UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
JOZILENE OLIVEIRA SANTOS
PROJETO COPA DO MUNDO: COM ÊNFASE NA REGIÃO NORTE
(Relatório de Estágio III)
SÃO CRISTOVÃO - SE
2014
JOZILENE OLIVEIRA SANTOS
Relatório de estágio III, apresentado ao Curso de Pedagogia, Departamento de Educação do Centro de Educação e Ciências Humanas da Universidade Federal de Sergipe, do período 2014.1 sob a orientação da Profª. Drª. Maria José Nascimento Soares.
SÃO CRISTÓVÃO - SE
2014
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................03
2. DESENVOLVIMENTO...................................04
2.1 – Caracterizações da Escola
2.2 – Operacionalizações do Projeto de Ensino
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................09
4. AUTO-AVALIAÇÃO..................................................................
5. REFERÊNCIAS.......................................................................
6. ANEXOS
INTRODUÇÃO
O Estágio de Licenciatura é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional(nº 9394/96). É necessário para a formação profissional a fim de se
adequar a nossa formação as expectativas do mercado de trabalho onde o licenciado irá
atuar, e constitui-se em importante instrumento de conhecimento e de integração do
aluno na realidade social, econômica, e do trabalho em sua área profissional.
O Estágio descrito neste relatório realizou-se na Escola Municipal de Ensino
Fundamental Sabino Ribeiro, localizada no município de Aracaju no período de 26 de
Maio à 06 de junho de 2014, no turno matutino. Foi elaborado um projeto de
intervenção pedagógica com o tema Copa do mundo 2014: Região Norte do Brasil, com
intuito de oferecer uma proposta pedagógica que buscasse alternativas para o ensino e
aprendizagem sobre a copa do mundo, aproveitando a oportunidade desse evento que
foi realizado aqui em nosso país, Brasil. Objetivando ampliar e aprimorar os
conhecimentos das crianças do ensino fundamental menor, e relacionando os assuntos
das diversas disciplinas no contexto da aprendizagem, foram trabalhados conteúdos
envolvendo todas as disciplinas, durante dez dias consecutivos. Por este motivo, foi
utilizado mapas com o intuito de identificar a região Norte do Brasil e suas riquezas
naturais relacionando aos aspectos humanos. Como metodologia de avaliação foi
utilizada a percepção dos alunos, por meio da técnica de identificação no mapa da
própria região Norte, enfim aproveitamos as varias situações de aprendizagem.
O estágio é o momento que temos a oportunidade de vivenciar tudo aquilo
que aprendemos em sala de aula, de refletir sobre quais práticas iremos escolher
futuramente, quais as formas de agir dentro de uma sala de aula. É tempo de conhecer,
analisar e experimentar as práticas tão discutidas teoricamente.
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II – DESENVOLVIMENTO
2.1 - Caracterização da Escola
A Escola Municipal do Ensino Fundamental Sabino Ribeiro, está localizada
no bairro 18 do forte, em Aracaju Se. A referida instituição foi fundada em 1979,
funciona nos turnos diurno e noturno das 6hs: 30min às 22hs: 30min. A mesma oferece
como modalidades de ensino, o ensino fundamental I, II e Educação de Jovens e
Adultos (EJA).
O número de alunos atendidos é de 553, tendo em média 28 por sala, para a
solicitação de matrícula é exigida a documentação do aluno, e do responsável no caso
do estudante menor de idade. As condições econômicas desse público são pertencentes
das classes C e D. O estabelecimento é formado por 34 educadores, sendo 9 estagiários,
e 25 efetivos, todos estes possuem nível superior, a coordenação é composta por 3
funcionários: geral, administrativo e pedagógico.
Em relação à estrutura física e organização do espaço da escola, a
construção é adaptada para atender os alunos, possui 7 salas de aula, sendo 3 no térreo e
4 no primeiro andar com uma escada para ter acesso a essas salas, banheiros, 1
masculino e 1 feminino para os professores, e para os alunos banheiros e vestuários,
sendo 1 masculino e 1 feminino, 1 sala de leitura, 1 sala de multimídia, 1 cozinha, 1
almoxarifado, 1 sala de professores, 1 secretaria, 1 quadra, e tem um espaço pequeno
em que os alunos brincam. As salas possuem um amplo espaço, contendo carteiras em
forma de mesinha, os corredores são estreitos, a iluminação e a higienização são boas. A
escola serve merenda escolar aos alunos todos os dias, às vezes, entrega frutas: maçãs,
bananas, na entrada ou saída dos alunos.
Os recursos materiais disponíveis são livro, revistas, papel, cola, cartolina,
etc, enfim segundo a coordenadora pedagógica a prefeitura do município disponibiliza
todos esses materiais e outros necessários, possui 2 computadores para os professores e
o UCA (um computador por aluno), porém ainda há rejeição dos docentes na utilização
desses recursos tecnológicos, apesar de ter uma professora da área disponível para a
orientação de como usá-los de forma pedagógica.
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...
2.2 – Operacionalizações do Projeto
Visando fortalecer a relação entre teoria e prática baseado no principio
metodológico de que o desenvolvimento de competências profissionais implica em
utilizar conceitos adquiridos, na vida acadêmica, profissional e pessoal, utilizamos o
estágio obrigatório como ferramenta para desenvolver projeto de ensino que visa o
melhoramento da aprendizagem dos alunos.
Por já conhecer a escola, devido realizar o estágio remunerado na mesma,
com a turma, já tenho elaborada uma rotina cotidiana, assim que chego a escola dirijo-
me até a quadra para pegar as crianças, que já estão me aguardando, e levo até a sala de
aula para aguardarmos juntos os colegas que irão chegar até as 7:20, logo após faço um
momento de acolhimento com a turma. Cada dia, desenvolvemos atividades diferentes,
sempre buscando desenvolver dinâmicas que valorize a expressões corporais deles, isto
devido o fato de estudarem pela manhã, ou seja, chegam sonolentos e preciso despertá-
los para não dormirem na sala, após esse momento começo as atividades.
No primeiro dia de aula do estágio obrigatório, foram aplicados os
conteúdos formulados como proposta no projeto. Iniciei a aula com uma roda de
conversa oral perguntando o que eles entediam sobre a Copa do Mundo, poucas
informações obtive deles, por ser um assunto novo, diferente do que já havia estudado
até o momento. Expliquei um pouco sobre a Copa e como acontece esse evento que
envolve vários países do mundo.
Para explicar sobre as regiões do Brasil, expus o mapa do Brasil em frente a
lousa e entreguei a cada um dos alunos o livro de geografia para que eles pudessem me
acompanhar visualizando as informações pelo mapa. Nesta aula minha ideia é de
alfabetizar as crianças para o conhecimento do mundo, utilizando mapas, para assim,
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terem uma compreensão espacial. Tendo como base as idéias de Castrogiovanni, que
ressalta a importância do uso do mapa para a alfabetização espacial:
Acreditando na alfabetização enquanto o pensar e o agir sobre o contexto, defendemos a ideia de alfabetizar para o mundo, para os números, para os mapas, para a compreensão e operação espacial.Se o processo de alfabetizar se justifica através do conhecimento prévio que o aluno traz, mais uma vez partimos da necessidade do conhecimento das relações que o aluno participa para motivar a aprendizagem.Assim, vemos a necessidade de alfabetizar cartograficamente num contexto interdisciplinar, a partir da Educação Infantil e que continue através das series iniciais do Ensino Fundamental.
(CASTROGIOVANNI, 2006, p. 29)
A relação do professor aluno para a aprendizagem dos conteúdos, Ferreiro (1998), ressalva a importância de conhecer o cotidiano do aluno, fomentando uma maior aplicação do conhecimento da realidade que o cerca, destacando que:
“Tradicionalmente, a alfabetização inicial é considerada em função da relação entre o método utilizado e o estado da ‘maturidade’ ou de ‘prontidão’ da criança. Os dois polos do processo de aprendizagem (quem ensina e quem aprende) tem sido caracterizados sem que se leve em conta o terceiro elemento da relação: a natureza do objeto de
conhecimento envolvendo esta aprendizagem” (FERREIRO, 1998, p. 9).
Em relação a prontidão ou maturidade dos alunos permite a conquista da autonomia, facilitando a aprendizagem oral e consequentemente a escrita, foi percebido depois das explicações dos conteúdos, que os alunos tiveram a capacidade de desenvolver sua autonomia de aprendizagem, como é demonstrado na imagem abaixo.
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Imagem 01 – Atividade de pintura da região. Fonte: Acervo pessoal da aluna.
Conclui-se que para a realização dessa atividade em que eles tinham que localizar a
região norte no mapa e pintarem, foram capazes de identificar, e assim, satisfazendo o
objetivo esperado.
2ª Aula dia 27/05/2014
Iniciei a aula rezando juntos de mãos dadas a oração do Pai-nosso,
agradecendo a Deus. Após este momento, para despertar as crianças, no micro system,
coloquei a música da Xuxa “Cabeça, ombro, joelho e pé,” para ouvirmos e fazendo as
coreografias, algumas crianças tímidas não queriam participar, então peguei-as pela mão
e consegui fazer com que todos participassem. Depois organizei as carteiras da sala
fazendo um circulo, dando sequencia as atividades do projeto, então foi feito uma
revisão da aula anterior e logo informei que iríamos aprender nomes próprios e comuns.
Falei da cidade de Manaus, em que foi realizada a reforma do estádio que
recebeu o nome de “Arena Amazonas”, citei algumas comidas típicas da região norte
com enfoque no estado da Amazônia. Expliquei porque os nomes dos estados começam
com letra maiúscula e o das comidas com letras minúsculas, ou seja, aplicando o
conteúdo de substantivos próprios e comuns. Em seguida fiz um ditado sobre o assunto
explicado.
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Contudo a maioria das crianças não soube escrever as palavras, então tive
que falar letra por letra e terminei fazendo a escrita das palavras corretas na lousa e
assim, cada um fez a correção em seus cadernos, entendendo o porque dos nomes
próprios e comuns. Como ressalta as ideias de Soares (2010), cuja defesa consiste em:
pensar em práticas de alfabetização ligadas ao letramento (uso social da linguagem e
escrita): “[...] não basta saber ler e escrever, é preciso também saber fazer uso do ler e
do escrever, saber responder as exigências de leitura e de escrita que a sociedade faz
continuamente [...]” (p. 20). Portanto o importante é que essas crianças compreendam o
porque dos substantivos próprios e comuns.
3ª Aula dia 28/05/2014
Cheguei a escola e a senhora que fica com eles no horário da manhã
permitiu que eles brincassem na quadra, assim quando cheguei eles não queria ir para a
sala, insisti e disse que tinha uma novidade para eles e lá foram todos me
acompanhando. Em sala como já estavam todos espertos fizemos apenas a oração e logo
pedi para que eles sentassem em seus lugares. Planejei para este dia atividades de
matemática e um poema de Cecília Meireles “Jogo de Bola”.
Comecei trabalhando os conceitos de adição e exemplificando com o
material dourado que levei para ajudar na explicação e logo no entendimento deles, após
ter conceituado a adição peguei o material concreto expus na mesa e fui chamando de
dois em dois para resolver as situações de problemas que eu falava para eles, a dupla
que eu chamava era sempre um que já entende um pouco com um mais fraco. Para as
crianças construírem números precisam ser encorajadas. Com essa linha de pensamento
Kamil, (1990) diz que:
Se a autonomia é a finalidade da educação e a criança deve ser mentalmente ativa para construir o número, ela deve ser encorajada a agir de acordo com sua escolha e convicção ao invés de agir com docilidade e obediência. Portanto, não advogo a determinação de uma horário diário para a quantificação de objetos [...] as crianças deveriam ser encorajadas a pensar sobre quantidade quando sentirem necessidade e interesse. (KAMIL, 1990, p. 48)
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Foi um sucesso, a socialização dos dois alunos na busca de resolver as
situações, depois pedi para que fizessem a escrita dos números de 1 à 20 no caderno.
Surgiram duvidas em relação a representação de alguns números e eu fui ajudando, a
todo momento, representando na lousa o numero solicitado. Após, entreguei a todos o
texto “Jogo de Bola” e fizemos a leitura, ao finalizar a leitura pedi para que eles
retornassem ao texto e que pintassem a palavra “bola” toda vez que ela aparecesse.
Percebi que este trabalho lúdico teve resultado satisfatório.
4ª Aula dia 29/05/2014
Nesta aula, assim que cheguei a escola fui organizar a sala de vídeo, porque
iria apresentar um documentário que fala sobre os primeiros habitantes do Brasil, os
índios. após, fui até a quadra para pegar as crianças e seguimos para sala de vídeo,
iniciamos com a oração do Pai-nosso de mãos dadas e fizemos a coreografia da musica
“Homenzinho Torto” do dvd da cantora Aline Barros.
Em seguida pedi para que todos sentassem e fizessem silêncio, tive uma
conversa informal com eles, sobre os primeiros habitantes do Brasil, e que atualmente a
grande maioria dessa população indígena é encontrada na região Norte do Brasil.
Assistimos o documentário e logo em seguida fiz comentários, a turma lembrou-se de
um evento que houve na escola em comemoração ao dia do índio em que os índios da
tribo tupinambás vieram até a escola e fizeram uma apresentação de suas danças,
demonstraram objetos artesanais feitos por eles. Algumas crianças ficaram
entusiasmadas em conhecer através do documentário as diversidades dos índios,
informações novas para eles, porém em outras foi percebido por mim a falta de
interesse, reclamavam, pediam água entre outras, por fim essas inquietações fizeram
com que eu pausasse diversas vezes o documentário e fomos para sala de aula antes
mesmo do término do vídeo.
Já na sala de aula, com o alfabeto móvel, trabalhei ditado de palavras com
os nomes de algumas tribos que foram citadas no documentário. Como está
demonstrado na imagem seguinte.
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Imagem: 03. Atividade com o alfabeto móvel. Fonte: Acervo pessoal da aluna.
Devido à heterogeneidade dos saberes de cada aluno, ao serem feitas
atividades de leitura e escrita em sala de aula, observamos que, de acordo com Cagliari
(1998):
As classes de alfabetização formam-se necessariamente com um conjunto de alunos com histórias de vida diferentes, sendo, pelas contingências práticas, classes heterogêneas. Uns sabem algumas coisas, outros sabem outras; alguns já aprenderam algumas coisas próprias da escola, outros não. Algumas crianças tiveram pré-escola e aprenderam os rudimentos da leitura e da escrita, outras nunca estudaram nada. Algumas crianças aprendem coisas em casa, tem lápis, papel, livros e outros nunca tiveram nada disso. (CAGLIARI, 1998, p. 52 e 53).
Foi percebido que, no ditado de palavras, nem todas as crianças
conseguiram chegar ao mesmo resultado, algumas obtiveram êxito na maioria das
palavras, outras já tiveram uma dificuldade maior ao formularem as palavras. Sendo
assim, é necessário passar por um processo de conhecimento prévio sobre o nível da
turma, para quando for preciso a passagem por um processo avaliativo com as crianças,
o resultado não trazer surpresas negativas para nós docentes.
A respeito das inquietações citadas anteriormente, é preciso rever os nossos
planejamentos para a Educação de crianças nos anos iniciais, devem partir da
observação dos interesses e motivações práticas cotidianas para Educação Infantil.
Assim como Corsino (2009), acreditamos que os infantis, tendo em vista que as crianças
são sujeitos ativos, possuem autonomia suficiente para demonstrarem por meio das
interações estabelecidas o que desperta seus sentidos, o que de fato é significativo para
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elas. Portanto, as crianças devem ser as principais fontes para construção das práticas
cotidianas, para elaboração do planejamento curricular infantil.
Como nos alerta Horn (2004) a maneira como o ambiente é organizado
expõe as noções de aprendizagens contidas em tal espaço, podendo estas, serem
significativas ou não para os sujeitos envolvidos. Desta forma, a autora nos alerta a
respeito da importância do educador frente à organização dos espaços que constituem a
Educação Infantil, priorizando a constituição de um ambiente propulsor de interações,
pois é através das relações estabelecidas cotidianamente que a criança desenvolve-se
integralmente.
5ª Aula dia 30/05/2014
Neste dia quando cheguei à escola, os alunos já estavam em sala por motivo
da chuva, aguardei mais alguns minutos para que os outros chegassem deixando-os a
vontade, por volta das 07h20min comecei a mobilizar as crianças, que foram dando as
mãos para iniciarmos com a oração que o senhor nos ensinou, após sugeri uma
brincadeira para movimentar o corpo com mais intensidade, já que o dia estava frio, e
eles concordaram.
A brincadeira foi “a dança da cadeira”, ao total tinham nove crianças,
organizei as cadeiras e eu mesma cantei a musica que eles escolheram “atirei o pau no
gato”. A brincadeira foi um sucesso, gerou muitas gargalhadas, por fim estávamos
prontos para mais um dia de aula.
Expliquei que a aula seria expositiva e explicativa, levei ilustrações de
bandeiras dos países que jogariam pela copa do mundo na Arena Amazonas e
construímos juntos um cartaz com os países adversários que jogaram na primeira fase,
foi um momento de intensa socialização entre nós, professora e alunos. O cartaz
construído foi a seguinte imagem.
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Imagem: 04. Cartaz feito pelos alunos com países adversários dos primeiros jogos na Arena Amazonas.
Fonte: Acervo pessoal da aluna.
Logo após fui à lousa, sugeri uma atividade onde eles ditassem palavras que
tivessem como letra inicial a letra dos países que vimos na elaboração do cartaz e fui
escrevendo na lousa, foi um momento de grande euforia, onde todos falavam ao mesmo
tempo, fui colocando ordem e pedi para que falassem de um por um e por fila. Alguns
alunos sugeriam palavras que não estavam de acordo com a proposta e os próprios
colegas corrigiam dizendo que estava errado e nas dificuldades eu intervia, falava uma
palavra e perguntava a eles se estava certo ou errado.
6ª Aula dia 02/06/2014
Nesta segunda feira cheguei à escola e fui até a quadra para pegar as
crianças e levei-as até a sala de aula, aguardamos o restante da turma. Comecei a aula
fazendo uma oração de agradecimento por estarmos jutos mais um dia e depois
cantamos a musica. Em nome do Pai, da banda Os Cantores de Deus. Fazendo a
coreografia, organizei as carteiras em circulo e todos sentaram, perguntei a turma como
tinha sido o final de semana, perguntei se saíram com a família para se divertir, e o que
fizeram. E muitas respostas surgiram, como foi um final de semana chuvoso, muitos
dormiram até tarde ou foram visitar parentes.
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Dando continuidade fiz perguntas sobre o que tinham aprendido na semana
anterior e aos poucos foram falando e eu fui ajudando. Falei sobre os temas trabalhados
e eles começaram a relembrar, em seguida dando continuidade ao projeto perguntei
quais animais eles conheciam e à medida que iam falando fui listando na lousa.
Conceituei animais domésticos e selvagens e logo fiz uma leitura de todos os animais
listados na lousa e pedi ajuda deles, eu lia o nome do animal e eles diziam se era um
animal doméstico ou selvagem.
Imagem: 05. Cartaz com Animais selvagens X Animais domésticos. Fonte: Acervo pessoal da aluna.
Depois avisei que iriamos para a sala de vídeo assistir ao filme “Tainá –
Uma Aventura na Amazônia”, todos ficaram felizes, ao chegar a sala de vídeo pedi que
todos sentassem e fizessem silencio para que todos entendessem o filme, passados uns
40 minutos de filme, começaram as inquietações queriam sair, beber agua e quase no
fim do filme tive que parar, expliquei rapidamente sobre a importância da preservação
do meio ambiente para que exista a diversidade de animais e logo liberei as crianças.
7ª Aula dia 03/06/2014
Neste dia cheguei a escola e as crianças já estavam em sala de aula por estar
novamente chovendo, fiz o acolhimento com uma oração e depois pedi para que
formassem um circulo e ficassem de pé para que brincássemos de “Passe a bola” , foi
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muito divertido as crianças se envolveram e participaram com entusiasmo, para dar
inicio as atividades pedi que eles continuassem em circulo só que agora sentados no
chão e avisei que faríamos uma aula diferente, li para eles o conto “A Branca de Neve e
os Sete Anões”. O conto de fadas envolve a criança em um universo maravilhoso da
fantasia. Tendo como base Abramovich, ressalta o porque da importância desses contos
de fadas:
Porque os contos de fadas estão envolvidos no maravilhoso, um universo que detona a fantasia, partindo sempre de uma situação real e concreta, lidando com emoções que qualquer criança já viveu... Porque se passam num lugar que é apenas esboçado, fora dos limites do tempo e do espaço, mas onde qualquer um pode caminhar... Porque as personagens são simples e colocadas em inúmeras situações diferentes, onde tem que buscar e encontrar uma resposta de importância fundamental, chamando a criança a percorrer e achar junto uma resposta sua para o conflito (ABRAMOVICH, 2006, p.120)
Foi muito legal vê-los tão encantados e prestando atenção na minha fala, era
algo diferente para eles, estava representando uma quebra na rotina diária. Logo após
provoquei os alunos para que eles contassem parte da mesma historia e socializassem
uns com os outros, alguns alunos tiveram dificuldades de assimilar o conteúdo da
historia para formar uma versão própria.
8ª Aula dia 04/06/2014
Chegando a escola fui até a quadra pegar as crianças e levei para a sala de
aula, fiz o acolhimento com a oração e o agradecimento a Deus. Por opção deles, no
micro system, coloquei a musica da caontora Xuxa “Cabeça, ombro, joelho e pé”, onde
todos cantaram e fizeram a coreografia, após ter guardado o micro system na secretaria
comecei a trabalhar as atividades do projeto, para este dia estava proposta uma atividade
pesquisada na internet, uma taça e nela contida atividades matemáticas sobre adição,
entreguei para cada um a folha e logo fiz a leitura e em seguida respondi com os alunos
o exercício contido na imagem.
Em seguida fiz uma atividade lúdica em que eles usaram a criatividade deles
para a pintura da taça, para a realização dessa atividade com alguns alunos tive que
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intervir na busca de responder corretamente, pois essa atividade iria ser apresentada em
exposição na quadra para outras turmas.
9ª Aula dia 05/06/2014
Neste dia cheguei cedo a escola para procurar os materiais concretos das
formas geométricas, que estavam guardados na sala de vídeo, peguei as crianças na
quadra e seguimos para a sala de aula, eles já estavam agitados e no momento do
acolhimento houve resistência de alguns que não queriam se comportar. Fizemos a
oração e logo iniciei as atividades, com uma roda de conversa informal sobre formas
geométricas, e depois apresentei o material, pedi para que eles fizessem um desenho
com a forma geométrica que tem o formato de bola e utilizassem a criatividade deles
para colorir.
Imagem: 06. Pintura da forma geométrica em formato de bola. Fonte: Acervo pessoal da aluna.
A atividade da foto acima foi desenvolvida através da prática pedagógica
que garantiu ao aluno apropriação de conhecimentos e aprendizagens de si e do mundo
a sua volta, ampliando assim suas experiências. Segundo Barbosa “[...] O conhecimento
é construído socialmente tendo a partir das possibilidades de interação entre sujeitos e o
ambiente físico e social onde estão inseridos” (2008, p. 25). Desta forma, tendo como
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base os eixos norteadores para o ensino fundamental do 1º ciclo, a interação e a
ludicidade. Para que assim, possam imergir no mundo de diferentes linguagens.
Consideramos que para existir uma educação de qualidade é preciso está
atento ao outro. Santos (2013) apresenta a “roda de conversa” como uma das inúmeras
formas de ficar atento ao que as crianças expressam e assim atender suas motivações e
interesses. A “roda de conversa” é uma ferramenta de escuta, cujo foco principal
consiste em escutar o outro, identificando e respeitando suas especificidades,
construindo uma prática que seja movida pelo que as crianças almejam. Nessa trilha de
proposições, a “roda de conversa” possibilita que as crianças tenham uma educação
significativa, pois a organização das práticas cotidianas acontece levando em
consideração os principais sujeitos desse processo.
Assim que terminaram foram me entregando e pedi para que
permanecessem sentados, pois iriamos brincar de adivinha e quem acertasse levava
como prêmio um pirulito, eles se animaram e a brincadeira fluiu tranquilamente. Ao
final, todas as crianças receberam pirulitos.
10ª Aula dia 06/06/2014
Cheguei à escola, peguei as crianças na quadra e as levei para sala de aula,
neste dia apresentamos na quadra as atividades que foram desenvolvidas durante o
projeto para todos os alunos do turno da manhã. Chamei as crianças para darmos as
mãos e iniciamos a nossa oração agradecendo por tudo em nossas vidas, após avisei que
hoje seria um dia especial, que era o final do projeto e apresentaríamos todas as
atividades realizadas durante as aulas na quadra de esportes da escola para as outras
turmas, os alunos ficaram empolgados.
Trabalhei a colagem das atividades realizadas pelos alunos e com a ajuda
deles organizamos os cartazes que foram apresentados, todas as turmas estavam
envolvidas na realização do projeto. Foi um momento lúdico, já que a maioria dos
alunos nunca tiveram esse tipo de experiência, gerando assim uma nova expectativa de
aprendizagem. Durante a exposição percebi que alguns alunos ficaram tensos, mas foi
um momento de grande aprendizado tanto para os alunos, quanto para mim, pois juntos
vivenciamos novas experiências.
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III – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sabendo da importância da prática de ensino para a formação do docente,
posso concluir que o estágio proporcionou uma experiência muito rica para a formação
acadêmica. A prática em sala de aula mostra que ensinar e alfabetizar não são tarefas
fáceis de conseguir, não se dão apenas com uso de livros didáticos, tampouco existe
uma forma e um método pronto para se alcançar esse objetivo, mas sim um caminho
que deve ser percorrido e construído de diversas formas e maneiras cotidianamente.
Segundo Paulo Freire (1996):
É fundamental que, na prática da formação docente, o aprendiz de educador assuma que o indispensável pensar certo não é presente dos deuses nem se acha nos guias de professores que iluminados intelectuais escrevem desde o centro do poder, mas, pelo contrário, o pensar certo que supera o ingênuo tem que ser produzido pelo próprio aprendiz em comunhão com o professor formador. (FREIRE, 1996. p.38 e 39.)
No entanto, o que Freire diz ao educador aprendiz é que não existe método
certo e não se acha nos guias de professores, cabe ao educador ter a sensibilidade de
compreender o que se passa no contexto da sala de aula com o aluno. Portanto o estágio
é uma forma de facilitar esse processo de aprendizagem e também desenvolver outros
tipos de capacidades e habilidades.
Este projeto teve como objetivo geral, aprimorar o desenvolvimento da
linguagem oral das crianças através da leitura e escuta em relação aos conhecimentos
gerais, dando assim, capacidade para ampliar os estudos regionais em específico da
região norte do Brasil, envolvendo a copa do mundo que foi realizada no Brasil neste
ano de 2014. Em que juntos tivemos a possibilidade de obter novas descobertas de
conhecimentos relacionando a teoria com a prática.
AUTOAVALIAÇÃO
PONTOS POSITIVOS:
Este estágio foi muito gratificante, pois tive a oportunidade de colocar em prática e aperfeiçoar os conhecimentos adquiridos no curso de Pedagogia da Universidade Federal de Sergipe.
PONTOS NEGATIVOS:
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Indisciplina dos alunos; a falta de recursos necessários para execução das atividades;
NOTA:
REFERÊNCIAS:
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: Gostosuras e Bobices. São Paulo. 2006. Scipione.
ALVES, Eva M. Siqueira. A ludicidade e o ensino de matemática. Campinas, SP: Papirus, 2001. (Coleção Papirus Educação).
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf> Acesso em 18 de ago. 2014.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetizando em o bá bé bi bó bu. Scipione. 1998. São Paulo.
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CAVÉQUIA, Marcia Paganini. A escola é nossa: letramento e alfabetização, 1º ano/Marcia Paganini Cavéquia. – São Paulo: Scipione, 2011. – (Coleção a escola é nossa)
CORSINO, Patrícia. Considerações sobre o planejamento na educação infantil. In: CORSINO, Patrícia (org.) Educação infantil: cotidiano e políticas. Campinas, SP: Autores Associados, 2009.
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Culinária do Amazonas. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Culin%C3%A1ria_do_Amazonas> Acesso em 06 de jun. de 2014.
Delícias da Amazônia. Disponível em: < http://viajeaqui.abril.com.br/materias/12-delicias-da-amazonia#3 > Acesso em 06 de jun. de 2014.
FERREIRO, Emília; TEBEROSKY, Ana, Psicogênese da língua escrita. Trad. Diana Myriam Lichtenstein; Liana Di Marcos, Mario Corso. Porto Alegre: Artmed, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996 (Coleção Leitura).
FURLAN, Sueli Angelo, SCARLATO, Francisco Capuano e CARVALHO, Aloma Fernandes. Geografia 2º ano: ensino fundamental / Sueli Angelo Furlan, Francisco Capuano Scarlato, Aloma Fernandes de Carvalho 3.ed. – São Paulo: IBEP,2011. In (Coleção Verso e Reverso).
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KAMIL, Constance. A Criança e o Número: implicações educacionais da teoria de Piaget para atuação com escolares de 4 a 6 anos. Tradução: Regina A. de Assis. 11ª ed. Campinas, SP. Papirus. 1990.
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ANEXOS
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