendo o protagonismo infanto-juvenil e um posicionamento crítico diante das questões esportivas, comunitárias e sociais.
Além disso, busca motivar a comunidade de Poá para a prática de atividades esportivas, estimulando competições locais e entre cidades vizinhas,
com o objetivo de diminuir os problemas da juventude atual como violência, drogas, baixa auto-estima e desemprego.
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ENCONTROS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
ENCONTRO DOS PROJETOS PILOTOS NO
ENFOQUE INTEGRAL DE DIREITOS
De 27 de setembro a 1º de outubro, sediamos o
E n c o n t r o R e g i o n a l d e A s s e s s o r e s d e
Desenvolvimento de programas com a presença das
Assessoras Regionais, Nancy Ardaya e Mônica
Beltran, dos gestores de programas e Assessores
Nacionais dos países Chile, Peru, Bolívia, Equador,
Colômbia e Brasil. O Brasil liderou junto com os outros
países temas referente ao desenvolvimento de jovens
até a sua autonomia e trabalho com as famílias.
ENCONTRO DE GESTORES NACIONAIS
· O primeiro encontro, que ocorreu entre os dias 9 e 16
de abril, teve início com a solenidade de entrega de
anéis para mães-sociais com a presença do Presidente
Mundial;
· O segundo encontro foi realizado no período de 9 a 11
de agosto, como preparação para o processo de
Planejamento Nacional 2011;
· E o terceiro encontro foi realizado de 28 de novembro
a 4 de dezembro, com foco nos alinhamentos dos
desenvolvimentos de programas para 2011 e a
preparação do plano gerencial de cada gestor para o
ano de 2011.
ENCONTRO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
No período de 6 a 8 de setembro, realizamos pela terceira vez o
Encontro de Planejamento estratégico para 2011, com a participação
de representantes da Secretaria Geral, Walter Cadima e Jerry
Bustillos; da Gestora Nacional, Subgestores e Assessores Nacionais
do Conselho Nacional de Operações.
ENCONTRO DOS ASSESSORES DE RECURSOS
HUMANOS
Sediamos, no Escritório Nacional, o encontro dos
Assessores de Recursos Humanos da América do Sul,
no período de 25 a 29 de outubro, que contou com a
presença dos Assessores Regionais, Ronald
Paravicini e Jerry Bustillos, e do Diretor Regional,
Walter Cadima.
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O Encontro Internacional de Assessores Nacionais de
Desenvolvimento da Marca, realizado no Paraguai,
entre os dias 13 a 17 de setembro, teve a primeira
participação do Brasil.
De 17 a 26 de fevereiro, recebemos a visita da Assessora
Continental de Desenvolvimento da Marca, Cristina Wasner, para
o Encontro de Capacitação da Marca para o Conselho Nacional
de Operações e Líderes do Escritório Nacional.
Em Engenho do Meio e Igarassu, a Sra. Wasner, realizou dois
encontros de Sensibilização da Marca, dando início ao processo
para todos os programas do país.
ENCONTRO REGIONAL DE PADRINHOS
INTERNACIONAIS
Este ano aconteceu o Encontro Regional de Padrinhos
Internacionais em Cusco, Peru. Neste momento ficou
entendida a função estratégica de padrinhos dentro do
cenário nacional e internacional.
O Brasil representou a América do Sul no Encontro de
Padrinhos da América Latina e Caribe, que aconteceu na
Cidade da Guatemala. Nessa ocasião, além das trocas
de experiências e aprendizado, foi mostrado aos
colegas a CATTool utilizada no Brasil.
Aconteceu em Cochabamba, na Bolívia, no primeiro semestre
de 2010, um momento de estudo e elaboração de diretrizes com
base nas novas políticas organizacionais (Inclusão, Educação,
Proteção Infantil, HIV/ AIDS). O Brasil esteve presente com oito
ENCONTRO DA REDE LATINO AMERICANA DE
ACOLHIMENTO
Em Foz do Iguaçu, ocorreu o encontro da RELAF - Red
Latinoamericana de Acolhimento Familiar, com o tema:
“Modalidades Alternativas de Acolhimento”. Diversas
Associações Nacionais enviaram seus representantes, além da
presença do Escritório Continetal e Regional. Este encontro
publicou oficialmente o documento “Diretrizes sobre as
Modalidades Alternativas do Cuidado de Crianças” redigido a
partir da experiência do Brasil no Acolhimento de crianças. Tal
documento é, hoje, referência nesse assunto na ONU.
47
ENCONTRO DE DESENVOLVIMENTO DA MARCA
ENCONTRO SOBRE AS NOVAS POLÍTICAS DA ORGANIZAÇÃOcolaboradores que participaram de diversas comissões
que definiram marcos de desenvolvimento para os
programas em âmbito regional.
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Ao manter o cargo no ano de 2010, pudemos interferir na
definição das políticas públicas que tratam dos direitos das
crianças, adolescentes e jovens. Para isso, realizamos 5
Seminários Regionais, contemplando as regiões Norte,
Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste, culminando para o
Seminário Nacional após a realização da Plenária de Políticas
Públicas, com o objetivo de contribuir na construção do Plano
Decenal e na Política Nacional dos Direitos da Criança e do
Adolescente.
Assegurando o direito à participação e protagonismo,
realizamos o II Encontro Nacional de Adolescentes na cidade
SECRETARIADO NACIONAL
de Mendes/RJ, com adolescentes participantes das afiliadas
do FNDCA e educadores sociais.
Estamos em construção com o Projeto de Monitoramento,
baseado em Dados da Infância e Adolescência Brasileira,
ancorado numa análise de cenário que investiga a garantia
dos direitos fundamentais legitimados sob a égide dos
marcos regulatórios da Constituição, do Estatuto da Criança e
do Adolescente e da Convenção Internacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente, para fins de maior incidência
política da sociedade civil e fortalecimento dos conselhos.
SECRETARIADO NACIONAL DO FÓRUM DCA
INAUGURAÇÃO
No dia 30 de junho de 2010, a Organização
, inaugurou em Igarassu, seu 14° Centro Social. A
cerimônia registrou a presença de mais de 300 convidados,
entre eles crianças participantes do programa,
patrocinadores e autoridades.
O Centro Social de Igarassu foi inaugurado em clima de festa,
com a participação de 200 crianças, de 4 a 12 anos, e suas
famílias, beneficiadas pelo novo espaço.
Três grupos de crianças e adolescentes participantes do
programa apresentaram lindas manifestações culturais, que
valorizaram a música e a dança da região Nordeste do Brasil.
O ponto alto da festa foi a apresentação do grupo de
percussão do Centro Social, que demonstrou muita
Aldeias Infantis
SOS Brasil
NOVO CENTRO SOCIAL É INAUGURADO EM IGARASSU
musicalidade e desenvoltura, tirando sons de instrumentos
não-convencionais, utilizando garrafas, canos, outros
material reciclados e também o próprio corpo.
A solenidade contou com os discursos do Prefeito de
Igarassu, Genésio Baracho, e o Secretário Adjunto de
Assistência Social, Melchiades Pereira Neto, sobre a
importância do Centro Social e da
para o município e para o estado de Pernambuco. Outro
importante discurso foi o do Presidente da Dufry no Brasil,
Humberto Mota. Esta é uma das principais empresas de
varejo de viagem do mundo e a patrocinadora da construção
do Centro Social.
Aldeias Infantis SOS
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“Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não
apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes”.Paulo Freire
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Ao longo deste relatório apresentamos diversos dados e atividades realizadas durante o ano de 2010 na
. Nossa razão de ser está baseada na possibilidade de propiciar um ambiente familiar e protetor
para crianças em situação de vulnerabilidade. Sabedores desta responsabilidade, mensuramos também os nossos
resultados a partir do impacto de nosso trabalho. Isto se materializa em casos reais de nossa atuação na garantia,
promoção e defesa de direitos de crianças, adolescentes e jovens que destacamos em seus relatos a seguir:
Aldeias
Infantis SOS Brasil
AMAZONAS / MANAUSHá 11 anos, Jonathan* foi acolhido no programa de Manaus, pois sua mãe biológica não tinha condições de cuidar dele. O jovem, hoje com 16 anos, mora com uma mãe-social e com irmãos SOS, onde se tornou um jovem esforçado, estudioso e obediente, além de ter superado a dor da perda, passando a visitar sua mãe biológica semanalmente. Atualmente está cursando o 1º ano do Ensino Médio; é menor aprendiz pela Petrobras; cursa informática e faz um curso para seguir a carreira militar, pois deseja servir na aeronáutica e continuar a se profissionalizar.
Aldeias Infantis SOS
BAHIA / LAURO DE FREITASAnderson*, um adolescente participante do programa de Lauro de Freitas, cresceu frequentando o terreiro de candomblé do seu tio. Ele mostra para o grupo seu álbum de fotografias das festas de família e amigos dentro do terreiro, enquanto explica sobre os rituais religiosos no candomblé. A curiosidade envolve o grupo e promove debates dinâmicos e enriquecedores que desmistificam preconceitos. Isso acontece porque este programa de Lauro de Freitas carrega um histórico de misturas entre povos, com distintos costumes, crenças, valores e rituais, com predominância da cultura afro-descendente. Dessa forma, as crianças e adolescentes identificam e resgatam a grande diversidade cultural e religiosa existentes na comunidade, e expressam a pluralidade de crenças e valores vivenciados no âmbito familiar.
BRASÍLIA / DISTRITO FEDERALJuca* saiu do Pará quando tinha 6 anos, trazido por sua mãe a procura de uma vida melhor em Brasília. Os primeiros anos não foram fáceis e como consequência Juca* e os dois irmãos foram acolhidos, mas a mãe continuava presente em suas vidas, pois não deixava de visitar os filhos. Enquanto isso, eles aguardavam a construção da sonhada casa. Foi então que a mãe teve um derrame cerebral, mas mesmo assim Juca* estudou muito, se tornou Joaquim*, e começou a trabalhar em uma banca de jornal, onde leu tudo o que pôde para passar no Vestibular de Ciências da Computação. Emancipado, foi morar com a mãe e os irmãos na casa que ajudou a construir. Hoje, formado, ele trabalha em uma empresa de Consultoria de Informática. E agradece todos os dias por ter tido quem acolhesse a ele e aos irmãos na fase mais difícil de suas vidas, para que pudessem ter, de novo, a família reunida em um verdadeiro lar.
28/10/1997 2004
126 587
0 a 3 anos 6 0 a 3 anos 28
4 a 5 anos 4 4 a 6 anos 208
6 a 10 anos 38 7 a 14 anos 351
11 a 13 anos 34 Mulheres 413
14 anos 10 Homens 348
15 a 17 anos 31 Famílias 360
acima de 18 anos 3
Residência Assistida - Acima de 18 anos 3
Total de Crianças
Faixa Etária
Faixa Etária
FORTALECIMENTOACOLHIMENTO
Inaugurada em
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens
Inicio das Operações
5/12/1980 8/11/2001
83 286
0 a 3 anos 11 4 a 6 anos 42
4 a 5 anos 7 7 a 14 anos 148
6 a 10 anos 22 Acima de 14 anos 96
11 a 13 anos 24 Mulheres 88
14 anos 4 Homens 57
15 a 17 anos 10 Famílias 221
acima de 18 anos 5
Residência Assistida - Acima de 18 anos 6
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens Total de Crianças
Faixa Etária
Faixa Etária
ACOLHIMENTO FORTALECIMENTO
Inaugurada em Inicio das Operações
-
0 a 3 anos 10 7 a 14 anos 200
4 a 5 anos 5 Acima de 14 anos 60
6 a 10 anos 24 Mulheres 52
11 a 13 anos 26 Homens 48
14 anos 8 Famílias 100
15 a 17 anos 26
acima de 18 anos 14
Residência Assistida - Acima de 18 anos 4
Faixa Etária
Faixa Etária
29/4/1972 1/4/2007
113 260
ACOLHIMENTO FORTALECIMENTO
Inaugurada em Inicio das Operações
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens Total de Crianças
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MINAS GERAIS / JUIZ DE FORA Em uma visita domiciliar, duas educadoras do Fortalecimento Familiar e Comunitário de Juiz de Fora constataram a necessidade de ajudar e intervir em um problema identificado na família de Everton*, que aos três anos dormia em um galinheiro, não falava, usava fraldas e ficava o dia inteiro em frente a televisão. Essa foi uma cena muito chocante, por isso conversaram com a mãe de Everton*, que passava por problemas no relacionamento e tentava manter o casamento por meio do filho, dizendo que ele era muito doente e consequentemente não via necessidade de estimulá-lo. Após várias conversas, Everton* foi matriculado no programa de Fortalecimento e a educadora fez um belo trabalho junto à família, que colaborou para que as visitas acontecessem. A mudança em alguns meses era visível, e agora, ele é um garoto feliz, participa de todas as atividades da escola infantil e começou a ser atendido por um fonoaudiólogo. Sua mãe agradece ao programa pela mudança toda.
PARANÁ / GOIOERÊFabiana* foi acolhida no programa de Goioerê, em 1991, aos dois anos, com vários problemas de saúde e atraso no desenvolvimento físico e motor. Na época, a garotinha era aluna da APAE e precisava de cuidados especiais, pois não andava, não falava e se arrastava pelo chão. O diagnóstico: paralisia cerebral. Ela precisava iniciar com urgência o tratamento com acompanhamento psicológico, ortopédico, fonoaudiólogo e fisioterápico. A partir desse momento, iniciou-se uma grande luta da mãe-social Maria do Socorro pela vida de Fabiana*. Foram diversas cirurgias em Curitiba, tratamentos contínuos de fisioterapia, para que Fabiana* desse os primeiros passos. Apenas aos cinco anos Fabiana* caminhou pela primeira vez. Sua mãe-social não mediu esforços para que a menina vencesse a paralisia, ainda que parcialmente. Com o apoio da mãe-social, do irmão biológico, também acolhido, e de todos no programa, Fabiana superou seus limites, e hoje, comemora com muita alegria cada conquista: formou-se em cursos de inglês, teclado e técnico em magistério. Permaneceu no programa até sua maioridade, e em 2008, conquistou seu primeiro emprego em uma empresa de tratores, como recepcionista, passou então a morar sozinha e caminhar rumo a sua independência. Com as barreiras de saúde superadas, Fabiana* foi atrás de outra realização: retomar o contato com sua mãe biológica. Mais uma vez, a palavra obstáculo não significou nada para Fabiana*, que atualmente mora na cidade de Cianorte, no estado do Paraná, com sua mãe biológica, e acaba de passar em um concurso público do município.
Aldeias Infantis SOS
PARAÍBA / JOÃO PESSOAA mãe-social Janete Santa Rosa, há 10 anos coleciona histórias de sucesso no programa . Uma dessas histórias começou quando ela recebeu um grupo de seis irmãos em sua casa-lar. A mãe biológica deles estava no hospital, em estágio terminal, e não existia na família e na comunidade quem pudesse assumir seus seis filhos. Assim que recebeu as crianças, Janete sentiu uma emoção muito forte. Em companhia das crianças, chegou a visitar algumas vezes a mãe biológica no hospital. Lembra, emocionada, que uma das meninas falou para a mãe que agora era uma pessoa rica, pois não tinha mais piolhos. Antes de falecer, quando sua doença estava em um estágio bem avançado, a mãe biológica entregou as crianças para Janete e disse que morreria tranquila, porque sabia que os seus filhos estavam em boas mãos. Hoje, as crianças estão se tornando adolescentes e vivenciando a fase de acordo com a idade de cada um, sempre em clima de diálogo e afeto.
Aldeias Infantis SOS
14/4/1984 4/2003
96 338
0 a 3 anos 6 0 a 3 anos 132
4 a 5 anos 1 4 a 6 anos 78
6 a 10 anos 23 7 a 14 anos 128
11 a 13 anos 20 Mulheres 229
14 anos 14 Homens 272
15 a 17 anos 29 Famílias 297
acima de 18 anos 3
Residência Assistida - Acima de 18 anos 4
ACOLHIMENTO FORTALECIMENTO
Inaugurada em Inicio das Operações
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens Total de Crianças
Faixa Etária
Faixa Etária
acima de 18 anos 10
Residência Assistida - Acima de 18 anos 3
26/5/1977
82
0 a 3 anos 13
4 a 5 anos 4
6 a 10 anos 19
11 a 13 anos 18
14 anos 3
15 a 17 anos 15
ACOLHIMENTO
Inaugurada em
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens
Faixa Etária
31/5/1987 2/2003
100 832
0 a 3 anos 2 0 a 3 anos 20
4 a 5 anos 4 4 a 6 anos 268
6 a 10 anos 40 7 a 14 anos 542
11 a 13 anos 37 Acima de 14 anos 2
14 anos 3 Mulheres 551
15 a 17 anos 12 Homens 31
acima de 18 anos 2 Famílias 582
Residência Assistida - Acima de 18 anos 4
Faixa EtáriaFaixa Etária
ACOLHIMENTO FORTALECIMENTO
Inaugurada em Inicio das Operações
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens Total de Crianças
PERNAMBUCO / ENGENHO DO MEIO“Quando chegamos ao espaço é maravilhoso! Esqueço todos os meus problemas, pois as meninas são ótimas, tudo é gratificante: desde a confecção até a venda dos materiais. Eu sou feliz assim: com outras pessoas, aprendendo, trocando experiências e estimulando as que estão passando pelos mesmos problemas que passei”, nos relata Maria Etiene, 46 anos, solteira e com dois filhos. Ela nos conta também que antes de participar da oficina de criatividade da era uma pessoa triste e deprimida, passava a maior parte do tempo assistindo televisão e até chegou a pensar em suicídio. O projeto “Mãos que Abrem Caminhos”, abriu também os olhos de 15 mulheres da comunidade Roda de Fogo, para que impulsionassem suas vidas, desenvolvessem suas habilidades produtivas e se tornassem mulheres independentes. Maria Etiene, por exemplo, se tornou uma representante de produtos de beleza e se sente bem em divulgar este trabalho, se envolve bastante nas feiras para apresentar os produtos artesanais, confeccionados pelo grupo de mulheres, e não precisa viver apenas com benefícios do governo.
Aldeias Infantis SOS
13/11/2007
1412
0 a 3 anos 52
4 a 6 anos 451
7 a 14 anos 866
Acima de 14 anos 866
Mulheres 397
Homens 203
Total de Crianças
Faixa Etária
FORTALECIMENTO
Inicio das Operações
51
PERNAMBUCO / IGARASSUEm 2008, Renata* foi acolhida bastante debilitada no programa Igarassu, aos cinco meses de vida. O pai, desempregado, fazia uso abusivo de bebidas alcoólicas e quando estava sob o efeito da bebida, costumava agredir a todos em casa. Durante os dois anos em que esteve acolhida, a família pôde se reorganizar e reconquistar o direito à convivência com ela. No final de 2009, ela foi reintegrada a sua família e a partir de então, o programa SOS passou a acompanhar sistematicamente a família, ouvindo, orientando e apoiando através do serviço social e da mãe-social, visando o fortalecimento e a autonomia familiar. Um ano depois, em um encontro no programa realizado com as famílias, o pai de Renata* se emocionou ao contar que estava tomado pelo vício, sem emprego, sem casa e praticamente sem família, mas a cada encontro que participava, sentia-se mais fortalecido e convencido de que era possível a mudança. Aos poucos, foi superando o vício da bebida. Para ele, três fatores foram importantes nesse processo de superação: o seu temor a Deus, a ajuda de sua esposa e o apoio da . Atualmente, a família reside em imóvel próprio, que é bastante simples, mas aconchegante. O pai se orgulha de manter a família com o fruto do próprio trabalho e com o apoio recebido. A filha mais velha participa das atividades desenvolvidas no Centro Comunitário de Araçoiaba. E a família segue em acompanhamento técnico, com atendimentos individuais e em grupo, onde se trabalha a autonomia e o papel protetor da família. Ele conclui agradecendo todo apoio recebido e ressalta a importância do trabalho junto às famílias e a sua felicidade por participar deste grupo, apresentando fotos suas nas oficinas de artes. Hoje, a mãe de Renata* foi convidada pela família para ser sua madrinha, selando uma relação de confiança e credibilidade.
Aldeias Infantis SOS
Aldeias Infantis SOS
RIO DE JANEIRO / JACAREPAGUÁAntes de serem acolhidas na , as três irmãs viviam à margem de seus direitos em verdadeira situação de vulnerabilidade social. Pediam dinheiro nos sinais de trânsito, não estudavam e não se alimentavam bem. A casa onde moravam não tinha a mínima condição de higiene, nem um banheiro e muito menos água encanada. Hoje, as meninas são respeitadas em seus direitos fundamentais, fazem acompanhamento com uma psicóloga e estão muito felizes. Agora, elas sentem que podem ser crianças, brincar, ganhar brinquedos, se alimentar adequadamente e tomar banho. Aliás, elas adoram isso!
Aldeias Infantis SOS
RIO DE JANEIRO / PEDRA BONITAAntes de ser acolhido pelo programa , Ivan* vivia em situação de rua com outros meninos e meninas que passavam pelo mesmo problema. Foi nas ruas que conheceu as drogas, “o maior de todos os meus problemas“, segundo Ivan*.Para sobreviver, conseguia dinheiro vendendo doces e trabalhando de engraxate no centro do Rio de Janeiro. O jovem de 17 anos conta que o dinheiro e as drogas traziam uma felicidade passageira. “Fiquei assim, por quase seis anos de minha vida e só parei quando cheguei à Aldeia“. Por iniciativa própria deixou as drogas, em um momento em que não acreditava mais que poderia mudar a própria vida.“Graças às pessoas que encontrei por aqui, comecei a ter alguma esperança, e hoje, sou do jeito que sou“. Ele voltou a estudar e foi recebido em um núcleo familiar caloroso e afetivo, que lhe estimulou a crescer. Em 2011, Ivan* ingressou no ensino médio. Já cursou informática nos módulos básico, avançado, montagem e manutenção de microcomputadores. Além disso, faz cursos de Inglês e violão. Ele também se prepara para o mercado de trabalho, participando do programa Jovem Aprendiz em uma empresa de telemarketing. “Antes, eu não tinha reconhecimento na sociedade, agora tenho o meu lugar no mundo, posso andar de cabeça erguida. Graças a essas pessoas, hoje tenho expectativa de vida. Muito obrigado pela imensa oportunidade de mudar minha vida. Eu ainda vou mostrar muito mais.“
Aldeias Infantis SOS
4 a 5 anos 13 7 a 14 anos 144
6 a 10 anos 53 Mulheres 63
11 a 13 anos 32 Homens 1
14 anos 5 Famílias 120
15 a 17 anos 5
Faixa Etária
13/11/2007 30/6/2010
118 190
0 a 3 anos 10
Faixa Etária
4 a 6 anos 46
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens Total de Crianças
ACOLHIMENTO FORTALECIMENTO
Inaugurada em Inicio das Operações
16/6/1980 2/2003
52 639
0 a 3 anos 2 0 a 3 anos 117
4 a 5 anos 2 4 a 6 anos 202
6 a 10 anos 15 7 a 14 anos 319
11 a 13 anos 10 Acima de 14 anos 1
14 anos 4 Mulheres 487
15 a 17 anos 13 Homens 14
acima de 18 anos 6 Famílias 501
Residência Assistida - Acima de 18 anos 4
Faixa Etária
ACOLHIMENTO FORTALECIMENTO
Inaugurada em Inicio das Operações
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens Total de Crianças
Faixa Etária
5/5/1995
74
0 a 3 anos 4
4 a 5 anos 4
6 a 10 anos 26
11 a 13 anos 19
14 anos 1
15 a 17 anos 14acima de 18 anos 6Residência Assistida - Acima de 18 anos 1
ACOLHIMENTO
Inaugurada em
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens
Faixa Etária
52
RIO GRANDE DO NORTE / CAICÓDayane* chegou ao programa aos 5 anos com uma história marcada por violência e abuso. O que essa garotinha tímida mais precisava era carinho e amor, alguém que realmente se importasse com ela. Foi exatamente o que encontrou sob os cuidados de Lúcia, sua mãe-social. Dayane* tinha que resgatar a infância que havia sido tirada tão bruscamente. Aos poucos, ela começou a aceitar os afagos da mãe-social, seus abraços e cuidados. Lúcia soube esperar por seu tempo. Hoje, Dayane* é uma adolescente feliz, que conseguiu dar um novo significado aos traumas da infância, e sabe que Lúcia é um ponto de apoio para o resto de sua vida.
Aldeias Infantis SOS
RIO GRANDE DO SUL / PORTO ALEGREO jovem Nelson* sempre foi um exemplo de dedicação e perseverança para as crianças e jovens da . Há alguns anos, a equipe técnica conseguiu localizar sua avó paterna, com quem ele passou a ter contato. Desde então, passou a cultivar o sonho de reencontrar outros membros de sua família. Em 2010, por meio da internet, descobriu que tem uma irmã por parte de pai, sobrinha e muitos primos. Ele está muito feliz com essa aproximação e faz questão de visitá-los regularmente, fortalecendo assim laços de amizade e amor a cada dia. Nelson* destaca que sua mãe- social, Ana Lúcia, e seus padrinhos afetivos têm grande importância na sua jornada, pois são eles que acompanham e orientam seus passos. Nelson* cursa o 3º ano do Ensino Médio, onde assiste atento a todas as aulas, principalmente a de sua matéria preferida: matemática. Acaba de se formar no curso de Mecânica Automotiva e integra um projeto com o objetivo de inserir os melhores alunos de escolas técnicas no mercado de trabalho. O próximo passo é trabalhar e cursar faculdade de engenharia automotiva ou mecânica. No campo pessoal, se sente muito realizado, ainda mais agora, que descobriu sua família biológica. “Levo das princípios e valores passados desde a infância, onde aprendi que o respeito aos outros é fundamental para ser respeitado”.
Aldeias Infantis SOS
Aldeias
RIO GRANDE DO SUL / SANTA MARIA“Ser mãe-social para mim significa a realização plena no lar. Meu objetivo sempre foi proporcionar raízes e valores para as crianças, pois todos tiveram histórias difíceis”, descreve Leonida, que não teve filhos biológicos, mas dedicou mais de 20 anos à vocação de mãe-social. Com extrema dedicação, mais de 20 crianças passaram por seus cuidados. Ela se emociona ao lembrar da família com cinco irmãos que acolheu há 18 anos, no programa . O caçula, de tão pequenino, cabia em uma caixa de sapato, e hoje o pequeno se transformou em um rapagão forte, feliz e responsável que já está inserido no mercado de trabalho, mas mesmo emancipado, pode contar com o apoio e carinho de quem lhe cuidou no momento de maior fragilidade: SUA MÃE-SOCIAL.
Aldeias Infantis SOS
13/5/1979 5/2003
129 695
0 a 3 anos 18 4 a 6 anos 76
4 a 5 anos 8 7 a 14 anos 520
6 a 10 anos 44 Acima de 14 anos 99
11 a 13 anos 32 Mulheres 80
14 anos 12 Homens 5
15 a 17 anos 11 Famílias 621
acima de 18 anos 4
Residência Assistida - Acima de 18 anos 4
ACOLHIMENTO FORTALECIMENTO
Inaugurada em Inicio das Operações
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens Total de Crianças
Faixa Etária
Faixa Etária
14/10/1967 24/4/2006
99 289
0 a 3 anos 4 0 a 3 anos 60
4 a 5 anos 6 4 a 6 anos 173
6 a 10 anos 23 7 a 14 anos 56
11 a 13 anos 25 Mulheres 81
14 anos 13 Homens 10
15 a 17 anos 18 Famílias 239
acima de 18 anos 10
Residência Assistida - Acima de 18 anos 4
ACOLHIMENTO FORTALECIMENTO
Inaugurada em Inicio das Operações
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens Total de Crianças
Faixa Etária
Faixa Etária
6 a 10 anos 26 7 a 14 anos 152
11 a 13 anos 32 Acima de 14 anos 16
14 anos 15 Mulheres 346
15 a 17 anos 18 Homens 311
Residência Assistida - Acima de 18 anos 4 Famílias 346
Faixa EtáriaFaixa Etária
23/9/1980 1/2004
99 600
0 a 3 anos 3 0 a 3 anos 166
4 a 5 anos 5 4 a 6 anos 266
Total de Crianças
ACOLHIMENTO FORTALECIMENTO
Inaugurada em Inicio das Operações
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens
SÃO PAULO / POÁ“No programa , conheci muitas pessoas que fizeram a diferença em minha vida, foi aí que comecei a ter saúde, a ter uma vida digna, igual à de todos da sociedade ao meu redor. Estudei, me dediquei, queria ser alguém”. Essa é Patrícia*, que aos 7 anos era uma menina muito triste e desnutrida, e chegou à
porque a sua mãe passava por sérios problemas de saúde. Aos 10 anos, começou a praticar judô, inglês, completou o curso técnico em informática e concluiu o ensino médio. “Aproveitei tudo que a Aldeia podia me oferecer, sempre com acompanhamento, o que eu acho muito importante para o nosso crescimento pessoal, profissional e social”. Patrícia sempre perseguiu o sonho de ser uma atleta e disputar campeonatos. E não faltou apoio da mãe-social e de todos na Aldeia para que isso acontecesse. Ela se dedicou muito, treinou e começou a participar de campeonatos locais. Hoje, a atleta cursa Administração e participa dos maiores campeonatos nacionais e internacionais.
Aldeias InfantisAldeias
Infantis SOS
30/3/1968 2004
112 610
0 a 3 anos 3 0 a 3 anos 45
4 a 5 anos 6 4 a 6 anos 129
6 a 10 anos 30 7 a 14 anos 436
11 a 13 anos 40 Mulheres 73
14 anos 8 Homens 56
15 a 17 anos 20 Famílias 74
acima de 18 anos 5
Residência Assistida - Acima de 18 anos 1
Faixa Etária
Faixa Etária
ACOLHIMENTO FORTALECIMENTO
Inaugurada em Inicio das Operações
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens Total de Crianças
53
SÃO PAULO / CAMPINASCésar* tem três anos e foi acolhido em uma das casas-lares de Campinas, em 2009. Antes de viver com a Adinalva, sua mãe-social, César* vivia em um abrigo municipal, onde recebeu o diagnóstico de Síndrome Fetal Alcoólica. Esta é uma doença grave, ocasionada pelo consumo de álcool pela mãe durante a gravidez. Adinalva visitava César* no abrigo municipal, enquanto aguardava a inauguração da sua casa-lar. Em uma dessas visitas, uma funcionária do abrigo chegou a dizer que César* não sobreviveria, pois era muito pequeno para a sua idade e estava com a saúde frágil. Ela disse ainda que receber o menino na casa-lar seria um erro, pois cuidar da criança seria muito trabalho. Adnalva ficou indignada: “... ele vai embora comigo hoje!”. Em seu diário, a mãe-social descreveu César*: “No dia 12 de agosto de 2009 recebi César*. Ele estava debilitado, com diarréia e vomitando. Um garoto triste, sem muito movimento, só sabia sentar, e chorava muito, muito mesmo. Ele era uma criança medrosa, tomava leite de 3 em 3 horas, não brincava, não sorria, tinha sarna... o quadro não era bom. Depois de apenas 10 dias, César* já estava bem extrovertido, alegre, correndo pela casa, pedindo as coisas, brigando com Bruna*, sua irmã, até chamava atenção: fazia birra de criança, gritava quando estava nervoso e desenvolveu bem a sua coordenação. Brinca com lápis de cor, toma leite no copo, só pede a chupeta na hora de dormir. Quem disse que amor não cura? ” Hoje, após mais de um ano vivendo com César*, percebemos muitos avanços. É certamente uma criança feliz, como todas têm o direito de ser! Menino muito inteligente e arteiro, frequenta uma boa escola e é o xodó de todos naquela casa-lar. Neste lar, o lema “transformar é possível” se fez presente, provando que com amor e trabalho coerente e constante podemos mudar as mais diversas realidades.
SÃO PAULO / RIO BONITO Angélica é mãe de Marcos* que participa do Fortalecimento Familiar e Comunitário da . Lá, a educadora da classe de Marcos* apresentou a Mala da Família (dispositivo em que pais e crianças constroem juntos um material com recortes e textos sobre o que têm feito em família). Angélica comentou a mudança em sua família na última reunião de pais: “A aproximação entre meu marido e meu filho era muito difícil, pois meu marido chegava em casa muito cansado do trabalho e não queria dar atenção para o Marcos*. Apenas comia, assistia o jornal e ia dormir. No máximo, dava um beijo nele. Essa situação era normal para meu marido, ele achava que estava tudo bem. Quando a Mala da Família chegou na minha casa, meu filho foi mostrá-la para o pai, e eu até chorei de felicidade, acredita? Os dois sentaram-se no chão da sala da minha casa e meu filho explicou o que eles tinham que produzir. Participei mesmo sem o Marcos* me chamar. Fiquei tão feliz! Meu marido mudou! Agora, todas as noites, mesmo cansado, meu marido quer saber o que o nosso filho fez durante o dia, quer saber o que ele aprendeu, o que brincou, enfim, formou-se uma aproximação verdadeira entre os dois. Fiquei surpresa, não pensei que a Mala fosse unir os dois dessa maneira. Vocês estão de parabéns!”
Aldeias Infantis SOS
SÃO PAULO / SÃO BERNARDO DO CAMPOO Grupo MAGIA DA LATA foi fundado em 2008, no Fortalecimento Familiar e Comunitário de São Bernardo do Campo, com aulas de percussão em um dos espaços do Centro Social, localizado no bairro Tatetos. Hoje, o grupo promove atividades para 40 crianças e adolescentes, que confeccionam instrumentos com latas de tintas e tocos de madeira. O grupo também conta com um surdo, um timbal, um repique e um par de baquetas. O gosto pela percussão começou a aparecer na composição de duas músicas: “Centro Social”, sobre as atividades que eles desenvolvem na unidade de Tatetos e “Meu Bairro, Minha Cidade”, sobre as melhorias necessárias no bairro e na cidade onde o grupo vive. O destaque deste grupo é o envolvimento dos adolescentes que vivem em uma região muito vulnerável, com poucas possibilidades de acesso a lazer e cultura, por meio da descoberta de materiais do cotidiano. Cada um descobre também formas de fazer música e conhecer o lado alegre da musicalidade. E os benefícios não são apenas individuais: por meio da música e da cultura, as crianças e adolescentes passam a ser voz ativa na sociedade, denunciando problemas, na tentativa de mudar a situação. Foi o que aconteceu no desfile cívico da cidade, onde o grupo se apresentou nas comemorações dos 62 anos do Subdistrito do Riacho Grande, região onde esses adolescentes residem.
5/11/2009
45
0 a 3 anos 8
4 a 5 anos 2
6 a 10 anos 27
11 a 13 anos 8
Faixa Etária
ACOLHIMENTO
Inaugurada em
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens
80 889
0 a 3 anos 2 0 a 3 anos 231
4 a 5 anos 2 4 a 6 anos 227
6 a 10 anos 11 7 a 14 anos 428
11 a 13 anos 25 Acima de 14 anos 3
14 anos 7 Mulheres 332
15 a 17 anos 32 Homens 183
acima de 18 anos 1 Famílias 736
Residência Assistida - Acima de 18 anos 4
Faixa Etária
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens Total de Crianças
Faixa Etária
8/12/1980 3/2003
ACOLHIMENTO FORTALECIMENTO
Inaugurada em Inicio das Operações
24/4/1970 2004
62 663
0 a 3 anos 1 0 a 3 anos 192
4 a 5 anos 2 4 a 6 anos 159
6 a 10 anos 10 7 a 14 anos 308
11 a 13 anos 15 Acima de 14 anos 4
14 anos 3 Mulheres 216
15 a 17 anos 23 Homens 148
acima de 18 anos 8 Famílias 503
Residência Assistida - Acima de 18 anos 4
Faixa Etária
ACOLHIMENTO FORTALECIMENTO
Inaugurada em Inicio das Operações
Total de Crianças, Adolescentes e Jovens Total de Crianças
Faixa Etária
54
DE
MO
NS
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56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
INTEGRANTES DO CONSELHO
Diretor-PresidentePAULO GAIO DE CASTRO JUNIOR
Diretor Vice-PresidenteMAURICE MARIE JOSEPH VAN DEN BERCH VAN HEEMSTEDE
Diretor-TesoureiroHENRY ALAIN FRANÇOIS UBERSFELD
Diretor-SecretárioMARIO PROBST
Diretor de Relações PúblicasPEDRO PAULO ELEJALDE DE CAMPOS
Representantes SOS Kinderdorf InternacionalWALTER CADIMANADIA GARRIDO
ALFREDO NICOLAU & BENITO
ANTONIO LUIS PARKINSON DE CASTRO
HORST KINTER
KUNO DIETMAR FRANK
PAULO ROBERTO DELA MARTA
TRAUGOTT GEHRING
ALDEIAS INFANTIS SOS BRASIL
CONSELHO DIRETOR – GESTÃO 2010/2013
CONSELHO FISCAL - GESTÃO 2010/2012
CONSELHO
78
CONTATORua José Antônio Coelho, 400 – Vila Mariana
CEP 04011-061Tel: 55 11 5574-8199
Fax: 55 11 5572-3893CNPJ: 35.797.364/0001-29
[email protected] www.aldeiasinfantis.org.br
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